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Press Release
marluco Visão e kinoosfera filmes apresentam
caixa preta
Estrelando:
Olair Coan
Luiz Pacini
Francisco Gaspar
Delurdes Moraes
Homero Barreto
Alice Guimarães
Jeyne Stakflett
Eduardo Reyes
Mauro D’addio
Junior Lopes
Paolo Gregori
Marina Bastos
Glauber Amaral
Diego Torraca
Gustavo Guimarães
Diego Merulla
&
André Abujamra
Dirigido Por
Marcel Izidoro
Marluco Visão e Kinoosfera Filmes apresentam CAIXA PRETA com
Olair Coan, Luiz Pacini, Francisco Gaspar, Delurdes Moraes
Homero Barreto, Alice Magalhães, Jeyne Stakflett, Eduardo
Reyes, Mauro D’addio, Junior Lopes, Paolo Gregori e André
Abujamra Fotografia por Rafael Martinelli Editado por Marcel
Izidoro, duda izique e André Gevaerd Arte por Gabriel Madeira
Figurino por Beatriz Cifu e verônica recalde Trilha sonora por André
Abujamra Produção Executiva por Marcel Izidoro e André Gevaerd
Produção por André Gevaerd E Marcel Izidoro Direção de Produção por
Fernando Ribeiro Produtores Associados LOC.ALL, OMIN ESTÚDIOS,
ENE SOLUTIONS, ANTONIO IZIDORO, SIMONE IZIDORO, BIOSPHERA
EMPREENDIMENTOS AMBIENTAIS, MITRE REALTY, ANGELO
FERNANDES, JULIANA GEVAERD Roteiro por Andre Gevaerd e Marcos
DeBrito diretor convidado Marcos DeBrito
Dirigido por Marcel Izidoro
“Mais uma com mais emoção”
Marcel Izidoro
Alguns dias após o natal de 2004 me encontrei com alguns amigos em um
bar para refletirmos sobre as épocas de festas. Entre um papo e outro surgiu
a idéia de fazermos um filme nas férias, já que estávamos presos a grande
metrópole durante o verão e a pausa da faculdade. Assim partimos para rodar
o curta metragem TARA.
Corta para o começo do semestre letivo na faculdade de cinema da faap,
onde um dos nosso mais estimados professores, paulo lustig, nos propões um
trabalho para o semestre: adaptar a obra de Thomas Bernhard para um curta
metragem. Tarefa essa no mínimo hercúlea, pensei.
Alguns dias depois realizei a primeira sessão do TARA na minha casa
para a equipe e foi ai que André Gevaerd, que na época era um colega de
classe e tinha nos ajudado a realizar o curta, me propôs a idéia de não
fazermos um curta mas sim um longa, contando com toda a nossa classe. Na
hora aceitei a proposta com as condições de que não teria de escrever o
roteiro nem de produzir o filme, pelo menos uma delas foi concebida e apenas
2 semanas depois estávamos com um roteiro na mão e em pré produção. Claro
que a voz nossos colegas de classe foi de negativa e assim 3 alunos da sala,
eu, André e Rafael Martinelli com a benção de Lustig, partimos para uma das
aventuras mais extenuantes e longas de nossas vidas.
Tudo que ocorreu após isso foi como um tufão, em menos de 2 meses
tínhamos decidido fazer um longa, escrito um roteiro, pré produzido e agora
estávamos no set de filmagem. Jovens. Inexperientes. Despreparados. Para
alguns da equipe era a primeira experiência em um set de filmagem na vida.
Vimos que a única maneira de fazermos o filme acontecer era de nos
isolar de tudo e de todos e se jogar na escuridão dos cenários e das imagens
do filme. Assim nos trancamos num galpão na Barra Funda em São Paulo,
juntamos todos os centavos que tínhamos, conseguimos alguns apoios
essências e assim Após uma primeira diária caótica, coloquei o quepe de
capitão, liguei para meu amigo marcos DeBrito, para me ajudar com a direção
cênica do filme enquanto fiquei dando uma mão para o andré na produção e
fazendo a direção geral do filme. Acabamos filmando todo o filme em 14 dias
(sendo que não teve um dia em que algum membro da equipe não foi arrebatado
pela estafa e teve de correr para o hospital) e partimos para o martírio da
pós produção.
Tentamos montar o filme de diversos jeitos nos próximos 18 meses após
as filmagens sem nenhum sucesso. Sentia-mos que faltava alguma coisa. Foi
quando numa decisão unanime, resolvemos refilmar parte do filme e adicionar
cenas novas a ele quase 2 anos depois da primeira filmagem.
Depois disso mais um ano se passou e finalmente temos um filme nas
mãos, mas não sem antes termos uma das maiores tragédias de nossas
carreiras. Nas ultimas horas de 31 de dezembro de 2007 num acidente de
automóvel perdemos Olair Coan, nosso Túlio. Ele com sua interpretação é a
força motriz da história que se vê na tela e nós devemos muito a ele por ter
acreditado na gente e nos ter ajudado muito para que a CAIXA PRETA
finalmente fosse fechada.
Por isso esse filme é dedicado a ele.
Muito Obrigado olair e agora é a hora de deixarmos o mundo descobrir
o que tem dentro da caixa preta.
“CAIXA PRETA” INJETA SANGUE NOVO NA RETOMADA
PAULO ALLEGRINI (Jornal Agora)
Infelizmente o cinema da retomada tem se caracterizado por um abismo
geracional que vem comprometendo seu progresso estético e ético. A maioria
dos cineastas já passou dos 30 anos de idade (Paulo Sacramento, Sérgio
Machado, Karim Ainouz), enquanto aqueles que têm feito sucesso estão quase
na casa dos 50 (Fernando Meirelles, Walter Salles, Cláudio Assis, Jorge
Furtado, só para citar alguns) e a juventude quase não aparece neste
cenário.
Surge a dúvida de que se existem novos talentos, onde estariam eles.
Provavelmente não encontram espaço, ou então, não coadunam com a política
fiscal vigente, pois criatividade não falta. Assim, onde estariam os nossos
Bertoluccis, que fez seu primeiro longa com 21 anos, e os nossos Welles, que
dirigiu o maior filme da história do cinema com apenas 24 anos?
Até pouco tempo eles estavam em um galpão na Barra Funda, em São
Paulo, produzindo um filme, em digital, que promete revolucionar a tão
malfadada retomada: “Caixa Preta”. Este é o primeiro longa metragem de uma
novíssima geração, que pode, de certa forma, desbancar os medalhões. O filme
dirigido por Marcel Izidoro, em co-direção com Marcos DeBrito, e produzido
por André Gevaerd, é uma lição de maturidade no meio cinematográfico
brasileiro. Todos eles estão na faixa dos 19 a 21 anos, mas atingiram a
maioridade com esse trabalho.
“Caixa Preta” é um filme, sério, profissional, despojado, inovador e
completo. Com poucos recursos, recrutando pessoas nos quadros das escolas
de cinema e atores de qualidade inegável, como o próprio Olair Coan no papel
principal, o filme é uma experiência inédita.
Olair vive Túlio, um homem livre das amarras do conservadorismo e do
mundo hipócrita, mas que é atormentado pelos fantasmas de sua família
reacionária e castradora. Seu pai, sua mãe e o irmão morrem e agora Túlio
deve assumir todo o patrimônio familiar. “Caixa Preta” retrata este dilema
quase de forma “rodrigueana”, remetendo a todo instante ao universo do
grande dramaturgo brasileiro Nelson Rodrigues. Além disso Marcel Izidoro
tentou aplicar alguns conceitos de Lars Von Trier, Greenaway e Antunes
Filho no seu processo de direção, demonstrando o ecletismo de sua geração.
Criando uma espécie de “Dogville Tupiniquim” Izidoro tenta levantar o
moral do cinema brasileiro, tão baixo nos dias que correm, mas acabou indo
muito além disso. O despojamento do cenário e a teatralidade de “Caixa Preta”
são um convite para repensar os dogmas de Grotowski e do próprio Antune.
Neste longa a mise-em-scène é de uma pureza atroz buscando a todo momento
o mistério por detrás da caixa preta.
No entanto se há uma matriz no trabalho de Izidoro esta só pode ser
encontrada na obra do alemão Rainer Werner Fassbinder. As referências, os
arquétipos, a atuação, os planos, o cenário e a concepção geral, tudo transita
entre “As Lágrimas Amargas de Petra von Kant” e “Uma Mulher de Negócios”.
Inserido entre as poucas exceções que refletem a renovação geracional da
retomada (“Cama de Gato”, de Stockler, “TO 255”, de Leo Bello e Chico
Garcia, e algumas outras) “Caixa Preta” é um filme súmula que revela as
possibilidades da nossa juventude criadora.
Os Realizadores:
Marcel Izidoro:
Diretor, roteirista, Produtor, Editor, Fotógrafo e criador de efeitos especiais
de curtas, médias e longas metragens, Marcel Izidoro já realizou trabalhos
premiados no Brasil e no exterior.
Em 2001 estágiou na FOX STUDIOS AUSTRALIA, onde conheceu e trabalhou ao
lado dos principais nomes do cinema mundial.
Em 2004 fundou a “ Marluco Visão”. Uma produtora audivisual voltada para a
criação e execução de projetos especiais e inovadores já tendo trabalhado com
grandes artistas e empresas de todo o mundo.
Principais Trabalhos: JLG\PG (2008); O Bebê de Eisenstein (2007); O Livro
Multicolorido de Karnak (2006); Omnis Una Manet Nox (2005); Samba da Boa
Vontade (2005); FabioZilla (2005); Filme Bobo (2005); Tara (2005); TropiAbbas
(2004); Western Bossa Nova (2004); 90 Milhões em Ação (2004); Gruk (2003);
O Mestre 1-12 (2001-2003)
Marcos DeBrito:
Diretor e roteirista de curtas-metragens, Marcos DeBrito já realizou trabalhos
premiados no Brasil e no exterior.
Em 2004 lançou o manifesto do Movimento Hipertela junto com seu primeiro
representante, o curta-metragem “Uninverso”. O movimento prega uma
manipulação da imagem onde a mesma tenha caráter narrativo e não simplesmente
estético.
Principais Trabalhos: François (2005); FabioZilla (2005); Samba da Boa Vontade
(2005); Western Bossa Nova (2004); Uninverso (2004); AFLORADOR (2002);
Entélequia (2002); Tanto Faz (2001); Conta Pra Mim (2001); Video Sobre Tela
(2001), Corte Seco (2000); Eles Elas (1999)
André Gevaerd:
Diretor, roteirista, Produtor, Editor, Fotógrafo e criador de efeitos especiais
de curtas, médias e longas metragens, André Gevaerd já realizou trabalhos
premiados no Brasil e no exterior.
Em 2004 fez sua estréia em longas metragens com o filme “Crime Delicado”, de
Beto Brant, onde aprendeu e trabalhou ao lado de alguns dos melhores nomes
da filmografia nacional.
Principais Trabalhos: Trópico das Cabras (2007) ; A Cauda do Dinossauro
(2007) ; Mão Única (2008); O Buraco (2005); Lodo (2005); Samba da Boa Vontade
(2005); FabioZilla (2005); Crime Delicado (2005); Filme Bobo (2005); Tara (2005);
Futebolísticamente (2005); Guarita Qualquer (2004); Abuso (2004); Rotina/Retina
(2003); É Nóis Na Guerra (2003); 4,5 (2003)
IMAGENS:
André Gevaerd (Produtor/Roteirista), Marcel
Izidoro (Produtor/Diretor), Marcos DeBrito
(Roteirista/Diretor Convidado)
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Olair Coan como Túlio
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