planejamento estratégico
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PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO CENÁRIO ELEITORAL NAS CAPITAIS BRASILEIRAS Por Murilo Medeiros Liderança DEMOCRATAS – Senado Federal DEMOCRATAS ELEIÇÕES 2012 Democratas tem pré-candidatos em 19 capitais Eleições 2012 O desenho das eleições municipais de 2012 já começou a ser traçado nas mais importantes capitais brasileiras. O Democratas, apesar de ter diminuído um pouco de tamanho com a criação do PSD, será uma das legendas mais competitivas no pleito municipal desse ano. O partido tem pré-candidatos a prefeitos em 19 das 26 capitais brasileiras, ficando atrás somente do PMDB, que planeja lançar nomes próprios em 22 capitais, e o PT, que trabalha para emplacar 20 candidatos. Logo atrás aparece o PSDB com 18 pré-candidatos, e o PSB com 15. Dos 19 pré-candidatos do Democratas, pelo menos 10 tem chances reais de emplacar sua candidatura. Quando consideradas apenas as 10 maiores capitais em número de eleitores São Paulo (8,5 milhões de eleitores), Rio (4,6 milhões), Salvador e BH (1,8 milhão), Fortaleza (1,6 milhão), Curitiba (1,3 milhão), Recife, Manaus, Porto Alegre e Belém (1 milhão) – o Democratas tem nomes próprios em 8. O PT tem em 9; o PMDB, em 8; o PSDB, em 7; e o PSB, em 6. Abaixo, um quadro político detalhado das 26 capitais brasileiras. 2 DEMOCRATAS ELEIÇÕES 2012 REGIÃO NORDESTE Aracaju (SE) ¾ João Alves ------------------------------------------------ 04 Fortaleza (CE) ¾ Moroni Torgan ------------------------------------------- 05 João Pessoa (PB) ¾ Efraim Filho ---------------------------------------------- 06 Maceió (AL) ¾ Jeferson Morais ------------------------------------------ 07 Natal (RN) ¾ Sem pré-candidato ------------------------------------- 08 Recife (PE) ¾ Mendonça Filho ------------------------------------------ 09 Salvador (BA) ¾ ACM Neto e Aleluia -------------------------------------- 10 São Luís (MA) ¾ Sem pré-candidato -------------------------------------- 11 Teresina (PI) ¾ Heráclito Fortes ---------------------------------------- 12 3 DEMOCRATAS ELEIÇÕES 2012 Aracaju (SE) ¾ Pré-candidato: João Alves Filho ¾ Eleitorado: 388.307 (26,68% do eleitorado estadual) A disputa pela prefeitura de Aracaju em 2012 será fundamental para o fortalecimento do Democratas em Sergipe. Favorito em todas as pesquisas de opinião pública, o ex-governador João Alves Filho é o nome mais cotado do DEM para disputar a Prefeitura da capital sergipana. João, que encabeça a oposição ao PT em Sergipe, já criou até um grupo de coordenação para fazer um estudo completo dos problemas de Aracaju. Os postulantes a vice já entraram em cena. Entre os destaques nessa corrida está o PP, que reivindicou o espaço com o nome do líder da oposição na Assembleia Legislativa, deputado Venâncio Fonseca. O PSDB também busca a vaga com o ex-deputado federal José Carlos Machado, ex-integrante do DEM. O atual prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PCdoB), não pode mais se reeleger. Mesmo sendo aliado do governador Marcelo Déda (PT), as duas lideranças políticas encontram dificuldades para compor uma aliança em torno das eleições de 2012 na capital sergipana. O PSB aparece com dois nomes importantes: o deputado federal Valadares Filho e o deputado estadual Adelson Barreto. Embora o último possua grande votação dentro de Aracaju, Valadares trabalha junto com o seu pai, o senador Antônio Carlos Valadares, para ser o candidato do partido e para ter Adelson como vice. O PSB aguarda a aproximação do pleito para se organizar e para obter o apoio do atual do prefeito, o que é muito provável. Nos bastidores, o PT – do governador Marcelo Déda – busca convencer o PSB de que a base do governo deve possuir apenas um candidato em Aracaju. A tentativa é de viabilizar a candidatura do deputado federal Rogério Carvalho (PT), com Adelson como vice. O grupo do senador Eduardo Amorim, apesar de ser próximo do PT, lançou a pré-candidatura do secretário do Desenvolvimento e Tecnologia, deputado Zéca da Silva (PSC). O PPS apostará no deputado federal Almeida Lima, ferrenho adversário de Déda. Pesquisa do Instituto Opinião, divulgada no dia 06 de dezembro de 2010, mostra que o “Negão”, como João Alves é conhecido popularmente, é o franco favorito na disputa. O democrata se situa com 39,8% das citações de votos, ficando numa posição bastante privilegiada frente ao segundo nome. Trata-se do deputado estadual Adelson Barreto, PSB, que teve 14,7% das citações. Depois deles dois, posiciona-se em terceiro lugar o deputado federal Valadares Filho (PSB) com 9,2% de citações. Almeida Lima (PPS) tem 7,5%. Sozinho, João Alves teria duas vezes mais votos do que o segundo melhor colocado. O DEM sergipano priorizará os grandes colégios eleitorais, como Nossa Senhora do Socorro, segunda maior cidade do estado, que tem como pré-candidato o deputado Augusto Bezerra. Em Aracaju, o partido já conta 178 candidatos a vereador. 4 DEMOCRATAS ELEIÇÕES 2012 Fortaleza (CE) ¾ Pré-candidato: Moroni Torgan ¾ Eleitorado: 1.572.500 (26,48% eleitorado estadual) O Democratas cearense está pronto para disputar a Prefeitura de Fortaleza em 2012 com o ex-deputado federal Moroni Torgan, principal nome do partido no estado. Moroni, 55 anos, foi candidato a prefeito de Fortaleza pela 1ª vez em 2000, tendo sido derrotado nessa e em outras duas oportunidades (2004 e 2008). Ex-delegado da Polícia Federal, já foi secretário de Segurança Pública. Atualmente, o ex-deputado federal está morando em Portugal, na condição de membro da Igreja Mórmon – dentro da qual integra uma missão religiosa desde 2009. Porém, qualquer estratégia partidária nesse momento está condicionada ao retorno de Moroni a Fortaleza em tempo hábil. Ou até mesmo sua disposição política em liderar uma chapa competitiva. O cenário, por enquanto, permanece incerto. O que se sabe é que Moroni virá com o objetivo de retomar sua carreira política. Ele pensa em reforçar o Democratas, com apoio da cúpula nacional, de olho em 2012 e também com a meta de preparar a legenda para 2014. O DEM cearense precisa de uma urgente oxigenação de lideranças. Hoje, o partido não tem nenhum representante na Câmara Federal e conta com pouquíssimos prefeitos (vale notar que o atual presidente do diretório regional do partido, ex-deputado Chiquinho Feitosa, foi considerado o grande articulador do PSD no Ceará). Porém, muitos acreditam que a distância de Fortaleza por um período tão longo torna improvável uma candidatura de Moroni ao cargo de prefeito da capital do Ceará. As especulações estão a todo vapor. Outros desenham apenas dois caminhos para uma possível candidatura de Moroni em Fortaleza: ser candidato a vereador, dentro da estratégia de angariar quantidade significativa de votos e assim reforçar a bancada da coligação na Câmara Municipal, ou ser candidato a vice-prefeito, tendo como condição para esta segunda possibilidade a consolidação de uma candidatura com “chances reais” de vitória. Rumores apontam que já existem conversas adiantadas entre Moroni e lideranças, como o tucano Tasso Jereissati, o ex-governador Lúcio Alcântara (PR) e o empresário Alexandre Pereira (PPS), com vistas à formação de alianças. A prefeita da capital cearense, Luizianne Lins (PT), busca um nome para apresentar à população como seu sucessor. Muitos petistas são cogitados para esta tarefa, dentre os quais, o secretário municipal de articulação política, Waldemir Catanho, o vereador Guilherme Sampaio, o deputado federal Artur Bruno, e o deputado estadual Camilo Santana. Este último conta com o apoio aberto do Governador Cid Gomes (PSB), que, por sua vez, tem atuado para abortar algumas iniciativas de candidatura do seu próprio partido, como a da deputada estadual Eliane Novais. O grande desafio da prefeita, e do PT, é manter a unidade da base, para permanecer na prefeitura. Partidos aliados pensam em lançar candidaturas como a do senador Inácio Arruda (PCdoB), e a do deputado federal Danilo Fortes (PMDB). Pela oposição, despontam os nomes de Marcos Cals (PSDB), candidato a governador em 2010, e o deputado estadual Heitor Ferrer (PDT). 5 DEMOCRATAS ELEIÇÕES 2012 João Pessoa (PB) ¾ Pré-candidato: Efraim Filho ¾ Eleitorado: 468.110 (17,07% do eleitorado estadual) O cenário das eleições municipais na Paraíba começa a ganhar corpo. Presidente do DEM regional e secretário de Infraestrutura do Estado, o ex-senador Efraim Morais tem articulado intensamente para fazer com que o Democratas saia das eleições de 2012 como a “segunda maior legenda da Paraíba”, em número de prefeitos eleitos. Pra isso, conta com a vitória dos candidatos do Democratas em cidades grandes do Estado, como Patos, Cajazeiras, Sapé, Bayeux, entre outras. A meta será eleger 50 prefeitos em todo o estado. Atualmente o DEM tem 36 prefeitos na Paraíba. Como não poderia deixar de ser, João Pessoa não está fora dos planos do Democratas, onde se desenham intenções de candidatura própria e garantias, ao mesmo tempo, de que o partido irá compor o arco de alianças que sustentam a administração do prefeito Luciano Agra (PSB), que desistiu recentemente de disputar à reeleição. Com a desistência de Agra, aliado fiel do governador Ricardo Coutinho, o PSB indicou a secretária de Planejamento do Estado, Estelizabel Bezerra, como candidata. Contudo, o Democratas não está morto na disputa. O ex-deputado federal, Major Fábio, que foi muito bem votado na Capital paraibana na última eleição, tem dito a amigos que está à disposição do DEM para disputar a prefeitura de João Pessoa. O deputado Efraim Filho admitiu também a possibilidade de entrar na briga da disputa pela administração da Capital. Suas chances serão avaliadas em pesquisas populares. Lideranças do partido confessam que gostariam de ter a cabeça da chapa na disputa pela prefeitura da Capital, principalmente após a desistência de reeleição do prefeito Agra. Mas reconhecem que o partido precisaria angariar maior cacife político para lançar uma candidatura competitiva em João Pessoa. Caso fracasse a tentativa de emplacar uma candidatura própria, a intenção do Democratas - que possui a maior bancada na Assembleia Legislativa com seis deputados -, será manter a unidade da base aliada e discutir a participação da legenda na chapa majoritária. Entre as opções do partido para indicar o vice está o nome do empresário Júnior Evangelista, sócio-proprietário, entre tantas outras coisas, da Domus Hall, casa de shows instalada no Manaíra Shopping. Outros nomes importantes da política e da sociedade pessoense despontam entre as opções do DEM, a exemplo do ex-secretário de segurança do Estado, Eitel Santiago, do vereador Bosquinho ou do próprio Major Fábio. O senador Cícero Lucena (PSDB), que já comandou a Prefeitura de João Pessoa por oito anos, aparece como um dos principais nomes para as eleições de 2012 na cidade. Lucena aposta em uma parceria com o seu colega de bancada no Senado, Cássio Cunha Lima, para fortalecer a pré-candidatura. A indicação do PMDB para a disputa será o do ex-governador José Maranhão. Outros nomes de menos força na disputa são: Luciano Cartaxo (PT), Nonato Bandeira (PPS) e Toinho do Sopão (PMN). 6 DEMOCRATAS ELEIÇÕES 2012 Maceió (AL) ¾ Pré-candidato: Jeferson Morais ¾ Eleitorado: 555.294 (27,04% eleitorado estadual) O Democratas começa a se articular para a disputa pela prefeitura de Maceió em 2012. O pré-candidato do partido é o deputado estadual Jeferson Morais. Jornalista, repórter policial de origem e atual apresentador de TV, o deputado Jeferson se elegeu em 2010 com mais de 30 mil votos e se credenciou a disputar a prefeitura maceioense com total apoio do presidente estadual do DEM, o vice-governador José Thomaz Nonô. Ao ser indagado em entrevista recente sobre sua possível pré-candidatura, Morais revelou não ter medo de desafio. "Eu não tenho nenhum medo. Pelo contrário, gosto de desafios, e se o partido concordar, serei candidato”, afirmou. Jeferson Morais, que integra a base de apoio do governador tucano Teotonio Vilela, foi o primeiro governista a ter o nome lançado para concorrer em Maceió. O grande nó a ser desatado será conciliar os interesses de cada candidato, pois o bloco de “Téo” já conta com três pré-candidatos à sucessão na capital: além Morais, os deputados Rui Palmeira (PSDB) e Givaldo Carimbão (PSB) anunciaram suas pré-candidaturas. O tucano Rui Palmeira, aliado fiel de Teotonio, começou sua carreira como deputado estadual, integra a nova geração de líderes e é considerado o herdeiro político do ex-governador e ex-ministro do Tribunal de Contas da União, Guilherme Palmeira, que pertence ao DEM. Givaldo Carimbão é um dos nomes definidos pela direção nacional do PSB a concorrer à prefeitura. A exemplo do grupo situacionista, a oposição deverá lançar vários candidatos (sobretudo porque a eleição não será decidida em 1º turno), mas por enquanto apenas o ex-governador Ronaldo Lessa (PDT) tem se apresentado como précandidato. Candidato derrotado na sucessão estadual de 2010, Lessa sabe que a tendência é do surgimento de várias candidaturas majoritárias oposicionistas, mas está conversando nos bastidores num esforço para a formação de uma Frente de Oposição em que ele encabeçaria a chapa da disputa sucessória. Além de Lessa, a oposição trabalha com o possível lançamento de outros nomes, como o ex-deputado estadual Paulo Fernando dos Santos, o Paulão, do PT, a deputada federal Rosinha da Adefal, do PT do B, e o deputado federal Maurício Quintella, do PR. O prefeito Cícero Almeida (PP) tende a marchar unido ao senador Renan Calheiros e, se depender de sua escolha pessoal, o nome para disputar a sucessão será o de Mosart Amaral, seu secretário de Infraestrutura recém-filiado ao PMDB com o aval de Renan. A primeira pesquisa eleitoral para as eleições em Maceió, divulgada pelo Instituto Ibrape em dezembro do ano passado, mostra que o democrata Jefferson Morais agrega densidade eleitoral e se apresenta como terceiro nome na disputa, tecnicamente empatado com Rui Palmeira. Enquanto Ronaldo Lessa lidera com 25%, Rui Palmeira tem 16% e Jefferson Morais soma 13%. Rosinha da Adefal alcança 9% e Givaldo Carimbão 4%. 7 DEMOCRATAS ELEIÇÕES 2012 Natal (RN) ¾ Pré-candidato: -- -- -¾ Eleitorado: 525.439 (23,45% do eleitorado estadual) A corrida rumo ao assento principal do Palácio Felipe Camarão, sede da prefeitura de Natal, está a todo vapor. Até agora, oito, dos partidos políticos com maior representatividade já posicionaram seus prediletos para a disputa. No momento, o favoritismo inicial está com o ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT). Vale ressaltar, porém, que Alves deixou a prefeitura, no ano de 2008, em meio a um escândalo que envolvia um desperdício de oito toneladas de medicamentos. A antiga aliada de Alves, a ex-prefeita e ex-governadora Wilma de Faria (PSB), se coloca como uma opção competitiva, muito embora tenha deixado o Estado com sérios problemas financeiros. Wilma ainda pode contar com o apoio do PSD, do vice-governador Robinson Faria. No caso do PT, o espaço de candidato é destinado ao deputado estadual Fernando Mineiro, que pretende usar sua experiência para costurar a união dos partidos de esquerda. A prefeita Micarla de Souza (PV), que, no último ano do mandato, acumula uma gigantesca reprovação, já é praticamente uma carta fora do baralho nas eleições. O presidente nacional do Democratas, senador José Agripino, acredita que os partidos que compõem a base de apoio à governadora Rosalba Ciarlini (DEM, PSDB, PMDB e PR) deve apresentar candidatura única na eleição para a Prefeitura de Natal, em 2012. O senador acredita que essa é a melhor forma do grupo conseguir a vitória no pleito. Os peemedebistas, no entanto, não parecem interessados em apoiar um nome de outro partido. Há 20 anos sem lançar candidatura própria, a legenda lançou a pré-candidatura do deputado estadual Hermano Morais. O PSDB também apostará em candidato próprio. O deputado Rogério Marinho, importante quadro da oposição no Parlamento, é considerado um grande estudioso dos problemas de Natal. No caso do DEM, o nome do deputado federal Felipe Maia é o mais lembrado, embora o parlamentar não confirme a pré-candidatura. Pesquisa do Instituto Certus divulgada em janeiro mostra o ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT) com 41,57% de preferência do eleitorado da capital. Representa mais que o dobro das intenções de votos que obteve a segunda colocada, a ex-governadora Wilma de Faria (PSB), que aparece com 19,43%. O deputado estadual Hermano Morais (PMDB), vem em terceiro com 5%; Rogério Marinho tem (PSDB) 4,86%; e Fernando Mineiro (PT) está empatado com Felipe Maia, ambos com 4,29%; a prefeita Micarla de Sousa (PV) tem 2,86%. O Democratas potiguar trabalha para ampliar sua representação em todo o estado. E para isso lançará candidaturas próprias em importantes colégios eleitorais, como Currais Novos, com Geraldo Gomes; Pau dos Ferros, com Fabrício Torquato; Caicó, com Nidson Dantas. Em Mossoró, 2º maior colégio eleitoral do estado, os vereadores Chico da Prefeitura e Cláudia Regina, além da vice-prefeita Ruth Ciarlini, disputam a indicação do partido. 8 DEMOCRATAS ELEIÇÕES 2012 Recife (PE) ¾ Pré-candidato: Mendonça Filho ¾ Eleitorado: 1.140.701 (18,11% do eleitorado estadual) As eleições municipais em Recife servirão de trampolim para reerguer o Democratas no cenário político pernambucano. Mais forte liderança de oposição no estado, o ex-governador e deputado Mendonça Filho (DEM) é o principal nome do partido para disputar a eleição para prefeito da Capital em outubro. “Mendoncinha”, como é conhecido popularmente, tentará impedir a reeleição do prefeito petista João da Costa. Ele acredita que poderá ter uma boa performance no pleito, pois na eleição de 2008, chegou a somar 210 mil votos na Capital. Porém, os partidos que compõem o chamado “bloco de oposição” (PMDB, DEM, PSDB, PPS e PMN) até agora continuam muito divididos. Além do democrata Mendonça Filho, que aparece melhor situado nas pesquisas, também já está em campanha o ex-deputado Raul Jungmann, pelo PPS; o tucano Daniel Coelho; e, por fim, o deputado Raul Henry, do PMDB. A tendência é que dos quatro pré-candidatos apenas o peemedebista Raul Henry jogue o boné, mas difícil será saber quem apoiará, porque o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) está rompido com o deputado Sérgio Guerra e este também cortou relações com o próprio Henry. Só restaria ao PMDB se aliar a Jungmann ou a Mendonça. Jarbas já defendeu a tese de que as oposições marchem com pelo menos dois candidatos, o que, no seu entender, aumentaria as chances de ocorrer um segundo turno contra o candidato da situação. A oposição em Pernambuco conta com um cenário favorável para vencer em Recife. O prefeito petista João da Costa, que amarga uma forte rejeição administrativa, está isolado politicamente. Não conta sequer, integralmente, com o apoio do PT, pois a ala liderada pelo ex-prefeito João Paulo – que ainda sonha com a possibilidade de disputar, novamente, a Prefeitura - não apoia a sua reeleição. O prefeito João da Costa não tem apenas problemas no PT. Há resistências igualmente à sua reeleição no PTB, do senador Armando Monteiro Neto, e no PP, do deputado Eduardo da Fonte, sem contar com as legendas nanicas, como o PSC, que já lançou a pré-candidatura do deputado Carlos Eduardo Cadoca. O governador Eduardo Campos (PSB) até agora acompanhada de longe a divisão interna do PT. Pesquisa realizada pelo Instituto Maurício de Nassau (IPMN), divulgada no dia 22 de janeiro, mostra um cenário embolado na capital pernambucana. Mendonça Filho lidera com 20%, seguido de João da Costa (PT) com 19%; Raul Jungmann (PPS) tem 9% e Daniel Coelho (PSDB) soma 7%. No entanto, sem João da Costa disputando o quadro é o seguinte: João Paulo (PT) 43%; Mendonça Filho 17%; Daniel Coelho 6%; Jungmann 5%. O DEM pernambucano também trabalha para eleger prefeitos em cidades polos, como Caruaru, com Miriam Lacerda, e Olinda, com Armando Sérgio. 9 DEMOCRATAS ELEIÇÕES 2012 Salvador (BA) ¾ Pré-candidatos: ACM Neto e José Carlos Aleluia ¾ Eleitorado: 1.844.390 (19,18% do eleitorado estadual) A disputa eleitoral de 2012 é tida como crucial para as oposições vencerem o PT na Bahia. A estratégia do Democratas é articular uma frente antipetista para a construção de candidaturas únicas em Salvador e nas principais cidades do interior. O grande desafio para a oposição é unir os partidos em Salvador. Pelo Democratas, dois nomes são cotados para disputar a prefeitura da Capital: ACM Neto e José Carlos Aleluia. O PSDB já tem seu pré-candidato: o ex-prefeito Antonio Imbassahy. O PMDB também cultiva o projeto de retornar à prefeitura de Salvador com o radialista Mário Kertész, que já foi prefeito da capital duas vezes. Mas, descontente com a demora da escolha do nome da oposição, Kertész chegou a anunciar em seu Blog que estaria fora da disputa, mas ainda há quem duvide que sua desistência seja mesmo definitiva. "Acho que depois do Carnaval, lá no final de fevereiro e começo de março, nós possamos definir o nome que irá disputar a prefeitura de Salvador", sinaliza o deputado ACM Neto, que por enquanto prefere não falar como candidato oficial. Ele acredita que o momento é de discutir com outros partidos a construção de uma candidatura única da oposição em Salvador, para liquidar o jogo logo no 1º turno. As conversas são com o PMDB, PSDB, PPS e PR, mas o Democratas vai procurar o diálogo também com o PTN, PRP, PTC, PSC e PRB. O Democratas tem quadros competitivos para disputar e vencer as eleições nos maiores colégios eleitorais do estado. Além de Salvador, com ACM Neto, o partido aposta em Feira de Santana, com o ex-prefeito José Ronaldo, em Itabuna, com o prefeito Capitão Azevedo, e Juazeiro, com o ex-deputado Jorge Khoury. Em Salvador, o DEM já conta com 96 pré-candidatos a vereador. O partido está amplamente renovado, com nomes novos, e deve eleger pelo menos cinco vereadores na capital em 2012. Na capital baiana, o prefeito João Henrique Carneiro (PP), que está muito mal avaliado, articula para apresentar como seu sucessor o secretário municipal da Casa Civil, João Leão (PP). O PT indicará para a disputa o deputado federal Nelson Pelegrino, que já disputou a prefeitura de Salvador em ocasiões anteriores, sem obter sucesso. Os petistas tentarão, ainda, conseguir o apoio de lideranças importantes, principalmente nas regiões periféricas, que sinalizam entrar na disputa, como o deputado federal e bispo Márcio Marinho (PRB), a deputada federal Alice Portugal (PCdoB) e o deputado Marcos Medrado (PDT). Pesquisas apontam ACM Neto como o grande favorito para a disputa em Salvador. Levantamento do instituto Babesp, de setembro de 2010, mostra o democrata com 24% das intenções de votos, seguido por Lídice da Mata (PSB), com 13%; Nelson Pelegrino (PT), com 12%; Antonio Imbassahy (PSDB), com 9% e Mário Kertész (PMDB), com 3%. 10 DEMOCRATAS ELEIÇÕES 2012 São Luís (MA) ¾ Pré-candidato: -- -- -¾ Eleitorado: 666.218 (15,46% do eleitorado estadual) A eleição para a prefeitura de São Luis, capital do Maranhão e principal reduto eleitoral de José Sarney e seus aliados, promete pegar fogo. Ganhar a prefeitura da capital é visto como essencial para a disputa pelo governo do estado em 2014. O peemedebista Max Barros (ex-DEM), atualmente secretário de Infraestrutura do Estado, que estava amparado para ser o nome da governadora Roseana Sarney para disputar a prefeitura abdicou da candidatura em favor de uma candidatura petista, em uma chapa PT-PMDB. Hoje, portanto, o principal précandidato ao cargo é Washington Oliveira (PT), vicegovernador do estado, que conta com apoio de Roseana e José Sarney na disputa pela prefeitura. A escolha de Washington é estratégica, pois assim mina a possível candidatura do também petista, deputado estadual Bira do Pindaré, que faz ferrenha oposição ao grupo da governadora. Bira, no entanto, tem dito a correligionários mais próximos que a disputa interna do PT maranhense está só começando. O fato é que a oposição à governadora Roseana Sarney é cada vez mais forte. Flávio Dino (PCdoB), Tadeu Palácio (PP), Bira do Pindaré (PT), Roberto Rocha (PSB) e Eliziane Gama (PPS) - todos com pretensões de concorrer à prefeitura assinaram um documento intitulado "Carta a São Luis”, onde mostram uma visão conjunta para derrotar a família Sarney no estado. O atual prefeito de São Luís, João Castelo (PSDB), que também engorda as fileiras da oposição, buscará novo mandato nas eleições de 2012. Enquanto isso, o Democratas maranhense, aliado fiel do grupo de Sarney, vive um momento de letargia política. A absoluta apatia em relação aos eventos políticos deixa os atuais integrantes do partido sem direção e estímulo. “Não é concebível que um partido não se reúna para discutir o processo eleitoral, mesmo às vésperas de uma eleição”, lamenta César Pires, um dos dois deputados estaduais que se mantiveram na legenda após a criação do PSD. É verdade que o DEM no Maranhão perdeu musculatura política após a criação do PSD. Deixaram o partido os deputados estaduais Raimundo Cutrim, Tatá Milhomem e Max Barros, além da deputada federal Nice Lobão. Mas muitos apostavam que, com a saída de muitas lideranças, haveria uma oxigenação natural e uma mudança na rota política do partido. Ledo engano. O Democratas maranhense não apresenta alternativa e corre o risco de ficar apenas nas mãos de burocratas sem voto. E vai sendo levado a reboque por decisões de terceiros. O futuro do partido no Estado, na avaliação de Pires, está indefinido e vai depender da capacidade de reestruturação e organização da atual direção, que é comandado pelo senador Clóvis Fecury. 11 DEMOCRATAS ELEIÇÕES 2012 Teresina (PI) ¾ Pré-candidato: Heráclito Fortes ¾ Eleitorado: 520.464 (22,9% do total estadual) O Democratas no Piauí, apesar de ter sofrido perdas consideráveis com a criação do PSD, não está morto para as eleições municipais de 2012. A construção de uma candidatura competitiva para conquistar um palanque nas eleições de Teresina tem movimentado as principais lideranças do partido no estado. O ex-senador Heráclito Fortes, que já governou Teresina em 1988 e durante o período eleitoral de 2010 afirmava que um dia voltaria a ser prefeito da capital, é hoje o nome mais forte e viável para aglutinar a oposição no Piauí. Lideranças de diversas agremiações partidárias já desenham a formação de um bloco para viabilizar uma candidatura própria. PPS, PSL, PTdoB, DEM, PPL (novo partido), PSC (do ex-senador Mão Santa) e PSD (liderado pelo deputado federal Júlio César) criaram o “Grupo dos 7″ para ter mais influência e representatividade na disputa eleitoral do próximo ano. Os representantes dos sete partidos articulam o nome de Heráclito Fortes para representá-los em uma candidatura à Prefeitura de Teresina. O ex-senador destacou que não está em seus planos ser candidato a prefeito de Teresina, mas pediu um tempo para refletir. No entanto, de acordo com analistas políticos locais, Heráclito Fortes não tem nada a perder nessa disputa, podendo em última hipótese, se habilitar para ser o deputado federal mais votado ou até mesmo ser eleito senador em 2014, caso não se eleja prefeito. Essas são duas possibilidades reais de sucesso do político Heráclito Fortes, que tem estatura, dimensão nacional e musculatura política. Esta última representada pelo seu excelente discurso e grande capacidade de articulação. O momento, por enquanto, ainda é de cautela e conversas. A provável candidatura de Heráclito seria muito positivo para o Democratas piauiense, pois oxigenaria e renovaria as lideranças do partido. Mas, caso o ex-senador democrata não aceite a proposta de encabeçar uma chapa nas eleições municipais, o DEM já trabalha com a hipótese de se aliar ao PSDB do deputado estadual e pré-candidato Firmino Filho, que lidera as pesquisas, ou ao PTB do atual prefeito de Teresina, Elmano Férrer, que tentará à reeleição. O presidente do DEM Estadual, José Maia Filho, o “Mainha”, busca uma coligação que possibilite eleger pelo menos dois vereadores em Teresina. Para isso, lançará uma chapa com 44 pré-candidatos, composta principalmente de nomes novos, entre eles líderes de bairros e comerciantes. Mainha também é citado como pré-candidato à prefeitura de Picos, importante cidade piauiense. O quadro eleitoral só será desenhado após uma decisão de Heráclito. Enquanto isso, o PMDB já bateu o martelo em relação à candidatura própria, lançando o deputado federal Marllos Sampaio. O PT do senador e ex-governador Welington Dias está dividido em duas teses: a candidatura própria encabeçada pela deputada Rejane Dias ou a aliança com o atual prefeito de Teresina Elmano Férrer. 12 DEMOCRATAS ELEIÇÕES 2012 Região Centro-Oeste Campo Grande (MS) ¾ Luiz Henrique Mandetta -------------------------------- 14 Cuiabá (MT) ¾ Roberto França ------------------------------------------ 15 Goiânia (GO) ¾ José Eliton Júnior --------------------------------------- 16 13 DEMOCRATAS ELEIÇÕES 2012 Campo Grande (MS) ¾ Pré-candidato: Luiz Henrique Mandetta ¾ Eleitorado: 541.530 (31,80% do total estadual) O “corre-corre” para emplacar candidaturas é cada vez mais intenso em Mato Grosso do Sul. Em Campo Grande, o deputado federal e pré-candidato a prefeito pelo DEM, Luiz Henrique Mandetta, tem grandes chances de emplacar a sua candidatura. Isso porque, a princípio, ele é o que está mais próximo de conseguir unir o PSDB e o PMDB nas eleições em 2012 na Capital. Para tanto, precisará de um bom jogo de cintura. Mandetta é o único fora do PMDB que continua entre os candidatos incluídos nas pesquisas do grupo do governador André Puccinelli (PMDB) e do prefeito Nelson Trad Filho (PMDB), ao lado do presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, Paulo Siufi (PMDB) e do deputado federal Edson Giroto (PMDB). Contudo, mantém uma proximidade com o presidente estadual e pré-candidato do PSDB, deputado federal Reinaldo Azambuja, na expectativa de recriar o BDR (Bloco Democrático Reformista), formado pela aliança entre DEM, PPS e PSDB. Caso aceite a proposta e consiga ser o melhor nas pesquisas, Mandetta precisará convencer o PMDB a acompanhá-lo. Para Mandetta, que é ex-secretário municipal de Saúde da Capital e primo do prefeito Nelsinho Trad, a candidatura tem que crescer naturalmente, pois “não é possível ser candidato por si só, é preciso apoio do grupo político”. Não é possível falar em candidato sem unir um arco de alianças partidárias em torno de seu nome, como o PP e o PTB, além dos tradicionais PPS, PSDB e PMDB. Entretanto, mesmo com as declarações de Puccinelli e Trad Filho de que existe a possibilidade de apoiar Mandetta, o diretório municipal do PMDB já avisou que é contra essa alternativa. Por isso é necessário manter um constante diálogo com as lideranças peemedebistas, pois o DEM sempre foi um parceiro leal do grupo de Puccinelli. O governador já avisou que o candidato será escolhido por meio de pesquisa quantitativa e qualitativa, que será feita neste mês e que no início de março haverá a anunciação do candidato. O Democratas trabalha para lançar o maior número possível de candidatos a prefeito no estado. Hoje o partido conta com cinco prefeitos e 10 vice-prefeitos. O deputado estadual Zé Teixeira, presidente regional da sigla, já pôs como meta dobrar o número de prefeituras que o partido tem nas eleições do ano que vem. A estratégia é focar em prefeituras do interior. Em Dourados, segundo maior colégio eleitoral de Mato Grosso do Sul, o DEM tem como précandidato o presidente da Sanesul, José Carlos Barbosa, o Barbosinha, que conta com simpatia do governador Puccinelli. Em Campo Grande, as pesquisas devem dar um rumo mais provável à disputa. Até agora, o único partido que oficializou a candidatura para a prefeitura foi o PT do senador Delcídio Amaral. O deputado federal Vander Loubet é o indicado. 14 DEMOCRATAS ELEIÇÕES 2012 Cuiabá (MT) → Pré-candidato: Roberto França → Eleitorado: 384.675 (18,57% do total estadual) O Democratas de Mato Grosso conta com um trunfo para as eleições em Cuiabá. Trata-se do casal Iraci e Roberto França, que aderiram ao partido no final do ano passado e juntos possuem uma rica história de realizações na Prefeitura da capital. Ex-prefeito de Cuiabá por dois mandatos, ex-deputado estadual, ex-diretor de marketing da extinta Agência Estadual dos Projetos da Copa de 2014 (Agecopa) e apresentador de televisão, Roberto França é elogiado constantemente pela classe política de Mato Grosso pela experiência que tem como homem público. Muitos chegam a dizer que estão com saudades da gestão França e elencam, entre os feitos, centenas de obras realizadas entre 1997 e 2004, época em que ficou conhecido como “prefeito das mil obras”. Iraci, por sua vez, cuidou da área social da Capital nos dois mandatos do marido e foi vice-governadora por 4 anos de Blairo Maggi. O senador Jayme Campos, principal liderança do partido no estado, é um dos mais animados com a possibilidade de, pela primeira vez, o Democratas disputar o Palácio Alencastro com chances reais de vitória. A estratégia do DEM é priorizar o nome de Roberto França como cabeça de chapa ou, numa composição com outros virtuais candidatos, emplacar Iraci de vice. Muitos partidos já anunciaram seus pré-candidatos. O PMDB do governador Silval Barbosa apostará no empresário da área de comunicação Dorileo Leal. O PTB conta com Chico Galindo, atual prefeito de Cuiabá, que procura articular apoios para disputar à reeleição. O PSDB projeta o lançamento do deputado estadual Guilherme Maluf e o PR, por sua vez, deve apresentar o nome do deputado estadual Sérgio Ricardo. Outra figura de destaque é o empresário Mauro Mendes (PSB) – que já pleiteou o Governo do Estado, em 2010. O PT pode apresentar o vereador Ludio Cabral ou a ex-senadora Serys Slhessarenko. Pesquisa do Instituto Impec realizada em outubro de 2011 mostra que Mauro Mendes (PSB) seria prefeito da capital ainda no primeiro turno, com 51,41% do total. O segundo colocado seria Roberto França, com 8,83%, seguido de Chico Galindo (3,44%), Dorileo Leal (3,31%) e Guilherme Maluf (2,82%). Para a Câmara de Vereadores, o Democratas conta com uma lista de 62 précandidatos em Cuiabá. A meta do partido, que não tem nenhum representante na Capital, é eleger entre três e quatro parlamentares cuiabanos. O DEM matogrossense também quer recuperar o espaço perdido no interior do estado. A ideia é manter candidatura própria nos principais polos eleitorais do estado, como Tangará da Serra, Sinop, Alta Floresta e, principalmente, em Várzea Grande. Neste último, o nome mais cotado é Júlio Neto, filho do deputado federal Júlio Campos. As lideranças democratas já contabilizam cerca de 70 pré-candidatos a prefeito nos 141 municípios no estado. 15 DEMOCRATAS ELEIÇÕES 2012 Goiânia (GO) ¾ Pré-candidato: José Eliton Júnior ¾ Eleitorado: 922.887 (22,48% do eleitorado estadual) O pleito municipal de 2012 é visto como uma ótima oportunidade para o crescimento do Democratas no estado de Goiás. O partido, que é comandado pelo experiente deputado Ronaldo Caiado e ocupa no Senado Federal uma importante vitrine política com o senador Demóstenes Torres, quer atingir candidaturas em pelo menos 50 municípios no estado. Em Goiânia, o Democratas será decisivo para definir os rumos eleitorais. Com uma votação expressiva na Capital – mais de meio milhão de votos – o senador Demóstenes Torres era considerado o nome mais forte do grupo de apoio do governador Marconi Perillo para derrotar o prefeito Paulo Garcia (PT). Porém, recentemente, Demóstenes anunciou que não vai concorrer ao cargo de prefeito nas eleições desse ano. Ele decidiu ser mais "útil" reforçando a oposição ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT) no Senado. Além disso, Demóstenes é cogitado para uma eventual candidatura presidencial do DEM, em 2014. Sem o senador no páreo, o Democratas vai jogar todas as fichas no vicegovernador José Eliton Júnior, a grata revelação política de Goiás. Eliton, 38 anos, além de desempenhar um importante papel na vice-governadoria do estado, tem mostrado muita eficiência administrativa como presidente da Companhia Energética de Goiás (Celg). Mesmo com Eliton na disputa, o DEM trabalha para viabilizar a candidatura única dos partidos que sustentam o governo Marconi Perillo. Unir a “base” será o grande nó a ser desatado pelo governador Perillo. Pois, além do PSDB, que tem três pré-candidatos (os deputados federais Leonardo Vilela e João Campos e o deputado estadual Fábio Sousa), o PSD (com o deputado federal Armando Vergílio e o deputado estadual Francisco Júnior) e o PTB (Jovair Arantes garante que será candidato) já manifestaram intenção de disputar a eleição em Goiânia. Caso o consenso não seja alcançado, a base pode pulverizar os nomes, lançando cada partido seu candidato. O prefeito Paulo Garcia (PT) vai tentar a reeleição. O petista, entretanto, é pouco conhecido pela população da capital, visto que chegou à prefeitura depois que Íris Rezende (PMDB) abandonou o posto para disputar o Governo do Estado em 2010. Íris, derrotado por Marconi Perilo na disputa pelo governo, havia sido reeleito prefeito, em 2008, com mais de 74% dos votos, o que demonstra uma gestão muito bem avaliada. O desafio do atual prefeito é colar a boa aprovação do mandato à sua imagem. Em Goiânia, os deputados Sandro Mabel (PMDB) e Sandes Júnior (PP) também podem disputar. Em recente pesquisa espontânea Serpes/O Popular para as eleições de 2012, o senador Demóstenes Torres (DEM) aparece com 33% das intenções de voto, enquanto o atual prefeito, Paulo Garcia (PT), tem apenas 13%. O tucano Túlio Isac soma 6,2% e Sandes Júnior, 5,2%. 16 DEMOCRATAS ELEIÇÕES 2012 REGIÃO SUDESTE Belo Horizonte (MG) ¾ Gustavo Corrêa ------------------------------------------ 18 Rio de Janeiro (RJ) ¾ Rodrigo Maia --------------------------------------------- 19 São Paulo (SP) ¾ Rodrigo Garcia ------------------------------------------ 20 Vitória (ES) ¾ Sem pré-candidato ------------------------------------- 21 17 DEMOCRATAS ELEIÇÕES 2012 Belo Horizonte (MG) ¾ Pré-candidato: Gustavo Corrêa ¾ Eleitorado: 1.827.793 (12,59% do eleitorado estadual) Em Belo Horizonte, o prefeito Márcio Lacerda (PSB) deve montar um amplo leque de apoio à sua reeleição, que pode ir do PT ao PSDB. Lacerda já tem o apoio dos tucanos, e agora trabalha para manter os petistas na chapa, configurando como o favorito no pleito. O ministro Fernando Pimentel é o grande articulador da aliança entre tucanos e petistas, em torno de Lacerda. Tal como em 2008, há forte resistência no PT para repetir a chapa. Com isso, um setor petista movimenta-se para lançar o atual vice-prefeito, Roberto Carvalho. É possível que a única candidatura de peso, pela oposição em BH, seja a de Leonardo Quintão (PMDB), que já enfrentou Lacerda em 2008 e levou a disputa para o segundo turno, com votação muito próxima da obtida pelo prefeito, naquela ocasião. O PV deve apresentar a candidatura de Délio Malheiros. Em um cenário tão restritivo para o eleitor, é possível o crescimento de candidaturas alternativas. Pesquisa realizada pelo Instituto DataTempo/CP2, entre os dias 10 e 15 de dezembro, mostra o prefeito Márcio Lacerda (PSB) na ponta. Ele aparece com 27,8%, seguido do ministro Fernando Pimentel (PT), com tem 18,3%. O deputado estadual João Leite (PSDB) fica com 11,0% e é seguido de perto pelo ex-ministro Patrus Ananias (PT), com 10,9%. O deputado federal Leonardo Quintão tem 5,4% das preferências. O Democratas, que detém grande densidade política em Minas Gerais, estuda cenários para emplacar uma candidatura própria na capital mineira. Os deputados estaduais Gustavo Corrêa (DEM) e João Vítor Xavier (PRP) discutem a formatação de uma coligação competitiva, que teria como candidato majoritário um dos dois parlamentares. Embora as duas legendas estejam na base de sustentação de Lacerda, Corrêa e João Vítor consideram a possibilidade de uma candidatura propositiva, que abra o debate em torno da cidade. Gustavo Corrêa, 36 anos, é uma promessa política para o DEM mineiro. O democrata foi eleito em 2010 com 86.862 votos para o seu 3º mandato como deputado estadual, estando ativo na Assembleia Legislativa desde os seus 26 anos. É o atual presidente da Comissão de Administração Pública e atuou como Secretário de Esportes e da Juventude de junho de 2007 até janeiro de 2010. O Democratas integra hoje a base de apoio do governador Antonio Anastasia e conta com duas secretarias. O partido ocupa a pasta de Transportes e Obras Públicas, com Carlos Melles, deputado federal licenciado. E também chefia a secretaria estadual de Agricultura, com o suplente de Aécio, Elmiro Nascimento. Em 2012, a principal meta do DEM é fortalecer as bases municipais, lançando grande número de candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereadores. Entre os possíveis e potenciais candidatos a prefeito em Minas, destaca-se o deputado João Bittar (Uberlândia), o deputado Jairo Athayde (Montes Claros), o deputado Vitor Penido (Nova Lima), e o ex-prefeito Eduardo Tomishi (Teófilo Otoni). 18 DEMOCRATAS ELEIÇÕES 2012 Rio de Janeiro (RJ) ¾ Pré-candidato: Rodrigo Maia ¾ Eleitorado: 4.633.959 (40,02% do eleitorado estadual) A sucessão à prefeitura do Rio de Janeiro se transformou em uma batalha nos bastidores. Tendo como protagonistas, de um lado, a aliança PT-PMDB que governa a capital e a maior parte dos municípios fluminenses e, de outro, a oposição espalhada em legendas como PSDB, DEM, PV, PR e PSOL, a disputa em 2012 está totalmente embolada. O deputado federal e ex-governador Anthony Garotinho, do PR, e o ex-prefeito Cesar Maia, do DEM, poderão experimentar por intermédio dos filhos uma inédita aliança na capital, onde o deputado federal Rodrigo Maia (DEM) será candidato a prefeito, tendo como possível vice a deputada estadual Clarissa Garotinho (PR). O acordo com Clarissa – que ainda precisa ser fechado – é estratégica para o sucesso eleitoral do Democratas na capital, pois trazê-la para a chapa agregaria tanto o público evangélico quanto o peso político que Garotinho tem no município. Apesar de desavenças políticas passadas, Cesar Maia e Garotinho decidiram se unir contra o PMDB em 2012. Maia deverá se candidatar a uma vaga na Câmara de Vereadores, num movimento cercado de cálculos – políticos e matemáticos. Cesar trabalha com a possibilidade de conquistar pelo menos 250 mil votos – o que tornaria a empreitada altamente vantajosa para o DEM, pois ele carregaria consigo outros quatro vereadores. O Rio de Janeiro é o estado mais importante para a aliança entre o DEM e o PR, e todos os esforços serão feitos para não dar vitória fácil a Eduardo Paes (PMDB), aliado de Sérgio Cabral, e para ganhar o maior número de prefeituras possível no interior. Representantes dos dois partidos têm mantido reuniões frequentes para discutir a divisão dos 92 municípios fluminenses. Até agora, definiu-se que o DEM será cabeça de chapa em Nova Iguaçu, Maricá e Itaperuna, além do Rio de Janeiro. Já o PR terá o candidato principal em Campos (a mulher de Garotinho, Rosinha, vai disputar à reeleição), Volta Redonda, São Gonçalo e Duque de Caxias. O prefeito Eduardo Paes (PMDB), que tentará à reeleição, detém um favoritismo inegável. Paes, que conta com o apoio de pelo menos 16 partidos, entre eles o PRB do senador Marcelo Crivella; o PSD de Índio da Costa e o PPS do vereador Stepan Nercessian. O PMDB trabalha para que o vice na chapa seja indicado pelo PT, possivelmente o vereador Adilson Pires. Porém, o senador Lindberg Farias ameaça lançar candidatura própria com o deputado federal Alessandro Molon. No PSOL, o nome mais forte é do deputado Marcelo Freixo (PSOL), que busca o apoio de Fernando Gabeira (PV) para fortalecer sua candidatura. O PSDB apostará no deputado Otávio Leite. Segundo pesquisa realizada pelo Ibope, divulgada no dia 19 de janeiro, Eduardo Paes lidera com folga, com 43% das intenções de voto. Na sequência aparecem Marcelo Freixo (9%), Rodrigo Maia (5%) e Otávio Leite (2%). Brancos e nulos chegam a 26% e não sabem ou não respondem, 15%. 19 DEMOCRATAS ELEIÇÕES 2012 São Paulo (SP) ¾ Pré-candidato: Rodrigo Garcia ¾ Eleitorado: 8.469.246 (27,83% do eleitorado estadual) O Democratas, que passa por um processo de renovação de lideranças na cidade mais populosa do país, prepara uma ofensiva para recuperar os espaços perdidos com o avanço da sigla fundada pelo prefeito Gilberto Kassab. Em São Paulo, a estratégia é apostar em uma candidatura própria para fortalecer as bases do partido. O escolhido é Rodrigo Garcia. O pré-candidato é deputado federal e se licenciou para ocupar o cargo de secretário estadual de Desenvolvimento Social. A pré-candidatura de Garcia, no entanto, não significa que o Democratas tenha descartado a possibilidade de alianças com outros partidos. O partido tem dialogado tanto com o PSDB como com o PMDB para a formação de uma aliança com chances de vitória. Com a postulação de Garcia, o partido se colocou no jogo, posicionando-se em uma eleição que começa sem um favorito disparado nas pesquisas. O PSDB, como se sabe, realiza prévias entre quatro postulantes: Bruno Covas, Andrea Matarazzo, José Aníbal e Ricardo Trípoli. Contudo, especula-se que Serra possa ainda ser o candidato tucano (nesse caso, o DEM poderia apoiá-lo). Porém, o tempo corre contra Serra, visto que, quanto mais as prévias avançam, mais legítimo torna-se o processo e o seu vencedor. Enquanto isso, o PSD de Gilberto Kassab negocia simultaneamente o apoio do PSDB e do PT, enquanto lança o vice-governador Guilherme Afif Domingos como pré-candidato. O PT está fechado em torno do ex-ministro Fernando Haddad, que vai ter como padrinho o ex-presidente Lula. Surgem ainda nomes como Netinho de Paula (PCdoB) e Paulinho da Força (PDT), que o PT deve pressionar para compor com Haddad. O PMDB lançará o escritor e deputado federal com a segunda maior votação em SP, Gabriel Chalita (o PMDB ofereceu ao DEM a vaga de vice na chapa de Chalita). Celso Russomano deve entrar na disputa, agora pelo PRB, mas tem suas chances reduzidas pelo pouco tempo de TV, mesmo problema enfrentado por Soninha Francine, no PPS. Pesquisa Datafolha, realizada na última semana de janeiro, mostra um cenário turbulento. Em cinco cenários pesquisados, o pré-candidato do PT, Fernando Haddad, vai de 4% a 5%. Gabriel Chalita recebeu entre 6% e 9% das intenções de voto e Netinho de Paula aparece entre 11% a 13%. Russomanno lidera com 19% a 21%. Ele só não venceria a eleição, se ela ocorresse hoje, em caso de disputa contra o ex-governador José Serra, que recebeu 21% das intenções de voto, enquanto que os demais nomes do PSDB variaram entre 2% e 6%. A meta do Democratas paulistano é dobrar o número de prefeitos e vereadores em 2012, com o lançamento de 200 candidaturas a prefeito. Atualmente, a legenda com cerca de 70 prefeitos e 1.000 vereadores. Em todas as cidades, o partido está mais forte, com aumento significativo do número de précandidatos. 20 DEMOCRATAS ELEIÇÕES 2012 Vitória (ES) → Pré-candidato: -- -- -→ Eleitorado: 249.229 (9,85% do eleitorado estadual) O próximo prefeito de Vitória carregará a importante missão de recolocar a cidade nos trilhos após oito anos de administração do PT. As pesquisas indicam que a gestão do atual prefeito João Coser chega a ter reprovação de mais de 60% da população. O ponto de equilíbrio da eleição é o exgovernador Paulo Hartung. A indefinição sobre a candidatura de Hartung para concorrer a prefeitura de Vitória tem deixado o meio político em polvorosa. Nos bastidores, o que se comenta é que ele não deve “descer do muro” antes de junho. Dizem que sua decisão vai depender muito do crescimento das intenções de votos do deputado Luciano Rezende (PPS), pré-candidato declarado e que tem demonstrado grande aproximação com o ex-governador. Se Hartung optar mesmo pela disputa, leva com ele grande parte de uma ala petista que não aposta na candidatura da ministra Iriny Lopes. Um outro nome do PMDB que também é apontado para entrar na corrida é o do deputado federal Lelo Coimbra. Representando a oposição declarada a atual administração, o PSDB apresentou dois nomes como as principais opções para as eleições em 2012. O ex-prefeito Luiz Paulo Vellozo Lucas e o deputado federal César Colnago são os précandidatos do PSDB. O PSD planeja lançar o vereador Max da Mata (ex-DEM), que teria o apoio do senador Magno Malta. O Democratas capixaba, aliado de primeira hora do PMDB de Paulo Hartung, trabalha para ganhar força no próximo pleito. “Queremos uma atuação bonita nas eleições de 2012. O DEM construirá alianças com outros partidos como PPS, PMDB, dentre outros, para chegar com fortes candidatos a vereador e prefeito. Já estamos com 63 diretórios montados e vamos trabalhar para eleger pelo menos 20 prefeitos”, afirmou em entrevista recente o deputado estadual Rodney Miranda, presidente regional do DEM. Rodney é o principal nome para a disputa eleitoral em Vila Velha, maior colégio eleitoral do Estado com cerca de 250 mil eleitores. Há uma corrente em na cidade que aposta que o democrata e o deputado estadual Hércules Silveira (PMDB) possam fazer uma dobradinha para disputar o Executivo canela-verde. Tudo isso sob os olhares e a bênção do ex-governador Paulo Hartung. O DEM possui a maior bancada na Assembleia legislativa, com cinco parlamentares. Neste grupo podem entrar na eleição os deputados Theodorico Ferraço, em Cachoeiro de Itapemirim; Atayde Armany, em Santa Maria de Jetibá; e Luciano Pereira, em Barra de São Francisco. 21 DEMOCRATAS ELEIÇÕES 2012 Região Sul Curitiba (PR) ¾ Sem pré-candidato -------------------------------------- 23 Florianópolis (SC) ¾ Doreni Caramori Jr. ------------------------------------- 24 Porto Alegre (RS) ¾ Paulo Borges --------------------------------------------- 25 22 DEMOCRATAS ELEIÇÕES 2012 Curitiba (PR) ¾ Pré-candidato: -- -- -¾ Eleitorado: 1.326.059 (17,46% do eleitorado estadual) Curitiba será mais uma capital brasileira a sediar uma eleição polarizada. De um lado os aliados do governador Beto Richa (PSDB), representados pelo DEM, PP, PPS, que estarão no palanque do prefeito Luciano Ducci (PSB). De outro os partidos da base aliada do governo federal, composta por PT, PMDB, PDT e PSC. O prefeito Ducci, apesar de exercer o cargo, não foi eleito em 2008. Ele foi vice na chapa de reeleição de Beto Richa (PSDB), que deixou a prefeitura para torna-se governador, em 2010. O atual prefeito de Curitiba vai buscar a reeleição com o apoio irrestrito do governador Richa. Caso o socialista não decole nas pesquisas, o tucano já admitiu a possibilidade de se licenciar do governo do Estado para trabalhar pela reeleição de Ducci. O Democratas quer indicar o candidato a vice na chapa de Luciano Ducci. Segundo o secretário-geral do partido, deputado Pedro Lupion, há pelo menos três nomes: o presidente interino da Câmara Municipal, vereador Sabino Piccolo; o ex-deputado Luciano Pizzatto, que hoje presidente a Compagás, e o atual secretário municipal de Habitação, Osmar Bertoldi. A tendência maior é pelo nome de Bertoldi, mas as lideranças democratas acreditam que haverá uma disputa ferrenha entre os partidos aliados pela indicação, a começar pelo próprio PSDB de Beto Richa. Mas o DEM não vai desistir desta luta, pois é um parceiro tradicional do PSB e dos tucanos na Capital paranaense, além de ser um partido que fez história em Curitiba com os ex-prefeitos Jaime Lerner e Cássio Taniguchi, atual secretário estadual do Planejamento. Outros candidatos surgem no páreo. O PMDB do senador Roberto Requião lançou a pré-candidatura do ex-prefeito Rafael Greca. Nos bastidores, porém, o comentário é que a pré-candidatura de Greca seria na verdade um mero “balão de ensaio” de Requião e seus aliados, que pretendem rifar o ex-prefeito lá na frente, com a alegação de que ele não teria chances, para apoiar a reeleição de Luciano Ducci, de quem Requião é amigo pessoal. No PSDB, o ex-deputado Gustavo Fruet buscou viabilizar a sua candidatura para o próximo pleito municipal. Percebendo a tendência no PSDB para apoiar a reeleição do prefeito em exercício, Fruet – que se candidatou ao senado em 2010, sendo o mais votado para este cargo, em Curitiba – migrou para o PDT, de Osmar Dias. Especula-se agora se o PT lançará candidatura própria ou apoiará Fruet já no primeiro turno, como parece ser a preferência dos ministros Gleisi Hoffman e Paulo Bernardo. O deputado federal Ratinho Júnior, em função do bom desempenho nas pesquisas, também será candidato pelo nanico PSC. O Democratas paranaense, sob o comando do deputado estadual Élio Rusch, trabalha para crescer em todo o estado em 2012. O partido deverá lançar candidato próprio em grandes cidades, como Ponta Grossa, Maringá, Paravaí, Campo Mourão e Pato Branco. 23 DEMOCRATAS ELEIÇÕES 2012 Florianópolis (SC) ¾ Pré-candidato: Doreni Caramori Júnior ¾ Eleitorado: 314.657 (6,92% do eleitorado estadual) Depois da lipoaspiração que sofreu com as baixas de lideranças que rumaram para o PSD, o “novo” Democratas catarinense passará por um grande desafio com as eleições municipais de 2012. Será uma excelente oportunidade para a criação de novas lideranças num ambiente sem caciques e sem fisiologismo. O partido está ativo e de cara nova. E tem até précandidato a prefeito em Florianópolis. Trata-se do empresário Doreni Caramori Junior, presidente da ACIF (Associação Comercial e Industrial de Florianópolis), que reúne 1,9 mil empresas da região. Caramori Júnior, 29 anos, diplomado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), tem uma consolidada trajetória no associativismo, tendo ocupado também a presidência da Confederação Nacional dos Jovens Empresários. Ele busca atrair lideranças do terceiro setor e entidades empresariais novas para reconstruir o partido. “Vamos trabalhar com todos aqueles que enxergam as grandes oportunidades existentes para transformar Florianópolis, definitivamente, em uma das principais cidades do país para se viver, trabalhar e fazer negócios”, afirma. Presidente da Comissão Provisória do Democratas, o ex-deputado Paulo Gouvêa da Costa trabalha na reestruturação da sigla no Estado. Desde a dissolução dos diretórios estadual e municipais pelo Estado, o DEM já reorganizou executivas em 125 municípios. Até outubro do ano passado, a prioridade foi preparar a nominata de candidatos para as eleições municipais deste ano. Atualmente, o trabalho é de negociação para a formação de coligações. Segundo Gouvêa, até o momento, não há nenhuma restrição formal para coligações. Ele diz que as parcerias prováveis são com os partidos que nacionalmente fazem oposição ao governo (PPS e PSDB), mas que há conversas com outras siglas, como PMDB e PP. Além de Florianópolis, a esperança é ter candidato a prefeito em cidades grandes, como São José, Criciúma, Chapecó, Lages, Jaraguá do Sul, Palhoça, Blumenau (com Jovino Cardoso), Itajaí (com Luiz Carlos Pissetti) e Joinville, maior colégio eleitoral do estado (com Alodir Cristo). Enquanto isso, o PMDB do senador Luiz Henrique da Silveira e o PSD do governador Raimundo Colombo - aliados no plano estadual - não parecem dispostos a abrir mão de suas candidaturas, apesar dos caciques tentarem reeditar a “polialiança”, ou seja, unir o PSD, PMDB, PSDB e as outras siglas que apoiaram Colombo em 2010. O PMDB tem como pré-candidato a prefeito o deputado licenciado Gean Loureiro, enquanto que o PSD trabalha com a possibilidade de lançar César Souza Júnior, secretário de Turismo. O PP pode apoiá-lo ou lançar algum nome próprio. Ângela Amin, ex-prefeita da cidade, é uma das cotadas. O PT possui alguns postulantes, mas a preferência da ministra Ideli Salvatti é fechar uma coligação com o PC do B, da pré-candidata Ângela Albino. 24 DEMOCRATAS ELEIÇÕES 2012 Porto Alegre (RS) ¾ Pré-candidato: Paulo Borges ¾ Eleitorado: 1.057.122 (13,05% do eleitorado estadual) A movimentação entre as lideranças políticas é cada vez mais intensa para a disputa pela Prefeitura de Porto Alegre. São dois os nomes que se destacam na corrida. O atual prefeito, José Fortunati, é candidato declarado do PDT, enquanto Manuela D’Ávila (PCdoB) surge forte como nome de oposição. Mas o tabuleiro que envolve os destinos da capital gaúcha está bem mais complicado do que pode aparentar à primeira vista. Do lado direito da capital gaúcha, o Democratas é o partido mais ativo na corrida eleitoral de 2012. Apesar de seu único vereador em Porto Alegre, Reginaldo Pujol, ser considerado um político “independente”, líderes da sigla já se mexem para montar uma chapa com os partidos que fazem um bloco de oposição nacional aos governos liderados pelo PT. Assim, procurando representar o espectro político contrário aos grupos de esquerda, o DEM lançou a candidatura do presidente do diretório da Capital, deputado estadual Paulo Borges. Sob os auspícios do deputado federal Onyx Lorenzoni, o Democratas gaúcho já iniciou o debate sobre as estratégias políticas e o programa de governo para a campanha de Borges à prefeitura. As primeiras conversas estão sendo estabelecidas com o PSDB e o PPS. Além disso, Borges estreitou laços com o PRTB e o PSC. Pretende também conversar com o PP da senadora Ana Amélia. E já fechou o apoio do pequeno PHS. Entretanto, o próprio Paulo Borges admite que o que seu partido busca não é necessariamente a candidatura dele, podendo formar, por exemplo, uma chapa encabeçada pelo deputado federal Nelson Marchezan Júnior, do PSDB. Porém os tucanos estão indecisos entre o apoio à reeleição do prefeito Fortunati ou à candidatura própria com Marchezan. Outros partidos também avaliam como se comportarão em 2012. O PMDB, do ex-prefeito José Fogaça, discute internamente as possibilidades: continuar apoiando Fortunati, lançar candidatura própria ou compor com outro partido. O PP, que está na base aliada do prefeito Fortunati, também não decidiu ainda o que fará. O partido chegou a cogitar o lançamento da senadora Ana Amélia Lemos ao Paço Municipal. Por outro lado, há a indefinição do PT – partido que ocupou a prefeitura durante 16 anos e que não parece muito disposto a abrir mão de uma cabeça de chapa em nome da candidata comunista. Maria do Rosário, Adão Villaverde e Raul Pont são apontados como pré-candidatos. Levantamento do Instituto “Kleper Consultoria”, divulgado em outubro de 2010, mostra um cenário incerto. Manuela D’Ávila lidera com 30,3%, seguida de perto por José Fortunati com 28,7%. O tucano Nelson Marchezan Jr. tem 5,2% e Paulo Borges soma 4,8%. O Democratas do Rio Grande do Sul tem tudo para dar a volta por cima nas eleições de 2012. Em Caxias do Sul, cidade polo do RS, o Democratas trabalha com a candidatura do empresário Milton Corlatti. Em Pelotas, Matteo Chiarelli (DEM) é pré-candidato ao Executivo municipal. 25 DEMOCRATAS ELEIÇÕES 2012 Região Norte Belém (PA) ¾ Sem pré-candidato ------------------------------------- 27 Boa Vista (RR) ¾ Sem pré-candidato ------------------------------------- 28 Macapá (AP) ¾ Davi Alcolumbre ---------------------------------------- 29 Manaus (AM) ¾ Pauderney Avelino ------------------------------------- 30 Palmas (TO) ¾ Fernando Rezende e Prof.ª Dorinha ----------------- 31 Porto Velho (RO) ¾ Jep Rover ------------------------------------------------ 32 Rio Branco (AC) ¾ Sem pré-candidato ----------------------------------- 33 26 DEMOCRATAS ELEIÇÕES 2012 Belém (PA) ¾ Pré-candidato: -- -- -¾ Eleitorado: 995.520 (20,63% do eleitorado estadual) A disputa eleitoral em Belém começa a ganhar forma. O atual prefeito da capital paraense, Duciomar Costa (PTB), construiu a candidatura do ex-governador Almir Gabriel (PTB), para a sua sucessão. Gabriel já governou o Pará duas vezes, entre 1994 e 2002, pelo PSDB, mas rompeu com o seu partido em 2010, apoiando um candidato do PMDB de Jáder no primeiro turno para o governo estadual, e Ana Julia do PT, no segundo turno. É imprevisível saber como o eleitorado de Belém vai reagir, depois desta incoerência na trajetória do exgovernador, mas não é possível subestimar a força de Gabriel na capital. O PSDB, do governador Simão Jatene, deve apostar no deputado federal Zenaldo Coutinho, que foi presidente da Frente contra o Estado de Carajás. Já o PT fará prévias para definir seu candidato. Os principais postulantes são o deputado federal Cláudio Puty, e os estaduais Bordalo e Alfredo Costa. O PMDB deve lançar novamente o deputado federal José Priante, que foi ao segundo turno contra o atual prefeito em 2008. O candidato do PSOL, Edmilson Rodrigues, é visto como um dos principais nomes, pois já foi prefeito de Belém, quando ainda era do PT, e tem bom reduto eleitoral na cidade, apesar do pouco tempo de TV e das poucas chances de permanecer competitivo com o decorrer da disputa. Após perder parte da bancada para o novo PSD, o Democratas ficou meio fragilizado no Pará, mas o líder democrata na Câmara Municipal de Belém, vereador Carlos Augusto Barbosa, tem sido cobiçado por algumas legendas para compor uma chapa majoritária como vice-prefeito. Barbosa admite a possibilidade, mas prefere aguardar a conjuntura, seguindo orientação do presidente regional do partido, deputado federal Joaquim Lira Maia. Lira Maia, em entrevista recente, disse que esse é um momento de reestruturação da legenda. “O partido está se reestruturando para as eleições de 2012. Aqui no Pará, o partido tem crescido e está presente em 102 municípios e a meta é se organizar em 144 cidades já para essa eleição”. Líder da Frente Pró-Tapajós, Maia trabalha para fortalecer o partido no interior do estado, como em Santarém, cidade polo do Pará. Nas últimas eleições, o Democratas paraense sentiu muito a falta da força eleitoral da ex-vice-governadora Valéria Pires Franco (DEM) e seu marido, o exdeputado federal Vic Pires Franco, que não concorreram a nenhum cargo eletivo. O casal tem grande cacife eleitoral no Pará, principalmente em Belém. Seria importante a executiva nacional do Democratas procurar convencê-los a retornarem à vida pública. 27 DEMOCRATAS ELEIÇÕES 2012 Boa Vista (RR) ¾ Pré-candidato: -- -- -¾ Eleitorado: 175.805 (64,45% do eleitorado estadual) O cenário para a disputa pela prefeitura de Boa Vista, capital de Roraima, começa a ficar mais nítido. O atual prefeito Iradilson Sampaio (PSB), em seu segundo mandato, não poderá concorrer à reeleição. A viceprefeita Suely Campos (PP) é um nome que não emplaca. Não conta com a simpatia de que goza, por exemplo, Neudo Campos – seu marido. O Partido Progressista (PP) deverá lançar o secretário Paulinho Linhares. Do outro lado, permanece intensa a briga de bastidores no seio da família Jucá. Ancorada pelo governador Anchieta Júnior (PSDB), a deputada federal Teresa Surita (PMDB) tenta ser candidata à Prefeitura de Boa Vista, mas encontra resistência do ex-marido, o senador Romero Jucá, que prefere o filho Rodrigo Jucá (PMDB), o “Jucarzinho”, na disputa. Correndo por fora, aparece o vereador Telmário Mota (PDT), que será a opção dos descontentes. Seus correligionários juram que há um pacto secreto entre o vereador do PDT e o governador Anchieta Júnior. Telmário não ficaria de mãos abanando do ponto de vista de apoio financeiro à sua campanha. A senadora Ângela Portela, do PT, ainda não se decidiu se será candidata. Há também quem defenda o deputado Paulo César Quartiero (DEM) como uma boa opção para Boa Vista, diante da possível falta de candidatos fortes. Seus admiradores o veem como uma espécie de herói da resistência devido a sua atuação contra a homologação e posterior desocupação, pelos fazendeiros, da Terra Indígena Raposa Serra do Sol. “Fico até lisonjeado de terem lembrado meu nome, mas nossa dificuldade é com o governo federal e nossas maiores demandas têm que ser resolvidas em Brasília”, ressaltou. O Democratas roraimense está se reestruturando e deve disputar o cargo majoritário de prefeito na maioria dos municípios de Roraima. O presidente regional do partido, deputado Paulo César Quartiero, disse que o DEM faz oposição ‘com responsabilidade’ ao governo estadual e deve concorrer em pelo menos 14 municípios de Roraima. Na capital Boa Vista, o partido apoiará o setor produtivo, possivelmente o candidato de oposição ao grupo do governador Anchieta Jr. A tendência é focar em cidades estratégicas, como Paracaíma, Bonfim e Cantá. 28 DEMOCRATAS ELEIÇÕES 2012 Macapá (AP) ¾ Pré-candidato: Davi Alcolumbre ¾ Eleitorado: 243.411 (57,53% do eleitorado estadual) As conversações visando às eleições municipais de outubro na capital amapaense estão em ritmo acelerado. Presidente do Diretório Estadual do Democratas no Amapá, o deputado federal Davi Alcolumbre é apontado como candidato à prefeitura de Macapá nas eleições desse ano. O lançamento do nome de Davi para concorrer à prefeitura da capital amapaense faz parte da estratégia de crescimento do Democratas em 2012 e 2014. Em entrevista recente, Davi avalia que as chances de agrupar um grande número de aliados em torno de sua candidatura são mais que reais. "Nossos ideais para Macapá nos possibilitam pensar grande. Fico feliz em poder contar com um partido que sempre esteve ao meu lado nas lutas pelo Amapá e que, agora, não somente concordou, mas determinou que fosse lançada a minha candidatura à prefeitura de Macapá", enfatizou. Ele reforçou que sua candidatura integra "o processo de construção e fortalecimento do partido que se dará com a eleição massiva de prefeitos e vereadores pertencentes ao DEM". No entanto, para consolidar sua candidatura, ainda é necessário muito diálogo com os partidos aliados. O ex-deputado Lucas Barreto (PTB), em declarações recentes a imprensa local, confirmou que o seu candidato a prefeito de Macapá será o democrata Davi Alcolumbre. O líder petebista, que afirma querer disputar o governo em 2014, articula também o apoio do prefeito Roberto Góes (PDT), que nos bastidores diz que não deseja ser mais prefeito de Macapá, e que por isso poderá abrir mão da sua tentativa de reeleição em favor de uma indicação do PTB, no caso o deputado Davi. Porém, as frequentes conversas entre o senador Randolfe Rodrigues (PSOL) e o petebista Lucas Barreto, sob a chancela do PMDB de José Sarney, levaram observadores políticos a especularem que o líder petebista poderia apoiar uma chapa encabeçada pelo PSOL. Ninguém sabe ao certo até que ponto isso andará para frente. Líder do PSOL no Senado, Randolfe Rodrigues, destaca-se entre os favoritos na disputa – foi o primeiro colocado na eleição para senador em 2010 no Amapá. Pode ser o primeiro prefeito eleito pelo PSOL. Mas ele diz que só entra na disputa se o partido ampliar seu “leque de alianças”. Randolfe quer uma coligação com PV, PPS, PSDB, PC do B, PTC, PSB, PCB e PPL (Partido da Pátria Livre, recém-criado). Se não for assim, ele diz que o candidato do PSOL em Macapá será seu suplente no Senado, Clécio Luís. Já o PT e o PSB, que são aliados no plano estadual, não conseguiram se entender em Macapá. A deputada estadual Cristina Almeida é pré-candidata pelo PSB, enquanto que o PT insiste no lançamento de uma candidatura própria. 2012 será muito positivo para o Democratas amapaense. O partido apresenta bons nomes para disputar as vagas na Câmara de Vereadores da capital. Os titulares mais citados são: Jaime Perez, que busca sua reeleição; Helena Guerra, atual vice-prefeita da capital; e Josiel Alcolumbre, empresário de TV. 29 DEMOCRATAS ELEIÇÕES 2012 Manaus (AM) ¾ Pré-candidato: Pauderney Avelino ¾ Eleitorado: 1.141.335 (55,34% do total estadual) As articulações para as eleições municipais de 2012 no Amazonas estão a todo vapor. Os dirigentes locais do Democratas trabalham arduamente para emplacar a candidatura do deputado federal Pauderney Avelino à prefeitura de Manaus. A candidatura de Pauderney é vista como a mola propulsora para organizar e ampliar a sigla na capital e no interior do Estado. Hoje, o DEM do Amazonas possui 4 prefeituras: Tonantins, Ipixuna, Manicoré e Careiro do Castanho, e pretende ampliar esse número elegendo mais prefeitos em 2012. Vice-presidente nacional do DEM, Pauderney tem todo o apoio das lideranças nacionais do partido para formar uma candidatura competitiva. Deputado mais experiente da bancada do Amazonas na Câmara Federal, Pauderney tem eleitorado forte em Manaus, uma grande militância, além de ser considerado um dos parlamentares mais preparados para defender a Zona Franca de Manaus, a sua principal bandeira de luta. "Não existe uma alternativa ainda séria e que compreenda os problemas de Manaus como eu", destacou Avelino em entrevista a um jornal local, garantindo que sua campanha é para valer. A estratégia do Democratas é buscar alianças e pouco a pouco acelerar as articulações com os partidos aliados, mas por enquanto o tempo é de conversas, de ver os pontos convergentes e os divergentes. Pois Pauderney Avelino pode se transformar na maior surpresa desta eleição, visto que tem chances reais de montar um arco de alianças que o credenciaria à vitória. Ele tem conversado, intensamente, com o senador peemedebista Eduardo Braga (que desistiu de concorrer à Prefeitura da Capital) e com o governador Omar Aziz (PSD). Se houver um acordo bem estruturado, ele pode ser o candidato com o apoio dos dois, nas próximas eleições. Manaus já tem pelo menos 13 pré-candidatos à prefeito. A disputa está mais embolada depois que o atual prefeito Amazonino Mendes (PDT) anunciou que não disputará à reeleição. Vários nomes do grupo político do senador Eduardo Braga despontam como candidatos, entre eles, os deputados federais Sabino Castelo Branco (PTB) e Rebecca Garcia (PP). Outros postulantes ao cargo são o ex-prefeito Serafim Correa (PSB), que disputou a reeleição em 2008, mas perdeu para Amazonino; além do deputado federal Francisco Praciano (PT), e do vereador Hissa Abrahão (PPS), que disputou o governo do estado em 2010. As pesquisas divulgadas até agora não são muito favoráveis ao deputado Pauderney Avelino, mas talvez com o andamento da pré-campanha o cenário comece a mudar. Levantamento do Instituto Action, no final do ano passado, mostra Pauderney com cerca 3,5% das intenções de voto. 30 DEMOCRATAS ELEIÇÕES 2012 Palmas (TO) ¾ Pré-candidatos: Fernando Rezende e Prof.ª Dorinha ¾ Eleitorado: 140.545 (14,80% do eleitorado estadual) A corrida pela Prefeitura de Palmas está congestionada de pré-candidatos. O Democratas tem dois postulantes ao cargo: o vereador Fernando Rezende e a deputada federal Professora Dorinha. Rezende tem dito a amigos que está preparado para administrar Palmas, caso seja indicado pelo seu grupo político. Já a deputada Dorinha salientou que não acredita em candidatura própria do Democratas, mas em um conjunto de alianças. “Coloco-me à disposição enquanto partido, mas preciso de um amadurecimento”, destacou. De um modo geral, as forças políticas em Tocantins se dividem em três grandes grupos: o PSDB do governador Siqueira Campos, o PMDB do ex-governador governador Carlos Henrique Gaguim, e o PT do atual prefeito Raul Filho. Nas eleições municipais desse ano, o Democratas tocantinense decidiu que fará composição com os partidos que integram a base do governador Siqueira Campos (PSDB). Siqueira tem condições e necessidade de ampliar o seu poder para ter tranquilidade de pensar em fazer o prefeito da capital. O grande problema é que o seu grupo de apoio tem bons nomes, mas candidatos demais. Os deputados Marcelo Lelis (PV), Eduardo Gomes (PSDB) e Irajá Abreu (PSD) são os nomes mais cogitados. Lelis é o favorito da disputa, pois até agora é o nome mais bem posicionado nas pesquisas. O vereador Fernando Rezende (DEM) é cotado para sair como vice do deputado Marcelo Lelis. Questionado, Rezende não descartou a ideia. “Há essa possibilidade, mas tudo será definido pelo grupo, com cautela. Certo mesmo é que vamos caminhar com o candidato do governo do estado. Marcelo Lelis tem perfil, característica de ser um bom gestor. Acredito que será uma parceria muito positiva com o governo do Estado”, disse Rezende. O prefeito Raul Filho (PT) tem obrigação de fazer o sucessor e tem condições para isso, mas não tem como evitar o racha da base que o apoia. A viceprefeita Edna Agnolin (PDT) já está em campanha, porém não conta com o simpatia do PT, que prefere apostar em Ivory de Lira. O PR, do senador João Ribeiro, trabalha com o nome da ex-prefeita Nilmar Ruiz, enquanto que o PMDB aposta em Dulce Miranda, ex-primeira dama do Estado. Depois da debandada de lideranças para o PSD, o Democratas tocantinense vive um momento importante da sua história. O partido está se reestruturando em todos os 139 municípios do Estado, e tem feito um bom trabalho de oxigenação de lideranças tanto no interior do Estado como na Capital. Em Araguaína, segunda maior cidade do Tocantins, o atual prefeito Valuar Barros (DEM) deve buscar à reeleição. O partido também trabalha com a hipótese de lançar candidatos próprios em cidades grandes, como Gurupi, Porto Nacional e Paraíso do Tocantins. 31 DEMOCRATAS ELEIÇÕES 2012 Porto Velho (RO) ¾ Pré-candidato: Jep Rover ¾ Eleitorado: 283.553 (26,12% do eleitorado estadual) Se em outros estados do Brasil se fala em crise no Democratas, em Rondônia a crise passa longe. Em meio às expectativas para as eleições municipais, a convenção estadual do partido realizada em julho do ano passado apresentou um pré-candidato a prefeito de Porto Velho, surpreendendo a todos. Foi anunciado Jep Rover - um nome totalmente novo no cenário político, e que representa a ousadia do partido em apostar na renovação. Rover é um grande empresário rondoniense, dono da Distribuidora Aurora. Segundo a direção regional do DEM, comandada pelo experiente prefeito de JiParaná José Bianco, ainda há discussões internas em torno da pré-candidatura do empresário, que não é definitiva nesse primeiro momento. Mas, o nome dele já começa a agradar filiados e simpatizantes do partido. “Quem conhece o Jep pode o destacar como um profissional e pai de família de caráter exemplar”, enfatiza Bianco, que vislumbra um cenário promissor para o Democratas rondoniense em 2012. “O DEM não será coadjuvante, entraremos fortes nas disputas com candidatos próprios nos maiores municípios do estado”. Com 19 pré-candidatos já anunciados, a disputa pela prefeitura de Porto Velho pode parecer apertada agora, mas muitas composições deverão acontecer com a proximidade das eleições. O PMDB, do governador Confúcio Moura, ainda está em processo de escolha do candidato. O atual secretário de Obras, Abelardo Castro e o ex-deputado estadual David Chiquilito receberam sinal verde da Executiva Estadual para disputarem as prévias do partido. No PT a briga promete ser ferrenha. A deputada Epifânia Barbosa, a exsenadora Fátima Cleide e o vereador Cláudio Carvalho, fiel escudeiro do prefeito Roberto Sobrinho (PT), disputam a indicação do partido. No PTB, o deputado Valter Araújo, que preside a Assembleia Legislativa, diz ser précandidato. O PV apostará no deputado federal Lindomar Garçon, que uniu o Partido da República (PR), do ex-vice-governador Miguel de Souza, e o PSDB, do ex-senador Expedito Júnior, para fortalecer sua candidatura. No interior do estado, o Democratas, por sua vez, busca ampliar as alianças. As conversas estão adiantadas com o PMDB do senador Valdir Raupp e com o PDT do senador Acir Gurgacz, além do PHS, PSDC e do PTC. O DEM, que até já fez governador em Rondônia, está hoje representado na Assembleia Legislativa pelo deputado Adelino Follador, e tem prefeitos em vários municípios, incluindo a segunda maior cidade do Estado: Ji-Paraná, que é comandada por José Bianco. Em Ariquemes, terceiro maior colégio eleitoral do estado, já se sabe que o atual prefeito Márcio Raposo (DEM) sai para a reeleição. A meta do partido é ampliar a representação em todos os municípios do estado. 32 DEMOCRATAS ELEIÇÕES 2012 Rio Branco (AC) ¾ Pré-candidato: -- -- -¾ Eleitorado: 220.837 (46,40% do eleitorado estadual) A disputa pela prefeitura de Rio Branco é considerada o primeiro pontapé para quebrar a hegemonia do PT no Acre. Para aparentar ser mais competitiva, a oposição deve ter dois candidatos: Fernando Melo (PMDB) e Tião Bocalom (PSDB). A intenção é levar a disputa para o segundo turno, onde os partidos se uniriam em torno de uma única candidatura. Na capital acreana, o Democratas decidiu marchar junto com o PSDB, do précandidato Tião Bocalom, hoje líder nas pesquisas. O DEM considera Bocalom o nome mais competitivo que a oposição apresenta hoje. “Nós vencemos a eleição passada em Rio Branco e o Bocalom está bem avançado nas pesquisas. Penso que os partidos de oposição têm que caminhar unidos e o Democratas vai lutar por isso até os últimos instantes”, disse em entrevista recente o deputado estadual Jamyl Asfury, principal líder do DEM no estado, que está trabalhando arduamente para encaminhar a reestruturação do partido no Acre, filiando novas lideranças e buscando apoio para as eleições de 2012. Parceiro fiel do PSDB acreano, o Democratas brigará para indicar o vice na chapa de Tião Bocalom. A pastora Sandra Asfury, esposa do deputado Jamyl Asfury, seria a indicada, com o apoio de lideranças da igreja Batista do Bosque. O PTC e o PSC também já declararam apoio à pré-candidatura de Bocalom. Já o PMDB, do pré-candidato Fernando Melo, conta com o apoio declarado do PSD, do senador Sérgio Petecão. A expectativa é que o Partido Progressista (PP) também apoie a candidatura de Melo e apresente o apóstolo Ildson Viana como vice na chapa. A parceria teria ainda o PPS. O PC do B, um dos principais partidos que compõe a Frente Popular do Acre (FPA), coligação que há 13 anos administra a capital acreana, sob o comando do PT, lançou a pré-candidatura da deputada federal Perpétua Almeida. A candidatura de Perpétua é tida como uma pedra no caminho do pré-candidato petista Marcus Alexandre, apadrinhado pelo governador Tião Viana. Pesquisa da Agência de Notícias ContilNet, realizada entre os dias 27 e 28 de dezembro, mostra o favoritismo do pré-candidato Tião Bocalom. Nada menos que 40,7% responderam que votariam em Bocalom (PSDB) para prefeito, seguido de Perpétua Almeida (PCdoB), com 27,1%, e Marcus Alexandre (PT), com 8,6%. Fernando Melo (PMDB) soma 4,1%. Lideranças da oposição revelam que no interior a intenção é apresentar um único nome para disputar com as candidaturas da Frente Popular. O Democratas já está se organizando em vários municípios do interior, com excelentes chapas de vereadores. O partido disputará a prefeitura em Acrelândia, com Jonas da farmácia e em Manoel Urbano, com Alen Araújo. No restante do Estado o partido apoiará o candidato escolhido pela oposição. 33 DEMOCRATAS ELEIÇÕES 2012 34