Pictogramas: Teoria, Desenvolvimento e Aplicação

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Pictogramas: Teoria, Desenvolvimento e Aplicação
Lucas Kitt Dranka
Iniciação Científica (PIBIQ/CNPq)
Agosto de 2011 a Julho de 2012
Pictogramas: Teoria, Desenvolvimento e Aplicação
The Noun Project: Análise e Adaptação ao Português
Relatório apresentado à Coordenadoria
de Iniciação Científica e Integração
Acadêmica da Universidade Federal do
Paraná por ocasião da conclusão das
atividades de Iniciação Científica - Edital
2011 - 2012
ORIENTADOR: Marcel Pereira Pauluk
SCHLA - Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes Departamento de Design
TÍTULO DO PROJETO: Pictogramas: Teoria, Desenvolvimento e Aplicação.
Número do BANPESQ/THALES: 2011025239
Curitiba
2012
1. Título
Pictogramas: Teoria, Desenvolvimento e Aplicação.
2. Resumo
Parte do projeto de iniciação científica “Pictogramas: Teoria, Desenvolvimento e Aplicação”,
esse subprojeto compreendeu três etapas: (1) Tradução técnica do Noun Project; (2) Pesquisa
bibliográfica sobre o desenvolvimento de pictogramas e (3) Realização de um workshop de
desenvolvimento prático de pictogramas. Na primeira etapa, com o apoio de outros voluntários
brasileiros, ocorreu a tradução técnica dos termos, títulos e descrições da base de dados de
pictogramas do Noun Project (thenounproject.com), deixando o site disponível para consultas
em português brasileiro. No que diz respeito aos pictogramas, foi possível identificar diferenças
significativas entre o português do Brasil e de Portugal, além de diversos casos de diferenças
contextuais, linguísticas e culturais entre o português e o inglês (idioma oficial do site),
ocorrendo diversos casos de pictogramas sem uma tradução exata. A segunda parte deste
subprojeto abordou uma documentação bibliográfica, baseada especialmente em normas da
ISO, acerca de boas práticas para o desenvolvimento e avaliação de pictogramas. Foram
apontadas diretrizes para os pictogramas, em três momentos: (a) Fase preliminar: onde é
analisado o conceito a ser trabalhado, sua necessidade e aplicabilidade, qual o seu público e
contexto de uso; (b) Desenvolvimento: uma série de diretrizes para o desenvolvimento
adequado dos pictogramas, focando especialmente na facilidade de compreensão, legibilidade,
aplicabilidade e sinteticidade, considerando o uso de objetos, pessoas, ações, narrativas,
conceitos abstratos, além do uso negações e de outras convenções; (c) Validação: apontou-se
diretrizes para a avaliação da qualidade gráfica dos pictogramas, facilidade de leitura e
compreensão junto ao usuário final. Com base nos estudos realizados nas etapas anteriores e
em um workshop piloto realizado na disciplina de Pictogramas do curso de Design, a terceira
fase deste subprojeto compreendeu o desenvolvimento prático de pictogramas, por meio de um
workshop de criação e avaliação colaborativa. Esse evento abordou a temática “Bicicleta e
Mobilidade Urbana” e contou com a participação de cerca de 20 pessoas. Foram trabalhados
cerca de 80 conceitos, tendo sido gerados em torno de 40 alternativas aplicáveis. Os
resultados serão publicados no Noun Project para que fiquem em domínio público e possam
ser efetivamente utilizados. Esse subprojeto se encerra deixando contribuições teóricas e
práticas para o desenvolvimento de pictogramas, servindo de base para possíveis pesquisas e
estudos dentro dessa temática.
3. Objetivos
A primeira etapa deste subprojeto caracterizou-se pela tradução técnica da base de dados de
pictogramas do “The Noun Project” (http://thenounproject.com/), uma iniciativa colaborativa de
desenvolvimento e compartilhamento de pictogramas. Nesta etapa, além do auxílio a esta
iniciativa, o objetivo foi de compreender como os pictogramas são utilizados ao redor do
mundo, comparando o uso destes símbolos gráficos e sua relação com os idiomas escritos.
Além de associações meramente linguísticas associadas à tradução do inglês (idioma oficial do
site) para o português, objetivou-se analisar associações culturais e o próprio modo de
expressão através de imagens e palavras.
A segunda e terceira etapas - documentação bibliográfica e workshop de desenvolvimento
prático, respectivamente - inicialmente não eram os objetivos deste projeto, mas acabaram
tendo uma acentuada relevância conforme o projeto avançou. Essas duas etapas objetivaram
trazer referencial técnico e prático para a definição de diretrizes e boas práticas para o
desenvolvimento, avaliação e aplicação de pictogramas, tanto em termos de comunicação
quanto em termos de apresentação estética e aplicação técnica.
4. Introdução
Pictogramas são representações gráficas extremamente simplificadas de objetos, ações,
narrativas ou mesmo conceitos abstratos. O fato de as formas serem sintetizadas ao máximo
está ligado a uma comunicação simples, direta e, acima de tudo, eficiente. Nesse tipo de
representação, toma-se um objeto ou conceito a ser representado e omite-se todo e qualquer
detalhe que não seja essencial ao entendimento de seu significado, como cores e
detalhamentos supérfluos. Seu uso geralmente está associado à sinalização pública,
instruções, orientações e qualquer outro meio para transmitir informações. É muito comum
encontrar o uso de pictogramas em diversos contextos cotidianos, como placas em shoppings,
aeroportos, guias, manuais, mapas, infográficos, etc..
O pictograma deve, por si só e sem o auxílio de textos, representar o objeto ou conceito que se
deseja e ser facilmente identificado e compreendido por quem o observa. Bons pictogramas
tendem a ser compreendidos de maneira universal, ultrapassando os limites linguísticos.
Praticamente qualquer objeto ou situação pode ser transcrita em forma de pictogramas e suas
aplicações são quase infinitas.
Por outro lado, existem poucos estudos, cursos, disciplinas e documentos disponíveis para a
consulta pública que apresentem diretrizes técnico-funcionais sobre o desenvolvimento de
pictogramas, sendo que a normatização e publicação deste tipo de material fica restrito a
poucas entidades, como a ISO (International Organization of Stardardization) e a IEC
(International Electrotechnical Commission). Apesar do amplo uso deste tipo de símbolo em
infinitos contextos, sua aplicação prática é prejudicada em termos de facilidade de
compreensão e legibilidade por não existirem materiais de fácil consulta com diretrizes para
seu bom desenvolvimento.
5. Revisão Bibliográfica
A consulta bibliográfica foi fundamental no desenvolvimento deste projeto, especialmente na
segunda etapa deste, que consistiu na documentação bibliográfica de várias referências a
respeito do desenvolvimento e uso dos pictogramas. Esse referencial teórico baseado nas
obras consultadas foi também de fundamental importância para a estruturação do workshop de
desenvolvimento, ao ajudar a delinear as melhores práticas no desenvolvimento destes
materiais. Inicialmente, as referências consultadas auxiliaram a definir e entender melhor o
funcionamento deste tipo de representação através de um apanhado histórico, recomendações
de usos, aplicação e desenvolvimento, passando inclusive pelo campo da semiótica, ainda que
superficialmente. Os materiais consultados foram, basicamente, livros teóricos sobre o assunto,
publicações em periódicos, normas técnicas da ISO e referencial imagético em sites e revistas.
Neste relatório, especialmente nesta revisão bibliográfica, são citadas as principais obras que
ajudaram no desenvolvimento deste projeto, mas as consultas não se restringiram às
referências aqui citadas.
Pictogramas
Um pictograma é um símbolo gráfico utilizado para transmitir informações independente de
idiomas. São utilizados para transmitir mensagens específicas e seu entendimento deve ser
independente da capacidade intelectual ou conhecimento técnico por parte do observador.
Para tal fim, o design destes símbolos deve ser consistente e seguir padrões de criação para
garantir a clareza visual e compreensabilidade da mensagem representada (ISO/IEC WD
80416-1, 2004; ISO/FDIS 22727, 2007)
O homem moderno tem a seu alcance uma enorme gama de materiais para leitura e diversos
meios para o acesso à informação. Contudo, são poucos os que tem tempo, interesse e
coragem para ler a enorme quantidade de materiais para entenderem o mundo em que vivem.
Uma solução para este problema pode ser o uso da comunicação pictórica, as raizes da
comunicação escrita. Revistas, jornais, quadrinhos, filmes e a televisão tem o poder de
comunicar através de impressões visuais. As pessoas acabaram descobrindo que visualizar
informações ao invés de lê-las, é mais rápido, direto, e fácil de recordar. Os pictogramas
seguem essa linha de pensamento, valendo-se da simplificação, deixando claro apenas os
fatos essenciais da mensagem (MODLEY, 1952).
O uso de imagens na comunicação data desde os remotos tempos das pinturas rupestres,
passando por toda a história humana. Entretanto, o uso dos pictogramas como conhecemos
hoje teve seu início formal, por assim dizer, com Otto Neurath e Gerd Arntz a partir dos anos de
1920, quando criaram o “Vienna Method of Pictorial Statistics” que mais tarde foi renomeado
para ISOTYPE (International System of Typographic Picture Education) (JANSEN, 2009).
A comunicação visual através de pictogramas
Segundo o próprio Neurath (1936), o sistema de comunicação visual por pictogramas
estabelecido pela ISOTYPE é uma linguagem visual universal, criada para ser compreendida
independentemente do idioma nativo do leitor. Segundo ele, a ISOTYPE surgiu não como um
novo idioma para extinguir todos os outros idiomas escritos do planeta, mas como uma
linguagem complementar com a finalidade de auxiliar e facilitar a compreensão do que é
apresentado em textos. Partindo do princípio que pictogramas são representações que podem
ser compreendidas facilmente, eles podem auxiliar na compreensão de informações que são
muito complexas ou muito demoradas de serem lidas e compreendidas somente com textos.
Segundo ele, “Palavras dividem, imagens conectam” (NEURATH, 1936).
O desenvolvimento de pictogramas
Em linhas gerais, uma imagem deve ser comunicativa, deve transmitir sua mensagem ao leitor
como um professor. Na primeira vez que a imagem é observada, o observador percebe os
pontos mais relevantes, na segunda vez os pontos menos importantes, na terceira, os detalhes
da imagem e na quarta vez, nada mais. Se na quarta vez o leitor ainda encontrar informações
novas, a imagem falhou em sua comunicação (NEURATH, 1936). Neste sentido, um
pictograma bem desenvolvido deve ter obrigatoriamente a capacidade de ocultar todos os
detalhes desnecessários, deixando a imagem sintética o suficiente para que o observador
compreenda a mensagem na primeira, ou no máximo na segunda vez que observa a imagem,
como descreve Neurath. O uso de pictogramas pode ser resumido na simplicidade de
representação e eficiência na comunicação.
Holmes (2001) descreve três linhas principais que podem ser levadas em consideração para a
criação de pictogramas:
(1) A utilização do que ele define como “Geons”. Geons são formas básicas, como triângulos e
círculos, que, quando combinados, podem formar desenhos muito representativos, mas de
maneira bastante sintética. Holmes afirma que o cérebro humano tenta associar novas imagens
a referências visuais que ele já tenha armazenado anteriormente. Deste modo, ao visualizar um
pictograma, o cérebro tenta decompô-lo e associá-lo a referências que já estejam em seu
repertório, especialmente no caso das formas geométricas mais básicas.
(2) Silhueta. Tratanto especialmente objetos tangíveis, o uso de silhuetas pode ser bastante
significativo e eficiente, ajudando a delinear a forma do pictograma de maneira bastante
sintética e natural.
(3) Observação. Esta terceira linha de desenvolvimento é baseada mais na intuição e na
criatividade do que em formas pré-definidas. Neste caso, utilizam-se desenhos mais livres, que
mais tarde podem ser refinados com base em Geons ou Silhuetas para garantir a qualidade e
sintetidade necessárias ao pictograma.
Em anexo a este relatório está um documento que compila uma série de diretrizes para o
desenvolvimento de pictogramas, baseado direta e indiretamente em diversos autores, normas
da ISO e ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), sites, blogs, revistas e outros
materiais diversos, além da experiência pessoal dos participantes deste projeto de iniciação
científica e seu orientador.
Validação de pictogramas
Após o desenvolvimento de pictogramas, especialmente os que serão utilizados para
sinalização pública e de segurança, é essencial avaliar sua eficiência na comunicação.
Segundo Foster (2010) e a ISO 9186-1 (2007), os testes de pictogramas com os usuários são
flexíveis e variam de acordo com o que está sendo representado, seu público e local de
aplicação. Em linhas gerais, o teste visa apresentar aos participantes o pictograma em uma
situação real de uso, considerando locais de aplicação, tamanho e distância do observador. O
participante deve ser parte do público alvo principal do pictograma e deve tentar interpretar,
sem o auxílio de outras pessoas ou textos complementarees, o significado do símbolo. A
tabulação dos resultados deve considerar incidências de respostas, tempo necessário para a
leitura, a influência de fatores culturais e educacionais no entendimento, etc.. Pode-se ainda
obter por meio de questionários complementares, outras informações relevantes sobre o
público alvo e seu grau de conhecimento e familiaridade com este tipo de representação. Com
base nos resultados da pesquisa, pode-se apontar, se necessário, diretrizes para ajustes ou
mesmo a reformulação total do pictograma.
6. Materiais e Métodos
A primeira etapa deste subprojeto, que consiste na tradução técnica da base de dados dos
pictogramas do Noun Project, foi realizada com o auxílio de outros voluntários brasileiros. O
idioma oficial do site é o inglês americano, mas já existem versões traduzidas em mais de 25
idiomas. Inicialmente, o site contava apenas com a versão em português geral, o que incluía
muitos termos em português de Portugal. Conforme foi analisado e posteriormente apresentado
aos organizadores do Noun Project, existem inúmeras diferenças de tradução entre o
português do Brasil e de Portugal, apesar de, teoricamente, serem a mesma língua. Com isso,
os dois idiomas foram separados no site, propiciando uma tradução mais segura e uma
consulta mais fácil.
A processo de tradução foi realizado atraves do painel administrativo do site do Noun Project,
com base na fluência linguística dos tradutores (aqui incluo os outros voluntários brasileiros),
sendo necessárias eventuais consultas a dicionários, à Wikipedia e a outros sites que
possibilitassem esse tipo de pesquisa. O sistema de tradução era duplo, no qual em um
primeiro momento apareciam pictogramas diversos para serem traduzidos, e mais tarde essas
traduções eram revisadas por outros tradutores credenciados como revisores, que tem o poder
de corrigir e alterar as traduções.
A segunda etapa deste subprojeto foi uma consulta bibliográfica acerca do desenvolvimento e
uso dos pictogramas para a elaboração de um documento contendo diretrizes e boas práticas
para o desenvolvimento apropriado deste tipo de símbolos. Neste caso, foram consultadas
especialmente normas da ISO, revistas, livros e sites diversos sobre o assunto, além da própria
experiência pessoal dos pesquisadores e do professor orientador, o que auxiliou a dar um norte
para esta linha de pesquisa e documentação.
A última etapa, o desenvolvimento prático de pictogramas por meio de um workshop, foi
realizada baseando-se no referencial teórico das duas etapas anteriores. Tomou-se por base o
modelo de workshop trabalhado pelo Iconathon (http://iconathon.org/), uma rede de workshops
práticos, chamados “Icon Camps”, que visa o desenvolvimento de pictogramas sobre temas
específicos e com o auxílio de grupos de pessoas que se reunem para este fim. Inicialmente,
em dezembro de 2011, realizou-se um workshop piloto com a turma da matéria de Pictogramas
do curso de Design da UFPR, a fim de analisar o melhor meio de estruturar o workshop de
maior expressividade, realizado posteriormente. Nesta ocasião, realizou-se o desenvolvimento
dos pictogramas com a tematica “higiene e boas maneiras”, contando com a participação de
cerca de 12 pessoas, as quais eram alunos da disciplina e ja conheciam o processo de
desenvolvimento de pictogramas.
Mais tarde, em maio de 2012, realizou-se o “PictoBike” (http://pictobike.wordpress.com/), um
workshop realizado como evento de extensão da UFPR, cujo tema foi a bicicleta e mobilidade
urbana, reunindo cerca de 20 pessoas, sendo a maioria estudantes de design e interessados
na temática da bicicleta. O workshop durou cerca de 5 horas, sendo iniciado com uma
apresentação sobre a temática e um direcionamento acerca do desenvolvimento de
pictogramas, mostrando o que são, para que servem e os principais princípios para
desenvolvê-los, visto que a grande maioria dos participantes não tinha esse tipo de
conhecimento. Após as palestras, os participantes foram divididos em grupos de 3 pessoas,
aos quais foram atribuidos listas de conceitos previamente preparadas para serem
desenvolvidos. Os participantes passaram a esboçar e desenhar os conceitos apresentados,
sempre com orientação do grupo de pesquisa. Mais tarde, os desenhos foram espostos em um
mural e os participantes atribuíam notas positivas, regulares ou neutras, por meio de adesivos
coloridos, aos desenhos dos outros participantes, considerando a solução gráfica para o
conceito e a eficiência na comunicação da ideia. Após a votação, os desenhos com maior
incidência de qualificações regulares e negativas eram discutidas, apontando o que poderia ser
melhorado em cada caso. Os desenhos com muitas qualificações positivas eram dadas como
alternativas boas para serem finalizadas, e as demais precisavam ainda de melhoramentos.
Após essa discussão, os grupos foram misturados e os participantes trabalharam da mesma
maneira, mas de maneira mais rápida no desenvolvimento de mais alguns conceitos. Abaixo
(figura 1) está um exemplo ilustrando como funcionou o desenvolvimento dos pictogramas.
Neste caso, o conceito trabalhado foi “Pista molhada / com lama”:
Figura 1 - Método de desenvolvimento utilizado no Workshop
Após o workshop, os desenhos foram documentados (ver em:
http://www.flickr.com/photos/pictobike/sets/) e posteriormente finalizados no computador em
forma de imagens vetoriais. Os resultados finais foram enviados ao Noun Project para serem
incluídos na base de dados do site e ficarem sob domínio público e serem utilizados por
qualquer pessoa.
7. Resultados
No que diz respeito às traduções, os principais resultados obtidos foram a disponibilização da
base de dados em português brasileiro, facilitando a consulta e utilização por brasileiros, além
de auxiliar a propagar a iniciativa do Noun Project. Outro ponto interessante foram as
observações feitas na área da semântica, relacionando o mesmo pictograma (imagem como
linguagem universal) e o que ele representa escrito em diferentes idiomas (neste caso, o inglês,
o português do Brasil e o de Portugal). Muitos pictogramas, que são facilmente compreendidos
universalmente, em inglês pode ser falado em uma palavra, ao passo que em português
necessita de uma frase inteira, e vice-versa. Houveram ainda casos de associações culturais e
contextuais distintas entre os idiomas e do uso de convenções internacionais utilizados nos
símbolos.
Na parte de documentação, chegou-se a um documento (em anexo a este relatório), baseado
em uma compilação de diversas referências, especialmente normas da ISO, mostrando
diretrizes para a criação e avaliação a qualidade de pictogramas. Esse documento abrange
desde uma fase preliminar, que considera o conceito do pictograma a ser trabalhado,
significados alternativos, significados não desejados, qual sua necessidade e função, qual será
o público alvo, onde ele será aplicado, se ele representa um objeto, uma ação, uma narrativa
ou um conceito abstrato e, por fim, uma pesquisa de pictogramas e elementos já existentes que
possam servir de referência. A segunda parte considera o desenvolvimento propriamente dito,
abordando caracteristicas gerais de um bom pictograma, como compreensibilidade,
associações, legibilidade, etc., além de abordar o uso de letras e números, combinações de
pictogramas e elementos, como utilizar negações, figura humana, cores, formas, espessura
dos traços, simetria e formatos de arquivos. A terceira e última parte aborda testes com o
pictograma finalizado, juntamente com seu público alvo principal, avaliando especialmente o
nível de compreensão dos símbolos (interpretação e rapidez de entendimento). Com base em
testes deste tipo, é possível apontar melhorias de cunho estético e funcional para o pictograma
em questão.
Já no que diz respeito ao Workshop, os resultados foram positivos e dentro do desejado.
Foram trabalhados cerca de 80 conceitos, cerca de 4 por pessoa, resultando aproximadamente
40 resultados aplicáveis (o que inclui alternativas facilmente aplicáveis e outras que carecem
de melhorias). Os conceitos trabalhados foram divididos por níveis de dificildade: fácil, difícil e
desafios, que eram os mais difíceis de serem resolvidos. De modo geral, objetos e “coisas”
palpáveis foram as mais facilmente resolvidas, ao passo que conceitos mais abstratos e ações
complexas tiveram dificuldades de serem trabalhadas. Os resultados obtidos foram finalizados
na forma de vetor e enviados ao Noun Project, onde ficarão sob domínio público para qualquer
pessoa que os queira utilizar. Houve ainda resultados não tão pontuais, mas ainda assim
relevantes, como a divulgação da bicicleta como uma alternativa de transporte urbano eficiente
e sustentável, enaltecendo iniciativas como a Bicicletaria Cultural (local onde se realizou o
workshop - http://bicicletariacultural.wordpress.com/), o projeto CicloVida
(http://www.ciclovida.ufpr.br/) e o grupo Cicloiguaçu (http://cicloiguacu.org.br/).
8. Discussão
As consultas em referenciais teóricos distintos (as referências variam em quase um século
entre as publicações) mostraram um padrão muito constante na afirmação da eficiência dos
pictogramas na comunicação. Esse tipo de representação não é um substituto a idiomas
escritos, mas devido a sua universalidade, ele auxilia o leitor a ler e compreender as
informações de maneira muito mais rápida e intuitiva. Como a tradução do Noun Project
mostrou, o mesmo pictograma que é compreendido universalmente, pode possuir significados
linguisticos distintos, falta de traduções exatas ou associações culturais ou contextuais. Tanto a
tradução, quanto a documentação bibliográfica e o desenvolvimento prático no Workshop
apontam para esta importância e poder de comunicação dos pictogramas.
Apesar de toda essa abrangência e importância, a documentação técnica para a padronização
e diretrizes para o desenvolvimento de pictogramas é relativamente recente. Apesar de
Neurath ter iniciado seus estudos na primeira metade do século XX, somente a partir dos anos
1980 a ISO começou a publicar documentos normatizando o desenvolvimento de pictogramas.
Contudo, as normas da ISO são muito restritas no que diz respeito à consulta pública, o que
vem a dificultar o desenvolvimento adequado de novos símbolos. A própria ABNT não possuia,
até o início deste projeto, comitês específicos para normatizar este tipo de material no Brasil,
possuindo apenas documentos isolados, restritos e com várias falhas de execução dos
pictogramas.
9. Conclusões
O desenvolvimento e uso de pictogramas tem se tornado uma prática comum em praticamente
qualquer lugar, desde um celular até em placas de rua e sinalização de segurança. Isso
demonstra a eficiência de seu uso, desde que realizado de maneira apropriada. O presente
projeto salienta a aplicação desse tipo de representação gráfica como uma solução viável e
eficiente. É necessário fazer a ressalva da falta de documentação normativa disponível para a
consulta pública acerca do desenvolvimento adequado de pictogramas, especialmente no caso
do Brasil, citando aqui a ABNT. Existem muitos materiais para consulta na internet e em alguns
livros, mas estas informações acabam ficando descentralizadas e desconectadas.
É interessante ainda fazer a menção de iniciativas como o Noun Project e seus colaboradores,
que disponibilizam seus pictogramas de alta qualidade para o domínio público, para que
qualquer pessoa que sinta a necessidade possa utilizar.
Este plano de trabalho é concluído deixando referenciais teóricos e práticos sobre o
desenvolvimento e aplicação de pictogramas e espera-se que sirva como referência e base
para futuras pesquisas dentro desta temática.
10.
Referências Bibliográficas
MODLEY, Rudolf, LOWENSTEIN, Dyno. Pictographs and graphs: how to make and use them,
Nova Yorque, 1952.
JANSEN, Wim. Neurath, Arntz and ISOTYPE: the legacy in art, design and statistics. Journal of
Design History, volume 22, Oxford, 2009.
NEURATH, Otto. International picture language. The first rules of Isotype. Londres, 1936.
ISO/FDIS 22727. Graphical symbols - Creation and design of public information symbols Requirements. 2007.
HOLMES, Nigel. Pictograms: A view from the drawing board or, what I have learned from Otto
Neurath and Gerd Arntz (and jazz). Information Design Journal 10, John Benjamins Publishing
Company, 2001.
ISO 9186-1. Graphical symbols - Test methods - Part 1: Methods for testing comprehensibility.
2007.
FOSTER, Jeremy, KOYAMA, K., ADAMS, A., Paper and Online testing of graphic access
symbols. Information Design Journal 18, John Benjamins Publishing Company, 2010.
ISO 7000 and IEC 60417. The classification scheme for ISO 7000 and IEC 60417 graphical
symbols and the search function in the ISO/IEC joint database. 2009
ISO/IEC WD 80416-1. Graphical symbols — Basic principles for graphical symbols for use on
equipment — Part 1: Creation of symbol originals. 2004
ARNTZ, Gerd, Gerd Arntz: graphic designer. 010 publishers, Rotterdam, 2010.
CHIBA, Hitoshi, OTA, Yukio, Signs for All Times. Highlighting Japan. Tokyo, 2009.
THE NOUN PROJECT - disponível em: <http://www.thenounproject.com> acessos de Agosto
de 2011 a Julho de 2012.
ICONATHON - disponível em: <http://iconathon.org/> acessos de Agosto de 2011 a Julho de
2012.
11.
Relatórios de Atividades Complementares
Mudanças no plano de projeto e cronograma inicial
Em relação ao plano de projeto inicial, a principal atividade acrescentada foi o Workshop de
desenvolvimento de pictogramas. A princípio, a tradução da base de dados do Noun Project
tomaria um grande espaço de tempo, mas como haviam vários outros voluntários brasileiros na
tradução e revisão, este trabalho foi minimizado. Com isso, houve tempo de planejar e realizar
o workshop, colocando na prática as diretrizes para desenvolvimento apontadas na
documentação bibliográfica.
Outras atividades
Além das atividades descritas neste relatório, foi realizada a vetorização das alternativas
geradas no workshop para a publicação no site do Noun Project.
As alternativas finais dos pictogramas também estão servindo de base para o meu Trabalho de
Conclusão de Curso, realizado juntamente com o Eric Cesani, o qual envolve o
desenvolvimento da interface de um aplicativo GPS em smartphones voltado para ciclistas. Os
resultados obtidos no workshop auxiliam do desenvolvimento de alguns elementos da interface,
pela compatibilidade dos temas e meios de representação gráfica. Indiretamente, o workshop
propiciou ainda contatos importantes com ciclistas de Curitiba e uma imersão maior dentro do
tema da bicicleta e da mobilidade urbana, o que auxiliou no direcionamento para o
desenvolvimento do nosso projeto de TCC.
Histórico escolar
12.
Apreciação do orientador
1. Relatório científico e desempenho do bolsista no projeto.
O estudante Lucas K. Dranka, que participou como voluntário de Iniciação Científica do projeto
Pictogramas: Teoria, Desenvolvimento e Aplicação, realizou com competência e seriedade
todas as atividades pertinentes ao seu plano de trabalho. Durante o desenvolvimento do
projeto, pode-se constatar o seguinte: o aluno destaca-se pela capacidade de enfrentar
desafios, como a elaboração e condução de um workshop com características inovadoras, e
pela capacidade de interação e colaboração com entidades e projetos internacionais, como o
The Noun Project e o Code for America, organizador do Iconathon; capacidades como domínio
da linguagem e metodologia científica e acadêmica e gerenciamento de tempo puderam ser
mehoradas; como pontos que ainda podem ser otimizados, aponta-se o exercício da autonomia
e iniciativa própria dentro da pesquisa.
O presente relatório científico contempla de maneira correta e satisfatória todo o
desenvolvimento do trabalho realizado pela aluno, servindo de modo eficaz como material de
consulta para os próximos alunos que darão continuidade ao projeto, à comunidade acadêmica
e à sociedade em geral.
2. Desempenho acadêmico do bolsista, acompanhado do histórico escolar.
Coforme se observa em seu histórico, o estudante Lucas K. Dranka apresentou um bom
desempenho acadêmico durante toda a graduação em Design Gráfico, tendo sido aprovado em
todas as disciplinas, tanto por notas quanto por assiduidade. Está no momento desenvolvendo
seu Trabalho de Conclusão de Curso – TCC – o qual possui relações com o projeto
desenvolvido neste projeto de Iniciação Científica. Isso demonstra seu empenho, competência
e interesse, tanto nas disciplinas do curso, quanto em seu TCC e em projetos de pesquisa.
3. No caso do bolsista estar terminando o curso de graduação, informar suas
pretensões futuras:
( x ) Aperfeiçoamento / especialização / cursos
( x ) Mercado de Trabalho
13.
Apêndice
Diretrizes para criação e avaliação da qualidade de pictogramas
Fase preliminar:
1. Significados:
a. Identificação do significado desejado para o pictograma. Deve ser o mais
conciso possível.
b.
Identificar possíveis significados alternativos, como sendo variações
aceitáveis (Ex: Barbeiro x Cabeleireiro)
c. Identificar significados não intencionais. Estabelecer significados que possam
ser mal compreendidos/confundidos em relação ao significado desejado. (Ex:
entrada x saída)
d. Significados associados: verificar se o novo símbolo faz parte de algum grupo
de símbolos já existentes e que apresentem características semelhantes entre si
(ex: esportes aquáticos, símbolos de trânsito, etc..). Verificar a possibilidade de
inserção em grupos já existentes ou criar grupos totalmente novos
2. Identificar a necessidade do símbolo para o público
3. Atribuição de uma função específica para o símbolo.
4. Público geral x público específico. Considerar se o pictograma será destinado ao público
de uma maneira geral ou se será destinado a um grupo específico (seja pelo local de
veiculação, conhecimento técnico do público, etc..)
5. Público alvo: Considerar detalhes específicos do público alvo, como necessidades
especiais, nível educacional, ocupação, sexo, idade, fatores culturais, ou qualquer outra
informação relevante.
6. Atribuir uma categoria ao pictograma (preferencialmente apenas uma):
- símbolos de informação pública
- sinalização de segurança
- símbolos para diagramas
- pictogramas para equipamentos
- meios de transporte
- turismo, cultura e patrimônios
- atividades esportivas
- instalações comerciais
- ações do público
- outros
7. Categorização quanto ao conteúdo do pictograma:
- Icônico: para representar objetos e “coisas” palpáveis, tangíveis.
- Narrativa: Conta uma história, mostrando uma cena, uma ação.
- Abstrato: Utiliza-se este quando não é possível representar pelos dois anteriores.
8. Definição do local de aplicação (placas de sinalização, gráficos, manuais, equipamentos,
etc..). O pictograma deve ser construído de modo a possibilitar a aplicação em praticamente
qualquer lugar, mas é importante ter a definição da principal aplicação antes de começar a
desenvolver.
9. Pesquisa de pictogramas ou elementos já existentes relacionados direta e indiretamente
ao novo pictograma, seja relacionada visualmente ou que tenha um significado próximo.
Analisar representações e elementos que podem ser utilizados no novo pictograma.
Desenvolvimento do pictograma
1. Em linhas gerais, um bom pictograma, independente de seja seu significado e função, deve:
- Ser compreensível
- Ser rapidamente associado ao significado desejado
- Ser preferencialmente baseado em elementos que já sejam do repertório do
observador, a fim de facilitar a compreensão
- Ser facilmente distinguido de outros símbolos
- Ser legível, considerando os locais de aplicação
- Não deve ser ambíguo ou apresentar qualquer desvio do significado desejado. Em
caso de isso ser impossível, deve-se minimizar esses desvios de significado o máximo
possível.
- Conter apenas detalhes essenciais ao entendimento. Qualquer elemento supérfluo
deve ser omitido.
- Possibilitar a aplicação em diversos locais e em diversos tamanhos.
- Evitar associações culturais que sejam ofensivas ou tabus
2. Letras, números, sinais de pontuação, sinais matemáticos, dentre outros, apenas
poderão ser utilizados como elementos, não como símbolos por si só. Entretanto, há alguns
casos de símbolos que se tornaram universalmente aceitos e que contradizem essa regra (ex: i
para informações, E para estacionamento, etc..)
3. Combinação de símbolos ou elementos: Se dois ou mais símbolos ou elementos são
combinados em um símbolo gráfico, o significado atribuído a ele deve ser consistente em
relação ao significado individual dos elementos ou símbolos individuais. O novo símbolo deve
utilizar a menor quantidade de elementos possíveis, sem perder o significado.
4. Template: Geralmente os pictogramas são construídos sobre um grid quadrado, mesmo que
o pictograma seja predominantemente horizontal ou vertical.
Figura 2 - Grid para o desenvolvimento de pictogramas (ISO/FDIS 22727)
5. Negação: Utiliza-se uma barra diagonal vermelha cortando o símbolo, passando pelo centro
do grid quadrado. Deve-se tomar o cuidado para a barra não cortar nenhum elemento essencial
para o entendimento do pictograma.
Figura 3 - Uso de negação (ISO/FDIS 22727)
Quando deseja-se negar apenas uma ação ou um elemento específico do pictograma, utilizase um X sobre esse elemento.
Figura 4 - Uso de negação parcial (ISO/FDIS 22727)
6. Figura Humana: A figura humana é uma das mais utilizadas em pictogramas. Para
aumentar a compreensibilidade do símbolo, deve-se seguir algumas diretrizes:
a. Utilizar uma representação preenchida
b. A respeito de situações e atividades específicas, deve-se considerar o seguinte:
1. Seja específico ao representar atividades ou ações
2. Utilize representações dinâmicas
3. Considere a posição da figura humana em relação a:
- Natureza da atividade ou ação
- A direção ou orientação da ação
- Movimentos ou posições envolvidos na ação
A ISO apresenta um sistema de grid para construir a figura humana, respeitando
tamanhos e proporções pré definidas, como mostrado simplificadamente abaixo:
Figura 5 - Uso de figura humana (ISO / FDIS 22727)
7. Representação de água: Quando for representar um objeto sobre a água, a água deve ser
representada por duas linhas onduladas, como mostrado na figura abaixo.
Quando for representar algo sob a água, esta deve ser representada por uma única linha
ondulada.
Figura 6 - Representação de água (ISO / FDIS 22727)
8. Cor: É importante desenvolver o pictograma em preto e branco em alto contraste, para que
as questões de sinteticidade e contraste fiquem evidentes. Entretanto, nas aplicações práticas,
a flexibilidade de cores é maior. Deve-se, contudo, evitar usar as cores de símbolos de
segurança e emergência para pictogramas comuns, além de observar as questões de contraste
com o fundo onde será aplicado o símbolo.
9. Formas preenchidas: Deve-se, sempre que possível, optar por formas preenchidas ao
invés de linhas finas ou formas vazadas, garantindo assim maior consistência e legibilidade ao
pictograma.
10. Largura da linha: A largura da linha vai variar conforme o local de aplicação o tamanho do
pictograma,a distância do observador, dentre outros fatores. Deve-se considerar, além da
largura da linha, a distância entre os elementos, para não ficar muito longe nem muito perto a
ponto de os elementos se misturarem quando observados a certa distância.
11. Simetria: Sempre que possível, e especialmente na representação icônica de objetos,
deve-se utilizar a simetria para garantir maior uniformidade, estética e consistência ao
pictograma.
12. Formato do arquivo: utiliza-se formatos vetoriais. No caso de haverem dois ou mais
elementos que se sobrepõe, devem ser combinados em um só (ferramenta “merge”).
Testes com os usuários
Os testes com usuários variam conforme o pictograma, seu público, significado e local de
aplicação. Em linhas gerais, pode-se seguir a seguinte estrutura para um teste de
funcionalidade de um pictograma:
- Há um teste de compreensão em que os participantes recebem o símbolo gráfico em questão
e uma noção verbal/escrita/imagética/real do local em que ele é veiculado.
- O participante tenta interpretar o pictograma e descrever seu significado.
- Possíveis categorizações das respostas:
- Correto
- Incorreto
- Incorreto e com o significado oposto do desejado
- “Não sei”
- Não respondeu
- No teste, mostrar o tamanho real da aplicação, considerando a distância a que o pictograma é
observado. Caso o teste seja aplicado em meio digital, deve-se oferecer um tamanho
adequado que permita legibilidade.
- Observar se as respostas consideradas corretas realmente significam a compreensão da
situação. Em alguns casos a pessoa entende o significado do pictograma, mas não entende a
sua função. Ex: Uma mulher grávida (significado do pictograma) x indicação de banco
preferencial para gestantes (função do pictograma).
- Junto com o teste pode ser veiculado um pequeno questionário para identificar o público, suas
características e seu grau de familiaridade com pictogramas desse tipo.
- Na análise dos resultados da pesquisa, deve-se sempre considerar que pode haver erros de
interpretação individuais que não necessariamente indicam erros graves que necessitem ser
corrigidos em um redesign, pois dificilmente se consegue 100% de compreensão.
- Na tabulação de dados, pode-se observar, dentre outros fatores, a influência do grau de
escolaridade na compreensão; a influência da familiaridade com pictogramas do gênero ou
com o assunto em questão, etc..
-Com base nos testes realizados, obtém-se o direcionamento para um possível redesign.
14.
Data e assinaturas
Curitiba, 20/08/2012
___________________________
Lucas K. Dranka
Bolsista
___________________________
Marcel P. Pauluk
Professor Orientador

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