planejamento estratégico

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planejamento estratégico
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
CENÁRIO ELEITORAL NAS CAPITAIS
BRASILEIRAS
Por Murilo Medeiros
Liderança DEMOCRATAS – Senado Federal
DEMOCRATAS
ELEIÇÕES 2012
Democratas tem pré-candidatos em 19 capitais
Eleições 2012
O desenho das eleições municipais de 2012 já começou a ser traçado nas mais
importantes capitais brasileiras. O Democratas, apesar de ter diminuído um
pouco de tamanho com a criação do PSD, será uma das legendas mais
competitivas no pleito municipal desse ano.
O partido tem pré-candidatos a prefeitos em 19 das 26 capitais brasileiras,
ficando atrás somente do PMDB, que planeja lançar nomes próprios em 22
capitais, e o PT, que trabalha para emplacar 20 candidatos. Logo atrás aparece
o PSDB com 18 pré-candidatos, e o PSB com 15. Dos 19 pré-candidatos do
Democratas, pelo menos 10 tem chances reais de emplacar sua candidatura.
Quando consideradas apenas as 10 maiores capitais em número de eleitores São Paulo (8,5 milhões de eleitores), Rio (4,6 milhões), Salvador e BH (1,8
milhão), Fortaleza (1,6 milhão), Curitiba (1,3 milhão), Recife, Manaus, Porto
Alegre e Belém (1 milhão) – o Democratas tem nomes próprios em 8. O PT tem
em 9; o PMDB, em 8; o PSDB, em 7; e o PSB, em 6.
Abaixo, um quadro político detalhado das 26 capitais brasileiras.
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DEMOCRATAS
ELEIÇÕES 2012
REGIÃO NORDESTE
Aracaju (SE)
¾ João Alves ------------------------------------------------ 04
Fortaleza (CE)
¾ Moroni Torgan ------------------------------------------- 05
João Pessoa (PB)
¾ Efraim Filho ---------------------------------------------- 06
Maceió (AL)
¾ Jeferson Morais ------------------------------------------ 07
Natal (RN)
¾ Sem pré-candidato ------------------------------------- 08
Recife (PE)
¾ Mendonça Filho ------------------------------------------ 09
Salvador (BA)
¾ ACM Neto e Aleluia -------------------------------------- 10
São Luís (MA)
¾ Sem pré-candidato -------------------------------------- 11
Teresina (PI)
¾ Heráclito Fortes ---------------------------------------- 12
3
DEMOCRATAS
ELEIÇÕES 2012
Aracaju (SE)
¾ Pré-candidato: João Alves Filho
¾ Eleitorado: 388.307 (26,68% do eleitorado estadual)
A disputa pela prefeitura de Aracaju em 2012 será
fundamental para o fortalecimento do Democratas em
Sergipe. Favorito em todas as pesquisas de opinião
pública, o ex-governador João Alves Filho é o nome mais
cotado do DEM para disputar a Prefeitura da capital
sergipana. João, que encabeça a oposição ao PT em
Sergipe, já criou até um grupo de coordenação para fazer
um estudo completo dos problemas de Aracaju.
Os postulantes a vice já entraram em cena. Entre os
destaques nessa corrida está o PP, que reivindicou o
espaço com o nome do líder da oposição na Assembleia
Legislativa, deputado Venâncio Fonseca. O PSDB também
busca a vaga com o ex-deputado federal José Carlos Machado, ex-integrante do
DEM.
O atual prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PCdoB), não pode mais se
reeleger. Mesmo sendo aliado do governador Marcelo Déda (PT), as duas
lideranças políticas encontram dificuldades para compor uma aliança em torno
das eleições de 2012 na capital sergipana.
O PSB aparece com dois nomes importantes: o deputado federal Valadares
Filho e o deputado estadual Adelson Barreto. Embora o último possua grande
votação dentro de Aracaju, Valadares trabalha junto com o seu pai, o senador
Antônio Carlos Valadares, para ser o candidato do partido e para ter Adelson
como vice. O PSB aguarda a aproximação do pleito para se organizar e para
obter o apoio do atual do prefeito, o que é muito provável.
Nos bastidores, o PT – do governador Marcelo Déda – busca convencer o PSB
de que a base do governo deve possuir apenas um candidato em Aracaju. A
tentativa é de viabilizar a candidatura do deputado federal Rogério Carvalho
(PT), com Adelson como vice. O grupo do senador Eduardo Amorim, apesar de
ser próximo do PT, lançou a pré-candidatura do secretário do Desenvolvimento
e Tecnologia, deputado Zéca da Silva (PSC). O PPS apostará no deputado
federal Almeida Lima, ferrenho adversário de Déda.
Pesquisa do Instituto Opinião, divulgada no dia 06 de dezembro de 2010,
mostra que o “Negão”, como João Alves é conhecido popularmente, é o franco
favorito na disputa. O democrata se situa com 39,8% das citações de votos,
ficando numa posição bastante privilegiada frente ao segundo nome. Trata-se
do deputado estadual Adelson Barreto, PSB, que teve 14,7% das citações.
Depois deles dois, posiciona-se em terceiro lugar o deputado federal Valadares
Filho (PSB) com 9,2% de citações. Almeida Lima (PPS) tem 7,5%. Sozinho,
João Alves teria duas vezes mais votos do que o segundo melhor colocado.
O DEM sergipano priorizará os grandes colégios eleitorais, como Nossa Senhora
do Socorro, segunda maior cidade do estado, que tem como pré-candidato o
deputado Augusto Bezerra. Em Aracaju, o partido já conta 178 candidatos a
vereador.
4
DEMOCRATAS
ELEIÇÕES 2012
Fortaleza (CE)
¾ Pré-candidato: Moroni Torgan
¾ Eleitorado: 1.572.500 (26,48% eleitorado estadual)
O Democratas cearense está pronto para disputar a
Prefeitura de Fortaleza em 2012 com o ex-deputado
federal Moroni Torgan, principal nome do partido no
estado. Moroni, 55 anos, foi candidato a prefeito de
Fortaleza pela 1ª vez em 2000, tendo sido derrotado
nessa e em outras duas oportunidades (2004 e 2008).
Ex-delegado da Polícia Federal, já foi secretário de
Segurança Pública. Atualmente, o ex-deputado federal
está morando em Portugal, na condição de membro da
Igreja Mórmon – dentro da qual integra uma missão
religiosa desde 2009.
Porém, qualquer estratégia partidária nesse momento
está condicionada ao retorno de Moroni a Fortaleza em
tempo hábil. Ou até mesmo sua disposição política em liderar uma chapa
competitiva. O cenário, por enquanto, permanece incerto. O que se sabe é que
Moroni virá com o objetivo de retomar sua carreira política. Ele pensa em
reforçar o Democratas, com apoio da cúpula nacional, de olho em 2012 e
também com a meta de preparar a legenda para 2014. O DEM cearense precisa
de uma urgente oxigenação de lideranças. Hoje, o partido não tem nenhum
representante na Câmara Federal e conta com pouquíssimos prefeitos (vale
notar que o atual presidente do diretório regional do partido, ex-deputado
Chiquinho Feitosa, foi considerado o grande articulador do PSD no Ceará).
Porém, muitos acreditam que a distância de Fortaleza por um período tão longo
torna improvável uma candidatura de Moroni ao cargo de prefeito da capital do
Ceará. As especulações estão a todo vapor. Outros desenham apenas dois
caminhos para uma possível candidatura de Moroni em Fortaleza: ser candidato
a vereador, dentro da estratégia de angariar quantidade significativa de votos e
assim reforçar a bancada da coligação na Câmara Municipal, ou ser candidato a
vice-prefeito, tendo como condição para esta segunda possibilidade a
consolidação de uma candidatura com “chances reais” de vitória. Rumores
apontam que já existem conversas adiantadas entre Moroni e lideranças, como
o tucano Tasso Jereissati, o ex-governador Lúcio Alcântara (PR) e o empresário
Alexandre Pereira (PPS), com vistas à formação de alianças.
A prefeita da capital cearense, Luizianne Lins (PT), busca um nome para
apresentar à população como seu sucessor. Muitos petistas são cogitados para
esta tarefa, dentre os quais, o secretário municipal de articulação política,
Waldemir Catanho, o vereador Guilherme Sampaio, o deputado federal Artur
Bruno, e o deputado estadual Camilo Santana. Este último conta com o apoio
aberto do Governador Cid Gomes (PSB), que, por sua vez, tem atuado para
abortar algumas iniciativas de candidatura do seu próprio partido, como a da
deputada estadual Eliane Novais.
O grande desafio da prefeita, e do PT, é manter a unidade da base, para
permanecer na prefeitura. Partidos aliados pensam em lançar candidaturas
como a do senador Inácio Arruda (PCdoB), e a do deputado federal Danilo
Fortes (PMDB). Pela oposição, despontam os nomes de Marcos Cals (PSDB),
candidato a governador em 2010, e o deputado estadual Heitor Ferrer (PDT).
5
DEMOCRATAS
ELEIÇÕES 2012
João Pessoa (PB)
¾ Pré-candidato: Efraim Filho
¾ Eleitorado: 468.110 (17,07% do eleitorado estadual)
O cenário das eleições municipais na Paraíba
começa a ganhar corpo. Presidente do DEM
regional e secretário de Infraestrutura do
Estado, o ex-senador Efraim Morais tem
articulado intensamente para fazer com que o
Democratas saia das eleições de 2012 como a
“segunda maior legenda da Paraíba”, em
número de prefeitos eleitos. Pra isso, conta
com a vitória dos candidatos do Democratas
em cidades grandes do Estado, como Patos, Cajazeiras, Sapé, Bayeux, entre
outras. A meta será eleger 50 prefeitos em todo o estado. Atualmente o DEM
tem 36 prefeitos na Paraíba.
Como não poderia deixar de ser, João Pessoa não está fora dos planos do
Democratas, onde se desenham intenções de candidatura própria e garantias,
ao mesmo tempo, de que o partido irá compor o arco de alianças que
sustentam a administração do prefeito Luciano Agra (PSB), que desistiu
recentemente de disputar à reeleição. Com a desistência de Agra, aliado fiel do
governador Ricardo Coutinho, o PSB indicou a secretária de Planejamento do
Estado, Estelizabel Bezerra, como candidata.
Contudo, o Democratas não está morto na disputa. O ex-deputado federal,
Major Fábio, que foi muito bem votado na Capital paraibana na última eleição,
tem dito a amigos que está à disposição do DEM para disputar a prefeitura de
João Pessoa. O deputado Efraim Filho admitiu também a possibilidade de entrar
na briga da disputa pela administração da Capital. Suas chances serão
avaliadas em pesquisas populares. Lideranças do partido confessam que
gostariam de ter a cabeça da chapa na disputa pela prefeitura da Capital,
principalmente após a desistência de reeleição do prefeito Agra. Mas
reconhecem que o partido precisaria angariar maior cacife político para lançar
uma candidatura competitiva em João Pessoa.
Caso fracasse a tentativa de emplacar uma candidatura própria, a intenção do
Democratas - que possui a maior bancada na Assembleia Legislativa com seis
deputados -, será manter a unidade da base aliada e discutir a participação da
legenda na chapa majoritária. Entre as opções do partido para indicar o vice
está o nome do empresário Júnior Evangelista, sócio-proprietário, entre tantas
outras coisas, da Domus Hall, casa de shows instalada no Manaíra Shopping.
Outros nomes importantes da política e da sociedade pessoense despontam
entre as opções do DEM, a exemplo do ex-secretário de segurança do Estado,
Eitel Santiago, do vereador Bosquinho ou do próprio Major Fábio.
O senador Cícero Lucena (PSDB), que já comandou a Prefeitura de João Pessoa
por oito anos, aparece como um dos principais nomes para as eleições de 2012
na cidade. Lucena aposta em uma parceria com o seu colega de bancada no
Senado, Cássio Cunha Lima, para fortalecer a pré-candidatura. A indicação do
PMDB para a disputa será o do ex-governador José Maranhão. Outros nomes de
menos força na disputa são: Luciano Cartaxo (PT), Nonato Bandeira (PPS) e
Toinho do Sopão (PMN).
6
DEMOCRATAS
ELEIÇÕES 2012
Maceió (AL)
¾ Pré-candidato: Jeferson Morais
¾ Eleitorado: 555.294 (27,04% eleitorado estadual)
O Democratas começa a se articular para a
disputa pela prefeitura de Maceió em 2012. O
pré-candidato do partido é o deputado estadual
Jeferson Morais. Jornalista, repórter policial de
origem e atual apresentador de TV, o deputado
Jeferson se elegeu em 2010 com mais de 30
mil votos e se credenciou a disputar a
prefeitura maceioense com total apoio do
presidente estadual do DEM, o vice-governador
José Thomaz Nonô.
Ao ser indagado em entrevista recente sobre sua possível pré-candidatura,
Morais revelou não ter medo de desafio. "Eu não tenho nenhum medo. Pelo
contrário, gosto de desafios, e se o partido concordar, serei candidato”,
afirmou. Jeferson Morais, que integra a base de apoio do governador tucano
Teotonio Vilela, foi o primeiro governista a ter o nome lançado para concorrer
em Maceió. O grande nó a ser desatado será conciliar os interesses de cada
candidato, pois o bloco de “Téo” já conta com três pré-candidatos à sucessão
na capital: além Morais, os deputados Rui Palmeira (PSDB) e Givaldo Carimbão
(PSB) anunciaram suas pré-candidaturas.
O tucano Rui Palmeira, aliado fiel de Teotonio, começou sua carreira como
deputado estadual, integra a nova geração de líderes e é considerado o
herdeiro político do ex-governador e ex-ministro do Tribunal de Contas da
União, Guilherme Palmeira, que pertence ao DEM. Givaldo Carimbão é um dos
nomes definidos pela direção nacional do PSB a concorrer à prefeitura.
A exemplo do grupo situacionista, a oposição deverá lançar vários candidatos
(sobretudo porque a eleição não será decidida em 1º turno), mas por enquanto
apenas o ex-governador Ronaldo Lessa (PDT) tem se apresentado como précandidato. Candidato derrotado na sucessão estadual de 2010, Lessa sabe que
a tendência é do surgimento de várias candidaturas majoritárias oposicionistas,
mas está conversando nos bastidores num esforço para a formação de uma
Frente de Oposição em que ele encabeçaria a chapa da disputa sucessória.
Além de Lessa, a oposição trabalha com o possível lançamento de outros
nomes, como o ex-deputado estadual Paulo Fernando dos Santos, o Paulão, do
PT, a deputada federal Rosinha da Adefal, do PT do B, e o deputado federal
Maurício Quintella, do PR. O prefeito Cícero Almeida (PP) tende a marchar unido
ao senador Renan Calheiros e, se depender de sua escolha pessoal, o nome
para disputar a sucessão será o de Mosart Amaral, seu secretário de
Infraestrutura recém-filiado ao PMDB com o aval de Renan.
A primeira pesquisa eleitoral para as eleições em Maceió, divulgada pelo
Instituto Ibrape em dezembro do ano passado, mostra que o democrata
Jefferson Morais agrega densidade eleitoral e se apresenta como terceiro nome
na disputa, tecnicamente empatado com Rui Palmeira. Enquanto Ronaldo Lessa
lidera com 25%, Rui Palmeira tem 16% e Jefferson Morais soma 13%. Rosinha
da Adefal alcança 9% e Givaldo Carimbão 4%.
7
DEMOCRATAS
ELEIÇÕES 2012
Natal (RN)
¾ Pré-candidato: -- -- -¾ Eleitorado: 525.439 (23,45% do eleitorado estadual)
A corrida rumo ao assento principal do
Palácio Felipe Camarão, sede da prefeitura
de Natal, está a todo vapor. Até agora, oito,
dos
partidos
políticos
com
maior
representatividade já posicionaram seus
prediletos para a disputa. No momento, o
favoritismo inicial está com o ex-prefeito
Carlos Eduardo Alves (PDT). Vale ressaltar,
porém, que Alves deixou a prefeitura, no
ano de 2008, em meio a um escândalo que
envolvia um desperdício de oito toneladas de medicamentos.
A antiga aliada de Alves, a ex-prefeita e ex-governadora Wilma de Faria (PSB),
se coloca como uma opção competitiva, muito embora tenha deixado o Estado
com sérios problemas financeiros. Wilma ainda pode contar com o apoio do
PSD, do vice-governador Robinson Faria. No caso do PT, o espaço de candidato
é destinado ao deputado estadual Fernando Mineiro, que pretende usar sua
experiência para costurar a união dos partidos de esquerda. A prefeita Micarla
de Souza (PV), que, no último ano do mandato, acumula uma gigantesca
reprovação, já é praticamente uma carta fora do baralho nas eleições.
O presidente nacional do Democratas, senador José Agripino, acredita que os
partidos que compõem a base de apoio à governadora Rosalba Ciarlini (DEM,
PSDB, PMDB e PR) deve apresentar candidatura única na eleição para a
Prefeitura de Natal, em 2012. O senador acredita que essa é a melhor forma do
grupo conseguir a vitória no pleito.
Os peemedebistas, no entanto, não parecem interessados em apoiar um nome
de outro partido. Há 20 anos sem lançar candidatura própria, a legenda lançou
a pré-candidatura do deputado estadual Hermano Morais. O PSDB também
apostará em candidato próprio. O deputado Rogério Marinho, importante
quadro da oposição no Parlamento, é considerado um grande estudioso dos
problemas de Natal. No caso do DEM, o nome do deputado federal Felipe Maia é
o mais lembrado, embora o parlamentar não confirme a pré-candidatura.
Pesquisa do Instituto Certus divulgada em janeiro mostra o ex-prefeito Carlos
Eduardo Alves (PDT) com 41,57% de preferência do eleitorado da capital.
Representa mais que o dobro das intenções de votos que obteve a segunda
colocada, a ex-governadora Wilma de Faria (PSB), que aparece com 19,43%. O
deputado estadual Hermano Morais (PMDB), vem em terceiro com 5%; Rogério
Marinho tem (PSDB) 4,86%; e Fernando Mineiro (PT) está empatado com
Felipe Maia, ambos com 4,29%; a prefeita Micarla de Sousa (PV) tem 2,86%.
O Democratas potiguar trabalha para ampliar sua representação em todo o
estado. E para isso lançará candidaturas próprias em importantes colégios
eleitorais, como Currais Novos, com Geraldo Gomes; Pau dos Ferros, com
Fabrício Torquato; Caicó, com Nidson Dantas. Em Mossoró, 2º maior colégio
eleitoral do estado, os vereadores Chico da Prefeitura e Cláudia Regina, além da
vice-prefeita Ruth Ciarlini, disputam a indicação do partido.
8
DEMOCRATAS
ELEIÇÕES 2012
Recife (PE)
¾ Pré-candidato: Mendonça Filho
¾ Eleitorado: 1.140.701 (18,11% do eleitorado estadual)
As eleições municipais em Recife servirão de
trampolim para reerguer o Democratas no cenário
político pernambucano. Mais forte liderança de
oposição no estado, o ex-governador e deputado
Mendonça Filho (DEM) é o principal nome do partido
para disputar a eleição para prefeito da Capital em
outubro.
“Mendoncinha”, como é conhecido popularmente,
tentará impedir a reeleição do prefeito petista João
da Costa. Ele acredita que poderá ter uma boa
performance no pleito, pois na eleição de 2008, chegou a somar 210 mil votos
na Capital. Porém, os partidos que compõem o chamado “bloco de oposição”
(PMDB, DEM, PSDB, PPS e PMN) até agora continuam muito divididos. Além do
democrata Mendonça Filho, que aparece melhor situado nas pesquisas, também
já está em campanha o ex-deputado Raul Jungmann, pelo PPS; o tucano Daniel
Coelho; e, por fim, o deputado Raul Henry, do PMDB.
A tendência é que dos quatro pré-candidatos apenas o peemedebista Raul
Henry jogue o boné, mas difícil será saber quem apoiará, porque o senador
Jarbas Vasconcelos (PMDB) está rompido com o deputado Sérgio Guerra e este
também cortou relações com o próprio Henry. Só restaria ao PMDB se aliar a
Jungmann ou a Mendonça. Jarbas já defendeu a tese de que as oposições
marchem com pelo menos dois candidatos, o que, no seu entender, aumentaria
as chances de ocorrer um segundo turno contra o candidato da situação.
A oposição em Pernambuco conta com um cenário favorável para vencer em
Recife. O prefeito petista João da Costa, que amarga uma forte rejeição
administrativa, está isolado politicamente. Não conta sequer, integralmente,
com o apoio do PT, pois a ala liderada pelo ex-prefeito João Paulo – que ainda
sonha com a possibilidade de disputar, novamente, a Prefeitura - não apoia a
sua reeleição.
O prefeito João da Costa não tem apenas problemas no PT. Há resistências
igualmente à sua reeleição no PTB, do senador Armando Monteiro Neto, e no
PP, do deputado Eduardo da Fonte, sem contar com as legendas nanicas, como
o PSC, que já lançou a pré-candidatura do deputado Carlos Eduardo Cadoca. O
governador Eduardo Campos (PSB) até agora acompanhada de longe a divisão
interna do PT.
Pesquisa realizada pelo Instituto Maurício de Nassau (IPMN), divulgada no dia
22 de janeiro, mostra um cenário embolado na capital pernambucana.
Mendonça Filho lidera com 20%, seguido de João da Costa (PT) com 19%; Raul
Jungmann (PPS) tem 9% e Daniel Coelho (PSDB) soma 7%. No entanto, sem
João da Costa disputando o quadro é o seguinte: João Paulo (PT) 43%;
Mendonça Filho 17%; Daniel Coelho 6%; Jungmann 5%.
O DEM pernambucano também trabalha para eleger prefeitos em cidades polos,
como Caruaru, com Miriam Lacerda, e Olinda, com Armando Sérgio.
9
DEMOCRATAS
ELEIÇÕES 2012
Salvador (BA)
¾ Pré-candidatos: ACM Neto e José Carlos Aleluia
¾ Eleitorado: 1.844.390 (19,18% do eleitorado estadual)
A disputa eleitoral de 2012 é tida
como crucial para as oposições
vencerem o PT na Bahia. A estratégia
do Democratas é articular uma frente
antipetista para a construção de
candidaturas únicas em Salvador e
nas principais cidades do interior.
O grande desafio para a oposição é
unir os partidos em Salvador. Pelo Democratas, dois nomes são cotados para
disputar a prefeitura da Capital: ACM Neto e José Carlos Aleluia. O PSDB já tem
seu pré-candidato: o ex-prefeito Antonio Imbassahy. O PMDB também cultiva o
projeto de retornar à prefeitura de Salvador com o radialista Mário Kertész, que
já foi prefeito da capital duas vezes. Mas, descontente com a demora da
escolha do nome da oposição, Kertész chegou a anunciar em seu Blog que
estaria fora da disputa, mas ainda há quem duvide que sua desistência seja
mesmo definitiva.
"Acho que depois do Carnaval, lá no final de fevereiro e começo de março, nós
possamos definir o nome que irá disputar a prefeitura de Salvador", sinaliza o
deputado ACM Neto, que por enquanto prefere não falar como candidato oficial.
Ele acredita que o momento é de discutir com outros partidos a construção de
uma candidatura única da oposição em Salvador, para liquidar o jogo logo no
1º turno. As conversas são com o PMDB, PSDB, PPS e PR, mas o Democratas
vai procurar o diálogo também com o PTN, PRP, PTC, PSC e PRB.
O Democratas tem quadros competitivos para disputar e vencer as eleições nos
maiores colégios eleitorais do estado. Além de Salvador, com ACM Neto, o
partido aposta em Feira de Santana, com o ex-prefeito José Ronaldo, em
Itabuna, com o prefeito Capitão Azevedo, e Juazeiro, com o ex-deputado Jorge
Khoury. Em Salvador, o DEM já conta com 96 pré-candidatos a vereador. O
partido está amplamente renovado, com nomes novos, e deve eleger pelo
menos cinco vereadores na capital em 2012.
Na capital baiana, o prefeito João Henrique Carneiro (PP), que está muito mal
avaliado, articula para apresentar como seu sucessor o secretário municipal da
Casa Civil, João Leão (PP). O PT indicará para a disputa o deputado federal
Nelson Pelegrino, que já disputou a prefeitura de Salvador em ocasiões
anteriores, sem obter sucesso. Os petistas tentarão, ainda, conseguir o apoio
de lideranças importantes, principalmente nas regiões periféricas, que sinalizam
entrar na disputa, como o deputado federal e bispo Márcio Marinho (PRB), a
deputada federal Alice Portugal (PCdoB) e o deputado Marcos Medrado (PDT).
Pesquisas apontam ACM Neto como o grande favorito para a disputa em
Salvador. Levantamento do instituto Babesp, de setembro de 2010, mostra o
democrata com 24% das intenções de votos, seguido por Lídice da Mata (PSB),
com 13%; Nelson Pelegrino (PT), com 12%; Antonio Imbassahy (PSDB), com
9% e Mário Kertész (PMDB), com 3%.
10
DEMOCRATAS
ELEIÇÕES 2012
São Luís (MA)
¾ Pré-candidato: -- -- -¾ Eleitorado: 666.218 (15,46% do eleitorado estadual)
A eleição para a prefeitura de São Luis, capital do
Maranhão e principal reduto eleitoral de José Sarney e
seus aliados, promete pegar fogo. Ganhar a prefeitura
da capital é visto como essencial para a disputa pelo
governo do estado em 2014.
O peemedebista Max Barros (ex-DEM), atualmente
secretário de Infraestrutura do Estado, que estava
amparado para ser o nome da governadora Roseana
Sarney para disputar a prefeitura abdicou da
candidatura em favor de uma candidatura petista, em
uma chapa PT-PMDB. Hoje, portanto, o principal précandidato ao cargo é Washington Oliveira (PT), vicegovernador do estado, que conta com apoio de Roseana e José Sarney na
disputa pela prefeitura.
A escolha de Washington é estratégica, pois assim mina a possível candidatura
do também petista, deputado estadual Bira do Pindaré, que faz ferrenha
oposição ao grupo da governadora. Bira, no entanto, tem dito a correligionários
mais próximos que a disputa interna do PT maranhense está só começando.
O fato é que a oposição à governadora Roseana Sarney é cada vez mais forte.
Flávio Dino (PCdoB), Tadeu Palácio (PP), Bira do Pindaré (PT), Roberto Rocha
(PSB) e Eliziane Gama (PPS) - todos com pretensões de concorrer à prefeitura assinaram um documento intitulado "Carta a São Luis”, onde mostram uma
visão conjunta para derrotar a família Sarney no estado. O atual prefeito de
São Luís, João Castelo (PSDB), que também engorda as fileiras da oposição,
buscará novo mandato nas eleições de 2012.
Enquanto isso, o Democratas maranhense, aliado fiel do grupo de Sarney, vive
um momento de letargia política. A absoluta apatia em relação aos eventos
políticos deixa os atuais integrantes do partido sem direção e estímulo. “Não é
concebível que um partido não se reúna para discutir o processo eleitoral,
mesmo às vésperas de uma eleição”, lamenta César Pires, um dos dois
deputados estaduais que se mantiveram na legenda após a criação do PSD.
É verdade que o DEM no Maranhão perdeu musculatura política após a criação
do PSD. Deixaram o partido os deputados estaduais Raimundo Cutrim, Tatá
Milhomem e Max Barros, além da deputada federal Nice Lobão. Mas muitos
apostavam que, com a saída de muitas lideranças, haveria uma oxigenação
natural e uma mudança na rota política do partido. Ledo engano. O Democratas
maranhense não apresenta alternativa e corre o risco de ficar apenas nas mãos
de burocratas sem voto. E vai sendo levado a reboque por decisões de
terceiros.
O futuro do partido no Estado, na avaliação de Pires, está indefinido e vai
depender da capacidade de reestruturação e organização da atual direção, que
é comandado pelo senador Clóvis Fecury.
11
DEMOCRATAS
ELEIÇÕES 2012
Teresina (PI)
¾ Pré-candidato: Heráclito Fortes
¾ Eleitorado: 520.464 (22,9% do total estadual)
O Democratas no Piauí, apesar de ter
sofrido perdas consideráveis com a criação
do PSD, não está morto para as eleições
municipais de 2012. A construção de uma
candidatura competitiva para conquistar um
palanque nas eleições de Teresina tem
movimentado as principais lideranças do
partido no estado.
O ex-senador Heráclito Fortes, que já
governou Teresina em 1988 e durante o
período eleitoral de 2010 afirmava que um dia voltaria a ser prefeito da capital,
é hoje o nome mais forte e viável para aglutinar a oposição no Piauí. Lideranças
de diversas agremiações partidárias já desenham a formação de um bloco para
viabilizar uma candidatura própria. PPS, PSL, PTdoB, DEM, PPL (novo partido),
PSC (do ex-senador Mão Santa) e PSD (liderado pelo deputado federal Júlio
César) criaram o “Grupo dos 7″ para ter mais influência e representatividade na
disputa eleitoral do próximo ano. Os representantes dos sete partidos articulam
o nome de Heráclito Fortes para representá-los em uma candidatura à
Prefeitura de Teresina.
O ex-senador destacou que não está em seus planos ser candidato a prefeito
de Teresina, mas pediu um tempo para refletir. No entanto, de acordo com
analistas políticos locais, Heráclito Fortes não tem nada a perder nessa disputa,
podendo em última hipótese, se habilitar para ser o deputado federal mais
votado ou até mesmo ser eleito senador em 2014, caso não se eleja prefeito.
Essas são duas possibilidades reais de sucesso do político Heráclito Fortes, que
tem estatura, dimensão nacional e musculatura política. Esta última
representada pelo seu excelente discurso e grande capacidade de articulação.
O momento, por enquanto, ainda é de cautela e conversas. A provável
candidatura de Heráclito seria muito positivo para o Democratas piauiense, pois
oxigenaria e renovaria as lideranças do partido. Mas, caso o ex-senador
democrata não aceite a proposta de encabeçar uma chapa nas eleições
municipais, o DEM já trabalha com a hipótese de se aliar ao PSDB do deputado
estadual e pré-candidato Firmino Filho, que lidera as pesquisas, ou ao PTB do
atual prefeito de Teresina, Elmano Férrer, que tentará à reeleição. O presidente
do DEM Estadual, José Maia Filho, o “Mainha”, busca uma coligação que
possibilite eleger pelo menos dois vereadores em Teresina. Para isso, lançará
uma chapa com 44 pré-candidatos, composta principalmente de nomes novos,
entre eles líderes de bairros e comerciantes. Mainha também é citado como
pré-candidato à prefeitura de Picos, importante cidade piauiense.
O quadro eleitoral só será desenhado após uma decisão de Heráclito. Enquanto
isso, o PMDB já bateu o martelo em relação à candidatura própria, lançando o
deputado federal Marllos Sampaio. O PT do senador e ex-governador Welington
Dias está dividido em duas teses: a candidatura própria encabeçada pela
deputada Rejane Dias ou a aliança com o atual prefeito de Teresina Elmano
Férrer.
12
DEMOCRATAS
ELEIÇÕES 2012
Região Centro-Oeste
Campo Grande (MS)
¾ Luiz Henrique Mandetta -------------------------------- 14
Cuiabá (MT)
¾ Roberto França ------------------------------------------ 15
Goiânia (GO)
¾ José Eliton Júnior --------------------------------------- 16
13
DEMOCRATAS
ELEIÇÕES 2012
Campo Grande (MS)
¾ Pré-candidato: Luiz Henrique Mandetta
¾ Eleitorado: 541.530 (31,80% do total estadual)
O
“corre-corre”
para
emplacar
candidaturas é cada vez mais intenso em
Mato Grosso do Sul. Em Campo Grande, o
deputado federal e pré-candidato a
prefeito
pelo
DEM,
Luiz
Henrique
Mandetta, tem grandes chances de
emplacar a sua candidatura. Isso porque,
a princípio, ele é o que está mais próximo
de conseguir unir o PSDB e o PMDB nas
eleições em 2012 na Capital. Para tanto,
precisará de um bom jogo de cintura.
Mandetta é o único fora do PMDB que continua entre os candidatos incluídos
nas pesquisas do grupo do governador André Puccinelli (PMDB) e do prefeito
Nelson Trad Filho (PMDB), ao lado do presidente da Câmara Municipal de
Campo Grande, Paulo Siufi (PMDB) e do deputado federal Edson Giroto (PMDB).
Contudo, mantém uma proximidade com o presidente estadual e pré-candidato
do PSDB, deputado federal Reinaldo Azambuja, na expectativa de recriar o BDR
(Bloco Democrático Reformista), formado pela aliança entre DEM, PPS e PSDB.
Caso aceite a proposta e consiga ser o melhor nas pesquisas, Mandetta
precisará convencer o PMDB a acompanhá-lo.
Para Mandetta, que é ex-secretário municipal de Saúde da Capital e primo do
prefeito Nelsinho Trad, a candidatura tem que crescer naturalmente, pois “não
é possível ser candidato por si só, é preciso apoio do grupo político”. Não é
possível falar em candidato sem unir um arco de alianças partidárias em torno
de seu nome, como o PP e o PTB, além dos tradicionais PPS, PSDB e PMDB.
Entretanto, mesmo com as declarações de Puccinelli e Trad Filho de que existe
a possibilidade de apoiar Mandetta, o diretório municipal do PMDB já avisou que
é contra essa alternativa. Por isso é necessário manter um constante diálogo
com as lideranças peemedebistas, pois o DEM sempre foi um parceiro leal do
grupo de Puccinelli. O governador já avisou que o candidato será escolhido por
meio de pesquisa quantitativa e qualitativa, que será feita neste mês e que no
início de março haverá a anunciação do candidato.
O Democratas trabalha para lançar o maior número possível de candidatos a
prefeito no estado. Hoje o partido conta com cinco prefeitos e 10 vice-prefeitos.
O deputado estadual Zé Teixeira, presidente regional da sigla, já pôs como
meta dobrar o número de prefeituras que o partido tem nas eleições do ano
que vem. A estratégia é focar em prefeituras do interior. Em Dourados,
segundo maior colégio eleitoral de Mato Grosso do Sul, o DEM tem como précandidato o presidente da Sanesul, José Carlos Barbosa, o Barbosinha, que
conta com simpatia do governador Puccinelli.
Em Campo Grande, as pesquisas devem dar um rumo mais provável à disputa.
Até agora, o único partido que oficializou a candidatura para a prefeitura foi o
PT do senador Delcídio Amaral. O deputado federal Vander Loubet é o indicado.
14
DEMOCRATAS
ELEIÇÕES 2012
Cuiabá (MT)
→ Pré-candidato: Roberto França
→ Eleitorado: 384.675 (18,57% do total estadual)
O Democratas de Mato Grosso conta com
um trunfo para as eleições em Cuiabá.
Trata-se do casal Iraci e Roberto França,
que aderiram ao partido no final do ano
passado e juntos possuem uma rica
história de realizações na Prefeitura da
capital.
Ex-prefeito de Cuiabá por dois mandatos,
ex-deputado estadual, ex-diretor de
marketing da extinta Agência Estadual
dos Projetos da Copa de 2014 (Agecopa)
e apresentador de televisão, Roberto França é elogiado constantemente pela
classe política de Mato Grosso pela experiência que tem como homem público.
Muitos chegam a dizer que estão com saudades da gestão França e elencam,
entre os feitos, centenas de obras realizadas entre 1997 e 2004, época em que
ficou conhecido como “prefeito das mil obras”. Iraci, por sua vez, cuidou da
área social da Capital nos dois mandatos do marido e foi vice-governadora por
4 anos de Blairo Maggi.
O senador Jayme Campos, principal liderança do partido no estado, é um dos
mais animados com a possibilidade de, pela primeira vez, o Democratas
disputar o Palácio Alencastro com chances reais de vitória. A estratégia do DEM
é priorizar o nome de Roberto França como cabeça de chapa ou, numa
composição com outros virtuais candidatos, emplacar Iraci de vice.
Muitos partidos já anunciaram seus pré-candidatos. O PMDB do governador
Silval Barbosa apostará no empresário da área de comunicação Dorileo Leal. O
PTB conta com Chico Galindo, atual prefeito de Cuiabá, que procura articular
apoios para disputar à reeleição. O PSDB projeta o lançamento do deputado
estadual Guilherme Maluf e o PR, por sua vez, deve apresentar o nome do
deputado estadual Sérgio Ricardo. Outra figura de destaque é o empresário
Mauro Mendes (PSB) – que já pleiteou o Governo do Estado, em 2010. O PT
pode apresentar o vereador Ludio Cabral ou a ex-senadora Serys Slhessarenko.
Pesquisa do Instituto Impec realizada em outubro de 2011 mostra que Mauro
Mendes (PSB) seria prefeito da capital ainda no primeiro turno, com 51,41% do
total. O segundo colocado seria Roberto França, com 8,83%, seguido de Chico
Galindo (3,44%), Dorileo Leal (3,31%) e Guilherme Maluf (2,82%).
Para a Câmara de Vereadores, o Democratas conta com uma lista de 62 précandidatos em Cuiabá. A meta do partido, que não tem nenhum representante
na Capital, é eleger entre três e quatro parlamentares cuiabanos. O DEM matogrossense também quer recuperar o espaço perdido no interior do estado. A
ideia é manter candidatura própria nos principais polos eleitorais do estado,
como Tangará da Serra, Sinop, Alta Floresta e, principalmente, em Várzea
Grande. Neste último, o nome mais cotado é Júlio Neto, filho do deputado
federal Júlio Campos. As lideranças democratas já contabilizam cerca de 70
pré-candidatos a prefeito nos 141 municípios no estado.
15
DEMOCRATAS
ELEIÇÕES 2012
Goiânia (GO)
¾ Pré-candidato: José Eliton Júnior
¾ Eleitorado: 922.887 (22,48% do eleitorado estadual)
O pleito municipal de 2012 é visto como uma
ótima oportunidade para o crescimento do
Democratas no estado de Goiás. O partido,
que é comandado pelo experiente deputado
Ronaldo Caiado e ocupa no Senado Federal
uma importante vitrine política com o senador
Demóstenes Torres, quer atingir candidaturas
em pelo menos 50 municípios no estado.
Em Goiânia, o Democratas será decisivo para
definir os rumos eleitorais. Com uma votação expressiva na Capital – mais de
meio milhão de votos – o senador Demóstenes Torres era considerado o nome
mais forte do grupo de apoio do governador Marconi Perillo para derrotar o
prefeito Paulo Garcia (PT). Porém, recentemente, Demóstenes anunciou que
não vai concorrer ao cargo de prefeito nas eleições desse ano. Ele decidiu ser
mais "útil" reforçando a oposição ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT)
no Senado. Além disso, Demóstenes é cogitado para uma eventual candidatura
presidencial do DEM, em 2014.
Sem o senador no páreo, o Democratas vai jogar todas as fichas no vicegovernador José Eliton Júnior, a grata revelação política de Goiás. Eliton, 38
anos, além de desempenhar um importante papel na vice-governadoria do
estado, tem mostrado muita eficiência administrativa como presidente da
Companhia Energética de Goiás (Celg). Mesmo com Eliton na disputa, o DEM
trabalha para viabilizar a candidatura única dos partidos que sustentam o
governo Marconi Perillo.
Unir a “base” será o grande nó a ser desatado pelo governador Perillo. Pois,
além do PSDB, que tem três pré-candidatos (os deputados federais Leonardo
Vilela e João Campos e o deputado estadual Fábio Sousa), o PSD (com o
deputado federal Armando Vergílio e o deputado estadual Francisco Júnior) e o
PTB (Jovair Arantes garante que será candidato) já manifestaram intenção de
disputar a eleição em Goiânia. Caso o consenso não seja alcançado, a base
pode pulverizar os nomes, lançando cada partido seu candidato.
O prefeito Paulo Garcia (PT) vai tentar a reeleição. O petista, entretanto, é
pouco conhecido pela população da capital, visto que chegou à prefeitura
depois que Íris Rezende (PMDB) abandonou o posto para disputar o Governo do
Estado em 2010. Íris, derrotado por Marconi Perilo na disputa pelo governo,
havia sido reeleito prefeito, em 2008, com mais de 74% dos votos, o que
demonstra uma gestão muito bem avaliada. O desafio do atual prefeito é colar
a boa aprovação do mandato à sua imagem. Em Goiânia, os deputados Sandro
Mabel (PMDB) e Sandes Júnior (PP) também podem disputar.
Em recente pesquisa espontânea Serpes/O Popular para as eleições de 2012, o
senador Demóstenes Torres (DEM) aparece com 33% das intenções de voto,
enquanto o atual prefeito, Paulo Garcia (PT), tem apenas 13%. O tucano Túlio
Isac soma 6,2% e Sandes Júnior, 5,2%.
16
DEMOCRATAS
ELEIÇÕES 2012
REGIÃO SUDESTE
Belo Horizonte (MG)
¾ Gustavo Corrêa ------------------------------------------ 18
Rio de Janeiro (RJ)
¾ Rodrigo Maia --------------------------------------------- 19
São Paulo (SP)
¾ Rodrigo Garcia ------------------------------------------ 20
Vitória (ES)
¾ Sem pré-candidato ------------------------------------- 21
17
DEMOCRATAS
ELEIÇÕES 2012
Belo Horizonte (MG)
¾ Pré-candidato: Gustavo Corrêa
¾ Eleitorado: 1.827.793 (12,59% do eleitorado estadual)
Em Belo Horizonte, o prefeito Márcio Lacerda
(PSB) deve montar um amplo leque de apoio à sua
reeleição, que pode ir do PT ao PSDB. Lacerda já
tem o apoio dos tucanos, e agora trabalha para
manter os petistas na chapa, configurando como o
favorito no pleito. O ministro Fernando Pimentel é
o grande articulador da aliança entre tucanos e
petistas, em torno de Lacerda. Tal como em 2008,
há forte resistência no PT para repetir a chapa.
Com isso, um setor petista movimenta-se para
lançar o atual vice-prefeito, Roberto Carvalho.
É possível que a única candidatura de peso, pela oposição em BH, seja a de
Leonardo Quintão (PMDB), que já enfrentou Lacerda em 2008 e levou a disputa
para o segundo turno, com votação muito próxima da obtida pelo prefeito,
naquela ocasião. O PV deve apresentar a candidatura de Délio Malheiros. Em
um cenário tão restritivo para o eleitor, é possível o crescimento de
candidaturas alternativas.
Pesquisa realizada pelo Instituto DataTempo/CP2, entre os dias 10 e 15 de
dezembro, mostra o prefeito Márcio Lacerda (PSB) na ponta. Ele aparece com
27,8%, seguido do ministro Fernando Pimentel (PT), com tem 18,3%. O
deputado estadual João Leite (PSDB) fica com 11,0% e é seguido de perto pelo
ex-ministro Patrus Ananias (PT), com 10,9%. O deputado federal Leonardo
Quintão tem 5,4% das preferências.
O Democratas, que detém grande densidade política em Minas Gerais, estuda
cenários para emplacar uma candidatura própria na capital mineira. Os
deputados estaduais Gustavo Corrêa (DEM) e João Vítor Xavier (PRP) discutem
a formatação de uma coligação competitiva, que teria como candidato
majoritário um dos dois parlamentares. Embora as duas legendas estejam na
base de sustentação de Lacerda, Corrêa e João Vítor consideram a possibilidade
de uma candidatura propositiva, que abra o debate em torno da cidade.
Gustavo Corrêa, 36 anos, é uma promessa política para o DEM mineiro. O
democrata foi eleito em 2010 com 86.862 votos para o seu 3º mandato como
deputado estadual, estando ativo na Assembleia Legislativa desde os seus 26
anos. É o atual presidente da Comissão de Administração Pública e atuou como
Secretário de Esportes e da Juventude de junho de 2007 até janeiro de 2010.
O Democratas integra hoje a base de apoio do governador Antonio Anastasia e
conta com duas secretarias. O partido ocupa a pasta de Transportes e Obras
Públicas, com Carlos Melles, deputado federal licenciado. E também chefia a
secretaria estadual de Agricultura, com o suplente de Aécio, Elmiro Nascimento.
Em 2012, a principal meta do DEM é fortalecer as bases municipais, lançando
grande número de candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereadores. Entre os
possíveis e potenciais candidatos a prefeito em Minas, destaca-se o deputado
João Bittar (Uberlândia), o deputado Jairo Athayde (Montes Claros), o deputado
Vitor Penido (Nova Lima), e o ex-prefeito Eduardo Tomishi (Teófilo Otoni).
18
DEMOCRATAS
ELEIÇÕES 2012
Rio de Janeiro (RJ)
¾ Pré-candidato: Rodrigo Maia
¾ Eleitorado: 4.633.959 (40,02% do eleitorado estadual)
A sucessão à prefeitura do Rio de Janeiro se
transformou em uma batalha nos bastidores. Tendo
como protagonistas, de um lado, a aliança PT-PMDB
que governa a capital e a maior parte dos municípios
fluminenses e, de outro, a oposição espalhada em
legendas como PSDB, DEM, PV, PR e PSOL, a disputa
em 2012 está totalmente embolada.
O deputado federal e ex-governador Anthony
Garotinho, do PR, e o ex-prefeito Cesar Maia, do DEM,
poderão experimentar por intermédio dos filhos uma
inédita aliança na capital, onde o deputado federal
Rodrigo Maia (DEM) será candidato a prefeito, tendo como possível vice a
deputada estadual Clarissa Garotinho (PR). O acordo com Clarissa – que ainda
precisa ser fechado – é estratégica para o sucesso eleitoral do Democratas na
capital, pois trazê-la para a chapa agregaria tanto o público evangélico quanto
o peso político que Garotinho tem no município.
Apesar de desavenças políticas passadas, Cesar Maia e Garotinho decidiram se
unir contra o PMDB em 2012. Maia deverá se candidatar a uma vaga na
Câmara de Vereadores, num movimento cercado de cálculos – políticos e
matemáticos. Cesar trabalha com a possibilidade de conquistar pelo menos 250
mil votos – o que tornaria a empreitada altamente vantajosa para o DEM, pois
ele carregaria consigo outros quatro vereadores.
O Rio de Janeiro é o estado mais importante para a aliança entre o DEM e o PR,
e todos os esforços serão feitos para não dar vitória fácil a Eduardo Paes
(PMDB), aliado de Sérgio Cabral, e para ganhar o maior número de prefeituras
possível no interior. Representantes dos dois partidos têm mantido reuniões
frequentes para discutir a divisão dos 92 municípios fluminenses. Até agora,
definiu-se que o DEM será cabeça de chapa em Nova Iguaçu, Maricá e
Itaperuna, além do Rio de Janeiro. Já o PR terá o candidato principal em
Campos (a mulher de Garotinho, Rosinha, vai disputar à reeleição), Volta
Redonda, São Gonçalo e Duque de Caxias.
O prefeito Eduardo Paes (PMDB), que tentará à reeleição, detém um
favoritismo inegável. Paes, que conta com o apoio de pelo menos 16 partidos,
entre eles o PRB do senador Marcelo Crivella; o PSD de Índio da Costa e o PPS
do vereador Stepan Nercessian. O PMDB trabalha para que o vice na chapa seja
indicado pelo PT, possivelmente o vereador Adilson Pires. Porém, o senador
Lindberg Farias ameaça lançar candidatura própria com o deputado federal
Alessandro Molon. No PSOL, o nome mais forte é do deputado Marcelo Freixo
(PSOL), que busca o apoio de Fernando Gabeira (PV) para fortalecer sua
candidatura. O PSDB apostará no deputado Otávio Leite.
Segundo pesquisa realizada pelo Ibope, divulgada no dia 19 de janeiro,
Eduardo Paes lidera com folga, com 43% das intenções de voto. Na sequência
aparecem Marcelo Freixo (9%), Rodrigo Maia (5%) e Otávio Leite (2%).
Brancos e nulos chegam a 26% e não sabem ou não respondem, 15%.
19
DEMOCRATAS
ELEIÇÕES 2012
São Paulo (SP)
¾ Pré-candidato: Rodrigo Garcia
¾ Eleitorado: 8.469.246 (27,83% do eleitorado estadual)
O Democratas, que passa por um processo de
renovação de lideranças na cidade mais populosa
do país, prepara uma ofensiva para recuperar os
espaços perdidos com o avanço da sigla fundada
pelo prefeito Gilberto Kassab. Em São Paulo, a
estratégia é apostar em uma candidatura própria
para fortalecer as bases do partido.
O escolhido é Rodrigo Garcia. O pré-candidato é
deputado federal e se licenciou para ocupar o
cargo de secretário estadual de Desenvolvimento
Social. A pré-candidatura de Garcia, no entanto, não significa que o
Democratas tenha descartado a possibilidade de alianças com outros partidos.
O partido tem dialogado tanto com o PSDB como com o PMDB para a formação
de uma aliança com chances de vitória.
Com a postulação de Garcia, o partido se colocou no jogo, posicionando-se em
uma eleição que começa sem um favorito disparado nas pesquisas. O PSDB,
como se sabe, realiza prévias entre quatro postulantes: Bruno Covas, Andrea
Matarazzo, José Aníbal e Ricardo Trípoli. Contudo, especula-se que Serra possa
ainda ser o candidato tucano (nesse caso, o DEM poderia apoiá-lo). Porém, o
tempo corre contra Serra, visto que, quanto mais as prévias avançam, mais
legítimo torna-se o processo e o seu vencedor.
Enquanto isso, o PSD de Gilberto Kassab negocia simultaneamente o apoio do
PSDB e do PT, enquanto lança o vice-governador Guilherme Afif Domingos
como pré-candidato. O PT está fechado em torno do ex-ministro Fernando
Haddad, que vai ter como padrinho o ex-presidente Lula. Surgem ainda nomes
como Netinho de Paula (PCdoB) e Paulinho da Força (PDT), que o PT deve
pressionar para compor com Haddad.
O PMDB lançará o escritor e deputado federal com a segunda maior votação em
SP, Gabriel Chalita (o PMDB ofereceu ao DEM a vaga de vice na chapa de
Chalita). Celso Russomano deve entrar na disputa, agora pelo PRB, mas tem
suas chances reduzidas pelo pouco tempo de TV, mesmo problema enfrentado
por Soninha Francine, no PPS.
Pesquisa Datafolha, realizada na última semana de janeiro, mostra um cenário
turbulento. Em cinco cenários pesquisados, o pré-candidato do PT, Fernando
Haddad, vai de 4% a 5%. Gabriel Chalita recebeu entre 6% e 9% das intenções
de voto e Netinho de Paula aparece entre 11% a 13%. Russomanno lidera com
19% a 21%. Ele só não venceria a eleição, se ela ocorresse hoje, em caso de
disputa contra o ex-governador José Serra, que recebeu 21% das intenções de
voto, enquanto que os demais nomes do PSDB variaram entre 2% e 6%.
A meta do Democratas paulistano é dobrar o número de prefeitos e vereadores
em 2012, com o lançamento de 200 candidaturas a prefeito. Atualmente, a
legenda com cerca de 70 prefeitos e 1.000 vereadores. Em todas as cidades, o
partido está mais forte, com aumento significativo do número de précandidatos.
20
DEMOCRATAS
ELEIÇÕES 2012
Vitória (ES)
→ Pré-candidato: -- -- -→ Eleitorado: 249.229 (9,85% do eleitorado estadual)
O próximo prefeito de Vitória carregará a
importante missão de recolocar a cidade nos
trilhos após oito anos de administração do PT.
As pesquisas indicam que a gestão do atual
prefeito João Coser chega a ter reprovação de
mais de 60% da população.
O ponto de equilíbrio da eleição é o exgovernador Paulo Hartung. A indefinição
sobre a candidatura de Hartung para
concorrer a prefeitura de Vitória tem deixado
o meio político em polvorosa. Nos bastidores, o que se comenta é que ele não
deve “descer do muro” antes de junho. Dizem que sua decisão vai depender
muito do crescimento das intenções de votos do deputado Luciano Rezende
(PPS), pré-candidato declarado e que tem demonstrado grande aproximação
com o ex-governador. Se Hartung optar mesmo pela disputa, leva com ele
grande parte de uma ala petista que não aposta na candidatura da ministra
Iriny Lopes. Um outro nome do PMDB que também é apontado para entrar na
corrida é o do deputado federal Lelo Coimbra.
Representando a oposição declarada a atual administração, o PSDB apresentou
dois nomes como as principais opções para as eleições em 2012. O ex-prefeito
Luiz Paulo Vellozo Lucas e o deputado federal César Colnago são os précandidatos do PSDB. O PSD planeja lançar o vereador Max da Mata (ex-DEM),
que teria o apoio do senador Magno Malta.
O Democratas capixaba, aliado de primeira hora do PMDB de Paulo Hartung,
trabalha para ganhar força no próximo pleito. “Queremos uma atuação bonita
nas eleições de 2012. O DEM construirá alianças com outros partidos como
PPS, PMDB, dentre outros, para chegar com fortes candidatos a vereador e
prefeito. Já estamos com 63 diretórios montados e vamos trabalhar para eleger
pelo menos 20 prefeitos”, afirmou em entrevista recente o deputado estadual
Rodney Miranda, presidente regional do DEM.
Rodney é o principal nome para a disputa eleitoral em Vila Velha, maior colégio
eleitoral do Estado com cerca de 250 mil eleitores. Há uma corrente em na
cidade que aposta que o democrata e o deputado estadual Hércules Silveira
(PMDB) possam fazer uma dobradinha para disputar o Executivo canela-verde.
Tudo isso sob os olhares e a bênção do ex-governador Paulo Hartung.
O DEM possui a maior bancada na Assembleia legislativa, com cinco
parlamentares. Neste grupo podem entrar na eleição os deputados Theodorico
Ferraço, em Cachoeiro de Itapemirim; Atayde Armany, em Santa Maria de
Jetibá; e Luciano Pereira, em Barra de São Francisco.
21
DEMOCRATAS
ELEIÇÕES 2012
Região Sul
Curitiba (PR)
¾ Sem pré-candidato -------------------------------------- 23
Florianópolis (SC)
¾ Doreni Caramori Jr. ------------------------------------- 24
Porto Alegre (RS)
¾ Paulo Borges --------------------------------------------- 25
22
DEMOCRATAS
ELEIÇÕES 2012
Curitiba (PR)
¾ Pré-candidato: -- -- -¾ Eleitorado: 1.326.059 (17,46% do eleitorado estadual)
Curitiba será mais uma capital brasileira a sediar uma
eleição polarizada. De um lado os aliados do
governador Beto Richa (PSDB), representados pelo
DEM, PP, PPS, que estarão no palanque do prefeito
Luciano Ducci (PSB). De outro os partidos da base
aliada do governo federal, composta por PT, PMDB,
PDT e PSC.
O prefeito Ducci, apesar de exercer o cargo, não foi
eleito em 2008. Ele foi vice na chapa de reeleição de
Beto Richa (PSDB), que deixou a prefeitura para
torna-se governador, em 2010. O atual prefeito de
Curitiba vai buscar a reeleição com o apoio irrestrito
do governador Richa. Caso o socialista não decole nas pesquisas, o tucano já
admitiu a possibilidade de se licenciar do governo do Estado para trabalhar pela
reeleição de Ducci.
O Democratas quer indicar o candidato a vice na chapa de Luciano Ducci.
Segundo o secretário-geral do partido, deputado Pedro Lupion, há pelo menos
três nomes: o presidente interino da Câmara Municipal, vereador Sabino
Piccolo; o ex-deputado Luciano Pizzatto, que hoje presidente a Compagás, e o
atual secretário municipal de Habitação, Osmar Bertoldi. A tendência maior é
pelo nome de Bertoldi, mas as lideranças democratas acreditam que haverá
uma disputa ferrenha entre os partidos aliados pela indicação, a começar pelo
próprio PSDB de Beto Richa. Mas o DEM não vai desistir desta luta, pois é um
parceiro tradicional do PSB e dos tucanos na Capital paranaense, além de ser
um partido que fez história em Curitiba com os ex-prefeitos Jaime Lerner e
Cássio Taniguchi, atual secretário estadual do Planejamento.
Outros candidatos surgem no páreo. O PMDB do senador Roberto Requião
lançou a pré-candidatura do ex-prefeito Rafael Greca. Nos bastidores, porém, o
comentário é que a pré-candidatura de Greca seria na verdade um mero “balão
de ensaio” de Requião e seus aliados, que pretendem rifar o ex-prefeito lá na
frente, com a alegação de que ele não teria chances, para apoiar a reeleição de
Luciano Ducci, de quem Requião é amigo pessoal.
No PSDB, o ex-deputado Gustavo Fruet buscou viabilizar a sua candidatura
para o próximo pleito municipal. Percebendo a tendência no PSDB para apoiar a
reeleição do prefeito em exercício, Fruet – que se candidatou ao senado em
2010, sendo o mais votado para este cargo, em Curitiba – migrou para o PDT,
de Osmar Dias. Especula-se agora se o PT lançará candidatura própria ou
apoiará Fruet já no primeiro turno, como parece ser a preferência dos ministros
Gleisi Hoffman e Paulo Bernardo. O deputado federal Ratinho Júnior, em função
do bom desempenho nas pesquisas, também será candidato pelo nanico PSC.
O Democratas paranaense, sob o comando do deputado estadual Élio Rusch,
trabalha para crescer em todo o estado em 2012. O partido deverá lançar
candidato próprio em grandes cidades, como Ponta Grossa, Maringá, Paravaí,
Campo Mourão e Pato Branco.
23
DEMOCRATAS
ELEIÇÕES 2012
Florianópolis (SC)
¾ Pré-candidato: Doreni Caramori Júnior
¾ Eleitorado: 314.657 (6,92% do eleitorado estadual)
Depois da lipoaspiração que sofreu com as baixas de
lideranças que rumaram para o PSD, o “novo”
Democratas catarinense passará por um grande
desafio com as eleições municipais de 2012. Será
uma excelente oportunidade para a criação de novas
lideranças num ambiente sem caciques e sem
fisiologismo.
O partido está ativo e de cara nova. E tem até précandidato a prefeito em Florianópolis. Trata-se do
empresário Doreni Caramori Junior, presidente da
ACIF (Associação Comercial e Industrial de
Florianópolis), que reúne 1,9 mil empresas da região.
Caramori
Júnior,
29
anos,
diplomado
em
Administração de Empresas pela Fundação Getúlio
Vargas (FGV), tem uma consolidada trajetória no
associativismo, tendo ocupado também a presidência da Confederação Nacional
dos Jovens Empresários. Ele busca atrair lideranças do terceiro setor e
entidades empresariais novas para reconstruir o partido. “Vamos trabalhar com
todos aqueles que enxergam as grandes oportunidades existentes para
transformar Florianópolis, definitivamente, em uma das principais cidades do
país para se viver, trabalhar e fazer negócios”, afirma.
Presidente da Comissão Provisória do Democratas, o ex-deputado Paulo Gouvêa
da Costa trabalha na reestruturação da sigla no Estado. Desde a dissolução dos
diretórios estadual e municipais pelo Estado, o DEM já reorganizou executivas
em 125 municípios. Até outubro do ano passado, a prioridade foi preparar a
nominata de candidatos para as eleições municipais deste ano. Atualmente, o
trabalho é de negociação para a formação de coligações.
Segundo Gouvêa, até o momento, não há nenhuma restrição formal para
coligações. Ele diz que as parcerias prováveis são com os partidos que
nacionalmente fazem oposição ao governo (PPS e PSDB), mas que há
conversas com outras siglas, como PMDB e PP. Além de Florianópolis, a
esperança é ter candidato a prefeito em cidades grandes, como São José,
Criciúma, Chapecó, Lages, Jaraguá do Sul, Palhoça, Blumenau (com Jovino
Cardoso), Itajaí (com Luiz Carlos Pissetti) e Joinville, maior colégio eleitoral do
estado (com Alodir Cristo).
Enquanto isso, o PMDB do senador Luiz Henrique da Silveira e o PSD do
governador Raimundo Colombo - aliados no plano estadual - não parecem
dispostos a abrir mão de suas candidaturas, apesar dos caciques tentarem
reeditar a “polialiança”, ou seja, unir o PSD, PMDB, PSDB e as outras siglas que
apoiaram Colombo em 2010. O PMDB tem como pré-candidato a prefeito o
deputado licenciado Gean Loureiro, enquanto que o PSD trabalha com a
possibilidade de lançar César Souza Júnior, secretário de Turismo. O PP pode
apoiá-lo ou lançar algum nome próprio. Ângela Amin, ex-prefeita da cidade, é
uma das cotadas. O PT possui alguns postulantes, mas a preferência da
ministra Ideli Salvatti é fechar uma coligação com o PC do B, da pré-candidata
Ângela Albino.
24
DEMOCRATAS
ELEIÇÕES 2012
Porto Alegre (RS)
¾ Pré-candidato: Paulo Borges
¾ Eleitorado: 1.057.122 (13,05% do eleitorado estadual)
A movimentação entre as lideranças políticas é cada
vez mais intensa para a disputa pela Prefeitura de Porto
Alegre. São dois os nomes que se destacam na corrida.
O atual prefeito, José Fortunati, é candidato declarado
do PDT, enquanto Manuela D’Ávila (PCdoB) surge forte
como nome de oposição. Mas o tabuleiro que envolve
os destinos da capital gaúcha está bem mais
complicado do que pode aparentar à primeira vista.
Do lado direito da capital gaúcha, o Democratas é o
partido mais ativo na corrida eleitoral de 2012. Apesar
de seu único vereador em Porto Alegre, Reginaldo
Pujol, ser considerado um político “independente”,
líderes da sigla já se mexem para montar uma chapa
com os partidos que fazem um bloco de oposição
nacional aos governos liderados pelo PT. Assim, procurando representar o
espectro político contrário aos grupos de esquerda, o DEM lançou a candidatura
do presidente do diretório da Capital, deputado estadual Paulo Borges.
Sob os auspícios do deputado federal Onyx Lorenzoni, o Democratas gaúcho já
iniciou o debate sobre as estratégias políticas e o programa de governo para a
campanha de Borges à prefeitura. As primeiras conversas estão sendo
estabelecidas com o PSDB e o PPS. Além disso, Borges estreitou laços com o
PRTB e o PSC. Pretende também conversar com o PP da senadora Ana Amélia.
E já fechou o apoio do pequeno PHS.
Entretanto, o próprio Paulo Borges admite que o que seu partido busca não é
necessariamente a candidatura dele, podendo formar, por exemplo, uma chapa
encabeçada pelo deputado federal Nelson Marchezan Júnior, do PSDB. Porém
os tucanos estão indecisos entre o apoio à reeleição do prefeito Fortunati ou à
candidatura própria com Marchezan.
Outros partidos também avaliam como se comportarão em 2012. O PMDB, do
ex-prefeito José Fogaça, discute internamente as possibilidades: continuar
apoiando Fortunati, lançar candidatura própria ou compor com outro partido. O
PP, que está na base aliada do prefeito Fortunati, também não decidiu ainda o
que fará. O partido chegou a cogitar o lançamento da senadora Ana Amélia
Lemos ao Paço Municipal. Por outro lado, há a indefinição do PT – partido que
ocupou a prefeitura durante 16 anos e que não parece muito disposto a abrir
mão de uma cabeça de chapa em nome da candidata comunista. Maria do
Rosário, Adão Villaverde e Raul Pont são apontados como pré-candidatos.
Levantamento do Instituto “Kleper Consultoria”, divulgado em outubro de 2010,
mostra um cenário incerto. Manuela D’Ávila lidera com 30,3%, seguida de perto
por José Fortunati com 28,7%. O tucano Nelson Marchezan Jr. tem 5,2% e
Paulo Borges soma 4,8%. O Democratas do Rio Grande do Sul tem tudo para
dar a volta por cima nas eleições de 2012. Em Caxias do Sul, cidade polo do
RS, o Democratas trabalha com a candidatura do empresário Milton Corlatti.
Em Pelotas, Matteo Chiarelli (DEM) é pré-candidato ao Executivo municipal.
25
DEMOCRATAS
ELEIÇÕES 2012
Região Norte
Belém (PA)
¾ Sem pré-candidato ------------------------------------- 27
Boa Vista (RR)
¾ Sem pré-candidato ------------------------------------- 28
Macapá (AP)
¾ Davi Alcolumbre ---------------------------------------- 29
Manaus (AM)
¾ Pauderney Avelino ------------------------------------- 30
Palmas (TO)
¾ Fernando Rezende e Prof.ª Dorinha ----------------- 31
Porto Velho (RO)
¾ Jep Rover ------------------------------------------------ 32
Rio Branco (AC)
¾ Sem pré-candidato ----------------------------------- 33
26
DEMOCRATAS
ELEIÇÕES 2012
Belém (PA)
¾ Pré-candidato: -- -- -¾ Eleitorado: 995.520 (20,63% do eleitorado estadual)
A disputa eleitoral em Belém começa a ganhar
forma. O atual prefeito da capital paraense,
Duciomar Costa (PTB), construiu a candidatura do
ex-governador Almir Gabriel (PTB), para a sua
sucessão. Gabriel já governou o Pará duas vezes,
entre 1994 e 2002, pelo PSDB, mas rompeu com o
seu partido em 2010, apoiando um candidato do
PMDB de Jáder no primeiro turno para o governo
estadual, e Ana Julia do PT, no segundo turno. É
imprevisível saber como o eleitorado de Belém vai
reagir, depois desta incoerência na trajetória do exgovernador, mas não é possível subestimar a força de Gabriel na capital.
O PSDB, do governador Simão Jatene, deve apostar no deputado federal
Zenaldo Coutinho, que foi presidente da Frente contra o Estado de Carajás. Já o
PT fará prévias para definir seu candidato. Os principais postulantes são o
deputado federal Cláudio Puty, e os estaduais Bordalo e Alfredo Costa.
O PMDB deve lançar novamente o deputado federal José Priante, que foi ao
segundo turno contra o atual prefeito em 2008. O candidato do PSOL, Edmilson
Rodrigues, é visto como um dos principais nomes, pois já foi prefeito de Belém,
quando ainda era do PT, e tem bom reduto eleitoral na cidade, apesar do pouco
tempo de TV e das poucas chances de permanecer competitivo com o decorrer
da disputa.
Após perder parte da bancada para o novo PSD, o Democratas ficou meio
fragilizado no Pará, mas o líder democrata na Câmara Municipal de Belém,
vereador Carlos Augusto Barbosa, tem sido cobiçado por algumas legendas
para compor uma chapa majoritária como vice-prefeito. Barbosa admite a
possibilidade, mas prefere aguardar a conjuntura, seguindo orientação do
presidente regional do partido, deputado federal Joaquim Lira Maia.
Lira Maia, em entrevista recente, disse que esse é um momento de
reestruturação da legenda. “O partido está se reestruturando para as eleições
de 2012. Aqui no Pará, o partido tem crescido e está presente em 102
municípios e a meta é se organizar em 144 cidades já para essa eleição”. Líder
da Frente Pró-Tapajós, Maia trabalha para fortalecer o partido no interior do
estado, como em Santarém, cidade polo do Pará.
Nas últimas eleições, o Democratas paraense sentiu muito a falta da força
eleitoral da ex-vice-governadora Valéria Pires Franco (DEM) e seu marido, o exdeputado federal Vic Pires Franco, que não concorreram a nenhum cargo
eletivo. O casal tem grande cacife eleitoral no Pará, principalmente em Belém.
Seria importante a executiva nacional do Democratas procurar convencê-los a
retornarem à vida pública.
27
DEMOCRATAS
ELEIÇÕES 2012
Boa Vista (RR)
¾ Pré-candidato: -- -- -¾ Eleitorado: 175.805 (64,45% do eleitorado estadual)
O cenário para a disputa pela prefeitura de Boa Vista,
capital de Roraima, começa a ficar mais nítido. O atual
prefeito Iradilson Sampaio (PSB), em seu segundo
mandato, não poderá concorrer à reeleição. A viceprefeita Suely Campos (PP) é um nome que não
emplaca. Não conta com a simpatia de que goza, por
exemplo, Neudo Campos – seu marido. O Partido
Progressista (PP) deverá lançar o secretário Paulinho
Linhares.
Do outro lado, permanece intensa a briga de bastidores
no seio da família Jucá. Ancorada pelo governador
Anchieta Júnior (PSDB), a deputada federal Teresa
Surita (PMDB) tenta ser candidata à Prefeitura de Boa Vista, mas encontra
resistência do ex-marido, o senador Romero Jucá, que prefere o filho Rodrigo
Jucá (PMDB), o “Jucarzinho”, na disputa.
Correndo por fora, aparece o vereador Telmário Mota (PDT), que será a opção
dos descontentes. Seus correligionários juram que há um pacto secreto entre o
vereador do PDT e o governador Anchieta Júnior. Telmário não ficaria de mãos
abanando do ponto de vista de apoio financeiro à sua campanha. A senadora
Ângela Portela, do PT, ainda não se decidiu se será candidata.
Há também quem defenda o deputado Paulo César Quartiero (DEM) como uma
boa opção para Boa Vista, diante da possível falta de candidatos fortes. Seus
admiradores o veem como uma espécie de herói da resistência devido a sua
atuação contra a homologação e posterior desocupação, pelos fazendeiros, da
Terra Indígena Raposa Serra do Sol. “Fico até lisonjeado de terem lembrado
meu nome, mas nossa dificuldade é com o governo federal e nossas maiores
demandas têm que ser resolvidas em Brasília”, ressaltou.
O Democratas roraimense está se reestruturando e deve disputar o cargo
majoritário de prefeito na maioria dos municípios de Roraima. O presidente
regional do partido, deputado Paulo César Quartiero, disse que o DEM faz
oposição ‘com responsabilidade’ ao governo estadual e deve concorrer em pelo
menos 14 municípios de Roraima. Na capital Boa Vista, o partido apoiará o
setor produtivo, possivelmente o candidato de oposição ao grupo do
governador Anchieta Jr. A tendência é focar em cidades estratégicas, como
Paracaíma, Bonfim e Cantá.
28
DEMOCRATAS
ELEIÇÕES 2012
Macapá (AP)
¾ Pré-candidato: Davi Alcolumbre
¾ Eleitorado: 243.411 (57,53% do eleitorado estadual)
As
conversações
visando
às
eleições
municipais de outubro na capital amapaense
estão em ritmo acelerado. Presidente do
Diretório Estadual do Democratas no Amapá,
o deputado federal Davi Alcolumbre é
apontado como candidato à prefeitura de
Macapá nas eleições desse ano. O lançamento
do nome de Davi para concorrer à prefeitura
da capital amapaense faz parte da estratégia
de crescimento do Democratas em 2012 e
2014.
Em entrevista recente, Davi avalia que as chances de agrupar um grande
número de aliados em torno de sua candidatura são mais que reais. "Nossos
ideais para Macapá nos possibilitam pensar grande. Fico feliz em poder contar
com um partido que sempre esteve ao meu lado nas lutas pelo Amapá e que,
agora, não somente concordou, mas determinou que fosse lançada a minha
candidatura à prefeitura de Macapá", enfatizou. Ele reforçou que sua
candidatura integra "o processo de construção e fortalecimento do partido que
se dará com a eleição massiva de prefeitos e vereadores pertencentes ao DEM".
No entanto, para consolidar sua candidatura, ainda é necessário muito diálogo
com os partidos aliados. O ex-deputado Lucas Barreto (PTB), em declarações
recentes a imprensa local, confirmou que o seu candidato a prefeito de Macapá
será o democrata Davi Alcolumbre. O líder petebista, que afirma querer
disputar o governo em 2014, articula também o apoio do prefeito Roberto Góes
(PDT), que nos bastidores diz que não deseja ser mais prefeito de Macapá, e
que por isso poderá abrir mão da sua tentativa de reeleição em favor de uma
indicação do PTB, no caso o deputado Davi.
Porém, as frequentes conversas entre o senador Randolfe Rodrigues (PSOL) e o
petebista Lucas Barreto, sob a chancela do PMDB de José Sarney, levaram
observadores políticos a especularem que o líder petebista poderia apoiar uma
chapa encabeçada pelo PSOL. Ninguém sabe ao certo até que ponto isso andará
para frente. Líder do PSOL no Senado, Randolfe Rodrigues, destaca-se entre os
favoritos na disputa – foi o primeiro colocado na eleição para senador em 2010
no Amapá. Pode ser o primeiro prefeito eleito pelo PSOL. Mas ele diz que só
entra na disputa se o partido ampliar seu “leque de alianças”. Randolfe quer
uma coligação com PV, PPS, PSDB, PC do B, PTC, PSB, PCB e PPL (Partido da
Pátria Livre, recém-criado). Se não for assim, ele diz que o candidato do PSOL
em Macapá será seu suplente no Senado, Clécio Luís. Já o PT e o PSB, que são
aliados no plano estadual, não conseguiram se entender em Macapá. A
deputada estadual Cristina Almeida é pré-candidata pelo PSB, enquanto que o
PT insiste no lançamento de uma candidatura própria.
2012 será muito positivo para o Democratas amapaense. O partido apresenta
bons nomes para disputar as vagas na Câmara de Vereadores da capital. Os
titulares mais citados são: Jaime Perez, que busca sua reeleição; Helena
Guerra, atual vice-prefeita da capital; e Josiel Alcolumbre, empresário de TV.
29
DEMOCRATAS
ELEIÇÕES 2012
Manaus (AM)
¾ Pré-candidato: Pauderney Avelino
¾ Eleitorado: 1.141.335 (55,34% do total estadual)
As articulações para as eleições municipais
de 2012 no Amazonas estão a todo vapor. Os
dirigentes locais do Democratas trabalham
arduamente para emplacar a candidatura do
deputado federal Pauderney Avelino à
prefeitura de Manaus. A candidatura de
Pauderney é vista como a mola propulsora
para organizar e ampliar a sigla na capital e
no interior do Estado. Hoje, o DEM do
Amazonas possui 4 prefeituras: Tonantins,
Ipixuna, Manicoré e Careiro do Castanho, e
pretende ampliar esse número elegendo mais
prefeitos em 2012.
Vice-presidente nacional do DEM, Pauderney tem todo o apoio das lideranças
nacionais do partido para formar uma candidatura competitiva. Deputado mais
experiente da bancada do Amazonas na Câmara Federal, Pauderney tem
eleitorado forte em Manaus, uma grande militância, além de ser considerado
um dos parlamentares mais preparados para defender a Zona Franca de
Manaus, a sua principal bandeira de luta. "Não existe uma alternativa ainda
séria e que compreenda os problemas de Manaus como eu", destacou Avelino
em entrevista a um jornal local, garantindo que sua campanha é para valer.
A estratégia do Democratas é buscar alianças e pouco a pouco acelerar as
articulações com os partidos aliados, mas por enquanto o tempo é de
conversas, de ver os pontos convergentes e os divergentes. Pois Pauderney
Avelino pode se transformar na maior surpresa desta eleição, visto que tem
chances reais de montar um arco de alianças que o credenciaria à vitória. Ele
tem conversado, intensamente, com o senador peemedebista Eduardo Braga
(que desistiu de concorrer à Prefeitura da Capital) e com o governador Omar
Aziz (PSD). Se houver um acordo bem estruturado, ele pode ser o candidato
com o apoio dos dois, nas próximas eleições.
Manaus já tem pelo menos 13 pré-candidatos à prefeito. A disputa está mais
embolada depois que o atual prefeito Amazonino Mendes (PDT) anunciou que
não disputará à reeleição. Vários nomes do grupo político do senador Eduardo
Braga despontam como candidatos, entre eles, os deputados federais Sabino
Castelo Branco (PTB) e Rebecca Garcia (PP). Outros postulantes ao cargo são o
ex-prefeito Serafim Correa (PSB), que disputou a reeleição em 2008, mas
perdeu para Amazonino; além do deputado federal Francisco Praciano (PT), e
do vereador Hissa Abrahão (PPS), que disputou o governo do estado em 2010.
As pesquisas divulgadas até agora não são muito favoráveis ao deputado
Pauderney Avelino, mas talvez com o andamento da pré-campanha o cenário
comece a mudar. Levantamento do Instituto Action, no final do ano passado,
mostra Pauderney com cerca 3,5% das intenções de voto.
30
DEMOCRATAS
ELEIÇÕES 2012
Palmas (TO)
¾ Pré-candidatos: Fernando Rezende e Prof.ª Dorinha
¾ Eleitorado: 140.545 (14,80% do eleitorado estadual)
A corrida pela Prefeitura de Palmas está
congestionada
de
pré-candidatos.
O
Democratas tem dois postulantes ao
cargo: o vereador Fernando Rezende e a
deputada federal Professora Dorinha.
Rezende tem dito a amigos que está
preparado para administrar Palmas, caso
seja indicado pelo seu grupo político. Já a
deputada Dorinha salientou que não
acredita em candidatura própria do
Democratas, mas em um conjunto de alianças. “Coloco-me à disposição
enquanto partido, mas preciso de um amadurecimento”, destacou.
De um modo geral, as forças políticas em Tocantins se dividem em três grandes
grupos: o PSDB do governador Siqueira Campos, o PMDB do ex-governador
governador Carlos Henrique Gaguim, e o PT do atual prefeito Raul Filho. Nas
eleições municipais desse ano, o Democratas tocantinense decidiu que fará
composição com os partidos que integram a base do governador Siqueira
Campos (PSDB).
Siqueira tem condições e necessidade de ampliar o seu poder para ter
tranquilidade de pensar em fazer o prefeito da capital. O grande problema é
que o seu grupo de apoio tem bons nomes, mas candidatos demais. Os
deputados Marcelo Lelis (PV), Eduardo Gomes (PSDB) e Irajá Abreu (PSD) são
os nomes mais cogitados. Lelis é o favorito da disputa, pois até agora é o nome
mais bem posicionado nas pesquisas.
O vereador Fernando Rezende (DEM) é cotado para sair como vice do deputado
Marcelo Lelis. Questionado, Rezende não descartou a ideia. “Há essa
possibilidade, mas tudo será definido pelo grupo, com cautela. Certo mesmo é
que vamos caminhar com o candidato do governo do estado. Marcelo Lelis tem
perfil, característica de ser um bom gestor. Acredito que será uma parceria
muito positiva com o governo do Estado”, disse Rezende.
O prefeito Raul Filho (PT) tem obrigação de fazer o sucessor e tem condições
para isso, mas não tem como evitar o racha da base que o apoia. A viceprefeita Edna Agnolin (PDT) já está em campanha, porém não conta com o
simpatia do PT, que prefere apostar em Ivory de Lira. O PR, do senador João
Ribeiro, trabalha com o nome da ex-prefeita Nilmar Ruiz, enquanto que o PMDB
aposta em Dulce Miranda, ex-primeira dama do Estado.
Depois da debandada de lideranças para o PSD, o Democratas tocantinense
vive um momento importante da sua história. O partido está se reestruturando
em todos os 139 municípios do Estado, e tem feito um bom trabalho de
oxigenação de lideranças tanto no interior do Estado como na Capital. Em
Araguaína, segunda maior cidade do Tocantins, o atual prefeito Valuar Barros
(DEM) deve buscar à reeleição. O partido também trabalha com a hipótese de
lançar candidatos próprios em cidades grandes, como Gurupi, Porto Nacional e
Paraíso do Tocantins.
31
DEMOCRATAS
ELEIÇÕES 2012
Porto Velho (RO)
¾ Pré-candidato: Jep Rover
¾ Eleitorado: 283.553 (26,12% do eleitorado estadual)
Se em outros estados do Brasil se fala em crise
no Democratas, em Rondônia a crise passa
longe. Em meio às expectativas para as eleições
municipais, a convenção estadual do partido
realizada em julho do ano passado apresentou
um pré-candidato a prefeito de Porto Velho,
surpreendendo a todos. Foi anunciado Jep Rover
- um nome totalmente novo no cenário político,
e que representa a ousadia do partido em
apostar na renovação. Rover é um grande
empresário rondoniense, dono da Distribuidora
Aurora.
Segundo a direção regional do DEM, comandada pelo experiente prefeito de JiParaná José Bianco, ainda há discussões internas em torno da pré-candidatura
do empresário, que não é definitiva nesse primeiro momento. Mas, o nome dele
já começa a agradar filiados e simpatizantes do partido. “Quem conhece o Jep
pode o destacar como um profissional e pai de família de caráter exemplar”,
enfatiza Bianco, que vislumbra um cenário promissor para o Democratas
rondoniense em 2012. “O DEM não será coadjuvante, entraremos fortes nas
disputas com candidatos próprios nos maiores municípios do estado”.
Com 19 pré-candidatos já anunciados, a disputa pela prefeitura de Porto Velho
pode parecer apertada agora, mas muitas composições deverão acontecer com
a proximidade das eleições. O PMDB, do governador Confúcio Moura, ainda está
em processo de escolha do candidato. O atual secretário de Obras, Abelardo
Castro e o ex-deputado estadual David Chiquilito receberam sinal verde da
Executiva Estadual para disputarem as prévias do partido.
No PT a briga promete ser ferrenha. A deputada Epifânia Barbosa, a exsenadora Fátima Cleide e o vereador Cláudio Carvalho, fiel escudeiro do
prefeito Roberto Sobrinho (PT), disputam a indicação do partido. No PTB, o
deputado Valter Araújo, que preside a Assembleia Legislativa, diz ser précandidato. O PV apostará no deputado federal Lindomar Garçon, que uniu o
Partido da República (PR), do ex-vice-governador Miguel de Souza, e o PSDB,
do ex-senador Expedito Júnior, para fortalecer sua candidatura.
No interior do estado, o Democratas, por sua vez, busca ampliar as alianças. As
conversas estão adiantadas com o PMDB do senador Valdir Raupp e com o PDT
do senador Acir Gurgacz, além do PHS, PSDC e do PTC. O DEM, que até já fez
governador em Rondônia, está hoje representado na Assembleia Legislativa
pelo deputado Adelino Follador, e tem prefeitos em vários municípios, incluindo
a segunda maior cidade do Estado: Ji-Paraná, que é comandada por José
Bianco. Em Ariquemes, terceiro maior colégio eleitoral do estado, já se sabe
que o atual prefeito Márcio Raposo (DEM) sai para a reeleição. A meta do
partido é ampliar a representação em todos os municípios do estado.
32
DEMOCRATAS
ELEIÇÕES 2012
Rio Branco (AC)
¾ Pré-candidato: -- -- -¾ Eleitorado: 220.837 (46,40% do eleitorado estadual)
A disputa pela prefeitura de Rio Branco é
considerada o primeiro pontapé para quebrar a
hegemonia do PT no Acre. Para aparentar ser
mais competitiva, a oposição deve ter dois
candidatos: Fernando Melo (PMDB) e Tião
Bocalom (PSDB). A intenção é levar a disputa
para o segundo turno, onde os partidos se
uniriam em torno de uma única candidatura.
Na capital acreana, o Democratas decidiu marchar junto com o PSDB, do précandidato Tião Bocalom, hoje líder nas pesquisas. O DEM considera Bocalom o
nome mais competitivo que a oposição apresenta hoje. “Nós vencemos a
eleição passada em Rio Branco e o Bocalom está bem avançado nas pesquisas.
Penso que os partidos de oposição têm que caminhar unidos e o Democratas
vai lutar por isso até os últimos instantes”, disse em entrevista recente o
deputado estadual Jamyl Asfury, principal líder do DEM no estado, que está
trabalhando arduamente para encaminhar a reestruturação do partido no Acre,
filiando novas lideranças e buscando apoio para as eleições de 2012.
Parceiro fiel do PSDB acreano, o Democratas brigará para indicar o vice na
chapa de Tião Bocalom. A pastora Sandra Asfury, esposa do deputado Jamyl
Asfury, seria a indicada, com o apoio de lideranças da igreja Batista do Bosque.
O PTC e o PSC também já declararam apoio à pré-candidatura de Bocalom.
Já o PMDB, do pré-candidato Fernando Melo, conta com o apoio declarado do
PSD, do senador Sérgio Petecão. A expectativa é que o Partido Progressista
(PP) também apoie a candidatura de Melo e apresente o apóstolo Ildson Viana
como vice na chapa. A parceria teria ainda o PPS.
O PC do B, um dos principais partidos que compõe a Frente Popular do Acre
(FPA), coligação que há 13 anos administra a capital acreana, sob o comando
do PT, lançou a pré-candidatura da deputada federal Perpétua Almeida. A
candidatura de Perpétua é tida como uma pedra no caminho do pré-candidato
petista Marcus Alexandre, apadrinhado pelo governador Tião Viana.
Pesquisa da Agência de Notícias ContilNet, realizada entre os dias 27 e 28 de
dezembro, mostra o favoritismo do pré-candidato Tião Bocalom. Nada menos
que 40,7% responderam que votariam em Bocalom (PSDB) para prefeito,
seguido de Perpétua Almeida (PCdoB), com 27,1%, e Marcus Alexandre (PT),
com 8,6%. Fernando Melo (PMDB) soma 4,1%.
Lideranças da oposição revelam que no interior a intenção é apresentar um
único nome para disputar com as candidaturas da Frente Popular. O
Democratas já está se organizando em vários municípios do interior, com
excelentes chapas de vereadores. O partido disputará a prefeitura em
Acrelândia, com Jonas da farmácia e em Manoel Urbano, com Alen Araújo. No
restante do Estado o partido apoiará o candidato escolhido pela oposição.
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DEMOCRATAS
ELEIÇÕES 2012
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