FM-Líbia (Fev.2010) - Academia da Vinha e do Vinho
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FM-Líbia (Fev.2010) - Academia da Vinha e do Vinho
Mercados informação global Líbia Ficha de Mercado Fevereiro 2010 aicep Portugal Global Líbia – Ficha de Mercado (Fevereiro 2010) Índice 1. País em Ficha 03 2. Economia 04 2.1 Situação Económica e Perspectivas 04 2.2 Comércio Internacional 05 2.3 Investimento 07 2.4 Turismo 08 3. Relações Económicas com Portugal 09 3.1 Comércio 09 3.2 Serviços 12 3.3 Investimento 12 3.4 Turismo 12 4. Relações Internacionais e Regionais 13 5. Condições Legais de Acesso ao Mercado 14 5.1 Regime Geral de Importação 14 5.2 Regime de Investimento Estrangeiro 16 5.3 Quadro Legal 17 6. Informações Úteis 18 7. Endereços Diversos 20 8. Fontes de Informação 22 8.1 Informação Online aicep Portugal Global 22 8.2 Endereços de Internet 24 2 aicep Portugal Global Líbia – Ficha de Mercado (Fevereiro 2010) 1. País em Ficha Área: 1.759.540 km2 População: Densidade populacional: 6,16 milhões de habitantes (estimativa 2007) 3,5 hab./km2 (estimativa 2007) Designação oficial: Grande Jamahiriya Árabe Líbia Popular Socialista Chefe do Estado: Primeiro-Ministro: Coronel Muammar Qadhafi, nomeado líder supremo pelo Congresso Geral Popular, em Março de 1990. É Líder do Pais desde 1969. Baghdadi al-Mahmudi (Secretário Geral do Comité Popular) Data da actual Constituição: Março de 1977 Principais Partidos Políticos: Em Junho de 1971, a União Socialista Árabe foi estabelecida como o único partido político autorizado no país. O Congresso Geral Nacional do partido realizou a sua primeira sessão em Janeiro de 1976 e, mais tarde, mudou a designação para Congresso Geral Popular. Capital: Outras cidades importantes: Tripoli – 1,149 milhões de habitantes (estimativa 2007) Benghazi, Misurata, Al Mirqab, Al Bitnan e Sebha Religião: A população é maioritariamente muçulmana sunita Língua: A língua oficial é o árabe, embora o inglês e o italiano sejam usados em negócios Unidade monetária: Dinar líbio (LYD) 1 EUR = 1,72662 LYD (Janeiro 2010) “Ranking” em negócios: Índice 4,36 (10 = máximo) Ranking geral: 80 (entre 82 países) (EIU – Fevereiro 2010) Risco político B (AAA = risco menor; D = risco maior) Risco País: Risco de crédito: Risco de estrutura económica BB (AAA = risco menor; D = risco maior) (EIU – Fevereiro 2010) 6 (1 = risco menor; 7 = risco maior) (COSEC – Janeiro 2010) Grau de abertura e dimensão relativa do mercado: Fontes: Exp. + Imp. / PIB = 108,4% (2008) Imp. / PIB = 25,7% (2008) Imp. / Imp. Mundial = 0,1% (2008) The Economist Intelligence Unit (EIU) Banco de Portugal COSEC WTO – World Trade Organisation 3 aicep Portugal Global Líbia – Ficha de Mercado (Fevereiro 2010) 2. Economia 2.1 Situação Económica e Perspectivas Com uma economia assente essencialmente no sector dos hidrocarbonetos (petróleo, gás e produtos refinados) – responsável em 2008, de acordo com fontes locais, por cerca de 95% das exportações e 25% do produto interno bruto (PIB) – a Líbia beneficiou, até há pouco tempo, da conjuntura dos mercados internacionais registando nos últimos anos, e até 2008, taxas de crescimento económico próximas dos 6%. Segundo o EIU (Economist Intelligence Unit), esta tendência conheceu uma desaceleração, prevendo-se que o crescimento real do PIB se tenha fixado nos 3,7% em 2009. Até à recente queda dos preços dos hidrocarbonetos, a expansão económica do país foi impulsionada quer pelo elevado preço daqueles produtos, quer pelo aumento da sua capacidade de extracção. O investimento estrangeiro, concentrado neste sector, foi igualmente um factor decisivo para a sustentação do crescimento económico da Líbia. No entanto, e tendo em conta a quase total dependência do sector petrolífero, o país iniciou uma estratégia de diversificação, a qual passa pela captação de investimento estrangeiro noutras áreas, em especial nas indústrias transformadoras e no turismo. As elevadas receitas provenientes do sector energético, conjugadas com o facto de ser um país pouco povoado, conferem à Líbia um dos mais elevados PIB per capita de África, muito embora os seus efeitos sejam pouco visíveis nos extractos mais baixos da sociedade. Nos últimos anos, o país encetou um programa de reformas económicas com vista à sua reintegração na cena internacional. Este esforço ganhou impacto com o levantamento, em Setembro de 2003, das sanções da ONU e com a abolição gradual (entre 2004 e 2006) das sanções impostas pelos EUA. A indústria transformadora não-petrolífera, que anteriormente incidia sobretudo no processamento de produtos alimentares, alargou a sua actividade aos produtos petroquímicos e siderúrgicos. A produção agrícola, devido às condições climáticas e à fraca qualidade dos solos, é escassa, o que força o país a importar cerca de 75% dos produtos alimentares que consome. Para o corrente ano, e tendo em conta o levantamento das restrições à produção petrolífera por parte da OPEP, o PIB deverá crescer até 4,6%, valor que se deverá manter em 2011 com o previsível abrandamento da recuperação económica global. No biénio 2010-2011 as exportações deverão registar um crescimento médio superior a 30% (próximo dos valores conseguidos em 2007), enquanto o crescimento médio das importações não deverá ultrapassar os 11%. Como consequência, o saldo da balança comercial deverá mais do que duplicar em 2010, prevendo-se uma quebra da ordem dos 15% no próximo ano. 4 aicep Portugal Global Líbia – Ficha de Mercado (Fevereiro 2010) Principais Indicadores Macroeconómicos Unidade População b b 2008 2009 c 2010 c 2011 c 2012 6,2 6,3 6,4 6,5 6,7 6,8 9 82,4 105,7 67,3 88,6 90,9 104,9 9 65,2 86,4 53,9 72,2 73,8 86,2 10.570 13.730 8.410 11.060 % 5,6 6,0 3,7 4,6 4,6 5,0 Consumo privado Var. % 5,3 5,4 6,0 6,2 6,1 5,7 Consumo público Var. % 7,0 7,1 6,6 6,1 6,1 6,8 Formação bruta de capital fixo Var. % 14,1 14,0 10,2 6,9 7,0 7,4 a a 2,5 5,3 5,4 5,9 PIB a preços de mercado PIB a preços de mercado Milhões b 2007 10 LYD 10 USD PIB per capita USD Crescimento real do PIB Taxa de inflação % 6,3 10,4 11.090 12.720 Dívida pública % do PIB 4,1 3,3 4,9 4,0 4,0 3,7 Saldo do sector público % do PIB 28,0 26,2 -2.8 7,0 5,5 5,9 10 USD 28,5 35,7 5,9 16,5 13,3 17,6 % do PIB a 41,3 11,0 22,9 18,1 20,4 5,0 5,6 6,0 6,6 7,2 7,7 Balança corrente Balança corrente Dívida externa 9 9 10 USD 43,7 Taxa de câmbio – média 1EUR=xLYD 1,73 1,80 1,74 1,74 1,72 1,73 Taxa de câmbio – média 1USD=xLYD 1,26 1,22 1,25 1,23 1,23 1,22 Fonte: EIU – The Economist Intelligence Unit Notas: (a) Valores efectivos; (b) Estimativas EIU; (c) Previsões EIU LYD – Dinar Líbio 2.2 Comércio Internacional No comércio mundial, a Líbia ocupa uma posição modesta, tendo mantido, nos últimos anos, praticamente a mesma posição enquanto país exportador (51º ou 52º), graças ao petróleo, e revelandose um mercado que importa muito pouco em termos globais (92º lugar em 2008). O saldo da balança comercial líbia é estruturalmente positivo, com as receitas provenientes da venda de hidrocarbonetos (petróleo, gás natural e produtos refinados) a crescerem fortemente ao longo dos últimos anos e até 2008. As estimativas para 2009 (dados finais ainda não disponíveis), e em linha com a conjuntura económica internacional, apontam para uma queda significativa das exportações (cerca de 50%) e para um crescimento gradual das importações, associado ao desenvolvimento dos projectos estruturais em curso, e ainda ao aumento da procura interna. 5 aicep Portugal Global Líbia – Ficha de Mercado (Fevereiro 2010) Evolução da balança comercial 6 (10 USD) 2005 2006 2007 2008 2009 a Exportação fob 31.358 39.246 46.970 63.050 32.539 Importação fob 11.174 13.219 17.701 21.658 22.741 Saldo 20.184 26.027 29.269 41.392 9.798 280,6 296,9 265,4 291,1 143,1 Como exportador 52ª 51ª 51ª 52ª n.d. Como importador 84ª 87ª 85ª 92ª n.d. Coeficiente de cobertura (%) Posição no “ranking” mundial Fontes: Notas: EIU; OMC – Organização Mundial do Comércio (a) Estimativa n.d. – não disponível Os principais parceiros comerciais da Líbia são países europeus, destacado-se a forte ligação à Itália enquanto fornecedora e, sobretudo, como cliente. Os mercados asiáticos e o mundo árabe têm ainda uma pequena fatia das transacções líbias, mas importa realçar o crescimento das compras a países como a China, Turquia e Coreia do Sul. A lista dos principais clientes é encabeçada pela Itália (40,4% de quota), Alemanha, França e Espanha que, em conjunto, representaram mais de 68% do total das exportações líbias em 2008. Do lado dos fornecedores, a Itália assume igualmente a liderança com uma quota de mercado de 15,2% em 2008, seguida da Alemanha, da China e da Turquia. Principais Clientes 2006 Mercado Quota 2007 Posição Quota 2008 Posição Quota Posição Itália 36,8 1ª 40,8 1ª 40,4 1ª Alemanha 14,3 2ª 12,2 2ª 12,8 2ª França n.d. n.d. n.d. n.d. 7,9 3ª Espanha 8,7 3ª 7,4 4ª 7,3 4ª Fonte: Nota: EIU n.d. – não disponível Principais Fornecedores 2006 Mercado Quota Itália 2007 Posição Quota 2008 Posição Quota Posição 13,3 1ª 12,7 1ª 15,2 1ª Alemanha 5,5 2ª 5,2 2ª 5,9 2ª China 5,3 3ª 5,1 3ª 5,7 3ª Turquia n.d. n.d. n.d. n.d. 4,2 4ª Fonte: Nota: EIU n.d. – não disponível 6 aicep Portugal Global Líbia – Ficha de Mercado (Fevereiro 2010) No que diz respeito aos produtos transaccionados, as exportações líbias são, como já referido, dominadas pelos hidrocarbonetos (96% em 2007, último ano disponível), cabendo aos restantes produtos (essencialmente os produtos químicos) uma fatia reduzida. Mais recentemente, e segundo as declarações do governador do Banco Central, em 2008 o peso do sector dos hidrocarbonetos teria decrescido para 93%-95%. Relativamente aos produtos importados, saliente-se, por um lado, a grande dependência dos fornecimentos de maquinaria e equipamento, que representam quase metade do total e, por outro, a necessidade de matérias diversas, onde se incluem os produtos energéticos, matérias-primas e produtos intermédios. Principais Produtos Transaccionados – 2007 Exportações / Sector % Hidrocarbonetos Importações / Sector 96,0 % Maquinaria e equipamento de transporte 49,2 Produtos químicos 3,4 Matérias diversas 18,0 Materiais diversos 0,6 Agro-alimentares e animais vivos 12,7 Matérias primas 0,0 Produtos químicos Fonte: 6,9 General Authority for Information (Líbia) 2.3 Investimento O investimento directo estrangeiro na Líbia tem sido maioritariamente canalizado para o sector dos hidrocarbonetos. O sector petrolífero nasceu com a presença das empresas americanas e continuou a crescer graças à acção das joint ventures criadas entre a empresa petrolífera estatal e empresas estrangeiras, desde os finais dos anos 60. Nos anos mais recentes, importa destacar os investimentos realizados pela REPSOL (Espanha), ENI (Itália), ÖMV (Áustria) e Exxonmobil (EUA). Fora deste sector, o investimento estrangeiro é quase insignificante, seja porque se dilui nos monopólios estatais, seja porque a sua rentabilidade económica é pouco atractiva ou, ainda, porque lhe falta o necessário regime legal de enquadramento, continuando a prevalecer alguma cautela por parte do investidor estrangeiro. As autoridades líbias têm vindo a desenvolver esforços no sentido de incentivar o investimento estrangeiro, com vista a melhorar as infra-estruturas gerais do país. Dos sectores particularmente carenciados de investimentos destacam-se a construção, transportes e comunicações, telecomunicações e saúde (equipamento hospitalar). De acordo com a Libyan Investment Board, entre 2000 e 2009 o governo líbio autorizou a privatização de 111 empresas, com destaque para os sectores das indústrias alimentares, metalúrgica, engenharia, eléctrico, químico e de produção animal. No mesmo período, foram acolhidos 146 projectos de investimento, dos quais 105 para os sectores industrial e do turismo. 7 aicep Portugal Global Líbia – Ficha de Mercado (Fevereiro 2010) Investimento Directo 6 (10 USD) 2004 Investimento estrangeiro na Líbia Investimento da Líbia no estrangeiro 2005 2006 2007 2008 357 1.038 2.013 4.689 4.111 -286 128 -534 3.933 5.888 Posição no “ranking” mundial Fonte: a 72 a 69 Como receptor 95 Como emissor 217 a 66 a 53ª 52 a a 221ª 41ª 33 a UNCTAD - World Investment Report 2009 2.4 Turismo Os dados mais recentes (não existem dados disponíveis após 2004) revelam que as entradas anuais de turistas não deverão ultrapassar as 350 mil e que as receitas terão atingido, em 2006, o montante de 244 milhões de USD. No entanto, muito deste crescimento resulta do aumento das viagens de negócios e não propriamente da escolha da Líbia como destino de férias e lazer. Não é claro, nas circunstâncias actuais, qual poderá ser a importância do sector do turismo na economia do País; no entanto existe um plano para desenvolver o sector e para aumentar fortemente o número de visitantes (10 milhões até 2015). Nesse sentido, o Governo líbio tem vindo a estabelecer acordos de cooperação com alguns países, nomeadamente a Tunísia, França e Reino Unido. É de salientar que existem alguns factores que poderão potenciar o desenvolvimento do sector, como seja o clima, cerca de 2.000Km de praias praticamente inexploradas, autênticas jóias arqueológicas e desertos de grande beleza. No entanto, a inexistência ou escassez de infraestruturas de todo o tipo (transportes, telecomunicações, hotéis, etc.) constitui um forte obstáculo. Indicadores do Turismo 2000 Turistasa (103) b 3 Dormidas (10 ) Fonte: WTO – World Tourism Organization Notas: (a) Inclui os nacionais residentes no estrangeiro 2001 2002 2003 2004 174 169 135 142 149 582 571 453 477 502 (b) Inclui apenas as dormidas na hotelaria global 8 aicep Portugal Global Líbia – Ficha de Mercado (Fevereiro 2010) 3. Relações Económicas com Portugal 3.1 Comércio A Líbia é muito mais importante enquanto fornecedor do que como cliente de Portugal, devido às nossas importações de petróleo. O valor acumulado das compras portuguesas de crude desse país, no período de 2005 a 2008, representou o terceiro maior montante. A sua posição no ranking global dos países de destino das vendas portuguesas para o exterior piorou de 2004 até 2006, tendo-se verificado uma recuperação a partir dessa altura e em 2008 quase que atingiu o lugar ocupado em 2004. Enquanto fornecedor de Portugal, de 2004 a 2006 a Líbia não registou no respectivo ranking melhor do que a 20ª posição, tendo em 2007 e 2008 ficado em 12º lugar. No que se refere às quotas, nas exportações o melhor valor percentual do período em análise (de 2004 a 2008) verificou-se em 2008 e 2004 (apenas 0,04%) e em termos de importações a maior quota foi atingida em 2008 (1,62%). Considerando, apenas, os países da África do Norte, a Líbia situou-se, em 2007 e 2008, em 5º lugar como cliente e na 1ª posição como fornecedor. De Janeiro a Novembro de 2009, esse país posicionou-se como 52º cliente de Portugal e como 19º fornecedor nos respectivos rankings globais e as quotas foram de, respectivamente, 0,11% e 0,66%. Importância da Líbia nos Fluxos Comerciais com Portugal 2004 Como cliente Como fornecedor Fonte: 2005 2006 2007 2008 2009 Jan/Nov Posição 67ª 77ª 95ª 79ª 68ª 52ª % 0,04 0,02 0,02 0,02 0,04 0,11 Posição 20ª 24ª 20ª 12ª 12ª 19ª % 0,76 0,62 0,87 1,39 1,62 0,66 INE - Instituto Nacional de Estatística De 2005 a 2009, os valores das exportações portuguesas para a Líbia, somente diminuíram em 2006 (27,8%), tendo ocorrido incrementos muito significativos nos anos seguintes, o que conduziu a uma média aritmética das taxas de crescimento anuais nesse período de 59%. Ao nível dos montantes das importações, verificou-se uma redução muito acentuada em 2009 (-66,5%), tendo existido acréscimos consideráveis nos anos anteriores. O crescimento médio anual do período foi de 20,6%. 9 aicep Portugal Global Líbia – Ficha de Mercado (Fevereiro 2010) A balança comercial é tradicionalmente desfavorável a Portugal devido ao peso das importações de petróleo no contexto das trocas bilaterais, tendo o respectivo déficit aumentado, no período em análise, até 2008. Em 2009 registou-se uma redução considerável do mesmo devido à diminuição significativa das nossas compras à Líbia e ao acréscimo acentuado das exportações portuguesas para esse país face ao ano anterior, conforme acima referido. Relativamente à taxa de cobertura das importações pelas exportações, registou-se em 2009 o maior valor percentual (10,7%), seguindo-se 2005, com 2,5%. Evolução da Balança Comercial Bilateral 3 (10 EUR) 2005 2006 2007 2008 2009 Var.% a Exportações 7.501 5.415 9.045 16.968 35.498 59,0% Importações 302.837 461.134 790.358 991.181 332.214 20,6% -295.336 -455.719 -781.313 -974.214 -296.715 -- 2,5% 1,2% 1,1% 1,7% 10,7% -- Saldo Coeficiente Cobertura (%) Fonte: INE Notas: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2005 – 2009 Os cinco principais grupos de produtos das nossas vendas para a Líbia, em 2008, foram produtos agrícolas (37%), produtos alimentares (18,1%), máquinas e aparelhos (11,6%), minerais e minérios (10,1%) e metais comuns (8%). Essas categorias de produtos representaram, em conjunto, cerca de 85% do total das exportações portuguesas para esse destino em 2008. Desses agrupamentos de produtos, apenas houve uma diminuição no valor dos minerais e minérios, em 2008, relativamente ao ano anterior (-42,4%). Numa análise mais detalhada, há a referir que o subgrupo referente a óleo de soja representou, aproximadamente, 97% do valor global do grupo de produtos agrícolas em 2008. O subgrupo relativo a bagaços e outros resíduos sólidos da extracção do óleo de soja representou cerca de 66% das exportações de produtos alimentares. Aproximadamente 73% do montante do agrupamento de máquinas e aparelhos, em 2008, refere-se aos subgrupos relativos a torneiras, válvulas, dispositivos semelhantes para canalizações e caldeiras; guindastes e outras máquinas e aparelhos autopropulsores de pneumáticos; bulldozers, angledozers, niveladoras, raspo-transportadoras e pás mecânicas; refrigeradores e congeladores. 10 aicep Portugal Global Líbia – Ficha de Mercado (Fevereiro 2010) O subgrupo referente a pias, lavatórios, banheiras, sanitários e artefactos semelhantes de cerâmica representou cerca de 58% do valor global do grupo de minerais e minérios nesse ano. O subgrupo relativo a fios de ferro ou aço representou, aproximadamente, 59% do total das vendas portuguesas para esse país, em 2008, de metais comuns. Exportações por Grupos de Produtos 3 (10 EUR) 2004 % 2007 % 2008 Produtos agrícolas Produtos alimentares % Var % 07/08 6.284 37,0 § 12 0,1 1.254 13,9 3.065 18,1 144,4 Máquinas e aparelhos 3.073 26,8 1.355 15,0 1.965 11,6 45,0 Minerais e minérios 5.606 48,8 2.961 32,7 1.707 10,1 -42,4 Metais comuns 156 1,4 312 3,5 1.358 8,0 335,0 Plásticos e borracha 123 1,1 126 1,4 666 3,9 426,8 Produtos químicos 450 3,9 1.167 12,9 399 2,3 -65,8 126 1,4 235 1,4 85,5 161 0,9 § Instrumentos de óptica e precisão Veículos e outro mat. transporte 41 0,4 Pastas celulósicas e papel 16 0,1 Matérias têxteis Vestuário 118 1,3 153 0,9 29,3 227 2,5 30 0,2 -87,0 25 0,3 9 0,1 -62,6 3 0,0 § Madeira e cortiça Combustíveis minerais 2.001 17,4 Calçado 941 10,4 1 0,0 -99,9 8 0,1 0 0,0 -96,8 Peles e couros Outros produtos § 3 0,0 Valores confidenciais Total Fonte: Notas: 11.481 100,0 293 3,2 215 1,3 -26,6 130 1,4 716 4,2 451,8 9.045 100,0 16.968 100,0 87,6 INE § - Coeficiente de variação >= 1000% ou valor zero no período anterior A informação referente a 2007 e 2008 encontra-se corrigida dos valores correspondentes às operações abrangidas pelo segredo estatístico, agregando-se o respectivo montante na parcela "Valores confidenciais". As importações são bastante concentradas, com apenas um grupo de produtos – os combustíveis minerais – a representar, em 2008, cerca de 98% do total. Nas duas posições seguintes surgem os produtos químicos e os metais comuns. Nesses três grupos de produtos, somente o valor dos metais comuns diminuiu em 2008 face ao ano anterior (-44,9%). 11 aicep Portugal Global Líbia – Ficha de Mercado (Fevereiro 2010) Numa análise mais em detalhe, há a referir que o subgrupo relativo a óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos representou, aproximadamente, 90% do total das compras portuguesas de combustíveis minerais provenientes da Líbia em 2008. Aproximadamente 66% do respectivo valor da categoria de produtos químicos nesse ano refere-se a metanol. O subgrupo relativo a produtos laminados de ferro ou aço correspondeu à totalidade das nossas importações desse país de metais comuns. Importações por Grupos de Produtos Var % 07/08 (103 EUR) 2004 % 2007 % 2008 % Combustíveis minerais 352.148 99,0 775.089 98,1 973.148 98,2 25,6 2.862 0,4 9.098 0,9 217,9 12.302 1,6 6.776 0,7 -44,9 106 0,0 443 0,0 316,4 Produtos alimentares 6 0,0 § Veículos e outro mat. transporte 5 0,0 § 1.707 0,2 § 991.181 100,0 25,4 Produtos químicos Metais comuns 3.444 1,0 Matérias têxteis Valores confidenciais Total 355.592 100,0 790.358 Fonte: INE Notas: § - Coeficiente de variação >= 1000% ou valor zero no período anterior 100,0 A informação referente a 2008 encontra-se corrigida dos valores correspondentes às operações abrangidas pelo segredo estatístico, agregando-se o respectivo montante na parcela "Valores confidenciais". 3.2 Serviços Não existem dados disponíveis que nos permitam fazer uma análise dos fluxos relativos aos serviços 3.3 Investimento Não existem dados que nos permitam fazer uma análise dos fluxos relativos ao investimento. 3.4 Turismo Não existem dados disponíveis que nos permitam fazer uma análise sobre os fluxos relativos ao turismo. 12 aicep Portugal Global Líbia – Ficha de Mercado (Fevereiro 2010) 4. Relações Internacionais e Regionais A Líbia é membro, entre outros organismos, da União Africana (UA), do Banco Árabe para o Desenvolvimento em África (BADEA), do Banco Islâmico de Desenvolvimento (BID), do Banco Africano de Desenvolvimento (BAfD), do Fundo Árabe para o Desenvolvimento Económico e Social (FADES), da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e da Organização das Nações Unidas (ONU) e seus organismos especializados, de entre os quais se destacam o Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) e o Fundo Monetário Internacional (FMI). A Líbia não é membro da Organização Mundial do Comércio (OMC), embora beneficie de estatuto de observador. Este país apresentou a sua proposta de adesão em 10 de Junho de 2004, tendo a OMC aceitado analisar a mesma em 27 de Julho do mesmo ano. Na medida em que a Líbia ainda não apresentou o Memorando de Regime de Comércio Externo, o grupo de trabalho ainda não iniciou negociações. A nível regional, este país integra, entre outras, a Organização dos Países Árabes Exportadores de Petróleo (OPAEP), o Fundo Monetário Árabe (FMA), a Liga dos Estados Árabes (LEA), o Mercado Comum para a África Oriental e Austral (COMESA) e a União do Magreb Árabe (UMA). A OPAEP, criada em 1968, agrega dez países produtores de petróleo, três dos quais não fazem parte da OPEP (Bahrein, Egipto e Síria) e tem como finalidade coordenar as políticas relativas ao sector petrolífero dos seus membros, além de providenciar assistência técnica e apoiar projectos no sector petrolífero. O FMA (fundado em 1976) tem por finalidade impulsionar o processo de integração e o desenvolvimento económico dos seus membros, com vista à eliminação progressiva das barreiras alfandegárias, à coordenação das políticas monetárias e à promoção da estabilidade cambial nos respectivos mercados. Mais conhecida por Liga Árabe, a LEA foi instituída em 1945 com o objectivo de estreitar a cooperação no domínio económico, financeiro e comercial entre os países membros. A Liga conta, actualmente, com vinte e dois membros e tem estatuto de observador na Assembleia-Geral das Nações Unidas. Estabelecido em 1994, o COMESA, tem como principais fins eliminar as dificuldades institucionais e estruturais dos seus Estados-membros e promover a estabilidade e a segurança política necessárias para o desenvolvimento, colectiva e individualmente, como um bloco regional. Estes objectivos são para ser alcançados através da implementação de uma união monetária detentora de uma moeda única e de um banco central. Por sua vez a UMA visa assegurar a estabilidade regional e uma melhor coordenação das políticas macroeconómicas sectoriais. Não tem alcançado grande operacionalidade. 13 aicep Portugal Global Líbia – Ficha de Mercado (Fevereiro 2010) Finalmente, importa referir que entre a Líbia e a União Europeia não existe, no plano económico e comercial, um instrumento formal que enquadre o relacionamento entre as partes. No entanto, com o levantamento total de restrições e embargos ao fornecimento de bens e serviços para a Líbia, por parte da UE (2004), verificou-se um aumento dos contactos oficiais informais entre as partes. Neste sentido, tendo este país manifestado a sua intenção de aderir à Parceria Euro-Mediterrânica (onde tem actualmente estatuto de observador), teve lugar, no dia 13 de Novembro de 2008, a primeira reunião formal entre as partes (versando o enquadramento das negociações futuras), à qual sucedeu, a 6 de Fevereiro de 2009, a visita de representantes da UE a território líbio. Actualmente decorrem conversações tendo em vista a assinatura de um Acordo Quadro UE/Líbia. 5. Condições Legais de Acesso ao Mercado 5.1 Regime Geral de Importação O regime de comércio externo encontra-se definido na Decisão n.º 2/2003, de 29 de Junho, tendo posteriormente sido publicadas normas parciais que acentuam o carácter liberalizador que as autoridades oficiais pretendem imprimir às trocas comerciais com o exterior. No plano teórico, o sistema de comércio externo é bastante liberal: não existem licenças de importação nem de exportação; praticamente não há restrições aos pagamentos e cobranças com o exterior; a lista de mercadorias cuja importação está restrita a determinados organismos é relativamente curta (produtos farmacêuticos, petrolíferos, explosivos e munições), o mesmo acontecendo com a lista de mercadorias cuja importação é proibida (ex.: produtos de carne suína; conservas de carne; pescado congelado; azeite; vinho e bebidas alcoólicas; água mineral, natural e gaseificada; sumos de fruta; vegetais e fruta fresca ou congelada; e gado bovino - vivo ou produtos transformados - com excepção do leite, dado o potencial perigo que representa a BSE); foram eliminados os direitos aduaneiros; as exigências de carácter sanitário e fitossanitário não são mais severas que nos outros países da região. Na prática, podem assinalar-se como restrições formais o facto de a importação só poder ser realizada por agentes locais devidamente registados (os quais só podem importar os produtos para que se tenham inscrito) e a prerrogativa que assiste ao Ministério da Economia e do Comércio de proibir, a qualquer momento, com carácter permanente ou temporário, a importação e ou a exportação de qualquer produto. Para além dos aspectos referidos, existem barreiras de carácter “informal” que acabam por ser as mais importantes, designadamente: dificuldades na obtenção de vistos para a realização de viagens de prospecção comercial e de informação comercial de qualidade; estatísticas inexistentes ou deficientes; falta de organismos de nível intermédio que possam actuar como interlocutores ou escassa operacionalidade dos mesmos (câmaras de comércio, associações empresariais, etc.); e obstáculos decorrentes de uma burocracia ainda pesada. 14 aicep Portugal Global Líbia – Ficha de Mercado (Fevereiro 2010) As autoridades líbias, embora esteja generalizada a utilização das normas de qualidade e certificação europeias, estão a trabalhar, através do seu Departamento de Standards e Medidas, no estabelecimento de regras próprias, o que já aconteceu a cerca de 400 produtos, incluindo os transformados. O Instituto de Investigações Agrónomas é a entidade responsável pela definição das normas relativas aos produtos agrícolas não transformados (ex.: adubos ou pesticidas). A Pauta Aduaneira da Líbia baseia-se no Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias (SH). Em Agosto de 2005 entrou em vigor a Decisão n.º 83/2005, de 7 de Julho, do Ministério das Finanças, que eliminou os direitos aduaneiros para todos os produtos excepto para o tabaco. Por outro lado, é cobrada uma taxa de serviço nas alfândegas, no valor de 10% (até 2009 esta taxa situava-se nos 4%), e um Imposto de Consumo com tarifas variáveis: entre 15% e 100%. As taxas aplicadas na importação de cada produto podem ser consultadas na página «Market Access Database», da responsabilidade da União Europeia – http://mkaccdb.eu.int (clicar em «Tariffs Applied Database»). Quanto aos documentos que devem acompanhar a remessa da mercadoria, importa referir: Conhecimento de Embarque (não há exigências especiais, mas a descrição da mercadoria e o respectivo valor devem corresponder exactamente aos constantes na factura); Certificado de Origem (é obrigatório, devendo ser certificado por uma Câmara de Comércio Árabe reconhecida pela Representação Diplomática Líbia no país de origem; no caso, a Câmara de Comércio e Indústria Árabe-Portuguesa); Factura Comercial (deve ser assinada pelo exportador e deve conter uma descrição exacta das mercadorias e das respectivas embalagens, o peso bruto e líquido das mercadorias, a designação do país de origem, do local de embarque e de destino, as condições de venda e de pagamento, etc.); Certificado de Seguro (as remessas ao abrigo de Carta de Crédito devem ser seguradas na Líbia antes da respectiva abertura; nos restantes casos é seguida a prática corrente); Lista de Embalagens (aconselhável, tendo em vista facilitar as operações de desalfandegamento); Outros documentos (ex.: importação de produtos alimentares está sujeita à apresentação de certificados sanitários/fitossanitários, consoante se tratem de produtos de origem animal ou vegetal). Não é requerida pelas autoridades líbias inspecção de pré-embarque, mas o importador pode fazer esta exigência. 15 aicep Portugal Global Líbia – Ficha de Mercado (Fevereiro 2010) 5.2 Regime de Investimento Estrangeiro A partir de 1970, as autoridades governamentais passaram a permitir o investimento estrangeiro no país, sendo prioritários os projectos de base tecnológica e os que contribuam para o acréscimo das exportações e do emprego. Na prática, a Líbia tem seguido uma política muito restrita no que se refere à concessão de permissões de investimento a investidores estrangeiros, para além de entraves de vária ordem com que estes se defrontam. As disposições fundamentais que regulam o investimento externo encontram-se consignadas nas Leis n.ºs 5/1997 e 7/2003, na Decisão n.º 86/2006 (não aplicáveis ao sector dos hidrocarbonetos) e nos respectivos regulamentos. O investimento pode assumir as seguintes formas: divisas convertíveis ou outras formas, desde que através de entidades bancárias; máquinas, equipamentos, ferramentas ou matérias-primas necessárias à concretização do projecto de investimento; meios de transporte que não estejam localmente disponíveis; direitos intangíveis – patentes, licenças, marcas e nomes comerciais necessários à operacionalidade do projecto; reinvestimento de parte dos lucros decorrentes do exercício da actividade. A legislação líbia exige o cumprimento de capital social mínimo para os projectos de investimento, dependendo da formação, ou não, de empresas mistas; assim, na situação de operações de investimento 100% estrangeiro o valor mínimo a observar é de 5 milhões LYD; já no caso de haver participação nacional de, pelo menos, 50% o capital mínimo exigido desce para 2 milhões LYD. Em alguns aspectos, as normas são bastante liberais, designadamente no que se refere aos incentivos (significativos no caso de empresas mistas), às isenções fiscais, aduaneiras, e aos sectores abertos ao investimento, de que apenas se exclui, o sector do comércio. A lei prevê, ainda, o repatriamento de lucros e garante que os projectos não podem ser nacionalizados ou confiscados, excepto por ordem do tribunal. Por outro lado, verifica-se ainda um acentuado pendor intervencionista, existindo a necessidade de obter continuamente autorizações administrativas, que vão desde a realização do próprio investimento à transferência dos lucros e repatriamento de capitais, até determinadas decisões de gestão. Para além dos aspectos referidos, existem, também, algumas dificuldades nos planos jurídico, laboral e fiscal, bem como no estatuto dos estrangeiros (ex.: problemas na obtenção e/ou renovação de autorização de trabalho ou residência; e condições restritivas na contratação de mão-de-obra externa). Face às limitações referidas, o investimento estrangeiro é pouco expressivo na Líbia, excepto na área dos hidrocarbonetos, que se rege por legislação própria (Lei de Hidrocarbonetos). A forte aposta neste sector explica-se pela abundância de recursos de que o país dispõe, a qualidade do petróleo e do gás natural e pelos baixos custos de exploração. 16 aicep Portugal Global Líbia – Ficha de Mercado (Fevereiro 2010) Tendo em conta os riscos envolvidos na realização de investimento estrangeiro neste mercado, a opção pela criação de uma joint-venture é fundamental para o sucesso da operação, assim como o recurso a assessoria especializada, nomeadamente jurídica. O “Libyan Foreign Investment Board” (LFIB), criado ao abrigo da legislação já indicada, é o organismo que tem por função promover o investimento estrangeiro no país e conduzir diversos procedimentos relacionados com a implementação dos projectos, como por exemplo, a aprovação de candidaturas e emissão de licenças e a recomendação da aplicação de excepções, facilidades ou outros benefícios relativamente a projectos considerados relevantes para o desenvolvimento da economia. Por fim, referir que com vista a promover e reforçar o desenvolvimento das relações de investimento entre os dois países, Portugal e a Líbia assinaram um Acordo sobre a Promoção e a Protecção Recíprocas de Investimentos, que entrou em vigor em 19 de Junho de 2005. Em 2008 as partes também assinaram um Acordo sobre Cooperação Económica (já em vigor). Importa, ainda, mencionar que decorrem negociações com vista à celebração, entre os dois países, de uma Convenção para Evitar a Dupla Tributação. 5.3. Quadro Legal Regime de Importação Decisão n.º 9/2007, de 10 de Março – Estabelece a lista de produtos de importação proibida. Decisão n.º 83/2005, de 7 de Julho – Determina a eliminação de direitos aduaneiros para todos os produtos, com excepção do tabaco (posições pautais 2402 e 2403). Decisão n.º 2/2003, de 29 de Junho (com alterações em 2005, 2006 e 2008) – Define o regime legal do comércio externo. Regime de Investimento Estrangeiro Decisão n.º 737/2005 (com emendas em 2006) – Autoriza a abertura de Sucursais de empresas estrangeiras na Líbia. Decisão n.º 13/2005 – Define as actividades cujo exerício é permitido por parte das Sucursais de empresas estrangeiras na Líbia. Lei n.º 11/2004 – Relativa ao Imposto sobre o Rendimento. Lei n.º 7/2004 – Sobre o investimento no turismo. 17 aicep Portugal Global Líbia – Ficha de Mercado (Fevereiro 2010) Lei n.º 21/2001 (com emendas em 2004) – Estabelece o quadro legal relativo ao exercício das actividades económicas. Lei n.º 5/1997, Lei nº 7/2003 e Decisão n.º 86/2006 – Regulam a promoção do investimento estrangeiro. Lei n.º 58/1970 (modificada em 1982) – Define o regime jurídico das relações laborais. O Site “http://www.libyaninvestment.com/index.php” disponibiliza, após registo dos utilizadores, diversos diplomas legais (consultar os temas “Libya Laws” e “Libya Regulations”) no âmbito do investimento estrangeiro. No Portal “LibyaOnLine.com (LOL)” os interessados podem solicitar apoio informativo regulamentar, em inglês, através do e-mail: [email protected]. Acordos Relevantes Decreto n.º 27/2008, de 22 de Agosto – Aprova o Acordo sobre Cooperação Económica entre Portugal e a Líbia. Decreto n.º 24/2004, de 29 de Setembro – Aprova o Acordo sobre a Promoção e a Protecção Recíprocas de Investimentos, entre Portugal e a Líbia. Para mais informação sobre mercados externos, os interessados podem consultar o Site da aicep Portugal Global – http://www.portugalglobal.pt/PT/Internacionalizar/SobreMercadosExternos/Paginas/SobreMercadosExter nos.aspx 6. Informações Úteis Formalidades na Entrada É necessário passaporte e visto. Riscos de Crédito e Caução e do Investimento Nacional no Estrangeiro A COSEC – Companhia de Seguro de Créditos, S.A. gere, por conta do Estado português, a garantia de cobertura de riscos de crédito e caução e do investimento nacional no estrangeiro, originados por factos de natureza política, monetária e catastrófica. 18 aicep Portugal Global Líbia – Ficha de Mercado (Fevereiro 2010) No contexto das Políticas de Cobertura para Mercados de Destino das Exportações Portuguesas, apólice individual, a cobertura para o mercado da Líbia é a seguinte (Janeiro 2010): Curto prazo – Aberta, com eventual exigência de carta de crédito irrevogável. Médio e longo prazo – Aberta, com garantia bancária, soberana ou outra considerada adequada. Indicações mais pormenorizadas sobre políticas e condições de cobertura podem ser obtidas junto da Direcção Internacional da COSEC. Hora Local Corresponde ao UTC mais duas horas. Em relação a Portugal, a Líbia tem mais duas horas no horário de Inverno e mais uma hora no horário de Verão. Horários de Funcionamento Serviços Públicos: 07h30 às 14h30 (de sábado a quarta-feira) (no Verão) 08h00 às 16h00 (de sábado a quarta-feira) (no Inverno) Comércio e Escritórios Privados: Funcionam em horário diferente e habitualmente abrem mais tarde. Durante o Ramadão, as horas de trabalho são diferentes e o comércio habitualmente abre depois do sol-posto. Bancos: 08h00 às 12h00 (de sábado a quarta-feira) (no Inverno) 08h00 às 12h00 (de sábado a quinta-feira) (no Verão) 16h00 às 17h00 (de sábado a quarta-feira) (no Verão) Feriados para 2010 Feriados fixos: 28 de Março – Dia da Declaração do Poder Popular 11 de Junho – Dia da Evacuação 7 de Outubro – Dia da Evacuação 1 de Setembro – Dia da Revolução 19 aicep Portugal Global Líbia – Ficha de Mercado (Fevereiro 2010) Feriados móveis: (dependendo do calendário lunar Islâmico) 26 de Fevereiro - Mouloud (Nascimento de Muhammad) 8 de Julho - Leila al-Meiraj (Ascensão de Muhammad) 10 de Setembro - Id al-Fitr (Fim do Ramadão) 16 de Novembro - Id al-Adah (Festa do Sacrifício) 7 de Dezembro - Novo Ano Islâmico 16 de Dezembro - Ashoura Corrente Eléctrica 220 volts AC, 40Hz. Pesos e Medidas É utilizado o sistema métrico. 7. Endereços Diversos Em Portugal Embaixada da Líbia em Lisboa Av. das Descobertas, 24 1400-092 Lisboa Tel.: 21 3016301 | Fax: 21 3020921 E-mail: [email protected] aicep Portugal Global Sede: O’ Porto Bessa Leite Complex Rua António Bessa Leite, 1430, 2.º 4150-074 Porto – Portugal Tel.: 226 055 300 | Fax: 226 055 399 E-mail: [email protected] | http://www.portugalglobal.pt aicep Portugal Global Av. 5 de Outubro, 101 1050-051 Lisboa – Portugal Tel.: 217 909 500 | Fax: 217 909 581 E-mail: [email protected] | http://www.portugalglobal.pt 20 aicep Portugal Global Líbia – Ficha de Mercado (Fevereiro 2010) CCIAP – Câmara de Comércio e Indústria Árabe-Portuguesa Av. Fontes Pereira de Melo, 19-8º 1050-116 Lisboa Tel.: 21-3138100 | Fax: 21-3138109 E-mail (geral): [email protected] | http://www.cciap.pt COSEC – Companhia de Seguro de Créditos, SA Direcção Internacional Av. da República, 58 1069-057 Lisboa Tel.: 21 7913821 | Fax: 21 7913839 E-mail: [email protected] | http://www.cosec.pt Na Líbia Embaixada de Portugal em Tripoli Street Bem Ashur – Tripoli – Líbia Tel.: (218) 213621352 | Fax: (218) 213621351 E-mail: [email protected] The General Board of Turism and Traditional Industries P.O.Box 82063 Tripoli / Libya Tel.: (218) 21 3334673 / 3333343 I Fax: (218) 21 4445336 Email: [email protected] I http://www.libyan-tourism.org/Index.aspx?ID=2 Libyan Investment Board P.O.Box 93524 Alfatah Tower Tripoli - Libya Tel.: (218) 21 3345010 / 20 I Fax: (218) 21 3345013 E-mail: [email protected] I http://www.investinlibya.ly/sites/pagesEn/Default.aspx General National Organization for Industrialization P.O.Box 4388, Shaira Sana’a Tripoli - Libya Tel.: (218) 213334995 21 aicep Portugal Global Líbia – Ficha de Mercado (Fevereiro 2010) General Board of Fairs P.O.Box 891 Tripoli - Libya Tel: (218) 21 333225658 / 3330227 I Fax: (218) 21 4448385 E-mail: [email protected] I http://www.gbf.com.ly Tripoli Chamber of Commerce, Industry and Agriculture POB 2321 - Sharia Najed 6-8 – Tripoli – Libya Tel.: (218) 213336855 | Fax: (218) 213332655 Benghazi Chamber of Commerce, Trade, Industry and Agriculture POB 208 e 1286 – Benghazi - Libya Tel.: (218) 6180971 | Fax: (218) 6180761 Central Bank of Libya POB 1103 - Tripoli - Libya Tel.: (218) 213333591 | Fax: (218) 214441488 E-mail: [email protected] | http://cbl.gov.ly/en 8. Fontes de Informação 8.1 Informação Online aicep Portugal Global Documentos Específicos sobre a Líbia • Título: “Líbia – Ficha de Mercado” Edição: 01/2010 • Título: “Líbia – Condições Legais de Acesso ao Mercado” Edição: 02/2009 • Título: “Líbia – Informações e Endereços Úteis” Edição: 02/2009 • Título: “Acordos Bilaterais Portugal/Magreb” Edição: 01/2009 • Título: “Líbia – Dossier Especial” Edição: 11/2005 22 aicep Portugal Global Líbia – Ficha de Mercado (Fevereiro 2010) • Título: “Líbia – Acordo sobre a Promoção e a Protecção Recíprocas de Investimentos” ” Edição: 06/2005 Documentos de Natureza Geral Título: “Apoios Financeiros à Internacionalização - Guia Prático” Edição: 12/2009 Título: “Aspectos a Acautelar num Processo de IDPE” Edição: 04/2009 Título: “Acordos Bilaterais Celebrados por Portugal” Edição: 01/2009 Título: “Normalização e Certificação” Edição: 11/2008 Título: “Guia do Exportador” Edição: 02/2008 Título: “Como Participar em Feiras nos Mercados Externos” Edição: 08/2008 Título: “Seguros de Créditos à Exportação” Edição: 06/2008 Título: “Seguro de Investimento Directo Português no Estrangeiro” Edição: 06/2008 Título: “Dupla Tributação Internacional” Edição: 12/2004 Título: “A Internacionalização das Marcas Portuguesas Através do Franchising” Edição: 11/2004 Título: “Pagamentos Internacionais” Edição: 06/2004 A Informação Online pode ser consultada em http://www.portugalnews.pt/econo/matriz.asp 23 aicep Portugal Global Líbia – Ficha de Mercado (Fevereiro 2010) 8.2. Endereços de Internet • A Country Study (Libya) – http://lcweb2.loc.gov/frd/cs/lytoc.html • Agência de Notícias Jamahiriya (JANA) – www.jamahiriyanews.com • ArabNet – www.arab.net/libya • CIA – The World Fact Book (Libya) – www.cia.gov/cia/publications/factbook/geos/ly.html • Libya Online – www.libyaonline.com/ • Libya Our Homes – News and Views – www.libya-watanona.com/ • Libyaninvestment – www.libyaninvestment.com • National Oil Corporation (NOC) – http://en.noclibya.com.ly/ • Libyan Investment Board - http://www.investinlibya.ly Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, E.P.E. – Av. 5 de Outubro, 101, 1050-051 LISBOA Tel. Lisboa: + 351 217 909 500 Contact Centre: 808 214 214 [email protected] www.portugalglobal.pt Capital Social – 110 milhões de Euros • Matrícula CRC Porto Nº 1 • NIPC 506 320 120 24