Reconhecimento Extensionista - Emater

Transcrição

Reconhecimento Extensionista - Emater
Prêmio
Reconhecimento
E x t e n s i on i s t a
Instituto Emater
Dezembro, 2015
DIRETOR PRESIDENTE
Rubens Ernesto Niederheitmann
DIRETOR TÉCNICO
Paulo Cesar Hidalgo
DIRETOR ADMINISTRATIVO
Richard Golba
ASSESSOR DE GABINETE
Jose Geraldo Alves
Comissão Estadual organizadadora do Prêmio Reconhecimento Extensionista - Portaria – Nº 28/2015
Paulo Cesar Hidalgo – Presidente da Comissão
Valmor José Correa – Coordenador Geral
Ademar Jorge Dressler
Edna Batistella Lopes
Diniz Dias D’Oliveira
Maria Aparecida Gebran
Sergio Augusto Guarienti
Exemplares desta publicação podem ser adquiridos:
Instituto Paranaense de assistência Técnica e Extensão Rural EMATER
SAC – Serviço de Atendimento ao Cliente.
Rua da Bandeira – 500 – Bairro Cabral
Fones:pabx – (41) – 3250-2100 SAC (41) 32502166
Home page: http://www.emater.pr.gov.br
E-mail: [email protected]
Capa: Foto do troféu em formato de pinhão, esculpido individual
para cada vencedor
Impressão: Gráfica Instituto Emater
Qualquer parte desta publicação pode ser reproduzida desde que
citada a fonte: EMATER- PR.
Reconhecimento Extensionista
Gestão para Resultados
Este Prêmio Extensionista é concedido àqueles (as) que
tenham se destacado pela realização de trabalho que signifique
efetiva e marcante contribuição para o desenvolvimento
sustentável do meio rural paranaense.
Também se incluem trabalhos ligados à gestão de pessoas,
modernização de procedimentos administrativos, bem-estar e
segurança dos funcionários.
Foram definidas quatro categorias para enquadramento dos
trabalhos, a saber:
I
Utilização de políticas públicas no
desenvolvimento social e econômico das famílias
do meio rural.
II Dinamização das economias locais e aumento da
produção de alimentos seguros.
III Inovação em metodologia de extensão rural.
IV Inovação em processos internos.
Em sua primeira edição foram inscritos treze trabalhos, dos
quais onze chegaram à etapa final.
Esta publicação contém os trabalhos finalistas das quatro
categorias.
Rubens Ernesto Niederheitmann
Diretor Presidente
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Trabalhos finalistas
1.
UNIÃO, ESFORÇO, SUPERAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO NA
COMUNIDADE QUILOMBOLA DE AREIA BRANCA
Autora: Jussara Ines Dresch ........................................................................................5
2.
VIDA NA HORTA
Autora: Denise Lutgens Rizzo ..................................................................................19
3.
PROJETO DE DESENVOLVIMENTO DA BOVINOCULTURA
DE LEITE DO NORTE PIONEIRO DO PARANÁ
Autores: Sidney Barros Monteiro e Maurício castro Alves ..................................35
4.
AGRICULTURA DE PRECISÃO APLICADA A AGRICULTURA
FAMILIAR: O MODELO ADOTADO EM TUPÃSSI-PR
Autores: Ênio Antônio Bragagnolo e Antônio Mariussi.......................................71
5.
PROJETO DE ATER EM BOVINOCULTURA DE LEITE –
NOVA PRATA DO IGUAÇU / PR
Autor: Rafael Flavio Dias Cavallieri ........................................................................83
6.
DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL NA PRODUÇÃO
DE LARANJA DE MESA EM PEQUENAS PROPRIEDADES
Autores: Ciro Daniel Marcolini, Manuel Pessoa de Lira e
Maurílio Soares Gomes ...........................................................................................103
7.
PROJETO MULHERES DO CAFÉ
Autoras: Cíntia Mara Lopes De Souza e Luciana Soares De Morais .................121
8.
IMPLEMENTAR AS PRIORIDADES ELEITAS NO PLANO
DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DE SABÁUDIA
Autores: Ivania Maria Gianello Gnoato Moreli e
Luiz Marcelo Franzin ..............................................................................................143
9.
MONITORAMENTO E CONTROLE DA SALINIDADE
DO CULTIVO DE TOMATE, EM AMBIENTE
PROTEGIDO (ESTUFA)
Autores: Pablo Luis Sanchez Rodriguez e Flavio Jedneralski.............................163
10. PROCESSO DE QUALIFICAÇÃO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO
INSTITUTO EMATER - REGIÃO DE CORNÉLIO PROCÓPIO
Autores: Valdimir De Jesus Passos e Wander Adriano Maluf Miranda...........189
11. PADRONIZANDO PROCESSOS E AMPLIANDO ATENDIMENTOS
ADMINISTRATIVOS NA REGIÃO DE IVAIPORÃ
Autora: Roseli Maria Hamad Romanichen Otto .................................................209
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Assistente Social - Jussara Inês Dresch
UNIÃO, ESFORÇO, SUPERAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO
NA COMUNIDADE QUILOMBOLA DE AREIA BRANCA
Através da implantação de uma
Agroindústria
Multifuncional
a
comunidade tem intensificado a
produção,
optando
pela
diversificação com o propósito de
deixar de apenas comercializar
alimentos “in natura” para também
oferecer alimentos processados.
Possibilitando aos participantes do
projeto cozinha comunitária um
incremento de renda.
Bocaiuva do Sul – PR – Território Vale da Ribeira
2015
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UTILIZAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS NO DESENVOLVIMENTO
SOCIAL
E ECONÔMICO DAS FAMILIAS DO MEIO RURAL
“Contribuir para a formulação e execução de políticas públicas” e “Propiciar
acesso às políticas públicas e promoção à cidadania”, do Projeto EMATER do
Futuro.
Projeto: UNIÃO, ESFORÇO, SUPERAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO NA
COMUNIDADE QUILOMBOLA DE AREIA BRANCA
Autora: JUSSARA INES DRESCH
Bocaiúva do Sul – Território do Vale do Ribeira – PR
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DESENVOLVIMENTO DO PROJETO
Local: Comunidade Quilombola de Areia Branca – Bocaiúva do Sul - PR
Início do trabalho: Março/2010
Conclusão: (Em andamento)
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DESCRIÇÃO DA REALIDADE:
A Comunidade de remanescentes de Quilombos de Areia Branca faz parte do
Território da Cidadania do Vale do Ribeira.
Situada a 200 km da sede do município de Bocaiúva do Sul, é um local de
difícil acesso, e com pouca infraestrutura e grande invisibilidade social.
Por ocasião das chuvas, muitas vezes os moradores ficam isolados,
perdendo sua produção, devido à falta de escoamento, pois há dificuldade de
acesso à grandes centros, uma vez que não há estradas
interna da sede do
município até a comunidade, sendo possível chegar até a mesma somente pela BR116, através do município paulista de Barra do Turvo, dificultando ainda mais.
A comunidade é composta por 22 famílias de agricultores familiares que
vivem quase que exclusivamente da agricultura familiar no sistema de mutirão e
agrofloresta, fazendo parte da Associação dos Remanescentes de Quilombos de
Areia Branca, certificada desde 2006 pelo Instituto União dos Palmares.
Devido à falta de atendimento pelo município do qual fazem parte, a mesma
era assistida com as políticas sociais básicas por de Barra do Turvo – SP, o que
fazia com que eles não se sentissem integrados ao estado do Paraná e ao
município ao qual pertencem.
A citada comunidade é integrante da reserva remanescente de mata atlântica
e convivem com o Parque das Lauráceas e a floresta de forma harmônica, sem
agredi-la ou desmatá-la, contribuindo com a sua preservação.
Mas ao mesmo tempo, devido às leis de preservação ambiental, sentem a
dificuldade de acessibilidade ao desenvolvimento, as quais não permitem a chegada
de estradas, energia e comunicação.
A produção, exclusivamente orgânica, é certificada pela Rede Ecovida, e
comercializada em feiras Orgânicas e programas governamentais como o PAA –
Programa de Aquisição de Alimentos, PNAE – Programa Nacional de Alimentação
Escolar e
através da Cooperativa
Cooperafloresta, que somente trabalha com
alimentos ecologicamente e organicamente produzidos no sistema agroflorestal.
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PROCEDIMENTOS PRECONIZADOS:
Diagnóstico
Rural
Participativo,
cadastramento
das
famílias,
visitas
domiciliares, reuniões mensais, cursos, oficinas, palestra, excursões e acesso às
políticas púbicas.
DESCRIÇÃO DOS PASSOS DADOS:
Iniciou-se o atendimento na comunidade em 2010 com a realização de
um DRP – Diagnóstico rural
participativo,
onde foram detectados os
seguintes problemas:
Acesso precário (Falta de estradas e pontes)
Falta de atendimento institucional (Assistência técnica, social,
saúde e
educação);
Inexistência de energia elétrica;
Comunicação precária;
Dificuldade no escoamento e comercialização da produção.
A partir do diagnóstico chegou-se a conclusão que um dos principais
problemas da comunidade era a perda da produção por conta da distância e
precariedade das estradas, principalmente por ocasião das chuvas.
Identificou-se então, que uma cozinha comunitária seria considerada a melhor
alternativa, pois além proporcionar geração de emprego e renda através da
oportunidade de aproveitamento da potencialidade da região e de sua capacidade
produtiva, resolveria um dos principais problemas que era a perda da produção
devido a dificuldade de escoamento, bem como pelo excesso de produção em
determinados meses do ano.
Há algum tempo a citada comunidade começou a buscar novas alternativas
de renda e autossuficiência, pois dependem exclusivamente da agricultura para
garantirem uma vida digna para si e sua família.
Por este motivo e contando com o projeto da cozinha comunitária, atualmente
a comunidade tem intensificado a produção, optando pela diversificação com o
propósito de deixar de apenas comercializar alimentos “in natura” para também
oferecer alimentos processados, criando-se as condições para a implementação de
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uma pequena agroindústria familiar, entre outras, deixando de ser dependentes e se
tornando autossuficientes.
Vislumbra-se com esta iniciativa, um excelente mercado consumidor
potencial, para ser facilmente conquistado, a partir da produção dos produtos
ecológicos e orgânicos, produzidos com qualidade e certificação.
OBJETIVO GERAL:
.Implantar na Comunidade de Areia Branca uma Agroindústria Multifuncional.
OBJETÍVOS ESPECÍFICOS:
1.
Possibilitar às 22 famílias participantes do projeto, um
incremento de renda, através do aproveitamento do excedente da produção;
2.
Disponibilizar um espaço adequado para fabricação de pães,
doces, bolachas, conservas e geleias com vistas à venda para o PNAE, PAA,
feiras e mercados.
3.
Inserir a comunidade nas políticas públicas, visando à melhoria
de vida, integração com o município e o estado.
4.
Oportunizar a promoção da cidadania e o desenvolvimento
sustentável com a preservação e valorização da cultura local.
CONEXÃO DO TEMA COM OS OBJETIVOS
Pautados nos eixos de segurança alimentar, nutricional, geração e
apropriação de renda, fortalecimento do capital humano e infraestrutura, concluímos
que junto ao projeto da cozinha, poderíamos trabalhar a parte social, o resgate da
cultura local, e a aproximação das famílias aos benefícios das políticas publicas.
ESTRATÉGICOS DO PROJETO “EMATER DO FUTURO”:
AÇÕES DESENVOLVIDAS
1. PROJETO AGROINDÚSTRA MULTIFUNCIONAL
Para a viabilização do objetivo, foi elaborado um projeto com apoio do
Instituto Emater, o qual foi patrocinado pela Petrobrás através do Contrato de nº.
6000.0083277.13.2 em julho de 2013, no valor de 100.444,00 (Cem mil,
quatrocentos e quarenta e quatro reais), para a construção e equipagem de uma
cozinha comunitária.
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Cozinha Comunitária:
O Projeto da cozinha comunitária foi escolhido no Rio de Janeiro, para fazer
parte do Programa Petrobrás Desenvolvimento e Cidadania a qual está em fase de
acabamento.
Construída em sistema de mutirão, dentro das normas da vigilância sanitária
e leis vigentes.
A Construção foi acompanhada e supervisionada por técnicos do Emater e
aprovada pelos gestores da Petrobras através de visita e relatórios.
Por ser área de preservação ambiental, para tratamento de dejetos gerados
pela cozinha, foi projetado e instalado um sistema de tratamento por raízes com a
orientação e supervisão de técnicos do Instituto Emater.
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A cozinha está totalmente equipada para produção, conservação e
beneficiamentos dos produtos locais, dependendo apenas de rotulagem o que esta
sendo providenciada pela associação com assessoria de técnicos do EMATER.
Para um melhor aproveitamento, estão sendo ministrados cursos de
empreendedorismo, boas práticas, panifícios, geléias, doces entre outros.
2. ACESSO ÀS POLÍTICAS PÚBLICAS
2.1 - Documentação
Organizado mutirão em parceria com o CRAS para informações e emissões
de documentos como: RG, CPF, DAP, carteira de trabalho, aposentadorias, auxilio
maternidade, bolsa família entre outros.
2.2.
Saúde:
Firmado parceria entre as Secretaria Municipal de Saúde de Bocaiuva do
Sul e Barra do Turvo-SP, e a partir de 2013 a comunidade passou a ser atendida
mensalmente por um ônibus da Saúde com enfermeiras, médicos e dentistas, que
fazem o trabalho de prevenção, consultas, distribuição de remédios de uso
contínuo e exames, sendo os exames e os casos mais graves encaminhados ao
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hospital conveniado , Angelina Caron em Campina Grande do Sul – Pr.
2.3.
Habitação:
Efetuadas visitas, palestras
e cadastramento
por
técnicos
da
COHAPAR– Companhia de Habitação do Paraná, e Emater, para construção de
12 casas do PNHR – Programa Nacional de Habitação Rural . (aguardando
liberação).
2.4.
Segurança alimentar:
Foram proferidas várias palestras e cursos sobre agroecologia, alimentação
segura e sustentável, produção de alimentos para melhoria da alimentação, bem
como a produção na agroindústria multifuncional , para a comercialização.
A partir de 2012 foi firmado parceria com a Prefeitura de Bocaiuva do Sul,
a qual que viabilizou a ida mensal de veículo com produtos do Armazém da Família,
o que permitiu uma melhoria na qualidade de vida da comunidade, e economia de
até 40% nos gastos mensais na aquisição de produtos da cesta básica, permitindo
que os mesmos passem a adquirir mais gastando menos.
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2.5.
Infraestrutura:
Através de parcerias com as prefeituras dos dois municípios, houve uma
melhoria nas estradas de acesso com alargamento, ensaibramento construção de
bueiros, colocação de manilhas e reforma da ponte pêncil, que liga a comunidade
ao município de Barra do Turvo – SP.
Quanto à estrada interna que liga a comunidade à sede do município de
Bocaiúva do Sul,
foi realizada uma vistoria pelo Departamento de Estradas de
Rodagens - DER, solicitada pela Prefeitura Municipal e EMATER em conjunto com o
Ministério Público do Estado do Paraná (CAOPJDC) para abertura de trecho de 5
km de estrada que dará acesso à Comunidade pelo Estado do Paraná, mas devido
aos trâmites burocráticos, ainda encontra-se em estudos para liberação junto aos
órgãos competentes.
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2.6.
Energia:
Após muitas reivindicações a comunidade hoje está servida por painéis de
energia solar fotovoltaica através do Programa Luz para Todos, que fornece
energia para todas as residências.
Todas as famílias também foram beneficiadas pela COPEL com uma
geladeira e um aquecedor de água.
Já foram realizados o mapeamento e está em negociação com a Copel –
Companhia Paranaense de energia a implantação da energia elétrica, uma vez que
a fotovoltaica não é suficiente para a viabilização da agroindústria.
2.7 - Chamada Pública de Mulheres do Vale do Ribeira:
Inclusão de 11 mulheres no Plano Brasil sem Miséria, através MDA / MDSPrograma inclusão social produtivo,Chamada Pública de Mulheres do Vale do
Ribeira, sendo que
já foram realizadas
oficinas, palestras
e Projetos para
construção de galinheiros e chiqueiros, sendo já uma das atividades desenvolvidas
na comunidade.
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O referido plano servirá para que haja uma melhoria nas infraestruturas já
existentes, o que irá beneficiar as famílias, pois poderá haver um aumento
significativo na produção, gerando excedentes para a comercialização.
IMPACTO DO PROJETO:
Após a implantação do projeto, são visíveis os impactos positivos na
comunidade tanto sociais como econômicos, tendo como exemplo a volta de muitas
famílias e jovens que notaram nas melhorias realizadas, a possibilidade de retorno e
permanência na comunidade.
AGRADECIMENTOS:
Ao instituto Emater, através da Unidade Regional de Curitiba, pelo apoio e
incentivo e a todos os parceiros e colegas que de alguma forma colaboraram no
desenvolvimento deste projeto em especial aos colega Orias Camargo e Valéria
Camacho.
PRINCIPAIS PARCEIROS:
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
EMATER
PETROBRÁS
SENAR
COPEL
COHAPAR
PREFEITURA MUNICIPAL DE BOCAIÚVA DO SUL - PR
PREFEITURA MUNICIPAL DE BARRA DO TURVO - SP
Bocaiúva do Sul, 15 de janeiro de 2015.
JUSSARA INÊS DRESCH
Assistente Social
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Engenheira Agrônoma - Denise Lutgens Rizzo
VIDA NA HORTA
Implantação do polo de agricultura
sustentável
no
Município
de
Ribeirão Claro, localizado no Norte
Pioneiro do Paraná, beneficiando
famílias de pequenos produtores
rurais através do processo de
produção orgânica.
_______________________________________________
Ribeirão Claro - PR
2015
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CATEGORIA:
DINAMIZAÇÃO DAS ECONOMIAS LOCAIS (ORGANIZAÇÃO DE CADEIAS
PRODUTIVAS COM IMPACTO NA RENDA DAS FAMILIAS ASSISTIDAS).
NOME DO PROJETO: “VIDA NA HORTA”
AUTOR: DENISE LUTGENS RIZZO
LOTAÇÃO: RIBEIRÃO CLARO
LOCAL DE APLICAÇÃO: RIBEIRÃO CLARO E REGIÃO
INÍCIO E CONCLUSÃO DO TRABALHO (MÊS/ANO):
Janeiro de 2010 e ainda em condução
SITUAÇÃO ANTERIOR:
No ano de 2008, apenas três propriedades, num universo de cerca de 550
propriedades e cerca de 1500 produtores rurais trabalhavam a agricultura orgânica.
Neste ano foi iniciado o projeto para a transformação do município de Ribeirão Claro
num polo de agricultura agroecológica, a médio e longo prazo.
JUSTIFICATIVA:
O Território Integração Norte Pioneiro está localizado na região conhecida como
Norte Pioneiro do Paraná. Corresponde a uma área de 10.436.35 Km2 de extensão, o
que equivale a cerca de 5,2% da área total do Estado do Paraná. Localizada entre o
Segundo e o Terceiro Planalto Paranaense, faz divisa ao norte e oeste com o município
de Cornélio Procópio; ao sul com Território Caminhos do Tibagi e Ponta Grossa; ao
leste com o Estado de São Paulo. (IPARDES, 2009).
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Hoje o grande desafio é a gestão direcionada dos trabalhos pautados no perfil e
nas necessidades da população, para isso é que as atenções se voltam para a
implementação do Plano Territorial de Desenvolvimento Rural Sustentável, elaborado a
partir das discussões, particularidades, prioridades e objetivos do Território, sob
diferentes dimensões do desenvolvimento.
Todas as ações organizadas do Território tem como objetivo a erradicação da
fome e da pobreza extrema por meio da estruturação da Agricultura Familiar, micro
empreendimentos e empreendimentos de economia solidária, de forma que as famílias
possam ter garantidas condições de vida e saúde, trabalho e renda, educação, lazer e
cultura.
Na Dimensão Ambiental o Eixo Estratégico é a Sustentabilidade e tem seu foco
nas ações de Meio Ambiente, principalmente através da Educação Ambiental e na
preservação dos recursos naturais, promovendo o saneamento rural e destinação dos
resíduos sólidos. Também é objetivo deste Eixo o incentivo a produção agroecológica, a
produção de energia renovável, o Ecoturismo como alternativa de renda, a arborização
urbana e o cumprimento a Legislação Ambiental.
A Agricultura no Território é muito mais do que uma opção de atividade
econômica, é uma verdadeira identidade do povo que é retratada nos dados
populacionais que apresentam ainda um grande número de pessoas que residem no
espaço rural. São famílias que nasceram e cresceram no campo e são responsáveis pela
maior parte da produção de alimentos das 17.065 propriedades de Agricultura Familiar
distribuídas pelos 29 municípios. O povo residente, tanto nas cidades como no campo,
têm tradição na agricultura, cultivando a terra e vivendo dela, fato que caracteriza a
região como tipicamente rural, não somente pela classificação do Governo Federal que
afirma que os municípios com menos de 50.000 habitantes são considerados como
rurais, mas pelo fato de que toda economia que move o mercado local é proveniente das
atividades do campo.
A principal cultura produzida desde o inicio do século passado é o café, onde
segundo dados do DERAL/SEAB (2013), a atividade gerou R$ 380.140,00. Também
são importantes culturas leite, a fruticultura e a olericultura resultante da diversificação
da produção em áreas da agricultura familiar. Outras culturas como soja, milho, cana,
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gado de corte, também contribuem para o PIB do território e são principalmente
oriundas da agricultura empresarial. Com clima e solos favoráveis para produção de
várias culturas, o que falta é a organização da produção para que a agricultura otimize
suas ações e desencadeie um processo de desenvolvimento sustentável no Norte
Pioneiro.
As estradas de acesso são um problema em todos os municípios do Território,
pois as máquinas e equipamentos disponíveis não são suficientes para manter o grande
número de quilômetros de estradas em bom estado de trânsito, havendo a necessidade
de investimentos imediatos para garantir o acesso às propriedades.
Sobre a questão do Meio Ambiente a situação poucos municípios possuem
Secretaria de Meio Ambiente, nestes casos há falta de infraestrutura e equipamentos
para o trabalho. Dados e informações são poucos e problemas ambientais existentes
como a destinação do lixo, o saneamento básico, a proteção de nascentes e dos lençóis
freáticos demandam grandes investimentos. Uma das alternativas para solucionar esses
problemas são os Consórcios Intermunicipais de Aterro Sanitários, mas a questão
ambiental depende de uma atuação mais globalizada.
A Agricultura Familiar necessita de apoio para se tornar uma atividade muito
mais produtiva e lucrativa para o produtor rural, com a profissionalização e o
enquadramento dos produtores nos programas e recursos destinados pelo governo,
garantindo o acesso a tecnologia e instrumentos mais modernos para solucionar desafios
como a falta de mão de obra.
Investir na comercialização e promover o acesso ao PAA, PRONAF e PNAE
melhoram a economia local para expandir gradativamente para outros mercados e redes
de comercialização da produção originada na Agricultura Familiar do território.
OBJETIVO DA PROPOSTA:
Implantar um polo de agricultura sustentável no Município de Ribeirão Claro,
localizado no Norte Pioneiro do Paraná, beneficiando famílias de pequenos produtores
rurais através do processo de produção orgânica.
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PROCEDIMENTOS PRECONIZADOS:
Projeto participativo para implantar novas tecnologias de produção, de proteção do meio
ambiente e de novas formas de organização e comercialização.
DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA DESENVOLVIDA:
O projeto "Vida na Horta" foi desenvolvido no município de Ribeirão Claro, Estado do
Paraná, quase divisa com São Paulo, situado a 500 Km da capital paranaense e a 400
Km da capital paulista, O município possui aproximadamente 11.000 habitantes, grande
concentração de imigrantes italianos e árabes, tendo completado 100 anos de existência
em maio de 2008. Para o desenvolvimento de suas atividades existe a participação das
instituições locais e regionais como o SEBRAE, Prefeitura Municipal, com atuação das
secretarias municipais de agricultura e da educação, Instituto Ventura, Sindicato Rural,
NAPS — Núcleo de Aprendizagem Paulo Sogayar; também instituições nacionais como
a Fundação Banco do Brasil. Ministério do Desenvolvimento Agrário, FZEA/USP —
Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da Universidade de São Paulo, e
recentemente o apoio da FAO, sem o qual não seria possível desenvolver as atividades
de segurança do alimento e estudos de mercados curtos de comercialização.
Cronograma das atividades realizadas:
Ideia inicial: durante o ano de 2008 foram realizadas reuniões lideradas pelo NAPS, no
intuito de formalizar parcerias e escrever um projeto de forma participativa, para a
implantação de um polo de agricultura orgânica. Foi escrito o projeto que se intitulou
"Vida na Horta".
Definição do público prioritário: no inicio do ano de 2009, foram definidas áreas
produtivas prioritárias e o público potencial para compor a turma inicial para
capacitação, assim como determinar a estratégia de lançamento do projeto.
Reunião de lançamento do projeto: em maio de 2009, com cerca de 120 participantes,
para divulgar a ideia geral do projeto, prazos e demais informações, houve a
apresentação do projeto pelos parceiros e também um teatro sobre produção sem
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agrotóxicos. Para a confraternização foi realizado um lanche com alimentos preparados
por voluntários, utilizando vegetais, com o aproveitamento integral destes, como o uso
de casca, folhas e talos.
Ao final da reunião, os agricultores preencheram uma ficha de interesse para
posterior contato para treinamento. As inscrições ficaram abertas por mais 30 dias para
cadastrar pessoas que não puderam ir ao lançamento. Foi solicitado que os presentes
fizessem o "boca a boca" para um alcance maior.
Prospecção e seleção das famílias — das famílias cadastradas após a reunião
(cerca de 120 famílias), foram selecionadas 25 famílias com base na disponibilidade
para participar no treinamento.
Capacitação na tecnologia social PAIS — Produção Agroecológica Integrada e
Sustentável: o primeiro treinamento foi realizado pelo Eng. Agr. Aly Ndiaye, que é
senegalês e autor do projeto PAIS, uma metodologia cadastrada como prática
sustentável no Banco de Dados da Fundação Banco do Brasil. Essa metodologia foi
implantada com o intuito de subsistência em outras regiões no Brasil, mas pela primeira
vez, na região sul do Brasil, tem um caráter de geração de renda.
A primeira horta foi construída na Fazenda Platina, para servir de modelo para
as próximas unidades. Ocorreram mais três treinamentos, até março de 2010, atendendo
65 famílias. Além do treinamento prático de cinco dias, também se faziam os
esclarecimentos sobre as dúvidas e contrapartidas, além de assinatura do termo de
compromisso de seguir as recomendações e reuniões propostas.
Unidade Demonstrativa: foi essencial para demonstrar a tecnologia proposta.
Capacitação: foram realizadas capacitações nos temas de agricultura orgânica,
associativismo, comercialização e gestão administrativa e financeira para fortalecer o
empreendedorismo das famílias envolvidas e criação da Associação de Produtores. O
SENAR, Sindicato Rural e o SEBRAE foram essenciais para os cursos e consultoria.
A EMATER foi parceira na mobilização, e assistência técnica após
treinamentos.
Realizaram-se reuniões semanais para tratar assuntos relativos ao processo de
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produção, certificação e mercado, culminando na fundação da APO — Associação de
Agricultores de Produtos Orgânicos, em março de 2010 e recebeu título de utilidade
pública em novembro de 2012. Hoje há reuniões mensais com os mesmos temas.
Certificação: a certificação é realizada pelo Programa Paranaense de Certificação de
Orgânicos, com acompanhamento dos técnicos da Universidade Estadual do Norte do
Paraná sediados no NEAT (Núcleo de Estudos em Agroecologia e Territórios) e
auditado pela TECPAR para a verificação das conformidades. Hoje a APO agenda
diretamente com o NEAT todas as visitas.
A EMATER trabalha no processo como assistência técnica para implantação das
atividades e especialmente atua com o produtor nas medidas corretivas para
certificação. Junto a associação trabalha com as questões organização.
Setor Comercial: foram definidos canais de comercialização e mobilização para
atender padrões exigidos pelos mercados, foi consolidada parceria com prefeitura para
comercialização dos produtos na merenda escolar.
Existe um produtor que atua como vendedor da associação, junto ao comercio
local e na cidade de Ourinhos/SP. A APO também contratou um auxiliar administrativo,
filha de agricultor familiar.
Foram realizadas consultorias sobre o assunto com apoio da FAEP e SEBRAE,
os agricultores não eram produtores de olerícolas e muito menos de orgânicos, além de
nunca terem trabalhado diretamente com a comercialização e associativismo no
mercado de olerícolas.
Desenvolvimento de embalagem: para cada mercado o nível de processamento e
necessária é uma atividade constante. Os produtos que começaram a despontar, como a
mandioca refrigerada e couve picada tiveram seus rótulos de acordo com a legislação.
Os códigos de barras e conteúdo nutricional são fornecidos pelo Programa Fábrica do
Agricultor, que na região tem a AFANOPI – Associação das Fábricas do Agricultor do
Norte Pioneiro como braço direito.
Capacitação para manipulação de alimentos: houve vários treinamentos sobre
processamento de vegetais, sendo que a funcionária da APO foi devidamente treinada
para o conhecimento de procedimentos da limpeza do ambiente, sanitização de vegetais,
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processo de desidratação e embalamento.
Organização de logística e distribuição: dentro do tema foi discutida com os
produtores urna forma estruturada para escoamento e suas necessidades. Foi escrito
projeto sobre a iniciativa e se pleiteou um caminhão baú refrigerado para a distribuição
da produção. A APO contratou um motorista que distribui os produtos comercializados.
Foi elaborado projeto de um barracão de 250 m2, onde se recebe a produção
tanto para o comércio local, como para os programas de alimentação escolar estadual e
municipal.
Equipamentos
para
foram
processamento:
adquiridos
equipamentos
para
processamento mínimo de vegetais, desidratação, produção de doces e conservas, com
recursos da Fundação Banco do Brasil. Os equipamentos estão instalados no barracão,
que apesar da necessidade de adequações, serve de modelo para muitos projetos da
região.
Mestrado: devido à necessidade de conhecer melhor a questão de processamento
mínimo e o mercado de orgânicos, especialmente sobre o comportamento do
consumidor, realizei o mestrado na FZEA/USP, Faculdade de Engenharia de alimentos
da Universidade de São Paulo, situada em Pirassununga/SP. Cabe ressaltar que fui
prestar as provas para admissão, em uma faculdade de engenharia de alimentos, mesmo
sendo minha formação, agronomia; e após 22 anos da minha graduação.
Escrevi o projeto e defendi esse projeto, mesmo não sabendo quem poderia me
orientar, pois não havia essa linha de pesquisa na FZEA. Devido à distância até
Pirassununga/ SP e o tempo permitido para me dedicar aos estudos (dois dias por
semana) eu fazia o percurso de ônibus de linha, no período noturno, saindo de Ourinhos
SP, pois me permitia dormir durante a viagem de ida e volta e continuar meus trabalhos
no escritório local.
Minha dissertação foi defendida em abril de 2014, e trouxe vários aspectos
tecnológicos, como a introdução de métodos de pesquisa de campo para segurança do
alimento, realizando amostragens em 10 propriedades de agricultores do projeto "Vida
na Horta".
Outro capítulo de minha dissertação tratou a questão do consumidor de
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orgânicos e sua percepção sobre o produto processado minimamente, verificando que o
consumidor não está disposto a pagar mais pelo produto, apesar de valorizar os aspectos
de saúde e meio ambiente. Os resultados apresentam o desconhecimento do consumidor
sobre a legislação de orgânicos e sobre a presença do selo que garante o produto.
Projeto de Pesquisa - Segurança alimentar e estudo sócio econômico nos projetos
PNAE e PAA no Território da Cidadania Integração Norte Pioneiro do Paraná:
em 2013, foi submetido projeto de pesquisa ao Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico — CNPq - Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação —
MCTI, Edital MCTI/Ação Transversal-LEI — CNPq N° 82/2013.
Esse projeto foi apoiado pela FAO, e tem o intuito de estudar aspectos de
segurança de alimento e mercados curtos de comercialização em sete municípios do
Norte Pioneiro, a ser: Ribeirão Claro, Carlópolis, Jacarezinho, Cambará, Japira,
Pinhalão e Ibaiti.
Terá duração de dois anos e possui uma equipe da FZEA/USP de várias áreas
com o objetivo de estudar a produção, abastecimento e comercialização com foco nas
compras institucionais; empreendimentos econômicos solidários com foco na
agricultura familiar, produção orgânica, relação entre produtores e consumidores da
agricultura familiar, agroindústrias familiares e agregação de valor; qualidade de
produtos tradicionais e orgânicos, circuitos curtos de produção, abastecimento,
distribuição e consumo de alimentos.
Rede Agroecológica do Norte Pioneiro — Chamada REDES ECOFORTE: não há
ainda na região uma rede formada oficialmente entre agricultores familiares, cujo
sistema de produção se caracterize como orgânico. Foi elaborado o projeto dar início à
formatação de REDE DE PRODUÇÃO ORGÂNICA DO NORTE PIONEIRO, com os
municípios de Ribeirão Claro, Carlópolis, Jaboti, Jacarezinho, Ibaiti, Pinhalão e
Ribeirão do Pinhal, sendo a APO sua proponente.
A confecção desta proposta já representa em si a capacidade de articulação entre
essas instituições, cuja mediação é a necessidade vivida por esses produtores no que se
refere à apropriação cada vez maior de tecnologias e processos que potencializem a
produção orgânica, tornando-a mais produtiva e rentável, possibilitando assim uma
maior participação desses produtores em chamadas públicas de mercados institucionais,
28
como o PAA e o PNAE, e em mercados privados cuja demanda por alimentos orgânicos
apresenta-se crescente.
CONEXÃO DO TEMA COM OS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DO PROJETO
EMATER DO FUTURO":
Eu acredito que o projeto atende a missão e a missão do projeto "EMATER do Futuro":
“Promover o desenvolvimento rural sustentável, coordenando, articulando e
executando assistência técnica e extensão rural em benefício da sociedade
paranaense”
ABRANGÊNCIA (agricultores beneficiados, técnicos, famílias beneficiadas, Instituto,
funcionários):
Os treinamentos iniciais atenderam cerca de 100 famílias e a APO possui 26
famílias, atualmente.
Existem dois grupos de agricultores em processo de certificação nas cidades de
Jacarezinho e Carlópolis com cerca de 15 agricultores.
Foram realizadas excursões de diversas cidades do Paraná e de outros estados para
verificar o projeto, com especial atenção nas estratégias. Não é possível o número de
visitantes, mas acredita-se que atendemos mais de 500 pessoas, pois realizamos dias de
campo e palestras sobre o assunto, desde 2009.
A alimentação para os alunos da rede municipal e estadual é totalmente atendida por
alimentos orgânicos.
Os colegas da EMATER que procuram informações tecnológicas sobre produção
orgânica, confecção de projetos, segurança do alimento, boas práticas agrícolas, são
prontamente atendidos por mim, devido ao conhecimento gerado nesses anos de
trabalho.
RESULTADOS DO PROJETO benefícios gerados na renda do agricultor
(quantificar), na qualidade de vida das famílias, ao meio ambiente, à organização do
29
trabalho, impacto na Comunidade, Municipio, EMATER.
O valor comercializado pela APO está em torno de R$ 100.000,00 nos programas de
Escolar, com cerca de 40 toneladas de produtos fornecidos, no ano de 2014.
Nos mercados locais e regionais, estima-se R$ 250.000,00 por ano.
Os benefícios do uso das técnicas agroecológicas por si são impacto no meio ambiente e
qualidade de vida dos agricultores e consumidores.
APO tem se demonstrado organizada para a produção e elaboração de projetos para se
consolidar como polo regional de agricultura orgânica.
AGRADECIMENTOS:
À APO que procura dentre todas as dificuldades, especialmente da falta de mão de obra,
conduzir o trabalho de organização junto aos agricultores. A Prefeitura Municipal e ao
SEBRAE que apoiou o projeto desde o inicio, com aportes financeiros importantíssimos
no decorrer das atividades.
À FZEA USP que aceitou a proposta de trabalho para meu mestrado e para o CNPq.
Agradecimento especial ao amigo Luiz Hiroshi Shimizu, da PLANAPEC e é contratado
do SEBRAE, desde setembro de 2009.
Ao Eng. Agr. Mauricio Castro Alves que foi decisivo, como gerente regional, no
intuito de apoiar todas s atividades.
PARCEIROS PRINCIPAIS:
Para o desenvolvimento de suas atividades existe a participação das instituições locais e
regionais como o SEBRAE, Prefeitura Municipal, com atuação das secretarias
municipais de agricultura e da educação, NEAT – Núcleo de Estudos de Agroecologia e
Territórios, Instituto Ventura, Sindicato Rural, NAPS — Núcleo de Aprendizagem
Paulo Sogayar; também instituições nacionais como a Fundação Banco do Brasil,
Ministério do Desenvolvimento Agrário, FZEA/USP — Faculdade de Zootecnia e
Engenharia de Alimentos da Universidade de São Paulo, e recentemente o apoio da
30
FAO, sem o qual não seria possível desenvolver as atividades de segurança do alimento
e estudos mercados curtos de comercialização, contidas na chamada CNPq 82.
REFERÊNCIAS
Anexos (Fotos, Entrevistas, Depoimentos, Reportagens, Outros).
Anexos
FOTOS
31
32
REPORTAGENS:
http://www.revistarural.com.br/edicoes/item/6681-horta-tem-vida-na-horta
http://www.agroecologiaemrede.org.br/experiencias.php?experiencia=761
http://www.tanosite.com/?pgn=noticias&id=3056
https://sites.google.com/a/naps.org.br/naps/projetos/vida-na-horta
http://portaljnn.com/noticia/projeto-vida-na-horta-reune-13-agricultores-em-ribeiraoclaro-8620.html
http://informepolicial.com/pagina/694/Ribeirao+Claro.html
http://www.correionoticias.com.br/site/produtores-rurais-de-ribeirao-claro-recebemincentivos-para-produzirem-horta-organica/
33
http://www.pr.agenciasebrae.com.br/sites/asn/uf/PR/Sebrae-apoiacria%C3%A7%C3%A3o-da-primeira-horta-agroecol%C3%B3gica-do-sul-do-Brasil
http://portaltanacidade.com/cidades/ribeirao-claro-completa-107-anos-cominvestimentos-em-todas-as-areas.html
http://foz.ifpr.edu.br/wp-content/uploads/2013/12/PRODU%C3%87%C3%83OORG%C3%82NICA-UMA-POTENCIALIDADE-ESTRAT%C3%89GICA.pdf
http://www.ventura.org.br/noticias/2010/12/08/lancamento-do-vida-na-horta/
http://www.cheida.com.br/imprimir.php?idnoticia=626
http://www.revistareciclarja.com.br/news/produtores%20de%20org%C3%A2nicos%20
em%20ribeir%C3%A3o%20claro%20fundam%20associa%C3%A7%C3%A3o/
http://www.utfpr.edu.br/estrutura-universitaria/diretorias-degestao/dircom/noticias/clipping-1/07-04-2010/jusbrasil%20-%2007-04-2010.pdf
http://www.paginarural.com.br/noticia/130382/produtores-de-organicos-em-ribeiraoclaro-buscam-certificacao
Ribeirão Claro, 25 de junho de 2015.
Denise Lutgens Rizzo
34
Engenheiro Agrônomo – Sidney Barros Monteiro
Engenheiro Agrônomo – Maurício Castro Alves
PROJETO DE DESENVOLVIMENTO DA
BOVINOCULTURA DE LEITE DO NORTE PIONEIRO
DO PARANÁ
Contribuir para o Desenvolvimento
da
Pecuária
pioneiro
do
Leiteira
Paraná,
do
Norte
através
da
profissionalização de produtores de
leite e técnicos com objetivo de
melhorar a produção por propriedade
e produtividade.
______________________________________________________
Região de Santo Antonio da Platina - PR
2015
35
36
A.I - ROTEIRO PARA A DESCRIÇÃO DO TRABALHO
CATEGORIA: Dinamização das Economias Locais (Organização de Cadeias
Produtivas com Impacto na Renda das Famílias Assistidas).
NOME
DO
PROJETO:
PROJETO
DE
DESENVOLVIMENTO
DA
BOVINOCULTURA DE LEITE DO NORTE PIONEIRO DO PARANÁ.
AUTOR: Sidney Barros Monteiro
CO-AUTOR PRINCIPAL: Maurício castro Alves
LOTAÇÃO: Wenceslau Braz - Paraná
LOCAL DE APLICAÇÃO: 23 municípios da Região de Santo Antônio da Platina:
Barra do Jacaré, Cambará, Carlópolis, Conselheiro Mairinck, Curiúva, Figueira,
Guapirama, Ibaiti, Jaboti, Jacarezinho, Japira, Joaquim Távora, Jundiaí do Sul,
Pinhalão, Quatiguá, Ribeirão Claro, Salto do Itararé, Santana do Itararé, Santo
Antônio da Platina, São José da Boa Vista, Siqueira Campos, Tomazina e
Wenceslau Braz.
INÍCIO E CONCLUSÃO DO TRABALHO (MÊS/ANO): 02/2012 á 12 /2014
SITUAÇÃO ANTERIOR:
A Região de Santo Antônio Platina, localizada no Norte Pioneiro do Paraná,
dentre as atividades agropecuárias desenvolvidas, como grãos, olericultura,
fruticultura, está a Bovinocultura de Leite.
Embora uma atividade tradicional,
sempre foi conduzida de forma secundária, com animais de dupla aptidão e no
sistema extensivo; caracterizada por baixos investimentos, limitada assistência
técnica e falta de profissionalismo do produtor, o que ocasionaram baixas
produtividades e renda. Nos últimos 15 anos, ocorreram avanços na organização
dos produtores de leite na região, motivado pelo Programa do Governo Federal –
PRONAF INFRAESTRUTURA e programas Estaduais; os quais executados pelo
Instituto EMATER, permitiram a criação, estruturação e o fortalecimento das
pequenas associações de produtores ligados a bovinocultura de leite, que através
da organização da produção, começaram a comercializar de forma mais
vantajosa, obtendo melhores preços. Mesmo com o fortalecimento do
cooperativismo, com o desenvolvimento de 3 cooperativas de agricultores
37
familiares em torno da produção leiteira, o
crescimento tecnológico dos
produtores não acompanhou o desenvolvimento organizacional, com exceção de
pequenas ilhas de produtividade.
Características e indicadores da produção leiteira regional:
- Sazonalidade da produção;
- Manejo reprodutivo deficiente;
- Pouca preocupação com a sanidade do rebanho;
- Pouca preocupação com alimentação, pastagens, forrageiras e qualidade do
leite;
- Baixa qualificação da Mão de obra.
- Produção Regional em torno de 400.000 litros/dia.
- Produção: 2.000 – 3.000 litros/há /ano;
- Produção/propriedade menor 100 litros/dia (média de 60 l/dia);
- Lotação: 1,0 UA/há
- Qualidade: (CCS/CBT variável)
- Produção média vaca: 7,1 litros/dia (IPARDES, 2009)
- Numero de produtores: 4.517 (raças especializadas e mestiças) – realidade
municipal – EMATER.
JUSTIFICATIVA:
Os Municípios da região de Santo Antônio da Platina, sempre foram
tradicionais na produção de leite, embora durante muitos anos em função da forte
intervenção do governo no setor leiteiro, o cenário era de baixo dinamismo
produtivo, com remuneração não adequada ao produtor, com avanços
tecnológicos modestos, pois não havia estímulos para investimentos na atividade
leiteira. Com a liberação dos preços do leite, produziu evolução tecnológica nos
segmentos que envolvem a cadeia produtiva do leite.
Mas a evolução
tecnológica não ocorreu para todos os produtores, restringindo-se a determinados
segmentos de produtores mais especializados na atividade.
Como o perfil dos produtores de leite não é homogêneo, pois existe um
grande contingente de pequenos produtores que se encontram á margem do
processo de modernização / inovação tecnológica da atividade leiteira.
38
Estes
representam o elo mais frágil da cadeia do leite e são os que sofrem mais
intensamente as consequências das crescentes exigências do mercado,
principalmente, de escala e qualidade do leite.
A Bovinocultura de leite foi definida como atividade prioritária a ser
desenvolvida, no Plano Territorial de Desenvolvimento Rural Sustentável,
apresentando-se como uma alternativa de renda interessante, inclusive em
pequenas propriedades, onde é possível conduzir a atividade com a mão de obra
familiar, garantindo uma renda mensal, assim como, fornecendo um alimento de
qualidade para a população e proporcionando divisas para a municipalidade.
O tradicionalismo, a falta de informação, o desestímulo, são fatores que
muitas vezes acabam criando uma resistência do produtor às novas realidades de
mercado e de produção, muitas vezes excluindo-o da atividade formal, portanto
além da assistência técnica comprometida, é essencial que os produtores
possam “visualizar” propriedades referência, que funcionam como difusoras de
tecnologias e informações acessíveis aos pequenos produtores.
Buscando acelerar o desenvolvimento tecnológico dos produtores no
desenvolvimento da atividade bovinocultura de leite, a equipe regional do Instituto
EMATER, elaborou uma proposta envolvendo: Processo de capacitação dos
produtores e Técnicos, intensificação da Assistência Técnica de forma
comprometida, utilizando as metodologias da extensão para construção de
referências e fomento; proporcionando aos pequenos produtores de leite acesso
as técnicas e tecnologias, visando o aumento da produção, produtividade e
qualidade,
dentro
da
realidade
de
uma
propriedade
leiteira,
com
as
particularidades e características regionais.
OBJETIVO DA PROPOSTA:
Contribuir para o Desenvolvimento da Pecuária Leiteira do Norte pioneiro
do Paraná.
Objetivos específicos:
- Capacitar/Profissionalizar 1000 produtores de leite da região de Santo
Antônio da platina;
39
- Qualificar grupo de técnicos executores da EMATER e Prefeituras.
- Melhorar a produção por propriedade: > 300 litros/dia e dobrar a
produção Regional em 4 anos (2016) em torno de 700.000 litros/dia.
- Melhorar a produtividade > 10.000 litros/há/ano (intensificação da produção) e >
15 litros /vaca/dia (genética, manejo e alimentação).
- Adequar a qualidade do Leite aos Parâmetros da Normativa 62. Distribuição de
25 Tanques Resfriadores de Leite comunitários.
- Introduzir o sistema de irrigação de pastagens – inovação tecnológica
(implantação de 37 unidades de referência).
- Melhoria das pastagens em torno de 1000 há/
- Fomentar a mecanização da atividade, através de 20 Patrulhas do Leite (Trator,
ensiladeira, distribuidor de adubo e esterco líquido, grade niveladora e carreta).
PROCEDIMENTOS PRECONIZADOS
3 ETAPAS:
1) Elaboração da Proposta - Abrangência/Técnicos.
2) Busca de recursos (Prefeituras Municipais, MAPA, MDA, SEAB...)
3) Operacionalização - Formação e execução - Equipe de Técnicos.
DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA DESENVOLVIDA:
1) Elaboração da Proposta: Com o diagnóstico da realidade regional, a
equipe regional envolveu os técnicos da região que atuam na bovinocultura
de leite, para discussão e elaboração da proposta de desenvolvimento da
pecuária leiteira no Norte Pioneiro do Paraná.
2) Com a proposta Elaborada, a Gerência Regional apresentou a proposta
para Prefeituras Municipais, Deputado federal (Regional) (MAPA) e a
Secretaria da Agricultura Estadual, ambos disponibilizaram recursos,
e
posteriormente o MDA, com apoio do Instituto EMATER.
3) Operacionalização. Formação do Time de Técnicos para atuar no Projeto
conforme metodologia proposta.
A PROPOSTA – Desenvolvimento da Pecuária Leiteria do Norte Pioneiro do
Paraná, com abrangência nos 23 municípios da Regional de Santo Antônio da
Platina (Barra do Jacaré, Cambará, Carlópolis, Conselheiro Mairinck, Curiúva,
40
Figueira, Guapirama, Ibaiti, Jaboti, Jacarezinho, Japira, Joaquim Távora, Jundiaí
do Sul, Pinhalão, Quatiguá, Ribeirão Claro, Salto do Itararé, Santana do Itararé,
Santo Antônio da Platina, São José da Boa Vista, Siqueira Campos, Tomazina,
Wenceslau Braz e Abatiá (Regional de Cornélio Procópio), envolveu a
implantação
de
Unidades
Demonstrativas,
fomento
-
investimentos
em
equipamentos (Patrulha leite) e resfriadores comunitários; capacitação de
produtores e técnicos, construindo propriedades de referência.
OPERACIONALIZAÇÃO:
Formação de uma Equipe Técnica.
Diante da proposta apresentada, necessitávamos de uma equipe de técnicos com
maior comprometimento e foco na produção leiteira. Após negociação regional e
busca de parcerias; totalizamos 25 técnicos (Técnicos Agrícolas, Engenheiros
Agrônomos, Zootecnista e Médicos Veterinários), sendo 14 do Instituto EMATER
e 11 técnicos de convênios com Prefeituras, com programação de mais de 50%
do tempo em Bovinocultura de leite, distribuídos nos 23 municípios. Iniciamos o
processo de socialização da proposta e capacitação. (lista em anexo).
Os
técnicos da equipe leite, selecionaram nos municípios 20 produtores para serem
assistidos, com o objetivo de formar propriedades de referência. Sendo o início
dos trabalhos a elaboração do Marco Zero (questionário em anexo), os quais
foram tabulados e utilizados na discussão e análise junto aos produtores.
CAPACITAÇÃO DOS TÉCNICOS
CURSO PARA TÉCNICOS - Qualificação da ATER.
Foram realizados inicialmente 3 treinamentos para nivelamento e
elaboração/padronização de conteúdos para realização dos cursos com
produtores. 1º – dia 13 e 14 de setembro de 2013, 2º – 25 e 26 de setembro de
2013; ambos com conteúdo do Instituto EMATER e o 3º - 7,8 e 9 de outubro de
2013, com o SENAR.
Dentro do Projeto de capacitação dos técnicos, foram realizados cursos em 3
41
módulos de 2 dias cada (8 horas/dia), para 25 técnicos da EMATER/
Conveniados com Prefeituras da região Norte Pioneiro .
Instrutores: EMATER, IAPAR, UENP e Consultoria GAPPI
Realizados em julho - agosto – outubro/2014.
Conteúdos:
Modulo 1:
Reforma de pastagens/formação de piquetes, características das
espécies regionais /espécies potenciais e fertilidade do solo., manejo de água no
solo.
MODULO 2: Produção Leite: Qualidade (resfriamento /nutrição)
MODULO 3: alternativas de suplementação – Ensilagem (utilização de máquinas
e equipamentos)
CONTRATAÇÃO DA CONSULTORIA
Buscando qualificação das ações dos técnicos, no sistema de intensificação da
produção leiteira - pastagem/piquetes, manejo, irrigação e fertirrigação, foi
contratada a GAPPI – Gestão e Assessoria em Pastagem e Pecuária Intensiva,
Empresa localizada no Rio Paranaíba – MG, com um dos sócios Prof. Dr . Luis
Cesar Dias Drumond (Universidade Federal de Viçosa). As ações: capacitação
dos Técnicos, visitas as unidades demonstrativas para orientação e elaboração
de projetos, participação nas metodologias (Dias de Campo, Seminário e
Encontro).
EXCURSÃO TÉCNICOS
- Excursão para Técnicos, Data: 18 á 21 de novembro de 2013.
EMBRAPA Gado de Leite (Juiz de Fora – Minas Gerais). Com o objetivo de
conhecer as unidades de tecnologia para a produção de leite, reforma de
pastagens (espécies forrageiras), Alimentação animal- (ensilagem) e novas
alternativas.
Á Realizar:
- Excursão para Técnicos.
EMBRAPA (São Carlos). Objetivo: Capacitar os técnicos que atuam com leite em
42
Irrigação em pastagens, manejo e conservação do solo, Reforma de pastagem
(espécies forrageiras), Alimentação animal e novas alternativas.
IMPLANTAÇÃO DE UNIDADES DEMONSTRATIVAS
Buscando alcançar os objetivos propostos, implantamos
com “Potencial de
difusão de técnicas e tecnologias”, 29 UD – Adequações das Salas de Ordenhas
e Kit ordenha Higiênica (melhoria na qualidade do leite); 49 UD– Reforma de
Pastagem e piquete rotacionado (2 há); 37 UD – Sistemas de Irrigação para
pastagens (1 há) – intensificação da produção), 231 Unidades Demonstrativa
(Referência) Produção de Leite, sendo no 1º ano - 179 UD Milho para silagem (1
há) produção de silagem de qualidade+ sobressemeadura aveia e azevém (2ha)
(alternativa de alimentação no inverno) e no 2º ano, esta previsto a implantação
de 52 UD.
Foram definidos critérios de seleção de Beneficiários e número de UD por
município.
Perfil do Beneficiário (Propriedade/Produtor Preferenciais)
- Produtor de leite familiar (com DAP);
- Possuem a atividade de bovinocultura de leite como sua principal fonte de
renda;
- Consolidados na atividade leiteira (atuam na pecuária leiteira a mais de 05
anos);
- Alocados em região com alta concentração de pequenos produtores de leite;
- Produtor acessível e comprometido para realização de mudanças;
- Tenha perfil de liderança na região onde atua;
- Pertença a associação e ou cooperativa de produtores de leite;
- Produtores que recebam assistência técnica do EMATER nos municípios do
Norte Pioneiro;
- Atenda aos aspectos sanitários do rebanho;
METODOLOGIA DE EXECUÇÃO (OPERACIONALIZAÇÃO):
A experimentação em pequena escala previne o risco que os agricultores
familiares correm de fracassos econômicos de grandes proporções.
43
Estes,
normalmente, são gerados pela aplicação inadequada da tecnologia, bem como,
pela imaturidade da organização social e administrativa para a gestão. Usando a
experimentação em pequena escala o agricultor pode aplicar a tecnologia de
diversas formas ou aplicar diversas metodologias de forma simultâneas,
comparando os resultados.
As unidades Demonstrativas foram constituídas por agricultores familiares,
definidas em função do nível tecnológico atual, como áreas de experimentação
coletiva, nas quais vários agricultores testarão a prática agrícola, respaldando a
posterior aplicação desta para toda a comunidade. Uma vez que a nova prática
agrícola já tenha sido apropriada pelos agricultores familiares, esta pode ser
multiplicada através de projetos de investimentos via PRONAF e de outros
recursos disponíveis e compatíveis coma a tecnologia em questão.
CRITÊRIOS TÉCNICOS
OBJETIVO
TIPO
UNIDADE
DEMONSTRATIVA
Agricultor familiar com produção de
Melhoria da
leite de até 50 litros/dia, com ordenha
qualidade.
manual
e
local
inadequado
Kit de ordenha manual
1
para
higiênica e/ou Adequação
de sala de ordenha.
ordenha.
Agricultor familiar com produção de
Melhoria da
leite entre 50 a 100 litros/dia, com
produtividade
ordenha manual/mecânica e pastagem
e qualidade.
2
Reforma de pastagem e
implantação de piquetes.
com baixa capacidade de suporte (0,5
a 0,9UA/há).
Agricultor familiar com produção de
Melhoria da
leite acima de 100 litros litros/dia, com
produtividade
3
Irrigação de Pastagem
ordenha mecânica e pastagem com
boa capacidade de suporte (> 6
UA/há).
As ações para concretização das unidades demonstrativas - UD
(referência) foram divididas em 02 (duas) Fases:
A 1º Fase do programa é implantação das UDs (Tipo 1,2 ou 3), que
constituirão em 03 propostas de melhorias na estrutura da propriedade, de acordo
44
com a complexidade do sistema em uso pelo produtor na futura unidade
demonstrativa, de menor para maior emprego de tecnologia.
A 2º Fase do programa, a implantação das UDs, constituiu nas ações de
difusão de técnicas e tecnologias nas UDs, com a realização de eventos, visitas
técnicas, palestras e viabilização de parcerias com instituições de pesquisa,
universidades, e empresas do setor agropecuário e alimentício, propiciando um
ambiente para melhoria da produtividade, qualidade e renda.
TIPO 1 - Adequação de Salas de Ordenha e Kit Ordenha Manual Higiênica;
com melhorias na estrutura física e operacional que permitam facilidade no
desenvolvimento da ordenha higiênica, com foco em qualidade do leite;
TIPO 2 - Reforma de Pastagem e Piquetes; melhoria da área de pastagem, com
otimização do uso das forrageiras, aumento da densidade animal e produtividade
por hectare;
TPO 3 - Irrigação de Pastagem; estruturação de sistemas de irrigação nas
unidades com maior uso das tecnologias propostas, oportunizando aumentos de
produtividade e maior constância na produção ao longo do ano (diminuição da
sazonalidade).
Atribuições (Responsabilidades dos envolvidos)
SEAB:
-Viabilizar o aporte dos recursos solicitados pelos proponentes nos Planos de
Trabalho;
-Coordenar e orientar quanto às ações a serem desenvolvidas no programa;
-Articular parcerias durante o desenvolvimento do programa;
EMATER:
-Levantamento inicial das propriedades/produtores possíveis (ver Perfil) de serem
transformados em unidades de referência;
-Auxílio na definição final da alocação das unidades de referência;
-Assistência técnica constante nas referidas propriedades de forma a viabilizar a
implantação e funcionamento das propostas de melhoria;
-Utilização das unidades de referência para difusão de técnicas e tecnologias aos
45
produtores de leite da região;
Produtor Beneficiário Direto (Unidade Demonstrativa):
-Acatar as recomendações e orientações técnicas preconizadas;
-Disponibilizar livre acesso a propriedade, para visitas, realização de eventos e
pesquisas, auxiliando no que for preciso com informações referentes ao sistema
produtivo;
-Comprometer-se por toda mão de obra necessária para implantação das
melhorias almejadas;
-Responsabilizar-se pela manutenção e guarda de equipamentos e ou estrutura
física que for alocada em sua propriedade;
Com exceção de 2 municípios que por motivo de inadimplência, não puderam
realizar o Convênio com o Governo do Estado para repasse do recurso financeiro
para aquisição dos materiais para implantação das unidades. Ficando distribuídas
conforme quadro. (em anexo).
INVESTIMENTOS
Em função das dificuldades dos pequenos produtores, devido a falta de
equipamentos
para reformar/ recuperar
pastagens e produção de alimentos
para o inverno (silagem), e a preocupação com a qualidade do leite, foi possível a
inclusão no projeto de :
A – Tanques de Resfriamento Comunitário (25 Tanques de 1000 litros),
atendendo a demanda pré-existente regional;
B – Patrulha do Leite (Máquinas e equipamentos para apoio aos pequenos
produtores de leite nos municípios), composta por: (18) Trator 75 CV, (20)
Ensiladeira + Plataforma, (33) Carreta basculante 5T, (9) Grade Aradora 14
discos, (2) Distribuidor de Esterco Líquido – 4.000 litros e (20) Distribuidor de
fertilizantes – 2 discos. Os equipamentos foram distribuídos nos municípios em
função da estrutura existente/ disponível (equipamentos e técnicos) , número de
produtores, prioridade e atuação na cadeia produtiva da Bovinocultura de leite. O
grande desafio é a sua regulamentação para utilização dos equipamentos,
buscando a normatização do uso e envolvimento do Conselho Municipal de
Desenvolvimento
rural
Sustentável
(CMDRS),
46
para
que
realmente
os
equipamentos sejam utilizados para apoiar os produtores de leite nos municípios.
CAPACITAÇÃO DOS PRODUTORES
- Cursos
Com o objetivo de profissionalizar os produtores de leite foram realizados 50
cursos para Capacitação de Produtores em duas etapas (2 cursos por município,
em média com 20 produtores e duração de 8 horas), com os temas: Manejo
Racional de Pastagens, Manejo de Forrageiras, Irrigação de pastagens e
Qualidade do Leite. (fotos em anexo).
A 1º Etapa do curso foi realizada no
período de outubro a novembro de 2013 e a 2º Etapa, abril/maio de 2014,
totalizando 1000 produtores.
Dentro da proposta de capacitação dos produtores realizamos:
- 01 Seminário de Bovinocultura de Leite, com os temas: Novas espécies
forrageiras (inverno/verão), Manejo e Irrigação de Pastagens/ Desafios hídricos
para a produção de bovinos de leite e profissionalização do pequeno produto de
leite; com o objetivo de apresentar estudos sobre o tema e novas tecnologias. O
Evento foi realizado no dia 24 de Julho de 2014 em Santo Antônio da Platina, em
parceria com IAPAR, UENP e GAPPI, envolvendo 150 produtores de leite da
região. (Agenda e fotos em anexo).
- 01 Encontro de Produtores de Leite. Realizado em 16 de outubro de 2014,
para discussão e avaliação das ações do projeto, onde foram apresentadas
Experiências dos Produtores de leite no Norte Pioneiro (Produtividade /
Qualidade) e Análise das propriedades leiteiras e Potencialidades da pecuária
leiteira da região Norte Pioneiro do Paraná.
Dias de Campo
Realizados 12 Dias de campo, no período de agosto á novembro de 2014, nas
Unidades de Referência. Nos municípios de Santo Antônio da Platina, Carlópolis,
Jacarezinho, Jaboti, São José da Boa Vista, Salto do Itararé, Santana do Itararé,
Wenceslau Braz, Ibaiti, Joaquim Távora, Quatiguá e Curiúva. (São municípios
47
onde a atividade leite é prioridade, com maior número de produtores).
Foram realizadas 3 baterias em parceria com o SENAR e GAPPI Consultoria,
com a temática: Reforma de pastagem, Manejo racional de Forrageiras (irrigação)
/(ensilagem) e Melhoramento da qualidade do Leite.
(produtores de leite do município e municípios vizinhos). Público: em média 100
produtores/ Dia de campo.
Os eventos procuraram consolidar a proposta e conteúdos apresentados e
debatidos .
Á Realizar:
Excursões para produtores:
- Excursão Técnica para produtores- PROJETO VITÓRIA – EMATER (Região de
Londrina)
Objetivo: Visitas as Unidades de referência de produtores integrantes do Projeto
Vitória.
Projeto
coordenado
pelo
Instituto
EMATER,
nas
regiões
de
Londrina/Apucarana/Maringá- acompanhamento aos produtores nos Sistemas de
produção (Manejo, alimentação – ensilagem), Organização de produtores na
Utilização da Patrulha Mecanizada (experiências dos produtores de leite da
região). Com 50 beneficiários (produtores de leite).
- Excursão Técnica para produtores- Visita a Bacia Leiteira – Sul de Minas Gerais
(Coronel Pacheco – EMBRAPA Gado de Leite), buscando inovação e
sustentabilidade da cadeia produtiva do leite, conhecer o sistema de produção do
Estado de Minas Gerais, agroindustrialização e comercialização.
Com 40
Beneficiários.
CONEXÃO DO TEMA COM OS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DO PROJETO
“EMATER DO FUTURO”:
Ampliação e qualificação da oferta de ater; Ações:
- Qualificação da ater através dos cursos/ Unidades Demonstrativas/ Seminários.
- Busca de Parceiras: Prefeituras Municipais (Técnicos e Realização dos
Eventos), UENP (Análises Clínicas, Capacitação e realização dos Eventos),
48
SENAR (Capacitação), Castrolanda (Técnicos e realização do Eventos),
Laticínios (Técnicos e realização dos Eventos), Cooperideal (Técnicos), SEBRAE
(Capacitação das Associações).
Propiciar acesso a política pública, através da parceria com Banco do Brasil,
onde foi possível investimentos PRONAF na pecuária leiteira, em torno de R$
20.000.000,00/ano na pecuária leiteira.
Prestar orientação técnica de forma contínua; Ações:
- Constituição de grupos Unidades Produtivas Familiares de Referência, sendo 20
UPFs/Técnico.
Orientar a adequação legal das propriedades; Ações:
- Orientação Cadastro Ambiental Rural nas propriedades assistidas;
- Localização/demarcação de pastagem irrigadas e piquetes por GPS/Fotos
satélites.
ABRANGÊNCIA:
- 23 municípios da Região administrativa do Instituto EMATER de Santo Antônio
da Platina; Beneficiando 1.200 agricultores e 25 Técnicos (EMATER e Prefeitura
Municipal).
RESULTADOS DO PROJETO
- 25 Técnicos capacitados em bovinocultura de leite – intensificação da produção.
- 1000 Produtores Capacitados na atividade bovinocultura de leite;
- Implantação e acompanhamento de 400 Unidades de referência
- Melhoria na Qualidade do Leite em função da melhoria da estrutura e higiene
do local de ordenha. (menor variação CCS/CBT);
- Melhoria no manejo dos animais e pastagens com aumento da produção e
produtividade leiteira – em torno de 20% (produtores Assistidos).
- Aumento da produção regional em torno de 20%. De 156.118 milhões de litros
em 2012 (430 litros/dia) para 188 milhões de litros em 2013 (522 mil litros/dia).
Deral 2014.
- Fortalecimento da cadeia produtiva do leite regional, através da organização das
ações e capacitação/ampliação da ATER.
49
AGRADECIMENTOS
- EMATER/SEAB (Coordenador Estadual de Bovinocultura de Leite / Gerencia
regional);
- Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;
- Ministério do Desenvolvimento Agrário;
- Aos técnicos da EMATER/Prefeituras Municipais integrantes do Grupo Leite;
- As Instituições Parceiras (Banco do Brasil, SENAR, GAPPI , UENP, Laticínios,
Cooperativas e demais parceiros).
PARCEIROS PRINCIPAIS
- Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA
- Prefeituras Municipais
- Ministério do Desenvolvimento Agrário - MDA
- Secretaria Estadual da Agricultura e Abastecimento – Paraná - SEAB
- Governo do Paraná
- Território Integração Norte Pioneiro.
- Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – SENAR
- Banco do Brasil
REFERÊNCIAS
- Norte Pioneiro do Paraná – CENÁRIOS. EMATER/SEAB. Ano 2000
- Realidade Municipal – EMATER (2012-2014)
- Diagnóstico Socioeconômico do Território Integração Norte Pioneiro – Estado do
Paraná – IPARDES – 2007.
-
Caracterização
Socioeconômica
da
Atividade
Leiteira
no
Paraná
–
IPARDES/EMATER/SEAB/SETI – 2009.
- Produção Agropecuária. Departamento de economia Rural - DERAL 2014.
Anexos
FOTOS
REPORTAGENS
Santo Antônio da Platina, 29 de setembro de 2014.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------
50
ANEXOS
51
SEMINÁRIO BOVINOCULTURA DE LEITE
DATA: 28/03/14 Sexta Feira
LOCAL: Santo Antônio da Platina – PR – Durante a EFAPI 2104
AGENDA
TEMA
Projeto de Apoio a Bovinocultura de Leite / Caracterização
dos Produtores de Leite do Norte Pioneiro (marco zero)
PALESTRANTES
Engº Agrº Sidney Barros Monteiro.
EMATER
Dr. Elir de Oliveira – Pesquisador do
IAPAR – Área de Zootecnia.
Alimentação Inverno (Milheto/aveia)
Produção de Silagem de Boa Qualidade
Irrigação de Pastagem – Experiência na Região de Ponta
Grossa
Dia de Campo
Visita a Propriedade em Santo Antônio da Platina.
(Proprietário : Francisco Carlos de Oliveira)
Irrigação de Pastagem/ Silagem
Engº Agrº Heitor Rodrigues Fiuza.
EMATER - Palmeira
Chacará Beatriz - Santo Antonio da Platina
Pr
Local : Trevo do entroncamento( após motel
) SAP/Ibaiti/Wenceslau..Sentido SAP para
Ibaiti , após pontilhão 50 metros a direita
+mais 1Km
CAPACITAÇÃO DOS TÉCNICOS
CURSO – Conteúdo e nivelamento – Bovinocultura de Leite.
Treinamento 13 e 14 de Setembro de 2013
Joaquim Távora Paraná
EMATER e IAPAR
Curso Preparatório – Material para realização dos Cursos para produtores
Treinamento - EMATER
25 e 26 de setembro de 2013
Joaquim Távora - Paraná
52
Grupo Leite EMATER
Curso SENAR
Treinamento – SENAR – Nivelamento e organização dos conteúdos
7,8 e 9 de Outubro de 2013
Wenceslau Braz
Implantação e recuperação de pastagens,
- Manejo das pastagens,
- Fertilidade do solo (implantação e manutenção),
- Adubação e extração de nutrientes,
- Planejamento forrageiro (Gramíneas e leguminosas),
- Controle de pragas, doenças e invasoras em pastagens,
53
- Produção de silagens, feno e pré-secado,
- Integração Lavoura Pecuária,
- Máquinas para uso na pequena propriedade,
- Máquinas-colhedoras de forragens,
- Trituradores,
- Máquinas adequadas ao plantio direto.
CAPACITAÇÃO TÉCNICOS
- PERÍODO: 18 a 21 de Novembro de 2013
EXCURSÃO EMBRAPA - Campo Experimental José Henrique Bruschi - Coronel Pacheco – MG
54
Participação: 25 técnicos
20 de Novembro de 2013
8:00 – 8:15 – Abertura
Eder Sebastião dos Reis – Embrapa – Gato de Leite
8:15 – 12:00 – Controle de endo e ectoparasitas dos bovinos de leite
John Furlong – Embrapa – Gato de Leite
13:00 – 15:00 – Boas práticas de ordenha para a produção de leite com qualidade.
Armando da Costa Carvalho – Embrapa – Gato de Leite
15:00 – 17:00 – ILPF e controle de plantas daninhas
Alexandre Magno Brighenti – Embrapa – Gato de Leite
21 de Novembro de 2013
8:00 – 12:00 – Sistemas de produção de leite a pasto com vacas mestiças HxZ e vacas
P.O. em regime de confinamento.
Hermenegildo de Assis Villaça - Embrapa – Gato de Leite
13:00 – 15:00 – Manejo sanitário em bovinos de leite.
Rebeca Passos Bispos Wanderley - UFMG
15:00 – 17:00 – Manejo de pastagens
José Agusto Salvati - Embrapa – Gato de Leite
SEMINÁRIO BOVINOCULTURA DE LEITE (Convênio MAPA )
DATA: 24/07/2014
Local: Santo Antônio da Platina – Parque de Exposições – Alicio Alcides dos Reis
55
AGENDA
Novas Espécies Forrageiras (Tropicais
e inverno)
Profissionalização de Pequenos
Produtores de Leite
Manejo e Irrigação de Pastagens
(custos/benefícios)
Desafios Hídricos para produção de
Bovinos de Leite
x
Dr Elir de Oliveira – Área de Zootecnia - IAPAR
Dr Hernani Alves da Silva. Coordenador Estadual
Bovinocultura de Leite - EMATER Curitiba
Prof. Marcelo Alves da Silva
Centro de Ciências Agrárias
Buiatria e Forragicultura. UENP – Bandeirantes.
(Via SENAR)
Participação de 150 produtores de leite e técnicos.
Curso – Modulo 1
Consultoria GAPPI
Dia 30/07/2014
- Importância da Irrigação, benefícios, Potencial Irrigado da região, outorga.
- Dimensionamento hidráulico e exemplos;
- Montagem irrigação, peças utilizadas, custos de implantação, fertirrigação, automação
56
Dia 31/07/2014
- Manejo da Irrigação;
- Equipamentos manejo da irrigação;
- medição de vazão, avaliação de sistema de irrigação por aspersão.
Curso – Modulo 2
Consultoria GAPPI
Dia 7/08
- Formação e reforma de pastagem;
- Uso de Água residuária;
- Modelagem de produção;
- Adubação de Pastagem - Método Balanço de Massa.
Dia 8/08
- Manejo de Pastagem;
- Medição de forragem.
Curso – Modulo 3
Consultoria GAPPI
- Gerenciamento da atividade leiteira;
- Qualidade do Leite;
- Conforto animal e dimensionamento de estruturas pecuárias;
- Produção de volumoso de inverno e conservação de forragem, fenação, pré-secado e
ensilagem.
- Nutrição animal;
- Genética e melhoramento do rebanho leiteiro.
CAPACITAÇÃO DE PRODUTORES
1º ETAPA – 23 Municípios
Assunto:
- Manejo Racional de Pastagens
Curso Manejo Racional de Pastagem
57
Município: Jaboti
Data: 25/10/2013
Curso Manejo Racional de Pastagem
Município: Jundiaí do Sul
Data: 11/11/2013
Curso Manejo Racional de Pastagem
Município: Wenceslau Braz
Data: 12/11/2013
58
Curso Manejo Racional de Pastagem
Município: São José da Boa Vista
Data: 12/11/2013
2º ETAPA
Assuntos:
- manejo de Forrageiras;
- Qualidade do Leite;
- Irrigação de Pastagens
WENCESLAU BRAZ
59
CALENDÁRIO – DIA DE CAMPO
DIA DE CAMPO
Município de Wenceslau Braz
Data: 14/08/2014
Agenda
1- Bateria - Manejo Racional de Pastagem
(Intensificação / irrigação)
2- Bateria - Qualidade do Leite .
GAPPI (Gstão e Assessoria em Pastagem e
Pecuária Eng Agr Danilo Max Landim Rabelo
SENAR
Med Vet Ana Paula A. C. Boer
Instituto EMATER
Eng Agr Luiz Carlos Pereira
Eng Agr Sidney Barros Monteiro
3- Bateria - Reforma de Pastagem
Publico: 100 pessoas
DIA DE CAMPO
Município de Santana do Itararé
Data: 20/08/2014
Agenda
60
1- Bateria - Manejo Racional de Pastagem
(Intensificação / irrigação)
2- Bateria - Qualidade do Leite .
GAPPI (Gstão e Assessoria em Pastagem e
Pecuária Eng Agr Danilo Max Landim Rabelo
SENAR
Med Vet Ana Paula A. C. Boer
Instituto EMATER
Eng Agr Maria Cistina Carvalho
3- Bateria - Reforma de Pastagem
Público: 90 pessoas
DIA DE CAMPO
Município de São José da Boa Vista
Data: 11/09/2014
Agenda
1- Bateria -
GAPPI (Gstão e Assessoria em Pastagem e
Pecuária Eng Agr Danilo Max Landim Rabelo
SENAR
Med Vet Claudio Livramento
Instituto EMATER
Eng Agr Wagner Mattos Cardoso
Manejo Racional de Pastagem
(Intensificação / irrigação)
2- Bateria - Qualidade do Leite .
3- Bateria - Reforma de Pastagem
61
DIA DE CAMPO
Município de Salto do Itararé
Data: 12/09/2014
Agenda
Agenda
1- Bateria - Manejo Racional de Pastagem
(Intensificação / irrigação)
2- Bateria - Qualidade do Leite .
GAPPI (Gstão e Assessoria em Pastagem e
Pecuária Eng Agr Danilo Max Landim Rabelo
SENAR
Med Vet Claudio Livramento
Instituto EMATER
Eng Agr Marcelo Bertapelli
3- Bateria - Reforma de Pastagem
Público: 110 pessoas
DIA DE CAMPO
Município de Carlópolis
Data: 18/09/2014
Agenda
1- Bateria - Manejo Racional de Pastagem
(Intensificação / irrigação)
2- Bateria - Qualidade do Leite .
GAPPI (Gstão e Assessoria em Pastagem e
Pecuária Eng Agr Danilo Max Landim Rabelo
SENAR
Med Vet Ana Paula A. C. Boer
Instituto EMATER / Prefeitura
Tec. Agr. Lourival
3- Bateria - Reforma de Pastagem
62
Público : 84 pessoas
DIA DE CAMPO
Município de Curiúva
Data: 19/09/2014
Agenda
1- Bateria - Manejo Racional de Pastagem
(Intensificação / irrigação)
2- Bateria - Qualidade do Leite .
GAPPI (Gstão e Assessoria em Pastagem e
Pecuária Eng Agr Danilo Max Landim Rabelo
SENAR
Med Vet Claudio Livramento
Instituto EMATER
Eng Agr. Benetito Carlos de Souza
3- Bateria - Reforma de Pastagem
DIA DE CAMPO
63
Município de Quatiguá
Data: 24/09/2014
Agenda
1- Bateria -
GAPPI (Gstão e Assessoria em Pastagem e
Pecuária Eng Agr Danilo Max Landim Rabelo
SENAR
Med Vet Claudio Livramento
Instituto EMATER
Eng Agr. Aloisio de Souza Santos
Manejo Racional de Pastagem
(Intensificação / irrigação)
2- Bateria - Qualidade do Leite .
3- Bateria - Reforma de Pastagem
DIA DE CAMPO
Município de Jacarezinho. Data: 25/09/2014
Município de Jaboti. Data: 02/10/2014
Município de Santo Antônio da Platina. Data: 08/10/2014
Município de Joaquim Távora. Data: 30/10/2014
Município de Ibaiti. Data: 07/11/2014
64
65
Economia - 18/06/2014
NP será referência na bovinocultura de leite
Investimento de R$ 5,2 milhões
R$ 5.278.343,50.Estes são os recursos exatos investidos no projeto de apoio ao
desenvolvimento da Bovinocultura de Leite para o Norte Pioneiro. O valor é resultado de uma
emenda parlamentar apresentada pelo deputado federal Abelardo Lupion somada a
intermediação do deputado estadual Pedro Lupion, junto ao governo do estado do Paraná Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SEAB) e EMATER.
Em 2012, após indicação do deputado estadual Pedro Lupion, o deputado Abelardo Lupion
apresentou, junto ao orçamento Geral da União, emenda parlamentar (nº32400016) nos
valores de R$ 2.457.828.80, para investimentos, ou seja, aquisição de maquinários e
implementos, acrescido de R$ 614.457,25 como contrapartida da SEAB e no valor de R$
479.150,00 para custeio, capacitação técnica e qualificação do produtor.
Ainda, junto ao Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Abelardo Lupion viabilizou mais
R$1 milhão, recursos extra orçamentário, para insumos, compra de sementes, adubos e
fertilizantes para implantação das Unidades de Referência (UDs), pastagem e irrigação.
Pedro Lupion explica que a intenção é injetar recursos para organizar e profissionalizar a
bovinocultura de leite do Norte Pioneiro do Estado e, consequentemente, aumentar a
produtividade e a renda dos produtores de toda região. “Tínhamos ciência de que era
necessário desenvolver o setor e beneficiar o pequeno produtor de leite do Norte Pioneiro, por
isso agregamos à emenda do deputado Abelardo Lupion a esse projeto que tem o apoio e a
parceria do governo do Paraná, SEAB e EMATAER”, explica o deputado.
De acordo com o parlamentar a partir de então surgiu o projeto de apoio ao desenvolvimento
da atividade bovinocultura de leite do Norte Pioneiro que vai beneficiar 24 municípios da
região. “Serão beneficiados diretamente 2500 produtores contemplados que irão aumentar a
produtividade/dia”, comemora. Com a implantação das patrulhas do leite, trabalhando de forma
organizada as prefeituras e os produtores
66
avançarão muito na melhoria e reforma de pastagens em toda região. Estimamos em 2000 ha
ano de reforma de pastagens”, destaca Lupion.
Segundo o deputado estadual, o projeto que está em fase de licitação e de assinatura de
convênios, visa transformar o Norte Pioneiro numa referência na produção leiteira. O
parlamentar salienta que a EMATER, em parceria com as prefeituras e secretarias de
agricultura municipais, realiza a implantação das UDs, um técnico visita e faz atendimento na
propriedade, realiza reuniões, cursos e Dias de Campos, promovendo, assim, a qualificação da
pequena propriedade rural e do produtor.
O deputado aponta outro grande avanço tecnológico do projeto: a implantação de 37 unidades
demonstrativas de 1 ha cada uma de pastagens irrigada, fato esse inédito e inovador na
agricultura familiar, segundo ele.
Para Pedro Lupion, a maioria dos municípios do Norte Pioneiro sempre teve na produção
leiteira dos pequenos produtores uma cultura sustentável. “Esse projeto visa incrementar toda
a cadeia de leite da região e consequentemente suscitar a prosperidade dos produtores,
familiares e municípios. A intenção é chegar a 800.000 litros dia em três anos”, enfatiza.
De acordo com a EMATER estão previsto a promoção de seminários que abordarão os temas
como: Irrigação de pastagem, Manejo e Conservação do Solo, Reforma de Pastagem,
Alimentação Animal e outros. Para o parlamentar a qualificação dos técnicos da Emater e das
prefeituras é estratégico para o sucesso do projeto, bem como os cursos. “Estão previsto
03 cursos com universidades e visitas as unidades de pesquisa da Embrapa São Carlos SP.
De 2013 até agora,a Emater já treinou 1000 agricultores familiares em produção, manejo de
pastagens e qualidade do leite”, aponta Lupion.
De acordo com a Emater, em 2014 mais dois seminários e 12 Dias de Campo envolvendo
1200 produtores acontecerão.
Segundo o chefe da SEAB do Norte Pioneiro, Fernando Vieira, já foram entregues, no início
deste ano em toda a região, através do convênio MDA/EMATER, sementes de milho, adubo e
ureia para implementar as unidades demonstrativas de produção de silagem. “Atualmente
estamos entregando sementes de aveia e azevém para pastagem de inverno. Os resultados já
estão aparecendo com as lavouras de milho entrando no ponto de silagem. Iremos iniciar a
produção da alimentação de inverno e fazer as reuniões técnicas com os produtores de leite
dos bairros onde estão as UDs”, comemora Vieira
67
Governo
Produtores de leite do Paraná recebem
apoio para comercialização
O objetivo é superar desafios ligados à produção, comercialização e inovação
tecnológica. Ações para melhoria da qualidade do leite, aumento da produtividade e
capacitação de agricultores familiares e técnicos que trabalham com a pecuária leiteira
começaram a ser executadas neste ano e vão seguir ao longo de dois anos, em 23
municípios do Território Norte Pioneiro do Paraná.
Tradicionais na produção de leite, esses municípios serão beneficiados pelo Projeto de
Suporte as Ações de Desenvolvimento da Pecuária Leiteira Familiar, do Ministério do
Desenvolvimento Agrário (MDA) e do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e
Extensão Rural (Emater/PR). A parceria se dá por meio de contrato de repasse, no valor
de mais de R$ 976 mil.
“A região objeto desse projeto é um território da cidadania com baixo índice de
desenvolvimento, onde o leite é uma das atividades principal de geração de renda. Com
esse programa serão alocados insumos e vai haver um incremento, um conjunto de
melhoramentos que vai agregar renda e melhorar as condições dessa população”, diz o
secretário da Agricultura Familiar do MDA, Valter Bianchini.
O coordenador da assessoria de planejamento da Emater/PR, Nelso Olivo Fracaro,
adianta que o projeto vai estabelecer com o agricultor práticas importantes que servirão
de referência para os demais. “Desenvolveremos práticas já testadas. Faremos uma
adequação do sistema de produção, e as unidades serão utilizadas com dias de campo.
Assim, a partir delas, serão definidas novas técnicas,” detalha Fracaro.
O plano de trabalho inclui visitas técnicas, palestras e parcerias com instituições de
pesquisa, unversidades e empresas do setor agropecuário e alimentício.
Os agricultores também poderão contar, também, com uma linha de crédito do
Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
Público atendido
Serão beneficiados pelo projeto 179 agricultores familiares que produzem leite e têm na
bovinocultura sua principal fonte de renda. Esses produtores implantarão unidades de
referência como fonte de informação e desenvolvimento de técnicas e tecnologias para
outros agricultores.
Como as propriedades demonstrativas serão áreas de experimentação coletiva, elas
beneficiarão indiretamente em torno de 1,2mil agricultores familiares. Eles receberão
informações e participarão de eventos técnicos para demonstração de tecnologias.
68
Projeto de Desenvolvimento da Pecuária Leiteira do Norte Pioneiro do Paraná
GRUPO de TÉCNICOS – Bovinocultura de Leite
MUNICÍPIO
TÉCNICO
FORMAÇÃO
INSTITUIÇÃO
Barra do Jacaré
Jair Moraes Bueno
Tec. Agropecuário
Prefeitura Municipal
Cambará
Roberto Simões
Engenheiro Agrônomo
EMATER
Carlópolis
Lourival A. C. Silva
Tec. Agropecuário
Prefeitura Municipal
Conselheiro Mairinck
Adalto Aparecido Lopes Luiz
Tec. Agropecuário
Prefeitura Municipal
Curiúva
Benedito Carlos de Souza
Tec. Agropecuário
EMATER
Figueira
Alvaro Dias Pereira
Tec. Agropecuário
Prefeitura Municipal
Guapirama
Edson de Oliveira
Tec. Agropecuário
EMATER
Ibaiti
Valdir Aparecido de Souza
Jaboti
Luis Augusto Ceciliato
Tec. Agropecuário
Prefeitura Municipal
Jacarezinho
Romulo Madureira
Engenheiro Agrônomo
EMATER
Japira
José Marcelo Pangone
Zootecnista
Prefeitura Municipal
Joaquim Távora
Marcelo Bertapelli
Engenheiro Agrônomo
EMATER
Jundiaí do Sul
Edemir Augusto Piva
Tec. Agropecuário
EMATER
Pinhalão
Paulo José Vilela
Tec. Agropecuário
Prefeitura Municipal
Quatiguá
Aloisio de Souza Santos
Engenheiro Agrônomo
EMATER
Ribeirão Claro
Denise Lutgen Rizzo
Engenheiro Agrônomo
EMATER
Dorival Beto Leal
Luiz Alberto Bertoni
Maria Cristina Carvalho
Tec. Agropecuário
Médico veterinário
Engenheiro Agrônomo
EMATER
Prefeitura Municipal
EMATER
Walter Jark Filho
Engenheiro Agrônomo
EMATER
São José da Boa Vista
Wagner Mattos Cardoso
Engenheiro Agrônomo
EMATER
Siqueira Campos
Diego Fabrício de Morais Simões
Engenheiro Agrônomo
Prefeitura Municipal
Tomazina
Henio Augusto Lemes de Queiroz
Medico Veterinário
Prefeitura Municipal
Wenceslau Bráz
Luiz carlos Pereira
Engenheiro Agrônomo
EMATER
Sidney Barros Monteiro
Engenheiro Agrônomo
EMATER
Salto do Itararé
Santana do Itararé
Santo Antonio da Platina
69
-
Prefeitura Municipal
70
Engenheiro Agrônomo - Ênio Antônio Bragagnolo
Técnico Agrícola - Antônio Mariussi
AGRICULTURA DE PRECISÃO APLICADA A
AGRICULTURA FAMILIAR: O MODELO ADOTADO
EM TUPÃSSI - PR
Implantação de um modelo de
Agricultura de Precisão que inclua
as
propriedades
familiar
de
agricultura
independentemente
do
tamanho da área cultivada.
_______________________________________________
Tupãssi - PR
2015
71
72
Prêmio Reconhecimento Extensionista – Gestão para Resultados
CATEGORIA: DINAMIZAÇÃO DAS ECONOMIAS LOCAIS
NOME DO PROJETO:
AGRICULTURA DE PRECISÃO APLICADA A AGRICULTURA FAMILIAR: O MODELO ADOTADO
EM TUPÃSSI-PR
AUTOR: Ênio Antônio Bragagnolo
CO-AUTOR PRINCIPAL: Antônio Mariussi
LOTAÇÃO: Unidade Municipal de Tupãssi
LOCAL DE APLICAÇÃO: Tupãssi – PR
INÍCIO DO TRABALHO: 11/2012
CONCLUSÃO DO TRABALHO : Em andamento
SITUAÇÃO ANTERIOR: O município de Tupãssi localizado na região oeste do Estado do Paraná tem
sua economia baseada na produção agropecuária. Entre as atividades de destaque na formação do
Valor Bruto da Produção Agropecuária está a produção de grãos, a qual ocupa 98,75 da área
destinada a agricultura no município. Entre os estabelecimentos rurais que desenvolvem a produção
de grãos 86% possuem área inferior a 50 ha. Estes pequenos produtores têm um bom conhecimento
da sua propriedade, no entanto, realizam as correções do solo e adubações sem levar em
consideração a variabilidade apresentada em suas áreas, fazendo com que as correções e adubações
não observem critérios de variabilidade e desta maneira as áreas sempre foram submetidas a um
tratamento padrão.
73
Por outro lado, o serviço de extensão rural, mesmo ciente da realidade, encontrava-se em situação de
inércia em razão da eficiência metodológica adotada pelos detentores do pacote tecnológico
preconizado, onde com resultados produtivos crescentes, mesmo que com resultados econômicos
cada vez mais reduzidos, os produtores (e os próprios extensionistas) mesmo que acompanhando
esse processo não sentiam-se capazes de discutir a realidade.
Frente à realidade local e com a necessidade de buscar adequar as propriedades de agricultura
familiar a um modelo sustentável de produção e assim colocar ao alcance dos produtores da
agricultura familiar o acesso a novas ferramentas de racionalização no uso de insumos e melhoria do
resultado econômico (e ambiental), foi criado no município de Tupãssi um programa para o manejo da
fertilidade a partir da agricultura de precisão.
JUSTIFICATIVA: Com o estreitamento das margens de lucro provocado pelo uso cada vez mais
intensivo de insumos e sem um crescimento linear na produtividade obtida, a produção de grãos na
agricultura familiar tem sustentabilidade econômica ameaçada no médio e longo prazo, especialmente
pelo fator área disponível e dificuldade no acesso aos avanços tecnológicos.
Os produtores rurais do município de Tupãssi (e região) adotam os mais modernos sistemas
tecnológicos na produção de grãos, materializados a partir de acesso a insumos que a cada safra são
colocados a sua disposição, não levando em conta a extensão da área cultivada. Este pacote
tecnológico, mesmo que eficiente, não foi desenvolvidos para pequenas áreas de cultivo, motivo pelo
qual o custo por unidade de área não é diluído impactando no custo final de produção.
Para os agricultores familiares torna-se fundamental a racionalização no emprego das tecnologias
disponíveis como forma de garantir a competitividade no mercado com a garantindo renda,
independentemente da área cultivada.
Frente
a
esta
realidade
os
técnicos
do
município
de
Tupãssi,
apoiados
pelos
extensionistas de áreas afim, acreditando que a produção de grãos na pequena propriedade precisa
de qualificação, especialmente no sentido de dar continuidade ao processo de Manejo Integrado de
Solos e Água decidiram em parceria com os produtores rurais do município de Tupãssi inovar através
da introdução dos conceitos e da prática da agricultura de precisão como ferramenta compatível para a
utilização na pequena propriedade, sempre na busca da produção sustentável de grãos.
OBJETIVO DA PROPOSTA: Implantação de um modelo de Agricultura de Precisão que inclua as
propriedades de agricultura familiar independentemente do tamanho da área cultivada.
74
PROCEDIMENTOS PRECONIZADOS:
Universalização do acesso as ferramentas de agricultura de precisão:
- Georreferenciamento de áreas, curvas de nível e carreadores;
- Coleta estratificada de amostragem de solo utilizando sensoriamento remoto;
- Elaboração de mapas de fertilidade;
- Elaboração de mapas de correção;
- Visualização cartográfica da área corrigida;
- Fornecimento ao produtor de um compêndio de informações georreferenciadas sobre o nível da
fertilidade do solo de sua área cultivada;
-Viabilizar as possibilidades de efetuar as correções indicadas utilizando as políticas públicas
disponíveis com PRONAF- Investimento e Programa Estadual de Calcário.
-Envolvimento da assistência técnica local para utilização das informações de fertilidade
disponibilizadas ao agricultor pelo projeto para programação da utilização de fertilizantes de
manutenção de forma racional e de complementação de nutrientes que estejam com deficiencia;
-Gerar referências em processos participativos de adoção e gestão do sistema de agricultura de
precisão em pequenas propriedades.
DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA DESENVOLVIDA:
1º) Elaboração do Perímetro da Lavoura:
Trata-se de uma operação na qual se utiliza o equipamento GPS acoplado ao quadricíclo e
percorrimento do perímetro da área em que será feito o trabalho de levantamento da amostragem de
solo; (Anexos - Figura 01)
2º) Identificação das curvas de nível:
Feita a identificação do perímetro é repetido o procedimento para a localização georreferenciada das
estruturas mecânicas de proteção ao escorrimento superficial das águas implantadas na área; (Anexos
- Figuras 02 e 03)
75
3º) Divisão da área amostral em Grid:
Após feitos os levantamentos iniciais, o equipamento GPS calcula automaticamente e divide a área em
grades cujas células nunca serão superiores a 2,0 hectares. No caso de áreas muito pequenas o grid é
reduzido a tal ponto que á área passe a conter pelo menos 4 células; (Anexos - Figura 04)
4º ) Amostragem do solo:
Em cada grid é feita a coleta de 12 subamostras de solo dentro de cada célula do grid, resultando ao
final uma amostra composta representativa da célula. Para este procedimento segue-se uma
metodologia de caminhamento em Z, no qual em cada uma das três retas que formam a letra são
realizadas 4 coletas, totalizado as 12 subamostras que compõem a amostra composta que representa
a célula. (Anexos - Figura 05)
5º) Envio das amostras ao Laboratório:
Encerrados os procedimentos de campo as amostras de solo coletadas são enviadas ao laboratório de
análises de solo. As informações solicitadas na análise química do solo referem-se à composição
química do solo devendo trazer informações sobre: pH, CaCl2, Ca, Mg, Al, P, K, H+Al, C, P, MO e S.
6º) Resultado das análises de solo:
Concluído pelo laboratório o processo de análise química, os resultados são repassados aos técnicos
do Instituto Emater em forma de planilha eletrônica com um ordenamento compatível com a exigida
pelo software utilizado para a interpretação e análise dos dados. O software utilizado para a
interpretação da análise química do solo foi desenvolvido pela empresa Analissolo Ltda., e possui
como características básicas:
a) Sistema de geração das recomendações da neutralização de acidez do solo através da utilização da
metodologia por saturação por bases;
b) Geração de tabelas informando o resultado teórico final das recomendações;
c) Importação dos resultados laboratoriais e exportação dos resultados de correção através de
planilhas em CSV;
d) Adequação aos produtos corretivos disponíveis na região;
e) Capacidade de cálculo em grupo de análises ou individualizadas;
76
f) Opção de correção do elemento potássio (K) em relação ao total da Capacidade de Troca Catiônica
(% da CTC);
g) Sugestão de correção pela qual pode ser utilizada associação de calcários;
h) Opção de impressão dos laudos de correção;
i) Informações da correção através de gráficos que permitem impressão e fornecimento ao produtor.
7º) Elaboração do mapa de fertilidade:
Utilização de software para geração de mapas de fertilidade , contendo as características
mínimas a seguir:
Sistemas de interpolação através das metodologias estatísticas: crigagem, inverso da distância e
média das amostras. (Anexos - Figura 06)
8º) Elaboração do mapa dos corretivos em taxa variável de aplicação
Para a elaboração dos mapas de aplicação em taxa variável utiliza-se os mesmos critérios da
elaboração dos mapas de fertilidade, agregado a possibilidade de exportação de mapas de aplicação
em formato shape file (shp), XML , para serem utilizados pelo equipamento que realizara a aplicação
em taxa variavel.
Para interpretação e recomendação utiliza-se software desenvolvido pela empresa Analissolo Ltda., o
qual possui como características básicas:
a) Sistema de geração das recomendações da neutralização de acidez do solo através da utilização da
metodologia por saturação por bases;
b) Geração de tabelas informando o resultado teórico final das recomendações;
c) Importação dos resultados laboratoriais e exportação dos resultados de correção através de
planilhas em csv;
d) Adequação aos produtos corretivos disponíveis na região;
e) Capacidade de cálculo em grupo de análises ou individualizadas;
f) Opção de correção do elemento potássio (K) em relação ao total da Capacidade de Troca Catiônica
(% da CTC)
g) Sugestão de correção onde podem ser utilizada associação de calcários
h) Opção de impressão dos laudos de correção;
77
i) Informações da correção através de gráficos que permitem impressão e fornecimento ao produtor.
(Anexos – Figura 07)
9º) Aplicação dos corretivos em taxa variável de aplicação.
Para possibilitar a aplicação em taxa variável o projeto disponibiliza ao pequeno produtor através da
AGRITU um caminhão dotado de sistema de que possibilite a correção utilizando corretivos em taxa
variável. (Anexos – Figura 08)
10º) Acompanhamento da produtividade e da fertilidade das propriedades atendidas.
Acompanhar as propriedades quanto ao aumento da produtividade e principalmente do aumento da
renda liquida .Acompanhar a fertilidade das propriedades seguindo a proposta:
Ano 1- Elaboração do Projeto Agricultura de Precisão, coleta em grid em toda área de plantio.
Ano 3- Definição dos pontos inteligentes dentro das áreas de manejo de fertilidade para
conferência e monitoramento da fertilidade.
Ano 5 – Repetir a elaboração do projeto Agricultura de Precisão, coleta em grid em toda área de
plantio.
CONEXÃO DO TEMA COM OS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DO PROJETO “EMATER DO
FUTURO”:
O Programa
Municipal “Tupãssi Fazendo Agricultura de Precisão”, insere-se perfeitamente na
proposta do Projeto “EMATER do Futuro” vez que seus resultados objetivam promover sistemas
agrícolas altamente produtivos e com baixo impacto ambiental, contribuir com a inclusão produtiva e
social com a melhoria da vida da família rural; dinamizar as economias locais, contribuindo para o
aumento da produção e renda dos agricultores.
Nesse projeto, a visão do Projeto EMATER do Futuro está estreitamente relacionada, pois a instituição
passa a ser protagonista e referência em Assistência Técnica e Extensão Rural e essencial para o
desenvolvimento do Paraná.
78
ABRANGÊNCIA (agricultores beneficiados, técnicos, famílias beneficiadas, Instituto, funcionários):
Neste primeiro ano de funcionamento o Programa já beneficiou 257 agricultores familiares, fazendo a
coleta ,os mapas de fertilidade e de aplicação em taxa variável e a discussão destes dados com o
agricultor, mostrando os caminhos para efetuar racionalmente a correção.
Neste período também foi possível efetuar a correção em taxa variável
em 79 propriedades
utilizando 1554 toneladas corrigindo 750 ha e realizando 167 cargas comprovando claramente um dos
objetivos principais do projeto , atendimento ao produtor familiar . Estima-se que a economia de
corretivo somente neste período foi de 900 Ton.
As discussões técnicas realizadas com produtores e assistencia técnica local tem servido de
instrumento balizador das estratégias com vistas a replicação do modelo a outros municípios.
RESULTADOS DO PROJETO (benefícios gerados na renda do agricultor (quantificar), na qualidade de
vida das famílias, ao meio ambiente, à organização do trabalho, impacto na Comunidade, Município,
EMATER)
O Projeto ao final de seu primeiro ano de efetivo funcionamento, trouxe resultados perceptíveis de
melhoria da renda dos produtores, especialmente pela racionalização no uso de adubos e corretivos,
bem como, pela segurança na tomada de decisão no momento da aquisição destes insumos.
Outro fator importante é o de que a partir da adoção da agricultura de precisão o produtor passou a
observar o manejo de solos como integrante do sistema de produção, não mais como uma ação
pontual e isolada como era vista em um passado recente. Também a assistência técnica local passou
a debater o tema fertilidade do solo e suas implicações no processo para uma produção agrícola mais
sustentável, já o setor comercial passou a aliar as vendas as reais necessidades do solo e não mais a
um mero padrão estabelecido.
O projeto favoreceu para que fosse criado entre
a comunidade de produtores um senso de
organização em torno de uma causa comum: a correção da fertilidade do solo. Nesse sentido, as
ações grupais da extensão rural tem sido sempre bastante participativas, bem como, ampliou a
procura por orientação técnica na unidade municipal do Instituto EMATER.
AGRADECIMENTOS
A todos que se envolveram direta e indiretamente no projeto.
79
PARCEIROS PRINCIPAIS
x
Prefeitura Municipal
x
Governo do Estado do Paraná/SEAB
x
AGRITU
x
ATER Local
REFERÊNCIAS
Anexos
(Fotos, Entrevistas, Depoimentos, Reportagens, Outros).
Local, data e assinatura
Tupãssi, 15 de setembro de 2.014.
Eng.º Agrº Ênio Antônio Bragagnolo
Unidade Municipal de Tupãssi
80
ANEXO
Figura 01: Delineamento georreferenciado do perímetro do Imóvel
Figuras 02 e 03: Identificação das curvas de nível e quantificação das áreas por elas representadas
Figura 04: Divisão da área em Grades de amostragem
Figura 05: Equipamento em operação de coleta da amostragem
81
Figura 06: Elaboração do mapa da fertilidade atual do solo.
Figura 07: Mapa de correção da fertilidade do solo.
Figura 08: Caminhão em operação de aplicação de corretivo em taxa variável.
82
Zootecnista – Rafael Dias Cavallieri
PROJETO DE ATER EM BOVINOCULTURA DE LEITE –
NOVA PRATA DO IGUAÇU / PR
Aumentar a produtividade por
área, através da produção leiteira
focando na produção de forragens
de
alto
valor
nutricional,
balanceamento de dieta, reduzindo
custos e controlando a qualidade
do leite através da coleta de
análise mensal, ofertando leite de
qualidade, buscando o preço justo,
para
melhorar
a
vida
na
propriedade
e
proporcionar
condições de manutenção dos
filhos na propriedade.
Nova Prata do Iguaçu - PR
2015
83
84
PROJETO DE ATER EM
BOVINOCULTURA DE LEITE –
NOVA PRATA DO IGUAÇU / PR
AUTOR: RAFAEL FLAVIO DIAS CAVALLIERI
REGIÃO: DOIS VIZINHOS
NOVA PRATA DO IGUAÇU
2015
85
CATEGORIA:
- Dinamização das economias locais e aumento da produção de alimentos seguros
NOME DO PROJETO:
- Gestão da produção leiteira na agricultura familiar
AUTOR: Rafael Flavio Dias Cavallieri
LOTAÇÃO: Nova Prata do Iguaçu
LOCAL DE APLICAÇÃO: Propriedade de Silmar Vanazi
A propriedade objeto deste projeto está localizada na comunidade de Nova
Gaucha, em Nova Prata do Iguaçu, região Sudoeste do Paraná, tem 25 hectares de
latossolo roxo eutrófico de alta fertilidade, com teor de argila acima de 60%, ocupados
com produção de grãos, pastagem, mata ciliar, instalações e moradia. Os outros 10
hectares são formados por neossolo eutrófico, com afloramento de rocha, onde se
encontra o plantio de eucalipto e pastagens de estrela africana, sendo esta limitada ao
cultivo de culturas anuais.
O clima em Nova Prata do Iguaçu é temperado cfa, com estações do ano bem
definidas, sendo um verão com temperatura média de 28oC e índice pluviométrico
aproximado de 700 mm, porém ocorrem alguns períodos de estiagem. Já na primavera
e no outono a temperatura média é de 22oC e o regime de chuva gira em torno de 700
mm na soma das duas estações. Já o inverno é caracterizado por períodos curtos de
baixas temperaturas, perfazendo uma média de 15oC, ocorrendo geadas nas áreas
mais baixas. A pluviosidade neste período é menor, registrando-se 250 mm.
INÍCIO E CONCLUSÃO DO TRABALHO (MÊS/ANO):
O presente trabalho será descrito à partir de janeiro de 2011até janeiro de 2014,
período descrito como atual durante a redação deste, sendo apresentado dados da
propriedade na data início e na data final, porém com descrição das ações no decorrer
destes três anos de intenso trabalho de ATER de resultado.
86
SITUAÇÃO ANTERIOR:
No inicio do trabalho de ATER, foi realizado o diagnóstico da realidade de
produção da em relação aos capitais humanos, naturais, físicos, financeiros e sociais,
tendo como base a formação do projeto Tecendo Redes de Referência e Programa
Empreendor Rural/Senar e estes encontram-se descritos nas tabelas e parágrafos a
seguir.
Tabela 1. Capital humano – família em janeiro de 2011
Nome
Silmar Vanazi
Sandra Grassi Vanazi
Ana Caroline Grassi Vanazi
Jean Lucas Grassi Vanazi
Idade
41
36
13
9
Atuação
100%
100%
5%*
0%
*Os filhos atuavam em atividades simples, como fornecer e leite às bezerras
O uso do solo, à época (janeiro de 2011), era no cultivo de lavouras, pastagens,
florestas, conservação de áreas de preservação permanente e benfeitorias. Conforme
apresentado na tabela 2.
Tabela 2. Uso do solo em janeiro de 2011 e o respectivo valor da área
ÁREA
UNIDADE
DESCRIÇÃO
VALOR TOTAL (R$)*
16,7
ha
LAVOURAS
200.400,00
8,0
ha
PASTAGENS (ESTRELA)
3,8
ha
MATAS
7.600,00
0,5
ha
BENFEITORIAS
9.000,00
4,0
ha
PASTAGENS (PIONEIRO E CANA)
48.000,00
2,0
ha
REFLORESTAMENTO
14.000,00
35,0
ha
TOTAL
48.000,00
327.000,00
*Valor por área baseado na avaliação do DERAL.
87
A área descrita como lavoura, já era utilizada na integração lavoura e pecuária e
na produção de silagem. A mesma está contabilizada no valor de produtividade e renda
líquida anual e na apresentação da evolução produtiva apresentada nos resultados
obtidos.
Existia e ainda existe uma estrada pública que corta a propriedade e um
pequeno acesso a residência e a estrebaria que hoje é a sala de ordenha conforme
imagem in anexo.
O relevo da propriedade é ondulado, sendo as áreas de latossolos com declive
aproximado de 10%, já na área de neossolo a declividade é maior, atingindo até 40%.
Relativo aos recursos hídricos, a propriedade tem duas nascentes, sendo uma
constante, com vazão aproximada de 8 Litros por segundo, usada na irrigação de
pastagem e uma sazonal com baixa vazão em épocas de estiagem. Além disto, existe
um rio que corta a propriedade com uma vazão de 300 Litros por segundo. Para o
consumo na residência existe água encanada, de uma rede comunitária de água,
captada de poço semi-artesiano.
O Capital físico desta propriedade é composto pelas construções, benfeitorias e
equipamentos existentes em janeiro de 2011, sendo este um dos pontos de destaque
ao sucesso da proposta de ATER. A tabela 3 e 4, a seguir, apresenta os dados
referente a realidade neste período.
Tabela 3. Construções da propriedade sua área, cobertura, conservação e o seu valor.
UNIDADE DESCRIÇÃO
ÁREA COBERTURA CONSERV. VALOR VENAL
2
GALPOES DE MADEIRA 159 m² Fibroamianto RAZOAVEL R$ 4.500,00
1
CASA DE ALVENARIA
80 m² Telha de barro OTIMA
R$ 40.000,00
CERCAS ELÉTRICAS
4560 m
R$ 9.200,00
-
TOTAL
---
OTIMA
R$ 53.700,00
88
Tabela 4. Máquinas e equipamentos, condições e valor venal
UNIDADE DESCRIÇÃO
CONSERV. VALOR VENAL(R$)
1
TRATOR DE PNEU MASSEY FERG.
BOM
1
COLHEDORA DE FORRAGEM
OTIMA
2.400,00
1
PLANTADORAS
BOA
5.000,00
1
PULVERIZADORES
RAZOAVEL
1.500,00
1
CARRETA AGRICOLA
BOA
1.800,00
1
DISTRIBUIDOR DE UREIA
RAZOAVEL
1
ROÇADEIRAS
OTIMA
1
TRITURADOR DE MILHO
BOM
600,00
1
ORDENHA
BOA
900,00
1
RESFRIADOR
OTIMO
3.000,00
1
CJ IRRIGAÇAO
OTIMO
12.000,00
29.000,00
TOTAL
800,00
1.200,00
58.200,00
Relativo ao rebanho em janeiro de 2011, o produtor possuía a seguinte
configuração, descrita na tabela abaixo.
Tabela 5. Relação de animais, categoria, idade e valor.
IDADE
APTIDA VALOR
O
VENAL (R$)
UNIDADE DESCRICAO RAÇA (meses)
TOTAL(R$)
20
VACAS
MEST
> 30 LEITE
2.800,00
56.000,00
5
NOVILHAS
MEST
21 a 30 LEITE
2.000,00
10.000,00
7
NOVILHAS
MEST
13 a 20 LEITE
1.700,00
11.900,00
7
BEZERRAS
MEST
4 a 12 LEITE
900,00
6.300,00
89
3
BEZERRAS
MEST
1
TOURO
JERSEY
0 a 3 LEITE
400,00
1.200,00
70 LEITE
2.000,00
2.000,00
87.400,00
Com os valores apresentados, é possível notar que, no inicio do trabalho, o
produtor já havia um bom capital investido relativo aos animais de produção.
Para finalizar as informações relativas aos capitais, serão apresentados os
dados de capital financeiro em janeiro de 2011
Tabela 6. Créditos
VALOR
DISPONIBILIDADE DATA SAQUE
(R$)
REFERENCIA
CONTA CORRENTE BB
3.000,00
IMEDIATA
IMEDIATA
Tabela 7. Estoques
DESCRICAO REFERENCIA QUANTIDADE VALOR (R$)
TOTAL (R$)
SOJA
SACAS 60 KG
150,00
41,00
6.150,00
MILHO
SACAS 60 KG
50,00
23,00
1.150,00
Tabela 8. Dívidas
REFERENCIA
PRONAF
INVESTIMENTO
VALOR
(R$)
2.500,00
PARCELA VENCIMEN
S
TO
2
2012 A 2013
Após verificar a realidade dos capitais em janeiro de 2011, chega-se a conclusão
que o produtor tem grande potencial de aumentar a produção e a produtividade, bem
como a renda da família.
90
JUSTIFICATIVA:
O interesse da família no aumento da receita, a vontade de organizar e
aproveitar melhor as condições de produção da propriedade, com gerenciamento da
produção através da anotação de dados, controle leiteiro, adequação de manejo do
rebanho e manejo nutricional.
OBJETIVO DA PROPOSTA:
Aumentar a produtividade por área, através da produção leiteira
ESTRATÉGIA DA PROPOSTA:
Focar na produção de forragens de alto valor nutricional, balanceamento de
dieta, reduzindo custos e controlando a qualidade do leite através da coleta e análise
mensal, ofertando leite de qualidade, buscando o preço justo, para melhorar a vida na
propriedade e proporcionar condições de manutenção dos filhos na propriedade.
PROCEDIMENTOS PRECONIZADOS:
Diagnóstico da realidade, inserção e participação dos familiares no processo de
definição de objetivos, planejamento, metas, responsabilidades e ganhos durante o
período destacado, implantação do controle leiteiro, GPL e outras ferramentas para
gestão da atividade.
DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA DESENVOLVIDA:
O início desta história acontece quando o produtor procurou o Instituto Emater,
em Nova Prata do Iguaçu para organizar a documentação de encaminhamento do PIN
(Programa de Irrigação Noturna), durante a visita, realizada em junho de 2010, para
avaliar as condições ambientais referentes a implantação da irrigação surge o primeiro
diálogo sobre produção de forrageiras. Na mesma conversa o produtor se interessou
no assunto e me indagou sobre as mudanças que gostaria de fazer na propriedade, já
91
que a produção de grãos não estava sendo suficiente para gerar renda digna à sua
família.
Na segunda visita, nesta ocasião com interesse de organizar documentação
para financiar a irrigação, definiu-se o agente financeiro a ser encaminhado o projeto,
neste caso o Banco do Brasil, sendo que esta ação passa a fazer parte da proposta de
Desenvolvimento Rural Sustentável do banco e o produtor teve o crédito aprovado,
tendo em vista o processo de assistência que estava sendo implantado e o seu bom
histórico adimplente.
Nesta visita, eu, passei a conhecer os familiares do produtor e procurei
informalmente saber mais informações como nome, idade, atuação no sistema
produtivo de cada membro da família.
Nestas primeiras conversas o produtor me solicitou informações de uma
forrageira de hábito cespitoso para implantar na área que pretendia irrigar, apresentei
algumas espécies de alta produtividade e alto valor nutritivo, ficando definido que nesta
proposta o capim que melhor se adaptaria, seria o capim elefante pioneiro.
Em seguida o produtor, através do instituto emater, encaminha uma amostra de
solo, da área a ser implantada a pastagem, para análise. O resultado serviu de base
para orientar a aplicação de corretivos.
Em agosto de 2010 o produtor providencia as mudas, de um banco existente na
propriedade e inicia a preparação da área para implantar a forrageira.
Até então a base de alimentação do rebanho existente era de forragens anuais
de verão, de inverno, silagem e concentrado.
Com o pasto plantado e a irrigação implantada, rapidamente o capim brotou e
em dezembro de 2010, já foi possível o uso do pasto para fornecimento aos animais
em pastejo.
Nesta época foi implantado um processo de controle, onde o produtor anotaria
as despesas e passaria a trabalhar com inseminação artificial.
Outra ação relevante foi o início do controle leiteiro, onde mensalmente o leite
seria pesado e amostrado para encaminhar à Associacao paranaense de criadores de
bovinos da raça holandesa, a qual analisaria o leite, fornecendo dados dos teores de
gordura, proteína, células somáticas e sólidos totais. Além disso, com as coberturas
92
conhecidas, pelo manejo reprodutivo, com o programa Web+leite foi possível
determinar muitos índices da propriedade, tanto em quesito reprodutivo, produtivo,
nutricional e sanitário, sendo fundamentais às tomadas de decisões pelo técnico e pelo
produtor.
O sistema de produção implantado foi intensivo, baseado na produção de
forragem de alta qualidade, focando a conservação e a fertilidade do solo, com a
reforma das curvas de nível, proteção da água e conforto animal. Foram implantados
na propriedade, 30 piquetes com capim pioneiro, de 1500 m², sendo 24 destes
irrigados e com sombreamento de eucalipto.
Além disso, o produtor dispõe de 1 ha de cana de açúcar, 12 ha no sistema
integração lavoura pecuária e 4,4 ha são destinados ao cultivo do milho para produção
de silagem, sendo esta em áreas alternadas, onde é plantado milho em um ano, no ano
seguinte é plantado soja.
O trabalho foi realizado, conforme programado, acompanhando cada passo da
propriedade, gerando dados para mostrar que a atividade é rentável e que era
fundamental na busca de qualidade de vida familiar, conservação ambiental e
envolvimento familiar no cotidiano produtivo.
Além dos objetivos da família, eu, técnico da extensão, preconizei os
aprendizados durante este período, para transmitir através de métodos grupais, como
tardes de campo, reuniões técnicas, os resultados obtidos, tornando a propriedade uma
unidade de referência.
RESULTADOS
Os resultados obtidos em todos os campos de produção foram muito
significativos, passo a descrever a evolução dos capitais anteriormente apresentados.
Relativo ao capital natural, o mesmo continua semelhante, porém com a
evolução dos preços da terra, os investimentos em conservação e correção de solos,
tanto na área de pastagem como na integração lavoura e pecuária e a evolução dos
eucaliptos na área de reflorestamento, o imóvel sem as benfeitorias está avaliado em
R$ 520.000,00.
Com relação a infra-estrutura, os dois galpões de madeira não existem mais, o
93
capital referente a este bem, foi transformado em uma sala de ordenha com ante-sala
coberta de zinco, com piso de concreto, sala de resfriador, depósito, silo para ração,
sala de trato, totalizando 400 m², em ótimas condições e com valor venal de R$
100.000,00.
Sobre os equipamentos, destacam-se o conjunto de ordenha e o resfriador que
foram substituídos, cabe citar que a ordenha existente em 2011 era no sistema balde
ao pé, com dois conjuntos e o resfriador para quatro ordenhas de 600 L. Hoje o
produtor conta com uma ordenha canalizada de 4 conjuntos com medidor, para realizar
o controle leiteiro mensal, no valor de R$ 6.500,00 e o resfriador hoje é de 1400 L no
valor de R$ 12.000,00. Para facilitar o trabalho o produtor adquiriu uma desensiladeira,
no valor de R$ 25.000,00. Demais bens, como trator, irrigação, plantadeira, etc.
continuam na propriedade, todos funcionando em bom estado, porém já depreciados
proporcionalmente ao seu uso, fato considerado para avaliação financeira da atividade
no período.
Os animais atualmente também merecem destaque, pois com o trabalho de
melhoramento genético, seleção de animais seu valor foi aumentado além do número
também, conforme os dados a seguir:
Tabela 9. Descriçao do rebanho em janeiro de 2014.
IDADE
UNIDADE DESCRICAO RAÇA (meses) APTIDAO VALOR VENAL (R$) TOTAL(R$)
34
VACAS
HOL
> 30 LEITE
3.500,00 119.000,00
6
NOVILHAS
HOL
21 a 30 LEITE
2.500,00
15.000,00
7
NOVILHAS
HOL
13 a 20 LEITE
1.700,00
11.900,00
7
BEZERRAS
HOL
4 a 12 LEITE
900,00
6.300,00
2
BEZERRAS
HOL
0 a 3 LEITE
500,00
1.000,00
1
TOURO
HOL
30 LEITE
3.000,00
3.000,00
156.200,00
94
Houve melhora no rebanho, o que proporciona maior barganha de preço de
comercialização dos animais, outro fato importante é que o produtor passa a ter um
aumento de renda com a comercialização de excedentes de animais jovens, porém em
pequena escala, por enquanto.
Do ponto de vista financeiro em dezembro de 2014 o produtor tinha a seguinte
configuração:
Tabela 10. Créditos em janeiro de 2014.
VALOR
DISPONIBILIDADE DATA SAQUE
(R$)
REFERENCIA
CONTA CORRENTE BB 12.000,00
IMEDIATA
IMEDIATA
Tabela 11. Dívidas em janeiro de 2014
REFERENCIA
VALOR (R$)
PRONAF
INVESTIMENTO
PARCELAS
VENCIMENTO
7.500
5
2015 A 2020
18.000
8
2015 A 2023
Nota-se desta forma que o produtor aumentou seu capital em infraestrutura,
melhorou o seu plantel, porém as dívidas não foram aumentadas na mesma proporção,
o que permite estimar a liquidez das atividades, gerando renda e melhor qualidade de
vida, conforto e facilidade no trabalho.
Deixei para apresentar os resultados de produção por último, porém, a meu ver,
foram os resultados de maior destaque na busca dos objetivos.
Tabela 12. Produção, produtividade, receita Bruta, Renda Liquida da atividade
leite para o período de janeiro de 2011 a dezembro de 2013.
Ano
Produçao (L)
2011
2012
2013
95.703
109.249
133.152
Produtividade
(L/ha)
14.326
16.552
17.753
95
Receita Bruta
(R$)
73.490,81
85.568,45
124.698,57
Renda Liquida
(R$)
43.444,20
54.461,24
70.847,77
Dados referentes a produção e renda em 2014, estão em processo de
conclusão, por isso os dados apresentados referem-se até 2013, mas estima-se um
crescimento de produção de 35%.
O produtor não obteve rendas com venda de animais no período, já que o
mesmo estava em composição do rebanho e teve baixa de 5 animais.
Sobre o capital humano, atualmente, todos atuam no processo produtivo,
principalmente o Silmar e a Sandra, somados a eles, o Jean e a Ana também ajudam
no dia-a-dia da propriedade, uma vez que já estão maiores do que a época em que
iniciamos o trabalho de ATER.
O casal e os filhos mostram facilidade e a motivação para adquirir novos
conhecimentos e assimilar novas técnicas de produção de grãos e leite.
No campo ambiental, o produtor avançou significativamente, isolando as áreas
de preservação permanente, recuperando principalmente as matas ciliares e os
animais não tem acesso às nascentes, rios e reservatório da irrigação, tendo água
disponível nos bebedouros distribuídos na propriedade e em todos os piquetes.
As instalações construídas foram planejadas para coletar água da chuva e
reservá-la, porém ainda não está sendo realizada esta prática, além disso, num futuro
próximo, existe o planejamento da instalação de um biodigestor, associado a
fertirrigação.
Outro fator importante foi a instalação do sistema silvipastoril, com foco no
conforto animal, porém as árvores tem papel fundamental no equilíbrio da emissão de
gases de efeito estufa, principalmente o metano.
PARCERIAS DO PROJETO:
Já na implantação da irrigação a parceria mostra sua força, pois devido a
propriedade estar integrada no processo de assistência técnica, a prefeitura municipal
dentro do programa porteira adentro, encaminhou à propriedade a retroescavadeira
para abertura das valetas destinadas a implantação da irrigação, que foi adquirida de
empresa local, valorizando assim o comércio pratense.
E em 2013 esta parceria, novamente proporcionou, dentro do programa porteira
96
adentro, a terraplenagem para construção das novas instalações de sala de ordenha e
tratamento, reforma de silos, readequação de estradas e nivelamento de terreno para
plantio de cana.
Além da secretaria municipal de agricultura, banco do Brasil e emater, cabe
destaque a parceria com a coopafi, cooperativa de comercialização, e coasul, onde o
produtor comercializa a sua safra de grãos, tendo abono junto ao programa do
biodiesel.
Os resultados anualmente são divulgados em tardes de campo realizados na
propriedade e desde o ano de 2012, aumentou significativamente o número de
produtores solicitando a visita do técnico. Somado a isso, a idéia implantada tem sido
trabalhada em mais uma unidade de referência no município desde janeiro de 2013 e
em 2014, está sendo irradiada para outras cinco numa parceria direta com a secretaria
municipal de agricultura, no projeto leite sudoeste.
Este trabalho realizado junto a esta família tem gerado ótimos frutos dentro de
Nova Prata do Iguaçu, pois esta experiência tem sido aplicada em outras propriedades
com sucesso.
CONEXÃO DO TEMA COM OS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DO PROJETO
“EMATER DO FUTURO”:
O tema escolhido reflete diretamento os objetivos estratégicos do projeto Emater
do futuro.
Todo aprendizado destes anos trabalhados nesta unidade de referência,
aumentou significativamente o conhecimento técnico dos envolvidos, o que melhora a
qualidade do serviço de ATER prestado à comunidade.
Este trabalho foi realizado continuamente, com visitas mensais e presença direta
na vida produtiva da família e permitiu ao produtor acessar o crédito rural sem custo
adicional de assitência técnica e com o aumento da renda a família passou a ter maior
qualidade de vida e principalmente melhoraram as condições de trabalho.
O produtor cada vez mais se sente responsável em organizar a propriedade,
aproveitando os recursos naturais de forma sustentável, preservando o meio ambiente
97
e sempre pensando em melhorar a conservação, desde a proteção dos mananciais e
no projeto para execução em 2015 da coleta de dejetos para fertirrigação.
AGRADECIMENTOS:
Agradeço a Deus pela saúde e toda riqueza natural ofertada sem cobrar nada
em troca.
Agradeço imensamente a oportunidade de trabalho proporcionado pelo Instituto
Emater, pela formação continuada que nos é concedida.
Ao produtor e sua família que acreditam no seu potencial e não medem esforços
para atingir os objetivos traçados no planejamento.
A minha família que por muitos dias teve a paciência e a compreensão sobre o
trabalho fora dos horários de expediente e a força e carinho diários a mim ofertados,
reforçando a ligação das nossas famílias que além da relação profissional, hoje temos
uma relação de amizade.
REFERÊNCIAS
CARVALHO, L. de A. ZOCCAL, R. MARTINS, P. do C. ARCURI, P. B. MOREIRA, M.
S. de P. Tecnologia e gestão na atividade leiteira. Juiz de Fora: Embrapa Gado de
Leite, 2005.
CHAPAVAL, L. PIEKARSKI, P. R. B. Leite de qualidade: manejo reprodutivo, nutricional
e sanitário. Viçosa:Aprenda Fácil, 2000.
MEDEIROS, F. de P. FERRO, H. L. OLIVEIRA, S. S. R. Instalações para gado leiteiro.
Curitiba:Instituto Emater, 2009.
PERES, F. C. HIRONAKA, G. M. F. N. CANZIANI, J. R. GUIMARÃES, V. D. A.;
OLIVEIRA, M. M. C. Elaboração e Análise de Projetos. O Programa Empreendedor
Rural. Curitiba: SEBRAE/PR e SENAR/PR, 2010.
PIMENTEL, A. Curso de empreendedorismo. São Paulo:Digerati Books, 2008.
YAMAGUCHI, L. C. T. CÓSER, A. C. MARTINS, C. E. DERESZ, F. CARNEIRO, A. V.
Pastejo rotativo: viabilidade econômica na produção de leite. Juiz de Fora: Embrapa
Gado de Leite, 2002.
98
ANEXOS
1. REPORTAGEM PUBLICADA NO BOLETIM INFORMATIVO FAEP, 1282 DE 03
A 9/11/2014.
2. FOTO DO CONTROLE LEITEIRO REALIZADO EM 25/05/2011
3. FOTO DA ÁREA DE INTEGRAÇÃO LAVOURA E PECUÁRIA TIRADA EM
25/05/2011.
4. DIA DE CAMPO SOBRE SISTEMA SILVIPASTORIL COM PRODUTORES
BENEFICIÁRIOS DA CHAMADA PÚBLICA DE SUSTENTABILIDADE
04/02/2015
5. VISITA ÀS NOVAS INSTALAÇÕES COM PRODUTORES BENEFICIÁRIOS DA
CHAMADA PÚBLICA DE SUSTENTABILIDADE 04/05/2015
99
100
101
102
Engenheiro Agrônomo – Ciro Daniel Marcolini
Engenheiro Agrônomo – Manuel Pessoa de Lira
DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL NA
PRODUÇÃO DE LARANJA DE MESA EM
APEQUENAS PROPRIEDADES
Organização dos pequenos
produtores na produção de
laranja de mesa com alta
produtividade e qualidade,
mediante o uso dos recursos
naturais e de mecanismos
reguladores para minimizar o
uso
de
insumos
e
contaminantes
e
para
assegurar
uma
produção
agrária sustentável.
_______________________________________________
Cornélio Procópio - PR
2015
103
104
INSTITUTO PARANAENSE DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E
EXTENSÃO RURAL
PRÊMIO RECONHECIMENTO EXTENSIONISTA
CIRO DANIEL MARCOLINI
0$18(/3(662$'(/,5$
MAURÍLIO SOARES GOMES
DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL NA PRODUÇÃO
DE LARANJA DE MESA EM PEQUENAS PROPRIEDADES
CORNÉLIO PROCÓPIO
2014
105
CATEGORIA: 2) DINAMIZAÇÃO DAS ECONOMIAS LOCAIS E AUMENTO DA
PRODUÇÃO DE ALIMENTOS SEGUROS.
NOME DO PROJETO: Produção de Laranja de Mesa em pequenas propriedades
AUTOR: Ciro Daniel Marcolini¹
CO-AUTOR PRINCIPAL: Maurílio Soares Gomes¹ e Manuel Pessoa de Lira¹
LOTAÇÃO: Nova América da Colina/Cornélio Procópio
LOCAL DE APLICAÇÃO: ADI- Vale do Tibagi – Região de Cornélio Procópio
INÍCIO E CONCLUSÃO DO TRABALHO: Janeiro de 2.010 a abril de 2.015
SITUAÇÃO ANTERIOR: Pequenos agricultores familiares em busca de alternativas
para o aumento de renda, em função das dificuldades para viabilizar suas
propriedades com o cultivo de grãos.
JUSTIFICATIVA: A produção de laranja para o mercado de fruta fresca permite o
cultivo em módulos pequenos, diferente do cultivo para a indústria, que demanda
uma produção em escala.
A comercialização de laranja/fruta fresca apresenta alta rentabilidade por
unidade de área. Para efeito de comparação, um hectare com laranja produz em
média 47.520 Kg (quarenta e sete mil e quinhentos e vinte quilos) de laranja, o que
gera uma renda de R$ 16.157,00 (dezesseis mil cento e cinquenta e sete reais),
onde trabalhamos neste caso com um preço médio de R$ 0,34 o quilo da fruta
(preço líquido recebido pelo produtor). Considerando uma rentabilidade de 50%,
temos R$ 8.078,00 (oito mil e setenta e oito reais), que equivalem a 139 sacas de
60 quilos de soja. Diante destes números, concluímos que a laranja cultivada nestas
condições gera uma rentabilidade líquida 5 vezes maior que a soja..
O acesso e manutenção do mercado, exige um nível de organização que
viabilize a produção e a distribuição de frutas de alta qualidade, em volume e
constância de acordo com a demanda, respeitando as normas legais exigidas.
106
¹ Engenheiro Agrônomo
OBJETIVO DA PROPOSTA: Organização dos pequenos produtores na produção
de laranja de mesa com alta produtividade e qualidade, mediante o uso dos
recursos naturais e de mecanismos reguladores para minimizar o uso de insumos e
contaminantes e para assegurar uma produção agrária sustentável.
PROCEDIMENTOS PRECONIZADOS:
1- Área Plantada: 180.000 plantas, em 435,6 há. com produção escalonada e
distribuída em diferentes épocas do ano, entre as variedades, Navelina, Pera,
Sharmout, Valência, Folha Murcha e Limão.
2- 67 associados distribuídos em 06 municípios.
3- Modelo tecnológico de produção implantado nos pomares
4- Manejo de pragas/greening sistematizado
5- Convênio de assessoria técnica e de gestão de negócio com a Emater
6- Reuniões técnicas mensais
7- Produção certificada (CFO/CFOC)
8- Produção anual média de 300.000 caixas de 23 kg. e faturamento em torno de
R$ 3.000.000,00.
9- Instalações físicas da cooperativa:
- Packing House – 615 m², com máquina de lavagem, desinfecção e seleção,
carga e descarga em área coberta.
- Escritório, sala reunião/refeitório com área de 180 m².
10- 11 funcionários
11- 2 manejadores pragas/greening
12- 2 representantes comerciais
107
108
DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA DESENVOLVIDA: O instituto Paranaense de
Assistência Técnica e Extensão Rural – EMATER historicamente tem forte atuação
em processos de organização dos agricultores paranaenses, na criação de entidades
que representem seus interesses, proporcionam o aumento da renda e a
sobrevivência do agricultor e sua família na atividade agropecuária. O resultado deste
trabalho ao longo do tempo é a existência de inúmeras Cooperativas, Agroindústrias,
Associações, Conselhos, Feiras, Grupos informais, etc. que hoje aglutinam milhares
de produtores e participam ativamente do desenvolvimento estadual, regional e
municipal.
Outro grande foco do trabalho da extensão ao longo dos anos é o aumento de
renda e a diversificação da pequena propriedade, buscando a substituição das
culturas que exigem escala, por culturas que em pequenas áreas proporcionem alta
rentabilidade.
Dentro deste foco foi realizado em toda a Região de Cornélio Procópio um
grande esforço/trabalho de todo o corpo técnico entre os anos de 1.994 a 2.000,
visando o aumento de renda através da diversificação para pequenas propriedades.
As estratégias utilizadas foram: Encontros, Seminários e Excursões, onde os
produtores da região puderam conhecer e discutir a viabilidade financeira e técnica
de diversas oportunidades de negócio. Várias atividades se consolidaram neste
processo e hoje são referências na geração de renda e de desenvolvimento local:
Cultura da Banana, Cultura de Citros, Piscicultura, Olericultura orgânica, Plasticultura.
A NOVACITRUS - Cooperativa dos Fruticultores de Nova América da
Colina e Região é fruto deste trabalho extensionista, que foi iniciado como “grupo
informal” quando 6 pequenos produtores da agricultura familiar iniciaram em 9,0 há o
cultivo de citros e que tinham como desafio diversificar suas propriedades, produzir
laranja de qualidade e comercializar a produção no mercado regional de frutas
frescas para terem maior rentabilidade, já que no modelo tradicional de produção
para a indústria de suco concentrado, seria necessário grandes áreas e produção em
escala.
109
Em parceria com governo do estado através da SEAB/Emater houve o inicio do
processo de assessoria técnica na produção, capacitação constante visando a
profissionalização e acesso ao mercado, o que gradativamente consolidou a atividade
e levou ao crescimento das áreas de plantios e no número de produtores envolvidos,
extrapolando as fronteiras de Nova América da Colina para os municípios vizinhos.
Com aumento gradativo e constante do volume de produção foram desenvolvidas
intervenções visando a organização dos produtores para viabilização das operações
de pós-colheita e comercialização. Surgiu então no ano de 2.002 Associação dos
Fruticultores da Região de Nova América da Colina, denominada NOVACITRUS,
que através do Programa PR-12 Meses montou sua própria estrutura de
beneficiamento - PACKING HOUSE onde o produto passou a ser lavado,
desinfetado, polido e classificado de acordo com as exigências da defesa sanitária
vegetal e do mercado consumidor.
110
Em função da evolução natural do processo de organização e produtivo,
também das tendências do cenário atual de mercado, o desafio passa a ser o
crescimento ordenado da produção em volume e constância, dentro de padrões
técnicos ambientalmente corretos, qualidade que ofereça segurança alimentar ao
consumidor e principalmente a verticalização da produção buscando a agregação de
valor e a diversificação de produtos a serem ofertados ao mercado consumidor.
Neste contexto a partir do ano 2.010 foi criada paralelamente a Cooperativa dos
Fruticultores de Nova América da Colina e Região - NOVACITRUS, para assumir a
parte gerencial e comercial da atividade e oficializou-se a assessoria do Instituto
Paranaense de Assistência Técnica-EMATER, através de convênio de cooperação
técnica.
A partir deste momento a Emater passou a disponibilizar um eng°agr° para
atendimento exclusivo das demandas da cooperativa, proporcionando intervenções
contínuas e mais efetivas, possibilitando assim grandes avanços e melhor
estruturação da gestão do projeto, o que levou á sistematização de diversas ações:
. Adequação na grade de agroquímicos privilegiando produtos menos tóxicos
. Respeito aos períodos de carência
. Operacionalização do manejo ecológico de pragas-MEP/Greening
. Cobertura total nas entre linhas (Proteção do solo)
. Vistorias dos Manejadores de pragas/Greening
. Adubação baseada em análise de solo e folha
. Uso de materiais orgânicos livre de metais pesados
. Capacitação Mensal de produtores
. Foco na segurança do alimento
. Aperfeiçoamento no processo de distribuição e ampliação de mercado
. Acesso aos mercados institucionais
. Emissão de certificação (C F O e C F O C)
. Estruturação da parte administrativa da cooperativa
. Equilíbrio financeiro da cooperativa
. Inclusão no projeto: Nutre-mais gestão (chamada Público-Cooperativismo)
111
1997 – 1998
9 Curso básico sobre a
Cultura do Citros
9 Reuniões técnicas
sobre Pragas dos
Citros
9 Expansão de área
com 2.800 mudas
doadas pela Codapar
9 São colhidas as
primeiras safras
9 Toma-se a decisão de
montar um Packing
House
Ano 1.994
9 Grupo informal
9 Primeiros pomares
implantados
9 4.200 mudas
subsidiadas pelo
Programa de
apoio a
fruticultura
112
9 Instalação do
Packing
House
9 Pr-12 Meses
R$ 10.661,00
9 Pronaf
R$ 15.000,00
1.999
9 Capacitação :
. Excursão(Limeira,
Unesp, Holambra) R$
7.500,00 Pr 12 Meses
. Excursão( Semana da
Citricultura/Cordeirópolis)
R$ 5.800,00 - Pr 12 Meses
. Excursão (Paranavai)
R$ 2.200,00-Pr 12 Meses
. Curso Poda de Citros
. Curso Tecnologia de
Aplicação de Defensivos
9 Expansão de área de
plantio 60.400,00 Pr 12
Meses + contrapartida
2.000 – 2.001
CRONOLOGIA
9 Grupo se transforma em
Associação
9 Contratação de Inspetor de
Pragas
9 Aquisição de 3 atomizadores
em grupos R$ 45.000,00-Pr 12
Meses + contrapartida R$
25.800,00
9 Modernização do Packing
House R$ 50.400,00 Pr 12
Meses + R$ 10.000,00 recursos
próprios+ R$ 15.000,00 Pronaf
9 Aumento de área de plantio R$
36.000,00 + contrapartida
Aumento de área de plantio R$
150.000,00 recursos próprios
9 Capacitação:
. Curso-Produção Integrada
. Treinamento Pragas dos
Citros- IAPAR
. 2 Cursos MEP- Gravena, R$
7.900,00 - Pr 12 Meses
. Curso básico sobre Cultura do
Citros, R$ 400,00 – Pr 12 Meses
. Curso Tecnologia de
Aplicação de Defensivos, R$
600,00 – Pr 12 Meses
2.002 – 2.004
9 Tentativa de implantação do modelo
Produção Integrada
9 40 reuniões técnicas-assuntos diversos
9 Capacitações
. 3 cursos Gestão da Produção Integrada
. 5 cursos Tec. de Aplicação de Agroquímicos
. 2 cursos Tecnologia,Cidadania e Meio
Ambiente
. 2 cursos Tecnologia de Colheita
. 1 curso de Tratorista
. 1 curso Segurança no Trabalho
. 1 curso Doenças e Pragas da Laranjeira
. 2 curso De Olho na Qualidade
. 2 cursos Manejo Ecológico de Pragas
9 Contratação de representante comercial
9 Relacionamento intenso com o mercado
. Abertura e expansão de mercado
. Instalação de sistema de desinfecção da
fruta
2.005 - 2.009
113
9 Criação da Cooperativa Novacirus
9 Formalização de convênio com EMATER
9 Adequação na grade de agroquímicos
privilegiando produtos menos tóxicos
9 Respeito aos períodos de carência
9 Operacionalização do manejo ecológico de
pragas-MEP/Greening
9 Cobertura total nas entre linhas (Proteção
do solo)
9 Sistematização das vistorias dos
Manejadores de pragas/Greening
9 Adubação baseada em análise de solo e
folha
9 Uso de materiais orgânicos livre de metais
pesados
9 Foco na segurança do alimento
9 Aperfeiçoamento no processo de distribuição
e ampliação de mercado
9 Acesso aos mercados institucionais
9 Emissão de certificação (C F O e C F O C)
9 Estruturação da parte administrativa da
cooperativa
9 Equilíbrio financeiro da cooperativa
9 Inclusão no projeto: Nutre-mais gestão
(chamada Público - Cooperativismo)
9 Capacitação: Reuniões Técnicas Mensais
temas diversos
9 Ampliação do Packing House, R$ 70.000,00
com recursos próprios
9 Modernização do sistema de desinfecção
2.010 – 2.014
9 Implantação de 20 há de novos
pomares ao ano nos próximos 10
anos.
9 Aumento em 30% o quadro de
cooperados
9 Implementar processo de
verticalização com o
esmagamento de laranja para
produção de suco pasteurizado,
buscando agregação de valor e
melhor rentabilidade,
principalmente com as laranjas
consideradas pequenas,
manchadas, com pequenos danos
visuais, que hoje são vendidas
para a indústria trazendo, pouco
retorno financeiro
9 Concluir diagnóstico e elaboração
do plano de gestão da
Cooperativa projeto: Nutre-mais
gestão (chamada Público Cooperativismo)
2.015 – 20.......
Problemas detectados na execução do projeto:
1- Aquisição de Box na Ceasa de Londrina, devido ao entendimento por parte da
administração da Ceasa, que a Novacitrus como empresa (CNPJ) não poderia
comercializar na popular “pedra”, sendo que o mesmo tratamento não foi dado
igualmente a todos e com isso a Novacitrus passou a ter várias despesas com o
funcionamento do Box: R$16.000,00 de licitação, R$130.000,00 com construção,
salário de 03 funcionários, taxa de ocupação e condomínio girando em torno de
R$
8.403,00
mensais,
isto
causou
grande
elevação
nos
custos
de
comercialização. No ano de 2013 a Novacitrus se viu obrigada a se desfazer do
referido Box, visto que com esses custos adicionais a cooperativa estava
enfrentando sérios problemas financeiros.
2- Na Busca de ofertar laranja de boa qualidade, durante todo o ano, a cooperativa,
buscou a implantação de outras variedades como Navelina e Shamout, em uma
área de 96,4 há em 12 propriedades, sendo que infelizmente as mesmas não
produziram conforme o esperado gerando grandes prejuízos aos produtores
envolvidos.
3- Mudas de laranjas adquiridas do viveiro Mundo Novo em Londrina vieram fora de
padrão, também acarretando prejuízos e falta de produto para comercialização.
4- Falta de fidelidade de parte de seus associados, pois estima-se que 20% da
produção está sendo comercializada fora da Cooperativa, aproximadamente
60.000 caixas, que trariam recursos para a Cooperativa.
5- GREENING: Os produtores precisam aprender a conviver com esta doença,
efetuando o controle sistemático, a cada 15-20 dias com equipamento, produto e
dosagem corretas, mas a resistência dos produtores em fazer o controle
conforme preconizado coloca em risco os pomares de toda a região.
6- Falta de garantias fiduciárias dificultam o acesso ao crédito para novos
investimentos em infraestruturas de transformação e modernização.
Projeto Futuro e Perspectivas: A Cooperativa Novacitrus tem como caminho
natural avançar na atividade e aumentar sua competitividade, por isso seus gestores
114
tem como principal objetivo para os próximos anos, viabilizar a modernização
/melhorias estruturais, alcançar novos mercados e ampliação de benefícios aos
cooperados e para isto tem projetos já definidos para serem trabalhados
/desenvolvidos a partir de 2015:
- Implantação de 20 há de novos pomares ao ano nos próximos 10 anos.
- Aumento em 30% o quadro de cooperados
- Implementar processo de verticalização com o esmagamento de laranja para
produção de suco pasteurizado, buscando agregação de valor e melhor
rentabilidade, principalmente com as laranjas consideradas pequenas, manchadas,
com pequenos danos visuais, que hoje são vendidas para a indústria trazendo,
pouco retorno financeiro
“CONEXÃO DO TEMA COM OS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DO PROJETO
ËMATER DO FUTURO”:
- A atividade vem proporcionando aumento de renda nas propriedades trabalhadas.
- O trabalho desenvolvido proporcionou a formação de uma cooperativa, que gera
empregos formais no campo, no beneficiamento do produto e na distribuição da
produção, contribuindo assim para a economia da micro região onde está situada.
- O modelo tecnológico implantado privilegia a questão ambiental e a produção de
alimento seguro através de: manejo ecológico de pragas, cobertura nas entre linhas,
respeito à grade de agroquímicos, respeito a períodos de carência, adoção de
manejadores de pragas, desinfecção e certificação conforme legislação sanitária.
- O processo de assistência técnica está bem estruturado e formalizado através de
convênio com o Emater, que atua de forma efetiva e constante, disponibilizando um
engenheiro agrônomo exclusivo para os produtores da Cooperativa Novacitrus.
ABRANGÊNCIA:
- 6 municípios da região.
- 67 famílias beneficiadas.
- 435,6 há. de área plantada.
115
RESUTADOS DO PROJETO:
1- No campo estima-se 534 empregos diretos criados e/ou mantidos.
2- Na parte operacional da Cooperativa Novacitrus, foram criados os seguintes
empregos:
03 Administrativos
01 Serviços gerais
05 Beneficiamento da Produção
01 Encarregado de Packing House
02 Manejadores de pragas
02 Representantes Comerciais
Presidente
3- Na distribuição e comercialização da Produção
- 11 Micros empresários autônomos - Distribuidores
- 6 Empregados(motorista e ajudante)
- 3 Fretistas
4- Rentabilidade do Cooperado/Há.
ITEM
Unidade
Valor Unitário
Quantidade
Insumos
Ton/Lit.
Diversos
Diversos
1.435,27
Mão de Obra
H/H
5,60
18,05
101,08
Mecanização
H/M
46,81
13,74
643,39
Colheita
Cx
1,20
1.450
1.740,00
Transporte
Cx
1,00
1.450
1.450,00
Encargos
-
-
-
228,46
TOTAL
-
-
-
5.598,20
RECEITA
Cx/23/Kg
7,00
1.450
10.150,00
MARGEM
XXX
XXX
XXX
4.551,80
116
Total
5- Volume Comercializado
VOLUME COMERCIALIZADO
CAIX A 23Kg.
345.775
267.700
295.754
2.012
2.013
2.011
Fonte: Cooperativa Novacitrus
321.944
2.014*
*
** Previsão
6- Movimentação Financeira – em R$
MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA-R$
4.000.000,00
3.462.165,67
3.500.000,00
3.000.000,00
2.500.000,00
2.522.781,62
2.452.083,00
2.156.184,97
2.011
2.012
2.000.000,00
1.500.000,00
1.000.000,00
500.000,00
-
2.013
Fonte: Cooperativa Novacitrus
2.014**
** Previsão
7- Participação no VBP e Valor Adicionado Fiscal-agropecuário do Município
América da Colina (ano de referência, 2.013)
50.000.000,00
45.000.000,00
40.000.000,00
35.000.000,00
30.000.000,00
25.000.000,00
20.000.000,00
15.000.000,00
10.000.000,00
5.000.000,00
0,00
6%
6,5%
Cooperativa
Novacitrus
Nova América
da Colina
VPB
valor adicionado fiscal
Fonte: IPARDES e Cooperativa Novacitrus
117
AGRADECIMENTOS: Diretoria do Emater, Codapar, Seab, Iapar, Adapar,
Programa Pr-12 meses, SENAR, Prefeituras do municípios envolvidos, Associação
dos Produtores Amigos do Cedro, Câmara Municipal de Nova América da Colina.
PARCEIROS PRINCIPAIS: Codapar, Seab, Iapar, Adapar, Programa Pr-12 meses,
SENAR, Prefeituras do municípios envolvidos, Associação dos Produtores Amigos
do Cedro, Câmara Municipal de Nova América da Colina.
REFERÊNCIAS: EMATER- Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão
Rural, NOVACITRUS-Cooperativa dos Fruticultores de Nova América da Colina e
Região
118
ANEXOS:
1. Fotos
119
120
Economista Doméstica – Cíntia Mara Lopes De Souza
Economista Doméstica – Luciana Soares De Morais
PROJETO MULHERES DO CAFÉ
Projeto para promoção de igualdade
de gênero e geração de renda a
partir da capacitação das mulheres
para a produção de café com
qualidade.
_______________________________________________
Região de Santo Antônio da Platina - PR
2015
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122
CATEGORIA:
3) INOVAÇÃO EM METOLOGIA DE EXTENSÃO RURAL
NOME DO PROJETO:
PROJETO MULHERES DO CAFÉ
AUTOR: *CÍNTIA MARA LOPES DE SOUZA – ECONOMISTA DOMÉSTICO
CO-AUTORA: ** LUCIANA SOARES DE MORAIS – ECONOM. DOMÉSTICO
LOTAÇÃO:
*PINHALÃO
** IBAITI
LOCAL DE APLICAÇÃO:
CURIÚVA, FIGUEIRA, IBAITI, JAPIRA, JABOTI, PINHALÃO, TOMAZINA, SIQUEIRA
CAMPOS, SALTO DO ITARARÉ, JOAQUIM TÁVORA E CARLÓPOLIS
INÍCIO E CONCLUSÃO DO TRABALHO (MÊS/ANO):
Inicio: 2013
Conclusão: Em desenvolvimento
SITUAÇÃO ANTERIOR:
Até o ano de 2013 não havia um trabalho específico para as mulheres do café, o que havia eram ações
isoladas com as mulheres atendidas pelo Emater executadas pelas extensionistas da área de Inclusão
Social, sem resultados muito visíveis.
Nos eventos grupais promovidos pelo Emater, a participação era predominante masculina e as mulheres
relatam que não se sentiam a vontade quando participavam. Os técnicos envolvidos com a cadeia
produtiva do café também não priorizavam os atendimentos as mulheres nas visitas as propriedades e no
atendimento no escritório, uma vez que o foco do trabalho sempre foi o produtor, e assim, eles não
percebiam a necessidade, ou mesmo não se sentiam à vontade com este público, excluindo assim, de
forma não intencional as mulheres da assistência técnica.
Além disso, não havia interação de trabalho da equipe técnica social e a equipe técnica produtiva, e os
trabalhos da cadeia produtiva na maioria dos municípios não era estruturado em grupos, sendo o
atendimento feito com visitas individuais ou algumas metodologias grupais sem relação entre si, não
obstante se reconheça a importância destas questões, uma vez que a própria Lei de Ater define como
princípios da Política Nacional de Ater a “adoção de metodologia participativa, com enfoque
multidisciplinar, interdisciplinar e intercultural”, bem como “a equidade nas relações de gênero, geração,
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raça e etnia” (BRASIL, 2010).
JUSTIFICATIVA:
O trabalho da assistência técnica e extensão rural com a cafeicultura no Norte Pioneiro do Paraná a
muitos anos tem contribuído para o desenvolvimento tecnológico da cultura. Assim como em outras
cadeias produtivas trabalhar o conjunto da família envolvendo homens e mulheres nas diversas atividades
da extensão não é um processo fácil, pois exige a adoção de metodologias diferentes por parte dos
extensionistas, bem como a compreensão da dinâmica familiar, além de levar em consideração as
desigualdades de gênero presentes na cultura familiar dos agricultores.
No que se refere à esta última questão, convém esclarecer que “a perspectiva de gênero realiza uma
superação dos limites biológicos e trata homens e mulheres sob a ótica de papéis sociais historicamente
construídos” (SILVA e SCHNEIDER, 2013, p. 72). Esta abordagem nos permite compreender os papéis
sociais historicamente destinados a homens e mulheres, e a questionar o porquê destes grupos sociais
muitas vezes obterem reconhecimento ou mesmo remuneração diferenciada, apesar de realizarem
trabalhos semelhantes.
Temos assim que, em todos estes anos de trabalho desenvolvidos por nossos extensionistas junto às
famílias de cafeicultores, identificou-se que o envolvimento da mulher no processo produtivo era cada
vez maior, no entanto, nas atividades de profissionalização como reuniões, encontros, cursos e outros
métodos grupais e até mesmo nas visitas individuais a presença e o atendimento é predominante
masculino e a presença feminina em algumas atividades era praticamente inexistente.
Sabe-se que a cadeia produtiva do café nas pequenas propriedades é exigente em mão de obra, então toda
a família se envolve no processo de produção. Dentro deste processo é atribuída às mulheres como
atividade principal o cuidado com o terreiro (secagem do café), porém isso não significa que elas não
trabalham nas demais etapas do processo produtivo. Fica claro, no entanto, a persistência da divisão
sexual do trabalho, conforme exaustivamente observado em outras circunstâncias (SILVA e
SCHNEIDER, 2013), configurando-se uma situação de desvantagem para as mulheres, cujo trabalho nem
sempre é valorizado na cultura do café, além de continuarem responsáveis pela maioria das tarefas
domésticas (dupla jornada de trabalho).
Com a inserção do processo de produção de cafés especiais no Norte Pioneiro e a partir das organizações
da ACENPP – Associação de Cafés Especiais do Norte Pioneiro e da COCENPP – Cooperativa de Cafés
Especiais do Norte Pioneiro, a qualificação dos produtores de café para busca das certificações de cafés
especiais se intensificou. E novamente o que se via era um público predominante masculino nas
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atividades de qualificação, enquanto as mulheres continuavam trabalhando em todas as etapas da
produção sem ter acesso a conhecimento e técnicas relacionadas a esta atividade.
Percebendo esta situação, o time de extensionistas do Emater ligados a cadeia produtiva do café
juntamente com as extensionistas da área de Inclusão Social, numa atividade interdisciplinar, decidiram
montar uma estratégia de organização e capacitação das cafeicultoras na tentativa de qualificá-las para a
produção de cafés especiais, assim como buscar a redução das desigualdades de gênero a partir das
atividades promovidas pela assistência técnica e extensão rural.
OBJETIVO DA PROPOSTA:
- Capacitar as mulheres cafeicultoras para produção de café com valor agregado, através da inserção nas
atividades desenvolvidas pelo Emater e da promoção à igualdade de gênero nas atividades extensionistas
e na família rural;
-Qualificar as atividades de assistência técnica e extensão rural por meio da interdisciplinaridade e da
adoção de metodologias participativas.
PROCEDIMENTOS PRECONIZADOS:
Projeto para promoção de igualdade de gênero e geração de renda a partir da capacitação das mulheres
para a produção de café com qualidade.
DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA DESENVOLVIDA:
Ações iniciais:
Com a decisão de iniciar o trabalho com as mulheres do café nos municípios da regional Emater de Santo
Antonio da Platina, como atividade inicial promoveu-se o I Encontro das Mulheres do Café do Norte
Pioneiro com a presença de 16 municípios produtores de café, sendo 11 da regional de Santo Antonio da
Platina e outros 5 municípios da Regional de Cornélio Procópio.
Neste encontro reuniram-se em torno de 250 cafeicultoras, com uma agenda voltada a sensibilizar as
mulheres para a organização e qualificação, com temas que traziam a valorização da participação da
mulher no processo produtivo e um diagnostico da cafeicultura no Norte Pioneiro do Paraná e cenários
de mercado. Neste encontro foram realizadas filmagens para uma matéria do Emater com foco no
trabalho feminino na cafeicultura.
Neste encontro também ocorreu o nosso primeiro contato com International Women’s Coffee Alliance IWCA (Aliança Internacional das Mulheres do Café) uma organização internacional que agrega mulheres
envolvidas com a cultura do café. A missão da IWCA – Capítulo Brasil é capacitar mulheres líderes na
indústria brasileira de café, da semente à xícara, enquanto que da IWCA Internacional é “capacitar as
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mulheres na comunidade cafeeira internacional para alcançar vidas significativas e sustentáveis e
incentivar e reconhecer a participação das mulheres em todos os aspectos da indústria do café”.
As informações sobre a IWCA chegaram até nós pelo coordenador regional da cadeia produtiva do café,
que em eventos nacionais e internacionais tomou conhecimento desta organização e identificou que a
missão da mesma vinha de encontro com o que planejávamos trabalhar com as mulheres do café. Assim
para o evento foram convidadas duas representantes da IWCA - Brasil para apresentar o trabalho
desenvolvido pela Aliança, assim como, conhecer a nossa pretensão de trabalho aqui na região e firmar
parceria para a efetivação do trabalho com as Mulheres do Café no Norte Pioneiro.
A partir do encontro observou-se que estas mulheres que participaram tinham potencial para organizar
um grupo para discutir seus interesses voltados a produção do café. Identificados estes potenciais, os
extensionsitas locais que se identificaram com a proposta, juntamente com as extensionistas da área
social agendaram reuniões com estes grupos para realizar um diagnóstico, ou identificar as necessidades
e os anseios com relação à extensão rural e assistência técnica para a produção de café.
Resultado do diagnóstico e estruturação do trabalho com as mulheres do café - 2013
Na primeira reunião com os grupos potencias em junho de 2013 foi realizada uma dinâmica utilizando-se
de materiais ilustrativos para que as mulheres se sentissem a vontade para expor as suas expectativas com
o trabalho proposto, esta dinâmica foi aplicada pelas técnicas da área social. Até então o que a equipe
tinha pra apresentar era apenas a pretensão de ter um trabalho estruturado específico para as mulheres do
café. No entanto, ainda não tínhamos claro quais as metodologias que seriam utilizadas, mas sabíamos o
que queríamos como resultado, que era estruturar grupos de mulheres para transferência de tecnologias
do café, inserir as mulheres nas atividades promovidas pelo Emater nesta cadeia produtiva, assim como,
contribuir para a igualdade de gênero no trabalho e na família destas agricultoras.
Como resultado deste diagnóstico, tivemos sugestões de temas para o trabalho na área técnica produtiva e
também de temas na área de desenvolvimento humano, ou seja, de inclusão social. A impressão que ficou
para toda equipe foi de que as mulheres estavam esperando/necessitando por esta proposta de trabalho,
pois o resultado foi uma agenda de reuniões até no final de 2013, com 11 grupos definidos em 11
municípios. Nesta etapa destacamos o envolvimento da equipe técnica no trabalho de identificação,
sensibilização e mobilização das mulheres.
Em junho executamos a primeira excursão técnica exclusiva para as mulheres do café, 40 mulheres dos
11 grupos e mais os técnicos envolvidos participaram da metodologia no município de Carlópolis, onde
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visitaram 08 (oito) propriedades rurais, para conhecer experiências de sustentabilidade da cafeicultura
familiar, novo paradigma da colheita e preparo, cultivo baseado no correto manejo do solo e plantas
daninhas, diversificação da propriedade, colheita mecanizada na pequena propriedade, parceria entre
vizinhos (pequenos e fazendeiros), colheita seletiva mecanizada, noções de regulagem de colheitadeira,
planejamento da colheita com mapeamento das floradas.
Dando continuidade ao trabalho, a equipe técnica estruturou uma agenda de reuniões, com temas
condizentes com a época e estágio da cultura do café, sendo, julho – colheita, agosto (dias 26 a 30)– poda
e recuperação do café geado (este tema foi inserido em virtude da forte geada em junho de 2013),
outubro (dias 21 a 28) – adubação do cafeeiro, novembro (dias 18 a 22) – Manejo Integrado de Pragas e
Doenças do café e também diversificação da propriedade - fruticultura (este tema foi solicitado pelas
mulheres no decorrer do processo, pois as famílias necessitavam de novas alternativas de renda em
virtude de a geada prejudicar significativamente os cafezais da região). Nesta etapa destacamos a
disciplina do trabalho, com o agendamento da semana para estas atividades que ocorreram em todos os
grupos com a presença do técnico local e das extensionistas da área de inclusão social.
Em geral, as reuniões duravam cerca de duas horas, sendo uma hora para temas de ordem produtiva e
uma hora com temas de desenvolvimento humano, pessoal e de organização. Neste ano (2014), temos
utilizado o tempo destinado para atividade de inclusão social para avaliar as ações, retomar os assuntos e
reforçar e motivar a organização.
Em setembro realizou-se mais uma excursão para participar do III Encontro da IWCA-Brasil em Belo
Horizonte/MG durante a realização do 9º Espaço Café Brasil. Participaram desta metodologia 13 (treze)
cafeicultoras representando os 11 grupos da Região de Santo Antônio da Platina mais 2 técnicas sociais
da mesma região e 2 cafeicultoras e uma técnica da área social da Região de Cornélio Procópio. A
participação do Encontro da IWCA em BH resultou na afirmação da parceria e grande reconhecimento
por parte desta organização.
Neste encontro tivemos a oportunidade de discutir assuntos inerentes às dificuldades encontradas pelas
mulheres quanto ao reconhecimento do trabalho importante que elas realizam na atividade cafeeira.
Também ouvimos experiências de outros países e outras regiões produtoras de café do Brasil, quanto ao
papel feminino nas diversas etapas desta cadeia produtiva, ou seja, do grão à xícara.
Mesmo não estando na pauta do evento, surgiu o convite para apresentar o trabalho realizado no Norte
Pioneiro do Paraná. Após a apresentação despertamos o interesse de muitos participantes do evento da
área técnica, acadêmica e integrantes da IWCA do Brasil e outros Países. A presidente da IWCA que até
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então não nos conhecia pessoalmente, não poupou palavras e elogios ao trabalho o que foi replicado por
muitas outras lideranças presentes no evento, que podemos resumir numa das expressões proferidas “não
podemos levar esta Emater para a Bahia?” referindo-se ao emater do Paraná. Nesta atividade destacamos
a interação entre as mulheres dos grupos da região, a divulgação do nosso trabalho, assim como a
promoção da autoestima das cafeicultoras com o reconhecimento do trabalho técnico/ extensionista, da
organização e do trabalho desenvolvido por elas na propriedade.
Em dezembro de 2013 realizamos um encontro para avaliação das atividades do ano que estava findando
e para a programação do ano de 2014. Para esta atividade foram convidadas duas representantes de cada
grupo e toda a equipe técnica envolvida. Durante o encontro utilizamos a seguinte metodologia: Os
participantes foram divididos em grupos menores integrando os municípios e outro grupo da equipe
técnica. Foram distribuídos cartazes para pontuar as avaliações e registrar as atividades sugeridas para o
ano de 2014. Neste momento a equipe técnica pode também fazer a sua avaliação do trabalho e sugestão
para o próximo ano, interagindo com as avaliações do publico atendido, neste caso, as mulheres do café.
A avaliação positiva do trabalho pode ser refletida no resultado do planejamento para 2014. Com uma
programação audaciosa, dinâmica e com muitas metodologias diferentes. A primeira reivindicação dos
grupos foi a ampliação do tempo das reuniões para quatro horas, sendo duas horas para temas de inclusão
social e duas horas para a transferência de tecnologias, sob o argumento de que precisavam de mais
tempo para tirar dúvidas e inteirar-se mais dos assuntos.
O resultado dos grupos foi a seguinte programação discutida e aprovada por todos os presentes:
Quadro 1. Programação para 2014
Quant
01
01
05
Evento
Encontro Regional com todos os grupos
Excursão para o IAPAR
Reuniões Técnicas: (em cada município)
Março
Maio
Comercialização
Colheita
Poda e Desbrota
Abril
Maio
Agosto
Adubação
MIP
Cursos (em cada município)
Setembro
Outubro
Família Rural/Qualidade de Vida (SENAR/EMATER)
Comunicação e Técnicas de apresentação (SENAR/EMATER)
Março
Abril
Básico de Degustação (SENAR/EMATER)
Maio
01
01
Avançado de Degustação (EMATER/EMATER)
Encontro Nacional da IWCA
FICAFÉ–Feira Internacional de Cafés Especiais/Gincana/Espaço Mulheres do Café
Setembro
Setembro
Outubro
01
Reunião de Avaliação e Planejamento
Dezembro
04
128
Data
Fonte: Encontro de avaliação e planejamento, Jaboti – 04/12/2014/Emater
Trabalho com as mulheres do café em 2014
Em janeiro de 2014 os grupos e a equipe técnica foram surpreendidos pela visita da presidente da IWCAcapítulo Brasil. Durante a sua passagem pela região, a presidente da IWCA fez questão de visitar 04
grupos para conhecer melhor as cafeicultoras e o trabalho desenvolvido no Norte Pioneiro do Paraná.
Em vários momentos de sua visita se emocionou com os depoimentos das cafeicultoras que se sentiram a
vontade para falar de suas dificuldades para produção e comercialização dos cafés, assim como das
dificuldades encontradas dentro e fora de casa com relação ao reconhecimento e valorização do seu
trabalho na cafeicultura e doméstico.
A partir desta visita a então presidente da Aliança Internacional das Mulheres do Café - Brasil, que ocupa
atualmente uma posição na OIC – Organização Internacional do Café, ela apresenta este trabalho do
projeto “Mulheres do Café” do Norte Pioneiro do Paraná em eventos internacionais como exemplo de
organização e que retrata a importância da assistência técnica e extensão rural oficial na busca pela
igualdade de gênero na produção de cafés especiais, dizendo em suas apresentações que aqui ocorre a
“The quiet revolution” ou “A revolução silenciosa”.
Figura 1 e 2 – Slides da apresentação da IWCA em eventos internacionais
Fonte: Apresentação da Srª Josiane Cotrim Macieira, 2014.
Conforme programação, em abril de 2014 (dias 7-10) realizaram-se as reuniões com o tema técnico sobre
comercialização de café, sendo 10 reuniões executadas. Na parte de inclusão social convidamos uma
psicóloga da equipe local do CRAS – Centro de Referencia a Assistência Social para tratar do tema
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relacionamento familiar, segundo sugerido no planejamento.
Em maio realizamos o II Encontro das mulheres do Café, com a presença de mais de 250 mulheres
representando os 11 grupos. Neste evento optamos por apresentar os resultados do projeto até aquele
momento e também motivamos as mulheres com a apresentação de uma palestra com um comunicador
renomado. O destaque deste evento foi a contribuição através de venda de rifa pelas mulheres do café,
para arrecadar recurso para pagar o palestrante. Para a equipe, isto demonstrou o compromisso e a
confiança das cafeicultoras no trabalho executado.
No mês de junho (dias 09-13) o tema das reuniões em todos os grupos foi sobre colheita do café,
juntamente com a avaliação do Encontro de Mulheres do mês anterior. A partir desta data as reuniões
tiveram um intervalo, respeitando o período da colheita do café. Neste período as famílias dedicam-se
exclusivamente a esta atividade de colheita, pois a atividade é exigente de mão-de-obra que esta cada vez
mais escassa na agricultura familiar. As reuniões forma retomadas no início deste mês de outubro, com a
discussão dos temas poda e adubação do café.
Na programação de 2014 conforme observamos no quadro 1 muitos cursos foram programados, com
destaque para o curso de classificação e degustação do café, com o objetivo de realizar o treinamento na
metodologia de classificação de café por características e bebidas. Este curso tem duração de 40h
divididos em duas etapas e já foi realizado em 09 grupos, sendo que outros 02 grupos já agendaram a
execução ainda para 2014.
No curso de classificação e degustação a cafeicultora tem a oportunidade de identificar os defeitos do
café e os fatores que refletem na qualidade do mesmo, consequentemente no valor de mercado. Estes
conhecimentos subsidiam as cafeicultoras para compreender as exigências do mercado com relação à
qualidade do café. Nesta etapa destacamos a parceria com o SENAR na execução do curso exclusivo
para mulheres e também na identificação de degustadoras potenciais para curso intensivo em parceria
com o IAPAR numa programação futura.
Outro curso que foi destaque especialmente nos grupos dos municípios de Tomazina e Pinhalão foi o
curso de inclusão digital que foi uma demanda apresentada posterior a programação e que foi atendida
pelo Emater em parceria com o SENAR. Foram realizados 4 cursos capacitando 30 mulheres em inclusão
digital. O público deste curso foram mulheres cafeicultoras entre 16 e 58 anos. A inclusão digital é uma
ferramenta importante na gestão, além de interação com informações importantes para a propriedade que
poderão ser acessadas via internet.
130
Estes dois grupos também realizaram o curso de comunicação e técnicas de apresentação com um
público de 38 mulheres que durante 16h conheceram técnicas de comunicação e expressão que serão
uteis para o dialogo familiar e na comunidade. Estas técnicas favorecem a autoconfiança, diminuem a
timidez e reflete na participação ativa nas demais metodologias utilizadas.
Durante este ano podemos destacar os eventos de público misto, ou seja, os eventos promovidos pela
cadeia produtiva do café ganharam a participação do público feminino. Eventos como dias de campo,
reuniões técnicas, excursões e encontros promovidos pelo Emater que antes eram frequentados por
público exclusivamente masculino, tiveram também a participação das mulheres do café. Muitas
mulheres acompanham os maridos nas atividades, outras começaram a se interessar pelos eventos e
outras que por alguma razão assumem a gestão da propriedade também sentiram-se à vontade para
participar, pois sabiam que não seriam as únicas no evento.
Eventos tradicionais, como o Encontro do Café durante a FESCAFÉ em Ribeirão Claro na sua 19ª edição
neste ano motivou a inserção do projeto mulheres do café na agenda para que os homens conheçam o
trabalho, apoiem as mulheres e motivem a participação destas nas atividades, não só naquelas exclusivas
para mulheres, mas em todos os eventos que envolvam a atividade cafeeira. O resultado foi um público
onde praticamente 50% dos participantes eram mulheres.
Ainda para 2014, realizou-se um encontro com os grupos de mulheres do café durante a Feira
Internacional de Café Especial-FICAFÉ em Jacarezinho no mês de novembro. Durante este encontro foi
anunciado pela Presidente da Aliança Internacional das Mulheres do Café – Capitulo Brasil Débora
Fortini a criação do primeiro Sub-Capitulo da Aliança no Brasil o Norte Pioneiro.
Figura 3. Logo Marca do Sub Capitulo Norte Pioneiro da Aliança Internacional das Mulheres do Café.
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Fonte: Sub Capitilo Aliança Internacional das Mulheres do Café Norte Pioneiro, 2014.
Para as Mulheres do Café foi um grande avanço ser a primeira região produtora de café do Brasil a criar
um sub capitulo reconhecido internacionalmente por toda estrutura organizacional da IWCA que
atualmente abrange 16 (dezesseis) países.
Capacitação da equipe técnica
A equipe técnica envolvida no trabalho possui múltiplas formações, e simultaneamente à capacitação dos
grupos de mulheres, também foi capacitada. Por ser um público novo para os técnicos da cadeia
produtiva do café, a coordenação da área decidiu que antes de cada reunião com os grupos de mulheres o
time do café se reuniria para repassar o conteúdo e definir a metodologia. A equipe técnica é composta
por 04 (quatro) engenheiros agrônomos, 05 (cinco) técnicos agrícolas e 02 (duas) economistas
domésticos.
Antes de cada reunião com os grupos de mulheres a equipe também realiza uma reunião técnica, que tem
a duração de 8 horas e tem como objetivo repassar o conteúdo, preparar o material de apoio, definir os
recursos a serem utilizados e a metodologia a ser aplicada. Destas reuniões resultam na adoção de uma
metodologia prática e dinâmica para o trabalho e um material que é distribuído para as mulheres na
reunião, assim as reuniões passam a ser uniforme em conteúdo e ao mesmo tempo adaptada a realidade
de cada grupo a partir da metodologia aplicada.
Outro aspecto relevante do projeto é a programação do tempo de trabalho da equipe técnica, que desde o
inicio do Projeto, agenda as semanas de reuniões com os grupos, para evitar que as reuniões fiquem em
segundo plano no trabalho desenvolvido pelos extensionistas, e assim com a agenda bloqueada é possível
disciplinar o trabalho, evitando atrasos no repasse de conteúdos nos grupos.
Todas as atividades são registradas com lista de presença, relatório fotográfico e reportagens no caso de
eventos de grande proporção. É responsabilidade do técnico local arquivar estes registros. A
movimentação do grupo, ou seja, a entrada e saída de novos membros são monitoradas com as listas de
presença. Este monitoramento possibilita avaliar as atividades utilizando o índice de evasão e o
aproveitamento por meio da participação. A evasão até o momento tem sido baixa.
No inicio de 2014 a coordenação regional da cadeia produtiva do café com a colaboração da técnica da
área social aplicaram um questionário para diagnosticar as dificuldades e expectativas dos técnicos com
relação ao “Projeto Mulheres do Café”. O resultado deste questionário demonstrou que o trabalho tem
sido satisfatório.
132
As dificuldades apontadas pelos técnicos foram amenizadas com a interação da equipe, como exemplo,
no caso de dificuldade de mobilização, técnicos de outro município juntamente com o técnico local
realizaram visitas individuais para explicar o projeto e sensibilizar as cafeicultoras para a participação.
Este método de ajuda entre os técnicos surtiu um efeito positivo, com ampliação da participação e
confiança do técnico no trabalho executado.
Outra dificuldade apontada pelos técnicos foi em relação à organização e dinâmicas grupais. Neste
sentido, iniciou-se um processo de capacitação dos técnicos, durante as reuniões de repasse de conteúdo
quanto a conceito de grupos e de metodologias participativas, elaborado pelas técnicas da área social.
Esta metodologia de trabalho com os técnicos da cadeia produtiva do café integrando-se às profissionais
da área de inclusão social tem reflexos positivos no andamento do projeto, na motivação dos técnicos e
das cafeicultoras participantes, e também na qualificação da assistência técnica e extensão rural
executada pelo Emater.
CONEXÃO DO TEMA COM OS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DO PROJETO “EMATER DO
FUTURO”:
Contempla os seguintes objetivos estratégicos:
- “Contribuir para inclusão produtiva e social com melhoria da vida da família rural”.
- “Ampliar a oferta e a qualidade da ATER”.
- “Prestar orientações técnicas de forma continua, disponibilizando informações, gerando conhecimentos
e estimulando inovações para as famílias rurais”.
ABRANGÊNCIA (agricultores beneficiados, técnicos, famílias beneficiadas, Instituto, funcionários):
O projeto Mulheres do Café atualmente é executado em 11 (onze) municípios da região de Santo Antonio
da Platina, com possibilidade de ampliar a partir de 2015 para mais dois municípios produtores de café
na região. Os 11 municípios, que possuem grupos de mulheres do café são: Curiúva, Figueira, Ibaiti,
Japira, Jaboti, Pinhalão, Tomazina, Siqueira Campos, Salto do Itararé, Joaquim Távora e Carlópolis,
conforme observamos no mapa abaixo. Os municípios potenciais são Santo Antonio da Platina e Ribeirão
Claro. Com exceção de Curiúva e Figueira, todos os demais fazem parte do Território da Cidadania
Integração Norte Pioneiro (IPARDES, 2007).
Mapa 1- Território Integração Norte Pioneiro – Municípios Participantes do Projeto Mulheres Café
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Fonte: Edson Roberto Vaz Ronque – Escritório Local de Pinhalão/Emater
Cada município possui um grupo de mulheres, este grupo está cadastrado no SISATER – Sistema de
Registro de Assistência Técnica e Extensão Rural do Emater, como grupo atendido especial e UPFs
Assistida com plano de trabalho incluído no sistema. Estes grupos variam de 10 (dez) a vinte e seis (26)
componentes, num total de 162 (cento e sessenta e duas) cafeicultoras, que podemos entender como 162
famílias da agricultura familiar produtoras de café beneficiadas.
Quanto a equipe técnica, estão envolvidos 5 (cinco) técnicos agrícolas, 4 (quatro) engenheiros agrônomos
e 2 (duas) economistas domésticos. Da área agrícola tem um engenheiro agrônomo que atende 3 (três)
municípios. E as economistas domésticos atendem a todos os municípios acompanhadas pelos técnicos
locais, sendo responsável pela parte da reunião que trata de inclusão social.
RESULTADOS DO PROJETO
O projeto “Mulheres do Café” é um projeto novo (iniciou-se em 2013), no entanto já é possível
identificar e quantificar resultados, de acordo com os objetivos propostos, conforme descrito a seguir:
Quadro 2. Resultados do projeto mulheres do café 2013/2014
Metodologias grupais
Quantidade
Nome
Beneficiadas
Curso
Excursão
20
04
02
02
66
02
01
02
Degustação de Café
Inclusão Digital
Comunicação e Técnicas de apresentação
Qualidade Rural
Técnicas de café e de Inclusão Social
Encontro das mulheres do café
19º encontro do café
III Encontro da IWCA
Gestão da propriedade cafeeira
Total
Metodologia individual
Visitas individuais
Quantidade
648
Nome
4 visitas/cafeicultora/ano
100
35
38
24
162
300
60
13
40
162
Beneficiadas
162
Reunião Técnica
Encontro
134
Total
162
Fonte: Dados do projeto, Emater, 2014.
Considerando que a proposta do trabalho com as mulheres do café é agregar valor a produção de café, é
importante salientar que este processo levará mais tempo de qualificação e investimento de recursos
financeiros e humanos para obter o resultado esperado.
A promoção da igualdade de gênero já pode ser identificada na presença feminina nos eventos
promovidos pelo Emater, como exemplo, o 19º Encontro do Café de Ribeirão Claro onde mais de 50%
do público era de cafeicultoras, neste evento o público sempre foi predominante masculino.
Para o Emater este projeto elevou a qualidade da assistência técnica e extensão rural com reconhecimento
do trabalho pelas entidades parceiras e despertou interesse dos órgãos que estão pleiteando certificações
de cafés especiais.
Outro resultado importante foi o reconhecimento do trabalho por parte a Aliança Internacional das
Mulheres do Café o que dá visibilidade do trabalho ao mercado exterior, divulgando o trabalho como um
potencial para a produção de café especial com a valorização do trabalho feminino, algo que muitas
certificadoras já estão considerando.
AGRADECIMENTOS:
Ao SENAR pela realização dos cursos nos grupos de mulheres e compreensão da proposta de trabalho;
Especialmente a toda a equipe técnica, ou melhor, ao “Time do Café” incluindo as técnicas sociais da
região de Santo Antonio da Platina, que assumiram a responsabilidade de trabalhar com este público
especial e se mantém motivados para melhorar a renda, a condição de trabalho e vida das “Mulheres do
Café” no Norte Pioneiro.
PARCEIROS PRINCIPAIS:
IWCA – Na divulgação, apoio e reconhecimento do trabalho;
SENAR – Na realização dos cursos;
CRAS – Na realização das reuniões com os temas voltados a família;
REFERÊNCIAS:
BRASIL. Lei nº 12.188 de 11 de janeiro de 2010. Institui a política nacional de assistência técnica e
extensão rural para a agricultura familiar e reforma agrária – PNATER e o Programa Nacional de
Assistência Técnica e Extensão Rural na agricultura familiar e reforma agrária – PRONATER, altera a
Lei nº 8.666 de 21 de junho de 1993 e dá outras
135
providências. Diário Oficial [da] República
Federativa do Brasil, Brasília, DF, 11 de janeiro de 2010.
INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL – IPARDES.
Diagnóstico socioeconômico do Território Norte Pioneiro: Estado do Paraná. Curitiba: IPARDES.
2007.
SILVA, C. B. C.; SCHNEIDER, S. Gênero e pluriatividade na agricultura familiar do Rio Grande do Sul:
um estudo sobre Veranópolis e Salvador das Missões. In: BRASIL – SECRETARIA DE POLÍTICAS
PARA AS MULHERES. 8º Prêmio Construindo a Igualdade de Gênero. 2013. Brasília: Presidência
da República, 2013, p. 71-106.
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ANEXOS:
FOTOS
Reuniões Técnicas Produtivas e de Inclusão Social
Encontros
137
Cursos
Excursões
138
REPORTAGENS:
http://www.tanosite.com/?pgn=noticias&id=1963
http://www.stcafe.com.br/stcafe/Pagina.do;jsessionid=1qt3bz16nh36i?idSecao=12&idNoticia=2686
http://ruralcentro.uol.com.br/noticias/instituto-emater-promove-o-i-encontro-de-mulheres-do-cafe-do-norte-pioneiro-68520
http://www.correionoticias.com.br/site/produtoras-rurais-recebem-visita-de-representantes-da-alianca-internacional-dasmulheres-do-cafe/
http://www.iwcabrasil.com.br/informativo/13556/iiencontrodasmulheresdocafedonortepioneirodoparana
http://452.dihitt.com/n/diversos/2014/06/27/peabirus-mulheres-do-cafe-se-organizam-na-regiao-do-norte-pioneiro-do-parana
http://ribeiraoclaro.pr.gov.br/index.php?sessao=21f1b68d29vf21&id=1302495
139
DOCUMENTOS IMPORTANTES
Bureau de Inteligência Competitiva do Café
Texto retirado do:
www.icafebr.com
Relatório Internacional de Tendências do Café
Vol. 2 Nº. 9 15/outubro/2013
No atual cenário de baixo preço do café arábica, muitos produtores vêm buscando na diferenciação uma
alternativa para aumentar sua competitividade. Neste contexto, foi lançado o primeiro café com
certificação de respeito ao trabalho feminino da Costa Rica.
A torrefadora americana Boyd's Coffee inovou lançando no mercado o primeiro café com
certificação de respeito ao trabalho feminino na produção cafeeira. O café, produzido na Costa Rica,
é cultivado e colhido com garantia que as mulheres envolvidas na atividade são compensadas por suas
contribuições. O objetivo é atender aos padrões sociais e de sustentabilidade, garantindo a elas melhores
condições de vida para si próprias e para as famílias. Essa certificação garante prêmio ao produto. A ideia
surgiu a partir da “International Women's Coffee Alliance Conference” realizada na Guatemala com
intuito de criar medidas de apoio às mulheres que trabalham na cafeicultura.
EMATER-Pr. Unidade Local de Carlópolis
15/10/2013
140
141
142
Socióloga – Ivania Maria Gianello Gnoato Moreli
Técnico agrícola – Luiz Marcelo Franzin
PROJETO: IMPLEMENTAR AS PRIORIDADES ELEITAS
NO PLANO DE DESENVOLVIMENTO RURAL
SUSTENTÁVEL DE SABÁUDIA
Implementar as ações priorizadas de
forma participativa pelas comunidades
rurais do município de Sabáudia e
incluídas no Plano de Desenvolvimento
Rural
Sustentável,
repasse
de
parte
garantindo
do
o
orçamento
municipal para execução das ações.
______________________________________________________
Sabáudia
2015
143
144
PROJETO: IMPLEMENTAR AS PRIORIDADES ELEITAS NO PLANO DE
DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DE SABÁUDIA
AUTORES: IVANIA MARIA GIANELLO GNOATO MORELI
Socióloga
LUIZ MARCELO FRANZIN
Técnico em Agropecuária
SABÁUDIA-PR
Janeiro/2015
145
CATEGORIA: Inovação em Metodologia de Extensão Rural (3)
NOME DO PROJETO: IMPLEMENTAR AS PRIORIDADES ELEITAS NO PLANO
DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL DE SABÁUDIA
AUTORES: Ivania Maria Gianello Gnoato Moreli - Socióloga (1)
CO-AUTOR PRINCIPAL: Luiz Marcelo Franzin – Téc. em Agropecuária (2)
LOTAÇÃO: (1) Unidade Municipal de Arapongas; (2) Unidade Municipal de
Sabáudia
LOCAL DE APLICAÇÃO: Região: Apucarana/Município: Sabáudia-PR
INÍCIO E CONCLUSÃO DO TRABALHO (MÊS/ANO): Dezembro/2009 a Maio/2014
146
1. SITUAÇÃO ANTERIOR
Quando iniciou se o trabalho no Município de Sabáudia, por estes
extensionistas, autores deste texto, buscou-se conhecer as comunidades, suas
articulações e as famílias de uma forma mais individualizada. Sendo que esta
prospecção ocorria juntamente com ações extensionistas, como cursos, reuniões
técnicas, excursões e dias de campo.
As famílias eram muito reservadas, em algumas comunidades existia uma
desconfiança em relação aos trabalhos que poderiam ser desenvolvidos. Com o
passar do tempo às famílias foram estabelecendo um diálogo mais aberto, e
conseguiu-se acesso mais direto as mesmas. A única organização existente nas
comunidades era a das Igrejas.
Em 2009 a EMATER iniciou a realização dos DRP´s (Diagnóstico Rural
Participativo) em todo o meio rural do município, juntamente com os (as) agricultores
(as) e suas famílias, constatou-se então que havia muitos anseios e existia uma
dependência muito grande da população rural em relação à Prefeitura Municipal
para implementar qualquer atividade e/ou projeto no meio rural.
2. JUSTIFICATIVA
O desenvolvimento rural é parte fundamental no desenvolvimento do
município, em especial nos municípios onde a dimensão econômica, tem como base
a agropecuária. Portanto, a área urbana e rural deve receber a mesma atenção, isto
é, devem ser tratadas com a mesma importância. Diante disso, os conselheiros,
representantes do meio rural no Conselho de Desenvolvimento Rural Sustentável de
Sabáudia, questionavam as diferenças no tratamento nas administrações públicas
entre o rural e o urbano.
Um destes questionamentos referia-se a sempre recorrente indisponibilidade
de recursos para desenvolver ações e/ou projetos no meio rural, sabendo eles da
existência de um orçamento municipal que deveria desenvolver políticas públicas
voltadas ao interesse da maioria da população.
Diante disso uma das propostas prioritárias, que, foi elencada no Plano de
Desenvolvimento Rural referia se a disponibilização de um recurso exclusivo para
ser utilizado no meio rural.
147
3. OBJETIVO DA PROPOSTA
x Objetivo geral:
Implementar as ações priorizadas de forma participativa pelas comunidades
rurais do município de Sabáudia e incluídas no plano de Desenvolvimento Rural
Sustentável.
x Objetivos específicos:
Garantir o repasse de parte do orçamento municipal para a execução de
ações a serem geridas pelo Conselho de Desenvolvimento Rural Sustentável
de Sabáudia;
Promover o meio rural com ações de interesse da comunidade;
Fortalecer o Conselho de Desenvolvimento Rural Sustentável de Sabáudia.
4. PROCEDIMENTOS PRECONIZADOS:
1- Reunião nas Comunidades com objetivo de nivelar as ansiedades e estabelecer
ações de encaminhamento;
2- DRP em todas as comunidades rurais;
3- Escolha de representantes de todas as comunidades;
4- Envolvimento de parceiros com atuação no meio rural;
5- DRP com parceiros e os representantes das comunidades rurais;
6- Elaboração do Plano de Desenvolvimento Rural do Município;
7- Realização da 1ª Conferência Rural de Sabáudia;
8- Efetivação e legitimação do Conselho de Desenvolvimento Rural de Sabáudia;
9- Encaminhamento das prioridades;
10- Reunião com o executivo e legislativo municipal;
11- Reunião com os candidatos ao executivo municipal;
12- Entrega do plano de Desenvolvimento Rural aos candidatos com assinatura dos
mesmos se comprometendo a execução de forma participativa das propostas
contidas no documento, isto, registrado em cartório;
148
13 – Após a eleição reuniões com o executivo, para encaminhamento das propostas
do Plano de Desenvolvimento;
14 – Realização da 2ª Conferência Rural de Sabáudia;
15– Eleição das prioridades para os dois anos seguintes, apresentação dos
representantes das comunidades;
16 – Reuniões periódicas com os conselheiros e parceiros;
5. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA DESENVOLVIDA:
O trabalho começou a ser desenvolvido no ano de 2009, quando a EMATER
fez reuniões em todas as comunidades rurais, e nelas o assunto que mais vinha à
tona era a questão do meio rural ser sempre deixado para trás, nas ações
desenvolvidas pela administração pública. Quando questionados se havia uma
forma de mudar isto, a resposta era que eles precisavam se organizar, se unir.
Diante disso, foi proposto unir as forças, para buscar mudar esta situação, as
comunidades se envolveram, e na sequência deu-se início aos DRPs (Diagnóstico
Rural Participativo) em todo o município.
Após os encontros para os Diagnósticos Rurais Participativos, cada
comunidade escolheu um representante e um suplente para ser o porta voz da
mesma.
Com estes representantes eleitos por suas comunidades mais os parceiros
que tem atuação no meio rural fez-se um outro Diagnóstico Rural Participativo.
DRP com lideranças Municipais
149
Excursão pelo município
Com o material produzido nestes diagnósticos, elaborou-se o Plano de
Desenvolvimento Rural Sustentável de Sabáudia. Após sua aprovação pelos
representantes e parceiros, foi levado a 1ª Conferência Rural de Sabáudia em
dezembro de 2009, onde, a partir de tudo o que tinha sido levantado nas
comunidades elegeram 03 itens, que seriam as prioridades a serem trabalhadas nos
próximos 03 anos.
1ª Conferencia Municipal Rural de Sabáudia
As 03 prioridades eleitas tratavam em primeiro lugar a disponibilização de 3%
do orçamento do município para implementação de políticas públicas voltadas ao
desenvolvimento rural, administrados pelo Conselho de Desenvolvimento Rural
Sustentável de Sabáudia, baseada nas deliberações contidas no Plano de
Desenvolvimento Rural, elaborado com a participação de todas as comunidades e
150
entidades com atuação no meio rural. A segunda elencada questionava a saúde,
tanto a preventiva quanto a curativa, e a terceira tratava da trafegabilidade das
estradas rurais, incluindo as pontes.
Estas foram deliberadas pelos participantes na 1ª Conferência Rural de
Sabáudia realizada em dezembro/2009.
Como primeira atividade a Conferência elegeu a Diretoria do CMDRRS, a
qual encaminharia estas prioridades, bem como, buscaria a legitimação do
Conselho, tornando-o fórum de decisões de tudo o que envolvesse o meio rural.
Café da manhã com lideranças para entrega do Plano de Desenvolvimento
Durante este tempo, realizou-se diversas reuniões encaminhando as
prioridades eleitas no Plano, algumas, avançaram, porém, ficavam sempre
esperando pela boa vontade do poder executivo em exercício, naquilo que lhe cabia.
Assim, uma das situações que mais prejudicava a resolução de muitas questões era
a não disponibilização de recursos na hora em que realmente fosse necessário, e,
isto causava descontentamento em todas as reuniões do conselho.
Reunião CMDRSS
151
No ano de 2012 aconteceu a eleição para prefeito e vereadores. Aproveitando
a oportunidade, o Conselho convidou os candidatos para um debate com os
representantes, apresentando a eles as propostas do Plano e cobrando um
compromisso, se eleito, de seguir buscando sempre o diálogo para executar o que
estava contido no documento. O documento foi entregue e os candidatos assinaram
e registraram em cartório o compromisso da execução e da parceria no cumprimento
do mesmo.
Após a eleição tivemos a 2ª Conferência Rural de Sabáudia, em 2012, onde
se elegeu as prioridades para os 03 anos seguintes, sendo a primeira a
disponibilização de 3% do orçamento municipal para o desenvolvimento de ações e/
ou projetos no meio rural, definidos pelo Conselho de Desenvolvimento Rural, a
segunda manutenção das estradas e pontes rurais e a terceira a segurança rural;
apresentou se os representantes escolhidos nas comunidades e se fez uma
prestação de contas do trabalho já desenvolvido.
2ª Conferencia Municipal Rural de Sabáudia
Dentre as 03 prioridades eleitas a proposta que aparecia sempre em primeiro
lugar era:
¾ Disponibilizar 3% do orçamento municipal para o desenvolvimento de ações e
ou projetos no meio rural, definidos pelo Conselho de Desenvolvimento Rural;
152
Após a posse do prefeito o Conselho iniciou a discussão das prioridades eleitas,
foram realizadas reuniões com o prefeito e os vereadores, buscando apoio também
na câmara de vereadores. Em maio de 2014, conseguimos um acordo onde a partir
desta data abriu-se uma conta na qual seriam depositados mensalmente 1,5% do
orçamento municipal para ser utilizado nas ações e ou projetos de interesse do meio
rural.
Mensalmente são depositados aproximadamente R$ 17.000,00, perfazendo até o
mês de Dezembro/2014 um total de R$ 204.002,20.
Como resultado da utilização destes recursos foi executado projeto alargamento
de algumas pontes, e, também, está sendo trabalhado um projeto de segurança
rural o qual é uma das prioridades elencadas na Conferência.
1ª Obra com o Repasse dos Recursos (Alargamento Ponte)
O Conselho de Desenvolvimento Rural está buscando junto ao executivo e
legislativo tornar lei este repasse para que não fique a mercê da boa vontade de
quem assumir o poder, nas eleições futuras.
6. CONEXÃO DO TEMA COM OS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DO PROJETO
“EMATER DO FUTURO”:
A EMATER do futuro tem como missão “Promover o desenvolvimento rural
sustentável, coordenando, articulando e executando assistência técnica e extensão
rural em benefício da sociedade paranaense” acreditamos que este trabalho esta
voltado exatamente para a missão do Instituto, uma vez que busca o
153
desenvolvimento sustentável, coordena ações, projetos e articula com a sociedade
organizada, caminhos que levam realmente ao desenvolvimento.
A EMATER tem papel relevante em todo este trabalho, pois, desafiou as
comunidades a se engajarem nesta proposta e hoje assume o papel de assessorar,
disponibilizando instrumentais para o encaminhamento das propostas desta
organização, baseada sempre no tripé do desenvolvimento sustentável que significa,
obter o crescimento econômico necessário, garantindo a preservação do meio
ambiente e o desenvolvimento social para o presente e gerações futuras.
O trabalho não se limita na questão econômica, mas abre oportunidade de
participação, de valorização da pessoa tornando-o cidadão, uma vez que
conquistando um direito, todos assumem também os deveres inerentes a questão.
O município todo foi beneficiado, pois, todas as comunidades participam,
trazendo sugestões, novas propostas assim o Plano de Desenvolvimento que é
dinâmico pode ser enriquecido, e/ou alterado a qualquer momento desde que seja
de interesse das comunidades, buscando sempre realizar projetos que sejam de
interesse da maioria, direta ou indiretamente.
As propostas que foram priorizadas na Conferência, e nas reuniões do
Conselho, são debatidas e quando necessário, convidamos alguém com
conhecimento na área em questão para fazer uma explanação da sua experiência e,
após, o Conselho define o encaminhamento.
Diante do recurso depositado, estão sendo elaborados novos projetos
voltados as prioridades elencadas.
7. RESULTADOS DO PROJETO
Quando o agente de desenvolvimento assume o seu papel, possui um grande
envolvimento com a comunidade, pode-se entender que faz parte da história e não é
somente um espectador, é um agente de mudanças.
Verificou-se ao longo do período, mudanças que vão além dos parâmetros
mensuráveis, onde o comportamento, as atitudes, o posicionamento diante da vida
toma um caráter de quem faz a sua própria história, adquirindo autoconfiança, e, é
esta mudança que se constata nestes agentes de desenvolvimento, pessoas, que
tinham dificuldade até em entrar em alguns lugares, quanto mais, sugerir algo, hoje
154
conseguem opinar, buscam saber das coisas, participam mais, e sentem-se
construtor da história.
Quando a EMATER atua efetivamente em conselhos de forma participativa, o
trabalho é ampliado no município, pois neles participam representantes de todas as
comunidades rurais.
As famílias são valorizadas, participam mais, bem como, valorizam ainda
mais o papel da EMATER no município.
Os municípios vizinhos buscam conhecer o trabalho, visando implantá-lo nos
seus e as ações passam a ser mais integradas e articuladas com os parceiros.
Os recursos são repassados mensalmente, as propostas são discutidas e
encaminhadas pelos conselheiros, tendo sido feito um repasse até esta data de
aproximadamente R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais).
8. AGRADECIMENTOS
- As famílias rurais;
- Aos parceiros;
- Ao Prefeito Municipal; e
- A Câmara Municipal de Sabáudia.
9. PARCEIROS PRINCIPAIS
Governamentais: Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento - SEAB e
suas vinculadas, COHAPAR, Secretaria de Estado do Emprego e Relações de
Trabalho, Prefeitura do Município de Sabáudia, Câmara Municipal de Sabáudia,
Banco do Brasil S/A e Caixa Econômica Federal.
Não-Governamentais: - Conselho de Desenvolvimento Rural Sustentável de
Sabáudia - CMDRSS, COCAMAR Cooperativa Agroindustrial, Associação dos
Agricultores e Empreendedores Rurais Familiares de Sabáudia – AAERFAS e
Sindicato Rural de Sabáudia.
155
10. REFERÊNCIAS
RUAS, Elma Dias ET AL. Metodologia participativa de extensão rural para o
desenvolvimento sustentável - MEXPAR - Belo Horizonte, março 2006. 134 p.
CUNHA, Augusto Paulo Guimarães - Comunidade, protagonismo local e gestão
compartilhada: o papel dos agentes de desenvolvimento. In: Congreso
Internacional del CLAD sobre la Reforma del Estado y de la Administración Pública,
2006, guatemala. XI Congreso Internacional del CLAD sobre la Reforma del Estado
y de la Administración Pública, Ciudad de Guatemala, 7 - 10 Nov. 2006, 2006.
FLORI, Emani Maria - Pedagogia do Oprimido (manuscrito em português de 1968).
Rio de Janeiro, paz e Terra, 1970, 218p.
SABÁUDIA, Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável. Plano de
Desenvolvimento Rural Sustentável de Sabáudia, Sabáudia, 2009.
Sabáudia, 15 de Janeiro de 2015.
Ivania Maria G. G. Moreli
Socióloga
Unidade Municipal de Arapongas
Luiz Marcelo Franzin
Técnico em Agropecuária
Unidade Municipal de Sabáudia
156
11. RELAÇÃO DE ANEXOS
01- Reportagem na 1ª Edição da Revista Expotécnica; e
02- Tabela com os valores repassados pelo Município até o momento.
157
158
159
160
161
162
Engenheiro Agrônomo – Pablo Luis Sanchez Rodriguez
Técnico Agrícola - Flavio Jedneralski
MONITORAMENTO E CONTROLE DA SALINIDADE DO
CULTIVO DE TOMATE, EM AMBIENTE PROTEGIDO
(ESTUFA).
Demonstrar
a
salinidade
acompanhamento
presença
durante
do
cultivo
da
o
do
tomate, realizando as intervenções
necessárias na produção de uma
safra.
_______________________________________________
Faxinal - PR
2015
163
164
CATEGORIA:
Inovação em metodologia de extensão rural
NOME DO PROJETO
Monitoramento e controle da salinidade do cultivo de tomate, em ambiente
protegido (estufa).
AUTOR: Engenheiro agrônomo Pablo Luis Sanchez Rodriguez
CO-AUTOR PRINCIPAL: Técnico agropecuário Flavio Jedneralski
LOTAÇÃO: Ivaiporã/Faxinal
LOCAL DE APLICAÇÃO: Município de Faxinal.
INICIO E CONCLUÇÃO DO TRABALHO (MÊS/ANO)
Outubro de 2013 a julho de 2014
SITUAÇÃO ANTERIOR:
Os agricultores não realizam o controle da salinidade, utilizam grandes
quantidades de corretivos e fertilizantes, até mesmo aqueles que fazem a
coleta de amostra de solo. Além disso, há situações onde os agricultores
acreditam que fazendo estas aplicações, a produtividade será sempre maior.
Os agricultores não possuem muito conhecimento sobre nutrição de
tomate (extração e acúmulo de nutrientes), as funções e sintomas de
deficiências e excesso dos nutrientes necessários para uma agricultura
sustentável. Há carência também do conhecimento das formas químicas que
são absorvidas pela planta de tomate, e as interações das formulações
químicas inorgânicas e orgânicas no solo (adubação química, orgânica,
irrigação, e fertirrigação).
165
JUSTIFICATIVA:
A salinidade de um solo refere-se ao conteúdo de vários tipos de sais
presentes na solução do solo, que produzem efeitos nocivos as plantas de
tomate com perda de produtividade e renda, ocasionada pelo aumento da sua
concentração. Os sais podem ser compostos químicos contendo cloretos,
nitratos, sódio, potássio, cálcio, magnésio, e outros elementos presentes nos
corretivos e fertilizantes.
O cultivo de tomate em ambiente protegido no município de Faxinal tem
uma importância muito grande, relacionado ao tripé da sustentabilidade nas
questões social, econômico e ambiental. O PIB proveniente desse cultivo é
muito elevado (o segundo das cadeias do município), com um grande número
de famílias dependentes dessa renda, sofrendo também o impacto ambiental
causado pela demanda e utilização de grandes quantidades de insumos
agrícolas especialmente corretivos e fertilizantes.
O cultivo de tomate em ambiente protegido (estufa), demanda muito
investimento na construção das estruturas, o que proporciona uma estabilidade
na produção e no retorno do investimento feito, além de qualidade do produto e
o aumento da produtividade. Nos últimos 5 anos o município chegou a ter
1.600 estufas, porém no presente ano temos apenas 600 estufas, dentre os
vários motivos de desistência e/ou falência, podemos destacar a presença da
salinidade (perde lucro).
OBJETIVO DA PROPOSTA:
Demonstrar a presença da salinidade durante o acompanhamento do
cultivo do tomate.
ESTRATÉGIAS:
- Fazer as intervenções necessárias na produção de uma safra.
- Controlar a salinidade do solo através do planejamento da unidade produtiva.
- Utilização de metodologia proposta pela pesquisa.
- Utilizar instrumentos de medidas pertinentes a este trabalho, proposto pela
pesquisa.
166
- Utilizar estratégia metodológica extensionista, para divulgação das
informações obtidas junto aos agricultores.
PROCEDIMENTOS PRECONIZADOS:
Antes da implantação do tomate, foi feito uma coleta de amostra do solo
para análise no laboratório de 6 macronutrientes e de 6 micronutrientes e
outros resultados analíticos complementares. Seguindo as recomendações
feitas conforme interpretação dos dados, segue as medidas para a implantação
do tomate:
- Plantio do cultivar Pizzadoro do grupo saladete (italiano).
- Instalação do tensiômetro para determinar o período de irrigação.
- Instalação de duas sondas para extração da solução do solo a uma
profundidade de 20 e 30 centímetros.
Durante o cultivo, o monitoramento da concentração de sais (adubação
de cobertura via fertirrigação) foi feito através da leitura por um aparelho
chamado condutivímetro, que mede o PH e sais presentes na solução (íons na
solução), que possuem a habilidade de conduzir corrente elétrica. O seu
conteúdo será estimado pela condutividade elétrica (C.E.), expressa na
unidade adotada pelo sistema internacional em SIEMENS, sendo o milisiemens
por centímetro (mS/cm).
Monitoramento nutricional da lavoura de tomate tem como objetivos
identificar carências e ou excessos de nutrientes, através da coleta de folhas
do tomate para análise foliar em laboratório, fornecendo assim as informações
necessárias para realizar as intervenções no fornecimento dos nutrientes
durante as várias fases do cultivo.
Leitura das condições físicas do solo foi realizada com o aparelho
chamado de Penetrógrafo, utilizado em vários pontos por amostragem dentro
da estufa, na linha de plantio do tomate.
167
DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA DESENVOLVIDA:
Para fazer a recomendação da necessidade de corretivos e fertilizantes,
foi realizado a análise do solo com antecedência ao plantio do tomate (vide
anexo 1) e recomendado a aplicação antes do plantio de 661 kg de calcário
calcítico, e 285 kg de fertilizante da formula 04-14-08, na área total de 2200
metros quadrados (estufa). O sistema de irrigação foi instalado com
antecedência sendo feito por gotejamento, tendo como fonte de água o
reservatório (ponto mais alto da propriedade) equivalente a 15 m.c.a.(metros de
coluna de água).
O processo de fertirrigação é acionado pelo equipamento denominado
de Venturi (injetor), pelo qual será feito as adubações (manejo) de cobertura
durante todo o cultivo do tomate.
Foi feito o transplante de 3.600 mudas de tomate (apresentando 5 folhas
definitivas, sendo o tamanho ideal) na estufa no dia 04-02-2014, provenientes
de um viveiro registrado. A partir desta data todo o sistema de irrigação foi
acionado pelo monitoramento e leitura do tensiômetro (vide anexo-2).
Após 20 dias desde o transplante do tomate, começou a ser feito a
adubação de cobertura (vide anexo-3) de acordo a necessidade do tomate.
A partir do dia 14-03-2014 (leitura número 1) começou a ser feito a
coleta da solução do solo através das sondas instaladas na linha de plantio do
tomate a 20 e 30 centímetros de profundidade. Era feito a leitura do pH e da
salinidade imediatamente após a coleta através do condutívimetro, efetuando
sucessivamente as coletas da solução do solo e sua leitura respectivamente
(vide anexo-4 e 5).
O cultivo do tomate suporta o limite máximo de salinidade do solo até 2,5
mS/cm (vide anexo 5) sem registrar perdas de produtividade, sendo
considerado cultura moderada. Valores acima do limite mencionado causam
diminuição de rendimento de 10% para cada 1 mS/cm, sendo acumulativos.
168
No acompanhamento da extração da solução do solo até a leitura
número 12, a unidade SIEMENS não ultrapassou mais de 2,5 mS/cm (limite
Maximo permitido para o tomate), porém na leitura número 13 da solução a 20
centímetros de profundidade houve um aumento drástico para 3,11 SIEMENS
( mS/cm), imediatamente foi feito a intervenção para modificar a formulação da
fertirrigação e procurar verificar outros fatores que estariam interferindo no
sistema.
As leituras foram feitas 2 vezes por semana sempre 24 horas após a
realização da fertirrigação. Nas leituras seguintes (13 a 17) da sonda de 20
centímetros, houve um aumento crescente na unidade SIEMENS, mesmo após
as intervenções feitas na quantidade e mudando sua formulação que atingiu a
máxima de 4,43 SIEMENS (mS/cm).(vide anexo 5).
Na data de 07-04-2014 foi feito a primeira coleta de folhas de tomate e
na data de 02-05-2014 foi feita a segunda coleta de folhas. Esses dados
serviram para fazer a análise completa dos nutrientes (vide anexo 6),
fornecendo dados sobre a nutrição equilibrada e adequada para o tomate.
Mesmo conferindo a concentração dos fertilizantes (gramas por litro de
água pelo número de plantas de tomate) que estava de acordo com o nível de
nutrientes fornecidos as plantas, decidimos investigar o fator físico do solo com
relação ao preparo e o perfil do solo. Na data de 25-04-2014 (leitura número
15) abrimos uma trincheira de 60 centímetros de profundidade para analisar o
perfil do solo, utilizamos o penetrógrafo para fazer 7 amostras nas linhas do
tomate (vide anexo 7) e constatamos a presença de camada muito compactada
a 20 centímetros de profundidade (vide fotos). Assim chegamos à conclusão de
que a fertirrigação (solução do solo) estava mais acumulada e concentrada na
sonda a 20 centímetros. Vale resaltar que na sonda instalada a 30 centímetros
de profundidade, em nenhum momento as leituras ultrapassaram o valor de 2,5
SIEMENS (mS/cm), permanecendo na normalidade durante a realização do
trabalho.
169
Decidimos fazer novas intervenções na fertirrigação para controlar a
unidade da salinidade (SIEMENS), que começou a diminuir a partir da leitura
número 18 até a ultima leitura a de numero 29 (vide anexo 5). A partir da leitura
de número 22, começou a ser normalizado o controle da salinidade (2,5
mS/cm), sendo mantido essa normalidade até a leitura final de número 29.
Após a leitura 29 o produtor continuou a colheita normalmente que teve inicio
no dia 02-05-2014 e teve o termino em 10-07-2014. Durante todo ciclo do
tomate, houve preocupação com a produtividade, manejo da cultura, gestão, e
o lucro do cultivo do tomate.
CONCLUSÃO:
O monitoramento da salinidade para o cultivo de tomate em ambiente
protegido (estufa) sofre interferências de muitas variáveis, como preparo do
solo com profundidade desejada, aplicação de fertilizantes antes do plantio de
maneira uniforme, fertirrigação planejada e compatível com as reações
químicas que irão interferir nos nutrientes macronutrientes e micronutrientes no
solo, qualidade da água de irrigação e análise foliar para detectar excessos e
ou deficiências para poder realizar intervenções oportunas e imediatas.
170
CONEXÃO DO TEMA COM OS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DO PROJETO
*EMATÉR DO FUTURO*:
Este trabalho está focado para atender as expectativas dos beneficiários
preferencialmente para o público assistido (Unidade Produtiva Familiar – UPFs)
assim também como o público orientado. O compromisso desse trabalho é
agregar valor aos negócios com a cadeia do tomate cultivado em ambiente
protegido (estufa), tendo como bases para este trabalho a difusão do
conhecimento, da qualificação e despertar a necessidade e o interesse das
famílias com maior competência, para obter maior renda líquida, propiciando
melhor qualidade de vida e acesso a outras políticas públicas.
O sistema agrícola do tomate como um todo terá um impacto ambiental
baixo, pela aplicação racional de insumos modernos com maior critério e
escolha mais adequada para a integração com outras praticas agronômicas de
manejo de solo e água.
ABRANGÊNCIA:
Na estratégia metodológica programada, houve atendimento em dia de
campo a 200 famílias e reuniões na comunidade com participação dos vizinhos
da propriedade. Houve também a participação de profissionais do Instituto
EMATÉR de vários municípios da região e outras regiões, da SEAB, iniciativa
privada, e de empresas multinacionais.
Quanto a adesão de produtores de tomate para controle da salinidade,
verifica-se a campo que 53 produtores (inicio de adotadores), já estão
utilizando esta pratica.
171
RESULTADOS DO PROJETO
Dentro dos benefícios gerados diretos para o agricultor, podemos citar a
diminuição da aplicação de fertilizantes, que provocavam maior salinidade no
solo quando os níveis ultrapassavam 2,5 SIEMENS (mS/cm). As intervenções
feitas trouxeram maior aproveitamento dos fertilizantes e consequentemente
um maior lucro final ao produtor.
A comunidade irá se organizar para fazer a compra grupal de kit para
monitoramento da salinidade, condutivímetro, sondas e tensiometro.
A atividade do cultivo do tomate nesta unidade demonstrativa foi
realizada numa área de 0,22 hectares, apresentando uma produção de 13.860
kg de tomate com um custo total de R$ 10.048,00. A comercialização desse
tomate foi efetuada a R$ 1,82 por kg, proporcionando uma receita total de R$
25.225,20 e fornecendo um lucro final de R$ 15.177,20. Vale destacar que no
custo total esta incluso os insumos e a mão de obra (equivalente ao salário
mínimo) do próprio produtor, desta maneira a renda e o custo beneficio para o
produtor e sua família foi altamente rentável.
172
AGRADECIMENTOS:
Paulo Hidalgo ex-articulador de Olericultura da macro norte
Nilson Ladea articulador de Olericultura da macro norte
Equipe regional de Ivaiporã
Equipe municipal de faxinal, Cruzmaltina, Borrazópolis, e Marilândia do sul
PARCEIROS PRINCIPAIS:
Bayer Cropscience (multinacional), Petroisa (empresa de insumos e irrigação)
e Família do Produtor Valmir da Silva Borges
REFERENCIAS:
Tomate: produção em campo, casa de vegetação e em hidroponia
Editor: Marco Antônio Resende Alvarenga-Lavras.
Editora UFLA, 2004
ANEXOS:
Fotos, anexos 1 a 7, vídeo, convite dia de campo
Ivaiporá 28 de janeiro de 2015
Assinatura
Assinatura
173
ANEXOS
174
Perfil do solo tomate 2014
175
Extracao da solucao do solo Tomate 2014
176
Extração da solução do solo Tomate 2014
2014-03-19 15.04.50
2014-03-19 15.04.59
2014-03-19 15.05.21
2014-03-19 15.05.43
2014-03-19 15.05.56
177
2014-03-19 15.06.21
2014-03-19 15.06.37
2014-03-19 15.06.56
2014-03-19 15.07.14
2014-03-19 15.07.37
2014-03-19 15.09.19
178
179
180
181
182
183
184
185
5,00
Índices de Salinidade (C.E.) em Estufa de Tomate- Faxinal-PR- 2014
4,43
4,50
4,08
3,90
4,00
3,66
3,43
3,50
3,00
3,25
3,11
3,19
2,78
2,60
2,45
2,41
2,30
2,35
2,23
2,20
2,18
2,41
2,07
2,03
1,98
1,93
1,92
1,91
1,90
1,87
1,84
1,81
1,781,79
1,75
1,74
1,73
1,70
1,62
1,95
1,58
1,55
1,57
1,86
1,83
1,79
1,40
1,72
1,32
1,57
1,63
1,56
1,15
1,14
1,05
1,00
0,96
1,16
0,81
1,08
1,01
2,50
2,50
2,00
1,50
1,00
0,50
0,00
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
186
21
22
23
24
25
26
27
28
29
CE-20 cm
CE- 30 cm
Leituras
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
Leituras de salinidade do tomate em ambiente protegido
Data
Sonda 20cm Sonda 30cm PH 20 cm PH 30 cm
14/03/2014
2,5
1,58
7,53
7,12
17/03/2014
1,84
1,05
7,69
7,86
18/03/2014
1,62
0,81
7,97
8,12
19/03/2014
1,57
1
7,91
8,22
22/03/2014
1,73
1,01
7,84
8,15
24/03/2014
1,87
0,96
7,68
8,08
27/03/2014
2,23
1,08
7,57
8,08
02/04/2014
1,98
1,15
8,07
8,33
04/04/2014
2,35
1,16
7,79
8,19
07/04/2014
2,2
1,14
7,75
8,11
10/04/2014
2,41
1,32
7,62
8,04
14/04/2014
2,41
1,4
7,82
8,12
17/04/2014
3,11
1,55
7,47
7,9
21/04/2014
3,25
1,75
7,73
8,13
25/04/2014
3,66
1,9
7,63
8,08
28/04/2014
3,9
1,86
7,81
8,12
02/05/2014
4,43
1,91
7,77
8,07
05/05/2014
4,08
2,03
7,79
8,15
08/05/2014
3,43
1,95
7,48
7,94
12/05/2014
3,19
1,92
7,96
8,18
16/05/2014
2,78
1,83
7,6
7,82
20/05/2014
2,6
1,81
7,61
7,84
23/05/2014
2,45
1,79
7,63
7,86
27/05/2014
2,3
1,74
7,65
7,9
30/05/2014
2,18
1,72
7,64
7,94
02/06/2014
2,07
1,7
7,7
8,03
04/06/2014
1,93
1,63
7,83
8,16
06/06/2014
1,78
1,57
7,65
7,78
10/06/2014
1,79
1,56
7,81
8,01
187
188
Administrador – Valdimir de Jesus Passos
Assistente Administrativo - Wander Adriano Maluf Miranda
PROCESSO DE QUALIFICAÇÃO DA ÁREA
ADMINISTRATIVA DO INSTITUTO EMATER
Melhorar
a
eficiência
administrativa
do
Instituto EMATER da região de Cornélio
Procópio,
através
de
uma
qualificação
contínua dos recursos humanos disponíveis
(efetivos, cedidos e estagiários), de todas as
23 unidades municipais e unidade regional, e
consequentemente proporcionar uma maior
efetividade das ações nos processos do
Instituto.
______________________________________________________
Região de Cornélio Procópio - PR
2015
189
190
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191
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207
208
Assistente Administrativa – Roseli Maria Hamad Romanichen Otto
PADRONIZANDO PROCESSOS E AMPLIANDO
ATENDIMENTOS ADMINISTRATIVOS NA REGIÃO DE
IVAIPORÃ
Trabalho
continuamente
executado na Região de
Ivaiporã com o objetivo de
padronizar a organização
da
estrutura
física
e
melhorar a qualidade dos
serviços
administrativos
prestados
nas
municipais.
Pitanga - PR
2015
209
unidades
210
CATEGORIA:
Inovação em Processos Internos
NOME DO PROJETO:
Padronizando processos e ampliando atendimentos administrativos na Região
de Ivaiporã.
AUTOR:
Roseli Maria Hamad Romanichen Otto
LOTAÇÃO:
Unidade Municipal de Pitanga
LOCAL DE APLICAÇÃO:
Unidades municipais de: Boa Ventura de São Roque, Cândido de Abreu, Mato
Rico, Nova Tebas, Pitanga e Santa Maria do Oeste.
INÍCIO E CONCLUSÃO DO TRABALHO (MÊS/ANO):
A aplicação do processo teve início em Junho de 2013, sendo trabalho
continuamente executado.
SITUAÇÃO ANTERIOR:
As
unidades
municipais
apresentam
rotatividade
constante
de
estagiários, com deficiência de capacitação na área administrativa e os
extensionistas locais com atividades técnicas que demandam todo seu tempo,
dificultando orientação necessária, com isso a equipe ficava com estagiário
apenas como recepcionista e não integrado aos assuntos do Instituto.
A falta de orientação devida aos estagiários acabava por acarretar sérios
problemas
administrativos,
tais
como:
atraso
nos
compromissos
calendarizados; falta de comunicação eficaz entre a equipe; mau atendimento
211
ao público externo e interno; arquivamento de documentos em papel e
digitalizados; lançamento de resultados.
JUSTIFICATIVA:
O trabalho realizado visa capacitar os estagiários para que possam
colaborar com o andamento dos trabalhos da equipe municipal no atendimento
ao público interno e externo, atendimento ao telefone, agendamento dos
compromissos da equipe, colaboração na organização da unidade municipal,
elaboração de correspondências, relatórios, conhecerem todo o sistema
informatizado do Instituto: SAFE, SISATER, Central de Viagem e Expresso
Livre, entre outros.
Visa também contribuir com os colegas extensionistas na organização e
zelo da unidade municipal, seja no seu visual interno ou externo, como, por
exemplo, na distribuição harmoniosa dos móveis nos escritórios, distribuição
dos quadros, objetos, organização das salas, das mesas, dos arquivos.
Salienta-se que as mesmas orientações são prestadas também aos
cedidos pelas prefeituras municipais e aos terceirizados, pois juntos formam a
equipe de cada unidade municipal.
OBJETIVO DA PROPOSTA:
Melhorar a qualidade dos serviços administrativos prestados nas
unidades municipais.
PROCEDIMENTOS PRECONIZADOS:
Orientar a padronização visual da estrutura física interna e externa das
unidades municipais; melhorar o atendimento ao público interno e externo;
padronizar o uso dos formulários, o encaminhamento dos relatórios,
documentos, correspondências, memorandos e outros documentos solicitados;
melhorar o uso e o atendimento ao telefone; organizar os arquivos de papel e
eletrônicos.
212
DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA DESENVOLVIDA:
O trabalho vem de longa data, quando do início dos trabalhos em ADI – Área
de Desenvolvimento Integrado em 2004, a região de Ivaiporã foi divida na
época em três ADI’s, Pitanga sendo sede de uma delas. O Gerente Municipal
Vilmar Natalino Grando, articulador da ADI de Pitanga percebeu as dificuldades
dos técnicos locais sob sua coordenação, em relação aos trabalhos
administrativos ocasionados pela rotatividade dos estagiários. Essa situação
acabava por acumular mais trabalho aos mesmos em detrimento do trabalho
técnico de campo
Para contornar parte dos problemas resolveu-se pela prestação
de assessoria às equipes da ADI de Pitanga, pela assistente administrativa da
unidade municipal eu, Roseli Maria Hamad Romanichen Otto.
Num primeiro momento participando das reuniões de ADI, prestando
orientações ao grupo, depois por telefone, e-mail, e visitas in loco. Esta
situação perdurou até o ano de 2013 quando a Equipe Regional de Ivaiporã
entendeu que este trabalho que vinha apresentando bons resultados poderia
ser aplicado em toda região.
Para divulgar a idéia convidaram as demais assistentes administrativas da
região para uma reunião onde foi apresentado o trabalho que vinha sendo
realizado.
O Coordenador Administrativo Regional e a Gerente Regional dividiram
as unidades municipais em quatro setores, sempre pensando na redução de
custos e facilidade de locomoção, ficando cada administrativa com as unidades
municipais mais próximas de sua sede; as não habilitadas a dirigir ficaram
assessorando por e-mail, telefone. As assistentes administrativas regionais
ficaram na retaguarda, incentivando, orientando, pois são elas quem recebe a
documentação dos locais e sabem das necessidades de cada estagiário. A
coordenação do processo ficou a cargo do Coordenador Administrativo
Regional.
Recebemos o título de “O TIME DAS MENINAS DA EMATER DA
REGIÃO DE IVAIPORÔ.
213
As “meninas” foram a campo propriamente dito, com um roteiro
padronizado de todas as atividades (anexo 01), temas executados no dia a dia,
observando certa flexibilidade, pois cada unidade municipal é única.
O formulário foi baseado também nas orientações recebidas em 2012 num
treinamento com a Jussara Ribeiro da Unidade Estadual do Instituto EMATER.
Ela expôs, com propriedade, questões relativas ao uso e atendimento
adequado do telefone, atendimento ao público interno e externo, atitude
pessoal, convivência agradável no ambiente do trabalho, postura no ambiente
profissional, comportamento, correspondência oficial, entre outros.
ESTRATÉGIA DE EXECUÇÃO DESTAS ATIVIDADES NA ÁREA DE
ABRANGÊNCIA DO MUNICÍPIO DE PITANGA
Aproveitando que o Gerente Municipal de Pitanga é também
Coordenador Regional dos municípios já citados, o atendimento é realizado em
conjunto, ou seja, nos dias em que ele marca coordenação in loco é agendado
também com o estagiário, e com o técnico da Unidade Municipal a visita
administrativa. Para melhor resultado são consultadas as assistentes
administrativas regionais para saber da necessidade do momento e focar a
orientação. Aproveitando a carona o custo diminui para o Instituto e se presta
assessoria ao estagiário e a equipe técnica, quando necessário.
Com esse trabalho individual o estagiário fica capacitado para exercer as
funções a ele designadas, o técnico e o Instituto ganham com essa ação,
diminuindo a incidência de erros, redução de gastos com telefone, ganhando
mais tempo e agilidade, melhorando a harmonia local com melhores condições
e qualidade do trabalho. Todos saem ganhando, principalmente o agricultor
assistido, pois se foi bem atendido pelo estagiário, poderá não haver
necessidade de retorno, o que agiliza o atendimento.
As visitas realizadas são abrangentes, pois envolvem orientações na
parte externa, como por exemplo, manutenção da jardinagem, manutenção da
estrutura física da unidade municipal, orientação na pintura, principalmente a
externa, porque temos um padrão de pintura na fachada.
214
O trabalho veio contribuir para valorizar a área administrativa. A equipe
regional apostou na experiência do seu quadro de assistentes administrativas,
o que no vocabulário atual do Instituto é entendido por meritocracia. Ressalto
que este processo tem sido avaliado no sistema de gerenciamento.
CONEXÃO DO TEMA COM OS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DO PROJETO
“EMATER DO FUTURO”:
> Padronizar as estruturas das unidades municipais:
- Distribuir os móveis harmoniosamente;
- Distribuir cartazes, com coerência para não poluir visualmente;
- Sugerir modelo de como fazer o suporte e onde colocá-lo para não estragar a
pintura.
> Padronizar a aparência interna e externa das unidades municipais:
- Interna – cada qual cuida de sua sala, sua mesa, para maior conforto e
comodidade;
- Externa – por exemplo, a pintura tem um padrão de cores. Procurarem seguir
este modelo;
- Grama, mato, calçada em frente e aos arredores das unidades, isso tudo bem
limpo embeleza a aparência, fica mais bonito, chama a atenção e é de
responsabilidade de toda a equipe.
> Padronizar o atendimento ao público externo e interno:
- No atendimento e uso ao telefone;
- No atendimento pessoal;
- Recebimento e resposta aos e-mails.
> Padronizar os formulários e o encaminhamento dos relatórios, documentos,
etc.:
215
- Quanto aos relatórios, ofícios, e-mail a EMATER tem um padrão oficial, e para
observância disto todos os administrativos passaram por capacitação;
- Quanto às datas e horários, orienta-se para que sejam cumpridos.
> Padronizar os arquivos:
- Todas as unidades municipais receberam uma sugestão para padronizar os
arquivos, com numeração das pastas, ordem na colocação, ordem de
programa, etc.
ABRANGÊNCIA (agricultores beneficiados, técnicos, famílias beneficiadas,
Instituto, funcionários).
Todos ganham com um atendimento eficiente pelo (a) recepcionista,
secretário (a), nesse momento ele (a) é o cartão de visita do Instituto e a
primeira impressão é a que fica.
Os agricultores familiares são os beneficiados com essa atitude do
atendente, informando da melhor maneira possível. O agricultor não perde
tempo e nem dinheiro indo e vindo da comunidade para ser atendido pelo
técnico; informações básicas como: receber uma análise de solo e dar
encaminhamento, informar os documentos necessários para elaboração de
uma DAP, entre outros.
Paralelo a esse processo o técnico potencializa o atendimento nas
comunidades, facilitando o trabalho, que assim dispõe de mais tempo para o
atendimento a campo. O Instituto é beneficiado pela redução de custos e
atendimento com maior eficácia ao público interno e externo.
RESULTADO DO PROJETO: benefícios gerados na renda do agricultor
(quantificar), na qualidade de vida das famílias, ao meio ambiente, à
organização do trabalho, impacto na comunidade, município, EMATER:
Difícil de quantificar os benefícios gerados, no entanto fácil de identificá-los,
como:
- Mais agilidade e qualidade da informação ao produtor;
216
- Permanência por mais tempo do produtor na propriedade;
- Redução de despesas do produtor em busca de informações nesse
deslocamento fora de seu domicílio;
- Na organização gera menos retrabalho com maior qualidade das informações
e das tarefas do dia a dia;
- Libera mais o técnico para se dedicar às atividades fim da Instituição;
- Impacto na comunidade se dá pela maior presença do técnico ao campo e
maior permanência do produtor em sua atividade geradora de renda.
No Município e EMATER:
- Melhoria dos serviços prestados no atendimento ao agricultor familiar;
- Visibilidade e uniformidade dos trabalhos na Região de Ivaiporã,
possibilitando maior agilidade nas informações solicitadas;
- Plano de capacitação continuo, levando ao aprimoramento;
- Interação entre técnico / administrativo facilitado;
- Ampliação das competências;
- Ampliação da área geográfica dos serviços (local para ADI);
- Motivação, valorização dos funcionários;
- Segurança na realização dos trabalhos executados baseada em informações
padronizadas;
- Com a somatória destas ações o resultado dos trabalhos de ATER qualificado
é extensivo para os agricultores familiares.
AGRADECIMENTOS:
A Gerente Regional de Ivaiporã - Vitória Maria Montenegro Holzmann
Ao Coordenador Administrativo – Lairton Pedro Timóteo
A Assistente Administrativa Regional – Nádia Okawa Bonfim Chagas
Ao Gerente Municipal – Vilmar Natalino Grando
217
PARCEIROS PRINCIPAIS:
Equipe da unidade municipal de Boa Ventura de São Roque
Equipe da unidade municipal de Cândido de Abreu
Equipe da unidade municipal de Mato Rico
Equipe da unidade municipal de Nova Tebas
Equipe da unidade municipal de Pitanga
Equipe da unidade municipal de Santa Maria do Oeste
REFERÊNCIAS:
Nada a relatar.
ANEXOS:
1. Roteiro padronizado das atividades para as primeiras visitas.
2. Relatório das orientações prestadas.
3. Depoimento da Gerente Regional de Ivaiporã – Vitória Maria Montenegro
Holzmann
4. Depoimento Gerente Municipal de Pitanga / Coordenador Regional de
Ivaiporã - Vilmar Natalino Grando
5. Depoimento do Estagiário de Boa Ventura de São Roque – Efraim Victor
Jauer Ribeiro
6. Depoimento Técnico cedido pela Prefeitura Municipal de Boa Ventura de
São Roque – Leandro Ribeiro Gloeden
7. Depoimento Gerente Municipal de Cândido de Abreu e Equipe – Osvaldo
Matyak
8. Depoimento Extensionista Municipal de Mato Rico – Jean Carlos Rodrigues
9. Depoimento Extensionista Municipal de Nova Tebas - Marcos Antonio de
Freitas
218
Pitanga, 18 de Dezembro de 2014.
Roseli Maria Hamad Romanichen Otto
Matrícula 3022
Assistente Administrativo.
219
Anexo - 1
ROTEIRO PADRONIZADO DAS ATIVIDADES DIÁRIAS PARA TRATAR NAS
UNIDADES MUNICIPAIS.
Boa Ventura de São Roque– Cândido de Abreu - Mato Rico – Nova Tebas –
Pitanga – Santa Maria do Oeste
DATA -
VISITA Nº.
PARTICIPANTES -
Objetivos:
> Padronizar as estruturas das unidades municipais;
> Padronizar a aparência interna e externa das unidades municipais;
> Padronizar o atendimento ao público externo e interno;
> Padronizar os formulários e o encaminhamento dos relatórios, documentos;
> Padronizar os arquivos.
ASSUNTO
O QUE TRATAR
COMPROMISSOS
Anotações
Compromissos, datas, recados.
Armários
Limpos e organizados.
Arquivo morto
Permanecer arquivado durante
05 (cinco) anos; fazer o arquivo
morto com orientação do
responsável pela Unidade;
Rasgar em pequenos pedaços.
Arquivos
Limpos e organizados.
Atendimento
Atender o cliente externo e
ao
interno com objetividade,
cliente
delicadeza e presteza.
220
PRAZO RESPONSÁVEL
Ausência
Avisar o responsável imediato
no
com no mínimo de três dias de
trabalho
antecedência, exceto
emergências médicas.
Bilhete
Claro, objetivo e papel
adequado.
Boletim
Encaminhar até o 5º dia útil,
de
assinado pelos funcionários,
frequência
anexando os atestados médicos
e folha ponto.
Cafezinho / chá
Fazer diariamente, se
necessário.
Calendário
Passar por e-mail para o seu
quinzenal
coordenador regional e para a
gerente regional na manhã de
segunda-feira.
Computador
É controlado o uso pela Unidade
Estadual; é um arquivo,
organizar de forma que todos
entendam, é de uso coletivo;
proibido o uso das redes sociais;
uso exclusivo para o bom
andamento do trabalho;
site só os do Instituto e
relacionados ao trabalho;
conservar limpos; desligar no
final da tarde.
Conserto e
Mensal – postar todas as
manutenção
despesas com os veículos
de
(abastecimento, lavagens,
DETO, Manutenção, coletar os
veículos
dados da prestação de contas).
221
Controle geral
Tudo o que foi possível.
Crachá
Uso obrigatório.
Declaração
Elaborar os solicitados pelo
e
técnico e dar prosseguimento,
Documentos
conforme os padrões do
Instituto, o responsável pela
unidade municipal assina.
Diária
Responsabilidade do técnico (se
necessário delegada ao
administrativo).
Economia
Sempre.
Empréstimo
Só com a autorização do
de
responsável pela unidade e com
materiais
assinatura no termo próprio de
empréstimo.
E-mail
Lembrar o responsável para
responder dentro do prazo;
Salvar ou imprimir.
Feriados
Colocar no calendário quinzenal.
municipais
Folha ponto
Estatutários, estagiários e
administrativos cedidos pelas
Prefeituras, assinar diariamente
e encaminhar ao regional com o
boletim de frequência.
Horário de
Colocar um aviso visível.
expediente
Identificação
Maior aproveitamento e
de
economia de envelopes.
malote
222
Informações
Claras, objetivas e precisas aos
técnicos e públicos.
Jornais
Discreto em ambiente reservado.
Limpeza
Diária: ambiente limpo e
organizado.
Lista
Diariamente, assinada, datada e
de
encaminhar ao regional até o 5º
presença
Malote
dia útil.
Sempre mandar dentro dos
prazos previamente
estabelecidos.
Mapa
Enviar junto com as propostas,
comparativo
completo e assinado pelo
técnico.
Materiais
Organizar todos.
Memorando
O responsável é quem assina; o
administrativo elabora em duas
vias; seguir a ordem numérica.
Ofício
O administrativo é quem
elaborada; seguir os padrões do
Instituto; o responsável quem
assina; seguir a ordem
numérica.
Organização
Como um todo: arquivos, mesas,
do
almoxarifado, cozinha, banheiro,
escritório
visual, parte externa...
Pasta para
Equipe maior, fazer identificação
malote
com visto de todos.
Pontualidade
Essencial, sempre.
Porta fechada
Colocar aviso: onde está.
223
Proposta de
Fazer dentro dos padrões
preços
estabelecido pelo financeiro.
Providências
Lembrar os técnicos dos
compromissos, responder email...
Ramais
Colocar identificação nos
telefones.
Recados
Anotar todos e repassar para os
técnicos e/ou deixar bilhete claro
e objetivo.
Relação
Padronizar a sequência das
arquivo
pastas com numeração.
Relação de
Mensal, fazer à média dos
abastecimento
veículos e lançar no CMV.
SAFE
Solicitação de recurso, sob
orientação do técnico solicitante,
fazer fechamento após o evento.
SISATER
Digitação responsabilidade do
administrativo, desde que o
técnico passe os dados, senha.
Som
Restrito. Atrapalha a
concentração dos demais.
Telefone
Atender com sorriso e clareza;
anotar os recados; abrir uma
pasta no computador “Telefone”
para: produtores, unidades
municipais, central....
Uso do Celular
Uso particular restrito.
224
ALGUMAS UNIDADES MUNICIPAIS
Alevinos
Organizar as vendas, fazer os
e
controles e colaborar na
frutíferas
Análise de solos
distribuição.
Fazer os controles, receber,
encaminhar e entregar.
VISIBILIDADE / ESTRUTURA / VALORES
Aparência
Manter-se discreto (menos é
pessoal
mais)
Aparência
Arquivos, armários, mesas,
unidade
paredes.
Atitude
Tomar providência sempre
que necessário.
Comprometimento
Se comprometer com o que
faz e bem feito.
Confiabilidade
Confiar na sua intuição.
Conhecimento
Aproveite e passe adiante.
Ética
Sempre e necessária.
Habilidade
Desenvolver a sua.
Probidade
Integridade.
Respeito
Para com os demais.
Responsabilidade
Eterna
Transparência
Sempre
225
PASSAR POR E-MAIL – FORMULÁRIO PADRÃO DO INSTITUTO MAIS OS
ELABORADOS NA UNIDADE MUNICIPAL DE PITANGA
FORMULÁRIO
DATA
Arquivo morto
Boletim de frequência
Calendário quinzenal
Controle de análise de solo
Declaração
Folha ponto
Horário de expediente
Identificação malote
Identificação / lembrete porta
Lista de presença diária
Mapa comparativo
Memorando
Missão do Instituto – colocar no
quadro
Ofício - modelo
Ofício - numeração
Orçamento
Prestação de contas - formulário
Ramais
Redação oficial – Jussara Ribeiro
Relação de abastecimento
Relação de arquivo
Telefones
Termo de empréstimo
226
RESPONSÁVEL
DEMANDA DA EQUIPE / UNIDADE MUNICIPAL
ASSUNTO
DATA
227
RESPONSÁVEL
Anexo - 2
Boa Ventura de São Roque– Cândido de Abreu - Mato Rico – Nova Tebas –
Pitanga – Santa Maria do Oeste
DATA -
VISITA Nº.
PARTICIPANTES ORIENTAÇÕES PRESTADAS
228
SITUAÇÃO
Anexo - 3
Depoimento:
O Instituto EMATER da Região de Ivaiporã tem 22 (vinte e duas) unidades
municipais. Destas somente 06 (seis) unidades têm auxiliares administrativas
do
Instituto
EMATER,
ou
seja,
faltam
16
(dezesseis)
funcionários
administrativos para suprir as necessidades atuais da infraestrutura, faltando
contratação por parte do Governo Estadual a mais de 25 anos nesta área. Para
suprir essas vagas o Instituto contrata temporariamente estagiários de nível
médio dentro de um período de 06 (seis) meses a 02 (dois) anos, os quais por
maior bom vontade que apresentem existe limitações devido à idade, falta de
experiência para desempenhar os serviços demandados de um escritório da
EMATER.
No ano de 2013 devido às dificuldades existentes nas unidades municipais em
relação aos trabalhos na área administrativa, a região optou por aproveitar a
experiência
das
auxiliares
administrativas
existentes
e
distribuiu
geograficamente escritórios próximos de suas sedes para trabalhar com
estagiários. Surgiu a ideia de utilizar o exemplo da unidade municipal de
Pitanga como modelo de organização da estrutura das unidades locais na
região de Ivaiporã.
Para os técnicos que estavam encontrando dificuldades para manter um nível
mínimo de organização nos escritórios, puderam então contar com a auxiliar
administrativa, Roseli Maria Hamad Romanichen Otto, que vem executando o
trabalho com maestria, auxiliando os técnicos e estagiários em 06 (seis)
municípios no entorno de Pitanga e estendendo seus conhecimentos e
habilidades as outras auxiliares administrativas da região de Ivaiporã, que
colaboram com as demais unidades locais.
Para nós do Regional com essa proposta diferenciada de trabalho pioneiro, a
qual está sendo executada com propriedade, tem nos dado tranquilidade na
resolução dos problemas e na coordenação administrativa das unidades. Os
técnicos e estagiários se reportam às administrativas, as quais orientam e
capacitam, resolvem os problemas momentâneos, organizam as atividades,
229
documentação, lançamentos, atendimento ao público, além de treinarem os
estagiários, que foram potencializadas com a adoção desta nova metodologia
de trabalho realizada na região.
Vitória Maria Montenegro Holzmann
Gerente Regional de Ivaiporã
230
Anexo - 4
DEPOIMENTO:
A partir do momento em que a área administrativa propôs a uniformização de
procedimentos
administrativos
permitiu
proporcionar
aos
técnicos
e
administrativos dos locais envolvidos, o conhecimento e a visão de um conjunto
de procedimentos que ao serem adotados melhoram a qualidade dos serviços
administrativos e consequentemente melhoram o serviço da extensão ofertado
ao produtor rural, nosso cliente principal.
Vilmar Natalino Grando
Gerente Municipal de Pitanga
Coordenador Regional de Ivaiporã
231
Anexo - 5
Depoimento:
Eu, Efraim Victor Jauer Ribeiro, estagiário da unidade municipal da EMATER
de Boa Ventura de São Roque, venho dizer o meu muito obrigado e
parabenizar você Roseli Maria Hamad Romanichen Otto, mais conhecida como
Rose, pelo esforço e dedicação com nós estagiários. Acho que posso falar
pelos demais profissionais que atuam no Instituto EMATER, o que seria de nós
sem você Rose, nos orientando, repassando os nossos deveres do dia primeiro
ao dia primeiro.
Posso dizer que não seria nada fácil fazer algo sem sua orientação, chamando
a atenção, lembrando de mandar a lista de assinaturas do controle de
atendimento, calendário quinzenal, orientando nos sistemas como o SISATER,
o SAFE, orçamentos, prestação de contas e os demais me pareciam muito
complicados, mais ficaram muito fáceis depois de suas instruções. Ainda
lembro de quando cheguei aqui para fazer a entrevista. Depois da entrevista eu
agradeci a você e ao Vilmar Natalino Grando – Coordenador Regional de
Ivaiporã, por me darem à oportunidade de conhecê-los e poder ser
entrevistado, e agora agradeço por terem me escolhido para fazer o estágio e
me dar à oportunidade de aprender e adquirir experiências e poder trabalhar
(estagiar) com vocês.
Apesar de nossos erros, você sempre alegre e passando energia positiva para
a gente, eu só tenho a agradecer esses meses que fiquei aqui, aprendi muito e
com certeza cada dia aprendo mais e mais, a minha caminhada agora é outra
mais pode ter certeza que vou levar o que aprendi com você para o resto de
minha caminhada.
Meu muito obrigado.
Efraim Victor Jauer Ribeiro
Estagiário
Unidade Municipal de Boa Ventura de São Roque.
232
Anexo - 6
Depoimento:
Hoje também é um dia muito especial para mim, isso se faz por um motivo
mais que especial, simples assim descreve a minha jornada que para mim será
um marco em minha vida, será porque em tão pouco tempo, apenas um ano e
um mês, aprendi o que talvez em outras oportunidades não aprenderia com o
dobro de tempo, porque será em pessoas boas e qualificadas formam pessoas
boas e qualificadas. É isso que nós precisamos nos dias de hoje.
Obrigado a EMATER por me proporcionar momentos de muita alegria através
do seguimento dos seus trabalhos e projetos, tendo como objetivo final o
fortalecimento da agricultura familiar e seus componentes. Dessa forma
também dedico a minha felicidade aos gerentes e coordenadores, extensivos a
uma pessoa muito especial, talvez seja pela sua simplicidade, educação, ou
talvez por estar mais perto e a gente se ver mais vezes, talvez mais eu também
acredite em honestidade, competência, qualidade e a vontade de batalhar
pelos objetivos, tanto pessoal quanto profissional, enfim obrigado a você Roseli
Maria Hamad Romanichen Otto (a Rose) da Unidade Municipal de Pitanga por
me ajudar em todas as horas de dificuldades decorrentes de nosso trabalho,
em que eu não sabia como fazer, mas eu conhecia quem iria me ajudar ai
entrava você direcionando da melhor forma possível e nós vencendo as
dificuldades do dia a dia, não irei citar todos, enfim são muitos, mas vou citar o
qual mais me marcou e abriu as portas para uma grande amizade e conquistas
no nosso trabalho, foi quando vocês (Rose e o Vilmar Natalino Grando –
Coordenador Regional) vieram até aqui no escritório da EMATER em Boa
Ventura de São Roque, pela primeira vez, quando vi vocês me deu até
tremedeira, depois quando retornaram para seus trabalhos a tarde eu refleti o
quanto vocês são especiais e atenciosos com as demais pessoas,
principalmente eu que vocês nem conheciam isso se chama competência.
Obrigado por fazer parte da minha vida Rose, peço a Deus que ilumine o teu
caminho todos os dias de sua vida.
Obrigado.
233
Leandro Ribeiro Gloeden
Extensionista Municipal - cedido pela Prefeitura Municipal
Unidade Municipal de Boa Ventura de São Roque
234
Anexo – 7
Depoimento:
A equipe da Unidade Municipal de Cândido de Abreu considera como positivas
as visitas feitas a Unidade Municipal pela funcionária Roseli Maria Hamad
Romanichen Otto. O treinamento realizado com estagiários é o ponto forte, pois
esta função conta um de rol de compromissos que a EMATER presa no seu dia
a dia, como: horário de trabalho, atendimentos aos produtores, organização
dos papéis e assim como também do Escritório; e ainda sobre comportamento
pessoal, compromisso, respeito, o que mostra e faz a diferença no atendimento
de cada cliente.
A funcionária Rose tem uma didática muito boa no repasse de informações,
adquirida em seus anos de experiência, que possibilita ajudar aos que estão
começando, principalmente estagiários.
Também serve de ajuda para os técnicos que exercem a função de gerentes
locais.
Sugerimos
que este
trabalho desenvolvido
pela
colega Rose
tenha
continuidade e que aconteça com mais frequência nos escritórios; é um
trabalho válido, no nosso ponto de vista, pois não é todo profissional que tem a
didática necessária para repassar os detalhes do seu conhecimento
profissional com precisão e clareza, são detalhes de quem adquiriu experiência
ao longo de tempo, que permite aos iniciantes saber o que o Instituto espera
deles como futuros profissionais.
Osvaldo Matyak
Gerente Municipal e Equipe
Unidade Municipal de Cândido de Abreu
235
Anexo – 8
Depoimento:
Iniciei meu trabalho na EMATER de Mato Rico sozinho em uma Unidade
Municipal em que faltava a auxiliar administrativo sempre tornando o trabalho
laboroso.
Quando a colega Roseli Maria Hamad Romanichen Otto (a Rose) iniciou o
trabalho de visitas periódicas no escritório facilitou muito o desenvolvimento
das atividades, com a simples organização de uma agenda mensal de
compromissos: do que tem que ser feito, como ser feito e quando deve ser
feito.
Também treinou os estagiários de nível médio, do que é EMATER,
lançamentos no sistema, além de dar dicas de organização e de layout do
escritório.
Parabéns.
O trabalho deve ser contínuo.
Jean Carlos Rodrigues
Extensionista Municipal
Unidade Municipal de Mato Rico
236
Anexo – 9
Depoimento:
Para nós técnicos de campo o sistema que o Instituto EMATER vem adotando
dificulta muito nosso trabalho, pois não temos assistente administrativo e temos
que ficar tapando buraco com os estagiários, assim quando um começa a
pegar o espírito da coisa já deu o prazo e ele sai. Ficamos na mão novamente
e começa tudo de novo a orientação dos novos contratados.
Dessa maneira o trabalho desenvolvido pela colega Roseli Maria Hamad
Romanichen Otto é de grande valia, pois além de nos ajudar na orientação do
estagiário ainda consegue dar uma uniformizada no atendimento dos
escritórios da região, uma padronizada nos sistemas de arquivo e
principalmente uma força no lançamento do sistema de relatórios e registros do
trabalho diário, pois muitas vezes o técnico de campo não sobra tempo para
estas orientações e acabamos fazendo antes de ficar orientado.
Marcos Antonio de Freitas
Extensionista Municipal
Unidade Municipal de Nova Tebas
237
238

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