Serviço Social, Relações Fronteiriças e Fluxos Migratórios - cress-mg

Transcrição

Serviço Social, Relações Fronteiriças e Fluxos Migratórios - cress-mg
Serviço Social, Relações Fronteiriças e Fluxos
Migratórios
As fronteiras (in)visíveis do capital: desafios para o Serviço Social: este foi o tema do Seminário
Nacional Serviço Social, Relações Fronteiriças e Fluxos Migratórios Internacionais, realizado pelo
CFESS e pelo CRESS-PA, em Belém, entre os dias 6 e 8 de julho. A programação trouxe
debates importantes para o fortalecimento da perspectiva dos direitos humanos das populações
de migrantes, refugiados e fronteiriços, e destacar as experiências profissionais dos assistentes
sociais neste campo de atuação, no Brasil e em outros países.Na tarde da abertura, o debate
abordou a questão de “Fronteiras e Migrações internacionais: velhas e novas contradições
capital/trabalho”, com a presença do professor Wilson Honório da Silva e do cacique Mapu Huni
Kui, líder de comunidade indígena no Acre. No dia seguinte, 7, a programação começou com o
tema “Direitos Humanos e Direito Internacional: conquistas históricas e desafios para o Serviço
Social”, com a assistente social e professora da UFPA Adriana Mathis, a paraguaia Corina
Leguizamón, diretora do Departamento de Comunicação e Cultura do Instituto de Políticas
Públicas em Direitos Humanos do Mercosul, e Fedo Bacourt, coordenador da União Social de
Imigrantes Haitianos. Na sequência, a mesa “Experiências profissionais – proteções sociais:
imigrantes, fronteiriços e refugiados”, contou com a presença das assistentes sociais Maria
Geusina da Silva, professora da Universidade Federal da Integração Latino-Americana; Aline
Maria Thuller de Aguiar, da Cáritas do Rio de Janeiro; Angélica Socorro Monteiro de Lima
Gonçalves, da Ong Só Direitos, do Pará; e Jehanete Gomes da Silva, da Secretaria Justiça e
Direitos Humanos do Pará.
Cacique Mapu Huni KuiNo último dia, os participantes assistiram ao debate sobre “Exercício
profissional e fluxos migratórios: diálogos internacionais”, que trouxe as experiências
internacionais de Angola e Paraguai. O tema foi apresentado por Simão Samba, representante da
Associação de Assistentes Sociais de Angola, Stella Mary Garcia Aguero, professora de Serviço
Social na Universidade Nacional de Assunção (Paraguai), e Esther Lemos, vice-presidente do
CFESS e professora da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste/Toledo).A diretora
Rosilene Aparecida Tavares representou o CRESS-MG durante o Seminário e destaca que o
evento foi um espaço marcante de troca de experiências, relatos de realidade de países que
tiveram ali seus representantes. “Além das reflexões que as expositoras trouxeram a partir das
suas experiências, ocorreu a ampliação do debate sobre o cotidiano do exercício profissional de
assistentes sociais na luta e defesa dos direitos humanos, à luz do projeto ético-político
profissional, no âmbito da proteção social para a população migrante, imigrante e refugiada que
mora em regiões de fronteira. Isso destaca a necessidade de a categoria estar atenta a
especificidade da demanda dessa população e para qualificar a atuação profissional é
imprescindível buscar apreender, apropriar e aprofundar o conhecimento sobre essa temática e
direitos humanos para analisar as expressões da questão social e as suas refrações presentes no
cotidiano profissional independente de qual região atua”, explica Rosilene.Discussões
importantes De acordo com o professor Wilson Honório da Silva, um dos destaques do evento
foi a preocupação em romper também a fronteira da atividade específica do CFESS e dos
CRESS e do que se espera da lógica do Serviço Social, para ter uma atuação que também
questione o capitalismo, o sistema e tudo aquilo que faz com que as fronteiras nos separem e faz
com que a vida de milhões de pessoas seja hoje uma tragédia. “Como professor, mas
principalmente como militante, ter participado do Seminário foi uma experiência única. Como
disse no fim do encontro, foi um aprendizado gigantesco, e o que discutimos de uma perspectiva
internacional, a participação das/dos assistentes sociais de um ponto de vista não só acadêmico,
mas também pela perspectiva política, bastante concreta, de ação social, de intervir de fato na
realidade. Nós todos – todos os movimentos sociais - temos o compromisso de romper as
fronteiras, tanto as mentais, quanto as físicas e regionais que estão a serviço da opressão e da
exploração dos povos, sejam os latinos, africanos, haitianos”, destaca o professor.
povo do Acre, a oportunidade de conhecer as realidades de diversas regiões e até mesmo de
outros países foi gratificante. “Foi um evento muito rico, colocou em debate assuntos importantes,
o que acontece em cada estado e o que devemos melhorar. Encontrei pessoas maravilhosas,
para que possamos fazer uma parceria e fortalecer o desenvolvimento, trazer a melhoria
realmente. Espero que esse trabalho tenha continuidade”, afirma o cacique.Para ler a cobertura
completa sobre cada debate, acesse aqui e aqui.
CONSELHO REGIONAL DE SERVIÇO SOCIAL DE MINAS GERAIS – CRESS 6ª Região
www.cress-mg.org.br | www.facebook.com/cressmg | [email protected] | 31 . 3226-2083 (sede)

Documentos relacionados

Roda de Conversa sobre o Sinase - cress-mg

Roda de Conversa sobre o Sinase - cress-mg “Foi um momento de pensar a intervenção profissional na área da medida socioeducativa e também de estreitar laços com profissionais que atuam em outras áreas objetivando o fortalecimento do Serviço...

Leia mais

Eixo temático: II. El debate sobre las teorías críticas en la formación

Eixo temático: II. El debate sobre las teorías críticas en la formación Uma das teses configurativas desse projeto profissional crítico, de acordo com Silva (2002), é o desvendamento da dimensão político-ideológica da profissão e a explicitação do caráter contraditóri...

Leia mais