geografia - NEEJA Caxias do Sul
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geografia - NEEJA Caxias do Sul
0 NEEJA NÚCLEO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS CAXIAS DO SUL – 4ª CRE Rua Garibaldi, 660 – Centro CEP – 95080-190 Fone Fax 3221-1383 E-mail – [email protected] ENSINO FUNDAMENTAL COMPONENTE CURRICULAR GEOGRAFIA MÓDULO ÚNICO JANEIRO 2016 1 AO FINAL DO MÓDULO O ALUNO DEVERÁ ATINGIR OS SEGUINTES OBJETIVOS Que o discente compreenda o objeto de estudo da geografia e sua relação com o seu cotidiano; Desenvolver o senso espacial complexo; Relacionar a cartografia com os modernos aparelhos de localização digital Desenvolver senso critico acerca das conquistas espaciais humanas e suas consequencias no ambiente socio-cultural. Compreender o significado de clima, microclima e suas consequências sobre a saúde humana, bem como sua influencia sobre a fauna e flora. Compreender a essencialidade da agua para a existencia de ecossistemas complexos ou simples e sua vulnerabilidade à acão industrial humana. tornando-se crítico ao discurso da poluição ambiental, aquecimento global e medidas politico-culturais a ele relacionados. Distinguir ordenadamente conceitos de : país, nação e estado; Compreender o espaço do territorio brasileiro, sua diversidade etnica e de fauna e flora relacionando-os com a amplitude espacial. Desenvolver o senso critico na analise de problematicas polico-ambientais (poluição atmosférica, desmatamentos, invasões de terras e novas tecnologias de agropecuária) Verificar adequadamente as mudanças socio-cotidianas efetivas à globalização. a distribuição da informação a nível do espaço nacional. compreender a relação causa-efeito dos atuais espaços “geoeconômicos” nacionais. Compreender as razões históricas para a reginalização do território nacional brasileiro Compreender as diferenças regionais fundadas na diversidade climática, de fauna e flora. “os muitos brasis”: Desenvolver o senso critico ante as desigualdades socioeconomicas no terrritorio brasileiro Desenvolver a comprrenção acerca do elemento “indigena” na sociedade, cultura e história do brasil. Compreender as mudanças mundiais apartir da queda do muro de berlim. sua reorganização geográfica. Distinguir as principais diferencas entre o capitalismo e o socalismo. compreender os fundamentos das divisões socio-economicas em: paises do sul, norte, paises emergentes, paises desenvolvidos e subdesenvolvidos. Compreender as raízes e evolução histórica da globalização. desenvolver senso critico quanto a utilização dos modernos recursos tecnos, digitais, nanotecnológicos nos meios de comunicação de massa, cotidiano e escolar. Compreender e distinguir as realidades continentais relacionando-as com as dimensões historicas, climáticas, cultural, políticas e econômicas. Verificar a influência da onu e dos grupos financeiros nas questões internacionais de saude, guerra, leis, sistemas políticos, religiosos entre outros. 2 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA GEOGRAFIA A Geografia é uma ciência humana que estuda relações entre a natureza e o ser humano. Seu objeto de estudo é o espaço. E por intermédio do espaço a Geografia busca conhecer a natureza, as ações e os movimentos que a sociedade realiza envolvendo os aspectos econômicos, sociais, culturais, políticos e ambientais. O espaço, para a Geografia, é formado sobre um substrato natural, o qual é constantemente modificado e utilizado por nós. O ESPAÇO GEOGRÁFICO Como o espaço geográfico é produzido, organizado e modificado? Esse espaço é constituído pela paisagem em transformação e pelo desenvolvimento da sociedade que o transforma. Esse desenvolvimento ocorre continuamente ao longo do tempo por intermédio do trabalho, das relações entre as pessoas e o meio ambiente. Paisagem: “É tudo aquilo que nós vemos, ou seja, que a nossa visão alcança. É o domínio do visível e invisível, ou seja, não são apenas volumes, mas também cores, movimentos, odores, sons etc. Porém a paisagem está em constantes mudanças, pois é o resultado de adições e subtrações, marcando a historia do trabalho e das técnicas ao logo da existência humana. A paisagem pode ser classificada como natural (somente elementos naturais sem atuação do homem) ou cultural (apropriada e transformada pelo trabalho humano). Antigamente, assim como nas sociedades indígenas, os seres humanos utilizavam a natureza apenas para garantir a sua subsistência, mas o aumento populacional, o avanço tecnológico e o crescimento das cidades geraram necessidades de construir espaços diferentes, tanto nas cidades quanto no campo. Todos os elementos de uma paisagem estão sujeitos à intervenção humana de alguma forma. Isso vai depender dos interesses da época, da tecnologia disponível e da cultura de cada sociedade O importante é sempre lembrar que os elementos da paisagem se inter-relacionam - as pessoas atuam sobre a paisagem, e os seus elementos (clima, relevo, vegetação, rios, lagos) atuam sobre as pessoas. Mas devemos estar sempre atentos a preservação ambiental. Podemos usar os recursos disponíveis na natureza, mas de forma consciente. Isso se chama desenvolvimento sustentável (modelo que visa suprir as necessidades atuais da humanidade, sem colocar em risco a capacidade das gerações futuras de também o fazerem). De acordo com a agenda 21, viver de forma sustentável é aceitar o dever de buscar a harmonia com as outras pessoas e com a natureza. A humanidade não pode tirar mais da natureza além do que ela pode repor, ou seja, precisamos adotar estilos de vida e caminhos de desenvolvimento que respeitem os limites naturais, sem que se rejeitem os benefícios trazidos pela tecnologia moderna. DESENFREADO DA HUMANIDADE http://www.atitudessustentaveis.com.br/artigos/animacao-chama-atencao-ao-consumodesenfreado-da-humanidade/ 3 REPRESENTAÇÃO DO ESPAÇO GEOGRÁFICO Há muito tempo, a humanidade se preocupa em representar, de alguma forma, os lugares que conhece. Registrar caminhos e lugares sempre foi uma preocupação do ser humano, por causa da necessidade de conhecer melhor a superfície terrestre. Para satisfazer a necessidade de conhecer o mundo que vivemos, o homem criou os mapas que são representações planas da Terra. À medida que ampliou seus conhecimentos sobre os diferentes lugares do nosso planeta, aperfeiçoou também a técnica de fazer mapas a qual denominou de cartografia (“arte de levantamentos, construção e edição de mapas e cartas de qualquer natureza”). Para representarmos um lugar é necessário localizá-lo no espaço geográfico. Portanto precisamos de uma orientação e pontos de referência. A palavra orientação vem de Oriente (lado onde o sol “aparece”). Os pontos de referência são marcos que nos auxiliam na localização espacial. Em uma cidade esses pontos podem ser: nomes de ruas, bairros, praças, igrejas, viadutos, entre outros. OBS: marcos também pode ser entendido como símbolo de um lugar ou acontecimento importante. Ex. uma igreja pode ser um marco de referência para localização e ao mesmo tempo um marco da fundação de uma cidade. Todos os mapas devem ter uma indicação de orientação voltada para o norte. Assim podemos saber qual a direção devemos seguir. Mas para entendermos melhor é preciso conhecer e utilizar as direções representadas na rosa-dos-ventos, os pontos cardeais e colaterais. Veja o exemplo a seguir A rosa-dos-ventos é uma figura que indica as direções para orientação espacial. Os pontos cardeais são: Norte (N), Sul (S), Leste (L) e Oeste (O), já os colaterais estão entre duas direções: Entre o Norte e o Leste temos Nordeste (NE) Entre o Norte e o Leste temos Noroeste (NO) Entre o Sul e o Leste temos Sudeste (SE) Entre o Sul e o Oeste temos Sudoeste(SO) O Norte pode ser chamado também de setentrional ou Boreal, o Sul de Meridional ou Austral, o Leste de Oriente ou Nascente e o Oeste de Ocidente ou Poente. Um exemplo do uso desses sinônimos pode ser assim: Quando alguém mora no sul de uma determinada cidade podemos dizer que a pessoa mora na parte meridional da cidade. Nem sempre temos um mapa ou algum instrumento de orientação para nos localizarmos. Nesse caso temos que recorrer aos astros para nos orientarmos. Vejamos: o sol sempre aparece no mesmo lado do horizonte, ou seja, a leste, e se põe no oeste. Se apontarmos o braço direito para a nascente, teremos o esquerdo para o poente, o norte a nossa frente e o sul atrás. Mas se for à noite? Bem, ai teremos que proceder da mesma forma, localizando onde a lua surge e nos posicionando da mesma forma como se fosse o sol. Podemos ainda nos orientar pelas estrelas, se estivermos no hemisfério sul, nossa referência é o Cruzeiro do Sul e no hemisfério norte a constelação Estrela Polar. Além dos astros, existem diversos aparelhos que proporcionam orientações precisas de qualquer ponto da superfície terrestre, desde os mais antigos como a bússola e o astrolábio - determinava a altura das estrelas em relação ao horizonte favorecendo a localização das embarcações em altomar através de vários cálculos. Hoje, temos radares e GPS. Outro recurso que temos com dados precisos em graus, minutos e segundos são as coordenadas geográficas, essa nos permite saber o endereço preciso de qualquer ponto na superfície terrestre. As coordenadas são linhas i traçadas no sentido horizontal e vertical sobre a representação cartográfica.Linhas que aparecem nesse sentido no mapa são chamadas de paralelos que nos 4 determinam as latitudes. A latitude determina o afastamento medido em graus de qualquer ponto da Terra até a Linha do Equador. A variação em graus é de 0 0 a 900 no sentido norte e também ao sul. Quando as linhas aparecem nesse sentido são chamadas de meridianos que nos dão a longitude. A longitude determina o afastamento medido em graus de qualquer ponto da Terra até o Meridiano de Greenwich e a variação em graus é de 0 0 a 1800, tanto para leste quanto para oeste Para localizarmos qualquer ponto na superfície terrestre usamos essas linhas imaginárias. Quando um paralelo e um meridiano se cruzam, temos uma coordenada geográfica, ou seja, o endereço de um determinado ponto que nos interessa saber na superfície terrestre. Os principais paralelos são: Circulo Polar Ártico, Trópico de Câncer, Equador, Trópico de Capricórnio e Circulo Polar Antártico. A LINGUAGEM E OS TIPOS DE MAPAS Você sabe qual a importância dos mapas na nossa vida? Através deles podemos fazer diversas leituras do mundo sob diversos aspectos, tais como: população, natureza, economia, política e fatos históricos. Além disso, com esses conhecimentos podemos interferir e planejar no espaço geográfico de forma mais eficiente e humana como, por exemplo: planejar o uso do solo nos meios urbanos e rurais, cuidar do meio ambiente, criar projetos de desenvolvimento para áreas carentes, conhecer o mundo que vivemos, entre outros. Como vimos no início dos nossos estudos, a cartografia é a ciência que trabalha com a técnica, a coleta de dados, análise e arte na elaboração dos mapas. Como todas as ciências, ela evoluiu muito ao longo da história e hoje, utiliza ferramentas altamente sofisticadas para a confecção dos mapas, desde o uso de satélites, GPS, geoprocessamento etc. Porém, para podermos interpretar todas as informações mapeadas, os cartógrafos recorrem a símbolos (linguagem visual) e convenções para auxiliar na leitura e interpretação do que está sendo representado. Para que possamos entender a representação no mapa, precisamos estar atentos para o Título, pois esse sempre estará relacionado com o assunto abordado no mapa. Na Legenda encontramos o significado dos símbolos e das cores que foram utilizados. Além desses dois elementos, outros quatros também são básicos para uma leitura mais precisa como a Orientação (indicada pela rosa-dos-ventos), as Coordenadas Geográficas (indica a localização geográfica que foi mapeada), a Fonte (refere-se aos dados utilizados no mapa) e a Escala - relação entre o tamanho do espaço real e a redução feita para representá-lo. Qual a sua importância? A escolha da escala é fundamental ao propósito do mapa e ao tipo de informação que se pretende destacar. Quais os tipos de escalas cartográficas existentes? Escala numérica É representada por uma fração: O numerador representa uma distância no mapa. O denominador, a distância correspondente no terreno. Escala gráfica Representa as distâncias no terreno sobre uma linha graduada. A geografia estuda muitos conteúdos sob vários aspectos. Portanto, fica difícil representar tantas informações em um único mapa. Para facilitar a representação e o estudo de diferentes conteúdos, utilizamos mapas de acordo com o tema que queremos apresentar. Veja abaixo alguns 5 CLASSIFICAÇÃO DOS MAPAS Mapas políticos: representam a divisão política territorial de uma região, cidade, estado, país ou continente – Mapa do Brasil Político, Mapa-Múndi Político etc. Mapas físicos: apresentam elementos da natureza, como por exemplo, relevo, clima, vegetação entre outros. Mapas demográficos: indicam dados da população, seja de um país, cidade, bairro etc. Mapas econômicos: mostram recursos econômicos de uma região, por exemplo, produção agrícola e industrial. Mapas históricos: indicam as mudanças que ocorreram em determinada região, como por exemplo, Brasil no período colonial, America do Sul em 1558 etc. ORIGEM DO SISTEMA SOLAR O sol e o Sistema Solar tiveram origem há 4,5 bilhões de anos a partir de uma nuvem de gás e poeira que girava ao redor de si mesma. Sob a ação de seu próprio peso, essa nuvem se achatou, transformando-se num disco, em cujo centro formou-se o sol. Dentro desse disco, iniciaram-se um processo de aglomeração de materiais sólidos, que, ao sofrer colisões entre si, deram lugar a corpos cada vez maiores, os outros planetas. A composição de tais aglomerados relacionava-se com a distância que havia entre eles e o sol. Longe do astro, onde a temperatura era muito baixa, os planetas Jovianos possuem muito mais matéria gasosa do que sólida, é o caso de Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Os planetas Telúricos perto mais perto do Sol, ao contrário, o gelo evaporou, restando apenas rochas e metais, é o caso de Mercúrio, Vênus, Terra e Marte. O SISTEMA SOLAR O sistema solar é um conjunto de planetas, asteroides, cometas, satélites naturais entre outros corpos celestes que giram ao redor do sol. Cada um se mantém em sua respectiva órbita em virtude da intensa força gravitacional exercida pelo astro, que possui massa muito maior que a de qualquer outro planeta. A ordem de orbita dos oito planetas são: Mercúrio, Vênus, Terra e Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, que giram ao redor do sol, descrevendo órbitas elípticas, isto é, órbitas semelhantes a circunferências ligeiramente excêntricas dos planetas. Planetas – são astros iluminados (ou seja, sem luz própria) que giram ao redor de uma estrela. Os planetas executam órbitas em torno do Sol. Os planetas do Sistema Solar são: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Satélites – são astros iluminados que giram em torno dos planetas. A Terra possui um satélite natural. É a Lua. Além da Lua, outros satélites também fazem parte do Sistema Solar. Marte tem dois satélites; Júpiter tem dezesseis; Saturno, dezoito e Urano, quinze. Além de satélites, saturno, Júpiter, Urano e Netuno possuem anéis que os rodeiam. Asteróides – também chamados planetóides, são astros menores que giram entre as órbitas de Marte e Júpiter. Meteoros e meteoritos – os meteoros são vistos como riscos brilhantes cruzando o céu. São chamados de estrelas cadentes. Meteoros são fragmentos sólidos que vêm do espaço em direção à Terra. Ao entrar em contato com a atmosfera se aquecem e são destruídos. Quando caem no nosso planeta recebem o nome de meteorito. Meteorito quer dizer, portanto, pedra que veio do 6 espaço. Cometas – são astros que viajam pelo Sistema Solar, possui semelhança com um asteroide e é constituído, majoritariamente, por gelo. PLANETA TERRA EM MOVIMENTO Terra está localizada a cerca de 140 milhões quilômetros do Sol. Segundo os cientistas, formou-se há aproximadamente 4,6 bilhões de anos, quando uma grande nuvem de gás e pó interestelar se condensou, dando origem ao sistema solar. De todos os planetas que surgiram ao redor do Sol, e entre os inúmeros corpos celestes atualmente conhecidos pela humanidade, a Terra é o único em que a vida encontrou as condições ideais para se desenvolver. Os primeiros seres teriam aparecido há cerca de 3,5 bilhões de anos. A mais poderosa espécie viva gerada na Terra, o homem moderno, surgiu por volta de 150 mil anos atrás e, desde então, tem se esforçado para compreender o ambiente que o envol ve. Graças ao desenvolvimento da ciência e da tecnologia, conhecemos cada vez melhor os processos que sustentam a vida, constituem a paisagem e mantêm em constante movimento os elementos da natureza. Aprendemos, inclusive, o modo como o ser humano atua, para o bem ou para o mal, influenciando todos esses processos. Um dos recursos tecnológicos que mais têm nos ajudado a conhecer nosso planeta são os satélites. Como olhos no espaço, esses equipamentos nos enviam imagens tão belas quanto informativas. MOVIMENTOS TERRESTRES E SUAS CONSEQUÊNCIAS Movimento Rotação – em torno do seu próprio eixo, no sentido oeste para leste. Consequências: dias e noites (gerando às 24 horas), movimento aparente do Sol e das estrelas. A rotação é determinante na configuração dos horários praticados no planeta (Fusos Horários), tendo em vista que acontecem horas distintas em diversos pontos do globo (falaremos mais adiante sobre os fusos). Outro fator de grande relevância é que o movimento de rotação desempenha um grande papel no favorecimento da proliferação da vida na Terra, pois se não houvesse esse movimento, uma parte da Terra seria sempre noite e muito fria, e a parte iluminada teria temperaturas elevadíssimas, dessa forma, ambas apresentariam condições inviáveis para a vida. MOVIMENTO DA LUA E SUAS FASES LUNARES As fases da Lua referem-se à mudança aparente da porção visível iluminada do satélite devido a sua variação da posição em relação à Terra e ao Sol. O ciclo completo, denominado lunação, leva pouco mais de 29 dias para se completar, período no qual a Lua passa da fase nova, quando sua porção iluminada visível passa a aumentar gradualmente até que, duas semanas depois ocorra lua cheia e, por cerca de duas semanas seguintes, volta a diminuir e o satélite entra novamente na fase nova. Eventualmente, ocorre o perfeito alinhamento entre o Sol, a Terra e a Lua, o que dá origem a eclipses. Um eclipse solar acontece quando a Lua cruza em frente ao disco solar, podendo ocorrer somente na lua nova, enquanto que um eclipse lunar transcorre no momento em que a Lua passa através da sombra da Terra, o que pode ocorrer somente na lua cheia. Esta transição entre fases foi há tempos utilizada para contagem do tempo, de forma que muitos calendários lunares foram criados tendo como base o ciclo lunar. Movimento de Translação - movimento que o nosso planeta realiza em torno da estrela do Sistema Solar, o Sol. Esse movimento, juntamente com a inclinação do eixo da Terra tem como 7 consequência às estações do ano. O movimento de translação demora 365 dias e aproximadamente 6 horas. Como não existem dias com seis horas, no decorrer de quatro anos, junta-se a sobra dessas horas e acrescenta mais um dia no mês de fevereiro, o dia 29, temos então, temos um ano bissexto. As datas que marcam o início das estações do ano determinam também a maneira e a intensidade com que os raios solares atingem a Terra em seu movimento de translação. Essas datas recebem a denominação de equinócio - No dia 21 de março, os raios solares incidem perpendicularmente sobre a linha do Equador, tendo o dia e a noite a mesma duração na maior parte dos lugares da Terra. Nesse dia, no hemisfério norte, é o equinócio de primavera - e no hemisfério sul, o equinócio de outono e no dia 23 de setembro, o equinócio de primavera no hemisfério sul - e o equinócio de outono no hemisfério norte. Já os solstícios ocorrem nos dias 21 de junho e 21 de dezembro. No dia 21 de junho, os raios solares incidem perpendicularmente sobre o trópico de Câncer, no hemisfério norte, nesse momento ocorre o solstício de verão nesse hemisfério. É o dia mais longo e a noite mais curta do ano, que marcam o início do verão. Enquanto isto, no hemisfério sul, acontece o solstício de inverno, com a noite mais longa do ano, marcando o início da estação fria. No dia 21 de dezembro os raios solares estão exatamente perpendiculares ao trópico de Capricórnio, situado a 23º 27’, 30’’, no hemisfério sul. É o solstício de verão no hemisfério sul. Nesse dia, a parte sul do planeta está recebendo maior quantidade de luz solar que a parte norte, propiciando o dia mais longo do ano e o início do verão. No hemisfério norte, acontece a noite mais longa do ano. É o início do inverno. As estações do ano estão diretamente relacionadas ao desenvolvimento das atividades humanas, como a agricultura e a pecuária. Além disso, determinam os tipos de vegetação e clima de todas as regiões da Terra. FUSOS HORÁRIOS NO NOTICIÁRIO E NO FUTEBOL Quando assistimos a transmissões televisivas de eventos esportivos ou jornalísticos é bastante comum observarmos que, enquanto o repórter se encontra "ao vivo" às 3h da madrugada, ou às 11h da noite, nós estamos confortavelmente em um fim de tarde, ou seja, a mágica da transmissão via satélite em tempo real nos permite ter contato imediato com regiões que vivem sob um fuso horário diferente do nosso. A Terra gasta um dia (24 horas) para realizar seu movimento de rotação. Para organizarmos o dia, utilizamos as horas, isto é, as 24 partes em que foi dividido o tempo de rotação da Terra. Por sua vez, cada hora é dividida em 60 minutos e, cada minuto, em 60 segundos. Em cada lugar da superfície terrestre a hora marcada é aquela correspondente à luz do Sol naquele momento, naquele lugar; assim, cada lugar tem sua “hora solar local”. Porém, você já imaginou a confusão para as comunicações mundiais se cada lugar tivesse sua própria hora determinada apenas pela luz solar? Por esse motivo é que, em 1884, 25 países reunidos em Washington, Estados Unidos, estabeleceram um horário de referência para que todos os relógios fossem acertados a partir dele. Tal horário de referência foi (e é) dado pelo meridiano de Greenwich (0o de longitude). E, para que funcionasse bem esse sistema, foram firmados os fusos horários. A terra foi dividida em “24 gomos” iguais, isto é, em 24 faixas longitudinais, cada uma com uma hora oficial. Cada uma dessas faixas equivale a quinze graus (15º), de maneira que, se somarmos as 24 faixas, teremos os 360º da circunferência terrestre (24 X 15 = 360º). Cada uma dessas faixas longitudinais corresponde a um fuso horário, totalizando para o planeta 24 fusos. Dentro de cada fuso, os relógios devem marcar a mesma hora, que são contadas a partir do fuso inicial, nesse caso o fuso referencial para a determinação das horas é o Greenwich, cujo 8 centro é 0°, esse meridiano atravessa a Grã-Bretanha, além de cortar o extremo oeste da Europa e da África. A hora determinada pelo fuso de Greenwich recebe o nome de GMT. A Terra gira de oeste para leste, fazendo com que as horas à direita do meridiano de Greenwich sejam adiantadas em relação às horas da metade localizada à esquerda de Greenwich. Assim, o dia surge primeiro no leste, a “terra do sol nascente”. Por exemplo, a cidade do Rio de Janeiro está no terceiro fuso a oeste de Londres (onde se situa o meridiano de Greenwich); portanto, o horário local do Rio será de menos três horas em relação ao horário de Londres. Já a cidade de Moscou, capital da Rússia, localiza-se no segundo fuso a leste de Londres, o que determina seu horário local em mais duas horas em relação ao horário de Londres. Como o Sol nasce primeiro nos lugares a leste, os fusos a leste têm o horário adiantado em relação ao fuso de Londres. E os fusos a oeste têm o seu horário atrasado. No Brasil, existem três fusos horários, todos atrasados em relação ao fuso de Londres, pois nosso país está inteiramente a oeste do meridiano de Greenwich. A TERRA VISTA POR DENTRO E POR FORA O solo que você pisa; as rochas que modelam as montanhas; o fundo dos rios, lagos e mares: tudo isso é apenas uma fina "casca" do imenso planeta que é a Terra. Terra tem forma aproximadamente esférica e é achatada nos polos. Sua estrutura interna é dividida em crosta terrestre, manto e núcleo. O nosso planeta sofreu várias alterações no decorrer da sua formação. Há cerca de 5 bilhões de anos, era parecido a uma bola de fogo em brasa. Mas aos poucos e lentamente foi resfriando até formar a crosta terrestre (o nosso assoalho). Os metais pesados acumulados no interior do planeta, submetidos a enorme pressão, também solidificaram e formaram um núcleo sólido metálico. Foi assim que a Terra se tornou parecida com planeta que hoje conhecemos: possui um núcleo, um manto e uma crosta. A Crosta é a parte menos densa e mais consistente das camadas que compõem a Terra. E está coberta por uma fina camada, o solo, sobre a qual nós vivemos. Sua espessura varia de 10 a 70 km. A crosta é formada por rochas e minerais. As rochas são agrupamentos de minerais e minerais são elementos ou compostos naturais sólidos. Já o Manto constitui 83% do volume e 65% da massa do nosso planeta. Está abaixo da crosta e apresenta-se em estado pastoso (material magmático), está entre 60 e 3.000 km de profundidade, e 2.000 a 3.500ºC e o Núcleo é a camada mais interna, com cerca de 3.400 km de espessura. Compreende duas partes: Núcleo externo: é líquido e formado, basicamente, de ferro e níquel derretidos. Núcleo interno: é solido e contem principalmente, ferro e níquel, com temperatura acima de 4.000°C. A uma velocidade de 100 quilômetros por hora, seria possível percorrer os 6.400 km entre a superfície e o centro da terra em pouco mais de 60 horas. Além da divisão interna, a Terra externamente é formada por quatro esferas: a hidrosfera, a atmosfera e a biosfera. • A hidrosfera é o conjunto de todas as águas do planeta: dos oceanos, dos mares, dos rios e dos lagos, as águas subterrâneas e o vapor de água existente na atmosfera. • A atmosfera é a camada de gases que envolvem a Terra. Ela equilibra a temperatura do planeta e contêm gases importantes para a vida, como o oxigênio, o nitrogênio e o gás carbônico. A litosfera (conhecida também como crosta terrestre) é a camada sólida mais externa da Terra. É formada por rochas e minerais e compreende a crosta continental e oceânica 9 • Na biosfera, vivem os animais e vegetais. Ela é formada por elementos encontrados na atmosfera, na litosfera e na hidrosfera. Contém o solo, o ar, a água, a luz, o calor e os alimentos, que são as condições necessárias para o desenvolvimento da vida. As camadas da Terra foram formadas ao longo de bilhões de anos. No entanto, elas continuam em transformação, devido à evolução natural da Terra e à interferência dos seres humanos. ORIGEM DOS CONTINENTES Os continentes formaram-se há muito tempo à cerca de 220 milhões de anos. Resultado de um processo na fragmentação e no afastamento das terras emersas, a partir de um bloco único chamado Pangéia. Há 200 milhões de anos, a Pangéia começou a separar – e aos poucos, dando origem a seis continentes. E correspondem a 29,3% da superfície total do planeta. A atual configuração foi estabelecida há 60 milhões de anos, pelo processo de deslocamento da crosta. A Pangéia, ao se fragmentar, formou dois super continentes: gondwana, ao sul e, laurásia ao norte. A palavra Pangéia é originária do fato de todos os continentes estarem juntos (Pan) formando um único bloco de terra (Geia). A TERRA EM MOVIMENTO: PLACAS TECTÔNICAS, VULCÕES E TERREMOTOS A crosta terrestre é fragmentada em vários blocos chamados placas tectônicas. Veja no mapa ao lado as principais placas e a direção de seus movimentos. As placas tectônicas (imensos blocos rochosos) flutuam sobre o magma (substância pastosa e incandescente) que se move lentamente no manto. Você já observou a água fervendo em uma panela? As altas temperaturas do manto fazem o mesmo com o magma, ou seja, o material quente sobe ao chegar às camadas superiores, esfria e volta ao interior substituindo aquele mais quente que subiu. Esse movimento do magma recebe o nome de correntes de convecção. Essas correntes de convecção são como a água fervente que empurra a tampa da panela. No caso das placas tectônicas, elas são pressionadas pelo magma e acabam se afastando ou se chocando umas contra as outras nas áreas de contato ou de separação entre as placas, podendo ocorrer erupções vulcânicas, terremotos, dobramentos e falhamentos. Vulcões: são crateras ou fissuras na crosta terrestre, decorrentes dos movimentos tectônicos e sujeitos a erupções vulcânicas. Essas erupções podem ser o magma sendo jorrado para cima até atingir a superfície terrestre ou pode ser apenas explosões de gases tóxicos. Tudo dependerá do tipo de vulcão que se formou. NOTICIAS RECENTES Epoch times Várias erupções vulcânicas ocorreram ao redor do mundo no mês de novembro de 2013, entre elas Nishinoshima, Japão Próximo da costa sul do Japão, o vulcão submarino Nishinoshima entrou em erupção nessa quartafeira (20), criando uma pequena ilha no meio do Oceano Pacífico. O novo pedaço de terra está sendo chamado de Niijima e possui cerca de 650 metros de diâmetro. http://www.epochtimes.com.br/seis-erupcoes-vulcanicas-ocorreram-ontem-cincopaises/#.U9EV8flT6tI<último 10 Acesso, julho 2014> 2014 começa com diversos eventos naturais com potencial destrutivo, com a erupção de vulcões na Itália, El Salvador e Indonésia. (Foto Principal: El Salvador) http://folhacentrosul.com.br/geral/2973/2014 <último acesso, julho de 2014> Terremotos ou abalos sísmicos: são tremores produzidos ao longo da crosta terrestre que geram a vibração da superfície. Eles são resultantes da liberação de energia causada pelas tensões internas da Terra, também chamadas de forças endógenas de transformação do relevo. O deslocamento de gases no interior da Terra, principalmente metano, também provocam esses abalos, além disso, ocorrem sismos induzidos, basicamente resultado da ação do homem, como por exemplo, explosões, extração de minérios, de água ou fósseis, ou até mesmo por queda de edifícios; entretanto a intensidade apresentada é bastante inferior à dos terremotos tectônicos. As regiões de maior ocorrência dos tremores naturais são nos limites entre as placas tectônicas (veja mapa na pág. 12) e são medidos ou avaliados na escala de Richter variando de 0º a 9º (graus). Tremores com liberação de energia entre 3,5 a 5,4 graus na escala Richter na maioria das vezes são percebidos com consequências modestas ou despercebidas. A partir de 6,1 graus as consequências passam a ser mais graves a medida que se eleva os graus. Entre as consequências de um abalo sísmico citamos: • Vibração do solo com intensidades variada, • Abertura de falhas, • Deslizamento de terra, • Tsunamis, • Mudanças na rotação da Terra. •As consequências de um abalo sísmico normalmente acarretam em efeitos nocivos (prejudicial) ao homem como ferimentos, mortes, prejuízos financeiros e sociais, desabamento de construções, destruição entre outros. Noticia Recentes Estadão Internacional: O tremor de magnitude 7.2 atingiu a província de Cebu nas Filipinas na manhã desta terça-feira (15 out/2013) e destruiu prédios e igrejas históricas Terremoto provoca ondas de 20 cm na costa do Japão 11jun/2014 Um forte terremoto atingiu a costa norte do Japão nas proximidades da usina nuclear devastada por um tremor e um tsunami em 2011. O cismo ocorrido nessa manhã provocou uma pequena onda e fez com que algumas cidades emitissem avisos para retirada. Não houve relatos de danos ou pessoas feridas. http://internacional.estadao.com.br/noticias/geral,terremoto-provoca-onda-de-20-cm-na-costa-dojapao,1527315 <último acesso, julho de 2014> 11 FORMAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO DO RELEVO O relevo é definido como a forma da superfície terrestre, podendo ser classificado de acordo com a variação de nível. Entre os fatores responsáveis por dar forma (modelar) ao relevo estão os vulcões, terremotos, clima, chuvas, geleiras, ventos, a ação do homem, entre outros. Esse aspecto físico é de fundamental importância para a realização das atividades humanas, sendo determinante na construção de fábricas, rodovias, residências, etc. É possível encontrar diferentes formas de relevo pelo mundo, como por exemplo, planície, montanha, depressão e planalto, colinas, serras, chapadas, entre outras. A AÇÃO DOS FATORES EXTERNOS NA TRANSFORMAÇÃO (OU MODELAMENTO) DO RELEVO Ação das águas: a água pode alterar a composição das rochas, causando o intemperismo químico. Com isso, ocorre a desagregação das rochas, que podem se romper ou desencadear erosões. Além disso, também atua no modelamento do relevo Erosão pluvial: provocada pelas águas da chuva. Erosão fluvial: provocada pelas águas de rios, um exemplo conhecido é o rio Colorado que formou o Grand Canyon, nos Estados Unidos. Erosão marinha: provocada pelas águas do mar, através da colisão das ondas com a costa essa tem seu relevo transformado. Ação das geleiras: ou erosão glacial ocorre quando acontece uma avalanche deslocando juntamente com o gelo uma quantidade de rochas e solos, fato que transforma o relevo. Ação dos ventos: os ventos atuam, em especial, no litoral e no deserto, agindo constantemente na formação e transformação do relevo, essa é denominada de erosão eólica, um exemplo comum são as dunas. Ação humana sobre o relevo O homem ao longo da história vem modificando a natureza, então o relevo, que é parte integrante, sofre efeitos diretos da apropriação. O homem tem capacidade, através de sua força de trabalho e suas tecnologias, de construir túneis, retirar montanhas, desviar o curso de rios, modificar o relevo no campo e nas cidades. É bom lembrar que existem os fatores naturais de transformação, mas o homem provoca de forma artificial tais mudanças. PRINCIPAIS FORMAS DE RELEVO Montanhas – são grandes elevações da superfície terrestre, sendo consequência de fenômenos como atividade vulcânica, terremotos, etc. Esse tipo de relevo apresenta terreno bastante acidentado. 12 Planaltos – são relevos marcados pela variação de altitude, apresentando formas distintas, como serras, morros e chapadas. Normalmente essas áreas são extensas e possuem forma ondulada. Serras - são um tipo de relevo acidentado com característica ondulada (uma parte alta seguida de outra num nível menor). Dentre as Serras presentes no Brasil podemos citar a Serra Gaúcha, Serra da Mantiqueira e a Serra do Mar. Depressões – é um tipo de relevo caracterizado por apresentar altitude inferior à do relevo em sua volta. A depressão pode ser classificada como absoluta, desde que esteja abaixo do nível do mar. Planícies – são terrenos relativamente planos, formados principalmente a partir de rochas sedimentares. Há também a planície litorânea, que consiste nas regiões próximas ao litoral. FORMAÇÃO E TIPOS DE ROCHAS A estrutura geológica é extremamente importante na formação dos recursos minerais, além de estabelecer uma grande influência na consolidação dos relevos e automaticamente do solo. Para compreender a estrutura geológica de um lugar é preciso analisar e conhecer os tipos de rochas presentes no local. Rocha é a união natural de minerais, compostos químicos definidos quanto à sua composição, podem ser encontrados no decorrer de toda a superfície terrestre. • Ígneas ou magmáticas: são rochas formadas pelo esfriamento e solidificação de elementos endógenos, no caso, o magma pastoso. São exemplos de rochas magmáticas: granito, basalto, diorito e andesito. • Sedimentares: esse tipo de rocha tem sua formação a partir do acúmulo de resíduos de outros tipos de rochas. São exemplos de rochas sedimentares: areia, argila, sal-gema e calcário. • Metamórficas: esse tipo de rocha tem sua origem na transformação de outras rochas, em virtude da pressão e da temperatura. São exemplos de rochas metamórficas: gnaisse (formada a partir do granito), ardósia (originada da argila) e mármore (formação calcária). As mais antigas rochas são as do tipo ígneas e metamórficas, que surgiram respectivamente na era Pré-Cambriana e Paleozoica. Essas rochas são denominadas de cristalinas, por causa da cristalização dos minerais que as formaram. Ao contrário das outras, as rochas sedimentares são de formações mais recentes, da era Paleozoica à Cenozoica. Essas são encontradas em aproximadamente 5% da superfície terrestre. Dessa forma, os minerais e as rochas compõem uma parcela primordial da litosfera, que corresponde ao conjunto de elementos sólidos que formam os continentes e as ilhas. O SOLO E OS TIPOS DE SOLO O solo é a camada superficial da crosta terrestre, sendo formado basicamente por aglomerados minerais e matéria orgânica oriunda da decomposição de animais e plantas. Esse elemento natural é de fundamental importância para a vida de várias espécies. O solo serve de fonte de nutrientes para as plantas, e a sua composição interfere diretamente na produção agrícola. 13 Entre os fatores que contribuem para a caracterização do solo estão o clima, a incidência solar, a rocha que originou o solo, matéria orgânica, cobertura vegetal, etc. O solo pode ser classificado em arenoso, argiloso, humoso e calcário e terra roxa. Solo arenoso: possui grande quantidade de areia. Esse tipo de solo é muito permeável, pois a água infiltra facilmente pelos espaços formados entre os grãos de areia. Normalmente ele é pobre em nutrientes. Solo argiloso: é formado por grãos pequenos e compactos, sendo impermeável e apresentando grande quantidade de nutrientes, característica essencial para a prática da atividade agrícola. Solo humoso: chamado em alguns lugares de terra preta, esse tipo de solo é bastante fértil, pois contém grande concentração de material orgânico em decomposição. O solo humoso é muito adequado para a realização da atividade agrícola. Solo calcário: com pouco nutriente e grande quantidade de partículas rochosas em sua composição, o solo calcário é inadequado para o cultivo de plantas. Ele é típico de regiões desérticas. Terra roxa é um tipo de solo bastante fértil, caracterizado por ser o resultado de milhões de anos de decomposição de rochas de arenito-basáltico originadas do maior derrame vulcânico que este planeta já presenciou. É caracterizado pela sua aparência vermelho-roxeada inconfundível, devida a presença de minerais, especialmente Ferro. Portanto, as características do solo influenciam diretamente na prática da agricultura e no desenvolvimento socioeconômico de um determinado lugar. Porém, é importante destacar que técnicas agrícolas têm adaptado alguns solos para o cultivo, através da introdução de nutrientes. Outro aspecto que deve ser pontuado é a poluição do solo, que é causada principalmente pelo lixo despejado em lugares inadequados e pelos agrotóxicos utilizados nas plantações causando danos irreversíveis ao solo. A ÁGUA NO PLANETA TERRA A água ocupa a maior parte do planeta: basta dar uma olhada em um globo terrestre para perceber isso. Ela é composta por dois elementos químicos: o oxigênio e o hidrogênio. Para cada oxigênio, ela tem dois hidrogênios e, por esse motivo, ela é representada assim: H2O. A água é a substância mais abundante do planeta. Ela é encontrada nos oceanos,no gelo, em rios,lagos,chuvas, no ar que respiramos, no solo e abaixo dele (nos lençóis freáticos).Além, desses locais, a água também está presente no nosso corpo e na constituição dos demais seres vivos. Ela corresponde, por exemplo, a cerca de 60% do corpo humano; e 94% do tomate. A água é uma substância muito importante para a vida na Terra, pois todos os seres vivos necessitam dela para viver. Sem ela, para começar, plantas e algas não sobreviveriam. Agora imagine o que seria de nós e de diversos outros seres vivos sem o oxigênio que tais organismos nos oferecem!A água também é necessária para hidratação e funcionamento do nosso organismo, preparação de alimentos, limpeza do corpo, das roupas e dos locais em que vivemos, etc. Além disso, é muito utilizada na indústria, inclusive na fabricação de remédios e objetos. As usinas hidrelétricas também utilizam a água para gerar a energia elétrica, que chega às nossas casas. Apesar de encontrada em muitos lugares, somente uma pequena parte de água está disponível para os humanos e outros seres vivos. Só para se ter uma ideia, se toda a água do mundo estivesse em uma garrafa de um litro, somente uma gota dela poderia ser utilizada para nossa hidratação, ou seja, para bebermos. Isso porque grande parte dela está em oceanos ou está congelada. 14 Além de existir uma quantidade pequena de água doce disponível, ela tem sido desperdiçada e poluída por esgotos, pesticidas e lixo; diminuindo sua oferta para os seres humanos, animais, plantas e outros seres vivos. Alguns estudiosos já relatam em suas pesquisas e livros que a água, sem ser poluída, pode acabar, provocando grandes estragos. Portanto, é preciso criar a consciência da importância de se cuidar bem desse bem precioso. Evitando o desperdício de água, cada pessoa estará contribuindo bastante para a conservação dela. Veja algumas dicas: Não deixar a torneira aberta enquanto escova os dentes; Não se esquecer de fechar bem a torneira (caso não consiga, peça ajuda para alguma pessoa mais velha); Reaproveitar a água de aquários e de cozimento de ovos e legumes, por exemplo, para molhar as plantas do jardim. OS MARES E OS OCEANOS Oceano é uma grande massa de água salgada que cobre a maior parte da superfície terrestre, circundando e separando os continentes.Essa grande massa de água salgada contém importantes fontes de recursos para os seres humanos. Para atender aos interesses e ás necessidades humanas, ela foi dividida em cinco partes, que são os cinco oceanos: o Pacífico, o Atlântico, o Índico, o Glacial Ártico e o Glacial Antártico. • O Oceano Pacífico, localizado entre a Ásia, a América e a Oceania, é o mais extenso e o mais profundo dos oceanos. Sua maior profundidade, de 11.500 metros, ocorre nas proximidades das ilhas da Micronésia, em um lugar chamado Fossa das Marianas. • O Oceano Atlântico é dividido em Atlântico Norte e Atlântico Sul. Ele se localiza entre a América, a Europa e a África. O Atlântico é considerado o mais importante dos oceanos para a economia mundial, devido ao grande fluxo de navegação e de comunicações, principalmente entre a América e a Europa. • O Oceano Índico tem sua maior parte localizada no Hemisfério Sul, entre a Ásia, a África e a Oceania. Nele se desenvolve uma intensa vida marinha, devido à temperatura mais aquecida de suas águas. • O Oceano Glacial Ártico banha o norte da Europa, da Ásia e da América. Suas águas apresentam baixa temperatura, permanecendo congeladas durante grande parte do ano. Uma característica marcante desse oceano é a presença de gigantescos blocos de gelo flutuantes, os icebergs, que dificultam a navegação. • O Oceano Glacial Antártico é formado pelo encontro das águas dos oceanos Pacífico, Atlântico e Índico. Por estar próximo ao Polo sul, onde as temperaturas são muito baixas, suas águas permanecem congeladas durante grande parte do ano. OS MARES Muitas pessoas utilizam as palavras Mar e Oceano como se elas fossem sinônimas, mas expressam significados diferentes. Uma delas é a grande extensão territorial, a outra é a questão da profundidade, além disso, os mares são menores e em grande parte delimitados pelos continentes nas suas entradas. 15 Na verdade, a maioria dos mares fazem parte dos Oceanos. Eles são justamente aqueles trechos mais próximos dos acidentes geográficos terrestres, possuindo uma grande importância para inúmeros povos. Um exemplo é o Mar Mediterrâneo, uma extensão do Oceano Atlântico. Existem três tipos principais de mares: os abertos, que são abertos e possuem uma ampla ligação direta com os oceanos. Exemplos o mar do Norte, na Europa, e o mar da China. Os fechados,é um tipo de mar que não tem ligação direta com os oceanos. Como exemplos de mares fechados podemos citar o mar Cáspio, o mar de Aral e o mar Morto. OS RIOS Os rios são cursos naturais de água que se deslocam de acordo com a configuração do relevo. Suas águas sempre irão percorrer de um ponto mais alto em direção a um ponto mais baixo do relevo. A nascente de um rio está localizada em um ponto mais alto e, durante o percurso das águas, o rio atinge sua foz em terrenos de níveis mais baixos, podendo ser no mar, outro rio, lagos, etc. Os rios podem ser: Perenes: são rios que possuem água durante todo o ano, ou seja, eles nunca secam. São alimentados pelo escoamento superficial e pela água do lençol freático (subterrânea). Intermitentes: também chamados de temporários, esses rios podem ser volumosos durante os períodos chuvosos, porém eles desaparecem durante a seca. Efêmeros: são rios formados exclusivamente durante as chuvas ou logo após sua ocorrência. Eles secam rapidamente. Os rios de planaltocostumam ter muitas quedas de água. E geralmente são aproveitados para geração de energia elétrica. Já os rios de planícienão apresentam quedas de água. Por causa disso, eles são ideais para a navegação, a pesca, o lazer e a retirada de água para o consumo. AGUAS SUBTERRÂNEAS E AQUÍFEROS Água subterrânea é toda a água que ocorre abaixo da superfície da Terra, preenchendo os poros ou vazios intergranulares(entre os grãos) das rochas sedimentares, ou as fraturas, falhas e fissuras das rochas compactas, e que sendo submetida a duas forças (de adesão e de gravidade) desempenha um papel essencial na manutenção da umidade do solo, do fluxo dos rios, lagos e brejos. As águas subterrâneas cumprem uma fase do ciclo hidrológico, uma vez que constituem uma parcela da água precipitada. Aquífero é uma formação geológica do subsolo, constituída por rochas permeáveis, que armazena água em seus poros ou fraturas. Alguns aquíferos importantes: Aquífero Guarani: Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai Alter do Chão: Amazonas, Pará e Amapá, Arenito Núbia: Líbia, Egito, Chade, Sudão LAGOS, LAGOAS E LAGUNAS Lago é uma depressão natural na superfície da Terra que contém permanentemente uma quantidade variável de água. Essa água pode ser proveniente da chuva, duma nascente local, ou 16 de curso de água, como rios e glaciares geleiras que desaguem nessa depressão. A quantidade de água que um lago contém depende do clima regional. Exemplos de lagos: Grandes Lagos da América do Norte ou os Grandes lagos Africanos Lagoa é um corpo de água com pouco fluxo, mas geralmente sem água estagnada, podendo ser natural ou feita pelo Homem (artificial), e é usualmente menor que um lago Laguna é um termo que em geomorfologia refere-se a uma depressão formada por água salobra ou de salgada, localizada na borda litorânea, comunicando-se com o mar através de canal, constituindo assim, uma espécie de "semilago". CLIMA E TEMPO Muitas pessoas têm muita dificuldade para diferenciar tempo e clima. Algumas delas acreditam que essas expressões representam a mesma coisa, mas sabemos que isso não é verdade. Observe as frases abaixo: Frase 1: Hoje choveu muito. Frase 2: Faz muito frio nessa região durante essa época do ano. Frase 3: Puxa! Quanta neve por aqui! Frase 4: Essa região parece um deserto, quase nunca chove! Essas afirmações são de situações referentes ao clima (climáticas) e ao tempo (meteorológicas). Mas você sabe dizer qual delas refere-se a cada tipo? As frases 1 e 3 referem-se ao tempo e as frases 2 e 4 referem-se ao clima. Isso porque o tempo é o estado momentâneo da atmosfera, enquanto o clima é o conjunto fixo de variações do tempo em um longo período. Não esqueça: o tempo refere-se a algo passageiro, a um estado momentâneo; já o clima está relacionado a algo mais ou menos permanente ou que dura mais tempo. Quando eu digo que hoje está chovendo, estou me referindo ao tempo. Quando afirmo que todos os anos, entre os meses de agosto e janeiro, costuma chover em um dado lugar, estou me referindo ao clima. Portanto, quando falamos de tempo, referimo-nos a algo que muda de um dia para o outro, ou até de uma hora para outra. Por outro lado, quando falamos de clima, referimo-nos a algo mais rotineiro, que costuma se repetir ao longo dos anos. As previsões meteorológicas são responsáveis por nos dizer como será o tempo amanhã, se vai chover ou não, se será frio ou não. Já as previsões climáticas procuram nos dizer como será o clima daqui a alguns anos, se o planeta será mais quente ou mais frio, se as chuvas serão mais frequentes ou menos intensas etc. FATORES E ELEMENTOS CLIMÁTICOS Você já reparou que o clima quase nunca é o mesmo em lugares distintos? Por qual razão que, por exemplo, a região Sul do Brasil costuma ser mais fria do que a região Centro-Oeste? E por que o clima da região dos Alpes Suíços é tão frio e o deserto do Saara é tão quente? Afinal, por que o clima não pode ser sempre o mesmo nos diferentes pontos da Terra? 17 A explicação para a ocorrência de diversos tipos climáticos no nosso planeta é o fato de o clima ser influenciado por uma combinação entre vários fatores. Dessa forma, podemos concluir que à medida que esses fatores se modificam, o clima de cada região também se altera. Os principais e mais importantes fatores climáticos são: as latitudes, as longitudes, a continentalidade e maritimidade, as formas de relevo, as vegetações, as correntes marinhas e as massas de ar. Altitudes: as altitudes interferem no clima porque, quanto mais alto, menos denso é o ar e, portanto, mais frio ele se torna. Com isso, as temperaturas tendem a abaixar. Por outro lado, quanto mais próximos estamos do nível do mar, maiores costumam ser as temperaturas. Um exemplo de região com elevada altitude e que faz muito frio são os Alpes, uma cadeia de montanhas localizadas na Europa. Latitudes: as latitudes definem o quanto estamos próximos ou distantes da Linha do Equador, um traçado imaginário que “corta” a Terra ao meio no sentido horizontal. Portanto, quanto mais próximos estamos dessa linha (ou seja, quanto menores forem as latitudes), mais calor costuma fazer. Por outro lado, quanto mais longe estamos dessa linha (latitudes menores), maior é o frio. Isso explica por que o Polo Norte e o Polo Sul estão congelados. A região Sul do Brasil, por apresentar maiores latitudes, costuma ter menores temperaturas médias ao longo do ano. Maritimidade e continentalidade: você já reparou que a água demora mais para esquentar no sol do que o chão? Isso porque a água conserva a sua temperatura por mais tempo que o solo, que se aquece e se resfria muito rápido. Dessa forma, não é difícil imaginar que a proximidade e a distância de um lugar em relação ao mar influenciam o seu clima. Quanto mais próxima do mar uma localidade se encontra (maritimidade), menores costumam ser as variações de temperatura; quanto mais distante do mar (continentalidade), maiores são as variações térmicas. Relevo: o relevo interfere no clima mais do que você pode imaginar. As regiões mais altas, como já falamos, costumam ser mais frias. Mas, além disso, essas zonas ajudam a “rebater” a umidade proveniente de outros lugares, impedindo que elas cheguem a certos lugares, que passam a ficar mais secos. Um exemplo disso é o deserto do Atacama, no Chile. A Cordilheira dos Andes não deixa que os ventos carregados de umidade cheguem até essa região, fazendo com que ela transforme-se em um dos desertos mais áridos do planeta. Vegetação: as florestas e demais formas de vegetação ajudam a absorver o calor proveniente da radiação solar, amenizando o aquecimento. Além do mais, através da evapotranspiração, elas ajudam a aumentar a umidade do ar, provocando mais chuvas. Esse é um dos motivos de ser necessária a correta preservação de nossas florestas! Correntes marinhas: as alterações das temperaturas das correntes marinhas também interferem no clima. Quando elas são mais quentes, evaporam mais e aumentam a umidade e a temperatura em regiões costeiras. Quando elas são mais frias, provocam a queda da temperatura dessas regiões, além de “puxar” a umidade de outros lugares, que acabam ficando com menos chuvas. Massas de ar: há diversas camadas de ar sobre a Terra, que existem graças às diferenças da intensidade da luz solar ao longo do globo terrestre. Assim, as massas de ar (que ora são frias, ora são quentes, ora são úmidas e ora são secas) interferem diretamente sobre o clima onde elas passam. O encontro entre duas massas de ar é chamado de Frente de Ar. 18 DEFININDO:elementos climáticos são as grandezas atmosféricas que podem ser medidas ou instantaneamente mensuradas. São os elementos atmosféricos que variam no tempo e no espaço e que se configuram como o atributo básico para se definir o clima de determinada região. Os principais elementos climáticos são: radiação, temperatura, pressão e umidade. a) Radiação: a radiação climática, em linhas gerais, pode ser definida como todo o calor recebido pela atmosfera, a maior parte advinda do sol, mas que também recebe a influência dos seres vivos e dos elementos naturais e artificiais que refletem o calor já existente. A radiação solar manifesta-se em diferentes tons de intensidade ao longo do planeta, o que contribui concomitante (ao mesmo tempo) com a latitude para a formação das chamadas zonas térmicas ou climáticas da Terra (regiões da superfície da Terra, com características climáticas diferentes). Zonas Polares: os raios solares atingem a superfície terrestre de maneira bastante inclinada, portanto, as temperaturas são as mais baixas da Terra Zonas temperadas: os raios incidem à superfície de forma relativamente inclinada em relação à zona intertropical, desse modo as temperaturas são mais amenas. Zona tropical: áreas que recebem luz solar de forma praticamente vertical em sua superfície, o fato produz regiões com temperaturas elevadas, conhecida como zona tórrida do planeta. b) Temperatura: é a mensuração do calor na atmosfera, podendo ser medida em graus célsius (ºC) ou em outras unidades de medida, como fahrenheit (ºF) e o kelvin (K). c) Pressão Atmosférica: é o “peso” ou “força” exercidos pelo ar sobre a superfície, pois, ao contrário do que muitas pessoas pensam, o ar possui massa e, consequentemente, peso. A pressão atmosférica costuma ser medida em milibares (mb). d) Umidade: é a quantidade de água em sua forma gasosa presente na atmosfera. Temos, assim, a umidade absoluta (quantidade total de água na atmosfera) e a umidade relativa do ar (quantidade de água na atmosfera em relação ao total necessário para haver chuva). AS PAISAGENS NATURAIS DA TERRA E OS TIPOS DE CLIMA Os biomas terrestres estão distribuídos em função de inúmeras variáveis que podem ser explicadas pela Biogeografia Histórica, contudo, o principal fator que rege esta distribuição é o Clima, em função dos diferentes elementos e fatores associados. Florestas Tropicais- são formações vegetais situadas entre trópico de Câncer e o de Capricórnio, com 2 estações do ano bem definidas: uma chuvosa (verão) e inverno (seco). a) Caracterizam-se pelo calor forte, muitas chuvas, muita variedade de espécies vegetais e animais. b) A fauna e a flora são as mais diversificadas do mundo (a maior biodiversidade). c) Os maiores exemplos dessa paisagem são: floresta Amazônica, Floresta do Congo. d) Ocorrem na África Central, América do Sul, Sul e Sudeste da Ásia. Florestas Temperadas – são formações vegetais típicas do Paralelo 40º, embora existam em outras partes do mundo. (Austrália, Chile e nova Zelândia). a) Caracteriza por apresentar as 4 estações do ano bem definidas. b) Verão quente e inverno frio. Está associado ao clima temperado oceânico. c) Destacam-se na flora, as espécies decíduas (perdem a folha no inverno) o carvalho e eucalipto. 19 d) Destacam-se na fauna, os esquilos, a raposa, lobos, etc. e) Ocorrem na Europa Ocidental, EUA, Japão, Austrália, parte do Canadá e China. Floresta Boreal ou taiga- essa floresta é exclusiva do hemisfério Norte (50º e 60ºN). a) Está associada ao clima frio, com verões curtos e muita neve; b) É composta por arvores coníferas (em forma de cone). Não é uma floresta rica ou heterogênea; c) Na flora destacam-se o pinheiro e abeto; d) Na fauna, destacam-se ursos, lebres, linces, etc.; e) Ocorrem no Canadá, Escandinávia e Rússia. Tundra – é uma vegetação rasteira típica das zonas polares, em especial da região ártico. a) está associado ao clima frio polar, com verão muito curto e inverno rigoroso (congelamento do solo); b) Surge apenas na época do degelo do solo, aí surgem os liquens e os musgos. c) Na fauna destacam-se o urso-polar, lobo ártico e pinguins (Antártida). d) Ocorre no extremo norte do Canadá, da Escandinávia e da Rússia. Pradarias – é uma vegetação herbácea, típica dos climas temperados ou subtropicais. a) Os solos são geralmente férteis, onde estão os maiores cultivos de trigo do mundo e criação de gado; b) No hemisfério norte recebe o nome de pradarias, já no hemisfério Sul, recebem o nome de pampas (Brasil, Uruguai e Argentina); c) Na fauna destacam-se, o gavião, búfalo e coiotes. Savanas – são vegetações com dois estratos: (arbóreo) e (herbáceo), ligados ao clima tropical, com uma estação seca e uma úmida. a) As mais conhecidas são as savanas africanas; b) É marcada por arvores de baixo porte, espaçadas e com troncos retorcidos; c) Na fauna africana destacam-se, zebras, leões, rinocerontes, girafas, etc. d) Na América do Sul, corresponde ao cerrado (Brasil), onde a fauna é composta por capivaras, anta tamanduá, etc. Desertos – são áreas do planeta onde a vegetação é rara, com ausência de chuvas. a) Clima árido, solos arenosos, ausência de chuvas, plantas xerófilas (adaptadas à aridez); b) A temperatura pode chegar aos 50º durante o dia e 0ºC durante a noite; c) No Brasil o sertão nordestino assemelha-se com esse tipo de paisagem, embora não seja um deserto típico. CLIMAS NO MUNDO Clima Tropical – predomina nas regiões localizadas entre os trópicos de Câncer e de Capricórnio. a) É influenciado pelas massas de ar tropicais que são quentes e seca nos continentes e quente e úmido nos oceanos; b) Apresenta 2 estações do ano bem definidas: verão (chuvoso) e inverno (seco) c) O índice pluviométrico varia entre 1000 e 2000 e a média térmica anual em trono de 20ºC; d) Ocorre na maior parte da África, América do sul e Sudeste da Ásia. Clima Equatorial – predomina nas áreas de baixa latitude, em trono da Linha do Equador, influenciado pelas massas de ar equatoriais. a) É quente e chuvoso o ano inteiro; b) Apresenta apenas 2 estações bem definidas: uma chuvosa e outra menos chuvosa; 20 c) O índice pluviométrico anual supera os 2000mm e a média térmica anual é de 25ºC. Clima Desértico - predomina em áreas de transição entre as zonas tropicais e temperadas. a) As chuvas são muito raras, poucas nuvens e o ar muito seco (baixa umidade relativa do ar); b) As temperaturas variam de 50ºC durante o dia a 0ºC durante a noite; c) Curiosidade: existem desertos frios: Patagônia (Argentina) e Gobi (China); d) Ocorre no deserto do Sabará Kalahari (África) e Atacama (Chile). Clima Temperado – predomina nas áreas de media latitude. Apresenta-se de três tipos: a) Clima temperado oceânico - predomina nas áreas litorâneas da zona temperada; verões amenos e invernos chuvosos, frio não muito intenso; b) Clima temperado continental - predomina nas áreas interioranas da zona temperada. Inverno rigoroso com muita neve e verão muito quente e chuvoso. c) Clima temperado mediterrâneo - predomina nas áreas próximas ao mar mediterrâneo. Verão seco e ameno, e inverno chuvoso. Clima Frio Polar – predomina nas altas latitudes e é influenciado pelas massas de ar polares. a) Inverno longos e rigoroso que duram até 9 meses ao ano; b) As chuvas ocorrem em forma de neve, e no verão, o Sol não se põe em alguns meses; c) Ocorre nos polos Norte e Sul, Groenlândia e nas grandes montanhas do mundo. DEFININDO CONCEITOS: Biomas: Os biomas são espaços geográficos que apresentam um somatório de ecossistemas vizinhos e semelhantes. Eles podem ser divididos em terrestres e aquáticos. Ecossistemas: termo utilizado para descrever uma unidade em que componentes bióticos e abióticos interagem entre si formando um sistema em equilíbrio. Ficou confuso? Então iremos lhe explicar de outra forma. Todos os ecossistemas possuem componentes bióticos e componentes abióticos. Os componentes bióticos são todos os seres vivos que vivem em um determinado local, enquanto os componentes abióticos são todos os fatores físicos, químicos e geológicos do ambiente, como água, luz, solo, umidade, temperatura, nutrientes etc. Podemos encontrar desde ecossistemas pequenos, como um lago, até ecossistemas muito grandes como a Floresta Amazônica, mas independente do seu tamanho, em todos os ecossistemas tem que haver uma interação entre os componentes bióticos e os componentes abióticos. Observe nessa imagem do lago, que todos os organismos, de alguma maneira, dependem uns dos outros. Os caramujos e os peixes herbívoros dependem da vegetação, os peixes carnívoros dependem dos caramujos e peixes herbívoros, e as aves dependem tanto dos peixes quanto das rãs que ali vivem. Você deve estar se perguntando, quais são os componentes bióticos e abióticos desse lago? Os componentes bióticos desse lago são os vegetais e todos os outros seres vivos que ali estão. Já os componentes abióticos são: ~>Luz: necessária às plantas para a fotossíntese, lembrando que é a partir da fotossíntese que os vegetais produzem o oxigênio; ~>Oxigênio: utilizado pelos peixes e demais organismos do lago; ~>Temperatura da água: quando a temperatura da água aumenta, o oxigênio dissolvido nela diminui, provocando a morte de muitos organismos. Isso deixa a água mais turva, impedindo a passagem de luz e a consequente realização de fotossíntese pelos vegetais. Como os vegetais não fazem fotossíntese, o oxigênio não é produzido e mais organismos morrem; 21 ~>Rochas e lama no fundo e nas margens do lago que servem de esconderijo para alguns organismos. ~> Sais minerais: dissolvidos na água, esses sais são importantes para os organismos que ali vivem. Biodiversidade:é a grande variedade de seres vivos que encontramos no planeta. Têm um sentido bastante amplo, pois não se trata somente de "contar" as espécies já catalogadas pelos especialistas, mas sim considerar todas as formas de vida que existem no planeta, os genes contidos em cada um desses indivíduos e também as inter-relações existentes entre as diversas espécies. A partir de agora focaremos nossos estudos nos diversos temas que envolvem nosso território brasileiro A FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO A expansão territorial brasileira recebeu diversas influências das atividades econômicas. Inicialmente, com a economia colonial (1500- 1822), tudo girava em função das produções ligadas aos gêneros primários. Essa demanda também correspondia aos anseios de exportação para atender os desejos da metrópole portuguesa a qual o Brasil estava ligado. Nesse período, no intervalo do século XVI, o pau-brasil era o principal objeto de exploração e movimentava toda a economia do país. Nos séculos posteriores esse recurso começou a ficar escasso e os portugueses iniciaram a busca por outras riquezas para o desenvolvimento da economia. Com o passar dos tempos e toda essa movimentação o território já estava ampliado. Nessa época foram iniciadas as plantações da cana-de-açúcar e foram iniciadas as atividades pecuárias. Outro ciclo de riquezas e desenvolvimento do território foi iniciado por volta de 1740 a 1750 já no século XVIII: eram as atividades mineradoras. Extrair recursos minerais do solo brasileiro passou a fazer parte do desejo dos portugueses, o que gerava uma grande expansão do território. ARQUIPÉLAGOS ECONÔMICOS Os especialistas explicam que a expansão territorial brasileira também começou a ser mais observada a partir da divisão dos arquipélagos (ilhas). Ao passo que as atividades econômicas passavam por mudanças, surgiam novas cidades, distantes umas das outras, o que já começava a desenhar o cenário do país. É como se o país expandisse um pouco de forma desigual, sem muita articulação ou coordenação. MOVIMENTO DE INTEGRAÇÃO Até o período de 1930 algumas atividades econômicas principais desenvolvidas no Brasil estavam ligadas à cana, minérios e café. Essas atividades eram destinadas ao mercado de exportação. Foi depois de 1930 que começou um processo de movimentação interna, com base nas demandas do próprio país. Também nessa fase ganhou força a ideia de que o Brasil não estava restrito ao seu litoral. 22 A economia poderia, nesse sentido, promover uma integração dos territórios do país. Se essa integração fosse materializada, muitos ganhos poderiam ser observados. Essa realidade começou a fazer parte da rotina dos brasileiros a partir do momento em que o processo de industrialização foi iniciado na década de 1930. A consolidação também foi bastante observada a partir da década de 1950. A partir daí, o Brasil se insere na nova Divisão Internacional do trabalho ou DIT (especialização na produção de cada país, no comércio internacional), ou seja, deixa de produzir somente matéria prima para exportação, passando a produzir também produtos manufaturados. Entretanto, o país mantém uma característica de mero fornecedor de matéria prima, por predominar na sua pauta de exportação esses produtos. E ainda hoje, predomina, embora numa condição um pouco mais diferenciada, devido aos seus novos investimentos na área tecnológica. Ao Brasil, coube se adequar a essa nova rotina e passar a produzir produtos agrícolas e elementos da indústria para o mover da nova economia estabelecida. Esses foram os primeiros passos da expansão e formação do território brasileiro. Depois da Independência do Brasil, várias outras mudanças foram observadas e implantadas. Mas, como dizem os autores, as principais marcas de mudanças do território ainda foram deixadas pelos próprios colonizadores. A EXTENSÃO TERRITORIAL DO BRASIL E A POSIÇÃO GEOGRÁFICA O Brasil está localizado nosubcontinente - América do Sul. Ele faz divisa com outros 10 países diferentes. Assim, as fronteiras do nosso país só não estão localizadas ao lado de dois países da América do Sul: Chile e Equador. Observe o mapa Ao lado. O território brasileiro possui uma área de 8.514.876 km², sendo o quinto maior país do mundo. Em razão disso, é chamado de “país com dimensões continentais”, pois sua área é equivalente à de um continente Os limites territoriais do Brasil totalizam 23.086 km, dos quais 7.367 km com o Oceano Atlântico e 15.719 km com os países vizinhos. E está situado entre os paralelos de 5º16’ de latitude norte e 33º44’ de latitude sul, e entre os meridianos de 34º47’ e 73º59’ de longitude oeste. É cortado ao norte pela linha do Equador (0°) e ao sul pelo Trópico de Capricórnio (23°30’ S). Em decorrência disso, o Brasil possui 93% do seu território situado no hemisfério sul, 7% no hemisfério norte e totalmente a oeste do Meridiano de Greenwich, além disso, têm 92% das suas terras na zona intertropical (zona mais quente e iluminada durante o ano todo). Fusos Horários do Brasil Apesar de serem definidos como faixas delimitadas por linhas retas, na prática os fusos horários podem ter limites irregulares para acompanhar as fronteiras dos países, evitando confusão de horários dentro de um mesmo país. Entretanto, países com território extenso, como é o caso do Brasil, podem estar contidos em mais de um fuso horário. Nosso país já teve quatro fusos horários, mas o quarto, que vigorava no Acre e em uma pequena parte do Amazonas, foi extinto em junho de 2008 por uma lei sancionada pelo ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. O primeiro dos três fusos que o Brasil possui atualmente tem duas horas menos que a hora de Greenwich e abrange o arquipélago de Fernando de Noronha e outras ilhas oceânicas pertencentes ao território brasileiro. O segundo tem três horas menos que Greenwich. Neles estão contidos os estados das regiões Nordeste, Sul e Sudeste, além dos estados do Amapá, Pará, Tocantins e Goiás. Por ser o fuso onde se localiza a capital federal, sua hora é adotada como a 23 oficial do país, a chamada hora de Brasília. O terceiro fuso horário do Brasil abrange os estados de Mato Grosso, Mato Grosso de Sul, Roraima, Rondônia, Acre e Amazonas, e possui quatro horas a menos que a hora de Greenwich. HORÁRIO DE VERÃO Todo ano é a mesma coisa. Sempre que o calendário aponta para a proximidade do final do ano, temos que, a partir de uma data específica, adiantar nossos relógios em uma hora. Esse é o nosso horário de verão. E por que o horário de verão é adotado só em certo período do ano? A ideia é simples: ao adiantarmos os relógios, os dias demoram mais para anoitecer, fazendo com que gastemos menos energia elétrica com as lâmpadas, ou seja, aproveitamos mais a luz do sol para as nossas atividades. No caso do Brasil, adiantamos o relógio em uma hora, mas existem países que adiantam em duas horas e outros que diminuem o horário, tudo a depender do que for mais conveniente para o país. Isso ocorre porque a Terra, durante o seu movimento de translação (ao redor do Sol), recebe diferentes índices de iluminação ao longo do ano, em razão de o seu eixo estar inclinado. Assim, em algumas épocas do ano, o hemisfério sul da Terra apresenta noites mais longas e dias mais curtos, são os solstícios de inverno. Da mesma forma, em outras épocas, os dias ficam mais longos e as noites mais curtas, com uma maior exposição do nosso hemisfério em relação ao sol, são os solstícios de verão, que se apresentam de forma mais definida mais ou menos a partir do dia 21 de dezembro, quando inicia a estação do verão. MAR TERRITORIAL DO BRASIL Convenção acatada pelas Nações Unidas deram direito ao Brasil de administrar uma Zona Econômica Exclusiva de 200 milhas náuticas (cerca de 370 km) no Atlântico Sul, perfazendo um total de 3,5 milhões km2, mas há a intenção de alcançarmos 4,5 milhões de km2. É de extrema importância a garantida de ZEE em virtude da riqueza mineral, biológica e petrolífera na Plataforma Continental Brasileira. Os pontos extremos do Brasil são os seguintes: Norte – Fica na nascente do Rio Ailã, na Serra do Caburaí. Estado de Roraima, a 5º16’ de latitude norte Sul – Situa-se no Arroio Chuí. Estado do Rio Grande do Sul, a 33º45’ de latitude sul. Leste – Ponta do Seixas, no Estado da Paraíba, a 34º47’ de longitude oeste. Oeste – Na Serra da Contamana, no Estado do Acre, a 73º59’ de longitude oeste. Sua capital, situada no interior do Planalto Central, é Brasília, com população estimada de 2 562 963 habitantes (2010). MAIORES ALTITUDES ● Pico da Neblina 3014,1 m ● Pico 31 de Março 2992,4 m 2.993,78 m Amazonas (Fronteira Brasil x venezuela) 2.972,66 m Amazonas 24 ● Pico das Agulhas Negras 2787,0 m 2.791,55 m Rio de Janeiro ● Pico Pedra da Mina 2.770,0 m 2.798,39 m Minas Gerais ORGANIZAÇÃO POLÍTICA DO TERRITÓRIO O nome oficial do Brasil é República Federativa do Brasil, esse nome foi dado a partir da constituição de 1891. O Brasil é um estado federado. Nele, o poder está organizado em três níveis de hierarquia – governo federal, estadual e municipal. Do maior ao menor grau de entrosamento eCooperação entre os governantes que exercem esses poderes é que depende a concretização do bem comum para cada parcela do povo brasileiro. Formas de Governo: República: Forma de governo democrática em que o cargo de chefe de estado é eletivo e periódico. Sistemas de Governo: Presidencialismo: sistema em que todos os membros da sociedade que possuem o direito de voto pela lei eleitoral, elegem seus representantes, inclusive o chefe do governo, que segundo a ordem política, possui a função de chefe de estado e de governo. O Brasil é caracterizado como uma federação (estados dotados de certa autonomia no campo da administração pública). Essa autonomia não os torna independentes. Tomemos a lei de trânsito como exemplo. Caso um prefeito ou mesmo governador queira alterar a lei determinando que todos os motoristas da sua região terão que dirigir na faixa esquerda da via. Essa lei modificaria toda a conjuntura do trânsito, e por ser uma lei federal esse ato seria inconstitucional, ou seja, ilegal. Agora se o governante quiser gastar parte do seu orçamento na construção de uma ponte, ao invés de uma represa, não haverá problema, pois o governante possui uma certa autonomia nos gastos públicos, autonomia essa fiscalizada pelo poder federal. Nosso país possui 26 estados mais o Distrito Federal, ou seja, 27 unidades da Federação. Essas 27 unidades estão divididas em regiões. O Estado, com “E” maiúsculo, é formado pela união de Três Poderes de diferentes áreas: o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. Poder legislativo: é aquele que se preocupa em elaborar ou modificar as leis. É composto pelos parlamentares, ou seja, os vereadores (municípios), os deputados estaduais (estados) e os deputados federais (país). Além deles, existe também o Senado, que é composto pelos senadores. Poder executivo: é aquele que se preocupa em aplicar as leis e as políticas sociais. É representado pelos administradores, ou seja, os prefeitos (municípios), os governadores (estados) e pelo presidente (país). Poder judiciário: é o responsável por julgar os crimes e avaliar as leis, se elas são constitucionais ou não, isto é, se elas obedecem à Constituição Federal. É representado pelos juízes e desembargadores, sendo o único dos três poderes que não é eleito democraticamente pelo povo. A sua principal instância é o Supremo Tribunal Federal (STF). Para garantir o funcionamento dos Três Poderes, é preciso que eles se fiscalizem mutualmente, de modo que cada um deles garanta e avalie o funcionamento dos demais. Caso um deles apresente erros ou problemas, os demais devem fiscalizar e avaliar o caso. 25 REGIONALIZAÇÃO Você já parou para pensar o quanto o Brasil é grande?Somos o quinto maior do mundo em tamanho territorial! É comum que se diga que o nosso território é o de um país continental, pois a sua área equivale à de um continente. Por esse motivo, precisamos regionalizar o nosso espaço geográfico para melhor compreendermos como ele funciona. Assim, é mais fácil para o poder público criar políticas de melhoria a partir dos dados sobre o desempenho das diferentes localidades. A mais conhecida das regionalizações é a do IBGE, que divide o Brasil em cinco regiões, mas existem outras propostas. Uma das regionalizações do Brasil mais adequadas para a compreensão do território é a que divide o nosso país em três regiões geoeconômicas: o Centro-Sul, o Nordeste e a Amazônia. A divisão do país nessas três áreas é importante porque revela os principais contrastes tanto no processo de ocupação histórica do território quanto nas características econômicas e sociais atuais. Outro aspecto é que essa regionalização não obedece à fronteira dos estados, como acontece com a divisão feita pelo IBGE, Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste. ATENÇAÕ ESSAS REGIÕES ESTUDAREMOS MAIS ADIANTE CARACTERISTICAS NATURAIS DO BRASIL Tipos de Clima no Brasil O território brasileiro, em virtude da sua localização e grande extensão, apresenta diferentes tipos de clima. Os principais climas do Brasil são: equatorial, tropical, semiárido, tropical de altitude, tropical atlântico e subtropical. Equatorial: esse é o clima predominante na região Amazônica, que abrange a Região Norte e porções dos estados de Mato Grosso e Maranhão. A temperatura média anual é elevada, variando entre 25 °C e 27 °C, com chuvas durante todo o ano e alta umidade do ar. Tropical: abrange estados das Regiões Centro-Oeste, Nordeste, Norte e Sudeste. Apresenta duas estações bem definidas: inverno (seco) e verão (chuvoso). A temperatura média varia entre 18 °C e 28 °C. Semiárido: esse clima do Brasil predomina no interior nordestino. A temperatura é elevada, com média de 27 °C, e as chuvas são escassas e irregulares. Essas características, além da falta de políticas públicas (construção de reservatórios de água), dificultam o desenvolvimento das atividades agrícolas. Tropical de altitude: típico das áreas mais elevadas dos estados do Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo). A temperatura, com média anual entre 18 °C e 22 °C, é mais baixa nas áreas mais altas do relevo. Uma característica desse clima são as geadas durante o inverno. Tropical atlântico: está presente na zona litorânea que se estende do Rio Grande do Norte, no Nordeste, ao Paraná, no Sul. A temperatura é elevada, por volta de 25 °C. As chuvas, regulares e bem distribuídas, são mais intensas no Sul e no Sudeste durante o verão e no Nordeste, durante o inverno. Subtropical: clima predominante nas porções do território brasileiro situadas ao sul do Trópico de Capricórnio, na Zona Climática Temperada do Sul. Inclui os estados da Região Sul e parte de São Paulo e Mato Grosso do Sul. A temperatura média é de 18 °C, considerada a mais 26 baixa do país. As chuvas são regulares e bem distribuídas. O verão é quente e o inverno é bastante frio, sendo comum a ocorrência de neve ou geada em determinados lugares. BIOMAS BRASILEIROS Com grande extensão territorial e variação climática, o Brasil abriga vários tipos de BIOMAS (é o conjunto dos seres vivos de uma área. É entendido também como o conjunto de ecossistemas terrestres), com destaque para a Caatinga, Campos, Cerrado, Floresta Amazônica, Mangues, Mata Atlântica, Mata de Araucária, Mata de Cocais e Pantanal. Caatinga: ocupando uma área de aproximadamente 800 mil quilômetros quadrados, a Caatinga é o único bioma exclusivamente brasileiro. Ela é típica das regiões semiáridas, podendo ser encontrada nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Bahia, Piauí e Minas Gerais. A vegetação é marcada por plantas xerófilas, adaptadas ao clima seco e a pouca disponibilidade de água. A fauna é representada por répteis, roedores, araraazul, asa-branca, cutia, etc. Campos: esse tipo de vegetação ocupa áreas descontínuas no país, sendo mais comum na Região Sul, em especial no estado do Rio Grande do Sul. A vegetação dos Campos é formada por herbáceas, gramíneas e pequenos arbustos. Cerrado: considerado o segundo maior bioma do Brasil, o Cerrado está presente em diferentes estados brasileiros, sendo predominante na Região Centro-Oeste. Entre as características marcantes desse tipo de vegetação estão as árvores com caule tortuosos e o solo com poucos nutrientes. A fauna é representada pelo tamanduá-bandeira, lobo-guará, tatu-bola, veado, entre outras espécies. Floresta Amazônica: é a maior floresta tropical do mundo, além de apresentar a maior biodiversidade. Ela ocupa cerca de 42% do território nacional, estando presente na Região Norte e nos estados de Mato Grosso e Maranhão, além de outros países da América do Sul. Predominam as espécies de folhas largas, comuns em regiões de clima equatorial, quente e úmido. É muito grande a quantidade de espécies de animais, mas podemos destacar o jacaré, a jiboia, macacos, jabuti, etc. Manguezal: encontrado em diferentes áreas litorâneas, onde deságuam os rios, esse bioma é caracterizado por ser uma área alagada de fundo lodoso e salobro. Os principais animais dos mangues são o caranguejo e a ostra. Mata Atlântica: é um dos biomas mais ricos do mundo em espécies da fauna e da flora. Sua vegetação é bem diversificada, apresentando árvores de grande porte com folhas largas. As atividades humanas reduziram drasticamente a área original da Mata Atlântica, que é considerada um dos biomas mais ameaçados do planeta. Mata de Araucária: é uma vegetação típica de regiões de clima subtropical. No Brasil, ela pode ser encontrada nos estados da Região Sul e em São Paulo. Sua vegetação é formada por árvores aciculifoliadas, com folhas em forma de agulha. A espécie dominante é a Araucária angustifólia, nome científico do pinheiro-do-paraná. Mata de Cocais: ocupando áreas dos estados do Maranhão, Piauí e Tocantins, esse bioma é considerado uma zona de transição entre a Amazônia e o Sertão Nordestino. A vegetação é formada por palmeiras, com predominância do babaçu e da carnaúba, além do buriti e oiticica. Pantanal: esse bioma é considerado uma das maiores planícies inundáveis do mundo. O Pantanal está presente nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além de territórios do 27 Paraguai e Bolívia. Abriga mais de 3.500 espécies de plantas e vários animais: jacaré, capivara, tucano, onça, macacos, etc. ESTRUTURA GEOLÓGICA E O RELEVO DO BRASIL Chamamos de estrutura geológica as rochas que compõem um determinado local e podem ser dispostas em diferentes camadas, ser de diferentes tipos, idades e originadas por distintos processos naturais. A importância da estrutura geológica depende das riquezas minerais a ela associadas e do seu papel na constituição do relevo e do solo do local. A estrutura geológica do relevo brasileiro é constituída por escudos cristalinos, que abrangem pouco mais de um terço (36%) do território nacional, e por bacias sedimentares, que ocupam cerca de dois terços (64%). Não existem dobramentos modernos (áreas de formação recente) no Brasil. Como o território brasileiro é predominantemente tropical, com elevadas temperaturas, chuvas normalmente abundantes e reduzidas atividade geológica interna (vulcanismo, terremotos, dobramentos), os agentes que provocam maiores modificações no relevo brasileiro, além do ser humano, são o clima (chuvas, ventos, temperatura) e a hidrografia (rios). As altitudes do relevo brasileiro, em geral, são modestas. Apenas dois picos se aproximam de 3 mil metros de altitude: o pico da Neblina (2 993m) e o pico 31 de Março e (2 972m), ambos localizados próximo à fronteira do estado do Amazonas com a Venezuela. As formas de relevo predominante no território brasileiro são planaltos, depressões e planícies, mas merecem destaque também outras formas como montanhas (altitudes modestas em relação a outros países) colinas, morros, serras, chapadas, entre outras. A diferença entre essas formas não está apenas na altitude, mas principalmente nos processos que constituíram essas formas. Exemplos de relevo brasileiro: Planaltos: planaltos, também chamados de platôs, são áreas de altitudes variadas e limitadas, em um de seus lados, por superfície rebaixada. Os planaltos são originários das erosões provocadas por água ou vento. Os cumes dos planaltos são ligeiramente nivelados. Exemplo: Planalto Central no Brasil, localizado em território dos estados de Goiás, Minas Gerais, Tocantins, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Planícies: É uma área geográfica caracterizada por superfície relativamente plana (pouca ou nenhuma variação de altitude). São encontradas, na maioria das vezes, em regiões de baixas altitudes. As planícies são formadas por rochas sedimentares. Nestas áreas, ocorre o acúmulo de sedimentos. Exemplos: Planície Litorânea, Planície Amazônica e Planície do Pantanal. Depressões: são regiões geográficas mais baixas do que as áreas em sua volta. Quando esta região situa-se numa altitude abaixo do nível do mar, ela é chamada de depressão absoluta. Quando são apenas mais baixas do que as áreas ao redor, são chamadas de depressões relativas. As crateras de vulcões desativados são consideradas depressões. É comum a formação de lagos nas depressões. Exemplo: Depressão Sul Amazônica Montanhas: montanhas são formações geográficas originadas do choque (encontro) entre placas tectônicas. Quando ocorre este choque na crosta terrestre, o solo das regiões que sofrem o impacto acaba se elevando na superfície, formando assim as montanhas. Estas são conhecidas como montanhas de dobramentos. Grande parte deste tipo de montanhas formou-se na era geológica do Terciário. Existem também, embora menos comum, as montanhas formadas por vulcões. 28 BACIAS HIDROGRÁFICAS Bacia hidrográfica, também chamada de bacia de drenagem, é uma porção da superfície terrestre banhada por um rio principal, ribeirões, riachos e córregos. Essas bacias são alimentadas pelas águas das chuvas, lençóis subterrâneos, etc. Os limites entre as bacias hidrográficas, denominados divisores de água, encontram-se nos pontos mais elevados do relevo, sendo responsáveis pela separação das águas das diferentes bacias hidrográficas. Portanto, a delimitação de uma bacia hidrográfica tem como principal elemento o relevo da região, visto que a água segue um caminho de acordo com o desnível do terreno. Outras características dependem da vegetação do local, as rochas, o clima, a ocupação humana, as atividades econômicas, entre outros fatores. De acordo com o Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH), órgão responsável pelo planejamento e uso racional da água no país, o território brasileiro abriga 12 bacias hidrográficas, com destaque para a Bacia Amazônica, que é a maior do planeta. A análise e o conhecimento das bacias hidrográficas são de fundamental importância, pois a água é um recurso natural essencial para a manutenção da vida na Terra. As águas desses rios são utilizadas para o consumo humano, agricultura, produção industrial, etc. As bacias hidrográficas devem ser preservadas, garantindo, assim, água de boa qualidade para todos os seres vivos. RECURSOS MINERAIS E SUA IMPORTÂNCIA A porção rochosa do planeta Terra é composta por rochas que, por sua vez, são compostas por minerais. Alguns desses minerais e rochas são considerados valiosos por terem algum tipo de utilidade econômica que faz com eles tenham um maior valor no mercado, são os chamados minérios. Alguns exemplos de minérios são: ferro, cobre, ouro, granito, mármore e muitos outros. Desse modo, podemos concluir que a mineração é a prática responsável por extrair esses minérios da natureza para uso comercial. Essa é uma atividade econômica do setor primário da economia. Isso significa dizer que ela é responsável pela geração e distribuição de matérias-primas, que são recursos utilizados na fabricação e produção de mercadorias, geralmente industrializadas. Além disso, a mineração também é classificada como uma prática de extrativismo, uma vez que ela se caracteriza pela retirada de um recurso natural de seu ambiente. A maior parte dos minérios em sua forma sólida é encontrada em regiões geológicas chamadas de escudos cristalinos (também conhecidos como crátons e maciços antigos). Essas localidades apresentam rochas magmáticas e metamórficas (como basalto, granito e mármore) e junto a elas existem uma grande quantidade de minerais preciosos, nas bacias sedimentares e em outro tipo de formação geológica – a atividade mineradora encontra o petróleo, o gás natural, o carvão mineral e o calcário. A formação de jazidas minerais na natureza é muito longa, podendo levar milhões de anos para acontecer, mas pode se esgotar em um curto período de tempo, dependendo da localidade. O Brasil é um dos principais países no que diz respeito à mineração, devido ao fato de ele possuir uma zona territorial muito grande. Há ouro em várias partes da região Amazônica; ferro, cobre e alumínio no Pará e em Minas Gerais; petróleo nas regiões sudeste e nordeste e carvão mineral na região sul. 29 O país também possui duas das maiores empresas do mundo na área da mineração: a Petrobrás e a Vale do Rio Doce, essa última é considerada a segunda maior empresa de mineração do mundo. A Vale – como é atualmente chamada – já foi uma empresa estatal – isto é, pertencia ao poder público – mas foi privatizada em 1997 por R$ 3 bilhões. Já a Petrobras, apesar de ter parte de suas ações vendidas, continua pertencendo ao Estado. A mineração, apesar de ser considerada uma atividade econômica bastante importante, possui alguns problemas. A maior parte deles é no campo ambiental, uma vez que a atividade mineradora pode agredir o solo, provocar erosões e, quando realizado em regiões florestais, ampliar o desmatamento. Além disso há problemas sociais causados pelo desemprego gerado pelo esgotamento das jazidas minerais e o abandono destas pelas empresas mineradoras, gerando problemas de conservação do espaço geográfico. POPULAÇÃO BRASILEIRA O Brasil possui cerca de 201 milhões de habitantes (estimativa do IBGE, 2013), destacandose como a quinta nação mais populosa do planeta. Ao longo dos últimos anos, o crescimento demográfico do país tem diminuído o ritmo, que era muito alto até a década de 1960. Em 34 anos, a população brasileira praticamente dobrou em relação aos 90 milhões de habitantes da década de 1970 e, somente entre 2000 e 2004, aumentaram em 10 milhões de pessoas. Em 2050, seremos 260 milhões aproximadamente de brasileiros, e nossa expectativa de vida, ao nascer, será de 81,3 anos, a mesma dos japoneses, hoje. Mas o envelhecimento da população está se acentuando: em 2000, o grupo de 0 a 14 anos representava 30% da população brasileira, enquanto os maiores de 65 anos eram apenas 5%; em 2050, os dois grupos se igualarão em 18%. E mais: pela Revisão da Projeção de População do IBGE, a partir de 2039, o número de brasileiros vai começar a declinar. As razões para uma diminuição do crescimento demográfico relacionam-se com a urbanização e industrialização, uso de contraceptivos, inserção da mulher no mercado de trabalho, acesso a informação, custo de vida alto, desenvolvimento da medicina, entre outros. Embora a taxa de mortalidade no país tenha caído bastante desde a década de 1940, a queda na taxa de natalidade foi ainda maior. DISTRIBUIÇÃO POPULACIONAL DO BRASIL O Brasil apresenta uma baixa densidade demográfica — apenas 22,43 hab./km²4 —, inferior à média do planeta e bem menor que a de países intensamente povoados, como a Bélgica (342 hab./km²) e o Japão (337 hab./km²). O estudo da população apoia-se em alguns fatores demográficos fundamentais, que influenciam o crescimento populacional. A distribuição populacional no Brasil é bastante desigual, havendo concentração da população nas zonas litorâneas, especialmente do Sudeste e da Zona da Mata nordestina. Outro núcleo importante é a região Sul. As áreas menos povoadas situam-se no Centro-Oeste e no Norte. Taxa de natalidade: número de crianças nascida num período de um ano. Até recentemente, as taxas de natalidade no Brasil foram elevadas, em patamar similar à de outros países subdesenvolvidos. Contudo, houve sensível diminuição nos últimos anos, que pode ser explicada pelo aumento da população urbana e os fatores já citados na introdução do texto. 30 Taxa de mortalidade: índice demográfico obtido pela relação entre o número de mortos de uma população em um determinado espaço de tempo, O Brasil apresenta uma elevada taxa de mortalidade, também comum em países subdesenvolvidos, enquadrando-se entre as nações mais vitimadas por moléstias infecciosas e parasitárias, praticamente inexistentes no mundo desenvolvido. Desde 1940, a taxa de mortalidade brasileira também vem caindo, como reflexo de uma progressiva popularização de medidas de higiene, principalmente após a Segunda Guerra Mundial; da ampliação das condições de atendimento médico e abertura de postos de saúde em áreas mais distantes; das campanhas de vacinação; e do aumento quantitativo da assistência médica e do atendimento hospitalar. Taxa de mortalidade infantil: número de crianças que morrem no primeiro ano de vida, a cada mil nascidos, durante o período de um ano em uma determinada região. O Brasil apresenta uma taxa de mortalidade infantil de 21,17 mortes em cada 1.000 nascimentos (estimativa 2010). No entanto, há variações nessa taxa segundo as regiões e as camadas populacionais. O Norte e o Nordeste têm os maiores índices de mortalidade infantil, que diminuem na região Sul. Com relação às condições de vida, pode-se dizer que a mortalidade infantil é menor entre a população de maiores rendimentos, sendo provocada sobretudo por fatores endógenos. Já a população brasileira de menor renda apresenta as características típicas da mortalidade infantil tardia. Crescimento vegetativo: diferença entre a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade de um determinado local ou país geralmente expressa em porcentagem. A população de uma localidade qualquer aumenta em função das migrações e do crescimento vegetativo. No caso brasileiro, é pequena a contribuição das migrações para o aumento populacional, entretanto, que estamos recebendo uma grande parcela de migrantes oriundos da África e do Haiti (América Central). Segundo dados do IBGE, o Brasil apresenta alto crescimento vegetativo, a despeito das altas taxas de mortalidade, sobretudo infantil, uma taxa bruta de natalidade de 18,67‰ — ou seja, 18,67 nascidos para cada grupo de mil pessoas ao ano (estimativa) — e uma taxa bruta de mortalidade de 6,25‰ — ou seja 6,25 mortes por mil nascidos ao ano (estimativa). Esses revelam um crescimento vegetativo anual médio de 1,24%. Expectativa de vida A média da expectativa de vida no Brasil, está em torno de 76 anos para os homens e 78 para as mulheres. Mas ainda não estamos no patamar dos países desenvolvidos. A expectativa de vida varia na razão inversa da taxa de mortalidade, ou seja, são índices inversamente proporcionais. Assim no Brasil, paralelamente ao decréscimo da mortalidade, ocorre uma elevação da expectativa de vida. Taxa de fecundidade Conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa média de fecundidade no Brasil era de 1,64 filho por mulher (2013) semelhante à dos países desenvolvidos e abaixo da taxa de reposição populacional, que é de 2,1 filhos por mulher Esse índice sofre variações, caindo entre as mulheres de etnia branca e elevando-se entre as pardas. Tal variação está relacionada ao nível socioeconômico desses segmentos populacionais; em geral, a população parda concentra-se nas camadas menos favorecidas social e economicamente, levando-se em conta a renda, a ocupação e o nível educacional, entre outros fatores. 31 ONDE VIVEM OS BRASILEIROS A população brasileira, por motivos históricos e econômicos, se encontra distribuída de forma irregular no território. Embora esta característica tenha se alterado nas últimas décadas com o avanço para o interior do país, a população ainda está bastante concentrada ao longo do litoral onde também são encontradas as maiores densidades demográficas, geralmente acima de 100 hab/km². Segundo dados do IBGE, ainda predomina um Brasil povoado no litoral e vazio no interior: é o que mostra o mapa de Densidade Demográfica de 2010, uma imagem detalhada da distribuição espacial da população brasileira no território nacional, a partir dos resultados do Censo Demográfico 2010. Ele revela as enormes diferenças encontradas nas formas de povoamento do país, sendo um registro e um elemento fundamental para a discussão atual e das estratégias futuras de apropriação e uso do território brasileiro. Densidade demográfica é o número de habitantes por km², com base no total da população de um país, continente, região, estado, cidade ou bairro, dividido pela sua extensão territorial. MOVIMENTOS MIGRATÓRIOS INTERNOS E EXTERNOS Migração ou um movimento migratório é o movimento populacional de uma localidade para outra. Por que ocorrem os movimentos migratórios no Brasil? Em terrenos brasileiros, ao contrário de outros países, estes movimentos não se dão por conta de guerras, mas em sua quase totalidade por aspectos econômicos ou por causas naturais como as grandes secas que assolam a região nordeste do país. Um bom exemplo de movimentos migratórios no Brasil é o êxodo rural, que ocorre até os dias de hoje. Este processo é definido pela grande migração com origem do norte e nordeste para a região sudeste, em busca de melhores oportunidades de emprego e melhores condições de vida. O êxodo rural teve seu ápice na década de 60 e 70 com a intensa industrialização de cidades como Rio de Janeiro e São Paulo, que ofereciam empregos em novas indústrias. E também na construção de Brasília, a qual os retirantes dessas regiões deram origem às cidades-satélites ao povoar as áreas em volta da capital federal. Atualmente, ao contrário do que se via no passado, São Paulo e Rio de Janeiro apresentam um percentual maior de saída da população em direção a outras regiões e cidades do interior do que o percentual de chegada dos retirantes. Embora sejam cidades que continuem crescendo em aspecto populacional. MIGRAÇÕES EXTERNAS OU INTERNACIONAIS As pessoas que se deslocam de seu lugar de origem são consideradas, em relação à área de onde saíram, EMIGRANTES e, em relação à área para onde se destinaram e se estabeleceram, IMIGRANTES. Essas áreas se constituem em áreas de repulsão (saída) e de atração (entrada). Um bom exemplo são os angolanos, sudaneses, ganeses e haitianos que estão chegando no Brasil, e se direcionando para a região sul, especialmente na serra gaúcha. Saíram de uma área de repulsão na condição de emigrantes e chegaram aqui (área de atração) na condição de imigrantes 32 Diversos motivos levam as pessoas a migrar: guerras, perseguição política ou religiosa, adversidades naturais como climas extremamente frios ou quentes, secas frequentes e prolongadas, melhores condições de vida, entre outros. Por dentro da noticia Haitianos no Brasil O GLOBO GLOBO revelou drama dos cerca de 3 mil imigrantes que entraram ilegalmente pelas fronteiras dos estados brasileiros fugindo da pobreza e em busca de trabalho nas principais capitais do país Leia mais em: http://oglobo.globo.com/infograficos/haitianos-no-brasil/ <último acesso, julho de 2014> G1.Globo 16/07/2014 12h29 - Atualizado em 16/07/2014 13h44 'Meu plano é sobreviver', diz migrante ganês em Caxias do Sul, RS, Jovem de 19 anos chegou à cidade há uma semana e busca trabalho. Cerca de 100 africanos estão alojados em seminário do município. Leia mais em: http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2014/07/meu-plano-esobreviver-diz-ganes-refugiado-em-caxias-do-sul-rs.html <último acesso, julho de 2014> TIPOS DE MIGRAÇÕES Migração pendular: é aquela que as pessoas realizam todos os dias, quando vão de casa para o trabalho ou para a escola. Funciona como um pêndulo, que vai e volta para o local de onde veio. Migração sazonal ou transumância: é quando a migração dura um determinado período do ano ou alguns meses. É uma migração temporária. Por exemplo: uma pessoa que se muda para outra região do país para estudar e retorna seis meses depois. Migração permanente: é quando há o deslocamento e ele dura vários anos ou um tempo indeterminado. Êxodo rural ou migração campo-cidade: é a migração em massa dos trabalhadores do campo para as cidades. Migração cidade-cidade: é quando ocorre um fluxo de pessoas migrando entre as diferentes cidades em um mesmo território. Nomadismo: é quando as pessoas se deslocam entre diferentes pontos, não tendo um local fixo de moradia. Compreender as migrações é importante, pois elas obedecem a algumas razões econômicas, sociais e naturais, evidenciando a existência de inúmeros outros fenômenos. Consequências das migrações: Contribui com o processo de ocupação; Contribui com o processo de miscigenação e difusão cultural; Contribui com o desenvolvimento, quando for de mão-de-obra qualificada (fuga de cérebro); Concorrência com a mão-de-obra local, gera o xenofobismo; Solução para problemas estruturais para o país de emigração, entre outros. 33 SETORES ECONÔMICOS E A POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVA (PEA) Todo país, seja subdesenvolvido ou desenvolvido, possui uma população economicamente ativa. Essa parcela do contingente populacional representa todas as pessoas que trabalham ou que estão procurando emprego. São essas pessoas que produzem para o país e que integram o sistema produtivo. A população de idade ativa é dividia em: população economicamente ativa e não economicamente ativa ou mesmo inativa. No caso específico do Brasil, a população ativa soma aproximadamente 79 milhões de pessoas ou 46,7%, índice muito baixo, uma vez que o restante da população, cerca de 53,3%, fica à mercê do sustento dos economicamente ativos. Em diversos países, o índice é superior, aproximadamente 75% atuam no setor produtivo. No Brasil, os homens representam 58% e as mulheres 42% daqueles que desenvolvem atividades em distintos setores da economia. Para entendermos melhor as atividades humanas de produção e consumo das mercadorias, dividimos a economia em três principais setores: o primário, o secundário e o terciário. Dessa forma, conseguimos compreender todo o processo que vai desde a exploração dos recursos naturais à industrialização e utilização dos produtos. Setor primário: o setor primário é a área em que as pessoas retiram os elementos da natureza (extrativismo) ou cultivam algum tipo de matéria-prima no campo (agropecuária). Assim, tudo o que é produzido nesse setor é chamado de produto primário. Exemplo: cultivo e produção de café; extração de ouro ou prata. Setor secundário: é a área responsável por transformar as matérias-primas em mercadorias industrializadas. É o setor da produção industrial. Exemplo: moagem, refino e empacotamento do café para o consumo; produção e confecção de joias. Setor terciário: é o setor de comércio e serviços. É a área da economia em que os produtos são direcionados ao consumidor. É também o setor em que ocorrem as atividades que não estão relacionadas à produção de mercadorias, como a educação, o transporte, o turismo, a administração pública, entre outros. Exemplos: supermercados, empresas de limpeza e vigilância, entre outros. Setor quaternário: envolve a tecnologia de ponta e pesquisas. Principais ramos: aeroespacial, robótica, engenharia genética, biotecnologia, entre outros. É interessante perceber que os diversos tipos de economias no mundo possuem diferentes distribuições nos setores. Países considerados subdesenvolvidos possuem uma concentração das atividades nos setores primários. Já os países emergentes (Brasil) e também os desenvolvidos possuem uma maior concentração no setor terciário. O RURAL E O URBANO: AS DUAS FACES DO ESPAÇO GEOGRÁFICO BRASILEIRO As diferentes características dos espaços rural e urbano no Brasil O espaço geográfico é formado pelo espaço urbano e também pelo espaço rural. O espaço urbano é composto por vilas, povoados e cidades dos mais variados tamanhos. O espaço rural é formado por lavouras, pastagens e ecossistemas naturais preservados. No espaço rural encontramos pequenas propriedades onde são desenvolvidos pequenos cultivos, mas encontramos também imensas fazendas onde são cultivadas enormes lavouras com o uso de tratores, colheitadeiras, adubos, fertilizantes, irrigação etc. 34 No espaço urbano encontramos vilas, povoados e pequenas cidades com algumas centenas ou milhares de habitantes até cidades enormes que abrigam milhões de pessoas. Rural e urbano: espaços que se complementam Apesar de o espaço rural (campo) e o urbano (cidade) estarem separados espacialmente, eles mantêm muitas relações entre si. A ocorrência de uma seca prolongada ou uma forte geada compromete a produção de alimentos no espaço rural, fazendo aumentar o preço desses produtos nas feiras, mercados e supermercados do espaço urbano. Outro exemplo: as pessoas que vivem no campo (espaço rural) precisam vir à cidade (espaço urbano) para comprarem ferramentas e utensílios que são utilizados no campo O campo e a cidade estão cada vez mais interligados pelas atividades econômicas que cada um desses espaços desenvolve, ou seja, as atividades econômicas praticadas no campo dependem das atividades realizadas na cidade e vice-versa. Veja o quadro abaixo: ESPAÇO RURAL BRASILEIRO O desenvolvimento do agronegócio no Brasil acompanhou o crescimento da produção de grãos, iniciado em larga escala a partir de meados da década de sessenta. Antes, a economia agrícola brasileira era caracterizada pelo predomínio do café e do açúcar. Pouca importância se dava ao projeto de utilização da imensa base territorial brasileira na produção de grãos. A produção de alimentos básicos, como milho, arroz e feijão, era voltada para a subsistência, e os poucos excedentes dirigidos ao mercado eram insuficientes para formar uma forte cadeia do agronegócio dentro dos moldes hoje conhecidos. Atualmente, o Brasil ainda é um país que tem grande atividade agrícola, quase a metade do território é ocupada por estabelecimentos rurais. As concentrações e as relações estão divididas em estrutura fundiária, latifúndio, minifúndio, expropriação e êxodo rural. No campo existem as relações de trabalho que são diversificadas, como mão de obra familiar, posseiros, parceria, arrendatários, trabalhadores assalariados temporários e o trabalho escravo no campo. O agronegócio (é toda relação comercial e industrial envolvendo a cadeia produtiva agrícola ou pecuária) representa mais de 22% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que representa a soma de todas as riquezas produzidas no País. Os números também são positivos nas vendas de produtos para outros países. O principal parceiro comercial do Brasil, a China, importa US$ 388,8 milhões em produtos agrícolas brasileiros ou 8% no total exportado pelo setor. Em seguida, aparecem os Estados Unidos, que importam do agronegócio nacional pouco menos que os chineses. Os produtos exportados de maior destaque são: carnes, produtos florestais, complexo soja grão, farelo e óleo, café e o complexo sucroalcooleiro - álcool e açúcar. A mandioca, o feijão e a laranja também estão entre os principais produtos agrícolas do Brasil. Já o trigo é principal produto agrícola que o Brasil importa. Projeções mostram que, até 2022, a produção de grãos aumentará 22%, sendo a soja o produto principal, com média de 2,3% ao ano. A carne de frango poderá crescer 4,2% e deve liderar o ranking. O trigo, milho, carnes bovinas e suínas também aparecem nos resultados das preliminares como produtos que vão puxar esse crescimento. Não apenas o solo fértil, a disponibilidade de água em abundância, a biodiversidade e os trabalhadores qualificados impulsionam o agronegócio. Contribuem também o aumento do preço das commodities nos mercados interno e externo nos últimos anos. 35 O Brasil e a fome O Brasil é o quinto país do mundo em extensão territorial, ocupando metade da área do continente sul-americano. Há cerca de 20 anos, aumentaram o fornecimento de energia elétrica e o número de estradas pavimentadas, além de um enorme crescimento industrial. Nada disso, entretanto, serviu para combater a pobreza, a má nutrição e as doenças endêmicas. Em 1987, no Brasil, quase 40% da população (50 milhões de pessoas) vivia em extrema pobreza. Nos dias de hoje, um terço da população é mal nutrido, 9% das crianças morrem antes de completar um ano de vida e 37% do total são trabalhadores rurais sem terras. Há ainda o problema crescente da concentração da produção agrícola, onde grande parte fica nas mãos de poucas pessoas, vendo seu patrimônio aumentar sensivelmente e ganhando grande poder político. A produção para o mercado externo, visando à entrada de divisas e ao pagamento da dívida externa, vem crescendo, enquanto a diversidade da produção de alimentos dirigida ao mercado interno tem diminuído, ficando numa posição secundária. Ao lado disso, milhões de pessoas vivem em favelas, na periferia das grandes cidades, como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, entre outras. O caso das migrações internas é um problema gerado dentro da própria nação. Grande parte dos favelados deixou terras de sua propriedade ou locais onde plantavam sua produção agrícola. Nos grandes centros, essas pessoas vão exercer funções mal pagas, muitas vezes em trabalho não regular. Quase toda a família trabalha, inclusive as crianças, frequentemente durante o dia inteiro, e alimenta-se mal, raramente ingerindo o suficiente para repor as energias gastas. Nesse círculo vicioso, cada vez mais famílias se aglomeram nas cidades passando fome por não conseguir meios para suprir sua subsistência. INDÚSTRIA ORIENTA A ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO RURAL Mesmo que o espaço urbano e o espaço rural dependam um do outro, a produção do campo acaba se subordinando às necessidades da indústria. De maneira geral, a indústria expande (cresce) motivada pelo aumento do consumo da população urbana. À medida que a indústria cresce, ela passa a necessitar cada vez mais de matérias-primas agrícolas, estimulando o campo a produzir gêneros para abastecer as fábricas. Se uma indústria de açúcar se instala na cidade, a maioria dos produtores rurais substitui seus cultivos ou pastagens por canaviais, cuja produção abastecerá as necessidades da indústria açucareira Para suprir o crescente aumento das necessidades da indústria, o campo precisa fornecer um volume cada vez maior de matérias-primas. Para aumentar a produção de suas lavouras, o campo precisa se modernizar através de fertilizantes, adubos químicos, tratores e colheitadeiras. Para aumentar a produção do rebanho, o campo passa a comprar das indústrias vacinas, medicamentos e rações. No Brasil e, sobretudo no centro-sul do país, a modernização do campo vem ocorrendo desde as décadas de 1960 e 1970. A modernização do campo ocorre em função do desenvolvimento de pesquisas agropecuárias, pela instalação de indústrias ligadas ao campo (fábricas de tratores, implementos agrícolas, fertilizantes, adubos) e também pela expansão das agroindústrias e cooperativas agrícolas. As agroindústrias são empresas particulares que se destinam à industrialização de produtos agropecuários (usinas de açúcar e álcool; vinícolas (vinho); de suco concentrado; óleo vegetal; farinha; torrefação de café; laticínios; frigoríficos, dentre outras). 36 CLASSIFICAÇÃO DAS INDÚSTRIAS As indústrias são classificadas de acordo com seu foco de produção. Sendo assim, temos as indústrias de bens de produção e as indústrias de bens de consumo. Responsáveis pela transformação de matérias-primas brutas em matérias-primas processadas, as indústrias de bens de produção são consideradas a base do segmento industrial. Essas indústrias extraem matéria-prima da natureza (madeira, óleos, plantas, petróleo, etc.), além de transformar e fornecer bens para a estruturação de outras indústrias. São exemplos de indústrias de bens de produção também chamadas de indústrias de base ou pesadas, a metalúrgica, siderúrgica e a petroquímica. As indústrias de bens de consumo são aquelas que têm sua produção direcionada para os consumidores. Esse segmento visa fornecer objetos diretamente para o mercado consumidor. Elas podem ser divididas em: Indústrias de bens duráveis: fabricam produtos não perecíveis, tais como carros, eletrodomésticos, mobílias, entre outros. Indústrias de bens não duráveis: produzem mercadorias de primeira necessidade, como, por exemplo, alimentos, bebidas, roupas, sapatos, remédios, etc. Indústrias de ponta: são aquelas que desenvolvem e produzem bens que utilizam alta tecnologia em suas fases de produção. Empregam mão-de-obra especializada e com alto grau de escolaridade. Investem muito em pesquisa nas fases de desenvolvimento e produção, pois privilegiam a inovação tecnológica. Grande parte destas indústrias tem sua matriz em países desenvolvidos. Exemplos: indústrias de aviões, de satélites de comunicação, de computadores, equipamentos de diagnóstico médico, de telefones celulares, tablets e smartphones. URBANIZAÇÃO NO BRASIL O que é – Urbanização é o aumento da proporção da população que vive nas cidades em relação à que vive no campo. Atualmente, ela é mais acelerada em países em desenvolvimento, como o Brasil, ou pouco desenvolvidos. Desde 2008, a população urbana mundial é maior que a rural, e essa proporção continua crescendo. Brasil urbano – Desde a década de 1960, mais precisamente em 1965, a população brasileira passou a ser majoritariamente urbana. Hoje o país está entre ao mais urbanizados do mundo, com mais de 80% dos habitantes morando nas mais de 5,5 mil cidades brasileiras. Regiões metropolitanas – O Brasil possui 31 regiões metropolitanas, que abrigam um terço dos domicílios urbanos e 30% da população do país. A maior delas, a Grande São Paulo, é uma megalópole com 18 milhões de habitantes. PROBLEMAS URBANOS O rápido e desordenado processo de urbanização ocorrido no Brasil trouxe uma série de consequências, em sua maior parte negativas. A falta de planejamento urbano e de uma política econômica menos concentradora irá contribuir para a ocorrência dos seguintes problemas: Favelização – Ocupações irregulares nas principais capitais brasileiras, como Rio de Janeiro e São Paulo, serão fruto do grande fluxo migratório em direção às áreas de maior oferta de emprego do país. A falta de uma política habitacional acabou contribuindo para o aumento acelerado das favelas no Brasil. 37 Violência Urbana – Mesmo com o crescimento industrial do país e com a grande oferta de emprego nas cidades do sudeste, não havia oportunidades de emprego o bastante para o grande fluxo populacional que havia se deslocado em um curto espaço de tempo. Por essa razão, o número de desempregados também era grande, o que passou a gerar um aumento dos roubos, furtos, e demais tipos de violência relacionadas às áreas urbanas. Poluição – O grande número de indústrias, automóveis e de habitantes vai impactar o aumento das emissões de gases poluentes, assim como com a contaminação dos lençóis freáticos e rios dos principais centros urbanos. Enchentes – A impermeabilização do solo pelo asfaltamento e edificações, associado ao desmatamento e ao lixo industrial e residencial, fazem com que os problemas das enchentes seja algo comum nas grandes cidades brasileiras. Macrocefalia - muitos centros urbanos têm um crescimento desordenado e acelerado provocado pelo desenvolvimento do país em um curto espaço de tempo, que causa um fenômeno marcado pelo inchaço e pela falta de estrutura em determinadas áreas da cidade: a macrocefalia urbana. O BRASIL NA GLOBALIZAÇÃO Por ser um país integrado a economia mundial capitalista e com conexões culturais com diversos países do mundo, o Brasil está participando ativamente do mundo globalizado. O Brasil possui uma economia aberta ao mercado internacional, ou seja, nosso país vende e compra produtos de diversos tipos para diversas nações. Fazer parte da globalização econômica apresenta vantagens e desvantagens. Em relação a América Latina é o maior e o terceiro maior entre todos os países da América, além disso, está entre os 10 maiores do mundo. Apesar disso, é considerado um país subdesenvolvido, de economia emergente, com recentes crescimentos econômicos registrados nas últimas décadas. Assim, o país integra o Mercosul (Mercado Comum do Cone Sul), um bloco econômico que envolve alguns países sul-americanos. É também considerado um dos BRICS (sigla para Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que não é um bloco econômico, mas um termo para designar aqueles países com grande potencial de crescimento e desenvolvimento. Uma das vantagens para o país é o acesso aos produtos internacionais, muitas vezes mais baratos ou melhores do que os fabricados no Brasil. Por outro lado, estes produtos, muitas vezes, entram no mercado brasileiro com preços muitos baixos, provocando uma competição injusta com os produtos nacionais e levando empresas à falência e gerando desemprego em nosso país. Isso vem ocorrendo atualmente com a grande quantidade de produtos chineses (brinquedos, calçados, tecidos, eletrônicos) que entram no Brasil com preços muito baixos. Outra questão importante no aspecto econômico é a integração do Brasil no mercado financeiro internacional. Investidores estrangeiros passam a investir no Brasil, principalmente através da Bolsa de Valores, trazendo capitais para o país. Porém, quando ocorre uma crise mundial, o Brasil é diretamente afetado, pois tem sua economia muito ligada ao mundo financeiro internacional. É muito comum, em momentos de crise econômica mundial, os investidores estrangeiros retirarem dinheiro do Brasil, provocando queda nos valores das ações e diminuição de capitais para investimentos. 38 CULTURA BRASILEIRA E GLOBALIZAÇÃO No aspecto cultural os pontos são mais positivos do que negativos. Com a globalização, os brasileiros podem ter acesso ao que ocorre no mundo das artes, cinema, música, etc. Através da televisão, internet, rádio, cinema e intercâmbios culturais, podemos ficar conectados ao mundo cultural internacional. Conhecimentos científicos, artísticos e tecnológicos chegam ao Brasil e tornam nossa cultura mais dinâmica e completa. Por outro lado, a cultura brasileira sofre com essa influência musical e comportamental maciça, principalmente originária dos Estados Unidos. As músicas, os seriados e os filmes da indústria cultural norte-americana vão espalhando comportamentos e gostos que acabam diminuindo, principalmente entre os jovens, o interesse pela cultura brasileira. AS REGIÕES DO BRASIL A divisão regional oficial do Brasil é aquela estabelecida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sendo composta por cinco complexos regionais: Centro-Oeste, Nordeste, Norte, Sudeste e Sul, estas veremos no módulo 4. No entanto, além dessa regionalização do território nacional, existe outra divisão regional (não oficial), conhecida como regiões geoeconômicas do Brasil: a Amazônia, o Nordeste e o Centro-Sul. Os critérios adotados para a delimitação dessas três regiões foram os aspectos naturais e, principalmente, as características socioeconômicas. REGIÕES GEOECONÔMICAS Amazônia: abrange os territórios dos estados do Acre, Amazonas, Roraima, Rondônia, Amapá, Pará e parte do Maranhão, do Tocantins e do Mato Grosso. Apesar de ser a maior das regiões, é a menos povoada, com várias de suas áreas contendo o que se chama de “vazios demográficos”. Isso ocorre graças ao baixo número de habitantes por quilômetro quadrado. É também a região que apresenta os menores índices de industrialização do país, embora exista a Zona Franca de Manaus e o Polo Petroquímico da Petrobras, que são importantes áreas produtivas e que empregam muitos trabalhadores. A Amazônia contribui somente com 8% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro, mas sua importância encontra-se mesmo na conservação da Floresta Amazônia, que é cada vez mais ameaçada pela fronteira agrícola no país. As principais capitais dessa região são Manaus, Palmas e Belém. Nordeste: a região geoeconômica do Nordeste foi a primeira área do Brasil a ser ocupada pelo processo de colonização e guarda até hoje as marcas desse evento histórico. Ela abrange os estados do Piauí, Rio Grande do Norte, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, além do leste do Maranhão e do norte de Minas Gerais. Essa região passou por problemas históricos, sobretudo ao longo do século XX, quando a concentração econômica do Brasil ocorreu no Centro-Sul. Por causa disso, além de alguns problemas relacionados com o clima seco em algumas áreas, o Nordeste sofreu, em grande parte, com a emigração (saída de habitantes) para outras regiões, além de apresentar um elevado grau de dependência. Atualmente, a região está recuperando-se, industrializando-se e aumentando a sua participação no PIB brasileiro, que atualmente se encontra no índice de 14%. As principais cidades são Salvador (que já foi a capital do Brasil), Fortaleza, Recife e Natal. Centro-Sul: a região centro-sul ocupa a área dos estados de Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande de Sul, Mato Grosso do Sul, além de 39 parte do Mato Grosso e de Minas Gerais. É a região mais povoada e economicamente mais avançada, sendo responsável por mais de 78% do PIB brasileiro, apesar de ocupar apenas 26% do território. As principais metrópoles brasileiras – São Paulo e Rio de Janeiro – encontram-se nessa região. Além disso, as áreas de maior produção industrial (Sudeste e Sul) e agrícola (Centro-Oeste) também são do centro-sul brasileiro. Seus avanços econômicos ocorreram desde o período da cafeicultura, no início do século XX, que dinamizou não só a produção, como também as infraestruturas. Por outro lado, os elevados índices de urbanização geram vários problemas sociais e a quase destruição de três grandes tipos de vegetação: a Mata Atlântica, a Mata de Araucária e o Cerrado. As principais cidades são: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília e Porto Alegre. DIVISÃO REGIONAL OFICIAL SEGUNDO O IBGE REGIÃO SUDESTE A Região Sudeste possui extensão territorial de 924.511,3 quilômetros quadrados, ocupando 10,9% da área total do Brasil. O Sudeste é formado por quatro estados: Espírito Santo (Vitória), Minas Gerais (Belo Horizonte), Rio de Janeiro (Rio de Janeiro) e São Paulo (São Paulo). De acordo com dados divulgados em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), essa Região possui 80.353.724 habitantes, sendo a mais populosa do Brasil. Esse contingente populacional corresponde a 42,2% da população total do país. O Sudeste também é a Região mais povoada, pois sua densidade demográfica (população relativa) é a maior do Brasil, com cerca de 87 habitantes por quilômetro quadrado. O relevo é composto por planaltos, planícies e depressões. O clima varia conforme cada localidade, podendo ser tropical, tropical de altitude, subtropical e litorâneo úmido. A cobertura vegetal é diversificada, com áreas de Cerrado, Mata Atlântica, Campos, Caatinga, Mata de Araucária e vegetação litorânea. Na economia, o Sudeste se destaca por ser a Região mais desenvolvida do país, abrigando o maior parque industrial brasileiro. A indústria é bastante diversificada, atuando nos segmentos siderúrgico, metalúrgico, automobilístico, informática, alimentício, petroquímico, entre tantos outros. A região sudeste também abriga as duas importantes metrópoles globais do país: São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ). Essas duas metrópoles globais estão entre as cidades mais importantes do planeta, pois abrigam sedes de grandes empresas nacionais, filiais de empresas transnacionais, sedes de grandes bancos e as principais universidades e centros de pesquisas do país. São Paulo e Rio de Janeiro exercem influência no cenário nacional e internacional, com destaque para São Paulo, que é responsável pelo atendimento de 18% dos serviços de educação e 21% dos serviços de saúde que habitantes de outros municípios procuram nas metrópoles brasileiras. A agropecuária é praticada com técnicas modernas, fato que aumenta a produtividade. Outra importante fonte de recursos financeiros é o setor de serviços, com bancos, mercados de capitais e o turismo, sobretudo nas cidades litorâneas do Rio de Janeiro e o turismo de negócios em São Paulo. Esse desenvolvimento econômico contribui para os bons indicadores socioeconômicos da Região, que detém o segundo melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil. No 40 entanto, o Sudeste não está isento de problemas sociais. Existe uma grande desigualdade social nesses estados, além da violência, desemprego, déficit habitacional, etc. TECNOPOLO BRASILEIRO O Tecnopolo (são centros tecnológicos que reúnem diversos institutos, centros de pesquisa, empresas e universidades) brasileiro, que ficou conhecido como "Vale do Silício Brasileiro". Vários tecnopolos disputam esse título, um deles é o de Campinas, no interior do estado de São Paulo. Ele reúne, no mesmo polo tecnológico, empresas como a IBM, Samsung, Motorola, Dell, Fairchild, Huawei, 3M e Bosch, além de vários parques industriais e incubadoras de empresas de alta tecnologia O estado de São Paulo abriga, ainda, importantes parques tecnológicos como o da cidade de São Carlos, que reúne importantes universidades, entre elas a USP (Universidade de São Paulo) e a Universidade Federal de São Carlos Ainda no estado de São Paulo, encontra –se o maior centro tecnológico na área aeronáutica e espacial do Brasil, localizado na cidade de São José dos Campos Este é um dos mais avançados parques tecnológicos brasileiros O Tecnopolo de Campinas e os parques Tecnológicos aqui citados, somados aos centros de pesquisa e laboratórios das demais universidades públicas da região, fazem com que o interior do estado de São Paulo represente um quarto da produção científica do país REGIÃO SUL Formada pelos estados do Paraná (Curitiba), Santa Catarina (Florianópolis) e Rio Grande do Sul (Porto Alegre), a Região Sul ocupa uma área de 576.409,6 quilômetros quadrados, sendo a menor do Brasil em extensão territorial. De acordo com dados divulgados em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), essa Região possui 27.384.815 habitantes, distribuídos da seguinte forma: Paraná (10.439.601), Santa Catarina (6.249.682) e Rio Grande do Sul (10.695.532). Uma das principais características da população sulista é a forte influência dos europeus. A Região recebeu vários migrantes da Alemanha, Itália, Polônia, entre outros. Com isso, os estados do Sul apresentam várias manifestações culturais de origem europeia. Com exceção do extremo norte do Paraná, o território da Região Sul pertence à Zona Climática Temperada do Sul, situada entre o Trópico de Capricórnio e o Círculo Polar Ártico. Com isso, o clima predominante é o temperado, registrando baixas temperaturas durante o inverno. A vegetação é bastante diversificada, com áreas de floresta tropical, mangues litorâneos, mata de araucárias, campos (pampas). Os principais rios são o Pelotas, Uruguai, Jacuí, do Peixe, Iguaçu, Paraná, Paranapanema, etc. A Hidrografia da Região Sul possui duas importantes bacias hidrográficas: Bacia do Rio Paraná, onde está situada a Usina Hidroelétrica de Itaipu na divisa do Brasil com o Paraguai, e a Bacia do Rio Uruguai. A hidrografia da Região Sul pode ser dividia em: Região hidrográfica da bacia do rio Uruguai, Região hidrográfica da bacia do Guaíba e Região hidrográfica das bacias do Litoral. As principais cidades da Região Sul são: Curitiba (capital do Paraná), Porto Alegre (capital do Rio Grande do Sul), Florianópolis (capital de Santa Catarina), Joinville, Londrina, Caixas do Sul, Maringá, entre outras. A região possui uma economia baseada principalmente no setor industrial, devido às suas exportações e pelo fato de seus estados fazerem fronteira com países da América do Sul. As 41 cidades que mais abrigam as empresas são Curitiba, no Paraná, e Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Nessas capitais, há um grande número de montadoras de carros que oferecem milhares de emprego aos moradores. O estado do Paraná possui uma economia variada e por isso é uma das melhores do Brasil. Ela está baseada principalmente na agricultura, pecuária, mineração e indústria. No Paraná, o solo fértil ajuda na produção de produtos como trigo, milho, algodão e café. Na pecuária, o número expressivo de seu rebanho ajuda na produção e venda de carnes e leites. A mineração do estado fica por conta da extração de minérios como ouro, cobre, mármore e ferro. O estado ainda conta com um parque industrial em Curitiba, sua capital. Em Santa Catarina, a economia é baseada em atividades como o extrativismo, a agricultura, a pecuária, a pesca e o turismo, sendo que é um dos estados mais ricos. Na indústria, o estado mantém empresas em diversos ramos e duas das principais indústrias alimentícias do Brasil. No ramo da extração, destacam-se as reservas de carvão, fluorita, argila e quartzo. A agricultura do estado produz alimentos como soja, fumo, feijão, banana, cebolas, maçãs, uvas, aveia e cevada. Já a pesca e a pecuária são uma das principais bases dessa economia. Outra vertente da economia de Santa Catarina é o turismo que atrai milhares de visitantes todos os anos. A economia do Rio Grande do Sul teve influência das características de seus imigrantes e atualmente aparece entre as mais importantes do país. O PIB do estado tem aumentado gradativamente nos últimos anos. Primeiramente, aparece o setor de serviços seguidos pela indústria e a agropecuária na produção de grãos como soja, arroz, milho e trigo. Além disso, os gaúchos possuem um grande rebanho de bois e uma extensa criação de aves. Paraná: Papel, celulose, fabricação de caminhões e automóveis, eletrodomésticos e agroindústria. Santa Catarina: Produção de carnes e fabricação de calçados e roupas de marca. Rio Grande do Sul: Petroquímica, produção de carros, calçados, metalurgia, vinhos e alimentos. RS fica em 4º lugar entre Estados, mostra índice de desenvolvimento RS ocupa segundo lugar em longevidade e segurança, quinto em padrão de vida e oitavo em educação 28/05/2014 Com foco na vida real e formato simplificado, um novo índice de desenvolvimento é lançado como resultado de parceria entre Zero Hora e PUCRS, com apoio institucional da Celulose Rio-grandense. Chamado de Índice de Desenvolvimento Estadual-RS (iRS), o indicador mede o desempenho dos Estados em três dimensões: padrão de vida, educação e, reunidos, longevidade e segurança. O objetivo da iniciativa é contribuir para o debate sobre a situação atual do Estado e as melhores alternativas para avançar. O resultado geral mostra o Rio Grande do Sul em quarto lugar no Brasil, posição mantida de 2005 a 2012, enquanto outras unidades da federação avançaram. Olhando cada uma das dimensões, o Estado fica em segundo lugar em longevidade e segurança, em quinto em padrão de vida e em oitavo em educação. Leia mais em: http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/economia/noticia/2014/05/rs-ficaem-4-lugar-entre-estados-mostra-indice-de-desenvolvimento-4511551.html <último acesso, julho de 2014. 42 O Sul apresenta os melhores indicadores socioeconômicos do país. Entre os bons resultados estão as baixas taxas de mortalidade infantil e de analfabetismo; elevada expectativa de vida (75 anos) e elevada renda per capita. REGIÃO CENTRO-OESTE A Região Centro-Oeste ocupa uma área de 1.606.371,5 quilômetros quadrados, sendo a segunda maior do Brasil. Os estados que compõem essa região e suas respectivas capitais são: Goiás (Goiânia), Mato Grosso (Cuiabá) e Mato Grosso do Sul (Campo Grande), além do Distrito Federal (Brasília – que é capital do Brasil). Essa região possui belas paisagens, como cachoeiras, rios, grutas, serras, chapadas (Chapada dos Parecis, a Chapada dos Guimarães e a Chapada dos Veadeiros) e uma grande diversidade de animais espalhados pelos biomas. Outro atrativo são as águas quentes de Caldas Novas e de Rio Quente, que formam a maior estância hidrotermal do mundo. Todas essas belezas naturais garantem a região um futuro altamente promissor no turismo. Paisagem Natural: Relevo predominante de planaltos e Chapadas O clima característico é o Tropical com duas estações pluviométricas definidas, o verão quente e chuvoso e inverno seco em razão da chegada da mTc (massa tropical continental). A vegetação predominanteCERRADO é a do Cerrado mas também está presente a Floresta Equatorial na porção setentrional do estado do Mato Grosso e a vegetação do Complexo do Pantanal no extremo oeste da região. Quanto aos recursos hídricos a região Centro-Oeste é muito rica. Nela está situada parte de três das maiores bacias hidrográficas da América do Sul: A Amazônia, a do Tocantins-Araguaia e a Platina, formada pelas bacias do Paraguai, do Paraná, do Uruguai. O rio Paraguai drena o Pantanal e, por ser um rio de planície, é bastante para navegação. Os demais rios dessa imensa bacia – o Paraná e o Uruguai – são planálticos, o que contribui para que suas águas sejam aproveitadas para a produção de hidroeletricidade. Dentre as usinas hidrelétricas existentes nessa região, pode-se citar, por sua importância regional, a de Itumbiara, no rio Paranaíba, e a de Serra da Mesa, no rio Tocantins. Essas usinas integram o sistema elétrico de Furnas, uma das mais importantes empresas subsidiárias da Eletrobrás. Paisagem Humanizada: É a região de mais de forte miscigenação e também a de maior crescimento demográfico percentual do país atualmente. Destacam-se na região as Metrópoles: Brasília na categoria Metrópole Nacional segundo o IBGE e as três regionais: Goiânia, Campo Grande e Cuiabá MINERAÇÃO E INDÚSTRIA A origem geológica de grande parte do território do Centro-Oeste, datada do Pré-cambriano e do Paleozoico, permite que a região apresente grandes possibilidades de ocorrência de recursos minerais. A produção de minérios, no entanto, é ainda pouco significativa quando comparada à de outras regiões brasileiras, como o Norte e o Sudeste. Entre as ocorrências registradas, merecem destaque as produções de ferro e manganês encontrados no maciço de Urucum, no interior do pantanal Mato-grossense. No extrativismo vegetal, sobressaem a extração de látex (borracha) e de madeiras em geral, na porção setentrional da região, e de erva-mate e madeiras, na porção meridional. 43 O setor industrial recebe grande influência da agricultura. "Algumas malhas de industrialização estão focadas na agroindústria, e muito ligadas à melhoria da produção primária", afirma destaque ainda para as indústrias de alimentos, fertilizantes e frigorífica. Além disso, a proximidade da matéria-prima, disponibilidade energética, infraestrutura interna e externa, como rodovias, hidrovias e portos marítimos que permitem o escoamento da produção para outras regiões do país e dos países da América do sul, tem atraído industrias nacionais e estrangeiras. No entanto, ainda, a principal atividade econômica da região é a agropecuária, com destaque para a criação de gado (predomínio para bovinocultura e suína no sistema extensivo) e os cultivos de soja, arroz, milho, sorgo, cana-de-açúcar, algodão, etc. Pausa para definição: Pecuária extensiva: É a pecuária que utiliza uma grande área destinada a pastagens, neste sistema os animais andam livremente por uma grande área. Comum para os rebanhos destinados ao corte BIODIVERSIDADE DO CERRADO Muitas espécies vegetais do Cerrado são endêmicas da região. Isso quer dizer que são espécies nativas e não são encontradas em nenhuma outra parte do mundo. Embora o Cerrado apresente uma paisagem aparentemente árida, ele é constituído por uma vegetação rica e adaptada aos períodos mais secos do ano. MEIO AMBIENTE: No início da década de 90, restavam apenas 20% (vinte por cento) da vegetação original dos cerrados. Em Goiás, as práticas ambientais agressivas adotadas pela agropecuária, esgotam os mananciais e destroem o solo. No nordeste de Goiás e Mato Grosso, há constante desertificação, ocasionada pelo desmatamento sem controle. Entre 1998 e 2000 (três anos), quase 900 mil hectares de floresta são derrubados. AQUÍFERO GUARANI Aquífero é um grande reservatório de águas subterrâneas localizado a centenas de metros de profundidade. Pesquisas indicam que o território brasileiro abriga 27 aquíferos, sendo que o maior em extensão e em volume de água é o Aquífero Guarani. Com cerca de 1,2 milhão de quilômetros quadrados, o Aquífero Guarani está presente em quatro países sul-americanos: Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Aproximadamente 70% desse reservatório de água está localizado no Brasil, espalhado pelo subsolo de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A estrutura geológica da região que abrange o Aquífero Guarani é responsável pelo armazenamento de água no subsolo. Essa área é formada por rochas sedimentares, muita areia e pouca argila, características que facilitam a absorção das águas das chuvas, que, após absorvidas, ficam confinadas em rochas impermeáveis a centenas de metros de profundidade. 44 FOLHA DE SÃO PAULO LIXO AMEAÇA ÁREA DE RECARGA DO AQUÍFERO 07/02/2014 – É o que informa um inquérito da Promotoria de Ribeirão Preto sobre o bairro Parque dos Lagos, na zona leste do município. A promotora do Gaema (Grupo de Atuação Especial em Defesa do Meio Ambiente) de Ribeirão Preto, Cláudia Maria Habib, disse que a região acumula uma grande quantidade de dejetos. “Já falaram em mais de mil caminhões de lixo.” Para a promotora, o acúmulo de lixo na área é consequência do crescimento dos empreendimentos na área, que foi “explorada de maneira inconsequente”. A Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) e a Prefeit ura de Ribeirão Preto estão levantando informações para iniciar a recuperação do local Leia mais em http://www.azevedosette.com.br/sustentabilidadeambiental/noticias/exibir/4374 <último acesso, julho de 2014> DISTRITO FEDERAL O Distrito Federal localiza-se na Região Centro-Oeste do território brasileiro, cuja capital, Brasília, abriga a sede do Executivo federal, a Câmara dos Deputados, o Superior Tribunal de Justiça e o Supremo Tribunal Federal. O Distrito Federal não é um Estado e nem possui municípios, é um território autônomo composto por 30 Regiões administrativas (cidades-satélites); exceto Brasília, a capital federal e sede do governo do Distrito Federal. A construção da capital federal no Centro-Oeste brasileiro objetivou a ocupação do oeste do território nacional, pois, garantiria a ocupação de terras quase despovoadas e proporcionaria novas possibilidades de desenvolvimento econômico na região, além de ser menos vulnerável a ataques externos. O Distrito Federal está localizado numa porção de área que pertencia ao Estado de Goiás. O objetivo foi atingido, pois o contingente populacional da região teve um aumento significativo, entre as décadas de 1960 e 1970 a população do Distrito Federal quase quadruplicou, recebendo um fluxo migratório de mais de 30.000 pessoas anualmente. A construção de Brasília, além da continuidade de políticas públicas que visavam à ocupação e o desenvolvimento econômico da região, intensificou o fluxo migratório para o território. Seu projeto urbanístico foi desenvolvido por Lúcio Costa, e o projeto arquitetônico por Oscar Niemeyer. Aproximadamente 30 mil operários construíram Brasília em 41 meses, durante o governo do presidente Juscelino Kubitschek. A nova capital federal foi inaugurada no dia 21 de abril de 1960, data escolhida para homenagear Tiradentes. Brasília é a principal atração do Distrito Federal e em 1987 foi declarada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) patrimônio cultural da humanidade, por seu valor arquitetônico e por ter sido a primeira cidade construída no século XX para ser uma capital. 45 REGIÃO NORTE O Norte é a maior Região do Brasil, com extensão territorial de 3.853.327,2 quilômetros quadrados, o que corresponde a aproximadamente 45% da área total do país. Essa grande área é formada pelos seguintes estado: Amapá – capital Macapá; Amazonas – capital Manaus; Pará – capital Belém; Rondônia – capital Porto Velho; Roraima – capital Boa Vista e Tocantins – capital Palmas. Apesar de ser a maior Região do país, o Norte possui o segundo menor contingente populacional. De acordo com dados do Censo Demográfico, realizado em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 15.865.678 pessoas residem nos estados nortistas, sendo que o Pará é o estado mais populoso – 7.588.078. Manaus, capital do Amazonas, é a cidade mais populosa da Região (1.802.525 habitantes.). A outra cidade com mais de 1 milhão de habitantes é Belém, capital do Pará. O clima predominante na Região é o tropical, com temperaturas elevadas e grande quantidade de chuvas. O relevo é marcado por planaltos, planícies e depressões. O ponto mais elevado do Norte e também do Brasil é o Pico da Neblina, com 2.993,78 metros acima do nível do mar, localiza-se na Serra do Imeri - AM, fronteira entre Brasil e Venezuela. Em comparação com as outras regiões brasileiras, tem o segundo menor IDH (em 2005) e o menor PIB (em 2010). Nessa região está localizado um importante ecossistema para o planeta: a Amazônia, além de pequenas faixas de mangue no litoral, alguns pontos de cerrado e também alguns pontos de matas galerias. Suas maiores e principais cidades são Manaus, Belém e Porto Velho. Também na região Norte estão situados os dois maiores estados do Brasil em superfície, Amazonas e Pará, e os dez maiores municípios do Brasil em área territorial, sendo quatro no estado do Pará e seis no estado do Amazonas. Porto Velho, a capital brasileira com maior área territorial, também localizase na região. RESERVAS INDÍGENAS, BIODIVERSIDADE E POLUIÇÃO: As 26 unidades de conservação da região, compreendem apenas 3,2% da Amazônia, de acordo com o Fundo Mundial para a Natureza (WWF). Devido à inexistência de fiscalização, essas áreas são alvo de queimadas. Entre 1997 e 1998, aumenta em 27% a parcela da Amazônia Legal devastada por essa prática, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Dos 4 milhões de km² de floresta original, 13,3% já não existem mais. Pará, Rondônia e Acre são os estados que mais contribuem para o aumento desse índice. Além de afetar a fauna e a flora, as queimadas prejudicam a vida dos milhares de índios que ainda habitam a região. De acordo com a FUNAI, são cerca de 164 mil índios de diferentes etnias. A maior é a dos ianomâmis, com 9 mil representantes. A Região Norte detém 81,5% das áreas indígenas protegidas por lei - o Amazonas possui a maior extensão dessas terras (35,7%). A influência desses povos nativos se faz presente na culinária e na festa do Bumba-Meu-Boi de Parintins (AM). Junto com o Círio de Nazaré, que acontece em Belém (PA), é uma das festas regionais mais conhecidas. A biodiversidade e os habitantes do Norte, sofrem ainda outro grave problema: a poluição dos rios pelo mercúrio, que contamina populações ribeirinhas. Alguns cientistas creem que o mercúrio detectado não seja consequência apenas da ação do homem no garimpo de ouro, mas que ele também esteja sedimentado em solos da região. 46 ECONOMIA E ENERGIA: A economia se baseia no extrativismo de produtos como o látex, açaí, madeiras e castanha. A região também é rica em minérios. Lá estão a Serra dos Carajás (PA), a mais importante área de mineração dos pais, produtora de grande parte do minério de ferro exportado, e a Serra do Navio (AP), rica em manganês. A extração mineral, porém, praticada sem os cuidados adequados, contribui para a destruição ambiental. No rio Tocantins, no Pará, encontra-se a usina hidrelétrica de Tucuruí, a maior da região e 2ª do país (a maior inteiramente nacional, já que Itaipu, no Paraná, é binacional - Brasil/Paraguai). Existem ainda outras usinas menores como Balbina, no rio Uatumã (AM) e Samuel, no rio Madeira (RO). O governo federal oferece incentivos fiscais para a instalação de indústrias no Amazonas, especialmente montadoras de eletrodomésticos. Sua administração cabe à Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA) e os incentivos deverão permanecer em vigor até 2023. De acordo com levantamento da Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústrias de Base, a região ocupa o segundo lugar atrás do Sudeste nos investimentos públicos e privados, programados para até 2003. Até lá, serão injetados no Norte, cerca de 43 bilhões de dólares. Grande parte dos investimentos privados se concentrará na agroindústria. A Região Norte tem priorizado a oferta e a redistribuição de energia para seus estados. O Pará, por exemplo, concluiu em 1999 a linha Tramoeste, que leva a energia de Tucuruí, no rio Tocantins, até o oeste paraense. No Amazonas, como a planície da bacia amazônica inviabiliza a construção de hidrelétricas, o estado investe no gás natural. Está em andamento o projeto do uso do gás de Urucum, na bacia do rio Solimões. A Petrobrás é sócia minoritária, com 24% e o restante é do governo estadual, que repassará cotas para empresas privadas. Os maiores consumidores são as geradoras de energia elétrica, que passarão a usar o novo combustível em substituição ao óleo diesel para movimentar as turbinas de suas termelétricas. O programa federal de eletrificação rural "Luz no Campo", atende aos estados de Rondônia, Acre, Roraima, Pará e Tocantins. AQUÍFERO ALTER DO CHÃO Pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA) divulgaram oficialmente em 2012, a descoberta do que afirmam ser o maior aquífero do mundo. A imensa reserva subterrânea sob os Estados do Pará, Amazonas e Amapá tem o nome provisório de Aquífero Alter do Chão, em referência à cidade de mesmo nome, centro turístico perto de Santarém. Estudos pontuais e vários dados coletados ao longo de mais de 30 anos permitem dizer que se trata da maior reserva de água doce subterrânea do planeta. É maior em espessura que o Aquífero Guarani, considerado pela comunidade científica o maior do mundo, assegura Milton Matta, geólogo da UFPA. A capacidade do aquífero não foi estabelecida. Os dados preliminares indicam que ele possui uma área de 437,5 mil quilômetros quadrados e espessura média de 545 metros. Menor em extensão, mas maior em espessura do que o Guarani. Matta cita a porosidade da rocha em que a água está depositada como um dos indícios do potencial do reservatório. A rocha é muito porosa, o que indica grande capacidade de reserva de água. Além do mais, a permeabilidade (a conexão entre os poros da rocha) também é grande. Segundo ele, apesar de as dimensões da reserva não terem sido mapeadas, sai do aquífero a água que abastece 100% de Santarém e quase toda Manaus. A vazão dos poços perfurados na região do aquífero é outro indício de que sua reserva é muito grande, afirma Matta. Para o geólogo 47 Ricardo Hirata, do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo, a comparação com o Guarani é interessante como referência, mas complicada. O Guarani é um aquífero extremamente importante para o Brasil e para a América Latina, mas não é o maior do mundo. Há pelo menos um aquífero, na Austrália, que é maior que o Guarani, contesta. Leia mais em: http://bibocaambiental.blogspot.com.br/2011/08/aquifero-alter-do-chao-nonorte-do.html <último acesso, julho de 2014 BRASIL TEM UM NOVO RIO AMAZONAS (SUBTERRÂNEO) Tese de doutorado apresentada no 12º Congresso Internacional da Sociedade Brasileira de Geofísica - 2012 Pesquisadores do Observatório Nacional encontraram evidências de um rio subterrâneo de 6.000 quilômetros de extensão que encontra-se abaixo do rio Amazonas, a uma profundidade de 4.000 metros. Os dois cursos d'água têm o mesmo sentido de fluxo, de oeste para leste, mas se comportam de forma diferente. A descoberta foi possível graças aos dados de temperatura de 241 poços profundos perfurados pela Petrobras nas décadas de 1970 e 1980, na região amazônica. A estatal procurava petróleo. Fluidos que se movimentam por meios porosos - como a água que corre por dentro dos sedimentos sob a Bacia Amazônica - costumam produzir sutis variações de temperatura. Com a informação térmica fornecida pela Petrobrás, os cientistas Valiya Hamza, da Coordenação de Geofísica do Observatório Nacional, e a professora Elizabeth Tavares Pimentel, da Universidade Federal do Amazonas, identificaram a movimentação de águas subterrâneas em profundidades de até 4 mil metros. Leia mais em: http://bibocaambiental.blogspot.com.br/2011/08/aquifero-alter-do-chao-no-nortedo.html <último acesso, julho de 2014 ZONA FRANCA DE MANAUS (ZFM) A Zona Franca de Manaus (ZFM) é uma zona franca da cidade de Manaus, criada pelo Decreto-Lei 288/19671 para impulsionar o desenvolvimento econômico da Amazônia Ocidental. Administrado pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA). A ZFM compreende três polos econômicos: comercial, industrial e agropecuário. O primeiro teve maior ascensão até o final da década de 80, quando o Brasil adotava o regime de economia fechada. O industrial é considerado a base de sustentação da ZFM. O polo Industrial de Manaus possui aproximadamente 600 indústrias (2012) de alta tecnologia gerando mais de meio milhão de empregos, diretos e indiretos, principalmente nos segmentos de eletroeletrônicos, duas rodas e químico. Entre os produtos fabricados destacam-se: aparelhos celulares e de áudio e vídeo, televisores, motocicletas, concentrados para refrigerantes, entre outros. O polo Agropecuário abriga projetos voltados às atividades de produção de alimentos, agroindústria, piscicultura, turismo, beneficiamento de madeira, entre outras. Nos últimos anos, o polo recebeu um novo impulso com os incentivos fiscais para a implantação da tecnologia de TV digital no Brasil POPULAÇÃO E TRANSPORTES As principais cidades do norte são Manaus, Belém, Altamira, Palmas, Porto Velho, Rio Branco e Macapá. Os transportes rodoviários são problemáticos, em razão das grandes distâncias 48 e rodovias insuficientes e mal conservadas, com poucas exceções. Além disso no período das chuvas, as estradas ficam intransitáveis. Um exemplo de mal uso do dinheiro público e prejuízos ao meio ambiente foi a construção da Transamazônica, até hoje não concluída, embora iniciada sua construção há mais de 30 anos. O transporte aéreo é razoável, com bons aeroportos em Manaus e Belém. Manaus é hoje o 3° maior centro movimentador de cargas aéreas do país, após São Paulo e Rio de Janeiro, em razão justamente da distância e dos problemas do transporte rodoviário. Existe algum aproveitamento no transporte fluvial de cargas e passageiros, nem sempre com barcas adequadas e frequentemente acontecem acidentes. REGIÃO NORDESTE O Nordeste brasileiro ocupa uma área de 1.554.257,0 quilômetros quadrados, sendo a terceira maior Região do país. Essa foi a primeira porção do território nacional a ser ocupada e explorada pelos colonizadores. A população total do Nordeste é de 53.078.137 habitantes, conforme dados divulgados em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os estados que compõem essa Região são: Alagoas – Maceió, Bahia – Salvador, Ceará – Fortaleza, Maranhão – São Luís, Paraíba – João Pessoa, Pernambuco – Recife, Piauí – Teresina, Rio Grande do Norte – Natal, Sergipe – Aracaju Todos os estados do Nordeste são banhados pelo Oceano Atlântico. Essa característica, aliada ao clima quente, faz da Região um dos principais destinos turísticos do país. A única capital nordestina que não está localizada no litoral é Teresina – Piauí. Além dos elementos naturais, essas sub-regiões também apresentam diferenças nos aspectos populacionais, econômicos, sociais e culturais. A Zona da Mata, por exemplo, é a subregião mais povoada e desenvolvida, além de apresentar a maior densidade demográfica (população relativa). O turismo, impulsionado pelas belezas naturais e pelo valor histórico-cultural de várias cidades nordestinas, se destaca entre as atividades econômicas. A exploração de petróleo, o extrativismo vegetal, a agropecuária e o setor industrial (automobilístico, alimentício, informática, petroquímica, etc.) são importantes fontes de captação de receitas financeiras. Parques tecnológicos disputam título de Vale do Silício brasileiro Publicado 06/08/2012 Recife tem o maior parque tecnológico do país Com mais de 200 empresas instaladas, 6.500 profissionais e faturamento anual de R$ 1 bilhão, o parque tecnológico Porto Digital, no Recife (PE), é o maior do país e forte candidato a ser o “Vale do Silício brasileiro”. Leia mais em: http://www2.cecompi.org.br/st/?p=3921 <último acesso, julho de 2014> Um dos principais problemas do Nordeste é a desigualdade socioeconômica, motivada pela distribuição de renda desigual. Outros agravantes são as altas taxas de mortalidade infantil e o reduzido serviço de saneamento ambiental. PRINCIPAL BIOMA NORDESTINO A Caatinga é o único bioma totalmente brasileiro, isto é, o único domínio florestal que não divide espaço com nenhum outro país. Isso significa que algumas características regionaisCAATINGA desse bioma não são 49 encontradas em nenhum outro lugar do planeta. Ocupa cerca de 10% do território brasileiro, com uma área de 844.400 km², estendendo-se pelos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí, Sergipe e uma pequena porção ao norte de Minas Gerais. Em função do clima semiárido da região onde se encontra, a vegetação da Caatinga costuma ser bastante seca, com espinho e pouquíssimas folhas. No entanto, quando ocorrem as chuvas, ela se transforma rapidamente, ganhando um aspecto diferenciado, com árvores cobertas de folhas e pequenas plantas forrando o chão. A vegetação é formada por plantas adaptadas ao clima seco, em que ocorrem poucas chuvas. As principais espécies são o Mandacaru, o Xique-xique, a Aroeira e a Braúna. As únicas árvores que não perdem as suas folhas durante o intenso calor são o Juazeiro e alguns tipos de palmeiras, pois suas raízes conseguem encontrar água no subsolo. A maior parte dos animais encontrados na região da caatinga é composta por répteis, a maioria cobras e lagartos. No total, existem aproximadamente 1.500 espécies distintas de animais catalogados, envolvendo aves, répteis, anfíbios, mamíferos e peixes. Assim como os demais biomas brasileiros, boa parte da caatinga já foi desmatada, cerca de 46% de sua vegetação original. Os principais motivos para a sua acelerada devastação nos últimos anos foram a expansão da fronteira agrícola e, principalmente, a utilização de suas árvores para a produção de lenha. Outro problema grave que atinge esse bioma é o processo de desertificação dos solos, que é causado pelo uso inadequado e intensivo dos solos, sobretudo pela produção agrícola dos grandes latifúndios. A "INDÚSTRIA DA SECA" NO NORDESTE Os problemas sociais existem em todo o Nordeste, mas a culpa pela miséria da região sempre recaiu sobre o fenômeno das secas. De fato, elas muitas vezes inviabilizam as atividades econômicas no sertão, dizimando o gado e fazendo com que os sertanejos deixem suas terras em busca de melhores condições de vida. Mas a seca não é a única responsável por toda a situação. Questões como a distribuição de renda e de terras costumam ser deixadas de lado nas discussões. Durante anos, grupos políticos e econômicos aproveitaram-se do flagelo da região em benefício próprio. Divulgando situações de calamidade pública, essa elite vem conseguindo importantes ajudas governamentais, como anistia das dívidas, verbas de emergência e renegociação de empréstimos. Tais auxílios nem sempre beneficiam a população afetada pela estiagem. Muitas vezes, o dinheiro público é usado para a construção de açudes e para o desenvolvimento de projetos de irrigação que trazem benefícios apenas para os próprios dirigentes. Tudo isso caracteriza a chamada "indústria da seca", ou seja, uma série de medidas que eternizam o problema para impedir que o auxílio desapareça. ÍNDIOS – OS PRIMEIROS HABITANTES DO BRASIL E SUAS CONTRIBUIÇÕES Quando falamos sobre o descobrimento do Brasil, notamos que muitos livros didáticos e pessoas ainda atribuem esse feito à figura do navegador português Pedro Álvares Cabral, no ano de 1500. Contudo, sabemos que os primeiros descobridores do nosso território foram as antigas comunidades que chegaram à América no período pré-histórico e, com o passar do tempo, formaram diversas civilizações. Essas comunidades só foram chamadas de “indígenas” e os seus integrantes de “índios” com a chegada dos europeus. Tal nome foi dado porque, quando chegaram aqui pela primeira vez, os europeus acreditavam que tinham alcançado a Índia. De tal forma, percebemos que o termo foi resultado do contato entre os brancos e os nativos. Quando falamos dos índios temos que ter o cuidado de não pensar que os índios são todos iguais. Ao longo dos séculos, as comunidades indígenas aqui formadas desenvolveram diferentes tipos de costumes, línguas, valores e tradições. Até mesmo em sua fisionomia, podemos observar que os povos indígenas também possuem outras interessantes. 50 Algumas comunidades indígenas do Brasil viviam de forma nômade e seminômade, consumindo os recursos naturais disponíveis e depois se mudando para regiões que tivessem maior disponibilidade de animais de caça, plantas, frutos e recursos hídricos. Por outro lado, também havia povos indígenas que dominavam a agricultura e que tinham uma rotina de trabalho intensa e regular. Não por acaso, muitos desses indígenas foram empregados como escravos nas propriedades criadas pelos colonizadores portugueses. Além de dominarem a caça e pesca, temos em várias comunidades indígenas a presença de um vasto conhecimento sobre a vegetação do território. Não raro, tal conhecimento era empregado para a fabricação de remédios naturais que acabaram sendo utilizados pelos colonizadores. Organizando-se de forma variada, percebemos que uma quantidade expressiva dos indígenas vivia em grandes cabanas chamadas de “ocas”. Nas ocas temos a presença de várias famílias e integrantes de uma comunidade vivendo de forma muito próxima. As habitações menores e com poucos integrantes eram mais comuns em comunidades menores. De acordo com estudos atualizados, até a época da chegada dos portugueses, o Brasil contava com 1400 povos indígenas. Em termos numéricos, essa variedade de povos abarcava uma população que oscilou entre a casa dos três a cinco milhões de habitantes. Com números tão significativos, percebemos o quão importante é a presença indígena em nossa história. Infelizmente, ainda temos um longo caminho para revelar com maior riqueza o passado e a cultura indígena na formação de nosso povo. A exploração, a matança e o preconceito contra os povos indígenas acabaram acobertando (escondidas, perdidas) muitas informações e saberes de suma importância. De tal modo, cabe a nós, estudiosos, alunos e professores, ampliar nossos horizontes sobre esse tema tão relevante. Por Rainer Gonçalves Sousa Colaborador Escola Kids Graduado em História pela Universidade Federal de Goiás - UFG Mestre em História pela Universidade Federal de Goiás - UFG Da Velha Ordem Mundial a Nova Ordem Mundial Nos últimos anos, principalmente de 1989 a 1991, o mapa-múndi político sofreu transformações radicais. Novos estados-nações (países) surgiram e outros desapareceram. Como exemplo disso, podemos citar a antiga Alemanha Oriental, hoje uma província da Alemanha reunificada, a antiga Tchecoslováquia, hoje em dois novos estados-nações: a República Tcheca e a Eslováquia. Contudo, as mudanças mais surpreendentes aconteceram na Iugoslávia e na União Soviética. A Iugoslávia, além de ter sido dividida em cinco novos países (Croácia, Eslovênia, Bósnia, Macedônia e Iugoslávia), conheceu uma sangrenta guerra civil pela partilha da Bósnia-Herzegóvina. A União Soviética, por sua vez, viu-se obrigada a fragmentar-se em 15 nações independentes. Do ponto de vista geopolítico, é possível comparar esse período a outro do nosso século, quando também aconteceram mudanças profundas no mapa-múndi, por ocasião da segunda guerra mundial. Nesses dois momentos ocorreram não apenas mudanças geopolíticas, mas também uma crise de uma ORDEM MUNDIAL e a emergência de uma outra. Pausa para definições Gepolítica: diz respeito às disputas de poder no espaço mundial. A própria noção de PODER já o diz (poder implica em dominação, que podem ser culturais, econômicas, repressivas e/ou militares, etc.). 51 Antes da segunda guerra mundial havia uma ordem multipolar, ou seja, com base em vários pólos ou centros de poder que disputavam a hegemonia internacional: Inglaterra, ex-grande e exclusiva potência mundial no século XIX, em decadência hegemônica; a França e em especial a Alemanha, grandes concorrentes no continente europeu; os EUA, grande potência da América; o Japão, que se lançava numa aventura imperialista no leste e sudeste asiático; e por fim a imensa Rússia, fortemente militarizada. O final da grande guerra trouxe um novo cenário: as potências européias estavam arrasadas e conseqüentemente seus impérios na Ásia e África; o Japão, igualmente arrasado, perdeu as áreas que havia conquistado no extremo oriente (Coréia, Manchúria, partes da Sibéria, etc.). Duas novas potências mundiais – EUA e União Soviética – lotearam (dividiram) o mundo entre si. Foi a época da BIPOLARIDADE, a nova ordem mundial, que durou cerca de 45 anos, desde o final da segunda guerra até meados de 1991. Esse período da história ficou denominado de Guerra Fria. As duas novas potências disputaram a hegemonia política, econômica e militar no mundo. A União Soviética possuía um sistema socialista, baseado na economia planificada, partido único (Partido Comunista), igualdade social e falta de democracia. Já os Estados unidos, a outra potência mundial, defendia a expansão do sistema capitalista, baseado na economia de mercado, sistema democrático e propriedade privada. Na segunda metade da década de 1940 até 1989, estas duas potências tentaram implantar em outros países os seus sistemas políticos e econômicos. A definição para a expressão guerra fria é de um conflito que aconteceu apenas no campo ideológico, não ocorrendo um embate militar declarado e direto entre Estados Unidos e URSS. Até mesmo porque, estes dois países estavam armados com centenas de mísseis nucleares. Um conflito armado direto significaria o fim dos dois países e, provavelmente, da vida no planeta Terra. Porém ambos acabaram alimentando conflitos em outros países como, por exemplo, na Coreia e no Vietnã. Veja a baixo um resumo dos principais fatos da Guerra Fria. A OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte (surgiu em abril de 1949) era liderada pelos Estados Unidos e tinha suas bases nos países membros, principalmente na Europa Ocidental. O Pacto de Varsóvia era comandado pela União Soviética e defendia militarmente os países Plano Marshall e COMECON: as duas potências desenvolveram planos para desenvolver economicamente os países membros. No final da década de 1940, os EUA colocaram em prática o Plano Marshall, oferecendo ajuda econômica, principalmente através de empréstimos, para reconstruir os países capitalistas afetados pela Segunda Guerra Mundial. Já o COMECON foi criado pela URSS em 1949 com o objetivo de garantir auxílio mútuo entre os países socialistas. Envolvimentos Indiretos (financiados pelos EUA e Ex-URSS), guerra do Guerra do Vietnã, da Coreia "Cortina de Ferro" expressão para se referir à influência da União Soviética sobre os países socialistas do leste europeu. Churchill defendia a ideia de que, após a Segunda Guerra Mundial, a URSS tinha se tornado a grande inimiga dos valores ocidentais (democracia e liberdade, principalmente). Corrida Espacial: EUA e URSS travaram uma disputa muito grande no que se refere aos avanços espaciais. Ambos corriam para tentar atingir objetivos significativos nesta área. Isso ocorria, pois havia uma certa disputa entre as potências, com o objetivo de mostrar para o mundo qual era o sistema mais avançado. No ano de 1957, a URSS lança o foguete Sputnik com um cão dentro, o primeiro ser vivo a ir para o espaço. Doze anos depois, em 1969, o mundo todo pôde acompanhar pela televisão a chegada do homem a lua, com a missão espacial norte-americana. 52 SISTEMAS ECONÔMICOS Um sistema econômico pode ser definido como sendo a forma política, social e econômica pelo qual estar organizada uma sociedade. Engloba o tipo de propriedade, a gestão da economia, os processos de circulação das mercadorias, o consumo e os níveis de desenvolvimento tecnológico e da divisão do trabalho. De conformidade com sua definição, os elementos básicos de um sistema econômico são: 1) os estoques de recursos produtivos ou fatores de produção, que são os recursos humanos (trabalho e capacidade empresarial), o capital, a terra, as reservas naturais e a tecnologia; 2) o complexo de unidades de produção, que são constituídas pelas empresas e; 3) o conjunto de instituições políticas, jurídicas, econômicas e sociais, que constituem a base de organização da sociedade. Atualmente se conhece a existem de dois sistemas economicos distintos: O sistema capitalismo que predominante e o sitema socialista, somente Coreia do Norte e Cuba. Caracteristicas do sistema capitalista: liberdade econômica (livre concorrência) com pouca intervenção do governo na economia, salários dos trabalhadores definidos pelo mercado, preços dos produtos são definidos pela lei da oferta e procura, investimentos nos setores da economia feitos pelo Estado e também pela iniciativa privada, existência de desigualdades sociais, principalmente nos países em desenvolvimento, existência de classes sociais, definidas, principalmente, pela condição econômica das pessoas, meios de produção (fábricas, fazendas) e bancos nas mãos de particulares (propriedade privada), saúde e educação são publicos e privados. Caracteristicas do sistema socialista: falta de liberdade econômica com grande intervenção do governo na economia, salários controlados e definidos pelo governo, preços controlados pelo governo, investimentos feitos apenas pelo Estado, “inexistência de classes sociais”, “baixa desigualdade social” fábricas, fazendas, bancos controlados pelo governo, a renda derivada da produção é socializada entre os trabalhadores, garantia do governo quanto as necessidades da população, saúde e educação públicos, liberdade de expressão controlada pelo governo. REGIONALIZAÇÃO : PAÍSES DO NORTE : PAÍSES DO SUL "PAÍSES DO NORTE E PAÍSES DO SUL” Definindo regionalização: significa organizar o espaço geográfico em áreas com características semelhantes, de acordo com critérios pré-estabelecidos. Existem várias formas de regionalizar, por exemplo, por continentes: América, Europa, África, Ásia, Oceania e Antártida, a regionalização dentro dos próprios continentes, a exemplo podemos citar: América em: América do Norte, América central e América do Sul, nesse caso os critérios utilizados foram posição geógrafica e aspectos naturais. UMA NOVA REGIONALIZAÇÃO ? Com o fim da bipolarização e da oposição entre o capitalismo e o socialismo, as diferenças econômicas e sociais entre países ricos e países pobres tornaram-se mais evidentes. A oposição passou a ser entre os países desenvolvidos, os chamados países do Norte, e os subdesenvolvidos, denominados países do Sul. Essa divisão, porém, é simbólica, pois não considera a linha do Equador como marco divisório. Nesse caso, o Norte e o Sul foram definidos com base nas condições econômicas e sociais dos países. Ocorre que a maior parte das regiões desenvolvidas situa-se na porção norte do planeta; e a maior parte dos territórios situados na porção sul, ainda que não exatamente ao sul do Equador, integram países subdesenvolvidos. 53 Observe o mapa ao lado que há países ricos situados no Hemisfério Sul, como Austrália e Nova Zelândia. Também existem vários países pobres no Hemisfério Norte, como os do sudeste asiático , os do norte da África, do norte da América do Sul e da América Central. Existe até mesmo um país de características socioeconômicas "meridionais" na América do Norte : o México. A forma de regionalização Norte-Sul não é precisa (exata) na classificação dos países, pois há muitas diferenças econômicas e sociais entre eles. Alguns integravam o extinto bloco socialista, cuja economia ainda está se adaptando ao sistema capitalista. Assim, ex-países socialistas, como o Cazaquistão e o Uzbequistão, situados no Hemisfério Norte, apresentam economias pouco industrializadas e problemas sociais comparáveis aos dos países do Sul. além disso, considerando o grupo dos países do Sul, temos nações subdesenvolvidas não industrializadas (países periféricos) e países subdesenvolvidos industrializados (países emergentes) Portanto, os critérios socioecônomicos (renda per capita, os índices de violência, o desemprego, a dependência econômica e tecnológica, população acesso minimo satisfatório para moradia, educação, nutrição e saúde), não são os mesmos dentro dos grupos classificados (ricos e pobres). Dessa forma, entre os países do Norte cujo conjunto de indicadores de desenvolvimento é elevado estão Estados Unidos, Canadá, a maior parte dos países da Europa, Austrália, Nova Zelândia e Japão. Em conjunto, esse grupo reúne cerca de 20% da população mundial e detém aproximadamente 80% da produção econômica e da renda global. Já o Sul, de forma geral, é constituído por países da América Latina, África, Ásia (exceto Japão) e Oceania (exceto Austrália e Nova Zelândia). Todos eles apresentam problemas sociais em maior ou menor escala. O nível de desenvolvimento também varia: o desempenho econômico de países como Brasil, México e África do Sul, por exemplo, é bem maior que o de países como Haiti, Moçambique e Bangladesh. PAISES DESENVOLVIDOS SUBDESNVOLVIDOS E EMERGENTES Países Desenvolvidos: são aqueles cujas populações apresentam boa qualidade de vida ou seja: bom nível de renda e bem-estar social; bom nível educacional; maior igualdade de oportunidades; melhores níveis de alimentação; maior resistência às doenças e elevado nível de consumo por parte da população, IDH elevado, expectativa de vida alta, dominio tecnologico e economico mundial. São países que apresentam alto grau de industrialização e também são conhecidos como países de industrialização clássica (pioneiros na industrualização). Os países mais desenvolvidos hoje, se localizam em geral na Europa Ocidental, na América ( Estados Unidos, Canadá), na Ásia (Japão e Coreia do Sul) e na Oceania (Austrália e Nova Zelândia). Apresentam IDH muito elevado. Atenção! Coreia do Sul aparece no grupo dos desenvolvidos em decorrêcia da regionalização norte / sul, mas é um país subdesenvolvido emergente Países Subdesenvolvidos: ao contrário do grupo anterior, as populações dos países subdesenvolvidos apresentam precárias condições de vida com deficiências graves nas áreas de educação e saúde, altas taxas de natalidade e mortalidade, dependência econômica e tecnologica, possuem renda familiar muito baixa, entre outros. Em sua maioria foram Colônias de Exploração e apresentam muito baixo grau de industrialização. São conhecidos também “países periféricos”. Localizam-se em geral na Ásia, América Latina e África (principalmente na SubSaariana). Apresentam IDH Baixo ou Médio. 54 Países Emergentes: vem crescendo economicamente em ritmo bastante acelerado nas últimas décadas. Suas populações estão saindo do estágio de subdesenvolvimento e indo em direção a melhores condições socioeconômicas. São países, como o Brasil, Aregentina,México, Índia, Egito,África do Sul, Taiwan entre outros. Conhecidos como países de Industrialização Tardia, podem estar localizados tanto no continente Africano como na Ásia ou na América Latina. Este grupo, também chamado de países em desenvolvimento, é bastante heterogêneo e apresenta como subgrupos de destaque os Tigres Asiáticos e os BRICs (Brasil, Rússia, India e China). Apresentam IDH variando de médio a elevado. REGIONALIZAÇÃO DE ACORDO COM O IDH Criado pela Organização das Nações Unidas (ONU), o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é muito utilizado na atualidade para classificar os países em desenvolvidos ou subdesenvolvidos. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é o indicador que avalia a qualidade de vida das pessoas em praticamente todos os países, e não considera somente os indicadores econômicos. Além do PIB per capita, o IDH também considera a expectativa de vida e os níveis de alfabetização e taxa de mortalidade. O IDH varia de zero a um. Quanto mais próximo de um maior é o desenvolvimento humano do país. Para se ter uma ideia o Brasil ocupa o 79º lugar, com o IDH 0,744, de um total de 182 países pesquisados pela ONU em 2013. ÁMERICA OU CONTINENTE AMERICANO É banhado, ao norte, pelo oceano glacial Ártico; ao sul, pelo oceano glacial Antártico; a leste, pelo oceano Atlântico; e, a oeste, pelo oceano Pacífico. Com aproximadamente 15 mil quilômetros de extensão no sentido norte-sul, a América é o segundo maior continente do planeta, completamente localizado no hemisfério Ocidental. O continente americano apresenta vários tipos climáticos, paisagens naturais e formas de relevo que o caracterizam como um continente diversificado. Com uma população de quase 1 bilhão de habitantes e uma área territorial de 42.549.00 km², a América é o segundo maior continente (atrás apenas da Ásia) e conta com 14,2% da população mundial. Do ponto de vista geológico, o continente americano é considerado antigo, pois o seu relevo demonstra evidências de que esteja há mais tempo exposto aos agentes externos de transformação (vento, água, chuvas, clima, entre outros). Considerando os aspectos naturaias esse continenete pode ficar assim regionalizado: América do Norte, América Central e América do Sul. entretanto, nosso foco de estudo será a regionalização que considerou criterios socioeconomicos e históricos para essa divisão em América Anglo-Saxõnica (desenvolvida) e América Latina (subdesenvolvida). AMÉRICA LATINA O nome América Latina é derivado das línguas faladas em diversas partes do continente americano. Na América do Norte, somente o México está inserido nesse contexto, além de toda a América Central e do Sul. Isso significa que são países de língua latina, como o português, o francês e o espanhol. Os países que integram a América Latina possuem semelhanças quanto à condição de subdesenvolvimento, tais como economia fragilizada e atrasada, problemas sociais e políticos. 55 A América Latina estende-se desde o México até a Terra do Fogo, no extremo sul da América. Totaliza aproximadamente 20,5 milhões de Km, ou seja, 13,7 % das Terras emersas do Globo, com uma população de 350 milhões de habitantes. RELEVO Norte: Serra Madre Ocidental, Planalto Mexicano. Oeste: Cordilheira dos Andes. Leste: Planalto das Guianas e Planalto Brasileiro. Centro: Planície do Orenoco, Planície Amazônica, Planície Platina. Hidrografia Bacia do Orenoco, Bacia Amazônica, Bacia Platina. Paisagens Clima-Botânicos A América Latina se situa na zona intertropical, predominaram os climas quentes, salvo no extremo sul (Argentina e Chile) e nas áreas montanhosas (Andes). Destacam-se as principais paisagens vegetais: Floresta Amazônica, Cerrado, Caatinga, Pampa ou Estepes e desertos (México, Atacama, Patagônia). População Latino Americanas Elevado crescimento vegetativo, devido à alta motarlidade. Predomínio de jovens, o que representa pesado encargo para os Estados Unidos. Predomínio de mestiços e população rural. Maiores concentrações demográficas: litoral brasileiro, estuário do Prata, Caracas, Santiago, Litoral do Pacífico de Bogotá a Lima, América Central. Principais vazios demográficos estão no interior da América do Sul, como Amazônia e trechos acidentados dos Andes e Patagônia. Economia Latino Americana A agricultura é a base econômica latino-americana, principalmente da América Central, Equador, Colômbia. A América Latina possui grandes riquezas no seu subsolo, destacando-se o Brasil, o México, e países Andinos. O desenvolvimento industrial vem se fazendo lentamente e de maneira desigual entre os diversos países. Brasil, México, Argentina,Venezuela, Chile estão na vandaguarda industrial. Os produtos agrícolas e minerais representam, em geral, mais de 90% do valor das exportações dos países latino-americanos. As importações são, principalmente, de produtos manufaturados. A América latina está assim subdividade: MÉXICO: ENTRE OS PAÍSES RICOS E OS PAÍSES POBRES Com 113,7 milhões de habitantes (estimativa 2011), a população mexicana é predominantemente formada pela miscigenação entre os ameríndios e os colonizadores espanhóis. os mexicanos encontram-se distribuídos de forma irregular: cerca de 75% deles vivem no Planalto do México, que apresentam solos férteis de origem vulcânica e climas que favorecem a ocupação humana. No planalto está localizada a Cidade do México, a capital do país. Com cerca de 19 milhões de habitantes, é o mais populoso centro urbano da América e uma das mais problemáticas regiões metropolitanas do mundo. O Planalto do México é cercado por formações geológicas de maior altitude, que são prolongamentos das Montanhas Rochosas e recebem as denominações de Serra Madre Ocidental, 56 e Serra Madre Oriental, O clima frio nos trechos mais elevados inibe a ocupação humana. No noroeste do país, a presença de desertos contribui para as baixas densidades demográficas da região. A religiao predominante o cristianismo 95,9% (dados de 2010). A desnsidade demografica média é de 58 hab./km2, o crescimento demográfico: 1,5% ao ano e taxa de analfabetismo: 7,2% Um problema social com reflexos diretos na queda do índice de crescimento demográfico é a emigração, legal e ilegal, para os Estados Unidos. Pelas estatísticas oficiais, o México perde aproximadamente 300 mil pessoas por ano – a maioria, jovens em idade de ter filhos. No entanto, como muitos dos que partem são ilegais, os números da emigração são baseados nas remessas de dinheiro para as famílias que permaneceram no país. Essas remessas chegam a 16 bilhões de dólares por ano, mais do que o país arrecada com as exportações petrolíferas O México apresenta uma estrutura produtiva diversificada, com várias atividades agropecuárias, mineradoras e industriais. O petróleo constitui o principal produto de exportação, e o turismo apresenta-se como uma importante fonte de renda para o país. Em decorrência dos baixos salários no campo e da concentração de terras, muitos trabalhadores rurais mexicanos migram para os Estados Unidos com o intuito de trabalhar nas safras agrícolas. Alguns deles realizam a chamada migração de transumância: vão para o país vizinho durante a época da colheita, por exemplo, e regressam após o término do trabalho. Esses trabalhadores são conhecidos como braceros. A industria acelerou-se a partir da segunda metade do século XX, com a entrada no país de capital estrangeiro, atraído pela mão- de- obra e matériais-primas baratas. Empresas transnacionais, sobre tudo dos Estados Unidos, passaram a dominar o parque industrial mexicana. As atividade industrial está concentrada em grandes centros urbanos, como a Cidade do México, Guadalajara, Monterrey, Veracruz e Tampico. Os setores que predominantes são o têxtil, o alimentício, o automobilístico, o petroquímico, o siderúrgico e o metalúrgico. O extrativismo mexicano destaca-se na produção de diversos recursos naturais: prata (segundo maior produtor mundial), ouro, chumbo, ferro, gás natural, cobre e petróleo. O petróleo, principal produto de exploração do país, é extraído de uma extensa área no Golfo do México, por uma grande empresa estatal denominada Petróleos Mexicanos Pemex). Apesar de o México dispor de extensas reservas e estar entre os maiores produtores mundiais de petróleo, seu produto é muito pesado e exige refinação especial para a obtenção de subprodutos, como a gasolina e o óleo diesel, o que eleva os custos de produção. AMÉRICA CENTRAL A América Central é composta por duas porções, a Continental: está situada entre a américa do norte e américa do sul, formada por sete países: El salvador, Belize, Costa Rica, Honduras, Guatemala, Panamá, Nicarágua e a Insular: é formado por diversas ilhas situadas no Oceano Atlântico, formando o mar das Antilhas ou mar do Caribe. Algumas ilhas pertencem a outros países de outros continentes. As principais são: cuba, Jamaica, Haiti, República Dominicana e Porto Rico. Os aspectos físicos são demarcada ao norte pela Península de Iucatã, que fica no México, e ao sul pela Colômbia, demarcando também a oeste com o Oceano Pacífico e a leste com o Oceano Atlântico. Ela tem uma área de 540.000 km². O relevo é recente e montanhoso, e pode apresentar terremotos e vulcões. É formado por planícies litorâneas e planaltos interiores. Já o clima predominante é o tropical, quente e úmido, com uma corrente marítima, que influencia nas variações de temperatura e quantidades de chuva e a rede hidrográfica possui rios curtos e torrenciais, que ficam cheios em épocas de chuva. O potencial hidrelétrico não é muito explorado devido ao baixo nível de industrialização e urbanização. 57 Formação étnica do continente é bem diversificada. Na parte ístmica do país predominam os mestiços originados da mistura de índios e brancos espanhóis. Já a parte insular tem uma população em maior número de negros e brancos europeus. A A América Central é bem povoada, com cerca de 100 hab./km2 e o crescimento demográfico também é bastante elevado devido à queda da mortalidade e o aumento da natalidade. Aspectos Econômicos Na América Central, a agricultura é a base da economia. Os produtos mais cultivados e exportados são: café, algodão, açúcar, fumo, cacau, banana e carne. O extrativismo mineral também é uma atividade importante na América Central, mas este setor não se destaca muito, pois os recursos minerais metálicos estão limitados neste continente, apenas a Jamaica se destaca como uma das maiores produtoras de bauxita. Na porção continental o setor do turismo vem crescendo com muita força, contribuindo assim para a economia dos países istmos. O setor industrial ainda está no início do seu desenvolvimento e por isso contribui pouco com o PIB, mas alguns países já se destacam neste ramo, como Cuba, que possui um centro industrial bastante diversificado, onde se destaca os setores de têxtil, cigarros, açúcar, siderurgia e metalurgia. Cuba é o único país do continente americano com sistema econômico socialista. Atualmente, cuba e Brasil tem reforçado seus laços comerciais. Cuba e Brasil querem fortalecer parceria econômica, diz jornal cubano O Brasil é o sexto maior parceiro comercial de Cuba, o primeiro fornecedor de alimentos, e um dos grandes destinatários de medicamentos e vacinas cubanas Leia mais em: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/economia/2013/05/07/internas_economia,3646 68/cuba-e-brasil-querem-fortalecer-parceria-economica-diz-jornal-cubano.shtml <último acesso, julho de 2014 AMÉRICA ANDINA A América Andina é a região que se estende na Cordilheira dos Andes, na porção oeste do Continente Sul Americano, desde a Venezuela até o Chile. A região, com grandes cadeias de montanhas e planaltos de altitudes elevadas compreende aproximadamente 7 500 quilômetros de extensão, com 300 quilômetros de largura e altitudes superiores a 7 000 metros. Na América Andina estão localizados os chamados países andinos, são eles: Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia e Chile. A região concentra uma população de aproximadamente 144 milhões de habitantes, formada por índios, mestiços e brancos de origem espanhola. Aspectos Físicos A Cordilheira dos Andes interrompe a Planície Litorânea do Pacífico, que são estreitas e úmidas ao norte do Chile, árida no litoral do Peru. São porções formadas pelos desertos de Atacama e de Sechura. A Cordilheira dos Andes é uma cadeia montanhosa que teve sua formação geológica no período Terciário. É dotada de vulcões e está submetida a terremotos, vai desde o Mar das Antilhas até a terra do Fogo, atingindo aproximadamente 8.000 Km2. A economia destes países é baseada, principalmente, na agricultura (principalmente voltada para a exportação), no extrativismo (mineral e vegetal), pesca (principalmente Peru e Chile) e indústria (principalmente bens de consumo). O PIB (Produto Interno Bruto) somado dos países da 58 América Andina é de cerca de US$ 800 bilhões (estimativa 2011). Grande parte das cidades mais populosas está localizada na região litorânea, vales andinos e altiplanos. As regiões metropolitanas de maior destaque são: Bogotá (Colômbia), Santiago do Chile (Chile) e Lima (Peru). São comuns problemas sociais como: analfabetismo, subnutrição e precariedade na área de saúde. Há uma grande diminuição da taxa de mortalidade e um aumento da taxa de natalidade, resultando num crescimento vegetativo considerável, juntamente ao processo veloz de urbanização. AMÉRICA PLATINA A América Platina é formada por três países: Paraguai, Uruguai e Argentina; e esses são banhados pelos rios Paraná, Paraguai e Uruguai. São assim conhecidos, porque os colonizadores que ai chegaram, acreditavam que iam encontrar muita prata além disso são cortados pelos rios que formam o rio Prata e compõem a Bacia Platina. O fator de ligação entre esses países é o Mercosul. O Paraguai: é o país mais pobre do Mercosul, devido a falta de uma saída para o mar. Seu território é parte da rota do tráfico de drogas e comércio ilegal. Possui como base econômica a agricultura. A sua atual situação é resultado de uma sucessão de perdas e conquistas territoriais. Uma das primeiras perdas territoriais foi na guerra do Paraguai, e o resultado foi a quase total destruição do país, a morte de quase toda população masculina e a perda da força de trabalho no país. O Brasil e a Argentina mantêm comércio com o Paraguai, tanto legal como ilegal. O comércio ilegal é uma importante fonte de renda para economia paraguaia. Outra importante fonte de renda do Paraguai é a venda de energia elétrica produzida na hidrelétrica de Itaipu para o Brasil. O Uruguai é um país que possui indicadores sociais semelhantes aos dos países europeus (Elevado IDH, baixa natalidade e baixo índice de analfabetismo). A base de sua economia é a pecuária e a agricultura. Mais de 40% da população está concentrada na capital. O Uruguai é o menor país platino, com ótimas condições sociais para a maioria da população. Cerca de 91% da população uruguaia vive nas cidades. Com a integração internacional como fornecedor de produtos agropecuários, houve o crescimento econômico que atraiu imigrantes europeus para o país. O Uruguai é conhecido como “Suíça sul-americana” devido as suas condições sociais com elevado padrão de vida e até mesmo, na presença de bancos que não exigiam a origem do dinheiro lá depositado. A atual constituição tende a consolidar a estabilidade política. A economia voltou a crescer. O Uruguai exporta bastante para a Argentina e o Brasil, o turismo também tem contribuído para esse aumento. Montevidéu foi escolhida capital financeira do Cone Sul. A Argentina é uma das três nações mais industrializadas da América Latina. Possui Buenos Aires como capital. Um terço da população argentina vive em Buenos Aires. É a terceira maior cidade da América Latina. Regionalmente está dividida em: Pampas, Patagônia, Chaco, Mesopotâmia e Puna. Pampas: dominam a porção oriental do país. Possui relevo plano com muitas ondulações. Os climas são o subtropical e temperado úmido. Os solos são férteis e aproveitados para vários cultivos. É a região de menor concentração populacional. As principais cidades são Buenos Aires, Rosário, Santa Fé e Córdoba. 59 Patagônia: é uma região localizada no extremo-sul da Argentina. Possui clima frio e há pouca ocupação humana. A região produz 75% do petróleo argentino, também produz gás natural e pratica-se a pecuária de ovinos. Bahía Blanca é o centro petroquímico. Chaco: é uma região fronteiriça com o Paraguai. Predomina-se uma extensa planície, onde se desenvolve a pecuária extensiva de bovinos. Mesopotâmia: é outra região que a agropecuária se destaca. Está localizado entre os rios Paraná e Uruguai. Destaca-se a produção de algodão, milho e erva-mate. Puna: está localizada na região noroeste do país. É a região mais pobre do país. Possui clima semiárido que obriga o uso de sistema de irrigação na agricultura. Nela vivem muitos indígenas. A Argentina possui importantes questões geopolíticas: Brasil: A rivalidade com o Brasil é tradicional. Teve como base os conflitos territoriais, principalmente pelo território do Uruguai. Atualmente esses conflitos têm diminuído, porém a rivalidade econômica vem aumentando cada vez mais pelo fato desses dois países fazerem parte do mesmo bloco econômico, o Mercosul; Chile: Disputa por áreas fronteiriças (terras do extremo-sul); Reino Unido: Conflito pela posse das ilhas Falkland; Uruguai: Desacordos quanto ao uso econômico das regiões de fronteira; Crise Argentina: Ocasionada pelos novos planos econômicos implantados no Brasil e na Argentina que pregavam a supervalorização do peso e do real em relação ao dólar, o que ocasionou um saldo negativo, pelo fato de ocorrer mais importações do que exportações. A população também deixou de comprar produtos nacionais, optando pelos internacionais que eram mais baratos e tecnológicos. A população se revoltou com o governo o que ocasionou uma grave crise econômica interna. A Argentina conseguiu se recuperar economicamente, porém os padrões de vida pós-crise, nunca voltaram a serem os mesmos. GUIANA, SURINAME E GUIANA FRANCESA A palavra guiana é uma derivação do vocábulo indígena guyana, que significa “terra de muitas águas”. Os três territórios são banhados pelos rios Orenoco, Amazonas, Negro e pelo Oceano Atlântico. Localizados no norte América do Sul, diferenciam-se dos demais países sulamericanos, sobretudo por seu passado colonial estar associado a ingleses, holandeses e franceses. GUIANA Cerca de 80% do território guianense, que tem 214.083 km², é recoberto por florestas. A população se caracteriza pela diversidade étnica e cultural, sendo constituída por negros, indígenas, europeus, chineses e mestiços. A atividade industrial é pouco desenvolvida e o padrão devida da população é baixo. Na região costeira se concentram parte dos dos cerca de 750 mil habitantes do país. SURINAME Com uma área de 163.820 km², o reduzido território do Suriname apresenta relevo caracterizado pela ocorrência de colinas no centro e no sul e uma vasta planície no norte. A maioria dos 449 mil habitantes vive no litoral, na capital Paramaribo, principal cidade do país. No país há uma população oriunda da miscigenação étnica, além de indígenas, paquistaneses, javaneses, indonésios, chineses e japoneses. Apenas 1% dos habitantes descende dos colonizadores holandeses. GUIANA FRANCESA A Guiana Francesa é um departamento ultramarino da França, com um território de 91.000 km² e uma população de 187 mil habitantes. Cerca de 90% do território da Guiana Francesa é coberto por florestas. A população é composta de diversas etnias, descendentes diretos ou miscigenados dos seguintes povos: africanos, europeus, chineses, vietnamitas e uma minoria de 60 árabes e indígenas. A maioria dessa população vive nas cidades litorâneas, sobretudo em Caiena, capital. CONTINENTE ASIÁTICO O continente asiático é o maior e mais populoso continente do mundo. São 4,3 bilhões de habitantes distribuídos em 44.479.000 km² e 50 países, apresentando, também, as maiores densidades demográficas (número de habitantes por km²) do planeta. É banhado por três oceanos: a leste pelo Pacífico, ao norte pelo Glacial Ártico e ao Sul pelo Índico. Em sua porção oeste, além de fazer fronteira com a Europa, é delimitado também pelo Mar Mediterrâneo e Mar Vermelho. O relevo asiático é bastante variado. Curiosamente, possui o ponto mais alto e o ponto mais baixo da Terra, que são, respectivamente, o Monte Everest (8.848m acima do nível do mar) e o Mar Morto (392m abaixo do nível do mar). O Everest, na verdade, faz parte de uma cadeia de montanhas denominada por Cordilheira do Himalaia, fruto do choque entre duas placas tectônicas. Existem também outros agrupamentos de relevo do mesmo tipo, como os Montes Urais, os Montes Zagros e vários outros. Além disso, há alguns planaltos e vários desertos, sendo o maior deles o Deserto de Gobi, na China. Os climas predominantes são o siberiano, o mediterrâneo, o desértico e o de monções. Esse último ocorre no litoral da Índia e acontece em virtude das diferenças de pressão atmosférica entre a parte continental e a parte oceânica próxima ao continente, ocasionando fortes chuvas e fortes secas alternadamente durante o ano. Economicamente, os principais países da Ásia são o Japão e a China. Esse último, juntamente com a Índia, vem registrando os maiores índices de crescimento do mundo. A Rússia também exerce um papel importante não só no plano econômico, mas também no plano político, graças ao fato de esse país ser o principal herdeiro da extinta União Soviética, herdando dela boa parte de seu arsenal nuclear. Apesar disso, o principal ponto de tensão políticomilitar no continente é a região do Oriente Médio, onde as disputas territoriais entre nações e a cobiça por parte de vários países pelo Petróleo (abundante na região) vêm gerando vários conflitos ao longo dos últimos anos. Outro ponto de tensão é entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul.A partir dessas caraterísticas gerais, podemos notar que a Ásia é, verdadeiramente, o continente dos contrastes, tanto no clima, quanto no relevo, nos costumes, nas religiões e nas etnias. AS REGIÕES ASIÁTICAS E SUAS CARACTERÍSTICAS MARCANTES: a) Ásia Setentrional: localiza-se na Zona Glacial Ártica, abrangida pela Rússia em toda a sua extensão leste-oeste. A hidrografia da Ásia Setentrional é formada por rios extensos, como a geração de energia elétrica em seus trechos de planalto ao sul. Boa parte dos cursos de água permanece congelada durante o inverno. A região é ocupada por campos de exploração de petróleo e gás, além de grandes plantações agrícolas que se beneficiam do solo tchernozion, rico em nutrientes. b) Sudeste Asiático: é constituída por: Península da Indochina, localizada entre o Golfo de Bengala e o Mar da China Meridional; Península Malaia, entre o Estreito de Málaca e o Mar da China; Arquipélago da Insulíndia, que se estende do Oceano Índico ao Oceano Pacífico. É nessa região que predomina o regime das Monções. fenômeno onde o clima é condicionado por massas de ar que ora viajam do interior do continente para a costa, monção continental, ora da costa para o continente, monção marítima. Devido às diferenças de temperatura e pressão das massas de ar sobre o continente e o mar, o clima de países como a Índia e o Paquistão é inteiramente afetado 61 pelo regime das monções. Durante o verão, que vai de junho a agosto, o calor aquece rapidamente a aparte continental essa absorve calor bem mais rápido do que o oceano (a terra pode chegar a 45ºC). Com o aquecimento da terra, as massas de ar sobre o continente também ficam mais quentes e sobem dando lugar a uma rajada de ventos vindos do oceano Índico, que, como toda massa de ar que se forma sobre os oceanos, vem carregada de umidade. Essa umidade é despejada sobre o continente com chuvas torrenciais que podem durar dias. Esse é o período das monções marítimas que todo ano causam enchentes nessas regiões. Já no inverno ocorrem um longo período de estiagem. No sudeste Asiático há tanto países continentais (Vietnã, Laos, Camboja, Tailândia, Mianma, Malásia e Cingapura) como países insulares (Indonésia, Brunei, Filipinas e Timor Leste). A Insulíndia (Arquipélago Malaio ou Ásia do Sudeste Insular) abriga a Indonésia, onde há grande incidência de vulcões e terremotos. O clima da região é equatorial e tropical. c) Ásia Central: a região é composta de cinco países situados a leste do Mar Cáspio: Cazaquistão, Uzbequistão, Turcomenistão, Tadjiquistão e Quirguistão, nos quais predominam populações eslavas e de origem turca, estas últimas majoritariamente muçulmanas. A Ásia Central é marcada por conflitos entre etnias, agravadas no passado pela relação comercial desigual com a Rússia. Somados ao clima desfavorável para a agricultura, esses conflitos favoreceram o surgimento de economias e estruturas sociais precárias, marcadas pela instabilidade política e pela miséria da população. d) Oriente Médio: compreende países habitados principalmente por árabes de maioria muçulmanas: Arábia Saudita, Iraque, Síria, Jordânia, Líbano, Iêmen, Omã, Emirados, Árabes Unidos, Catar, Barein e Kuait. As populações do Irã e do Afeganistão, embora de maioria islâmica, têm origem persa. Israel, com população majoritariamente judaica, e a Turquia são exceções. No interior da região, entre os rios Tigres e Eufrates, destaca-se a Planície da Mesopotâmia, de grande valor histórico-cultural. Quase toda a região é constituída por desertos, as temperaturas variam de mais de 40ºC durante o dia a menos de 10ºC à noite. Essas características climáticas são um dos fatores que levaram a população a concentrar-se em cidades como Damasco (Síria) e Riad (Arábia Saudita), localizadas nos raros pontos do Oriente Médio em que as águas subterrâneas afloram à superfície, formando os oásis. Outra característica muito marcante no Oriente Médio é os grandes conflitos geopolíticos, em cuja origem está a disputa por um território em que árabes e judeus consideram ter direitos históricos. e) Ásia Meridional: ou subcontinente Indiano caracteriza-se por abrigar povos indianos e indochineses. Os países que a compõem são: Índia, Sri Lanka, Paquistão, Nepal, Butão e Bangladesh. A região apresenta três grandes unidades de relevo: a Cordilheira do Himalaia, o Planalto do Decã, a Planície Indo-Gangética. f) Extremo Oriente: região com grande variedade de paisagens, agrupa. A China. O Japão, a Coreia do Norte, a Coreia do Sul, Taiwan e a Mongólia.É nessa região que há a maior produção petrolífera, especialmente no Golfo Pérsico Em linhas gerais, o Extremo Oriente apresenta um bom nível de desenvolvimento. A região abrange a segunda maior potência econômica do planeta (o Japão) e o país de crescimento mais acelerado do século XXI (a China). Coreia do Sul e Taiwan também se destacam pelo dinamismo de suas economias. e) Qual a região de maior produção petrolífera? 62 CONTINENTE AFRICANO A África é o segundo continente em extensão territorial. É considerado o berço da humanidade, pois em seus limites foram encontrados os fósseis mais antigos de nossa espécie. O continente africano é o único continente a ser cortado por três dos cinco paralelos da Terra: Linha do equador, Trópico de Câncer e trópico de capricórnio é três vezes maior que o europeu. 75% do seu território está situado entre os Trópicos de Câncer e Capricórnio. No continente africano estão localizados 54 países Na geografia do continente se destacam dois dos maiores rios do mundo: Nilo e Congo, e também dois dos maiores desertos do mundo: Saara e Kalahari. Há predomínio de planaltos no relevo africano. O ponto mais elevado do continente é o Monte Kilimanjaro com 5.895 m, localizado na Tanzânia. No campo socioeconômico, o continente se destaca por apresentar os piores indicadores socioeconômicos do mundo, assim como conflitos étnicos que levam a guerras quase que intermináveis. N geográficas Tendo como base o deserto do Saara, O continente está dividido em duas áreas distintas: África Islâmica ou África Branca (norte do continente) – Marcada por população árabe, religião islâmica, idioma árabe, de pele clara e países ricos em petróleo. Destaques para: Argélia - grande exportador mundial de petróleo (membro da Opep), com um parque industrial importante. Líbia - (grande produção de petróleo) Egito - (o segundo país mais industrializado da África) África Subsaariana ou Negra É a África dos povos negróides que abrange uma grande variedades de etnias formando uma heterogeneidade das mais complexas. Uma região considerada a menos desenvolvida no mundo, os indicadores sociais são os piores, exceto, a Africa do Sul, que está na categoria dos países emergente. É uma regão marcada por condições precárias de vida, composta por 800 milhões de habitantes – 83% do total, onde a maioria vive com menos de 1 dólar por dia. Essa área geográfica situa-se ao sul do deserto do Saara. Na economia predomina as monoculturas tropicais. CONFLITOS ATUAIS NA ÁFRICA O continente africano é marcado por uma séries de conflitos que tem como causa principal o processo de colonização pelo países europeus que ocuparam e fizeram a divisão territorial do território segundo seus interesses. Desprezaram as diferenças etnicas, culturais e a rivalidade entre muitas tribos. Além disso, o baixo nível socioeconômico de muitos países e à instalação de governos ditatoriais e corruptos. Na Ruanda, Mali, Senegal, Burundi, Libéria, Congo e Somália, são por diferenças étnicas, Serra Leoa, Somália e Etiópia são questões territoriais, já na Argélia e Sudão são questões religiosas, além de tantas outras politicas ditatoriais como a do Apartheid na África do Sul que durou de 1949 a 1990. Merecem destaque: África do Sul e Nigéria – Grande exportador mundial de petróleo e único país da África Subsaariana membro da OPEP. África do Sul – situada ao sul do continente africano, possui três capitais: Pretória (administrativa), Cidade do Cabo (legislativa) e Bloemfontein (judiciária), mas a cidade mais importante é Johannesburgo, principal centro comercial, industrial e financeiro. Destaque também 63 para a Cidade do Cabo, ambas são os principais centros urbanos, além de promoverem a maior concentração industrial do país. Além disso, a África do Sul, tem o maior parque industrial, constituindo 35% do total da produção industrial do continente, rica em recursos minerais (ouro e diamante) e considerada um país emergente. Os recursos minerais da África do Sul – incluindo minerais estratégicos utilizados nas indústrias de tecnologia de alto nível – sempre despertaram o interesse e a cobiça de nações estrangeiras. Assim, há anos, grande parte da atividade mineradora sul-africana é realizada por empresas transnacionais. Operam no país principalmente empresas britânicas, norte-americanas e alemãs, cabendo aos britânicos o primeiro lugar em investimentos diretos na economia sulafricana. Mas, a partir da década de 1960, os investimentos norte-americanos na África do Sul cresceram de forma considerável. Além dos fortes vínculos econômicos, financeiros e comerciais com os Estados Unidos, a África do Sul ainda mantém relações de interesse econômico com a Europa, principalmente com os países da União Européia (UE) e Brasil. A QUESTÃO DO APARTHEID NA ÁFRICA DO SUL Apartheid (significa "vidas separadas" em africano) era um regime segregacionista que negava aos negros da África do Sul os direitos sociais, econômicos e políticos. Embora a segregação existisse na África do Sul desde o século VXII, quando a região foi colonizada por ingleses e holandeses, o termo passou a ser usado legalmente em 1948. No regime do apartheid o governo era controlado pelos brancos de origem europeia (holandeses e ingleses), que criavam leis e governavam apenas para os interesses dos brancos. Aos negros eram impostas várias leis, regras e sistemas de controles sociais. Entre as principais leis do apartheid, podemos citar: Proibição de casamentos entre brancos e negros - 1949. Obrigação de declaração de registro de cor para todos sul-afriacanos (branco, negro ou mestiço) - 1950. Proibição de circulação de negros em determinadas áreas das cidades - 1950 Determinação e criação dos bantustões (bairros só para negros) - 1951 Proibição de negros no uso de determinadas instalações públicas (bebedouros, banheiros públicos) - 1953 Criação de um sistema diferenciado de educação para as crianças dos bantustões - 1953 Este sistema vigorou até o ano de 1990, quando o presidente sul-africano tomou várias medidas e colocou fim ao apartheid. Entre estas medidas estava a libertação de Nelson Mandela, preso desde 1964 por lutar com o regime de segregação. Em 1994, Mandela assumiu a presidência da África do Sul, tornando-se o primeiro presidente negro do país. GLOBALIZAÇÃO A globalização é um fenômeno moderno que surgiu com a evolução dos novos meios de comunicação cada vez mais rápidos e mais eficazes, e é um dos processos de aprofundamento da integração econômica, social, cultural e política, com o barateamento dos meios de transporte e comunicação dos países do mundo, no final do século XX e início do século XXI. É um processo gerado pela necessidade da dinâmica do capitalismo de formar uma aldeia global, que permita maiores mercados para os países centrais cujos mercados internos já estão saturados. 64 ORIGENS DA GLOBALIZAÇÃO E SUAS CARACTERÍSTICAS Muitos historiadores afirmam que este processo teve início nos séculos XV e XVI com as Grandes Navegações e Descobertas Marítimas. Neste contexto histórico, o homem europeu entrou em contato com povos de outros continentes, estabelecendo relações comerciais e culturais. Porém, a globalização efetivou-se no final do século XX, logo após a queda do socialismo no leste europeu e na União Soviética. O neoliberalismo, que ganhou força na década de 1970, impulsionou o processo de globalização econômica. Com os mercados internos saturados, muitas empresas multinacionais buscaram conquistar novos mercados consumidores, principalmente dos países recém saídos do socialismo. A concorrência fez com que as empresas utilizassem cada vez mais recursos tecnológicos para baratear os preços e também para estabelecerem contatos comerciais e financeiros de forma rápida e eficiente. Neste contexto, entra a utilização da Internet, das redes de computadores, dos meios de comunicação via satélite etc. Os tigres asiáticos (Hong Kong, Taiwan, Cingapura e Coréia do Sul) são países que souberam usufruir dos benefícios da globalização. Investiram muito em tecnologia e educação nas décadas de 1980 e 1990. Como resultado, conseguiram baratear custos de produção e agregar tecnologias aos produtos. Atualmente, são grandes exportadores e apresentam ótimos índices de desenvolvimento econômico e social. O COMÉRCIO NA ECONOMIA GLOBAL Desde o final da Segunda Guerra, o processo de mundialização se intensificou, devido aos avanços das relações comerciais. A necessidade de reconstrução econômica levou os países europeus a desenvolver novos eixos de exportações e importações, além de aprimorar os já existentes. A própria guerra havia demonstrado a intensidade da interdependência mundial, e essa mesma consciência foi a responsável pela criação da ONU. O comércio internacional é a principal fonte de divisas para um país, e o objetivo é manter a balança comercial favorável, ou seja, exportar mais do que se importa. O mesmo se aplica à chamada balança de pagamentos, um indicador mais abrangente que a balança comercial, pois, além das trocas comerciais, envolve a troca internacional de serviços, como empréstimos e pagamento de royalties, que são os direitos sobre o uso de marcas. Com a acelerada internacionalização da economia nas últimas décadas, no entanto, as barreiras alfandegárias na maior parte das vezes representam um obstáculo ao desenvolvimento do capitalismo. As grandes empresas, principalmente as transnacionais, necessitam de espaços cada vez maiores, pelos quais possam fazer circular livremente bens, serviços e capitais. GLOBALIZAÇÃO NA COMUNICAÇÃO A globalização das comunicações tem sua face mais visível na internet, a rede mundial de computadores, possível graças a acordos e protocolos entre diferentes entidades privadas da área de telecomunicações e governos no mundo. Isto permitiu um fluxo de troca de ideias e informações sem critérios na história da humanidade. Se antes uma pessoa estava limitada a imprensa local, agora ela mesma pode se tornar parte da imprensa e observar as tendências do mundo inteiro, tendo apenas como fator de limitação a barreira linguística. Outra característica da globalização das comunicações é o aumento da universalização do acesso a meios de comunicação, graças ao barateamento dos aparelhos, principalmente celulares e os de infraestrutura para as operadoras, com aumento da cobertura e incremento geral da 65 qualidade graças a inovação tecnológica. Redes de televisão e imprensa multimídia em geral também sofreram um grande impacto da globalização. Um país com imprensa livre hoje em dia pode ter acesso, algumas vezes por televisão por assinatura ou satélite, a emissoras do mundo inteiro. Cada vez mais, ligando as pessoas e espalhando as ideias, formando assim uma grande Aldeia Global. EFEITOS NA INDÚSTRIA E SERVIÇOS Os efeitos no mercado de trabalho da globalização são evidentes, com a criação da modalidade de outsourcing (terceirização) de empregos para países com mão-de-obra mais baratas para execução de serviços que não é necessário alta qualificação, com a produção distribuída entre vários países (fabricação em escala global), seja para criação de um único produto, onde cada empresa cria uma parte, seja para criação do mesmo produto em vários países para redução de custos e ganhar vantagem competitivas no acesso de mercados regionais. CIDADÃO GLOBALIZADO – UM NOVO PERFIL NO MERCADO DE TRABALHO Com todas as mudanças no mercado de trabalho, temos que tomar muito cuidado para não perder espaço. As mudanças estão acontecendo com muita rapidez. O cidadão para segurar o emprego ou conseguir também tem de ser manter em constante atualização, ser aberto e dinâmico. Para sobreviver nesse mundo novo, precisamos estar em sintonia com os demais países e também aprendendo coisas novas todos os dias. Ser especialista em determinada área, mas não ficar restrita a uma determinada função, porque ela pode ser extinta de uma hora para outra. É preciso atender a requisitos básicos, como o domínio do computador, de outros idiomas, como por exemplo, saber ler, falar e entender a língua inglesa é fundamental dentro deste contexto, pois é o idioma universal e o instrumento pelo qual as pessoas podem se comunicar, e mais do que tudo é preciso não ter preconceito em relação a essas mudanças. A FORMAÇÃO DOS GRANDES BLOCOS ECONÔMICOS Com a economia mundial globalizada, a tendência comercial é a formação de blocos econômicos. Estes são criados com a finalidade de facilitar o comércio entre os países membros. Adotam redução ou isenção de impostos ou de tarifas alfandegárias e buscam soluções em comum para problemas comerciais. Em tese, o comércio entre os países constituintes de um bloco econômico aumenta e gera crescimento econômico para os países. Geralmente estes blocos são formados por países vizinhos ou que possuam afinidades culturais ou comerciais. Esta é a nova tendência mundial, pois cada vez mais o comércio entre blocos econômicos cresce. Economistas afirmam que ficar de fora de um bloco econômico é viver isolado do mundo comercial. Entre os principais blocos econômicos da atualidade, podemos destacar a União Europeia, a Nafta (Acordo de Livre Comércio da América do Norte), o MERCOSUL (Merca do Comum do Sul, do qual o Brasil faz parte) e a Apec (Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico). A União Europeia (UE) foi oficializada no ano de 1992, através do Tratado de Maastricht. Este bloco é formado pelos seguintes países: Alemanha, França, Reino Unido, Irlanda, Holanda (Países Baixos), Bélgica, Dinamarca, Itália, Espanha, Portugal, Luxemburgo, Grécia, Áustria, Finlândia e Suécia. Este bloco possui uma moeda única que é o EURO, um sistema financeiro e bancário comum. Os cidadãos dos países membros são também cidadãos da União Europeia e, portanto, podem circular e estabelecer residência livremente pelos países da União Europeia. 66 A União Europeia também possui políticas trabalhistas, de defesa, de combate ao crime e de imigração em comum. A UE possui os seguintes órgãos: Comissão Europeia, Parlamento Europeu e Conselho de Ministros. O MERCOSUL (Mercado Comum do Sul) foi oficialmente estabelecido em março de 1991. É formado pelos seguintes países da América do Sul: Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina. Futuramente, estuda-se a entrada de novos membros, como o Chile e a Bolívia. O objetivo principal do MERCOSUL é eliminar as barreiras comerciais entre os países, aumentando o comércio entre eles. Outro objetivo é estabelecer tarifa zero entre os países e num futuro próximo, uma moeda única. 2013 incorporação plena da Venezuela e suspensão do Paraguai. Fazem parte do NAFTA (Tratado Norte-Americano de Livre Comércio) os seguintes países: Estados Unidos, México e Canadá. Começou a funcionar no início de 1994 e oferece aos países membros vantagens no acesso aos mercados dos países membros. Estabeleceu o fim das barreiras alfandegárias, regras comerciais em comum, proteção comercial e padrões e leis financeiras. Não é uma zona livre de comércio, porém reduziram tarifas de aproximadamente 20 mil produtos. A APEC (Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico) foi criada em 1993 na Conferência de Seattle (Estados Unidos da América). Integram este bloco econômico os seguintes países: Estados Unidos da América, Japão, China, Formosa (também conhecida como Taiwan), Coreia do Sul, Hong Kong (região administrativa especial da China), Cingapura, Malásia, Tailândia, Indonésia, Brunei, Filipinas, Austrália, Nova Zelândia, Papua Nova Guiné, Canadá, México, Rússia, Peru, Vietnã e Chile. Somadas as produções industriais de todos os países, chega-se a metade de toda produção mundial. Quando estiver em pleno funcionamento (previsão para 2020), será o maior bloco econômico do mundo. GLOBALIZAÇÃO E A ATUAL DIVISÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO A expressão ‘divisão internacional’ do trabalho diz respeito à posição dos países no mercado e no processo produtivo global, bem como à dinâmica dos padrões de acumulação de capital no contexto planetário. No atual contexto de globalização, a expressão ‘nova divisão internacional do trabalho’ tem sido usada para designar as mudanças no mercado, na distribuição de capital e das empresas, bem como no fluxo da força de trabalho entre os países, especialmente a relação ‘centro-periferia’. Ou seja, a relação países capitalistas desenvolvidos, países emergentes e países pobres ou com pouco potencial competitivo na economia global (Henk, 1988). GLOBALIZAÇÃO E O MEIO AMBIENTE As consequências ambientais da globalização e da implantação da nova ordem mundial do pós-guerra são catastróficas. A crise ambiental que ameaça o futuro do planeta tem sua origem justamente na expansão capitalista promovida pela globalização. Para a economia globalizada continuar crescendo são necessários cada vez mais consumidores, ainda que não consumam sequer o mínimo necessário a uma vida digna. O aumento do consumo por aqueles que já dispõem do necessário para viver é uma necessidade constante, que é estimulada por campanhas publicitárias, mensagens subliminares e por um sistema que valoriza as pessoas pelo seu poder de compra e não pela essência de cada ser. 67 Planejamento familiar, soluções coletivas para aquisição de bens e serviços (incluindo o transporte coletivo), formas alternativas de produção, estímulo à produção familiar de alimentos, entre outros, contrariam a lógica do mercado global e por isso não são fomentados pelos governos e instituições públicas capturados pelas corporações. Para que essa máquina continue girando é preciso que se disseminem padrões de comportamento altamente consumistas. No mundo dominado pelos interesses corporativos a demanda por matéria prima e energia é crescente. Isso resulta em exploração insustentável dos recursos naturais, geração de resíduos em progressão geométrica, poluição e contaminação ambientais crescentes, avanço progressivo sobre áreas naturais, escassez de água, destruição de habitats com consequente redução na biodiversidade, incremento na emissão de gases de efeito estufa, etc. A partir de agora iniciaremos os estudos dos países desenvolvidos: América Anglo-Saxônica, continente europeu, Japão e Oceania AMÉRICA DESENVOLVIDA OU AMÉRICA ANGLO-SAXÔNICA Considerando a formação histórica e cultural da América, o continente americano divide-se em duas grandes regiões: a América Latina e a América Anglo-Saxônica. A denominação América Latina deve-se ao fato de que os países dessa região foram colonizados por três povos latinos: espanhóis e portugueses – predominantemente – e franceses. Por outro lado, o Canadá e os Estados Unidos foram colonizados, predominantemente, por ingleses, que são povos de origem anglo-saxônica. Esses dois países compõem, portanto, a América Anglo-saxônica. Tanto os Estados Unidos quanto o Canadá estão entre as nações do mundo mais desenvolvidas socioeconomicamente. Além disso, os Estados Unidos são a maior potência militar do planeta. Com tudo isso, será que podemos dizer que os Estados Unidos são a nação mais rica e bem sucedida do mundo? A dimensão territorial da América desenvolvida favorece a existência de um quadro natural bem diversificado. Apresenta vegetações como a (tundra com clima frio e floresta temperada), (estepe e pradaria com clima semiárido), (vegetação desértica com clima desértico), (savana com clima subtropical), (vegetação de altas montanhas com clima frio) e ausência de vegetação com clima polar. Os principais fatores naturais que influenciam as características climáticas da América são: latitude, correntes marítimas, efeitos da continentalidade Relevo: apresenta grande variação entre as duas costas da América do Norte. Na costa do oceano Pacífico, a oeste, está as Montanhas Rochosas (formações recentes e elevadas). Segue-se uma grande planície central e, na costa do oceano Atlântico, a sudeste, estão formações antigas e desgastadas. Hidrografia: Foz do Rio Mississippi, em Nova Orleans, Louisiana, Estados Unidos. A América Anglo-Saxônica possui uma enorme região lacustre no nordeste, na fronteira dos Estados Unidos com o Canadá − a chamada região dos Grandes Lagos. Como verdadeiros lagos interiores, os lagos Superior, Michigan, Erie e Ontário, em meio a muitos outros menores, ocupam uma área tão vasta quanto à do estado brasileiro de São Paulo. Ligam ao oceano Atlântico pelo rio São Lourenço. No que se refere à extensão, merecem destaque na América Anglo-Saxônica, além do rio São Lourenço, o Mississipi, o Missouri, o Mackenzie, o Hudson (que passa pela cidade de Nova Iorque), o Colúmbia, o Colorado, o Grande (já nos limites dos Estados Unidos com o México) entre outros. Cerca de um terço do território dos Estados Unidos é drenado pela bacia dos rios 68 Mississipi-Missouri que, situada a oeste dos Apalaches e a leste das Rochosas, ocupa o centro do país de norte a sul. GEOGRAFIA DOS ESTADOS UNIDOS Cultura É inegável a influência cultural que os Estados Unidos exercem. Seus filmes, músicas e programas televisivos são conhecidos por todo o mundo. Essa difusão da cultura americana se dá através de veículos de comunicação em massa, como canais, seriados, músicas e principalmente o cinema, que transmitem um modelo ou padrão a ser seguido, transmitindo ao mundo o “american way of life” (estilo americano de viver). Economia Os Estados Unidos é a maior potência mundial, isso não há como contestar. A maioria dos países sonha em se igualar a ele no futuro. Um dos países mais visitados, com alta taxa de empregabilidade, referência mundial em muitos assuntos, os Estados Unidos são vistos como o país perfeito e molde para os países subdesenvolvidos. Em constante mudança e ritmo acelerado, a economia dos Estados Unidos é tida como a maior do mundo. Com a expansão em vários setores, ela só tende a crescer. Embora a crise iniciada em 2008, faça com que o país enfrente problemas de ordem financeira como a iniciada no período anteriormente citado decorrente do excesso e abuso na concessão de hipotecas, a desvalorização do dólar, junto com outros fatores, e União Europeia ter ultrapassado o PIB dos EUA, em 2009, não foi suficiente para desestabilizá-lo e nem tirá-lo do primeiro lugar Seus principais parceiros comerciais são Canadá, México, Japão, China e Taiwan Industrialização Os principais produtos fabricados nos Estados Unidos são computadores e softwares, produtos eletrônicos, equipamentos de transporte (aviões, veículos motorizados, trens e navios), produtos químicos (fertilizantes, remédios), alimentos, maquinário industrial, produtos de metal, produtos de plástico, siderurgia, material impresso, petróleo e derivados e móveis. Detroit é a capital da indústria automobilística dos Estados Unidos; A região central dos Estados Unidos é uma grande produtora de ferro e aço, veículos motorizados e maquinário industrial; A indústria siderúrgica é a maior do mundo - sediada em Pittsburgh e em Cincinnati. Vale do Silício (na Califórnia), desenvolvimento de computadores e softwares em geral. Polo da indústria de alta tecnologia é Pittsburgh, robótica e de biotecnologia. Atlanta, Dallas, Seattle e Wichita são grandes centros da indústria aeroespacial. A maioria das fábricas da Boeing - a maior empresa fabricadora de aviões em geral do mundo - localizam-se em Seattle. Tecnopolos São centros tecnológicos que reúnem diversos institutos, centros de pesquisa, empresas e universidades. Os tecnopolos têm o objetivo de facilitar a criação e o melhoramento de produtos e técnicas. Estes produtos e técnicas serão, por sua vez, absorvidos pela indústria de alta tecnologia que se instala nos mesmos lugares ou cidades 69 Os primeiros tecnopolos foram criados nos Estados Unidos. Tudo começou quando a Intel, juntamente com a Universidade de Stanford, na Califórnia, e a Universidade da Califórnia, em Los Angeles, criaram um polo de desenvolvimento tecnológico na área de computação e informática. Esse polo ficou conhecido como Vale do Silício, ou Silicon Valley. Agricultura A agricultura norte-americana é essencialmente comercial, voltada tanto para o mercado interno como para o externo. O governo destina elevadas somas de dinheiro para a agricultura e pesquisa, utilizam técnicas modernas, abundante mecanização, sementes selecionadas, fertilizantes. Outra característica da agricultura, são os cinturões agrícolas, os Belts, que consiste uma agricultura especializada de um ou mais produtos de acordo com o tipo de solo e clima. Mas as novas técnicas de correção do solo e aclimatação de sementes estão aos poucos rompendo as lavouras naturais. Assim, na região dos Grandes Lagos e do nordeste dos EUA, predominam culturas destinadas a abastecer a grande população urbana, como as de verduras e legumes. Na mesma região com a mesma finalidade criam-se aves e gado leiteiro. As regiões áridas são aproveitadas para a pecuária extensiva, porém já existem muitas culturas irrigadas no oeste do território. Hoje os Estados Unidos têm o primeiro lugar na produção de milho, soja, algodão e frutas cítricas (laranja), têm o 2º lugar na produção de trigo, cevada, beterraba açucareira e na criação de bovinos e suínos. O PODER BÉLICO ESTADUNIDENSE E A ONU Como os Estados Unidos se tornaram essa grande potência militar? Tudo teve início com a sua participação decisiva, ao lado da ex-União Soviética, na Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Tal participação fez desses dois países as potências hegemônicas do mundo, até 1991. Oponentes políticos, eles passaram a buscar territórios para que pudessem exercer influência política e econômica. Com o fim da União Soviética, em 1991, os Estados Unidos tornam-se a única superpotência do mundo, detentora de enorme poderio militar. Sem um grande adversário, o país passou a intervir em questões e conflitos locais ou mundiais, buscando soluções que, muitas vezes, atendem somente a seus interesses particulares, exercendo forte pressão sobre instituições internacionais, como é o caso da ONU. DEFESA: Efetivo total: 2,3 milhões de soldados (2008). Gastos: US$ 612,6 bilhões (4,06% do PIB - 2011) - 1º do mundo. Bases e instalações militares no exterior: 865 em 150 países (2008). A ONU – Organização das Nações Unidas, instituição criada em 1945, logo após o término da Segunda Guerra Mundial, tem como objetivos manter a paz, defender os direitos humanos e as liberdades fundamentais e promover o desenvolvimento dos países. É constituída, hoje, por 193 países. Compõe-se de diversos organismos, com destaque para: a Assembleia Geral, o Conselho de Segurança, a OMS (Organização Mundial de Saúde), a OIT (Organização Internacional do Trabalho) e a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). PROBLEMAS SOCIOECONÔMICOS E AMBIENTAIS Um dos graves problemas da sociedade norte-americana é o Racismo que atinge os imigrantes e, principalmente, os negros. Apesar de a discriminação racial contra os negros ser considerada crime nos Estados Unidos desde 1964, a segregação ainda persiste. Além disso, mesmo sendo uma potência mundial, a pobreza se manifesta nesse país, principalmente entre os hispânicos e negros, 70 muitos até vivem abaixo da linha de pobreza. Outro problema é a questão da imigração ilegal apesar dos esforços para coibir a imigração. Atualmente dois terços dos imigrantes estão legalmente no país, seja como cidadãos naturalizados ou como residentes permanentes regularizados por lei (portadores do chamado green card). Essa mudança demográfica, impulsionada pela imigração, tem grandes implicações nos gastos governamentais em setores importantes como educação, assistência à saúde, infraestrutura e previdência social. Outro fator relevante diz respeito ao meio ambiente. Os combustíveis consumidos por automóveis e caminhões são responsáveis pela emissão de 67% do monóxido de carbono - CO, 41% dos óxidos de nitrogênio - NOx, 51% dos gases orgânicos reativos, 23% dos materiais particulados e 5% do dióxido de enxofre - SO2. Além disso, o setor de transportes também é responsável por quase 30% das emissões de dióxido de carbono - CO2, um dos principais responsáveis pelo aquecimento global. A concentração de dióxido de carbono na atmosfera tem aumentado cerca de 0,4% anualmente; Blocos Econômicos O Nafta, ou Acordo de Livre Comércio da América do Norte (em inglês, North American Free Trade Agreement), Esse bloco econômico surgiu da necessidade de os Estados Unidos enfrentarem a concorrência econômica da União Europeia. A Apec (Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico foi criada em 1989 com o objetivo de estabelecer uma zona de livre-comércio entre todos os seus integrantes, até 2020. A Apec é formada por países localizados na Ásia e/ou banhados pelo Oceano Pacífico, constituindo, assim, um bloco muito heterogêneo e que conta com a presença de dois dos maiores centros de poder – Japão e Estados Unidos – e da China, cuja economia é a que mais cresce no mundo atual. O volume de comércio realizado pelos países-membros desse bloco representa quase 50% do total mundial. ESPAÇO CANADENSE Dono de uma vasta extensão territorial, o Canadá possui uma população de pouco mais de 33 milhões de habitantes, uma densidade demográfica de cerca de 3hab/km2. Sua população está muito mal distribuída pelo território do país, estando 90% de seus habitantes concentrados junto à fronteira com os Estados Unidos, de sua costa leste a sua costa oeste. O centro-norte do país é bastante vazio, devido ao clima muito rigoroso, ao isolamento geográfico e à presença de extensas florestas de coníferas, que se constituem em uma das principais riquezas nacionais. O Canadá é um país desenvolvido, com IDH elevado, classificando-se entre os países de melhor qualidade de vida do mundo. O Canadá possui duas línguas oficiais: o inglês, língua de 57,2% dos canadenses, e o francês, língua de 21,8% da população. Entretanto, 19,7% dos canadenses têm outra língua além do inglês ou do francês, como, por exemplo, italiano, chinês, alemão, português, polonês, espanhol, árabe, holandês, ucraniano, holandês, grego. A cultura indígena é a única verdadeira cultura nativa do Canadá, já que todos os outros canadenses são originariamente imigrantes. Eles começaram a chegar ao Canadá no século XVII, trazendo consigo seus modos de vestir, hábitos alimentares e costumes. No início do século XX, o Canadá abriu suas portas para a imigração de toda a parte do mundo. Em 1988, o Governo sancionou o Ato do Multiculturalismo, que reconhece oficialmente a natureza multicultural da sociedade canadense. Com colonização inglesa e francesa, o país é, oficialmente, bilíngue: tem o inglês e o francês como línguas oficiais. O movimento separatista na província de Quebec ameaça à integridade territorial do Canadá. Os francos canadenses queixam-se de injustiças políticas, econômicas e 71 sociais praticadas pela maioria de origem inglesa que domina o país. Outro problema do país decorre do fato de a economia canadense estar intimamente ligada à norte-americana. Apesar desses impasses no território canadense é um país que tem uma ótima qualidade de vida. ECONOMIA CANADENSE A riqueza mineral do solo canadense é a principal responsável pelo desenvolvimento econômico do país, que possui jazidas de ferro, petróleo, gás natural, urânio, ouro, prata, níquel, cobre, molibdênio, zinco, amianto, entre outros. O Canadá está entre os maiores produtores mundiais de zinco e níquel. Esses recursos naturais, além de serem exportados, proporcionaram subsídios para o desenvolvimento industrial do país. Com extensas áreas de floresta boreal (aproximadamente 48% do território), o Canadá é grande produtor de papel, celulose e madeira, abrigando indústrias que atuam nesse segmento de forma sustentável, sendo a maioria da produção destinada aos Estados Unidos. O governo local incentiva programas de reflorestamento, garantindo, assim, matéria-prima para a continuidade das atividades vinculadas à madeira. A agropecuária, por sua vez, é dotada de alto desenvolvimento tecnológico e é altamente mecanizada. A produção de cereal, sobretudo de trigo, responde por mais da metade das exportações desse segmento econômico. O setor industrial é bastante diversificado e desenvolvido. Os principais polos localizam-se nas cidades com maior contingente populacional: Toronto, Montreal, Vancouver, Ottawa, Edmonton e Québec. Esses centros urbanos abrigam indústrias de papel, metalurgia, química, petroquímica, mineradoras, telecomunicações, aeroespacial, informática, têxtil, alimentícia, entre outras. RELAÇÕES ECONÔMICAS ENTRE CANADÁ E ESTADO UNIDOS Desde 1994, o país, juntamente com Estados Unidos e México, integra o Nafta (Acordo de Livre Comércio da América do Norte). Esse bloco fortaleceu ainda mais as relações comerciais entre canadenses e estadunidenses, visto que a economia do Canadá está totalmente vinculada à dos Estados Unidos, que são os principais investidores e importadores de seus produtos – aproximadamente 80% das exportações canadenses são destinadas aos EUA. CONTINENTE EUROPEU A Europa é um continente que faz fronteira com a Ásia, a leste; é banhada pelo Oceano Glacial Ártico, ao Norte; pelo Atlântico, a Oeste; e pelos mares Mediterrâneo e Negro ao Sul, fazendo fronteira com o Oriente Médio através do Estreito de Bósforo (confira o mapa). Localiza-se totalmente no Hemisfério Norte do planeta e, ao mesmo tempo, nos Hemisférios Ocidental e Oriental. Por estar geograficamente “colada” com a Ásia, muitos se referem a esse bloco continental como Eurásia. Durante muitos anos (desde o século XVI), a Europa foi considerada como o principal centro econômico e científico do mundo, perdendo esse posto durante o século XX. Na verdade, essa liderança não pertencia ao continente europeu como um todo, mas sim a algumas potências econômicas da região, com destaque para a Inglaterra e a França. Apesar da relativa baixa desses países em face de economias como a dos Estados Unidos e a da China, a Europa possui o maior e mais poderoso bloco econômico do mundo, a União Europeia. Esse bloco diferencia-se dos demais por ser o único a garantir a livre circulação de bens, mercadorias e pessoas, além de ter uma moeda própria: o euro, adotada por quase todos os países-membros. Se observarmos atentamente o mapa acima, poderemos ver que a Europa mais parece uma “colcha de retalhos”, pois ela possui um grande número de países em um pequeno espaço. No 72 total, são 50 países espremidos em cerca de 10.500.00 km², algo pouco maior que o território brasileiro. Isso se deve às constantes guerras e disputas políticas que ocorreram nessa região ao longo da história, em que as inúmeras etnias existentes buscaram por suas independências e construíram os seus respectivos Estados Nacionais. Apesar disso, ainda existem muitos povos cuja nação não possui pátria, como o povo catalão, cujo território pertence à Espanha. O relevo da Europa é predominantemente de planície e pouco acidentado. Mas em alguns locais existem algumas cadeias de montanhas, como os Alpes. O clima é predominantemente temperado continental e oceânico. A Europa é considerada importante por ter sido a responsável pela colonização da maior parte do mundo restante. Foi nesse continente que surgiu a maioria dos nossos costumes, uma vez que, ao colonizar e invadir outros territórios, os europeus impuseram o seu tipo de civilização. Apesar de ser considerada a cientificamente mais avançada (a ciência moderna também surgiu na Europa), foi nesse continente que as maiores guerras da história da humanidade ocorreram. UNIÃO EUROPEIA A UE (União Europeia) é um bloco econômico, político e social de 28 países europeus que participam de um projeto de integração política e econômica. Os países integrantes são: Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Croácia, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos (Holanda), Polônia, Portugal, Reino Unido, República Tcheca, Romênia e Suécia. Macedônia, Croácia e Turquia encontram-se em fase de negociação. Estes países são politicamente democráticos, com um Estado de direito em vigor. Para o funcionamento de suas funções, a União Europeia conta com instituições básicas como o Parlamento, a Comissão, o Conselho e o Tribunal de Justiça. Todos estes órgãos possuem representantes de todos os países membros. Os países membros da União Europeia e os 19 países de maiores economias do mundo fazem parte do G20. Os países da União Europeia também são representados nas reuniões anuais do G-8 (Grupo dos Oito) observação: atualmente a Rússia está suspensa do bloco (2014). Portanto, na atualidade denomina-se G7 Objetivos da União Europeia: - Promover a unidade política e econômica da Europa; Melhorar as condições de vida e de trabalho dos cidadãos europeus; - Melhorar as condições de livre comércio entre os países membros; - Reduzir as desigualdades sociais e econômicas entre as regiões; - Fomentar o desenvolvimento econômico dos países em fase de crescimento; Proporcionar um ambiente de paz, harmonia e equilíbrio na Europa. CEI - ORIGEM E OBJETIVOS A CEI (Comunidade dos Estados Independentes) é uma organização intergovernamental composta por 11 das 15 ex-repúblicas que formavam a União Soviética. Estes países possuem laços políticos, econômicos e militares A CEI não é um bloco econômico, pois não há acordos e políticas comerciais comuns entre os países membros. Além de não haver integração econômica, não há também legislação comercial comum, assim como redução ou isenção de tarifas alfandegárias entre os países membros. Foi criada em 8 de dezembro de 1991, pelo acordo de Minsk. Foi instituída pelo Tratado de Alma-Ata, em 21 de dezembro de 1991, no Cazaquistão. Os acordos de livre comércio que ocorrem geralmente são bilaterais. A criação da CEI teve como um dos principais objetivos manter 73 os laços e relações de cooperação entre os novos países que se tornaram independentes da União Soviética, porém com forte influência do país mais poderoso do bloco, a Rússia. A criação da CEI foi importante para a descentralização do poder na região, além de colaborar para a consolidação da democracia nas ex-repúblicas soviéticas. REGIONALIZAÇÃO E ECONOMIA EUROPEIA Europa Ocidental: entre os países da Europa ocidental destacam-se a Espanha, França e o Reino Unido. Estes possuem uma população cerca de 196 milhões de habitantes, ou seja, trata-se de uma região muito populosa e povoada. Bélgica, Holanda e Luxemburgo compõem uma das regiões mais industrializadas do mundo, junto com esses países destaca-se Benelux. Nessa região além da indústria destacam-se a produção de energia, a extração de minerais, o cultivo de cereais e a atividade turística, com destaque para Mônaco. Europa Setentrional: a base econômica é a indústria, também se destacando o minério de ferro, o grande potencial hidráulico para a produção de energia elétrica, e a grande produção de madeira de papel e celulose. Quanto à pecuária, o destaque é a criação de bovinos que não é muito desenvolvida na região por causa do clima frio; e, quanto às produções agrícolas, destacam-se o cultivo de cereais, batata e beterraba açucareira. Europa Oriental: A Europa Oriental tem também sua economia baseada na indústria, produção de energia e de minerais. Sendo que alguns países estão enfraquecidos por estarem passando por uma fase de transição entre o socialismo e o capitalismo. Os destaques da indústria oriental são a de Moscou e São Petersburgo. Na agropecuária a maior parte de seu espaço é ocupada por cereais, principalmente o trigo. Especificamente na pecuária destaca-se a criação de rebanhos bovinos, suínos e ovinos. Europa Central: em relação à economia, essa região destaca-se na indústria de equipamentos, com forte concentração siderúrgica e mecânica, mas com grande destaque para a Alemanha, com indústrias siderúrgicas, maquinaria, química, automobilística e eletrotécnica, É também, uma das áreas mais ricas em jazidas carboníferas. Europa Meridional: A Europa Meridional também tem sua economia baseada na indústria, destacando-se a Itália, que tem grande potencial no setor petroquímico e siderúrgico com grande influência de outros países como o EUA. Na agricultura da Europa Meridional destaca-se o cultivo de cereais, trigo milho e beterraba açucareira. Nessa região a pecuária não é muito desenvolvida principalmente por causa do clima. XENOFOBIA NA EUROPA Casos xenofóbicos têm tido repercussão internacional. As mortes por motivo de xenofobia têm se tornado pauta de agências nacionais e supranacionais, as quais buscam reprimir esse tipo de intolerância social. Mas por que a xenofobia tem aumentado? Por que na Europa? Xenofobia é entendida como aversão ao imigrante, iria se tornar cada vez mais patente nos países desenvolvidos. Isso devido, basicamente, às diferenças socioculturais existentes entre pessoas de países diferentes e, principalmente, à relação tensa entre os trabalhadores dos países ricos e os estrangeiros, vindos de países mais pobres, que disputam os mesmos postos de trabalho, além disso, há o medo da perda de identidade. Uma das razões que torna mais latente esse sentimento xenofóbico é a questão da baixa ou quase nula taxa de natalidade. Atualmente a 74 população que mais cresce na Europa é a terceira idade, em decorrência do aumento da longevidade. Portanto não há uma reposição da população, consequentemente falta mão-de-obra. A partir de então, os governos desses países ricos passaram a criar medidas legais e até mesmo barreiras físicas (muro na fronteira dos Estados Unidos com o México, muro na cidade de Celta, Espanha), de modo a dificultar cada vez mais a entrada de imigrantes. JAPÃO ÁREA: 372.819 km² CAPITAL DO JAPÃO: Tóquio POPULAÇÃO: 127,4 milhões MOEDA DO JAPÃO: iene O Japão está situado no extremo oriente do planeta. Encontra-se no continente asiático, mais precisamente no leste, sendo um arquipélago, e é uma das principais potências econômicas do mundo. Quanto ao clima, predomina o temperado continental (Norte) e subtropical (Sul). O Japão se encontra na zona temperada e no extremo nordeste da região atingida pelo clima de monções. Sofre grande maritimidade, devido a sua posição geográfica, com grandes massas de ar carregadas de umidade, explicando a elevada pluviosidade (1.000 mm anuais). As chuvas abundantes e o clima temperado produzem vegetação rica que favorece a agricultura. Suas quatro estações são bem definidas, com dois períodos chuvosos antes e depois do verão. No inverno, o Japão sofre influência das mais frias massas de ar do mundo: a massa de ar da Sibéria. Em Asahikawa e Hokkaido, por exemplo, a temperatura já atingiu até 41 graus abaixo de zero e a média de temperatura no mês de janeiro é de 8,5 graus negativos. Já no verão é regido pela massa de ar mais quente do mundo: a massa de ar do Pacífico norte – a temperatura mais alta já registrada no Japão foi de 40,8 graus na cidade de Yamagata. O clima do Japão, no verão, ao mesmo tempo em que é muito úmido, sofre períodos contínuos de sol relativamente sem chuvaNorte (Hokkaido) - clima temperado frio, com longos meses de Inverno, influenciado pela corrente fria Oya Shivo; Vegetação: A vegetação caracteriza-se pelo predomínio de florestas, que cobrem a maior parte dos conjuntos montanhosos do país, tornando-o uma das nações mais arborizadas do mundo. Diversos tipos de vegetação crescem quase espontaneamente nas várias regiões do país, devido ao fato de seu território incluir regiões pertencentes às zonas subtropicais, temperada e fria, e possuir água em abundância. A Hidrografia é caracterizada por com cursos fluviais de pequeno porte, devido à pequena extensão das ilhas. No entanto, são intensamente aproveitados, destacando-se a irrigação e a produção de energia elétrica. O relevo caracteriza-se pela sua irregularidade, com predomínio de montanhas, que se orientam, de norte a sul, na área central das diferentes ilhas. Existem numerosos vulcões (54 em atividade) em decorrência desse país estar localizado numa das zonas geologicamente mais ativas da Terra, o que está, também, na origem de numerosos sismos e maremotos (tsunamis) que ocorrem no país. Como grande potência econômica, possui a terceira maior economia do mundo em PIB nominal (considera os valores do ano que o produto foi produzido e comercializado). É a quarta maior em poder de compra e o quarto maior exportador importador do mundo, além de ser o único país asiático membro do G8. O país mantém uma força de segurança moderna e ampla, utilizada para autodefesa e para funções de manutenção da paz. O Japão possui um padrão de vida muito alto (10º maior IDH), com a maior expectativa de vida do mundo (de acordo com estimativas da 75 ONU e da OMS) e a terceira menor taxa de mortalidade infantil. O país também faz parte do G20, grupo formado pelas 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia. ANTÁRTICA A descoberta deste continente foi a última grande aventura da exploração do globo terrestre. O norueguês Roald Amundsen e o inglês Robert Falcon Scott foram os primeiros a alcançar o Polo Sul. Na atualidade 26 países possuem bases de pesquisas cientificas na Antártica. A Antártica com 14 milhões de km2 é formada por uma grande calota de gelo com espessura de até 4 km, com um volume estimado em 30% das reservas de água doce do planeta. As temperaturas são sempre baixas, com os ventos violentos e tempestades de neve o ano todo. A menor temperatura registrada no planeta foi na base russa de Vostok (-89 GRAUS CELSIUS). O ponto mais elevado do continente é o Monte Vinson com 5.140m de altitude. O continente é o principal regulador térmico do Planeta, controla as circulações atmosféricas e oceânicas, influenciando o clima e as condições de vida na Terra. O Tratado da Antártida - que regulamenta o uso do continente Antártico - foi firmado em 1º de dezembro de 1959 e envolveu países interessados em explorar ou pesquisar a região e proíbe até 2047 a exploração econômica de seus recursos minerais (petróleo, ferro, carvão, cobre e manganês). Também regulamenta e controla as atividades humanas o local: turismo e pesquisa As atividades humanas mais significativas no continente Antártico referem-se à pesquisa científica e a pesca de um tipo de crustáceo conhecido como krill semelhante ao camarão. OCEANIA A Oceania é um continente localizado ao sudeste da Ásia, banhado pelos oceanos Índico e Pacífico. É o menor dentre os continentes, o mais isolado e, por isso, o último a ser descoberto e conquistado pelos europeus, sendo por isso chamado de “novíssimo mundo”. A maior parte de suas terras, cerca de 94%, é território da Austrália, sendo a única porção de terras de dimensões continentais desse local. Os outros 6% estão divididos em milhares e milhares de ilhas. No total, são 14 países e 38 milhões de habitantes, distribuídos em uma área de 8.480.000 km². A Austrália, além de ser o maior país em dimensões territoriais, é também o mais desenvolvido econômico e socialmente, possuindo o terceiro maior Índice de Desenvolvimento Humano do planeta. Sidney, a capital do país, é a maior, mais populosa e mais desenvolvido cidade do continente. A porção de ilhas que compõem a Oceania é regionalizada em Melanésia, Micronésia e Polinésia. Em tradução literal, esses nomes significam, respectivamente, “ilhas habitadas por negros”, “pequenas ilhas” e “muitas ilhas”. Observe o mapa abaixo para conferir essa divisão: O continente é considerado de formação geológica recente, de forma que grande parte do seu relevo é de origem vulcânica e sofreu em menor escala as ações dos agentes externos de transformação do solo e das rochas. Por se encontrar no limite entre duas placas tectônicas, inúmeras regiões apresentam registros de terremotos. Por se tratar de um conjunto de ilhas, a maioria dos animais da Oceania é endêmica, ou seja, só existem nesse lugar do mundo, sendo, por isso, ameaçados constantemente de extinção. Dentre eles, podemos destacar o Canguru e o Demônio da Tasmânia. A maioria das ilhas e locais que fazem parte desse continente é de grande beleza, com paisagens verdadeiramente exuberantes. Não por acaso, a principal atividade econômica da maioria desses países é o turismo. Outras atividades importantes são a pesca e a agricultura. 76 A Nova Zelândia, segunda nação mais rica do continente, possui elevado nível de industrialização (alimentício, transformadoras, metalúrgica, siderúrgica, petroquímica, etc.). Também abriga grandes reservas de petróleo, carvão e gás natural. Outro destaque da economia nacional são os rebanhos de ovinos, caprinos, bovinos e suínos, impulsionando a produção de lã, carne e laticínios. A Austrália baseia-se no setor primário e mesmo a indústria é muito vinculada à manufatura de alimentos, principalmente gado. Além disso, a Austrália é importante fornecedora de alimentos para o Japão, com o qual realiza grande troca comercial. Mas há ainda indústrias de alta tecnologia, na área química, na siderúrgica e na petroquímica. O setor de serviços também é muito grande, principalmente sob a forma do turismo. 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