china de 12 de maio de 2008.
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china de 12 de maio de 2008.
MODELAÇÃO DA DEFORMAÇÃO CO-SÍSMICA E TENSÃO DE COULOMB PRODUZIDAS PELO SISMO DE WENCHUAN - CHINA DE 12 DE MAIO DE 2008. MODELING THE COSEISMIC DEFORMATION AND COULOMB STRESS PRODUCED BY THE 12 MAY 2008 WENCHUAN - CHINA EARTHQUAKE. Bento Caldeira(1,2), Ekaterina Zadonina(1), José Borges(1,2), Mourad Bezzeghoud(1,2), (1) Centro de Geofísica de Évora, [email protected] (2) Departamento de Física da U. de Évora SUMMARY This work will present the coseismic deformation and Coulomb stress associated with the Wenchuan (China) earthquake. The results were calculated from a slip distribution model obtained by inversion of 40 welldistributed broadband waveforms. We will intrepret the observed aftershock distribution and coseismic deformation on the basis of these results. Resumo Às doze horas e seis minutos (tempo universal) do dia 12 de Maio de 2008, ocorreu junto à linha de separação entre a cadeia montanhosa de Shan e a bacia de Sichuan, (LAT=31.016N, LONG=103.365E) um dos maiores sismos ocorridos nos últimos cem anos no interior daquele continente (Mw=7.9). A destruição espalhou-se por uma vasta área, causando a perda de dezenas de milhar de vidas nas maiores cidades da província de Sichuan. Dois fenómenos que acompanham os grandes sismos são a deformação inelástica junto à região da fonte (deformação co-sísmica) e as variações da tensão (de Coulomb) induzidas em consequência do sismo principal. Quando um material geológico é deslocado da sua posição pela acção das ondas sísmicas ou pela influência dos deslocamentos produzidos pela ruptura devido à sua proximidade (efeito de campo próximo), verifica-se que não retoma exactamente a posição inicial, produzindo-se assim deformação. Esta deformação (deformação co-sísmica) atinge a superfície com maior ou menor intensidade, consoante as propriedades físicas do material e as características dos movimentos a que a região ficou sujeita. As variações de tensão (estática e dinâmica) induzidas por um sismo podem potenciar ou diminuir a actividade sísmica na região adjunta à fonte ou ainda induzir outros sismos a grandes distâncias (dinâmica). Assim, o cálculo da variação da tensão de Coulomb fornece um eficaz meio para a interpretação de várias observações sísmicas, como a distribuição das réplicas ou as lacunas sísmicas verificadas após grandes sismos. O cálculo da deformação co-sísmica e tensão de Coulomb tem como ponto de partida um modelo de ruptura previamente conhecido e habitualmente obtido por inversão de formas de onda, cuja qualidade condiciona completamente os resultados a obter. Modelos de fonte assim calculados garantem apenas soluções que explicam os movimentos elásticos produzidos nalguns pontos da superfície. Se as deformações co-sísmicas e as variações da tensão de Coulomb calculadas através deles estiverem em conformidade, respectivamente, com a deformações co-sísmica registada na superfície por técnicas geodésicas e com a distribuição de réplicas, está assegurada a qualidade do modelo de ruptura usado. Caso contrário o modelo deve ser revisto. Portanto estes cálculos podem também ser efectuados com o objectivo de aferir modelos de ruptura obtidos com outros dados; eles constituem uma das poucas maneiras de os confrontar com essas outras classes de manifestações. Neste trabalho serão apresentados os resultados dos cálculos da deformação co-sísmica e variação da tensão de Coulomb, associados ao sismo de Wichuan (China) de 12 de Maio de 2008, calculados a partir do modelo de distribuição espácio-temporal de deslizamentos obtido por inversão de formas de onda de banda larga de 40 estações bem distribuídas à volta da fonte.
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