Temas Livres - Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva
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Temas Livres - Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva
ISSN 0104-1843 REVISTA BRASILEIRA DE Publicação Oficial da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista • ANO 19 - Nº 2 - SUPLEMENTO 1 - JUNHO 2011 www.rbci.org.br REVISTA BRASILEIRA DE Publicação Oficial da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista Coeditores Editora Áurea Jacob Chaves Carlos A. Campos Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, São Paulo, SP Instituto do Coração, São Paulo, SP Cristiano de Oliveira Cardoso Editores Associados Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS Alexandre Abizaid Daniel Chamié Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, São Paulo, SP INTERCAT, Rio de Janeiro, RJ Carlos A. C. Pedra Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia; Hospital do Coração, São Paulo, SP J. Ribamar Costa Jr. Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, São Paulo, SP Rogério Sarmento-Leite Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS Conselho Editorial Nacional Adriano M. Caixeta Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP Alcides J. Zago Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Porto Alegre, RS Alexandre Schaan de Quadros Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS Amanda G. M. R. Sousa Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, São Paulo, SP Carísi A. Polanczyk Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Porto Alegre, RS Carlos A. M. Gottschall Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS Claudia M. Rodrigues Alves Escola Paulista de Medicina, São Paulo, SP Costantino R. F. Costantini Hospital Cardiológico Costantini, Curitiba, PR Domingo M. Braile Hospital de Base, São José do Rio Preto, SP Edgar Guimarães Victor Universidade Federal de Pernambuco; Real Hospital Português de Beneficência em Pernambuco, Recife, PE Eulógio E. Martinez Hospital do Coração, São Paulo, SP Expedito E. Ribeiro Instituto do Coração, São Paulo, SP Fabio B. Jatene Instituto do Coração, São Paulo, SP Fábio S. Brito Jr. Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP Francisco Chamié Hospital dos Servidores do Estado, MS-RJ, Rio de Janeiro, RJ Francisco R. M. Laurindo Instituto do Coração, São Paulo, SP Gilberto Lahorgue Nunes Hospital Mãe de Deus; Hospital Moinho de Vento, Porto Alegre, RS Gilson Soares Feitosa Hospital Santa Izabel, Salvador, BA Hans J. F. Dohmann Hospital Pró-Cardíaco, Rio de Janeiro, RJ Helio Roque Figueira Clínica São Vicente; Hospital CardioTrauma Ipanema, Rio de Janeiro, RJ J. Eduardo Sousa Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia; Hospital do Coração, São Paulo, SP Jorge Pinto Ribeiro Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Porto Alegre, RS José Antonio Marin-Neto Hospital das Clínicas, Ribeirão Preto, SP José Armando Mangione Hospital de Beneficência Portuguesa de São Paulo, São Paulo, SP José Klauber R. Carneiro Hospital do Coração de Sobral, Sobral, CE Luis Henrique Gowdak Instituto do Coração, São Paulo, SP Luiz Alberto Mattos Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, São Paulo, SP Marinella P. Centemero Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, São Paulo, SP Maurício de Rezende Barbosa Hospital Biocor, Belo Horizonte, MG Paulo Ricardo A. Caramori Hospital São Lucas; Hospital Mãe de Deus, Porto Alegre, RS Pedro A. Lemos Instituto do Coração, São Paulo, SP Samuel Silva da Silva Universidade Estadual de Londrina, Londrina, PR Valmir Fernandes Fontes Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, São Paulo, SP Valter C. Lima Hospital São Francisco, Porto Alegre, RS Wilson A. Pimentel Filho Hospital de Beneficência Portuguesa de São Paulo, São Paulo, SP Conselho Editorial Internacional A. Michael Lincoff Cleveland Clinic Foundation, Cleveland, Estados Unidos Daniel Berrocal Hospital Italiano de Buenos Aires, Buenos Aires, Argentina Daniel I. Simon Case Western Reserve University School of Medicine, Cleveland, Estados Unidos Darío Echeverri Fundação CardioInfantil, Instituto de Cardiologia, Bogotá, Colômbia David Kandzari Scripps Clinic, La Jolla, Estados Unidos Eberhard Grube University Hospital Bonn, Bonn, Alemanha Emerson C. Perin Texas Heart Institute at St. Luke’s Episcopal Hospital, Houston, Estados Unidos Assistente Editorial Gabriela Torres Coordenação de Produção/Revisão Elena Maria Venturacci de Mattos Manel Sabaté Hospital de Sant Pau, Barcelona, Espanha Marco A. Costa Case Western Reserve, University School of Medicine, Cleveland, Estados Unidos Myeog-Ki Hong Yonsei University College of Medicine, Seul, Coreia do Sul Pim de Feyter Thoraxcenter, Erasmus Medical Center, Roterdã, Holanda Renato D. Lopes Duke Clinical Research Institute, Durham, Estados Unidos Ricardo Seabra-Gomes Instituto do Coração Carnaxide, Carnaxide, Portugal Instituto do Coração Lisboa, Lisboa, Portugal Ron Waksman Washington Hospital Center, Washington, DC, Estados Unidos Tradução Lívia Burdman Fernando Bonilha de Toledo Leite Revisão Bibliográfica Nadir Ap. Lopes Gráfica e Editora Ipsis Gráfica e Editora S.A. Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista Diretoria SBHCI Gestão 2010-2011 Presidente Maurício de Rezende Barbosa (MG) Diretor Administrativo Marcelo José de Carvalho Cantarelli (SP) Diretor Financeiro Fernando Stucchi Devito (SP) Diretor Científico Fábio Sândoli de Brito Júnior (SP) Diretor de Comunicação Alexandre Schaan de Quadros (RS) Diretor de Educação Médica Continuada Antonio Carlos de Camargo Carvalho (SP) Diretor de Qualidade Profissional Adriano Dias Dourado Oliveira (BA) Diretor de Intervenções Extracardíacas Marco Vugman Wainstein (RS) Diretor de Intervenções em Cardiopatias Congênitas Francisco José Araujo Chamié de Queiroz (RJ) Conselho Consultivo Carlos Antonio M. Gottschall (RS) Heitor Ghissoni de Carvalho (BA) Jamil Abdalla Saad (MG) José Armando Mangione (SP) José Eduardo M. R. Sousa (SP) José Nogueira Paes Junior (CE) Luiz Alberto Piva e Mattos (SP) Paulo Sérgio de Oliveira (RJ) Pierre Labrunie (RJ) Ronaldo Rocha L. Bueno (PR) Wilson Albino Pimentel Filho (SP) Conselho Fiscal Carlos Eduardo Diniz Couto (MG) Luiz Antonio Gubolino (SP) Miguel Antonio Neves Rati (RJ) Conselho Deliberativo Adrian Paulo Morales Kormann (SC) Antonio Carlos Neves Ferreira (MG) Felipe Bortot César (ES) George César Ximenes Meireles (SP) Heloisa Maria Melo Silva Guimarães (PA) João Orávio de Freitas Jr. (SP) José Ary Boechat e Salles (RJ) Marcelo Antonio Cartaxo de Queiroga Lopes (PB) Raul D’Aurea Mora Junior (PR) Rogério Eduardo Gomes Sarmento-Leite (RS) Vinícius Daher Vaz (GO) Membros Suplentes Alexandre do Canto Zago (RS) Guilherme Ferragut Attizani (SP) Viviana de Mello Guzzo Lemke (PR) Mensagem do Presidente da SBHCI Prezados colegas Há trinta e cinco anos, em dezembro de 1976, era realizado o Congresso de Hemodinâmica na cidade do Guarujá (SP). Esse foi o primeiro de uma série de eventos de sucesso, que promoveram e difundiram sempre o melhor do conhecimento científico, contribuindo para transformar nossa atividade, inicialmente fundamentada em procedimentos diagnósticos, em uma grande área de atuação, com múltiplos procedimentos terapêuticos em pacientes adultos e pediátricos, beneficiando grande contingente de pacientes com os avanços da moderna medicina. Neste ano, com nosso congresso itinerante, temos encontro marcado com os colegas e amigos do Estado do Paraná, onde a cardiologia ganha grande destaque com hospitais bem equipados e intervencionistas de renome nacional e internacional. Nós nos reuniremos para mais um evento científico máximo da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI), realizado nas modernas instalações do Expotrade na cidade de Pinhais, nos arredores de Curitiba. Com grande elenco de convidados internacionais e nacionais, teremos, em quase três dias de programação, o melhor da cardiologia intervencionista, com palestras, mesas-redondas, casos ao vivo nacionais e internacionais, e apresentações de temas livres nas formas oral e em murais. A evolução do conhecimento e a dedicação dos profissionais nestas décadas de desenvolvimento resultaram mais uma vez em números recordes de submissões de temas livres para apresentação em nosso congresso anual, que retratam a grande experiência dos associados e o desejo contínuo de participar desse grande fórum científico, com valioso intercâmbio de experiências pessoais. Neste ano recebemos ainda um número expressivo de casos clínicos para apresentação e o autor do melhor caso selecionado será premiado com viagem e inscrição para congresso internacional. Cumprimentamos a equipe da SBHCI que coordena a avaliação, o julgamento e a apresentação dos temas livres, trabalhos esses que divulgam a experiência e a excelência da cardiologia intervencionista no País, revelando grandes talentos em nossa área de atuação, quer seja na missão assistencial quer em estudos de pesquisa. Desejamos expressar nosso sincero agradecimento a todos os que participaram da estruturação da parte científica desse grande evento, em especial à Comissão Científica da SBHCI, à Comissão Científica local e ao presidente do Congresso, reconhecendo a grande dedicação e o esforço de todos, que, certamente, muito contribuirão para obtermos ótimos resultados e o sucesso almejado com a programação de altíssimo nível. Nas últimas décadas acompanhamos o desenvolvimento de inúmeros dispositivos e medicamentos que trouxeram avanços, segurança e múltiplos benefícios aos pacientes. Agradecemos o comprometimento de nossos parceiros comerciais, não apenas pelo apoio aos congressos da SBHCI mas pela presença constante ao lado das sociedades regionais e em simpósios de instituições médicas, contribuindo de maneira muito positiva para o crescimento da cardiologia intervencionista, beneficiando acima de tudo os enfermos. Este Suplemento da Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva consiste em importante documento, que demonstra o comprometimento dos cardiologistas intervencionistas brasileiros com a produção científica, apresentando os resultados de seu trabalho em busca do contínuo aprimoramento e do estado da arte. Com nosso agradecimento, desejamos um ótimo congresso! Um grande abraço, Maurício de Rezende Barbosa Presidente da SBHCI 3 Mensagem da Comissão de Temas Livres Caro colega A SBHCI tem desenvolvido uma política permanente de incentivo à pesquisa científica, com constantes medidas de apoio a seus associados. Certos da importância da contribuição científica original para o desenvolvimento de nossa especialidade, os temas livres têm recebido espaço privilegiado na grade científica dos congressos da SBHCI, além de dispor de um veículo de divulgação de alto nível, a Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (RBCI). Para o XXXIII Congresso da SBHCI (Curitiba, PR), o número de acessos ao sistema de submissão dos temas livres foi bastante elevado, com 258 trabalhos inscritos. Desse total, foram finalizadas e validadas 177 produções originais, distribuídas nas áreas de doenças cardiovasculares adquiridas, doenças extracardíacas e cardiopatias congênitas, além dos temas relacionados à área de enfermagem. Merece destaque o crescente número de trabalhos envolvendo intervenções na doença cardíaca estrutural, com contribuições vindas de todas as regiões do País, demonstrando de forma clara e inequívoca o forte caráter vanguardista da cardiologia intervencionista brasileira. O consolidado sistema eletrônico de julgamento ocorreu, como nos anos anteriores, de forma cega, com todos os trabalhos avaliados por três distintos colegas intervencionistas, que, com a devida isenção, selecionaram os melhores para apresentação no Congresso. Agradeço à Comissão Julgadora o empenho e a disponibilidade nesse importante trabalho. Os dez trabalhos que receberam as maiores notas nesse julgamento eletrônico, além de serem contemplados com o “Prêmio RBCI – Julgamento Eletrônico”, foram selecionados para apresentação oral no Congresso. A Comissão Julgadora, durante o evento, irá avaliar os demais temas livres, nos formatos pôster ou oral, premiando adicionalmente os dez trabalhos que mais se destacarem (as regras podem ser acessadas no website www.sbhci.org.br). Lembro que todos os premiados deverão submeter suas pesquisas como artigos originais à RBCI, publicação oficial de nossa Sociedade. Por fim, reitero a enorme satisfação de ter acompanhado a Comissão de Temas Livres durante este ano de 2011, testemunhando de forma privilegiada o talento e a criatividade dos pesquisadores brasileiros, que, com suas contribuições originais, promovem o aprimoramento de nossa Sociedade. Um grande abraço a todos. Fernando Stucchi Devito Coordenador da Comissão de Temas Livres 4 Comissão Julgadora dos Temas Livres Adrian Paulo Morales Kormann (SC) Adriano Dias Dourado de Oliveira (BA) Adriano Mendes Caixeta (SP) Alcides José Zago (RS) Alexandre do Canto Zago (RS) Alexandre Schaan de Quadros (RS) André Labrunie (PR) Antonio Carlos de Camargo Carvalho (SP) Antonio Carlos Neves Ferreira (MG) Ari Mandil (MG) Áurea Jacob Chaves (SP) Bruno Moulin Machado (ES) Carlo Benatti Pilla (RS) Carlos Augusto Cardoso Pedra (SP) Carlos Augusto Formiga Áreas (MG) César Augusto Esteves (SP) César Rocha Medeiros (RJ) Claudia Maria Rodrigues Alves (SP) Décio Salvadori Junior (SP) Dimytri Alexandre de Alvim Siqueira (SP) Eulógio Emílio Martinez Filho (SP) Expedito Eustáquio Ribeiro (SP) Fábio Sândoli de Brito Júnior (SP) Fausto Feres (SP) Fernando Stucchi Devito (SP) Francisco José de Araujo Chamié de Queiroz (RJ) Frederico Augusto de Lima e Silva (CE) Gilberto Lahorgue Nunes (RS) Gilvan Oliveira Dourado (AL) Hélio José Castello Junior (SP) Hélio Roque Figueira (RJ) Helman Campos Martins (PB) Jamil Abdalla Saad (MG) João Orávio de Freitas Junior (SP) Jorge Pinto Ribeiro (RS) José Antonio Marin-Neto (SP) José Armando Mangione (SP) José Augusto Marcondes de Souza (SP) José Eduardo Moraes Rego Sousa (SP) José Klauber Roger Carneiro (CE) José Nogueira Paes (CE) José Ribamar Costa Junior (SP) Júlio César Machado Andréa (RJ) Leonardo Cogo Beck (DF) Luiz Alberto Piva e Mattos (SP) Luiz Antonio Ferreira Carvalho (RJ) Luiz Antonio Gubolino (SP) Luiz Carlos do Nascimento Simões (RJ) Marcelo Antônio Cartaxo Queiroga Lopes (PB) Marcelo de Freitas Santos (PR) Marcelo José de Carvalho Cantarelli (SP) Marco Antonio de Vivo Barros (PB) Marco Antonio Perin (SP) Marco Vugman Wainstein (RS) Marcos Antônio Marino (MG) Marcos Flávio Moelmann Ribeiro (SC) Marden André Tebet (SP) Maurício de Rezende Barbosa (MG) Miguel Antonio Neves Rati (RJ) Newton Fernando Stadler de Souza Filho (PR) Paulo Antonio Marra da Motta (DF) Paulo Ricardo Avancini Caramori (RS) Paulo Sérgio de Oliveira (RJ) Pedro Alves Lemos Neto (SP) Pedro Beraldo de Andrade (SP) Raimundo João Costa Furtado (MA) Raul D'Aurea Mora Junior (PR) Raul Ivo Rossi Filho (RS) Renato Giestas Serpa (ES) Ricardo Alves da Costa (SP) Ricardo César Cavalcanti (AL) Roberto José Alvarenga Freire (GO) Roberto Vieira Botelho (MG) Rodolfo Staico (SP) Rogério Eduardo Gomes Sarmento-Leite (RS) Ronaldo da Rocha Loures Bueno (PR) Samuel Silva da Silva (PR) Sérgio Luiz Navarro Braga (SP) Valmir Fernandes Fontes (SP) Vinícius Daher Vaz (GO) Wilson Albino Pimentel Filho (SP) 5 Museu Oscar Niemeyer Prêmio RBCI: Melhor Tema Livre Julgamento Eletrônico 2011 Intervenção em Doenças Cardiovasculares Adquiridas Apresentação Oral Prêmio RBCI: Melhor Tema Livre | Julgamento Eletrônico 2011 | Intervenção em Doenças Cardiovasculares Adquiridas – Apresentação Oral 01 AVALIAÇÃO DA SEGURANÇA E EFICÁCIA DO PRIMEIRO STENT FARMACOLÓGICO DESENVOLVIDO NO BRASIL – INSPIRON I TRIAL HENRIQUE BARBOSA RIBEIRO; CAMPOS CA; LOPES AC; ESPER RB; ABIZAID A; MEIRELES GX; LEMOS PA; PERIN MA; RAMIRES JA; RIBEIRO EE INSTITUTO DO CORAÇÃO / INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA / HOSPITAL DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL Introdução: O objetivo desse estudo clínico foi avaliar a segurança e eficácia do primeiro stent farmacológico nacional de cromo-cobalto recoberto com polímero bioabsorvível e a droga sirolimus (Inspiron) para o tratamento de lesões de novo. Metodologia: Estudo multicêntrico com randomização 2:1 para stent Inspiron vs. stent convencional de cromo-cobalto (Cronus) em lesões de novo de até 19mm de comprimento. Como desfecho primário foi avaliada a perda luminal tardia intra-segmento aos 6 meses. Como desfechos secundários avaliamos a taxa de eventos cardíacos maiores (ECAM) de óbito, infarto agudo do miocárdio e revascularização do vaso alvo. Resultados: Foram incluídos 58 pacientes (Inspiron = 39 e Cronus = 19), a maioria com angina estável (76%), sendo as características clínicas semelhantes entre os grupos. Com relação às características angiográficas, não houve diferenças entre os grupos, sendo 55,6% das lesões do tipo B2/C. O reestudo angiográfico de 6 meses evidenciou que o diâmetro de estenose no segmento do stent foi menor no grupo Inspiron vs. Cronus (15,8% vs. 38,7%, respectivamente; p = 0,03), bem como a perda luminal tardia (0,18 vs. 0,67mm; p = 0,009). Apesar de menor reestenose binária no grupo Inspiron, esta não atingiu diferença estatística (p = 0,42). Com respeito aos desfechos secundários ao final de 6 meses, a taxa de ECAM foi semelhante entre os grupos, porém a taxa de revascularização da lesão alvo foi menor no grupo Inspiron (0% vs. 10,5%; p = 0,04). Não houve caso de trombose até o final desse seguimento. Conclusão: O stent de cromo-cobalto revestido com sirolimus e polímero bioabsorvível demonstrou boa segurança e eficácia inicial no seguimento de 12 meses, com importante redução de reestenose angiográfica e clínica. 8 RBCI Vol. 19, Nº 2, 2011 Junho, 2011;19(supl.1). Intervenção em Doenças Cardiovasculares Adquiridas 02 MORTALIDADE A 2 ANOS DE EVOLUÇÃO EM PACIENTES SUBMETIDOS A ANGIOPLASTIA COM IMPLANTE DE STENTS FARMACOLÓGICOS EM LESÕES DE TRONCO DE CORONÁRIA ESQUERDA NÃO PROTEGIDO DANIEL ANIBAL ZANUTTINI; MARCOS A DENK; DANIEL A ZANUTTINI; SERGIO G TARBINE; MARCELO F SANTOS; COSTANTINO O COSTANTINI HOSPITAL CARDIOLÓGICO COSTANTINI / FUNDAÇÃO FRANCISCO COSTANTINI Introdução: A revascularização cirúrgica é o tratamento padrão ouro para pacientes com lesão de tronco de coronária esquerda não protegido (TCENP), a intervenção coronária percutânea (ICP) com implante de stents farmacológicos tem se mostrado uma opção favorável. Objetivo: Avaliar a taxa de mortalidade há 3 anos de pacientes com lesão de TCENP submetidos a ICP com implante de stents farmacológicos Métodos: 100 pacientes consecutivos, de 2002 a 2009, com doença TCENP tratados com angioplastia eletiva e stents farmacológicos. O desfecho primário foi a ocorrência de eventos cardíacos adversos maiores: combinação de morte de origem cardíaca, IAM e revascularização do vaso alvo intra hospitalar e aos dois anos de evolução. Resultados: Idade media 68 ± 10,8 anos. Masculino 65% e Diabtetes 35%. Tratadas 3,15 lesões por pacientes e 1,66 stents por tronco tratado. Syntax score ≥ 32 em 33% da população. Eventos cardíacos adversos maiores intra hospitalar ocorreram em 2% (IAM e óbito), e aos dois anos a taxa de mortalidade foi de 5%, IAM 2% e revascularização do vaso tratado 13%. Ao final de dois anos a probabilidade global de sobrevivência foi 95%. Conclusões: A angioplastia de TCENP mostrou uma baixa taxa de mortalidade a dois anos. Estudos randomizados são necessários para sua comparação à revascularização cirúrgica. 9 Prêmio RBCI: Melhor Tema Livre | Julgamento Eletrônico 2011 | Intervenção em Doenças Cardiovasculares Adquiridas – Apresentação Oral 03 IMPLANTE DE BIOPRÓTESE VALVAR POR CATETER PARA O TRATAMENTO DA ESTENOSE AÓRTICA: EXPERIÊNCIA DE 3 ANOS EM UM ÚNICO CENTRO FABIO SANDOLI DE BRITO JUNIOR; MARCO PERIN; BRENO ALMEIDA; ADRIANO CAIXETA; ALEXANDRE ABIZAID; IVANISE GOMES; TERESA C NASCIMENTO; FLAVIO TARASOUTCHI HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN Introdução: O implante de biopróteses valvares por cateter é um procedimento indicado para pacientes (pts) selecionados, portadores de estenose aórtica (EAo) sintomática com alto risco cirúrgico. O objetivo deste estudo foi avaliar os resultados de médio prazo deste procedimento. Métodos: Pts portadores de EAo sintomática, com alto risco cirúrgico pela idade avançada ou comorbidades foram submetidos ao implante por cateter de bioprótese valvar aórtica CoreValve, em um único centro. Resultados: Entre 01/2008 e 12/2010, 35 pts consecutivos foram submetidos ao procedimento. A média de idade dos pacientes foi 82 ± 9 anos (63 a 98), sendo 16 (45,7%) do sexo masculino. Vinte e oito (80%) apresentavam sintomas de insuficiência cardíaca (ICC) classe funcional III/IV e o risco cirúrgico estimado pelo EuroScore foi 19,3 ± 15,2% (2,7 a 71,4). O procedimento teve sucesso em 31 (88,6%) casos. Após as intervenções, notou-se queda do gradiente transvalvar aórtico de pico de 84,5 ± 22,3 para 22,1 ± 9,4 mmHg. A mortalidade hospitalar foi de 14,2% (5 pts). Nove (25,7%) pts necessitaram implantar marcapasso definitivo por distúrbio na condução átrio-ventricular e/ou intraventricular. O tempo médio de seguimento foi 14 meses (1 a 30). Nesse período, 5 (14,2%) pts faleceram por causas não cardíacas. Observou-se melhora da sintomatologia de ICC, com 84% em classe funcional I/II. A avaliação ecocardiográfica no seguimento mostrou a manutenção dos benefícios obtidos imediatamente após as intervenções. A análise multivariada não identificou preditores independentes de mortalidade e de necessidade de implante de marcapasso. Conclusão: O implante por cateter da bioprótese CoreValve é eficaz para o tratamento de pts selecionados com EAo sintomática e de alto risco cirúrgico,determinando melhora dos parâmetros hemodinâmicos e clínicos no seguimento de médio prazo. Por esse motivo, esse procedimento deve ser considerado como uma boa alternativa ao tratamento cirúrgico para essa população. 10 RBCI Vol. 19, Nº 2, 2011 Junho, 2011;19(supl.1). Intervenção em Doenças Cardiovasculares Adquiridas 04 DESFECHOS BASTANTE TARDIOS DE PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RENAL DIAGNOSTICADA PELO NÍVEL SÉRICO DE CREATININA VS. CLEARENCE DE CREATININA QUANDO TRATADOS COM STENTS FARMACOLÓGICOS JOSE DE RIBAMAR COSTA JUNIOR; AMANDA SOUSA; A MOREIRA; R COSTA; G MALDONADO; M CANO; R PAVANELLO; C JARDIM; D MAGNONI; J EDUARDO SOUSA HOSPITAL DO CORAÇÃO Fundamentos: Apesar do marcante benefício dos stents farmacológicos (SF) na evolução dos pacientes tratados com ICP, a presença de insuficiência renal (IR) permanece como marcador independente de desfechos adversos após intervenção percutânea. Na prática clínica muitas vezes utiliza-se somente a dosagem sérica de creatinina (Cr) para avaliar função renal, fato que pode subestimar a real ocorrência desta patologia quando comparada ao cálculo do clearence de creatinina (ClCr). Objetivamos comparar os desfechos clínicos tardios de pacientes com IR diagnosticada pela avaliação da Cr vs. ClCr e tratados com SF. Métodos: Entre Maio de 2002 e Janeiro de 2011, 3320 pacientes foram consecutivamente tratados apenas com SF em um centro único. Estes indivíduos foram divididos em 3 grupos de acordo com a função renal: Grupo I – Cr < 1,5 mg/dL e CrCl > 50 ml/min (n = 2714); grupo II – Cr > 1,5 mg/dL (n = 242), e; grupo III – Cr < 1,5 mg/dL e CrCl < 50 ml/min (n = 364). Estes grupos foram comparados quanto à ocorrência de desfechos clínicos adversos (ECAM – óbito, IAM e revascularização da lesão-alvo) e trombose do SF de acordo com a definição ARC. Resultados: Os pacientes do grupo III eram predominantemente mulheres (58% vs. 19% no grupo I e 16,1% no grupo II, p < 0,001) com menor massa corpórea (18,4 vs. 28,5 no grupo e 26,8 no grupo II, p < 0,001). Quanto à média de idade e incidência de DM, HAS, tabagismo, doença coronária prévia e AVC, os grupos II e III foram equivalentes e superiores ao grupo I. Pacientes alocados nos grupos II e III tiveram mais calcificação coronária importante (12,3% e 15% vs. 5,5%, p < 0,001) e acometimento triarterial em relação ao grupo I (40% e34,8% vs. 27,1%, p < 0,001). O seguimento clínico foi obtido em 97% dos casos (média de 3,8 anos). A sobrevida livre de eventos foi similar entre os grupos II e III (80% vs. 85,4, p = 0,2) e significativamente inferior em relação ao grupo I (88,4%, p = 0,02 e 0,04, respectivamente). A trombose de SF foi superior entre os pacientes com IR (2,2% no grupo II e 1,9% in grupo III vs. 1,4% no grupo I, p < 0,01). Conclusão: O uso apenas da creatinina sérica para avaliar pacientes com IR pode subestimar em até 60% a ocorrência desta patologia. Notavelmente, o desfecho clínico dos pacientes com alteração no ClCr mas com Cr sérica “normal” foi pior que o dos pacientes realmente com função renal preservada. 11 Prêmio RBCI: Melhor Tema Livre | Julgamento Eletrônico 2011 | Intervenção em Doenças Cardiovasculares Adquiridas – Apresentação Oral 05 AVALIAÇÃO PELA TOMOGRAFIA DE COERÊNCIA ÓPTICA DE STENT NACIONAL RECOBERTO C/ POLÍMERO BIODEGRADÁVEL ELUIDOR DE SIROLIMUS VS BIOLIMUS A9 EM ARTÉRIAS CORONÁRIAS PORCINAS CELSO KIYOCHI TAKIMURA; MZ GALON; ACA LOPES JR; J CARVALHO; SK FERREIRA; MJF CHAVES; V AIELLO; PS GUTIERREZ; FRM LAURINDO; PA LEMOS INCOR - HCFMUSP Introdução: Dois tipos de stents de cobalto-cromo recobertos com polímero biodegradável foram comparados após implante em artérias coronárias porcinas: o stent eluidor de sirolimus Inspiron® (Scitech) em desenvolvimento no Brasil versus o stent comercial BioMatrix® eluidor de biolimus A9 (Biosensors International). A tomografia óptica coronária foi utilizada para avaliação da hiperplasia neointimal intrastent após 30 dias. Métodos: Sete porcos foram submetidos a implante de 7 stents Inspiron® e 7 stents BioMatrix®. Cada porco recebeu os dois tipos de stent, um em cada artéria (artérias descendente anterior e circunflexa) e após 30 dias foi realizada a tomografia de coerência óptica. Os cálculos de área neointimal intrastent foram realizados por software específico do equipamento LightLab® Imaging. Resultados: Área neointimal (mm2) Área neointimal percentual (%) Inspiron® N = 7 Biomatrix® N = 7 1,61 ± 0,47 31% 1,36 ± 0,66 23% p > 0,05 para as comparações Conclusões: Após 30 dias de implante em artérias coronárias porcinas o stent em desenvolvimento no Brasil eluidor de sirolimus Inspiron® (Scitech®) apresentou grau de hiperplasia neointimal intrastent semelhante ao stent comercial BioMatrix® eluidor de biolimus A9 (Biosensors International). 12 RBCI Vol. 19, Nº 2, 2011 Junho, 2011;19(supl.1). Intervenção em Doenças Cardiovasculares Adquiridas 06 SPIRIT WOMEN: EVALUATION OF THE XIENCE V EVEROLIMUS ELUTING STENT IN THE TREATMENT OF WOMEN WITH DE NOVO CORONARY ARTERY LESIONS: ANALYSIS OF LATIN AMERICAN SUBSET LILIANA GRINFELD*; ALEXANDRE ABIZAID; JORGE BELARDI, PEDRO LEMOS; MARCOS MARINO; JOSÉ M. TORRES VIERA AND MARIE CLAUDE MORICE; ON BEHALF OF THE SPIRIT WOMEN INVESTIGATORS *Corresponding author: Hospital Italiano, Invasive Cardiology Unit, Buenos Aires, Argentina HOSPITAL ITALIANO DE BUENOS AIRES Introduction: DES trials have examined predominantly male populations of European heritage. SPIRIT Women Single Arm Study evaluates the performance of XIENCE V Everolimus Eluting Stent in complex de-novo lesions in a real world female population, including patients (pts) from Latin America (LAm). This analysis evaluates how these pts respond to stenting when compared to non-LAm pts. Methods and Results: Of the 1572 pts enrolled from 73 OUS sites, 138 (9%) were recruited from Argentina, Brazil and Venezuela. Target lesions had a reference vessel diameter (RVD) between 2.5 and 4.0 mm and lesion length (LL) ≤ 28 mm. Baseline characteristics were similar in both groups, with the exception of more hypertension, prior MI and family history of CAD in the LAm cohort. Lesions tended to be more complex in LAm pts (smaller RVD, longer LL, increased eccentricity and angulation, more type B2/C lesions). One Year Number of Pts Primary end-point (all death, MI, target vessel revascularization) Cardiac death ARC defined MI Target lesion revascularization TLF Stent thrombosis-ST (cumulative definite/probable) Non-LAm LAm p value 1434 12.1% 0.85% 9.2% 2.5% 10.7% 0.65% 138 10.1% 0% 9.4% 1.4% 9.4% 0% 0.58% 0.62% 0.88% 0.77% 0.77% 1.00% Cardiac Death, MI not clearly attributed to a non target vessel and Clinically Indicated TLR Conclusion: At 1 year, low rates of adverse cardiac events (ST, TLF, cardiac death, MI and revascularization) in LAm pts were comparable to those of the non-LAm cohort despite an increased complexity of lesions. Results provide a strong demonstration of the safety and effectiveness of XIENCE V in this small cohort of LAm pts, in line with those of larger more varied populations. 13 Prêmio RBCI: Melhor Tema Livre | Julgamento Eletrônico 2011 | Intervenção em Doenças Cardiovasculares Adquiridas – Apresentação Oral 07 PREDITORES DE FALÊNCIA DA ESTRATÉGIA PROVISIONAL NO TRATAMENTO DE LESÕES CORONÁRIAS EM BIFURCAÇÃO COMPLEXAS TRATADAS COM STENTS FARMACOLÓGICOS LIBERADORES DE EVEROLIMUS - RESULTADOS DE UM ESTUDO PROSPECTIVO, RANDOMIZADO, REALIZADO EM CENTRO ÚNICO RICARDO ALVES DA COSTA; FAUSTO FERES; RODOLFO STAICO; J RIBAMAR COSTA JR; ALEXANDRE ABIZAID; DIMYTRI SIQUEIRA; LUIZ F TANAJURA; AMANDA SOUSA; J EDUARDO SOUSA; ANTONIO COLOMBO INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA / CENTRO CUORE COLUMBUS Introdução: Bifurcações tratadas com estratégia provisional (1 stent) podem necessitar de implante de stent no ramo lateral (RL) em até 30% dos casos devido a resultados subótimos no RL. Métodos: Entre Mai/08-Ago/09, 56 lesões verdadeiras [diâmetro de estenose (DE) > 50% nos 2 ramos) com lesão no RL > 5 mm foram randomizadas para estratégia provisional (n = 28) vs. 2 stents (n = 28) com o stent Xience V. Os critérios de cruzamento de 1 para 2 stents eram: estenose > 70%, dissecção, ou fluxo TIMI 0/1 no RL após “kissing-balloon”. Resultados: 87% das lesões envolviam DA/Dg; e a extensão da lesão (10,13 vs. 11,07 mm), diâmetro de referência (2,50 vs. 2,46 mm), e DE (68,7 vs. 73,7%) no RL eram similares (provisional vs. 2 stents, respectivamente). Pelo ultrassom, a área luminal mínima (1,96 vs. 1,86 mm 2), acúmulo de placa (68,7 vs. 73,7%), e índice de remodelamento (0,85 vs. 0,90) no RL também eram similares. No grupo provisional, 21% (n = 6) necessitaram de implante de stent no RL, e os preditores de cruzamento foram: extensão da lesão (p = 0,01), DE (p = 0,02), índice de remodelamento (p = 0,03), e arco de cálcio > 90o (p = 0,006) no RL. No seguimento angiográfico de 9 meses (92%), a reestenose no RL foi 18% com 1 stent vs. 3% com 2 stents, p = 0.04. Conclusões: Lesões em bifurcação complexas tratadas com estratégia provisional necessitaram de stent no RL em 21% dos casos, e os preditores de cruzamento foram extensão e gravidade da lesão, índice de remodelamento, e calcificação. No seguimento de 9 meses, a reestenose no RL foi significativamente maior nas lesõs tratadas com 1 stent vs. 2 stents. 14 RBCI Vol. 19, Nº 2, 2011 Junho, 2011;19(supl.1). Intervenção em Doenças Cardiovasculares Adquiridas 08 LATE CLINICAL OUTCOMES AFTER IMPLANTATION OF DRUG-ELUTING STENTS COATED WITH BIODEGRADABLE POLYMERS: 3-YEAR FOLLOW-UP OF THE PAINT RANDOMIZED TRIAL PEDRO ALVES LEMOS NETO; MOULIN B; PERIN MA; OLIVEIRA LARR; ARRUDA JA; LIMA VC; LIMA AAG; CARAMORI PRA; MEDEIROS CR; BRABOSA MR; BRITO JR. FS; RIBEIRO EE; MARTINEZ EE PAINT TRIAL INVESTIGATORS Background: The long-term safety and efficacy profile of drug-eluting stents (DES) coated with biodegradable polymers is poorly known. Also, scarce comparative information is currently available on the late effects of sirolimus and paclitaxel in such DES formulations. Methods: At total of 274 coronary patients were randomly treated with paclitaxeleluting stents (InfinniumTM), sirolimus-eluting stents (SupralimusTM), or bare metal stents (MatrixTM) (2:2:1 ratio). All stents were built with the same stainless steel platform. The two DES were used the same biodegradable polymers and, therefore, were identical except by the drug, allowing to directly compare the effects of sirolimus versus paclitaxel. Patients were clinically followed-up during 36 months. Results: At 3 years, the pooled DES population had a similar rate of cardiac death or myocardial infarction (9.0% vs. 7.1; p = 0.6), but a lower risk of repeat interventions (10.0% vs. 29.9%; p < 0.01) than controls with bare stents. There was no decrease in efficacy over time. The risk of definite or probable stent thrombosis in the pooled DES group reduced during follow-up (first year: 1.8%; second year: 0.4%; third year: zero). There were no significant differences in 3year outcomes between paclitaxel- and sirolimus-eluting stents. Conclusion: The biodegradable-polymer coated drug-eluting stents releasing either paclitaxel or sirolimus tested in the PAINT trial were effective in reducing the rate of re-interventions at 3 years in comparison to bare metal stents, and were associated with a very low risk of late stent thrombosis. The agents sirolimus and paclitaxel, when complexed to the same stent platform and biodegradable polymers in DES, provided similar clinical results after 3 years. 15 Prêmio RBCI: Melhor Tema Livre | Julgamento Eletrônico 2011 | Intervenção em Doenças Cardiovasculares Adquiridas – Apresentação Oral 09 AVALIAÇÃO SERIADA COM ULTRASSOM INTRACORONÁRIO DA EFICÁCIA E SEGURANÇA BASTANTE TARDIA (6 ANOS) DO STENT BIOMATRIX COM BIOLIMUS A9 JULIANO RASQUIN SLHESSARENKO; CARLOS COLLET; J. RIBAMAR COSTA; RODOLFO STAICO; RICARDO COSTA; DYMITRI SIQUEIRA; FAUSTO FERES; ALEXANDRE ABZAID; AMANDA SOUSA; J. EDUARDO SOUSA INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA Introdução: Embora já se disponha de resultados de médio prazo confirmando a segurança e efetividade do stent farmacológico (SF) Biomatrix (BES) com biolimus e polímero absorvível, pouco se sabe sobre seu desempenho bastante tardio. Neste estudo visamos, por meio de angiografia e ultrassom (USIC) seriados (6 meses e 6 anos), avaliar o desempenho do BES no seguimento bastante tardio. Métodos: Foram incluídos na presente análise os pacientes tratados com BES no protocolo first-in-man (FIM) deste stent (Novembro de 2003 / Março de 2004). Incluíram-se apenas pts com lesões únicas de até 20 mm, em vasos de 2,5 a 3,5 mm. Todos pts que não tiveram eventos maiores (MACE) durante o seguimento de 6 anos foram contactados e consentiram em submeter-se a nova avaliação angiográfica e ultrasonografica (IVUS). O objetivo principal foi analisar a variação do volume de hiperplasia (VH) e da perda luminal angiográfica tardia, entre 6 meses e 6 anos de seguimento. Resultados: 14 pts consentiram em participar do estudo. A idade média de 61 anos e 29% eram diabéticos. A perda tardia foi de 0,20 mm aos 6 meses e 0,29 mm aos 6 anos (p = 0,82). O volume de hiperplasia intimal foi de 1,2 mm3 vs. 4,9 mm3 (p = 0,054), enquanto% de obstrução intimal foi de 0,7% vs. 3,8% (p = 0,06) aos 6 meses e 6 anos respectivamente. Conclusão: Neste estudo unicêntrico, o BES com polímero biodegradável demonstrou no longo prazo resultados angiográficos e ultrassonográficos favoráveis, com manutenção dos achados iniciais. 16 Temas Livres Intervenção em Doenças Cardiovasculares Adquiridas Apresentação Oral Temas Livres | Intervenção em Doenças Cardiovasculares Adquiridas – Apresentação Oral 10 ANGIOPLASTIA CORONARIANA EM PACIENTES COM INDICAÇÃO DE TAVI: É SEGURO REALIZAR AMBOS OS PROCEDIMENTOS EM UM MESMO TEMPO? ENIO EDUARDO GUERIOS; PILGRIM, T.; STORTECKY, S.; KADNER, A.; HUBER, C.; CARREL, T.; ERDÖS, G.; WINDECKER, S.; WENAWESER, P.; MEIER, B. INSELSPITAL - BERNA, SUÍÇA / CENTRO CONCEPT - CURITIBA, PR Introdução: É significativa a prevalência de doença arterial coronariana com indicação de angioplastia (ATC) em pacientes (pt.) candidatos ao implante percutâneo de valva aórtica (TAVI). Não se sabe se estadiar os procedimentos em dois tempos é mais seguro que a estratégia de realizá-los em um mesmo tempo. Objetivo: Comparar os resultados imediatos e a evolução no período intra-hospitalar e nos primeiros 30 dias de pt. submetidos à realização de TAVI e ATC em um ou em dois tempos. Métodos: Entre 256 pt. de alto risco cirúrgico submetidos a TAVI entre 07/2007 e 09/2010, 60 apresentavam indicação concomitante de ATC. Trinta e sete deles (61,7%, grupo 1 - G1, 52,2% do sexo feminino, idade média = 83,2 ± 4,6 anos) foram submetidos a ATC no mesmo tempo, enquanto 23 (38,3%, grupo 2 - G2, 48,6% do sexo feminino, idade média = 83,9 ± 5,2 anos) realizaram TAVI e ATC em tempos distintos. Ambos os grupos foram comparados em relação às características clínicas iniciais, resultados do procedimento, evolução intra-hospitalar e ocorrência individual e composta de eventos maiores (MACCE - óbito de qualquer natureza, infarto do miocárdio - IAM ou acidente vascular cerebral - AVC), de acordo com os critérios do Valve Academic Research Consortium (VARC). Resultados: Foi maior a prevalência de doença vascular arterial periférica nos pt. do G2 (16,2% x 43,5%, p = 0,02). As demais características clínicas e ecocardiográficas basais foram semelhantes nos 2 grupos. Obteve-se 100% de sucesso com TAVI em ambos os grupos, sem diferença nas áreas finais atingidas (1,84 ± 0,48 mm2 x 1,83 ± 0,47 mm2, p = 0,99) nem nos gradientes residuais (8,7 ± 4,3 mmHg x 8,5 ± 4,2 mmHg, p = 0,88). Não houve óbitos nem diferença entre os grupos na evolução intra-hospitalar, segundo os critérios do VARC: complicaçôes de acesso vascular (10,8% x 21,7%, p = 0,29), injúria renal (13% x 13,6%, p = 0,66), sangramento maior (37,8% x 30,4%, p = 0,56) ou sangramento com risco de morte (5,4% x 13%, p = 0,30). O tempo de permanência hospitalar foi semelhante (9,9 ± 5,3 dias x 10,6 ± 4,9 dias, p = 0,45). No seguimento de 30 dias, houve 4 óbitos no G1 e 2 no G2 (10,8% x 8,7%, p = 0,79). A taxa de ocorrência de AVC foi respectivamente 5,4% e 0, p=0,26, e não ocorreu IAM em nenhum dos grupos. A taxa de ocorrência composta de MACCE foi de 16,2% x 8,7%, p = 0,41. Conclusões: Neste grupo de pacientes de alto risco, não houve diferença nos resultados imediatos nem na taxa de complicações a curto prazo quando se comparou a realização simultânea ou estadiada de TAVI e ATC. A estratégia de estadiar os procedimentos em tempos diferentes não demonstrou nenhuma vantagem quando comparada à realização da intervenção em um único tempo. 18 Prêmio RBCI: Melhor Tema Livre Julgamento Eletrônico 2011 Intervenção em Cardiopatias Congênitas Apresentação Oral 1 Prêmio RBCI: Melhor Tema Livre | Julgamento Eletrônico 2011 | Intervenção em Cardiopatias Congênitas – Apresentação Oral 11 IMPLANTE DE STENTS PARA TRATAMENTO DA COARTAÇÃO DA AORTA EM CRIANÇAS CARLOS AUGUSTO CARDOSO PEDRA; RODRIGO N DA COSTA; SÉRGIO L N BRAGA; FABRÍCIO L PEREIRA; MARCELO S RIBEIRO; RENATA PRETTI; MARIA VIRGÍNIA T SANTANA; MARIA APDA SILVA; IEDA B JATENE; VALMIR F FONTES HOSPITAL DO CORAÇÃO / INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA Introdução: O implante de stents (sts) para tratamento da coartação da aorta (CoA) tornou-se a modalidade terapêutica de eleição para adolescentes e adultos na maioria dos centros mundiais. Entretanto a aplicação deste método para crianças permanece controversa. Neste artigo relatamos nossa experiência com esta técnica em crianças com peso menor que 30 kgs. Métodos: Estudo prospectivo longitudinal observacional de uma coorte de pacientes (pts). De 01/05 a 12 /10,25 pts com CoA (mediana de idade e peso: 5 anos (14 meses a 10 anos) e 22 kgs (11 a 30 kgs), respectivamente) foram submetidos a implante de sts sob anestes a geral após a obtenção do consentimento esclarecido. Introdutores 7 a 10F foram utilizados na artéria femoral para viabilizar o implante de sts Palmaz-Genesis (expansíveis até 18 mm) montados sobre balões de baixo perfil (Poweflex). Os pts foram acompanhados de forma habitual com ecocardiogramas e tomografias de controle. A r edilatação do st foi indicada após crescimento somático do pt. Resultados: Em todos os pts o implante foi realizado com sucesso. O gradiente sistólico máximo caiu de 35 ± 12 para 4 ± 3 mmHg (p < 0.001) e o diâmetro da lesão aumentou de 3,1 ± 1,5 para 8,5 ± 1,5 mm (p < 0.001). Não houve compl icações na parede da aorta. Quatro pacientes apresentaram redução do pulso no membro inferior utilizado para acesso e um necessitou de trombectomia cirúrgica. No seguimento (mediana de 30 meses), todos os pts apresentaram normalização dos níveis de pressão arterial, houve formação de aneurisma em 1 pt sendo tratado com implante de st coberto e em 3 pts os sts foram redilatados. Conclusões: O implante de stent em crianças com CoA é factível, seguro e eficaz. Foi observado índice de oclusão arterial maior que na população adul ta. A redilatação tardia é necessária para acomodar o diâmetro do stent ao crescimento somático do pt. 20 Temas Livres Intervenção em Cardiopatias Congênitas Apresentação Oral Temas Livres | Intervenção em Cardiopatias Congênitas – Apresentação Oral 12 13 OCLUSÃO PERCUTÂNEA DE COMUNICAÇÃO INTER VENTRICULAR (CIV) POR VIA ARTERIAL. UMA TÉCNICA ALTERNATIVA! ABORDAGEM DAS COMUNICAÇÕES INTERATRIAIS COMPLEXAS POR FECHAMENTO PERCUTANEO FRANCISCO JOSE ARAUJO CHAMIE DE QUEIROZ; LUIZ CARLOS SIMÕES; DANIEL CHAMIÉ DE QUEIROZ; JOÃO CARLOS TRESS; MAXIMILIANO LACOSTE GUIMARAES, RG; FERNANDEZ, LFF; GUIMARÃES, RG; PARREIRA, SP; BATISTA, MR; NASCIMENTO, ACR; FILHO, JITJ; VIDAL, ARS; QUINET, RM INTERCAT - CARDIOLOGIA INTERVENCIONISTA HOSPITAL JOÃO PENIDO, JUIZ DE FORA, MG Introdução: A oclusão percutânea das CIV é, hoje em dia, uma realidade na maioria das instituições especializadas. A técnica tradicional, por via venosa, inclui a formação de uma alça arteriovenosa para a introdução da bainha longa pela veia. É uma manobra difícil e que consome tempo do exame. Neste trabalho propomos uma técnica alternativa, de mais fácil execução capaz de encurtar, significativamente, o tempo de exame e que tem apresentado excelentes resultados até o momento. Métodos: Foram selecionados todos os portadores de CIV acima de 12 kg de peso, sem outros defeitos passíveis de correção cirúrgica, O procedimento incluiu um cateterismo direito e esquerdo de rotina, com registro de pressões e angiografias. Foram introduzidas próteses, com discos simétricos, por via arterial, em todos os casos. Foi mantida profilaxia antibiótica por seis meses pós procedimento. Resultados: De mar/10 a fev/11 seis pacientes foram encaminhados para oclusão percutânea de CIV por via arterial, sendo 50% do sexo masculino. As idades variaram de 7 a 32 anos (16 ± 8,3 anos) e os pesos de 30 a 97 kg (63,5 ± 27,3 kg). Quanto à morfologia quatro defeitos eram musculares (1 apical, 2 trabeculares e 1 infundibular) e dois perimembranosos. Os orifícios de entrada no VE variaram de 2 a 14 mm (7,5 ± 3,9 mm) e o pertuito de saída no VD variou de 2 a 7 mm (4,6 ± 2,7 mm). O implante foi possível em todos os casos. Foram utilizadas 6 próteses em 5 pacientes, numa média de 1,2 próteses/paciente. Foram utilizadas quatro próteses Lifetech CERA tipo 1, uma Lifetech CERA tipo 2, e uma AGA muscular. Conclusões: A técnica do implante por via arterial foi de fácil execução e bastante segura, simplificando significativamente o procedimento em todos os casos. É aplicável a todos os tipos morfológicos de CIV passíveis de fechamento percutâneo. Na nossa limitada experiência parece ser uma excelente alternativa à técnica tradicional nos casos em que se puder usar próteses com dois discos simétricos. Mais estudos são necessários para a completa validação desta técnica. Introdução: A literatura especializada relata que defeitos múltiplos, grandes (maiores do que 25 mm de diâmetro estirado), ou acompanhados de aneurisma do septo atrial apresentam maior dificuldade para o fechamento. Comunicações com mais de uma borda deficiente não são consideradas para fechamento percutâneo. Objetivos: O presente trabalho analisa os resultados do fechamento de defeitos de grandes dimensões (diâmetro estirado >30 mm) ou acompanhados de aneurisma do septo atrial. Propõe a exequibilidade da oclusão de comunicações com deficiência de mais de uma borda. Métodos: De abr/06 a jan/10 foram submetidos a fechamento percutâneo com prótese de Amplatzer 102 pacientes dos quais 28 (27,45%) (19F:9M) apresentaram defeitos cujo diâmetro estirado mediu 30 mm ou mais (33,73 ± 3,89 mm). As idades variaram de 17 a 72 anos. Três pacientes (10,71%) apresentaram aneurisma do septo atrial. Nenhum tinha borda aórtica e a maioria possuía a borda oposta muito frágil. As indicações foram baseadas em ecocardiogramas transesofágicos (ETE) prévios. Resultados: O diâmetro estático dos defeitos variou entre 14 e 33 mm (23,75 ± 5,86 mm) e o diâmetro estirado de 30 a 46mm (34,96 ± 4,45 mm). O estiramento com balão fez o diâmetro médio aumentar 67,93%. Nos defeitos com bordas deficientes, após a medida com balão, geralmente a borda oposta a aórtica, desaparece e se o orifício resultante for menor que 40 mm, tentamos o fechamento, superdimensionando as próteses. Não houve complicações significativas em nenhum caso. A taxa de fechamento completo em um ano foi 87,5%. O implante não foi possível em três pacientes. Conclusões: As comunicações acima de 30 mm só apresentam alguma dificuldade técnica quando têm bordas deficientes. O fechamento dos defeitos com aneurisma é possível, embora mais difícil. Nesses casos só deverá ser considerado o fechamento percutâneo se a possibilidade de shunt residual for tecnicamente aceitável. 14 15 FECHAMENTO PERCUTÂNEO DA COMUNICAÇÃO INTERATRIAL EM CRIANÇAS PEQUENAS ACESSO TRANSHEPÁTICO PARA CATETERISMO EM CRIANÇAS COM CARDIOPATIAS CONGÊNITAS MARCELO SILVA RIBEIRO; FABRÍCIO L. PEREIRA; WANDA T. NASCIMENTO; RODRIGO N. COSTA; SÉRGIO L. N. BRAGA; VALMIR F. FONTES; SIMONE F. PEDRA; MARIA V. SANTANA; IEDA B. JATENE; CARLOS A. C. PEDRA CARLOS AUGUSTO CARDOSO PEDRA; RODRIGO NIECKEL DA COSTA; MARCELO S RIBEIRO; FABRÍCIO L PEREIRA; RENATA PRETTI; WANDA NASCIMENTO; SÉRGIO L N BRAGA; VALMIR F FONTES INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA / HOSPITAL DO CORAÇÃO HOSPITAL DO CORAÇÃO / INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA Introdução: O fechamento percutâneo da comunicação interatrial tipo ostium secundum (CIA OS) se tornou o método terapêutico de eleição na grande maioria de pacientes (pts) nos últimos anos. Entretanto, maiores dados são necessários para definir o papel desta modalidade terapêutica em crianças < 5 anos. Métodos: Estudo prospectivo longitudinal observacional multicêntrico, de uma coorte de 20 pts < 5 anos (mediana de idade e peso: 4 anos e 18 kg) com CIA OS que apresentavam indicações para tratamento nesta idade: aumento do ventrículo direito associado a baixo ganho ponderal, síndromes genéticas, quadros respiratórios de repetição e doenças sistêmicas. O procedimento foi realizado sob anestesia geral e monitoração da ecocardiografia transesofágica (ETE), com próteses aprovadas pela ANVISA (Amplatzer, Helex e Cera) após a obtenção do consentimento esclarecido. O seguimento ambulatorial foi realizado com ecocardiografia transtorácica. Resultados: O diâmetro da CIA foi 15 ± 6 mm pela ETE. A via de acesso venoso foi femoral na grande maioria, exceto em dois. O implante foi realizado com sucesso em todos os pacientes. O tempo médio de duração do procedimento foi 80 minutos. 19 deles receberam alta hospitalar em 24 h. Um deles apresentou bloqueio atrio-ventricular revertido espontaneamente em 36 h. Não houve complicações imediatas ou tardias significativas. A taxa de oclusão imediata ou tardia foi de 100%. Conclusões: O fechamento percutâneo da CIA em pts < 5 anos, além de factível e eficaz, é alternativa segura à cirurgia, devendo ser empregado quando há indicações clínicas que justifiquem a intervenção em idade precoce. Introdução: Crianças com cardiopatias congênitas (CC) podem apresentar variações da anatomia venosa sistêmica (ausência porção hepática da veia cava inferior) e obstruções venosas femorais devido a acessos prévios ou ser em muito pequenas para obtenção do acesso habitual (prematuros extremos), o que dificulta a realização do cateterismo cardíaco (cate). Neste artigo relatamos nossa experiência com o acesso tr anshepático para viabilização de cate diagnóstico ou terapêutico. Métodos: Estudo prospectivo longitudinal observacional de uma coorte de pacientes (pts). De 06/04 a 12/10, 8 pts (mediana de idade e peso: 1 ano (2 dias a 5a) e 8 kgs (1a 15 kgs), respectivamente foram submetidos a cate pela via transhepática sob anestesia geral após obtenção de consentimento esclarecido. A punção foi realizada com uma agulha 21G de 7 cm no penúltimo espaço intercostal direito (D) no nível da linha axilar média direcionada ao acrômio esque rdo. Com pequenas injeções de contraste e sob fluoroscopia, um vaso intrahepático de grande calibre foi identificado e um guia avançado até o átr io D, permitindo a introdução de bainhas 4 a 7F. Após o cate, o trajeto intrahepático foi ocluído com molas de Gianturco. Resultados: Em todos os pts o acesso foi obtido com sucesso viabilizando os seguintes procedimentos: cate diagnóstico, perfuração da valva pulmonar, valvoplastia pulmonar, angioplastia pulmonar, valvopl astia aórtica por via anterógrada e atrioseptostomia de Rashkind. Todos os procedimentos foram completados com sucesso. Não houve complicações da punção e todos os pacientes se recuperaram sem intercorrências. Conclusões: O acesso transhepático pode ser obtido com segurança, inclusive em prematuros de muito baixo peso, constituindo-se em via de acesso alternativa para viabilização de cates em pts com CC variadas, nos quais a via venosa femoral habitual não é possível de ser obtida ou não é apropriada para o procedimento desejado. 22 RBCI Vol. 19, Nº 2, 2011 Junho, 2011;19(supl.1). Intervenção em Cardiopatias Congênitas 16 RECANALIZAÇÃO DA ARTÉRIA SUBCLÁVIA ESQUERDA APÓS IMPLANTE DE STENT COBERTO PARA COARTAÇÃO DA AORTA RODRIGO NIECKEL DA COSTA; FABRÍCIO L PEREIRA; MARCELO S RIBEIRO; RENATA PRETTI; WANDA NASCIMENTO; SÉRGIO L N BRAGA; VALMIR F FONTES; CARLOS A C PEDRA INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA Introdução: O tratamento da coartação da aorta (CoA) com stent recoberto esta indicado quando há associação de aneurismas (Aneu). Entretanto, pela proximidade da lesão a artéria subclávia esquerda (ASCE) em alguns casos, a oclusão da origem destevaso torna-se inevitCvel. Relatamos 2 casos de recanalização do Óstio da ASCE em pacientes (pts) com CoA e Aneu submetidos a tratamento com stent coberto. Métodos: Dois pacientes (22 e 21 anos) com ReCoA (1 pós cirúrgica, outro pós angioplastia com balão), hipoplasia discreta do arco distal e aneurismas adjacentes ao Óstio da ASCE foram submetidos a implante de stent CP coberto com ePTFE montado sobre balões expansíveis para tratamento simultâneo de todas as lesões. Um cateter foi deixado na ASCE para referência. A ponta dura de um guia de angioplastia coronária foi usada para perfuraçãa do tecido de ePTFE. Balões de angioplastia foram insuflados no local da perfuração entre as células do stent. Resultados: Em ambos os casos, os stents foram implantados adequadamente com abolição do gradiente pelo arco e pela CoA e exclusão dos aneurismas adjacentes. Houve abolição imediata do fluxo para ASCE como era esperado. A perfuração com a ponta dura do guia foi realizada sem intercorrências assim como a angioplastia pela malha do stent, o que resultou em recanalização imediata da ASCE, que permaneceu com pressões equivalentes a da aorta. Não houve complicações vasculares nem perda da integridade estrutural do stent. Conclusões: Aperfuração do ePTFE do stent CP recoberto seguida da angioplastia pela malha do stent foi factível, segura e eficaz para restabelecimento do fluxo para a ASCE, sendo uma ótima alternativa para pacientes selecionados com lesões associadas complexas incluindo hipoplasia do arco, CoAo e Aneu adjacente. 23 Centro Histórico de Curitiba Temas Livres Apresentação Pôster Temas Livres | Apresentação Pôster 17 18 OCORRÊNCIA E PREDITORES DE TROMBOSE DE STENT MUITO TARDIA ATÉ 9 ANOS DE SEGUIMENTO EM PACIENTES DO MUNDO-REAL TRATADOS COM STENTS FARMACOLÓGICOS RESULTADOS PRELIMINARES DO ESTUDO SVELTE COM O NOVO STENT ACROBAT MONTADO DIRETAMENTE SOBRE O FIO-GUIA RICARDO ALVES DA COSTA; AMANDA SOUSA; ADRIANA MOREIRA; J. RIBAMAR COSTA JR; GALO MALDONADO; MANUEL CANO; BRUNO PALMIERI; FAUSTO FERES; CANTÍDIO CAMPOS; J. EDUARDO SOUSA HOSPITAL DO CORAÇÃO Introdução: Nós investigamos a ocorrência e os preditores de trombose de stent (TS) no seguimento clínico até 9 anos em pts tratados com SF no mundo real. Métodos: No Registro DESIRE, 3,694 pts (5,568 lesões) foram submetidos a intervenção coronária percutânea (ICP) eletiva ou de urgência com SF entre Mai/ 02-Dez/10. Resultados: A média das idades era 64 anos, 30% tinham diabetes, 22% IAM prévio, e 31% eram tabagistas atuais. Também, 41% apresentaram-se c/ síndrome coronária aguda (16% IAM). A maioria das lesões tinham elevada complexidade (67% B2/C), foram implantados 5,995 SF e o sucesso angiográfico foi 99%. No seguimento até 9 anos (98%, mediana de 4 anos), a incidência cumulativa de TS (ARC) foi 1,9% (n = 69), sendo que 97% dos pts estiveram livres de TS no seguimento tardio. Do total de TS, 58% tiveram comprovação angiográfica, e 17% ocorreram < 30 dias, 35% na fase tardia (1-12 meses), e o restante (48%) nas fase muito tardia (> 12 meses). Os preditores independentes de TS foram: ICP no IM (HR 3,14; p < 0,01), tabagismo atual (HR 2,03; p = 0,04), implante de múltiplos stents (HR 2,11; p = 0,003), diabetes (HR 1,73; p = 0,06), pós-dilatação da lesão (HR 0,50; p = 0,01), calcificação mod./grave (HR 1,97; p = 0,01), morfologia excêntrica (HR 1,60; p = 0,08), e estenose residual pela angiografia quantitativa (HR 1,04; p < 0,001). Conclusões: A incidência de TS no seguimento tardio foi de 1,9%, e a sobrevida livre de TS até 9 anos foi de 97%. Os preditores independentes de TS forma ICP no IAM, tabagismo atual, implante de múltiplos SF, diabetes, complexidade da lesão e subexpansão do stent. JOSE DE RIBAMAR COSTA JUNIOR; ALEXANDRE ABIZAID; FAUSTO FERES; PATRICK SERRUYS; JUAN GRANADA; L F TANAJURA; RICARDO COSTA; RODOLFO STAICO; AMANDA SOUSA; J EDUARDO SOUSA INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA / ERASMUS Introdução: Stent direto (SD) pode potencialmente reduzir o trauma à parede vascular, prevenir embolização distal e reduzir tempo/custo/radiação durante a intervenção percutânea (ICP). Entretanto, na prática, SD é realizado em < 50% dos casos devido, sobretudo a anatomia coronária (tortuosidade, calcificação, etc). Recentemente desenvolvido, o stent Acrobat SOAW (stent-on-a-wire) combina uma plataforma de Cro-Co de baixo perfil (hastes de 81 µ) montada num sistema balãoexpansível diretamente sobre o fio-guia 0.012" (distância da ponta do fio-guia ao stent de 22 mm). Neste estudo visamos determinar a efetividade deste novo sistema no tratamento de lesões de baixa/moderada complexidade. Métodos: O estudo SVELTE é multicêntrico, internacional (Brasil, Holanda e Colômbia), prospectivo, não-randomizado, com um único braço de pacientes tratados com o stent Acrobat. Incluíram-se lesões únicas em coronárias nativas de 2,5 a 3,5 mm, passíveis de tratamento com stent de 18 mm. O SD era altamente recomendado. Excluíramse pacientes tratados em fase aguda de IAM, bifurcações e TCE. Todos os pacientes consentiram em retornar para reestudo angiográfico aos 6 meses. O objetivo primário era a sobrevida livre de eventos maiores (óbito cardíaco, IAM e RLA) até 30 dias. Secundariamente avaliou-se perda luminal intra-stent, reestenose binária e eventos maiores aos 6 meses. Resultados: 46 pacientes foram incluídos, com média de idade de 63 anos. A maioria era do sexo masculino (76,6%) sendo 21,3% diabéticos. Diâmetro de referência e extensão das lesões foi de 3,03 mm e 12,7 mm, respectivamente. SD foi realizado em 89,6% dos casos e o sucesso angiográfico obtido em 100%. Até 30 dias não ocorreram óbitos, IAM com onda Q ou revascularização da lesão-alvo. O seguimento angiográfico de 6 meses acaba de ser completado e os dados estarão disponíveis durante o congresso. Conclusões: O stent Acrobat SOAW poderá facilitar a ICP reduzindo tempo de procedimento, exposição à radiação e custos, além de minimizar complicações peri procedimento. O presente estudo constitui a primeira avaliação em humanos deste novo dispositivo. 19 20 IMPLANTE PERCUTÂNEO DE PRÓTESE AÓRTICA SEM A PRÉDILATAÇÃO POR BALÃO: EXEQUIBILIDADE E RESULTADOS HEMODINÂMICOS ANÁLISE QUANTITATIVA DE STENTS CONVENCIONAIS E ELUIDORES DE SIROLIMUS E EVEROLIMUS POR MEIO DE TOMOGRAFIA DE COERÊNCIA ÓPTICA E HISTOMORFOMETRIA DIMYTRI A. SIQUEIRA; ALEXANDRE A.C. ABIZAID; DAVID LE BIHAN; MANUEL N. CANO; ADRIANA C. MOREIRA; MAGALY ARRAIS; FAUSTO FERES; EBERHARD GRUBE; AMANDA G.M.R.SOUSA; J. EDUARDO M.R. SOUSA MICHELI ZANOTTI GALON; TAKIMURA, C; LOPES JR, ACA; CARVALHO, J; FERREIRA, SK; CHAVES, MJF; AIELLO, V; GUTIERREZ, PS; LAURINDO, FRM; LEMOS NETO, PA INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA / HOSPITAL DO CORAÇÃO Introdução: O implante percutâneo de prótese valvar aórtica (PVA) constitui-se no tratamento de eleição para pts com estenose aórtica, nos quais a troca valvar esteja contra-indicada ou considerada de alto risco. Previamente ao implante, recomenda-se a realização de valvoplastia aórtica com balão (VAB), visando transpor mais facilmente a estenose e garantir o posicionamento e expansão ótimos da prótese. Contudo, a VAB não é isenta de complicações, como a ocorrência de acidente vascular cerebral e insuficiência aórtica. Objetivo: Descrever a experiência inicial e os resultados hemodinâmicos do implante da PVA Corevalve ® (Medtronic Inc.) sem a prévia realização de VAB. Métodos: De 11/2009 a 02/2011, pts submetidos ao implante da prótese aórtica CoreValve® sob monitorização por ecocardiograma transesofágico (ETE) foram selecionados. Os gradientes médio e máximo, a área da prótese, sua simetria e a presença e severidade de regurgitação aórtica após o implante constituíram os parâmetros analisados. Resultados: No período, 45 pts foram submetidos ao implante de PVA, sendo 38 sob monitorização com ETE - 23 pts com VAB e 15 pts sem VBA . A idade foi de 82,3 ± 1,4 anos, sendo 71% do sexo feminino. A estimativa de mortalidade cirúrgica conforme EUROscore logístico foi de 26,8 ± 8,4%. Não foram observadas diferenças nas características basais entre os grupos. Em 3 pts, houve insucesso na tentativa de implante direto da PVA por ocorrência de instabilidade hemodinâmica, sendo necessária VAB. Pós-dilatação foi realizada em 6 pts do grupo com VAB e em 7 pts do grupo sem VAB. As medidas avaliadas pelo ETE encontram-se na tabela. Conclusão: Nesta casuística inicial, o implante de PVA sem a VAB mostrou-se exequível e resultou em performance hemodinâmica comparável ao implante precedido pela VAB. A possibilidade de instabilização durante o implante de PVA sem VAB não deve ser menosprezada. Grad médio, pós (mmhg) Grad max, pós (mmhg) Área prótese, mm2 Insuf aórtica > 2+/4+ 26 com VAB (n = 23) sem VAB (n = 15) p 11,6 ± 2,1 22,1 ± 4,3 1,87 ± 0,8 1 11,2 ± 1,9 20,6 ± 3,8 1,79 ± 0,7 1 0,55 0,27 0,75 0,66 INCOR - HCFMUSP Introdução: A tomografia de coerência óptica (TCO) é um método acurado para a avaliação da resposta neointimal após o implante de stent. Objetivamos comparar as medidas obtidas in vivo pela TCO com a histopatologia após implante de stents em artérias coronárias porcinas. Métodos: Um total de 18 stents (diâmetros 2.5, 3.0 e 3.5 mm; comprimento 13 mm) foram implantados em coronárias normais – 4 convencionais, 7eluidores de everolimus, 7eluidores de sirolimus. Ao término de 28 dias foram analisadas as áreas do stent, luminal e da neointima usando imagens de TCO. Análises quantitativas dos cortes histológicos foram obtidas e correlacionadas com a TCO. Resultados: A análise quantitativa obtida através da TCO correlacionou-se significativamente com as medidas histopatológicas. Área da luz (mm 2) Área do stent (mm2) Área neointimal (mm2) Coeficiente de correlação (r) p 0,899 0,715 0,794 < 0,01 < 0,01 < 0,01 Conclusão: A análise in vivo de parâmetros quantitativos coronários através da TCO reproduz com fidelidade os achados à histopatologia. RBCI Vol. 19, Nº 2, 2011 Junho, 2011;19(supl.1). XV Jornada de Enfermagem 21 22 OS STENT FARMACOLÓGICOS (SF) DE SEGUNDA GERAÇÃO PODEM OTIMIZAR OS RESULTADOS CLÍNICOS TARDIOS OBTIDOS EM PACIENTES DE MUNDO-REAL TRATADOS COM SF DE PRIMERIA GERAÇÃO? UMA SUBANÁLISE DO REGISTRO DESIRE INCIDÊNCIA MUITO TARDIA (ATÉ 9 ANOS) DE EVENTOS CARDÍACOS MAIORES APÓS O IMPLANTE DE STENTS FARMACOLÓGICOS EM PACIENTES NÃO SELECIONADOS DO REGISTRO DESIRE RICARDO ALVES DA COSTA; AMANDA SOUSA; ADRIANA MOREIRA; J. RIBAMAR COSTA JR; MANUEL CANO; GALO MALDONADO; BRUNO PALMIERI; FAUSTO FERES; CANTÍDIO CAMPOS; J. EDUARDO SOUSA JOSE DE RIBAMAR COSTA JUNIOR; AMANDA SOUSA; ADRIANA MOREIRA; R COSTA; G MALDONADO; M CANO; EDSON ROMANO; M BARBOSA; E EGITO; J E SOUSA HOSPITAL DO CORAÇÃO HOSPITAL DO CORAÇÃO Introdução: Os stents farmacológicos (SF) de 1ª geração demonstraram marcante eficácia na inibição da hiperplasia neointimal comparado aos stents nãofarmacológicos; no entanto, questionamentos em relação ao seu perfil e segurança tardia levaram ao desenvolvimento de novas gerações de SF. Nós comparamos os resultados clínicos de 1 ano de pts de mundo real tratados com SF de 1ª vs. 2ª geração. Métodos: No Registro DESIRE, 3.694 pts (5.568 lesões) foram consecutivamente tratados com SF em um centro único entre Mai/02-Dez/10. Desse total, 3,167 pts receberam exclusivamente SF de 1ª geração Cypher/Taxus vs. 329 pacientes tratados apenas com SF de 2ª geração Xience V/Promus/Endeavor/ Resolute/BioMatrix. O seguimento clínico foi realizado em 98%. Resultados: As características clínicas e angiográficas basais eram comparáveis nos 2 grupos. Durante o procedimento, foram tratadas 1,37 ± 0,58 lesões por pt no grupo 1ª geração vs. 1,46 ± 1,08 no grupo 2ª geração (p = 0.02), sendo que o sucesso angiográfico foi similar nos grupos (> 99%). No seguimento clínico até 1 ano, as taxas cumulativas de óbito cardíaco (1,6 vs. 1,9%), IM (4,3 vs. 5,9%), revascularização da lesão-alvo (1,8 vs. 1,8%), e trombose de stent (1,3 vs. 0,6%) não apresentaram diferença estatísticamente significativa. Conclusões: Nessa subanálise, os resultados clínicos de 1 ano foram semelhantes em ambos os grupos, sugerindo segurança e eficácia clínica comparáveis entre os stens de 1ª e 2ª geração. Fundamentos: A segurança muito tardia do uso rotineiro dos stents farmacológicos (SF) é alvo de vários questionamentos. Este estudo tem como objetivo avaliar o desempenho destes instrumentais no seguimento muito tardio de pacientes do chamado “mundo real”. Método/Resultados: O Registro DESIRE é um estudo prospectivo, não randomizado, unicêntrico que incluiu, entre Maio/2002 e Janeiro/ 2011, 3700 pacientes (P) submetidos ao implante de apenas SF. O uso do AAS 100200 mg/dia e Clopidogrel (600+75 mg/dia) foi mantido por 1 ano. No seguimento clínico realizadoc/ 1,6, 12 meses e anualmente a partir de então, foram analisados os eventos cardíacos maiores (ECAM) e a trombose do stent-TS (critérios do ARC). Os P (média das idades 63,9anos), eram 76,9% do sexo masculino; 76,6% hipertensos; 62,8% dislipêmicos; 29,3% Diabéticos; 41,6% c/síndrome coronária aguda. Em 62,3% havia comprometimento multiarterial e em 12% disfunção ventricular esquerda. As 4.925 lesões (68,4% do tipo B2/C e 6% em enxertos venosos) foram tratadas c/ 5900 stents (Razão St/P = 1,6). O stent Cypher foi o mais frequentemente implantado (82,8%). Sucesso angiográfico - 99% e sucesso do procedimento-98%. No seguimento clínico (mediana = 3,6 anos) em 97% dos P, as taxas de óbito cardíaco, infarto do miocárdio e revascularização da lesão-alvo foram 2,5%, 4,5% e 3,6%, respectivamente. A sobrevida livre de ECAM foi 89,4%. Houve 52casos (1,6%) de TS, divididas em definitivas (1,02%), provável (0,03%) ou possíveis (0,51%) e agudas (0%), subagudas (0,33%), tardias (0,57%) e muito tardias (0,66%). Na análise multivariada (Regressão de Cox): Diabetes melito (OR 1,6; IC = 1,1 a 2,2, p = 0,006), insuficiência renal (OR 1,5; IC 1,34 a 1,81, p = 0,004) proced. Multiarteriais (OR 1,39; IC = 1,03 a 1,87, p < 0,001), enxertos venosos (OR 1,63; IC = 1,22 a 2,18, p = 0,001) e lesão residual (OR 1,3; IC = 1,1 a 1,5, p = 0,034) foram preditores independentede eventos cardíacos maiores. Conclusão: As baixas taxas de eventos encontradas mostram que o uso rotineiro dos stents farmacológicos foi seguro e efetivo mesmo numa população não selecionada e de moderado/alto risco. 23 24 SEGUIMENTO CLÍNICO TARDIO DE PORTADORES DE DIABETES MELITO SUBMETIDOS AO IMPLANTE DE STENTS FARMACOLÓGICOS NO MUNDO REAL. SUBANÁLISE DO REGISTRO DESIRE (DRUG-ELUTING-STENTS IN THE REAL WORLD) PROGRESSÃO DA DOENÇA ARTERIAL CORONÁRIA EM PACIENTES DE ALTO RISCO: SEGUIMENTO ULTRASSONOGRÁFICO TARDIO DO TRONCO DA ARTÉRIA CORONÁRIA ESQUERDA ADRIANA C MOREIRA; AMANDA SOUSA; RICARDO COSTA; J.RIBAMAR COSTA JR; MANUEL CANO; GALO MALDONADO; BRUNO PALMIERI; RODOLFO STAICO; FAUSTO FERES; J.EDUARDO SOUSA HOSPITAL DO CORAÇÃO Introdução: Os diabéticos constituem ainda um grande desafio às diferentes formas de tratamento da doença coronária. O objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia dos stents farmacológicos neste subgrupo. Métodos: O Registro DESIRE (Drug Eluting-Stents In the REal world) consiste em um estudo unicêntrico, não-randomizado, prospectivo, com 3693 pacientes submetidos consecutivamente ao implante de stents farmacológicos desde Maio/02. Excluímos os pacientes com IAM recente, lesões em enxertos e aqueles com < 6 meses de evolução Os demais foram divididos em 2grupos: Grupo I: 725 Diabéticos (19,2% dependentes de insulina) e grupo II:1742 Não diabéticos. O seguimento clínico realizado com 1, 6 e 12 meses e anualmente a partir de então. Resultados: Os diabéticos apresentaram maior prevalência do sexo feminino (27,9% VS. 22,6%, p < 0,001); média das idades mais elevada 65,2 + 9,7 vs. 63, 4+11,6 anos, p < 0,001; maior comprometimento multiarterial (65,5 vs.57%, p < 0,001). A relação stents/pacientes foi semelhante nos 2 grupos (1,6) A mediana do tempo de seguimento foi 3, 4 anos, com elevado porcentual de seguimento (98%). Na tabela, os resultados dos SF nessa população. Eventos RLA Infarto do miocárdio Óbito cardíaco Eventos combinados Diabéticos Não diabéticos p 5,0 5,3 3,8 13,6 3,6 4,9 2,2 10,4 0,09 0,68 0,03 0,02 BRENO DE ALENCAR ARARIPE FALCAO; MORAIS, GR; FALCÃO, JLAA; SILVA, RC; FALCÃO, RAA; PERIN, MA; RIBEIRO, EE; MARTINEZ, EE; LEMOS, PA INCOR - HCFMUSP Introdução: A progressão da doença arterial coronária no tronco da artéria coronária esquerda (TCE), a despeito de prevenção secundária, é pouco conhecida. Esse trabalho avalia a evolução ultrassonográfica de troncos de artéria coronária esquerda sem lesões angiograficamente significativas, em pacientes coronarianos de alto risco. Métodos: Selecionou-se 62 pacientes agendados para angioplastia coronária entre dez/2006 e out/2007 com diabetes mellitus, padrão multiarterial ou síndrome coronária aguda recente. Durante a angioplastia, realizouse ultrassonografia intracoronária do TCE. Os pacientes foram mantidos em prevenção secundária intensiva e realizou-se reestudo ultrassonográfico. Resultados: Foram incluídos nessa análise os 50 pacientes (81% da amostra) com TCE reestudado. A idade média foi de 52,7a com 66% do sexo masculino, 44% diabéticos, 70% dislipidêmicos, 20% tabagistas e 84% hipertensos. Todos receberam estatinas (LDL no reestudo 88,7 mg/dL). O tempo médio até reestudo foi de 17,3 m. Observou-se no TCE redução significativa (p < 0,05, bicaudal) da área luminal média (16,9 + 5,5 mm2 x 15,2 + 4,4 mm2), aumento da área média da placa (8,3 + 3,3% x 9,1 + 3,9%) e redução na área média do vaso (25,2 + 6,6 mm2 x 24,3 + 5,8 mm2). Conclusões: Em pacientes coronarianos de alto risco, apesar do tratamento hipolipemiante intensivo, observou-se no seguimento ultrassonográfico tardio do tronco da artéria coronária esquerda redução significativa da área luminal média em decorrência de aumento da área média da placa e de remodelamento negativo. Conclusões: Os resultados encontrados em ambos os grupos configuram baixo risco de eventos cardíacos maiores após o implante de SF, constituindo este uma boa opção terapêutica mesmo na presença do Diabetes melito. 27 Temas Livres | Apresentação Pôster 25 26 ANGIOPLASTIA PRIMÁRIA PARA TRATAMENTO DO INFARTO AGUDO: EXISTE DIFERENÇA NOS DESFECHOS ENTRE AS ANGIOPLASTIAS REALIZADAS EM HORÁRIO DE ROTINA E NO ESQUEMA DE PLANTÃO? OCLUSÃO PERCUTÂNEA DO APÊNDICE ATRIAL ESQUERDO EM PACIENTES COM FIBRILAÇÃO ATRIAL NÃO-VALVULAR: RESULTADOS IMEDIATOS E SEGUIMENTO DE MÉDIO PRAZO CRISTIANO DE OLIVEIRA CARDOSO; ALEXANDRE S QUADROS; ANIBAL P ABELIN; GUILHERME BERNARDI; CLAUDIO V MORAES; JULIO TEIXEIRA; JULIANA C SEBBEN; DULCE I WELTER; ROGÉRIO SARMENTO-LEITE; CARLOS AM GOTTSCHALL INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO RS Introdução: Estudos demonstram que as angioplastias primárias (AP) realizadas fora do horário de rotina estão relacionadas com pior prognóstico. É objetivo do presente estudo avaliar os desfechos das AP realizadas no horário de rotina e no esquema de plantão. Métodos: Estudo de coorte prospectivo incluindo pacientes (pts) atendidos por IAM com supradesnivelamento do segmento ST entre Dez 2009/ Nov 2010. Pts foram entrevistados e acompanhados no período hospitalar e em 30 dias, sendo os mesmos divididos em dois grupos para comparação: “A” – IAM entre as 8-20h e “B” - IAM entre às 20-8h. Os dados foram armazenados e analisados em programa estatístico SPSS. Foram utilizados teste t, qui-quadrado e Mannwhitney para comparação considerando valor de p significativo < 0,05. Resultados: No total 575 pacientes foram submetidos à AP, sendo 379 pcts no grupo “A” e 196 no “B”. As características basais referentes a fatores de risco, tempo de apresentação de IAM e classificação Killip foram semelhantes em ambos os grupos. O tempo porta-balão foi significativamente maior no grupo “B” (108 x 96 minutos, p = 0,001). No entanto, não houve diferença significante entre os grupos “A” e “B” em relação à mortalidade hospitalar (7,6% x 9,7%, p = 0,41), mortalidade em 30 dias (8,2% x 11,7%, p = 0,12), trombose de stent hospitalar (2,8% x 3,8%, p = 0,6), sangramento maior (1,1 x 1,6%, p = 0,6). Conclusão: Pacientes com IAM apresentam desfechos clínicos semelhantes independentemente do horário de realização da angioplastia primária. No entanto, o tempo porta-balão é maior nos pacientes tratados entre as 20-8h. ENIO EDUARDO GUERIOS; GLOEKLER, S; SCHMID, M; KHATTAB, A; WINDECKER, S; MEIER, B INSELSPITAL, BERNA, SUÍÇA / CENTRO CONCEPT, CURITIBA, PR Introdução: A oclusão percutânea do apêndice atrial esquerdo (OAAE) tem demonstrado bons resultados como alternativa ou complemento à anticoagulação oral (AO) na prevenção do acidente vascular cerebral (AVC) secundário à fibrilação atrial não-valvular (FANV). Objetivos: Relatar os resultados imediatos e o seguimento de médio prazo de pacientes com FANV submetidos a OAAE com prótese de Amplatzer (ACP) em um centro de referência. Métodos: Estudaram-se 66 pacientes (pt.) consecutivos (68% homens, idade média = 71,3 ± 9,4 anos, CHADS 2 = 2,5 ± 1,3, 39% com AVC prévio) submetidos a OAAE com implante de ACP de 01/2009 a 01/2011 em um único centro de referência. Todos os pt. apresentavam contra-indicação ou aversão à AO crônica. Resultados: A taxa de sucesso do procedimento foi de 98,5%. Sessenta e três pt. receberam o implante de 1 prótese, e 2 pt., 2 próteses cada. Houve 1 insucesso por tamponamento cardíaco e consequente suspensão da OAAE. Em 68% dos casos, o acesso ao átrio esquerdo foi feito por punção trans-septal; nos casos restantes, um forâmen oval persistente (FOP) ou uma comunicação interatrial (CIA) foram ultrapassados e ocluídos no final do procedimento. Todos os implantes foram guiados apenas por angiografia, sem o auxílio de ecocardiografia transesofágica (ETE). A medida angiográfica do colo do apêndice atrial esquerdo foi de 18,8 ± 3,9 mm (12-27 mm), e as próteses implantadas mediram 22,7 ± 3,9 mm (16-30 mm). Em 34 pt. realizaram-se no mesmo tempo angioplastia coronariana, fechamento de FOP ou de CIA ou implante percutâneo de valva aórtica (TAVI), em diferentes combinações. Houve 3 complicações maiores (o tamponamento já descrito e 2 insultos vasculares cerebrais transitórios) e 3 menores (2 derrames pericárdicos sem tamponamento e 1 pequena CIA residual evidenciada em ecocardiografia de rotina). Não houve óbitos. Exceto pelo paciente do insucesso e pelos pt. submetidos a TAVI, os pt. receberam alta no mesmo dia ou no dia seguinte à intervenção, todos sem prescrição de AO. Quarenta e nove pt. tiveram seguimento clínico e com ETE após 112 ± 30 dias. Houve 1 óbito não relacionado à intervenção. Não houve AVCs nem embolizações de próteses. Dois pt. apresentaram evidência de trombo sobre a prótese, que desapareceu após reinstituição de AO por 3 meses. Conclusões: OAAE se associa a um alto índice de sucesso, a um índice aceitável de complicações e a resultados promissores a médio prazo, e pode ser considerada como uma alternativa (ou complemento) válida à OA na prevenção do AVC em pacientes com FANV. 27 28 DESFECHOS CLÍNICOS TARDIOS DE MULHERES PORTADORAS DE DIABETES MELLITUS SUBMETIDAS A INTERVENÇÃO CORONÁRIA PERCUTÂNEA COM STENTS FARMACOLÓGICOS EM VASOS DE FINO CALIBRE. EXPERIÊNCIA DE 4 ANOS AVALIAÇÃO COM TOMOGRAFIA ÓPTICA DA SEGURANÇA E EFICÁCIA DO STENT AMAZONIA PAX, SEM POLÍMERO VS. O STENT TAXUS, COM POLÍMERO DURÁVEL JESUS REYES LIVERA; SERGIO MONTENEGRO; CELITA ALMEIDA; RUI TOMPSON; ARTHUR PROCÓPIO; CARLOS E. MONTENEGRO; PATRICIA MONTENEGRO; CLODOVAL BARROS; DANIELLE BATISTA; EMMANUEL ABREU REAL HOSPITAL PORTUGUÊS DE BENEFICÊNCIA EM PERNAMBUCO / RECIFE, BRASIL Introdução: O diabetes (DM) é comprovadamente preditor independente de desfechos clínicos desfavoráveis após intervenções coronárias percutâneas (ICP) com implante de stents farmacológicos (SF). O tratamento percutâneo de vasos de fino calibre (VF) representa um desafio dado as elevadas taxas de restenose. As mulheres constituem um subgrupo de maior complexidade clínica dentre os portadores de doença arterial coronária. O objetivo deste estudo é avaliar a segurança e eficácia tardia (> 01 ano até 04 anos) dos stents farmacológicos no tratamento de lesões coronárias localizadas em vaos de fino calibre (≤ 2,5 mm) em mulheres diabéticas. Métodos: Registro unicêntrico, não randommizado. Selecionadas 150 pacientes (P) consecutivas tratadas com SF em VF calibre. O protocolo antitrombótico constituiu de AAS 100mg/dia e clopidrogrel 75 mg/dia por 01 ano. O objetivo primário foi avaliar a ocorrência de infarto, nova revascularização, trombose de stent e óbito cardíaco. O segmento clínico realizado por consulta médica com 1, 6 e 12 meses e a partir de então, anualmente até o 4º an. Resultados: Seguimento clínico tardio foi obtido em 96% da população. Ao final do seguimento, 72% dos pacientes estavam livres de eventos cardíacos adversos maiores. A necessidade de revascularização da lesão alvo foi de 14%, infarto do miocárdio 2% e óbito cardíaco 4%. Conclusões: Em mulheres dibéticas o emprego de SF para tratamento de VF calibre cursou com elevada taxa de revascularização da lesão alvo. Apesar da complexidade clínica e angiográfica da população avaliada, o tratamento mostrou-se seguro e eficaz. 28 JOSE DE RIBAMAR COSTA JUNIOR; ALEXANDRE ABIZAID; RICARDO COSTA; FAUSTO FERES; DIMYTRI SIQUEIRA; RODOLFO STAICO; DANIEL CHAMIE; MARINELA CENTEMERO; AMANDA SOUSA; J EDUARDO SOUSA INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA Fundamentos: A tecnologia dos stents farmacológicos (SF) sem polímero emergiu recentemente com uma atrativa alternativa aos polímeros duráveis presentes nos SF de 1ª geração. O novo stent Amazonia PAX combina uma plataforma de cobaltocromo com baixa dose de paciltaxel (67 µg) careado sem polímero, graças ao uso de spray na superfície externa da plataforma. 100% do fármaco é liberado em 45 dias do implante. No presente estudo utilizamos desfechos (atribuídos) de tomografia óptica para avaliar a eficácia e segurança desta nova tecnologia. Métodos: Este estudo representa uma subanálise do estudo FIM PAX-A. Por protocolo, 30 pacientes consecutivos, com lesões únicas em vasos coronários nativos de 2,5 a 3,5 mm de diâmetro e extensão < 20 mm, foram randomizados (1:1) para receber o SF Amazonia PAX ou Taxus. O objetivo do estudo foi a comparação de desfechos de segurança (% de hastes cobertas e apostas) e eficácia (área média de hiperplasia e% de obstrução do stent) entre os dois SF através de desfechos atribuíveis da tomografia óptica. Resultados: 26 dos 30 pacientes submeteram-se a estudo com tomografia óptica aos 4 meses, entretanto, em 4 casos as imagens foram consideradas impróprias para análise. Os 22 pacientes restantes (12 tratados com Taxus e 10 com Amazonia) foram incluídos neste estudo. A idade média da população foi de 59 anos com 36% de diabéticos. As características clínicas e angiográficas não diferiram entre as coortes. Foram analisadas 289 cortes de tomografia e 2445 hastes. Pacientes tratados com Taxus tiveram menor área média de hiperplasia (1,13 ± 0,86 vs. 2,98 ± 0,60 for PAX, p < 0,001) e% de obstrução do stent (21,25 ± 17,8 vs. 43,93 ± 11,3, p < 0,001). Entretanto, pacientes tratados com Amazonia PAX tiveram maior cobertura (99,6% vs. 91,7, p < 0,001) e aposição (100% vs. 98,9%, p = 0,005) de suas hastes. Conclusão: Nesta avaliação inicial, a tecnologia não-polimérica PAX não atingiu a mesma eficácia do SF de 1ª geração Taxus. Todavia, demonstrou atratitivo perfil de segurança com praticamente todas suas hastes cobertas e apostas. RBCI Vol. 19, Nº 2, 2011 Junho, 2011;19(supl.1). XV Jornada de Enfermagem 29 30 RESULTADOS PRELIMINARES DO ESTUDO MULTICÊNTRICO RANDOMIZADO VESTASYNC II COM UM NOVO STENT FARMACOLÓGICO COM SIROLIMUS E SEM POLÍMERO COMPARAÇÃO RANDOMIZADA ENTRE O NOVO STENT FARMACOLÓGICO AMAZONIA PAX, COM PACLITAXEL E SEM POLÍMERO E O STENT FARMACOLÓGICO TAXUS, COM PACLITAXEL E POLÍMERO DURÁVEL JOSE DE RIBAMAR COSTA JUNIOR; ALEXANDRE ABIZAID; FAUSTO FERES; MARCOS PERIM; BRENO ALMEIDA; RICARDO COSTA; DIMYTRI SIQUEIRA; L F TANAJURA; AMANDA SOUSA; J EDUARDO SOUSA INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA / STA MARCELINA Introdução: Os polímeros duráveis presentes nos stents farmacológicos (SF) de 1ª geração têm sido relacionados a ocorrência de reações inflamatórias nas coronárias tratadas que em alguns casos poderia resultar em trombose tardia/ muito tardia do SF. Visando minimizar este sério evento adverso, novos SF nãopoliméricos têm sido desenvolvidos. Visamos avaliar a efetividade e desempenho do novo SF VESTAsyncTM combinando uma plataforma de Cromo-cobalto recoberta com hidroxiapatitita porosa contendo baixa dose de sirolimus em seu interior (55 μg). Métodos: O estudo Vestasync II é randomizado (2:1), duplo-cego, comparando o novo SF VESTAsyncTM a seu análogo sem sirolimus mas com a microcamada de hidroxiapatita (Gen X). Incluíram-se pacientes com lesões únicas, < 14 mm em extensão, em artérias nativas de 2,5 a 3,5 mm. O objetivo primário foi determinar a perda luminal tardia – PLT (angiografia) e o% de obstrução do stent -% HI (USIC) aos 9 meses de evolução. Resultados: Sessenta pacientes foram incluídos (40 tratados com VESTAsyncTM). A média de idade foi de 57 anos, com 23% de diabéticos. Os grupos não diferiram quanto às características clínicas de base. O diâmetro de referência dos vasos tratados e a extensão das lesões foram de 2,67 ± 0,4 mm e 14,0 ± 2,0 mm, sem diferença entre as coortes. Ao final de 9 meses, os pacientes tratados com SF tiveram PLT de 0,38 mm (vs. 0.89 mm no grupo controle, p < 0,001) e% HI de 9,3% (vs. 17,6% do grupo controle, p = 0,0016). Até um ano de evolução observou-se uma revascularização da lesão-alvo em cada grupo, sem outros eventos adversos. Conclusões: Os resultados preliminares do estudo Vestasync II apontam para uma superioridade em eficácia do SF VESTAsyncTM sobre seu análogo sem fármaco a despeito da ausência de um polímero para carrear e controlar a distribuição do fármaco. JOSE DE RIBAMAR COSTA JUNIOR; ALEXANDRE ABIZAID; F FERES; R COSTA; D SIQUEIRA; R STAICO; DANIEL CHAMIE; L F TANAJURA; AMANDA SOUSA; J EDUARDO SOUSA INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA Fundamentos: A presença de polímeros nos stents farmacológicos (SF) de 1ª geração tem sido apontada com uma das possíveis causas de inflamação na parede vascular, que, em alguns indivíduos poderia resultar em trombose tardia e muito tardia. O novo SF Amazonia PAX comprrende uma plataforma de cobalto-cromo, com baixa dose de paclitaxel (67 µg), carreado através de um sistema sem polímero (spray). Toda a droga concentra-se na superfície externa da plataforma e 100% é liberado nos primeiros 45 dias. Métodos: O estudo PAX-A é unicêntrico, randomizado (1:1) comparando este novo SF ao Taxus. Foram incluídos 30 pacientes com lesões únicas, de novo, em vasos nativos de 2,5 a 3,5 mm de diâmetro e com extensão < 20 mm. O objetivo primário foi a comparação entre a perda luminal tardia (angiografia) e% de volume de obstrução (ultrassom intravascular) entre os dois SF aos 4 meses de seguimento. Resultados: A média de idade das populações foi de 61 anos, sendo 40% diabéticos. O diâmetro de referência dos vasos tratados e a extensão da lesão foram de 2,9 ± 0,4 mm e 14,6 ± 3,7 mm e não houve diferença entre o perfil angiográfico e clínico entre os dois grupos. Aos 4 meses, o SF Taxus demonstrou tendência a maior inibição da perda tardia (0,42 mm vs. 0,77 mm, p = 0,2) e% de volume de obstrução (9,3% vs. 19,2%, p = 0,08) em relação ao Amazonia PAX. Houve um caso de má-aposição adquirida com Amazonia (6,5%) vs. 3 (19,5%) com Taxus. Ao final de um ano houve 3 reestenoses clínicas (2 com Taxus) e nenhum caso de óbito, IAM ou trombose neste população. Conclusão: Embora teoricamente atrativa, a tecnologia PAX não demonstrou o perfil de eficácia almejado. O conceito de segurança deve ser testado em populações mais amplas e complexas. 31 32 INTERVENÇÃO CORONÁRIA PERCUTÂNEA NO TRATAMENTO DO IAM NO BRASIL – REGISTRO CENIC 2006-2010 IMPACTO DA DISPONIBILIZAÇÃO DE STENTS FARMACOLÓGICOS NAS INDICAÇÕES DE REVASCULARIZAÇÃO MIOCÁRDICA EM PACIENTES DO SISTEMA ÚNICO DA SAÚDE LUIZ CARLOS CORSETTI BERGOLI; BRUNO MATTE; JULISE ARPINI BALVÉDI; ALEXANDRE ZAGO HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE Introdução: O Infarto agudo do miocárdio (IAM) é uma das principais causas de mortalidade no Brasil e no mundo e a intervenção coronária percutânea (ICP) primária constitui o tratamento de escolha; portanto é necessário conhecer o perfil da ICP no cenário do IAM em nosso país e em suas diferentes regiões para o controle da qualidade e otimização do atendimento. Métodos: De janeiro de 2006 a dezembro de 2010 foram enviados à CENIC (Central Nacional de Intervenções Cardiovasculares) os dados de 19.216 pacientes submetidos a ICP no contexto de IAM com supradesnivelamento ST, em 22 estados das cinco regiões do Brasil. Resultados: A maior parte dos procedimentos foi realizada na região sudeste do Brasil (68,70%), enquanto a menor parte (0,66%) na região norte. A análise das características clínicas mostrou predomínio de sexo masculino (69,77%), média de idade de 60,61 anos e hipertensão arterial sistêmica (72,6%) como o fator de risco mais prevalente. A apresentação do IAM na admissão hospitalar com classes KILLIP I e IV foi, respectivamente, 76,5% e 4,79%. A ICP primária foi realizada em 57,82%, a ICP eletiva pós IAM em 35,67% e a ICP de resgate em 6,15% dos casos de IAM no país. Na ICP primária, o tempo médio de retardo no Brasil foi de 9,42 h, sendo na região sul o menor retardo (5,68 h) e na região nordeste o maior retardo (16,25 h). Para a angioplastia eletiva, o tempo médio pós IAM no país foi de 29 dias. Foram utilizados stents convencionais em 95,22% dos casos e farmacológicos em 4,78%. Os dispositivos de aspiração de trombos foram usados em apenas 2,22% dos casos. A taxa de mortalidade pós tratamento com ICP no Brasil foi de 2,86%, sendo na região nordeste a menor taxa de mortalidade (1,38%) e na região sul a maior taxa (4,32%). A taxa de sucesso da ICP em pacientes com IAM no Brasil foi de 93,96%, sendo o maior percentual de sucesso obtido na região norte (96,03%). Conclusão: À despeito da elevada taxa de sucesso e baixa taxa de mortalidade dos pacientes com IAM tratados com ICP no Brasil, assim como da falta de correlação entre taxa de mortalidade e retardo para a realização de ICP primária, deve-se buscar soluções para reduzir o tempo de retardo com o objetivo de minimizar as consequências do IAM. O uso de dispositivo de aspiração de trombo no Brasil é muito baixo e deve ser estimulado para a obtenção dos benefícios clínicos comprovados. RODRIGO LAGNY DE CASTRO OLIVEIRA; DEMOLINARI, LH; RANDO, GAB; MORAES, PC; ABDALLA, G; MEDEIROS, AS SANTA CASA DE BARRA MANSA-RJ Introdução: O impacto da disponibilização de stents farmacológicos (SF) para pacientes (pct) do Sistema Único de Saúde (SUS) ainda é objeto de pesquisa. Avaliamos sua implicação na conduta do cardiologista intervencionista (CI) em relação a indicação de revascularização miocárdica cirúrgica (RMC) ou percutânea. Métodos: Análise retrospectiva dos casos de pct submetidos a RMC pelo SUS no ano de 2010 em nossa instituição. Classificamos as coronariografias quanto ao SYNTAX SCORE e as submetemos a avaliação 3 CI juntamente com uma tabela com os dados clínicos dos pct e um questionário com as perguntas: A) Concorda com a indicação inicial de RMC? B) Caso houvesse a possibilidade de uso de SF, considera que a angioplastia seria tão benéfica quanto ou melhor que a RMC? C) Caso optasse pelo implante de SF, quantos seriam utilizados? D) Com o uso de SF, a revascularização seria completa? Em caso de discordância, era validada a opnião da maioria. Critérios de exclusão: pct já submetidos a RMC em outra ocasião; indicação concomitante de plastia/troca valvar; alguma resposta NÃO à letra A do questionário. Resultados: 67 pct com idade média de 59,7 anos se enquadraram nos critérios. 59,7% masculinos, 77,6% hipertensos, 38,8% diabéticos, 49,2% dislipidêmicos e 10,4% com disfunção renal. Em 20 a angioplastia foi considerada o procedimento de escolha (29,8%), com possível revascularização completa em 18 pct (90%) e uso médio de 1,82 SF por pct. Em relação ao SYNTAX SCORE, a angioplastia foi indicada em 66,6% entre os de escore abaixo de 23; 23% na faixa de 23 a 32; 0% entre os de escore maior que 32. Dos 8 pct que já haviam sido submetidos previamente a angioplastia com stent convencional, 7 apresentavam reestenose. Neles, a indicação de nova angioplastia com SF foi de 71,42%. Entre os com lesão crônica a indicação foi de 9,3% e entre os com lesão de tronco, 27,27%. Conclusões: A disponibilização de SF para pct do SUS pode influenciar de maneira importante as indicações de revascularização miocárdica, principalmente entre os com SYNTAX SCORE abaixo de 23 e naqueles que apresentam reestenose de stent convencional. 29 Temas Livres | Apresentação Pôster 33 34 IMPLANTE DE VÁLVULA AÓRTICA PERCUTÂNEA: RESULTADOS ANALISADOS PELOS CRITÉRIOS VALVE ACADEMIC RESEARCH CONSORTIUM IMPACTO DA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA NO SEGUIMENTO CLÍNICO TARDIO DE PACIENTES SUBMETIDOS AO IMPLANTE DE STENTS FARMACOLÓGICOS NO MUNDO REAL ANDRE LUIZ SILVEIRA SOUSA; ANDRÉ FEIJÓ; CONSTANTINO G. SALGADO; RODRIGO VERNEY; CARLOS FALCÃO; JOÃO ASSAD; GUILHERME LAVALL; NELSON MATTOS; FRANCISCO FAGUNDES; LUIZ A. CARVALHO ADRIANA C MOREIRA; AMANDA SOUSA; J.RIBAMAR COSTA JR; RICARDO COSTA; MANUEL CANO; GALO MALDONADO; FAUSTO FERES; RICARDO PAVANELLO; EDSON ROMANO; J.EDUARDO SOUSA HOSPITAL PROCARDIACO HOSPITAL DO CORAÇÃO Introdução: A proposta da Valve Academic Research Consortium (VARC) de padronizar definições de desfechos clínicos facilita a interpretação de ensaios clínicos e registros; e futuramente pode estabelecer critérios de qualidade assistencial para o implante de válvula aórtica percutânea (IVAP). Métodos: Entre jul/2009 e jan/2011 realizamos uma série casos de IVAP com Medtronic-CoreValves para o tratar casos de estenose aórtica sintomática de alto risco cirúrgico. Descrevemos resultados do sucesso do implante, a segurança em 30 dias e a eficácia em 1 ano utilizando os critérios VARC. Resultados: Vinte e seis pacientes (55,6% homens, 82,9 ± 8,1 anos) com estenose aórtica (área Valvar aórtica [AVA] = 0,7 ± 0,2 cm2) e sintomas (classe NYHA = 3,3 ± 0,5) exibiam STS escore de 21,5 ± 14,1%. O IVAP foi realizado por acesso femoral em todos (96,2% arteriotomia). Houve sucesso do dispositivo em 92,3% dos casos (insucessos: regurgitação aórtica grau 3 e implante de segunda válvula). Desfecho combinado de segurança em 30 dias (3,8% de eventos adversos combinados): mortalidade ausente, AVC ausente, sangramento ameaçador a vida ausente (maior = 19,2%), nefropatia por contraste estágio 3 ausente (estágio 1 = 19,2%), IAM ausente, complicação vascular maior ausente, re-intervenção em 1 caso (segunda válvula). Ao ECO houve variações antes e após o IVAP na AVA (0,7 ± 0,2 cm2 para 1,8 ± 0,4 cm2; p < 0,001) e no gradiente VE-Ao médio (52,1 ± 16,7 mmHg para 6,7 ± 5,6 mmHg; p < 0,001). No seguimento 1,4 ± 0,5 anos a mortalidade foi de 11,5%. O seguimento de 1 ano se completará em 15 casos, o que permitirá resultados parciais sobre o desfecho combinado de eficácia. Conclusões: O IVAP foi realizado com segurança em 30 dias, tendo em vista a reduzida taxa de eventos adversos definidos pelos critérios VARC. Resultados de eficácia de 1 ano serão apresentados. Introdução: Diversos estudos randomizados demonstraram significativo benefício do uso dos stents farmacológicos (SF) em vários subgrupos clínicos e angiográficos. Entretanto, nos portadores de insuficiência renal (IRC) este fato não está demonstrado. O objetivo deste estudo foi avaliar os preditores de eventos após ICP com SF nesta população de alto risco. Métodos: Desde maio/2002, 3693 P consecutivos foram tratados apenas com SF e incluídos no Registro DESIRE (prospectivo, unicêntrico, não randomizado).Excluímos os pacientes com IAM, lesões em enxertos e aqueles com < 6 meses de evolução. Os demais, dividimos em 2 grupos de acordo com a função renal (Grupo I: Clearance Cr ≤ 60 e Grupo II: ClCr > 60). Protocolo antitrombótico: clopidogrel (600 mg+75 mg/dia) e AAS (100 mg/dia) por 1 ano. O seguimento clínico foi realizado após 1, 6 e 12 meses e, anualmente a partir de então. Resultados: Incluímos 710 P no Grupo I e 1524 P no Grupo II. No grupo I, os P apresentavam idade mais elevada (74 vs.60 anos, p < 0,001) e mais mulheres (40,6% VS. 15,8%, p < 0,001). O acompanhamento clínico (mediana = 3,4 anos) foi obtido em 98% da população. Não houve diferença entre os grupos quando considerados os eventos cardíacos combinados (13% vs. 11,4%, p = 0,28) e o infarto do miocárdio (6,8% VS. 5,5%, p = 0,22). No grupo I, a revascularização da lesãoalvo foi menos frequente (2,5% vs. 4,8%, p = 0,01) entretanto, o óbito cardíaco foi mais elevado (4,2% vs. 1,7%, p < 0,001). A taxa de trombose protética foi semelhante entre os grupos (1,3 x 1,1%, p = 0,75). A cirurgia de revascularização miocárdica prévia (OR = 2,05; IC1,22 - 3,44, p = 0,007), o Diabetes mellitus (OR = 2,6; IC1,18 – 5,72, p = 0,017) e angina instável (OR = 2,17; IC1,16 – 4,07, p = 0,015) foram preditores de óbito cardíaco nesta população. Conclusões: No presente estudo, o uso dos SF aboliu o efeito negativo da IR referente à necessidade de nova revascularização e trombose. A mais elevada taxa de mortalidade pode ser justificada pela maior complexidade clínica desta população. 35 36 DOENÇA RENAL CRÔNICA: IDENTIFICAÇÃO E EVOLUÇÃO APÓS RECANALIZAÇÃO MECÂNICA INTERVENÇÃO CORONÁRIA PERCUTÂNEA DE TRONCO DE CORONÁRIA ESQUERDA - EVOLUÇÃO CLÍNICA DE PACIENTES COM ALTO RISCO CIRÚRGICO ALEXANDRE DAMIANI AZMUS; LUIS M YORDI; ANIBAL P ABELIN; CRISTIANO O CARDOSO; DULCE I WELTER; JULIANA C SEBBEN; LA HORE RODRIGUES; ROGÉRIO SARMENTO-LEITE; ALEXANDRE S QUADROS; CARLOS AM GOTTSCHALL INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO RS/ FUC Introdução: A doença renal crônica (DRC) é um fator associado a pior evolução clínica nas séries de pacientes (P) portadores de cardiopatia isquêmica. Na vigência da fase aguda do IAM, a DRC pode não ser reconhecida imediatamente. O objetivo do estudo é avaliar características clínicas associadas a presença de DRC e sua relação com a mortalidade. Métodos: Foram avaliados uma coorte consecutiva com coleta de dados prospectiva de P submetidos à recanalização mecânica em um hospital de atendimento terciário. Os dados foram analisados pelo programa SPSS. As variáveis categóricas foram comparadas utilizando-se teste quiquadrado e as contínuas o teste T. Análise multivariada foi realizada por regressão logística. Resultados: Foram analisados 554P submetidos à recanalização mecânica de dezembro de 2009 a novembro de 2010, sendo a maioria evento coronariano primário. DRC foi detectada em 19,6% dos casos, apesar de ter sido relatada na admissão em apenas 3,6% dos P. Sexo feminino, idade ≥ 60 anos, hipertensão e KILLIP>1 foram os fatores associados significativamente à presença de disfunção renal. Diabete mélito, dislipidemia e IAM de parede anterior não se associaram a DRC. Na evolução de 30 dias, o grupo com DRC apresentou maior taxa de sangramento maior (2,8X0,7%, p = 0,009), nefropatia por contraste (11,5X4,2%,p = 0,007) e óbito (18,2X4,5%,p < 0,001). Análise multivariada mostrou que KILLIP >1 (RC 8,0 p < 0,001), DRC (RC 3,1 p = 0,004) e trombose do stent (RC14,1 p < 0,001) foram as variaveis associadas de forma independente a óbito. Idade (RC 2,1 p = 0,08) e diabete (RC 1,1 p = 0,8) não se mostraram significativas. Conclusões: DRC é frequentemente não reconhecida na admissão de pacientes com IAM, mas é um fator importante na evolução dos 30 dias. 30 CARLOS AUGUSTO HOMEM DE MAGALHAES CAMPOS; RIBEIRO, HB; CONEJO, F; LOPES, ACA; VALIM, LR; PERIN, MA; ESTEVES, A; LEMOS, PA; HORTA, PE; RIBEIRO, EE INCOR - HCFMUSP Introdução: A intervenção coronária percutânea (ICP) em tronco de coronária esquerda (TCE) tem se mostrado uma alternativa real à cirurgia. No entanto, os resultados clínicos tardios da técnica percutânea moderna em pacientes situados nos extremos de gravidade clínica merecem documentação científica. Métodos: Trata-se de um registro unicêntrico com seguimento clínico de pacientes submetidos a ICP em TCE não protegido. As ICP foram indicadas pela ausência de condições clínicas ou comorbidades graves dos pacientes que levaram à contraindicação para cirurgia. O objetivo primário foi avaliar a mortalidade global ao final de 1 ano. Resultados: Um total de 77 indivíduos foi incluído, sendo a idade média de 65,4 anos, em sua maioria homens (59,2%). Além disso, consistiu de população de alto risco clínico, com 83% de hipertensos, 54% de dislipidêmicos, 25% de diabéticos, 24% com insuficiência cardíaca prévia e 20% com história de infarto do miocárdio prévio. Com relação à características angiográficas, 79,6% das lesões eram do tipo B2/C, com envolvimento do óstio em 47% e da bifurcação distal em 63%. Na maioria dos casos, a indicação do procedimento foi emergencial (85,5%) e a utilização de stents farmacológicos foi de 17,5%. Ao final de 1 ano a mortalidade foi de 30,3%, com maior incidência nos pacientes com infarto agudo do miocárdio (40%). Conclusões: Nesta população altamente selecionada, de ICP em TCE com pacientes de alto risco cirúrgico, em situações clínicas de emergência e com grande complexidade angiográfica, ficou evidenciado que o procedimento é factível com taxa de mortalidade aceitável ao final de 1 ano. RBCI Vol. 19, Nº 2, 2011 Junho, 2011;19(supl.1). XV Jornada de Enfermagem 37 38 IAM COM SUPRADESNIVELAMENTO DO SEGMENTO ST: COMO ESTAMOS EM 2011? IMPLANTE VALVAR AÓRTICO POR VIA TRANSAPICAL EM SALA HÍBRIDA E EQUIPE MULTIDISCIPLINAR – SÉRIE INICIAL DE 33 PACIENTES DULCE I WELTER; ALEXANDRE S QUADROS; JULIANA C SEBBEN; ANIBAL P ABELIN; CRISTIANO DE OLIVEIRA CAR; RENATO B DAVID; LUIS C C SOBRINHO; TATIANA PILGER; ROGÉRIO SARMENTO-LEITE; CARLOS A M GOTTSCHALL JOSE AUGUSTO MARCONDES DE SOUZA; GAIA D; ALVES CMR; BUFFOLO; BAETA C; FONSEC JHP INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO RS - ICFUC UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO/ EPM Introdução: A avaliação do perfil de pacientes (pts) com infarto agudo do miocárdio (IAM) no mundo real e do seus desfechos clínicos é importante para a adequação de protocolos clínicos e para o desenvolvimento de políticas públicas para o atendimento dessa população. Métodos: Estudo de coorte prospectivo com pts consecutivamente atendidos por IAM com supradesnivelamento do segmento ST com indicação clínica de terapia de reperfusão primária em um centro de referência em cardiologia. Foram excluídos pts com < 18 anos ou com recusa a participar. Todos pts foram prospectivamente entrevistados por um dos investigadores, sendo as características clínicas, angiográficas, laboratoriais e desfechos em 30 dias armazenadas em banco de dados dedicado. As análises foram realizadas com programa estatístico SPSS 17.0. Resultados: No período de Dezembro de 2009 a Dezembro de 2010 foram incluídos 555 pts, com média de idade de 60 ± 12 anos, 68% do gênero masculino, 42% tabagistas, 67% hipertensos e 19% diabéticos. IAM anterior foi a apresentação em 42% dos pts, sendo que Killip IV esteve presente em 5%. A mediana do delta T foi de 3,43 horas (1,5-5,8). Angioplastia primária foi utilizada em 96% dos casos, com mediana do tempo porta-balão de 1,28 horas (0,95-1,75). Stents foram utilizados em 92% dos procedimentos, e tromboaspiração em 32%, com taxa de sucesso angiográfico de 96%. A farmacologia adjunta consistiu de AAS em 99%, betabloqueadores em 73%, IECA em 70%, clopidogrel em 96% e estatinas em 85%. A taxa de mortalidade em 30 dias foi de 9,7%, re-IAM em 7% e trombose do stent em 3,8%, com incidência global de eventos cardiovasculares maiores de 14,8%. Conclusões: Este estudo demonstra que na prática clínica diária de um centro de referência em cardiologia as taxas de eventos adversos ainda são elevadas, mesmo com o emprego otimizado dos tratamentos recomendados pelas diretrizes atuais. Estes resultados devem ser considerados ao extrapolar resultados de ensaios clínicos randomizados para a prática diária, e também devem estimular a busca de novas intervenções terapêuticas neste cenário. Introdução: A estenose aórtica (EAo) é doença de alta prevalência na população geriátrica. Como opção ao tratamento cirúrgico, o implante valvar percutâneo, reduz o risco do tratamento mas sua disponibilidade é limitada em nosso meio, devido a limitações anatômicas e ao alto custo. O implante valvar por via transapical (IVTa) é uma alternativa e o desenvolvimento de dispositivo nacional dará maior disponibilidade ao procedimento. Métodos: Foram selecionados para o procedimento pacientes (p) com EAo severa por critérios clássicos, de alto risco cirúrgico ou inoperáveis, com anatomia adequada na avaliação pré-operatória (ecocardiografia e tomografia torácica), na ausência de coronariopatia severa. O procedimento foi realizado sob anestesia geral, com toracotomia limitada para exposição do apex cordis, em sala híbrida e com participação de equipe multidisciplinar. A ponta do coração foi canulada com introdutor 6 Fr e a valva aórtica cruzada com corda guia extra-stiff. O introdutor foi trocado por outro com 22 Fr. Sob controle radioscópico e ecocardiográfico, durante marcapassamento rápido, uma bioprótese montada em stent, balão expansível, foi liberada, sendo o diâmetro selecionado 20% maior que o anel valvar medido. Resultados: Uma série de 33 p (idade média 76 anos; 16% sexo masc.) foi submetida ao procedimento, 28 por estenose aórtica nativa e 5 por disfunção de bioprótese (“valve-in-valve”). O Euroscore médio foi de 39% e o STS de 30%. O procedimento foi bem sucedido (implante adequado sem morte intra-operatória) em 29/33p (88%). Ocorreram 2 mortes intra-operatórias e 2 conversões cirúrgicas. Embolização do dispositivo ocorreu em três procedimentos Observou-se melhora do gradiente pico/médio de 74/43 para 21,3/10,5 mmHg e da fração de ejeção do VE de 49/55%. No 30º P.O. 27/33 p (82%) estavam vivos e com classe funcional I ou II. A principal causa de morte foi infecção respiratória (5p). Conclusões: Para pacientes de alto risco cirúrgico e/ou sem acesso ou critérios anatômicos inadequados ao implante transfemoral, o implante transapical de valva aórtica estabelece-se como alternativa a cirurgia convencional. O desenvolvimento de endoprótese nacional rapidamente expande a possibilidade de tratamento a pacientes do sistema público de saúde. 39 40 RELAÇÃO BALÃO-ARTÉRIA E VOLUME DE HIPERPLASIA INTIMAL APÓS IMPLANTE DE STENT COM ZOTAROLIMUS: ESTUDO COM ULTRA-SOM INTRACORONARIO COMPARAÇÃO DO ESCORE SYNTAX ENTRE PACIENTES DIABÉTICOS E NÃO DIABÉTICOS SUBMETIDOS À INTERVENÇÃO CORONARIANA PERCUTÂNEA NO HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE JULIANO RASQUIN SLHESSARENKO; CARLOS COLLET; JOSE RIBAMAR COSTA; RICARDO COSTA; RODOLFO STAICO; DYMITRI SIQUEIRA; FAUSTO FERES; ALEXANDRE ABZAID; AMANDA SOUSA; J. EDUARDO SOUSA INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA Introdução: O volume de hiperplasia intimal (VHI) é correlacionado com o grau de injúria arterial após o implante de stents não farmacológicos. Publicações recentes sugerem que o impacto da hiperdilatação analisado pela relação balão-artéria (RBA) no VHI é menor nos stents farmacológicos de primeira geração; contudo o impacto RBA no VHI após implante de stents de segunda geração eluidos com zotarolimus (SEZ) é desconhecido. Métodos: 86 pacientes com 98 lesões coronarianas (115 stents) foram submetidos à análise com ultrasom intravascular (USI) 12 meses após implante de SEZ. Injúria arterial foi definida como RBA. Esses pacientes foram alocados em dois subgrupos: alta RBA >1,15 e baixa RBA<1,15. O objetivo do estudo foi investigar o impacto da injúria arterial através de VHI após implante do SEZ. Regressão linear dos mínimos quadrados foi utilizada para analisar a associação entre VHI e RBA em 12 meses. Resultados: A idade média foi de 60 anos e 33% eram diabéticos. Outras características clínicas foram semelhantes em ambos os grupos. Embora, a referência do diametro do vaso (2,62 ± 0,5 vs. 2,35 ± 0,4, p = 0,006) e o diametro do stent (3,15 ± 0,5 vs 2,85 ± 0,3, p = 0,002) foram menores no no grupo com alta RBA; o volume do lumen (110,7 ± 91,9 vs. 154,3 ± 91,3, p = 0,002), volume do stent (134,0 ± 113,8 vs 174,9 ± 98,0, p = 0,005) e volume do vaso (249,2 ± 207,5 vs. 325,0 ± 161,8, p = 0,003) foram maiores. Contudo, a porcentagem VHI na obstruçao não se diferenciou significativamente nos grupos de baixa RBA comparado a alta RBA (15,2 ± 14,3 vs. 12,5 ± 10,1, p = 0,62). A injúria arterial avaliada pela RBA não foi associada ao VHI. (R2-0,0025, p = 0,88). Conclusão: Não há correlação entre injúria arterial analisada pela RBA e o VHI após implante de SEZ. Tecnicas de dilatação agressivas não influenciaram na reestenose. LUIZ CARLOS CORSETTI BERGOLI; FELIPE COSTA FUCHS; GUSTAVO ARAÚJO; GABRIELA TRINDADE; CARISI POLANCZYK; RODRIGO V. WAINSTEIN; JORGE PINTO RIBEIRO; MARCO V. WAINSTEIN HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE Introdução: A aplicação na prática diária do escore Syntax, que estratifica os pacientes conforme a complexidade e extensão das lesões coronarianas, tem como objetivo definir a melhor estratégia de revascularização miocárdica em pacientes com doença coronariana multiarterial. Avaliar os escores em indivíduos diabétios e não diabéticos pode esclarecer se piores desfechos clínicos em pacientes com diabetes melitus (DM) se devem a lesões coronarianas mais complexas ou se o DM é marcador de risco independente do escore Syntax. Métodos: Foi realizada análise do escore Syntax de 97 pacientes submetidos a intervenções coronarianas percutâneas (ICPs) no Serviço de Hemodinâmica do HCPA, sendo 31 pacientes diabéticos e 66 não diabéticos, com objetivo principal de comparar o escore e perfil de risco entre ambos os grupos. Resultados: A idade média foi de 63,8 e 61,1 anos nos diabéticos e não diabéticos, respectivamente. Entre os diabéticos, 51,6% eram do sexo feminino, enquanto havia mais homens (66,7%) entre os pacientes sem DM. O índice de massa corporal foi 27 kgm2 nos dois grupos. Acometimento triarterial ou de tronco de coronária esquerda, disfunção ventricular esquerda e infarto do miocárdio prévio foram semelhantes naqueles com ou sem DM. O número médio de stents implantados por pacientes foi 1,32 stents em DM e 1,5 em não DM, respectivamente, sem diferença significativa (p = 0,253); assim como o comprimento médio e o diâmetro médio dos stents foi similar entre os grupos. Os pacientes com DM apresentaram um Syntax escore médio de 10,6 pontos, enquanto nos não diabéticos esse valor foi de 11 pontos, não apresentando diferença estatisticamente significativa (p = 0,953). Não houve diferença entre quantidade de lesões reestenóticas tratadas, e a grande parte das ICPs se deu em lesões de novo. Conclusão: O escore Syntax foi similar entre os pacientes diabéticos e não diabéticos, assim como o comprimento e o diâmetro médio dos stents implantados também foram semelhantes. O seguimento desses pacientes e análise dos desfechos, indicarão se DM é preditor de pior prognóstico independente da complexidade e extensão das lesões coronarianas. 31 Temas Livres | Apresentação Pôster 41 42 PREDICTION OF THE NEED FOR PERMANENT PACEMAKER AFTER TRANSCATHETER AORTIC VALVE IMPLANTATION WITH A SELF-EXPANDING BIOPROSTHESIS INTERVENÇÃO CORONÁRIA PERCUTÂNEA AD HOC GUIADA PELA ANGIOTOMOGRAFIA CORONÁRIA PEDRO ALVES LEMOS NETO; F SAIA; A MARZOCCHI; B BORDONI; G BORIANI; C MARROZZINI; J MARIANI JR; L KAJITA; A ESTEVES FILHO; R KALIL FILHO WILSON ALBINO PIMENTEL FILHO; MILTON MACEDO SOARES; WELLINGTON CUSTÓDIO; PAULO MAIELLO; ERNESTO OSTERNE; WAIGNER PUPIN; EDSON BOCCHI; JORGE BÜCHLER; STOESSEL DE ASSIS; EGAS ARMELIN HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS / UNIVERSIDADE DE BOLONHA BENEFICÊNCIA PORTUGUESA DE SP Background: Permanent pacemaker (PPM) implantation following transcatheter aortic-valve implantation (TAVI) with a self-expandable bioprosthesis has been reported in 18-44% of the patients. Thus far, many predictors of PPM have been described but data are often conflicting and still not conclusive. We sought to identify baseline and procedural predictors of the need of PPM. Methods and Population: Between February 2008 and October 2010, 73 consecutive patients with severe symptomatic AS underwent TAVI with the Medtronic Corevalve Revalving System (MCV, Medtronic, Minneapolis, Minnesota) at two institutions in Italy and Brazil. From these, a final population of 60 patients were enrolled in the present study after exclusion of patients with previous pace-maker implantation (n = 10) and previous surgical aortic valve bioprosthesis (n = 3). Clinical, electrocardiographic, echocardiographic, and procedural data were collected prospectively. The decision to implant a PPM was taken by expert electrophysiologists according to current guidelines. Results: At discharge, the final incidence of new PPM was 28.3% (17 patients). Multivariable analysis identified interventricular septum thickness and logistic Euroscore as independent predictors of PPM. When procedural variables were included in the multivariable analysis, the only 2 independent predictors of PPM were interventricular septum thickness (OR 0.52; 95% CI 0.320.85) and the distance between non-coronary cusp and the distal edge of the prosthesis (OR 1.37; 95% CI 1.03-1.83), with a high predictive accuracy (C-index 0.87). Conclusion: The need for permanent pace-maker after TAVI with a selfexpandable prosthesis occurs in approximately one forth of patients. However, high- and low-risk subsets can easily be identified by simple baseline and procedural characteristics. Introdução: A angiotomografia coronária de múltiplos detectores (TCMD) vem ganhando confiança como procedimento diagnóstico não-invasivo da doença arterial coronária (DAC). O objetivo desse estudo foi avaliar o desempenho diagnóstico da TCMD e sua influência na modificação das estratégias de revascularização percutânea, ou seja, AD HOC. Material e método: O estudo incluiu dois grupos de pacientes: um grupo principal (GP), composto por 100 pacientes triados com suspeita clínica de DAC grave pela TCMD e indicação de cineangiocoronariografia (CINE), e um grupo controle (GC), para comparação, composto por 100 pacientes selecionados no mesmo período e com indicação de CINE por critérios clínicos ou por positividade de provas funcionais. Foram avaliados o desempenho da TCMD para o diagnóstico de lesões > 50% em segmentos coronários, artérias coronárias e pacientes e as estratégias de revascularização adotadas. Resultados: A sensibilidade, a especificidade e os valores preditivos positivo e negativo da TCMD foram de 86%, 95%, 71% e 100% para os segmentos coronários, de 91%, 92%, 80% e 100% para as artérias coronárias, e de 100%, 90%, 100% e 100% para os pacientes, respectivamente. No GP, a intervenção coronária percutânea (ICP) foi realizada em 90% dos pacientes, enquanto no GC a ICP foi realizada em apenas 43% (P = 0,01). Conclusões: A TCMD demonstrou alto desempenho na detecção nãoinvasiva de DAC e proporcionou a realização de ICP AD HOC em 90% dos pacientes. Essa estratégia, no entanto, deverá aguardar estudos randomizados que confirmem esses resultados como também aguardar as recomendações das diretrizes internacionais e nacionais na área da angiotomografia coronária. 43 44 PLAQUETOPENIA APÓS O IMPLANTE DE VÁLVULA AÓRTICA PERCUTÂNEA MEDTRONIC-COREVALVE PROTEÍNA C-REATIVA DE ULTRA-SENSÍVEL É ASSOCIADA COM MORTALIDADE EM PACIENTES COM INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO COM ELEVAÇÃO DO SEGMENTO ST ANDRE LUIZ SILVEIRA SOUSA; CONSTANTINO SALGADO; ANDRE FEIJO; GUILHERME LAVALL; CARLOS FALCÃO; NELSON MATTOS; JOAO ASSAD; RODRIGO VERNEY; EVANDRO MESQUITA; LUIZ A CARVALHO HOSPITAL PROCARDIACO Introdução: O implante de válvula aórtica percutânea (IVAP) evolui com plaquetopenia transitória, o que predispõe sangramento. Avaliamos também a possibilidade de trombocitopenia induzida por heparina (HIT) e ocorrência paradoxal de eventos isquemicos. Métodos: Entre julho/2009 e janeiro/2011 realizamos uma série 26 casos de IVAP com Medtronic-CoreValves para o tratamento da estenose aórtica sintomática de alto risco cirúrgico. Seguimos protocolo com inicio de AAS e clopidogrel antes do procedimento. Selecionamos os casos com dosagens diárias de plaquetas até pelo menos o quinto dia e aplicamos o escore 4Ts para identificar HIT (probabilidade: ate 3 pontos = baixa, 4 a 6 pontos = intermediária, 7 ou 8 pontos = alta). Correlacionamos o nadir da plaquetopenia com a queda da hemoglobina (teste Pearson). Resultados: Quatorze pacientes (64,3% mulheres, 81,9 ± 8,9 anos) com estenose aórtica grave (área valvar aórtica [AVA] = 0,7 ± 0,2 cm2) e sintomas de insuficiência cardíaca (classe NYHA = 3,3 ± 0,5) exibiam STS escore de 22,8 ± 16,5%. A creatinina inicial era 1,2 ± 0,6 mg/dl, hemoglobina 11,4 ± 1,8 mg/dl. IVAP foi realizado por acesso femoral por arteriotomia, com sucesso em 93% dos casos (1 insucesso por regurgitação aórtica grau 3). Não houve caso de sangramento ameaçar a vida. As plaquetas variaram de 213 ± 60 x103/ml para 133 ± 43x103/ml após IVAP (40 ± 10%), como o nadir entre o dia 2 e 5 pós IVAP. Não houve caso de trombose arterial ou venosa. Pelo escore 4Ts a pontuação obtida foi = < 3 pontos em todos os casos (baixa probabilidade de HIT). A variação da hemoglobina (Hgb) antes e após foi de 2,8 ± 1,5 mg/dl. Houve correlação entre o menor valor de plaquetas e a variação de Hgb antes e após IVAP (r = -0,47; p < 0,0001). No seguimento de 1,4 ± 0,5 anos de toda a coorte (26 casos) observamos 2 casos de morte por AVC hemorrágico (1 caso com uso de cumarínico e 1 caso com coagulação vascular disseminada). Conclusões: O mecanismo da plaquetopenia após IVAP sugere não ser relacionada a HIT, mas pode ser fator de risco para complicações hemorrágicas. 32 ANIBAL P ABELIN; ALEXANDRE S QUADROS; DULCE I WELTER; JULIANA C SEBBEN; DÉLCIO B RODRIGUES; MARCIO Z BOSCO; FELIPE A BALDISSERA; GUILHERME LM BERNARDI; ROGÉRIO SARMENTO-LEITE; CARLOS AM GOTTSCHALL INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO RS/ FUC Introdução: O valor prognóstico da proteína C-reativa ultra-sensível (PCR-US) em pacientes (pts) com infarto agudo do miocárdio com elevação do segmento ST (IAM) é pouco estudado. Métodos: Foram incluídos pts com IAM no período de dezembro/2009 a novembro/2010. As características clínicas, laboratoriais e angiográficas foram prospectivamente avaliadas, e a PCR-US foi medida por imunonefelometria. Mortalidade e eventos cardiovasculares maiores (ECVM) foram os desfechos estudados. Os resultados foram ajustados pelos escores de risco TIMI, Zwolle e PAMI. Resultados: No período do estudo, 403 pts com resultados de PCR-US disponíveis foram avaliados, com idade média de 60.7+12.0 anos e 4.4% de pts em Killip III/IV. ICPp foi realizada em 97.5% dos casos com taxa de sucesso de 99%. A PCR-US dos pts com ECVM foi 0.490 (0.225-0.990), e sem ECVM 0.395 (0.217-0.870) (p = 0.237). A mortalidade no período foi de 5.5%, e os níveis de PCR-US foram significativamente maiores nos pts que morreram (1.215[0.297-5.105] vs 0.400[0.215-0.845]; p = 0.004). PCR-US apresentou associação com mortalidade mesmo após ajuste com os escores TIMI (RC 1.487, IC95% 1.213-1.821), Zwolle (RC 1.266, IC95% 1.104-1.450) e PAMI (RC 1.237, IC95% 1.112-1.376). Conclusões: Em pts com IAM representativos da prática clínica diária contemporânea, a PCR-US apresentou associação com mortalidade independente de outros fatores de risco. RBCI Vol. 19, Nº 2, 2011 Junho, 2011;19(supl.1). XV Jornada de Enfermagem 45 46 COMPARAÇÃO DE LONGO PRAZO ENTRE STENT FARMACOLÓGICO E STENT CONVENCIONAL NO TRATAMENTO DE LESÕES EM PONTES DE VEIA SAFENA OCLUSÃO PERCUTÂNEA DO APÊNDICE ATRIAL ESQUERDO PARA PREVENÇÃO DE FENÔMENOS EMBÓLICOS EM PORTADORES DE FIBRILAÇÃO ATRIAL ANTONIO HELIO GARCIA POZETTI; OLIVEIRA, LF; CAMPOS, CA; RIBEIRO, HB; SOARES, PR; SPADARO, AG; KAJITA, LJ; PERIN, MA; LEMOS, PA; RIBEIRO, EE FABIO SANDOLI DE BRITO JUNIOR; MARCO PERIN; CLAUDIO CIRENZA; ADRIANO CAIXETA; BRENO ALMEIDA; ALEXANDRE ABIZAID; MARCELO VIEIRA; CLÁUDIO FISCHER; GILBERTO SZARF; ANGELO DEPAOLA INCOR - HCFMUSP Introdução: Ainda não existe evidencia cientifica definitiva no seguimento de longo prazo quanto à segurança e eficácia do uso de stent farmacológico (SF) vs. stent convencional (SC) para o tratamento de lesões em ponte de veia safena (PVS). Com isso, o intuito deste estudo foi comparar a evolução tardia do uso de SF vs. SC no tratamento de lesões em PVS. Métodos: 164 pacientes submetidos a intervenção em lesões de PVS foram incluídos e seguidos prospectivamente no período de 2001 a 2009, sendo 82 com SF e 82 com SC. Foi realizado pareamento por sexo, idade, quadro clínico e diabetes. As características clínicas e angiográficas foram comparadas com teste t ou qui-quadrado. O desfecho primário foi definido como a ocorrência de eventos cardíacos maiores (ECAM), composto por morte, infarto miocárdico (IM) e revascularização do vaso alvo (RVA), comparados por Kaplan-Meier. Resultados: As características clínicas e angiográficas foram semelhantes entre os grupos. Aos 6 meses de seguimento, a incidência de RVA (HR 6,12, IC de 95% de 1,39 a 26,93; p = 0,05), bem como a taxa de ECAM composta por morte, infarto agudo do miocárdio ou revascularização do vaso alvo (RVA) (HR 2,54, IC 95% de 1,08 a 5,98; p = 0,04) foram menores no grupo SF. Aos 4 anos de seguimento, as taxas de infarto (p = 0,21), RVA (p = 0,99) e ECAM (p = 0,21) foram semelhantes entre ambos os grupos. Contudo, a taxa de morte foi significantemente menor no grupo SF (HR 2,74, IC 95% de 1,11 a 6,74; p = 0,04). Conclusão: O grupo SF apresentou menor mortalidade a longo prazo quando comparado ao grupo SC. O beneficio inicial observado a favor do SF, com relação a RVA e ECAM, não se manteve aos 4 anos. HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN Introdução: O apêndice atrial esquerdo (AAE) é a maior fonte de embolos em pacientes (pts) com fibrilação atrial (FA). Por esse motivo, o fechamento percutâneo do AAE é uma boa alternativa para pts selecionados portadores de FA com alto risco ou contraindicação para a anticoagulação oral. Métodos: pts com FA foram submetidos ao implante percutâneo da prótese ACP (Amplatzer Cardiac Plug) para o fechamento do AEE, objetivando a suspensão da anticoagulação oral. Resultados: Em 11/2010, 3 pacientes consecutivos foram submetidos ao fechamento de AAE com a prótese ACP. A média de idade dos pacientes foi 68,3 anos (58 a 77), sendo todos do sexo masculino. Dois (67%) apresentavam FA crônica e 1 FA paroxística. Dois (67%) eram diabéticos e 2 (67%) tinham episódio de acidente vascular cerebral embólico prévio. O escore de risco CHADS2 dos 3 casos era 3,4 e 5 e o escore CHA2DS2-VASC era 4,4 e 6. Todos os casos tiveram a anatomia do AAE analisada por angiotomografia e por ecocardiograma transesofágico, método este também empregado para auxiliar os implantes das próteses. Todos os procedimentos foram realizados com sucesso. Dois casos tiveram exclusão completa do AEE e ausência de fluxo no seu interior, permitindo a suspensão imediata da anticoagulação oral e manutenção com AAS (recomendação de uso por 6 meses) e clopidogrel (por 30 dias). Em 1 caso, manteve-se fluxo residual pela borda inferior da prótese, motivo pelo qual, optou-se por manter a anticoagulação oral. O controle ecocardiográfico de 30 dias demonstrou bom posicionamento das próteses e ausência de fluxo no interior dos AAE dos 3 casos, permitindo a suspensão da anticoagulação oral também do terceiro paciente. O tempo de internação hospitalar foi de 2 dias e não ocorreram complicações durante o procedimento, na fase hospitalar e no seguimento de 30 dias. Conclusão: Essa série inicial demonstra que o implante percutâneo da prótese ACP é um procedimento factível e eficaz para fechamento do AEE e pode ser considerado como uma alternativa para pacientes portadores de FA e alto risco ou contraindicação para a anticoagulação oral. 47 48 IMPLANTE DE STENTS GUIADO POR ULTRASSOM INTRACORONARIANO PODE DIMINUIR DESFECHOS CLÍNICOS E ANGIOGRÁFICOS? REVISÃO SISTEMÁTICA E METANÁLISE DE ENSAIOS CLÍNICOS RANDOMIZADOS ANÁLISE HISTOPATOLÓGICA DO TROMBOS CORONARIANOS EM PACIENTES COM IAM COM SUPRADESNIVELAMENTO DO SEGMENTO ST GRACIELE SBRUZZI; ALEXANDRE S QUADROS; RODRIGO A RIBEIRO; ANIBAL P ABELIN; OTÁVIO BERWANGER; RODRIGO DM PLENTZ; BEATRIZ D SCHAAN INTITUTO DE CARDIOLOGIA DO RS/ FUC Introdução: O ultrassom intracoronariano (USIC) tem sido utilizado como método adjunto para otimização do implante de stents durante intervenções coronarianas percutâneas. Entretanto, há controvérsia se as informações providas por este método diminuem desfechos clínicos e angiográficos. Objetivo: Revisar sistematicamente o impacto da adição do USIC à angiografia isolada para otimização do implante de stents coronarianos na incidência de desfechos clínicos e angiográficos [eventos cardiovasculares maiores (ECVM), revascularização do vaso alvo (RVA) e reestenose angiográfica]. Métodos: Foi realizada busca nas bases MEDLINE, Cochrane CENTRAL e EMBASE, busca manual e das referências dos estudos incluídos, de 1982 a 2010. Foram selecionados ECRs que compararam o USIC vs. angiografia coronariana isolada como guia para implantação de stents em pacientes com lesão coronariana sintomática ou isquemia silenciosa. O seguimento mínimo foi de 6 meses e os desfechos analisados foram ECVM (morte, infarto do miocárdio e revascularização), RVA e/ou reestenose angiográfica. A seleção dos estudos foi realizada por dois investigadores independentes. O cálculo da metanálise foi realizado por efeitos randômicos e a medida de efeito foi o risco relativo. Resultados: Dos 3.631 artigos identificados, 8 ECRs avaliando um total de 2.341 pacientes foram incluídos. Foi observada uma redução de 38% na RVA (IC 95%: 17%-53%; I2: 0%) e uma redução de 27% em reestenose angiográfica (IC 95%: 3%-46%; I2: 51%) em favor do implante de stents guiado por USIC vs. implante de stents guiado por angiografia isolada. Entretanto, ECVM não foram reduzidos pelo implante de stents guiado por USIC (RR: 0,79; IC 95%: 0,61-1,03; I2: 44%). Conclusões: Foi observado que o implante de stents guiado por USIC promove reduções significativas na reestenose angiográfica e na RVA quando comparado ao implante de stents guiado por angiografia isolada, porém não houve redução significativa de ECVM. Apoio: CNPq. JULIANA CANEDO SEBBEN; EDUARDO CAMBRUZZI; MARCIANE M ROVER; JOÃO MAXIMILIANO P MARTIN; ANIBAL P ABELIN; DULCE I WELTER; RENATO B DAVID; ROGÉRIO SARMENTO-LEITE; CARLOS A M GOTTSCHALL; ALEXANDRE S QUADROS INSTITUTO DE CARDIOLOGIA Introdução: A trombectomia por aspiração manual tem sido crescentemente utilizada durante a angioplastia primária, e possibilita a análise dos trombos aspirados. Objetivo: Avaliar as características histopatológicos dos trombos de pacientes (pts) com IAM com supradesnivelamento ST submetidos a trombectomia aspirativa. Métodos: Pts consecutivos internados com IAM no período de dezembro de 2009 a novembro de 2010 em um centro de referência. As características clínicas, laboratoriais e angiográficas foram prospectivamente avaliadas por um dos investigadores. Os espécimes foram conservados em formol a 10%, incluídos em parafina, corados por hematoxilina-eosina, e analisados por microscopia óptica por um patologista cego para as características clínicas. Os trombos foram caracterizados como recentes ou organizados, de acordo com critérios estabelecidos na literatura. A infiltração celular foi avaliada através de uma escala semiquantitativa. Resultados: Foram avaliados 59 trombos, 59% recentes e 41% organizados. Pacientes com trombo recente eram mais jovens (P < 0,05) e tinham mais frequentemente história familiar de doença arterial coronariana (p = 0,1).Os outros fatores de risco, avaliação laboratorial, incluindo proteína C-reativa ultra-sensível, troponina e fibrinogênio, foram semelhantes. O tempo desde o início da dor e a presença de angina prévia foram similares entre os grupos. A avaliação histopatológica demonstrou infiltração de hemácias em trombos recentes (p = 0,04), e de fibrina em trombos organizados (p = 0,02). Os pts com trombo recente apresentaram menos frequentemente TIMI 0/1 após o procedimento (0% vs 8,3%, p = 0,03), com menor mortalidade em 30 dias, (2,9% vs 8,7%; p = 0,2). Conclusões: Em pts com IAM submetidos à trombectomia aspirativa com ICPp, os trombos recentes foram mais frequentes, embora 40% dos pts apresentou trombos organizados. Trombos recentes foram associados com idade mais jovem, infiltração de hemácias e melhor fluxo coronariano, mas não com o tempo de início da dor. 33 Temas Livres | Apresentação Pôster 49 50 INTERVENCAO CORONARIA PERCUTANEA PRIMARIA EM INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO COMPLICADO COM CHOQUE CARDIOGENICO. RESULTADOS E PREDITORES DE SOBREVIVENCIA INTRA-HOSPITALARES DOS ULTIMOS 12 ANOS INTERVENÇÃO CORONÁRIA PERCUTÂNEA PRIMÁRIA. RESULTADOS EM PACIENTES DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE E SAÚDE SUPLEMENTAR MARCELLO AUGUSTUS DE SENA; BERNARDO KREMER; RODRIGO PEIXOTO; ANGELO TEDESCHI MARCELO JOSE DE CARVALHO CANTARELLI; HÉLIO CASTELLO; ROSALY GONÇALVES; SILVIO GIOPPATO; EVANDRO RIBEIRO; JOÃO GUIMARÃES; RODRIGO BARRETO; RICARDO GASPERI; PATRICIA SILVA; JULIO VARDI HOSPITAL PROCORDIS HOSPITAL BANDEIRANTES Introdução: Infarto do miocardio com supra ST (IAM) complicado com choque cardiogenico (CC) esta associado a elevada mortalidade. A pratica atual da intervencao coronaria primaria (ICPP) tem melhorado estes indices. Analisamos os resultados e os preditores de sobrevivencia intra-hospitalares dos ultimos 12 anos. Métodos: Entre 1998 e 2010 foram realizadas 935 ICPP em IAM sendo 146 (G1) com CC e 789 (G2) sem CC. Analisamos retrospectivamente dados demograficos e angiograficos, tipos de procedimentos e resultados comparativamente entre os grupos. Observamos G1 em diferentes epocas, identificando fatores determinantes para alta hospitalar. Resultados: Os pacientes com CC eram significativamente mais velhos G1 68,3 x G2 63,1 anos (p < 0,001), sexo feminino G1 38,4% x G2 29,2% (p = 0,03), delta T mais longo G1 6,9 x G2 5,7 horas (p = 0,03), IAM previo G1 27,4% x G2 14,6% (p < 0,001), multiarteriais G1 81,5% x G2 62,4% (p < 0,001), lesao de tronco da coronaria esquerda G1 9,6% x G2 0,6% (p < 0,001), No-Reflow G1 12,3% x G2 4,2% (p < 0,001) e maior mortalidade intra-hospitalar G1 48,5% x G2 2,2% (p < 0,001). Entre 1998 a 2001 (P1), 2002 a 2005 (P2) e 2006 a 2010 (P3) observamos aumento da idade media de P1 67,2; P2 66,1 e P3 70,5 anos. Maior predominio do sexo feminino P1 31,6%; P2 40,5% e P3 42,6%. maior TIMI 3 final P1 78,4%; P2 80,7% e P3 95,7%. A mortalidade vem diminuindo significativamente P1 59,6%; P2 43,2% e P3 38,3%. Dentre os pacientes com CC dividimos em alta (AH) e Obito (OH) hospitalar. A idade media de AH 65,0 x OH 72,0 anos (p = 0,005), o delta T AH 5,5 x OH 8,0 horas (p = 0,05) e a trombectomia aspirativa AH 13,0% x OH 3,0% foram fatores determinantes para a mortalidade. Conclusões: IAM complicados com CC permanecem com elevada mortalidade intra-hospitalar, porem apesar do aumento da idade media nos ultimos 12 anos, a maior experiencia e novos devices, tem diminuido significativamente a mortalidade. Os preditores de sobrevivencia foram idade menor que 70 anos, delta T menor que 6 horas e uso de trombectomia aspirativa. Introdução: A intervenção coronária percutânea (ICP) primária é a mais eficaz técnica de reperfusão no IAM, dependendo o seu sucesso de múltiplos fatores. O Buscamos saber os resultados hospitalares da ICP primária entre os pacientes (p) do sistema único de saúde (SUS) e da saúde suplementar (SS) em um único centro de referência. Métodos: 493 pacientes foram submetidos consecutivamente à ICP primária, entre agosto de 2006 e novembro de 2010 sendo 220 do SUS e 273 de SS. Resultados: SUS apresentou menor grau de escolaridade e maior ocorrência de killip II (20,6% vs 8,7% p = 0,0008). Em SS ocorreram mais: dislipidemia (31,5% vs 14,5% p < 0,0001), RM prévia (6,2% vs 1,8% p < 0,0160), uso de estatinas pré-ICP (20,8% vs 9,1% p = 0,0004) e inibidores IIb/IIIa (36,6% vs 24,1% p < 0,0001), IAM ínfero-latero-dorsal (12,1% vs 3,3% p = 0,0048), Killip I (81,1% vs 70,3% p = 0,0240), lesões em bifurcações (8,4% vs 3,4% p = 0,0137) e uso de cateter de aspiração (20,8% vs 10,0% p < 0,0001). Não houve diferenças no tempo (t) porta-balão (62,25 min SUS vs 64,17 min SS p = 0,9062). Na transferência, o t de chegada ao hospital de atendimento primário ao balão foi maior no SUS (400,82 min vs 262,41 min p = 0,0001). O sucesso da ICP (91,4% em SUS vs 93,0% em SS p = 0,4878) e a taxa de óbito hospitalar (4,5% em SUS vs 3,7% em SS p = 0,6215) não diferiu entre os grupos. Conclusões: O t porta-balão, derivado de protocolos gerenciados, foi baixo e semelhante nos grupos. O tempos de transferência foram mais elevados que os de diretrizes, sendo ainda maiores no SUS. Apesar desta e outras diferenças, as taxas de sucesso da ICP e a mortalidade hospitalar foram semelhantes. 51 52 RETIRADA PRECOCE DO INTRODUTOR ARTERIAL GUIADA PELO TEMPO DE COAGULAÇÃO ATIVADA DE PACIENTES SUBMETIDOS À INTERVENÇÃO CORONARIANA ANGIOPLASTIA PRIMÁRIA EM PACIENTES ABAIXO DE 40 ANOS - CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E EVOLUÇÃO INTRA-HOSPITALAR MARCO TULIO ZANETTINI; ELIAS J. P. CONTI; CARLOS A. M. GOTTSCHALL RODRIGO BARBOSA ESPER; LOPES, ACA; RIBEIRO, HB; CAMPOS, CA; SPADARO, AG; KAJITA, LJ; PERIN, MA; SOARES, PR; LEMOS, PA; RIBEIRO, EE INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO RS/FUC INCOR - HCFMUSP Introdução: A medida do tempo de coagulação ativada (TCA) pós intervenção coronariana percutânea (ICP) pode ser utilizada como parâmetro de segurança para a retirada precoce do introdutor arterial femoral (IA) diminuindo a permanência deste dispositivo bem como o repouso absoluto do paciente. Este estudo avaliou tempo de permanência do IA e de repouso absoluto de pacientes submetidos a ICP femoral eletiva comparando retirada precoce do IA guiada pelo TCA com a estratégia padrão utilizada sem controle de TCA. Métodos: Ensaio clínico randomizado não cego de setenta e oito pacientes atendidos em centro cardiológico terciário brasileiro submetidos à ICP femoral eletiva alocados ou para retirada manual do IA guiada pelo TCA (grupo 1) ou para retirada manual do IA após quatro horas do término do procedimento (grupo 2). Após a ICP, o TCA foi medido a cada sessenta minutos até que fosse igual ou inferior a 180 segundos permitindo a retirada segura do IA no grupo 1. Em ambos os grupos, os pacientes permaneceram em repouso absoluto por mais 6 horas após a retirada do IA. Foram consideradas significativas as associações com p < 0,05. Os pré-requisitos éticos foram atendidos. Resultados: A amostra foi composta por 57% de homens e 43% de mulheres com média etária de 60 anos. Os grupos foram semelhantes quanto às características clínicas, complexidade das lesões coronarianas abordadas, calibre do IA utilizado, número e tipo de stents utilizados, drogas empregadas e índice de sucesso. Os indivíduos apresentaram predominantemente sobrepeso, dois fatores de risco para coronariopatia, angina estável e fração de ejeção acima de 50%. Foram utilizados predominantemente stents convencionais (94% versus 97% respectivamente) com alto índice de sucesso (95% versus 97% respectivamente). Houve apenas uma complicação maior revertida durante a ICP e não associada aos desfechos principais do estudo. Os pacientes do grupo 2 apresentaram incidência maior de complicações menores mas sem significância estatística (5% versus 10% respectivamente). Tempo de permanência do IA (95 minutos versus 240 minutos; p < 0,01) e de repouso em decúbito dorsal (454 min versus 600 min; p < 0,01) foram significativamente menores no grupo 1. A medida do TCA no grupo 1 gerou um custo adicional de 0,2% ao procedimento. Conclusões: A retirada do introdutor arterial guiada pelo tempo de coagulação ativada de pacientes submetidos à intervenção coronariana eletiva por via femoral foi precoce e proporcionou redução do tempo total de repouso absoluto em decúbito dorsal em relação à estratégia padrão atualmente utilizada. Essa abordagem foi bem tolerada, de simples aplicabilidade, segura e de baixo custo adicional na amostragem estudada. Introdução: O infarto agudo do miocárdio com supra ST (IAMCST) é um evento raro em pacientes abaixo de 40 anos. O objetivo foi analisar as características clínicas e os desfechos durante a internação desta população. Métodos: Tratase de uma coorte formada por pacientes consecutivos de um único centro terciário com idade abaixo de 40 anos admitidos com diagnóstico de IAMCST entre janeiro de 2005 e dezembro de 2010. Foram analisadas as características clínicas e fatores de risco para doença cardiovascular, assim como a evolução intra-hospitalar em relação aos eventos clínicos adversos maiores (ECAM) de óbito, infarto agudo do miocárdio (IAM) ou necessidade de revascularização do vaso alvo (RVA). Resultados: Foram incluídos 40 pacientes com idade média de 35 anos e predomínio de homens (75%). Pelo menos um fator de risco para doença arterial coronariana estava presente em 70% dos pacientes, sendo 5% diabéticos, 40% hipertensos, 20% com dislipidemia e 55% de tabagistas. Entre causas não-ateroscleróticas, o uso de drogas ilícitas estava presente em 15%, doença inflamatória sistêmica em 7,5% e suspeita de trombofilia em 10%. O tempo médio de início da dor foi de 4,4 h e tempo porta-balão de 68,4 min. A taxa de ECAM intra-hospitalar foi de 10%. Houve 1 óbito cardíaco. A taxa de RVA foi de 7,5% e re-infarto de 5%. Conclusão: Mesmo as causas não-ateroscleróticas tendo um papel significativo, a incidência de fatores de risco tradicionais continua elevada nessa população específica. Os resultados demonstram evolução intra-hospitalar favorável. 34 RBCI Vol. 19, Nº 2, 2011 Junho, 2011;19(supl.1). XV Jornada de Enfermagem 53 54 COMPARAÇÃO DO FLUXO TIMI INICIAL APÓS SCACST TRATADOS COM TNK E SUBMETIDOS A CATETERISMO DE RESGATE OU FÁRMACO-INVASIVO AVALIAÇÃO DA ACURÁCIA DIAGNÓSTICA DOS ESCORES DE RISCO PARA IAM EM PACIENTES SUBMETIDOS À INTERVENÇÃO CORONÁRIA PERCUTÂNEA PRIMÁRIA ADRIANO HENRIQUE PEREIRA BARBOSA; ANA CALUZA; BRUNA LEAL; JOSÉ M. SOUSA; J. AUGUSTO SOUZA; LUIZ WILKE; ÉLCIO TARKIELTAUB; CLAÚDIA M. R. ALVES; ANTÔNIO C. C. CARVALHO ANIBAL P ABELIN; ALEXANDRE S QUADROS; CRISTIANO O CARDOSO; RENATO BUDZYN DAVID; LUIS C C SOBRINHO; IVAN P FEIJÓ; JOÃO M P MARTINS; FLAVIO C LEBOUTE; ROGÉRIO SARMENTO-LEITE; CARLOS A M GOTTSCHALL UNIFESP / EPM / SAMU/SP INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO RS/ FUC Introdução: Os critérios para indicação de cateterismo (CAT) de resgate pós trombólise são a presença de dor torácica e ou persistência do supradesnivelamento do segmento ST no eletrocardiograma. Já a propósta fármaco invasiva indica cateterismo de rotina após 3 a 24 horas do uso de trombolítico, como os guidelines mais recentes citam.Estudamos o fluxo TIMI inicial no estudo hemodinâmico em 85 pacientes consecutivos que foram submetidos a CAT em forma de resgate ou fármaco invasivo após uso de tenecteplase (TNK). Métodos: Os pacientes submetidos à TNK em Prontos Socorros de 4 Hospitais da periferia tiveram CAT em caráter imediato, quer como resgate ou fármaco invasivo, geralmente entre 3 a 24 horas após chegada ao hospital (alguns poucos casos foram feitos com mais de 24 horas). A identificação do fluxo TIMI inicial foi realizado por um hemodinamicista experiente. Utilizamos um programaestatístico SPSS 11.5 para Windows. Resultados: Os resultados do fluxo TIMI inicial estão na tabela abaixo Introdução: Os escores de risco para eventos cardíacos adversos após IAM com supradesnivelamento do segmento ST foram pouco testados em pacientes (pts) submetidos à intervenção coronariana primária (ICPp) na prática contemporânea. O objetivo deste estudo é avaliar a acurácia diagnóstica dos escores de TIMI, Zwolle e PAMI neste cenário clínico. Métodos: Pacientes consecutivos internados com IAM no período de dezembro de 2009 a novembro de 2010 em um centro de cardiologia intervencionista de referência. As características clínicas, laboratoriais e angiográficas foram prospectivamente avaliadas por um dos investigadores. Eventos cardiovasculares maiores (ECVM) foram definidos como morte, IAM e AVC em 30 dias. Calculou-se os escores de TIMI (desenvolvido e validado em pts submetidos a terapia fibrinolítica), Zwolle e PAMI (desenvolvidos e validados em pts submetidos a ICPp). Foi realizada análise de regressão logística para avaliar a associação entre os escores TIMI, Zwolle e PAMI com MACE em 30 dias. Foram comparadas as curvas ROC dos três escores, considerando significativo p < 0,05. Resultados: Foram incluídos 532 pts, com média de idade de 60 ± 12 anos, 68% do gênero masculino, IAM anterior em 42% dos pts, e Killip IV esteve presente em 5%. A mediana do delta T foi de 3,43 horas (1,5-5,8), e do tempo porta-balão de 1,28 horas (0,95-1,75). Stents foram utilizados em 92% dos procedimentos, e tromboaspiração em 32%, com taxa de sucesso angiográfico de 96%. Em 30 dias, 67 pacientes apresentaram ECVM. Na comparação das curvas ROC (estatística-c), os escores de TIMI (0,692) e Zwolle (0,696) apresentaram maior acurácia que o escore PAMI (0,636). Conclusões: Os escores de TIMI e Zwolle apresentaram melhor acurácia diagnóstica do que o escore PAMI para prever ECVM em 30 dias em pts submetidos à ICPp na prática clínica diária. Fármaco Invasiva Resgate N TIMI 0 TIMI 1 TIMI 2 TIMI 3 62 23 15 14 3 3 4 1 40 5 Em 85 pacientes tivemos 23 indicações de resgate (27%) e 62 (73%) de tratamento fármaco invasivo.Encontramos 29% dos casos que fizeram estudo fármaco invasivo e que estavam com fluxo TIMI inadequado 0 ou 1 e por outro lado 26,1% dos casos de resgate com fluxo adequado (TIMI 2 ou 3). O fluxo TIMI 0 ou1 foi significantemente diferente nas propóstas resgate e fármaco invasiva (73,9% x 29,0%), e para fluxo 2 ou 3 (26,1% x 70,9% - p < 0,05). Conclusões: Os critérios utilizados para indicar CAT resgate ou para se considerar a opção fármaco invasiva após o uso de trombolítico proporcionam em 25 a 30% dos casos uma interpretação inadequada do fluxo coronariano.Nos casos de fármaco invasivo a alta proporção de fluxo TIMI 0 ou 1 (29,0%) provavelmente corrresponde aos oindivíduos que em curto prazo, caso não fossem identificados, apresentariam recidiva de queixas isquêmicas ou eventos graves. 55 56 SEGURANÇA DA ADMINISTRAÇÃO IMEDIATA DE PROTAMINA APÓS ANGIOPLASTIA COM IMPLANTE DE STENT EM UM GRANDE NÚMERO DE PACIENTES INTRAVASCULAR ULTRASOUND ASSESSMENT OF ATHEROSCLEROTIC BURDEN AT THE LEFT MAIN SIGNIFICANTLY PREDICTS THE DISEASE EXTENSION IN THE REST OF THE CORONARY TREE BERNARDO KREMER DINIZ GONCALVES; TEDESCHI, AL; SENA, MA; PEIXOTO, RTS; PEIXOTO,ECS PROCORDIS NITERÓI / UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE, UFF Introdução: A pronta reversão da anticoagulação com heparina pela protamina (PT) após o implante de stent coronário (ISC) pode ser uma importante opção terapêutica. Pois poderia auxiliar no tratamento de graves complicações da angioplastia, como a ruptura ou perfuração coronária, ou ainda permitir a retirada precoce dos introdutores femorais, evitando complicações nos locais de punção e reduzindo o desconforto dos pacientes (PC). No entanto, esta abordagem raramente é usada após o ISC por causa do possível aumento do risco de trombose de stent (TS). TS é um evento raro, por isso, uma amostra grande de pc se faz necessária para uma análise adequada. Métodos: Analisamos, retrospectivamente, a incidência de trombose aguda (TA) e trombose subaguda de stent (TSA) em 5374 PC consecutivos,submetidos à ISC divididos em 2 grupos os que receberam PT após o procedimento (G1) com 4126 PC e os que não receberam o PT após o ISC (G2) com 1248 PC. Foram comparados os 2 grupos quanto as características clínicas, angiograficas e da intervenção. Resultados: Um PC no G1 apresentou TA e nenhum no G2 (p = 0,52), TSA ocorreu em 15 PC do G1 (0,36%) e 8 PC no G2 (0,64%) (p = 0,18). Não foram encontradas diferenças significativas entre os 2 grupos no diâmetro da lesão (G1 3,07 ± 0,54 mm vs G2 3,08 ± 0,55 mm), comprimento (G1 24,40 ± 12,50 mm vs G2 25,56 ± 11, 85), ostiais (G1 vs 7,9% p G2 8,8% = 0,39) overlapping (G1 vs 17,0% p G2 17,9% = 0,56) o diâmetro da bainha (G1 6,07F ± 0,40 vs G2 6,07F ± 0,46), sexo masculino (64,5% G1 vs 64,4% p = 0,92), dislipidemia (G1 vs 65,6% p = 63,5 G2 0,18), HAS (G1 vs 79,9% p G2 78,28% = 0,19). O G2 apresentou uma incidência significativamente maior de diabetes mellitus (DM) (41,4% vs 27,3% p < 0,001), DM insulino dependente (23,7% vs 0,75%, p < 0,001), choque cardiogênico (6,25%vs2,19% p < 0,001), uso de IIbIIIa (32,2%vs21,3% p < 0,001), trombo na lesão culpada (20,2% vs13, 6% p < 0,001) apresentação em infarto agudo do miocárdio (19,4% vs 11,0% p < 0,001),disfunção ventricular esquerda grave (10,6% VS 5, 9% p < 0,001) e óbito hospitalar (4,7% vs0, 77% p < 0,001). terapia antiplaquetária após a alta hospitalar foram semelhantes nos dois grupos: AAS G1 99,1% vs 98,9% no G2 (p = 0,33); Clopidogrel G1 98,4% vs 98,1% no G2 (p = 0,24) e ticlopidina 1,0% de ambos os grupos (p = 0,94). Nenhum paciente do grupo G1 teve reação adversa grave com a administração de PT. Conclusões: A reversão imediata da anticoagulação pela PT após o ISC em nosso estudo foi segura e não predispos a TA ou TSA. Estes achados tem importantes consequências clínicas. BRENO DE ALENCAR ARARIPE FALCAO; GUSTAVO R MORAIS; JOÃO L FALCÃO; RAFAEL C SILVA; EXPEDITO E RIBEIRO; EULÓGIO E MARTINEZ; PEDRO A LEMOS INCOR-HCFMUSP Introdução: Non-cardiac indexes, such as carotid and peripheral vascular disease, have been largely proposed as an indirect way to estimate coronary atherosclerosis. We hypothesize that the isolate assessment of the left main would also allow for the prediction of the atherosclerotic burden in the rest of the coronary tree. Métodos: A total of 26 patients with diagnosed obstructive coronary disease underwent three-vessel intravascular ultrasound (IVUS) examination. Mean age was 58.5 ± 9.4 years, 73% were male, and 39% were diabetics. Angiographic significant left main stenosis was not present in any patient. By IVUS, the average lumen area, plaque area (i.e. external elastic membrane area minus lumen area), and percent plaque burden (i.e. plaque area divided by external elastic membrane, multiplied by 100) were measured for the left main and for the rest of the coronary tree pooled as a whole. Resultados: A significant correlation between the left main vs. the rest of the coronaries was observed for all IVUS parameters: lumen area (r = 0.5; p < 0.01), plaque area (r = 0.6; p < 0.01), and percent plaque burden (r = 0.4; p = 0.048). Conclusões: Total coronary atherosclerotic burden may be estimated from the isolate assessment of the left main segment. Such association is of relevance to build future atherosclerotic indexes for both invasive and non-invasive coronary imaging systems 35 Temas Livres | Apresentação Pôster 57 58 COMPARAÇÃO ENTRE STENTS CONVENCIONAIS DE AÇO INOXIDÁVEL E CROMO-COBALTO: IMPACTO CLÍNICO DA LIGA METÁLICA EM CENÁRIO DE ‘MUNDO REAL’ AVALIAÇÃO DE STENTS IMPLANTADOS EM SOBREPOSIÇÃO (OVERLAPPING) EM ARTÉRIAS CORONÁRIAS PORCINAS POR MEIO DE TOMOGRAFIA DE COERÊNCIA ÓPTICA CARLOS AUGUSTO HOMEM DE MAGALHAES CAMPOS; RIBEIRO, HB; SPADARO, AG; ESPER, RB; HORTA, PE; PERIN, MA; MARCHIORI, G; KAJITA, LJ; LEMOS, PA; RIBEIRO, EE CELSO KIYOCHI TAKIMURA; M. GALON; A.C.A. LOPES JR; J. CARVALHO; S.K. FERREIRA; M.J.F. CHAVES; V. AIELLO; P. S. GUTIERREZ; F. R. M. LAURINDO; P. A. LEMOS INCOR - HCFMUSP INCOR - HCFMUSP Introdução: A confecção de stents coronários em ligas de cromo-cobalto permitiu a obtenção de hastes mais finas com melhor navegabilidade, porém com manutenção da resistência mecânica em relação ao aço inoxidável. No entanto, não existem evidências científicas claras de que esta nova tecnologia poderia se traduzir em benefícios clínicos. Métodos: Registro unicêntrico realizado em hospital terciário que comparou um grupo de pacientes consecutivos submetidos a intervenção coronária percutânea com stent metálico convencional de aço inoxidável (n = 135) com pacientes submetidos a implante de stent convencional de cromocobalto (n = 181). As características clínicas e angiográficas foram comparadas com teste qui-quadrado ou teste T. O desfecho primário foi ocorrência de eventos cardíacos adversos maiores (ECAM) compostos por óbito, infarto (IAM) e revascularização do vaso alvo (RVA), comparados por Kaplan – Meier. Resultados: As características clínicas e angiográficas foram semelhantes entre os grupos, com idade média de 64,08 ± 11,02 anos, sendo 32,6% de diabéticos e 65,5% com síndrome coronária aguda à admissão. A comparação da estratégia do procedimento demonstrou significativo incremento do uso de pré-dilatação no grupo do stent de aço (40,2% vs. 30,3%; P = 0,04). Ao fim de 500 dias de seguimento, não houve diferença entre os grupos para a ocorrência de ECAM (HR 1,15 IC 95% 0,6-2,19; P = 0,6), óbito (HR 1,17 IC 95% 0,66-4,41; P = 0,29), IAM (HR 1,91 IC 95% 0,46-7,9; P = 0,41) ou RVA (HR 0,98 IC 95% 0,42-2,28; P = 0,97). Conclusão: Os stents de cromo-cobalto parecem ter eficácia e segurança semelhantes aos stents de aço, porém com maior benefício econômico e menor instrumentação coronária do que os stents de aço inoxidável. Introdução: Stents implantados em sobreposição estão associados a um maior risco de eventos cardíacos adversos maiores. Utilizamos a tomografia de coerência óptica p/ avaliação de stents desenvolvidos no Brasil após implante em sobreposição em artérias coronárias porcinas. Métodos: Três porcos submeteram-se à implante de 2 stents em sobreposição por artéria coronária. Utilizou-se 3 tipos de stents (Grupo I: 6 stents Cro-Co (Cronus/Scitech); Grupo II: 6 stents Cro-Co recobertos com polímero biodegradável; Grupo III: 6 stents Cro-Co eluidores de sirolimus (Inspiron/ Scitech). Após 4 semanas os animais foram reestudados e submetidos à avaliação por tomografia de coerência óptica. Resultados: Comprimento total dos stents (mm) Comprimento do segmento em sobreposição (mm) Área neointimal (mm2) Área neointimal no segmento em sobreposição (mm 2) GI N = 6 Stent Cronus GII N = 6 Stent polímero GIII N = 6 Stent Inspiron 26,7 ± 1,3 26,8 ± 3,3 29,6 ± 3,7 6,2 ± 0,6 13,1 ± 3,3 8,3 ± 3,7 3,1 ± 1,0 3,9 ± 1,3 4,0 ± 0,8 4,7 ± 1,1 1,9 ± 0,5 2,4 ± 0,7 p > 0,05 para todas as comparações Conclusões: Os 3 tipos de stents implantados em sobreposição se mostraram seguros após o implante em artérias coronárias porcinas, O Grupo III stent Inspiron apresentou comparativamente o melhor resultado no segmento de stents em sobreposição. 59 60 ANÁLISE COMPARATIVA ATRAVÉS DE ULTRASSOM INTRACORONÁRIO COM HISTOLOGIA VIRTUAL ENTRE SEGMENTOS ANGIOGRAFICAMENTE NORMAIS E SEGMENTOS COM ESTENOSE LUMINAL SIGNIFICATIVA IMPACTO DO NO-REFLOW NO SEGUIMENTO TARDIO DE PACIENTES SUBMETIDOS A INTERVENÇÃO CORONÁRIA PERCUTÂNEA PRIMÁRIA VS. ELETIVA GUSTAVO RIQUE MORAIS; BA FALCÃO; JL FALCÃO; RC SILVA; EE RIBEIRO; PA LEMOS INCOR - HCFMUSP Introdução: O tratamento da doença coronária é largamente baseado na presença ou ausência de obstrução luminal. Porém, é sabido que a angiografia possui limitações para o diagnóstico da doença coronária. Análises com ultrassom intracoronário permitem um diagnóstico mais preciso desta patologia, além de, através da ferramenta da histologia virtual, caracterizar os componentes da placa aterosclerótica. Métodos: Um total de 17 pacientes não consecutivos com doença coronária obstrutiva diagnosticada encaminhados para realização de angioplastia foi submetido à ultrassom intracoronário (USIV) com histologia virtual (HV) dos três grandes vasos epicárdicos. Após análise da angiografia foram selecionados 51 segmentos, destes 19 (37%) com estenose luminal significativa, maior que 70% (grupo 1) e 32 (63%) angiograficamente normais (grupo 2). Para análise da histologia virtual, selecionamos o frame com maior carga de placa nos segmentos do grupo 2 e o frame com menor área luminal nos segmentos do grupo 1. Resultados: A média da idade dos pacientes foi de 60,5 anos, sendo 70% do sexo feminino e 23% de diabéticos. A carga de placa nos pacientes do grupo 1 foi de 76 ± 8% e nos pacientes do grupo 2, de 47 ± 14%. A composição da placa diferiu entre os grupos: grupo 1 grupo 2 p fibroso (%) fibrolipídico (%) core nec (%) cálcio (%) 60,7 ± 12 55,0 ± 20 0,682 11,4 ± 12 17,0 ± 11 0,045 20,2 ± 12 13,1 ± 13 0,028 7,7 ± 7 5,5 ± 6 0,229 Conclusões: Neste pequeno grupo de pacientes coronariopatas observamos carga de placa significativa ao USIV em segmentos angiograficamente normais e maior prevalência do componente core necrótico nos segmentos com lesão obstrutiva à angiografia. 36 HENRIQUE BARBOSA RIBEIRO; CAMPOS, CA; OLIVEIRA, LF; POZETTI, AH; LOPES, ACA; ESPER, RB; MARCHIORI, G; SOARES, PR; LEMOS, PA; RIBEIRO, EE INCOR - HCFMUSP Introdução: Apesar dos avanços alcançados pela cardiologia intervencionista, o fenômeno do no-reflow ainda ocorre durante as intervenções coronárias percutâneas (ICP) e está associado a pior prognóstico. Objetivo: Caracterizar os perfis clínico, angiográfico e do procedimento de pacientes que evoluíram com no-reflow, além de avaliar seu impacto clínico tardio. Métodos: Analisamos, no período de janeiro de 2004 a fevereiro de 2009, todos os pacientes submetidos a ICP em nossa instituição, e que em qualquer momento da ICP apresentaram no-reflow, mesmo que transitoriamente. Os pacientes foram divididos em dois grupos: no-reflow de reperfusão (associado a ICP primária) e no-reflow de intervenção (associado a ICP eletiva). A probabilidade de óbito foi estimada pelo método de Kaplan-Meier e a regressão de Cox foi utilizada para identificar seus preditores. Resultados: Foram avaliados 132 pacientes consecutivos, 81 no grupo no-reflow de reperfusão e 51 no grupo no-reflow de intervenção. O sucesso do procedimento foi obtido em 83,5% da população total (80,2% vs. 90,2%, respectivamente; P = 0,149). A mortalidade tardia foi estimada em 38,6%, sendo maior no grupo de no-reflow de reperfusão (55,8% vs. 11,1%; P = 0,005). Por análise multivariada, somente o sexo feminino [hazard ratio (HR) 2,5, intervalo de confiança de 95% (IC 95%) 1,22-5,14; P = 0,027) e a doença pulmonar obstrutiva crônica (HR 9,3, IC 95% 1,45-60,14; P = 0,027) foram preditores independentes de mortalidade, enquanto o uso prévio de estatina foi um fator de proteção (HR 0,15, IC 95% 0,05-0,48; P = 0,002). Conclusão: O fenômeno do no-reflow foi associado a elevados índices de mortalidade, especialmente em pacientes na vigência de infarto agudo do miocárdio. RBCI Vol. 19, Nº 2, 2011 Junho, 2011;19(supl.1). XV Jornada de Enfermagem 61 62 INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO COMPLICADO POR CHOQUE CARDIOGÊNICO: IMPACTO DA CIRCULAÇÃO COLATERAL NA EVOLUÇÃO INTRA-HOSPITALAR DESEMPENHO DO STENT FIREBIRD NA REESTENOSE INTRASTENT - RESULTADOS ANGIOGRÁFICOS E ULTRASSONOGRÁFICOS DE UM ANO DE SEGUIMENTO LEANDRO RICHA VALIM; BIENERT, IRC; POZETTI, AH; CAMPOS, CA; RIBEIRO, HB; ESPER, RB; MARCHIORI, G; SOARES, PR; LEMOS, PA; RIBEIRO, EE LEANDRO ZACARIAS FIGUEIREDO DE FREITAS; FERES, F; COSTA JR, JR; ABIZAID, A; COSTA, RA; RASQUIM, J; SOUSA, A; SOUSA, JE INCOR - HCFMUSP INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA Introdução: A presença de circulação colateral no contexto do infarto agudo do miocárdio (IAM) pode exercer um fator de proteção, levando a menor área de infarto e consequente melhor função ventricular. Este trabalho procurou examinar as características clínicas dos pacientes com diferentes graus de colateral e qual a influência desta na evolução do IAM com instabilidade hemodinâmica. Métodos: Registro unicêntrico que realizou seguimento prospectivo no período de 2001 a 2009, incluindo 105 pacientes com IAM na vigência de choque cardiogênico. Os pacientes foram divididos em dois grupos, de acordo com o grau de circulação colateral pela classificação de Rentrop: Grupo 1 – circulação colateral graus 0/1 (n = 83); Grupo 2 – circulação colateral graus 2/3 (n = 22). As características clínicas, angiográficas e desfechos hospitalares foram comparados entre os grupos com teste t ou qui-quadrado. Resultados: Ambos os grupos foram semelhantes em relação às características clínicas, exceto pela maior média de idade no grupo com pobre circulação colateral (65,9 vs. 57,8 anos; p = 0,015) e maior tendência ao tabagismo atual no grupo com colateral graus II/III (15,7 vs. 31,8%; p = 0,08). Quanto às características angiográficas, naqueles indivíduos com colateral mais exuberante houve maior frequência de lesões/paciente (1,28 vs. 1,75 lesões; p = 0,02) e acometimento de bifurcação coronária (18,5 vs. 36,4%; p = 0,03). Na evolução intra-hospitalar ficou evidenciada maior mortalidade nos pacientes com pobre circulação colateral (49,4 vs. 27,3%, respectivamente; risco relativo de 0,55, com p = 0,05). Conclusão: Em pacientes com IAM e choque cardiogênico a presença de circulação colateral foi um fator de proteção na evolução intra-hospitalar. Introdução: À despeito da eficácia dos stents farmacológicos (SF) de primeira geração no tratamento da RIS, questões relacionadas à segurança e ao perfil de flexibilidade e navegabilidade dessas próteses estimularam o desenvolvimento de novas gerações de SF. O SF FirebirdTM combina uma plataforma de aço inoxidável de hastes finas, um potente agente antiproliferativo (sirolimus) e um revestimento que inclui três camadas de polímero durável, que controla a liberação do fármaco. Apesar de ser um dos SF mais utilizados na China, pouco se conhece sobre seu desempenho, sobretudo em subgrupos de maior complexidade. Método: Entre fevereiro e dezembro de 2009, portadores de lesão reestenótica única, de stents não-farmacológicos, foram submetidos, consecutivamente, à ICP com implante de stent FirebirdTM. Avaliação com angiografia e ultrassom intracoronário (USIC) foi programada para todos os pctes aos 12 meses. O desfecho primário foi a perda luminal tardia (QCA) e o porcentual de obstrução volumétrica intrastent (USIC) aos 12 meses. Resultados: Foram incluídos 25 pacientes com média de idade de 56,8 + 7,7 anos, 80% dos quais eram do sexo masculino e 40%, diabéticos. A artéria descendente anterior foi o vaso mais frequentemente tratado (44%) e a maioria das lesões era do tipo difuso/proliferativo (64%). Aos 12 meses, a perda luminal tardia foi de 0,3 + 0,24 mm, não tendo sido identificado nenhum caso de reestenose binária. Ao USIC, o porcentual de obstrução volumétrica intrastent foi de 2,6 + 1,9%. Conclusão: Neste estudo unicêntrico, o novo SF FirebirdTM demonstrou resultados angiográficos e ultrassonográficos favoráveis para o tratamento da RIS de stents não-farmacológicos, no acompanhamento de um ano. 63 64 INFLUÊNCIA DA LIGA METÁLICA E DO PERFIL DOS STENTS CORONÁRIOS EM PACIENTES COM DOENÇA MULTIARTERIAL CORONÁRIA EVOLUÇÃO INTRA-HOSPITALAR DE PACIENTES SUBMETIDOS A ASSISTÊNCIA CIRCULATÓRIA POR BALÃO INTRA-AÓRTICO DURANTE INTERVENÇÃO CORONÁRIA PERCUTÂNEA LUCIANO MAURICIO DE ABREU FILHO; ANTONIO FORTE; MARCOS SUMITA; CARLOS DOMINGUES; ABRAÃO BARBOSA; MARCELO DE PELLEGRINI; DESIDÉRIO FAVARATO; GEORGE MEIRELES LUCIANO NUNES DOS SANTOS; CONEJO, F; RIBEIRO, HB; MACEDO, SRV; CAMPOS, CA; ESPER, RB; KAJITA, LJ; GAMA, MN; ZALC, S; RIBEIRO, EES H.STELLA MARIS / H.S.P.ESTADUAL Introdução: Evidências clínicas têm sugerido que os pacientes tratado com stents com hastes metálicas finas (< 100 μ de espessura) apresentam menor proliferação neo-intimal e melhor evolução que os tratados com hastes grossas. Os objetivos deste estudo foram avaliar a influência da liga metálica e do perfil dos stents coronários sobre a perda tardia e a taxa de reestenose aos seis meses pós-implante em pacientes com doença multiarterial coronária. Métodos: Estudo randomizado, prospectivo, comparativo do implante de stents de aço inoxidável verso cromo cobalto em 166 pacientes com doença multiarterial coronária, submetidos a implante de pelo menos um stent de cromo cobalto e um de aço inoxidável por paciente. Resultados: A idade média foi 59,5 ± 10,1 anos e ocorreu predomínio do sexo masculino (66,3%) e de pacientes com síndrome coronária aguda (56%). As características clínicas basais foram semelhantes por tratar-se do mesmo paciente, com diabetes em 68 (36,4%). Foram implantados 229 stents de cromo cobalto e 284 stents de aço inoxidável. Quando comparadas as taxa de reestenose e perda tardia aos 6 meses pós-implante, entre os stents de aço com hastes finas e os stents de aço com grossas com os de cromo cobalto, não foram observadas diferenças estatisticamente significativas (tabela). Conclusão: Quando comparados os stents de aço inoxidável versus cromo cobalto implantados no mesmo paciente, apresentaram taxa de reestenose e perda tardia semelhante aos seis meses pós-implante. Stents Cromo cobalto Aço inoxid. (haste fina) Aço inoxid. (haste grossa) p Reestenose (%) Perda tardia (mm) 74 (32,3) 62 (33,2) 34 (35,1) 0,89 1 ± 0,96 0,99 ± 1,03 1,02 ± 0,96 0,97 INCOR - HCFMUSP Introdução: O balão intra-aórtico (BIA) é utilizado há mais de 50 anos como dispositivo de assistência circulatória, sendo recomendado na maioria das diretrizes como suporte hemodinâmico apesar da fraca evidência em termos de redução de mortalidade. O objetivo deste estudo foi avaliar o BIA como ferramenta adjunta na revascularização coronária percutânea. Métodos: Registro unicêntrico que realizou seguimento prospectivo analisando a evolução intrahospitalar de pacientes submetidos a passagem de BIA durante a realização de intervenção coronária. Resultados: Foram avaliados 134 pacientes com média de idade de 64,7 anos e predomínio do sexo masculino (67,9%). A maioria dos pacientes eram hipertensos (88,8%) e dislipidêmicos (70,8%). Diabetes foi relatado em 33,5%. Cerca de metade dos pacientes apresentava antecedente de infarto agudo do miocárdio (IAM) prévio, 32,8% de insuficiência cardíaca e 61,2% apresentavam algum tipo de revascularização miocárdica prévia (ICP ou cirúrgica). Na apresentação clínica houve predomínio das síndromes coronarianas agudas, com 73% de IAM e 11,2% de angina instável. As características angiográficas mostraram que 68,6% dos pacientes apresentavam padrão triarterial, com predomínio de lesões tipo B2 e C (90%). O número de lesões tratadas por paciente foi de 1,55 ± 0,6, com fluxo TIMI 2 ou 3 em 86,4% ao final do procedimento. Com respeito aos desfechos clínicos, a mortalidade intra-hospitalar foi de 61,2%, com 16,4% de complicações vasculares e 7,5% de sangramentos com necessidade de transfusão sanguínea. Por análise multivariada, a idade dos pacientes foi o único preditor independente de mortalidade (OR: 1,05 IC 95%: 1,01-1,08; p = 0,002), enquanto que a fração de ejeção do ventrículo (FEVE) exerceu um efeito protetor (OR: 0,97, IC 95% 0,94-0,99; p = 0,03). Conclusões: Neste estudo observacional, os pacientes apresentavam um perfil clínico de muito alto risco, refletindo-se em elevada taxa de mortes. Foi fator preditor de morte a idade e protetor a FEVE. 37 Temas Livres | Apresentação Pôster 65 66 VALOR DA SUBDIVISÃO DO ESCORE SYNTAX PARA PREDIÇÃO DE EVENTOS ADVERSOS APÓS INTERVENÇÃO CORONÁRIA PERCUTÂNEA ESTIMATIVA DAS DOSES RECEBIDAS POR CARDIOLOGISTAS EM PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS ROBERTO RAMOS BARBOSA; VINÍCIUS ESTEVES; SAID ASSAF NETO; J. RIBAMAR COSTA JR.; RODOLFO STAICO; DIMYTRI SIQUEIRA; RICARDO COSTA; FAUSTO FERES; JOSÉ EDUARDO M. SOUSA INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA Introdução: O escore Syntax foi desenvolvido como ferramenta angiográfica para avaliar e graduar a complexidade da doença arterial coronária. Sua aplicação tem valor prognóstico nas técnicas de revascularização miocárdica. Objetivo: Avaliar o auxílio prognóstico da subdivisão do escore Syntax, conforme escore médio encontrado, quanto a desfechos clínicos pós intervenção coronária percutânea (ICP). Métodos: Análise retrospectiva de pacientes submetidos a revascularização miocárdica completa por ICP entre março e julho de 2009 em hospital cardiológico de São Paulo. Coletadas de um banco de dados informações reportadas no período e no seguimento até 12 meses. Escore Syntax foi calculado para cada paciente por análise da coronariografia com auxílio de um software. Pacientes foram divididos em dois grupos conforme o escore Syntax médio geral. Resultados: Incluídos 110 pacientes, total vasos tratados 178, com escore Syntax médio de 11,58 pontos. O grupo 1 incluiu pacientes com escore Syntax < 12 (63 pacientes), e o grupo 2, pacientes com escore Syntax ≥ 12 (47 pacientes). Seguimento clínico - média 7,1 meses. Houve maior prevalência de diabetes no grupo 2 (55,3% vs. 33,3%, p = 0,02). A incidência de eventos cardíacos maiores (óbito, infarto, angina e revascularização do vaso alvo) foi semelhante, tanto na fase intra-hospitalar (3,2% grupo 1 vs. 4,3% grupo 2, p = 0,36) quanto no seguimento (11,1% vs. 17,0%, p = 0,14). Conclusão: Na presente análise, a subdivisão do escore Syntax conforme o escore médio encontrado e a classificação dos pacientes em escore Syntax abaixo ou acima da média não resultaram em incremento prognóstico para eventos cardíacos maiores após ICP. Houve tendência para mais eventos no grupo 2 no seguimento clínico, sem significância estatística. BARBARA BEATRIZ DIAS RODRIGUES; OLIVEIRA DA SILVA, M. W.; CANEVARO, L. V.; MAURÍCIO, C. L. P INSTITUTO DE RADIOPROTEÇÃO E DOSIMETRIA / PROG. ENGENHARIA NUCLEAR / COPPE / UFRJ Introdução: Na cardiologia intervencionista, os níveis de exposição dos profissionais são maiores que na radiologia convencional, devido aos longos tempos de fluoroscopia e altas taxas de dose, entre outros fatores. Este tipo de prática requer a presença de um médico hemodinamicista e um assistente próximo ao paciente, logo próximo ao feixe primário de radiação. Frequentemente, o operador necessita colocar suas mãos sobre o feixe de radiação durante o procedimento intervencionista. O objetivo deste estudo foi quantificar os níveis de dose de radiação recebidos pelos hemodinamicistas, que executam coronariografia, angioplastia e estudo eletrofisiológico. Métodos: As estimativas das doses de radiação recebidas pelos médicos foram executadas em três departamentos de hemodinâmica no Rio de Janeiro, Brasil. Para a realização da dosimetria dos profissionais foi utilizado dosímetros termoluminescentes LiF:Mg, Ti (TLD-100). Foi estimado o equivalente de dose pessoal, (Hp (d)), para as seguintes regiões do corpo do cardiologista principal e seu assistente: mãos esquerda e direita, joelho esquerdo, tórax e testa. Após cada procedimento, o TLD foi removido. Resultados: No total, as doses de radiação dos trabalhadores foram estimadas para 59 procedimentos de coronariografia (CA), 16 angioplastias (PTCA) e 6 estudos eletrofisiológicos (EE). Os valores médios do equivalente de dose pessoal, em mSv, estão listados na tabela 1. TABELA 1 Valores médios do equivalente de dose pessoal em mSv para o cardiologista principal Procedimento PTCA CA EE Tórax Hp (10) 0,37 0,43 0,64 Testa Mão esquerda Mão direita Hp (3) Hp (0,07) Hp (0,07) 0,13 0,16 0,37 0,48 0,66 1,25 0,23 0,34 0,30 Joelho esquerdo Hp (0,07) 1,13 1,33 2,24 Conclusões: Os níveis de radiação recebidos pelos médicos foram significativos na mão e joelho esquerdos, excedendo a dose limite anual estabelecida pela legislação brasileira. Uma forma de otimizar a proteção dos trabalhadores é a implementação continuada de um treinamento em proteção radiológica. 67 68 PREDITORES E PADRÃO DE EXPOSIÇÃO RADIOLÓGICA DOS PACIENTES SUBMETIDOS A PROCEDIMENTOS CARDIOLÓGICOS INVASIVOS EM EQUIPAMENTOS COM “DETECTORES FLAT” EFETIVIDADE DA INTERVENÇÃO CORONARINA PRIMÁRIA PELA VIA RADIAL CRISTIANO DE OLIVEIRA CARDOSO; JULIANA SEBBEN; LEANDRO FISCHER; MILENA VIDAL; GABRIEL BROETTO; ROGÉRIO SARMENTO-LEITE; CARLOS A. M. GOTTSCHALL DULCE I WELTER; ROGÉRIO SARMENTO-LEITE; JULIANA C SEBBEN; CARLOS R CARDOSO; CRISTIANO O CARDOSO; CLAUDIO V MORAES; DELCIO BRITTO RODRIGUES; MARCIO ZILIO BOSCO; ALEXANDRE S QUADROS; CARLOS A M GOTTSCHALL INSTITUTO DE CARDIOLOGIA INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO RS-ICFUC Introdução: Procedimentos cardiológicos invasivos expõem pacientes e médicos aos riscos da radiação ionizante. É objetivo desse estudo determinar os padrões e preditores de exposição radiológica durante procedimentos cardiológicos em equipamentos com tecnologia flat pannel. Métodos: Estudo de coorte prospectiva incluindo pacientes (pts) submetidos a procedimento cardiológico invasivo entre Ago/2010-Jan/2011 em equipamento com detectores “flat”. Características clínicas, angiográficas e de exposição à radiação (ER) foram registradas em banco de dados específico. Os padrões de ER foram determinados em pts submetidos à cateterismo cardíaco (CAT), intervenção coronariana eletiva (ICP-e) e Ad Hoc (ICP-AH). Os dados foram analisados em programa SPSS 18.0, sendo os resultados apresentados em média, desvio padrão, percentual, percentil e intervalo inter quartil. Preditores independentes de ER aumentada foram identificados por análise de regressão logística múltipla. Resultados: Amostra incluiu 670 pcts, sendo 419 submetidos à CAT, 137 ICP-e e 114 ICP-AH. Dose média de radiação recebida pelos pcts foi de 561,76 ± 368,09 mGy (CAT), 1125,47 ± 1120,05 mGy (ICP-e) e 1293,43 ± 726,26 mGy (ICP-AH). O produto dose área foi de 37725,85 ± 27027,55 mGycm2 (CAT), 61643,08 ± 64383,69 mGycm2 (ICP-e) e 77973,44 ± 49959,31 mGycm2 (ICP-AH). Os preditores de exposição radiológica aumentada foram peso (razão de chance = 1,03; IC = 1,01-1,05 p = 0,003), ICP-e (RC = 11,9; IC = 4,2633,24; p = < 0,001) e ICP-Ad Hoc (RC = 15,46; IC = 5,44-43,87; p = < 0,001).Conclusões: Os padrões de exposição radiológica durante procedimentos cardiológicos invasivos usando detectores “flat” estão abaixo das recomendações. Peso, procedimento de intervenção coronariana percutânea eletiva e Ad Hoc são preditores de exposição radiológica aumentada. Introdução: As intervenções coronarianas pela via radial (R) têm sido cada vez mais utilizadas. Existem poucos estudos avaliando a efetividade de intervenções coronarianas primárias (ICPp) pela via R em pacientes (pts) representativos da prática clínica diária. Objetivos: Comparar características e desfechos de pts submetidos a ICPp pela via R e F. Delineamento: Estudo de coorte prospectivo. Material: Pacientes consecutivamente atendidos por IAM com supradesnivelamento do segmento ST em um centro de referência (Dez 2009/Dez 2010). Métodos: Os aspectos técnicos, e a escolha da via de acesso ficaram a cargo dos operadores, sendo que as características basais e desfechos hospitalares de todos os pts foram prospectivamente avaliadas por um dos investigadores. Os dados foram armazenados em um banco de dados dedicado e analisados pelo programA estatístico SPSS 17. Os pts submetidos a ICPp por via R foram comparados com aqueles pela via F, e as comparações realizadas pelos testes do qui-quadrado, Mann-Whitney e teste de t. Resultados: No período do estudo, foram incluídos 554 pts submetidos a ICPp, com abordagem R em 9% dos casos e taxa de sucesso global de 96%. A média de idade foi significativamente menor no grupo R (55 ± 12 x 61 ± 12 anos, p = 0,001), e estes pts eram mais frequentemente hipertensos (68% x 52%, p = 0,03). Não houve diferença significativa quanto ao tempo porta-balão, sucesso angiográfico e eventos clínicos, mas os pts do grupo R tiveram menos dias de internação (5 dias x 6 dias; p = 0,05). Conclusões: Neste estudo,os pts selecionados para realização de ICPp pela via radial eram mais jovens, menos frequentemente hipertensos, e tiveram resultados angiográficos e clínicos semelhantes aqueles submetidos a ICPp pela via femoral, com tendência a menor tempo de internação. Estes resultados atestam a segurança desta técnica neste contexto clínico. 38 RBCI Vol. 19, Nº 2, 2011 Junho, 2011;19(supl.1). XV Jornada de Enfermagem 69 70 EVOLUÇÃO EM LONGO PRAZO DA VALVOPLASTIA MITRAL COM A TÉCNICA DE INOUE VERSUS A DO BALÃO ÚNICO REESTENOSE INSTÁVEL: UM MODELO DE APRESENTAÇÃO CLÍNICA NAS INTERVENÇÕES PERCUTÂNEAS EM LESÕES CORONÁRIAS REESTENÓTICAS EDISON CARVALHO SANDOVAL PEIXOTO; RODRIGO T S PEIXOTO; IVANA P BORGES; RICARDO T S PEIXOTO; PAULO S OLIVEIRA; MARIO SALLES NETTO; MARTA LABRUNIE CINECOR HOSPITAL EVANGÉLICO / UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE Introdução: O balão de Inoue (BI) é mundialmente utilizado. A técnica do balão único (BU) obtém resultados semelhantes com custo menor. O objetivo foi estudar a evolução (evol) em longo prazo (LP) das 2 técnicas e determinar variáveis independentes para sobrevida (S) e S livre de eventos maiores (SLEM). Métodos: Estudo prospectivo não randomizado. De 526 procedimentos (proc) realizados, estudamos 312 proc realizados entre 04/1990 e 12/2010, e seguidos em LP por 51 ± 34 (1 a 198) meses, 256 com BU Balt (GBU) com evol de 55 ± 33 (1 a 198) meses e 56 com BI (GBI) com evol de 33 ± 27 (2 a 118) meses (p < 0,0001). Foram utilizados testes do: Qui-quadrado ou exato de Fischer, t de Student, curvas de Kaplan-Meier e análise multivariada de Cox. Resultados: No GBI e GBU encontrou-se: sexo feminino 42 (75,0%) e 222 (86,7%), (p = 0,0276) e idade 37,3 ± 10,0 (19 a 63) e 38,0 ± 12,6 (13 a 83), p = 0,7138, ritmo sinusal 51 (91,1%) e 215 (84,0%), p = 0,1754, escore ecocardiográfico (EE) 7,6 ± 1,3 (5 a 10) e 7,2 ± 1,5 (4 a 14) pontos e área valvar mitral (AVM) pré-VMB ecocardiográfica e Gorlin foram semelhantes entre os grupos, sendo a AVM pós-VMB (Gorlin) respectivamente de 2,00 ± 0,52 (1,00 to 3,30) e 2,02 ± 0,37 (1,10 a 3,30) cm² (p = 0, 9550) e no final da evol AVM ecocardiográfica 1,71 ± 0,41 e 1,54 ± 0,51 cm² (p = 0,0552), nova insuficiência mitral grave 5 (8,9%) e 17 (6,6%), (p = 0,5633), nova VMB 1 (1,8%) e 13 (5,1%), (p = 0,4779), cirurgia valvar mitral (CVM) 3 (5,4%) e 27 (10,4%), (p = 0,3456), óbitos 2 (3,6%) e 11 (4,3%), (p = 1,000), sendo óbitos cardíacos 1 (1,8%) e 9 (3,5%), (p = 1,000) e EM 5 (8,9%) e 46 (18,0%), (p = 0,1449). A técnica do BI versus a do BU não predisse S ou SLEM. Variáveis que predisseram independentemente S foram: idade < 50 anos (p = 0,016, HR = 0,233), EE < 8 (p < 0,001, HR = 0,105), área efetiva de dilatação (AED), (p < 0,001, HR 16,838) e CVM na evol (p = 0,001, HR = 0,152) e SLEM: comissurotomia prévia (p = 0,012, HR = 0,390) e AVM pós VMB > 1,50 cm² (p < 0,001, HR = 7,969). Conclusões: A evol em LP foi semelhante no GBI e no GBU. Predisseram independentemente S e/ou SLEM: idade < 50 anos, EE < 8 pontos, AED, AVM pós VMB > 1,50 cm² e ausência de comissurotomia prévia e de CVM na evol. GUILHERME CRUZ LAVALL; ANDRÉ FEIJÓ; ANDRÉ SOUSA; CONSTANTINO GONZALEZ; JOÃO ALEXANDRE ASSAD; RODRIGO VERNEY; CARLOS HENRIQUE FALCÃO; NELSON MATTOS; LUIZ ANTONIO CARVALHO HOSPITAL PRÓ-CARDÍACO Introdução: A reestenose coronária é considerada uma entidade clínica benigna e de caráter estável, cujo tratamento se baseia em geral no emprego de stents farmacológicos. Todavia, este paradigma de estabilidade, amplamente aceito, vem sendo combatido pelo reconhecimento crescente de que uma parcela significativa das lesões reestenóticas se manifesta na forma de síndrome coronariana aguda. O objetivo do presente estudo é analisar as formas de apresentação clínica das lesões coronárias reestenóticas e investigar, em particular, a incidência de síndromes coronarianas agudas nesta população. Métodos: No período de janeiro de 2005 a setembro de 2010, as intervenções percutâneas em lesões coronárias reestenóticas realizadas num centro único, foram analisadas de forma retrospectiva quanto à apresentação clínica, e divididas em síndromes coronarianas estáveis (SCE) e síndromes coronarianas agudas sem supra de ST (SCASSST) e síndromes coronarianas agudas com supra de ST (SCACSST). As SCASSST foram ainda subdivididas, segundo características clínicas, eletrocardiográficas e laboratoriais bem definidas, em baixo, médio e alto risco. Resultados: Do total de 204 intervenções realizadas exclusivamente em lesões reestenóticas no período descrito acima, 128 (62,7%) foram eletivas, no contexto clínico de uma SCE. As SCASSST representaram a forma de apresentação clínica em 73 intervenções (35,8%), sendo que 30 intervenções (14,7%) foram realizadas por SCASSST de alto risco. Ainda, 3 intervenções (1,5%) foram primárias, isto é, no cenário de uma SCACSST. Conclusões: As lesões coronárias reestenóticas representam um desafio para a cardiologia intervencionista, pois manifestam-se dentro de todo o espectro clínico da doença arterial coronária, com cerca de um terço das intervenções percutâneas realizadas na vigência de síndromes instáveis. 71 72 IMPLANTE VALVULAR AÓRTICO PERCUTÂNEO (IVAP): DOIS ANOS DA EXPERIÊNCIA INICIAL. ANÁLISE DE SEGUIMENTO DE CURTO, MÉDIO E LONGO PRAZO PERFIL CLÍNICO DE PACIENTES NONAGENÁRIOS TRATADOS COM INTERVENÇÃO CORONÁRIA PERCUTÂNEA NO BRASIL – UMA ANÁLISE DO REGISTRO ICP-BR GUILHERME LUIZ DE MELO BERNARDI; R. SARMENTO-LEITE; P. R. L. PRATES; A. S. QUADROS; P. A. SALGADO FILHO; I. GIUSTI; T. GRANDO; C. A. M. GOTTSCHALL LEONARDO JORGE CORDEIRO DE PAULA; PEDRO A. LEMOS; CESAR R. MEDEIROS; JOSÉ A. MARIN-NETO; CARISI A. POLANCZYK; MARCO V. WAINSTEIN; ANTÔNIO L. P. RIBEIRO; FLAVIO R. A. OLIVEIRA; ROGÉRIO SARMENTO-LEITE; LUIZ A. MATTOS INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO RS Introdução: A estenose aórtica severa é uma patologia prevalente na faixa etária idosa e de alta morbi-mortalidade sendo a troca valvular cirúrgica a abordagem clássica. Indivíduos idosos que apresentam outras co-morbidades apresentam elevado risco operatório. O implante percutâneo da válvula aórtica vem tornando-se uma alternativa à cirurgia clássica. Métodos: Série de 20 casos nos últimos 2 anos com resultados imediatos, de médio e longo prazo do implante do dispositivo CoreValve, que consiste de uma bioprótese de pericárdio porcino montada e suturada em um stent auto-expansível de nitinol introduzido pela via arterial femoral ou ilíaca. Resultados: Treze pacientes do sexo feminino e sete do sexo masculino com idade variando de 62 a 99 anos e EuroSCORE log. variando de 8 a 62% submeteram-se ao implante deste dispositivo. Quatro pacientes completaram 2 anos de seguimento, seis 1 ano e os demais menos de 1 ano. Três óbitos, um no procedimento, uma morte súbita e outro de causa não cardíaca. Houve significativa queda imediata dos gradientes entre o ventrículo esquerdo e a aorta com redução média de 46 mmHg. Dez pacientes necessitaram de implante de marcapasso definitivo por distúrbio de condução átrio-ventricular. Todos no seguimento apresentaram melhora da classe funcional (NYHA) e sustentam a queda do gradiente entre VE-Ao e o aumento da área valvar. Conclusões: Nossa experiência inicial entra em seu terceiro ano e vem se mostrando segura e efetiva em análise de curto, médio e longo prazo. Atualmente aguardam-se os resultados dos grandes ensaios clínicos com o dispositivo em questão para definir o seu exato papel e precisas indicações desta nova e promissora técnica. INCOR - HCFMUSP / COLABORADORES DO REGISTRO ICP-BR Introdução: Atualmente, há poucas informações fidedignas com relação ao perfil clínico e evolução intra-hospitalar em indivíduos com mais de 90 anos tratados por intervenção coronária percutânea no Brasil. Relatamos a evolução desses pacientes incluídos no âmbito do Registro ICP-BR. Métodos: O Registro ICP-BR capta de maneira prospectiva, através de uma rede informatizada via web, informações sobre angioplastias coronárias realizadas no Brasil (fase piloto: 8 centros nacionais). O presente relato analisou o perfil clínico e a evolução intra-hospitalar dos primeiros 38 pacientes com mais de 90 anos incluídos na base de dados, de um total de 3722 pacientes cadastrados, entre 03/2009 e 12/2010. Resultados: A idade média era de 91,4 anos e 15,9% eram diabéticos; 13,16% tinham cirurgia e 26,3% angioplastia prévias. À admissão, 15,8% tinham isquemia silenciosa, angina estável, ou dor atípica, 47,4% tinham coronariopatia aguda sem supradesnível ST, 26,3% tinham infarto com supradesnível ST e 10,5% tinham “equivalente isquêmico”. Stents foram utilizados em 86,8% e stents farmacológicos em 10,5% dos pacientes. A mortalidade intra-hospitalar será apresentada e discutida à época da apresentação. Conclusão: No registro multicêntrico ICP-BR, ¾ dos pacientes se apresentou à admissão com síndromes coronarianas agudas e a mortalidade intrahospitalar após tratamento coronário percutâneo foi baixa, porém exclusiva em pacientes de alto risco. 39 Temas Livres | Apresentação Pôster 73 74 PSEUDO-ANEURISMA: UMA RARA COMPLICAÇÃO DO ACESSO RADIAL IMPACTO DA OBESIDADE NOS RESULTADOS HOSPITALARES DA INTERVENÇÃO CORONÁRIA PERCUTÂNEA LUIZ FERNANDO YBARRA MARTINS DE OLIVEIRA; SANTOS, LN; ESPER, RB; LOPES, ACA; RIBEIRO, HB; CAMPOS, CA; SOARES, PR; PERIN, MA; LEMOS, PA; RIBEIRO, EE MARCELO JOSE DE CARVALHO CANTARELLI; HÉLIO CASTELLO; ROSALY GONÇALVES; SILVIO GIOPPATO; JOÃO GUIMARÃES; EVANDRO RIBEIRO; RICARDO GASPERI; RODRIGO BARRETO; LEONARDO ALMEIDA; JULIO VARDI IINCOR - HCFMUSP HOSPITAL BANDEIRANTES - SP Introdução: A via radial para realização de cinecoronariografia (CINE) apresenta menores taxas de complicações vasculares. O pseudoaneurisma da artéria radial (PAAR) é uma complicação extremamente rara deste procedimento. Resultados: Homem, 64 anos, ex-tabagista, hipertenso, com aneurisma de aorta abdominal e angina estável. Realizou CINE por via radial direita com introdutor 6F, sendo observado oclusão da artéria descendente anterior. Após 5 horas, retornou ao pronto-socorro com dor e aumento de volume no local da punção. O pulso radial e a perfusão estavam adequados. Foi realizado ultra-som Doppler (USD) do membro superior direito (MSD) que evidenciou PAAR, medindo 3,7 x 2,5 cm, com colo de 0,7 cm. Foi optado por compressão mecânica com curativo compressivo no local. Em 12 horas, foi realizado novo USD, onde não se observava fluxo, inferindo oclusão do PAAR. A artéria radial e ulnar apresentavam trajeto, fluxo e calibre preservados. Durante a internação o paciente apresentou melhora da dor e do edema, mantendo-se afebril, sem sintomas infecciosos ou sinais de síndrome compartimental. Recebeu alta após 3 dias, retornando em 1 mês, mantendo bom pulso radial e adequada perfusão do MSD, com melhora do hematoma local. Conclusões: O PAAR é uma complicação rara da CINE por via radial, com incidência de 0,029%. Está associado com múltiplas tentativas de punção, infecção do cateter, uso de anticoagulantes e utilização de grandes introdutores. O diagnóstico precoce é essencial para evitar complicações, como ruptura espontânea, isquemia e síndrome compartimental. O manejo tradicional inclui a compressão guiada por USD, injeção de trombina percutânea e a correção cirúrgica. Relatamos o primeiro caso de PAAR após CINE descrito na literatura brasileira. O tratamento foi realizado por curativo compressivo, sendo possivelmente uma alternativa eficaz aos métodos tradicionais. Introdução: A obesidade está relacionada ao aparecimento de doença cardiovascular, sendo o risco maior entre pacientes (p) com índice de massa corporal (IMC) superior a 30 Kg/m2. Buscamos saber se há diferenças entre os resultados hospitalares da intervenção coronária percutânea (ICP) entre obesos e não obesos. Métodos: 4957 p foram submetidos consecutivamente à ICP, no período de agosto de 2006 a novembro de 2010. Destes, 1052 apresentavam IMC > 30 (grupo O) e 3905 IMC < 30 (grupo NO). Resultados: O grupo O apresentou-se mais jovem (59,74 vs 62,67 anos p < 0,0001),com mais p. com hipertensão arterial (82,6% vs 72,1% p < 0,0001), diabetes (38,6% vs 26,8% p < 0,0001) e dislipidemia (40,9% x 31,5% p < 0,0001). No grupo NO foram mais comuns o tabagismo (23,7% vs 20,7% p = 0,0410), as lesões calcificadas (5,3% vs 4,5% p = 0,0107) e a disfunção de VE (22,2% vs 15,9% p = 0,0036). Não ocorreram diferenças quanto à IRC, RM, IAM ou ICP prévios, apresentação clínica à ICP, vaso-alvo, extensão e complexidade da doença coronária, presença de colaterais, ICP primária, uso de inibidores IIb/IIIa, e ocorrência de “no-reflow”. O sucesso da ICP (96,5% em O vs 95,9% em NO), RM de emergência, a ocorrência de complicações e a taxa de óbito hospitalar (1,0% em O vs 1,1% em NO p = 0,8776) não diferiu entre os grupos. Conclusões: Os p obesos com IMC > 30 kg/m2 apresentam-se à ICP com predominância de HAS, diabetes e dislipidemia. No entanto estas diferenças não se refletiram no sucesso da ICP e na mortalidade hospitalar. 75 76 ASSOCIAÇÃO ENTRE RAIVA E DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA EM PACIENTES SUBMETIDOS A CINEANGIOCORONARIOGRAFIA ESTUDO PROSPECTIVO DE 100 PACIENTES TRATADOS COM STENT FARMACOLÓGICO COM POLÍMERO BIOABSORVÍVEL. RESULTADOS HOSPITALARES E NO SEGUIMENTO CLÍNICO MARCIA MOURA SCHMIDT; LUCIELE STOCHERO; LUCIELE Z. ALBERTON; HENRIQUE B. GOMES; MAURO R. S. MOURA; CARLOS A.M. GOTTSCHALL; ALEXANDRE S. DE QUADROS RICARDO SANTANA PARENTE SOARES JUNIOR; JOANA D T MAJESKI; ALFREDO M R NETO; MARIA F Z MAURO; SALVADOR A B CRISTOVÃO; JOSÉ A MANGIONE INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO RS Introdução: O estresse psicológico pode desencadear respostas próaterogênicas no endotélio vascular e diversas características psicológicas têm sido associadas ao risco de infarto do miocárdio e doença arterial coronariana (DAC). A raiva é uma manifestação comum do estresse psicológico e sua associação com as patologias cardiovasculares é pouco estudada. Métodos: Pacientes encaminhados para realização de cineangiocoronariografia (cine) por suspeita de DAC no período de 30/11/2009 a 3/2/2010 foram considerados para inclusão no estudo. As características clínicas, angiográficas e sócio-demográficas foram prospectivamente avaliadas por um dos investigadores. DAC foi definida como a presença de uma estenose > = 50% em um dos vaso Sepicárdicos principais. A avaliação da raiva foi realizada com o Inventário de Expressão de Raiva de Spilberger, aplicado por um dos investigadores cego para o resultado da cine. Os dados foram incluídos em banco de dados dedicado, e analisados pelo programa estatístico SPSS 17.0. Resultados: Foram incluídos 501 pacientes, 50% mulherres, com média de idade foi de 60,4 ± 10 anos, 86% brancos, 84% hipertensos, 72% sedentários, 57% dislipidêmicos, 29% diabéticos e 20% tabagistas. DAC esteve presente em 60% dos casos, sendo que estes pacientes apresentaram escore geral de raiva significativamente maiores (19,65 ± 10 VS 17,81 ± 9,0; p = 0,037) e controle da raiva menor (26,42 ± 4,8 VS 27,70 ± 4,0; p = 0,01). Fatores de risco como fumo e sedentarismo também apresentaram associação estatisticamente significativa com os escores de raiva. Conclusões: Este estudo demonstra que pacientes portadores de DAC apresentam maiores escores de raiva e menor capacidade de controle desta emoção. Estes resultados sugerem a possibilidade de novas intervenções terapêuticas para diminuir o risco de eventos. 40 H. BENEFICÊNCIA PORTUGUESA SP Introdução: Os stents farmacológicos diminuíram a necessidade de nova revascularização do vaso alvo, comparados aos stents convencionais. Entretanto, alguns estudos mostraram aumento do risco de trombose com a utilização destes dispositivos. Por isto, novos stents farmacológicos com polímeros biodegradáveis foram idealizados, procurando melhorar os resultados. Métodos: Incluímos nesta análise os 100 primeiros pacientes tratados com stent BiomatrixTM no período de novembro de 2008 a setembro de 2010. Foram excluídos somente pacientes que apresentassem contra-indicação a terapêutica antiagregante plaquetária dupla. O desfecho primário do estudo foi à ocorrência de: óbito cardíaco, infarto agudo do miocárdio não fatal ou necessidade de revascularização do vaso alvo durante o seguimento clínico. Resultados: A idade média da população foi de 64 ± 11,7 anos, com prevalência do sexo masculino (73%). Foram implantados 164 stents, média stent/paciente de 1,64. O sucesso clínico do procedimento foi de 96%. A via radial foi utilizada em 68% dos casos. O seguimento clínico foi obtido em 99% dos pacientes elegíveis, com tempo médio de 243 ± 160 dias. O desfecho primário ocorreu em 5,2% dos pacientes (óbito cardíaco 2,1%, IAM não fatal 0% e RVA 3,1%). A taxa de trombose de stent foi de 1%. Não ocorreram tromboses tardais ou muito tardias. Conclusões: Nesta experiência de “mundo real”, o uso do stent BIOMATRIX TM, demonstrou excelentes resultados. Estes achados, em conjunto com os disponíveis na literatura, suportam seu amplo emprego na prática clínica diária, inclusive nas indicações definidas como “Off-Label”. RBCI Vol. 19, Nº 2, 2011 Junho, 2011;19(supl.1). XV Jornada de Enfermagem 77 78 CORRELAÇÃO DO IMPANTE PERCUTANEO DA VALVULA AORTICA NO TRATO DE SAIDA DO VANTRICULO ESQUERDO E MARCAPASSO DEFINITIVO EXPERIÊNCIA INICIAL COM USO DO OCT NO HOSPITAL LUXEMBURGO EM BELO HORIZONTE RODRIGO VERNEY CASTELLO BRANCO; RODRIGO V C BRANCO; ANDRE FEIJO; ANDRE SOUSA; NELSON MATTOS; GUILHERME LAVALL; JOÃO ASSAD; CARLOS FALCÃO; CONSTANTINO GONZALEZ; LUIZ A. CARVALHO HOSPITAL PRÓ-CARDÍACO Introdução: Alto grau de bloqueio atrioventricular e implante de marcapasso é uma complicação frequente após o implante percutâneo da válvula aórtica. Objetivo: Identificar como fator predisponente de implante de marcapaso definitivo o posicionamento da prótese valvar aórtica no trato de saída do ventrículo esquerdo. Métodos e Resultados: No período de set de 2009 a janeiro de 2011, 28 pacientes (média de idade de 83,0 + 8,0 anos) foram submetidos ao implante de percutâneo da válvula aórtica. Quatro pacientes apresentavam marcapasso definitivo. O implante da prótese é analisado a partir da visualização do fundo do seio não coronariano até a ponta da prótese no trato de saída do ventrículo esquerdo. Após a realização do implante percutâneo da válvula aórtica, 7 (29,2%) pacientes evoluíram com bloqueio átrio-ventricular total (BAVT), sendo submetidos ao implante de marcapasso definitivo. A media da profundidade de implante da prótese valvar aórtica nos pacientes submetidos ao implante de marcapasso definitivo foi de 6,5+2,9 mm e 7,1 + 4,0 mm nos pacientes sem marcapasso definitivo (p = 0,8). O implante de marcapasso teve que ser realizado com maior frequência em pacientes com achados patológicos no eletrocardiograma préprocedimento, tais como bloqueio AV 1º e bloqueio do ramo direito associado ou não a hemibloqueio anterior esquerdo. Analisando este sub-grupo, observamos um aumento de 59,8% na profundidade do implante da valvula aortica em relação ao grupo sem marcapsso (4 pacientes com media de profundidade de 6,5 mm e 2 pacientes com media de profundidade de 2,6 mm respectivamente) (p = 0,06). Sexo, idade, tipo de prótese, EuroScore, as dimensões da valvula não tinha influência significativa. Conclusões: Devemos estar atentos ao implante da valvula no trato de saida do ventriculo esquerdo, quando esses pacientes apresenatarem alteração eletrocardiografica previa. THIAGO JOSE DE ASSIS; ALEXANDRE PIRES; RENATO BORGES ARAÚJO; GUSTAVO SANCHES; MAURICIO CAVALIERI MACHAD; CAISER T. SIQUEIRA JR HOSPITAL LUXEMBURGO / INSTITUTO MARIO PENNA Introdução: Os métodos de imagem utilizados para diagnóstico e tratamento da doença coronariana obstrutiva vem apresentando avanços contínuos nas ultimas décadas. Na cardiologia intervencionista a angiografia e o ultra-som intra-coronariano estão consagrados e disponíveis nos grandes centros. A mais recente ferramenta neste campo parece ser a Tomografia de Convergência Óptica. (OCT). Numa experiência inédita em nosso estado, apresentamos os primeiros 05 casos realizados no Laboratório de Hemodinâmica do Hospital Luxemburgo. Métodos: Realizamos o procedimento em cinco pacientes com o objetivo de quantificar com mais precisão a gravidade da estenose e/ou avaliar o resultado imediato/tardio do implante do Stent. Utilizado fio guia 0,014 x 300 mm posicionado distal ao segmento tratado; introduzimos cateter balão “over the wire” para interrupção temporária do fluxo sanguíneo, permitindo a obtenção das imagens com feixes emitidos por fibra óptica. Resultados: Em nossa experiência inicial não tivemos complicações maiores tais como óbito, IAM ou AVC. As imagens obtidas exibem nitidez impressionante e nos permitem avaliação precisa da luz arterial, componentes da placa e a posição das hastes do stent, além do dado mais relevante que talvez seja a endotelização das endopróteses. Conclusões: A tomografia por coerência óptica (OCT) é um método de grande utilidade em cardiologia intervencionista. As imagens obtidas podem ser extremamente úteis e quando corretamente interpretadas terem grande importância diagnóstica. 79 80 INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO COMPLICADO POR CHOQUE CARDIOGÊNICO - EVOLUÇÃO INTRA-HOSPITALAR E ANÁLISE DE PREDITORES DE MORTALIDADE CATETERISMO INTERVENCIONISTA NA ESTENOSE VALVAR PULMONAR CRÍTICA/ATRESIA PULMONAR DO RECÉM-NASCIDO IGOR RIBEIRO DE CASTRO BIENERT; VALIM, LR; LOPES, ACA; CAMPOS, CA; RIBEIRO, HB; ESPER, RB; ESTEVES, A; PERIN, MA; HORTA, PE; RIBEIRO, EE INCOR - HCFMUSP Introdução: Apesar dos avanços na cardiologia intervencionista, o choque cardiogênico continua sendo o maior preditor de mortalidade em pacientes com infarto agudo do miocárdio (IAM). O objetivo do presente estudo foi avaliar o perfil da população admitida com IAM complicado com choque cardiogênico e identificar preditores de mortalidade no seguimento intra-hospitalar. Métodos: Trata-se de um registro unicêntrico com seguimento prospectivo com amostra de 100 pacientes admitidos com IAM em vigência de choque cardiogênico. Foram analisadas as características clínicas e fatores de risco para doença cardiovascular, assim como o seguimento intra-hospitalar até desfecho (alta ou óbito). Resultados: Nota-se uma predominância do sexo masculino (64%) e de pacientes de alto risco, sendo os mais prevalentes: hipertensão arterial sistêmica (73%), dislipidemia (63%), diabetes melito (32%), IAM prévio (25%) e insuficiência cardíaca congestiva (22%). Houve predomínio de lesões do tipo B2/C (62,5%) e padrão biarterial ou triarterial (73%). A maioria das angioplastias foi realizada em território de descendente anterior (45%). A taxa de sucesso do procedimento obtida foi de 92%, com 1,36 lesões tratadas por paciente, utilizando média de 1,95 stent por paciente. A mortalidade intra-hospitalar foi de 45%, e as complicações maiores foram: insuficiência renal aguda (10%, sendo 5% dos casos com necessidade de diálise), necessidade de reintervenção (3%), necessidade de transfusão (2%) e AVC (2%). Os preditores maiores para óbito foram: padrão multiarterial (OR 2,62, IC95%: 1,16-5,90) e fluxo TIMI < 3 ao final do procedimento (OR 2,11, IC95%: 1,48-3,02). Conclusão: O perfil dos pacientes admitidos com IAM complicado por choque cardiogênico demonstra características clínicas de alto risco e padrão angiográfico complexo. Apesar de alta taxa de sucesso angiográfico do procedimento, ainda é alta a taxa de mortalidade, sendo os preditores maiores identificados o padrão multiarterial e o fluxo TIMI. RAUL IVO ROSSI FILHO; ANDRÉ LUIS A BODINI; MÔNICA SCOTT BORGES; ALESSANDRO K. OLSZEWSKI; PAULO RENATO M. MACHADO INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO RS/ FUC Introdução: O tratamento percutâneo da estenose pulmonar crítica do RN (neonato) é reconhecidamente seguro eficaz a longo prazo. O propósito desse estudo é documentar os resultados em neonatos consecutivamente tratados em um serviço terciário. Métodos: Retrospecto de 41 RN de 10,5 (± 8,4) dias e peso de 3,1 (± 0,6) kg com Estenose Pulmonar crítica encaminhados para tratamento entre Janeiro de 1998 a Dezembro de 2010. Dados ecocardiográficos do ventrículo direito, valva tricúspide e da via de saída,além de patência do canal arterial e eventuais defeitos associados, foram observados. Os resultados do procedimento foram avaliados de acordo com taxa de sucesso, necessidade de perfuração e de medidas mantenedoras adicionais de fluxo pulmonar, complicações e evolução clínica. Resultados: Da amostra, 63,4% eram sexo masculino. A morfologia do VD era favorável à dilatação, 46,4% tinham insuficiência Tricúspide severa e 70,7% necessitavam de Prostaglandina; o gradiente de pico foi de 80,3 (± 23,8) mmHg. Necessitaram de perfuração valvar,19,5% dos pacientes. A dilatação sequencial foi realizada em 73,2% dos casos, respeitando-se a proporção de 110% do anel valvar (média do balão de 8 ± 0,9 mm) restando gradiente de 15,6 ± 10,1 mmHg. Complicações foram relatadas em 12,2% (40% Flutter atrial, 40% reação infundibular e 20% dessaturação e bradicardia). Shunt sistêmico-pulmonar foi necessário em 41,6% e 16,7% a nova valvoplastia. Tardiamente, a oclusão de CIA foi necessária em 16,7% dos casos.O seguimento médio foi de 66,9 meses (± 84,8) com boa evolução clínica. Conclusões: Nossa avaliação confirma, neste serviço, que valvoplastia pulmonar na estenose crítica deve ser a primeira escolha terapêutica visto apresentar bons resultados clínicoshemodinâmicos, baixa mortalidade respeitadas as condições da patência do fluxo pulmonar até o procedimento e características como morfologia do Ventrículo direito, medidas do anel pulmonar e da valva Tricúspide. 41 Temas Livres | Apresentação Pôster 81 82 IMPLANTE DE STENT EM COARCTAÇÃO E RECOARCTAÇÃO DA AORTA. ANÁLISE DOS RESULTADOS IMEDIATOS E SEGUIMENTO EM MÉDIO PRAZO UTILIZAÇÃO DA PRÓTESE BIOSTAR PARA A OCLUSÃO PERCUTÂNEA DOS FORAMENS OVAIS (FO) RAUL IVO ROSSI FILHO; MÔNICA SCOTT BORGES; JOÃO LUIS L MANICA; ANDRÉ LUIS A. BODINI; PAULO RENATO M. MACHADO FRANCISCO JOSE ARAUJO CHAMIE DE QUEIROZ; LUIZ CARLOS DO NASCIMENTO˜; DANIEL SILVA CHAMIÉ DE QU; RENATA MATTOS; SERGIO RAMOS; JOÃO CARLOS TRESS; MAXIMILIANO OTERO LACOSTE INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO RS/FUC INTERCAT - CARDIOLOGIA INTERVENCIONISTA Introdução: A aortoplastia com balão apresentou altos índices de reestenoses e Introdução: Neste estudo apresentamos a experiência dos autores com o uso de uma nova prótese parcialmente bioabsorvível. Métodos: Foram selecionados pacientes portadores de FO sem defeitos associados, através de ecocardiogramas transesofágicos e teste de bolhas. O diagnóstico anatômico foi feito por meio de ecocardiograma transesofágico (ETE) e a patência do forame determinada através de testes de bolhas com solução salina aerada. Os pacientes utilizaram a associação de ácido acetil salicílico (AAS) e clopidogrel por 3 meses e AAS isolado nos três meses subsequentes. Resultados: Entre fev/10 e fev/11 foram tratados dezesseis pacientes, sendo 56% do sexo feminino. As idades variaram de 19 a 65 anos (44,3 ± 12,9 anos) e os pesos de 50 a 96 kg (74,5 ± 11 kg). O comprimento do túnel do FO variou de 6 a 11 mm (7,8 ± 1,6 mm) e a abertura não provocada mediu entre 1 e 3 mm (2,3 ± 0,6 mm). O implante do dispositivo foi possível em todos os casos. Foram utilizados vinte dispositivos nos dezesseis pacientes, numa relação de 1,2 próteses por paciente. Ao final todos os casos apresentaram oclusão satisfatória ao ETE. 50% dos pacientes completaram seis meses de seguimento. Conclusões: Em nossa limitada experiência a prótese BioSTAR se mostrou confiável, segura e eficaz se apresenta como uma excelente alternativa para o fechamento percutâneo dos foramens ovais, mesmo aqueles com aneurismas de septo atrial. de aneurismas tardios após séries de dilatações de lesões nativas. A técnica com implante de stent tornou-se uma alternativa para pacientes com coarctação de aorta (CoAo) que não responderam ao balão,mostrando evitar o enfraquecimento da parede vascular,prevenindo dissecção aórtica e formação tardia de aneurisma. Objetivo: Analisar a evolução de pacientes submetidos ao implante de stent em CoAo nativa ou pós-cirúrgica. Métodos: Série de 62 casos (53% Masculinos) portadores de CoAo nativa (43) e pós-cirúrgica (19) tratados entre novembro de 1999 e dezembro de 2010.A idade média foi 17,6 ± 11,4 anos (2,8-62,7 anos). O peso médio foi 52,0 ± 20,2 Kg e 5 crianças pesavam menos que 25 Kg. O tempo mé|dio de seguimento foi 44,2 ± 36,2 meses e follow-up foi conseguido em 89,7% dos casos. Resultados: Em 29 (46,7%) pacientes a lesão era segmentar, com acesso femoral em 98% (3 deles com alça arterio-arterial). Sete (11%) pacientes foram pré-dilatados para passagem de bainha longa. O diâmetro do istmo variou de 9 a 18,6 mm (13,1 ± 2,6 mm) e o menor diâmetro da lesão pré-procedimento de 1,7 a 10 mm (6,1 ± 2,4 mm),sendo o menor diâmetro alcançado 11,8 ± 2,3 mm, com ganho percentual de 93,4% (p = 0,002). Relação menor diâmetro/istmo final = 0,9 ± 0,1 mm. Houve queda do gradiente de 38,6 ± 16,4 para 6,3 ± 8,5 mmHg (p < 0,001). Dez (16,1%) pacientes tiveram complicações imediatas: um pseudoaneurisma femoral, 4 oclusões arteriais agudas, 1 hematoma muscular abdominal, 1 ruptura do balão retirado da ilíaca cirurgicamente, 1 migração do stent que obstruiu ASD aberrante e 3 complicações menores (1 HAS e 2 hematomas extensos). Houve cinco complicações tardias: 2 pseudoaneurismas peri-stent, 1 fístula AV ligada cirurgicamente, 1 embolização para aorta abdominal após 10 meses do implante e 1 estenose 50% da femoral. Em 8 casos foi necessária reintervenção, sendo que em 1 caso a opção foi cirúrgica. A curva de sobrevida mostrou que 77% dos pacientes não sofreram novas intervenções em 78 meses (6,5 anos). Conclusão: O tratamento da CoAo com stents expansíveis por balão é um método cada vez mais seguro e eficaz, com bons resultados em curto e médio prazo. 42 83 84 INTERVENÇÃO PERCUTÂNEA NO POS OPERATÓRIO IMEDIATO DE CIRURGIA DE GLENN USE OF BALLOON TO CORRECT PROTRUSION OF AORTIC DISC AFTER AMPLATZER DUCT OCCLUDER II IMPLANTATION SANTIAGO RAUL ARRIETA; JULIANA NEVES; MARIA ESTER CORREIA; RENATA CASSAR; CRISTINA VENTURA; FERNANDO MORAES; CLEUSA LAPA EDMUNDO CLARINDO OLIVEIRA; MARCO ANTONIO G DE MOURA; ADRIANA MELLO R SANTOS; ANDREIA A C OLIVEIRA IMIP - RECIFE PERNAMBUCO HOSPITAL FELICIO ROCHO / HOSPITAL SANTA CASA DE BH Introdução: Sabe-se que obstruções na árvore pulmonar ou no local anastomose cavo-pulmonar (ACP) assim como também o excesso de fluxo sanguineo após a cirurgia de Glenn bidirecional dificultam o retorno venoso sistêmico superior podendo levar a um quadro grave de edema e cianose no pós-operatório imediato (POI). Objetivo: Analisar de forma retrospectiva todos os casos submetidos a cateterismo cardíaco intervencionista no POI da cirurgia de Glenn bidirecional. Material e Resultados: Desde 2007 a 2010 em nosso serviço seis pacientes (pts) foram submetidos a 7 procedimentos intervencionistas no POI de cirurgia de Glenn. A idade variou de 1,5 a 4 anos média (3,05) e o peso de 8 a 13 Kg (m = 11,13 Kg). A cardiopatia de base mais frequente foi atresia tricúspide (5 pts).Os procedimentos realizados foram Implante de stent no local da ACP (4), Angioplastia com balão na ACP (1), Angioplastia na artéria pulmonar esquerda-APE (1) e oclusão da via de saída do ventriculo direito (1). O tempo médio entre o procedimento e a cirurgia foi de 6,8 dias (3-18). O principal motivo de indicação foi síndrome de veia cava superior em 4 pts e derrame pleural importante em 2 pts. A mediana de pressão da VCS antes do procedimento foi de 22 mmHg (18-25) e de 15 (13-17) apos. Não houve intercorrencias durante os procedimentos. O tempo médio de permanência hospitalar apos intervenção foi de 7,2 ± 2 dias. No seguimento de 2,8 ± 1,5 anos 2 pts foram submetidos a cirurgia de Fontan, 1 pt submetido a implante de stent na APE e 3 encontramse em acompanhamento clinico. Conclusão: As intervenções percutâneas no POI de cirurgia de Glenn permitiram uma melhora substancial do quadro clinico de todos os pacientes com baixo índice de complicações e mortalidade. Transcatheter Closure is considered the method of choice for the treatment of patent ductus arteriosus (PDA). Amplatzer duct occluder (ADO) has been employed to treat different sizes of ductus successfully. Recently, ADO II has been used for the treatment of all types of PDA. Objective: Describe our experience in whom we used balloon to adjust the aortic disc and avoid obstruction to the descending aorta. Patients: Case1-An 18 m old boy weighting 11kg. Tubular ductal diameter was 2,8 mm; measuring 12 of length and the descending aorta diameter was 10,5. ADO II device 6/6 was chosen according to manufacturer’s indications. Aortic disc protruded causing a 25 mmHg gradient in the descending aorta. Case2-An 11 month old boy weighting 10 kg Tubular ductal diameter of 1,8 mm; measuring 10,5 of length and a descending aorta diameter of 9. ADO II 6/6 was chosen. Aortic disc protruded and prolapsed despite the good position of the device and absence of residual shunt. Gradient was 15 mmHg in aorta. Case3- 6 month old female weighting 6,5 kg Ductal diameter of 2,5 mm; 14 of length and a descending aorta diameter of 8. ADO II 6/6 was chosen. The device was in good position, but Aortic disc protrusion caused an 18 mmHg gradient in the descending aorta. Balloon was used in all three cases with good results and elimination of aortic obstruction. Discussion: Transcatheter closure is an established technique to treat ductal patency. ADOII seems to have some advantages: the presence of two discs assures more stability; the very soft and flexible structure warrants high conformability; being released through a 4-5Fr delivery system. We have closed 86 PDA using ADO and another 13 using ADO II since December 2009. Despite following manufacturer’s indications to choose the type of device, in these three cases we had difficulties in choosing the right length of it. Gradients caused by aortic disc protrusion were seen in all of them. Balloon catheters 2 mm smaller (in diameter) than descending aorta were used to adjust the disc with good results. In the end of the procedure there were no gradients or residual shunts. Echocardiography 1 and 7 days after the percutaneous closure demonstrated device in correct position without pulmonary or aorta obstruction. Conclusions: ADOII is a new device with several advantages. Although the correct size of the device can be difficult to be chosen, sometimes being necessary to replace it. In these three cases the adjustment of the aortic disc using Balloon was successful being a good alternative in these situations. RBCI Vol. 19, Nº 2, 2011 Junho, 2011;19(supl.1). XV Jornada de Enfermagem 85 86 IMPLANTE DE STENTS POR VIA CAROTÍDEA PARA COARTAÇÃO DA AORTA EM NEONATOS E LACTENTES "TRATAMENTO PERCUTÂNEO DO ANEURISMA ROTO DO SEIO DE VALSALVA" RODRIGO NIECKEL DA COSTA; MARCELO S RIBEIRO; FABRÍCIO L PEREIRA; SÉRGIO LN BRAGA; MARIA VIRGÍNIA T SANTANA; VALMIR FERNANDES FONTES; PAULO CHACCUR; MARCELO JATENE; CARLOS A C PEDRA FABIO BERGMAN; ALAN E SILVA; LUIZ A CHRISTIANI; VIVIANE X SOARES; LINA A MIURA; ANA FLAVIA MALHEIROS; SANDRA POSSATO; ADRIANA M INNOCENZI; MARIA DE FATIMA M P LEITE HOSPITAL DO CORAÇÃO / INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA BABY COR CARDIOLOGIA PEDIÁTRICA E FETAL Introdução: Aangioplastia com cateter-balão da coartação da aorta (CoA) em neonatos e pequenos lactentes apresenta limitações devido a índices significativos de ReCoA. O implante de stents neste subgrupo de pacientes (pts) é raramente utilizado devido a limitações do acesso arterial. Neste estudo relatamos 3 pts submetidos a este tipo de procedimento por via carotídea. Métodos: Desde 01/07, 3 pts (5 dias-4 meses) em insuficiência cardíaca (ICC) grave e disfunção ventricular foram submetidos a implante de stents para CoA por via carotídea (dissecção pelo cirúrgico, punção direta do vaso, introdutores (6F) sob anestesia geral após obtenção do consentimento esclarecido. Dois eram portadores de CoA nativa (1 pós cirurgia de Jatene para transposição das grandes artérias) e outro pós cirúrgica (interrupção do arco aórtico). Resultados: O implante foi realizado com sucesso nos 3 pts com queda significativa do gradiente e ampliação do diâmetro tratado. Não houve complicações neurológicas ou da parede da aorta. Houve melhora imediata da ICC e no seguimento (mediana de 1 ano), todos apresentaram normalização dos níveis de pressão arterial e um necessitou de novo implante de stent devido a crescimento neointimal significativo (provável tecido ductal) no local tratado. Conclusões: O implante de stents por via carotídea para tratamento da CoA foi factível, seguro e eficaz nesta pequena coorte de neonatos e pequenos lactentes de alto risco cirúrgico devido às condições clínicas basais. Um seguimento mais longo é necessário. Introdução: A ruptura do aneurisma do seio de valsalva (A.S.V.R.) é raro e de causas variáveis. Congênito ou adquirido; secundário a infecções ou doenças do tecido conjuntivo. Na apresentação congênita, local mais comum é o seio coronário direito e o não coronário, drenando para átrio direito (A.D.) ou ventrículo direito; clínica variável desde assintomático até choque. Método: Relato de caso de fechamento de aneurisma roto do seio de valsalva, na região do seio coronário direito drenando para atrio direito, com prótese de “Amplatzer” A.D.O.I (AGA). paciente de 20 anos, fem., 60 kg, portadora de Síndrome de Down, desenvolveu sopro contínuo em foco aórtico com sinais clínicos de fuga aórtica e necessidade de medicação anticongestiva. Sob anestesia geral e com ecocardiografía transesofágica. Puncionamos artéria e veia femorais direitas e por via arterial retrógrada cruzamos a região do aneurisma desde aorta até o A.D., sendo posicionada guia de troca em veia cava inferior que foi laçada por via venosa estabelecendo-se alça arteriovenosa. Por sobre a guia de troca, por via venosa é avançada bainha longa 7F e liberada prótese de Amplatzer ADO I numero 12/10; 24 horas internção, não houveram complicações. O ecocardiograma de 24 hs e com 7 dias ainda demonstravam fluxo através da prótese, no estudo com 15 dias cessou o fluxo residual. Discussão: O aneurisma do seio de valsalva de origem congênita ocorre em 1% das cardiopatias congênitas, sendo a sua ruptura evento menos comum. Ocorre em associação com outros defeitos congênitos sendo o C.I.V. o defeito mais comum. A lesão permanece silenciosa até o evento da ruptura, quando o quadro clínico varia de acordo com o trajeto e o local de drenagem. A técnica percutânea via venosa reduz a incidência de complicações possíveis pelo uso de bainhas longas e de perfis maiores quando necessário. Conclusão: Fechamento percutâneo do A.S.V.R. é procedimento seguro e eficaz, devendo ser realizado por equipe experiente, tendo sido relatado por outros autores, sendo boa opção à terapeutica cirúrgico, bem estabelecida na literatura. 87 88 TRATAMENTO PERCUTÂNEO DA ESTENOSE VALVAR AÓRTICA CRÍTICA. RESULTADOS IMEDIATOS E TARDIOS APÓS 19 ANOS DE EXPERIÊNCIA EM CENTRO TERCIÁRIO ANGIOGRAFIA ROTACIONAL COM RECONSTRUÇÃO TRIDIMENSIONAL (3D-RA) EM PACIENTES COM ESTENOSE DA ARTÉRIA DO RIM TRANSPLANTADO: ANÁLISE DE 35 CASOS RAUL IVO ROSSI FILHO; MÔNICA SCOTT BORGES; JOÃO L L MANICA; ANDRÉ LUIS A BODINI; PAULO RENATO M MACHADO; RODRIGO ALMEIDA SOUZA; BARBOSA, AHP; PIMENTEL, LC; FURINI, FR; SOUSA, JMA; PESTANA, JOM; LIMA, VC INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO RS/FUC UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO / ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA Introdução: A estenose aórtica crítica é cardiopatia grave e necessita intervenção terapêutica precoce. Sabe-se que a valvoplastia percutânea possui bons resultados imediatos e em curto prazo. Poucos estudos demonstram a efetividade desse método em longo prazo. O objetivo deste estudo é relatar a experiência de 19 anos de valvoplastia aórtica percutânea em neonatos e lactentes pequenos em um centro terciário. Métodos: Entre abril de 1991 e novembro de 2010, 39 crianças portadoras de estenose aórtica valvar crítica foram submetidas a valvoplastia percutânea. A idade média foi de 22 ± 19dias e o peso médio de 3300 g (1840 a 4400 g). Todos os pacientes apresentavam insuficiência cardíaca congestiva, com ou sem colapso circulatório. Houve predomínio do acesso femoral (58,9%), mas, após 2003, o acesso carotídeo através de dissecção cirúrgica passou a ser a primeira opção. Foram utilizados balões Tyshak-mini® entre 4 a 10 mm de diâmetro. Resultados: Imediatamente após o procedimento, houve queda significativa do gradiente máximo VE-Ao pelo ecocardiograma de 74 ± 23 para 34 ± 19 mmHg (p < 0,001). Estavam livres de insuficiência aórtica significativa 82,1% dos pacientes e apenas dois pacientes mantiveram estenose severa residual, sendo que um deles necessitou nova valvoplastia percutânea após 27 dias, com bom resultado. Não houve complicações vasculares após a Introdução do acesso carotídeo. O tempo médio de seguimento foi de 82,6 ± 73,7 meses. A sobrevida média após o procedimento foi de 81,3% em 107 meses. Houve apenas um óbito intra-hospitalar em portadora de síndrome de Turner e coarctação com enterocolite, e seis óbitos tardios (um após correção univentricular, dois de morte súbita em casa e três de causa não cardíaca). Apenas 23% dos pacientes sofreram reintervenção, sendo que 10,2% deles necessitaram de implante de prótese metálica após um tempo médio de 57 meses. A valvoplastia cirúrgica foi necessária em dois (5,1%) pacientes após período médio de 23,5 meses. Conclusões: A valvoplastia percutânea como tratamento para a estenose aórtica crítica em neonatos e lactentes pequenos selecionados é segura e eficaz, sendo a terapêutica de escolha com bons resultados em curto e longo prazo. Introdução: A estenose da artéria do rim transplantado (EART) é a principal complicação vascular associada com eventos adversos em pacientes portadores de enxerto de renal, cuja incidência varia de 1 a 23%. A arteriografia é o método padrão-ouro para o diagnóstico, possibilitando o tratamento imediato, porém devido à anatomia variável e à localização da anastomose, muitas vezes são necessárias projeções adicionais, levando a maior exposição ao contraste e à radiação. A angiografia rotacional com reconstrução tridimensional (3D-RA) surge como atraente ferramenta para o diagnóstico e auxiliar no tratamento da EART. O objetivo deste trabalho foi avaliar a acurácia das medidas obtidas pela 3D-RA em comparação com as obtidas pela angiografia convencional. Método: De abril de 2010 a janeiro de 2011, foram realizadas 41 3D-RA em pacientes com alta suspeita clínica de EART. A análise das imagens foi realizada por observadores independentes, sendo as medidas da arteriografia convencional obtidas no momento do procedimento enquanto que as da 3D-RA, após o processamento das imagens pelo software Philips® Allure 3D-RA. Resultados: Foram analisados 35 procedimentos, dos quais 84% foram suficientes para o diagnóstico e 20% contribuíram com informações adicionais relevantes para o diagnóstico e estratégia terapêutica. Não houve diferença estatisticamente significante entre as medidas obtidas, bem como observou-se forte correlação entre as mesmas. Conclusão: A angiografia rotacional com reconstrução tridimensional surge como ferramenta atraente e útil para o diagnóstico e tratamento da estenose de artéria de rim transplantado, cujas medidas apresentam forte correlação com as realizadas pela angiografia convencional, bem como adicionando informações complementares e relevantes, além de potencialmente reduzir o tempo do procedimento e as morbidades relacionadas ao método, tais como doses de radiação e contraste. 43 Bosque do Alemão XVI Jornada de Enfermagem 6 Iniciais Enfermagem.pmd 45 13/5/2011, 13:27 Mensagem da Presidente do Departamento de Enfermagem Caros colegas É com grande entusiasmo e sem medir esforços que as comissões científica e social os recebem para nossa XVI Jornada de Enfermagem em Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista, na aconchegante capital do Paraná. Os temas livres fazem parte das atividades científicas de nossa Jornada e promovem, além de um meio de participação, a possibilidade de exposição da produção científica da Enfermagem em Intervenção Cardiovascular e de troca de experiências para o desenvolvimento profissional. A Comissão Científica recebeu 38 trabalhos, que foram analisados por 17 julgadores, os quais avaliaram minuciosamente cada resumo e atribuíram notas de 0 a 10, extraindose uma média utilizada para classificação final. Salienta-se que cada trabalho foi analisado por 3 julgadores e estes visualizaram apenas suas médias, sem conhecer as dos restantes julgadores. Assim, foram classificados 12 temas para apresentação oral e 10 temas para apresentação como pôsteres. As avaliações foram criteriosas, com o intuito de valorizar a produção científica da Enfermagem em Intervenção Cardiovascular. Estamos certos de que os temas livres apresentados trarão assuntos interessantes e que estimulam a discussão, representando as diversas realidades do País. Agradecemos e parabenizamos a todos os que enviaram seus trabalhos. Ivanise Gomes Presidente do DESBHCI 47 6 Iniciais Enfermagem.pmd 47 13/5/2011, 13:27 Mensagem da Presidente da XVI Jornada de Enfermagem Caros colegas Nesta XVI Jornada de Enfermagem em Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista, este ano realizada em Curitiba (PR), gostaríamos de agradecer a participação dos profissionais de enfermagem nessa grande oportunidade de aliar conhecimentos científicos à ecologia e à cultura que essa cidade nos oferece. Como resultado de incansável e dedicado trabalho, teremos uma programação científica diferenciada, com assuntos que abrangerão da parte administrativa à clínica, incluindo novas tecnologias. Teremos a apresentação de trabalhos científicos, em exposições orais e pôsteres, distribuídos durante a programação, contribuindo para a integração e a atualização dos profissionais de enfermagem. Serão oferecidos prêmios para os melhores trabalhos científicos orais, que serão avaliados por profissionais formadores de opinião e de grande conhecimento científico. Contaremos, também, com a realização de simpósios-satélite, nos quais a indústria terá seu espaço, enriquecendo nosso evento. Reiteramos nosso agradecimento aos colegas profissionais de enfermagem, cuja presença fortalece esse elo tão importante para o conhecimento e o aprimoramento científico. Um grande abraço. Claudia Burigo Zanuzzi Presidente da XVI Jornada de Enfermagem em Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista 48 6 Iniciais Enfermagem.pmd 48 13/5/2011, 13:27 Comissão Julgadora dos Temas Livres de Enfermagem e Técnicos Adriana Correia de Lima (MS) Claudia Burigo Zanuzzi (PR) Edinaldo S. de Oliveira (PR) Elbia Ramirez Kosop (PR) Érika Gondim Gurgel Ramalho Lima (CE) Ézia Maria Corradi (PR) Flávia Fernanda Franco (SP) Gianfábio Pimentel Franco (RS) Jubá Cunha (CE) Márcia Fátima da Silva (SP) Márcia Manggini (DF) Maria Aparecida Carvalho Campos (SP) Rita da Cruz Amorim (BA) Simone Fantin (RS) Solange Penna (RJ) Tatiane Maria Bellia (PR) Thais Vasconcelos (MG) 49 6 Iniciais Enfermagem.pmd 49 13/5/2011, 13:27 Jardim Botânico 6 Iniciais Enfermagem.pmd 50 13/5/2011, 13:27 Temas Livres XVI Jornada de Enfermagem Apresentação Oral Temas Livres | XVI Jornada de Enfermagem – Apresentação Oral 01 02 CORRELAÇÃO ENTRE O TESTE DE ALLEN E A OXIMETRIA DE PULSO NA AVALIAÇÃO DA PERMEABILIDADE DOS ARCOS PALMARES ENTRE PACIENTES SUBMETIDOS À CORONARIOGRAFIA PELA TÉCNICA RADIAL VALIDAÇÃO CLÍNICA DO DIAGNÓSTICO MOBILIDADE FÍSICA PREJUDICADA EM PACIENTES SUBMETIDOS A CATETERISMO CARDÍACO MONICA VIEIRA ATHANAZIO DE ANDRADE; ROBSON ALVES BARBOSA; PEDRO BERALDO DE ANDRADE; MARDEN ANDRÉ TEBET SANTA CASA DE MARÍLIA Introdução: A abordagem da artéria radial como via de acesso para realização de coronariografia tem sido crescente nos últimos anos. Embora esta técnica se associe a baixas taxas de oclusão arterial é de extrema importância a avaliação da permeabilidade dos arcos palmares a fim de evitar complicações isquêmicas à mão. Esta patência pode ser avaliada com o teste de Allen (TA) ou com a oximetria de pulso (OP). Métodos: Análise prospectiva comparando o TA com a OP para avaliação da integridade do arco palmar em pacientes submetidos à coronariografia. Inicialmente foram localizados e avaliados os pulsos radial e ulnar. O TA foi realizado comprimindo-se digitalmente ambas as artérias, e após liberação da artéria ulnar, considerou-se TA normal a velocidade de retorno da coloração da mão em até 10 segundos, intermediário entre 11 e 15 segundos e alterado à 15 segundos. A OP foi realizada com o sensor colocado no dedo polegar, e após confirmação de saturação de O2 à 90% foi pressionada a artéria radial por dois minutos. Consideraram-se os seguintes resultados de curvas pletismográficas: A- sem variação da curva e oximetria positiva; B- damping da curva e oximetria positiva; C- perda da curva com oximetria negativa e restabelecimento após dois minutos; e D- perda da curva com oximetria negativa sem restabelecimento após dois minutos. Resultados: No período de setembro de 2010 a fevereiro de 2011 foram avaliados 150 pacientes submetidos à coronariografia pelo acesso radial direito. A idade média foi de 62 ± 9 anos, 61% pertenciam ao sexo masculino e 32% eram diabéticos. O TA foi considerado normal na totalidade dos pacientes. A curva pletismográfica tipo A foi observada em 68 pacientes, tipo B em 44, tipo C em 28 e tipo D em 10 pacientes. Conclusão: O TA normal pode estar associado a diferentes padrões de curvas pletismográficas. Por ter demonstrado boa correlação com a perfusão palmar, permitir uma avaliação mais objetiva, qualitativa e que independe do observador, a OP representaria o teste de eleição para avaliação da permeabilidade dos arcos palmares, possibilitando a adoção de cuidados com o intuito de prevenir a ocorrência de injúrias isquêmicas à mão após a realização de coronariografia pela técnica radial. ANGELITA PAGANIN; PATRICIA MENEGAT; ENEIDA REJANE RABELO UFRGS / HOSPITAL UNIMED CAXIAS DO SUL Introdução: O diagnóstico de enfermagem (DE) Mobilidade Física Prejudicada (MFP) é frequentemente estabelecido para pacientes submetidos a cateterismo cardíaco, uma vez que após o procedimento o repouso impede a mobilidade física, trazendo desconforto e inquietação. No entanto, a validação desse diagnóstico neste cenário permanece inexplorada. O objetivo deste estudo é validar clinicamente as características definidoras (CD) do diagnóstico MFP em pacientes submetidos a cateterismo cardíaco; validar desconforto como característica adicional a este diagnóstico. Métodos: Estudo de validação clínica (modelo de Fehring), em que duas peritas avaliaram em ambiente clínico real, simultânea e independentemente 250 pacientes submetidos a cateterismo cardíaco por acesso femoral, idade ≥ 18 anos, ambos os sexos, com MFP em relação a 11 CD das 13 apresentadas pela NANDA-I e mais uma característica adicionada. Foram consideradas CD validadas aquelas com R > 0,50 (razão ponderada de confiabilidade entre avaliadores). O teste Kappa também foi utilizado para avaliar a concordância entre as peritas. Resultados: Das 11 CD estudadas três foram validadas: Amplitude limitada de movimento (R = 1), Capacidade limitada para desempenhar as habilidades motoras grossas (R = 1) e Dificuldade para virar-se (R = 0,80); Foi adicionada como CD Desconforto, que ocorreu em 47 (19%) dos pacientes e não foi validada pelo método de Fehring, no entanto, obteve-se Kappa = 0,92 sendo considerada com concordância excelente entre as peritas. Conclusões: Estudos de validação são importantes visando melhorar a acurácia diagnóstica em diferentes cenários. 03 04 PERFUSÃO TISSULAR PERIFÉRICA INEFICAZ RELACIONADA ÀS COMPLICAÇÕES VASCULARES PÓS INTERVENÇÃO CORONÁRIA PERCUTÂNEA (ICP): VALIDAÇÃO DE CONTEÚDO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM IMPLANTAÇÃO DE RASTREABILIDADE DE CATETERES DE HEMODINAMICA JANNAINA GOMES DE LIMA; ROSANA P. R. BIANCO; ANTÔNIO CARLOS M. BIANCO; EDNA V. SILVA CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO / INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA Introdução: Nas últimas décadas verificou-se o aumento na utilização de procedimentos menos invasivos como a Intervenção Coronária Percutânea (ICP) no tratamento de doenças cardiovasculares. Esta prática vem apresentando bons resultados, porém pode apresentar complicações, sendo uma delas as vasculares. Para identificar se as Características Definidoras (CD) de um determinado Diagnóstico de Enfermagem (DE) representam de fato o problema do paciente, é necessário realizar estudos de validação de seu conteúdo. Objetivo: Validar as Características Definidoras do Diagnóstico de Enfermagem Perfusão Tissular Periférica Ineficaz frente às complicações após ICP de acordo com as respostas dos Enfermeiros Peritos em Cardiologia. Método: Estudo descritivo, transversal e quantitativo, realizado entre março e maio de 2010, em 14 Unidades de Hemodinâmica de São Paulo. A amostra foi constituída por 27 enfermeiros sendo que somente 18 foram selecionados como peritos; para esta delimitação utilizou-se o método adaptado de Fehring (1987). Resultados: Das 12 CD do DE, obteve-se a validação de 08. Destas, os enfermeiros peritos apontaram como Indicadores Principais Provisórios: pulsos ausentes (escore 0,80) e Indicadores Secundários Provisórios: parestesia (escore 0,69), pulsos diminuídos (escore 0,68), claudicação (escore 0,68), características da pele alteradas (cor, elasticidade, pelos, umidade, unhas, sensações, temperatura) (escore 0,65), dor em extremidade (escore 0,54), a cor da pele não volta à perna quando esta é baixada (escore 0,54) e cicatrização de ferida periférica retardada (escore 0,51). As CD excluídas foram: cor da pele clara com elevação (escore 0,49), edema (escore 0,49), função motora alterada (escore 0,49) e mudanças na pressão sanguínea nas extremidades (escore 0,49). Conclusão: O reconhecimento da apresentação clínica de complicações vasculares pós ICP, pelo enfermeiro, propicia intervenções precoces, diminuição de agravos e implementação de controle de riscos. 52 MARCELA BOLSONI MUZETE; SIMONE SAMPAIO; ERICA D. LORIATO ANGIODINAMICA - HOSPITAL NOSSA SENHORA DE LOURDES Introdução: A implantação da rotina de rastrebilidade iniciou com o intuito de se adequar à RDC nº 156 da ANVISA de 21 de agosto de 2006. O foco é rastrear, temos o compromisso de mensurar para obtermos um resultado com qualidade e baseado em evidências. O protocolo de reprocessamento e rastreabilidade deve garantir a qualidade do resultado e de todas as etapas do processo, incluindo a avaliação de funcionalidade, esterilidade, rastreabilidade, condições de armazenamento e descarte. Métodos: É um trabalho de relato de experiência sobre a implantação de uma rotina de rastreabilidade de cateteres de hemodinâmica, de acordo com a legislação da Anvisa, RE 2505 e 2506. Resultados: Para a impantação desta rotina foi aprimorado o sistema de controle de estoque já existente. A entrada no sistema de estoque, primeiramente é realizada pelo cateter novo. Após a sua primeira utilização, é realizado a saída do produto, indicando o nome e data do paciente que utilizou o cateter. O cateter é encaminhado para o seu primeiro reprocessamento, sendo avaliado sua funcionabilidade e enviado também o seu lote original de fabricação. Caso na avaliação da equipe de Enfermagem da Hemodinâmica e da empresa reprocessadora observar sinais de perda de funcionabilidade como torções, o cateter é desprezado. Ao retorno do cateter da empresa reprocessadora, o mesmo é encaminhado para o setor de estoque e é cadastrado com o número de lote registrado pela empresa reprocessadora, porém com o controle final demonstrando o total de reesterilizações. É impresso uma etiqueta com código de barras, e o mesmo é armazenado. Nas seguintes utilizações desse cateter, o processo segue-se semelhante, porém seguindo rastreabilidade á partir da segunda reutilização até seu quinto reuso. Para a rastreabilidade, um relatório é fornecido pelo próprio sistema, o qual informa quais os pacientes que utilizaram o cateter, dentro do limite de 5 reutilizações. Os pacientes são acompanhados pelo serviço após 10 dias da realização do procedimento. Conclusões: Para uma assistência c/ qualidade enfatizando o controle e a rastreabilidade de cateteres, notamos que o aprimoramento do sistema de controle de estoque que atualmente é utilizado no serviço foi amplamente contemplado e atendeu as expectativas da emissão de relatórios para evidência e controle dos mesmos, tendo um importante auxilio da empresa reprocessadora no cadastro da impressão do lote de fabricação, o qual auxilia na rastreabilidade dos cateteres até seu 5 reuso. Este trabalho demonstrou ao setor, que a implantação do sistema de rastreabilidade de cateteres faz a diferença no controle e na qualidade do serviço, além de seguir as normas já existentes pela Anvisa e o atendimento das certificadoras de qualidade. RBCI Vol. 19, Nº 2, 2011 Junho, 2011;19(supl.1). XVI Jornada de Enfermagem 05 06 INCIDENCIA DE TROCA DO CATETER TIG POR UM CATETER PRE FORMADO JUDKINS (JL E JR) NOS PROCEDIMENTOS TRANSRADIAL: AUMENTA O TEMPO DE PROCEDIMENTO E CUSTO? O PAPEL DO ENFERMEIRO NO ACOMPANHAMENTO DO PACIENTE COM DOENÇA DA ARTÉRIA CORONÁRIA APÓS SER SUBMETIDO A ANGIOPLASTIA TRANSLUMINAL PERCUTÂNEA CORONÁRIA JUSSELI DAMASO; JUSSELI DAMASO; KELLYNNE PRISTON HOSPITAL AGAMENOM MAGALHÃES Introdução: A utilização do acesso radial para diagnóstico em cinecoronariografia foi apresentado por Lucien Campeau, em 1989, quando ele apresentou os resultados em 100 pacientes, utilizando cateteres 5Fr. Em Agosto de 1992, o Dr. Ferdinand Kiemenej realizou a primeira angioplastia coronária por via Radial, no Onze Lieve Vrouwe Gasthuis (OLVG) em Amsterdam.No Brasil, estima-se emprego de acesso radial entre 25% e 30% dos procedimentos, atualmente. A abordagem radial tornou-se cada vez mais popular, em decorrência de alta taxa de sucesso, menores taxas de complicações vasculares, menor tempo de hospitalização, mobilização mais precoce do paciente e custos do procedimento reduzidos, quando comparada com a abordagem femoral.Objetivo Avaliar a incidência de troca de cateter nos procedimentos radial e se o mesmo honera em tempo e custo. Métodos: Registro observacional com inclusão dos pacientes submetidos aprocedimentos radiais no lab do ham. variáveis do procedimento número de cateteres utilizados entre os pacientes submetidos ao exame com um cateter dedicado (OptitorqueTM TIG,e aqueles substituido com os cateteres de Judkins (JL e JR). Resultados: No período de Abril de 2010 a Janeiro de 2011, 152 pacientes foram submetidos a cineangiocoronariografia com o cateter TIG. A amostra foi comparada a um grupo incluídos em um mesmo período, cujo procedimento necessitou trocar por cateteres de Judkins. Conclusões: Os achados do registro demonstraram que a utilização de cateter dedicado ao acesso radial é segura e eficaz, com diminuição significativa dos tempos de exame, além da esperada diminuição da utilização de cateteres, com redução dos custos do procedimento. Outro aspecto importante diz respeito a grande vantagem em se realizar cinecoronariografia utilizando-se apenas um único cateter visto que a troca frequente de cateteres pode favorecer o surgimento de espasmo importante, dificultar a progressão dos cateteres e, consequentemente, causar significativo desconforto ao paciente. FILHO, JD; FERNANDEZ, LFF; NASCIMENTO, AR; BATISTA, MR; MIANA, LR; GUIMARÃES, RG; FILHO, JITJ; GUIMARÃES, RG; PARREIRA, SP HOSPITAL 9 DE JULHO, MG Introdução: As doenças cardiovasculares são as principais causas de morte no Brasil correspondendo a 33% dos óbitos em todo o país, dos quais um terço corresponde a óbitos por doença arterial coronariana. Métodos: Trata-se de uma pesquisa-ação, onde participaram 170 pacientes que foram submetidos a Angioplastia Transluminal Percutânea Coronária. Os dados foram coletados no período de 01/08/2009 a 01/08/2010, por meio de questionário contendo seis questões abertas e fechadas respondidas pelo próprio paciente. A educação conscientizadora foi realizada as quartas-feiras no hospital em estudo e distribuído folhetos explicativos para os pacientes e seus familiares que participaram da atividade educativa. Resultados: Os resultados obtidos foram: 100% dos pacientes responderam que os objetivos da atividade educativa foram contemplados; 100% relataram que as imagens facilitaram o entendimento do que é a doença, o que é a angioplastia e o stent; 98% responderam que foi muito importante entender a alimentação ideal, o uso correto de medicação, a realização de atividade física e retornar ao médico regularmente; 95% responderam que atividade educativa não foi cansativa e sim esclarecedora. Conclusões: Este estudo possibilitou a percepção que a orientação por meio da educação em saúde pode ajudar o paciente a enfrentar a nova situação que a doença arterial coronariana lhe impõe. Para tanto, faz-se necessário que o paciente conheça e entenda a sua doença e suas complicações para que aplique de forma adequada os conhecimentos adquiridos, encontrando assim, uma certa tranquilidade para viver. 07 08 PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS E INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM PARA PACIENTE SUBMETIDO A IMPLANTE PERCUTÂNEO DE VÁLVULA AÓRTICA – ESTUDO DE CASO INCIDÊNCIA DE OCLUSÃO DE PULSO PÓS-PROCEDIMENTOS PELA VIA TRANSRADIAL SOLANGE CAVALCANTE DIAS CHAVES; KÁTIA LACERDA DE SOUZA; VIVIAN MARIA DAVID; NATÁLIA PINHEIRO BRAGA; GABRIELA FEITOSA LIMA; GABRIELA DE ANDRADE TOMA; MAKSUELY CARVALHO ALVES; MARINA F.DE ARRUDA DEDINI; HARRIET BÁRBARA MARUXO; EDNA VALÉRIA DA SILVA INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA Introdução: Estenose aórtica é uma condição em que há uma redução da área valvar devido a restrição à abertura dos folhetos valvares. Técnicas minimamente invasivas foram criadas para solucionar essa doença e melhorar a condição de vida de pacientes ditos inoperáveis. A enfermagem atua junto a estes pacientes proporcionando melhora na sua recuperação utilizando os Diagnósticos de Enfermagem e suas intervenções. Métodos: Estudo de caso clínico, baseado na revisão de literatura e acompanhamento do paciente durante o período de internação. Realizado no mês de agosto de 2010 num Hospital de referência em cardiologia do Estado de São Paulo, onde a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é realizada.O trabalho teve como foco os indicadores avaliados para alcance dos resultados de enfermagem planejados, utilizando como referencial a Nursing Outcomes Classification (NOC) e Nursing Classification Intervention (NIC). Resultados: Os diagnósticos de enfermagem propostos foram: integridade tissular prejudicada, mobilidade física prejudicada, risco de sangramento, risco para débito cardíaco diminuído e risco de perfusão renal ineficaz. Foram elaboradas intervenções para os diagnósticos com referência nos resultados esperados. Conclusões: Elaboração do plano de cuidados baseados na SAE e voltados à especificidade do tratamento percutâneo contribui significativamente para melhora do quadro clínico do paciente, uma vez que as intervenções de enfermagem foram direcionadas às complicações após implante percutâneo da prótese. RAFAEL PEREIRA DE BORBA; MARCELA ALMEIDA; CLÁUDIO V. MORAES; ISMAEL VOLTOLINI; EDUARDO AZEVEDO; CARLOS CARDOSO; EMILIANE SOUZA; MARIA A. MORAES; CRISTIANO CARDOSO INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO RS Introdução: Abordagem transradial reduziu as complicações vasculares. Porém, a oclusão do pulso pós-procedimento é uma das limitações da técnica. É objetivo desse estudo avaliar a incidência de oclusão da artéria radial após cateterismo cardíaco. Métodos: Estudo de coorte prospectivo com pacientes submetidos a cateterismo cardíaco eletivo e que utilizaram a via de acesso radial (VAR) como abordagem inicial. Procedimentos foram realizados pela VIA com cateteres 5 ou 6 french e administração de 5 mil unidades de heparina + coquetel espasmolítico. Características clínicas e angiográficas foram registradas em um banco de dados específico. O pulso radial foi avaliado antes do procedimento, imediatamente após a retirada do curativo e em sete dias com o uso de doppler. Resultados: Cento e vinte pacientes foram incluídos no estudo, sendo 42,5% do sexo masculino. Pacientes tiveram média de 59,12 ± 10,63 anos, 77,43 ± 14,18 kg e 166,01 ± 8,14 cm de altura. Tempo de procedimento, fluoroscopia e punção arterial foram de 14,81 ± 5,2 minutos, 4 ± 2,28 minutos e 129,68 ± 124,12 segundos, respectivamente. O número médio de cateteres foi de 2,28 ± 0,46 e o volume de contraste foi de 101,59 ± 21,38. Espasmo e crossover para técnica femoral ocorreram em 20,8% e 1,7% dos procedimentos. Hematoma significativo ocorreu em 2,5% dos exames. Com 1 semana de seguimento, a oclusão de pulso foi de 1,7% e redução de pulso radial ocorreu em 26,7%. Complicações do tipo pseudoaneurisma radial, fístula arterio-venosa e síndrome compartimental não ocorreram. Conclusões: A oclusão do pulso radial pós-procedimento diagnóstico utilizando a via de acesso radial é infrequente. A possível perda de pulso, portanto, não deve ser considerada uma limitação importante da técnica. 53 Temas Livres | XVI Jornada de Enfermagem – Apresentação Oral 09 10 INTEGRIDADE TISSULAR PREJUDICADA OU INTEGRIDADE DA PELE PREJUDICADA PARA PACIENTES SUBMETIDOS A CATETERISMO CARDÍACO: ESTUDO DE VALIDAÇÃO COMPLICAÇÕES VASCULARES RELACIONADAS AO DIÂMETRO DO INTRODUTOR 18F UTILIZADO PARA IMPLANTAÇÃO DE VALVA AÓRTICA DURANTE PROCEDIMENTO HEMODINÂMICO ANGELITA PAGANIN; ENEIDA REJANE RABELO MARINES GUIMARAES CHAVES BARRETO; VIVIANE DOS SANTOS PINHO; ROSANA PIRES RUSSO BIANCO UFRGS / HOSPITAL UNIMED CAXIAS DO SUL Introdução: Os diagnósticos de enfermagem (DE) Integridade Tissular Prejudicada (ITP) e Integridade da Pele Prejudicada (IPP) tem sido frequentemente estabelecidos em pacientes submetidos a procedimentos como cateterismo cardíaco, no entanto, não existe um consenso do mais adequado para pacientes neste cenário. Os objetivos deste estudo são validar clinicamente as características definidoras (CD) dos diagnósticos ITP e IPP em pacientes submetidos a cateterismo cardíaco; validar Dor aguda, Hematoma, Sangramento, Rubor e Calor como adicionais aos diagnósticos em estudo. Métodos: Estudo de validação clínica (modelo de Fehring), em que duas peritas avaliaram em ambiente clínico real, simultânea e independentemente 250 pacientes submetidos a cateterismo por acesso femoral, idade ≥ 18 anos, ambos os sexos, com ITP em relação a duas CD, IPP em relação a três CD presentes na classificação da NANDA-I, e mais cinco características adicionadas. Foram consideradas validadas CD com R > 0,50 (razão ponderada de confiabilidade entre avaliadores). O teste Kappa também foi utilizado para avaliar a concordância entre as peritas para as CD adicionadas. Resultados: Das duas características definidoras para ITP uma foi validada: Tecido lesado (R = 1); Para IPP duas características foram validadas: Invasão de estruturas do corpo (R = 1) e Rompimento da superfície da pele (R = 1); as CD adicionadas não foram validadas pelo método de Fehring, mas quando presentes: Dor aguda, Hematoma, Sangramento, Rubor e Calor a concordância foi considerada excelente entre as peritas (teste Kappa). Conclusão: Estudos de validação são importantes para determinar diagnósticos mais acurados em diferentes cenários clínicos. 11 ANÁLISE DA ADESÃO A TERAPÊUTICA FARMACOLÓGICA E NÃO FARMACOLÓGICA DE PACIENTES SUBMETIDOS À REALIZAÇÃO DE ANGIOPLASTIA CORONÁRIA TRANSLUMINAL PERCUTÂNEA COM IMPLANTE DE STENT NATALIA CAMPANHOLI RIBEIRO; VANESSA R. SIQUEIRA; LUCIANE V. B. DE CARVALHO HOSPITAL MATERNIDADE SÃO CAMILO SANTANA Introdução: Os indivíduos com Síndrome Coronariana Aguda tratados com Angioplastia Coronária Transluminal Percutânea com implante de stent, possuem seus resultados modulados a partir de suas características clínicas e especificidades do manuseio clínico proposto, onde o sucesso está associado à adesão farmacológica e não farmacológica. Baseado na importância de promover uma abordagem terapêutica efetiva e conhecer os fatores intervenientes a sua adesão, o seguinte estudo tem o intuito de analisar o seguimento do tratamento de pacientes submetidos a este procedimento. Método: Foram analisados 40 pacientes por meio de uma pesquisa quantitativa com caráter exploratório, em um hospital privado de São Paulo. Os pacientes foram abordados durante o período de internação para obtenção do termo e após 30 dias da alta hospitalar foram aplicados 2 questionários semi-estruturados e o Teste Morisky, através do contato telefônico. Resultados: evidenciou-se que todos utilizavam os medicamentos prescritos, dentre eles 100% era o AAS e 97% Clopidogrel. Entretanto, a análise do comportamento frente o seu uso diário, mostrou que 73% não eram aderentes efetivos a terapêutica, sendo o principal motivo o esquecimento. Dentre as principais doenças de base, 93% eram hipertensos, 63% dislipidêmcios e 30% diabéticos. Com relação a hábitos de vida: 50% não praticavam atividades físicas devido à falta de orientação ou impossibilidade física; 40% estavam com sobrepeso e 35% obesos; 65% relatam possuir hábitos alimentares saudáveis e apesar de 30% não terem sido orientados sobre alimentação, todos consideram a importante para o tratamento; houve redução do índice de tabagismo de 14%; 42% relatam estar ansiosos e 18% não haviam se consultado com o cardiologista. Conclusão: A adesão a terapêutica é influenciada por vários fatores intrínsecos e extrínsecos, no entanto é essencial como estratégia de prevenção secundária e reabilitação do indivíduo. O conhecimento de seus hábitos e comportamentos possibilitam ao enfermeiro investir e direcionar ações que efetivem a adesão ao tratamento. 54 CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO A Estenose Aórtica é uma doença valvar que teve elevada sua prevalência em todo o mundo devido o crescente envelhecimento da população, ela se apresenta com grande morbi-mortalidade, principalmente em indivíduos com mais de 75 anos. O tratamento de escolha em caso mais acentuado é a substituição cirúrgica da valva aórtica. Entretanto, este procedimento apresenta alta mortalidade peri-operatória em pacientes com idade avançada ou cormobidades, neste caso é indicado o implante percutâneo da prótese valvar aórtica realizado no setor de hemodinâmica, o qual apresenta sucesso superior a 75%, não sendo porém isento de complicações. Este estudo teve por objetivo identificar quais as complicações vasculares relacionadas ao introdutor utilizado para a implantação de valva aórtica. Trata-se de uma revisão de literatura por busca eletrônica de artigos nacionais e internacionais nas bases de dados LILACS e MEDLINE dos últimos 5 anos, utilizado boleano “and” e descritores: complicações; implante de prótese de valva cardíaca; hemodinâmica. Foram identificados 68 artigos nos quais realizouse leitura exploratória e posterior catalogação e leitura seletiva. Apesar dos avanços tecnológicos na redução do diâmetro dos dispositivos para liberação da prótese aótica (CoreValve) de 24 F para 18 F, ainda pode-se observar complicações vasculares com prevalência entre 10% a 15% relacionadas a sua utilização. Elas são classificadas em: hematoma maior de 10 cm no local da punção arterial; sangramento maior, caracterizado por queda de Hemoglobina em mais de 3 g/dl ou necessidade de transfusão de concentrado de hemácias; e necessidade de correção cirúrgica das complicações (hematoma retroperitoneal, pseudo-aneurisma ou formação de fístula arteriovenosa). O enfermeiro desempenha importante papel no período periprocedimento, pois ele pode auxiliar na identificação precoce de fatores de risco para o desenvolvimento de agravo e implementar intervenções para o adequado manuseio deste dispositivo. Temas Livres XVI Jornada de Enfermagem Apresentação Pôster Temas Livres | XVI Jornada de Enfermagem – Apresentação Pôster 12 13 FATORES DE RISCO PARA SÍNDROME CORONARIANA AGUDA NOS PACIENTES SUBMETIDOS A CATETERISMO CARDÍACO IMPLANTAÇÃO DO PROTOCOLO PARA DEAMBULAÇÃO DOS PACIENTES SUBMETIDOS AO CATETERISMO CARDÍACO E EXTRACARDÍACO APÓS TÉRMINO DO REPOUSO JEFERSON DE PAULA; KASHIWAKURA, KARINE H CEDIPAR - CENTRO DE DIAGNÓSTICO PARANÁ Introdução: É essencial ampla divulgação das estratégias de prevenção para as doenças cardiovasculares. É preciso conhecer os fatores de risco obtendo dados, traços e características da população levando em consideração quais destes predominam sobre a população. Em 1948, começaram aparecer dados iniciais que foram obtidos através do estudo de FRAMINGHAM. A cada ano nos Estados Unidos, aproximadamente 2,5 milhões de pacientes são admitidos nos hospitais com síndrome coronariana aguda. Atualmente os países que possuem renda baixa e intermediária são os que sofrem mais impactos negativos em se tratando das doenças cardiovasculares, dentre os quais o Brasil se inclui, apesar do declínio dos óbitos de causa cardiovascular, as taxas pelo acometimento desta doença apresenta elevações de 80% do ônus ou impacto. A proposta da pesquisa foi de identificar os principais fatores de risco para síndrome coronariana aguda, nos pacientes submetidos a cateterismo cardíaco. Métodos: Após encaminhamento ao Comitê de Ética em pesquisa, vinte pacientes foram submetidos a um questionário com dezessete questões objetivas, aplicado individualmente e registrado pelo entrevistador. O instrumento foi composto pelas variáveis, sexo, idade, obesidade, diabetes, hipertensão, tabagismo, sedentarismo, histórico familiar e estresse. Para a obtenção do nível de estresse foi utilizado à escala de likert, que mensurou com proximidade à exatidão em qual nível de estresse se encontrava cada paciente. Resultados: Evidenciou -se na amostra estudada que os fatores de risco modificáveis como obesidade, colesterol e o índice de estresse se encontram em taxas elevadas nos pacientes entrevistados. Conclusões: A pesquisa vem confirmar que o nível de informação e a necessidade de programas educacionais para estes grupos são importantes. O enfermeiro na equipe multiprofissional, também é responsável em desenvolver mecanismos que levem os indivíduos a assumirem uma atitude ativa diante de sua doença. PATRICIA CARLA SOARES ROCHA; SILVA,RL; ALMEIDA,MH; SILVA, EV; ZANQUETTA, CO; MIZUKAI, FT INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA Introdução: A queda da própria altura é considerada um problema de saúde pública devido a sua alta frequência e os efeitos diretos e indiretos sobre a saúde da população. Durante o período de janeiro/2010 à fevereiro/2011, ocorreram no setor de recuperação após a realização de cateterismo cinco eventos de queda da própria altura durante a deambulação. Diante dos fatos, surgiu a necessidade de elaborar um protocolo de deambulação para prevenir queda da própria altura. Métodos: O trabalho foi realizado com o apoio de revisão bibliográfica e do levantamento do índice de queda no setor através do formulário de indicadores, no período de janeiro de 2010 à fevereiro de 2011, onde identificou-se os meses em que ocorreram as quedas, e a identificação dos pacientes nos respectivos prontuários. No prontuário identificou-se os antecedentes pessoais, idade, medicações utilizadas no dia do procedimento e o registro de enfermagem, com o objetivo de identificar os fatores que contribuíram para a queda. Resultados: Foi elaborado um protocolo para deambulação abordando: nível de consciência, sinais vitais, glicemia capilar, sensibilidade do membro cateterizado, hematomas, déficit para deambulação já existente e diminuição de força muscular. Conclusões: O protocolo de deambulação promove segurança para o profissional e para o paciente, tornando a assistência de enfermagem direcionada para atender às necessidades individuais de cada paciente. 14 15 IMPACTO DO NÍVEL SÓCIO-CULTURAL SOBRE A COMPREENSÃO DO PACIENTE SUBMETIDO AO EXAME DE CINEANGIOCORONARIOGRAFIA A IMPORTÂNCIA DO ENFERMEIRO NA PROMOÇÃO DE QUALIDADE NO ATENDIMENTO DE PACIENTES QUE SERÃO SUBMETIDOS A PROCEDIMENTOS ELETIVOS EM HEMODINÂMICA CAROLINA VIVIAN GIANVECCHIO; REGIMAR CARLA MACHADO ADELCIO, LM; NASCIMENTO, ACR; VIDAL, ARS; PARREIRA, SP; BATISTA, MR; GUIMARÃES, RG; FERNANDEZ, LFF; GUIMARÃES, RG UNIVERSIDADE DO VALE DO PARAÍBA - UNIVAP Introdução: Desde a década de 50 até os dias de hoje, o Infarto Agudo do Miocárdio tem sido considerado um grande problema de saúde pública mundial, por ser um dos maiores causadores de morte. O principal método para o diagnóstico da doença aterosclerótica é o exame de cineangiocoronariografia. Apesar da grande disponibilidade de informações, os pacientes ainda chegam ansiosos, com medo e muitas dúvidas para realizar o exame. Objetivo: Investigar se o nível sócio-cultural influencia na compreensão do paciente submetido ao exame de cineangiocoronariografia. Métodos: É um estudo descritivo com uma abordagem quantitativa. Para a coleta de dados foi criado um instrumento de coleta de dados baseado na revisão bibliográfica e experiência profissional. Este instrumento primeiramente foi submetido ao ajuizamento e posteriormente corrigido e adaptado seguindo as orientações e sugestões dos juízes. O instrumento foi aplicado previamente nos pacientes que se submeteriam ao exame de cineangiocoronariografia. Resultados e Discussão: A amostra constituiu de 45 pacientes, dos quais 64% eram do sexo masculino. Quanto ao nível de escolaridade, 38% possuíam até o ensino fundamental, dentre esses, um era analfabeto, 24% ensino médio e 16% de ensino superior. A procedências de 34% de pacientes para a realização do exame foi da internação hospitalar. No que se refere a busca de informações, 32% relataram terem procurado informações, dentre esses, 22% a fonte destas informações foi a internet, sendo que, todos os pacientes que buscaram essa fonte, possuíam ensino superior.Muitos estudiosos descrevem que o nível de escolaridade, atividades laborais, boa renda per capita e estado civil, influenciam na ocorrência de eventos cardiovasculares, tanto na prevenção, tratamento e recuperação. Considerações Finais: A questão da escolaridade se mostra muito importante, pois a compreensão e assimilação das orientações fornecidas aos pacientes dependem de diversos fatores, desde a maneira com que as informações são fornecidas pelos profissionais de saúde, como pelo desenvolvimento intelectual do paciente, entre outros. 56 HOSPITAL JOÃO FELÍCIO, JUIZ DE FORA, MG Introdução: As doenças cardiovasculares são as principais causas de óbito no Brasil e em diversos países, acometendo indivíduos acima dos 25 anos de idade. Quando indicados, os procedimentos diagnósticos e terapêuticos são realizados na Radiologia e Cardiologia Intervencionista (Hemodinâmica). A vivência profissional demonstra a dificuldade dos clientes no instante em que recebem a notícia que terão de ser submetidos a um procedimento hemodinâmico. Embora minimamente invasivos, há necessidade do acompanhamento médico e da enfermagem, pois o stress emocional que acomete o cliente e sua família no Pré-operatório podem prejudicálo na conscientização, orientação e preparo do exame. Métodos: Trata-se de uma pesquisa de caráter bibliográfico, descritivo e exploratório. Foram consultadas publicações dos últimos quinze anos. Resultados: No estudo notou-se a necessidade de estabelecer protocolos que reforcem as orientações e preparo adequado para realização do procedimento. O enfermeiro no pré-operatório colabora para uma assistência integral ao cliente, minimizando a resposta emocional e prevenindo possíveis complicações inerentes ao procedimento. Conclusões: Para uma excelência no atendimento e melhor interação junto à equipe da hemodinâmica, cabe ao enfermeiro a elaboração de um protocolo de enfermagem, que permita atender o cliente de modo individualizado e holístico, prestando cuidados que sejam pertinentes às necessidades humanas básicas, de maneira humanizada. Para garantir esta qualidade e segurança na assistência, é necessária a implantação de programas educativos que abranjam os profissionais envolvidos, buscando a conscientização, o conhecimento científico, e a aplicação do aprendizado adequado como peça fundamental para a interação com o cliente. RBCI Vol. 19, Nº 2, 2011 Junho, 2011;19(supl.1). XVI Jornada de Enfermagem 16 17 NEFROPATIA INDUZIDA POR CONTRASTE: UMA REVISÃO DA LITERATURA INDICADORES ASSISTENCIAIS DO LABORATÓRIO DE HEMODINÂMICA CARLA SIMPLICIO; CAMILA CARDOSO ALVES; MARIANE BRANDÃO NOGUEIRA ROBERTA PINHEIRO DE MELO CORVINO FAC. ENF. HOSPITAL. ISR. ALBERT EINSTEIN SÃO LUIZ ANÁLIA FRANCO Introdução: A nefropatia induzida por contraste (NIC) é uma doença que vem aumentando sua incidência na atualidade. Essa incidência é variável e depende da presença de fatores de risco, do tipo e da quantidade do meio de contraste utilizado. A equipe de enfermagem está diretamente relacionada ao procedimento de administração do meio de contraste e tem papel fundamental na identificação de fatores de risco para o desenvolvimento da prevenção. Método: Foram pesquisadas publicações científicas no período compreendido entre 2005 e 2010 nos idiomas português e inglês nas seguintes bases de dados e periódicos: LILACS (que reúne publicações científicas da área da saúde da América Latina e do Caribe) e PubMed (National Library of Medicine). Resultados: Os artigos se referem principalmente à prevenção e ao tratamento da NIC. Para uma efetiva análise crítica dos estudos, foram selecionados 22 estudos, sendo que, 21 desses estudos são da base de dados PubMed e um estudo do Lilacs. Dentre os estudos selecionados houve um predomínio de estudos publicados na língua inglesa. A maioria dos estudos encontrados foram publicados no ano de 2008 a 2010. Conclusão: Após a realização da revisão bibliográfica e a leitura feita dos artigos relacionados à Nefropatia Induzida por Contraste, percebe-se que é um assunto novo que vem sendo estudado com mais frequência, a fim de, descobrir e definir um tratamento e uma prevenção mais qualificada e eficaz. Introdução: Gestores do serviço de hemodinâmica de cada instituição, com formação de grau superior, de ambos os sexos, com mais de 6 meses de gestão naquela instituição e com mais de 1 ano de atuação na área. O estudo foi direcionado aos 10 gestores dos laboratórios de hemodinâmicas, um de cada instituição. Esses laboratórios fazem parte de instituições com importância significativas no mercado da saúde, de instituições hospitalares. A amostra tornou-se restrita àqueles que concordaram em participar da pesquisa e assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido o número total foi de 10 gestores independente da hemodinâmica ser terceirizada ou fazer parte da própria instituição. Para poder coletar os dados criou-se um formulário onde constam 8 questões específicas para os gestores dos laboratórios de hemodinâmica. No total, foram encontrados somente 3 tipos diferentes de indicadores. A maioria dos gestores são enfermeiros e independente da instituição ter ou não o selo de acreditação os indicadores não deixam de ser mensurados. O estudo revelou que a maioria dos laboratórios de hemodinâmica aplicam como uma das ferramentas da qualidade os indicadores assistências setoriais. Mesmo assim, observou-se que ainda existem instituições que não mensuram nenhum tipo de indicador ou então fazem somente gráficos estatísticos mas não aplicam o PDCA. Além disso, a quantidade de indicadores mensurados são muito baixos, somente 3. Conclusões: Existem vários outros indicadores que podem ser aplicados como índice de sucesso de angioplastia coronariana, complicações vasculares terapêuticas e diagnósticas, taxa de necessidade de cirurgia cardíaca após angioplastia coronariana e taxa de complicações gerais intra-procedimento. Este último pode até ser subdividido em reações alérgicas, reações pirogênicas, reação vagal, arritmias, isquemias, neurológicas, embólicas e congestivas. Sugestões de indicadores podem ser publicados através da SBHCI em revista e/ou congressos. 18 19 DIAGNÓSTICO DE MEDO E ANSIEDADE EM PACIENTES SUBMETIDOS A CATETERISMO CARDÍACO DESENVOLVIMENTO DO PROCESSO DE RASTREABILIDADE DE MATERIAIS EM LABORATÓRIO DE HEMODINÂMICA PAULA GALHARDO; ROSEMEIRE J. F. LEITÃO ANGELITA PAGANIN; CRISTIANE F R VIEIRA; EMILIANE N DE SOUZA FUNDAÇÃO LUSÍADA HOSPITAL UNIMED CAXIAS DO SUL / UFCSPA Introdução: Apesar de todo o desenvolvimento tecnológico que envolve o Laboratório de Hemodinâmica, as ações de enfermagem e seu aspecto humano são de fundamental importância a assistência prestada e o serviço oferecido, que busca tranquilizar e orientar o paciente. A manifestação de medo e ansiedade frequentemente é vivenciada pelos pacientes seja pela hospitalização ou pela realização de procedimento invasivo que envolve o uso de equipamentos e anestesia. A resposta fisiológica a ansiedade caracteriza-se por aumento da frequencia cardíaca, respiratória e pressão arterial, palpitações,vasoconstrição periférica, que quando ocorrem durante o cateterismo, podem aumentar a duração e dificuldade do exame, e assim ocorrer danos físicos e resultados imprecisos. Métodos: Este trabalho é do tipo descritivo, de correlação sobre os sentimentos de pacientes antes, durante e após a realização do exame de cateterismo cardíaco. A amostra abrange 20 pacientes submetidos ao exame que foram escolhidos aleatoriamente, maiores de 18 anos, alfabetizados, onde somente 10 receberam folder contendo orientações em relação ao exame. Foram aplicados questionários após a realização do exame, num Laboratório de Hemodinâmica tercerizado, de um determinado Hospital da Baixada Santista dedicado ao Serviço Único de Saúde. Resultados: Foi observado que os sentimentos de medo em relação a dor, anestesia e momento do exame e ansiedade em relação ao momento da indicação, período antes, durante e após a realização do exame, teve um índice de 15 a 30% maior nos pacientes que não receberam o folder contendo orientações em relação ao exame. Conclusões: A enfermagem tem um papel importante no atendimento aos pacientes e é função primordial do enfermeiro, proporcionar um atendimento seguro e adequado. Diante da possibilidade de realizar um exame invasivo como o cateterismo cardíaco, tendo o conhecimento prévio sobre o procedimento, o paciente tende a vivenciar o medo e a ansiedade com menor intensidade. Introdução: O reprocessamento de materiais utilizados em laboratórios de hemodinâmica é uma prática comum e amplamente utilizada. No entanto, não há consenso em relação à maneira mais eficaz de realizar essa prática, sendo que cada serviço busca o melhor resultado, de forma segura para seus clientes. Este estudo tem por objetivo descrever as etapas do processo de rastreabilidade desenvolvido em um laboratório de hemodinâmica privado do Rio Grande do Sul (RS). Métodos: Da região nordeste Seguindo a resolução da ANVISA/2006, foi elaborado um protocolo de rastreabilidade para todos os materiais utilizados. Idealizou-se um modelo de formulário com os dados previstos na resolução e outros acrescentados pelo setor: nome do artigo, identificação do produto, registro na ANVISA, lote, fabricante, fornecedor, características do produto, dimensões, responsável e local do reprocessamento, data do reprocessamento, número do registro do último reuso e número do reuso em que se encontra o produto. Atualmente o formulário é informatizado. Resultados: Todo material utilizado é encaminhado para Sala de Preparo de Materiais para lavagem e secagem, após este processo é realizada a embalagem dos materiais separadamente. Os dados são informados por produto e todo o material é acondicionado junto com o registro do paciente. O material então é cadastrado em formulário próprio no prontuário eletrônico do paciente, seguindo todos os itens exigidos pela resolução e os demais acrescentados pelo serviço. Após a finalização dessas etapas é impressa uma cópia do formulário preenchido, armazenado em pasta específica para controle do retorno do material. Conclusões: O processo de rastreabilidade realizado de acordo com os requisitos legais, em todas as suas etapas, garante a segurança do cliente e qualifica o serviço. 57 Temas Livres | XVI Jornada de Enfermagem – Apresentação Pôster 20 21 CAPACITAÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM NA UNIDADE DE HEMODINÂMICA DO HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE NO ANO DE 2010: RELATO DE EXPERIÊNCIA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UM PACIENTE SUBMETIDO À ANGIOPLASTIA CORONARIANA COM IMPLANTE DE STENT NO IMIP: UM RELATO DE CASO MARTA GEORGINA OLIVEIRA DE GOES; SIMONE FANTIN; MÁRCIA FLORES DE CASCO; ROSE LAGEMANN; ROSELENE MATTE; SIMONE SANTOS; JULIANA KRUGER; DULCE GUIMARÃES; CLAUDIA MUSSI; CLARISSE MAIA E SILVA ROSALIA DANIELA MEDEIROS DA SILVA HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE Introdução: A capacitação da equipe de enfermagem é um desafio constante para as unidades de hemodinâmica, devido à rapidez na adoção de novas tecnologias que impactam diretamente nas suas atividades. As estratégias selecionadas foram a realização de oficinas, treinamentos oferecidos pela instituição, eventos externos. Métodos: Foram realizadas 12 oficinas no ano de 2010 e os conteúdos prioritários foram selecionados pela equipe de enfermagem. A preparação dos temas ficou ao cargo de uma enfermeira e de técnicos de enfermagem, e conforme o assunto, por outros profissionais. Durante as oficinas os conteúdos foram apresentados de forma interativa para esclarecer dúvidas e acelerar a introdução do conhecimento na rotina. O material instrucional foi arquivado em dispositivo eletrônico e foram registradas todas as sugestões e deliberações. A participação incluiu a equipe de enfermagem da hemodinâmica e de outras afins, acadêmicos de enfermagem e técnicos de radiologia. Além disso, foram oferecidos pela instituição 11 treinamentos para a unidade e houve a participação individual em 50 eventos entre cursos, simpósios, encontros, congressos e jornadas. Resultados: A participação da equipe de enfermagem nas oficinas foi de 80% e a metodologia e os conteúdos avaliados como Bom (65%) e Ótimo (35%), as sugestões incluíram: melhorar a divulgação, adequar os horários e intensificar a parte prática em alguns temas. Conclusões: A organização de treinamentos é um dos desafios enfrentados na busca pela atualização dos conhecimentos e melhoria na qualidade do cuidado de enfermagem. A capacitação da equipe de enfermagem necessita de apoio institucional, exige criatividade e comprometimento para conciliar à rotina diária com eventos que repensem a prática. 58 IMIP A enfermeira através da metodologia científica do processo de Enfermagem planeja os cuidados a serem oferecidos aos pacientes de forma sistemática e individualizada. O paciente portador de doença arterial coronariana submetido à angioplastia coronariana com implante de stent pode ser beneficiado com a assistência planejada através desta metodologia. Este trabalho foi desenvolvido no setor de Radiologia Intervencionista de um hospital escola da cidade do Recife com o objetivo de constatar a eficácia da aplicação da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) a um paciente no pós-operatório imediato de angioplastia coronariana com implante de stent. Para a coleta de dados foi elaborado um instrumento baseado no modelo conceitual de Wanda Horta (1979) e Jarvis (2002). Os diagnósticos de enfermagem encontrados segundo referencial de NANDA (2006) foram: ansiedade; conhecimento deficiente; dor crônica; eliminação urinária prejudicada; integridade da pele prejudicada; intolerância a atividade; padrão do sono perturbado; mobilidade física prejudicada. Foi possível perceber a eficácia da aplicação da SAE pelo fato de ter favorecido uma assistência individualizada e holística culminando numa melhor aceitação do cliente ao tratamento, colaboração com a assistência prestada e entendimento das orientações prestadas favorecendo a obtenção de êxito da intervenção realizada. Índice remissivo de autores da Área Médica A L ABELIN AP ............................................................. 44, 54 ABREU FILHO LM ......................................................... 63 ARRIETA SR .................................................................... 83 ASSIS TJ .......................................................................... 78 AZMUS AD .................................................................... 35 LAVALL GC .................................................................... 70 LEMOS NETO PA .................................................. 08, 41 LIVERA JR ....................................................................... 27 MORAIS GR ................................................................... 59 MOREIRA AC ......................................................... 23, 34 B BARBOSA AHP .............................................................. 53 BARBOSA RR ................................................................. 65 BERGMAN F ................................................................... 86 BERGOLI LCC ......................................................... 31, 40 BERNARDI GLM ............................................................. 71 BIENERT IRC ................................................................... 79 BRANCO RVC ................................................................ 77 BRITO JUNIOR FS ................................................. 03, 46 C CAMPOS CAHM .................................................... CANTARELLI MJC .................................................. CARDOSO CO ....................................................... COSTA JUNIOR JR ..................... 04, 18, 22, 28, COSTA RA ...................................................... 07, COSTA RN ............................................................. M 36, 50, 25, 29, 17, 16, 57 74 67 30 21 85 E ESPER RB ........................................................................ 52 F FALCAO BAA ......................................................... 24, 56 FREITAS LZF ................................................................... 62 G GALON MZ .................................................................... 20 GONCALVES BKD ......................................................... 55 GRINFELD L ................................................................... 06 GUERIOS EE ........................................................... 10, 26 GUIMARAES RG ............................................................ 13 O OLIVEIRA EC .................................................................. 84 OLIVEIRA LFYM ............................................................. 73 OLIVEIRA RLC ................................................................ 32 P PAULA LJC ..................................................................... 72 PEDRA CAC ........................................................... 11, 15 PEIXOTO ECS ................................................................. 69 PIMENTEL FILHO WA .................................................. 42 POZETTI AHG ................................................................ 45 Q QUEIROZ FJAC ...................................................... 12, 82 R RIBEIRO HB ............................................................ 01, 60 RIBEIRO MS .................................................................... 14 RODRIGUES BBD .......................................................... 66 ROSSI FILHO RI .............................................. 80, 81, 87 S SANTOS LN ................................................................... 64 SBRUZZI G ..................................................................... 47 SCHMIDT MM ............................................................... 75 SEBBEN JC ...................................................................... 48 SENA MA ........................................................................ 49 SIQUEIRA DA ................................................................. 19 SLHESSARENKO JR ................................................ 09, 39 SOARES JUNIOR RSP .................................................... 76 SOUSA ALS ............................................................ 33, 43 59 SOUZA JAM ................................................................... 38 SOUZA RA ..................................................................... 88 W WELTER DI ............................................................. 37, 68 T TAKIMURA CK ....................................................... 05, 58 V VALIM LR ....................................................................... 61 60 Z ZANETTINI MT .............................................................. 51 ZANUTTINI DA ............................................................. 02 Índice remissivo de autores da XVI Jornada de Enfermagem A ADELCIO LM ................................................................. 15 ANDRADE MVA ............................................................. 01 GIANVECCHIO CV ........................................................ 14 GOES MGO ................................................................... 20 L B LIMA JG .......................................................................... 03 BARRETO MGC ............................................................. 10 BORBA RP ...................................................................... 08 M C CHAVES SCD ................................................................. 07 CORVINO RPM ............................................................. 17 D MUZETE MB .................................................................. 04 P PAGANIN A .................................................... 02, 09, 19 PAULA J .......................................................................... 12 DAMASO J ..................................................................... 05 R F RIBEIRO NC .................................................................... 11 ROCHA PCS ................................................................... 13 FILHO, JD ....................................................................... 06 G GALHARDO P ................................................................ 18 S SILVA RDM .................................................................... 21 SIMPLICIO C .................................................................. 16 61 Parque Tanguá PRÊMIO RBCI: MELHOR TEMA LIVRE - INTERVENÇÃO EM DOENÇAS CARDIOVASCULARES ADQUIRIDAS 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º lugar: lugar: lugar: lugar: lugar: lugar: lugar: lugar: lugar: Passagem Passagem Passagem Passagem Passagem Passagem Passagem Passagem Passagem aérea aérea aérea aérea aérea aérea aérea aérea aérea e e - hospedagem - TCT 2011 hospedagem - PCR 2012 TCT 2011 PCR 2012 PCR 2012 PCR 2012 PCR 2012 PCR 2012 PCR 2012 PRÊMIO RBCI: MELHOR TEMA LIVRE - INTERVENÇÃO EM CARDIOPATIAS CONGÊNITAS 1º lugar: Passagem aérea + hospedagem - PICS 2012 PRÊMIO RBCI: MELHOR TEMA LIVRE NO CONGRESSO INTERVENÇÃO EM DOENÇAS CARDIOVASCULARES ADQUIRIDAS 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º lugar: lugar: lugar: lugar: lugar: lugar: lugar: lugar: lugar: Passagem Passagem Passagem Passagem Passagem Passagem Passagem Passagem Passagem aérea aérea aérea aérea aérea aérea aérea aérea aérea e e - hospedagem - TCT 2011 hospedagem - PCR 2012 TCT 2011 PCR 2012 PCR 2012 PCR 2012 PCR 2012 PCR 2012 PCR 2012 PRÊMIO RBCI: MELHOR TEMA LIVRE NO CONGRESSO - INTERVENÇÃO EM CARDIOPATIAS CONGÊNITAS 1º lugar: Passagem aérea + hospedagem - PICS 2012 PRÊMIO ABBOTT DA XVI JORNADA DE ENFERMAGEM 1º lugar: 2º lugar: 3º lugar: Passagem + hospedagem + inscrição para o SOLACI 2012 Passagem + hospedagem + inscrição para o SBHCI 2012 Passagem + hospedagem + inscrição para o SOBRICE 2012 Sistema de Stent Coronário com Eluição de Everolimus Superior por Natureza Desenhado para proporcionar os Resultados Superiores* dos estudos SPIRIT Potencializado pelo MULTI-LINK 8 para excepcional capacidade de entrega Disponível em comprimentos até 38 mm LA-40084-07 04/2011 Untitled-1 1 28/04/2011 16:21:24