Visualizar - Polis Educacional
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Raquel Marini R.A. 0300005 CIBERFOBIA COMO EMPECILHO A ACESSO A TECNOLOGIA Jaguariúna 2006 Raquel Marini R.A. 0300005 CIBERFOBIA COMO EMPECILHO A ACESSO A TECNOLOGIA Trabalho de conclusão de curso apresentado à disciplina Trabalho de Graduação III, do curso de Ciência da Computação da Faculdade de Jaguariúna, sob orientação do Prof. Ms. Fernando Augusto Zancheta. Jaguariúna 2006 Marini, Raquel. Ciberfobia Como Empecilho a Acesso a Tecnologia. Monografia defendida e aprovada na FAJ em 12 de Dezembro 2006 pela banca examinadora constituída pelos professores: Membros da banca examinadora _________________________________________ Professor – Ms. Fernando Augusto Zancheta. - FAJ Orientador _________________________________________ Professor – membro da banca _________________________________________ Professor – membro da banca "Você não pode voltar atrás e fazer um novo começo, mas você pode começar agora e fazer um novo fim." (Chico Xavier) Lista de Figuras Figura 1 – Informações referente a pesquisa do Ibope Figura 2 – Sexo X Criatividade Figura 3 – Calmo X Idade Figura 4 – Privacidade de Tecnologia X Medo do quê Figura 5 – Categoria Profissional X Medo de que tipo de aparato Figura 6 – Escolaridade X O uso do celular e seus recursos Figura 7 – Acessa a Internet X Pra quê usa a Internet Figura 8 – Computador em casa X Acesso da internet Figura 9 - Idade X Uso de caixa eletrônico Figura 10 – Insegurança X Avanço Tecnológico Figura 11 – Escolaridade X Pavor da tecnologia dominá-lo Figura 12 – É calmo X É criativo Figura 13 – Escolaridade X Preocupam-se com o que os outros pensam Figura 14 – Possui Máquina Digital X Tem medo de eletrônicos Lista de Abreviaturas ABNT ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS APA ASSOCIAÇÃO AMERICANA DE PSICOLOGIA CLT CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS TRABALHISTAS IHC INTERFACE HOMEM - COMPUTADOR ISO INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION TP TRANSTORNO DO PÂNICO Resumo A cada dia que passa percebemos cada vez mais que estamos dependentes da maravilhosa tecnologia que está ao nosso redor. Cada vez mais percebemos que não conseguimos fazer nada sem apertar um simples botão, tocar em uma tela, até mesmo para nos comunicarmos usamos tecnologias inovadoras a cada dia, aonde vão se aperfeiçoando e nos deixando de queixo caído. Por esse avanço tecnológico ser rápido, muitas pessoas se deparam com equipamentos, onde a primeira impressão é de um monstro no frente, uma coisa cheia de botão, telas, que faz coisas que até pouco tempo atrás poderíamos dizer que era impossível. Daí entra o medo, medo de não saber usar, de quebrar, ou até mesmo de se atrapalhar e acabar estragando. Muitas pessoas acabam adquirindo equipamentos de última geração, por influência ou status social, e nem mesmo sabem usá-los. A ciberfobia tem relação com o ser humano e seus medos relacionados a computadores, enquanto a tecnofobia refere-se ao medo das tecnologias. As pessoas podem ter o medo natural como também pode ser portadora do medo patológico que está relacionado à síndrome do pânico, também chamada de fobia, ou transtorno do pânico. Muitas pessoas acabam perdendo grandes oportunidades de crescimento profissional por achar que são coisas impossíveis de manusear. Por isso existem tratamentos para essa fobia, onde são usadas técnicas da psicologia para ajudá-las a superar isso. Palavras-chave: Ciberfobia. Tecnofobia, Questionário de avaliação, Fobia. Abstract Every day that passes we noticed more and more that we are dependent of the wonderful technology that is around us. More and more we noticed that we didn't manage to do anything without pressing a simple button, to play in a screen, even for us to communicate used ourselves innovative technologies every day, where they go if improving and leaving us of fallen chin. For that technological progress to be such fast, a lot of people comes across equipments, where the first impression is of a monster in the front, a thing full of button, screens, that he/she makes things that even little time behind could say that was impossible. Then he/she enters the fear, fear of not knowing to use, of breaking, or even of to disturb and to finish destroying. A lot of people end up acquiring equipments of last generation, for influence or social status, and not even they know how to use them. The cyberphobia has relationship with the human being and their fears related to computers, while the technophobia refers to the fear of the technologies. The people can be the natural afraid as well as it can be bearer of the pathological fear that it is related to the syndrome of the panic, also phobia call, or I upset of the panic. A lot of people end up losing great opportunities of professional growth for thinking that are impossible things of handling. Therefore treatments exist for that phobia, where techniques of the psychology are used to help them to overcome that. KEY WORDS: Cyber phobia, Technophobia, evaluation Questionnaire, Phobia. Sumário Lista de Figuras ..........................................................................................................................5 Lista de Abreviaturas..................................................................................................................6 Resumo .......................................................................................................................................7 Abstract.......................................................................................................................................8 Sumário.......................................................................................................................................9 1 - INTRODUÇÃO ....................................................................................................................1 1.1 – Motivação ......................................................................................................................3 1.2 – Perspectiva de contribuição ...........................................................................................5 1.3 – Metodologia...................................................................................................................6 1.4 - Estrutura do trabalho ......................................................................................................7 2 - MANIFESTAÇÕES AO USO DO COMPUTADOR ..........................................................8 2.1 - Definição do Medo.........................................................................................................8 2.2 - Tipos de Medos ..............................................................................................................9 2.3 – TRANSTORNO DO PÂNICO....................................................................................10 2.4 - Sintomas Físicos e Emocionais ....................................................................................11 2.5 - A Explicação Científica Para as Crises de Pânico .......................................................12 2.6 - Tratamentos..................................................................................................................12 3 – TECNOFOBIA...................................................................................................................14 3.1 - Ciberfobia.....................................................................................................................15 3.2 - SINTOMAS FÍSICOS E EMOCIONAIS ....................................................................16 3.3 - Tendências....................................................................................................................17 3.4 - Origem e Causa ............................................................................................................18 3.5 - Tratamento ...................................................................................................................19 4 – USABILIDADE .................................................................................................................20 4.1 - Definição ......................................................................................................................20 4.2 - Ciberfobia Como Empecilho ao Acesso de Computador.............................................22 5 - CARACTERIZAÇÕES DO COMPORTAMENTO CIBERFÓBICO NAS PESSOAS....24 5.1 - Métodos Adotados Para Caracterização.......................................................................24 5.1.1 - Questionário Aplicado ..........................................................................................24 6 - O PROFISSIONAL E NOVAS TECNOLOGIAS .............................................................29 6.1 - Resultados Obtidos com o Questionário ......................................................................29 6.2 - Resultados Obtidos com a Observação ........................................................................32 7 - CONCLUSÃO ....................................................................................................................45 8 - ANEXOS E PESQUISAS...................................................................................................46 9 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................47 1 1 - INTRODUÇÃO Hoje em dia, necessariamente fazemos o uso cada vez mais da utilização de equipamentos tecnológicos para a realização de atividades rotineiras. As tarefas profissionais que requerem a habilidade do uso da tecnologia como, operações bancárias informatizadas, a usabilidade de softwares de grande utilidade nas empresas, a comunicação à longa distância, entre outros equipamentos, que exigem das pessoas uma familiaridade com essa aparelhagem necessária para o êxito na execução das tarefas mais complexas às mais simples do nosso dia a dia. Algumas pessoas obtêm equipamentos de última geração, por influência ou por necessidade de demonstração de status social, e nem mesmo conseguem lidar com essas tecnologias. (Veiga Netto, 1999) A ciberfobia1 tem relação com o ser humano e seus medos relacionados a computadores, enquanto a Tecnofobia2 refere-se ao medo das tecnologias. As pessoas podem ter o medo natural3, como também pode ser portadora do medo patológico4 que está relacionado à síndrome do pânico, também chamada de fobia, ou transtorno do pânico. Um ciberfóbico acaba tendo que viver como no século passado, e se isola muito com isso. A ciberfobia é muito danosa para a pessoa. Impede que ela progrida pessoalmente e profissionalmente, se não adotar as ferramentas maravilhosas que a tecnologia da informação proporciona para melhoria da produtividade e fácil acesso à informação. No entanto, para isso existem tratamentos especializados, que não fogem dos padrões adotados para as outras fobias, como claustrofobia, aracnofobia, etc. Usam técnicas da psicologia, que utiliza reforços positivos e negativos para diminuir a incidência dos comportamentos fóbicos indesejados e aumentar os comportamentos desejados. No caso da ciberfobia, o importante é se aproximar gradativamente do computador, começando com coisas simples e úteis para o ciberfóbico, de preferência 1 Ciberfobia = aversão mórbida irracional, desproporcional persistente e repugnante dos computadores ou de trabalhar com computadores. 2 3 4 Tecnofobia = aversão e medo mórbido irracional, desproporcional persistente e repugnante à tecnologia. Medo natural (vem de estímulos reais de ameaça à vida) Medo patológico (pode se apresentar como Fobia Específica, quando o pavor tem um objetivo certo) 2 que sejam tarefas repetitivas e pouca “assustadora”. Posteriormente, podem progredir para coisas mais complexas. Para isso, é fundamental contar com a ajuda de um psicólogo nesse tipo de terapia. (Veiga Netto, 1999) 3 1.1 – Motivação O objetivo principal deste trabalho é apresentar o tema para que a sociedade tenha um melhor conhecimento sobre a Tecnofobia e a Ciberfobia, conscientizando e ajudando as pessoas com estas fobias na identificação do problema. A motivação que me levou a desenvolver esse trabalho é o fato de estar trabalhando na área de tecnologia prestando suporte ao usuário, onde vejo várias dificuldades e prontifico a ajudar e solucionar da maneira mais fácil possível para o usuário. No meu dia a dia constando grandes dificuldades entre as pessoas para um simples processo computacional, onde muitas vezes as pessoas acham que estão diante de monstros e acham que as máquinas têm vida própria. Transformando assim uma simples tarefa em um grande estresse diário. Um outro fator que levou a estudar sobre essa fobia, foi que eu constatando a dificuldade nos mais diversos tipos de níveis sociais e diversos perfis de usuários, chego a perceber que até mesmo umas pessoas com graduação não sabem nem manipular um mouse, chega a ponto de passar todas as senhas pessoais a seus empregados para efetuarem pagamentos e movimentações bancárias. Como hoje em dia, dependemos de máquinas para a maioria dos processos, temos que fazê-los da melhor maneira possível, transformando nossas tarefas diárias em coisas simples. Tenho em mente o intuito de reduzir então a impressão de que computadores e todas as tecnologias não são bichos de sete cabeças para as pessoas que possuem pouco contato com o computador. Afirma-se, pelo o que mostra na pesquisa coletada no site Ibope5, 2005 realizada pela equipe do ibope no período: 01 de janeiro de 2005 a 31 de outubro de 2005, publicada em 20 de dezembro de 2005, que nós dependemos cada vez mais de equipamentos eletrônicos. Principalmente pela grande alta que podemos observar no gráfico, aonde a diferença de um ano para o outro chega a 31% (trinta e um por cento) conforme mostra a Figura 1 abaixo: 5 Ibope-Setor eletro-eletrônico, [Internet http://www.almanaqueibope.com.br/asp/busca_docInfo.asp , recuperado em 04/06/2006]. 4 Figura 1 - Informações referentes ao período: 01/jan./2005 a 31/out./2005 - Data de Publicação: 20/dez/2005 5 1.2 – Perspectiva de contribuição O objetivo principal deste trabalho é identificar através do resultado da pesquisa de campo quais as principais causas de fobia, e do medo em indivíduos no que diz respeito à reação humana frente à tecnologia da informação e inovações. Para atingir determinado objetivo, é necessário destacar através da literatura especializada as atitudes adversas, à aceitação dos seres humanos, diante do medo da tecnologia, este, chamado Ciberfobia que pertence a um grupo maior de fobia denominada Tecnofobia. A Tecnofobia relata a reação das pessoas quando deparadas com uma diversidade de máquinas e equipamentos, ou seja, “tecnologias”, sejam elas das mais simples às mais complexas. Por sua vez, a Ciberfobia relata a reação das pessoas quando interagem com o computador para realizar as atividades do seu dia-a-dia. A Ciberfobia é descrita quanto aos seus sintomas específicos, as reações humanas, implicações sociais e psicológicas. No desenvolvimento deste trabalho mostrarei a diferença entre o medo natural do ser humano e o medo patológico, através de explicações e definições científicas sobre o sentimento de medo no homem e da Síndrome do Pânico, além de relatar os sintomas físicos e psicológicos das pessoas portadoras da síndrome, para que sem hesitar haja uma diferenciação entre a pessoa normal e a tecnófoba. Colocam-se ainda conseqüências sociais, tratamentos para que o quadro de Ciberfobia, depois de detectado, possa ser revertido. Foi aplicado um questionário nos mais diversos níveis sociais onde foi desenvolvido com a ajuda de um profissional da área de psicologia, onde vai contribuir para apresentar os resultados dos maiores medos e fobias das pessoas que se sentem prejudicadas. 6 1.3 – Metodologia O trabalho descreve a realização de uma pesquisa, com entrevistados de diversas faixas etárias e níveis sociais diferenciados, aplicada no Município de Amparo-SP. Para tal fato, foi utilizado um questionário elaborado especialmente para a pesquisa dentro do tema, com o auxílio de um profissional da área de psicologia. Este trabalho contempla a análise e interpretação dos dados colhidos, com resultados analíticos e estatísticos da pesquisa, onde possibilitou a comprovação de como as pessoas reagem frente à Ciberfobia; além de expor os principais motivos característicos da composição das tecnologias que levam as pessoas a se tornarem cada vez mais conturbadas quanto a seus relacionamentos com as tecnologias. Utilizaram-se fontes como dissertações, para se aprofundar mais na ciência que estuda as fobias, teses para entender mais sobre o assunto, jornais para levantar informações e pesquisas sobre essa doença, revistas e pesquisa na internet para conhecer um pouco mais dos sintomas e receios das pessoas portadoras dessas fobias. 7 1.4 - Estrutura do trabalho O Capítulo 1 apresenta a introdução, motivação, a perspectiva de contribuição e a metodologia usada para esse trabalho. O Capítulo 2 apresenta os conceitos e evolução do medo, suas definições, tipos o Transtorno do Pânico e seus principais sintomas físicos e emocionais, juntamente a explicação cientifica e seus tratamentos. O Capítulo 3 apresenta a Tecnofobia e Ciberfobia, juntamente com seus sintomas físicos e emocionais, as tendências, a origem, causa e tratamento dessa Fobia. O Capítulo 4 apresenta como a usabilidade pode ajudar no tratamento dessa fobia, e alguns atributos destinados a ciberfobia. O Capítulo 5 apresenta a pesquisa de campo realizada e a caracterização do comportamento de um ciberfóbico, juntamente os métodos adotados e o questionário que foi desenvolvido com a ajuda de um profissional da área de psicologia para ser aplicado nesse trabalho. O Capítulo 6 apresenta o comportamento, prevenção e resultados obtidos dos profissionais diante as novas tecnologias. O Capítulo 7 apresenta a conclusão desse trabalho. O Capítulo 8 apresenta os anexos e pesquisas usadas para a elaboração desse trabalho. O Capítulo 9 apresenta a referência bibliográfica usada para a elaboração desse trabalho. 8 2 - MANIFESTAÇÕES AO USO DO COMPUTADOR Medo é uma interrupção do processo de racionalização, como sensação é uma parada de todos os processos de motivação, ou seja, além de interromper os processos de racionalização, o medo cria uma parada da motivação. 2.1 - Definição do Medo Normalmente é provocado pela necessidade de falar em público, de dar aula, de submeter-se à entrevista para emprego, etc. Esse tipo de comportamento faz com que a pessoa fique mais alerta, mais preparada e, portanto, mais apta ao sucesso. Segundo (Delumeau, 1989): "[...] O medo ou pavor, que é contrário à audácia, não é apenas uma frieza, mas também uma perturbação e um espanto da alma que lhe tiram o poder de resistir aos males que ela pensa estarem próximos [...] Desse modo, não é uma paixão particular; é apenas um excesso de covardia, de assombro e de temor, o qual é sempre vicioso [...] E porque a principal causa do medo é a surpresa, não há nada melhor para dele isentar-se do que usar de premeditação e preparar-se para todos os acontecimentos cujo temor pode causá-lo". No caso da fobia, nada mais é do que uma reação ansiosa exagerada, a qual faria com que o sistema nervoso central entenda por situações de risco. Segundo Ballone (2005) “Para o fóbico, a ansiedade é patológica e não dá bons resultados. Ao contrário, ela compromete o sucesso, paralisa e faz perder o controle. Dependendo da situação alguns sinais são facilmente diagnosticados como fobia, exemplo: a pessoa sentir palpitações, suar e até perder os movimentos. Geralmente a fobia aparece junto a quadros de graves depressões e síndrome do pânico. Diante dessas situações algumas pessoas reagem com euforia, já outras se entregam totalmente. Tudo isso são processos relacionados com a motivação da 9 pessoa, e em qualquer situação de risco ou de perigo, tanto a euforia quanto a depressão são negativas. Quando “tal fato acontece sempre desejamos que alguém nos pegue no colo e que nos proteja do modo que não sintamos mais nada”. 2.2 - Tipos de Medos Medo natural vem de estímulos reais de ameaça à vida. Já o medo patológico pode se apresentar como fobia específica, quando o pavor tem um objetivo certo. O medo, mais precisamente, o medo patológico é que de alguma forma limita a vida, as pessoas vem aparecendo cada vez mais em consultórios psiquiátricos e clínicas psicológicas. Esse medo patológico se diferencia do medo normal por várias razões: • Não ter razão objetiva; • Não tem base na realidade concreta; • O próprio paciente sabe ser absurdo o que sente; • Provoca uma aflição (ansiedade) desmedida e • É acompanhado de sintomas físicos (falta de ar, sudorese, etc.). As fobias e o pânico estão relacionados aos quadros de ansiedade patológica, de angústia e, principalmente, de depressão. Nas manifestações, tanto as fobias quanto o pânico são altamente constrangedoras, pois quase sempre expõem os pacientes a todo tipo de vexames. O medo de elevador pode fazer com que uma pessoa simplesmente se recuse a trabalhar ou morar em edifícios, o de avião impede passeios, etc. Além do medo que aparece durante a fobia, persiste o medo antecipatório, como fazer a pessoa suar frio só de pensar em entrar em um elevador ou mesmo em um avião. Alguns profissionais podem até acabar com sua carreira por causa desse problema. No pânico, de repente a pessoa começa a tremer, sentir tontura, disparar o coração e ainda elevar a pressão arterial. Uma das piores sensações do pânico é o "medo de ter medo". Geralmente a pessoa apavorada com a idéia de voltar a sentir os sintomas, passa a fugir dos ambientes em que os ataques ocorreram, como se essa atitude pudesse evitá-los. Por isso, muitas pessoas portadoras do pânico acabam se trancando em casa. De acordo com esse ponto de vista, o medo patológico é apenas a expressão de uma angústia mais profunda, e não deve ser considerada uma doença em si. 10 2.3 – TRANSTORNO DO PÂNICO Para entender melhor a Tecnofobia, precisamos primeiramente entender o que é o Transtorno do Pânico. Segundo (Valle, 1996): “O Transtorno do Pânico (TP) atinge atualmente de 3% a 4% da população mundial, na maioria pessoas jovens, na faixa etária de 21 a 40 anos, sendo observado um grau de incidência maior nas mulheres, na proporção de três mulheres para cada homem, sendo assim considerado um problema sério de saúde." Como seus sintomas são confundidos com o de outras doenças orgânicas e psiquiátricas o portador do Transtorno do Pânico é levado a consultar vários especialistas, bem como, por solicitação destes, fazer vários exames. No final recebe o diagnóstico: O senhor é uma pessoa absolutamente saudável do ponto de vista clínico, contudo deve estar um pouco estafado e estressado devido a sua profissão. Aconselho o senhor a tirar umas férias para se recuperar. Não podemos culpar os médicos por esse diagnóstico, porque o Transtorno do Pânico não pode ser diagnosticado através dos exames solicitados por eles. Contudo, é de extrema importância que o indivíduo passe entre consultórios médicos e exames, para afastar a possibilidade de que esteja com alguma doença grave e se conscientize de que está gozando de ótima saúde física para que então dê início a seu tratamento do TP. Conforme Ballone (2005) “Os portadores do Pânico costumam ter tendência à preocupação excessiva com problemas do dia a dia, têm uma boa criatividade, excessiva necessidades de estar no controle da situação, são competentes e confiáveis. Freqüentemente esses pacientes têm tendência a subestimar suas próprias necessidades físicas. Essa maneira da pessoa ser acaba levando á situações de stress e isso pode levar ao aumento intenso da atividade de determinadas regiões do cérebro, desencadeando assim aparecimento do Pânico. um desequilíbrio bioquímico e conseqüentemente o 11 Os pacientes com Transtorno do Pânico (TP) podem precisar sempre de companhia principalmente quando saem de casa e, podem também até mesmo se recusar a sair de casa devido ao medo de passar mal na rua, enlouquecer ou perder o controle de repente. Depois de uma crise de Pânico - por exemplo, enquanto dirige, fazendo compras em uma loja lotada, dentro de um elevador ou na fila do banco - a pessoa pode desenvolver medos irracionais, chamados de fobias a estas situações e, daí em diante, começa a evitar as circunstâncias supostamente capazes de desencadear novas crises. A ansiedade vai aumentando gradativamente, até atingir o estado onde a pessoa pode se tornar incapaz de dirigir ou mesmo de pôr o pé fora de casa. Assim, o distúrbio do Pânico pode causar um impacto tão grande no dia a dia da pessoa como qualquer outra doença grave.” (Ballone, 2005). 2.4 - Sintomas Físicos e Emocionais Os ataques de pânico são recorrentes (voltam) e caracterizam essencialmente este distúrbio. Essas crises se manifestam por ansiedade aguda e intensa, extremo desconforto, sintomas vegetativos associados e medo de algo ruim acontecer de repente, como por exemplo, da morte iminente, de passar mal, desmaiar, perder o controle, etc.(Ballone, 2005). Uma crise de pânico geralmente pode durar em torno de 15 a 30 minutos e pode apresentar alguns ou mesmo todos os sintomas a seguir: • Vertigens ou sensação de desmaio; • Tontura, náusea, desconforto abdominal; • Calafrios ou ondas de calor ou sudorese; • Medo de morrer; • Medo de perder o controle e enlouquecer; • Parestesias (anestesia ou sensação de formigamento); • Palpitações ou taquicardia; • Flatulência (formação de gases); • Vertigem ou sensação de desmaio; • Dor ou desconforto no peito; • Sensações de falta de ar ou afogamento; • Boca seca e uma vontade imensa de beber água; 12 • Confusão mental e pensamento rápido; • Contrações musculares; • Dores de cabeça; • Sensação de irrealidade (estar distante de si mesmo); • Terror - sensação de que algo inimaginavelmente horrível está prestes a acontecer; Se o indivíduo possuir sete ou mais sintomas idênticos aos citados acima, é aconselhável procurar um profissional de saúde mental para que ele possa diagnosticar a doença e providenciar tratamento adequado. (Valle, 1996) 2.5 - A Explicação Científica Para as Crises de Pânico "A teoria atualmente defendida para explicar as crises de Pânico é que existe um desequilíbrio na produção de dois neurotransmissores, a serotonina e a noradrenalina, que são responsáveis pela comunicação entre os neurônios (células do sistema nervoso)." (Valle, 1996) O desequilíbrio que ocorre faz com que haja erros no envio de informações do sistema nervoso (ex: sentir, andar, pensar, etc.). Quando existe o erro do envio da informação, o cérebro faz que o organismo fique em estado de alerta, causando os sintomas citados acima, estes são para se defender de uma ameaça ou perigo inexistente. 2.6 - Tratamentos Cada caso deve ser avaliado de uma maneira distinta, falando do tratamento do transtorno do pânico (TP), o especialista age de uma maneira diferente para cada paciente, dependendo do grau em que se encontra, podem-se adotar vários tipos de tratamentos, o que melhor se adequar ao paciente. Mas podemos resumir o tratamento em três fases: 1ª Fase - Bloqueio dos Ataques 13 Na primeira fase são utilizados medicamentos que bloqueiam e reduzem a freqüência e intensidade do ataques, restabelecendo o equilíbrio bioquímico cerebral. 2ª Fase – Psicoterapia Nessa fase são usadas terapias de relaxamento e exposição à fobia para o paciente superar o que foi desenvolvido durante as crises. 3ª Fase - Descontinuidade dos medicamentos e conscientização do paciente Na fase final tem como objetivo a diminuição gradativa e descontinuidade da medicação e ainda a conscientização do paciente de que ele pode ter uma vida normal como qualquer ser humano, embora não haja até o momento, cura para o transtorno do pânico (TP), cabe ao paciente aprender a conviver com ele sem a necessidade dos medicamentos. Geralmente o médico, estipula um prazo entre seis meses a dois anos, para o tratamento do transtorno do pânico (TP), isso dependendo do grau em que se encontra o paciente, assim posteriormente fazendo a suspensão gradativa dos medicamentos e reavaliação. (Valle, 1996) 14 3 – TECNOFOBIA A Tecnofobia significa simplesmente "medo da tecnologia", que inclui o uso de aparelhos eletrônicos em geral. Há quem acredite que essa seja uma das ansiedades mais comuns causadas pela era da informação. Sabe aquela pessoa que tem pavor de computador? Só confia no método manual, tipo arquivo de papel, o e-mail é algo tão complexo quanto o código Morse. Se ela decide programar o forno microondas ou o aparelho de dvd, logo é tomada pelo pânico, pelo medo da tecnologia e a resistência ao progresso, devido ao surgimento da palavra ERROR no painel. É comum encontrarmos pessoas assim, com muito receio do uso das tecnologias que temos hoje em dia, pois o simples fato de pensar que podemos cometer erros, às vezes irreparáveis diante dessas “maquinas” sentimos palpitação, mal-estar ou suor excessivo, isso são os sintomas mais comuns de quem está em pânico. E quando esses medos ou fobias impedem que um profissional desenvolva seu trabalho com satisfação e tranqüilidade, é hora de procurar ajuda. A maioria das vezes, os tecnofóbicos temem quebrar os equipamentos, não conseguem manter a calma para ler na tela o que está mostrando, entram logo em desespero e muitas vezes até esquecem o que tentavam fazer. Mesmo assim hoje em dia, a tecnologia com certeza continuará desenvolvendo a todo vapor equipamentos cada vez mais sofisticados, onde as pessoas de gerações passadas sem dúvida nenhuma nunca imaginavam ver uma coisa dessas (Veiga Netto, 1999). A cada lançamento na área tecnológica, cada vez mais são exigido maiores conhecimentos para ser usado com eficácia. Olhando a questão do lado do consumidor, percebemos alguns problemas de adaptação e aceitação nos produtos tecnológicos. As tecnologias têm auxiliado muitas pessoas, aumentando sua expectativa de vida, proporcionando diversões e passatempos, facilitando as comunicações e liberando os profissionais de vários tipos de trabalhos perigosos ou repetitivos. Com isso nossa sociedade vê-se cada vez mais dependente de computadores e outros equipamentos tecnológicos para praticamente tudo, porém ainda existe um grande número de pessoas que sentem certo desconforto em determinados níveis, aversão por essas máquinas. Para Werneck pacientes portadores do transtorno do pânico (TP) possuem a seguinte reação: “Sentindo-se ameaçadas, as pessoas produzem uma reação reflexa e ressentida contra a tecnologia, como se fosse uma alergia”. (Werneck, 2001) 15 3.1 - Ciberfobia Segundo (Veiga Netto, 1999)6: "Sabbatini diz que” essas pessoas sofrem de uma forma de um medo irracional denominado Ciberfobia. “A American Psychological Association incluiu recentemente essa fobia em seu catálogo oficial de diagnósticos psicológicos, e até já existe tratamento padronizado para ela”. De acordo com a análise feita pelo autor citado por Veiga Netto a Ciberfobia, está relacionada com as fobias específicas ou mesmo as fobias sociais. Hoje em dia em uma sociedade cada vez mais depende das tecnologias, já não conseguimos mais nos lembrar da época que íamos a bancos, ficávamos em filas, onde era feito os depósitos e pagamentos tudo na mão, onde você ia ver o saldo de sua conta corrente, o caixa pegava uma enorme listagem debaixo do balcão e procurava seu nome lá. Mas mesmo assim hoje em dia ainda existe um grande numero de pessoas que a se ver diante do caixa eletrônico, por exemplo, começa a sentir calafrios e tremer só de imaginar que terá que fazer um simples depósito ou mesmo um pagamento sozinho, então passa a enxergar um monstro na frente. Uma sugestão de tratamento consiste em utilizar as técnicas da psicologia comportamentalista (conforme Silvares e Gongora, 1998), aborda os fenômenos da aprendizagem, percepção, memória, representação de conhecimento, etc., que utiliza reforços positivos e negativos para diminuir a incidência dos comportamentos fóbicos indesejados e aumentar os desejados (Sabbatini, 2002). Segundo (Fernando Zancheta, 2004), “Essas pessoas sofrem de um tipo de fobia (medo irracional), denominada ciberfobia. Em geral, um ciberfóbico não tem apenas medo ou aversão a computadores. É um medo mais amplo. São identificados facilmente, e todos nós conhecemos pelo menos uma pessoa que sofre desse mesmo mal. O mais interessante disso é que essas pessoas não têm nenhum interesse pela tecnologia, nem têm curiosidade de aprender. Preferem manter à distância, ou mesmo ficar dependente de alguém para fazer o trabalho para elas”. Dessa forma, segundo (Veiga Netto, 1999), "a Ciberfobia poderia ser um aspecto particular de um grupo de fobias maior, chamado de Tecnofobia, ou seja, 6 VEIGA NETTO, A.R. “Atitudes de Consumidores frente a novas tecnologias. “ Campinas: PUCCAMP, 1999. Dissertação. (Mestre – Psicologia) 16 sintomas de ansiedade e inferioridade perante o grupo social quando da necessidade de se utilizar alta tecnologia." Não é uma doença que deva ser objeto de gozação, pois provoca sofrimento e sentimentos de incapacidade em quem é portador, e alem de tudo, hoje em dia é praticamente impossível deixar de conviver com os computadores, em uma sociedade moderna. Várias investigações estão sendo realizadas fora do Brasil para se conhecer os níveis de Tecnofobia e suas conseqüências. Segundo (Veiga Netto, 1999): "tem-se, por exemplo, a de Rosen, Sears e Weil (1987) que investigaram o impacto das reações negativas em relação à tecnologia e encontraram que tecnofóbicos tendem a evitar a interação com computadores." A ciberfobia é causada por um estresse, onde as pessoas ficam transtornadas quando tem um contato com tecnologias, manifestando assim os sintomas. Geralmente os portadores dessa fobia são adultos e a grande maioria trabalha. 3.2 - SINTOMAS FÍSICOS E EMOCIONAIS Uma parte da população mundial tem algum tipo de fobia, onde geralmente causam muita ansiedade. Com isso pode ser muito prejudicial à pessoa, pois elas geralmente se afastam de suas atividades diárias, muitas vezes até mesmo acabam não saindo mais de sua própria casa. Os sintomas mais comuns são náuseas, palpitação, tremor, mal estar e suor. Esses sintomas não são totalmente visíveis por outras pessoas, muitas vezes passa despercebido, porém para o paciente que sofre de alguma fobia pode ser um grande problema. A tecnologia pode gerar ansiedade devido ao seu crescimento rápido, e nós achamos que devíamos compreender, com a mesma rapidez. Antigamente as pessoas não se davam conta do quanto não sabiam, não tinham idéia do que não sabiam. Mas hoje em dia as pessoas sabem o quanto não sabe, e isso as deixa ansiosas. O resultado é que nos cobramos muito por isso, achamos que devíamos saber mais do que sabemos. Porém muitas vezes temos muitas informações e não 17 sabemos o que fazer com elas. E talvez achemos que todo mundo sabe e entende muito mais coisas do que nós mesmos. É aí que ficamos ansiosos. As tecnologias que encontramos hoje em dia são fascinantes, nossos computadores cada vez mais rápidos, com mais recursos, celulares com câmeras, mp3, internet, maquinas digitais, i-pods e todos outros recursos que nos são oferecidos. Porém temos o outro lado da moeda, onde necessitamos cada vez mais de conhecimentos, e com isso nos cobramos mais, com isso nosso tempo é cada vez mais curto. Sendo assim uma tendência é a irritação das pessoas que tem certa dificuldade, se irritam e ficam ansiosos por não conseguirem usar adequadamente. 3.3 - Tendências A tendência é que as pessoas que sofrem esse tipo de fobia se afastem das tecnologias oferecidas para facilitar o nosso dia a dia, e muitas vezes acabam bloqueando a aprendizagem, dificultando assim o crescimento na área profissional. As tecnologias de hoje são dos tipos mais diversos e uma mais fascinante que as outras, pois permitem fazer coisas que antigamente inimagináveis. O mundo está ao alcance de nossa mão. Podemos nos comunicar através das redes tecnológicas para todos os lugares, desde o mais distante, até o mais perto de uma maneira rápida. Porém existe o lado negativo em que temos a impressão que não podemos viver mais sem esta parafernália de equipamentos, fazemos cada vez mais e mais coisas, porém nosso tempo parece cada vez mais curto. Hoje em dia as pessoas querem fazer tudo na velocidade do computador, querem que tudo se resolva num piscar de olhos. A conseqüência é que cada vez mais está corrido nosso dia a dia, estão vivendo em constante estado de alerta, o que vem a gerar mais nervosismo e ansiedade. Devido às mudanças tecnológicas que a era da informação causou na nossa maneira de viver e de trabalhar, muitas pessoas hoje sofrem com a "ansiedade causada pela informação". Talvez jamais a gente consiga eliminar a ansiedade completamente, mas seguirmos algumas regras com certeza vai ser de grande ajuda. Temos que simplificar as coisas, também deve classificar conforme nossas necessidades e interesses. 18 Devemos admitir que muitos assuntos baseados em tecnologias, continuarão nos causando muita ansiedade, onde alguns desses assuntos não teremos controle algum, porém existem medidas que podemos tomar para minimizar essa ansiedade. Devemos sempre estar nos atualizando sobre as novas tecnologias e dentro das nossas possibilidades, devemos fazer o possível para conhecê-las. Para muitas pessoas atualizar-se na área tecnológica pode ser uma tarefa desafiadora, porém também muito recompensadora. 3.4 - Origem e Causa O estresse hoje em dia é um dos principais problemas de saúde, tendo origem nas situações cotidianas como trabalho, trânsito, família. Segundo Lipp (1996), “o estresse é uma reação global do organismo, que envolve sinais psicológicos e físicos frente a determinadas situações que excitem, emocionem, confundam”. Para Chiavenato (1999), “estresse é um conjunto de reações físicas, químicas e mentais de uma pessoa a estímulos ou estressores no ambiente. É uma condição dinâmica, na qual uma pessoa é confrontada com uma oportunidade, restrição ou demanda relacionada com que ela deseja.” Algumas pessoas podem superar perfeitamente alguma perda importante, enquanto outras podem desenvolver um transtorno emocional como resposta a acontecimentos estressantes de menor importância. As variáveis pessoais, afirma Ballone (1999), desempenham um papel decisivo na maneira de reagir aos eventos da vida. Sabe-se que um dos problemas mais sérios da sociedade moderna é o estresse excessivo e que este, segundo Lipp (1996), “pode se manifestar em várias áreas, tanto na psicológica, quanto na física, resultando desde um estresse ocupacional do trabalhador para com os colegas de trabalho e clientes, até enfartes, hipertensão arterial, úlceras, entre outras patologias. Quando a tensão é excessiva, ela se torna um dos fatores determinantes do estado de desequilíbrio podendo provocar o estresse, acarretando, portanto, uma série de alterações orgânicas: alteração do tônus muscular, aumento da atividade do sistema nervoso simpático, de estímulo para o centro respiratório, do sistema nervoso parassimpático, hiper atividade do sistema nervoso autônomo etc, resultando em importantes custos individuais e organizacionais.”. Reconhecer o problema e procurar ajuda é a melhor forma de enfrentá-lo. Muitas pessoas confundem a fobia com o medo natural, onde o medo natural é um 19 sentimento normal do organismo na forma de defesa que desaparecem apos um determinado período. 3.5 - Tratamento Para que a pessoa vença a doença, e possa assim levar uma vida totalmente normal, fazendo uso dos recursos tecnológicos hoje oferecidos, é necessário um tratamento com ajuda de profissionais e acima de tudo a própria pessoa se ajudar. Segundo Dr. Luiz Gonzaga Leite (2003) “O tratamento de fobias é realizado com psicoterapia e, em alguns casos, com o uso de medicamentos para baixar os níveis de ansiedade. O psicólogo ou psiquiatra deve adotar uma atitude ativa, levando o fóbico a confrontar seus temores. Se a neurose que desencadeia a fobia estiver carregada de traços obsessivos, é necessário um tratamento mais profundo e reservado.” Esse tratamento é feito com ajuda desses profissionais, que tentam a aproximação progressiva entre o paciente e as tecnologias oferecidas, assim quando menos perceber o paciente vai ter descoberto que essas máquinas e tecnologias oferecidas não é um bicho papão como pensavam. Então assim que a pessoa conseguir vencer seu medo e passar a usar, por exemplo, um sistema operacional, quando menos esperar, estará cada vez mais entrando nesse mundo de tecnologias, e usufruindo tudo que esta ao seu redor, desde o mais simples toque na tela do forno de microondas para programá-lo até mesmo usando máquinas digitais e aparelhos mais complexos. 20 4 – USABILIDADE Segundo o site da Wikipédia7 “Na interface homem – computador (IHC) e na Ciência da Computação, usabilidade normalmente se refere à simplicidade e facilidade com que uma interface de um programa de computador ou um website pode ser utilizada. O termo também é utilizado em contexto de produtos como aparelhos eletrônicos, em áreas da comunicação etc.. como manuais, documentos e ajudas online. “ Conforme o site simplesconsultoria8 a usabilidade “Avalia se as tarefas estão acessíveis para serem desempenhadas pelos usuários segundo três critérios: eficácia (de atingir os objetivos); eficiência (em relação ao emprego correto de recursos); e satisfação (quando a interação com o sistema é agradável)”. Sempre que houver uma interface, ou seja, um ponto de contato entre um ser humano e um objeto físico (ex: microondas) ou abstrato (ex: software), podemos observar a usabilidade que esse objeto nos oferece. 4.1 - Definição Historicamente, o termo usabilidade surgiu como uma ramificação da ergonomia voltada para as interfaces computacionais, mas acabou se difundindo para outras aplicações. O termo usabilidade foi definido na norma ISO/IEC 91269, sobre qualidade de software, como "um conjunto de atributos de software relacionado ao esforço necessário para seu uso e para o julgamento individual de tal uso por determinado conjunto de usuários." A partir de então, esse termo passou a fazer parte do vocabulário técnico de várias áreas do conhecimento, tais como tecnologia da informação, ergonomia, interação homem-computador e psicologia aplicada, tendo sido traduzido literalmente para diversos idiomas. O conceito de usabilidade evoluiu e foi redefinido na norma ISO 9241-1110 Guidelines on Usability como "a capacidade de 7 8 Enciclopédia multilingüe on-line livre http://pt.wikipedia.org/wiki/Usabilidade#column-one http://www.simplesconsultoria.com.br 9 ISO/IEC 9126 Information technology – software product evaluation: quality characteristics and guidelines for their use. 1991. 10 ISO 9241 Part 11 Ergonomic requirements for office work with visual display terminals: Part 11 – Guidelines on usability. 1998. 21 um produto ser usado por usuários específicos para atingir objetivos específicos com eficácia, eficiência e satisfação em um contexto específico de uso”. Segundo Nielsen (1993), a usabilidade é composta por cinco atributos: A facilidade de aprendizado – onde o uso do sistema deve ser fácil de aprender, de forma que o usuário possa começar a interagir rapidamente; A eficiência de uso, uma vez aprendido - uma vez que o usuário aprendeu a utilizar o sistema, é preciso que tenha um elevado nível de produtividade; A facilidade de memorização - é necessário para que o usuário, ao voltar a usar o sistema após certo tempo, lembre-se facilmente de como deve utilizálo; A baixa taxa de erros, neste contexto, é definida como uma ação do usuário que não leva ao resultado esperado. É preciso que o sistema não leve o usuário a cometer muitos erros durante sua utilização; A satisfação subjetiva – onde o sistema deve ser agradável, de forma que o usuário fique satisfeito ao utilizá-lo. A Avaliação Heurística é a realização de uma inspeção da interface a fim de identificar problemas de usabilidade, tomando como base um conjunto de heurísticas ou princípios de usabilidade. Essa avaliação, de acordo com indicadores de experiências de maior sucesso, pode ser conduzida por um pequeno conjunto de avaliadores, em torno de três a cinco pessoas. As heurísticas de usabilidade são regras gerais que descrevem propriedades comuns de interfaces. O conjunto de heurísticas gerais pode-se, também, considerar heurísticas específicas de acordo com a categoria do produto que está sendo avaliado. Com essa associação, o conceito torna-se mais concreto, auxiliando na quantificação da facilidade de uso do sistema. Alguns métodos de avaliação da literatura de IHC e Ergonomia (Dix 1998) são aplicados entrevistas orientadas à satisfação do usuário como procedimento de avaliação simples. Esse termo é a maior satisfação do usuário em relação à IHC. Assim se pode observar a interação entre o ser humano e os sistemas tecnológicos através de uma interface, percebendo, que quanto mais intuitiva for essa interface aos seus usuários, maior será a produtividade destes em suas tarefas do dia-a-dia, e quanto menos adequada for à interface, menor será a produtividade, maior será o tempo gasto na realização das tarefas, e pior será a impressão resultante. 22 4.2 - Ciberfobia Como Empecilho ao Acesso de Computador “A ciberfobia se manifesta de inúmeras formas: o medo de eventualmente provocarem algum dano irreversível, o medo de não compreender o que está aparecendo na tela, à recusa em aprender a utilizar um programa simples e a dificuldade em se utilizar o teclado para informarem dados”. (FILGUEIRAS, TORRES & BARBARIAN, 2003 apud ZANCHETA, 2004, p. 34). O mais interessante é que essas pessoas não sentem nenhum fascínio pela tecnologia, e nem tem curiosidade de aprender. Preferem “manter a distância”. No nosso dia a dia, percebemos diversos tipos de fobias, como medo de falar diante dos outros, medo de elevadores, de altura, de escada, dentre outros. Percebemos também que muitas pessoas têm uma grande dificuldade ao ficar frente a frente com as tecnologias, onde se sentem muito mal com isso, prejudicando seu desempenho profissional na medida em que não conseguem focar suas atividades sem se deixar influenciar pela sensação do medo e da ansiedade. Segundo (Zancheta, 2004) “É bastante comum o usuário enfrentar problemas durante o uso do sistema, quer seja uma mensagem de erro no sistema operativo de um caixa de banco ou qualquer atraso na resposta de uma solicitação de serviço. Esses problemas transmitem uma imagem de fragilidade por parte dos computadores. Mais ainda, o desconhecimento das causas destes problemas provoca uma sensação de desconfiança, não apenas no funcionamento do sistema, mas principalmente na capacidade do próprio usuário.” A sensação de incompetência digital acarreta outras emoções negativas. A fragilidade pode estar ligada à vaidade das pessoas, ou seja, “não é medo da máquina em si, mas de mostrar a própria incapacidade de usar a máquina” (Farah, 2002). Isso se torna um grande empecilho para as pessoas, pois com esse medo, a tendência é o paciente se afastar das tecnologias oferecidas e acabar se colocando numa redoma de vidro, onde tudo acaba girando em torno da “idade da pedra”. 23 Pois um simples acesso à conta bancária, por exemplo, poderia se feito pela internet em cinco minutos, causa um transtorno imenso para esse paciente, ao ponto ter que pegar o carro, ir até o banco, ficar na fila e pedir para o caixa seu saldo. Tornando assim muito mais complicado e trabalhoso nossos problemas diários. Isso pode ser mais agravante a ponto do portador dessa doença perder uma vaga em uma empresa, pelo simples do não preencher os requisitos que muitas vezes, são os mais básicos possíveis, como um simples curso de computação, onde seria apenas para o uso de planilhas e acessos a internet. Podemos destacar o sofrimento que um ciberfóbico tem ao não se adaptar com essas tecnologias, onde muitas vezes eles se acham incapazes e incompetentes. Segundo Veiga Netto (1996) “Uma pessoa com ciberfobia não tem apenas medo ou aversão a computadores. Tem um medo de maior amplitude, que pode chegar a estender-se à utilização de outros equipamentos.” Conforme Dr. Luiz Gonzaga Leite (2003) “O medo é uma reação natural a uma ameaça real, mas quando ganha maiores proporções e não se justifica,impondo limitações na vida da pessoa, deve ser encarado como uma fobia – Essa sensação, geralmente, é acompanhada de ansiedade. As dez fobias que mais atrapalham o desempenho profissional são: • Agorafobia: Medo de espaços abertos e cheios de gente, como praças, jardins, lojas e shopping centers. • Claustrofobia: Medo de lugares fechados, como elevadores, túneis e ambientes pouco ventilados. • Glossofobia: Medo de falar em público. • Hipsiofobia ou altofobia: Medo de altura. • Amaxofobia: Medo de andar de carro. • Atelofobia: Medo da imperfeição. • Aviofobia: Medo de viajar de avião. • Rupofobia: Medo de sujidade, de ser contaminado ao tocar objetos ou pessoas. • Climacofobia: Medo de escadas. • Ciberfobia: “Medo de computador” 24 5 - CARACTERIZAÇÕES DO COMPORTAMENTO CIBERFÓBICO NAS PESSOAS 5.1 - Métodos Adotados Para Caracterização Para poder identificar o comportamento ciberfóbico nas pessoas, existe duas técnicas que podem ser utilizadas. Conforme (MAYHEW, 1999, apud ZANCHETA, 2004, p. 54), a primeira técnica obtém o perfil de forma indireta, através de entrevistas realizadas com pessoas que conheçam a maneira de como os usuários finais trabalham. Na segunda técnica, o perfil é obtido diretamente através de respostas a questionários distribuídos aos usuários reais. A técnica baseada em questionários, utilizada neste trabalho, é mais confiável, pois os dados são obtidos diretamente dos usuários reais. Procura-se caracterizar os usuários, conforme Hackos e Redish (1998), através de questões que definem: • Como os usuários se classificam em termos de suas categorias profissionais, cargos e funções; • Qual o nível de experiência com a realização das tarefas e com ferramentas semelhantes; • Como eles se comportam na frente de computadores ou eletrônicos; • Como eles diferem individualmente (características pessoais, culturais, físicas e de motivação). 5.1.1 - Questionário Aplicado Este questionário visa fazer uma pesquisa para observar a reação das pessoas quando se deparam com tecnologias. A seguir são apresentadas as questões respondidas pelos usuários. Para a coleta de dados foi realizada a entrega do questionário ao mais diverso tipos e classes de pessoas, onde foram 80 pessoas entrevistadas. 25 1. Sexo ( ) Fem ( ) Masc 2. Idade ( ) 18 a 25 ( ) 26 a 33 ( ) 34 a 40 ( ) 41 a 47 ( ) Acima de 48 3. Escolaridade: ( ) Analfabeto/Primário Incompleto ( ) Ginasial Completo/Superior Incompleto ( ) Primário Completo/Ginasial Incompleto ( ) Superior Completo ( ) Pós-Graduação 4. Categoria Profissional: ( ) Autônomo ( ) CLT(Carteira de Trabalho) ( ) Empresário ( ) Estudante ( ) Aposentado 5. Você possui computador em casa? ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim, mas não uso. 6. No seu trabalho você utiliza computador? ( ) Sim ( ) Não 7. Com que freqüência você utiliza o computador e acessa internet? ( ) Diariamente ( ) Fins de semana ( ) Raramente 8. Pra quê você usa o computador? ( ) Diversão ( ) No Trabalho ( ) Pagamentos de contas ( ) Para tudo ( ) Acessar e-mails 9. Você possui DVD em casa? ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim, mas não uso. 10. Você possui celular? Utiliza os recursos do celular (como envio de mensagens, foto digital ou Wap)? 26 ( ) Sim ( ) Não ( )Tenho, mas não utilizo os recursos. 11. Você possui maquina fotográfica digital? ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim, mas não uso. 12. Você utiliza os recursos do caixa eletrônico do seu banco? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não, tenho receio de usar o caixa eletrônico 13. Você acessa sua conta pela internet? ( ) Sim ( ) Não 14. Você é uma pessoa insegura? ( ) sim ( ) não 15. Alguma vez, viveu privado de tecnologia? ( ) sim ( ) não 16. Você tem medo de aparatos eletrônicos e elétricos que conhece? ( ) sim ( ) não 17. Alguma vez foi punido por mexer em um computador, aparato eletrônico? ( ) sim ( ) não 18. Você se acha criativo (a)? ( ) sim ( ) não 19. É calmo (a)? ( ) sim ( ) não 20. Acha-se incapaz de acompanhar o avanço tecnológico? ( ) sim ( ) não ( ) às vezes 21. Preocupa-se com o que os outros vão pensar sobre você? ( ) sim ( ) não ( ) às vezes 22. Você tem ou já teve algum tipo de medo relacionado à tecnologia? ( ) sim, já tive ( ) sim, eu tenho ( ) não, nunca tive 23. Qual (is) foi (ram) esse(s) medo(s)? ( ) caixa eletrônico ( ) equipamentos eletrônicos ( ) dvd 27 ( ) computador ( ) aparelhos eletrodomésticos ( ) microondas ( ) máquina fotográfica digital ( ) celular ( ) Home Theater 24. Você já freqüentou algum(s) desses especialistas por causa desse medo?Qual(is)? ( ) psicólogo ( ) psicoterapeuta ( ) psiquiatra ( ) neurologista ( ) não 25. Qual(is) desses medos já teve em virtude da tecnologia? ( ) Medo de ser menosprezado por não saber mexer e se achar incapaz de aprender; ( ) Medo de não saber como usá-lo; ( ) Medo de mexer com computadores, aparatos eletrônicos ou elétricos e estragá- los; ( ) Medo de ser caçoado por ser mais lento; ( ) Medo de perder dinheiro ou de mexerem em sua conta através de caixa eletrônico; ( ) nenhum. 26. Como você se comportou diante desse medo? ( ) venceu-o facilmente; ( ) Procurou ajuda, depois de certo tempo você conseguiu vencê-lo; ( ) Ficou apavorado, com vontade sair correndo e, atualmente foge de situações parecidas; ( ) pediu para que outras pessoas fizessem por você ; ( ) não tive nenhum desses medos. 27. Deixou de usar ou trabalhar com sistemas informatizados, computadores ou aparelhos eletrônicos e elétricos por ter recebido críticas? ( ) sim ( ) não ( )nunca teve oportunidade 28. Você deixou de trabalhar em algum lugar porque tinha que ter contato com computador, aparelho eletrônico ou elétrico? ( ) sim ( ) não ( ) nunca recebeu propostas de trabalho desse tipo 29. Você tem pavor de pensar que um computador, aparato elétrico ou eletrônico, possa te dominar? 28 ( ) sim ( ) não ( ) nunca pensou nisso 30. Você autoriza o uso das informações acima, para o desenvolvimento da pesquisa sobre “Ciberfobia e Tecnofobia”, sem que seja feita qualquer identificação sua? ( ) sim ( ) não Amparo, ______de ____________________ de 2006. 29 6 - O PROFISSIONAL E NOVAS TECNOLOGIAS O impacto de das novas tecnologias, tanto no trabalho como em nossa própria casa, ou mesmo ainda no nosso lazer, acaba sendo motivo de estresse e muitas vezes de traumas que muitas vezes, somente com ajuda de profissionais da área são sanados. Muitas empresas investem em equipamentos de ultima geração, mas “o que importa você ter uma ferrari se você só sabe dirigir um fusca não é?”. Por isso hoje me dia faz se cada vez mais a necessidade de atualizações constantes, tanto na área profissional quanto pessoais e muitas pessoas se pegam perguntando-se se são aptas, se são capazes de acompanhar esse grande avanço. 6.1 - Resultados Obtidos com o Questionário No total 80 pessoas foram entrevistas, dos mais diversos níveis sociais e idades. Onde: 30 31 32 6.2 - Resultados Obtidos com a Observação • Sexo x Criatividade O sexo feminino atingiu 83,75% e o sexo masculino atingiu 16,25% dos entrevistados, onde 87,5% se consideram criativo e 12,5% não se acha criativo, e 96,25% autorizaram o uso do questionário para a pesquisa e 3,75% não autorizaram, conforme mostra a Figura 2 abaixo. Sexo X Criatividade 70 60 58 50 40 30 20 12 9 10 1 0 Se acha criativo Feminino Não se acha criativo Masculino Figura 2 – Sexo X Criatividade 33 • Idade x Calmo Das pessoas que responderam o questionário 27,5% têm entre 18 e 25 anos, 36,25% têm entre 26 e 33 anos, 18,75 têm entre 41 a 47 anos e 6,25% têm acima de 48 anos, onde 70,89% se consideram calmos e 29,11% não se consideram calmos, ficando mais fácil para as pessoas calmas superar os medos tecnológicos, conforme mostra a Figura 3 abaixo. Calmo X Idade 25 20 21 16 15 10 6 8 10 6 5 5 4 3 1 0 18 a 25 26 a 33 34 a 40 Se considera Calmo 41 a 47 Acima 48 Não se considera calmo Figura 3 – Calmo X Idade 34 • Privacidade de tecnologia x medo de quê Exatamente 50% das pessoas entrevistadas já se privou de alguma tecnologia, e 17,72% admitiu ter medo de algum equipamento eletrônico, já 82,28% não tem esse medo, e ainda 65% dos entrevistados admitiu que já tiveram medo da tecnologia e desse percentual 12,5% ainda tem medo, já 35% disse que nunca teve medo da tecnologia. Por causa desse medo 1,25% já freqüentou especialista e 98,75% nunca precisaram; Desses medos 20,88% é ou foi de caixa eletrônico, 32,97% de computador, 6,59% de forno de microondas, 8,79% de equipamentos eletrônicos em geral, 2,2% de eletrodomésticos, 7,69% de usar máquina digital, 6,59% de usar o aparelho de dvd, 7,69% de celular e 6,59% de home-theater. Observa-se que o maior medo das pessoas está diretamente relacionado a computadores, logo em seguida vêm o medo e a insegurança do uso de caixa eletrônico, depois os equipamentos eletrônicos aparelhos celulares, home theater, máquina digital, microondas entre outros, conforme mostra a Figura 4 abaixo. Privacidade de Tecnologia X Medo de quê 20 18 16 14 12 10 8 6 4 2 0 16 14 10 9 4 5 5 2 4 6 3 Já se Privou da Tecnologia 2 3 1 2 1 3 Nunca se Privou da Tecnologia Caixa Eletrônico Computador Microondas Equip. Eletrônicos Eletrodomesticos Máquina Digital Dvd Celular Home Theater Figura 4 – Privacidade de Tecnologia X Medo do quê 35 • Categoria Profissional X Medo de que tipo de aparato A categoria profissional ficou com 5% de autônomos, 82,5% tem carteira assinada (CLT), 1,25% aposentados, 3,75% são empresários e 7,5% estudantes; Onde 13 pessoas da categoria profissional CLT - Consolidação das Leis Trabalhistas tem ou já tiveram medo de caixa eletrônico, 25 pessoas medo de computadores, 5 pessoas de microondas, 7 pessoas de equipamentos eletrônicos, 6 pessoas o uso de celular e home theater, 4 com aparelhos de dvd e finalizando 2 pessoas tiveram medo de eletrodomésticos, conforme mostra a Figura 5 abaixo. Categoria Profissional X Medo de quê? 30 25 25 20 13 15 10 5 5 1 11 7 2 6 54 6 11 1 21 1 1 32 1 1 0 Autônomo Caixa Eletrônico Equip. Eletrônicos Dvd CLT Aposentado Computador Eletrodomesticos Celular Empresário Estudante Microondas Máquina Digital Home Theater Figura 5 – Categoria Profissional X Medo de que tipo de aparato 36 • Escolaridade X O uso do celular e seus recursos Já 97,5% das pessoas possuíamos celulares, mas 28,75% não utilizavam seus recursos, 2,5% dos entrevistados não possuíam celular; Das pessoas entrevistadas que possuíam e fazia a devida utilização dos recursos de seus aparelhos celulares, como wap, mensagens, têm a escolaridade superior incompleto, ficando da seguinte forma. Apenas 2 pessoas com primário incompleto possuíam aparelho celular, mas apenas uma utilizava os recursos. Já com o ginasial incompleto, 3 pessoas possuíam o aparelho, e apenas 1 usava os recursos do mesmo. Com o superior incompleto 39 pessoas possuíam, mas apenas 31 pessoas faziam a utilização dos recursos, 8 pessoas não utilizavam os recursos e 2 pessoa não tinham aparelho celular. Entre as pessoas com o superior completo 21 possuíam os aparelhos, mas apenas 15 faziam a utilização dos seus recursos, finalizando dos 13 pós-graduados que possuíam o aparelho, 7 faziam a utilização dos recursos, conforme mostra a Figura 6 abaixo. Escolaridade X Usam celular e seus recursos 40 31 30 15 20 10 1 1 7 2 1 2 8 6 6 0 Possuem e usam Analfabeto/Primário Inc. Superior Completo Não possuem Ginásio Incompleto Pós-Graduação Possuem, mas não usam Superior Incompleto Figura 6 – Escolaridade X O uso do celular e seus recursos 37 • Acessa a Internet X Pra quê usa a Internet Diariamente o acesso à internet é feito por 67,5% dos entrevistados, já 13,75% acessam somente em fins de semana e 18,75% acessam raramente a internet, onde 10% é para diversão, 22,5% para trabalho, 8,75% para acessar e-mails e 58,75% admitiu usar para tudo, conforme mostra a Figura 7 abaixo. Acessa Internet X Pra quê usa a Internet 50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0 36 15 2 2 1 Diariamente Diversão 2 2 6 Fins de Semana Trabalho E-mails 5 1 3 Raramente Tudo Figura 7 – Acessa a Internet X Pra quê usa a Internet 5 38 • Computador em casa X Acesso da internet Dos entrevistados 71,25% possuíam computador em casa e faziam o uso do mesmo, 25% não possuem e 3,75% possuem, mas não utiliza o computador em sua residência, porém 72,5% das pessoas utilizam o computador no trabalho, já 27,5% não trabalham com computador. Dos 60 entrevistados que possuíam computadores em suas residências, 43 acessavam a internet diariamente 10 apenas em fins de semana, 4 faziam a utilização raramente, e apenas 3 pessoas dos entrevistados admitiram possuir computador em casa mas não utilizavam. Já as 20 pessoas que não tinham computador em casa, 10 acessavam a internet diariamente, em seu trabalho e 10 dessas pessoas não faziam a utilização com freqüência, usavam raramente, conforme mostra a Figura 8 abaixo. Possuem Computador em casa X Frequência de acesso a Internet 50 43 40 30 20 10 10 4 10 10 1 0 Possuem Diariamente Não possuem Fins de Semana 1 1 Possuem, mas não usam Raramente Figura 8 – Computador em casa X Acesso da internet 39 • Idade X Usa caixa eletrônico Das pessoas entrevistadas 92,5% faziam a utilização de caixas eletrônicos, já 7,5% não utilizavam e dessas pessoas que não utilizavam 1,25% não utilizavam por receio, já 45% acessavam suas contas de bancos pela internet e 55% não acessavam. Entre as 74 pessoas que fazem a utilização de caixas eletrônicos, 21 dessas pessoas tem entre 18 e 25 anos de idade, 27 pessoas ficam entre 26 e 33 anos, 13 pessoas ficam entre 34 a 40 anos, 9 pessoas entre 41 e 47 anos e apenas 4 pessoas acima de 48 anos. Já 5 pessoas não fazem a utilização do caixa eletrônico, ficando 1 pessoa entre 18 e 25 anos, 2 pessoas entre 26 e 33 anos e 2 pessoas com a faixa etária entre 34 a 40 anos, apenas uma pessoa acima de 48 anos admitiu o receio de fazer uso de caixa eletrônico. Conforme mostra a Figura 9 abaixo. Idade X Usam Caixa Eletrônico 30 25 27 21 20 15 13 9 10 4 5 1 2 2 1 0 Usam 18 a 25 anos Não usam 26 a 33 anos 34 a 40 anos Tem receio 41 a 47 anos Figura 9 - Idade X Usa caixa eletrônico Acima 48 anos 40 • Insegurança X Avanço Tecnológico A insegurança atingiu 30% dos entrevistados, já 70% não se sentiam inseguros, e 45% às vezes se achavam incapaz de acompanhar o avanço tecnológico, 5% admitiram não conseguir acompanhar e 50% não tinham esse problema. Das 24 pessoas que se sentiam inseguras, 2 se achavam incapazes de acompanhar o avanço tecnológico, 9 dessas pessoas não sentiam nenhum problemas em relação a isso e 13 pessoas as vezes se sentiam incapazes. Já das 56 pessoas que se sentiam totalmente seguras 2 admitiram ser incapazes de acompanhar esse avanço tecnológico, 31 pessoas não tinham esse tipo de problema e finalmente 23 sentiam o problema do acompanhamento tecnológico as vezes. Conforme mostra a Figura 10 abaixo. Se acha inseguro e Incapaz de acompanhar o avanço tecnológico 40 31 30 23 20 10 13 9 2 2 0 Sim Não Se acha Inseguro Às vezes Não é Inseguro Figura 10 – Insegurança X Avanço Tecnológico 41 • Escolaridade X Pavor da tecnologia dominá-lo Mas 5% dos entrevistados mostraram ter pavor em pensar que as tecnologias pudessem dominá-los, já 17,5% das pessoas nunca haviam pensado nisso e 77,5% desses entrevistados não tinham esse medo, onde 10,13% já haviam sido punidos alguma vez por mexer em computador e equipamentos eletrônicos, e 89,87% nunca sofreram nenhum tipo de punição; Dessas pessoas que admitiram o pavor de tecnologia dominá-los, 3 possuíam o curso superior incompleto e 1 o superior completo, já das pessoas que nunca tiveram esse problema 2 possuíam o ginasial, 32 o curso superior incompleto, 17 superior completo e 11 eram pós graduados. Já das 14 pessoas que admitiram nunca ter pensado nisso 2 tinham o primário incompleto, 1 o ginásio, 6 o superior incompleto, 3 o superior completo e 2 eram pós graduadas. Conforme mostra a Figura 11 abaixo. Escolaridade X Tem pavor de imaginar que a Tecnologia possa dominá-lo 40 35 32 30 25 17 20 15 10 5 11 3 1 2 2 6 1 3 2 0 Sim Analfabeto/Primário Inc. Superior Completo Não Ginásio Incompleto Pós-Graduação Nunca pensou nisso Superior Incompleto Figura 11 – Escolaridade X Pavor da tecnologia dominá-lo 42 • É calmo X É criativo De todos os entrevistados 87,5% se acham criativos, onde 51 pessoas que se acham criativos admitiram ser calmos, e 19 pessoas admitiram não serem calmos, já os 12,5% restante que não se consideraram criativos, 5 pessoas admitiram serem calmos e 5 reconheceram que não eram calmos. Dessas pessoas 70,89% reconheceram ser calmos e 29,11% não eram calmos. Isso pode ser observado na Figura 12 abaixo. É Calmo X Se acha Criativo 60 50 51 40 30 19 20 10 5 5 0 É Calmo Não é calmo Criativo Não criativo Figura 12 – É calmo X É criativo 43 • Escolaridade X Preocupa-se com o que os outros pensam Das pessoas entrevistadas 2,5% eram analfabetos ou possuíam o primário incompleto, 3,75% ginasial incompleto, 51,25% superior incompleto, 26,25% eram graduadas e 16,25% tinham pós-graduação, 7,5% preocupavam-se com que os outros iriam pensar ao seu respeito, 55% se preocupavam às vezes e 37,5% não se preocupavam com isso; Ficando a seguinte proporção, das pessoas que se preocupavam com o que os outros pensam ao seu respeito, 5 possuíam o curso superior incompleto e apenas 1 pessoa o superior completo. Já das 30 pessoas que não se preocupavam com isso apenas 1 tinha o ginásio incompleto, 16 possuíam o superior incompleto, 8 pessoas tinham o curso superior completo e 5 eram pós-graduados. Das pessoas que se preocupavam às vezes com o que os outros pensariam ao seu respeito, 2 possuíam a primário incompleto, 2 pessoas o ginásio incompleto, 20 dessas pessoas tinham o superior incompleto, 12 superior completo e apenas 8 eram pós-graduados. Isso pode ser observado na Figura 13, conforme segue abaixo. Escolaridade X Preocupam-se com o que os outros pensam 30 25 20 20 16 15 10 5 12 8 5 1 1 5 8 2 2 0 Sim Não Analfabeto/Primário Inc. Ginásio Incompleto Superior Completo Pós-Graduação Às vezes Superior Incompleto Figura 13 – Escolaridade X Preocupa-se com o que os outros pensam 44 • Possui Máquina Digital X Tem medo de eletrônicos Hoje em dia é comum escutarmos falar sobre máquinas digitais, mas pude perceber que poucas pessoas possuem, nessa pesquisa 27,5% dos entrevistados possuíam maquinas digitais só que 2,5% deles não utilizavam já 72,5% não possuem máquina digital; Onde 14 pessoas que possuíam máquina digital não tinham nenhum problema com equipamentos eletrônicos, 6 pessoas admitiram ter medo de equipamentos, e 2 pessoas admitiram o medo e também não utilizavam suas maquinas digitais, já 6 pessoas que tinham medo da tecnologia não tinham máquina digital e 52 pessoas que não possuíam maquina digital não tinha nenhum problema relacionado a tecnologia. Conforme mostra a Figura 14 abaixo. Possuem Máquina Digital X Tem medo de Eletrônicos 60 52 50 40 30 20 10 14 6 6 2 0 Sim tem medo Possui Não possui Não tem medo Possui, mas não utiliza Figura 14 – Possui Máquina Digital X Tem medo de eletrônicos 45 7 - CONCLUSÃO Chega-se à conclusão que a ciberfobia e a tecnofobia caminham juntas, pois os sintomas são basicamente os mesmos uma vez que computadores estão nos meios tecnológicos, e dependemos cada vez mais deles para realizarmos, e muitas vezes facilitarmos nossas tarefas diárias, e ainda podemos dizer que a cada dia a evolução tecnológica é cada vez maior. Percebe-se que o ser humano pode sentir o medo de tecnologia, sendo ela a mais simples ou mais complexa e esse medo pode torna-se um pânico, o afastando assim de todos os meios tecnológicos apresentados para suprir e facilitar nosso trabalho do dia a dia e ainda muitas vezes essas pessoas se afastam da convivência com outras pessoas no dia a dia. Muitas pessoas não utilizam as tecnologias oferecidas apenas pelo fato de não se sentirem seguros e confiantes diante essas máquinas, pois temem quebrar, temem quem os outros caçoem deles por não saber como usar, ou até mesmo temem perder dinheiro com isso. Para facilitar isso devemos apresentar essas tecnologias aos poucos e da maneira que se torne mais fácil o aprendizado e não aparente ser uma coisa muito complexa, assim, quando o usuário menos perceber ele estará fazendo a utilização dos recursos do seu celular, seu microondas e até mesmo usando de uma maneira bem fácil seu computador, entre outras tecnologias que nos cercam. Essas tecnologias nos ajudam muito, mas para que tem um grande receio, muitas vezes essas maravilhosas tecnologias se tornam obstáculos, assim dificultando o crescimento pessoal, e muitas vezes profissional. Então quanto mais cedo for detectada a doença do pânico, mas fácil será o tratamento e a cura, muitas vezes o fato do crescimento rápido da tecnologia, provoca certo medo nas pessoas, se assustam em pensar que simples máquinas tomam conta do dinheiro, se assustam no fato de quebrar e não saber mexer nesses aparatos, mas com um pouco de calma, percebem que tudo isso só veio para facilitar nossas vidas. 46 8 - ANEXOS E PESQUISAS 47 9 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Normalização da Documentação no Brasil. Ciberfobia [Internet http://www2.uportu.pt/~al17563/ciberfobia/trabciber.htm, recuperado em 29/01/2006]. CHIAVENATO, Idalberto. “Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações” Rio de Janeiro: Campus, 1999. DELUMEAU, J.. História do medo no Ocidente (1300-1800).São Paulo: Companhia das Letras, 1989. DIX, A. J. ABOWD,GREGORY, BEALE,RUSSELL. “Human-Computer Interaction”, Second Edition. London, Prentice Hall Europe, 1998. 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