O Despertar e o Alargamento da Consciência II
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O Despertar e o Alargamento da Consciência II
O Despertar e o Alargamento da Consciência II Tânia Gonçalves de Araujo Palestra proferida na FCA em 08/02/2015 Trata-se de um segundo trabalho sobre o tema. Não direi que seja uma continuação porque, como numa circunferência, todos os pontos estão equidistantes do centro. O centro é a Agni Ioga, pois esta foi a linha de estudo proposta. O método escolhido foi dar uma visão do propósito de cada livro e algo sobre o alargamento da consciência naquele livro. Pesquisei toda a série, para ter uma visão global. No primeiro trabalho, apresentado em 2014, tratamos dos quatro primeiros livros: Folhas do Jardim de Morya I e II, Nova Era Comunidade e Agni Ioga. Nas apresentações, sigo a ordenação dos dezessete livros da série, conforme as datas em que foram escritos – entre 1924 e 1938. Como são obras de Sabedoria Eterna, seu conteúdo é atualíssimo e mesmo considerado avançado para o mundo contemporâneo, pois a Agni Ioga é para a Nova Civilização de Aquário. A Agni Ioga, trazida ao mundo pela discípula Helena Roerich, é uma criação do Mestre Morya, do 1º Raio da Vontade, que realiza trabalho muito próximo à Shamballa – “o centro onde a Vontade de Deus é conhecida”. É bom lembrar que, neste atual Universo, todos os Raios são aspectos do 2º Raio Cósmico de Amor-Sabedoria, logo, o 1º Raio usa a Vontade com o propósito de Amar. Há duas espécies de lógica: a do pensamento externo, com início, desenvolvimento e conclusão e a lógica da síntese, que reúne centelhas de dedução do pensamento espacial que parecem ao homem um feliz acaso, mas que esteviveram amadurecendo durante séculos. Agni Ioga segue a lógica da síntese, provocando trabalho meditativo a cada parágrafo ou mesmo a cada frase. Refletindo sobre os títulos dos livros da série, inferimos que formam uma Ordenação sobre o Despertar e o Alargamento da Consciência que, em linguagem esotérica, é chamada de Iniciação. Mestre Morya prefere substituir a palavra Iniciação por Educação, termo mais moderno e que se aplica a toda a humanidade, não sendo privilégio de uns poucos escolhidos. Cada qual, em seu nível, está, consciente ou inconscientemente, caminhando para o espiritual que, segundo o Mestre Tibetano, deve ser definido como expansão da consciência e visão global da vida. No livro “Folhas do Jardim de Morya I”, subtítulo “O Chamado”, o Mestre usa uma linguagem de rara beleza, procurando despertar a consciência do leitor para o Ensinamento. Muitos, quando leem o livro pela primeira vez, não contêm as lágrimas, um sinal de que o centro do Coração respondeu ao Chamado. O segundo livro, “Folhas do Jardim de Morya II”, subtítulo “Iluminação”, trata do trabalho e da implantação na consciência da Luz do conhecimento, indispensável à comunidade espiritual, daí, o subtítulo – “Iluminação”. No terceiro livro, “Nova Era Comunidade”, o Mestre ensina como viver em harmonia como um grupo espiritual, dando exemplos de práticas adotadas que favorecem este objetivo. Finalmente, tratamos do livro “Signos da Agni Ioga” que estuda a assimilação das energias superiores, incluindo informações sobre o caminho da purificação e o domínio da percepção intuitiva. Contém vários ensinamentos da experiência dos séculos, com indicações práticas para criar a Era de Maitreya, nome pelo qual Cristo é conhecido no Oriente. Nesta segunda palestra, focalizaremos os livros “Infinito I e II” e “Hierarquia”. No plano inicial, incluí o livro “Coração”, mas, pela complexidade de “Infinito” e a importância do livro “Coração”, mudei de plano. Mestre Morya diz: “Medita sobre meu ensinamento e fala com o coração”. ( § 6º, “Infinito”) Por que primeiro “Infinito”, em seguida, “Hierarquia” e, só depois, “Coração”? Porque: primeiro, a direção, em seguida, a ligação e, só então, o meio. Tal como uma viagem - em que primeiro escolho para onde ir – por exemplo, Europa; depois, o caminho – mar ou ar – e, finalmente, o meio de transporte – navio ou avião. A direção é o Infinito, pois não há limites para a expansão da consciência; a ligação é o caminho dado pela Hierarquia, os Irmãos Mais Velhos que já fizeram essa viagem e deixaram a estrada aberta com todas as indicações e o meio a ser usado para esta viagem fantástica, rumo ao Infinito, é o Coração; não há outro meio de transporte disponível. Deus habita o coração humano e devemos regressar à Casa do Pai, como filhos pródigos, assim como está na parábola ensinada pelo Cristo. Moramos no planeta Terra, mas retornaremos ao Espaço, nossa matriz geradora. Na Bíblia, o antigo mito da Gênese conta como Deus criou as formas que dariam suporte ao despertar e ao alargamento da consciência. Ali se diz que, no sétimo dia, o Criador terminou sua obra – o planeta físico denso estava completo. O dia da Gênese foi considerado similar a um dia e uma noite de Brahma que consiste, mais ou menos, em 8 bilhões e meio de anos; então, sete dias de Brahma serão quase 60 bilhões e meio de anos. Do oitavo dia em diante, o Grande Criador, Vida ou Deus dedicou-se à evolução e é inimaginável pensar quantos dias esta espiral vem se desenvolvendo. (Este cálculo, eu o tirei de um bolhetim de Tom Carney). Que diz o livro “Infinito I” sobre a direção? “Aprendendo a Agni Ioga, nós, infalivelmente, dirigimo-nos ao Infinito. O elemento que tudo satura – o Fogo – guia aos mundos distantes . . . Assim como a aspiração vence o espaço, a consciência levará ao Infinito” § 120 – “O Ímã Cósmico se reflete em tudo que existe, como, por exemplo, na gravitação. Onde a atração enfraqueceu, existe a separatividade. O magnetismo cósmico reúne nações, raças, arcos de consciência e aspectos da evolução. Na base de todas as manifestações está o Ímã Cósmico, inclusive na Lei do Carma e na sede pela existência” § 111 – “Uma manifestação não usual da psicovida está na fusão do Átomo Humano. Ele é manifestado conscientemente. Esta junção das metades separadas do Átomo é chamado de Sagrada Ação do Cosmo. Por isso, Nossa (dos Mestres) missão é sagrada, ardente e urgente. Quando um Átomo Humano se aproxima da fusão, a Estrela da Mãe do Mundo brilha intensamente e os mundos superiores se rejubilam”. Os Átomos psicounidos enchem o Espaço com o fogo da criação. Quando as metades se reúnem, o Espaço trepida de júbilo”. (O útero que nos gera, agora nos acolhe de volta) § 121 – “Eternamente atrativa é a força do Ímã Cósmico e quando o poder desta verdade é revelado, o espírito liberta-se do pesado pensamento de estar perdido no espaço. Tendo aprendido como sintonizar-se na consonância do Ímã, a humanidade afirmar-se-á nesta irradiação ilimitada que cresce na beleza da ascensão”. Quantas vezes, de minha varanda, olho para o espaço e, atraída pelo Infinito, perguntome: Por que estamos aqui? Qual a função dos homens e das demais manifestações de vida? Os Avatares de todos os tempos nos demonstraram o poder desse Ímã Cósmico, atuando em suas vidas. Cristo disse: “ Eu e o Pai somos um. Não sou Eu que realizo as obras – é o Pai. Tudo o que eu fizer, vós podereis fazer e mais ainda.” As cinco iniciações são atrações crescentes do Ímã: Nascimento, Batismo, Transfiguração, Crucificação e Ressurreição e Ascensão. Cristo, depois da Crucificação, retorna aos discípulos e ordena que devem ir PREGAR O EVANGELHO Ascensão em Consciência – é perceber-se uno com o Pai e, logo, com TUDO. NÃO É AFASTAMENTO, MAS DOAÇÃO, como está no MANTRA DO DISCÍPULO – (E, permanecendo assim, ilumino o Caminho). O discípulo, quando se eleva, não se afasta do mundo, mas volta-se para o Caminho dos Homens, expressando AMOR. “Desde os tempos imemoriais, o magnetismo cósmico foi afirmado como fonte primária da vida. Quando a humanidade invocava a fonte do Sol, das estrelas e dos elementos, esses cultos eram expressão do magnetismo cósmico … A astrologia procede das leis do magnetismo cósmico. A vida e seu fim são determinados pelo mesmo magnetismo cósmico e por ele a vida flui. O espírito que acompanha o magnetismo cósmico em plena harmonia, sintoniza-se com a evolução. (É isto o ajustamento ao objetivo tão tratado na Agni Ioga?) A morte é a evidência de uma poderosa atração do Ímã Cósmico, logo, vida e morte podem ter denominações idênticas… é majestosa esta fusão do cosmos inteiro. O começo e o fim encontram-se no Espaço”. (Infinito I, § 122) Do passado, nos chegaram os mitos: de Prometeu, roubando o fogo dos deuses em benefício da raça humana; de Jasão, enfrentando o dragão para conquistar o Velocino de Ouro; dos Cavaleiros da Távola Redonda, roubando o Santo Graal. Todos eles mostram o esforço dos mortais para apreender a realidade de Deus. O reino dos céus é tomado de assalto, diz o ensinamento. Mas, o que é mito? Mito é uma crença sintetizada e um conhecimento do passado, transmitido com o fim de guiar-nos e estabelecer os fundamentos de uma revelação mais nova, formando os degraus que conduzem à verdade seguinte. Um mito pode se transformar em um fato na experiência de um indivíduo, porque é um fato que se pode provar, por exemplo, o mito das 5 iniciações vividas pelo Mestre Jesus. “ O ajustamento ao objetivo da criação cósmica estende-se sobre todas as manifestações de construtividade. Por isso, na base da criatividade do fogo, está o ajustamento ao objetivo. Quando a chama do centro é evocada, uma nova função é traçada e cada acender da chama do centro tem sua própria predestinação”.(Infinito I § 400 ) “Olhemos além dos limites do conhecimento e da consciência humanas e encontraremos um minúsculo grão de compreensão cósmica. Como é belo o vasto horizonte! Como é poderoso o pensamento penetrando o Espaço! Novos caminhos serão abertos pela comunhão com o Infinito… o próprio labor e a energia psíquica ajudarão… Os Grandes Trabalhadores Espirituais alimentaram sua energia psíquica com o Infinito.” Infinito I, § 9 Sua busca pelo Infinito n ão para ascender e afastar-se, mas para ver mais amplamente e servir melhor, aqui na Terra. Espírito e matéria se complementam e retornam juntos ao Pai. Mestre Morya sentiu necessidade de nos dar mais instruções sobre o Infinito e escreve um segundo livro sobre o tema. Neste livro, aponta o acordar das energias da Terra e comenta a situação difícil em que se encontra o planeta por causa da desobediência humana em não se ajustar ao objetivo. Conclama, mais uma vez, a humanidade para aceitar as indicações dadas pela Hierarquia quanto ao Ímã Cósmico. “O núcleo do planeta está cercado de energias que saturam todos os processos… as correntes estão transformando a Terra e gerando novo degrau… As energias adormecidas despertam e tudo que está sujeito à destruição, intensifica-se … A decisão cósmica é austera, porém cheia de beleza … É importante aspirar em Nossa direção durante as perturbações cósmicas.” Infinito I I §§ 1e 2 ) “Os fogos purificadores do Universo penetram todas as regiões do planeta. As centelhas do incêndio espalham-se por todos os canais de ação cósmica e irrompem como vulcões. E os centros do Agni Iogue registram todas as correntes cósmicas…(Infinito II § 5) E termina o livro: “Eu estou tentando trazer-vos para mais perto do Infinito… para que possais adquirir refinamento de consciência. Através do conhecimento das causas nós expandimos nossas consciências, através do conhecimento da qualidade nós a refinamos… Palavras não podem definir a consciência da alta qualidade do pensamento, porém cada um sente sua qualidade necessária e ela acumula abaixo do centro do Cálice a mais sutil soma de conhecimento e discernimento… Esta centelha de Verdade acende o Farol de Luz que atrai. Num momento tão trevoso, pensemos na Luz!” Agora, trataremos d livro “Hierarquia”. Após o “Infinito” que dá a direção, temos a “Hierarquia” que faz a ligação e indica o caminho. “Mergulhado nas ondas do Infinito, podemos ser comparados a flores arrebatadas pela tempestade… Não seria sábio fazer sair um barco sem leme… Como marcos num caminho luminoso, os Irmãos da Humanidade mantêm-se em guarda, prontos a conduzir o viajante à cadeia da ascensão.A Hierarquia da Luz não é coerção, é a lei da estrutura do Universo. Não é uma ameaça, mas o chamado do coração, uma advertência ardente e uma indicação para o Bem Comum.” “Nada, a não ser a Hierarquia, pode transformar a vida … e como ponte levar até a borda da Luz… Nós, Irmãos da Humanidade, estamos saturando o Espaço com o fluxo da evolução …Os portões para a Hierarquia serão o Serviço voluntário, uma veneração do coração e uma ascensão consciente que levarão as pessoas ao limiar da Luz. § 217 – “No caminho, só há um Poder Imutável – a Hierarquia. Deve-se construir sobre este Princípio sagrado. Nesta fortaleza, o espírito torna-se alado e há o fogo que orienta… Pela constância no Serviço, pode-se alongar a consciência e abranger a Lei da Hierarquia Ardente. Como pode alguém desenvolver e expandir a consciência quando falta constância?” § 218 – “Cada aspiração leva à união do discípulo com o Mestre e conduz ao conhecimento das leis mais altas … Como alongaremos a consciência e elevaremos o espírito, se não aceitarmos a mão de um Hierarca?” “A cultura do espírito e do pensamento exige que cada um seja um seguidor da Hierarquia… só assim o espírito se eleva… quando os arcos de consciência estão unidos, reina a luz e afirma-se o destino mais alto.” § 460 – ”A cura está na conscientização da Hierarquia do Coração. O ensinamento será revelado àqueles que percebem o caminho certo. O crescimento da consciência é verdadeiramente NOSSA FESTA.” “Quando nós confrontamos com o Infinito, ganhamos um sentido de proporção e compreendemos que somos micro-organismos que habitam as dobras da crosta terrestre e nos libertamos da identificação com nossas formas, para uma revelação de que somos consciência e a consciência é LIVRE”. O Despertar e o Alargamento da Consciência III (Tania Araujo) 12/ 04/ 2015 Escolhi abordar o tema “O Despertar e o Alargamento da Consciência”, sob o enfoque da Agni Ioga. A Agni Ioga, a Ioga do Fogo, também chamada Ética Viva, foi dada ao mundo pelo Mestre Morya, através da discípula russa Helena Roerich, em 17 livros, entre os anos de 1924 e 1938. Hoje, abordarei o livro “Coração”, porque a abertura do chakra do coração é apontada pela Agni Ioga, como o meio que facilita a consciência a conquistar o Mundo Sutil e alcançar o Mundo Ardente, o Mundo do Fogo do Espírito. Isso facilita um despertar da consciência para a unidade da vida e conseqüente atitude de Fraternidade comas demais expressões dessa vida. A Agni Ioga propõe a aplicação do fogo do espírito para a redenção da natureza humana em todos os planos. É a Ioga da Nova Era que redimensionará a vida no planeta em padrões de Cooperação e Fraternidade, através de um direcionamento consciente das energias que circulam no indivíduo, no planeta e no Cosmos. Cada época tem sua ioga ou forma de união do homem com Deus. As iogas não se contradizem e, como ramos de uma grande árvore, alimentam o homem sedento desta união. Na época atual de transição da Era de Peixes para a Era de Aquário, temos a Raja Ioga, a ioga real da mente cujos ensinamentos foram compilados por Patanjali, há milênios. Na primeira metade do século XX, o Mestre Morya, do 1º Raio, trouxe ao mundo a Agni Ioga, indicando que esta será, na Era de Aquário, tão conhecida como o Evangelho o é no mundo cristão. Atualmente, um dos meus propósitos de vida é dedicar-me ao estudo e à difusão desta nova ioga. A Agni Ioga é também conhecida como ioga do Coração. Entretanto, não deve ser confundida com a Blakti Ioga. A Blakti Ioga também age pelo coração, mas esta ioga caminhou pelo sentimento do amor, não considerando outras manifestações cósmicas e os raios que guiam além do planeta. Ela cumpriu o seu papel para o desenvolvimento da consciência em sua época. Agora, o coração conduz a um trabalho duplo que leva ao mundo do amor, mediante os círculos dos Mundos Sutil e Ardente (porque nosso universo foi criado para desenvolver esta qualidade). Reafirmo que, para a Agni Ioga, o Coração é o meio para se chegar ao Mundo Ardente, o Mundo do princípio criador, o mundo das causas, o mundo do fogo. Na introdução do livro “Coração”, Mestre Morya aconselha aos estudantes a se reunirem para conversar acerca do coração, como estamos fazendo hoje. Ele nos conduzirá dos domínios da Terra para o Mundo Sutil, a fim de nos aproximar da esfera do Fogo. O primeiro parágrafo do livro diz: “Ver com os olhos do coração; escutar os ruídos do mundo com os ouvidos do coração; perscrutar o futuro com a compreensão do coração; recordar as acumulações do passado através do coração; assim, deve-se percorrer impetuosamente o caminho da ascensão”. Quando li estas palavras, achei-as bonitas e poéticas, sendo precisos anos de estudo e de meditação pra saber o que o Mestre nos estava aconselhando a fazer do coração – a sede dos sentidos – e, assim, perceber o mundo de outra maneira. É claro que não se trata do coração físico, em que pese a importância desse órgão, mas do chakra do coração que estabelece ligação com o mundo das causas e nossa consciência se eleva . Ver, ouvir, recordar e perceber pelo coração é diferente da percepção acumulada no cérebro. Unidos, o coração se expande com mais facilidade. E continua o Mestre: “A criatividade abrange potencial ardente e se satura com o sagrado fogo do coração. Portanto, no caminho para a Hierarquia, no caminho para o Grande Serviço, no caminho para a Comunhão, a síntese é o único caminho luminoso do coração. Como podem os raios irradiar, se a chama não está acesa no coração? (. . .) os arcos da consciência são fundidos pela chama do coração”. Aqui, lemos sobre a criatividade do Fogo do Coração, abrindo caminho em nossa consciência para a Hierarquia dos Mestres, para a realização do Grande Serviço do bem comum, para o estabelecimento da Comunhão, diferente de Comunicação, que é a sintonia de pensamento, de sentimentos e de ação – numa palavra, Fraternidade, com a vida em todos os planos e reinos da Natureza ( animal, vegetal e animal) – uma gota d’água numa folha – pois o fogo do coração funde os arcos da consciência. ????????? Os sonhos - …………………………………. Logo, percebe-se que os arcos de consciência estão separados e é preciso fundi-los para perceber a unidade da vida. Não vêm do plano da emoção (coitadinho), mas da própria vida. Estabelecida esta comunhão, percebemos a dor do outro como nossa. No Evangelho, o episódio da cura da mulher com fluxo de sangue, é um bom exemplo. No meio à multidão, a mulher tocou as vestes (a aura do Mestre) e ele perguntou aos discípulos:” Quem me tocou, porque de mim saiu uma virtude”, isto é, uma energia ou qualidade ardente emanada da aura do Mestre Jesus. a mulher foi curada. Continua o Mestre Morya, ainda no § 1º: “Recordemos a maravilhosa atração do ímã do coração que une todas as manifestações (Quando criança, tive um brinquedo com ímã; eram dois cachorrinhos ; um acompanhava o outro). Em verdade, o fio prateado que une o Mestre ao discípulo é o grande ímã do coração” Os ensinamentos nos falam sobre o mestre e gravamos este conhecimento no cérebro, mas a união Mestre X Discípulo é realizada pelo coração, onde está o Fogo espiritual ????. O simbolismo do fio é essencialmente o do agente que liga todos os estados de consciência entre si e ao seu Princípio. Este simbolismo exprime-se, sobretudo, nos textos dos Upanixades, onde se diz que o fio (sutra) sutura, liga este mundo e o outro mundo e todos os seres. (Dicionário de Símbolos) Evoca, também, o simbolismo do fio de Ariadne – a filha do rei Minos que deu a Teseus o fio pelo qual ele encontrou seu caminho para fora do labirinto. Este fio é o ímã do coração, ou seja, nós no labirinto das encarnações que nos une ao Pai. O ímã do coração, unindo-nos, também, a todas as manifestações de Deus, livra-nos da separatividade que, segundo o Mestre Tibetano, é o único pecado Mestre Morya afirma que “ os Mestres se regozijam quando o Mundo Invisível torna-se real e acessível ao discípulo”, podendo notar-se o crescimento da consciência. A consciência se amplia, mas não é psiquismo. Em outro parágrafo, lemos que o Coração, por sua significação interior, é um templo ligado a todas as sensações do Cosmos. A alegria e a angústia do Coração ressoam com as esferas distantes. (Nós nos comunicamos coma as estrelas). Não é sem motivo que o Coração foi marcado com o sinal da cruz - duas aurículas e dois ventrículos. Ele capta o que vem dos Mundos Superiores – a haste vertical superior da cruz, o que vem dos 3 reinos inferiores : animal, vegetal e mineral (Wladimir, diante de uma tempestade, disse que o flamboyant se assustou tanto com o trovão) e o braço horizontal são os nossos companheiros irmão humanos. O símbolo Rosacruz é uma cruz com uma rosa no centro, simbolizando a abertura do chakra do coração; a rosa com as pétalas abertas, expressando a abertura das três energias – a Inteligência Ativa, o Amor Sabedoria e a Vontade. Quando essas três camadas estão abertas, aparece a jóia do lótus – o Inefável. O coração é um escrínio que guarda a jóia mais preciosa, a própria vida divina, o presente do Deus de Amor a todos os seus filhos. Uma escultura -0 um ser de luz – o Cristo – com uma das mãos, apontando para o coração e a outra aberta. Isso significa: Quando se fala do Coração, tem-se em vista o AUM, isto é, a energia psíquica dos três mundos: do Pai, do Filho e da Mãe e do Espírito Santo. Até nas épocas mais remotas e entre os selvagens, as pessoas compreendiam o coração como a morada dos deuses e juravam, colocando a mão no coração. Mas, agora, em nossos dias “iluminados”, o coração está reduzido a um órgão fisiológico. É necessário lembrar que o coração é o unificador dos mundos. O fogo do coração é o próprio fogo do espaço e os antigos compreendiam essa comunicação com os mundos distantes, através do coração que sente as mais sutis vibrações. Os antigos procuravam coordenar as atividades do coração com os mundos distantes, usando métodos mecânicos, como torcer as aos sobre a cabeça com os dedos cruzados, formando um círculo magnético; também colocavam as mãos com os dedos cruzados no local do Cálice e o final da palma esquerda tocava o coração. Confesso que, muitas vezes, na rua, coloco a mão no coração para lembrar-me disso. Agora, no tempo atual, ensina-se a atuar, mediante a consciência interna que toca a essência do coração, evocando o movimento para cima que atrai o Infinito. Até o fogo físico, suas labaredas se dirigem para cima. A seta …………………………. vai para baixo. Mestre Morya diz: “O laboratório humano é muito mais poderoso do que se supõe, por isso, saiba como conservar o fio com a Hierarquia; caso contrário, erraremos muito”. Como usar o laboratório para o mal? É emitindo pensamentos, sentimentos e realizar ações egoístas. Somos condensadores e transformadores de energia. É grande o significado de um coração flamejante; ele é, verdadeiramente, um Ímã Cósmico que cria “milagres”, atuando de acordo com as leis do Universo, realizando o que Mestre Morya chama de “ajustamento ao objetivo”. Aplicar a energia do coração a grandes distâncias ajuda a Grande Obra. Podem-se verificar as datas e conseguir absoluta exatidão, como, por exemplo, na ocasião da Lua Cheia. Pertenço, desde 1977, a um grupo de meditadores de sete países que se reúne anualmente, por ocasião de um dos três grandes festivais da Lua Cheia, para meditar, procurando trazer energias do espaço para ajudar a humanidade e o planeta.Após a meditação, usa-se algum tempo para anotações de insights e compartilhamento para os que desejarem. Nestas meditações, busca-se a solenidade muito enfatizada por Mestre Morya, para prevenir as deformações e o rompimento das correntes de energia. Mestre Morya diz que “o solene amor conduzirá aos mundos superiores e encontrará o caminho para o Mundo Ardente, unindo o fio prateado à fortaleza do Coração Supremo”.(Quadro Roerich) A verdadeira solenidade se constrói, mediante tensão superior, (como as cordas de um violino), decisão e marcha no caminho da Luz. As dificuldades são inevitáveis, mas cuidado com a lamentação humana de autopiedade; isso acontece, porque pensamos no ganho de cada jornada e não na eternidade, esquecendo que o Ensinamento aprofunda a consciência. Educação do Coração O coração é o intermediário dos Mundos Superiores e a humanidade se embrutece ao negligenciar seu órgão principal. O coração da humanidade está doente, diz Mestre Morya, ele nos pede para observar a higiene e a educação do coração. A higiene do coração pressupõe boas ações no sentido amplo, isto é, as que têm como objetivo o bem da humanidade. O Ensinamento da Ética Viva é como o trabalho de um escultor que vê, dentro do mármore ou da madeira bruta, a imagem desejada e vai retirando os excessos, até que a peça se torne o modelo que tem em sua consciência. Nos livros do Mundo Ardente, lemos, muitas vezes, a expressão “No caminho para o Mundo Ardente” e, a seguir, um conselho de purificação. Meu instrutor dizia que esse caminho para o mundo ardente poderia ser lido como “No caminho da cristificação” ou no caminho para se tornar um homem perfeito, tal como na estátua de Davi. No § 559, Mestre Morya volta ao 1º § do livro: “Aquele que disse ver com os olhos do coração tinha em vista não um símbolo, mas uma lei física. Uma consciência liberta transforma a sensibilidade; a cor mais viva torna-se invisível. a sinfonia mais forte, inaudível; o mais forte toque, imperceptível. Não se deve considerar esta qualidade como abstrata; ela representa mais um meio de aproximação ao Mundo Sutil. Essa transformação da sensibilidade é um dos melhores meios de refinamento do coração. Mediante um simples comando do coração, é possível forçar a si mesmo a nem ver nem ouvir, passando, assim, pelos maiores horrores das esferas inferiores sem notá-los, preservando a substância preciosa do iogue”. No § 560, lemos: “Entretanto, é necessário refinar cada toque e demonstrar a mais terna solicitude com a carga do próximo”. Daí, compreendi o quanto é necessária a qualidade da discriminação para saber como utilizar a sensibilidade do coração no Serviço. No § 561, lemos: “O grande mandamento é transferir o Coração da abstração para uma força motriz científica. (O Mestre já havia assinalado a necessidade da criação do Instituto do Coração, onde sua energia seria estudada no mais fino laboratório). Isso deveria começar nos dias do Armagedom, como a única salvação da humanidade. É preciso observar o Coração. Nós (Mestres) não insistimos no significado moral do coração; isso é indiscutível.Agora, o Coração é necessário como uma ponte de salvação para o Mundo Sutil. A compreensão das qualidades do coração é o passo mais essencial para o tempo atual. A condição catastrófica das esferas inferiores do planeta liga-se à má profilaxia do Coração. Deve-se aceitar a base do coração e compreender o significado do foco, das palpitações. Lembrar a cada dia do coração é coisa inadiável” § 578 “!O desconhecimento do coração limita a pessoa, o coração do homem não é jovem, porque sua essência é permanente. Nesta compreensão, jaz a vida eterna” §581 – “É possível alcançar instantaneamente o estado superior de consciência, quando as acumulações no Cálice são suficientes”. §584 – “Muito precisam ser estudadas as secreções do homem .O suor do homem que corre para ajudar é diferente da do assassino; a saliva da cólera é diferente da saliva da ajuda. Cada estado humano produz uma reação química especial. Estudando a multiformidade do microcosmo, chega-se à compreensão dos mundos físico e espiritual pelos produtos da energia psíquica, que é outro nome da Energia Ardente”. §586 – “A ligação do coração uno com a pulsação cósmica é evidente e poderá ser encontrada por métodos de laboratório” § 595 – “Costumemo-nos a compreender o homem não só como expressão do espírito, mas também como uma combinação química, eternamente ativa. Assim nos acostumaremos ao significado especial das relações humanas, evitando atritos desnecessários. O coração flamejante pode sentir a mútua suplementação”. Uma das condições da existência é a cordialidade que é desenvolvida, voltando-se para o coração.
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