Equilíbrio Homogêneo e Heterogêneo e Determinação da
Transcrição
Equilíbrio Homogêneo e Heterogêneo e Determinação da
Aula: 03 Temática: Equilíbrio Homogêneo e Heterogêneo e Determinação da Constante de Equilíbrio Hoje você vai aprender quando uma substância está em equilíbrio homogêneo e heterogêneo. Acompanhe! Equilíbrio homogêneo e heterogêneo O equilíbrio químico, onde todas as substâncias que fazem parte de um sistema são de mesma fase ou estado físico, é chamado de equilíbrio homogêneo. Se uma substância está em uma fase distinta de outras dizemos que ela está em equilíbrio heterogêneo. Por exemplo, citamos a pressão exercida por um vapor no momento em que ele está em um estado de equilíbrio dinâmico com seu líquido (líquido ↔ vapor), neste instante coexiste duas fases no sistema. A pressão de vapor da água está representada como um equilíbrio dinâmico heterogêneo entre a água no estado líquido e a água em vapor, que pode ser representada da seguinte maneira: H2O(l) ↔ H2O(g) Uma solução saturada com sal é outro exemplo de equilíbrio heterogêneo, pois o sal (sólido) coexiste com os seus íons na solução aquosa: CaCl2(s) ↔ Ca2+(aq) + 2Cl– (aq) Considere a decomposição térmica do calcário, CaCO3: CaCO3(s) ↔ CaO(s) + CO2(g) Esta concentração de CO2 está dependente somente da temperatura, mas não das quantidades de CaCO3 e CaO, assim o equilíbrio é heterogêneo. Pelo processo Haber, na síntese de amônia, a partir de nitrogênio e hidrogênio, é explicado denotadamente o equilíbrio homogêneo: N 2(g) + 3 H2(g) ↔ 2NH3(g) 20 QUÍMICA ANALÍTICA QUALITATIVA I Determinação da constante do equilíbrio A noção da constante de equilíbrio de uma reação química permite prever e interpretar várias características da composição do sistema em equilíbrio. A dimensão de K indica a “posição” de um equilíbrio químico, denota, se os reagentes ou se os produtos são beneficiados no equilíbrio. Estar ciente das propriedades de K auxilia na interpretação de transformações na composição, resultante de diferenças nas condições da reação, pode ser a temperatura ou pressão. Usamos estas aplicações para discutir sobre solubilidade, bases e sais, comportamento de ácidos e passagem de reações de óxido-redução. Acompanhe as etapas do cálculo da constante de equilíbrio: Escreva a equação química balanceada e faça o seguinte: 1) Estabeleça uma tabela de equilíbrio, demonstrando as concentrações molares iniciais de cada substâncias que formam parte da reação. Nesta etapa é que o químico organiza o sistema da reação, ou seja, decide sobre a quantidade e a substância que será colocada no recipiente. Nas misturas, concentrações molares são relativas a 1 moL.L–1 e pressões relativas a 1 atm. Nos líquidos puros e sólidos, as concentrações molares se igualam todas a 1. 2) Escreva as variações nas concentrações molares necessárias para que a reação obtenha o equilíbrio. Comumente as alterações são desconhecidas, então se definimos uma delas como x e por meio da estequiometria da reação, expressamos as outras alterações em função do x. 3) Escrevemos as concentrações molares de equilíbrio, inserindo as alterações na concentração (etapa 2) para a concentração inicial de cada uma das substâncias (da etapa 1). Lembre-se sempre que embora uma variação na concentração seja positiva (um aumento) ou negativa (um decréscimo), o valor da concentração deve ser sempre expressado positivamente. QUÍMICA ANALÍTICA QUALITATIVA I 21 4) Utilize o quociente da reação e a constante de equilíbrio ao determinar o valor da concentração molar não conhecida no equilíbrio. Nesta etapa, as concentrações de equilíbrio encontradas na etapa 3 são suprimidas no quociente da reação. Pelo fato do valor do quociente da reação (Qc) no equilíbrio ser a constante de equilíbrio Kc, a expressão encontrada pode ser resolvida para encontrar o valor de x. O mesmo procedimento pode ser feito para encontrar as composições em termos de pressões parciais. Uma mistura consiste de 0,5 mol N2 / L e 0,8 mol H2 / L em um recipiente e reage alcançando o equilíbrio. Neste equilíbrio, a concentração da amônia é 0,150 mol.L–1. Encontre o valor da constante de equilíbrio para: N 2(g) + 3H2(g) ↔ 2NH3(g) Solução: Necessitamos saber se as concentrações de equilíbrio de cada uma das substâncias na mistura estão reagindo e então, substituir tais valores no quociente da reação (Qc). Pelo fato de que são conhecidas as concentrações molares iniciais de cada um dos reagentes (etapa 1; inicialmente não existe amônia presente) e ser conhecido o acréscimo na concentração molar de equilíbrio do produto (etapa 2), a diminuição na concentração molar de cada um dos reagentes deve ser calculado por meio da estequiometria da reação. Estabelecemos assim a tabela de equilíbrio: • Equação de equilíbrio: N 2 + 3H2 ↔ 2NH3 • Espécies: N2 H2 NH3 • 1ª Etapa: Concentração inicial, mol.L–1 0,500 0,800 0 • 2ª Etapa: Variação na concentração, mol.L–1 -1/2(0,150) 3/2(0,150) +0,150 • 3ª Etapa: Concentração no equilíbrio, mol.L–1 0,425 0,575 0,150 22 QUÍMICA ANALÍTICA QUALITATIVA I 4ª Etapa: Para encontrar a constante de equilíbrio, os valores das concentrações no equilíbrio da etapa 3 são fixados no quociente da reação: 2 [N H3 ] QC 3 [N2 ][H2 ] KC KC (no equilíbrio) 2 [0 ,1 5 0 ] 0 ,2 7 8 3 0 , 4 2 5 (0 ,5 7 5 ) QUÍMICA ANALÍTICA QUALITATIVA I 23