Marcas de ginásios apostam na expansão em ano de

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Marcas de ginásios
apostam na expansão
em ano de crise
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Apenas 6% dos portugueses estão inscritos em ginásios,
o que revela espaço para crescer e criar novos formatos.
Dírcia Lopes
[email protected]
As marcas de ginásios acreditam
que, apesar da crise, ainda há espaço para crescer. Em Portugal,
apenas 6% da população está
inscrita num ginásio ou clube de
‘fitness’ (face aos cerca de 14%
em mercados como o alemão ou
inglês). Daí que empresas como
Holmes Place, Virgin Active,
Fitness Hut, Pump Fitness Spirit
e Vivafit continuem a querer investir no país.
O grupo Virgin Active, do britânico Richard Branson, contava
até há duas semanas com três ginásios: Porto, Gaia e Oeiras. Desde 30 de Maio, contudo, passou a
quatro, com a abertura no Palácio
Sottomayor, no centro de Lisboa,
como confirmou o director financeiro da marca em Portugal, Sérgio Silva. “O objectivo é sermos
líderes em número de sócios, em
cinco anos”, revelou. Para alcançar essa meta, prevê abrir, no mínimo, um espaço por ano em
Portugal, sempre nos principais
centros urbanos.
A Holmes Place Portugal conta
hoje com 19 clubes e cerca de 65
mil sócios no país. O gestor de
marca e media do grupo, Hugo
Almeida, realça que “somos um
dos países europeus com menor
taxa de prática de exercício físico,
o que significa que ainda temos
um longo caminho a percorrer”.
O gestor explica que, desde que o
grupo fundador recomprou a
operação no mercado ibérico, no
início de 2012, estão “numa fase
de análise do mercado, reavaliação do modelo operacional do negócio em Portugal e identificação
das necessidades dos clubes para
definir a melhor estratégia de alinhamento internacional com a
marca Holmes Place”.
Serviço ‘premium’ a baixo custo
Além das marcas tradicionais, estão a surgir no mercado conceitos
que garantem oferta de um serviço de qualidade, mas a preços
‘low cost’. É o caso do Pump
Fitness Spirit, que abriu o primeiro espaço no ano passado em Lisboa e se prepara para inaugurar a
segunda unidade em Outubro,
também em Lisboa. O presidente
do Pump, Deodato do Ó, salientou que “a marca tem tido uma
excelente aceitação, atraindo inclusive, clientes que nunca ponderaram estar num ginásio”. O
responsável garante que, apesar
da crise, têm uma lista de espera
de mais de 500 pessoas. Para fazer
a diferença, a marca aposta no
“conceito de ginásio ‘smart cost’:
Pagar apenas pelo que realmente
PROBLEMA-CHAVE
✽
Imposto
O agravamento da taxa de IVA
nos ginásios de 6% para 23%
é encarado pelos ginásios como
uma medida negativa. Contudo,
as marcas contactadas garantem
estar a absorver esse impacto
fiscal, sem o reflectir nos preços,
para reter clientes. Além disso,
criticam o facto de, no golfe,
o imposto ficar nos 6%. “Não
entendemos esta política, até
porque não vejo os portugueses
com tacos de golfe de um lado
para o outro”, comenta Deodato
do Ó, da Pump Fitness.
utiliza e treinar com qualidade
por um preço justo”, explicou
Deodato do Ó.
Já com três clubes nas Amoreiras, Porto e Cascais, o Fitness Hut
surgiu no mercado pela mão de
Nick Coutts, fundador da rede
Holmes Place na península Ibérica, André Groen, Júlio Pedro Carvalho e em parceria com o grupo
Edge Capital de Miguel Pais do
Amaral e José Luís Pinto Basto.
Um dos sócios fundadores do
Fitness Hut, Júlio Pedro Carvalho,
adiantou que a marca pretende
oferecer um conceito “‘premium
low cost’. Isto significa, ‘premium’ nos serviços e localizações
e ‘low cost’ nos preços”. A estratégia de expansão, nos dois primeiros anos, passa pela abertura
de espaços só na Grande Lisboa e
deter mais de dez clubes. Para o
final do Verão já está prevista a
inauguração de mais um clube de
fitness no Arco do Cego.
O conceito do Vivafit é trabalhar em exclusivo com o público
feminino. Para a ‘franchise manager do Vivafit’, Carla Oliveira, a
marca conta hoje com 58 espaços
e uma quota de 60% no segmento
de ginásios femininos. O Vivafit já
tem uma presença internacional,
onde irá concentrar a maioria das
novas aberturas, em especial no
mercado asiático e americano. No
entanto, Carla Oliveira adianta a
possibilidade de “abrir nas ilhas e
no Norte do País, consolidar a
marca em Lisboa e arredores
através de revendas”. ■
Às redes de ginásios mais antigas
em actividade no país, juntam-se
agora novas marcas e novos
formatos que apostam em nichos
de mercado e em serviços de
qualidade a preços ‘low cost’.
NOVAS MARCAS & NOVOS CONCEITOS
1
2
3
Holmes Place
Virgin Active Portugal Pump Fitness Spirit
A marca está a reavaliar a
estratégia para Portugal, mas
garante que oferece soluções
‘premium’ e pacotes de preços
e serviços mais reduzidos nas
áreas geográficas onde há
procura por este tipo de oferta.
Os preços entre 39 e 44 euros
permitem aos membros o acesso
a diferentes actividades, como
aulas de grupo ou piscina.
Criada em 1999 pelo milionário
britânico Richard Branson, tem
apostado na expansão em
vários países. Em Portugal, a
Virgin Active facturou cerca de
cinco milhões de euros em
2011. Nos três primeiros meses
deste ano, o volume de
negócios cresceu 14%, apoiado
pelo aumento de sócios do
clube de Oeiras.
É uma das novidades no mercado
(nasceu no final de 2011) e
promete contrariar a ideia de
transformar os ginásios em locais
frios e sem serviço ao cliente,
com o conceito de ‘smart cost’:
paga-se apenas o que se utiliza.
No primeiro trimestre facturou
400 mil euros, mas a expectativa
é fechar 2012 com cerca
de 1,1 milhões de euros.
4
Fitness Hut
A experiência do fundador do
Holmes Place, Nick Coutts, e
outros sócios, juntou-se à perícia
financeira do Edge Capital para
criar uma rede de ginásios com
preços ‘low cost’ a partir de 4,40
euros (por semana). Com mais de
dez mil sócios e mais de 100
colaboradores distribuídos, para
já, por três clubes. O investimento
por clube ronda 1,5 milhões.
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