Apresentação Block, Conceptual Role Semantics

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Apresentação Block, Conceptual Role Semantics
Tipos de teorias semânticas
Motivação para CRS
Externalismo
Críticas a CRS
Semântica do Papel Conceptual, Ned Block, in
Routlede Encyclopedia of Philosophy
18 de Dezembro de 2012
Semântica do Papel Conceptual, Ned Block, in Routlede En
Tipos de teorias semânticas
Motivação para CRS
Externalismo
Críticas a CRS
Outline
1 Tipos de teorias semânticas
2 Motivação para CRS
3 Externalismo
4 Críticas a CRS
Semântica do Papel Conceptual, Ned Block, in Routlede En
Tipos de teorias semânticas
Motivação para CRS
Externalismo
Críticas a CRS
CRS
Semântica do Papel Conceptual, Ned Block, in Routlede En
Tipos de teorias semânticas
Motivação para CRS
Externalismo
Críticas a CRS
CRS
• De acordo com a semântica do papel conceptual (CRS), o
significado de uma representação consiste no papel que esta
desempenha na vida cognitiva do agente (na percepção, no
pensamento, nas tomadas de decisão).
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Tipos de teorias semânticas
Motivação para CRS
Externalismo
Críticas a CRS
CRS
• De acordo com a semântica do papel conceptual (CRS), o
significado de uma representação consiste no papel que esta
desempenha na vida cognitiva do agente (na percepção, no
pensamento, nas tomadas de decisão).
• CRS é uma teoria que se desenvolveu independentemente em
filosofia e na ciência cognitiva. Em filosofia, é por vezes
chamada de semântica do papel funcional ou inferencial.
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Tipos de teorias semânticas
Motivação para CRS
Externalismo
Críticas a CRS
Semântica “linguística” vs. semântica “metafísica”
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Tipos de teorias semânticas
Motivação para CRS
Externalismo
Críticas a CRS
Semântica “linguística” vs. semântica “metafísica”
• Em linguística, a semântica explica o significado de expressões
particulares em linguagens concretas, e explica como diferentes
tipos de expressões podem contribuir para o significado de
expressões maiores e mais complexas (por exemplo: como o
significado de “o Pai Natal existe” contribui para o significado
de “a Maria acredita que o Pai Natal existe”). Esta semântica
é descritiva.
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Tipos de teorias semânticas
Motivação para CRS
Externalismo
Críticas a CRS
Semântica “linguística” vs. semântica “metafísica”
• Em linguística, a semântica explica o significado de expressões
particulares em linguagens concretas, e explica como diferentes
tipos de expressões podem contribuir para o significado de
expressões maiores e mais complexas (por exemplo: como o
significado de “o Pai Natal existe” contribui para o significado
de “a Maria acredita que o Pai Natal existe”). Esta semântica
é descritiva.
• Mas em filosofia, a semântica lida também com questões
fundamentais como o holismo semântico, ou se o significado
pode ser especificado de forma independente do meio de em
que se encontra um agente, isto é, se o significado é estrito ou
lato. Várias teorias abordam estes problemas: teorias causais
da referência, ou teorias teleológicas. Este tipo de semântica é
fundamental.
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Motivação para CRS
Externalismo
Críticas a CRS
Motivação para CRS
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Tipos de teorias semânticas
Motivação para CRS
Externalismo
Críticas a CRS
Motivação para CRS
• O funcionalismo é uma razão que pesa a favor da CRS. De
acordo com o funcionalismo, um estado mental identifica-se
pelo papel que esse estado desempenha na interacção com
outros estados mentais na vida cognitiva de um agente. Um
estado tem algum tipo de significado na medida em que
desempenha um papel concreto na vida psicológica de um
agente.
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Tipos de teorias semânticas
Motivação para CRS
Externalismo
Críticas a CRS
Motivação para CRS
• O funcionalismo é uma razão que pesa a favor da CRS. De
acordo com o funcionalismo, um estado mental identifica-se
pelo papel que esse estado desempenha na interacção com
outros estados mentais na vida cognitiva de um agente. Um
estado tem algum tipo de significado na medida em que
desempenha um papel concreto na vida psicológica de um
agente.
• CRS permite responder à objecção do quarto chinês à hipótese
computacional da mente. CRS justifica a resposta do sistema.
(vide aula sobre Searle e o quarto chinês). O que é capaz de
compreensão é todo o sistema.
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Tipos de teorias semânticas
Motivação para CRS
Externalismo
Críticas a CRS
Funcionalismo sobre estados mentais ou conteúdos?
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Tipos de teorias semânticas
Motivação para CRS
Externalismo
Críticas a CRS
Funcionalismo sobre estados mentais ou conteúdos?
• Uma versão fraca da CRS é o funcionalismo sobre os estados
mentais (crenças vs. desejos), que não se compromete com o
funcionalismo sobre os conteúdos dos estados mentais. Nesta
versão, ter qualquer tipo de conteúdo depende do papel que é
desempenhado em certo tipo de processos psicológicos. Estes
papeis inferenciais podem ter consequências não semânticas
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Tipos de teorias semânticas
Motivação para CRS
Externalismo
Críticas a CRS
Funcionalismo sobre estados mentais ou conteúdos?
• Uma versão fraca da CRS é o funcionalismo sobre os estados
mentais (crenças vs. desejos), que não se compromete com o
funcionalismo sobre os conteúdos dos estados mentais. Nesta
versão, ter qualquer tipo de conteúdo depende do papel que é
desempenhado em certo tipo de processos psicológicos. Estes
papeis inferenciais podem ter consequências não semânticas
• A CRS sobre o conteúdo dos estados mentais defende que é o
conteúdo específico que depende do papel funcional que
desempenha, ignorando as consequências não-semânticas.
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Tipos de teorias semânticas
Motivação para CRS
Externalismo
Críticas a CRS
Funcionalismo sobre estados mentais ou conteúdos?
• Uma versão fraca da CRS é o funcionalismo sobre os estados
mentais (crenças vs. desejos), que não se compromete com o
funcionalismo sobre os conteúdos dos estados mentais. Nesta
versão, ter qualquer tipo de conteúdo depende do papel que é
desempenhado em certo tipo de processos psicológicos. Estes
papeis inferenciais podem ter consequências não semânticas
• A CRS sobre o conteúdo dos estados mentais defende que é o
conteúdo específico que depende do papel funcional que
desempenha, ignorando as consequências não-semânticas.
• Em física: “massa”, “força”, “momento”.
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Motivação para CRS
Externalismo
Críticas a CRS
Funcionalismo sobre estados mentais ou conteúdos?
• Uma versão fraca da CRS é o funcionalismo sobre os estados
mentais (crenças vs. desejos), que não se compromete com o
funcionalismo sobre os conteúdos dos estados mentais. Nesta
versão, ter qualquer tipo de conteúdo depende do papel que é
desempenhado em certo tipo de processos psicológicos. Estes
papeis inferenciais podem ter consequências não semânticas
• A CRS sobre o conteúdo dos estados mentais defende que é o
conteúdo específico que depende do papel funcional que
desempenha, ignorando as consequências não-semânticas.
• Em física: “massa”, “força”, “momento”.
• As conectivas lógicas: o significado de “e” seria especificável
pela identificação de algumas inferências com “e” com um
estatuto especial (primitivamente atraentes/persuasivas).
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Motivação para CRS
Externalismo
Críticas a CRS
O desafio do externalismo
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Motivação para CRS
Externalismo
Críticas a CRS
O desafio do externalismo
• Como veremos de seguida, Putnam levantou um objecção a
teorias internalistas como CRS.
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Motivação para CRS
Externalismo
Críticas a CRS
O desafio do externalismo
• Como veremos de seguida, Putnam levantou um objecção a
teorias internalistas como CRS.
• Como ele argumenta, muitos conceitos para tipos (categorias)
naturais tal como água ou ouro, dependem não só do papel da
representação mental de um agente, mas também do meio
exterior envolvente ao agente (e da restante comunidade).
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Motivação para CRS
Externalismo
Críticas a CRS
Papel funcional & Relação causal
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Tipos de teorias semânticas
Motivação para CRS
Externalismo
Críticas a CRS
Papel funcional & Relação causal
• Uma maneira de acomodar a objecção é modificar CRS e
torná-la numa teoria dual. O significado (um conceito) teria
dois componentes:
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Motivação para CRS
Externalismo
Críticas a CRS
Papel funcional & Relação causal
• Uma maneira de acomodar a objecção é modificar CRS e
torná-la numa teoria dual. O significado (um conceito) teria
dois componentes:
• Um aspecto estrito e interno, que consiste nos aspectos
funcionais que decorrem no organismo.
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Motivação para CRS
Externalismo
Críticas a CRS
Papel funcional & Relação causal
• Uma maneira de acomodar a objecção é modificar CRS e
torná-la numa teoria dual. O significado (um conceito) teria
dois componentes:
• Um aspecto estrito e interno, que consiste nos aspectos
funcionais que decorrem no organismo.
• Um aspecto externo ou lato que fornece as condições de
verdade, que pode ser dado por uma teoria causal.
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Motivação para CRS
Externalismo
Críticas a CRS
Papel funcional & Relação causal
• Uma maneira de acomodar a objecção é modificar CRS e
torná-la numa teoria dual. O significado (um conceito) teria
dois componentes:
• Um aspecto estrito e interno, que consiste nos aspectos
funcionais que decorrem no organismo.
• Um aspecto externo ou lato que fornece as condições de
verdade, que pode ser dado por uma teoria causal.
• Os pensamentos indexicais precisam de ser explicados: em que
é que há algo comum e algo distinto quando duas pessoas
pensam “Eu tenho fome”. CRS dual tem os recursos para
oferecer uma explicação.
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Motivação para CRS
Externalismo
Críticas a CRS
Papel funcional & Relação causal
• Uma maneira de acomodar a objecção é modificar CRS e
torná-la numa teoria dual. O significado (um conceito) teria
dois componentes:
• Um aspecto estrito e interno, que consiste nos aspectos
funcionais que decorrem no organismo.
• Um aspecto externo ou lato que fornece as condições de
verdade, que pode ser dado por uma teoria causal.
• Os pensamentos indexicais precisam de ser explicados: em que
é que há algo comum e algo distinto quando duas pessoas
pensam “Eu tenho fome”. CRS dual tem os recursos para
oferecer uma explicação.
• Uma alternativa ao CRS dual é integrar a relação causal na
explicação funcional.
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Motivação para CRS
Externalismo
Críticas a CRS
Erro
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Motivação para CRS
Externalismo
Críticas a CRS
Erro
• O papel conceptual real dos conceitos que compreendemos
incluem erros, e disposições a errar.
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Motivação para CRS
Externalismo
Críticas a CRS
Erro
• O papel conceptual real dos conceitos que compreendemos
incluem erros, e disposições a errar.
• Não só podemos aplicar erroneamente um conceito, podemos
também errar nas inferências que fazemos a partir da aplicação
de um conceito. (Fodor, 1987, “Functional Role and
Truth-Conditions”).
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Motivação para CRS
Externalismo
Críticas a CRS
Erro
• O papel conceptual real dos conceitos que compreendemos
incluem erros, e disposições a errar.
• Não só podemos aplicar erroneamente um conceito, podemos
também errar nas inferências que fazemos a partir da aplicação
de um conceito. (Fodor, 1987, “Functional Role and
Truth-Conditions”).
• Como podemos distinguir a aplicação correcta de um conceito
(e as inferências correctas que são constitutivas do
conceito/significado) das aplicações erróneas (e inferências
erróneas), que não são supostas serem constitutivas do
conceito?
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Motivação para CRS
Externalismo
Críticas a CRS
Confusão
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Externalismo
Críticas a CRS
Confusão
• Fodor, novamente, objecta que CRS faz uma confusão
uso/menção. Quando usamos as palavras falamos sobre o
mundo, não sobre as palavras elas mesmas (a não ser que isso
seja explícito). Segundo Fodor, algumas versões
computacionais de CRS explicam o papel conceptual como
uma manipulação computacional de símbolos ou
representações; mas estas manipulações não explicam a
relação entre as palavras e as coisas.
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Externalismo
Críticas a CRS
Confusão
• Fodor, novamente, objecta que CRS faz uma confusão
uso/menção. Quando usamos as palavras falamos sobre o
mundo, não sobre as palavras elas mesmas (a não ser que isso
seja explícito). Segundo Fodor, algumas versões
computacionais de CRS explicam o papel conceptual como
uma manipulação computacional de símbolos ou
representações; mas estas manipulações não explicam a
relação entre as palavras e as coisas. Problemas nesta crítica:
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Tipos de teorias semânticas
Motivação para CRS
Externalismo
Críticas a CRS
Confusão
• Fodor, novamente, objecta que CRS faz uma confusão
uso/menção. Quando usamos as palavras falamos sobre o
mundo, não sobre as palavras elas mesmas (a não ser que isso
seja explícito). Segundo Fodor, algumas versões
computacionais de CRS explicam o papel conceptual como
uma manipulação computacional de símbolos ou
representações; mas estas manipulações não explicam a
relação entre as palavras e as coisas. Problemas nesta crítica:
• Primeiro, na versão dual de CRS, o papel funcional não é
idêntico às palavras ou representações que têm ou
desempenham esse papel. O papel funcional é um dos dois
tipos de significado de uma representação.
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Motivação para CRS
Externalismo
Críticas a CRS
Confusão
• Fodor, novamente, objecta que CRS faz uma confusão
uso/menção. Quando usamos as palavras falamos sobre o
mundo, não sobre as palavras elas mesmas (a não ser que isso
seja explícito). Segundo Fodor, algumas versões
computacionais de CRS explicam o papel conceptual como
uma manipulação computacional de símbolos ou
representações; mas estas manipulações não explicam a
relação entre as palavras e as coisas. Problemas nesta crítica:
• Primeiro, na versão dual de CRS, o papel funcional não é
idêntico às palavras ou representações que têm ou
desempenham esse papel. O papel funcional é um dos dois
tipos de significado de uma representação.
• Segundo, na versão integrada, o papel funcional de uma
representação inclui a relação entre a palavra e a coisa
representada.
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Motivação para CRS
Externalismo
Críticas a CRS
Condições de verdade
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Externalismo
Críticas a CRS
Condições de verdade
• Teorias vero-condicionais do significado criticam CRS: se o
significado é identificado com as condições de verdade de uma
representação, então o significado não pode ser o papel
conceptual.
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Externalismo
Críticas a CRS
Condições de verdade
• Teorias vero-condicionais do significado criticam CRS: se o
significado é identificado com as condições de verdade de uma
representação, então o significado não pode ser o papel
conceptual.
• Mas as teorias duais de CRS podem declarar que o significado
é o mesmo (ou não) dependendo de a teoria causal determinar
o mesmo significado (ou não).
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Motivação para CRS
Externalismo
Críticas a CRS
Condições de verdade
• Teorias vero-condicionais do significado criticam CRS: se o
significado é identificado com as condições de verdade de uma
representação, então o significado não pode ser o papel
conceptual.
• Mas as teorias duais de CRS podem declarar que o significado
é o mesmo (ou não) dependendo de a teoria causal determinar
o mesmo significado (ou não).
• Além do mais, o significado de uma representação mental é
tipicamente mais “refinado” do que a sua condição de verdade.
O papel inferencial da representação pode explicar a diferença.
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Externalismo
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Propriedades sensoriais
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Motivação para CRS
Externalismo
Críticas a CRS
Propriedades sensoriais
• Fodor também acusa CRS de dar uma explicação errada do
facto de nós, e por exemplo Helen Keller, querermos dizer o
mesmo por “a água sabe bem”.
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Externalismo
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Propriedades sensoriais
• Fodor também acusa CRS de dar uma explicação errada do
facto de nós, e por exemplo Helen Keller, querermos dizer o
mesmo por “a água sabe bem”.
• Nenhum dos pensamentos de Helen Keller sobre a água têm a
mesma relação com as restantes experiências sensoriais.
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Motivação para CRS
Externalismo
Críticas a CRS
Propriedades sensoriais
• Fodor também acusa CRS de dar uma explicação errada do
facto de nós, e por exemplo Helen Keller, querermos dizer o
mesmo por “a água sabe bem”.
• Nenhum dos pensamentos de Helen Keller sobre a água têm a
mesma relação com as restantes experiências sensoriais.
• Fodor prefere uma teoria referencialista: o significado é o
mesmo porque a referência é a mesma. Mas a versão dual de
CRS pode dizer o mesmo com respeito ao aspecto exterior e
causal do significado.
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Motivação para CRS
Externalismo
Críticas a CRS
O que integra os dois?
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Motivação para CRS
Externalismo
Críticas a CRS
O que integra os dois?
• Fodor e LePore criticam a CRS dual porque, dizem, não se
compreende o que é que integra os dois factores:
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Externalismo
Críticas a CRS
O que integra os dois?
• Fodor e LePore criticam a CRS dual porque, dizem, não se
compreende o que é que integra os dois factores:
• O papel inferencial que liga uma representação a outras.
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Motivação para CRS
Externalismo
Críticas a CRS
O que integra os dois?
• Fodor e LePore criticam a CRS dual porque, dizem, não se
compreende o que é que integra os dois factores:
• O papel inferencial que liga uma representação a outras.
• A referência ou condições de verdade das representações.
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Motivação para CRS
Externalismo
Críticas a CRS
Holismo
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Externalismo
Críticas a CRS
Holismo
• Normalmente, o CRS é vista como uma teoria holista. Mas o
defensor desta teoria pode defender que algum subconjunto de
papel funcional ou inferencial é mais central e constitutivo do
significado. (algumas verdades ou inferências seriam analíticas,
primitivamente atraentes, etc.)
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Externalismo
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Holismo
• Normalmente, o CRS é vista como uma teoria holista. Mas o
defensor desta teoria pode defender que algum subconjunto de
papel funcional ou inferencial é mais central e constitutivo do
significado. (algumas verdades ou inferências seriam analíticas,
primitivamente atraentes, etc.)
• Sem a noção de verdades analíticas/primitivas, o CRS
converte-se em holismo semântico: a teoria na qual o
significado de qualquer expressão depende das suas relações
inferenciais com todas as outras expressões na linguagem. Mas
esta noção de significado perde a plausibilidade psicológica.
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Externalismo
Críticas a CRS
Resposta
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Externalismo
Críticas a CRS
Resposta
• Primeiro: A questão é saber se as inferências constitutivas do
significado são analíticas ou não. Se são, o holismo também
precisa da analiticidade. Se não, ninguém precisa da
analiticidade.
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Externalismo
Críticas a CRS
Resposta
• Primeiro: A questão é saber se as inferências constitutivas do
significado são analíticas ou não. Se são, o holismo também
precisa da analiticidade. Se não, ninguém precisa da
analiticidade.
• Segundo, uma outra alternativa é que as inferências que são
constitutivas do sentido não são analíticas, mas são aquelas
que são básicas na psicologia estrita: regras que explicam
outras regras de uso, e que determinam o conteúdo estrito.
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Externalismo
Críticas a CRS
Resposta
• Primeiro: A questão é saber se as inferências constitutivas do
significado são analíticas ou não. Se são, o holismo também
precisa da analiticidade. Se não, ninguém precisa da
analiticidade.
• Segundo, uma outra alternativa é que as inferências que são
constitutivas do sentido não são analíticas, mas são aquelas
que são básicas na psicologia estrita: regras que explicam
outras regras de uso, e que determinam o conteúdo estrito.
Isso não implicaria um compromisso com as verdades
analíticas.
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Externalismo
Críticas a CRS
Resposta
• Primeiro: A questão é saber se as inferências constitutivas do
significado são analíticas ou não. Se são, o holismo também
precisa da analiticidade. Se não, ninguém precisa da
analiticidade.
• Segundo, uma outra alternativa é que as inferências que são
constitutivas do sentido não são analíticas, mas são aquelas
que são básicas na psicologia estrita: regras que explicam
outras regras de uso, e que determinam o conteúdo estrito.
Isso não implicaria um compromisso com as verdades
analíticas.
• Terceiro, pode acomodar-se o holismo numa teoria
psicologicamente plausível abandonando a ideia de identidade
de significado (conceitos) pela ideia de semelhança suficiente
de significado/conceitos.
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Externalismo
Críticas a CRS
Composicionalidade
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Externalismo
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Composicionalidade
• Fodor e LePore mencionam outro problema. Segundo eles,
CRS corre o risco de violar o princípio de composicionalidade:
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Externalismo
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Composicionalidade
• Fodor e LePore mencionam outro problema. Segundo eles,
CRS corre o risco de violar o princípio de composicionalidade:
• Pelo Princípio de Composicionalidade (PC ), o significado de
expressões complexas é uma função (no sentido matemático)
do significado das suas partes.
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Composicionalidade
• Fodor e LePore mencionam outro problema. Segundo eles,
CRS corre o risco de violar o princípio de composicionalidade:
• Pelo Princípio de Composicionalidade (PC ), o significado de
expressões complexas é uma função (no sentido matemático)
do significado das suas partes.
• Considera-se normalmente que PC é essencial na linguagem e
no pensamento, para explicar como somos capazes de
apreender pensamentos progressivamente mais complexos, e
como compreendemos frases complexas a partir da
compreensão de frases mais simples.
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Composicionalidade
• Fodor e LePore mencionam outro problema. Segundo eles,
CRS corre o risco de violar o princípio de composicionalidade:
• Pelo Princípio de Composicionalidade (PC ), o significado de
expressões complexas é uma função (no sentido matemático)
do significado das suas partes.
• Considera-se normalmente que PC é essencial na linguagem e
no pensamento, para explicar como somos capazes de
apreender pensamentos progressivamente mais complexos, e
como compreendemos frases complexas a partir da
compreensão de frases mais simples.
• Segundo eles, CRS o papel de uma representação complexa
‘não-idiomática" nem sempre é uma função do papel
conceptual das suas partes (exemplos: “ele é um amigo falso”
e as inferências que uma pessoa está disposta a fazer desta
frase para “ele não é de confiança”, em comparação com as
inferências das frases: “ele é um amigo” e “ele é falso”
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Tipos de teorias semânticas
Motivação para CRS
Externalismo
Críticas a CRS
Respostas
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Tipos de teorias semânticas
Motivação para CRS
Externalismo
Críticas a CRS
Respostas
• Os defensores de CRS não holística podem acusar esta crítica
de incorrer numa petição de princípio.
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Tipos de teorias semânticas
Motivação para CRS
Externalismo
Críticas a CRS
Respostas
• Os defensores de CRS não holística podem acusar esta crítica
de incorrer numa petição de princípio.
• Só um subconjunto de inferências é que serão constitutivas do
significado. Isso permite evitar que todas as inferências sejam
constitutivas de significado.
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Tipos de teorias semânticas
Motivação para CRS
Externalismo
Críticas a CRS
Respostas
• Os defensores de CRS não holística podem acusar esta crítica
de incorrer numa petição de princípio.
• Só um subconjunto de inferências é que serão constitutivas do
significado. Isso permite evitar que todas as inferências sejam
constitutivas de significado.
• Em contraste, os defensores de versões holísticias de CRS
podem dizer que as regras de uso são dependentes de
contexto, e que diferentes disposições ou inferências são
legítimas quando usamos palavras em separado ou quando
usamos as palavras compostas. (permite satisfazer
trivialmente o requisito de composicionalidade).
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Tipos de teorias semânticas
Motivação para CRS
Externalismo
Críticas a CRS
O que é CRS afinal?
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Tipos de teorias semânticas
Motivação para CRS
Externalismo
Críticas a CRS
O que é CRS afinal?
• CRS é na realidade uma estrutura de uma teoria sobre o
significado, mais do que uma teoria concreta.
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Tipos de teorias semânticas
Motivação para CRS
Externalismo
Críticas a CRS
O que é CRS afinal?
• CRS é na realidade uma estrutura de uma teoria sobre o
significado, mais do que uma teoria concreta.
• Não há acordo específico sobre como desenvolver uma teoria
em concreto: como é que os papeis inferenciais se constituem?
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Externalismo
Críticas a CRS
O que é CRS afinal?
• CRS é na realidade uma estrutura de uma teoria sobre o
significado, mais do que uma teoria concreta.
• Não há acordo específico sobre como desenvolver uma teoria
em concreto: como é que os papeis inferenciais se constituem?
• Por interacção causal entre pensamentos? Todos ou alguns?
Se alguns, quais deles? E o que dizer dos erros inferenciais
sistemáticos?
Semântica do Papel Conceptual, Ned Block, in Routlede En
Tipos de teorias semânticas
Motivação para CRS
Externalismo
Críticas a CRS
O que é CRS afinal?
• CRS é na realidade uma estrutura de uma teoria sobre o
significado, mais do que uma teoria concreta.
• Não há acordo específico sobre como desenvolver uma teoria
em concreto: como é que os papeis inferenciais se constituem?
• Por interacção causal entre pensamentos? Todos ou alguns?
Se alguns, quais deles? E o que dizer dos erros inferenciais
sistemáticos?
• As ilusões cognitivas contribuem para determinar o significado,
ou é o papel inferencial dos conceitos normativo? Se o papel
inferencial é uma idealização, como é que deveremos
compreender essa idealização?
Semântica do Papel Conceptual, Ned Block, in Routlede En

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