geografia - NEEJA Caxias do Sul

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geografia - NEEJA Caxias do Sul
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NEEJA
NÚCLEO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E
ADULTOS
CAXIAS DO SUL – 4ª CRE Rua Garibaldi,
660 – Centro CEP – 95080-190
Fone Fax 3221-1383
E-mail – [email protected]
ENSINO FUNDAMENTAL
COMPONENTE CURRICULAR
GEOGRAFIA
MÓDULO ÚNICO
JANEIRO 2016
1
AO FINAL DO MÓDULO O ALUNO DEVERÁ ATINGIR OS SEGUINTES OBJETIVOS

Que o discente compreenda o objeto de estudo da geografia e sua relação com o seu
cotidiano;

Desenvolver o senso espacial complexo;

Relacionar a cartografia com os modernos aparelhos de localização digital

Desenvolver senso critico acerca das conquistas espaciais humanas e suas consequencias
no ambiente socio-cultural.

Compreender o significado de clima, microclima e suas consequências sobre a saúde
humana, bem como sua influencia sobre a fauna e flora.

Compreender a essencialidade da agua para a existencia de ecossistemas complexos ou
simples e sua vulnerabilidade à acão industrial humana. tornando-se crítico ao discurso da poluição
ambiental, aquecimento global e medidas politico-culturais a ele relacionados.

Distinguir ordenadamente conceitos de : país, nação e estado;

Compreender o espaço do territorio brasileiro, sua diversidade etnica e de fauna e flora
relacionando-os com a amplitude espacial.

Desenvolver o senso critico na analise de problematicas polico-ambientais (poluição
atmosférica, desmatamentos, invasões de terras e novas tecnologias de agropecuária)

Verificar adequadamente as mudanças socio-cotidianas efetivas à globalização. a
distribuição da informação a nível do espaço nacional.

compreender a relação causa-efeito dos atuais espaços “geoeconômicos” nacionais.

Compreender as razões históricas para a reginalização do território nacional brasileiro

Compreender as diferenças regionais fundadas na diversidade climática, de fauna e flora.

“os muitos brasis”: Desenvolver o senso critico ante as desigualdades socioeconomicas no
terrritorio brasileiro

Desenvolver a comprrenção acerca do elemento “indigena” na sociedade, cultura e história
do brasil.

Compreender as mudanças mundiais apartir da queda do muro de berlim. sua reorganização
geográfica.

Distinguir as principais diferencas entre o capitalismo e o socalismo.
compreender os fundamentos das divisões socio-economicas em: paises do sul, norte, paises
emergentes, paises desenvolvidos e subdesenvolvidos.

Compreender as raízes e evolução histórica da globalização. desenvolver senso critico
quanto a utilização dos modernos recursos tecnos, digitais, nanotecnológicos nos meios de
comunicação de massa, cotidiano e escolar.

Compreender e distinguir as realidades continentais relacionando-as com as dimensões
historicas, climáticas, cultural, políticas e econômicas.

Verificar a influência da onu e dos grupos financeiros nas questões internacionais de saude,
guerra, leis, sistemas políticos, religiosos entre outros.
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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA GEOGRAFIA
A Geografia é uma ciência humana que estuda relações entre a natureza e o ser humano.
Seu objeto de estudo é o espaço. E por intermédio do espaço a Geografia busca conhecer a
natureza, as ações e os movimentos que a sociedade realiza envolvendo os aspectos econômicos,
sociais, culturais, políticos e ambientais. O espaço, para a Geografia, é formado sobre um substrato
natural, o qual é constantemente modificado e utilizado por nós.
O ESPAÇO GEOGRÁFICO
Como o espaço geográfico é produzido, organizado e modificado? Esse espaço é
constituído pela paisagem em transformação e pelo desenvolvimento da sociedade que o
transforma. Esse desenvolvimento ocorre continuamente ao longo do tempo por intermédio do
trabalho, das relações entre as pessoas e o meio ambiente.
Paisagem: “É tudo aquilo que nós vemos, ou seja, que a nossa visão alcança. É o domínio
do visível e invisível, ou seja, não são apenas volumes, mas também cores, movimentos, odores,
sons etc. Porém a paisagem está em constantes mudanças, pois é o resultado de adições e
subtrações, marcando a historia do trabalho e das técnicas ao logo da existência humana.
A paisagem pode ser classificada como natural (somente elementos naturais sem atuação
do homem) ou cultural (apropriada e transformada pelo trabalho humano).
Antigamente, assim como nas sociedades indígenas, os seres humanos utilizavam a
natureza apenas para garantir a sua subsistência, mas o aumento populacional, o avanço
tecnológico e o crescimento das cidades geraram necessidades de construir espaços diferentes,
tanto nas cidades quanto no campo.
Todos os elementos de uma paisagem estão sujeitos à intervenção humana de alguma
forma. Isso vai depender dos interesses da época, da tecnologia disponível e da cultura de cada
sociedade
O importante é sempre lembrar que os elementos da paisagem se inter-relacionam - as
pessoas atuam sobre a paisagem, e os seus elementos (clima, relevo, vegetação, rios, lagos)
atuam sobre as pessoas. Mas devemos estar sempre atentos a preservação ambiental. Podemos
usar os recursos disponíveis na natureza, mas de forma consciente. Isso se chama
desenvolvimento sustentável (modelo que visa suprir as necessidades atuais da humanidade, sem
colocar em risco a capacidade das gerações futuras de também o fazerem).
De acordo com a agenda 21, viver de forma sustentável é aceitar o dever de buscar a
harmonia com as outras pessoas e com a natureza. A humanidade não pode tirar mais da natureza
além do que ela pode repor, ou seja, precisamos adotar estilos de vida e caminhos de
desenvolvimento que respeitem os limites naturais, sem que se rejeitem os benefícios trazidos pela
tecnologia moderna.
DESENFREADO DA HUMANIDADE
http://www.atitudessustentaveis.com.br/artigos/animacao-chama-atencao-ao-consumodesenfreado-da-humanidade/
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REPRESENTAÇÃO DO ESPAÇO GEOGRÁFICO
Há muito tempo, a humanidade se preocupa em representar, de alguma forma, os lugares
que conhece. Registrar caminhos e lugares sempre foi uma preocupação do ser humano, por
causa da necessidade de conhecer melhor a superfície terrestre. Para satisfazer a necessidade de
conhecer o mundo que vivemos, o homem criou os mapas que são representações planas da
Terra. À medida que ampliou seus conhecimentos sobre os diferentes lugares do nosso planeta,
aperfeiçoou também a técnica de fazer mapas a qual denominou de cartografia (“arte de
levantamentos, construção e edição de mapas e cartas de qualquer natureza”).
Para representarmos um lugar é necessário localizá-lo no espaço geográfico. Portanto
precisamos de uma orientação e pontos de referência.
A palavra orientação vem de Oriente (lado onde o sol “aparece”). Os pontos de referência são
marcos que nos auxiliam na localização espacial. Em uma cidade esses pontos podem ser: nomes
de ruas, bairros, praças, igrejas, viadutos, entre outros.
OBS: marcos também pode ser entendido como símbolo de um lugar ou acontecimento importante.
Ex. uma igreja pode ser um marco de referência para localização e ao mesmo tempo um marco da
fundação de uma cidade.
Todos os mapas devem ter uma indicação de orientação voltada para o norte. Assim
podemos saber qual a direção devemos seguir. Mas para entendermos melhor é preciso conhecer
e utilizar as direções representadas na rosa-dos-ventos, os pontos cardeais e colaterais. Veja o
exemplo a seguir
A rosa-dos-ventos é uma figura que indica as direções para orientação espacial. Os pontos
cardeais são: Norte (N), Sul (S), Leste (L) e Oeste (O), já os colaterais estão entre duas direções:
Entre o Norte e o Leste temos Nordeste (NE)
Entre o Norte e o Leste temos Noroeste (NO)
Entre o Sul e o Leste temos Sudeste (SE)
Entre o Sul e o Oeste temos Sudoeste(SO)
O Norte pode ser chamado também de setentrional ou Boreal, o Sul de Meridional ou
Austral, o Leste de Oriente ou Nascente e o Oeste de Ocidente ou Poente. Um exemplo do uso
desses sinônimos pode ser assim: Quando alguém mora no sul de uma determinada cidade
podemos dizer que a pessoa mora na parte meridional da cidade.
Nem sempre temos um mapa ou algum instrumento de orientação para nos localizarmos.
Nesse caso temos que recorrer aos astros para nos orientarmos. Vejamos: o sol sempre aparece
no mesmo lado do horizonte, ou seja, a leste, e se põe no oeste. Se apontarmos o braço direito
para a nascente, teremos o esquerdo para o poente, o norte a nossa frente e o sul atrás. Mas se
for à noite? Bem, ai teremos que proceder da mesma forma, localizando onde a lua surge e nos
posicionando da mesma forma como se fosse o sol. Podemos ainda nos orientar pelas estrelas, se
estivermos no hemisfério sul, nossa referência é o Cruzeiro do Sul e no hemisfério norte a
constelação Estrela Polar.
Além dos astros, existem diversos aparelhos que proporcionam orientações precisas de qualquer
ponto da superfície terrestre, desde os mais antigos como a bússola e o astrolábio - determinava a
altura das estrelas em relação ao horizonte favorecendo a localização das embarcações em altomar através de vários cálculos. Hoje, temos radares e GPS. Outro recurso que temos com dados
precisos em graus, minutos e segundos são as coordenadas geográficas, essa nos permite saber o
endereço preciso de qualquer ponto na superfície terrestre.
As coordenadas são linhas i traçadas no sentido horizontal e vertical sobre a representação
cartográfica.Linhas que aparecem nesse sentido no mapa são chamadas de paralelos que nos
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determinam as latitudes. A latitude determina o afastamento medido em graus de qualquer ponto
da Terra até a Linha do Equador. A variação em graus é de 0 0 a 900 no sentido norte e também ao
sul. Quando as linhas aparecem nesse sentido
são chamadas de meridianos que nos dão a
longitude. A longitude determina o afastamento medido em graus de qualquer ponto da Terra até o
Meridiano de Greenwich e a variação em graus é de 0 0 a 1800, tanto para leste quanto para oeste
Para localizarmos qualquer ponto na superfície terrestre usamos essas linhas imaginárias.
Quando um paralelo e um meridiano
se cruzam, temos uma coordenada geográfica, ou seja, o
endereço de um determinado ponto que nos interessa saber na superfície terrestre. Os principais
paralelos são: Circulo Polar Ártico, Trópico de Câncer, Equador, Trópico de Capricórnio e Circulo
Polar Antártico.
A LINGUAGEM E OS TIPOS DE MAPAS
Você sabe qual a importância dos mapas na nossa vida? Através deles podemos fazer diversas
leituras do mundo sob diversos aspectos, tais como: população, natureza, economia, política e
fatos históricos. Além disso, com esses conhecimentos podemos interferir e planejar no espaço
geográfico de forma mais eficiente e humana como, por exemplo: planejar o uso do solo nos meios
urbanos e rurais, cuidar do meio ambiente, criar projetos de desenvolvimento para áreas carentes,
conhecer o mundo que vivemos, entre outros.
Como vimos no início dos nossos estudos, a cartografia é a ciência que trabalha com a
técnica, a coleta de dados, análise e arte na elaboração dos mapas. Como todas as ciências, ela
evoluiu muito ao longo da história e hoje, utiliza ferramentas altamente sofisticadas para a
confecção dos mapas, desde o uso de satélites, GPS, geoprocessamento etc. Porém, para
podermos interpretar todas as informações mapeadas, os cartógrafos recorrem a símbolos
(linguagem visual) e convenções para auxiliar na leitura e interpretação do que está sendo
representado. Para que possamos entender a representação no mapa, precisamos estar atentos
para o Título, pois esse sempre estará relacionado com o assunto abordado no mapa. Na Legenda
encontramos o significado dos símbolos e das cores que foram utilizados. Além desses dois
elementos, outros quatros também são básicos para uma leitura mais precisa como a Orientação
(indicada pela rosa-dos-ventos), as Coordenadas Geográficas (indica a localização geográfica que
foi mapeada), a Fonte (refere-se aos dados utilizados no mapa) e a Escala - relação entre o
tamanho do espaço real e a redução feita para representá-lo.
Qual a sua importância? A escolha da escala é fundamental ao propósito do mapa e ao tipo de
informação que se pretende destacar. Quais os tipos de escalas cartográficas existentes?
Escala numérica
É representada por uma fração: O numerador representa uma distância no mapa.
O denominador, a distância correspondente no terreno.
Escala gráfica
Representa as distâncias no terreno sobre uma linha graduada.
A geografia estuda muitos conteúdos sob vários aspectos. Portanto, fica difícil representar
tantas informações em um único mapa. Para facilitar a representação e o estudo de diferentes
conteúdos, utilizamos mapas de acordo com o tema que queremos apresentar. Veja abaixo alguns
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CLASSIFICAÇÃO DOS MAPAS
Mapas políticos: representam a divisão política territorial de uma região, cidade, estado, país ou
continente – Mapa do Brasil Político, Mapa-Múndi Político etc.
Mapas físicos: apresentam elementos da natureza, como por exemplo, relevo, clima, vegetação
entre outros.
Mapas demográficos: indicam dados da população, seja de um país, cidade, bairro etc.
Mapas econômicos: mostram recursos econômicos de uma região, por exemplo, produção agrícola
e industrial.
Mapas históricos: indicam as mudanças que ocorreram em determinada região, como por exemplo,
Brasil no período colonial, America do Sul em 1558 etc.
ORIGEM DO SISTEMA SOLAR
O sol e o Sistema Solar tiveram origem há 4,5 bilhões de anos a partir de uma nuvem de gás
e poeira que girava ao redor de si mesma. Sob a ação de seu próprio peso, essa nuvem se
achatou, transformando-se num disco, em cujo centro formou-se o sol. Dentro desse disco,
iniciaram-se um processo de aglomeração de materiais sólidos, que, ao sofrer colisões entre si,
deram lugar a corpos cada vez maiores, os outros planetas.
A composição de tais aglomerados relacionava-se com a distância que havia entre eles e o
sol. Longe do astro, onde a temperatura era muito baixa, os planetas Jovianos possuem muito mais
matéria gasosa do que sólida, é o caso de Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Os planetas Telúricos
perto mais perto do Sol, ao contrário, o gelo evaporou, restando apenas rochas e metais, é o caso
de Mercúrio, Vênus, Terra e Marte.
O SISTEMA SOLAR
O sistema solar é um conjunto de planetas, asteroides, cometas, satélites naturais entre outros
corpos celestes que giram ao redor do sol. Cada um se mantém em sua respectiva órbita em
virtude da intensa força gravitacional exercida pelo astro, que possui massa muito maior que a de
qualquer outro planeta. A ordem de orbita dos oito planetas são: Mercúrio, Vênus, Terra e Marte,
Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, que giram ao redor do sol, descrevendo órbitas elípticas, isto é,
órbitas semelhantes a circunferências ligeiramente excêntricas dos planetas.
Planetas – são astros iluminados (ou seja, sem luz própria) que giram ao redor de uma
estrela. Os planetas executam órbitas em torno do Sol. Os planetas do Sistema Solar são:
Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno.
Satélites – são astros iluminados que giram em torno dos planetas. A Terra possui um
satélite natural. É a Lua. Além da Lua, outros satélites também fazem parte do Sistema Solar.
Marte tem dois satélites; Júpiter tem dezesseis; Saturno, dezoito e Urano, quinze. Além de
satélites, saturno, Júpiter, Urano e Netuno possuem anéis que os rodeiam.
Asteróides – também chamados planetóides, são astros menores que giram entre as órbitas
de Marte e Júpiter.
Meteoros e meteoritos – os meteoros são vistos como riscos brilhantes cruzando o céu. São
chamados de estrelas cadentes. Meteoros são fragmentos sólidos que vêm do espaço em direção
à Terra. Ao entrar em contato com a atmosfera se aquecem e são destruídos. Quando caem no
nosso planeta recebem o nome de meteorito. Meteorito quer dizer, portanto, pedra que veio do
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espaço. Cometas – são astros que viajam pelo Sistema Solar, possui semelhança com um
asteroide e é constituído, majoritariamente, por gelo.
PLANETA TERRA EM MOVIMENTO
Terra está localizada a cerca de 140 milhões quilômetros do Sol. Segundo os cientistas,
formou-se há aproximadamente 4,6 bilhões de anos, quando uma grande nuvem de gás e pó
interestelar se condensou, dando origem ao sistema solar. De todos os planetas que surgiram ao
redor do Sol, e entre os inúmeros corpos celestes atualmente conhecidos pela humanidade, a
Terra é o único em que a vida encontrou as condições ideais para se desenvolver. Os primeiros
seres teriam aparecido há cerca de 3,5 bilhões de anos.
A mais poderosa espécie viva gerada na Terra, o homem moderno, surgiu por volta de 150
mil anos atrás e, desde então, tem se esforçado para compreender o ambiente que o envol ve.
Graças ao desenvolvimento da ciência e da tecnologia, conhecemos cada vez melhor os processos
que sustentam a vida, constituem a paisagem e mantêm em constante movimento os elementos da
natureza. Aprendemos, inclusive, o modo como o ser humano atua, para o bem ou para o mal,
influenciando todos esses processos.
Um dos recursos tecnológicos que mais têm nos ajudado a conhecer nosso planeta são os
satélites. Como olhos no espaço, esses equipamentos nos enviam imagens tão belas quanto
informativas.
MOVIMENTOS TERRESTRES E SUAS CONSEQUÊNCIAS
Movimento Rotação – em torno do seu próprio eixo, no sentido oeste para leste.
Consequências: dias e noites (gerando às 24 horas), movimento aparente do Sol e das estrelas. A
rotação é determinante na configuração dos horários praticados no planeta (Fusos Horários), tendo
em vista que acontecem horas distintas em diversos pontos do globo (falaremos mais adiante
sobre os fusos). Outro fator de grande relevância é que o movimento de rotação desempenha um
grande papel no favorecimento da proliferação da vida na Terra, pois se não houvesse esse
movimento, uma parte da Terra seria sempre noite e muito fria, e a parte iluminada teria
temperaturas elevadíssimas, dessa forma, ambas apresentariam condições inviáveis para a vida.
MOVIMENTO DA LUA E SUAS FASES LUNARES
As fases da Lua referem-se à mudança aparente da porção visível iluminada do satélite
devido a sua variação da posição em relação à Terra e ao Sol. O ciclo completo, denominado
lunação, leva pouco mais de 29 dias para se completar, período no qual a Lua passa da fase nova,
quando sua porção iluminada visível passa a aumentar gradualmente até que, duas semanas
depois ocorra lua cheia e, por cerca de duas semanas seguintes, volta a diminuir e o satélite entra
novamente na fase nova. Eventualmente, ocorre o perfeito alinhamento entre o Sol, a Terra e a
Lua, o que dá origem a eclipses. Um eclipse solar acontece quando a Lua cruza em frente ao disco
solar, podendo ocorrer somente na lua nova, enquanto que um eclipse lunar transcorre no
momento em que a Lua passa através da sombra da Terra, o que pode ocorrer somente na lua
cheia. Esta transição entre fases foi há tempos utilizada para contagem do tempo, de forma que
muitos calendários lunares foram criados tendo como base o ciclo lunar.
Movimento de Translação - movimento que o nosso planeta realiza em torno da estrela do Sistema
Solar, o Sol. Esse movimento, juntamente com a inclinação do eixo da Terra tem como
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consequência às estações do ano. O movimento de translação demora 365 dias e
aproximadamente 6 horas. Como não existem dias com seis horas, no decorrer de quatro anos,
junta-se a sobra dessas horas e acrescenta mais um dia no mês de fevereiro, o dia 29, temos
então, temos um ano bissexto.
As datas que marcam o início das estações do ano determinam também a maneira e a intensidade
com que os raios solares atingem a Terra em seu movimento de translação. Essas datas recebem
a denominação de equinócio - No dia 21 de março, os raios solares incidem perpendicularmente
sobre a linha do Equador, tendo o dia e a noite a mesma duração na maior parte dos lugares da
Terra. Nesse dia, no hemisfério norte, é o equinócio de primavera - e no hemisfério sul, o equinócio
de outono e no dia 23 de setembro, o equinócio de primavera no hemisfério sul - e o equinócio de
outono no hemisfério norte. Já os solstícios ocorrem nos dias 21 de junho e 21 de dezembro. No
dia 21 de junho, os raios solares incidem perpendicularmente sobre o trópico de Câncer, no
hemisfério norte, nesse momento ocorre o solstício de verão nesse hemisfério. É o dia mais longo e
a noite mais curta do ano, que marcam o início do verão. Enquanto isto, no hemisfério sul,
acontece o solstício de inverno, com a noite mais longa do ano, marcando o início da estação fria.
No dia 21 de dezembro os raios solares estão exatamente perpendiculares ao trópico de
Capricórnio, situado a 23º 27’, 30’’, no hemisfério sul. É o solstício de verão no hemisfério sul.
Nesse dia, a parte sul do planeta está recebendo maior quantidade de luz solar que a parte norte,
propiciando o dia mais longo do ano e o início do verão. No hemisfério norte, acontece a noite mais
longa do ano. É o início do inverno. As estações do ano estão diretamente relacionadas ao
desenvolvimento das atividades humanas, como a agricultura e a pecuária. Além disso,
determinam os tipos de vegetação e clima de todas as regiões da Terra.
FUSOS HORÁRIOS NO NOTICIÁRIO E NO FUTEBOL
Quando assistimos a transmissões televisivas de eventos esportivos ou jornalísticos é
bastante comum observarmos que, enquanto o repórter se encontra "ao vivo" às 3h da madrugada,
ou às 11h da noite, nós estamos confortavelmente em um fim de tarde, ou seja, a mágica da
transmissão via satélite em tempo real nos permite ter contato imediato com regiões que vivem sob
um fuso horário diferente do nosso.
A Terra gasta um dia (24 horas) para realizar seu movimento de rotação. Para organizarmos
o dia, utilizamos as horas, isto é, as 24 partes em que foi dividido o tempo de rotação da Terra. Por
sua vez, cada hora é dividida em 60 minutos e, cada minuto, em 60 segundos. Em cada lugar da
superfície terrestre a hora marcada é aquela correspondente à luz do Sol naquele momento,
naquele lugar; assim, cada lugar tem sua “hora solar local”. Porém, você já imaginou a confusão
para as comunicações mundiais se cada lugar tivesse sua própria hora determinada apenas pela
luz solar? Por esse motivo é que, em 1884, 25 países reunidos em Washington, Estados Unidos,
estabeleceram um horário de referência para que todos os relógios fossem acertados a partir dele.
Tal horário de referência foi (e é) dado pelo meridiano de Greenwich (0o de longitude). E, para que
funcionasse bem esse sistema, foram firmados os fusos horários. A terra foi dividida em “24
gomos” iguais, isto é, em 24 faixas longitudinais, cada uma com uma hora oficial. Cada uma
dessas faixas equivale a quinze graus (15º), de maneira que, se somarmos as 24 faixas, teremos
os 360º da circunferência terrestre (24 X 15 = 360º).
Cada uma dessas faixas longitudinais corresponde a um fuso horário, totalizando para o planeta 24
fusos. Dentro de cada fuso, os relógios devem marcar a mesma hora, que são contadas a partir do
fuso inicial, nesse caso o fuso referencial para a determinação das horas é o Greenwich, cujo
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centro é 0°, esse meridiano atravessa a Grã-Bretanha, além de cortar o extremo oeste da Europa e
da África. A hora determinada pelo fuso de Greenwich recebe o nome de GMT.
A Terra gira de oeste para leste, fazendo com que as horas à direita do meridiano de
Greenwich sejam adiantadas em relação às horas da metade localizada à esquerda de Greenwich.
Assim, o dia surge primeiro no leste, a “terra do sol nascente”. Por exemplo, a cidade do Rio de
Janeiro está no terceiro fuso a oeste de Londres (onde se situa o meridiano de Greenwich);
portanto, o horário local do Rio será de menos três horas em relação ao horário de Londres. Já a
cidade de Moscou, capital da Rússia, localiza-se no segundo fuso a leste de Londres, o que
determina seu horário local em mais duas horas em relação ao horário de Londres. Como o Sol
nasce primeiro nos lugares a leste, os fusos a leste têm o horário adiantado em relação ao fuso de
Londres. E os fusos a oeste têm o seu horário atrasado.
No Brasil, existem três fusos horários, todos atrasados em relação ao fuso de Londres, pois nosso
país está inteiramente a oeste do meridiano de Greenwich.
A TERRA VISTA POR DENTRO E POR FORA
O solo que você pisa; as rochas que modelam as montanhas; o fundo dos rios, lagos e
mares: tudo isso é apenas uma fina "casca" do imenso planeta que é a Terra.
Terra tem forma aproximadamente esférica e é achatada nos polos. Sua estrutura interna é dividida
em crosta terrestre, manto e núcleo.
O nosso planeta sofreu várias alterações no decorrer da sua formação. Há cerca de 5 bilhões de
anos, era parecido a uma bola de fogo em brasa. Mas aos poucos e lentamente foi resfriando até
formar a crosta terrestre (o nosso assoalho). Os metais pesados acumulados no interior do planeta,
submetidos a enorme pressão, também solidificaram e formaram um núcleo sólido metálico. Foi
assim que a Terra se tornou parecida com planeta que hoje conhecemos: possui um núcleo, um
manto e uma crosta.
A Crosta é a parte menos densa e mais consistente das camadas que compõem a Terra. E
está coberta por uma fina camada, o solo, sobre a qual nós vivemos. Sua espessura varia de 10 a
70 km. A crosta é formada por rochas e minerais. As rochas são agrupamentos de minerais e
minerais são elementos ou compostos naturais sólidos. Já o Manto constitui 83% do volume e 65%
da massa do nosso planeta. Está abaixo da crosta e apresenta-se em estado pastoso (material
magmático), está entre 60 e 3.000 km de profundidade, e 2.000 a 3.500ºC e o Núcleo é a camada
mais interna, com cerca de 3.400 km de espessura. Compreende duas partes: Núcleo externo: é
líquido e formado, basicamente, de ferro e níquel derretidos. Núcleo interno: é solido e contem
principalmente, ferro e níquel, com temperatura acima de 4.000°C. A uma velocidade de 100
quilômetros por hora, seria possível percorrer os 6.400 km entre a superfície e o centro da terra em
pouco mais de 60 horas.
Além da divisão interna, a Terra externamente é formada por quatro esferas: a hidrosfera, a
atmosfera e a biosfera.
• A hidrosfera é o conjunto de todas as águas do planeta: dos oceanos, dos mares, dos rios
e dos lagos, as águas subterrâneas e o vapor de água existente na atmosfera.
• A atmosfera é a camada de gases que envolvem a Terra. Ela equilibra a temperatura do
planeta e contêm gases importantes para a vida, como o oxigênio, o nitrogênio e o gás carbônico.
A litosfera (conhecida também como crosta terrestre) é a camada sólida mais externa da
Terra. É formada por rochas e minerais e compreende a crosta continental e oceânica
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• Na biosfera, vivem os animais e vegetais. Ela é formada por elementos encontrados na
atmosfera, na litosfera e na hidrosfera. Contém o solo, o ar, a água, a luz, o calor e os alimentos,
que são as condições necessárias para o desenvolvimento da vida.
As camadas da Terra foram formadas ao longo de bilhões de anos. No entanto, elas
continuam em transformação, devido à evolução natural da Terra e à interferência dos seres
humanos.
ORIGEM DOS CONTINENTES
Os continentes formaram-se há muito tempo à cerca de 220 milhões de anos. Resultado de
um processo na fragmentação e no afastamento das terras emersas, a partir de um bloco único
chamado Pangéia. Há 200 milhões de anos, a Pangéia começou a separar – e aos poucos, dando
origem a seis continentes. E correspondem a 29,3% da superfície total do planeta. A atual
configuração foi estabelecida há 60 milhões de anos, pelo processo de deslocamento da crosta. A
Pangéia, ao se fragmentar, formou dois super continentes: gondwana, ao sul e, laurásia ao norte. A
palavra Pangéia é originária do fato de todos os continentes estarem juntos (Pan) formando um
único bloco de terra (Geia).
A TERRA EM MOVIMENTO: PLACAS TECTÔNICAS, VULCÕES E TERREMOTOS
A crosta terrestre é fragmentada em vários blocos chamados placas tectônicas. Veja no
mapa ao lado as principais placas e a direção de seus movimentos.
As placas tectônicas (imensos blocos rochosos) flutuam sobre o magma (substância pastosa e
incandescente) que se move lentamente no manto.
Você já observou a água fervendo em uma panela? As altas temperaturas do manto fazem o
mesmo com o magma, ou seja, o material quente sobe ao chegar às camadas superiores, esfria e
volta ao interior substituindo aquele mais quente que subiu. Esse movimento do magma recebe o
nome de correntes de convecção. Essas correntes de convecção são como a água fervente que
empurra a tampa da panela. No caso das placas tectônicas, elas são pressionadas pelo magma e
acabam se afastando ou se chocando umas contra as outras nas áreas de contato ou de
separação entre as placas, podendo ocorrer erupções vulcânicas, terremotos, dobramentos e
falhamentos.
Vulcões: são crateras ou fissuras na crosta terrestre, decorrentes dos movimentos tectônicos e
sujeitos a erupções vulcânicas. Essas erupções podem ser o magma sendo jorrado para cima até
atingir a superfície terrestre ou pode ser apenas explosões de gases tóxicos. Tudo dependerá do
tipo de vulcão que se formou.
NOTICIAS RECENTES
Epoch times
Várias erupções vulcânicas ocorreram ao redor do mundo no mês de novembro de 2013, entre elas
Nishinoshima, Japão
Próximo da costa sul do Japão, o vulcão submarino Nishinoshima entrou em erupção nessa quartafeira (20), criando uma pequena ilha no meio do Oceano Pacífico. O novo pedaço de terra está
sendo chamado de Niijima e possui cerca de 650 metros de diâmetro.
http://www.epochtimes.com.br/seis-erupcoes-vulcanicas-ocorreram-ontem-cincopaises/#.U9EV8flT6tI<último
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Acesso, julho 2014>
2014 começa com diversos eventos naturais com potencial destrutivo, com a erupção de vulcões
na Itália, El Salvador e Indonésia. (Foto Principal: El Salvador)
http://folhacentrosul.com.br/geral/2973/2014 <último acesso, julho de 2014>
Terremotos ou abalos sísmicos: são tremores produzidos ao longo da crosta terrestre que geram a
vibração da superfície. Eles são resultantes da liberação de energia causada pelas tensões
internas da Terra, também chamadas de forças endógenas de transformação do relevo. O
deslocamento de gases no interior da Terra, principalmente metano, também provocam esses
abalos, além disso, ocorrem sismos induzidos, basicamente resultado da ação do homem, como
por exemplo, explosões, extração de minérios, de água ou fósseis, ou até mesmo por queda de
edifícios; entretanto a intensidade apresentada é bastante inferior à dos terremotos tectônicos.
As regiões de maior ocorrência dos tremores naturais são nos limites entre as placas
tectônicas (veja mapa na pág. 12) e são medidos ou avaliados na escala de Richter variando de 0º
a 9º (graus). Tremores com liberação de energia entre 3,5 a 5,4 graus na escala Richter na maioria
das vezes são percebidos com consequências modestas ou despercebidas. A partir de 6,1 graus
as consequências passam a ser mais graves a medida que se eleva os graus.
Entre as consequências de um abalo sísmico citamos:
• Vibração do solo com intensidades variada,
• Abertura de falhas,
• Deslizamento de terra,
• Tsunamis,
• Mudanças na rotação da Terra.
•As consequências de um abalo sísmico normalmente acarretam em efeitos nocivos (prejudicial) ao
homem como ferimentos, mortes, prejuízos financeiros e sociais, desabamento de construções,
destruição entre outros.
Noticia Recentes
Estadão Internacional:
O tremor de magnitude 7.2 atingiu a província de Cebu nas Filipinas na manhã desta terça-feira (15
out/2013) e destruiu prédios e igrejas históricas
Terremoto provoca ondas de 20 cm na costa do Japão
11jun/2014
Um forte terremoto atingiu a costa norte do Japão nas proximidades da usina nuclear devastada
por um tremor e um tsunami em 2011. O cismo ocorrido nessa manhã provocou uma pequena
onda e fez com que algumas cidades emitissem avisos para retirada. Não houve relatos de danos
ou pessoas feridas.
http://internacional.estadao.com.br/noticias/geral,terremoto-provoca-onda-de-20-cm-na-costa-dojapao,1527315 <último acesso, julho de 2014>
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FORMAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO DO RELEVO
O relevo é definido como a forma da superfície terrestre, podendo ser classificado de acordo
com a variação de nível. Entre os fatores responsáveis por dar forma (modelar) ao relevo estão os
vulcões, terremotos, clima, chuvas, geleiras, ventos, a ação do homem, entre outros.
Esse aspecto físico é de fundamental importância para a realização das atividades
humanas, sendo determinante na construção de fábricas, rodovias, residências, etc.
É possível encontrar diferentes formas de relevo pelo mundo, como por exemplo, planície,
montanha, depressão e planalto, colinas, serras, chapadas, entre outras.
A AÇÃO DOS FATORES EXTERNOS NA TRANSFORMAÇÃO (OU MODELAMENTO) DO
RELEVO
Ação das águas: a água pode alterar a composição das rochas, causando o intemperismo químico.
Com isso, ocorre a desagregação das rochas, que podem se romper ou desencadear erosões.
Além disso, também atua no modelamento do relevo
Erosão pluvial: provocada pelas águas da chuva.
Erosão fluvial: provocada pelas águas de rios, um exemplo conhecido é o rio Colorado que formou
o Grand Canyon, nos Estados Unidos.
Erosão marinha: provocada pelas águas do mar, através da colisão das ondas com a costa essa
tem seu relevo transformado.
Ação das geleiras: ou erosão glacial ocorre quando acontece uma avalanche deslocando
juntamente com o gelo uma quantidade de rochas e solos, fato que transforma o relevo.
Ação dos ventos: os ventos atuam, em especial, no litoral e no deserto, agindo constantemente na
formação e transformação do relevo, essa é denominada de erosão eólica, um exemplo comum
são as dunas.
Ação humana sobre o relevo
O homem ao longo da história vem modificando a natureza, então o relevo, que é parte
integrante, sofre efeitos diretos da apropriação. O homem tem capacidade, através de sua força de
trabalho e suas tecnologias, de construir túneis, retirar montanhas, desviar o curso de rios,
modificar o relevo no campo e nas cidades. É bom lembrar que existem os fatores naturais de
transformação, mas o homem provoca de forma artificial tais mudanças.
PRINCIPAIS FORMAS DE RELEVO
Montanhas – são grandes elevações da superfície terrestre, sendo consequência de fenômenos
como atividade vulcânica, terremotos, etc. Esse tipo de relevo apresenta terreno bastante
acidentado.
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Planaltos – são relevos marcados pela variação de altitude, apresentando formas distintas, como
serras, morros e chapadas. Normalmente essas áreas são extensas e possuem forma ondulada.
Serras - são um tipo de relevo acidentado com característica ondulada (uma parte alta seguida de
outra num nível menor). Dentre as Serras presentes no Brasil podemos citar a Serra Gaúcha, Serra
da Mantiqueira e a Serra do Mar.
Depressões – é um tipo de relevo caracterizado por apresentar altitude inferior à do relevo em sua
volta. A depressão pode ser classificada como absoluta, desde que esteja abaixo do nível do mar.
Planícies – são terrenos relativamente planos, formados principalmente a partir de rochas
sedimentares. Há também a planície litorânea, que consiste nas regiões próximas ao litoral.
FORMAÇÃO E TIPOS DE ROCHAS
A estrutura geológica é extremamente importante na formação dos recursos minerais, além
de estabelecer uma grande influência na consolidação dos relevos e automaticamente do solo.
Para compreender a estrutura geológica de um lugar é preciso analisar e conhecer os tipos
de rochas presentes no local. Rocha é a união natural de minerais, compostos químicos definidos
quanto à sua composição, podem ser encontrados no decorrer de toda a superfície terrestre.
• Ígneas ou magmáticas: são rochas formadas pelo esfriamento e solidificação de elementos
endógenos, no caso, o magma pastoso. São exemplos de rochas magmáticas: granito, basalto,
diorito e andesito.
• Sedimentares: esse tipo de rocha tem sua formação a partir do acúmulo de resíduos de outros
tipos de rochas. São exemplos de rochas sedimentares: areia, argila, sal-gema e calcário.
• Metamórficas: esse tipo de rocha tem sua origem na transformação de outras rochas, em virtude
da pressão e da temperatura. São exemplos de rochas metamórficas: gnaisse (formada a partir do
granito), ardósia (originada da argila) e mármore (formação calcária).
As mais antigas rochas são as do tipo ígneas e metamórficas, que surgiram respectivamente
na era Pré-Cambriana e Paleozoica. Essas rochas são denominadas de cristalinas, por causa da
cristalização dos minerais que as formaram.
Ao contrário das outras, as rochas sedimentares são de formações mais recentes, da era
Paleozoica à Cenozoica. Essas são encontradas em aproximadamente 5% da superfície terrestre.
Dessa forma, os minerais e as rochas compõem uma parcela primordial da litosfera, que
corresponde ao conjunto de elementos sólidos que formam os continentes e as ilhas.
O SOLO E OS TIPOS DE SOLO
O solo é a camada superficial da crosta terrestre, sendo formado basicamente por
aglomerados minerais e matéria orgânica oriunda da decomposição de animais e plantas.
Esse elemento natural é de fundamental importância para a vida de várias espécies. O solo
serve de fonte de nutrientes para as plantas, e a sua composição interfere diretamente na
produção agrícola.
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Entre os fatores que contribuem para a caracterização do solo estão o clima, a incidência
solar, a rocha que originou o solo, matéria orgânica, cobertura vegetal, etc. O solo pode ser
classificado em arenoso, argiloso, humoso e calcário e terra roxa.
Solo arenoso: possui grande quantidade de areia. Esse tipo de solo é muito permeável, pois a água
infiltra facilmente pelos espaços formados entre os grãos de areia. Normalmente ele é pobre em
nutrientes.
Solo argiloso: é formado por grãos pequenos e compactos, sendo impermeável e apresentando
grande quantidade de nutrientes, característica essencial para a prática da atividade agrícola.
Solo humoso: chamado em alguns lugares de terra preta, esse tipo de solo é bastante fértil, pois
contém grande concentração de material orgânico em decomposição. O solo humoso é muito
adequado para a realização da atividade agrícola.
Solo calcário: com pouco nutriente e grande quantidade de partículas rochosas em sua
composição, o solo calcário é inadequado para o cultivo de plantas. Ele é típico de regiões
desérticas.
Terra roxa é um tipo de solo bastante fértil, caracterizado por ser o resultado de milhões de anos
de decomposição de rochas de arenito-basáltico originadas do maior derrame vulcânico que este
planeta já presenciou. É caracterizado pela sua aparência vermelho-roxeada inconfundível, devida
a presença de minerais, especialmente Ferro.
Portanto, as características do solo influenciam diretamente na prática da agricultura e no
desenvolvimento socioeconômico de um determinado lugar. Porém, é importante destacar que
técnicas agrícolas têm adaptado alguns solos para o cultivo, através da introdução de nutrientes.
Outro aspecto que deve ser pontuado é a poluição do solo, que é causada principalmente pelo lixo
despejado em lugares inadequados e pelos agrotóxicos utilizados nas plantações causando danos
irreversíveis ao solo.
A ÁGUA NO PLANETA TERRA
A água ocupa a maior parte do planeta: basta dar uma olhada em um globo terrestre para
perceber isso. Ela é composta por dois elementos químicos: o oxigênio e o hidrogênio. Para cada
oxigênio, ela tem dois hidrogênios e, por esse motivo, ela é representada assim: H2O.
A água é a substância mais abundante do planeta. Ela é encontrada nos oceanos,no gelo,
em rios,lagos,chuvas, no ar que respiramos, no solo e abaixo dele (nos lençóis freáticos).Além,
desses locais, a água também está presente no nosso corpo e na constituição dos demais seres
vivos. Ela corresponde, por exemplo, a cerca de 60% do corpo humano; e 94% do tomate.
A água é uma substância muito importante para a vida na Terra, pois todos os seres vivos
necessitam dela para viver. Sem ela, para começar, plantas e algas não sobreviveriam. Agora
imagine o que seria de nós e de diversos outros seres vivos sem o oxigênio que tais organismos
nos oferecem!A água também é necessária para hidratação e funcionamento do nosso organismo,
preparação de alimentos, limpeza do corpo, das roupas e dos locais em que vivemos, etc. Além
disso, é muito utilizada na indústria, inclusive na fabricação de remédios e objetos. As usinas
hidrelétricas também utilizam a água para gerar a energia elétrica, que chega às nossas casas.
Apesar de encontrada em muitos lugares, somente uma pequena parte de água está
disponível para os humanos e outros seres vivos. Só para se ter uma ideia, se toda a água do
mundo estivesse em uma garrafa de um litro, somente uma gota dela poderia ser utilizada para
nossa hidratação, ou seja, para bebermos. Isso porque grande parte dela está em oceanos ou está
congelada.
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Além de existir uma quantidade pequena de água doce disponível, ela tem sido
desperdiçada e poluída por esgotos, pesticidas e lixo; diminuindo sua oferta para os seres
humanos, animais, plantas e outros seres vivos. Alguns estudiosos já relatam em suas pesquisas e
livros que a água, sem ser poluída, pode acabar, provocando grandes estragos. Portanto, é preciso
criar a consciência da importância de se cuidar bem desse bem precioso. Evitando o desperdício
de água, cada pessoa estará contribuindo bastante para a conservação dela.
Veja algumas dicas:
Não deixar a torneira aberta enquanto escova os dentes;
Não se esquecer de fechar bem a torneira (caso não consiga, peça ajuda para alguma
pessoa mais velha);
Reaproveitar a água de aquários e de cozimento de ovos e legumes, por exemplo, para
molhar as plantas do jardim.
OS MARES E OS OCEANOS
Oceano é uma grande massa de água salgada que cobre a maior parte da superfície terrestre,
circundando e separando os continentes.Essa grande massa de água salgada contém importantes
fontes de recursos para os seres humanos. Para atender aos interesses e ás necessidades
humanas, ela foi dividida em cinco partes, que são os cinco oceanos: o Pacífico, o Atlântico, o
Índico, o Glacial Ártico e o Glacial Antártico.
• O Oceano Pacífico, localizado entre a Ásia, a América e a Oceania, é o mais extenso e o
mais profundo dos oceanos. Sua maior profundidade, de 11.500 metros, ocorre nas proximidades
das ilhas da Micronésia, em um lugar chamado Fossa das Marianas.
• O Oceano Atlântico é dividido em Atlântico Norte e Atlântico Sul. Ele se localiza entre a
América, a Europa e a África. O Atlântico é considerado o mais importante dos oceanos para a
economia mundial, devido ao grande fluxo de navegação e de comunicações, principalmente entre
a América e a Europa.
• O Oceano Índico tem sua maior parte localizada no Hemisfério Sul, entre a Ásia, a África
e a Oceania. Nele se desenvolve uma intensa vida marinha, devido à temperatura mais aquecida
de suas águas.
• O Oceano Glacial Ártico banha o norte da Europa, da Ásia e da América. Suas águas
apresentam baixa temperatura, permanecendo congeladas durante grande parte do ano. Uma
característica marcante desse oceano é a presença de gigantescos blocos de gelo flutuantes, os
icebergs, que dificultam a navegação.
• O Oceano Glacial Antártico é formado pelo encontro das águas dos oceanos Pacífico,
Atlântico e Índico. Por estar próximo ao Polo sul, onde as temperaturas são muito baixas, suas
águas permanecem congeladas durante grande parte do ano.
OS MARES
Muitas pessoas utilizam as palavras Mar e Oceano como se elas fossem sinônimas, mas
expressam significados diferentes. Uma delas é a grande extensão territorial, a outra é a questão
da profundidade, além disso, os mares são menores e em grande parte delimitados pelos
continentes nas suas entradas.
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Na verdade, a maioria dos mares fazem parte dos Oceanos. Eles são justamente aqueles
trechos mais próximos dos acidentes geográficos terrestres, possuindo uma grande importância
para inúmeros povos. Um exemplo é o Mar Mediterrâneo, uma extensão do Oceano Atlântico.
Existem três tipos principais de mares: os abertos, que são abertos e possuem uma
ampla ligação direta com os oceanos. Exemplos o mar do Norte, na Europa, e o mar da China. Os
fechados,é um tipo de mar que não tem ligação direta com os oceanos. Como exemplos de mares
fechados podemos citar o mar Cáspio, o mar de Aral e o mar Morto.
OS RIOS
Os rios são cursos naturais de água que se deslocam de acordo com a configuração do
relevo. Suas águas sempre irão percorrer de um ponto mais alto em direção a um ponto mais baixo
do relevo.
A nascente de um rio está localizada em um ponto mais alto e, durante o percurso das
águas, o rio atinge sua foz em terrenos de níveis mais baixos, podendo ser no mar, outro rio, lagos,
etc.
Os rios podem ser:
Perenes: são rios que possuem água durante todo o ano, ou seja, eles nunca secam. São
alimentados pelo escoamento superficial e pela água do lençol freático (subterrânea).
Intermitentes: também chamados de temporários, esses rios podem ser volumosos durante
os períodos chuvosos, porém eles desaparecem durante a seca.
Efêmeros: são rios formados exclusivamente durante as chuvas ou logo após sua
ocorrência. Eles secam rapidamente.
Os rios de planaltocostumam ter muitas quedas de água. E geralmente são aproveitados
para geração de energia elétrica. Já os rios de planícienão apresentam quedas de água. Por
causa disso, eles são ideais para a navegação, a pesca, o lazer e a retirada de água para o
consumo.
AGUAS SUBTERRÂNEAS E AQUÍFEROS
Água subterrânea é toda a água que ocorre abaixo da superfície da Terra, preenchendo os
poros ou vazios intergranulares(entre os grãos) das rochas sedimentares, ou as fraturas, falhas e
fissuras das rochas compactas, e que sendo submetida a duas forças (de adesão e de gravidade)
desempenha um papel essencial na manutenção da umidade do solo, do fluxo dos rios, lagos e
brejos. As águas subterrâneas cumprem uma fase do ciclo hidrológico, uma vez que constituem
uma parcela da água precipitada.
Aquífero é uma formação geológica do subsolo, constituída por rochas permeáveis, que
armazena água em seus poros ou fraturas.
Alguns aquíferos importantes: Aquífero Guarani: Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai Alter
do Chão: Amazonas, Pará e Amapá, Arenito Núbia: Líbia, Egito, Chade, Sudão
LAGOS, LAGOAS E LAGUNAS
Lago é uma depressão natural na superfície da Terra que contém permanentemente uma
quantidade variável de água. Essa água pode ser proveniente da chuva, duma nascente local, ou
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de curso de água, como rios e glaciares geleiras que desaguem nessa depressão. A quantidade de
água que um lago contém depende do clima regional. Exemplos de lagos:
Grandes Lagos da América do Norte ou os Grandes lagos Africanos
Lagoa é um corpo de água com pouco fluxo, mas geralmente sem água estagnada,
podendo ser natural ou feita pelo Homem (artificial), e é usualmente menor que um lago
Laguna é um termo que em geomorfologia refere-se a uma depressão formada por água
salobra ou de salgada, localizada na borda litorânea, comunicando-se com o mar através de canal,
constituindo assim, uma espécie de "semilago".
CLIMA E TEMPO
Muitas pessoas têm muita dificuldade para diferenciar tempo e clima. Algumas delas
acreditam que essas expressões representam a mesma coisa, mas sabemos que isso não é
verdade. Observe as frases abaixo:
Frase 1: Hoje choveu muito.
Frase 2: Faz muito frio nessa região durante essa época do ano.
Frase 3: Puxa! Quanta neve por aqui!
Frase 4: Essa região parece um deserto, quase nunca chove!
Essas afirmações são de situações referentes ao clima (climáticas) e ao tempo
(meteorológicas). Mas você sabe dizer qual delas refere-se a cada tipo?
As frases 1 e 3 referem-se ao tempo e as frases 2 e 4 referem-se ao clima. Isso porque o
tempo é o estado momentâneo da atmosfera, enquanto o clima é o conjunto fixo de variações do
tempo em um longo período.
Não esqueça: o tempo refere-se a algo passageiro, a um estado momentâneo; já o clima
está relacionado a algo mais ou menos permanente ou que dura mais tempo.
Quando eu digo que hoje está chovendo, estou me referindo ao tempo. Quando afirmo que
todos os anos, entre os meses de agosto e janeiro, costuma chover em um dado lugar, estou me
referindo ao clima.
Portanto, quando falamos de tempo, referimo-nos a algo que muda de um dia para o outro,
ou até de uma hora para outra. Por outro lado, quando falamos de clima, referimo-nos a algo mais
rotineiro, que costuma se repetir ao longo dos anos.
As previsões meteorológicas são responsáveis por nos dizer como será o tempo amanhã,
se vai chover ou não, se será frio ou não.
Já as previsões climáticas procuram nos dizer como será o clima daqui a alguns anos, se
o planeta será mais quente ou mais frio, se as chuvas serão mais frequentes ou menos intensas
etc.
FATORES E ELEMENTOS CLIMÁTICOS
Você já reparou que o clima quase nunca é o mesmo em lugares distintos? Por
qual razão que, por exemplo, a região Sul do Brasil costuma ser mais fria do que a
região Centro-Oeste? E por que o clima da região dos Alpes Suíços é tão frio e o deserto
do Saara é tão quente? Afinal, por que o clima não pode ser sempre o mesmo nos
diferentes pontos da Terra?
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A explicação para a ocorrência de diversos tipos climáticos no nosso planeta é o fato de o
clima ser influenciado por uma combinação entre vários fatores. Dessa forma, podemos
concluir que à medida que esses fatores se modificam, o clima de cada região também se altera.
Os principais e mais importantes fatores climáticos são: as latitudes, as longitudes, a
continentalidade e maritimidade, as formas de relevo, as vegetações, as correntes marinhas
e as massas de ar.
Altitudes: as altitudes interferem no clima porque, quanto mais alto, menos denso é o ar e,
portanto, mais frio ele se torna. Com isso, as temperaturas tendem a abaixar. Por outro lado,
quanto mais próximos estamos do nível do mar, maiores costumam ser as temperaturas.
Um exemplo de região com elevada altitude e que faz muito frio são os Alpes, uma cadeia
de montanhas localizadas na Europa.
Latitudes: as latitudes definem o quanto estamos próximos ou distantes da Linha do
Equador, um traçado imaginário que “corta” a Terra ao meio no sentido horizontal. Portanto, quanto
mais próximos estamos dessa linha (ou seja, quanto menores forem as latitudes), mais calor
costuma fazer. Por outro lado, quanto mais longe estamos dessa linha (latitudes menores), maior é
o frio.
Isso explica por que o Polo Norte e o Polo Sul estão congelados. A região Sul do Brasil, por
apresentar maiores latitudes, costuma ter menores temperaturas médias ao longo do ano.
Maritimidade e continentalidade: você já reparou que a água demora mais para esquentar
no sol do que o chão? Isso porque a água conserva a sua temperatura por mais tempo que o solo,
que se aquece e se resfria muito rápido. Dessa forma, não é difícil imaginar que a proximidade e a
distância de um lugar em relação ao mar influenciam o seu clima.
Quanto mais próxima do mar uma localidade se encontra (maritimidade), menores
costumam ser as variações de temperatura; quanto mais distante do mar (continentalidade),
maiores são as variações térmicas.
Relevo: o relevo interfere no clima mais do que você pode imaginar. As regiões mais altas,
como já falamos, costumam ser mais frias. Mas, além disso, essas zonas ajudam a “rebater” a
umidade proveniente de outros lugares, impedindo que elas cheguem a certos lugares, que
passam a ficar mais secos.
Um exemplo disso é o deserto do Atacama, no Chile. A Cordilheira dos Andes não deixa que
os ventos carregados de umidade cheguem até essa região, fazendo com que ela transforme-se
em um dos desertos mais áridos do planeta.
Vegetação: as florestas e demais formas de vegetação ajudam a absorver o calor
proveniente da radiação solar, amenizando o aquecimento. Além do mais, através da
evapotranspiração, elas ajudam a aumentar a umidade do ar, provocando mais chuvas. Esse é um
dos motivos de ser necessária a correta preservação de nossas florestas!
Correntes marinhas: as alterações das temperaturas das correntes marinhas também
interferem no clima. Quando elas são mais quentes, evaporam mais e aumentam a umidade e a
temperatura em regiões costeiras. Quando elas são mais frias, provocam a queda da temperatura
dessas regiões, além de “puxar” a umidade de outros lugares, que acabam ficando com menos
chuvas.
Massas de ar: há diversas camadas de ar sobre a Terra, que existem graças às diferenças
da intensidade da luz solar ao longo do globo terrestre. Assim, as massas de ar (que ora são frias,
ora são quentes, ora são úmidas e ora são secas) interferem diretamente sobre o clima onde elas
passam. O encontro entre duas massas de ar é chamado de Frente de Ar.
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DEFININDO:elementos climáticos são as grandezas atmosféricas que podem ser medidas ou
instantaneamente mensuradas. São os elementos atmosféricos que variam no tempo e no espaço
e que se configuram como o atributo básico para se definir o clima de determinada região. Os
principais elementos climáticos são: radiação, temperatura, pressão e umidade.
a) Radiação: a radiação climática, em linhas gerais, pode ser definida como todo o calor
recebido pela atmosfera, a maior parte advinda do sol, mas que também recebe a influência dos
seres vivos e dos elementos naturais e artificiais que refletem o calor já existente. A radiação solar
manifesta-se em diferentes tons de intensidade ao longo do planeta, o que contribui concomitante
(ao mesmo tempo) com a latitude para a formação das chamadas zonas térmicas ou climáticas
da Terra (regiões da superfície da Terra, com características climáticas diferentes).
Zonas Polares: os raios solares atingem a superfície terrestre de maneira bastante
inclinada, portanto, as temperaturas são as mais baixas da Terra
Zonas temperadas: os raios incidem à superfície de forma relativamente inclinada em
relação à zona intertropical, desse modo as temperaturas são mais amenas.
Zona tropical: áreas que recebem luz solar de forma praticamente vertical em sua
superfície, o fato produz regiões com temperaturas elevadas, conhecida como zona tórrida do
planeta.
b) Temperatura: é a mensuração do calor na atmosfera, podendo ser medida em graus
célsius (ºC) ou em outras unidades de medida, como fahrenheit (ºF) e o kelvin (K).
c) Pressão Atmosférica: é o “peso” ou “força” exercidos pelo ar sobre a superfície, pois, ao
contrário do que muitas pessoas pensam, o ar possui massa e, consequentemente, peso. A
pressão atmosférica costuma ser medida em milibares (mb).
d) Umidade: é a quantidade de água em sua forma gasosa presente na atmosfera. Temos,
assim, a umidade absoluta (quantidade total de água na atmosfera) e a umidade relativa do ar
(quantidade de água na atmosfera em relação ao total necessário para haver chuva).
AS PAISAGENS NATURAIS DA TERRA E OS TIPOS DE CLIMA
Os biomas terrestres estão distribuídos em função de inúmeras variáveis que podem ser
explicadas pela Biogeografia Histórica, contudo, o principal fator que rege esta distribuição é o
Clima, em função dos diferentes elementos e fatores associados.
Florestas Tropicais- são formações vegetais situadas entre trópico de Câncer e o de
Capricórnio, com 2 estações do ano bem definidas: uma chuvosa (verão) e inverno (seco).
a) Caracterizam-se pelo calor forte, muitas chuvas, muita variedade de espécies vegetais e
animais.
b) A fauna e a flora são as mais diversificadas do mundo (a maior biodiversidade).
c) Os maiores exemplos dessa paisagem são: floresta Amazônica, Floresta do Congo.
d) Ocorrem na África Central, América do Sul, Sul e Sudeste da Ásia.
Florestas Temperadas – são formações vegetais típicas do Paralelo 40º, embora existam
em outras partes do mundo. (Austrália, Chile e nova Zelândia).
a) Caracteriza por apresentar as 4 estações do ano bem definidas.
b) Verão quente e inverno frio. Está associado ao clima temperado oceânico.
c) Destacam-se na flora, as espécies decíduas (perdem a folha no inverno) o carvalho e eucalipto.
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d) Destacam-se na fauna, os esquilos, a raposa, lobos, etc.
e) Ocorrem na Europa Ocidental, EUA, Japão, Austrália, parte do Canadá e China.
Floresta Boreal ou taiga- essa floresta é exclusiva do hemisfério Norte (50º e 60ºN).
a) Está associada ao clima frio, com verões curtos e muita neve;
b) É composta por arvores coníferas (em forma de cone). Não é uma floresta rica ou heterogênea;
c) Na flora destacam-se o pinheiro e abeto;
d) Na fauna, destacam-se ursos, lebres, linces, etc.;
e) Ocorrem no Canadá, Escandinávia e Rússia.
Tundra – é uma vegetação rasteira típica das zonas polares, em especial da região ártico.
a) está associado ao clima frio polar, com verão muito curto e inverno rigoroso (congelamento do
solo);
b) Surge apenas na época do degelo do solo, aí surgem os liquens e os musgos.
c) Na fauna destacam-se o urso-polar, lobo ártico e pinguins (Antártida).
d) Ocorre no extremo norte do Canadá, da Escandinávia e da Rússia.
Pradarias – é uma vegetação herbácea, típica dos climas temperados ou subtropicais.
a) Os solos são geralmente férteis, onde estão os maiores cultivos de trigo do mundo e criação de
gado;
b) No hemisfério norte recebe o nome de pradarias, já no hemisfério Sul, recebem o nome de
pampas (Brasil, Uruguai e Argentina);
c) Na fauna destacam-se, o gavião, búfalo e coiotes.
Savanas – são vegetações com dois estratos: (arbóreo) e (herbáceo), ligados ao clima
tropical, com uma estação seca e uma úmida.
a) As mais conhecidas são as savanas africanas;
b) É marcada por arvores de baixo porte, espaçadas e com troncos retorcidos;
c) Na fauna africana destacam-se, zebras, leões, rinocerontes, girafas, etc.
d) Na América do Sul, corresponde ao cerrado (Brasil), onde a fauna é composta por capivaras,
anta tamanduá, etc.
Desertos – são áreas do planeta onde a vegetação é rara, com ausência de chuvas.
a) Clima árido, solos arenosos, ausência de chuvas, plantas xerófilas (adaptadas à aridez);
b) A temperatura pode chegar aos 50º durante o dia e 0ºC durante a noite;
c) No Brasil o sertão nordestino assemelha-se com esse tipo de paisagem, embora não seja um
deserto típico.
CLIMAS NO MUNDO
Clima Tropical – predomina nas regiões localizadas entre os trópicos de Câncer e de
Capricórnio.
a) É influenciado pelas massas de ar tropicais que são quentes e seca nos continentes e quente e
úmido nos oceanos;
b) Apresenta 2 estações do ano bem definidas: verão (chuvoso) e inverno (seco)
c) O índice pluviométrico varia entre 1000 e 2000 e a média térmica anual em trono de 20ºC;
d) Ocorre na maior parte da África, América do sul e Sudeste da Ásia.
Clima Equatorial – predomina nas áreas de baixa latitude, em trono da Linha do Equador,
influenciado pelas massas de ar equatoriais.
a) É quente e chuvoso o ano inteiro;
b) Apresenta apenas 2 estações bem definidas: uma chuvosa e outra menos chuvosa;
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c) O índice pluviométrico anual supera os 2000mm e a média térmica anual é de 25ºC.
Clima Desértico - predomina em áreas de transição entre as zonas tropicais e temperadas.
a) As chuvas são muito raras, poucas nuvens e o ar muito seco (baixa umidade relativa do ar);
b) As temperaturas variam de 50ºC durante o dia a 0ºC durante a noite;
c) Curiosidade: existem desertos frios: Patagônia (Argentina) e Gobi (China);
d) Ocorre no deserto do Sabará Kalahari (África) e Atacama (Chile).
Clima Temperado – predomina nas áreas de media latitude. Apresenta-se de três tipos:
a) Clima temperado oceânico - predomina nas áreas litorâneas da zona temperada; verões
amenos e invernos chuvosos, frio não muito intenso;
b) Clima temperado continental - predomina nas áreas interioranas da zona temperada. Inverno
rigoroso com muita neve e verão muito quente e chuvoso.
c) Clima temperado mediterrâneo - predomina nas áreas próximas ao mar mediterrâneo. Verão
seco e ameno, e inverno chuvoso.
Clima Frio Polar – predomina nas altas latitudes e é influenciado pelas massas de ar
polares.
a) Inverno longos e rigoroso que duram até 9 meses ao ano;
b) As chuvas ocorrem em forma de neve, e no verão, o Sol não se põe em alguns meses;
c) Ocorre nos polos Norte e Sul, Groenlândia e nas grandes montanhas do mundo.
DEFININDO CONCEITOS:
Biomas: Os biomas são espaços geográficos que apresentam um somatório de
ecossistemas vizinhos e semelhantes. Eles podem ser divididos em terrestres e aquáticos.
Ecossistemas: termo utilizado para descrever uma unidade em que componentes bióticos e
abióticos interagem entre si formando um sistema em equilíbrio. Ficou confuso? Então iremos
lhe explicar de outra forma.
Todos os ecossistemas possuem componentes bióticos e componentes abióticos. Os
componentes bióticos são todos os seres vivos que vivem em um determinado local,
enquanto os componentes abióticos são todos os fatores físicos, químicos e geológicos do
ambiente, como água, luz, solo, umidade, temperatura, nutrientes etc. Podemos encontrar
desde ecossistemas pequenos, como um lago, até ecossistemas muito grandes como a Floresta
Amazônica, mas independente do seu tamanho, em todos os ecossistemas tem que haver uma
interação entre os componentes bióticos e os componentes abióticos.
Observe nessa imagem do lago, que todos os organismos, de alguma maneira, dependem
uns dos outros. Os caramujos e os peixes herbívoros dependem da vegetação, os peixes
carnívoros dependem dos caramujos e peixes herbívoros, e as aves dependem tanto dos peixes
quanto das rãs que ali vivem.
Você deve estar se perguntando, quais são os componentes bióticos e abióticos desse
lago? Os componentes bióticos desse lago são os vegetais e todos os outros seres vivos que ali
estão. Já os componentes abióticos são:
~>Luz: necessária às plantas para a fotossíntese, lembrando que é a partir da fotossíntese que os
vegetais produzem o oxigênio;
~>Oxigênio: utilizado pelos peixes e demais organismos do lago;
~>Temperatura da água: quando a temperatura da água aumenta, o oxigênio dissolvido nela
diminui, provocando a morte de muitos organismos. Isso deixa a água mais turva, impedindo a
passagem de luz e a consequente realização de fotossíntese pelos vegetais. Como os vegetais
não fazem fotossíntese, o oxigênio não é produzido e mais organismos morrem;
21
~>Rochas e lama no fundo e nas margens do lago que servem de esconderijo para alguns
organismos.
~> Sais minerais: dissolvidos na água, esses sais são importantes para os organismos que ali
vivem.
Biodiversidade:é a grande variedade de seres vivos que encontramos no planeta. Têm um
sentido bastante amplo, pois não se trata somente de "contar" as espécies já catalogadas pelos
especialistas, mas sim considerar todas as formas de vida que existem no planeta, os genes
contidos em cada um desses indivíduos e também as inter-relações existentes entre as diversas
espécies.
A partir de agora focaremos nossos estudos nos diversos temas que envolvem nosso
território brasileiro
A FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO
A expansão territorial brasileira recebeu diversas influências das atividades econômicas.
Inicialmente, com a economia colonial (1500- 1822), tudo girava em função das produções ligadas
aos gêneros primários. Essa demanda também correspondia aos anseios de exportação para
atender os desejos da metrópole portuguesa a qual o Brasil estava ligado.
Nesse período, no intervalo do século XVI, o pau-brasil era o principal objeto de exploração
e movimentava toda a economia do país.
Nos séculos posteriores esse recurso começou a ficar escasso e os portugueses iniciaram a
busca por outras riquezas para o desenvolvimento da economia. Com o passar dos tempos e toda
essa movimentação o território já estava ampliado. Nessa época foram iniciadas as plantações da
cana-de-açúcar e foram iniciadas as atividades pecuárias.
Outro ciclo de riquezas e desenvolvimento do território foi iniciado por volta de 1740 a 1750
já no século XVIII: eram as atividades mineradoras. Extrair recursos minerais do solo brasileiro
passou a fazer parte do desejo dos portugueses, o que gerava uma grande expansão do território.
ARQUIPÉLAGOS ECONÔMICOS
Os especialistas explicam que a expansão territorial brasileira também começou a ser mais
observada a partir da divisão dos arquipélagos (ilhas). Ao passo que as atividades econômicas
passavam por mudanças, surgiam novas cidades, distantes umas das outras, o que já começava a
desenhar o cenário do país. É como se o país expandisse um pouco de forma desigual, sem muita
articulação ou coordenação.
MOVIMENTO DE INTEGRAÇÃO
Até o período de 1930 algumas atividades econômicas principais desenvolvidas no Brasil
estavam ligadas à cana, minérios e café. Essas atividades eram destinadas ao mercado de
exportação.
Foi depois de 1930 que começou um processo de movimentação interna, com base nas
demandas do próprio país. Também nessa fase ganhou força a ideia de que o Brasil não estava
restrito ao seu litoral.
22
A economia poderia, nesse sentido, promover uma integração dos territórios do país. Se
essa integração fosse materializada, muitos ganhos poderiam ser observados. Essa realidade
começou a fazer parte da rotina dos brasileiros a partir do momento em que o processo de
industrialização foi iniciado na década de 1930. A consolidação também foi bastante observada a
partir da década de 1950.
A partir daí, o Brasil se insere na nova Divisão Internacional do trabalho ou DIT
(especialização na produção de cada país, no comércio internacional), ou seja, deixa de produzir
somente matéria prima para exportação, passando a produzir também produtos manufaturados.
Entretanto, o país mantém uma característica de mero fornecedor de matéria prima, por
predominar na sua pauta de exportação esses produtos. E ainda hoje, predomina, embora numa
condição um pouco mais diferenciada, devido aos seus novos investimentos na área tecnológica.
Ao Brasil, coube se adequar a essa nova rotina e passar a produzir produtos agrícolas e
elementos da indústria para o mover da nova economia estabelecida. Esses foram os primeiros
passos da expansão e formação do território brasileiro. Depois da Independência do Brasil, várias
outras mudanças foram observadas e implantadas. Mas, como dizem os autores, as principais
marcas de mudanças do território ainda foram deixadas pelos próprios colonizadores.
A EXTENSÃO TERRITORIAL DO BRASIL E A POSIÇÃO GEOGRÁFICA
O Brasil está localizado nosubcontinente - América do Sul. Ele faz divisa com outros 10
países diferentes. Assim, as fronteiras do nosso país só não estão localizadas ao lado de dois
países da América do Sul: Chile e Equador. Observe o mapa Ao lado.
O território brasileiro possui uma área de 8.514.876 km², sendo o quinto maior país do
mundo. Em razão disso, é chamado de “país com dimensões continentais”, pois sua área é
equivalente à de um continente
Os limites territoriais do Brasil totalizam 23.086 km, dos quais 7.367 km com o Oceano
Atlântico e 15.719 km com os países vizinhos. E está situado entre os paralelos de 5º16’ de latitude
norte e 33º44’ de latitude sul, e entre os meridianos de 34º47’ e 73º59’ de longitude oeste. É
cortado ao norte pela linha do Equador (0°) e ao sul pelo Trópico de Capricórnio (23°30’ S). Em
decorrência disso, o Brasil possui 93% do seu território situado no hemisfério sul, 7% no hemisfério
norte e totalmente a oeste do Meridiano de Greenwich, além disso, têm 92% das suas terras na
zona intertropical (zona mais quente e iluminada durante o ano todo).
Fusos Horários do Brasil
Apesar de serem definidos como faixas delimitadas por linhas retas, na prática os fusos
horários podem ter limites irregulares para acompanhar as fronteiras dos países, evitando confusão
de horários dentro de um mesmo país. Entretanto, países com território extenso, como é o caso do
Brasil, podem estar contidos em mais de um fuso horário. Nosso país já teve quatro fusos horários,
mas o quarto, que vigorava no Acre e em uma pequena parte do Amazonas, foi extinto em junho
de 2008 por uma lei sancionada pelo ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva.
O primeiro dos três fusos que o Brasil possui atualmente tem duas horas menos que a hora
de Greenwich e abrange o arquipélago de Fernando de Noronha e outras ilhas oceânicas
pertencentes ao território brasileiro. O segundo tem três horas menos que Greenwich. Neles estão
contidos os estados das regiões Nordeste, Sul e Sudeste, além dos estados do Amapá, Pará,
Tocantins e Goiás. Por ser o fuso onde se localiza a capital federal, sua hora é adotada como a
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oficial do país, a chamada hora de Brasília. O terceiro fuso horário do Brasil abrange os estados de
Mato Grosso, Mato Grosso de Sul, Roraima, Rondônia, Acre e Amazonas, e possui quatro horas a
menos que a hora de Greenwich.
HORÁRIO DE VERÃO
Todo ano é a mesma coisa. Sempre que o calendário aponta para a proximidade do final do
ano, temos que, a partir de uma data específica, adiantar nossos relógios em uma hora. Esse é o
nosso horário de verão.
E por que o horário de verão é adotado só em certo período do ano?
A ideia é simples: ao adiantarmos os relógios, os dias demoram mais para anoitecer,
fazendo com que gastemos menos energia elétrica com as lâmpadas, ou seja, aproveitamos mais
a luz do sol para as nossas atividades. No caso do Brasil, adiantamos o relógio em uma hora, mas
existem países que adiantam em duas horas e outros que diminuem o horário, tudo a depender do
que for mais conveniente para o país.
Isso ocorre porque a Terra, durante o seu movimento de translação (ao redor do Sol),
recebe diferentes índices de iluminação ao longo do ano, em razão de o seu eixo estar inclinado.
Assim, em algumas épocas do ano, o hemisfério sul da Terra apresenta noites mais longas e dias
mais curtos, são os solstícios de inverno. Da mesma forma, em outras épocas, os dias ficam
mais longos e as noites mais curtas, com uma maior exposição do nosso hemisfério em relação ao
sol, são os solstícios de verão, que se apresentam de forma mais definida mais ou menos a partir
do dia 21 de dezembro, quando inicia a estação do verão.
MAR TERRITORIAL DO BRASIL
Convenção acatada pelas Nações Unidas deram direito ao Brasil de administrar uma Zona
Econômica Exclusiva de 200 milhas náuticas (cerca de 370 km) no Atlântico Sul, perfazendo um
total de 3,5 milhões km2, mas há a intenção de alcançarmos 4,5 milhões de km2. É de extrema
importância a garantida de ZEE em virtude da riqueza mineral, biológica e petrolífera na Plataforma
Continental Brasileira.
Os pontos extremos do Brasil são os seguintes:
Norte – Fica na nascente do Rio Ailã, na Serra do Caburaí. Estado de Roraima, a 5º16’ de latitude
norte
Sul – Situa-se no Arroio Chuí. Estado do Rio Grande do Sul, a 33º45’ de latitude sul.
Leste – Ponta do Seixas, no Estado da Paraíba, a 34º47’ de longitude oeste.
Oeste – Na Serra da Contamana, no Estado do Acre, a 73º59’ de longitude oeste.
Sua capital, situada no interior do Planalto Central, é Brasília, com população estimada de 2 562
963 habitantes (2010).
MAIORES ALTITUDES
● Pico da Neblina 3014,1 m
● Pico 31 de Março 2992,4 m
2.993,78 m Amazonas (Fronteira Brasil x venezuela)
2.972,66 m Amazonas
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● Pico das Agulhas Negras
2787,0 m
2.791,55 m Rio de Janeiro
● Pico Pedra da Mina
2.770,0 m 2.798,39 m Minas Gerais
ORGANIZAÇÃO POLÍTICA DO TERRITÓRIO
O nome oficial do Brasil é República Federativa do Brasil, esse nome foi dado a partir da
constituição de 1891. O Brasil é um estado federado. Nele, o poder está organizado em três níveis
de hierarquia – governo federal, estadual e municipal. Do maior ao menor grau de entrosamento
eCooperação entre os governantes que exercem esses poderes é que depende a concretização do
bem comum para cada parcela do povo brasileiro.
Formas de Governo:
República: Forma de governo democrática em que o cargo de chefe de estado é eletivo e
periódico.
Sistemas de Governo:
Presidencialismo: sistema em que todos os membros da sociedade que possuem o direito
de voto pela lei eleitoral, elegem seus representantes, inclusive o chefe do governo, que segundo a
ordem política, possui a função de chefe de estado e de governo.
O Brasil é caracterizado como uma federação (estados dotados de certa autonomia no
campo da administração pública). Essa autonomia não os torna independentes.
Tomemos a lei de trânsito como exemplo. Caso um prefeito ou mesmo governador queira
alterar a lei determinando que todos os motoristas da sua região terão que dirigir na faixa esquerda
da via. Essa lei modificaria toda a conjuntura do trânsito, e por ser uma lei federal esse ato seria
inconstitucional, ou seja, ilegal. Agora se o governante quiser gastar parte do seu orçamento na
construção de uma ponte, ao invés de uma represa, não haverá problema, pois o governante
possui uma certa autonomia nos gastos públicos, autonomia essa fiscalizada pelo poder federal.
Nosso país possui 26 estados mais o Distrito Federal, ou seja, 27 unidades da Federação.
Essas 27 unidades estão divididas em regiões.
O Estado, com “E” maiúsculo, é formado pela união de Três Poderes de diferentes áreas: o
Executivo, o Legislativo e o Judiciário.
Poder legislativo: é aquele que se preocupa em elaborar ou modificar as leis. É composto
pelos parlamentares, ou seja, os vereadores (municípios), os deputados estaduais (estados) e os
deputados federais (país). Além deles, existe também o Senado, que é composto pelos senadores.
Poder executivo: é aquele que se preocupa em aplicar as leis e as políticas sociais. É
representado pelos administradores, ou seja, os prefeitos (municípios), os governadores (estados)
e pelo presidente (país).
Poder judiciário: é o responsável por julgar os crimes e avaliar as leis, se elas são
constitucionais ou não, isto é, se elas obedecem à Constituição Federal. É representado pelos
juízes e desembargadores, sendo o único dos três poderes que não é eleito democraticamente
pelo povo. A sua principal instância é o Supremo Tribunal Federal (STF).
Para garantir o funcionamento dos Três Poderes, é preciso que eles se fiscalizem
mutualmente, de modo que cada um deles garanta e avalie o funcionamento dos demais. Caso um
deles apresente erros ou problemas, os demais devem fiscalizar e avaliar o caso.
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REGIONALIZAÇÃO
Você já parou para pensar o quanto o Brasil é grande?Somos o quinto maior do
mundo em tamanho territorial! É comum que se diga que o nosso território é o de um país
continental, pois a sua área equivale à de um continente.
Por esse motivo, precisamos regionalizar o nosso espaço geográfico para melhor
compreendermos como ele funciona. Assim, é mais fácil para o poder público criar políticas de
melhoria a partir dos dados sobre o desempenho das diferentes localidades. A mais conhecida das
regionalizações é a do IBGE, que divide o Brasil em cinco regiões, mas existem outras propostas.
Uma das regionalizações do Brasil mais adequadas para a compreensão do território é a
que divide o nosso país em três regiões geoeconômicas: o Centro-Sul, o Nordeste e a Amazônia.
A divisão do país nessas três áreas é importante porque revela os principais contrastes tanto no
processo de ocupação histórica do território quanto nas características econômicas e sociais
atuais. Outro aspecto é que essa regionalização não obedece à fronteira dos estados, como
acontece com a divisão feita pelo IBGE, Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste. ATENÇAÕ
ESSAS REGIÕES ESTUDAREMOS MAIS ADIANTE
CARACTERISTICAS NATURAIS DO BRASIL
Tipos de Clima no Brasil
O território brasileiro, em virtude da sua localização e grande extensão, apresenta diferentes
tipos de clima. Os principais climas do Brasil são: equatorial, tropical, semiárido, tropical de altitude,
tropical atlântico e subtropical.
Equatorial: esse é o clima predominante na região Amazônica, que abrange a Região Norte
e porções dos estados de Mato Grosso e Maranhão. A temperatura média anual é elevada,
variando entre 25 °C e 27 °C, com chuvas durante todo o ano e alta umidade do ar.
Tropical: abrange estados das Regiões Centro-Oeste, Nordeste, Norte e Sudeste.
Apresenta duas estações bem definidas: inverno (seco) e verão (chuvoso). A temperatura média
varia entre 18 °C e 28 °C.
Semiárido: esse clima do Brasil predomina no interior nordestino. A temperatura é elevada,
com média de 27 °C, e as chuvas são escassas e irregulares. Essas características, além da falta
de políticas públicas (construção de reservatórios de água), dificultam o desenvolvimento das
atividades agrícolas.
Tropical de altitude: típico das áreas mais elevadas dos estados do Sudeste (Espírito
Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo). A temperatura, com média anual entre 18 °C e
22 °C, é mais baixa nas áreas mais altas do relevo. Uma característica desse clima são as geadas
durante o inverno.
Tropical atlântico: está presente na zona litorânea que se estende do Rio Grande do Norte,
no Nordeste, ao Paraná, no Sul. A temperatura é elevada, por volta de 25 °C. As chuvas, regulares
e bem distribuídas, são mais intensas no Sul e no Sudeste durante o verão e no Nordeste, durante
o inverno.
Subtropical: clima predominante nas porções do território brasileiro situadas ao sul do
Trópico de Capricórnio, na Zona Climática Temperada do Sul. Inclui os estados da Região Sul e
parte de São Paulo e Mato Grosso do Sul. A temperatura média é de 18 °C, considerada a mais
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baixa do país. As chuvas são regulares e bem distribuídas. O verão é quente e o inverno é
bastante frio, sendo comum a ocorrência de neve ou geada em determinados lugares.
BIOMAS BRASILEIROS
Com grande extensão territorial e variação climática, o Brasil abriga vários tipos de BIOMAS
(é o conjunto dos seres vivos de uma área. É entendido também como o conjunto de ecossistemas
terrestres), com destaque para a Caatinga, Campos, Cerrado, Floresta Amazônica, Mangues, Mata
Atlântica, Mata de Araucária, Mata de Cocais e Pantanal.
Caatinga: ocupando uma área de aproximadamente 800 mil quilômetros quadrados, a
Caatinga é o único bioma exclusivamente brasileiro. Ela é típica das regiões semiáridas, podendo
ser encontrada nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe,
Alagoas, Bahia, Piauí e Minas Gerais. A vegetação é marcada por plantas xerófilas, adaptadas ao
clima seco e a pouca disponibilidade de água. A fauna é representada por répteis, roedores, araraazul, asa-branca, cutia, etc.
Campos: esse tipo de vegetação ocupa áreas descontínuas no país, sendo mais comum na
Região Sul, em especial no estado do Rio Grande do Sul. A vegetação dos Campos é formada por
herbáceas, gramíneas e pequenos arbustos.
Cerrado: considerado o segundo maior bioma do Brasil, o Cerrado está presente em
diferentes estados brasileiros, sendo predominante na Região Centro-Oeste. Entre as
características marcantes desse tipo de vegetação estão as árvores com caule tortuosos e o solo
com poucos nutrientes. A fauna é representada pelo tamanduá-bandeira, lobo-guará, tatu-bola,
veado, entre outras espécies.
Floresta Amazônica: é a maior floresta tropical do mundo, além de apresentar a maior
biodiversidade. Ela ocupa cerca de 42% do território nacional, estando presente na Região Norte e
nos estados de Mato Grosso e Maranhão, além de outros países da América do Sul. Predominam
as espécies de folhas largas, comuns em regiões de clima equatorial, quente e úmido. É muito
grande a quantidade de espécies de animais, mas podemos destacar o jacaré, a jiboia, macacos,
jabuti, etc.
Manguezal: encontrado em diferentes áreas litorâneas, onde deságuam os rios, esse bioma
é caracterizado por ser uma área alagada de fundo lodoso e salobro. Os principais animais dos
mangues são o caranguejo e a ostra.
Mata Atlântica: é um dos biomas mais ricos do mundo em espécies da fauna e da flora.
Sua vegetação é bem diversificada, apresentando árvores de grande porte com folhas largas. As
atividades humanas reduziram drasticamente a área original da Mata Atlântica, que é considerada
um dos biomas mais ameaçados do planeta.
Mata de Araucária: é uma vegetação típica de regiões de clima subtropical. No Brasil, ela
pode ser encontrada nos estados da Região Sul e em São Paulo. Sua vegetação é formada por
árvores aciculifoliadas, com folhas em forma de agulha. A espécie dominante é a Araucária
angustifólia, nome científico do pinheiro-do-paraná.
Mata de Cocais: ocupando áreas dos estados do Maranhão, Piauí e Tocantins, esse bioma
é considerado uma zona de transição entre a Amazônia e o Sertão Nordestino. A vegetação é
formada por palmeiras, com predominância do babaçu e da carnaúba, além do buriti e oiticica.
Pantanal: esse bioma é considerado uma das maiores planícies inundáveis do mundo. O
Pantanal está presente nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além de territórios do
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Paraguai e Bolívia. Abriga mais de 3.500 espécies de plantas e vários animais: jacaré, capivara,
tucano, onça, macacos, etc.
ESTRUTURA GEOLÓGICA E O RELEVO DO BRASIL
Chamamos de estrutura geológica as rochas que compõem um determinado local e podem
ser dispostas em diferentes camadas, ser de diferentes tipos, idades e originadas por distintos
processos naturais. A importância da estrutura geológica depende das riquezas minerais a ela
associadas e do seu papel na constituição do relevo e do solo do local.
A estrutura geológica do relevo brasileiro é constituída por escudos cristalinos, que
abrangem pouco mais de um terço (36%) do território nacional, e por bacias sedimentares, que
ocupam cerca de dois terços (64%). Não existem dobramentos modernos (áreas de formação
recente) no Brasil.
Como o território brasileiro é predominantemente tropical, com elevadas temperaturas,
chuvas normalmente abundantes e reduzidas atividade geológica interna (vulcanismo, terremotos,
dobramentos), os agentes que provocam maiores modificações no relevo brasileiro, além do ser
humano, são o clima (chuvas, ventos, temperatura) e a hidrografia (rios).
As altitudes do relevo brasileiro, em geral, são modestas. Apenas dois picos se aproximam
de 3 mil metros de altitude: o pico da Neblina (2 993m) e o pico 31 de Março e
(2 972m), ambos
localizados próximo à fronteira do estado do Amazonas com a Venezuela.
As formas de relevo predominante no território brasileiro são planaltos, depressões e
planícies, mas merecem destaque também outras formas como montanhas (altitudes modestas
em relação a outros países) colinas, morros, serras, chapadas, entre outras. A diferença entre
essas formas não está apenas na altitude, mas principalmente nos processos que constituíram
essas formas.
Exemplos de relevo brasileiro:
Planaltos: planaltos, também chamados de platôs, são áreas de altitudes variadas e limitadas, em
um de seus lados, por superfície rebaixada. Os planaltos são originários das erosões provocadas
por água ou vento. Os cumes dos planaltos são ligeiramente nivelados.
Exemplo: Planalto Central no Brasil, localizado em território dos estados de Goiás, Minas Gerais,
Tocantins, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Planícies: É uma área geográfica caracterizada por superfície relativamente plana (pouca ou
nenhuma variação de altitude). São encontradas, na maioria das vezes, em regiões de baixas
altitudes. As planícies são formadas por rochas sedimentares. Nestas áreas, ocorre o acúmulo de
sedimentos. Exemplos: Planície Litorânea, Planície Amazônica e Planície do Pantanal.
Depressões: são regiões geográficas mais baixas do que as áreas em sua volta. Quando esta
região situa-se numa altitude abaixo do nível do mar, ela é chamada de depressão absoluta.
Quando são apenas mais baixas do que as áreas ao redor, são chamadas de depressões relativas.
As crateras de vulcões desativados são consideradas depressões. É comum a formação de lagos
nas depressões. Exemplo: Depressão Sul Amazônica
Montanhas: montanhas são formações geográficas originadas do choque (encontro) entre placas
tectônicas. Quando ocorre este choque na crosta terrestre, o solo das regiões que sofrem o
impacto acaba se elevando na superfície, formando assim as montanhas. Estas são conhecidas
como montanhas de dobramentos. Grande parte deste tipo de montanhas formou-se na era
geológica do Terciário. Existem também, embora menos comum, as montanhas formadas por
vulcões.
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BACIAS HIDROGRÁFICAS
Bacia hidrográfica, também chamada de bacia de drenagem, é uma porção da superfície
terrestre banhada por um rio principal, ribeirões, riachos e córregos. Essas bacias são alimentadas
pelas águas das chuvas, lençóis subterrâneos, etc.
Os limites entre as bacias hidrográficas, denominados divisores de água, encontram-se nos
pontos mais elevados do relevo, sendo responsáveis pela separação das águas das diferentes
bacias hidrográficas.
Portanto, a delimitação de uma bacia hidrográfica tem como principal elemento o relevo da
região, visto que a água segue um caminho de acordo com o desnível do terreno. Outras
características dependem da vegetação do local, as rochas, o clima, a ocupação humana, as
atividades econômicas, entre outros fatores.
De acordo com o Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH), órgão responsável pelo
planejamento e uso racional da água no país, o território brasileiro abriga 12 bacias hidrográficas,
com destaque para a Bacia Amazônica, que é a maior do planeta.
A análise e o conhecimento das bacias hidrográficas são de fundamental importância, pois a
água é um recurso natural essencial para a manutenção da vida na Terra. As águas desses rios
são utilizadas para o consumo humano, agricultura, produção industrial, etc.
As bacias hidrográficas devem ser preservadas, garantindo, assim, água de boa qualidade
para todos os seres vivos.
RECURSOS MINERAIS E SUA IMPORTÂNCIA
A porção rochosa do planeta Terra é composta por rochas que, por sua vez, são compostas
por minerais. Alguns desses minerais e rochas são considerados valiosos por terem algum tipo de
utilidade econômica que faz com eles tenham um maior valor no mercado, são os chamados
minérios. Alguns exemplos de minérios são: ferro, cobre, ouro, granito, mármore e muitos outros.
Desse modo, podemos concluir que a mineração é a prática responsável por extrair esses
minérios da natureza para uso comercial.
Essa é uma atividade econômica do setor primário da economia. Isso significa dizer que ela
é responsável pela geração e distribuição de matérias-primas, que são recursos utilizados na
fabricação e produção de mercadorias, geralmente industrializadas. Além disso, a mineração
também é classificada como uma prática de extrativismo, uma vez que ela se caracteriza pela
retirada de um recurso natural de seu ambiente.
A maior parte dos minérios em sua forma sólida é encontrada em regiões geológicas
chamadas de escudos cristalinos (também conhecidos como crátons e maciços antigos). Essas
localidades apresentam rochas magmáticas e metamórficas (como basalto, granito e mármore) e
junto a elas existem uma grande quantidade de minerais preciosos, nas bacias sedimentares e em
outro tipo de formação geológica – a atividade mineradora encontra o petróleo, o gás natural, o
carvão mineral e o calcário.
A formação de jazidas minerais na natureza é muito longa, podendo levar milhões de anos
para acontecer, mas pode se esgotar em um curto período de tempo, dependendo da localidade.
O Brasil é um dos principais países no que diz respeito à mineração, devido ao fato de ele
possuir uma zona territorial muito grande. Há ouro em várias partes da região Amazônica; ferro,
cobre e alumínio no Pará e em Minas Gerais; petróleo nas regiões sudeste e nordeste e
carvão mineral na região sul.
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O país também possui duas das maiores empresas do mundo na área da mineração: a
Petrobrás e a Vale do Rio Doce, essa última é considerada a segunda maior empresa de
mineração do mundo. A Vale – como é atualmente chamada – já foi uma empresa estatal – isto é,
pertencia ao poder público – mas foi privatizada em 1997 por R$ 3 bilhões. Já a Petrobras, apesar
de ter parte de suas ações vendidas, continua pertencendo ao Estado.
A mineração, apesar de ser considerada uma atividade econômica bastante importante,
possui alguns problemas. A maior parte deles é no campo ambiental, uma vez que a atividade
mineradora pode agredir o solo, provocar erosões e, quando realizado em regiões florestais,
ampliar o desmatamento. Além disso há problemas sociais causados pelo desemprego gerado pelo
esgotamento das jazidas minerais e o abandono destas pelas empresas mineradoras, gerando
problemas de conservação do espaço geográfico.
POPULAÇÃO BRASILEIRA
O Brasil possui cerca de 201 milhões de habitantes (estimativa do IBGE, 2013), destacandose como a quinta nação mais populosa do planeta. Ao longo dos últimos anos, o crescimento
demográfico do país tem diminuído o ritmo, que era muito alto até a década de 1960.
Em 34 anos, a população brasileira praticamente dobrou em relação aos 90 milhões de
habitantes da década de 1970 e, somente entre 2000 e 2004, aumentaram em 10 milhões de
pessoas. Em 2050, seremos 260 milhões aproximadamente de brasileiros, e nossa expectativa de
vida, ao nascer, será de 81,3 anos, a mesma dos japoneses, hoje. Mas o envelhecimento da
população está se acentuando: em 2000, o grupo de 0 a 14 anos representava 30% da população
brasileira, enquanto os maiores de 65 anos eram apenas 5%; em 2050, os dois grupos se igualarão
em 18%. E mais: pela Revisão da Projeção de População do IBGE, a partir de 2039, o número de
brasileiros vai começar a declinar.
As razões para uma diminuição do crescimento demográfico relacionam-se com a
urbanização e industrialização, uso de contraceptivos, inserção da mulher no mercado de trabalho,
acesso a informação, custo de vida alto, desenvolvimento da medicina, entre outros. Embora a
taxa de mortalidade no país tenha caído bastante desde a década de 1940, a queda na taxa de
natalidade foi ainda maior.
DISTRIBUIÇÃO POPULACIONAL DO BRASIL
O Brasil apresenta uma baixa densidade demográfica — apenas 22,43 hab./km²4 —, inferior
à média do planeta e bem menor que a de países intensamente povoados, como a Bélgica (342
hab./km²) e o Japão (337 hab./km²). O estudo da população apoia-se em alguns fatores
demográficos fundamentais, que influenciam o crescimento populacional.
A distribuição populacional no Brasil é bastante desigual, havendo concentração da
população nas zonas litorâneas, especialmente do Sudeste e da Zona da Mata nordestina. Outro
núcleo importante é a região Sul. As áreas menos povoadas situam-se no Centro-Oeste e no
Norte.
Taxa de natalidade: número de crianças nascida num período de um ano.
Até recentemente, as taxas de natalidade no Brasil foram elevadas, em patamar similar à de
outros países subdesenvolvidos. Contudo, houve sensível diminuição nos últimos anos, que pode
ser explicada pelo aumento da população urbana e os fatores já citados na introdução do texto.
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Taxa de mortalidade: índice demográfico obtido pela relação entre o número de mortos de
uma população em um determinado espaço de tempo,
O Brasil apresenta uma elevada taxa de mortalidade, também comum em países
subdesenvolvidos, enquadrando-se entre as nações mais vitimadas por moléstias infecciosas e
parasitárias, praticamente inexistentes no mundo desenvolvido.
Desde 1940, a taxa de mortalidade brasileira também vem caindo, como reflexo de uma
progressiva popularização de medidas de higiene, principalmente após a Segunda Guerra Mundial;
da ampliação das condições de atendimento médico e abertura de postos de saúde em áreas mais
distantes; das campanhas de vacinação; e do aumento quantitativo da assistência médica e do
atendimento hospitalar.
Taxa de mortalidade infantil: número de crianças que morrem no primeiro ano de vida, a
cada mil nascidos, durante o período de um ano em uma determinada região.
O Brasil apresenta uma taxa de mortalidade infantil de 21,17 mortes em cada 1.000
nascimentos (estimativa 2010). No entanto, há variações nessa taxa segundo as regiões e as
camadas populacionais. O Norte e o Nordeste têm os maiores índices de mortalidade infantil, que
diminuem na região Sul. Com relação às condições de vida, pode-se dizer que a mortalidade
infantil é menor entre a população de maiores rendimentos, sendo provocada sobretudo por fatores
endógenos. Já a população brasileira de menor renda apresenta as características típicas da
mortalidade infantil tardia.
Crescimento vegetativo: diferença entre a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade
de um determinado local ou país geralmente expressa em porcentagem.
A população de uma localidade qualquer aumenta em função das migrações e do
crescimento vegetativo. No caso brasileiro, é pequena a contribuição das migrações para o
aumento populacional, entretanto, que estamos recebendo uma grande parcela de migrantes
oriundos da África e do Haiti (América Central).
Segundo dados do IBGE, o Brasil apresenta alto crescimento vegetativo, a despeito das
altas taxas de mortalidade, sobretudo infantil, uma taxa bruta de natalidade de 18,67‰ — ou seja,
18,67 nascidos para cada grupo de mil pessoas ao ano (estimativa) — e uma taxa bruta de
mortalidade de 6,25‰ — ou seja 6,25 mortes por mil nascidos ao ano (estimativa). Esses revelam
um crescimento vegetativo anual médio de 1,24%.
Expectativa de vida
A média da expectativa de vida no Brasil, está em torno de 76 anos para os homens e 78
para as mulheres. Mas ainda não estamos no patamar dos países desenvolvidos.
A expectativa de vida varia na razão inversa da taxa de mortalidade, ou seja, são índices
inversamente proporcionais. Assim no Brasil, paralelamente ao decréscimo da mortalidade, ocorre
uma elevação da expectativa de vida.
Taxa de fecundidade
Conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a
taxa média de fecundidade no Brasil era de 1,64 filho por mulher (2013) semelhante à dos países
desenvolvidos e abaixo da taxa de reposição populacional, que é de 2,1 filhos por mulher Esse
índice sofre variações, caindo entre as mulheres de etnia branca e elevando-se entre as pardas.
Tal variação está relacionada ao nível socioeconômico desses segmentos populacionais; em geral,
a população parda concentra-se nas camadas menos favorecidas social e economicamente,
levando-se em conta a renda, a ocupação e o nível educacional, entre outros fatores.
31
ONDE VIVEM OS BRASILEIROS
A população brasileira, por motivos históricos e econômicos, se encontra distribuída de
forma irregular no território. Embora esta característica tenha se alterado nas últimas décadas com
o avanço para o interior do país, a população ainda está bastante concentrada ao longo do litoral
onde também são encontradas as maiores densidades demográficas, geralmente acima de 100
hab/km².
Segundo dados do IBGE, ainda predomina um Brasil povoado no litoral e vazio no interior: é
o que mostra o mapa de Densidade Demográfica de 2010, uma imagem detalhada da distribuição
espacial da população brasileira no território nacional, a partir dos resultados do Censo
Demográfico 2010. Ele revela as enormes diferenças encontradas nas formas de povoamento do
país, sendo um registro e um elemento fundamental para a discussão atual e das estratégias
futuras de apropriação e uso do território brasileiro.
Densidade demográfica é o número de habitantes por km², com base no total da
população de um país, continente, região, estado, cidade ou bairro, dividido pela sua extensão
territorial.
MOVIMENTOS MIGRATÓRIOS INTERNOS E EXTERNOS
Migração ou um movimento migratório é o movimento populacional de uma localidade para
outra.
Por que ocorrem os movimentos migratórios no Brasil?
Em terrenos brasileiros, ao contrário de outros países, estes movimentos não se dão por
conta de guerras, mas em sua quase totalidade por aspectos econômicos ou por causas naturais
como as grandes secas que assolam a região nordeste do país. Um bom exemplo de movimentos
migratórios no Brasil é o êxodo rural, que ocorre até os dias de hoje. Este processo é definido pela
grande migração com origem do norte e nordeste para a região sudeste, em busca de melhores
oportunidades de emprego e melhores condições de vida. O êxodo rural teve seu ápice na década
de 60 e 70 com a intensa industrialização de cidades como Rio de Janeiro e São Paulo, que
ofereciam empregos em novas indústrias. E também na construção de Brasília, a qual os retirantes
dessas regiões deram origem às cidades-satélites ao povoar as áreas em volta da capital federal.
Atualmente, ao contrário do que se via no passado, São Paulo e Rio de Janeiro apresentam
um percentual maior de saída da população em direção a outras regiões e cidades do interior do
que o percentual de chegada dos retirantes. Embora sejam cidades que continuem crescendo em
aspecto populacional.
MIGRAÇÕES EXTERNAS OU INTERNACIONAIS
As pessoas que se deslocam de seu lugar de origem são consideradas, em relação à área
de onde saíram, EMIGRANTES e, em relação à área para onde se destinaram e se estabeleceram,
IMIGRANTES. Essas áreas se constituem em áreas de repulsão (saída) e de atração
(entrada).
Um bom exemplo são os angolanos, sudaneses, ganeses e haitianos que estão chegando
no Brasil, e se direcionando para a região sul, especialmente na serra gaúcha. Saíram de uma
área de repulsão na condição de emigrantes e chegaram aqui (área de atração) na condição de
imigrantes
32
Diversos motivos levam as pessoas a migrar: guerras, perseguição política ou religiosa,
adversidades naturais como climas extremamente frios ou quentes, secas frequentes e
prolongadas, melhores condições de vida, entre outros.
Por dentro da noticia
Haitianos no Brasil
O GLOBO
GLOBO revelou drama dos cerca de 3 mil imigrantes que entraram ilegalmente
pelas fronteiras dos estados brasileiros fugindo da pobreza e em busca de trabalho nas
principais capitais do país
Leia mais em: http://oglobo.globo.com/infograficos/haitianos-no-brasil/ <último
acesso, julho de 2014>
G1.Globo
16/07/2014 12h29 - Atualizado em 16/07/2014 13h44
'Meu plano é sobreviver', diz migrante ganês em Caxias do Sul, RS, Jovem de 19 anos
chegou à cidade há uma semana e busca trabalho. Cerca de 100 africanos estão alojados
em seminário do município.
Leia mais em: http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2014/07/meu-plano-esobreviver-diz-ganes-refugiado-em-caxias-do-sul-rs.html <último acesso, julho de 2014>
TIPOS DE MIGRAÇÕES
Migração pendular: é aquela que as pessoas realizam todos os dias, quando vão de casa
para o trabalho ou para a escola. Funciona como um pêndulo, que vai e volta para o local de onde
veio.
Migração sazonal ou transumância: é quando a migração dura um determinado período
do ano ou alguns meses. É uma migração temporária. Por exemplo: uma pessoa que se muda
para outra região do país para estudar e retorna seis meses depois.
Migração permanente: é quando há o deslocamento e ele dura vários anos ou um tempo
indeterminado.
Êxodo rural ou migração campo-cidade: é a migração em massa dos trabalhadores do
campo para as cidades.
Migração cidade-cidade: é quando ocorre um fluxo de pessoas migrando entre as
diferentes cidades em um mesmo território.
Nomadismo: é quando as pessoas se deslocam entre diferentes pontos, não tendo um
local fixo de moradia.
Compreender as migrações é importante, pois elas obedecem a algumas razões
econômicas, sociais e naturais, evidenciando a existência de inúmeros outros fenômenos.
Consequências das migrações: Contribui com o processo de ocupação; Contribui com o
processo de miscigenação e difusão cultural; Contribui com o desenvolvimento, quando for de
mão-de-obra qualificada (fuga de cérebro); Concorrência com a mão-de-obra local, gera o
xenofobismo; Solução para problemas estruturais para o país de emigração, entre outros.
33
SETORES ECONÔMICOS E A POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVA (PEA)
Todo país, seja subdesenvolvido ou desenvolvido, possui uma população economicamente
ativa. Essa parcela do contingente populacional representa todas as pessoas que trabalham ou
que estão procurando emprego. São essas pessoas que produzem para o país e que integram o
sistema produtivo. A população de idade ativa é dividia em: população economicamente ativa e
não economicamente ativa ou mesmo inativa.
No caso específico do Brasil, a população ativa soma aproximadamente 79 milhões de
pessoas ou 46,7%, índice muito baixo, uma vez que o restante da população, cerca de 53,3%, fica
à mercê do sustento dos economicamente ativos. Em diversos países, o índice é superior,
aproximadamente 75% atuam no setor produtivo.
No Brasil, os homens representam 58% e as mulheres 42% daqueles que desenvolvem
atividades em distintos setores da economia.
Para entendermos melhor as atividades humanas de produção e consumo das mercadorias,
dividimos a economia em três principais setores: o primário, o secundário e o terciário. Dessa
forma, conseguimos compreender todo o processo que vai desde a exploração dos recursos
naturais à industrialização e utilização dos produtos.
Setor primário: o setor primário é a área em que as pessoas retiram os elementos da
natureza (extrativismo) ou cultivam algum tipo de matéria-prima no campo (agropecuária). Assim,
tudo o que é produzido nesse setor é chamado de produto primário. Exemplo: cultivo e produção
de café; extração de ouro ou prata.
Setor secundário: é a área responsável por transformar as matérias-primas em
mercadorias industrializadas. É o setor da produção industrial. Exemplo: moagem, refino e
empacotamento do café para o consumo; produção e confecção de joias.
Setor terciário: é o setor de comércio e serviços. É a área da economia em que os
produtos são direcionados ao consumidor. É também o setor em que ocorrem as atividades que
não estão relacionadas à produção de mercadorias, como a educação, o transporte, o turismo, a
administração pública, entre outros. Exemplos: supermercados, empresas de limpeza e vigilância,
entre outros.
Setor quaternário: envolve a tecnologia de ponta e pesquisas. Principais ramos:
aeroespacial, robótica, engenharia genética, biotecnologia, entre outros.
É interessante perceber que os diversos tipos de economias no mundo possuem diferentes
distribuições nos setores. Países considerados subdesenvolvidos possuem uma concentração
das atividades nos setores primários. Já os países emergentes (Brasil) e também os
desenvolvidos possuem uma maior concentração no setor terciário.
O RURAL E O URBANO: AS DUAS FACES DO ESPAÇO GEOGRÁFICO BRASILEIRO
As diferentes características dos espaços rural e urbano no Brasil
O espaço geográfico é formado pelo espaço urbano e também pelo espaço rural.
O espaço urbano é composto por vilas, povoados e cidades dos mais variados tamanhos. O
espaço rural é formado por lavouras, pastagens e ecossistemas naturais preservados.
No espaço rural encontramos pequenas propriedades onde são desenvolvidos
pequenos cultivos, mas encontramos também imensas fazendas onde são cultivadas enormes
lavouras com o uso de tratores, colheitadeiras, adubos, fertilizantes, irrigação etc.
34
No espaço urbano encontramos vilas, povoados e pequenas cidades com
algumas centenas ou milhares de habitantes até cidades enormes que abrigam milhões de
pessoas.
Rural e urbano: espaços que se complementam
Apesar de o espaço rural (campo) e o urbano (cidade) estarem separados espacialmente,
eles mantêm muitas relações entre si. A ocorrência de uma seca prolongada ou uma forte geada
compromete a produção de alimentos no espaço rural, fazendo aumentar o preço desses produtos
nas feiras, mercados e supermercados do espaço urbano. Outro exemplo: as pessoas que vivem
no campo (espaço rural) precisam vir à cidade (espaço urbano) para comprarem ferramentas e
utensílios que são utilizados no campo
O campo e a cidade estão cada vez mais interligados pelas atividades econômicas que
cada um desses espaços desenvolve, ou seja, as atividades econômicas praticadas no campo
dependem das atividades realizadas na cidade e vice-versa. Veja o quadro abaixo:
ESPAÇO RURAL BRASILEIRO
O desenvolvimento do agronegócio no Brasil acompanhou o crescimento da produção de
grãos, iniciado em larga escala a partir de meados da década de sessenta. Antes, a economia
agrícola brasileira era caracterizada pelo predomínio do café e do açúcar. Pouca importância se
dava ao projeto de utilização da imensa base territorial brasileira na produção de grãos. A produção
de alimentos básicos, como milho, arroz e feijão, era voltada para a subsistência, e os poucos
excedentes dirigidos ao mercado eram insuficientes para formar uma forte cadeia do agronegócio
dentro dos moldes hoje conhecidos.
Atualmente, o Brasil ainda é um país que tem grande atividade agrícola, quase a metade do
território é ocupada por estabelecimentos rurais. As concentrações e as relações estão divididas
em estrutura fundiária, latifúndio, minifúndio, expropriação e êxodo rural. No campo existem as
relações de trabalho que são diversificadas, como mão de obra familiar, posseiros, parceria,
arrendatários, trabalhadores assalariados temporários e o trabalho escravo no campo.
O agronegócio (é toda relação comercial e industrial envolvendo a cadeia produtiva
agrícola ou pecuária) representa mais de 22% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que
representa a soma de todas as riquezas produzidas no País. Os números também são positivos
nas vendas de produtos para outros países. O principal parceiro comercial do Brasil, a China,
importa US$ 388,8 milhões em produtos agrícolas brasileiros ou 8% no total exportado pelo setor.
Em seguida, aparecem os Estados Unidos, que importam do agronegócio nacional pouco menos
que os chineses.
Os produtos exportados de maior destaque são: carnes, produtos florestais, complexo soja grão, farelo e óleo, café e o complexo sucroalcooleiro - álcool e açúcar. A mandioca, o feijão e a
laranja também estão entre os principais produtos agrícolas do Brasil. Já o trigo é principal produto
agrícola que o Brasil importa.
Projeções mostram que, até 2022, a produção de grãos aumentará 22%, sendo a soja o
produto principal, com média de 2,3% ao ano. A carne de frango poderá crescer 4,2% e deve
liderar o ranking. O trigo, milho, carnes bovinas e suínas também aparecem nos resultados das
preliminares como produtos que vão puxar esse crescimento.
Não apenas o solo fértil, a disponibilidade de água em abundância, a biodiversidade e os
trabalhadores qualificados impulsionam o agronegócio. Contribuem também o aumento do preço
das commodities nos mercados interno e externo nos últimos anos.
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O Brasil e a fome
O Brasil é o quinto país do mundo em extensão territorial, ocupando metade da área do
continente sul-americano. Há cerca de 20 anos, aumentaram o fornecimento de energia elétrica e o
número de estradas pavimentadas, além de um enorme crescimento industrial. Nada disso,
entretanto, serviu para combater a pobreza, a má nutrição e as doenças endêmicas.
Em 1987, no Brasil, quase 40% da população (50 milhões de pessoas) vivia em extrema
pobreza. Nos dias de hoje, um terço da população é mal nutrido, 9% das crianças morrem antes de
completar um ano de vida e 37% do total são trabalhadores rurais sem terras.
Há ainda o problema crescente da concentração da produção agrícola, onde grande parte
fica nas mãos de poucas pessoas, vendo seu patrimônio aumentar sensivelmente e ganhando
grande poder político.
A produção para o mercado externo, visando à entrada de divisas e ao pagamento da dívida
externa, vem crescendo, enquanto a diversidade da produção de alimentos dirigida ao mercado
interno tem diminuído, ficando numa posição secundária. Ao lado disso, milhões de pessoas vivem
em favelas, na periferia das grandes cidades, como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte,
Porto Alegre, Recife, entre outras. O caso das migrações internas é um problema gerado dentro da
própria nação. Grande parte dos favelados deixou terras de sua propriedade ou locais onde
plantavam sua produção agrícola. Nos grandes centros, essas pessoas vão exercer funções mal
pagas, muitas vezes em trabalho não regular. Quase toda a família trabalha, inclusive as crianças,
frequentemente durante o dia inteiro, e alimenta-se mal, raramente ingerindo o suficiente para
repor as energias gastas. Nesse círculo vicioso, cada vez mais famílias se aglomeram nas cidades
passando fome por não conseguir meios para suprir sua subsistência.
INDÚSTRIA ORIENTA A ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO RURAL
Mesmo que o espaço urbano e o espaço rural dependam um do outro, a produção do campo
acaba se subordinando às necessidades da indústria.
De maneira geral, a indústria expande (cresce) motivada pelo aumento do consumo da população
urbana. À medida que a indústria cresce, ela passa a necessitar cada vez mais de matérias-primas
agrícolas, estimulando o campo a produzir gêneros para abastecer as fábricas. Se uma indústria de
açúcar se instala na cidade, a maioria dos produtores rurais substitui seus cultivos ou pastagens
por canaviais, cuja produção abastecerá as necessidades da indústria açucareira
Para suprir o crescente aumento das necessidades da indústria, o campo precisa fornecer
um volume cada vez maior de matérias-primas. Para aumentar a produção de suas lavouras, o
campo precisa se modernizar através de fertilizantes, adubos químicos, tratores e colheitadeiras.
Para aumentar a produção do rebanho, o campo passa a comprar das indústrias vacinas,
medicamentos e rações.
No Brasil e, sobretudo no centro-sul do país, a modernização do campo vem ocorrendo
desde as décadas de 1960 e 1970. A modernização do campo ocorre em função do
desenvolvimento de pesquisas agropecuárias, pela instalação de indústrias ligadas ao campo
(fábricas de tratores, implementos agrícolas, fertilizantes, adubos) e também pela expansão das
agroindústrias e cooperativas agrícolas.
As agroindústrias são empresas particulares que se destinam à industrialização de produtos
agropecuários (usinas de açúcar e álcool; vinícolas (vinho); de suco concentrado; óleo vegetal;
farinha; torrefação de café; laticínios; frigoríficos, dentre outras).
36
CLASSIFICAÇÃO DAS INDÚSTRIAS
As indústrias são classificadas de acordo com seu foco de produção. Sendo assim, temos as
indústrias de bens de produção e as indústrias de bens de consumo.
Responsáveis pela transformação de matérias-primas brutas em matérias-primas
processadas, as indústrias de bens de produção são consideradas a base do segmento industrial.
Essas indústrias extraem matéria-prima da natureza (madeira, óleos, plantas, petróleo, etc.), além
de transformar e fornecer bens para a estruturação de outras indústrias. São exemplos de
indústrias de bens de produção também chamadas de indústrias de base ou pesadas, a
metalúrgica, siderúrgica e a petroquímica.
As indústrias de bens de consumo são aquelas que têm sua produção direcionada para
os consumidores. Esse segmento visa fornecer objetos diretamente para o mercado consumidor.
Elas podem ser divididas em:
Indústrias de bens duráveis: fabricam produtos não perecíveis, tais como carros,
eletrodomésticos, mobílias, entre outros.
Indústrias de bens não duráveis: produzem mercadorias de primeira necessidade, como,
por exemplo, alimentos, bebidas, roupas, sapatos, remédios, etc.
Indústrias de ponta: são aquelas que desenvolvem e produzem bens que utilizam alta
tecnologia em suas fases de produção. Empregam mão-de-obra especializada e com alto grau de
escolaridade. Investem muito em pesquisa nas fases de desenvolvimento e produção, pois
privilegiam a inovação tecnológica. Grande parte destas indústrias tem sua matriz em países
desenvolvidos.
Exemplos: indústrias de aviões, de satélites de comunicação, de computadores,
equipamentos de diagnóstico médico, de telefones celulares, tablets e smartphones.
URBANIZAÇÃO NO BRASIL
O que é – Urbanização é o aumento da proporção da população que vive nas cidades em
relação à que vive no campo. Atualmente, ela é mais acelerada em países em desenvolvimento,
como o Brasil, ou pouco desenvolvidos. Desde 2008, a população urbana mundial é maior que a
rural, e essa proporção continua crescendo.
Brasil urbano – Desde a década de 1960, mais precisamente em 1965, a população
brasileira passou a ser majoritariamente urbana. Hoje o país está entre ao mais urbanizados do
mundo, com mais de 80% dos habitantes morando nas mais de 5,5 mil cidades brasileiras.
Regiões metropolitanas – O Brasil possui 31 regiões metropolitanas, que abrigam um
terço dos domicílios urbanos e 30% da população do país. A maior delas, a Grande São Paulo, é
uma megalópole com 18 milhões de habitantes.
PROBLEMAS URBANOS
O rápido e desordenado processo de urbanização ocorrido no Brasil trouxe uma série de
consequências, em sua maior parte negativas. A falta de planejamento urbano e de uma política
econômica menos concentradora irá contribuir para a ocorrência dos seguintes problemas:
Favelização – Ocupações irregulares nas principais capitais brasileiras, como Rio de
Janeiro e São Paulo, serão fruto do grande fluxo migratório em direção às áreas de maior oferta de
emprego do país. A falta de uma política habitacional acabou contribuindo para o aumento
acelerado das favelas no Brasil.
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Violência Urbana – Mesmo com o crescimento industrial do país e com a grande oferta de
emprego nas cidades do sudeste, não havia oportunidades de emprego o bastante para o grande
fluxo populacional que havia se deslocado em um curto espaço de tempo. Por essa razão, o
número de desempregados também era grande, o que passou a gerar um aumento dos roubos,
furtos, e demais tipos de violência relacionadas às áreas urbanas.
Poluição – O grande número de indústrias, automóveis e de habitantes vai impactar o
aumento das emissões de gases poluentes, assim como com a contaminação dos lençóis freáticos
e rios dos principais centros urbanos.
Enchentes – A impermeabilização do solo pelo asfaltamento e edificações, associado ao
desmatamento e ao lixo industrial e residencial, fazem com que os problemas das enchentes seja
algo comum nas grandes cidades brasileiras.
Macrocefalia - muitos centros urbanos têm um crescimento desordenado e acelerado
provocado pelo desenvolvimento do país em um curto espaço de tempo, que causa um fenômeno
marcado pelo inchaço e pela falta de estrutura em determinadas áreas da cidade: a macrocefalia
urbana.
O BRASIL NA GLOBALIZAÇÃO
Por ser um país integrado a economia mundial capitalista e com conexões culturais com
diversos países do mundo, o Brasil está participando ativamente do mundo globalizado.
O Brasil possui uma economia aberta ao mercado internacional, ou seja, nosso país vende
e compra produtos de diversos tipos para diversas nações. Fazer parte da globalização econômica
apresenta vantagens e desvantagens.
Em relação a América Latina é o maior e o terceiro maior entre todos os países da
América, além disso, está entre os 10 maiores do mundo. Apesar disso, é considerado um país
subdesenvolvido, de economia emergente, com recentes crescimentos econômicos registrados nas
últimas décadas. Assim, o país integra o Mercosul (Mercado Comum do Cone Sul), um bloco
econômico que envolve alguns países sul-americanos. É também considerado um dos BRICS
(sigla para Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que não é um bloco econômico, mas um
termo para designar aqueles países com grande potencial de crescimento e desenvolvimento.
Uma das vantagens para o país é o acesso aos produtos internacionais, muitas vezes mais
baratos ou melhores do que os fabricados no Brasil. Por outro lado, estes produtos, muitas vezes,
entram no mercado brasileiro com preços muitos baixos, provocando uma competição injusta com
os produtos nacionais e levando empresas à falência e gerando desemprego em nosso país. Isso
vem ocorrendo atualmente com a grande quantidade de produtos chineses (brinquedos, calçados,
tecidos, eletrônicos) que entram no Brasil com preços muito baixos.
Outra questão importante no aspecto econômico é a integração do Brasil no mercado
financeiro internacional. Investidores estrangeiros passam a investir no Brasil, principalmente
através da Bolsa de Valores, trazendo capitais para o país. Porém, quando ocorre uma crise
mundial, o Brasil é diretamente afetado, pois tem sua economia muito ligada ao mundo financeiro
internacional. É muito comum, em momentos de crise econômica mundial, os investidores
estrangeiros retirarem dinheiro do Brasil, provocando queda nos valores das ações e diminuição de
capitais para investimentos.
38
CULTURA BRASILEIRA E GLOBALIZAÇÃO
No aspecto cultural os pontos são mais positivos do que negativos. Com a globalização, os
brasileiros podem ter acesso ao que ocorre no mundo das artes, cinema, música, etc. Através da
televisão, internet, rádio, cinema e intercâmbios culturais, podemos ficar conectados ao mundo
cultural internacional. Conhecimentos científicos, artísticos e tecnológicos chegam ao Brasil e
tornam nossa cultura mais dinâmica e completa.
Por outro lado, a cultura brasileira sofre com essa influência musical e comportamental
maciça, principalmente originária dos Estados Unidos. As músicas, os seriados e os filmes da
indústria cultural norte-americana vão espalhando comportamentos e gostos que acabam
diminuindo, principalmente entre os jovens, o interesse pela cultura brasileira.
AS REGIÕES DO BRASIL
A divisão regional oficial do Brasil é aquela estabelecida pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), sendo composta por cinco complexos regionais: Centro-Oeste,
Nordeste, Norte, Sudeste e Sul, estas veremos no módulo 4. No entanto, além dessa
regionalização do território nacional, existe outra divisão regional (não oficial), conhecida como
regiões geoeconômicas do Brasil: a Amazônia, o Nordeste e o Centro-Sul. Os critérios
adotados para a delimitação dessas três regiões foram os aspectos naturais e, principalmente, as
características socioeconômicas.
REGIÕES GEOECONÔMICAS
Amazônia: abrange os territórios dos estados do Acre, Amazonas, Roraima, Rondônia,
Amapá, Pará e parte do Maranhão, do Tocantins e do Mato Grosso. Apesar de ser a maior das
regiões, é a menos povoada, com várias de suas áreas contendo o que se chama de “vazios
demográficos”. Isso ocorre graças ao baixo número de habitantes por quilômetro quadrado.
É também a região que apresenta os menores índices de industrialização do país, embora
exista a Zona Franca de Manaus e o Polo Petroquímico da Petrobras, que são importantes áreas
produtivas e que empregam muitos trabalhadores. A Amazônia contribui somente com 8% do PIB
(Produto Interno Bruto) brasileiro, mas sua importância encontra-se mesmo na conservação da
Floresta Amazônia, que é cada vez mais ameaçada pela fronteira agrícola no país. As principais
capitais dessa região são Manaus, Palmas e Belém.
Nordeste: a região geoeconômica do Nordeste foi a primeira área do Brasil a ser ocupada
pelo processo de colonização e guarda até hoje as marcas desse evento histórico. Ela abrange os
estados do Piauí, Rio Grande do Norte, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia,
além do leste do Maranhão e do norte de Minas Gerais.
Essa região passou por problemas históricos, sobretudo ao longo do século XX, quando a
concentração econômica do Brasil ocorreu no Centro-Sul. Por causa disso, além de alguns
problemas relacionados com o clima seco em algumas áreas, o Nordeste sofreu, em grande parte,
com a emigração (saída de habitantes) para outras regiões, além de apresentar um elevado grau
de dependência.
Atualmente, a região está recuperando-se, industrializando-se e aumentando a sua
participação no PIB brasileiro, que atualmente se encontra no índice de 14%. As principais cidades
são Salvador (que já foi a capital do Brasil), Fortaleza, Recife e Natal.
Centro-Sul: a região centro-sul ocupa a área dos estados de Goiás, São Paulo, Rio de
Janeiro, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande de Sul, Mato Grosso do Sul, além de
39
parte do Mato Grosso e de Minas Gerais. É a região mais povoada e economicamente mais
avançada, sendo responsável por mais de 78% do PIB brasileiro, apesar de ocupar apenas 26% do
território.
As principais metrópoles brasileiras – São Paulo e Rio de Janeiro – encontram-se nessa
região. Além disso, as áreas de maior produção industrial (Sudeste e Sul) e agrícola (Centro-Oeste)
também são do centro-sul brasileiro. Seus avanços econômicos ocorreram desde o período da
cafeicultura, no início do século XX, que dinamizou não só a produção, como também as
infraestruturas.
Por outro lado, os elevados índices de urbanização geram vários problemas sociais e a
quase destruição de três grandes tipos de vegetação: a Mata Atlântica, a Mata de Araucária e o
Cerrado. As principais cidades são: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília e Porto
Alegre.
DIVISÃO REGIONAL OFICIAL SEGUNDO O IBGE
REGIÃO SUDESTE
A Região Sudeste possui extensão territorial de 924.511,3 quilômetros quadrados, ocupando
10,9% da área total do Brasil. O Sudeste é formado por quatro estados: Espírito Santo (Vitória),
Minas Gerais (Belo Horizonte), Rio de Janeiro (Rio de Janeiro) e São Paulo (São Paulo).
De acordo com dados divulgados em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), essa Região possui 80.353.724 habitantes, sendo a mais populosa do Brasil. Esse
contingente populacional corresponde a 42,2% da população total do país.
O Sudeste também é a Região mais povoada, pois sua densidade demográfica (população
relativa) é a maior do Brasil, com cerca de 87 habitantes por quilômetro quadrado.
O relevo é composto por planaltos, planícies e depressões. O clima varia conforme cada
localidade, podendo ser tropical, tropical de altitude, subtropical e litorâneo úmido. A cobertura
vegetal é diversificada, com áreas de Cerrado, Mata Atlântica, Campos, Caatinga, Mata de
Araucária e vegetação litorânea.
Na economia, o Sudeste se destaca por ser a Região mais desenvolvida do país, abrigando
o maior parque industrial brasileiro. A indústria é bastante diversificada, atuando nos segmentos
siderúrgico, metalúrgico, automobilístico, informática, alimentício, petroquímico, entre tantos outros.
A região sudeste também abriga as duas importantes metrópoles globais do país: São Paulo
(SP) e Rio de Janeiro (RJ). Essas duas metrópoles globais estão entre as cidades mais
importantes do planeta, pois abrigam sedes de grandes empresas nacionais, filiais de empresas
transnacionais, sedes de grandes bancos e as principais universidades e centros de pesquisas do
país. São Paulo e Rio de Janeiro exercem influência no cenário nacional e internacional, com
destaque para São Paulo, que é responsável pelo atendimento de 18% dos serviços de educação
e 21% dos serviços de saúde que habitantes de outros municípios procuram nas metrópoles
brasileiras.
A agropecuária é praticada com técnicas modernas, fato que aumenta a produtividade. Outra
importante fonte de recursos financeiros é o setor de serviços, com bancos, mercados de capitais e
o turismo, sobretudo nas cidades litorâneas do Rio de Janeiro e o turismo de negócios em São
Paulo.
Esse desenvolvimento econômico contribui para os bons indicadores socioeconômicos da
Região, que detém o segundo melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil. No
40
entanto, o Sudeste não está isento de problemas sociais. Existe uma grande desigualdade social
nesses estados, além da violência, desemprego, déficit habitacional, etc.
TECNOPOLO BRASILEIRO
O Tecnopolo (são centros tecnológicos que reúnem diversos institutos, centros de pesquisa,
empresas e universidades) brasileiro, que ficou conhecido como "Vale do Silício Brasileiro". Vários
tecnopolos disputam esse título, um deles é o de Campinas, no interior do estado de São Paulo.
Ele reúne, no mesmo polo tecnológico, empresas como a IBM, Samsung, Motorola, Dell, Fairchild,
Huawei, 3M e Bosch, além de vários parques industriais e incubadoras de empresas de alta
tecnologia
O estado de São Paulo abriga, ainda, importantes parques tecnológicos como o da cidade de
São Carlos, que reúne importantes universidades, entre elas a USP (Universidade de São Paulo) e
a Universidade Federal de São Carlos Ainda no estado de São Paulo, encontra –se o maior centro
tecnológico na área aeronáutica e espacial do Brasil, localizado na cidade de São José dos
Campos Este é um dos mais avançados parques tecnológicos brasileiros
O Tecnopolo de Campinas e os parques Tecnológicos aqui citados, somados aos centros de
pesquisa e laboratórios das demais universidades públicas da região, fazem com que o interior do
estado de São Paulo represente um quarto da produção científica do país
REGIÃO SUL
Formada pelos estados do Paraná (Curitiba), Santa Catarina (Florianópolis) e Rio Grande do
Sul (Porto Alegre), a Região Sul ocupa uma área de 576.409,6 quilômetros quadrados, sendo a
menor do Brasil em extensão territorial.
De acordo com dados divulgados em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), essa Região possui 27.384.815 habitantes, distribuídos da seguinte forma: Paraná
(10.439.601), Santa Catarina (6.249.682) e Rio Grande do Sul (10.695.532).
Uma das principais características da população sulista é a forte influência dos europeus. A
Região recebeu vários migrantes da Alemanha, Itália, Polônia, entre outros. Com isso, os estados
do Sul apresentam várias manifestações culturais de origem europeia.
Com exceção do extremo norte do Paraná, o território da Região Sul pertence à Zona
Climática Temperada do Sul, situada entre o Trópico de Capricórnio e o Círculo Polar Ártico. Com
isso, o clima predominante é o temperado, registrando baixas temperaturas durante o inverno.
A vegetação é bastante diversificada, com áreas de floresta tropical, mangues litorâneos,
mata de araucárias, campos (pampas). Os principais rios são o Pelotas, Uruguai, Jacuí, do Peixe,
Iguaçu, Paraná, Paranapanema, etc.
A Hidrografia da Região Sul possui duas importantes bacias hidrográficas: Bacia do Rio
Paraná, onde está situada a Usina Hidroelétrica de Itaipu na divisa do Brasil com o Paraguai, e a
Bacia do Rio Uruguai. A hidrografia da Região Sul pode ser dividia em: Região hidrográfica da
bacia do rio Uruguai, Região hidrográfica da bacia do Guaíba e Região hidrográfica das bacias do
Litoral.
As principais cidades da Região Sul são: Curitiba (capital do Paraná), Porto Alegre (capital
do Rio Grande do Sul), Florianópolis (capital de Santa Catarina), Joinville, Londrina, Caixas do Sul,
Maringá, entre outras.
A região possui uma economia baseada principalmente no setor industrial, devido às suas
exportações e pelo fato de seus estados fazerem fronteira com países da América do Sul. As
41
cidades que mais abrigam as empresas são Curitiba, no Paraná, e Porto Alegre, no Rio Grande do
Sul. Nessas capitais, há um grande número de montadoras de carros que oferecem milhares de
emprego aos moradores.
O estado do Paraná possui uma economia variada e por isso é uma das melhores do Brasil.
Ela está baseada principalmente na agricultura, pecuária, mineração e indústria. No Paraná, o solo
fértil ajuda na produção de produtos como trigo, milho, algodão e café. Na pecuária, o número
expressivo de seu rebanho ajuda na produção e venda de carnes e leites. A mineração do estado
fica por conta da extração de minérios como ouro, cobre, mármore e ferro. O estado ainda conta
com um parque industrial em Curitiba, sua capital.
Em Santa Catarina, a economia é baseada em atividades como o extrativismo, a agricultura,
a pecuária, a pesca e o turismo, sendo que é um dos estados mais ricos. Na indústria, o estado
mantém empresas em diversos ramos e duas das principais indústrias alimentícias do Brasil.
No ramo da extração, destacam-se as reservas de carvão, fluorita, argila e quartzo. A
agricultura do estado produz alimentos como soja, fumo, feijão, banana, cebolas, maçãs, uvas,
aveia e cevada. Já a pesca e a pecuária são uma das principais bases dessa economia. Outra
vertente da economia de Santa Catarina é o turismo que atrai milhares de visitantes todos os anos.
A economia do Rio Grande do Sul teve influência das características de seus imigrantes e
atualmente aparece entre as mais importantes do país. O PIB do estado tem aumentado
gradativamente nos últimos anos. Primeiramente, aparece o setor de serviços seguidos pela
indústria e a agropecuária na produção de grãos como soja, arroz, milho e trigo. Além disso, os
gaúchos possuem um grande rebanho de bois e uma extensa criação de aves.
Paraná: Papel, celulose, fabricação de caminhões e automóveis, eletrodomésticos e agroindústria.
Santa Catarina: Produção de carnes e fabricação de calçados e roupas de marca.
Rio Grande do Sul: Petroquímica, produção de carros, calçados, metalurgia, vinhos e alimentos.
RS fica em 4º lugar entre Estados, mostra índice de desenvolvimento
RS ocupa segundo lugar em longevidade e segurança, quinto em padrão de vida e
oitavo em educação
28/05/2014
Com foco na vida real e formato simplificado, um novo índice de desenvolvimento
é lançado como resultado de parceria entre Zero Hora e PUCRS, com apoio institucional
da Celulose Rio-grandense. Chamado de Índice de Desenvolvimento Estadual-RS (iRS),
o indicador mede o desempenho dos Estados em três dimensões: padrão de vida,
educação e, reunidos, longevidade e segurança. O objetivo da iniciativa é contribuir para
o debate sobre a situação atual do Estado e as melhores alternativas para avançar.
O resultado geral mostra o Rio Grande do Sul em quarto lugar no Brasil, posição
mantida de 2005 a 2012, enquanto outras unidades da federação avançaram. Olhando
cada uma das dimensões, o Estado fica em segundo lugar em longevidade e segurança,
em quinto em padrão de vida e em oitavo em educação.
Leia mais em: http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/economia/noticia/2014/05/rs-ficaem-4-lugar-entre-estados-mostra-indice-de-desenvolvimento-4511551.html
<último
acesso, julho de 2014.
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O Sul apresenta os melhores indicadores socioeconômicos do país. Entre os bons resultados
estão as baixas taxas de mortalidade infantil e de analfabetismo; elevada expectativa de vida (75
anos) e elevada renda per capita.
REGIÃO CENTRO-OESTE
A Região Centro-Oeste ocupa uma área de 1.606.371,5 quilômetros quadrados, sendo a
segunda maior do Brasil. Os estados que compõem essa região e suas respectivas capitais são:
Goiás (Goiânia), Mato Grosso (Cuiabá) e Mato Grosso do Sul (Campo Grande), além do Distrito
Federal (Brasília – que é capital do Brasil).
Essa região possui belas paisagens, como cachoeiras, rios, grutas, serras, chapadas
(Chapada dos Parecis, a Chapada dos Guimarães e a Chapada dos Veadeiros) e uma grande
diversidade de animais espalhados pelos biomas. Outro atrativo são as águas quentes de Caldas
Novas e de Rio Quente, que formam a maior estância hidrotermal do mundo. Todas essas belezas
naturais garantem a região um futuro altamente promissor no turismo.
Paisagem Natural: Relevo predominante de planaltos e Chapadas O clima característico é o
Tropical com duas estações pluviométricas definidas, o verão quente e chuvoso e inverno seco em
razão da chegada da mTc (massa tropical continental). A vegetação predominanteCERRADO
é a do Cerrado
mas também está presente a Floresta Equatorial na porção setentrional do estado do Mato
Grosso e a vegetação do Complexo do Pantanal no extremo oeste da região.
Quanto aos recursos hídricos a região Centro-Oeste é muito rica. Nela está situada parte de
três das maiores bacias hidrográficas da América do Sul: A Amazônia, a do Tocantins-Araguaia e a
Platina, formada pelas bacias do Paraguai, do Paraná, do Uruguai. O rio Paraguai drena o
Pantanal e, por ser um rio de planície, é bastante para navegação. Os demais rios dessa imensa
bacia – o Paraná e o Uruguai – são planálticos, o que contribui para que suas águas sejam
aproveitadas para a produção de hidroeletricidade.
Dentre as usinas hidrelétricas existentes nessa região, pode-se citar, por sua importância
regional, a de Itumbiara, no rio Paranaíba, e a de Serra da Mesa, no rio Tocantins. Essas usinas
integram o sistema elétrico de Furnas, uma das mais importantes empresas subsidiárias da
Eletrobrás.
Paisagem Humanizada: É a região de mais de forte miscigenação e também a de maior
crescimento demográfico percentual do país atualmente. Destacam-se na região as Metrópoles:
Brasília na categoria Metrópole Nacional segundo o IBGE e as três regionais: Goiânia, Campo
Grande e Cuiabá
MINERAÇÃO E INDÚSTRIA
A origem geológica de grande parte do território do Centro-Oeste, datada do Pré-cambriano
e do Paleozoico, permite que a região apresente grandes possibilidades de ocorrência de recursos
minerais. A produção de minérios, no entanto, é ainda pouco significativa quando comparada à de
outras regiões brasileiras, como o Norte e o Sudeste.
Entre as ocorrências registradas, merecem destaque as produções de ferro e manganês
encontrados no maciço de Urucum, no interior do pantanal Mato-grossense.
No extrativismo vegetal, sobressaem a extração de látex (borracha) e de madeiras em geral,
na porção setentrional da região, e de erva-mate e madeiras, na porção meridional.
43
O setor industrial recebe grande influência da agricultura. "Algumas malhas de
industrialização estão focadas na agroindústria, e muito ligadas à melhoria da produção primária",
afirma destaque ainda para as indústrias de alimentos, fertilizantes e frigorífica.
Além disso, a proximidade da matéria-prima, disponibilidade energética, infraestrutura
interna e externa, como rodovias, hidrovias e portos marítimos que permitem o escoamento da
produção para outras regiões do país e dos países da América do sul, tem atraído industrias
nacionais e estrangeiras.
No entanto, ainda, a principal atividade econômica da região é a agropecuária, com destaque
para a criação de gado (predomínio para bovinocultura e suína no sistema extensivo) e os cultivos
de soja, arroz, milho, sorgo, cana-de-açúcar, algodão, etc.
Pausa para definição: Pecuária extensiva: É a pecuária que utiliza uma grande área
destinada a pastagens, neste sistema os animais andam livremente por uma grande
área. Comum para os rebanhos destinados ao corte
BIODIVERSIDADE DO CERRADO
Muitas espécies vegetais do Cerrado são endêmicas da região. Isso quer dizer que são
espécies nativas e não são encontradas em nenhuma outra parte do mundo. Embora o Cerrado
apresente uma paisagem aparentemente árida, ele é constituído por uma vegetação rica e
adaptada aos períodos mais secos do ano.
MEIO AMBIENTE:
No início da década de 90, restavam apenas 20% (vinte por cento) da vegetação
original dos cerrados. Em Goiás, as práticas ambientais agressivas adotadas pela agropecuária,
esgotam os mananciais e destroem o solo. No nordeste de Goiás e Mato Grosso, há constante
desertificação, ocasionada pelo desmatamento sem controle. Entre 1998 e 2000 (três anos), quase
900 mil hectares de floresta são derrubados.
AQUÍFERO GUARANI
Aquífero é um grande reservatório de águas subterrâneas localizado a centenas de metros
de profundidade. Pesquisas indicam que o território brasileiro abriga 27 aquíferos, sendo que o
maior em extensão e em volume de água é o Aquífero Guarani.
Com cerca de 1,2 milhão de quilômetros quadrados, o Aquífero Guarani está presente em
quatro países sul-americanos: Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Aproximadamente 70% desse
reservatório de água está localizado no Brasil, espalhado pelo subsolo de Mato Grosso, Mato
Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
A estrutura geológica da região que abrange o Aquífero Guarani é responsável pelo
armazenamento de água no subsolo. Essa área é formada por rochas sedimentares, muita areia e
pouca argila, características que facilitam a absorção das águas das chuvas, que, após absorvidas,
ficam confinadas em rochas impermeáveis a centenas de metros de profundidade.
44
FOLHA DE SÃO PAULO
LIXO AMEAÇA ÁREA DE RECARGA DO AQUÍFERO
07/02/2014 –
É o que informa um inquérito da Promotoria de Ribeirão Preto sobre o bairro
Parque dos Lagos, na zona leste do município.
A promotora do Gaema (Grupo de Atuação Especial em Defesa do Meio Ambiente)
de Ribeirão Preto, Cláudia Maria Habib, disse que a região acumula uma grande
quantidade de dejetos. “Já falaram em mais de mil caminhões de lixo.”
Para a promotora, o acúmulo de lixo na área é consequência do crescimento dos
empreendimentos na área, que foi “explorada de maneira inconsequente”.
A Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) e a Prefeit ura de
Ribeirão Preto estão levantando informações para iniciar a recuperação do local
Leia
mais
em
http://www.azevedosette.com.br/sustentabilidadeambiental/noticias/exibir/4374 <último acesso, julho de 2014>
DISTRITO FEDERAL
O Distrito Federal localiza-se na Região Centro-Oeste do território brasileiro, cuja capital,
Brasília, abriga a sede do Executivo federal, a Câmara dos Deputados, o Superior Tribunal de
Justiça e o Supremo Tribunal Federal.
O Distrito Federal não é um Estado e nem possui municípios, é um território autônomo
composto por 30 Regiões administrativas (cidades-satélites); exceto Brasília, a capital federal e
sede do governo do Distrito Federal.
A construção da capital federal no Centro-Oeste brasileiro objetivou a ocupação do oeste do
território nacional, pois, garantiria a ocupação de terras quase despovoadas e proporcionaria novas
possibilidades de desenvolvimento econômico na região, além de ser menos vulnerável a ataques
externos. O Distrito Federal está localizado numa porção de área que pertencia ao Estado de
Goiás. O objetivo foi atingido, pois o contingente populacional da região teve um aumento
significativo, entre as décadas de 1960 e 1970 a população do Distrito Federal quase quadruplicou,
recebendo um fluxo migratório de mais de 30.000 pessoas anualmente. A construção de Brasília,
além da continuidade de políticas públicas que visavam à ocupação e o desenvolvimento
econômico da região, intensificou o fluxo migratório para o território.
Seu projeto urbanístico foi desenvolvido por Lúcio Costa, e o projeto arquitetônico por Oscar
Niemeyer. Aproximadamente 30 mil operários construíram Brasília em 41 meses, durante o
governo do presidente Juscelino Kubitschek. A nova capital federal foi inaugurada no dia 21 de
abril de 1960, data escolhida para homenagear Tiradentes.
Brasília é a principal atração do Distrito Federal e em 1987 foi declarada pela Organização
das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) patrimônio cultural da
humanidade, por seu valor arquitetônico e por ter sido a primeira cidade construída no século XX
para ser uma capital.
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REGIÃO NORTE
O Norte é a maior Região do Brasil, com extensão territorial de 3.853.327,2 quilômetros
quadrados, o que corresponde a aproximadamente 45% da área total do país. Essa grande área é
formada pelos seguintes estado:
Amapá – capital Macapá; Amazonas – capital Manaus; Pará – capital Belém; Rondônia – capital
Porto Velho; Roraima – capital Boa Vista e Tocantins – capital Palmas.
Apesar de ser a maior Região do país, o Norte possui o segundo menor contingente
populacional. De acordo com dados do Censo Demográfico, realizado em 2010 pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 15.865.678 pessoas residem nos estados nortistas,
sendo que o Pará é o estado mais populoso – 7.588.078. Manaus, capital do Amazonas, é a cidade
mais populosa da Região (1.802.525 habitantes.). A outra cidade com mais de 1 milhão de
habitantes é Belém, capital do Pará.
O clima predominante na Região é o tropical, com temperaturas elevadas e grande
quantidade de chuvas. O relevo é marcado por planaltos, planícies e depressões. O ponto mais
elevado do Norte e também do Brasil é o Pico da Neblina, com 2.993,78 metros acima do nível do
mar, localiza-se na Serra do Imeri - AM, fronteira entre Brasil e Venezuela. Em comparação com as
outras regiões brasileiras, tem o segundo menor IDH (em 2005) e o menor PIB (em 2010).
Nessa região está localizado um importante ecossistema para o planeta: a Amazônia, além
de pequenas faixas de mangue no litoral, alguns pontos de cerrado e também alguns pontos de
matas galerias. Suas maiores e principais cidades são Manaus, Belém e Porto Velho. Também na
região Norte estão situados os dois maiores estados do Brasil em superfície, Amazonas e Pará, e
os dez maiores municípios do Brasil em área territorial, sendo quatro no estado do Pará e seis no
estado do Amazonas. Porto Velho, a capital brasileira com maior área territorial, também localizase na região.
RESERVAS INDÍGENAS, BIODIVERSIDADE E POLUIÇÃO:
As 26 unidades de conservação da região, compreendem apenas 3,2% da Amazônia, de
acordo com o Fundo Mundial para a Natureza (WWF). Devido à inexistência de fiscalização, essas
áreas são alvo de queimadas. Entre 1997 e 1998, aumenta em 27% a parcela da Amazônia Legal
devastada por essa prática, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Dos 4
milhões de km² de floresta original, 13,3% já não existem mais. Pará, Rondônia e Acre são os
estados que mais contribuem para o aumento desse índice.
Além de afetar a fauna e a flora, as queimadas prejudicam a vida dos milhares de índios
que ainda habitam a região. De acordo com a FUNAI, são cerca de 164 mil índios de diferentes
etnias. A maior é a dos ianomâmis, com 9 mil representantes. A Região Norte detém 81,5% das
áreas indígenas protegidas por lei - o Amazonas possui a maior extensão dessas terras (35,7%). A
influência desses povos nativos se faz presente na culinária e na festa do Bumba-Meu-Boi de
Parintins (AM). Junto com o Círio de Nazaré, que acontece em Belém (PA), é uma das festas
regionais mais conhecidas.
A biodiversidade e os habitantes do Norte, sofrem ainda outro grave problema: a poluição
dos rios pelo mercúrio, que contamina populações ribeirinhas. Alguns cientistas creem que o
mercúrio detectado não seja consequência apenas da ação do homem no garimpo de ouro, mas
que ele também esteja sedimentado em solos da região.
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ECONOMIA E ENERGIA:
A economia se baseia no extrativismo de produtos como o látex, açaí, madeiras e castanha.
A região também é rica em minérios. Lá estão a Serra dos Carajás (PA), a mais importante área de
mineração dos pais, produtora de grande parte do minério de ferro exportado, e a Serra do Navio
(AP), rica em manganês. A extração mineral, porém, praticada sem os cuidados adequados,
contribui para a destruição ambiental.
No rio Tocantins, no Pará, encontra-se a usina hidrelétrica de Tucuruí, a maior da região e
2ª do país (a maior inteiramente nacional, já que Itaipu, no Paraná, é binacional - Brasil/Paraguai).
Existem ainda outras usinas menores como Balbina, no rio Uatumã (AM) e Samuel, no rio Madeira
(RO).
O governo federal oferece incentivos fiscais para a instalação de indústrias no Amazonas,
especialmente montadoras de eletrodomésticos. Sua administração cabe à Superintendência da
Zona Franca de Manaus (SUFRAMA) e os incentivos deverão permanecer em vigor até 2023.
De acordo com levantamento da Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústrias de
Base, a região ocupa o segundo lugar atrás do Sudeste nos investimentos públicos e privados,
programados para até 2003. Até lá, serão injetados no Norte, cerca de 43 bilhões de dólares.
Grande parte dos investimentos privados se concentrará na agroindústria.
A Região Norte tem priorizado a oferta e a redistribuição de energia para seus estados. O
Pará, por exemplo, concluiu em 1999 a linha Tramoeste, que leva a energia de Tucuruí, no rio
Tocantins, até o oeste paraense. No Amazonas, como a planície da bacia amazônica inviabiliza a
construção de hidrelétricas, o estado investe no gás natural. Está em andamento o projeto do uso
do gás de Urucum, na bacia do rio Solimões. A Petrobrás é sócia minoritária, com 24% e o restante
é do governo estadual, que repassará cotas para empresas privadas. Os maiores consumidores
são as geradoras de energia elétrica, que passarão a usar o novo combustível em substituição ao
óleo diesel para movimentar as turbinas de suas termelétricas.
O programa federal de eletrificação rural "Luz no Campo", atende aos estados de Rondônia,
Acre, Roraima, Pará e Tocantins.
AQUÍFERO ALTER DO CHÃO
Pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA) divulgaram oficialmente em 2012, a
descoberta do que afirmam ser o maior aquífero do mundo. A imensa reserva subterrânea sob os
Estados do Pará, Amazonas e Amapá tem o nome provisório de Aquífero Alter do Chão, em
referência à cidade de mesmo nome, centro turístico perto de Santarém.
Estudos pontuais e vários dados coletados ao longo de mais de 30 anos permitem dizer que
se trata da maior reserva de água doce subterrânea do planeta. É maior em espessura que o
Aquífero Guarani, considerado pela comunidade científica o maior do mundo, assegura Milton
Matta, geólogo da UFPA. A capacidade do aquífero não foi estabelecida. Os dados preliminares
indicam que ele possui uma área de 437,5 mil quilômetros quadrados e espessura média de 545
metros. Menor em extensão, mas maior em espessura do que o Guarani.
Matta cita a porosidade da rocha em que a água está depositada como um dos indícios do
potencial do reservatório. A rocha é muito porosa, o que indica grande capacidade de reserva de
água. Além do mais, a permeabilidade (a conexão entre os poros da rocha) também é grande.
Segundo ele, apesar de as dimensões da reserva não terem sido mapeadas, sai do aquífero
a água que abastece 100% de Santarém e quase toda Manaus. A vazão dos poços perfurados na
região do aquífero é outro indício de que sua reserva é muito grande, afirma Matta. Para o geólogo
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Ricardo Hirata, do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo, a comparação com o
Guarani é interessante como referência, mas complicada. O Guarani é um aquífero extremamente
importante para o Brasil e para a América Latina, mas não é o maior do mundo. Há pelo menos um
aquífero, na Austrália, que é maior que o Guarani, contesta.
Leia mais em: http://bibocaambiental.blogspot.com.br/2011/08/aquifero-alter-do-chao-nonorte-do.html <último acesso, julho de 2014
BRASIL TEM UM NOVO RIO AMAZONAS (SUBTERRÂNEO)
Tese de doutorado apresentada no 12º Congresso Internacional da Sociedade Brasileira de
Geofísica - 2012
Pesquisadores do Observatório Nacional encontraram evidências de um rio subterrâneo de
6.000 quilômetros de extensão que encontra-se abaixo do rio Amazonas, a uma profundidade de
4.000 metros. Os dois cursos d'água têm o mesmo sentido de fluxo, de oeste para leste, mas se
comportam de forma diferente. A descoberta foi possível graças aos dados de temperatura de 241
poços profundos perfurados pela Petrobras nas décadas de 1970 e 1980, na região amazônica. A
estatal procurava petróleo.
Fluidos que se movimentam por meios porosos - como a água que corre por dentro dos
sedimentos sob a Bacia Amazônica - costumam produzir sutis variações de temperatura. Com a
informação térmica fornecida pela Petrobrás, os cientistas Valiya Hamza, da Coordenação de
Geofísica do Observatório Nacional, e a professora Elizabeth Tavares Pimentel, da Universidade
Federal do Amazonas, identificaram a movimentação de águas subterrâneas em
profundidades de até 4 mil metros.
Leia mais em: http://bibocaambiental.blogspot.com.br/2011/08/aquifero-alter-do-chao-no-nortedo.html <último acesso, julho de 2014
ZONA FRANCA DE MANAUS (ZFM)
A Zona Franca de Manaus (ZFM) é uma zona franca da cidade de Manaus, criada pelo
Decreto-Lei 288/19671 para impulsionar o desenvolvimento econômico da Amazônia Ocidental.
Administrado pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA).
A ZFM compreende três polos econômicos: comercial, industrial e agropecuário. O
primeiro teve maior ascensão até o final da década de 80, quando o Brasil adotava o regime de
economia fechada. O industrial é considerado a base de sustentação da ZFM. O polo Industrial de
Manaus possui aproximadamente 600 indústrias (2012) de alta tecnologia gerando mais de meio
milhão de empregos, diretos e indiretos, principalmente nos segmentos de eletroeletrônicos, duas
rodas e químico. Entre os produtos fabricados destacam-se: aparelhos celulares e de áudio e
vídeo, televisores, motocicletas, concentrados para refrigerantes, entre outros. O polo
Agropecuário abriga projetos voltados às atividades de produção de alimentos, agroindústria,
piscicultura, turismo, beneficiamento de madeira, entre outras. Nos últimos anos, o polo recebeu
um novo impulso com os incentivos fiscais para a implantação da tecnologia de TV digital no Brasil
POPULAÇÃO E TRANSPORTES
As principais cidades do norte são Manaus, Belém, Altamira, Palmas, Porto Velho, Rio
Branco e Macapá. Os transportes rodoviários são problemáticos, em razão das grandes distâncias
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e rodovias insuficientes e mal conservadas, com poucas exceções. Além disso no período das
chuvas, as estradas ficam intransitáveis. Um exemplo de mal uso do dinheiro público e prejuízos ao
meio ambiente foi a construção da Transamazônica, até hoje não concluída, embora iniciada sua
construção há mais de 30 anos. O transporte aéreo é razoável, com bons aeroportos em Manaus e
Belém. Manaus é hoje o 3° maior centro movimentador de cargas aéreas do país, após São Paulo
e Rio de Janeiro, em razão justamente da distância e dos problemas do transporte rodoviário.
Existe algum aproveitamento no transporte fluvial de cargas e passageiros, nem sempre com
barcas adequadas e frequentemente acontecem acidentes.
REGIÃO NORDESTE
O Nordeste brasileiro ocupa uma área de 1.554.257,0 quilômetros quadrados, sendo a
terceira maior Região do país. Essa foi a primeira porção do território nacional a ser ocupada e
explorada pelos colonizadores.
A população total do Nordeste é de 53.078.137 habitantes, conforme dados divulgados em 2010
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os estados que compõem essa Região são: Alagoas – Maceió, Bahia – Salvador, Ceará –
Fortaleza, Maranhão – São Luís, Paraíba – João Pessoa, Pernambuco – Recife, Piauí – Teresina,
Rio Grande do Norte – Natal, Sergipe – Aracaju
Todos os estados do Nordeste são banhados pelo Oceano Atlântico. Essa característica, aliada ao
clima quente, faz da Região um dos principais destinos turísticos do país. A única capital
nordestina que não está localizada no litoral é Teresina – Piauí.
Além dos elementos naturais, essas sub-regiões também apresentam diferenças nos
aspectos populacionais, econômicos, sociais e culturais. A Zona da Mata, por exemplo, é a subregião mais povoada e desenvolvida, além de apresentar a maior densidade demográfica
(população relativa).
O turismo, impulsionado pelas belezas naturais e pelo valor histórico-cultural de várias
cidades nordestinas, se destaca entre as atividades econômicas. A exploração de petróleo, o
extrativismo vegetal, a agropecuária e o setor industrial (automobilístico, alimentício, informática,
petroquímica, etc.) são importantes fontes de captação de receitas financeiras.
Parques tecnológicos disputam título de Vale do Silício brasileiro
Publicado 06/08/2012
Recife tem o maior parque tecnológico do país
Com mais de 200 empresas instaladas, 6.500 profissionais e faturamento anual de
R$ 1 bilhão, o parque tecnológico Porto Digital, no Recife (PE), é o maior do país e forte
candidato a ser o “Vale do Silício brasileiro”.
Leia mais em: http://www2.cecompi.org.br/st/?p=3921 <último acesso, julho de
2014>
Um dos principais problemas do Nordeste é a desigualdade socioeconômica, motivada
pela distribuição de renda desigual. Outros agravantes são as altas taxas de mortalidade infantil e o
reduzido serviço de saneamento ambiental.
PRINCIPAL BIOMA NORDESTINO
A Caatinga é o único bioma totalmente brasileiro, isto é, o único domínio florestal que não divide
espaço com nenhum outro país. Isso significa que algumas características regionaisCAATINGA
desse bioma não são
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encontradas em nenhum outro lugar do planeta. Ocupa cerca de 10% do território brasileiro, com uma área
de 844.400 km², estendendo-se pelos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Paraíba,
Rio Grande do Norte, Piauí, Sergipe e uma pequena porção ao norte de Minas Gerais.
Em função do clima semiárido da região onde se encontra, a vegetação da Caatinga costuma ser
bastante seca, com espinho e pouquíssimas folhas. No entanto, quando ocorrem as chuvas, ela se
transforma rapidamente, ganhando um aspecto diferenciado, com árvores cobertas de folhas e pequenas
plantas forrando o chão.
A vegetação é formada por plantas adaptadas ao clima seco, em que ocorrem poucas chuvas. As
principais espécies são o Mandacaru, o Xique-xique, a Aroeira e a Braúna. As únicas árvores que não
perdem as suas folhas durante o intenso calor são o Juazeiro e alguns tipos de palmeiras, pois suas raízes
conseguem encontrar água no subsolo.
A maior parte dos animais encontrados na região da caatinga é composta por répteis, a maioria
cobras e lagartos. No total, existem aproximadamente 1.500 espécies distintas de animais catalogados,
envolvendo aves, répteis, anfíbios, mamíferos e peixes.
Assim como os demais biomas brasileiros, boa parte da caatinga já foi desmatada, cerca de 46% de sua
vegetação original. Os principais motivos para a sua acelerada devastação nos últimos anos foram a
expansão da fronteira agrícola e, principalmente, a utilização de suas árvores para a produção de lenha.
Outro problema grave que atinge esse bioma é o processo de desertificação dos solos, que é
causado pelo uso inadequado e intensivo dos solos, sobretudo pela produção agrícola dos grandes
latifúndios.
A "INDÚSTRIA DA SECA" NO NORDESTE
Os problemas sociais existem em todo o Nordeste, mas a culpa pela miséria da região sempre recaiu
sobre o fenômeno das secas. De fato, elas muitas vezes inviabilizam as atividades econômicas no sertão,
dizimando o gado e fazendo com que os sertanejos deixem suas terras em busca de melhores condições de
vida. Mas a seca não é a única responsável por toda a situação. Questões como a distribuição de renda e
de terras costumam ser deixadas de lado nas discussões. Durante anos, grupos políticos e econômicos
aproveitaram-se do flagelo da região em benefício próprio.
Divulgando situações de calamidade pública, essa elite vem conseguindo importantes ajudas
governamentais, como anistia das dívidas, verbas de emergência e renegociação de empréstimos. Tais
auxílios nem sempre beneficiam a população afetada pela estiagem. Muitas vezes, o dinheiro público é
usado para a construção de açudes e para o desenvolvimento de projetos de irrigação que trazem
benefícios apenas para os próprios dirigentes. Tudo isso caracteriza a chamada "indústria da seca", ou seja,
uma série de medidas que eternizam o problema para impedir que o auxílio desapareça.
ÍNDIOS – OS PRIMEIROS HABITANTES DO BRASIL E SUAS CONTRIBUIÇÕES
Quando falamos sobre o descobrimento do Brasil, notamos que muitos livros didáticos e pessoas
ainda atribuem esse feito à figura do navegador português Pedro Álvares Cabral, no ano de 1500. Contudo,
sabemos que os primeiros descobridores do nosso território foram as antigas comunidades que chegaram à
América no período pré-histórico e, com o passar do tempo, formaram diversas civilizações.
Essas comunidades só foram chamadas de “indígenas” e os seus integrantes de “índios” com a
chegada dos europeus. Tal nome foi dado porque, quando chegaram aqui pela primeira vez, os europeus
acreditavam que tinham alcançado a Índia. De tal forma, percebemos que o termo foi resultado do contato
entre os brancos e os nativos.
Quando falamos dos índios temos que ter o cuidado de não pensar que os índios são todos iguais.
Ao longo dos séculos, as comunidades indígenas aqui formadas desenvolveram diferentes tipos de
costumes, línguas, valores e tradições. Até mesmo em sua fisionomia, podemos observar que os povos
indígenas também possuem outras interessantes.
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Algumas comunidades indígenas do Brasil viviam de forma nômade e seminômade, consumindo os
recursos naturais disponíveis e depois se mudando para regiões que tivessem maior disponibilidade de
animais de caça, plantas, frutos e recursos hídricos.
Por outro lado, também havia povos indígenas que dominavam a agricultura e que tinham uma rotina
de trabalho intensa e regular. Não por acaso, muitos desses indígenas foram empregados como escravos
nas propriedades criadas pelos colonizadores portugueses.
Além de dominarem a caça e pesca, temos em várias comunidades indígenas a presença de um
vasto conhecimento sobre a vegetação do território. Não raro, tal conhecimento era empregado para a
fabricação de remédios naturais que acabaram sendo utilizados pelos colonizadores.
Organizando-se de forma variada, percebemos que uma quantidade expressiva dos indígenas vivia
em grandes cabanas chamadas de “ocas”. Nas ocas temos a presença de várias famílias e integrantes de
uma comunidade vivendo de forma muito próxima. As habitações menores e com poucos integrantes eram
mais comuns em comunidades menores.
De acordo com estudos atualizados, até a época da chegada dos portugueses, o Brasil contava com
1400 povos indígenas. Em termos numéricos, essa variedade de povos abarcava uma população que
oscilou entre a casa dos três a cinco milhões de habitantes. Com números tão significativos, percebemos o
quão importante é a presença indígena em nossa história.
Infelizmente, ainda temos um longo caminho para revelar com maior riqueza o passado e a cultura indígena
na formação de nosso povo.
A exploração, a matança e o preconceito contra os povos indígenas acabaram acobertando
(escondidas, perdidas) muitas informações e saberes de suma importância. De tal modo, cabe a nós,
estudiosos, alunos e professores, ampliar nossos horizontes sobre esse tema tão relevante.
Por Rainer Gonçalves Sousa
Colaborador Escola Kids
Graduado em História pela Universidade Federal de Goiás - UFG
Mestre em História pela Universidade Federal de Goiás - UFG
Da Velha Ordem Mundial a Nova Ordem Mundial
Nos últimos anos, principalmente de 1989 a 1991, o mapa-múndi político sofreu
transformações radicais. Novos estados-nações (países) surgiram e outros desapareceram.
Como exemplo disso, podemos citar a antiga Alemanha Oriental, hoje uma província da
Alemanha reunificada, a antiga Tchecoslováquia, hoje em dois novos estados-nações: a República
Tcheca e a Eslováquia. Contudo, as mudanças mais surpreendentes aconteceram na Iugoslávia e
na União Soviética. A Iugoslávia, além de ter sido dividida em cinco novos países (Croácia,
Eslovênia, Bósnia, Macedônia e Iugoslávia), conheceu uma sangrenta guerra civil pela partilha da
Bósnia-Herzegóvina. A União Soviética, por sua vez, viu-se obrigada a fragmentar-se em 15
nações independentes.
Do ponto de vista geopolítico, é possível comparar esse período a outro do nosso século,
quando também aconteceram mudanças profundas no mapa-múndi, por ocasião da segunda
guerra mundial. Nesses dois momentos ocorreram não apenas mudanças geopolíticas, mas
também uma crise de uma ORDEM MUNDIAL e a emergência de uma outra.
Pausa para definições
Gepolítica: diz respeito às disputas de poder no espaço mundial. A própria noção de PODER já o
diz (poder implica em dominação, que podem ser culturais, econômicas, repressivas e/ou militares,
etc.).
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Antes da segunda guerra mundial havia uma ordem multipolar, ou seja, com base em vários
pólos ou centros de poder que disputavam a hegemonia internacional: Inglaterra, ex-grande e
exclusiva potência mundial no século XIX, em decadência hegemônica; a França e em especial a
Alemanha, grandes concorrentes no continente europeu; os EUA, grande potência da América; o
Japão, que se lançava numa aventura imperialista no leste e sudeste asiático; e por fim a imensa
Rússia, fortemente militarizada. O final da grande guerra trouxe um novo cenário: as potências
européias estavam arrasadas e conseqüentemente seus impérios na Ásia e África; o Japão,
igualmente arrasado, perdeu as áreas que havia conquistado no extremo oriente (Coréia,
Manchúria, partes da Sibéria, etc.). Duas novas potências mundiais – EUA e União Soviética –
lotearam (dividiram) o mundo entre si. Foi a época da BIPOLARIDADE, a nova ordem mundial, que
durou cerca de 45 anos, desde o final da segunda guerra até meados de 1991. Esse período da
história ficou denominado de Guerra Fria. As duas novas potências disputaram a hegemonia
política, econômica e militar no mundo.
A União Soviética possuía um sistema socialista, baseado na economia planificada, partido
único (Partido Comunista), igualdade social e falta de democracia. Já os Estados unidos, a outra
potência mundial, defendia a expansão do sistema capitalista, baseado na economia de mercado,
sistema democrático e propriedade privada. Na segunda metade da década de 1940 até 1989,
estas duas potências tentaram implantar em outros países os seus sistemas políticos e
econômicos.
A definição para a expressão guerra fria é de um conflito que aconteceu apenas no campo
ideológico, não ocorrendo um embate militar declarado e direto entre Estados Unidos e URSS. Até
mesmo porque, estes dois países estavam armados com centenas de mísseis nucleares. Um
conflito armado direto significaria o fim dos dois países e, provavelmente, da vida no planeta Terra.
Porém ambos acabaram alimentando conflitos em outros países como, por exemplo, na Coreia e
no Vietnã. Veja a baixo um resumo dos principais fatos da Guerra Fria.
A OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte (surgiu em abril de 1949) era liderada
pelos Estados Unidos e tinha suas bases nos países membros, principalmente na Europa
Ocidental. O Pacto de Varsóvia era comandado pela União Soviética e defendia militarmente os
países
Plano Marshall e COMECON: as duas potências desenvolveram planos para desenvolver
economicamente os países membros. No final da década de 1940, os EUA colocaram em prática o
Plano Marshall, oferecendo ajuda econômica, principalmente através de empréstimos, para
reconstruir os países capitalistas afetados pela Segunda Guerra Mundial. Já o COMECON foi
criado pela URSS em 1949 com o objetivo de garantir auxílio mútuo entre os países socialistas.
Envolvimentos Indiretos (financiados pelos EUA e Ex-URSS), guerra do Guerra do Vietnã,
da Coreia
"Cortina de Ferro" expressão para se referir à influência da União Soviética sobre os países
socialistas do leste europeu. Churchill defendia a ideia de que, após a Segunda Guerra Mundial, a
URSS tinha se tornado a grande inimiga dos valores ocidentais (democracia e liberdade,
principalmente).
Corrida Espacial: EUA e URSS travaram uma disputa muito grande no que se refere aos
avanços espaciais. Ambos corriam para tentar atingir objetivos significativos nesta área. Isso
ocorria, pois havia uma certa disputa entre as potências, com o objetivo de mostrar para o mundo
qual era o sistema mais avançado. No ano de 1957, a URSS lança o foguete Sputnik com um cão
dentro, o primeiro ser vivo a ir para o espaço. Doze anos depois, em 1969, o mundo todo pôde
acompanhar pela televisão a chegada do homem a lua, com a missão espacial norte-americana.
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SISTEMAS ECONÔMICOS
Um sistema econômico pode ser definido como sendo a forma política, social e econômica
pelo qual estar organizada uma sociedade. Engloba o tipo de propriedade, a gestão da economia,
os processos de circulação das mercadorias, o consumo e os níveis de desenvolvimento
tecnológico e da divisão do trabalho.
De conformidade com sua definição, os elementos básicos de um sistema econômico são:
1) os estoques de recursos produtivos ou fatores de produção, que são os recursos humanos
(trabalho e capacidade empresarial), o capital, a terra, as reservas naturais e a tecnologia; 2) o
complexo de unidades de produção, que são constituídas pelas empresas e; 3) o conjunto de
instituições políticas, jurídicas, econômicas e sociais, que constituem a base de organização da
sociedade. Atualmente se conhece a existem de dois sistemas economicos distintos: O sistema
capitalismo que predominante e o sitema socialista, somente Coreia do Norte e Cuba.
Caracteristicas do sistema capitalista: liberdade econômica (livre concorrência) com pouca
intervenção do governo na economia, salários dos trabalhadores definidos pelo mercado, preços
dos produtos são definidos pela lei da oferta e procura, investimentos nos setores da economia
feitos pelo Estado e também pela iniciativa privada, existência de desigualdades sociais,
principalmente nos países em desenvolvimento,
existência de classes sociais, definidas,
principalmente, pela condição econômica das pessoas, meios de produção (fábricas, fazendas) e
bancos nas mãos de particulares (propriedade privada), saúde e educação são publicos e privados.
Caracteristicas do sistema socialista: falta de liberdade econômica com grande intervenção do
governo na economia, salários controlados e definidos pelo governo, preços controlados pelo
governo, investimentos feitos apenas pelo Estado, “inexistência de classes sociais”, “baixa
desigualdade social” fábricas, fazendas, bancos controlados pelo governo, a renda derivada da
produção é socializada entre os trabalhadores, garantia do governo quanto as necessidades da
população, saúde e educação públicos, liberdade de expressão controlada pelo governo.
REGIONALIZAÇÃO : PAÍSES DO NORTE : PAÍSES DO SUL "PAÍSES DO NORTE E
PAÍSES DO SUL”
Definindo regionalização: significa organizar o espaço geográfico em áreas com
características semelhantes, de acordo com critérios pré-estabelecidos. Existem várias formas de
regionalizar, por exemplo, por continentes: América, Europa, África, Ásia, Oceania e Antártida, a
regionalização dentro dos próprios continentes, a exemplo podemos citar: América em: América do
Norte, América central e América do Sul, nesse caso os critérios utilizados foram posição
geógrafica e aspectos naturais.
UMA NOVA REGIONALIZAÇÃO ?
Com o fim da bipolarização e da oposição entre o capitalismo e o socialismo, as diferenças
econômicas e sociais entre países ricos e países pobres tornaram-se mais evidentes.
A oposição passou a ser entre os países desenvolvidos, os chamados países do Norte, e os
subdesenvolvidos, denominados países do Sul.
Essa divisão, porém, é simbólica, pois não considera a linha do Equador como marco
divisório. Nesse caso, o Norte e o Sul foram definidos com base nas condições econômicas e
sociais dos países. Ocorre que a maior parte das regiões desenvolvidas situa-se na porção norte
do planeta; e a maior parte dos territórios situados na porção sul, ainda que não exatamente ao sul
do Equador, integram países subdesenvolvidos.
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Observe o mapa ao lado que há países ricos situados no Hemisfério Sul, como Austrália e
Nova Zelândia. Também existem vários países pobres no Hemisfério Norte, como os do sudeste
asiático , os do norte da África, do norte da América do Sul e da América Central. Existe até mesmo
um país de características socioeconômicas "meridionais" na América do Norte : o México.
A forma de regionalização Norte-Sul não é precisa (exata) na classificação dos países, pois
há muitas diferenças econômicas e sociais entre eles. Alguns integravam o extinto bloco socialista,
cuja economia ainda está se adaptando ao sistema capitalista.
Assim, ex-países socialistas, como o Cazaquistão e o Uzbequistão, situados no Hemisfério
Norte, apresentam economias pouco industrializadas e problemas sociais comparáveis aos dos
países do Sul. além disso, considerando o grupo dos países
do Sul, temos nações
subdesenvolvidas não industrializadas (países periféricos) e países subdesenvolvidos
industrializados (países emergentes)
Portanto, os critérios socioecônomicos (renda per capita, os índices de violência, o
desemprego, a dependência econômica e tecnológica, população acesso minimo satisfatório para
moradia, educação, nutrição e saúde), não são os mesmos dentro dos grupos classificados (ricos e
pobres). Dessa forma, entre os países do Norte cujo conjunto de indicadores de desenvolvimento é
elevado estão Estados Unidos, Canadá, a maior parte dos países da Europa, Austrália, Nova
Zelândia e Japão. Em conjunto, esse grupo reúne cerca de 20% da população mundial e detém
aproximadamente 80% da produção econômica e da renda global.
Já o Sul, de forma geral, é constituído por países da América Latina, África, Ásia (exceto
Japão) e Oceania (exceto Austrália e Nova Zelândia). Todos eles apresentam problemas sociais
em maior ou menor escala. O nível de desenvolvimento também varia: o desempenho econômico
de países como Brasil, México e África do Sul, por exemplo, é bem maior que o de países como
Haiti, Moçambique e Bangladesh.
PAISES DESENVOLVIDOS SUBDESNVOLVIDOS E EMERGENTES
Países Desenvolvidos: são aqueles cujas populações apresentam boa qualidade de vida ou
seja: bom nível de renda e bem-estar social; bom nível educacional; maior igualdade de
oportunidades; melhores níveis de alimentação; maior resistência às doenças e elevado nível de
consumo por parte da população, IDH elevado, expectativa de vida alta, dominio tecnologico e
economico mundial. São países que apresentam alto grau de industrialização e também são
conhecidos como países de industrialização clássica (pioneiros na industrualização). Os países
mais desenvolvidos hoje, se localizam em geral na Europa Ocidental, na América ( Estados Unidos,
Canadá), na Ásia (Japão e Coreia do Sul) e na Oceania (Austrália e Nova Zelândia). Apresentam
IDH muito elevado.
Atenção! Coreia do Sul aparece no grupo dos desenvolvidos em decorrêcia da
regionalização norte / sul, mas é um país subdesenvolvido emergente
Países Subdesenvolvidos: ao contrário do grupo anterior, as populações dos países
subdesenvolvidos apresentam precárias condições de vida com deficiências graves nas áreas de
educação e saúde, altas taxas de natalidade e mortalidade, dependência econômica e tecnologica,
possuem renda familiar muito baixa, entre outros. Em sua maioria foram Colônias de Exploração e
apresentam muito baixo grau de industrialização. São conhecidos também “países periféricos”.
Localizam-se em geral na Ásia, América Latina e África (principalmente na SubSaariana).
Apresentam IDH Baixo ou Médio.
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Países Emergentes: vem crescendo economicamente em ritmo bastante acelerado nas
últimas décadas. Suas populações estão saindo do estágio de subdesenvolvimento e indo em
direção a melhores condições socioeconômicas. São países, como o Brasil, Aregentina,México,
Índia, Egito,África do Sul, Taiwan entre outros. Conhecidos como países de Industrialização Tardia,
podem estar localizados tanto no continente Africano como na Ásia ou na América Latina. Este
grupo, também chamado de países em desenvolvimento, é bastante heterogêneo e apresenta
como subgrupos de destaque os Tigres Asiáticos e os BRICs (Brasil, Rússia, India e China).
Apresentam IDH variando de médio a elevado.
REGIONALIZAÇÃO DE ACORDO COM O IDH
Criado pela Organização das Nações Unidas (ONU), o Índice de Desenvolvimento Humano
(IDH) é muito utilizado na atualidade para classificar os países em desenvolvidos ou
subdesenvolvidos.
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é o indicador que avalia a qualidade de vida
das pessoas em praticamente todos os países, e não considera somente os indicadores
econômicos. Além do PIB per capita, o IDH também considera a expectativa de vida e os níveis de
alfabetização e taxa de mortalidade.
O IDH varia de zero a um. Quanto mais próximo de um maior é o desenvolvimento humano
do país. Para se ter uma ideia o Brasil ocupa o 79º lugar, com o IDH 0,744, de um total de 182
países pesquisados pela ONU em 2013.
ÁMERICA OU CONTINENTE AMERICANO
É banhado, ao norte, pelo oceano glacial Ártico; ao sul, pelo oceano glacial Antártico; a
leste, pelo oceano Atlântico; e, a oeste, pelo oceano Pacífico. Com aproximadamente 15 mil
quilômetros de extensão no sentido norte-sul, a América é o segundo maior continente do planeta,
completamente localizado no hemisfério Ocidental. O continente americano apresenta vários tipos
climáticos, paisagens naturais e formas de relevo que o caracterizam como um continente
diversificado.
Com uma população de quase 1 bilhão de habitantes e uma área territorial de 42.549.00
km², a América é o segundo maior continente (atrás apenas da Ásia) e conta com 14,2% da
população mundial. Do ponto de vista geológico, o continente americano é considerado antigo, pois
o seu relevo demonstra evidências de que esteja há mais tempo exposto aos agentes externos de
transformação (vento, água, chuvas, clima, entre outros). Considerando os aspectos naturaias esse
continenete pode ficar assim regionalizado: América do Norte, América Central e América do Sul.
entretanto, nosso foco de estudo será a regionalização que considerou criterios socioeconomicos e
históricos para essa divisão em América Anglo-Saxõnica (desenvolvida) e América Latina
(subdesenvolvida).
AMÉRICA LATINA
O nome América Latina é derivado das línguas faladas em diversas partes do continente
americano. Na América do Norte, somente o México está inserido nesse contexto, além de toda a
América Central e do Sul. Isso significa que são países de língua latina, como o português, o
francês e o espanhol. Os países que integram a América Latina possuem semelhanças quanto à
condição de subdesenvolvimento, tais como economia fragilizada e atrasada, problemas sociais e
políticos.
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A América Latina estende-se desde o México até a Terra do Fogo, no extremo sul da
América. Totaliza aproximadamente 20,5 milhões de Km, ou seja, 13,7 % das Terras emersas do
Globo, com uma população de 350 milhões de habitantes.
RELEVO
Norte: Serra Madre Ocidental, Planalto Mexicano.
Oeste: Cordilheira dos Andes.
Leste: Planalto das Guianas e Planalto Brasileiro.
Centro: Planície do Orenoco, Planície Amazônica, Planície Platina.
Hidrografia
Bacia do Orenoco, Bacia Amazônica, Bacia Platina.
Paisagens Clima-Botânicos
A América Latina se situa na zona intertropical, predominaram os climas quentes, salvo no
extremo sul (Argentina e Chile) e nas áreas montanhosas (Andes).
Destacam-se as principais paisagens vegetais: Floresta Amazônica, Cerrado, Caatinga, Pampa
ou Estepes e desertos (México, Atacama, Patagônia).
População Latino Americanas
Elevado crescimento vegetativo, devido à alta motarlidade.
Predomínio de jovens, o que representa pesado encargo para os Estados Unidos.
Predomínio de mestiços e população rural.
Maiores concentrações demográficas: litoral brasileiro, estuário do Prata, Caracas, Santiago,
Litoral do Pacífico de Bogotá a Lima, América Central.
Principais vazios demográficos estão no interior da América do Sul, como Amazônia e trechos
acidentados dos Andes e Patagônia.
Economia Latino Americana
A agricultura é a base econômica latino-americana, principalmente da América Central,
Equador, Colômbia. A América Latina possui grandes riquezas no seu subsolo, destacando-se o
Brasil, o México, e países Andinos.
O desenvolvimento industrial vem se fazendo lentamente e de maneira desigual entre os
diversos países. Brasil, México, Argentina,Venezuela, Chile estão na vandaguarda industrial. Os
produtos agrícolas e minerais representam, em geral, mais de 90% do valor das exportações dos
países latino-americanos. As importações são, principalmente, de produtos manufaturados.
A América latina está assim subdividade:
MÉXICO: ENTRE OS PAÍSES RICOS E OS PAÍSES POBRES
Com 113,7 milhões de habitantes (estimativa 2011), a população mexicana é
predominantemente formada pela miscigenação entre os ameríndios e os colonizadores espanhóis.
os mexicanos encontram-se distribuídos de forma irregular: cerca de 75% deles vivem no Planalto
do México, que apresentam solos férteis de origem vulcânica e climas que favorecem a ocupação
humana.
No planalto está localizada a Cidade do México, a capital do país. Com cerca de 19 milhões
de habitantes, é o mais populoso centro urbano da América e uma das mais problemáticas regiões
metropolitanas do mundo.
O Planalto do México é cercado por formações geológicas de maior altitude, que são
prolongamentos das Montanhas Rochosas e recebem as denominações de Serra Madre Ocidental,
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e Serra Madre Oriental, O clima frio nos trechos mais elevados inibe a ocupação humana. No
noroeste do país, a presença de desertos contribui para as baixas densidades demográficas da
região. A religiao predominante o cristianismo 95,9% (dados de 2010). A desnsidade demografica
média é de 58 hab./km2, o crescimento demográfico: 1,5% ao ano e taxa de analfabetismo: 7,2%
Um problema social com reflexos diretos na queda do índice de crescimento demográfico é
a emigração, legal e ilegal, para os Estados Unidos. Pelas estatísticas oficiais, o México perde
aproximadamente 300 mil pessoas por ano – a maioria, jovens em idade de ter filhos. No entanto,
como muitos dos que partem são ilegais, os números da emigração são baseados nas remessas
de dinheiro para as famílias que permaneceram no país. Essas remessas chegam a 16 bilhões de
dólares por ano, mais do que o país arrecada com as exportações petrolíferas
O México apresenta uma estrutura produtiva diversificada, com várias atividades
agropecuárias, mineradoras e industriais. O petróleo constitui o principal produto de exportação, e
o turismo apresenta-se como uma importante fonte de renda para o país.
Em decorrência dos baixos salários no campo e da concentração de terras, muitos trabalhadores
rurais mexicanos migram para os Estados Unidos com o intuito de trabalhar nas safras agrícolas.
Alguns deles realizam a chamada migração de transumância: vão para o país vizinho durante a
época da colheita, por exemplo, e regressam após o término do trabalho. Esses trabalhadores são
conhecidos como braceros.
A industria acelerou-se a partir da segunda metade do século XX, com a entrada no país de
capital estrangeiro, atraído pela mão- de- obra e matériais-primas baratas. Empresas
transnacionais, sobre tudo dos Estados Unidos, passaram a dominar o parque industrial mexicana.
As atividade industrial está concentrada em grandes centros urbanos, como a Cidade do México,
Guadalajara, Monterrey, Veracruz e Tampico. Os setores que predominantes são o têxtil, o
alimentício, o automobilístico, o petroquímico, o siderúrgico e o metalúrgico.
O extrativismo mexicano destaca-se na produção de diversos recursos naturais: prata (segundo
maior produtor mundial), ouro, chumbo, ferro, gás natural, cobre e petróleo.
O petróleo, principal produto de exploração do país, é extraído de uma extensa área no Golfo do
México, por uma grande empresa estatal denominada Petróleos Mexicanos Pemex). Apesar de o
México dispor de extensas reservas e estar entre os maiores produtores mundiais de petróleo, seu
produto é muito pesado e exige refinação especial para a obtenção de subprodutos, como a
gasolina e o óleo diesel, o que eleva os custos de produção.
AMÉRICA CENTRAL
A América Central é composta por duas porções, a Continental: está situada entre a américa
do norte e américa do sul, formada por sete países: El salvador, Belize, Costa Rica, Honduras,
Guatemala, Panamá, Nicarágua e a Insular: é formado por diversas ilhas situadas no Oceano
Atlântico, formando o mar das Antilhas ou mar do Caribe. Algumas ilhas pertencem a outros países
de outros continentes. As principais são: cuba, Jamaica, Haiti, República Dominicana e Porto Rico.
Os aspectos físicos são demarcada ao norte pela Península de Iucatã, que fica no México, e
ao sul pela Colômbia, demarcando também a oeste com o Oceano Pacífico e a leste com o
Oceano Atlântico. Ela tem uma área de 540.000 km². O relevo é recente e montanhoso, e pode
apresentar terremotos e vulcões. É formado por planícies litorâneas e planaltos interiores. Já o
clima predominante é o tropical, quente e úmido, com uma corrente marítima, que influencia nas
variações de temperatura e quantidades de chuva e a rede hidrográfica possui rios curtos e
torrenciais, que ficam cheios em épocas de chuva. O potencial hidrelétrico não é muito explorado
devido ao baixo nível de industrialização e urbanização.
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Formação étnica do continente é bem diversificada. Na parte ístmica do país predominam os
mestiços originados da mistura de índios e brancos espanhóis. Já a parte insular tem uma
população em maior número de negros e brancos europeus. A A América Central é bem povoada,
com cerca de 100 hab./km2 e o crescimento demográfico também é bastante elevado devido à
queda da mortalidade e o aumento da natalidade.
Aspectos Econômicos
Na América Central, a agricultura é a base da economia. Os produtos mais cultivados e
exportados são: café, algodão, açúcar, fumo, cacau, banana e carne.
O extrativismo mineral também é uma atividade importante na América Central, mas este setor não
se destaca muito, pois os recursos minerais metálicos estão limitados neste continente, apenas a
Jamaica se destaca como uma das maiores produtoras de bauxita. Na porção continental o setor
do turismo vem crescendo com muita força, contribuindo assim para a economia dos países istmos.
O setor industrial ainda está no início do seu desenvolvimento e por isso contribui pouco
com o PIB, mas alguns países já se destacam neste ramo, como Cuba, que possui um centro
industrial bastante diversificado, onde se destaca os setores de têxtil, cigarros, açúcar, siderurgia e
metalurgia. Cuba é o único país do continente americano com sistema econômico socialista.
Atualmente, cuba e Brasil tem reforçado seus laços comerciais.
Cuba e Brasil querem fortalecer parceria econômica, diz jornal cubano
O Brasil é o sexto maior parceiro comercial de Cuba, o primeiro fornecedor de alimentos, e um
dos grandes destinatários de medicamentos e vacinas cubanas
Leia
mais
em:
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/economia/2013/05/07/internas_economia,3646
68/cuba-e-brasil-querem-fortalecer-parceria-economica-diz-jornal-cubano.shtml
<último
acesso, julho de 2014
AMÉRICA ANDINA
A América Andina é a região que se estende na Cordilheira dos Andes, na porção oeste do
Continente Sul Americano, desde a Venezuela até o Chile. A região, com grandes cadeias de
montanhas e planaltos de altitudes elevadas compreende aproximadamente 7 500 quilômetros de
extensão, com 300 quilômetros de largura e altitudes superiores a 7 000 metros. Na América
Andina estão localizados os chamados países andinos, são eles: Venezuela, Colômbia, Equador,
Peru, Bolívia e Chile. A região concentra uma população de aproximadamente 144 milhões de
habitantes, formada por índios, mestiços e brancos de origem espanhola.
Aspectos Físicos
A Cordilheira dos Andes interrompe a Planície Litorânea do Pacífico, que são estreitas e
úmidas ao norte do Chile, árida no litoral do Peru. São porções formadas pelos desertos de
Atacama e de Sechura.
A Cordilheira dos Andes é uma cadeia montanhosa que teve sua formação geológica no período
Terciário. É dotada de vulcões e está submetida a terremotos, vai desde o Mar das Antilhas até a
terra do Fogo, atingindo aproximadamente 8.000 Km2.
A economia destes países é baseada, principalmente, na agricultura (principalmente voltada
para a exportação), no extrativismo (mineral e vegetal), pesca (principalmente Peru e Chile) e
indústria (principalmente bens de consumo). O PIB (Produto Interno Bruto) somado dos países da
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América Andina é de cerca de US$ 800 bilhões (estimativa 2011). Grande parte das cidades mais
populosas está localizada na região litorânea, vales andinos e altiplanos. As regiões metropolitanas
de maior destaque são: Bogotá (Colômbia), Santiago do Chile (Chile) e Lima (Peru).
São comuns problemas sociais como: analfabetismo, subnutrição e precariedade na área de
saúde. Há uma grande diminuição da taxa de mortalidade e um aumento da taxa de natalidade,
resultando num crescimento vegetativo considerável, juntamente ao processo veloz de
urbanização.
AMÉRICA PLATINA
A América Platina é formada por três países: Paraguai, Uruguai e Argentina; e esses são
banhados pelos rios Paraná, Paraguai e Uruguai. São assim conhecidos, porque os colonizadores
que ai chegaram, acreditavam que iam encontrar muita prata além disso são cortados pelos rios
que formam o rio Prata e compõem a Bacia Platina. O fator de ligação entre esses países é o
Mercosul.
O Paraguai: é o país mais pobre do Mercosul, devido a falta de uma saída para o mar. Seu
território é parte da rota do tráfico de drogas e comércio ilegal. Possui como base econômica a
agricultura. A sua atual situação é resultado de uma sucessão de perdas e conquistas territoriais.
Uma das primeiras perdas territoriais foi na guerra do Paraguai, e o resultado foi a quase total
destruição do país, a morte de quase toda população masculina e a perda da força de trabalho no
país.
O Brasil e a Argentina mantêm comércio com o Paraguai, tanto legal como ilegal. O
comércio ilegal é uma importante fonte de renda para economia paraguaia. Outra importante fonte
de renda do Paraguai é a venda de energia elétrica produzida na hidrelétrica de Itaipu para o
Brasil.
O Uruguai é um país que possui indicadores sociais semelhantes aos dos países europeus
(Elevado IDH, baixa natalidade e baixo índice de analfabetismo). A base de sua economia é a
pecuária e a agricultura. Mais de 40% da população está concentrada na capital. O Uruguai é o
menor país platino, com ótimas condições sociais para a maioria da população. Cerca de 91% da
população uruguaia vive nas cidades. Com a integração internacional como fornecedor de produtos
agropecuários, houve o crescimento econômico que atraiu imigrantes europeus para o país. O
Uruguai é conhecido como “Suíça sul-americana” devido as suas condições sociais com elevado
padrão de vida e até mesmo, na presença de bancos que não exigiam a origem do dinheiro lá
depositado.
A atual constituição tende a consolidar a estabilidade política. A economia voltou a crescer.
O Uruguai exporta bastante para a Argentina e o Brasil, o turismo também tem contribuído para
esse aumento. Montevidéu foi escolhida capital financeira do Cone Sul.
A Argentina é uma das três nações mais industrializadas da América Latina. Possui Buenos Aires
como capital. Um terço da população argentina vive em Buenos Aires. É a terceira maior cidade da
América Latina. Regionalmente está dividida em: Pampas, Patagônia, Chaco, Mesopotâmia e
Puna.
Pampas: dominam a porção oriental do país. Possui relevo plano com muitas ondulações. Os
climas são o subtropical e temperado úmido. Os solos são férteis e aproveitados para vários
cultivos. É a região de menor concentração populacional. As principais cidades são Buenos Aires,
Rosário, Santa Fé e Córdoba.
59
Patagônia: é uma região localizada no extremo-sul da Argentina. Possui clima frio e há pouca
ocupação humana. A região produz 75% do petróleo argentino, também produz gás natural e
pratica-se a pecuária de ovinos. Bahía Blanca é o centro petroquímico.
Chaco: é uma região fronteiriça com o Paraguai. Predomina-se uma extensa planície, onde se
desenvolve a pecuária extensiva de bovinos.
Mesopotâmia: é outra região que a agropecuária se destaca. Está localizado entre os rios Paraná e
Uruguai. Destaca-se a produção de algodão, milho e erva-mate.
Puna: está localizada na região noroeste do país. É a região mais pobre do país. Possui clima
semiárido que obriga o uso de sistema de irrigação na agricultura. Nela vivem muitos indígenas.
A Argentina possui importantes questões geopolíticas:
Brasil: A rivalidade com o Brasil é tradicional. Teve como base os conflitos territoriais,
principalmente pelo território do Uruguai. Atualmente esses conflitos têm diminuído, porém a
rivalidade econômica vem aumentando cada vez mais pelo fato desses dois países fazerem parte
do mesmo bloco econômico, o Mercosul;
Chile: Disputa por áreas fronteiriças (terras do extremo-sul);
Reino Unido: Conflito pela posse das ilhas Falkland;
Uruguai: Desacordos quanto ao uso econômico das regiões de fronteira;
Crise Argentina: Ocasionada pelos novos planos econômicos implantados no Brasil e na Argentina
que pregavam a supervalorização do peso e do real em relação ao dólar, o que ocasionou um
saldo negativo, pelo fato de ocorrer mais importações do que exportações. A população também
deixou de comprar produtos nacionais, optando pelos internacionais que eram mais baratos e
tecnológicos. A população se revoltou com o governo o que ocasionou uma grave crise econômica
interna. A Argentina conseguiu se recuperar economicamente, porém os padrões de vida pós-crise,
nunca voltaram a serem os mesmos.
GUIANA, SURINAME E GUIANA FRANCESA
A palavra guiana é uma derivação do vocábulo indígena guyana, que significa “terra de
muitas águas”. Os três territórios são banhados pelos rios Orenoco, Amazonas, Negro e pelo
Oceano Atlântico. Localizados no norte América do Sul, diferenciam-se dos demais países sulamericanos, sobretudo por seu passado colonial estar associado a ingleses, holandeses e
franceses.
GUIANA
Cerca de 80% do território guianense, que tem 214.083 km², é recoberto por florestas. A
população se caracteriza pela diversidade étnica e cultural, sendo constituída por negros,
indígenas, europeus, chineses e mestiços. A atividade industrial é pouco desenvolvida e o padrão
devida da população é baixo. Na região costeira se concentram parte dos dos cerca de 750 mil
habitantes do país.
SURINAME
Com uma área de 163.820 km², o reduzido território do Suriname apresenta relevo
caracterizado pela ocorrência de colinas no centro e no sul e uma vasta planície no norte. A
maioria dos 449 mil habitantes vive no litoral, na capital Paramaribo, principal cidade do país. No
país há uma população oriunda da miscigenação étnica, além de indígenas, paquistaneses,
javaneses, indonésios, chineses e japoneses. Apenas 1% dos habitantes descende dos
colonizadores holandeses.
GUIANA FRANCESA
A Guiana Francesa é um departamento ultramarino da França, com um território de 91.000
km² e uma população de 187 mil habitantes. Cerca de 90% do território da Guiana Francesa é
coberto por florestas. A população é composta de diversas etnias, descendentes diretos ou
miscigenados dos seguintes povos: africanos, europeus, chineses, vietnamitas e uma minoria de
60
árabes e indígenas. A maioria dessa população vive nas cidades litorâneas, sobretudo em Caiena,
capital.
CONTINENTE ASIÁTICO
O continente asiático é o maior e mais populoso continente do mundo. São 4,3 bilhões de
habitantes distribuídos em 44.479.000 km² e 50 países, apresentando, também, as maiores
densidades demográficas (número de habitantes por km²) do planeta. É banhado por três oceanos:
a leste pelo Pacífico, ao norte pelo Glacial Ártico e ao Sul pelo Índico. Em sua porção oeste, além
de fazer fronteira com a Europa, é delimitado também pelo Mar Mediterrâneo e Mar Vermelho.
O relevo asiático é bastante variado. Curiosamente, possui o ponto mais alto e o ponto mais
baixo da Terra, que são, respectivamente, o Monte Everest (8.848m acima do nível do mar) e o
Mar Morto (392m abaixo do nível do mar). O Everest, na verdade, faz parte de uma cadeia de
montanhas denominada por Cordilheira do Himalaia, fruto do choque entre duas placas tectônicas.
Existem também outros agrupamentos de relevo do mesmo tipo, como os Montes Urais, os Montes
Zagros e vários outros. Além disso, há alguns planaltos e vários desertos, sendo o maior deles o
Deserto de Gobi, na China.
Os climas predominantes são o siberiano, o mediterrâneo, o desértico e o de monções. Esse
último ocorre no litoral da Índia e acontece em virtude das diferenças de pressão atmosférica entre
a parte continental e a parte oceânica próxima ao continente, ocasionando fortes chuvas e fortes
secas alternadamente durante o ano.
Economicamente, os principais países da Ásia são o Japão e a China. Esse último,
juntamente com a Índia, vem registrando os maiores índices de crescimento do mundo.
A Rússia também exerce um papel importante não só no plano econômico, mas também no
plano político, graças ao fato de esse país ser o principal herdeiro da extinta União Soviética,
herdando dela boa parte de seu arsenal nuclear. Apesar disso, o principal ponto de tensão políticomilitar no continente é a região do Oriente Médio, onde as disputas territoriais entre nações e a
cobiça por parte de vários países pelo Petróleo (abundante na região) vêm gerando vários conflitos
ao longo dos últimos anos. Outro ponto de tensão é entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul.A
partir dessas caraterísticas gerais, podemos notar que a Ásia é, verdadeiramente, o continente dos
contrastes, tanto no clima, quanto no relevo, nos costumes, nas religiões e nas etnias.
AS REGIÕES ASIÁTICAS E SUAS CARACTERÍSTICAS MARCANTES:
a) Ásia Setentrional: localiza-se na Zona Glacial Ártica, abrangida pela Rússia em toda a sua
extensão leste-oeste. A hidrografia da Ásia Setentrional é formada por rios extensos, como a
geração de energia elétrica em seus trechos de planalto ao sul. Boa parte dos cursos de água
permanece congelada durante o inverno. A região é ocupada por campos de exploração de
petróleo e gás, além de grandes plantações agrícolas que se beneficiam do solo tchernozion, rico
em nutrientes.
b) Sudeste Asiático: é constituída por: Península da Indochina, localizada entre o Golfo de Bengala
e o Mar da China Meridional; Península Malaia, entre o Estreito de Málaca e o Mar da China;
Arquipélago da Insulíndia, que se estende do Oceano Índico ao Oceano Pacífico. É nessa região
que predomina o regime das Monções. fenômeno onde o clima é condicionado por massas de ar
que ora viajam do interior do continente para a costa, monção continental, ora da costa para o
continente, monção marítima. Devido às diferenças de temperatura e pressão das massas de ar
sobre o continente e o mar, o clima de países como a Índia e o Paquistão é inteiramente afetado
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pelo regime das monções. Durante o verão, que vai de junho a agosto, o calor aquece rapidamente
a aparte continental essa absorve calor bem mais rápido do que o oceano (a terra pode chegar a
45ºC). Com o aquecimento da terra, as massas de ar sobre o continente também ficam mais
quentes e sobem dando lugar a uma rajada de ventos vindos do oceano Índico, que, como toda
massa de ar que se forma sobre os oceanos, vem carregada de umidade. Essa umidade é
despejada sobre o continente com chuvas torrenciais que podem durar dias. Esse é o período das
monções marítimas que todo ano causam enchentes nessas regiões. Já no inverno ocorrem um
longo período de estiagem.
No sudeste Asiático há tanto países continentais (Vietnã, Laos, Camboja, Tailândia, Mianma,
Malásia e Cingapura) como países insulares (Indonésia, Brunei, Filipinas e Timor Leste).
A Insulíndia (Arquipélago Malaio ou Ásia do Sudeste Insular) abriga a Indonésia, onde há grande
incidência de vulcões e terremotos. O clima da região é equatorial e tropical.
c) Ásia Central: a região é composta de cinco países situados a leste do Mar Cáspio: Cazaquistão,
Uzbequistão, Turcomenistão, Tadjiquistão e Quirguistão, nos quais predominam populações
eslavas e de origem turca, estas últimas majoritariamente muçulmanas.
A Ásia Central é marcada por conflitos entre etnias, agravadas no passado pela relação
comercial desigual com a Rússia. Somados ao clima desfavorável para a agricultura, esses
conflitos favoreceram o surgimento de economias e estruturas sociais precárias, marcadas
pela instabilidade política e pela miséria da população.
d) Oriente Médio: compreende países habitados principalmente por árabes de maioria
muçulmanas: Arábia Saudita, Iraque, Síria, Jordânia, Líbano, Iêmen, Omã, Emirados, Árabes
Unidos, Catar, Barein e Kuait. As populações do Irã e do Afeganistão, embora de maioria islâmica,
têm origem persa. Israel, com população majoritariamente judaica, e a Turquia são exceções.
No interior da região, entre os rios Tigres e Eufrates, destaca-se a Planície da Mesopotâmia,
de grande valor histórico-cultural.
Quase toda a região é constituída por desertos, as temperaturas variam de mais de 40ºC
durante o dia a menos de 10ºC à noite. Essas características climáticas são um dos fatores que
levaram a população a concentrar-se em cidades como Damasco (Síria) e Riad (Arábia Saudita),
localizadas nos raros pontos do Oriente Médio em que as águas subterrâneas afloram à superfície,
formando os oásis.
Outra característica muito marcante no Oriente Médio é os grandes conflitos geopolíticos,
em cuja origem está a disputa por um território em que árabes e judeus consideram ter direitos
históricos.
e) Ásia Meridional: ou subcontinente Indiano caracteriza-se por abrigar povos indianos e
indochineses. Os países que a compõem são: Índia, Sri Lanka, Paquistão, Nepal, Butão e
Bangladesh.
A região apresenta três grandes unidades de relevo: a Cordilheira do Himalaia, o Planalto do Decã,
a Planície Indo-Gangética.
f) Extremo Oriente: região com grande variedade de paisagens, agrupa. A China. O Japão, a
Coreia do Norte, a Coreia do Sul, Taiwan e a Mongólia.É nessa região que há a maior produção
petrolífera, especialmente no Golfo Pérsico
Em linhas gerais, o Extremo Oriente apresenta um bom nível de desenvolvimento. A região
abrange a segunda maior potência econômica do planeta (o Japão) e o país de crescimento mais
acelerado do século XXI (a China). Coreia do Sul e Taiwan também se destacam pelo dinamismo
de suas economias.
e) Qual a região de maior produção petrolífera?
62
CONTINENTE AFRICANO
A África é o segundo continente em extensão territorial. É considerado o berço da
humanidade, pois em seus limites foram encontrados os fósseis mais antigos de nossa espécie. O
continente africano é o único continente a ser cortado por três dos cinco paralelos da Terra: Linha
do equador, Trópico de Câncer e trópico de capricórnio é três vezes maior que o europeu. 75% do
seu território está situado entre os Trópicos de Câncer e Capricórnio. No continente africano estão
localizados 54 países
Na geografia do continente se destacam dois dos maiores rios do mundo: Nilo e Congo, e
também dois dos maiores desertos do mundo: Saara e Kalahari. Há predomínio de planaltos no
relevo africano. O ponto mais elevado do continente é o Monte Kilimanjaro com 5.895 m, localizado
na Tanzânia.
No campo socioeconômico, o continente se destaca por apresentar os piores indicadores
socioeconômicos do mundo, assim como conflitos étnicos que levam a guerras quase que
intermináveis.
N geográficas
Tendo como base o deserto do Saara, O continente está dividido em duas áreas
distintas:
África Islâmica ou África Branca (norte do continente) – Marcada por população árabe, religião
islâmica, idioma árabe, de pele clara e países ricos em petróleo. Destaques para:
Argélia - grande exportador mundial de petróleo (membro da Opep), com um parque industrial
importante.
Líbia - (grande produção de petróleo)
Egito - (o segundo país mais industrializado da África)
África Subsaariana ou Negra
É a África dos povos negróides que abrange uma grande variedades de etnias formando uma
heterogeneidade das mais complexas. Uma região considerada a menos desenvolvida no mundo,
os indicadores sociais são os piores, exceto, a Africa do Sul, que está na categoria dos países
emergente.
É uma regão marcada por condições precárias de vida, composta por 800 milhões de habitantes –
83% do total, onde a maioria vive com menos de 1 dólar por dia. Essa área geográfica situa-se ao
sul do deserto do Saara. Na economia predomina as monoculturas tropicais.
CONFLITOS ATUAIS NA ÁFRICA
O continente africano é marcado por uma séries de conflitos que tem como causa principal o
processo de colonização pelo países europeus que ocuparam e fizeram a divisão territorial do
território segundo seus interesses. Desprezaram as diferenças etnicas, culturais e a rivalidade entre
muitas tribos. Além disso, o baixo nível socioeconômico de muitos países e à instalação de
governos ditatoriais e corruptos. Na Ruanda, Mali, Senegal, Burundi, Libéria, Congo e Somália, são
por diferenças étnicas, Serra Leoa, Somália e Etiópia são questões territoriais, já na Argélia e
Sudão são questões religiosas, além de tantas outras politicas ditatoriais como a do Apartheid na
África do Sul que durou de 1949 a 1990.
Merecem destaque: África do Sul e Nigéria – Grande exportador mundial de petróleo e único país
da África Subsaariana membro da OPEP.
África do Sul – situada ao sul do continente africano, possui três capitais: Pretória
(administrativa), Cidade do Cabo (legislativa) e Bloemfontein (judiciária), mas a cidade mais
importante é Johannesburgo, principal centro comercial, industrial e financeiro. Destaque também
63
para a Cidade do Cabo, ambas são os principais centros urbanos, além de promoverem a maior
concentração industrial do país. Além disso, a África do Sul, tem o maior parque industrial,
constituindo 35% do total da produção industrial do continente, rica em recursos minerais (ouro e
diamante) e considerada um país emergente.
Os recursos minerais da África do Sul – incluindo minerais estratégicos utilizados nas
indústrias de tecnologia de alto nível – sempre despertaram o interesse e a cobiça de nações
estrangeiras. Assim, há anos, grande parte da atividade mineradora sul-africana é realizada por
empresas transnacionais. Operam no país principalmente empresas britânicas, norte-americanas e
alemãs, cabendo aos britânicos o primeiro lugar em investimentos diretos na economia sulafricana. Mas, a partir da década de 1960, os investimentos norte-americanos na África do Sul
cresceram de forma considerável. Além dos fortes vínculos econômicos, financeiros e comerciais
com os Estados Unidos, a África do Sul ainda mantém relações de interesse econômico com a
Europa, principalmente com os países da União Européia (UE) e Brasil.
A QUESTÃO DO APARTHEID NA ÁFRICA DO SUL
Apartheid (significa "vidas separadas" em africano) era um regime segregacionista que
negava aos negros da África do Sul os direitos sociais, econômicos e políticos. Embora a
segregação existisse na África do Sul desde o século VXII, quando a região foi colonizada por
ingleses e holandeses, o termo passou a ser usado legalmente em 1948.
No regime do apartheid o governo era controlado pelos brancos de origem europeia
(holandeses e ingleses), que criavam leis e governavam apenas para os interesses dos brancos.
Aos negros eram impostas várias leis, regras e sistemas de controles sociais.
Entre as principais leis do apartheid, podemos citar:
Proibição de casamentos entre brancos e negros - 1949.
Obrigação de declaração de registro de cor para todos sul-afriacanos (branco, negro ou mestiço)
- 1950.
Proibição de circulação de negros em determinadas áreas das cidades - 1950
Determinação e criação dos bantustões (bairros só para negros) - 1951
Proibição de negros no uso de determinadas instalações públicas (bebedouros, banheiros
públicos) - 1953
Criação de um sistema diferenciado de educação para as crianças dos bantustões - 1953
Este sistema vigorou até o ano de 1990, quando o presidente sul-africano tomou várias
medidas e colocou fim ao apartheid. Entre estas medidas estava a libertação de Nelson Mandela,
preso desde 1964 por lutar com o regime de segregação. Em 1994, Mandela assumiu a
presidência da África do Sul, tornando-se o primeiro presidente negro do país.
GLOBALIZAÇÃO
A globalização é um fenômeno moderno que surgiu com a evolução dos novos meios de
comunicação cada vez mais rápidos e mais eficazes, e é um dos processos de aprofundamento da
integração econômica, social, cultural e política, com o barateamento dos meios de transporte e
comunicação dos países do mundo, no final do século XX e início do século XXI. É um processo
gerado pela necessidade da dinâmica do capitalismo de formar uma aldeia global, que permita
maiores mercados para os países centrais cujos mercados internos já estão saturados.
64
ORIGENS DA GLOBALIZAÇÃO E SUAS CARACTERÍSTICAS
Muitos historiadores afirmam que este processo teve início nos séculos XV e XVI com as
Grandes Navegações e Descobertas Marítimas. Neste contexto histórico, o homem europeu entrou
em contato com povos de outros continentes, estabelecendo relações comerciais e culturais.
Porém, a globalização efetivou-se no final do século XX, logo após a queda do socialismo no leste
europeu e na União Soviética. O neoliberalismo, que ganhou força na década de 1970, impulsionou
o processo de globalização econômica.
Com os mercados internos saturados, muitas empresas multinacionais buscaram conquistar
novos mercados consumidores, principalmente dos países recém saídos do socialismo. A
concorrência fez com que as empresas utilizassem cada vez mais recursos tecnológicos para
baratear os preços e também para estabelecerem contatos comerciais e financeiros de forma
rápida e eficiente. Neste contexto, entra a utilização da Internet, das redes de computadores, dos
meios de comunicação via satélite etc.
Os tigres asiáticos (Hong Kong, Taiwan, Cingapura e Coréia do Sul) são países que
souberam usufruir dos benefícios da globalização. Investiram muito em tecnologia e educação nas
décadas de 1980 e 1990. Como resultado, conseguiram baratear custos de produção e agregar
tecnologias aos produtos. Atualmente, são grandes exportadores e apresentam ótimos índices de
desenvolvimento econômico e social.
O COMÉRCIO NA ECONOMIA GLOBAL
Desde o final da Segunda Guerra, o processo de mundialização se intensificou, devido aos
avanços das relações comerciais. A necessidade de reconstrução econômica levou os países
europeus a desenvolver novos eixos de exportações e importações, além de aprimorar os já
existentes. A própria guerra havia demonstrado a intensidade da interdependência mundial, e essa
mesma consciência foi a responsável pela criação da ONU. O comércio internacional é a principal
fonte de divisas para um país, e o objetivo é manter a balança comercial favorável, ou seja,
exportar mais do que se importa. O mesmo se aplica à chamada balança de pagamentos, um
indicador mais abrangente que a balança comercial, pois, além das trocas comerciais, envolve a
troca internacional de serviços, como empréstimos e pagamento de royalties, que são os direitos
sobre o uso de marcas. Com a acelerada internacionalização da economia nas últimas décadas, no
entanto, as barreiras alfandegárias na maior parte das vezes representam um obstáculo ao
desenvolvimento do capitalismo. As grandes empresas, principalmente as transnacionais,
necessitam de espaços cada vez maiores, pelos quais possam fazer circular livremente bens,
serviços e capitais.
GLOBALIZAÇÃO NA COMUNICAÇÃO
A globalização das comunicações tem sua face mais visível na internet, a rede mundial de
computadores, possível graças a acordos e protocolos entre diferentes entidades privadas da área
de telecomunicações e governos no mundo. Isto permitiu um fluxo de troca de ideias e informações
sem critérios na história da humanidade. Se antes uma pessoa estava limitada a imprensa local,
agora ela mesma pode se tornar parte da imprensa e observar as tendências do mundo inteiro,
tendo apenas como fator de limitação a barreira linguística.
Outra característica da globalização das comunicações é o aumento da universalização do
acesso a meios de comunicação, graças ao barateamento dos aparelhos, principalmente celulares
e os de infraestrutura para as operadoras, com aumento da cobertura e incremento geral da
65
qualidade graças a inovação tecnológica. Redes de televisão e imprensa multimídia em geral
também sofreram um grande impacto da globalização. Um país com imprensa livre hoje em dia
pode ter acesso, algumas vezes por televisão por assinatura ou satélite, a emissoras do mundo
inteiro. Cada vez mais, ligando as pessoas e espalhando as ideias, formando assim uma grande
Aldeia Global.
EFEITOS NA INDÚSTRIA E SERVIÇOS
Os efeitos no mercado de trabalho da globalização são evidentes, com a criação da
modalidade de outsourcing (terceirização) de empregos para países com mão-de-obra mais
baratas para execução de serviços que não é necessário alta qualificação, com a produção
distribuída entre vários países (fabricação em escala global), seja para criação de um único
produto, onde cada empresa cria uma parte, seja para criação do mesmo produto em vários países
para redução de custos e ganhar vantagem competitivas no acesso de mercados regionais.
CIDADÃO GLOBALIZADO – UM NOVO PERFIL NO MERCADO DE TRABALHO
Com todas as mudanças no mercado de trabalho, temos que tomar muito cuidado para não
perder espaço. As mudanças estão acontecendo com muita rapidez. O cidadão para segurar o
emprego ou conseguir também tem de ser manter em constante atualização, ser aberto e
dinâmico. Para sobreviver nesse mundo novo, precisamos estar em sintonia com os demais países
e também aprendendo coisas novas todos os dias. Ser especialista em determinada área, mas não
ficar restrita a uma determinada função, porque ela pode ser extinta de uma hora para outra. É
preciso atender a requisitos básicos, como o domínio do computador, de outros idiomas, como por
exemplo, saber ler, falar e entender a língua inglesa é fundamental dentro deste contexto, pois é o
idioma universal e o instrumento pelo qual as pessoas podem se comunicar, e mais do que tudo é
preciso não ter preconceito em relação a essas mudanças.
A FORMAÇÃO DOS GRANDES BLOCOS ECONÔMICOS
Com a economia mundial globalizada, a tendência comercial é a formação de blocos
econômicos. Estes são criados com a finalidade de facilitar o comércio entre os países membros.
Adotam redução ou isenção de impostos ou de tarifas alfandegárias e buscam soluções em comum
para problemas comerciais.
Em tese, o comércio entre os países constituintes de um bloco econômico aumenta e gera
crescimento econômico para os países. Geralmente estes blocos são formados por países vizinhos
ou que possuam afinidades culturais ou comerciais. Esta é a nova tendência mundial, pois cada
vez mais o comércio entre blocos econômicos cresce. Economistas afirmam que ficar de fora de
um bloco econômico é viver isolado do mundo comercial.
Entre os principais blocos econômicos da atualidade, podemos destacar a União Europeia, a
Nafta (Acordo de Livre Comércio da América do Norte), o MERCOSUL (Merca do Comum do Sul,
do qual o Brasil faz parte) e a Apec (Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico).
A União Europeia (UE) foi oficializada no ano de 1992, através do Tratado de Maastricht. Este
bloco é formado pelos seguintes países: Alemanha, França, Reino Unido, Irlanda, Holanda (Países
Baixos), Bélgica, Dinamarca, Itália, Espanha, Portugal, Luxemburgo, Grécia, Áustria, Finlândia e
Suécia. Este bloco possui uma moeda única que é o EURO, um sistema financeiro e bancário
comum. Os cidadãos dos países membros são também cidadãos da União Europeia e, portanto,
podem circular e estabelecer residência livremente pelos países da União Europeia.
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A União Europeia também possui políticas trabalhistas, de defesa, de combate ao crime e de
imigração em comum. A UE possui os seguintes órgãos: Comissão Europeia, Parlamento Europeu
e Conselho de Ministros.
O MERCOSUL (Mercado Comum do Sul) foi oficialmente estabelecido em março de 1991. É
formado pelos seguintes países da América do Sul: Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina.
Futuramente, estuda-se a entrada de novos membros, como o Chile e a Bolívia. O objetivo
principal do MERCOSUL é eliminar as barreiras comerciais entre os países, aumentando o
comércio entre eles. Outro objetivo é estabelecer tarifa zero entre os países e num futuro próximo,
uma moeda única. 2013 incorporação plena da Venezuela e suspensão do Paraguai.
Fazem parte do NAFTA (Tratado Norte-Americano de Livre Comércio) os seguintes países:
Estados Unidos, México e Canadá. Começou a funcionar no início de 1994 e oferece aos países
membros vantagens no acesso aos mercados dos países membros. Estabeleceu o fim das
barreiras alfandegárias, regras comerciais em comum, proteção comercial e padrões e leis
financeiras. Não é uma zona livre de comércio, porém reduziram tarifas de aproximadamente 20 mil
produtos.
A APEC (Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico) foi criada em 1993 na Conferência de
Seattle (Estados Unidos da América). Integram este bloco econômico os seguintes países: Estados
Unidos da América, Japão, China, Formosa (também conhecida como Taiwan), Coreia do Sul,
Hong Kong (região administrativa especial da China), Cingapura, Malásia, Tailândia, Indonésia,
Brunei, Filipinas, Austrália, Nova Zelândia, Papua Nova Guiné, Canadá, México, Rússia, Peru,
Vietnã e Chile. Somadas as produções industriais de todos os países, chega-se a metade de toda
produção mundial. Quando estiver em pleno funcionamento (previsão para 2020), será o maior
bloco econômico do mundo.
GLOBALIZAÇÃO E A ATUAL DIVISÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO
A expressão ‘divisão internacional’ do trabalho diz respeito à posição dos países no mercado e no
processo produtivo global, bem como à dinâmica dos padrões de acumulação de capital no
contexto planetário. No atual contexto de globalização, a expressão ‘nova divisão internacional do
trabalho’ tem sido usada para designar as mudanças no mercado, na distribuição de capital e das
empresas, bem como no fluxo da força de trabalho entre os países, especialmente a relação
‘centro-periferia’. Ou seja, a relação países capitalistas desenvolvidos, países emergentes e países
pobres ou com pouco potencial competitivo na economia global (Henk, 1988).
GLOBALIZAÇÃO E O MEIO AMBIENTE
As consequências ambientais da globalização e da implantação da nova ordem mundial do
pós-guerra são catastróficas. A crise ambiental que ameaça o futuro do planeta tem sua origem
justamente na expansão capitalista promovida pela globalização. Para a economia globalizada
continuar crescendo são necessários cada vez mais consumidores, ainda que não consumam
sequer o mínimo necessário a uma vida digna. O aumento do consumo por aqueles que já dispõem
do necessário para viver é uma necessidade constante, que é estimulada por campanhas
publicitárias, mensagens subliminares e por um sistema que valoriza as pessoas pelo seu poder de
compra e não pela essência de cada ser.
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Planejamento familiar, soluções coletivas para aquisição de bens e serviços (incluindo o
transporte coletivo), formas alternativas de produção, estímulo à produção familiar de alimentos,
entre outros, contrariam a lógica do mercado global e por isso não são fomentados pelos governos
e instituições públicas capturados pelas corporações. Para que essa máquina continue girando é
preciso que se disseminem padrões de comportamento altamente consumistas. No mundo
dominado pelos interesses corporativos a demanda por matéria prima e energia é crescente. Isso
resulta em exploração insustentável dos recursos naturais, geração de resíduos em progressão
geométrica, poluição e contaminação ambientais crescentes, avanço progressivo sobre áreas
naturais, escassez de água, destruição de habitats com consequente redução na biodiversidade,
incremento na emissão de gases de efeito estufa, etc.
A partir de agora iniciaremos os estudos dos países desenvolvidos: América Anglo-Saxônica,
continente europeu, Japão e Oceania
AMÉRICA DESENVOLVIDA OU AMÉRICA ANGLO-SAXÔNICA
Considerando a formação histórica e cultural da América, o continente americano divide-se
em duas grandes regiões: a América Latina e a América Anglo-Saxônica.
A denominação América Latina deve-se ao fato de que os países dessa região foram
colonizados por três povos latinos: espanhóis e portugueses – predominantemente – e franceses.
Por outro lado, o Canadá e os Estados Unidos foram colonizados, predominantemente, por
ingleses, que são povos de origem anglo-saxônica. Esses dois países compõem, portanto, a
América Anglo-saxônica. Tanto os Estados Unidos quanto o Canadá estão entre as nações do
mundo mais desenvolvidas socioeconomicamente. Além disso, os Estados Unidos são a maior
potência militar do planeta.
Com tudo isso, será que podemos dizer que os Estados Unidos são a nação mais rica e
bem sucedida do mundo?
A dimensão territorial da América desenvolvida favorece a existência de um quadro natural
bem diversificado. Apresenta vegetações como a (tundra com clima frio e floresta temperada),
(estepe e pradaria com clima semiárido), (vegetação desértica com clima desértico), (savana com
clima subtropical), (vegetação de altas montanhas com clima frio) e ausência de vegetação com
clima polar. Os principais fatores naturais que influenciam as características climáticas da América
são: latitude, correntes marítimas, efeitos da continentalidade
Relevo: apresenta grande variação entre as duas costas da América do Norte. Na costa do oceano
Pacífico, a oeste, está as Montanhas Rochosas (formações recentes e elevadas). Segue-se uma
grande planície central e, na costa do oceano Atlântico, a sudeste, estão formações antigas e
desgastadas.
Hidrografia: Foz do Rio Mississippi, em Nova Orleans, Louisiana, Estados Unidos.
A América Anglo-Saxônica possui uma enorme região lacustre no nordeste, na fronteira dos
Estados Unidos com o Canadá − a chamada região dos Grandes Lagos. Como verdadeiros lagos
interiores, os lagos Superior, Michigan, Erie e Ontário, em meio a muitos outros menores, ocupam
uma área tão vasta quanto à do estado brasileiro de São Paulo. Ligam ao oceano Atlântico pelo rio
São Lourenço.
No que se refere à extensão, merecem destaque na América Anglo-Saxônica, além do rio
São Lourenço, o Mississipi, o Missouri, o Mackenzie, o Hudson (que passa pela cidade de Nova
Iorque), o Colúmbia, o Colorado, o Grande (já nos limites dos Estados Unidos com o México) entre
outros. Cerca de um terço do território dos Estados Unidos é drenado pela bacia dos rios
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Mississipi-Missouri que, situada a oeste dos Apalaches e a leste das Rochosas, ocupa o centro do
país de norte a sul.
GEOGRAFIA DOS ESTADOS UNIDOS
Cultura
É inegável a influência cultural que os Estados Unidos exercem. Seus filmes, músicas e
programas televisivos são conhecidos por todo o mundo. Essa difusão da cultura americana se dá
através de veículos de comunicação em massa, como canais, seriados, músicas e principalmente o
cinema, que transmitem um modelo ou padrão a ser seguido, transmitindo ao mundo o “american
way of life” (estilo americano de viver).
Economia
Os Estados Unidos é a maior potência mundial, isso não há como contestar. A maioria dos
países sonha em se igualar a ele no futuro. Um dos países mais visitados, com alta taxa de
empregabilidade, referência mundial em muitos assuntos, os Estados Unidos são vistos como o
país perfeito e molde para os países subdesenvolvidos.
Em constante mudança e ritmo acelerado, a economia dos Estados Unidos é tida como a
maior do mundo. Com a expansão em vários setores, ela só tende a crescer. Embora a crise
iniciada em 2008, faça com que o país enfrente problemas de ordem financeira como a iniciada no
período anteriormente citado decorrente do excesso e abuso na concessão de hipotecas, a
desvalorização do dólar, junto com outros fatores, e União Europeia ter ultrapassado o PIB dos
EUA, em 2009, não foi suficiente para desestabilizá-lo e nem tirá-lo do primeiro lugar
Seus principais parceiros comerciais são Canadá, México, Japão, China e Taiwan
Industrialização
Os principais produtos fabricados nos Estados Unidos são computadores e softwares,
produtos eletrônicos, equipamentos de transporte (aviões, veículos motorizados, trens e navios),
produtos químicos (fertilizantes, remédios), alimentos, maquinário industrial, produtos de metal,
produtos de plástico, siderurgia, material impresso, petróleo e derivados e móveis. Detroit é a
capital da indústria automobilística dos Estados Unidos;
A região central dos Estados Unidos é uma grande produtora de ferro e aço, veículos
motorizados e maquinário industrial;
A indústria siderúrgica é a maior do mundo - sediada em Pittsburgh e em Cincinnati.
Vale do Silício (na Califórnia), desenvolvimento de computadores e softwares em geral.
Polo da indústria de alta tecnologia é Pittsburgh, robótica e de biotecnologia.
Atlanta, Dallas, Seattle e Wichita são grandes centros da indústria aeroespacial. A maioria das
fábricas da Boeing - a maior empresa fabricadora de aviões em geral do mundo - localizam-se em
Seattle.
Tecnopolos
São centros tecnológicos que reúnem diversos institutos, centros de pesquisa, empresas e
universidades.
Os tecnopolos têm o objetivo de facilitar a criação e o melhoramento de produtos e técnicas.
Estes produtos e técnicas serão, por sua vez, absorvidos pela indústria de alta tecnologia que se
instala nos mesmos lugares ou cidades
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Os primeiros tecnopolos foram criados nos Estados Unidos. Tudo começou quando a Intel,
juntamente com a Universidade de Stanford, na Califórnia, e a Universidade da Califórnia, em Los
Angeles, criaram um polo de desenvolvimento tecnológico na área de computação e informática.
Esse polo ficou conhecido como Vale do Silício, ou Silicon Valley.
Agricultura
A agricultura norte-americana é essencialmente comercial, voltada tanto para o mercado
interno como para o externo. O governo destina elevadas somas de dinheiro para a agricultura e
pesquisa, utilizam técnicas modernas, abundante mecanização, sementes selecionadas,
fertilizantes.
Outra característica da agricultura, são os cinturões agrícolas, os Belts, que consiste uma
agricultura especializada de um ou mais produtos de acordo com o tipo de solo e clima. Mas as
novas técnicas de correção do solo e aclimatação de sementes estão aos poucos rompendo as
lavouras naturais.
Assim, na região dos Grandes Lagos e do nordeste dos EUA, predominam culturas
destinadas a abastecer a grande população urbana, como as de verduras e legumes. Na mesma
região com a mesma finalidade criam-se aves e gado leiteiro. As regiões áridas são aproveitadas
para a pecuária extensiva, porém já existem muitas culturas irrigadas no oeste do território.
Hoje os Estados Unidos têm o primeiro lugar na produção de milho, soja, algodão e frutas
cítricas (laranja), têm o 2º lugar na produção de trigo, cevada, beterraba açucareira e na criação de
bovinos e suínos.
O PODER BÉLICO ESTADUNIDENSE E A ONU
Como os Estados Unidos se tornaram essa grande potência militar? Tudo teve início com a
sua participação decisiva, ao lado da ex-União Soviética, na Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Tal participação fez desses dois países as potências hegemônicas do mundo, até 1991. Oponentes
políticos, eles passaram a buscar territórios para que pudessem exercer influência política e
econômica. Com o fim da União Soviética, em 1991, os Estados Unidos tornam-se a única
superpotência do mundo, detentora de enorme poderio militar. Sem um grande adversário, o país
passou a intervir em questões e conflitos locais ou mundiais, buscando soluções que, muitas
vezes, atendem somente a seus interesses particulares, exercendo forte pressão sobre instituições
internacionais, como é o caso da ONU.
DEFESA:
Efetivo total: 2,3 milhões de soldados (2008).
Gastos: US$ 612,6 bilhões (4,06% do PIB - 2011) - 1º do mundo.
Bases e instalações militares no exterior: 865 em 150 países (2008).
A ONU – Organização das Nações Unidas, instituição criada em 1945, logo após o término
da Segunda Guerra Mundial, tem como objetivos manter a paz, defender os direitos humanos e as
liberdades fundamentais e promover o desenvolvimento dos países. É constituída, hoje, por 193
países.
Compõe-se de diversos organismos, com destaque para: a Assembleia Geral, o Conselho
de Segurança, a OMS (Organização Mundial de Saúde), a OIT (Organização Internacional do
Trabalho) e a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).
PROBLEMAS SOCIOECONÔMICOS E AMBIENTAIS
Um dos graves problemas da sociedade norte-americana é o Racismo que atinge os imigrantes e,
principalmente, os negros. Apesar de a discriminação racial contra os negros ser considerada crime
nos Estados Unidos desde 1964, a segregação ainda persiste. Além disso, mesmo sendo uma
potência mundial, a pobreza se manifesta nesse país, principalmente entre os hispânicos e negros,
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muitos até vivem abaixo da linha de pobreza. Outro problema é a questão da imigração ilegal
apesar dos esforços para coibir a imigração. Atualmente dois terços dos imigrantes estão
legalmente no país, seja como cidadãos naturalizados ou como residentes permanentes
regularizados por lei (portadores do chamado green card). Essa mudança demográfica,
impulsionada pela imigração, tem grandes implicações nos gastos governamentais em setores
importantes como educação, assistência à saúde, infraestrutura e previdência social. Outro fator
relevante diz respeito ao meio ambiente. Os combustíveis consumidos por automóveis e
caminhões são responsáveis pela emissão de 67% do monóxido de carbono - CO, 41% dos óxidos
de nitrogênio - NOx, 51% dos gases orgânicos reativos, 23% dos materiais particulados e 5% do
dióxido de enxofre - SO2. Além disso, o setor de transportes também é responsável por quase 30%
das emissões de dióxido de carbono - CO2, um dos principais responsáveis pelo aquecimento
global. A concentração de dióxido de carbono na atmosfera tem aumentado cerca de 0,4%
anualmente;
Blocos Econômicos
O Nafta, ou Acordo de Livre Comércio da América do Norte (em inglês, North American Free
Trade Agreement), Esse bloco econômico surgiu da necessidade de os Estados Unidos
enfrentarem a concorrência econômica da União Europeia.
A Apec (Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico foi criada em 1989 com o objetivo de
estabelecer uma zona de livre-comércio entre todos os seus integrantes, até 2020. A Apec é
formada por países localizados na Ásia e/ou banhados pelo Oceano Pacífico, constituindo, assim,
um bloco muito heterogêneo e que conta com a presença de dois dos maiores centros de poder –
Japão e Estados Unidos – e da China, cuja economia é a que mais cresce no mundo atual. O
volume de comércio realizado pelos países-membros desse bloco representa quase 50% do total
mundial.
ESPAÇO CANADENSE
Dono de uma vasta extensão territorial, o Canadá possui uma população de pouco mais de
33 milhões de habitantes, uma densidade demográfica de cerca de 3hab/km2. Sua população está
muito mal distribuída pelo território do país, estando 90% de seus habitantes concentrados junto à
fronteira com os Estados Unidos, de sua costa leste a sua costa oeste. O centro-norte do país é
bastante vazio, devido ao clima muito rigoroso, ao isolamento geográfico e à presença de extensas
florestas de coníferas, que se constituem em uma das principais riquezas nacionais. O Canadá é
um país desenvolvido, com IDH elevado, classificando-se entre os países de melhor qualidade de
vida do mundo. O Canadá possui duas línguas oficiais: o inglês, língua de 57,2% dos canadenses,
e o francês, língua de 21,8% da população. Entretanto, 19,7% dos canadenses têm outra língua
além do inglês ou do francês, como, por exemplo, italiano, chinês, alemão, português, polonês,
espanhol, árabe, holandês, ucraniano, holandês, grego.
A cultura indígena é a única verdadeira cultura nativa do Canadá, já que todos os outros
canadenses são originariamente imigrantes. Eles começaram a chegar ao Canadá no século XVII,
trazendo consigo seus modos de vestir, hábitos alimentares e costumes. No início do século XX, o
Canadá abriu suas portas para a imigração de toda a parte do mundo. Em 1988, o Governo
sancionou o Ato do Multiculturalismo, que reconhece oficialmente a natureza multicultural da
sociedade canadense.
Com colonização inglesa e francesa, o país é, oficialmente, bilíngue: tem o inglês e o francês
como línguas oficiais. O movimento separatista na província de Quebec ameaça à integridade
territorial do Canadá. Os francos canadenses queixam-se de injustiças políticas, econômicas e
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sociais praticadas pela maioria de origem inglesa que domina o país. Outro problema do país
decorre do fato de a economia canadense estar intimamente ligada à norte-americana. Apesar
desses impasses no território canadense é um país que tem uma ótima qualidade de vida.
ECONOMIA CANADENSE
A riqueza mineral do solo canadense é a principal responsável pelo desenvolvimento
econômico do país, que possui jazidas de ferro, petróleo, gás natural, urânio, ouro, prata, níquel,
cobre, molibdênio, zinco, amianto, entre outros. O Canadá está entre os maiores produtores
mundiais de zinco e níquel. Esses recursos naturais, além de serem exportados, proporcionaram
subsídios para o desenvolvimento industrial do país.
Com extensas áreas de floresta boreal (aproximadamente 48% do território), o Canadá é
grande produtor de papel, celulose e madeira, abrigando indústrias que atuam nesse segmento de
forma sustentável, sendo a maioria da produção destinada aos Estados Unidos. O governo local
incentiva programas de reflorestamento, garantindo, assim, matéria-prima para a continuidade das
atividades vinculadas à madeira. A agropecuária, por sua vez, é dotada de alto desenvolvimento
tecnológico e é altamente mecanizada. A produção de cereal, sobretudo de trigo, responde por
mais da metade das exportações desse segmento econômico.
O setor industrial é bastante diversificado e desenvolvido. Os principais polos localizam-se
nas cidades com maior contingente populacional: Toronto, Montreal, Vancouver, Ottawa, Edmonton
e Québec. Esses centros urbanos abrigam indústrias de papel, metalurgia, química, petroquímica,
mineradoras, telecomunicações, aeroespacial, informática, têxtil, alimentícia, entre outras.
RELAÇÕES ECONÔMICAS ENTRE CANADÁ E ESTADO UNIDOS
Desde 1994, o país, juntamente com Estados Unidos e México, integra o Nafta (Acordo de
Livre Comércio da América do Norte). Esse bloco fortaleceu ainda mais as relações comerciais
entre canadenses e estadunidenses, visto que a economia do Canadá está totalmente vinculada à
dos Estados Unidos, que são os principais investidores e importadores de seus produtos –
aproximadamente 80% das exportações canadenses são destinadas aos EUA.
CONTINENTE EUROPEU
A Europa é um continente que faz fronteira com a Ásia, a leste; é banhada pelo Oceano
Glacial Ártico, ao Norte; pelo Atlântico, a Oeste; e pelos mares Mediterrâneo e Negro ao Sul,
fazendo fronteira com o Oriente Médio através do Estreito de Bósforo (confira o mapa). Localiza-se
totalmente no Hemisfério Norte do planeta e, ao mesmo tempo, nos Hemisférios Ocidental e
Oriental. Por estar geograficamente “colada” com a Ásia, muitos se referem a esse bloco
continental como Eurásia.
Durante muitos anos (desde o século XVI), a Europa foi considerada como o principal centro
econômico e científico do mundo, perdendo esse posto durante o século XX. Na verdade, essa
liderança não pertencia ao continente europeu como um todo, mas sim a algumas potências
econômicas da região, com destaque para a Inglaterra e a França.
Apesar da relativa baixa desses países em face de economias como a dos Estados Unidos e
a da China, a Europa possui o maior e mais poderoso bloco econômico do mundo, a União
Europeia. Esse bloco diferencia-se dos demais por ser o único a garantir a livre circulação de bens,
mercadorias e pessoas, além de ter uma moeda própria: o euro, adotada por quase todos os
países-membros.
Se observarmos atentamente o mapa acima, poderemos ver que a Europa mais parece uma
“colcha de retalhos”, pois ela possui um grande número de países em um pequeno espaço. No
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total, são 50 países espremidos em cerca de 10.500.00 km², algo pouco maior que o território
brasileiro.
Isso se deve às constantes guerras e disputas políticas que ocorreram nessa região ao
longo da história, em que as inúmeras etnias existentes buscaram por suas independências e
construíram os seus respectivos Estados Nacionais. Apesar disso, ainda existem muitos povos cuja
nação não possui pátria, como o povo catalão, cujo território pertence à Espanha.
O relevo da Europa é predominantemente de planície e pouco acidentado. Mas em alguns
locais existem algumas cadeias de montanhas, como os Alpes. O clima é predominantemente
temperado continental e oceânico.
A Europa é considerada importante por ter sido a responsável pela colonização da maior
parte do mundo restante. Foi nesse continente que surgiu a maioria dos nossos costumes, uma vez
que, ao colonizar e invadir outros territórios, os europeus impuseram o seu tipo de civilização.
Apesar de ser considerada a cientificamente mais avançada (a ciência moderna também surgiu na
Europa), foi nesse continente que as maiores guerras da história da humanidade ocorreram.
UNIÃO EUROPEIA
A UE (União Europeia) é um bloco econômico, político e social de 28 países europeus que
participam de um projeto de integração política e econômica. Os países integrantes são: Alemanha,
Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Croácia, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia,
Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países
Baixos (Holanda), Polônia, Portugal, Reino Unido, República Tcheca, Romênia e Suécia.
Macedônia, Croácia e Turquia encontram-se em fase de negociação. Estes países são
politicamente democráticos, com um Estado de direito em vigor.
Para o funcionamento de suas funções, a União Europeia conta com instituições básicas
como o Parlamento, a Comissão, o Conselho e o Tribunal de Justiça. Todos estes órgãos possuem
representantes de todos os países membros.
Os países membros da União Europeia e os 19 países de maiores economias do mundo
fazem parte do G20. Os países da União Europeia também são representados nas reuniões anuais
do G-8 (Grupo dos Oito) observação: atualmente a Rússia está suspensa do bloco (2014).
Portanto, na atualidade denomina-se G7
Objetivos da União Europeia: - Promover a unidade política e econômica da Europa; Melhorar as condições de vida e de trabalho dos cidadãos europeus; - Melhorar as condições de
livre comércio entre os países membros; - Reduzir as desigualdades sociais e econômicas entre as
regiões; - Fomentar o desenvolvimento econômico dos países em fase de crescimento; Proporcionar um ambiente de paz, harmonia e equilíbrio na Europa.
CEI - ORIGEM E OBJETIVOS
A CEI (Comunidade dos Estados Independentes) é uma organização intergovernamental
composta por 11 das 15 ex-repúblicas que formavam a União Soviética. Estes países possuem
laços políticos, econômicos e militares
A CEI não é um bloco econômico, pois não há acordos e políticas comerciais comuns entre
os países membros. Além de não haver integração econômica, não há também legislação
comercial comum, assim como redução ou isenção de tarifas alfandegárias entre os países
membros. Foi criada em 8 de dezembro de 1991, pelo acordo de Minsk. Foi instituída pelo Tratado
de Alma-Ata, em 21 de dezembro de 1991, no Cazaquistão. Os acordos de livre comércio que
ocorrem geralmente são bilaterais. A criação da CEI teve como um dos principais objetivos manter
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os laços e relações de cooperação entre os novos países que se tornaram independentes da União
Soviética, porém com forte influência do país mais poderoso do bloco, a Rússia. A criação da CEI
foi importante para a descentralização do poder na região, além de colaborar para a consolidação
da democracia nas ex-repúblicas soviéticas.
REGIONALIZAÇÃO E ECONOMIA EUROPEIA
Europa Ocidental: entre os países da Europa ocidental destacam-se a Espanha, França e o
Reino Unido. Estes possuem uma população cerca de 196 milhões de habitantes, ou seja, trata-se
de uma região muito populosa e povoada.
Bélgica, Holanda e Luxemburgo compõem uma das regiões mais industrializadas do mundo,
junto com esses países destaca-se Benelux. Nessa região além da indústria destacam-se a
produção de energia, a extração de minerais, o cultivo de cereais e a atividade turística, com
destaque para Mônaco.
Europa Setentrional: a base econômica é a indústria, também se destacando o minério de
ferro, o grande potencial hidráulico para a produção de energia elétrica, e a grande produção de
madeira de papel e celulose.
Quanto à pecuária, o destaque é a criação de bovinos que não é muito desenvolvida na
região por causa do clima frio; e, quanto às produções agrícolas, destacam-se o cultivo de cereais,
batata e beterraba açucareira.
Europa Oriental: A Europa Oriental tem também sua economia baseada na indústria,
produção de energia e de minerais. Sendo que alguns países estão enfraquecidos por estarem
passando por uma fase de transição entre o socialismo e o capitalismo. Os destaques da indústria
oriental são a de Moscou e São Petersburgo.
Na agropecuária a maior parte de seu espaço é ocupada por cereais, principalmente o trigo.
Especificamente na pecuária destaca-se a criação de rebanhos bovinos, suínos e ovinos.
Europa Central: em relação à economia, essa região destaca-se na indústria de
equipamentos, com forte concentração siderúrgica e mecânica, mas com grande destaque para a
Alemanha, com indústrias siderúrgicas, maquinaria, química, automobilística e eletrotécnica, É
também, uma das áreas mais ricas em jazidas carboníferas. Europa Meridional: A Europa
Meridional também tem sua economia baseada na indústria, destacando-se a Itália, que tem
grande potencial no setor petroquímico e siderúrgico com grande influência de outros países como
o EUA.
Na agricultura da Europa Meridional destaca-se o cultivo de cereais, trigo milho e beterraba
açucareira. Nessa região a pecuária não é muito desenvolvida principalmente por causa do clima.
XENOFOBIA NA EUROPA
Casos xenofóbicos têm tido repercussão internacional. As mortes por motivo de xenofobia
têm se tornado pauta de agências nacionais e supranacionais, as quais buscam reprimir esse tipo
de intolerância social. Mas por que a xenofobia tem aumentado? Por que na Europa?
Xenofobia é entendida como aversão ao imigrante, iria se tornar cada vez mais patente nos
países desenvolvidos. Isso devido, basicamente, às diferenças socioculturais existentes entre
pessoas de países diferentes e, principalmente, à relação tensa entre os trabalhadores dos países
ricos e os estrangeiros, vindos de países mais pobres, que disputam os mesmos postos de
trabalho, além disso, há o medo da perda de identidade. Uma das razões que torna mais latente
esse sentimento xenofóbico é a questão da baixa ou quase nula taxa de natalidade. Atualmente a
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população que mais cresce na Europa é a terceira idade, em decorrência do aumento da
longevidade. Portanto não há uma reposição da população, consequentemente falta mão-de-obra.
A partir de então, os governos desses países ricos passaram a criar medidas legais e até
mesmo barreiras físicas (muro na fronteira dos Estados Unidos com o México, muro na cidade de
Celta, Espanha), de modo a dificultar cada vez mais a entrada de imigrantes.
JAPÃO
ÁREA: 372.819 km²
CAPITAL DO JAPÃO: Tóquio
POPULAÇÃO: 127,4 milhões
MOEDA DO JAPÃO: iene
O Japão está situado no extremo oriente do planeta. Encontra-se no continente asiático,
mais precisamente no leste, sendo um arquipélago, e é uma das principais potências econômicas
do mundo.
Quanto ao clima, predomina o temperado continental (Norte) e subtropical (Sul). O Japão se
encontra na zona temperada e no extremo nordeste da região atingida pelo clima de monções.
Sofre grande maritimidade, devido a sua posição geográfica, com grandes massas de ar
carregadas de umidade, explicando a elevada pluviosidade (1.000 mm anuais). As chuvas
abundantes e o clima temperado produzem vegetação rica que favorece a agricultura. Suas quatro
estações são bem definidas, com dois períodos chuvosos antes e depois do verão.
No inverno, o Japão sofre influência das mais frias massas de ar do mundo: a massa de ar
da Sibéria. Em Asahikawa e Hokkaido, por exemplo, a temperatura já atingiu até 41 graus abaixo
de zero e a média de temperatura no mês de janeiro é de 8,5 graus negativos. Já no verão é regido
pela massa de ar mais quente do mundo: a massa de ar do Pacífico norte – a temperatura mais
alta já registrada no Japão foi de 40,8 graus na cidade de Yamagata. O clima do Japão, no verão,
ao mesmo tempo em que é muito úmido, sofre períodos contínuos de sol relativamente sem
chuvaNorte (Hokkaido) - clima temperado frio, com longos meses de Inverno, influenciado pela
corrente fria Oya Shivo;
Vegetação: A vegetação caracteriza-se pelo predomínio de florestas, que cobrem a maior
parte dos conjuntos montanhosos do país, tornando-o uma das nações mais arborizadas do
mundo. Diversos tipos de vegetação crescem quase espontaneamente nas várias regiões do país,
devido ao fato de seu território incluir regiões pertencentes às zonas subtropicais, temperada e fria,
e possuir água em abundância.
A Hidrografia é caracterizada por com cursos fluviais de pequeno porte, devido à pequena
extensão das ilhas. No entanto, são intensamente aproveitados, destacando-se a irrigação e a
produção de energia elétrica.
O relevo caracteriza-se pela sua irregularidade, com predomínio de montanhas, que se
orientam, de norte a sul, na área central das diferentes ilhas. Existem numerosos vulcões (54 em
atividade) em decorrência desse país estar localizado numa das zonas geologicamente mais ativas
da Terra, o que está, também, na origem de numerosos sismos e maremotos (tsunamis) que
ocorrem no país.
Como grande potência econômica, possui a terceira maior economia do mundo em PIB
nominal (considera os valores do ano que o produto foi produzido e comercializado). É a quarta
maior em poder de compra e o quarto maior exportador importador do mundo, além de ser o único
país asiático membro do G8. O país mantém uma força de segurança moderna e ampla, utilizada
para autodefesa e para funções de manutenção da paz. O Japão possui um padrão de vida muito
alto (10º maior IDH), com a maior expectativa de vida do mundo (de acordo com estimativas da
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ONU e da OMS) e a terceira menor taxa de mortalidade infantil. O país também faz parte do G20,
grupo formado pelas 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia.
ANTÁRTICA
A descoberta deste continente foi a última grande aventura da exploração do globo terrestre.
O norueguês Roald Amundsen e o inglês Robert Falcon Scott foram os primeiros a alcançar o Polo
Sul. Na atualidade 26 países possuem bases de pesquisas cientificas na Antártica.
A Antártica com 14 milhões de km2 é formada por uma grande calota de gelo com
espessura de até 4 km, com um volume estimado em 30% das reservas de água doce do planeta.
As temperaturas são sempre baixas, com os ventos violentos e tempestades de neve o ano todo. A
menor temperatura registrada no planeta foi na base russa de Vostok (-89 GRAUS CELSIUS). O
ponto mais elevado do continente é o Monte Vinson com 5.140m de altitude.
O continente é o principal regulador térmico do Planeta, controla as circulações atmosféricas
e oceânicas, influenciando o clima e as condições de vida na Terra.
O Tratado da Antártida - que regulamenta o uso do continente Antártico - foi firmado em 1º
de dezembro de 1959 e envolveu países interessados em explorar ou pesquisar a região e proíbe
até 2047 a exploração econômica de seus recursos minerais (petróleo, ferro, carvão, cobre e
manganês). Também regulamenta e controla as atividades humanas o local: turismo e pesquisa
As atividades humanas mais significativas no continente Antártico referem-se à pesquisa
científica e a pesca de um tipo de crustáceo conhecido como krill semelhante ao camarão.
OCEANIA
A Oceania é um continente localizado ao sudeste da Ásia, banhado pelos oceanos Índico e
Pacífico. É o menor dentre os continentes, o mais isolado e, por isso, o último a ser descoberto e
conquistado pelos europeus, sendo por isso chamado de “novíssimo mundo”.
A maior parte de suas terras, cerca de 94%, é território da Austrália, sendo a única porção
de terras de dimensões continentais desse local. Os outros 6% estão divididos em milhares e
milhares de ilhas. No total, são 14 países e 38 milhões de habitantes, distribuídos em uma área de
8.480.000 km².
A Austrália, além de ser o maior país em dimensões territoriais, é também o mais
desenvolvido econômico e socialmente, possuindo o terceiro maior Índice de Desenvolvimento
Humano do planeta. Sidney, a capital do país, é a maior, mais populosa e mais desenvolvido
cidade do continente.
A porção de ilhas que compõem a Oceania é regionalizada em Melanésia, Micronésia e
Polinésia. Em tradução literal, esses nomes significam, respectivamente, “ilhas habitadas por
negros”, “pequenas ilhas” e “muitas ilhas”. Observe o mapa abaixo para conferir essa divisão:
O continente é considerado de formação geológica recente, de forma que grande parte do
seu relevo é de origem vulcânica e sofreu em menor escala as ações dos agentes externos de
transformação do solo e das rochas. Por se encontrar no limite entre duas placas tectônicas,
inúmeras regiões apresentam registros de terremotos.
Por se tratar de um conjunto de ilhas, a maioria dos animais da Oceania é endêmica, ou
seja, só existem nesse lugar do mundo, sendo, por isso, ameaçados constantemente de extinção.
Dentre eles, podemos destacar o Canguru e o Demônio da Tasmânia.
A maioria das ilhas e locais que fazem parte desse continente é de grande beleza, com
paisagens verdadeiramente exuberantes. Não por acaso, a principal atividade econômica da
maioria desses países é o turismo. Outras atividades importantes são a pesca e a agricultura.
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A Nova Zelândia, segunda nação mais rica do continente, possui elevado nível de
industrialização (alimentício, transformadoras, metalúrgica, siderúrgica, petroquímica, etc.).
Também abriga grandes reservas de petróleo, carvão e gás natural. Outro destaque da economia
nacional são os rebanhos de ovinos, caprinos, bovinos e suínos, impulsionando a produção de lã,
carne e laticínios.
A Austrália baseia-se no setor primário e mesmo a indústria é muito vinculada à manufatura de
alimentos, principalmente gado. Além disso, a Austrália é importante fornecedora de alimentos para
o Japão, com o qual realiza grande troca comercial. Mas há ainda indústrias de alta tecnologia, na
área química, na siderúrgica e na petroquímica. O setor de serviços também é muito grande,
principalmente sob a forma do turismo.
REFERÊNCIA
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Editora Moderna; Editora executiva Sônia Cunha de S. Danelli. – 5. ed. – São Paulo: Moderna,
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Moderna; Editora executiva Sônia Cunha de S. Danelli. – 5. ed. – São Paulo: Moderna, 2013.
● Projeto Radix. Geografia - 7º ano/Valquíria Pires, Beluce Belluci. São Paulo: Scipione, 2014. (Coleção)
● Coelho, Marcos A. e Terra, Lygia. Geografia geral: o espaço natural e socioeconômico. Moderna, 2001.
p.88.
● Grittem, Silvana: Educação de Jovens e Adultos, Alcance EJA: anos finais do Ensino Fundamental.
Curitiba: Positivo, 2013.
● Almanaque Abril, São Paulo: 2013
SIMIELLI. Atlas Geográfico Escolar. Ática, 2007.
Projeto Radix. Geografia -
7º ano/Valquíria Pires, BeluceBelluci. São Paulo: Scipione, 2014.
(Coleção)
● Coelho, Marcos A. e Terra, Lygia. Geografia geral: o espaço natural e socioeconômico. Moderna,
2001. p.88.

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