Sinal verde - Dep. Sávio Souza Cruz

Transcrição

Sinal verde - Dep. Sávio Souza Cruz
Jornal INFORMATIVO DO mandato do deputado SÁVIO SOUZA CRUZ
Opinião
Nuremberg e mensalão: estranhas coincidências
Artigo do Professor Sávio Souza Cruz - Publicado no jornal O TEMPO - 20/12/2005 - Seção Opinião
Sinal verde
Jornal INFORMATIVO DO GABINETE DO DEPUTADO ESTADUAL SÁVIO SOUZA CRUZ
Março/2006
Prestando
contas
Crise política não impediu trabalho vigoroso
IMPRESSO
ESPECIAL
7317273101-DR/MG
LUIZ SÁVIO DE SOUZA CRUZ
comandante-em-chefe da Marinha Karl
Doenitz, que chegou a ser designado por
Hitler seu sucessor, resume laconicamente
que "nenhuma das acusações foi provada"
(pág. 50). Um exemplo particularizado
vem do ministro da Economia de Hitler,
Walther Funk, que rejeitou as provas de que
sabia que os depósitos da SS no Reichsbank
incluíam dentes de ouro, armações de
óculos e propriedades pessoais dos judeus:
"Essas coisas poderiam vir de pessoas
mortas naturalmente ou então de casas de
penhores ou algo semelhante. Campos de
extermínio nem passavam por minha
cabeça" (pág. 13).
A desqualificação dos acusadores e
dos julgadores também é ponto comum na
alegação dos personagens que se separam
por 60 anos de história. No Brasil, além de
se procurar jogar todos os políticos na vala
comum da corrupção e atribuir aos
julgamentos em curso o caráter de um
linchamento político, assiste-se a uso de
artilharia pesada entre PT e PSDB, com os
últimos centrando fogo sobre os primeiros,
que, por sua vez, devolvem as agressões
lembrando a inauguração do valerioduto
durante a campanha pela reeleição do exgovernador tucano. O mesmo dera-se antes
na Alemanha, quando os oficiais de Hitler
mostraram-se pródigos na acusação dos
aliados e na desacreditação do tribunal
internacional de Nuremberg. "A Rússia é a
nação mais criminosa do mundo" afirmava
Doenitz (pág. 48). "França e Rússia tiveram
tanta culpa quanto a Alemanha", continuou
Goering (pág. 143), que encontrou lenitivo
na convicção de que "as atrocidades
cometidas pelos nazistas, as quais, aliás, eu
ignorava, não foram, nem de longe, tão
graves ou tão cruéis como as cometidas
pelos comunistas" (pág. 173).
Hans Fritzche, chefe da Divisão de
Rádio no Ministério da Propaganda de
Joseph Goebbels, também avalia o tribunal
de Nuremberg: "Vejo uma infinidade de
outras coisas sendo apresentadas neste
julgamento e tenho a sensação de que, à
sombra da culpa por esses assassinatos, o
povo alemão será considerado culpado de
DEPUTADO ESTADUAL
EXPEDIENTE
"Eu não sabia nada a esse respeito.
Mal consigo acreditar naquilo - os números
eram muito altos. Não consigo entender.
Não consigo acreditar que Hitler soubesse
daquilo." Essas palavras, ditas pelo oficial
alemão Herman Goering, constam da
página 155 do livro intitulado As
Entrevistas de Nuremberg, que reúne os
depoimentos dados pelos oficiais de Hitler
ao psiquiatra Leon Goldensohn, designado
para assisti-los na prisão, enquanto
aguardavam julgamento. O livro vem a
lume agora, quando se completam 60 anos
do fim da II Guerra Mundial, que sangrou
violentamente o solo europeu.
As frases de Goering, bem como
muitas dos demais entrevistados,
coincidem, ajustados os termos, com várias
das que têm sido ditas por personagens no
olho do furacão da atual crise política
brasileira. Em nosso país, nenhuma das
autoridades que poderiam estar envolvidas
admitiu conhecer, no todo ou em parte, o
esquema de corrupção que veio à tona a
partir das denúncias sobre o mensalão.
Nem o então ministro da Casa Civil José
Dirceu, muito menos o presidente Lula,
sabiam que as estruturas da República
estavam sendo abaladas com o mercado de
votos no Congresso Nacional. Tampouco o
ex-governador de Minas Eduardo Azeredo
tinha conhecimento de que, em tempo
anterior, sua última campanha eleitoral ao
governo do Estado permitira a escavação
dos primeiros túneis do valerioduto. "Eu
não sabia nada a esse respeito" é frase que
coube nos depoimentos de Goering, há 60
anos, e que, com essas ou outras palavras,
coube em declarações do ex-ministro, do
ex-governador e do próprio presidente.
O desconhecimento, não é, contudo, a
única alegação coincidente entre os oficiais
de Hitler e o caso brasileiro. Uns e outros
invocaram a falta de provas. Os exemplos
brasileiros, tão recentes, dispensam
transcrição. Mas é oportuno lembrar que a
defesa do deputado José Dirceu no
processo que culminou com sua cassação
tinha na suposta falta de provas o seu
principal argumento. No caso alemão, o
tudo, e à sombra dessa culpa os americanos,
ingleses, franceses e especialmente os
russos vão querer se livrar de sua própria
culpa" (pág. 88). Goering afirma que "os
julgamentos estão sendo conduzidos no
tribunal pela imprensa mundial" (pág. 173)
e Doenitz (pág 41) acredita que toda
"tentativa de incriminá-lo ou a qualquer um
dos outros que estão sendo julgados com
ele é maquinação política".
Se a negação do conhecimento, a
invocação de falta de provas e a
desqualificação do acusador e do julgador
são pontos coincidentes nas falas de
personagens da derrocada alemã e da crise
brasileira, talvez outros pontos,
surpreendentemente, aproximem uns e
outros em nível mais profundo. Com base
nas próprias declarações dos entrevistados
de Nuremberg, é possível concluir que a
compartimentalização de informações,
instalada quando os membros do governo
desconhecem as ações uns dos outros, "é
algo que não poderia ocorrer numa
democracia" (Doenitz, pág. 40), nem num
governo em que houvesse liderança
efetiva. A falta de democracia e a de
liderança efetiva oferecem, via de regra,
espaço para o surgimento de planos ou
conspirações para o cometimento de
ilícitos.
Se assim é, o fundo sobre o qual se
assentam tanto a derrocada alemã quanto a
crise que começou em Minas e explodiu em
Brasília é o mesmo. A fragilidade e o
autoritarismo tiveram em outros tempos,
com outros nomes, seu Cláudio Mourão ou
seu Delúbio Soares. E nós, passados tantos
anos, teríamos parte da execrada herança de
Hitler presente na democracia brasileira
recente, que, utilizando-se de massiva
propaganda oficial, esse "passo rumo ao
inferno" (Fritzche, pág. 96), ora traveste-se
de aveludada plumagem, ora se enfeita com
paz e amor.
Sinal Verde
publicação semestral do professor Sávio Souza Cruz
Jornalista Responsável: Itamar José de Oliveira
Registro Profissional: 1714/MG
Tiragem: 50 mil exemplares
Projeto Gráfico: Lécio de Sousa Neto
Impressão: Atividade Editora Gráfica Ltda - 3272-0770
GABINETE DO DEPUTADO SÁVIO SOUZA CRUZ / ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MINAS GERAIS
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CORREIOS
DEVOLUÇÃO
GARANTIDA
Página 04
Editorial: Lições e mais lições
A i n d a m e n i n o , caso em que me encontro,
aprendi de meu pai, Lúcio de cabe legislar em assuntos do
Souza Cruz, que a dignidade âmbito do Estado, fiscalizar o
de um homem mede-se pela Executivo estadual e debater
ética e pela responsabilidade temas do interesse da população
de sua conduta. Os recentes de Minas. Essas - não outras episódios no cenário político são as suas funções.
de nosso país comprovaram
A crise política convida,
quanta verdade há na velha ainda, a avaliar a acelerada perda
lição, quando tantos, na alta d e r e f e r ê n c i a s e m n o s s a
esfera de nosso Governo, sociedade. Temos de admitir que,
m o s t r a r a m - s e em termos gerais, hoje se valoriza
frustrantemente indignos.
mais a esperteza, o apetite para
A d e s e s p e r a n ç a , levar vantagem em tudo, do que o
contudo, não pode ser o saldo trabalho de construir uma família
da crise política. Penso que em que haja valores e respeito
dos sofrimentos presentes aos demais. Não seria a crise
temos de evoluir para nosso política, protagonizada por
amadurecimento político. pessoas que saíram do meio do
Deixar de acreditar, por povo, reflexo dessa deterioração?
exemplo, naquele insistente E não estaria ela clamando por
maniqueísmo político, que uma mudança de rumos também
considera que determinados em nível da vida do cidadão?
partidos são bons e outros
Acredito que temos muito
maus. Em todos os partidos - que aprender. Cabe à sociedade
sabemos agora - há bons e consertar a si mesma e consertar
maus políticos, cabendo ao o político, assegurando que ele
eleitor distinguir entre eles e cumpra o seu dever, sem desviarrecusar os que não se se da rota da ética e da
aprovaram.
responsabilidade. Aquela velha
Também avalio que a rota que eu pessoalmente
crise política terá ajudado a agradeço ter aprendido de meu
definir melhor para o grande pai e que espero transmitir intacta
público o papel de cada a meus sobrinhos, filhos de meus
agente político no cenário do irmãos Luciana, Lúcio e Álvaro, e
Poder. Ao Deputado Estadual, a Marcelo, meu filho.
EDUCAÇÃO
SAÚDE
CORREIOS
Veja nesta edição
Meio Ambiente
a
Transposição do
Rio São Francisco
a
Aterro sanitário
em BH
a
Lixão em
Esmeraldas
Página 02
ESPORTE
APOSENTADOS
MORADIA
ARTIGO
Escolas são
atendidas
Novos equipamentos
diminuem
dificuldades
Quadra
poliesportiva é
reformada
Grandes vitórias
na justiça
Projeto de lei
autoriza
edificações
Artigo do Professor
Sávio sobre a crise
política do país
Pág. 2
Pág. 3
Pág. 3
Pág. 3
Pág. 3
Pág. 4
E MAIS:
SERVIÇOS E SERVIDORES PÚBLICOS
DEMANDAS DIVERSAS DOS MUNICÍPIOS
2
Jornal INFORMATIVO DO mandato do deputado SÁVIO SOUZA CRUZ
Jornal INFORMATIVO DO mandato do deputado SÁVIO SOUZA CRUZ
Ética e responsabilidade marcam ações na Assembléia
DEPUTADO SÁVIO SOUZA CRUZ
Sávio é casado e tem um único filho.
Ex-aluno do CSA, formou-se em Engenharia
Metalúrgica e tem especialização em defesa
ambiental. Foi professor do CSA e da
PUC por 15 anos.
mesmo Em meio a uma crise política sem precedentes, o professor Sávio desenvolveu um vasto leque de
iniciativas, concentradas especialmente nas áreas de meio ambiente, transportes, cultura e lazer,
economia e moradia. Confira o que foi feito no segundo semestre de 2005.
MEIO AMBIENTE
Transposição do Rio São Francisco
Rio São Francisco
Com o tema ainda em debate,
Sávio participou de audiência
pública junto à comunidade de
Jaíba. Defendeu que os interesses
governamentais não podem
desconsiderar o meio ambiente e
a população local, que sofre
diretamente o impacto do projeto.
Estação do CERCADINHO
Luta para preservação da área
do manancial do Cercadinho
na região do Belvedere, em
Belo Horizonte.
Estação Ecológica do Cercadinho
Aterro sanitário em BH
Sávio participou de audiência pública que debateu a
situação do aterro sanitário de Belo Horizonte próximo à
BR 040. Propôs uma ação cooperada entre o Estado e a
PBH para atender a cidade, que tem de resolver o difícil
problema da destinação final de seus rejeitos, e a
população do entorno do aterro, que não pode conviver
com riscos à saúde.
3
“Se cada um deve fazer a sua parte
em nível pessoal, deve também, em
nível público, cobrar dos políticos
comportamentos fundamentados na
ética e na responsabilidade.”
SÁVIO SOUZA CRUZ
EDUCAÇÃO
Escolas
a
Remessa de computadores para as escolas Pe. Augusto
Horta, Major Antônio Salvo (Curvelo); Visconde de Caeté,
Prof. Augusto Lucas e o Estadual de Melo Viana
(Esmeraldas); escola Mário Campos (Oliveira); escola de
Ibitira (Martinho Campos);
a
Mobiliário (carteiras) para a escola Santa Quitéria
(Esmeraldas); Prof. Pinheiro Campos (Oliveira); Dom
Cirilo de Paula Freitas (Raposos);
a
Reforma e compra de mobiliário para a escola Dr. José
Gonçalves (Martinho Campos); Manoel de S. Santos
(Monte Formoso); Dr. José Maria Lobato e Des.
Continentino (Oliveira);
a
Inclusão no “Programa de Transporte Escolar” de
diversas escolas em São Francisco do Glória, Curvelo,
Esmeraldas, Martinho Campos, Oliveira e
Muzambinho;
a
Liberação de recursos para cobertura da quadra e reforma
da escola Cesário Coimbra (Muzambinho);
a
Recursos para cobertura das quadras e reforma das escolas
Dr. José Gonçalves e Francisco Dias (Martinho Campos);
a
Verba para a compra de carteiras para as escolas Nilton
Martins da Costa R$ 7.800,00 (Florença) e Prof. Helvécio
Dahe R$ 5.200,00 (Conjunto) (Ribeirão das Neves);
ECONOMIA
Comércio exterior
Sávio apresentou
projeto de lei
incluindo
o Distrito
Lixão em Esmeraldas
de Venda Nova
no território
É absurda, irracional e desumana a proposta de
beneficiado
pelo
transformar a tradicional cidade de Esmeraldas em
programa
Linha
depósito de lixo de toda a região metropolitana.
Verde, que apóia o
desenvolvimento
Aeroporto de Confins
do comércio
DIREITOS DOS APOSENTADOS
exterior via
Em conjunto com o ex-vereador Léo Plotter, Sávio tem Aeroporto Internacional Tancredo Neves. O projeto,
oferecido aos aposentados em Sete Lagoas suporte para examinado em audiência pública realizada em setembro,
o requerimento de seus direitos. O trabalho tem gerado possibilita que cerca de 500 empresas sejam instaladas na
“grandes vitórias”, com o reconhecimento pela justiça
região, uma das mais densamente povoadas de todo o
do direito de centenas de aposentados!
Estado.
SAÚDE
De um lado, a pobreza da
população; de outro, o descaso
das autoridades competentes. A
soma tem transformado a saúde
mineira num caso de calamidade
Santa Casa de Belo Horizonte
pública. Sávio providenciou:
a
a declaração de utilidade pública da Fundação Santa
Casa de Misericórdia de Belo Horizonte, possibilitando
que receba maiores incentivos financeiros;
a
a instalação, às suas expensas, de posto odontológico no
bairro Santa Cecília, comunidade carente de recursos e
esquecida pela Prefeitura de Esmeraldas;
a
encaminhamento de ambulâncias para as cidades de
Porteirinha, Nova Era, Prudente de Morais,
Serranópolis e Ninheira;
a
alocação de verba para aquisição de ultra-som para o
hospital de Oliveira;
a
remessa de carros para atendimento ao Programa Saúde
da Família em São Francisco do Glória;
a
UTI Móvel para Oliveira;
a
Recursos de R$ 300.000,00 para equipar o pronto
socorro municipal de Oliveira.
SERVIÇOS E SERVIDORES PÚBLICOS
DER
Sávio trabalha permanentemente pelo resgate da
dignidade dos servidores e se empenhou na luta pela
reavaliação de suas carreiras, incentivos e benefícios,
também buscando o pagamento dos precatórios. O
Decreto 44.222/06 arrematou o processo de revisão do
quadro de cargos, carreiras e pisos salariais no DER.
Mesmo que os resultados tenham ficado aquém do que era
merecido e que os precatórios alimentícios ainda
continuem na fila de pagamento, os ganhos representam
um incentivo para buscarmos uma nova fase para um
órgão que já prestou serviços de extrema relevância a
Minas Gerais.
DEMANDAS DIVERSAS
DOS MUNICÍPIOS
Obras
a
70.000 reais para calçamento de ruas em Prudente de
Morais;
a
110.000 reais para patrolamento em estradas vicinais de
Oliveira;
a
60.000 reais para calçamento de ruas em São Francisco
do Glória;
ESPORTE
a
70.000 para calçamento da entrada do distrito industrial
e
acesso
à empresa Joval em Muzambinho;
Liberação de verba para a reforma de quadra
a
a
140.000
reais para asfaltamento de 22.000 m² no
poliesportiva no bairro Vila Nova, em Curvelo;
município
de
Muzambinho;
a
Iluminação de campos de esporte em cidades como
a
160.000
reais
para calçamento de ruas em Oliveira;
Raposos, Muzambinho, Porteirinha, Oliveira e Curvelo;
a
Cobertura do Mercado Municipal de Serranópolis de
a
Recursos para construção de quadra em Sobrália.
Minas;
a
Participação na viabilização de recursos para o
MORADIA
Matadouro Municipal de Oliveira;
a
Cobertura do prédio do Sindicato dos Trabalhadores
O déficit habitacional no país alcança o total de mais de
Rurais de Martinho Campos.
dez milhões de moradias. A sensação de vergonha deve
tocar a cada um de nós que tem um teto a que voltar ao final
do dia. Nesse sentido, o projeto de lei do Professor Sávio
autorizando o Estado a doar terrenos para edificação de
moradias
populares em Raposos e
em Mesquita pretende
atenuar um quadro de
enorme injustiça social
no país.
Saúde
a
50.000 reais para aquisição de equipamentos e material
permanente para a Fundação Saúde de São João do
Paraíso;
a
60.000 reais para aquisição de ambulância para
Porteirinha;
a
30.000 reais para compra de equipamentos de saúde para
Prudente de Morais;
a
60.000 para aquisição de ambulância para a Assistência
de Caridade São José em Nova Era.
A participação cidadã é guardiã da moralidade pública. Esteja atento! Participe!