Eventos - Visão Grupo

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Eventos - Visão Grupo
Revista
ABCFARMA
Junho • 2009 • Edição 214
Publicação Dirigida aos Médicos, Farmacêuticos, Odontólogos, Profissionais de Saúde e Proprietários de Farmácias e Drogarias
SEMPRE A MELHOR INFORMAÇÃO
Editorial
AQUI TEM
FARMÁCIA
POPULAR
Pedro Zidoi
Presidente
D
ia 13 do mês de maio realizou-se reunião com a Diretoria de
Assistência Farmacêutica da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, cujo
diretor é o Dr. José Miguel do Nascimento Júnior.
A reunião tratou dos problemas que aconteceram na venda de medicamentos aos clientes que são beneficiados pelo Programa “Aqui Tem
Farmácia Popular”. Após as análises dos problemas, foi dada a palavra
a representantes da Caixa Econômica Federal, que cuidam da certificação digital, para explicar como funciona esse sistema na Caixa.
Os representantes do comércio farmacêutico que participaram da
reunião sugeriram a criação de um cartão magnético para o consumidor, similar ao que o governo concede aos cidadãos cadastrados
nos programas estatais.
Sobre a proposta de receita médica eletrônica e certificação digital
para os médicos, a informação do representante do Conselho Federal
de Medicina foi a de que, pela entidade se encontrar em época de préeleição, esse problema ficará para a futura diretoria resolver.
A representação do comércio farmacêutico foi feita por Lázaro
Luiz Gonzaga, de Minas Gerais, Álvaro Silveira Júnior, de Brasília, e
Geraldo Monteiro, de São Paulo. Fomos informados de que o número
de farmácias e drogarias que desejam aderir ao programa e aguardam publicação de autorização, já chegou a 6 mil empresas.
Ficou marcada nova reunião para o grupo de trabalho para o próximo dia 17 de junho. 
Revista ABCFARMA | Junho/09 | 3
Índice
OFTALMOLOGIA
EDITORIAL
O presidente da
ABCFARMA fala
sobre a nova fase do
programa Aqui tem
Farmácia Popular
3
PÁGINAS AZUIS
O ABC DO AVC
A Dra. Renata Simm
explica a origem
dos derrames
cerebrais e fala
sobre o tratamento
emergencial dessa
doença
6
O fim do olho seco
Mais frequente
no inverno, a
Síndrome
do Olho Seco incomoda
muito – mas tem solução
20
GESTÃO DE NEGÓCIOS
O pulo do canguru
O consultor Américo
José e a importância
de se ter diferenciais
na condução dos
negócios
30
INVERNO
MEDICAMENTOS
Sinusite:
O inimigo oculto
O Dr. José Eduardo
Dolci fala de uma das
doenças que mais
aumentam com o frio
Homeopatia:
a era francesa
A chegada
ao Brasil do
laboratório Boiron,
que revolucionou
a prática
homeopática
14
Diretor Presidente
Pedro Zidoi
Diretor Financeiro
Sétimo Gonnelli
Diretor Secretário
Armênio Rodrigues Alves
Diretora Administrativa
Abigail J. C. Maglio
Analista e Programador
Eduardo Novelli
Editoração Eletrônica
e Produção Gráfica
Vanusa Assis
Sergio Bichara
Dawis Roos
NOTA:
26
Jornalista Responsável
Celso Arnaldo Araujo
Mtb 13.064
Repórter
Francisco Colombo
Mtb 18.640
Colaboradores
Américo José da Silva Filho
Nelson Grecov
Dr. Osmar de Oliveira
Dr. Roberto Macedo
Distribuição e Publicidade
ABCFARMA
Gerente de Distribuição
Mirna Lúcia de Oliveira
COSMÉTICOS
A beleza, fio a fio
Num livro repleto
de informações
úteis, o Dr. Luciano
Barsanti dá dicas
de como cuidar de
cada tipo de cabelo
38
ECONOMIA
O custo do dinheiro
O economista Fábio
Pina, da Fecomercio,
diz qual é a melhor
(e a pior) forma de
crédito para o comércio
54
LEIA TAMBÉM
Farmácias: A Voz da Farmácia ..............34
Atualidades ......................................... 44
Filantropia: Casa Hope ........................50
Acontecimento .................................... 60
Cartas ................................................. 62
Encontros Políticos .............................64
Debate: Audiência em Brasília .............66
Eventos: Expo Med Norte ....................68
Eventos: ABCFARMA em Franca ...........70
Homenagem: Julio Augusto
de Moraes Rêgo................................... 71
Homenagem: Sindusfarma ..................... 72
Eventos (Expo Farmácia - Racine) .................74
Eventos (Econofarma) ..............................76
Eventos (Expo Pharma) .............................77
Portal ABCFARMA................................78
Formatura: Universidade de Canoinhas.........82
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Gráfica Prol
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4 | Revista ABCFARMA | Junho/09
DIRETORIA: TRIÊNIO 2007 A 2010
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2º LÁZARO LUIZ GONZAGA (BELO HORIZONTE, MG)
3º PAULO SÉRGIO NAV ARRO DE SOUZA (JOÃO PESSOA, PB)
4º JOSÉ RAIMUNDO DOS SANTOS (ARACAJÚ, SE)
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7º PAULO ROBERTO KOPSCHINA (PORTO ALEGRE, RS)
8º JOÃO ARTHUR RÊGO (SALVADOR, BA)
9º JOAQUIM TADEU PEREIRA (BELÉM, PA)
10º VOLLRAD LAEMMEL (BLUMENAU, SC) VALE DO ITAJAÍ
11º MODESTO CARVALHO DE ARAÚJO NETO
(BELO HORIZONTE, MG)
12º EDIMAR PEREIRA LIMA (BOA VISTA, RR)
13º VAGNER ALONSO GUTIÉRREZ (SÃO PAULO, SP)
14º MAURÍCIO CAVALCANTE FILIZOLA (FORTALEZA, CE)
15º DIOCESMAR FELIPE DE FARIA (BRASÍLIA, DF)
16º NELCIR ANTÔNIO FERRO (CURITIBA, PR) CASCAVEL
17º WAGNER JACOME PATRIOTA (NATAL, RN)
18º ÁLVARO SILVEIRA JÚNIOR (BRASÍLIA, DF)
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2º WAGNER FERREIRA GIFFONI (BRASÍLIA, DF)
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DOS GOYTACAZES, RJ) CAMPOS
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PELOTAS (MORADIA)
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3º EVERTON LUIZ ILHA MAHFUZ (PORTO ALEGRE, RS)
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5º JOÃO GILBERTO SERRATT (PORTO ALEGRE, RS)
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RONALDO DE OLIVEIRA CARVALHO (LINS, SP)
RONALDO FERNANDES PEREIRA (UBERLÂNDIA, MG)
VÍTOR FERNANDES (AMERICANA, SP)
WILSON ROSSI (TUPÃ, SP)
Revista ABCFARMA | Junho/09 | 5
Páginas Azuis
Texto e fotos: Celso Arnaldo Araújo
O ABC
DO AVC
Os Acidentes Vasculares
Cerebrais estão entre
as principais causas de
morte e de incapacitação.
É possível evitar ou
reverter um AVC?
O
Acidente Vascular Cerebral (AVC),
popularmente conhecido como derrame,
está sempre entre a primeira e a quarta
causa de morte nos países do primeiro mundo
– e nos em desenvolvimento também. No Brasil, é a
terceira causa. E mesmo quando não é fatal, o AVC faz
grandes estragos – é a maior causa de incapacitação
entre adultos. Chama-se acidente porque é um evento
súbito e inesperado e dois mecanismos – a isquemia e
a hemorragia – podem desencadeá-lo, gerando danos
que variam da perda do movimento de um braço ou de
um lado da face até graves alterações cognitivas, da
fala e da visão. Os AVCs têm os mesmos fatores de risco
das doenças cardíacas – e a maior parte deles pode ser
evitada com uma vida saudável. Mas, mesmo perdendo a
oportunidade de prevenção, as vítimas de derrame, pelo
menos o do tipo isquêmico, que responde por 85% dos
AVCs, têm hoje uma luz no fim do túnel: um tratamento
emergencial através de medicamentos trombolíticos,
disponível em alguns centros médicos, permite
desobstruir a artéria envolvida no AVC, minimizando as
sequelas do derrame. É o que explica a Dra. Renata
Simm, médica neurologista do Hospital Santa Paula,
onde ela coordena o atendimento neurológico de urgência,
e da equipe do Hospital Sírio-Libanês
6 | Revista ABCFARMA | Junho/09
Quais são as diferenças entre os dois tipos de AVCs – o isquêmico e o hemorrágico?
A diferença é o mecanismo de ação. No
Acidente Vascular Cerebral Isquêmico, ocorre a obstrução de uma artéria cerebral por
um trombo ou coágulo e a consequente interrupção da circulação para determinada área
do cérebro. Já no AVC hemorrágico, ocorre o
contrário – uma artéria se rompe, inundando
de sangue a região cerebral por ela irrigada.
E, nesse caso, tanto pode ser pelo rompimento de um aneurisma como o de uma artéria
cerebral lesionada – que é o mecanismo mais
comum. São duas faces da mesma doença.
E as causas e os fatores de risco desses
dois tipos de derrame são os mesmos?
Sim, existe uma interface entre os dois.
A hipertensão arterial e o diabetes, por exemplo, podem predispor tanto ao AVC isquêmico como ao hemorrágico. Outros fatores de
risco, como o cigarro e a arterosclerose, também são comuns aos dois. O controle rigoroso
da pressão arterial, dos níveis de colesterol e
de glicose, a prevenção do tabagismo, a práti-
Páginas Azuis
ca de exercícios físicos e uma avaliação cardiovascular de rotina são medidas preventivas que
se aplicam não só aos dois tipos de AVCs como
às doenças cardíacas. O que vale para o coração
vale para o cérebro.
No AVC isquêmico, quando ocorre obstrução arterial, a área cerebral privada de sangue sofre com a falta de oxigenação e suas células morrem, se nada for feito. É o mesmo que
acontece com o miocárdio cardíaco em caso de
infarto?
Exatamente. Tanto num como no outro caso,
ocorre uma necrose na área celular que passa a
não receber sangue. Mas é um processo dinâmico, que leva algum tempo – daí a importância
de uma intervenção imediata, de emergência,
assim que se inicia o processo. Muitas vezes,
a área cerebral afetada pelo derrame é subestimada numa primeira avaliação. Além da necrose da área principal, existe a chamada área
de penumbra – composta de células que podem
morrer posteriormente, se não houver intervenção. Por isso, mesmo que não haja atendimento
imediato e não se consiga recuperar a área principal afetada pelo AVC, ainda é possível melhorar as células da área de penumbra num período que vai de 1 a 4 dias após o derrame.
Em termos de consequência, além do óbito,
qual a pior sequela que pode decorrer de um
derrame cerebral? E na melhor hipótese?
A pior sequela é sem dúvida a perda completa da força de um lado do corpo e a perda da
linguagem – a chamada afasia absoluta, que é
extremamente incapacitante para qualquer indivíduo. Mesmo tendo a consciência preservada
de tudo o que está à sua volta, ele fica incapaz
de se comunicar. Com atendimento de urgência,
conseguimos minimizar bastante a extensão
dessas sequelas. Mas de 20 a 30% das vítimas
de AVC vão apresentar esse tipo de dano máximo sem a intervenção de emergência. Nos derrames mais leves, pode ocorrer uma pequena
alteração da sensibilidade – um leve amortecimento do pé, da mão e do braço. Não chega a ser
uma sequela, mas um desconforto.
Os sintomas de um AVC são característicos?
Sim. Há alguns sinais de alerta. O primeiro é a perda ou alterações na linguagem de
8 | Revista ABCFARMA | Junho/09
início súbito. A pessoa está conversando e começa a enrolar a língua, não completa uma
frase ou não entende o que outra pessoa está
falando. Outro sinal: perda súbita da força na
mão, num braço, numa perna, na face – de
um lado só. Terceiro: perda súbita da visão, de
um lado só ou em ambos os olhos. Tonturas
ou vertigens súbitas e inexplicáveis acompanhadas de vômito também pode ser sinal de
AVC. Finalmente, uma cefaleia súbita de forte
intensidade, mais comum no AVC hemorrágico.
As pessoas que sobrevivem a ele relatam ter
sido esta a pior dor de cabeça de suas vidas.
É mais comum que esses sintomas sejam
percebidos por parentes ou outras pessoas,
não exatamente pelas vítimas, que normalmente têm mais idade?
Sim. Adultos jovens, na faixa de 40 a 50
anos, geralmente percebem por si próprios que
está acontecendo algo anormal e vão procurar
ajuda. Mas muitos idosos que têm AVCs, e que
geralmente dependem de cuidados de terceiros
ou que moram sozinhos, só chegam ao serviço
médico dois ou três dias depois. E hoje o atendimento de emergência faz toda a diferença.
Qual é o período ideal de atendimento após
os primeiros sintomas?
Com o advento da trombólise, isto é, o processo medicamentoso capaz de dissolver trombos e coágulos arteriais, o tratamento do AVC
tornou-se uma urgência médica – isso quando o paciente pode recebê-lo. Quanto antes o
paciente chegar ao hospital, melhor podemos
evitar as sequelas. O ideal é que o medicamento seja usado em no máximo três horas após
o início dos sintomas. É preciso ressaltar que
Imagens
tomográficas
mostrando
a extensão de um
AVC hemorrágico
– a forma mais
grave de derrame, com um
alto índice de
letalidade
Páginas Azuis
as drogas trombolíticas só podem ser utilizadas nos
AVCs isquêmicos – não nos hemorrágicos. Mas como
os AVCI respondem por cerca de 85% dos derrames,
o alcance dessa terapia é bastante amplo.
Como a droga é aplicada?
Se o paciente for socorrido dentro do período de
três horas, ministramos 10% da dose na veia. E os outros 90%, por uma bomba de infusão ao longo de uma
hora, também através de uma veia periférica. A partir
do momento em que se inicia o processo, o neurologista faz uma avaliação do paciente a cada 15 minutos,
usando um escore de déficits neurológicos. Se houver
piora durante a administração do medicamento, a
infusão é interrompida. Encerrado o processo, o paciente é levado para a UTI e ali recebe todas as medidas de praxe. Se o paciente só conseguir chegar a um
centro médico depois de três horas, mas antes de seis
horas, ainda podemos beneficiá-lo com o mesmo medicamento, mas aí através da punção de uma artéria
inguinal, por cateteterismo. E isso só pode ser feito
num hospital que tenha um centro de hemodinâmica
capaz de identificar precisamente a artéria obstruída,
para que o medicamento vá direto ao ponto. É o que
chamamos de “resgate do tratamento” – e muitas vezes conseguimos aí o mesmo efeito da medicação ministrada nas primeiras horas.
Numa cidade como São Paulo, há muitos serviços
de emergência capacitados a fazer esse atendimento?
O tratamento só pode ser feito em serviço de
emergência com estrutura de UTI. Não pode ser realizado em ambulâncias, postos de saúde, clínicas,
mas só em hospitais aparelhados para esse tipo de
atendimento – que ainda são poucos. Na rede pública paulistana, posso citar o Hospital das Clínicas e o
Hospital São Paulo.
Entre as vítimas de derrame, que tipo de paciente
não pode receber trombolíticos?
Pacientes abaixo de 18 anos e acima de 80; pacientes que passaram recentemente por cirurgias; que já
tenham tido sangramentos de grande porte, como úlceras hemorrágicas; já tenham sofrido infarto agudo
do miocárdio; que já se submeteram a neurocirurgias;
ou que, nos exames laboratoriais, apresentem índices
de coagulação alterados. Isso sem falar nos pacientes com AVCs hemorrágicos – uma contra-indicação
absoluta para essa forma de tratamento. Mas são exceções: a maioria dos pacientes de AVC pode ser tratada com medicamentos trombolíticos.
10 | Revista ABCFARMA | Junho/09
Já que os AVCs hemorrágicos não se beneficiam
desses medicamentos, o que é possível fazer por eles?
O primeiro passo é avaliar o tamanho da hemorragia. Alguns pacientes precisarão, imediatamente,
de uma drenagem cirúrgica do sangue extravasado, para não piorar seus níveis de consciência. Em
seguida, coloca-se esse indivíduo em condições clínicas estáveis e sob monitoração intracraniana – a
principal causa de morte pelo AVC hemorrágico é
a hipertensão intracraniana, decorrente do próprio
sangramento, que desencadeia uma cascata de mecanismos lesivos ao cérebro, já que o sangue contém
substâncias extremamente irritativas ao sistema
nervoso. Por isso, quando essa drenagem é feita rapidamente, às vezes a gravidade das sequelas pode
ser bastante minimizada.
Como é a vida pós-derrame?
Depende do tipo de sequelas e das condições sociais e familiares do paciente. Se a sequela for grave, o
paciente pode ficar dependente até para a alimentação,
e precisar de fonoaudióloga, fisioterapeuta, etc. Pode
ser, portanto, um quadro complexo – e muito mais difícil quando o paciente não tem recursos. Já quando
as sequelas são mais leves, a reabilitação é mais fácil e
o retorno às atividades normais é possível. Nos casos
de déficit muscular, podemos usar hoje a toxina botulínica, o botox, para relaxar a musculatura retesada e
reduzir a dor da fisioterapia.
E que mudanças o paciente deve introduzir em sua
vida depois da alta?
Se fumava, tem de parar de forma absoluta. Muitas
vítimas de derrame só têm um fator de risco: o cigarro. Mas o normal é que os pacientes de AVC tenham
vários fatores associados. No Brasil, o fator preponderante ainda é a hipertensão, já que muitas pessoas só sabem que são hipertensas depois de terem o
derrame. O aumento da incidência de obesidade em
nosso país fez disparar a incidência de hipertensão.
O controle rigoroso da pressão arterial num paciente
de derrame deve ser ainda mais rigoroso. Não precisa virar um maratonista, mas ele tem de incorporar
também práticas regulares de atividade física. E os
índices de colesterol de quem já teve um AVC devem
ser ainda mais baixos que o nível ideal para um indivíduo normal – de preferência, abaixo de 150, o que
normalmente obriga o paciente, além da indispensável dieta alimentar, a tomar medicamentos da família
das estatinas, para ajudar a reduzir o colesterol.
Páginas Azuis
Aplica-se à prevenção dos AVCs a recomendação dos cardiologistas de se tomar aspirina
para “afinar o sangue”?
Sim. O cardiologista é nosso parceiro, porque o paciente que tem doença coronariana
mal controlada dificilmente escapará de uma
doença vascular cerebral. O corpo não é dividido em compartimentos, mas um organismo.
As doenças vasculares são sistêmicas. Por isso,
antiagregantes plaquetários também ajudam
na prevenção do AVC, já que evitam a agregação das plaquetas sanguíneas– uma das causas
dos acidentes vasculares cerebrais. Por isso,
todo paciente com fator de risco para doenças
cardiovasculares deve tomar ácido acetilsalicílico ou outros antiagregantes plaquetários.
Qual é o papel do estresse no desencadeamento dos acidentes vasculares cerebrais?
O estresse do dia a dia predispõe ao aumento da pressão arterial por descarga de
adrenalina – tanto que a gente orienta o paciente que for medir a pressão a relaxar pelo
menos meia hora antes da tomada. Um indivíduo já hipertenso submetido a uma situação
extrema de estresse e com artérias cerebrais
já lesadas pode, sim, vir a ter um pico de pressão que seja fator de risco para um AVC. 
Artéria cerebral bloqueada (como mostra a imagem
acima): se o paciente chegar ao hospital em três
horas, o derrame se torna uma urgência médica
12 | Revista ABCFARMA | Junho/09
DERRAME: UMA CORRIDA CONTRA O TEMPO
Uma pessoa com sintomas de AVC cerebral, descritos no começo
desta entrevista, chega ao setor de emergência de um hospital dotado dos recursos para tratar o derrame como urgência médica – como
o Hospital Santa Paula. É uma corrida frenética contra o tempo, mas
a equipe está treinada para seguir um protocolo rigoroso, passo a
passo. Por isso, não há atropelo nem desespero – apenas precisão.
Na triagem, uma auxiliar de enfermagem avalia os sinais vitais do
paciente (pressão arterial, frequência cardíaca), aciona o código de
urgência, convoca a enfermeira, que o instala na sala de emergência,
inicia a monitotização e aciona o médico clínico que vai conversar
com o paciente, se isso for possível, ou com sua família, para levantar seus sintomas e antecedentes clínicos. É tudo cronometrado,
porque, nesse caso, tempo é vida. Nesse meio tempo, o pessoal de
enfermagem já identificou um acesso venoso para o medicamento
– e colheu sangue para a equipe avaliar, por exemplo, se o paciente não tem problemas de coagulação, o que contra-indicaria um
medicamento que dissolve coágulos. Os resultados ficam prontos em
minutos. Nesse meio tempo, o clínico já confirmou o diagnóstico de
derrame e solicitou a tomografia craniana de urgência. A esta altura,
o neurologista já foi incorporado ao processo. Se os exames estão
ok, começa-se o procedimento, com a infusão da droga. Da entrada
do paciente até o início da medicação, incluindo a tomografia,
o tempo ideal preconizado é de 20 minutos. Na hora seguinte,
enquanto os medicamentos estiverem sendo infundidos, a artéria
obstruída começará a abrir e retomar sua circulação normal. Dos 14
pacientes com derrame já atendidos no Santa Paula com esse protocolo de atendimento de urgência, 10 obtiveram cura total.
Inverno
Texto: Celso Arnaldo Araújo
Fotos: divulgação
SINUSITE
O INIMIGO OCULTO
C
hega o inverno e, com o frio, as “estrelas”
entre as doenças da temporada: asma
e rinite. Mas a sinusite – terceira ponta
de um triângulo – é tão ou mais frequente e,
a exemplo de suas “irmãs” respiratórias, pode
produzir sintomas que afetam fortemente a vida
cotidiana e se tornar um tormento para suas
vítimas. Que não são poucas: nos Estados Unidos,
contabilizam-se cerca de 16 milhões de consultas
ao ano por sinusite aguda – e aqui os números
devem ser proporcionais. Até 10% dos resfriados
comuns podem evoluir para sinusite – o que dá
outra medida da frequência da doença. Mas a
otorrinolaringologia evolui constantemente de
modo a tratar com sucesso até as formas crônicas
e mais graves da doença. É o que explica o
Dr. José Eduardo Dolci, Professor Titular
da Faculdade de Ciências Médicas da Santa
Casa de São Paulo e chefe do Departamento de
Otorrinolaringologia desse hospital
Dr. José
Eduardo Dolci,
professor titular
da Faculdade
de Ciências
Médicas da
Santa Casa
de São Paulo
e chefe do
Departamento
de Otorrinolaringologia
desse hospital
14 | Revista ABCFARMA | Junho/09
Ela pode ser aguda, quando rapidamente provoca
sintomas, ou crônica, quando as crises vão e voltam.
Muita gente tem sinusite sem saber, porque desconhece seus múltiplos sintomas ou os confunde com outras
doenças, como um resfriado mais forte. Para entender a sinusite, é preciso saber, por exemplo, que existem quatro pares de seios nasais na face, distribuídos
em quatro regiões em torno do nariz – como os seios
frontais (testa) e maxilares. São cavidades revestidas
por uma mucosa semelhante à do nariz, que é coberta
por cílios dotados de movimentos vibráteis que eliminam as secreções da região, através de canalículos que
desembocam no nariz. Esses pequenos canais têm de
1 a 3 mm de espessura. Qualquer estreitamento desse diâmetro, que já é reduzido por natureza, provoca
sinusite, ou seja, inflamação dos seios – sinus, em
latim. E as principais causas do inchaço da mucosa
são infecções – daí a sinusite geralmente se manifestar após um resfriado comum – e condições anatômicas, como desvio de septo, presença de pólipos ou corpos estranhos. Como diz o Dr. José Eduardo, “nariz
que não respira tem sinusite”. Não por coincidência,
a incidência de sinusite também recrudesce durante
o inverno. E é bastante comum entre crianças, que se
resfriam com mais facilidade. “Até os sete anos, uma
criança tem em média dois resfriados por ano. Como
até 10% dos resfriados viram sinusite, a incidência da
doença é grande nessa faixa etária”. Se pessoas resfriadas fossem submetidas a uma tomografia computadorizada, 90% apresentariam alterações nos seios
da face, mas apenas 10% evoluiriam para sinusite.
OS SINAIS DE ALERTA
O médico admite que o leigo e até médicos de outras especialidades têm dificuldade de distinguir entre os sintomas de resfriado, rinite e sinusite. “Numa
fase inicial, o diagnóstico é mesmo difícil”. Mas, de
início, vai uma dica de especialista: “Não existe resfriado que dure mais de 10 dias”. Se os sintomas de
dificuldade respiratória e congestão nasal persisti-
rem além desse prazo, deve ser sinusite ou
rinite. E como diferenciar uma da outra?
• Rinite: o paciente acorda com o nariz entupido, melhora ao longo do dia, quando o clima
esquenta, não tem febre e o muco que escorre
do nariz é claro.
• Sinusite: o “entupimento” dura mais de 10
dias, a secreção é espessa, amarelada e às vezes
malcheirosa, dando a sensação de escorrer pela
garganta. Febrícula no fim de tarde, prostração,
alteração de olfato se a obstrução for bilateral.
A dor facial, um sintoma aparente típico da
sinusite, não é obrigatória. Mas pode ser característica, por causa da secreção retida nos seios
da face: “A dor craniofacial pode ser agressiva.
É comum o paciente chegar para a consulta segurando a cabeça. E dizer que a dor aumenta
quando abaixa a cabeça”, relata o Dr. Dolci.
TRATAMENTOS: DOS
MEDICAMENTOS À CIRURGIA
O modo de combater a sinusite vai depender
de sua causa. Quando a sinusite é do tipo
funcional, isto é, decorrente de resfriados,
rinites alérgicas ou variações de pressão no
nariz, ela pode ser bem administrada com
medicamentos específicos. Já no caso de
sinusites anatômicas, pela presença de desvio
de septo ou pólipos que prejudicam a drenagem
da secreção, então o tratamento mais eficiente
tem de ser mais agressivo – e nessa área há novidades, como a sinuplastia (ver box), que
estarão sendo apresentadas em São Paulo, entre
1 a 5 de junho, no XIX Congresso Mundial de
Otorrinolaringologia, que reunirá cerca de seis
mil especialistas do mundo todo.
No score de 0 a 10 do incômodo causado pela
sinusite crônica, muitos pacientes costumam se
incluir na categoria 10, porque ninguém consegue trabalhar e viver com o nariz permanentemente entupido e drenando para dentro. Esses pacientes crônicos por certo precisarão de
correção cirúrgica do problema. Já os que têm
apenas episódios de sinusite aguda podem ser
muito bem controlados com antibióticos (se ela
for de origem bacteriana). Cerca de 90% dos pacientes, nessa condição, se curam com o tratamento medicamentoso.
16 | Revista ABCFARMA | Junho/09
O uso de soro fisiológico,
para tornar a secreção mais
fluida, também é um recurso
bastante eficiente. Nebulizações, igualmente com soro,
funcionam bem. E se o paciente for saudável e não
tiver contra-indicações
para esse tipo de medicamento, os sprays nasais com corticoides podem ser bastante positivos
para reduzir o edema e a
dor facial. “Quem se cura de
uma sinusite aguda passa a
ter a mesma chance de ter um novo episódio de
quem nunca teve sinusite”, diz o Dr. Dolci. Isto
é: sinusites agudas típicas não se cronificam.
Mas o grande problema são as sinusites de
origem anatômica. Elas são diagnosticadas
combinando-se o exame clínico e a anamnese
do paciente com uma tomografia da face. Se o
paciente estiver em crise, os médicos tentam
tirá-lo dessa condição, para depois atacar a causa. “Não se pode operar um paciente de nariz
entupido”. Os corticoides tópicos de uso prolongado são uma boa arma nesses casos – já que
esse tipo de medicação está cada vez mais seguro, por causa de sua baixíssima absorção pelo
organismo. Mas se o paciente não está em crise e
não apresentar condições que contra-indiquem
uma cirurgia, o melhor mesmo é tentar resolver
o problema com uma terapia muito próxima da
solução definitiva.
A sinusite pode
acometer os
quatro pares
de seios nasais
distribuídos
pela face,
produzindo
retenção de
secreções,
dificuldade
respiratória e,
eventualmente,
dores
A cirurgia endoscópica tradicional, feita através
do nariz, consegue fazer uma “toalete” na mucosa
edemaciada e nos materiais ósseos excedentes, para
que a região passe a ter mais ventilação e facilidade
de drenagem das secreções. Mas uma nova técnica,
a sinuplastia, promete o mesmo efeito – com muito
menos agressividade.
SINUSPLATIA:
UMA “PLÁSTICA” NA SINUSITE
A nova técnica, que já chegou ao Brasil e terá seus
primeiros resultados divulgados durante o Congresso
Mundial de Otorrinolaringologia em São Paulo, consiste também da introdução no nariz de um cateter com
instrumento óptico na ponta, que chega até a região dos
seios nasais. Ao alcançar o local, um balão na ponta do
instrumento é inflado e, durante cerca de um minuto,
faz uma espécie de remodelação em toda a área inflama-
Cerca de 10%
dos resfriados
podem evoluir
para sinusite.
Para alguns
casos crônicos,
está indicada
a sinusplatia
(à esquerda,
antes e depois
do tratamento), uma
técnica pouco
agressiva que
remodela os
seios nasais
obstruídos
da, com menos traumas locais. A técnica convencional, ao fazer essa limpeza, pode destruir uma parte
da mucosa, criando cicatrizes que mais tarde facilitam uma nova obstrução dos seios nasais operados.
Já depois de uma sinuplastia, diz o Dr. Dolci, o risco
de reobstrução é bem menor. Não é, porém, uma terapia para todos os portadores de sinusite crônica.
A técnica é eficiente na obstrução dos seios frontais e esfenoidais. Por isso, apenas 10% dos pacientes são beneficiados. Mas já é um progresso. No futuro – estima o Dr. Dolci – os cientistas chegarão à
origem molecular das causas anatômicas da sinusite, como os pólipos, cuja origem não é conhecida,
corrigindo-as com medicamentos. 
18 | Revista ABCFARMA | Junho/09
Oftalmologia
Texto: Celso Arnaldo Araújo
Fotos: divulgação
NA MIRA
DO OLHO SECO
A prevenção e os tratamentos
O
utro foco de
preocupação
na extensa
lista de moléstias cuja
incidência aumenta na
temporada de inverno:
os olhos também sofrem
– pelas alergias ou, mais
frequentemente, pela
chamada Síndrome do
Olho Seco.
O globo ocular necessita
de lubrificação constante
– que é feita normalmente
pela lágrima. A baixa
umidade do ar desta
época do ano e a poluição
dos grandes centros
urbanos, também mais
pesada no clima frio,
provocam a queda na
produção de lágrimas,
com a consequente
desidratação das córneas.
Mas a oftalmologia
tem soluções cada
vez mais eficientes
para esse problema,
como relata aqui o
Dr. Pedro Carricondo,
oftalmologista do
Hospital das Clínicas da
Faculdade de Medicina da
Universidade de SP
20 | Revista ABCFARMA | Junho/09
Os sintomas do olho seco podem
se confundir com os de outras patologias oculares, como alergias e conjuntivite? Ou a síndrome tem algum
sintoma bem característico?
A Síndrome do Olho Seco tem sintomas muito comuns, como irritação,
coceira, lacrimejamento e vermelhidão. Pode, sim, ser confundida com
outras doenças, cabendo ao oftalmologista descartar essas outras patologias. Geralmente, o olho seco não tem
secreção, o que dá uma boa pista em
relação às doenças com sintomas similares. Um ponto importante é que,
em determinadas situações, ocorre a
piora importante dos sintomas. Am-
bientes secos, com ar-condicionado
ou condições de trabalho em que há
diminuição do piscar (ao computador,
por exemplo), levam ao aparecimento
ou ao agravamento desse desconforto.
Como se fecha o diagnóstico de
olho seco?
Para fechar o diagnóstico de olho
seco, avalia-se a superfície lacrimal:
a produção de lágrimas (teste de Schimer), o tamanho do menisco lacrimal
(quanto de lágrima há na superfície
ocular), o tempo que leva para esta película evaporar (através do exame de
tempo de quebra do filme lacrimal ou
BUT) e a presença de áreas de defeito
epitelial ou de epitélio em sofrimento. São testes realizados pelo oftalmologista no consultório, praticamente inócuos.
Uma vez feito o diagnóstico, você diria que
o paciente está com olho seco ou tem olho
seco? Ou seja: a Síndrome do Olho Seco é uma
condição pessoal crônica ou é dependente de
fatores ambientais?
Existem duas situações: pessoas que têm
doenças crônicas que levam a olho seco,
como doenças autoimunes do tipo lupus e artrite reumatóide, e pessoas que têm situações
tratáveis ou evitáveis que levam ao olho seco.
A Síndrome de Olho Seco causada por doenças autoimunes em geral é mais grave, de
tratamento mais difícil, porque leva à destruição das células produtoras da lágrima e
depende de tratamento dessa condição sistêmica. Essas pessoas têm olho seco cronicamente e necessitam de tratamento por tempo
indeterminado. Já indivíduos com condições
tratáveis, como doenças da borda palpebral
(meibomite, por exemplo), necessitam de
tratamento sintomático e da doença de base.
Quando esta melhora, em geral podemos parar o tratamento ou diminuí-lo. Já os indivíduos que apresentam sintomas em condições
específicas – como a baixa de umidade no
inverno – necessitam de tratamento medicamentoso nestas situações e de orientação do
oftalmologista para melhorar os ambientes
onde opera o computador, por exemplo.
No inverno a incidência aumenta muito?
O tempo seco do inverno tende a aumentar
a incidência do olho seco. Indivíduos predispostos, em especial mulheres pós-menopausa, costumam apresentar muitos sintomas
neste período.
De que forma as situações da vida moderna – ar-condicionado, computador o dia todo
– agravam o problema?
O trabalho prolongado ao computador,
como já foi dito, altera o ritmo de piscar – em
situações de concentração, o piscar diminui
de 10 vezes por minuto para 3 a 4 por minuto,
o que aumenta o tempo de exposição da super22 | Revista ABCFARMA | Junho/09
fície ocular e aumenta a evaporação e agrava
os sintomas de olho seco. O ar-condicionado,
por retirar a umidade do ar, também aumenta
a evaporação e piora o quadro. E geralmente
estes fatores acabam se somando: ambiente de
trabalho com ar-condicionado e computador.
Qual é o perigo da automedicação com
colírios?
Os colírios, se não utilizados corretamente,
podem levar a várias doenças oculares. Se usados indiscriminadamente, o conservante pode
ser altamente tóxico para o olho e piorar os sintomas ou mesmo causar outros. Colírios com
determinadas drogas, como corticoides, podem
causar catarata, glaucoma, facilitar infecções
secundárias, entre outros. Deve-se conhecer a
dose correta, o período de uso seguro e quais os
componentes mais adequados.
Resumidamente, como se trata olho seco da síndrome leve à grave?
O tratamento do olho seco inicia-se com a
orientação dos pacientes quanto aos fatores
predisponentes e desencadeantes e como evitá-los. Por exemplo, usar umidificadores em
ambientes secos ou fazer pausas em trabalhos
com computador. Deve-se tratar ainda as doenças de base, tanto do olho como sistêmicas,
que possam estar contribuindo para a doença. A partir daí, deve-se iniciar o tratamento
com os colírios lubrificantes, provavelmente a
A Sindrome do
Olho seco é a
queixa número 1
dos consultórios
de oftalmologia,
sobretudo em
cidades com
clima seco e
durante o inverno
principal peça do arsenal para o combate à doença.
Todas as medidas seguintes não dispensam seu uso.
É importante a adaptação do paciente ao conservante, dando-se preferência àqueles menos agressivos
à superfície ocular. Pode haver necessidade de instilação muitas vezes ao dia, sendo utilizado nestes
casos lubrificantes de dose única, sem conservantes.
A seguir, podem ser usados corticoides, já que acredita-se que o componente inflamatório seja uma das
principais causas de cronificação do processo; ou
ainda imunomoduladores, como a ciclosporina. Em
casos mais graves, há possibilidade de se fazer ainda
a oclusão dos pontos lacrimais, indicar o óculos com
câmara úmida, substância que estimula a secreção
lacrimal, e até transplante de glândula salivar como
medidas adicionais.
BRASÍLIA:
A CAPITAL DO OLHO SECO
DÁ DICAS DE PREVENÇÃO
A Capital Federal é considerada a
cidade brasileira que mais sofre com
a Síndrome do Olho Seco – e no inverno, a situação se agrava. Com seus
níveis de umidade de ar batendo recordes negativos (chegou a 16% em julho
de 2008), o clima de Brasília é uma ameaça para quem tem
alergias respiratórias – mas os olhos estão entre as partes do
corpo mais afetadas quando chega a seca total do inverno.
Os consultórios oftalmológicos da capital ficam cheios e o
Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB), o maior dessa especialidade na região, recebe uma multidão de vítimas do olho
seco. A especialista no tratamento da Síndrome do Olho Seco
no HOB, Dra. Maria Lúcia Rios (acima), alerta que já é hora de
prevenir a síndrome e sugere a adoção de hábitos como:
• Uso de óculos diariamente, pois atuam como uma
barreira à evaporação da lágrima
• menor permanência em frente ao computador e à TV
• menor exposição a ambientes com ar-condicionado
• menor exposição dos olhos ao vento
• não permanecer por horas seguidas em leitura
• ficar atento às reações de medicamentos, especialmente antidepressivos, antihistamínicos, antihipertensivos, ansiolíticos e anitacneicos, que diminuem a
produção lacrimal
Só um exame oftalmológico específico pode fechar o diagnóstico
de Síndrome de Olho Seco, distinguindo-a de outras doenças.
Colírios. só aqueles indicados pelo especialista
Pelo número de pacientes atendidos, os oftalmologistas
de Brasília acabam se tornando especialistas em olho seco.
E a Dra. Maria Lucia destaca a possibilidade de melhorar a
imensa maioria dos casos: “É gratificante curar um paciente que
chega ao consultório com um saco de colírios e que perambulava há anos em busca de solução”. Ela ressalta o sofrimento
das pessoas que ainda não encontraram alívio: “O olho só fica
confortável se estiver lubrificado. Por isso, o olho seco incomoda
muito e é maior causa de consultas oftalmológicas”. De lágrimas
artificiais indicadas para casos leves ou moderados à oclusão
cirúrgica dos pontos nasolacrimais, o tratamento do olho seco
oferece múltiplas possibilidades e chances de cura. 
Revista ABCFARMA | Junho/09 | 23
Medicamentos
Texto: Celso Arnaldo Araújo
Fotos: divulgação
A NOVA ERA
DA HOMEOPATIA
Tecnologia francesa no Brasil
A
chegada da Boiron, laboratório francês que há
80 anos se dedica à homeopatia, hoje presente
em mais de 60 países com mais de 200
produtos de referência, representa uma nova etapa
da terapia homeopática no Brasil. Com uma nova
visão sobre essa especialidade e práticas industriais
que introduziram mais rigor científico à produção
desses medicamentos, a Boiron estreia no país com
seu antigripal – um dos remédios mais vendidos
da França. Depois, virá um ansiolítico natural,
livre de prescrição. Com lançamentos regulares nos
próximos cinco anos, o laboratório francês quer
trazer para o Brasil um novo conceito em homeopatia – uma especialidade
ainda cercada de mitos, enigmas e algum preconceito. Nesta matéria, a
Diretora Farmacêutica da empresa, Dra. Maria Isabel de Almeida Prado, e
o médico homeopata Renan Ruiz, ex-presidente da Associação Paulista de
Homeopatia, explicam essa nova era da arte de curar pela semelhança
Os farmacêuticos-pesquisadores franceses
Jean e Henri Boiron iniciaram a empresa em
1932. Hoje, a Boiron é dirigida por seus filhos,
Christian, Thierry e Michèle
26 | Revista ABCFARMA | Junho/09
A Dra. Maria Isabel de
Almeida Prado, entre Ricardo
Ferreira, diretor da Boiron no
Brasil, e o Dr. Renan Ruiz,
um dos mais respeitados
homeopatas brasileiros
Depois de quase quatro anos de preparativos e formalidades, a Boiron
atravessa o Atlântico e chega pra valer ao Brasil – um país onde existe
grande simpatia pela medicina homeopática, embora persistam as dúvidas que normalmente ainda cercam essa centenária especialidade. Disponível também em farmácias e drogarias homeopáticas, o primeiro medicamento a ser lançado no Brasil, em junho, quando começa a “temporada
de gripes”, é o Oscillococcinum, que os franceses tratam carinhosamente
como “Oscillô”. Em 2007, foram 74 milhões de unidades vendidas. É um
medicamento usado para prevenir e tratar estados gripais, que será vendido sob prescrição médica – por ser produzido com um elevado índice de
diluição/dinamização (agitação), mais precisamente 200 k, ou seja, 1 parte
diluída em 100 por 200 vezes. Já o segundo lançamento da Boiron no Brasil, o Sédatif, um ansiolítico, terá venda livre, pois tem diluição/dinamização de apenas 6. Nesse aspecto, os especialistas apontam uma aparente
contradição na legislação sanitária brasileira – a prescrição é exigida, no
caso de produtos homeopáticos, em medicamentos com altas diluições,
ou seja, quanto mais infinitesimal for o princípio ativo contido no medicamento. Essa regra talvez siga o próprio princípio homeopático original,
segundo o qual, quanto maior for a dinamização,
maior a potência do medicamento. Não é, porém,
o que ocorre em outros países. Mas a Boiron está
se adaptando às exigências sanitárias do país, mantendo sua tradição de seriedade e rigor científico – e
com grande expectativa de melhorar o conceito da
homeopatia no Brasil. Segundo a Dra. Maria Isabel
de Almeida Prado, farmacêutica que pertence a uma
família cujo nome é estreitamente ligado à história
da homeopatia no Brasil, diz que a Boiron é uma
empresa vencedora em todos os países onde está
estabelecida – e o mesmo vai acontecer no Brasil.
A estratégia do laboratório francês no Brasil é visitar
médicos para mostrar uma “nova face” da homeo-
patia. “Só existe preconceito quando o conceito ainda não é bem conhecido”. Muitos ainda contestam,
por exemplo, a eficácia da homeopatia em doenças
agudas, mas o Dr. Renan diz que tudo é uma questão de bom senso terapêutico. “Os medicamentos
homeopáticos agem estimulando o paciente a reagir
contra a doença. Se for uma moléstia de rápida evolução, como uma meningite, não haverá tempo para
essa reação”. Mas uma crise de asma, que é a manifestação aguda de uma doença com componente de
cronicidade, pode se beneficiar da homeopatia. De
qualquer modo, a essência do tratamento homeopático, como explica Renan, é o “compromisso com
o bem-estar do paciente”. Isso não exclui a prescrição concomitante de produtos alopáticos. A
Boiron é a linha de frente de uma renovação
francesa da homeopatia, traduzida pela expressão “homeopatia clínica” – uma medicina menos “filosófica” e mais clínica. “Outras
escolas preocupam-se mais com o psiquismo
do paciente, com longas conversas de caráter
afetivo”. Daí decorre talvez um dos preconceitos contra a homeopatia – a de que, depois do
papo, os medicamentos são meros placebos,
de efeito psicológico. Na verdade, a homeopatia clínica privilegia os aspectos clínicos do
paciente – como o próprio nome sugere.
E a Boiron, para embasar essa prioridade, tem uma longa tradição em
promover estudos científicos,
em caráter duplo-cego, sobre
seus medicamentos.
Revista ABCFARMA | Junho/09 | 27
NOVAS PRÁTICAS
E a Boiron foi pioneira na adoção de metodologias de fabricação que conferem mais rigor
científico ao potencial terapêutico de seus medicamentos. Como explica a Dra. Maria Isabel,
uma das novas tecnologias implantadas pelo
laboratório francês foi a chamada impregnação de glóbulos – que são, de longe, a mais
frequente apresentação homeopática. Para assegurar que cada glóbulo contenha a mesma
posologia de princípio ativo, a empresa desenvolveu uma metodologia de tríplice impregnação, que garante a homogeneidade do produto.
Além disso, as tinturas-mães utilizadas pela
Boiron são confeccionadas a partir de plantas
frescas, com todo o rigor de colheta: botânicos
de luvas brancas pesquisam essas plantas no
mundo todo. Embalagens sofisticadas dão suporte ao prazo de validade do medicamento –
com absoluta estabilidade terapêutica.
OS MESMOS PRINCÍPIOS,
NOVAS ABORDAGENS
Para o Dr. Renan Ruiz, apesar de todos
esses avanços, a base da homeopatia não vai
mudar nunca – pois segue a lei natural da semelhança. A ideia essencial da homeopatia é
utilizar uma substância que provoque sintomas semelhantes aos observados no indivíduo
doente – quando formulada numa diluição tal
que praticamente faça a substância desaparecer. A ação terapêutica dos medicamentos homeopáticos ainda não tem uma teoria cientificamente aceita por todos – a da “memória da
água” é uma das mais controversas. Seja como
for, a homeopatia tem milhões de adeptos no
mundo todo. O Dr. Renan atende pacientes que
há 25 anos só se tratam com homeopatia. Mas
ainda persistem alguns preconceitos, sobretudo na classe médica – alguns profissionais
ainda confundem homeopatia com chazinhos
ou “bolinhas de açúcar”. Entre os próprios homeopatas, ainda há os que ainda não se sentem
seguros em formular complexos – limitando-se
a receitar os medicamentos básicos. Seja como
for, ele reforça a tese de que homeopatia não
é religião nem fi losofia de vida – mas uma especialidade médica. Como tal, não pode nunca
dispensar flexibilidade e bom senso. 
Na sede de produção da Boiron, em
Messimy, próximo a Lyon, na França,
uma equipe de cientistas faz estudos
permanentes sobre a ação da homeopatia,
garantindo um homogêneo padrão de
qualidade. A Boiron tem hoje cerca de 250
medicamentos de referência (no alto)
28 | Revista ABCFARMA | Junho/09
Gestão de Negócios
Texto: Américo José da Silva Filho
Ilustrações: divulgação
O CANGURU
QUE SALTAVA
PARA TRÁS
Ullaoreet, cons augue cons eraesti smolor sequam
do odolorem quam nostis non ex el duisi. Hendipsum nummy non henissit, consequis nos eum del il.
N
um país muito longínquo, nasceu um dia
um canguruzinho que tinha uma qualidade muito curiosa. Saltava para trás, ao
contrário de todos os outros animais de sua espécie. Isso fazia dele alvo da zombaria dos outros.
O canguruzinho, que era muito sensível, sofria
muito e todas as noites chorava desconsolado,
sem que ninguém visse. Um dia, uma coruja, sábia e compreensiva, aproximou-se dele, dizendo:
— De nada adianta ficar chorando pelos
cantos. Se você se esforçar e treinar um pouco,
será capaz de saltar para frente como os outros
cangurus. É uma questão de perseverança.
O canguruzinho compreendeu que a coruja
tinha razão. Nessa mesma noite, começou a
praticar no seu cantinho. Progredia rapidamente e, num belo dia, no meio da admiração
geral, o canguruzinho deu uma autêntica exibição de saltos para a frente.
Satisfeito e orgulhoso, o canguruzinho passou
a considerar-se igual aos demais. Mas, na realidade, ele era mais capaz que os outros, porque
era o único que sabia também saltar para trás!
Essa fábula nos faz lembrar da questão dos diferenciais. Aquilo que parecia ser uma deficiência
do pequeno canguru na realidade era um potencial diferencial. Bastou que ele aprendesse o mais
fácil – saltar para a frente – para ser o único com
habilidade para saltar dos dois lados.
30 | Revista ABCFARMA | Junho/09
E em nossas farmácias, quais são os diferenciais
que somente nós temos e quais os que podemos desenvolver? Existem algumas perguntas básicas que o
empresário deve constantemente fazer a si mesmo. É
um exercício muito produtivo para quem deseja atrair
mais clientes, vender mais e desenvolver seu negócio.
Em que minha farmácia é melhor do que os concorrentes? Coloque-se na posição de cliente e faça
uma relação daquilo que você acredita ter como
diferencial. Pode ser o atendimento, a variedade de
produtos, o ambiente agradável, etc. Para auxiliar
nessa análise, converse com alguns de seus clientes
e pergunte o que eles acham da sua farmácia. E em
que meus concorrentes são melhores?
Faça uma visita aos seus concorrentes mais próximos e observe tudo à sua volta, do atendimento no balcão à agilidade da operadora de caixa. Olhe também
o lay-out, a organização, a decoração da farmácia e a
variedade dos produtos expostos. Havendo oportunidade, até mesmo pergunte a um consumidor, depois
de sair, por que ele compra naquela farmácia. Os seus
diferenciais – aquilo em que sua farmácia é melhor –
estão sendo adequadamente divulgados?
Muitas vezes o óbvio é o menos percebido. Se a
sua farmácia conta com um farmacêutico em período
integral (que sabe orientar o cliente quando necessário), produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos, lançamentos, prestação de serviços, cartão
de fidelidade, condições facilitadas para pagamento,
aceita cartões de crédito, faz manipulação, etc.,
por que não divulgar isso? Todas as farmácias
têm? Mas e o consumidor, será que ele sabe que
você também tem? Um exemplo muito comum é
quanto ao horário de funcionamento. Muitos consumidores estão acostumados que as redes ficam
abertas até mais tarde, ou 24 horas –quando precisam de uma farmácia, vão direto até elas.
Quem não divulga seu horário de funcionamento pode estar perdendo vendas mesmo com a
farmácia aberta até as 20 h, por exemplo, simplesmente porque o consumidor não está informado.
É possível melhorar os aspectos em que os concorrentes são melhores? O que é possível fazer para
melhorar a percepção que o consumidor tem de sua
farmácia? Exemplos: atendimento, lay-out e organização, variedade, facilidades para pagamento.
Não é necessário fazer tudo de uma única
vez, mas uma alteração substancial, em um ponto que é importante para o cliente, pode fazer
muita diferença. Essa análise e as consequentes
ações corretivas fazem aquilo que chamamos de
“adicionar valor” a produtos ou serviços.
Valor é tudo aquilo que o cliente percebe ter
recebido quando compra um produto ou um serviço. E isso pode variar de acordo com a situação
que o cliente está vivendo. Exemplificando: se for
tarde da noite e ele precisa de um medicamento,
valor para ele será a rapidez na entrega em domicílio. Já se ele procura um xampu, o valor será a
variedade de produtos que ele terá para escolher.
Também podemos identificar valor como aquilo
que o cliente enxerga ter recebido além do que ele
esperava receber (suas expectativas). Em relação a
elas, existem quatro níveis. (veja quadro ao lado)
Nesta última situação ele perceberá um valor
realmente significativo.
Vamos concluir resumindo as lições que a fábula do canguru deixou para nós: aquilo que os
outros vêm como estranho ou deficiência pode
ser transformado em diferencial; nossos diferenciais precisam ser divulgados; ao desenvolvermos nossas fraquezas, e utilizá-las junto com
nossos diferenciais, adicionamos valor aos nossos produtos e serviços. 
BÁSICO: É O MÍNIMO
QUE A FARMÁCIA DEVE OFERECER.
Exemplo: Que tenha os medicamentos necessários.
ESPERADO: O QUE ELE NORMALMENTE
ESPERA DA FARMÁCIA.
Exemplo: Atendimento rápido e educado.
DESEJADO: É TUDO AQUILO QUE ELE
GOSTARIA DE ENCONTRAR,
MAS NÃO NECESSARIAMENTE.
Exemplo: Promoções e cortesia. Vale lembrar que cortesia é aquela
gentileza especial, algo que vai além da simples educação.
INESPERADO: É CAPAZ DE SURPREENDÊ-LO.
Exemplo: Um balconista com disposição para conseguir um medicamento que ele não encontrou em nenhuma outra farmácia.
Américo José da Silva Filho
Atco Treinamento e Consultoria
E-mail: [email protected]
www.atcotc.com.br
“Grandes realizações não são feitas por impulso, mas por uma
soma de pequenas realizações.” (Vincent Van Gogh)
32 | Revista ABCFARMA | Junho/09
Farmácias
Texto e fotos: Francisco Eusébio Colombo
A VOZ DA
FARMÁCIA
A
ABCFARMA dá prosseguimento à série
de reportagens dando voz às farmácias
brasileiras. Nesta edição mostramos o
trabalho de duas empresas do Paraná que se
destacam não apenas pela boa condução de seus
negócios como por projetos sociais e ambientais
FARMÁCIAS
VALE VERDE
(Paraná)
Com 35 anos de atuação no norte do Paraná, a rede
de Farmácias Vale Verde busca sempre se posicionar
no mercado como uma empresa de diferenciais inovadores e modernos, tomando como pressuposto o comprometimento com a saúde, o bem-estar e a beleza.
São 19 lojas, que atendem, em média, 250 mil
clientes por mês, além de uma unidade de call center
e laboratório de manipulação nas quatro cidades onde
atua, com uma preocupação que vai além do diferencial de preços, investindo também em projetos sociais.
“Somos, sim, uma empresa competitiva no mercado em
relação aos preços praticados, mas vamos muito além
desse ponto, pois temos um compromisso com o público
que há muitos anos nos confia a sua família, e este processo vem se repetindo de geração em geração”, afirmam
os diretores da empresa, Rubens e Mirian Augusto.
As lojas são estruturadas em amplos espaços, contemplando uma grande área de autosserviço e ambientes que
propiciam as experimentações sensoriais, como os Espaços
de Beleza Vale Verde, onde o cliente, ao comprar produtos
de cuidados com a beleza, pode receber serviços de maquiagem, hidratação de pele ou tintura nos cabelos. Tudo é feito
pelas consultoras especializadas nesta prática e também na
orientação da compra. Destaque ainda para os projetos de
Responsabilidade Social Feliz Idade, Vale Preservar o Verde
e no endomarketing do Projeto Trainee, que é a capacitação
de funcionários para o atendimento de balcão.
PROJETO FELIZ IDADE
O projeto reúne, toda semana, aproximadamente 900
pessoas da melhor idade, em encontros que oferecem atividades físicas, monitoramento da saúde com aferição de
34 | Revista ABCFARMA | Junho/09
pressão arterial, autotestes orientados de glicemia e dicas
de alimentação saudável. Tudo realizado por uma equipe
multidisciplinar composta de farmacêuticos, profissionais
de educação física, entre outros. Os encontros são realizados semanalmente em oito lojas da rede.
Projeto Vale Preservar o Verde: com o objetivo
de educar para a preservação do meio ambiente, o projeto
é constituído de diversas ações, como bolsas coletoras de
embalagens recicláveis nas lojas, bolsas retornáveis e blocos de rascunho.
Bolsas Coletoras: maxibolsas estão disponíveis em
todas as lojas e convidam os clientes a depositarem ali as
embalagens recicláveis dos produtos comprados. Tudo é
doado a instituições ou ONGs que cuidam de crianças.
Bolsas Retornáveis: as bolsas em tecido são enviadas às escolas infantis com a proposta de uma aula lúdica sobre preservação ambiental. Feito isto, as crianças
carimbam a mãozinha com tinta na bolsa, assinam o nome
e afirmam o compromisso: “Eu dou uma mãozinha nesta
causa”. As crianças são presenteadas com estas bolsas por
elas personalizadas.
Blocos de rascunho: os papéis descartados pela
rede são reaproveitados para blocos de rascunho. Este
trabalho é realizado por Seu Mário, um colaborador de 95
anos. Site: www.farmaciasvaleverde.com.br.
REDE DE
FRANQUIAS
FARMAÚTIL
(Paraná e Santa Catarina)
Clemilson Ribeiro da Silva, sócio
da Farmaútil, destaca três pontos fundamentais para o desenvolvimento e o
sucesso de uma farmácia ou drogaria:
1.
A Farmaútil acredita em qualidade,
criatividade, inovação e ética para
se manter saudável e competitiva.
2.
A Farmaútil acredita na melhoria
e na evolução do ser humano pela
aquisição de conhecimento e capacitação através de treinamentos, para melhorar os serviços prestados.
3.
A Farmaútil acredita que uma
empresa é importante na transformação do setor de saúde, à medida
36 | Revista ABCFARMA | Junho/09
que se preocupa com o ser humano, valoriza e respeita a sociedade, para ser
valorizada e respeitada por esta mesma sociedade.
A Farmaútil conta com mais de
45 lojas franqueadas pelo sistema de
franchising de conversão. A pequena empresa atuando isoladamente é
sensível às mudanças de mercado, são
frágeis as políticas de juros e a qualquer mudança econômica. Atuando em
redes, elas aumentam a probabilidade
de sustentação e crescimento. À medida que os empresários de uma rede se
unem em torno de objetivos comuns,
como a negociação em conjunto com
fornecedores e a divulgação da marca,
a fidelidade ao sistema torna-se fundamental. Antes do ingresso na rede,
o empresário pensa isoladamente nos
seus problemas e nas suas soluções.
Como parte de uma rede, isso muda–
e o pensamento correto passa a ser “os
nossos problemas e as nossas soluções”. As projeções são audaciosas para
os próximos anos: chegar a mais de 120
lojas. Em momentos de crise, a franquia é o caminho natural para aqueles
que queiram dar uma “guinada” nos
negócios. Site: www.farmautil.com.br.
HISTÓRICO
Inauguração da primeira loja: maio
de 1992, na cidade de Cascavel, Paraná. Hoje, as unidades da Farmaútil estão localizadas em todo o Paraná e em
Santa Catarina, na cidade de Chapecó.
Lojas próprias e franqueadas:
atualmente a rede conta com 11 lojas
próprias e 45 franquias. 
Cosméticos
Texto: Celso Arnaldo Araújo
Fotos: divulgação
A BELEZA
DOS CABELOS
FIO A FIO
O
s cabelos desempenham várias funções
fisiológicas – como proteger o couro
cabeludo das variações térmicas e
dos efeitos negativos da radiação solar, entre
outros. Mas é como item de beleza que os cabelos
movimentam bilhões no segmento de cosméticos –
prova disso é o crescente destaque das prateleiras
de produtos capilares em farmácias e drogarias.
Um cabelo bonito e bem cuidado valoriza o rosto
e o conjunto – e o contrário também é verdadeiro.
Ainda há, porém, uma série de mitos e muita
desinformação sobre o assunto. Um dos mais
famosos tricologistas (médicos especialistas em
cabelo) do Brasil, o Dr. Luciano Barsanti, acaba de
lançar um verdadeiro guia sobre a saúde e a estética
capilar – o livro Dr. Cabelo. Nesta matéria, tudo
o que é preciso saber para cuidar melhor desse
verdadeiro patrimônio
Dr. Luciano Barsanti,
autor do livro Dr. Cabelo
38 | Revista ABCFARMA | Junho/09
Para ter cabelos bonitos e saudáveis
são necessários cuidados diários, a começar pela alimentação, que deve ser
rica em proteínas (carnes, aves, peixes, leites e derivados), econômica na
gordura e rica em líquido (pelo menos
oito copos por dia). Mas este é só o começo. Os cabelos precisam de produtos
adequados a seu estilo e características – e dispensar os mitos e crendices
que cercam o assunto. O primeiro deles
é o de que não se pode lavar os cabelos
todos os dias. Contesta o Dr. Barsanti:
“Vivemos num país tropical, não há mal
algum em lavá-los diariamente. Mas
a lavagem deve ser suave, sem massagens bruscas, com xampu apropriado
para cada tipo de cabelo e couro cabeludo e, de preferência, com água morna
(até 20 graus)”. Mas há muitos outros
mitos (veja no final desta matéria). Por
enquanto, vamos conhecer as informações mais atualizadas sobre alguns dos
segmentos do mercado capilar, começando pelo de cabelos brancos – ou seja,
de produtos para tintura.
A ARTE DO TINGIMENTO
Como explica o Dr. Barsanti, o
embranquecer dos fios se chama leucotricose – e ocorre pelo fim da produção de nosso pigmento natural, a
melanina, que dá cor aos cabelos. Na
opinião do especialista, “nada melhor
do que aceitar as marcas do tempo de forma saudável e otimista”. Mas ele reconhece que a maioria
das mulheres não admite sequer um fio de cabelo
branco na cabeça – e aí a tintura passa a ser inevitável. “Não existe medicamento ou produto que
faça os fios voltarem à sua cor natural. Hoje, porém, homens e mulheres têm acesso a produtos de
alta tecnologia e qualidade para o tingimento dos
fios. E os bons tinturistas têm domínio total das
técnicas de preparo das tintas para obter o melhor
resultado cosmético possível”. Mas algumas regras
devem ser seguidas – e isso vale também se a mulher optar por fazer o tingimento em casa:
• Tingir a intervalos menores do que 30 dias não é
aconselhável, pois pode levar à destruição da cutícula dos cabelos, deixando-os sem brilho, com
pontas duplas e difíceis de pentear
• Durante ou após a pintura, o couro cabeludo não
deve arder ou coçar. Se isso ocorrer, é possível que
haja uma inflamação do couro cabeludo e é hora de
procurar um tricologista.
DECIFRE OS PRODUTOS
• Coloração permanente: produtos com este
rótulo contêm amônia, substância que abre a cutícula dos fios para maior fixação da cor. Por isso,
esses produtos são indicados para mudança de cor
mais duradoura
• Tonalizantes: esses produtos, também chamados de semipermanentes, têm baixa dosagem de
água oxigenada (conhecida como oxidante). Por
não alterarem a estrutura dos fios, a coloração que
produzem é superficial, resultando na eliminação
gradativa da cor dos cabelos com a lavagem. São
indicados para quem quer apenas realçar a cor de
seus cabelos sem mudanças radicais
• Xampu colorante: em sua maioria, a fórmula desses produtos contém oxidantes e não amônia. Os
xampus colorantes tingem os cabelos brancos e não
saem com lavagens frequentes. São aplicados como
xampu comum e agem em cerca de 30 minutos.
DICAS DE TINGIMENTO
• Não deixe o produto agir mais do que o prescrito
• Evite misturas caseiras e produtos não licenciados
pela ANVISA
• Não faça coloração no mesmo dia de procedimentos químicos, como alisamento, relaxamentos ou
escova definitiva
40 | Revista ABCFARMA | Junho/09
• Com tingimentos constantes, as cutículas dos
cabelos ficam abertas. Para reconstituí-las,
são aconselháveis hidratações com queratina
• Grávidas não devem tingir os cabelos até o
quarto mês
• Os homens que preferirem tingir em casa devem
sempre optar por um tom de cor mais fraco que o
desejado. O efeito estético será mais natural.
ASSUMINDO O BRANCO
Apesar de todos os avanços na tintura dos cabelos, há ainda quem prefira mantê-los brancos. Dica
do Dr. Barsanti: “Quem quiser manter os cabelos
brancos bonitos e saudáveis deve evitar o uso de
xampus com sal, corantes e de pH acima de 6,5 –
tudo isso está nos rótulos dos produtos. Deve evitar também tomar sol na cabeça e, quando entrar
em piscinas, usar touca para proteger os cabelos do
cloro, que pode dar a eles um tom esverdeado”.
CABELOS CRESPOS
Há 23 milhões de mulheres no Brasil com cabelos crespos, cacheados ou muito crespos. Dessas, cerca de 2
milhões alisam os cabelos. Sobram, portanto, 21 milhões de mulheres que assumem o crespo e não podem
ter preconceitos com relação a isso. “Não existe cabelo
ruim”, ressalta o Dr. Barsanti. “O verdadeiro conceito
do belo está nas diferenças”. Dito isto, dicas do especialista para manter os cabelos saudáveis e bonitos:
• Hidrate os fios com máscaras de boa procedência, pelo
menos uma vez por semana. A superfície dos cabelos
crespos, em virtude da ondulação, repele a água provocando o aspecto ressecado do fio. Sugestão: hidratação
natural com uma pasta feita no liquidificador com um
copo de água de coco e a polpa verde do coco por 1 minuto. Aplique a pasta sobre os cabelos, mas poupando
o couro cabeludo, e deixe agir por 40 minutos. Após
esse período, enxágue abundantemente. Repita o procedimento uma vez por semana
• Se quiser alisar os cabelos, é recomendável fazer um
recondicionamento térmico, ou escova definitiva,
com produtos licenciados pelo Ministério da Saúde
• Evite as “chapinhas” quentes, pois o calor e a tração
danificam os fios
• Nunca se submeta a processos de alisamento com
formol em concentrações acima da permitida pelas
autoridades de saúde. Como explica o Dr. Barsanti,
o formol pode ser utilizado somente como conservante
de outras substâncias e na concentração máxima de
0,2%. O uso do formol em alisantes capilares acima
de 0,2% é proibido pela ANVISA. O formol é um ácido
que evapora. Inalado, pode provocar bronquites, crises
de asma e pneumonia química que podem ser fatais.
AS MELHORES
OPÇÕES DE ALISAMENTO
Para controle de volume: tioglicolato à base de gel.
Contra-indicação: cabelos com química, coloridos com
hena ou submetidos a tratamento com hidróxidos.
Para efeito liso natural: tioglicolato de amônia. Contra-indicação: cabelos com química ou muito grossos.
Para efeito chapinha: tioglicolato de amônia. Contra-indicação: cabelos crespos com muita química.
Para efeito de ondas suaves: hidróxido de guanadina. Contra-indicação: cabelos coloridos.
Para relaxar cabelos ondulados: hidróxido de sódio. Contra-indicação: cabelos previamente tratados
com tioglicolato ou guanidina.
MITOS: FUJA DELES
• Colocar pílulas anticoncepcionais no xampu ou ampolas de vitamina é mito – não resolvem nada e ainda alteram a fórmula original.
• Raspar os cabelos para crescerem mais fortes.
• Cortar os fios apenas na lua cheia para que cresçam
mais rápido.
• Cortar as pontas com frequência não ajuda o cabelo a
crescer mais rápido. “Cabelo não é planta e não precisa ser podado. Cortar as pontas quando elas estão
duplicadas vai deixar os cabelos com aspecto mais
bonito, apenas isso”.
• Durante gravidez, os cabelos não caem. Na verdade
eles ficam melhores e em maior quantidade.
• Escovar os cabelos por, pelo menos, 100 vezes para que
fique mais bonito. Isso só vai cansar o braço. 
Revista ABCFARMA | Junho/09 | 41
Atualidades
Omnaris, contra rinite alérgica
Diclofenaco Dietilamônio
alivia a dor
Lançamento da Linha Genérico Pharlab, o
Diclofenaco Dietilamônio Gel é indicado para aliviar a dor e reduzir a inflamação e o inchaço das
dores que afetam as juntas e músculos, nas entorses, lesões, contusões, distensões, torcicolos, dores
nas costas, dor muscular, dor pós-traumática, lesões
causada pela prática esportiva, tendinite, cotovelo de tenista, bursite, alguns tipos de artrites leves
(atralgia, dor articular) nos joelhos e dedos.
Acaba de chegar ao Brasil o mais novo tratamento para pacientes
com rinite alérgica. Trata-se do Omnaris (ciclesonida) fabricado
pelo laboratório Nycomed. A ciclesonida faz parte da classe dos
corticosteróides intranasais (ou seja, sprays nasais) sendo ativada
somente quando entra em contato com a mucosa nasal, transformando-se em des-ciclesonida. Essa ação minimiza significativamente eventuais efeitos adversos associados a doses residuais
do medicamento que possam escorrer pela garganta e atingir o
estômago. Ao contrário de outros medicamentos da categoria,
Omnaris é uma solução hipotônica, com maior concentração
de água, o que facilita sua absorção quase total pelas células da
mucosa do nariz. Além disso, essa característica permite uma
maior aderência do produto na região, proporcionando um tempo
de permanência (e eficiência) de até 24 horas.
Omnaris (ciclesonida) tem uma apresentação diferenciada: seu
jato possui 70 mcl,
cerca de 30% a
menos do que a
maioria dos sprays
nasais, o que reduz
o excesso de volume do produto que
possa escorrer pela
garganta e chegar
ao estômago.
MS:1.0639.0251
MS: 1.4107.0066
Contra-indicação: Hipersensibilidade conhecida ao diclofenaco
ou a qualquer componente da formulação.
SAC: 0800 0373322
A PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO
Contra-indicação: O uso
do medicamento deve ser
evitado na presença de
varicela ou sarampo.
SAC: 0800-7710345
A PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ
SER CONSULTADO
Trimedal
Há 35 no mercado, Trimedal - tradicional marca de medicamentos isentos de prescrição médica da
Novartis – alia inovação com tradição e traz novidades para o inverno.Uma delas é o Trimedal D&F.
À base de paracetamol, o medicamento é indicado para o alívio da dor e da febre e tem apresentação
em blister com quatro comprimidos. É recomendado para adultos e crianças a partir dos 12 anos de
idade. Com exclusiva tecnologia thin strip, Trimedal® Tosse é a primeira e única tira indicada para
aliviar a tosse devido à irritação na garganta e irritação brônquica menor. São tiras que dissolvem na
boca na dose exata, garantindo segurança, conveniência e praticidade. É recomendado para adultos e
crianças com mais de 12 anos de idade. Outro lançamento é o TrimeTherm®, a evolução tecnológica
do já conhecido “paninho da vovó”. Adesivo refrescante de gel à base de água com tecnologia inovadora, proporciona sensação refrescante em casos de febre e dores de cabeça. É recomendado para
adultos e crianças acima de 6 anos, não possui medicamento e tem ação por até 10 horas.
MS: Trimedal D&F 1.0068.1057.004-6 / Trimedal Tosse (adulto) 1.0068.1039-007-2
Contra-indicação: Trimedal D&F - hipersensibilidade (alergia) ao paracetamol ou a outros componentes da fórmula.
Não use outro produto que contenha paracetamol.
Trimedal Tosse (adulto) - hipersensibilidade conhecida a qualquer um dos componentes
da fórmula, se tomou medicamento IMAO (medicamentos utilizados para tratar a depressão ou a doença de Parkinson), doença pulmonar (incluindo asma), na gravidez e
lactação. Também é contra-indicado para crianças abaixo de 12 anos de idade.
SAC: 0800 888 3003
A PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO
44 | Revista ABCFARMA | Junho/09
Há 8 anos líder em genéricos,
empresa aposta em crescimento
O mercado de medicamentos genéricos do país, completou 10 anos,
segue em contínua ascensão. Os números do primeiro trimestre de
2009 mostram um aumento de 19% em relação ao mesmo período
do ano passado e confirmam os indicadores positivos do segmento que, em 2008, cresceu 18,9%, superando a média do mercado
farmacêutico, que ficou em 7,9%. Os genéricos já representam em
torno de 18% do total de medicamentos comercializados no Brasil.
Além da economia, a maior confiabilidade quanto à segurança e eficácia desses medicamentos, somados ao crescimento contínuo do
portfólio, explicam o desempenho do setor. "Os números demonstram que o mercado de genéricos vem crescendo e evoluindo no seu
principal objetivo, que é proporcionar o acesso e a manutenção do
correto tratamento medicamentoso ao maior número de pessoas",
afirma Jairo Yamamoto, presidente da Medley. Líder do setor de
genéricos no país desde 2002, a Medley Indústria Farmacêutica uma empresa do Grupo sanofi-aventis - conta atualmente com um
portfolio de 127 produtos, dentre os quais cinco dos dez genéricos
mais vendidos do país. "Acreditamos que o mercado deva repetir
em 2009 o desempenho do ano passado, que foi da ordem de 20%",
completa Yamamoto.
renova embalagens
O Aché Laboratórios apresentou em maio último, nas farmácias de todo o Brasil, suas novas
embalagens. O projeto gráfico fortalece a presença e a qualidade do Aché, valorizando as
marcas dos produtos e da empresa.
A reformulação dos grafismos e alinhamento
visual das centenas de embalagens compreendeu todos os medicamentos do Aché: sob
prescrição médica, MIP (medicamentos isentos de prescrição), fitoterápicos e genéricos,
comercializados sobre a marca Biosintética,
que também foi modernizada e posicionada no
topo das embalagens, em lugar de destaque.
Os novos padrões unificaram caixas, rótulos,
bisnagas, embalagens de vidro, amostra grátis, bulas e blisters.
Revista ABCFARMA | Junho/09 | 45
Atelidona:
atenolol + clortalidona
Apresentado em comprimidos de 50 a 100 mg em diversas embalagens, a atelidona, do Laboratório Teuto,
está indicada para o controle da pressão arterial, combinando esses dois princípios ativos, cada um dos quais
reduzindo os níveis arteriais por uma maneira diferente, quando usado continuamente. Atelidona é efetiva
por pelo menos 24 horas após a dose oral única diária.
Phitoss, xarope expectorante
Lançamento da linha de produtos Brasterápica, Phitoss
é um fitoterápico desenvolvido a partir do extrato seco
padronizado da planta medicinal Hedera helix, também
conhecida como hera. Com ação expectorante, Phitoss é
um xarope indicado para toda a família como terapêutica
sintomática de afecções broncopulmonares. Reduz a tosse
fluidificando o catarro e, com suave ação broncodilatadora,
melhora a respiração.
M.S.: 1.0038.0093.001-0.
Contra-indicações e precauções: o medicamento não é recomendado em pacientes com
hipersensibilidade conhecida
à Hedera helix L. e a outros
componentes da fórmula. O
produto não deve ser utilizado
por pacientes com intolerância
hereditária rara à frutose, ser
incompatíveis com a frutose.
MS: 50+12,5 mg c/ 60 comp.- 1.0370.0524.007-1
50+12,5 mg c/ 30 comp.- 1.0370.0524.005-5
100+25 mg c/ 30 comp.- 1.0370.0524.015-2
100+25 mg c/ 60 comp.- 1.0370.0524.017-9
Contra-indicações: Atelidona não deve ser usada por pacientes com alergia ao atenolol ou à clortalidona, bem como por pacientes com batimento lento do coração. E com muito cuidado por pacientes com problemas
pulmonares.
SAC: 0800-621800
A PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO
Branta, antihipertensivo
A Torrent do Brasil está lançando Branta, antihipertensivo de
formulação galênica que reúne em
um único comprimido a combinação fi xa de Besilato de Anlodipino
(5mg) e Losartana Potássica (50
mg). Branta é indicado para pacientes hipertensos estágio 1, também
conhecido como hipertensão leve.
Seu uso é muito importante nos
pacientes hipertensos que sejam
portadores também de
comorbidades (outras
doenças), tais como
o diabetes, uma vez
que os níveis de pressão
arterial exigidos, neste
tipo de paciente, são mais
baixos, o que geralmente
não se consegue utilizando
uma única droga.
MS: 1.0525.0032.003-7
Contra-indicação: Hipersensibilidades ao BRAs, aos antagonistas dos sinais de cálcio do tipo diidropiridina ou aos demais componentes da fórmula.
SAC: 0800-7708818
A PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO
46 | Revista ABCFARMA | Junho/09
SAC: 0800 177887
A PERSISTIREM OS SINTOMAS,
O MÉDICO DEVERÁ SER
CONSULTADO
Simeticona, para alívio
de gases
Chega ao mercado a simeticona Sandoz, em duas apresentações: caixas com 20 comprimidos de 40mg e em
gotas, com embalagens de 15ml, na concentração de 75mg/ml. O medicamento
é indicado para no caso de excesso de
gases no aparelho gastrintestinal, que
causam incômodo, estufamento, dor ou
cólicas no abdômen. A simeticona, ou
dimeticona ativada, é uma mistura de
dimeticonas líquidas com dióxido de
silicone. Pode ser tomada por adultos, crianças e bebês para diminuir o
desconforto em casos de acúmulo de
gases (meteorismo) no pós-operatório
e convalescença, além de auxiliar no
preparo intestinal dos pacientes para
radiografia do abdômen.
“ SIMETICONA É UM MEDICAMENTO. SEU USO PODE TRAZER RISCOS.
PROCURE O MÉDICO E O FARMACÊUTICO. LEIA A BULA”.
Reg. M.S.: CPR - 1.0047.0465
Gotas - 1.0047.0460
Contra-indicação: A simeticona não
deve ser utilizada em pacientes com
alergia ou sensibilidade a qualquer um
dos componentes da fórmula.
SAC: 0800 4009192
SE PERSISTIREM OS SINTOMAS O
MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO
Celestamine em gotas
A Mantecorp, líder em corticoterapia no mercado brasileiro,
lança Celestamine Gotas. A nova apresentação do já consagrado
produto vem ao encontro dos anseios e necessidades da classe médica, especialmente
da Pediatria. Além do sabor de morango, que não deixa gosto residual, outra
grande vantagem de Celestamine Gotas
é a ausência de corantes, responsáveis
pelo desencadeamento de muitos quadros alérgicos. A apresentação em gotas
permite aos pacientes administrar menor volume de medicamento, tornando
a posologia mais cômoda e garantindo
maior adesão ao tratamento.
Hipoderme previne
assaduras
O creme da Ômega é indicado na prevenção de
assaduras e possui ingredientes essenciais à pele
do bebê, formando uma barreira respirável de fácil
aplicação e remoção, hidratando a pele e deixandoa com um agradável cheirinho de bebê. Hipoderme
Ômega, do Laboratório Teuto, é indicado para
assaduras de crianças e também e usado na região
perianal, entre os dedos, axila e sob os seios.
M.S.: 2.0044.0451.001-2
Contra-indicação: È contra-indicado para pacientes com hipersensibilidade a qualquer um dos componentes da fórmula.
SAC: 800621800
M.S.: 1.0093.0017.023-7
Contra-indicações: Contra-indicado para pacientes com infecção sistêmica por fungos,
em prematuros e recém-nascidos, nos pacientes que estejam recebendo terapia com
inibidores da monoaminoxidase (IMAOs) e nos que demonstrarem hipersensibilidade a
qualquer dos componentes de sua fórmula ou a fármacos de estrutura química similar.
A PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO
SAC: 08000.117788.
A PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO
Cisteil e Acetilcisteína,
xaropes
Os produtos Cisteil e Acetilcisteína genérico são
as últimas novidades da Geolab. Além de facilitar a eliminação da secreção respiratória (muco) e
ajudar na respiração, também são indicados para
intoxicação acidental ou voluntária por paracetamol. Os xaropes já estão no mercado em apresentações para uso adulto, no sabor morango, e
pediátrico, no sabor framboesa. Estão disponíveis
em frascos de 120 mL, acompanhados de copo
dosador.
M.S.: Cisteil Adulto 1.5423.0140.003-5
Cisteil Pediátrico 1.5423.0140.007-8
Acetilcisteína genérico adulto 1.5423.0108.003-0
Acetilcisteína genérico pediátrico 1.5423.0108.007-3
Contra-indicações: Hipersensibilidade conhecida a qualquer
componente da formulação.
SAC: 0800 888 3003
A PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO
Nycomed
orienta sobre anemia
Cansaço, falta de fôlego, dificuldade de concentração – podem
ser sinais de uma vida corrida, mas também significar um
problema que aflige milhões de brasileiros: a anemia por
deficiência de ferro. Segundo dados do Ministério da Saúde,
a incidência deste tipo de anemia na região sul é da ordem
de 40% em crianças, 20% em mulheres e 5% nos homens. Já
no Nordeste estes índices chegam a 60% nas crianças, 40%
em mulheres e 20% em homens, fazendo da anemia um sério
problema de saúde pública. Além dos sintomas descritos acima,
“a anemia pode também causar palidez da pele, aumento dos
batimentos do coração, tonturas, etc. E isso se deve à dificuldade
de transporte de oxigênio pelas células vermelhas do sangue pela
deficiência de ferro”, afirma o Dr. Régis Delfini, gerente médico
da Nycomed. Para ajudar os médicos e a população no combate
à anemia, a Nycomed realizará nos próximos meses – numa
atitude inédita no Brasil – palestras e eventos pelas principais
cidades do país, onde os profissionais poderão receber as últimas
informações sobre a doença. Essas palestras serão ministradas
por hematologistas especializados na área e terão a coordenação do
Dr. Rodolfo Cançado, hematologista da Santa Casa de São Paulo.
Os encontros terão apoio do Anemia Working Group (www.awgla.com)
48 | Revista ABCFARMA | Junho/09
Filantropia
Texto: Francisco Eusébio Colombo
Ilustrações: divulgação
CASA HOPE
Do sonho à realidade:
um trabalho exemplar
C
laudia Bonfiglioli e Patrícia
Thompson sonharam em
oferecer um tratamento
acessível a crianças e adolescentes
carentes portadores de câncer ou
transplantados. Certas de que todo
sonho é possível – desde que cada um
faça a sua parte – elas fundaram, em
1996, a Casa Hope, uma instituição
100% filantrópica que rapidamente
se tornou referência para crianças
nessas condições. Agora,
a entidade amplia e aperfeiçoa suas
possibilidades de atendimento com
uma nova sede – que teve, entre seus
principais patronos, o empresário
Abram Szajman
O sonho de Claudia e Patrícia prosperou e, no último dia 12 de
maio, as duas sonhadoras e sua equipe de voluntárias inauguraram
a nova sede da Casa Hope, num terreno de cerca de 6 mil metros
quadrados, doados pelo governo do estado de São Paulo, em 2002,
ainda na gestão de Geraldo Alckmin. O projeto, feito pelo arquiteto
Ricardo Julião, ampliará em 33% a capacidade de atendimento dessa
admirável entidade filantrópica em prol das crianças.
Um dos empresários que mais acreditaram no sonho de
Claudia Bonfiglioli e Patrícia Thompson, e que possibilitou, em
grande parte, a sua realização, foi Abram Szajman, presidente da
FECOMERCIO-SP, SESC e SENAC-SP, que deu importante suporte
para a construção da nova sede. O apoio de Szajman ressalta a importância do trabalho da Casa Hope na vida dos pacientes mirins e
seus familiares, transmitindo confiança e esperança a todos.
Hoje cerca de 70 funcionários e 150 voluntários de dicam seu tempo em benefício da causa da criança com câncer ou transplantada,
seja através de trabalhos técnicos, como psicólogas, terapeutas ocupacionais, professoras, nutricionistas,assistentes sociais, na triagem de
pacientes ou nos bazares patrocinados pela entidade e que custeiam
os tratamentos executados na Casa Hope, que podem durar de seis meses a um ano. Vera Maria
Machado, voluntária há cinco anos, acredita que
A partir da esquerda, a ex-primeira-dama de São Paulo, Maria Lúcia
Alckmin, a vice-prefeita Alda Marcoantonio, Abram Szajman, patrono da
nova sede, Claudia Bonfiglioli, o ex-governador do estado de São Paulo,
Geraldo Alckmin, Patrícia Thompson, Dina Binzagr e Ricardo Julião
50 | Revista ABCFARMA | Junho/09
Abram Szajman, presidente da Fecomercio/SP,
patrono da nova sede da Casa Hope
as experiências que vive durante o tempo dedicado à
instituição são indescritíveis e valem a pena somente
pelo resultado apresentado e pela felicidade das pessoas atendidas. A nova sede, com três pavimentos, tem
188 leitos, área exclusiva para atender transplantados,
com capacidade de atendimento ampliada de 40 para
54 pacientes, dois refeitórios, biblioteca, área de lazer,
salão de ventos, brinquedoteca, sala de artes, salas de
aula, duas salas de TV e duas salas de leitura.
“Oferecer apoio psicológico, existencial e assistencial, estudo, lazer e manter a chama do sonho de
um futuro melhor são elementos fundamentais para
o sucesso do tratamento, e é isso que fazemos há 13
anos – agora, com muito mais espaço e mais qualidade nos serviços já oferecidos”, completa Claudia Bongiovani. Mais informações sobre a Casa Hope podem
ser encontradas em seu site www.hope.org.br. 
Claudia Bonfiglioli e Patrícia Thompson, fundadoras da Casa Hope
que, desde 1996, vem ajudando crianças e adolescentes carentes,
junto com seus familiares, a ultrapassar com maior conforto e
suporte os tratamentos de diversos tipos de doença
COMO AJUDAR A CASA HOPE
BAZAR O bazar permanente da Casa Hope funciona
de 2ª a 6ª das 10h às 16h30, na Rua Joaquim Távora, 1428
e aceita doações – [email protected].
SÓCIO CONTRIBUINTE Um programa de doação
mensal garante a manutenção de todos os serviços oferecidos
pela instituição – [email protected].
PARCEIROS PARA A VIDA Programa de
relacionamento corporativo – [email protected].
ADOTE UM LEITO Permite a pequenos e médios
empresários custear a hospedagem e todos os serviços
necessários ao tratamento de uma criança com câncer,
mais seu acompanhante,durante um mês – [email protected].
PRODUTOS HOPE Uma linha com cerca de 20 itens para
usar ou presentear. Tel.: (11) 5087-7999 – [email protected].
LICENCIAMENTO SOCIAL Uma ferramenta de
marketing que possibilita aos parceiros da Hope aumentar
o valor de suas respectivas marcas, criar novos produtos e
realizar ações promocionais e campanhas de comunicação,
criando assim novas fontes de receita – [email protected].
VOLUNTARIADO O voluntariado é essencial para a continuidade dos trabalhos da Hope.
Os interessados podem agendar uma visita pelo telefone (11) 5084-7111 e saber
como ajudar, dedicando algumas horas de seu tempo – [email protected].
Revista ABCFARMA | Junho/09 | 51
Economia
Texto e fotos: Celso Arnaldo Araújo
O MELHOR CUSTO
DO DINHEIRO
Que tipo de crédito serve
melhor ao comércio?
A
coisa apertou, as contas acumularam
e o empresário precisa de crédíto.
Aonde ou a quem recorrer? Vale a
pena pedir dinheiro emprestado? De que
forma e sob que preço? Nesta matéria,
o economista Fábio Pina, da Fecomercio de
São Paulo, analisa as diversas modalidades
de crédito e dá dicas de como fazer o melhor
negócio – quando o “produto” é o dinheiro
Os pequenos geralmente não têm acesso a crédito
e os grandes costumam ter uma estrutura financeira mais independente. Nessas condições, é a média
empresa que mais precisa de crédito?
Não é verdade que os grandes não precisam de
crédito. Quando há escassez de recursos no mercado,
como se verifica neste momento, todo mundo enfrenta problemas. E não conheço estabelecimento que não
baseie o ajuste de seu fluxo de pagamentos no capital
de giro. Nos momentos de crise, a primeira coisa que
acontece é um recuo do sistema financeiro. E, para o comércio, ser pego de calças curtas nesse instante pode ser
fatal. O pequeno, realmente, e não me refiro só às farmácias, não tem condições de tomar o capital de giro tradicional, ou seja, sem garantias firmes e sem estar vinculado
à reciprocidade de investimentos. O que o pequeno ainda
consegue é desconto de duplicata – sem falar do factoring,
que é praticamente uma agiotagem com cartão de visita.
O pequeno geralmente transforma essa modalidade
de crédito numa versão tupiniquim do capital de giro.
O Brasil, aliás, está se tornando muito criativo em produtos
financeiros. Há muito comerciante descontando recebíveis de cartão de crédito – o que me parece um absurdo.
O comerciante efetivamente só recebe pela compra 30 ou
40 dias depois – e já recebe de 95 a 97% do que vendeu,
por causa da taxa de administração. Se ele for descontar
54 | Revista ABCFARMA | Junho/09
Fábio Pina, economista da Fecomercio/São Paulo
esse dinheiro antes do prazo, ainda incide outra taxa pesada sobre o saldo. Somando as duas, a taxa de juro anualizada para esse modalidade de desconto é monstruosa
– mais de 200% ao ano.
É como vender o almoço para comprar o jantar...
Sim, porque o comerciante paga para receber na
frente, o que já é estranho, e sem nenhum risco para a
administradora. O desconto de recebíveis é uma forma
muito cara de crédito. E seu uso reflete erros macroeconômicoscometidos não só por pessoas jurídicas como por
pessoas físicas. Diante de um crédito fácil demais, fica-se
tentado a usá-lo antes de analisar outras possibilidades.
A decisão de tomar dinheiro a 200% ao ano pode ser o beijo da morte. Qual é a margem que tenho na venda de meu
produto que justifique isso? Vale a pena encarecer demais
o meu produto e perder o cliente – o que aliás é inviável no caso das farmácias, que trabalham com
preços tabelados? Esse tipo de operação deveria
ser um caso raro, só nas horas de desespero, mas
não é o que se verifica na prática. Há empresas vivendo do cheque especial do proprietário em vez
de estruturar melhor sua vida financeira.
E como se faz isso?
Primeiro, sentando diante do gerente do banco para tentar conversar. É normal que, quando
precisam de dinheiro, muitas pessoas se sintam
envergonhadas de pedir – e estejam por isso em
posição inferiorizada. Sentar com o gerente quando se tem saldo grande na conta é fácil. Quando
você precisa de dinheiro, é muito mais difícil.
Mas é justamente aí que você tem de sentar com o
gerente. Para isso é que serve o sistema financei-
56| Revista ABCFARMA | Junho/09
ro. Ocorre que o sistema financeiro brasileiro, por
causa das distorções verificadas ao longo de décadas, ainda não aprendeu a fazer esse tipo de negócio – isto é: emprestar dinheiro de aplicadores
a tomadores, mas sem quebrar a empresa destes.
O que acontece na prática é que, por causa dessas distorções, ir ao sistema financeiro para pedir
dinheiro é o último passo antes de quebrar uma
empresa no Brasil. Para a maior parte das empresas pequenas e até médias, é a hora do desespero.
A verdade é que os bancos não estão realmente
à disposição da pequena empresa – que têm sua
parcela de culpa por não planejar sua alavancagem financeira no momento de estruturar o negócio. Quando essas empresas vão ao banco é porque já não têm saída. E os bancos, naturalmente,
se valem dessa situação. Ou fogem do cliente.
O que você faria se tivesse um estabelecimento
comercial e precisasse de fôlego financeiro para fazer alguns ajustes?
Se meu comércio estivesse em situação razoável,
eu iria primeiro conversar com meus fornecedores, pois a melhor maneira de conseguir uma folga
financeira é negociar com seus pares, não com os
bancos.Porque os fornecedores também pagam
juros elevados. Se eles facilitarem as condições de
venda, talvez seja possível comprar à vista; ou, se
eu normalmente pago à vista, pode ser interessante
comprar a prazo, com algum acréscimo, mas numa
taxa bem menor que a dos bancos. É o dinheiro
mais barato do mercado. Pois, se você está com o
dinheiro aplicado no banco, qualquer desconto que
seu fornecedor lhe der para pagar à vista será muito
melhor do que o retorno do seu investimento.
Mas, se o comerciante precisar de um empréstimo bancário, a que banco recorrer?
O relacionamento entre cliente e banco é muito importante. Mas evidentemente há bancos mais
acessíveis que outros, há bancos que são mais parceiros. Outros batem a porta – e batem com força.
A “cor” da ficha que uma pessoa ou uma empresa
tem junto ao banco é muito importante. Mesmo
para uma pequena empresa, contatos pessoais permitem ao gerente do banco conhecer a seriedade do
proprietário e sua capacidade de pagamento.
58 | Revista ABCFARMA | Junho/09
Qual seria a modalidade de crédito bancário
mais barata para o comércio?
Por incrível que pareça, ainda é o desconto de
recebíveis – que não sejam de cartão de crédito.
Como a garantia para o banco é quase absoluta,
o banco pode aplicar taxas um pouco menores. Mas,
dependendo do banco, há outras linhas, como a de
refinanciamento de veículos, que é relativamente
barata – entre 1 e 1,5%. É uma opção: financiar seu
próprio veículo junto ao banco e colocar o dinheiro dentro da empresa. Mas repito: o planejamento é
fundamental. Uma empresa em desespero faz qualquer coisa para sair do buraco, inclusive ir a agiotas – e pode se afundar ainda mais. E o agiota exige
garantias draconianas porque prefere que você não
pague a dívida – para ficar com o bem em garantia.
Mas é preciso reconhecer que, apesar dessas distorções, o Brasil melhorou. Existem muitas linhas de
crédito oficiais – os agiotas entram nos desvãos do
mercado informal, onde não há acesso ao oficial.
Vale a pena pedir dinheiro emprestado para
pagar uma dívida?
Às vezes. O crédito rotativo de um cartão de crédito chega a 15% ao mês. O do cheque especial, pelo
menos a 8%. O próprio banco que emitiu o cartão e
os cheques certamente tem linhas de crédito pessoal
muito mais baratas. É preciso não só garimpar preços de mercadorias – mas do dinheiro também. 
Acontecimento
É com alegria que comemoramos
o Jubileu de Diamante
do Presidente do Conselho Federal de
Farmácia, Dr. Jaldo de Souza Santos,
transcorrido dia 29 de maio.
A comemoração aconteceu na cidade
de Goiânia - GO.
Ao ilustre aniversariante, votos
de saúde, alegrias, realizações
e sucesso.
Pedro Zidoi
Presidente e Diretores da ABCFARMA
60 | Junho/09 | Revista ABCFARMA
Cartas
Pedro Zidoi, presidente da ABCFARMA
Senhor presidente, Acusamos o recebimento do informativo sobre a necessidade de comprovação de porte de
farmácia e/ou drogaria junto à ANVISA e informamos que
é com grande prazer que divulgaremos este informativo.
Na oportunidade gostaríamos de parabenizar Vossa
Senhoria pela iniciativa, que nos trará maior riqueza de
conhecimentos para os caminhos da economia e dos negócios do nosso país. Atenciosamente,
Senador Adelmir Santana
Presidente da Fecomércio/DF
Pedro Zidoi, presidente
da ABCFARMA
Digníssimo senhor, Vimos através desta comunicar-lhe que o novo presidente deste Sindicato é
Antonio Silva Castro. Aproveitando a oportunidade,
queremos comunicar-lhe também que mudamos de
endereço e estamos localizados à Rua Tiradentes,
1112, Bairro Vila Nova, tel.: (99) 3523-3251, Imperatriz/MA. Atenciosamente,
Antonio da Silva Castro
Presidente
À Revista ABCFARMA
Do Governo do Distrito Federal /
Secretaria do Estado de Saúde /
Subsecretaria de Vigilância à Saúde /
Diretoria de Vigilância Sanitária
Ao senhor Dioscesmar Felipe de Faria, Presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos farmacêuticos/DF
Senhor presidente, solicito de Vossa senhoria que seja divulgado a
todos os estabelecimentos farmacêuticos do DF que as Notificações de
Receita tipo “A” (amarela) de nº 097001 a 097020 foram roubadas,
conforme ocorrência policial nº 3.949/2009. As receitas apresentam, em sua identificação, o nome da médica Dra. ODILA NUNES
BRASILEIRO, CRM/DF Nº 12926. Para mais esclarecimentos,
entrar em contato com o núcleo de Registro e Cadastro nos tels.:
(61) 3325-4805 ou 3223-2431. Atenciosamente,
Ana Paula Lopes
Chefe do Núcleo de Registro e Cadastro
Gostaria de dar os parabéns à revista pela reportagem “Dormir é o melhor
remédio”, com a participação da Dra.
Lia Rita Bittencourt.
Ultimamente a qualidade do sono
tem contado com a ajuda da odontologia num trabalho multidisciplinar com
a medicina, ajudando no tratamento
do ronco e da apneia leve ou moderada
diagnosticada com anamnese e polissonografia, entre outros exames.
Os cirurgiões-dentistas aplicam
aparelhos intraorais confeccionados especialmente para o ronco e a apneia.
Dr. Ademir Pivari
Cursos
A
tendendo a um pedido da diretora da Faculdade de
Farmácia da Universidade Federal de Goiás, Dra.
Clévia Ferreira Duarte Garrot, informamos que essa
entidade de ensino, como faz a cada dois anos, está promovendo a Semana Científica Farmacêutica,entre os dias 22 e 25 de
setembro, este ano sob o tema: “As Ciências Farmacêuticas e
seus novos Desafios”. A Semana Científica Farmacêutica da
UFG tem como presidente o Dr. Ricardo Menegatti, como coordenadora das palestras a Profa. Dra. Marize Campos Valadares; dos cursos, a Profa. Dra. Kênnia Rocha Resende; e, dos
painéis, o Prof. Dr. Ricardo Menegatti.
MBA em Marketing, Itajaí/SC
Fundação Getúlio Vargas organiza o MBA em
Marketing na cidade de Itajaí,Santa Catarina
As aulas têm início em 19 de junho e serão ministradas
às sextas-feiras e sábados, quinzenalmente, das 18h30
às 22h50. O curso tem a duração de aproximadamente
18 meses e está sob a coordenação acadêmica do prof.
Guilherme Eduardo Korndorfer da FGV-RJ.
Mais informações
SNGPC: FALE COM A ANVISA
www.anvisa.gov.br/hotsite/sngpc/index.asp
Tel.: (61) 3462 5546
62 | Revista ABCFARMA | Junho/09
www.siciesc.org.br/pos, [email protected]
ou pelos telefones 0300-6470-133 ou (47) 3248-8811
Encontros políticos
Texto e fotos: Francisco Colombo
U
LÍDERES DA FARMÁCIA
ENCONTRAM-SE COM
SENADORES EM BRASÍLIA
ma delegação de dirigentes, empreendedores de
farmácias e farmacêuticos do Paraná, DF e São Paulo,
incluindo o presidente da
ABCFARMA, Pedro Zidoi,
fez visitas de cortesia a diversos
senadores, com os quais conversaram sobre vários temas relacionados ao setor, como projetos
que tramitam no Legislativo
Os senadores Alvaro Dias (PSDB/PR),
Adelmir Santana (DEM/DF) e Francisco
Dornelles (PP/RJ) ouviram atentamente as argumentações da delegação e se
colocaram à disposição, sempre que necessário, para esclarecimentos e conversas informais.
A ABCFARMA agradece a acolhida
dos senadores e os cumprimenta por seu
brilhante trabalho junto ao Poder Legislativo.
Líderes de entidades que representam farmácias e drogarias no Paraná, São Paulo
e Brasília são recebidos no gabinete do senador Alvaro Dias para uma conversa
esclarecedora sobre o setor farmacêutico
Ao lado, a partir da esquerda, o Dr. Rogerio Tokarski,
Felipe de Faria, presidente do Sincofarma-DF, e
Álvaro José da Silveira, presidente da ABRAFARMA,
também diretores da ABCFARMA, em conversa
com os senadores Francisco Dornelles e Adelmir
Santana. Acima, o Dr. Rogério Tokarski e Dr. João
Carlos Glapinski, colegas dos tempos de faculdade de
Farmácia, reencontram-se em Brasília
64 | Revista ABCFARMA | Junho/09
Debate
Texto: Francisco Colombo
Fotos: Agência Senado
AUDIÊNCIA
em Brasília
Componentes da mesa da Audiência Pública que discutiu a venda de produtos não-medicamentosos em farmácias e drogarias. A partir
da esquerda: Dr. Cácito Esteves, assessor jurídico da CBFARMA da CNC, Sergio Mena Barreto, presidente executivo da ABRAFARMA,
Dr. Dirceu Raposo de Mello, presidente da ANVISA, senadora Rosalba Ciarlini, presidente da Comissão de Assuntos Sociais,
Dr. Arnaldo Zubioli, do CFF, e Pedro Zidoi, presidente da ABCFARMA
N
o último dia 6 de maio foi realizada
Audiência Pública em Brasília, para
debater a Resolução 69, que estabelece diversas restrições para a comercialização de produtos correlatos em farmácias
e drogarias. A reunião contou com o
depoimento do presidente da ABCFARMA,
Pedro Zidoi, que, ao fim de sua exposição,
defendeu a criação de um grupo de trabalho com representantes da Anvisa, do
Legislativo e do setor regulado para aperfeiçoar o texto dessa resolução.
66 | Revista ABCFARMA | Junho/09
Na abertura da audiência pública, presidida pela senadora
Rosalba Ciarlini (DEM/RN), esta passou a presidência para
o senador Paulo Paim que, necessitando ausentar-se para
votação em plenário, transferiu posteriormente o comando da reunião para o senador Augusto Botelho. A mesa foi
composta pelo presidente da ANVISA, Dr. Dirceu Raposo de
Mello, Dr. Arnaldo Zubioli, do Conselho Federal de Farmácia,
Dr. Cácito Augusto Esteves, assessor jurídico da CBFARMA,
Sergio Menna Barreto, presidente executivo da ABRAFARMA,
e Pedro Zidoi, presidente da ABCFARMA. Depois das considerações iniciais do Dr. Dirceu Raposo, que fez rápida explanação sobre a gripe suína, a palavra foi dada ao presidente da
ABCFARMA, que fez um resumo histórico das leis 3820/60
e 5991/73 e contestou a proposta defendida pela
ANVISA, que contraria as leis existentes, já que
uma resolução não tem o poder de revogar leis
vigentes. É o caso da disposição da Resolução
69 segundo a qual produtos de venda livre só
poderão ser expostos atrás do balcão da farmácia
– perdendo, portanto, a condição de venda livre
prevista na lei. Pedro Zidoi argumentou que os
proutos autorizados à venda pela lei não podem
ser subtraídos, a não ser por nova lei – mas outros podem ser acrescentados. O presidente da
ABCFARMA respondeu a vários questionamentos dos senadores e, para encerrar sua participação, propôs a formação de uma comissão com
representantes da ANVISA, Congresso Nacional
e lideranças do comércio farmacêutico.
Estudo comparativo
Em seguida, a palavra foi concedida a Sergio
Mena Barreto, presidente executivo da ABRAFARMA, que fez um comparativo do mercado farmacêutico brasileiro e países do primeiro mundo.
Apresentou também consulta feita junto à população, por região, segundo a qual o consumidor
deseja encontrar nas farmácias outros produtos
além de medicamentos. Em seguida, foi a vez
do assessor jurídico da CNC, Dr. Cácito Augusto
Esteves, que apresentou estudo jurídico demonstrando que a proposta da ANVISA é inconstitucional – já que se trata de um órgão regulatório,
sem poderes para legislar nas áreas do Executivo
e Legislativo.
A palavra coube então ao Dr. Arnaldo Zubioli,
representando o Conselho Federal de Farmácia,
que defendeu a tese de que farmácias e drogarias
são estabelecimentos de saúde – logo, não poderiam vender produtos que não sejam medicamentos. Para encerrar a participação no debate dos
componentes da mesa, foi concedida novamente
a palavra ao Dr. Dirceu Raposo, que fez a defesa da proposta da Resolução 69. Comentou uma
recente visita a Natal, capital do Rio Grande do
Norte, onde encontrou farmácia vendendo bebidas
e cigarros. E uma em Belo Horizonte, comercializando agrotóxicos. Pedro Zidoi pediu a palavra
para afirmar que fatos como esses são isolados e
absolutas exceções. Em seguida, a palavra foi
dada aos senadores presentes. Pela ordem, os senadores Roberto Cavalcante, Eduardo Azeredo e
Adelmir Santana apoiaram, em suas manifestações, o setor de farmácias e drogarias. Por fim, o
senador Álvaro Dias (PSDB-PR), autor do requerimento para a realização da Audiência Pública, defendeu o direito de farmácias e drogarias venderem outros produtos e sugeriu a criação de um grupo de
trabalho, reforçando a ideia apresentada pelo presidente da ABCFARMA, para formular proposta que atenda às partes. “Não vejo ninguém
defendendo que a farmácia se transforme em ponto de venda de agrotóxico. Cabe à Anvisa fiscalizar e criar um grupo de trabalho para discutir os itens que podem ser comercializados”, sugeriu o parlamentar.
A sugestão do senador foi aprovada por todos os presentes.
Livre comércio
Ao comentar a audiência pública, o vice-presidente da ABCFARMA, senador Adelmir Santana (DEM-DF), afirmou que sua posição
sobre a livre venda de drogas e insumos farmacêuticos em farmácias e drogarias já é conhecida, por ser ele um empresário do ramo.
“O Parlamento tem forças e lados e o projeto em tramitação na Câmara ainda não se transformou em lei. Não foram modificados os arcabouços jurídicos que regulam esse assunto e uma resolução não pode
sobrepor-se a uma lei. Uma agência não pode legislar”, argumentou
Adelmir Santana. Representante das 25 maiores redes de drogarias
do país, que respondem por 32% do mercado e realizam mais de 300
milhões de atendimentos por ano, o presidente executivo da ABRAFARMA, Sergio Mena Barreto, acredita que esses estabelecimentos
não podem ser vistos apenas como uma unidade de saúde. Ao diversificarem seus produtos, os estabelecimentos estariam atendendo a
novas necessidades da população.
Pedro Zidoi presta depoimento na Audiência Pública, requerida pelo senador
Alvaro Dias, tendo ao seu lado, a partir da direita, Dr. Arnaldo Zubioli, do CRF,
Dr. Dirceu Raposo de Mello, presidente da ANVISA, e Sérgio Mena Barreto,
diretor executivo da ABRAFARMA
Revista ABCFARMA | Junho/09 | 67
Eventos
Texto e fotos: Francisco Euzébio Colombo
Mesa oficial da abertura da Expo Med Norte. A partir da esquerda: Joaquim Tadeu Pereira, presidente do Sincofarma-PA, José Raimundo dos Santos, coordenador da CBFARMA, Pedro Zidoi, presidente da ABCFARMA, Pedro Sanchez, sócio-proprietário do Grupo Tapajós,
Dr. Ispen Abrahim Lima, secretário da Saúde de Manaus, Edimar Lima, presidente do Sindifarma-RR, e Armando Gomes dos Reis Filho,
presidente do Sindidrogas-AM
Manaus/AM: EXPO MED NORTE
é destaque no setor farmacêutico
O
setor farmacêutico do norte do país
mostrou toda a sua grandeza e exuberância, com a beleza e hospitalidade típicas
da região, na EXPO MED NORTE, realizada nos
dias 17 e 18 de abril no Centro de Exposições
Studio 5 Festival Mall, localizado no Distrito
Industrial de Manaus
Organizado pela Distribuidora Tapajós e pelo
Sindidrogas-AM, o evento teve o objetivo de promover
o intercâmbio entre os maiores fabricantes de medicamentos, artigos de higiene, beleza e perfumaria e cosméticos do país e profissionais de farmácias e drogarias da
região, que tiveram a oportunidade de trocar experiências
e adquirir informações importantíssimas, com as palestras apresentadas nos dois dias do encontro.
A ABCFARMA, através de seu presidente Pedro Zidoi,
e o Sindicato de Produtos Farmacêuticos de Roraima, na
pessoa de seu presidente, Edimar Lima, assim como o
68 | Revista ABCFARMA | Junho/09
O presidente da ABCFARMA, Pedro Zidoi, foi convidado a apresentar
um panorama do setor farmacêutico na abertura da Expo Med Norte
coordenador da CBFARMA da CNC, José Raimundo dos
Santos, e Joaquim Tadeu do Sincofarma/PA, prontamente apoiaram a iniciativa do Sindidrogas/AM.
Para o presidente do Sindidrogas-AM, o encontro
representou o início de um novo ciclo para o setor farmacêutico no Estado do Amazonas.
“Manaus nunca viu nada igual. A Expo Med Norte
é um evento único e de grandes proporções no mercado nacional”, afirmou o incansável organizador do
encontro e diretor da área de cosméticos do Grupo
Tapajós, Alfredo Baima, um dos grandes entusiastas
e idealizadores da Feira.
Logo na abertura do encontro, muita emoção e
informação indispensável para quem quer se manter
atualizado com o setor. Numa emocionante homenagem à Drogaria Lemos, farmácia que atua há 157
anos na cidade de Manaus, o Sindidrogas e a Tapajós
entregaram uma placa comemorativa a dona Georgette Abrahim, matriarca da família e ainda presente no
dia-a-dia da Farmácia Lemos.
A seguir, o presidente da ABCFARMA, Pedro Zidoi, proferiu uma palestra esperada por todos os
presentes, com informações atuais sobre o mercado,
tendências, riscos e oportunidades, com orientações
valiosas sobre gestão de farmácias e drogarias.
Também foram apresentadas as palestras de Regina
Blessa sobre Merchandising no PDV e a de Daniel Godri,
“Como conquistar e manter clientes”.
A ABCFARMA e seu presidente Pedro Zidoi parabenizam o Sindidrogas-AM e a Tapajós por esta iniciativa e agradece a hospitalidade dos organizadores. n
A partir da esquerda, Edmilson de Jesus Silva (suplente do Conselho do
Sindidrogas/AM), Eliomar Bruce de Oliveira (tesoureiro), Armando Gomes
dos Reis Filho (presidente do Sindidrogas/AM), Alarico R. de Araujo
(secretário), José Raimundo dos Santos (coordenador da CBFARMA),
Edimar Lima (presidente do Sindifarma/RR), Joaquim Tadeu (presidente do
Sincofarma/PA) e Pedro Zidoi (presidente da ABCFARMA)
O diretor da área de cosméticos e organizador da EXPO MED/Norte, Alfredo
Baima, entrega ao presidente da ABCFARMA, Pedro Zidoi, uma placa
comemorativa, oferecida pela diretoria do Sindifarma-RR, por iniciativa de seu
presidente, Edimar Lima
Dona Georgete Abrahim Lima, proprietária da
Drogaria Lemos, a farmácia mais antiga de Manaus,
é homenageada na abertura do evento, ao lado da
diretora do Grupo Tapajós, Maricely Brazão
Dr. Ispen Abrahim Lima, secretário de Saúde de Manaus, ao lado do sócioproprietário do Grupo Tapajós, Pedro Sanchez, e de seu diretor para a área
de cosméticos e organizador do evento, Alfredo Baima
Revista ABCFARMA | Junho/09 | 69
Eventos
Texto e fotos: Francisco Euzébio Colombo
PRESIDENTE DA ABCFARMA
FALA EM FRANCA/SP
N
o dia 29 de abril último,
o presidente da Associação
Brasileira do Comércio
Farmacêutico, Pedro Zidoi, foi recebido
na sede da ACIF, Associação do Comércio
e das Indústrias de Franca, a convite
dos diretores da Rede Drogafarma e da
ACIF, Ézio Pedrosa e Ébio Pedrosa, para
proferir importante palestra sobre o
cenário atual do varejo farmacêutico
Pedro Zidoi apresentou as tendências do setor, comentou as principais leis que tramitam no
Poder Legislativo, e que poderão afetar as farmácias e drogarias de todo o Brasil, e deu orientações
para a melhor gestão dos negócios dentro do atual
momento econômico.
A palestra contou com a presença de inúmeros
empreendedores e profissionais de farmácias e
drogarias da cidade de Franca e região – entre eles,
Ébio Pedrosa, diretor da Drogafarma, e Ednaldo
Mércuri Rodrigues, presidente da Associação das
Farmácias e Drogarias de Franca e Região.
O presidente da ACIF, João Carlos Cheade, não
O presidente da ABCFARMA, Pedro Zidoi, durante a palestra na
Associação Comercial e Industrial de Franca sobre o cenário atual do
setor farmacêutico
pôde participar da palestra, pois estava em audiência pública na
Câmara Municipal de Franca, que tratou de um assunto que envolvia o comércio da região, mas foi representado na ocasião pelo presidente do Conselho Deliberativo da entidade, Antonio Humberto
Coelho.
Grupo de empresários e profissionais de farmácias e drogarias acompanha a
palestra de Pedro Zidoi na ACIF. A partir da esquerda, Ézio Pedroza, Fabrício
Pedroza, Tiago Pedroza, Ébio Pedroza, Ednaldo Mercúrio e João Andrade
70 | Revista ABCFARMA | Junho/09
Para Ézio Pedrosa, organizador do evento, palestras como esta servem para informar
e orientar os empresários e profissionais que
militam em farmácias e drogarias, principalmente em momentos de grandes transformações como o que vivemos atualmente. E são
fundamentais e indispensáveis para o desenvolvimento e sucesso dos negócios. Após
a reunião, a ACIF ofereceu um coffee break
para os participantes.
O presidente da ABCFARMA, Pedro Zidoi, agradece a excelente acolhida que teve na
cidade de Franca pelos irmãos Ébio e Ézio Pedrosa, da rede Drogafarma, e ao presidente da
ACIF, João Carlos Cheade, por disponibilizar
o espaço para este importante encontro.
HOMENAGEM
DR. JULIO AUGUSTO DE MORAES RÊGO
UM LÍDER EM DEFESA DA FARMÁCIA BRASILEIRA
F
oi com tristeza que
tomamos conhecimento do falecimento do
dr. Julio Augusto de Moraes
Rêgo, ocorrido no último dia 3
de maio.
Formado pela Faculdade de Farmácia Federal da Bahia em 1945,
juntamente com seu irmão Fridolino Rêgo, assumiu a direção da
Farmácia Chile, fundada em 1925
pelo seu já falecido pai, tornando-a
a mais movimentada e referenciada
das farmácias de Salvador.
Foi o mais jovem profissional farmacêutico na época na Bahia, tendo
sido fundador da Associação de Proprietários de Farmácia da Bahia e
seu primeiro presidente.
Foi também um dos fundadores
do Conselho Regional de Farmácia
Secção da Bahia, sendo seu registro
o de nº 2.
Colaborou com diversas entidades sociais, como Associação Comercial da Bahia, Rotary Clube Salvador
Leste, Loja Maçônica, etc.
Deixa com saudades esposa, os
filhos Julio Rêgo Filho e Epaminondas Torres Rêgo, sete netos e quatro
bisnetos. A ABCFARMA, através de
seu presidente e diretores, lamenta
a perda do companheiro e transmite
aos familiares votos de conforto.
Julio Augusto de Moraes Rêgo,
durante sua militância junto com seu
irmão Fridolino Rêgo à frente da Rede
de Farmácia Chile, foi um dos líderes
na defesa da farmácia brasileira.
Em reuniões realizadas em vários
estados do país, Julio Rêgo, com sua ini-
Julio Augusto de Moraes Rêgo
gualável inteligência, colaborou na solução dos problemas de sua época.
Publicações recebidas
Jornal Sincofarma/RJ, edição abril 2009
Revista Brasília em Dia, edição maio 2009
Revista Suinocultura Industrial, edição 222
Revista SESCSP, edição maio 2009
Revista Empresa Brasil, abril 2009
Revista Câmara Árabe Noticias, edição janeiro/abril 2009
Manual dos Instrumentos da Política de Desenvolvimento Produtivo –PDP
caderno política industrial nº 2
Revista Destino Pernambuco
Revista Agitação nº 86, mar/abr 2009
Revista do SESCON/SP nº 239, mar 2009
Revista Avicultura Industrial edição 1176
Revista Informe Fecomércio/PE nº 161, março 2009
Revista Instituto Brasileiro de Etco Ética Concorrencial, abr 2009
Tome Nota publicação Fecomércio SP, abr 2009
Jornal Unidas, mar/ abr 2009
Revista em Dia, abr/maio /2009
Revista Sincomavi, mar/abr 2009
Revista Info Veneto, mar/abr 2009
Revista ABAFARMA, abr 2009
Revista da Farmácia, abr/2009
Folheto Mobilização contra a dengue
Revista do Farmacêutico, jan/mar-2009
Guia Farmacêutico Brasíndice, abr-2009
Jornal Revista da Farmácia, maio/2009
Revista Financeiro, março e abril de 2009
Revista Negócios de Comunicação, editora Segmento
Revista ANFARMAG, março e abril/2009
Revista Brasília em Dia, maio/2009
Jornal Hospitalar, maio/2009
Revista Digesto Econômico, março e abril/2009
Jornal Acontece, da SINDICOMIS, abril/2009
Revista ABCF News, março/2009
Informativo da SINPROQUIM, março e abril/2009
Informativo Folha do Comércio, da Fecomério/RN,
edição abril/2009
Informativo 14º Congresso Brasileiro Multidisciplinar
Multiprofissional em Diabetes
Paracetamol Medley. Apresentação:caixa com 20, 100 e 200 comprimidos revestidos de 750mg, USO ADULTO e solução oral (gotas) 200mg/mL - frasco com 15 mL. USO ADULTO
E PEDIÁTRICO. Indicações: analgésico-antipirético; quando o uso de ácido acetilsalicílico não for aconselhável ou for contraindicado. Contraindicações: hipersensibilidade ao
paracetamol ou a qualquer componente da fórmula. Registro no MS: 1.0181.0346/1.0181.0351. AO PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO.
Medicamento Genérico – Lei 9.787/99. Não use junto com outros medicamentos que contenham paracetamol, com álcool, ou em caso de doença grave do fígado.
* Esta mini-bula refere-se ao anúncio publicado na primeira capa desta edição
Revista ABCFARMA | Junho/09 | 71
Homenagem
Texto: Francisco Euzébio Colombo
Fotos: arquivo SINDUSFARMA
SINDUSFARMA
homenageia os pioneiros
da indústria farmacêutica
Os 39 agraciados com o Colar Cândido Fontoura do Mérito Industrial, concedido a profissionais que participaram da história do setor e
contribuíram significativamente para seu desenvolvimento, na grande noite de gala que comemorou o Dia da Indústria Farmacêutica
A
comenda do Colar Cândido Fontoura do Mérito
Industrial Farmacêutico, honraria instituída
pelo SINDUSFARMA, destinada a condecorar
personalidades de destaque da indústria farmacêutica,
foi entregue no dia 27 de abril último em bela cerimônia
realizada no Hyatt Hotel de São Paulo
A comenda foi entregue a 39 empresários,
dirigentes executivos e profissionais da indústria
farmacêutica pelos relevantes serviços prestados
ao setor. Alguns dos homenageados iniciaram
suas vidas profissionais trabalhando em farmácias e hoje são responsáveis pela fundação ou
gestão de empresas que se destacam no cenário
72 | Revista ABCFARMA | Junho/09
nacional, como Cleito Christovam Natali, Rubens
Gimenes, Aldamiro Paulino, Waldomiro Paulino e
Jorge Raimundo Filho.
O Colar, que recebeu o nome de Cândido Fontoura por ter sido ele membro fundador e primeiro presidente do Sindusfarma, compõe-se de uma
medalha banhada em ouro 24 quilates, com o
busto em alto relevo e a inscrição “Cândido Fontoura – Colar do Mérito Industrial Farmacêutico”.
No verso, o logotipo do Sindusfarma e a inscrição
“Jubileu de 75 anos, 1933-2008”, grafados com a
inscrição do ano em que foi outorgada.
Foram homenageados com a comenda, na
categoria Empresários e Dirigentes Executivos, Adalmiro Dellape Baptista, Adolpho
Augusto César Finatti, Alcebíades de Mendonça
Athayde, Alois Metzler, Antonio Gilberto Depieri,
Basílio Scavarelli, Carlos Fernando Gross, Cleito
Christovam Natali, Dino Samaja, Ernest Ludwig
Reinhold Gross, Galliano Billi, Georges Barrenne,
Gerhard Friedrich Claassen, Gian Enrico Mantegazza, Gilberto Pires de Oliveira Dias, Ismar de
Moura, Jorge Raimundo Filho, José Carlos Deluca
Magalhães, Júlio Sanchez Jimenez, Manfred Feig,
Marcelo José Antonio Marino, Miguel Giudicissi,
Morio Sato, Pietro Benedetto Mascaro, Roberto
de Moraes, Rubens Gimenes, Waldomiro Paulino,
Zanone Alves de Carvalho. Na categoria Profissionais, foram agraciados Angilberto Luiz da
Costa, Decio Melhem, Irapuan Maurício de Oliveira, Lauro Domingos Moretto, José Augusto Moraes de Vasconcellos, Jorge Harrald Muller, Paschoal Milito Neto, Rubens Macedo, Vicente Nogueira
e Wilson Rodrigues Pereira. Na categoria Personalidades de Destaque, o homenageado foi o
deputado Arnaldo Faria de Sá. Adalmiro Dellape
Baptista falou em nome dos homenageados e foi
intensamente aplaudido pelos presentes.
Aos contemplados com a merecida homenagem, os parabéns da ABCFARMA e de seu presidente, Pedro Zidoi – que participou do setor industrial na qualidade de presidente do laboratório
Ducto, de propriedade de seus familiares. 
Mesa que conduziu os trabalhos de entrega do Colar Cândido Fontoura.
A partir da esquerda: Dr. José Maria da Costa Orlando, secretário adjunto
municipal da Saúde de São Paulo, representando o prefeito Gilberto Kassab,
Francisco Chagas, vereador de São Paulo, o deputado federal Arnaldo Faria
de Sá, Omilton Viscondi Jr., presidente do Sindusfarma-SP, Luiz Monteiro
Filliettaz, membro do Comitê da Cadeia Produtiva da Saúde, representando
Paulo Skaf, presidente da Fiesp, Dr. Marcelo Polacow Bisson, vice-presidente
do Conselho Regional de Farmácia de São Paulo, representando a presidente
da entidade, Dra. Raquel Rizzi
Um prêmio para o talento
dos profissionais da indústria
farmacêutica
Detalhe do Colar Cândido Fontoura do Mérito
Industrial Farmacêutico, uma peça criada
especialmente para homenagear aqueles que
fizeram a história da indústria farmacêutica
no Brasil, com o busto de seu patrono
na frente e a lembrança dos 75 anos do
SINDUSFARMA-SP no verso
Revista ABCFARMA | Junho 09 | 73
Formatura
UNIVERSIDADE DO CONTESTADO FORMA
A SUA PRIMEIRA TURMA DE FARMÁCIA
D
ia 30 de maio, a Universidade do Contestado,
em Canoinhas, SC, formou a primeira turma
de seu curso de Farmácia generalista
Na formatura, uma das homenageadas foi a coordenadora do curso,
Dra. Juliane Seleme Brehmer, que
inclusive deu nome à pioneira turma de formandos de 2009 e enviou
uma mensagem de agradecimento à
Revista ABCFARMA pelo apoio da
entidade ao curso que coordena e que
reproduzimos ao lado.
O presidente da ABCFARMA,
Pedro Zidoi, foi convidado a participar da cerimônia de colação de
grau, mas esteve impossibilitado de
comparecer. Em nome da entidade,
parabeniza os formandos do curso de
Farmácia de 2009 da Universidade
de Contestado e deseja sucesso profissional a cada um deles.
82 | Junho/09 | Revista ABCFARMA
Nada melhor para expressar
este sentimento do que a Mensagem da Comissão, escrita por
Peter Bamm e colocada no convite
de formatura:
“Jamais podemos compreender o
que o outro espera de nós e o que esperamos do outro. Mas ainda é preferível fazer, mesmo errando, a nada
fazer pelo medo de errar. Àqueles que
buscaram ajudar, nossa eterna gratidão. Aos obstáculos que surgiram,
somos gratos também, pois dificuldades são para vencer. Eis aqui a nossa vitória. Fica a certeza de que tudo
foi feito buscando o melhor e a nossa
única preocupação foi a de fazermos
desta festa algo inesquecível.”
Canoinhas-SC,
19 de maio de 2009
Ilmo. sr. Pedro Zidoi
É com grande prazer que convidamos o senhor e toda a equipe da
ABCFARMA para a formatura da primeira turma de farmácia generalista
da UnC, Canoinhas.
Hoje contamos com alunos vindos do Mato Grosso ao Rio Grande
do Sul. Temos dez turmas em andamento, com mais de 300 alunos
no total, e somos o maior curso de
farmácia do Estado.
A UnC se orgulha desta marca e
agradece os seus colaboradores.
Muitos de nossos alunos souberam da nossa existência por intermédio da Revista ABCFARMA, que
hoje chega em todos os cantos do
Brasil.

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