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www.LojasBambil.com MudamMudam-se os tempos, mudammudam-se os brinquedos por Paula Brito Depois da roupa ou acessórios, os brinquedos (46,8%), a par da alimentação e das bebidas (21,7%), são o segundo presente mais oferecido no Natal, de acordo com a GfK Christmas Gifts. E os brinquedos tecnológicos (da Sony, Microsoft ou Nintendo) ganham terreno entre adeptos cada vez mais novos, enquanto os ditos tradicionais, para concorrer, afinam os seus produtos para idades mais reduzidas. Um público que quer preços baixos, daí a produção em massa na China, factor que contribuiu para o fim das fábricas tradicionais portuguesas, bem como das lojas que, por causa de igual exigência de preço baixo, viram os clientes fugir para as grandes superfícies - a nova loja do Pai Natal... "Pedi um pad para a PlayStation", revela Gonçalo Monteiro, oito anos, depois de uma ronda exploratória pela secção dos jogos e consolas do Toys 'R' Us. O futuro veterinário veio acompanhado pelos pais, Filipe e Paula, confirmar no As Lojas Bambil, são patrocinadas por: www.EmpregoEmCasa.com www.IdeiasParaNegocios.com www.VenderNaNet.com www.LojasBambil.com terreno, apinhado de crianças, a oferta dos catálogos recebidos na caixa de correio lá de casa desde o início de Dezembro e onde consta o seu brinquedo mais desejado, que é também o último grito em entretenimento, como se diz nos dias que correm. Pegou nestas montras em papel, recortou as imagens dos brinquedos que mais lhe agradaram e colou-as numa folha. Apesar de "não acreditar lá muito no Pai Natal", segundo a mãe (em sussurro por cima da sua cabeça), este trabalho manual resultou numa carta para o barbudo mais famoso do mundo. Nesta missiva dos tempos modernos constava, entre outros, também o "jogo dos invisíveis", em relação ao qual, com um olhar penitente à mãe, tenta perceber se vai recebê-lo no Natal. A resposta é firme: "Trabalha na escola, obtém bons resultados e a recompensa vem depois", estratégia que terá o seu momento alto em Junho, quando lhe calhar uma consola Wii como prémio por passar do 3.º para o 4.º ano. E a avaliar pelas notas do 1.º período "Bom+ a Matemática, Bom+ a Estudo do Meio e Bom a Português", segundo a mãe - não será difícil alcançar este brinquedo. No Natal, nos aniversários ou em momentos de compensação de resultados, os brinquedos (em segundo lugar na lista de presentes de Natal dos portugueses, segundo estudo GfK Christmas Gifts, 46,8%), sobretudo os tecnológicos, têm conquistado terreno nas preferências das crianças dos nossos dias. Tal como com a chegada da televisão, os carrinhos ou bonecos feitos de barro, madeira e cartão, nos primórdios, foram sendo substituídos pelos de metal ou plástico; com a chegada do computador e da Internet estes foram sendo substituídos pelos brinquedos virtuais, de que é exemplo máximo os jogos. Destaque para os jogos de guerra, de futebol ou corridas de carros, muito do As Lojas Bambil, são patrocinadas por: www.EmpregoEmCasa.com www.IdeiasParaNegocios.com www.VenderNaNet.com www.LojasBambil.com agrado, aliás, de Tiago Rodrigues, nove anos, que elege os jogos para a consola PlayStation como os seus preferidos. Dois casos que confirmam a realidade de que os jogos de computador ocupam 50% do negócio de brinquedos (ver texto na página 7), uma dimensão considerável, que é também "um fenómeno internacional", explica Edite Fonseca, directora de Marketing da Concentra. "Uma menina brinca com bonecas, no máximo, até aos oito anos, idade em que já pede telemóvel ou computador para poder falar no messenger ou comunicar no Facebook", reforça a mesma responsável, acrescentando que esta tendência se chama kids getting older younger (crianças tornam-se adultas mais cedo) e está identificada por marketeers, educadores, didactas e até investigadores. "Um miúdo de oito, nove, dez anos não quer um brinquedo [tradicional] porque não é cool", brinca Edite Fonseca, explicando que a estratégia das marcas neste segmento passa por afinar o target para idades mais pequenas, entre os três e os sete anos. "É aqui que está a maior massa de público", esclarece esta responsável. O facto de só quererem brincar com computadores, reforçado com a introdução do Magalhães no 1.º ciclo de escolaridade, levou muitos fabricantes a apostar forte na tecnologia - caso da Sony, Microsoft ou Nintendo -, que começam a comunicar nos meios, sobretudo na televisão, logo a partir de Outubro. Segundo dados da agência de meios Carat, a Nintendo lidera com um investimento (valores de tabela) de 18,8 milhões de euros, só até Outubro. Segue-se a Sony com 7,2 milhões, Chicco (6,4 milhões), Mattel (3,3 milhões), Famosa (3,2 milhões), Concentra (2,7 milhões) ou Hasbro (1,5 milhões). No total, as empresas investiram 53,4 milhões de euros. As Lojas Bambil, são patrocinadas por: www.EmpregoEmCasa.com www.IdeiasParaNegocios.com www.VenderNaNet.com www.LojasBambil.com Mas as excepções ainda acontecem. Tiago Rodrigues, nove anos, que é fã de jogos para a consola PlayStation, também gosta de pistolas, não só das tradicionais de cowboy ou de polícia mas também as inspiradas no novo desporto radical paintball. "Este é muito giro", atestava Tiago ao pai, João Carlos, que o seguia na análise de especialista ao conjunto de dois lançadores Nerf, com uma série de acessórios, em que se incluíam dois coletes e dois óculos, numa caixa amarela, laranja e vermelho forte. Mas Beatriz Drumond, quatro anos, é a típica admiradora de brinquedos tradicionais. Esta fiel seguidora do Pai Natal prefere "bebés, coisas para a cozinha, carrinhos de embalar", no fundo, "coisas que imitem os adultos", esclarece o pai, Ruben, 27 anos, para compensar o acanho da pequena que "sabe que se pede umas coisas não vai ter outras", porque "há que gerir bem os gastos". Levada ao Toys 'R' Us pelo pai para apontar os brinquedos de que gosta mais, para depois, por magia, aparecerem no sapatinho, Beatriz não saiu da área cor-de-rosa, muito popular entre as meninas, onde os Nenucos, as Barriguitas ou as Barbies são protagonistas. Os eleitos também de Madalena Lourenço, três anos. "Quer Nenucos... e tudo o resto que aparece na televisão, no canal Panda, mas também nos catálogos dos hipermercados, claro!", confirma sorridente a mãe, Vera, 30 anos, apelando à participação da filha na conversa. Brincadeira nacional... vinda do Oriente Todos os brinquedos das multinacionais - Mattel, Hasbro ou Famosa, entre outros -, mas também da nacional Concentra, são fabricados na China e países circundantes. Por uma questão de competitividade, as grandes marcas foram para Oriente procurar os "preços baixos que os consumidores exigem", justifica As Lojas Bambil, são patrocinadas por: www.EmpregoEmCasa.com www.IdeiasParaNegocios.com www.VenderNaNet.com www.LojasBambil.com Edite Fonseca, directora de Marketing da Concentra, salientando a "conjugação do know-how com o factor rapidez", ou seja, "uma fábrica no Oriente produz para todas as marcas no mundo inteiro, sendo capaz de fabricar, por exemplo, em dois dias, três mil peluches, o que é óptimo". Algo que é muito difícil em empresas nacionais ou até mesmo europeias. Além de não haver grande histórico de Portugal nesta área, "talvez Espanha com a Famosa", segundo Edite Fonseca, as várias aventuras que surgiram fracassaram porque o mercado é muito limitado e o pequeno comércio praticamente desapareceu. Esta realidade foi confirmada ao DN pela directora do Museu do Brinquedo, em Sintra, Ana Arbués Moreira. "Havia algumas fábricas no Norte. Apesar de sermos um país pobre, lá íamos tendo brinquedos, alguns feitos com sobras de materiais, tintas, por exemplo. Às vezes, havia muita tinta de uma determinada cor e os brinquedos nesse ano saíam todos dessa mesma cor. Brinquedos actuais [no museu] só temos até 1970, depois disso nem réplicas. Os mais antigos vamos tendo quando os recebemos em testamento ou doações", conta. Inconformado com esta realidade, o DN insistiu na descoberta de fábricas de brinquedos em Portugal e, de facto, os dedos de uma mão sobram para as contar. Depois das florescentes mas já desaparecidas fábricas como Sobrinca, Fabrinca, Sedil, J.A.J. Ermesinde, Osul, Metosul, Osnofa ou Vitesse, apenas Artesana ou Majora, ou mais recentemente a Facobon, resistem no mercado do brinquedo nacional. Segundo O Livro em Portugal - 100 Anos do Brinquedo Português (1998), de João Solano, Carlos Anjos e João Arbués Moreira, a Majora, que não esteve disponível para receber o DN, surge em 1943 da criação da sociedade Mário J. Oliveira & Irmão, por Mário José António de Oliveira com o seu irmão Joaquim, para responder à crescente procura de brinquedos e ao sucesso de criações como Pontapé ao Goal. Mas tudo havia As Lojas Bambil, são patrocinadas por: www.EmpregoEmCasa.com www.IdeiasParaNegocios.com www.VenderNaNet.com www.LojasBambil.com começado em 1939, aos 33 anos, quando este iniciou a produção de jogos infantis, na cave da sua residência, na Av. da Boavista, no Porto. Nos anos 50, esta empresa produziu grande diversidade de jogos, livros de colorir, puzzles, livros de histórias de papel e pano e brinquedos didácticos para todas as idades, em que se inclui a edição portuguesa do Monopólio. Em 1960, os filhos do fundador, Alberto e António de Oliveira, tomaram conta do negócio, que, segundo várias fontes, totaliza mais de 300 artigos (muitos expostos num museu) e uma produção anual actual a rondar um milhão de brinquedos. Também a Artesana, a tradicional fábrica de brinquedos de madeira e chapa e que funciona actualmente como cooperativa de artesãos, apesar de se ter adaptado às regras da UE, continua a apostar nos brinquedos que fazia há 35 anos. Segundo a NM de dia 12, esta fábrica, em São Mamede de Coronado, Trofa, é alvo de muitas escolas de Portugal e do estrangeiro, servindo também de estudo de mercado em relação aos brinquedos que interessam às crianças de hoje. Com venda nas lojas de Catarina Portas, A Vida Portuguesa (tal como os artigos da Pepe-Jato), a Artesana fabrica carros, comboios e animais. Já a Maia & Borges, no Porto, só fabrica para o estrangeiro. Criada em 1977 por Carlos e Maria de Lurdes Piedade, a Facobon, na Abóboda, arredores de Lisboa, é gerida pelos dois filhos José e Sónia Piedade, estando vocacionada para "criar e produzir artigos que façam entrar nos mundos mágicos e imaginários de crianças e adultos". Com uma vasta gama de artigos, a Facobon dimensiona-se também para campanhas de marketing específicas, para as quais possuem um gabinete de design apto a executar e produzir todas as ideias e projectos a partir da ideia original fornecida pelos clientes. "Todos os brinquedos nos dão orgulho pelo facto de conseguirmos transpor para 3D um boneco, mascote que sai do papel As Lojas Bambil, são patrocinadas por: www.EmpregoEmCasa.com www.IdeiasParaNegocios.com www.VenderNaNet.com www.LojasBambil.com ou de uma fotografia", diz José Piedade. A empresa trabalha também com licenciamentos, ou seja, autorizações para produzir brinquedos (jogos de pintura, bonecos, e artigos promocionais, em que se incluem T-shirts ou mascotes) com a imagem do Noddy, personagens da Disney, Dora, a Exploradora, Bob, o Construtor, Bratz, Barbie ou os clubes de futebol Benfica e Sporting, entre outros. Estas três empresas são autênticas resistentes, num mercado em que a China impera. Através dos principais fabricantes, como Mattel, Hasbro ou Famosa, que colocam no mercado nacional brinquedos altamente coloridos, apelativos, muitos vindo do universo da televisão e quase sempre cheios de acessórios como que para competir com a intensidade da experiência dos personagens dos jogos de computador. Há 30 anos (altura a partir da qual começaram a desaparecer os brinquedos made in Portugal), o objecto de desejo das meninas estava dentro de uma caixa de papel com plástico transparente que deixava revelar o rosto de uma Nancy ou uma Barbie, todas vestidinhas, e de acessórios, quando muito, traziam uma malinha, um pente ou um gancho. E para o rapaz um comboio com as suas carruagens, uma pistola de cowboy ou um triciclo. E para toda a família um Monopólio ou um Jogo da Glória. Hoje, estando obrigados a obedecer a rígidas normas de segurança comunitária, os brinquedos são do mais complexo que se pode imaginar. Bebés que comem, bolçam, arrotam, fazem chichi e chamam pela "mãe", ou um estúdio de criação, com máquina, que dá para decorar estojos, pastas e bolsas com desenhos da própria criança. Para rapazes, os complexos "monstros" dos Transformers, helicóptero com comando com alcance de oito metros e LED luminosos indicadores de voo, entre muitos outros. As Lojas Bambil, são patrocinadas por: www.EmpregoEmCasa.com www.IdeiasParaNegocios.com www.VenderNaNet.com www.LojasBambil.com Segundo a maior loja de brinquedos de Portugal, a Toys 'R' Us, Beyblade, Gormiti, personagens dos Toy Story, Littlest Pet Shop e Hello Kitty constituem o top 5 deste Natal. E passa a explicar: "Enquanto Beyblade conta histórias de aventuras, de amigos e inimigos, os famosos Gormiti são os 'invencíveis' senhores da natureza. O filme Toy Story continua a ser um dos favoritos das crianças, assim como tudo o que se relacione com a gata mais famosa do mundo, Hello Kitty, sem esquecer os pequenos animais da Littlest Pet Shop." Há relatos que apontam para uma verdadeira luta, na semana passada, entre pais na obtenção destes brinquedos, fazendo lembrar a luta de Arnold Schwarzenegger no filme Tesouro de Natal, 1996, em que fazia de pai desesperado na compra da última (literalmente) novidade de Natal, o Turbo Man. Outras lojas não têm tanta, ou nenhuma, sorte. É o caso da também resistente Panchito, na Rua da Prata, na Baixa lisboeta. Ali, o tempo parece que parou. Duas empregadas de meia idade deambulam por entre corredores estreitos limitados por pilhas de brinquedos, de um lado, prò menino, do outro prà menina, que jazem em caixas que já perderam a cor ou vão a caminho disso. Mas também aí estes objectos de lazer vêm todos, ou quase todos, da China. Uma realidade que Rosa Pomar lamenta profundamente. Esta artesã, com atelier na Rua do Loreto, em Lisboa, famosa pelos seus ursos e bonecas de cores e feições serenas, defende que, mesmo na altura do Natal, mais dado à venda, opta por não aumentar a produção, pois acredita que se o fizer compromete a qualidade dos seus brinquedos. As lojas de eleição Mas por Lisboa e, no fundo, um pouco por todo o País, outras pequenas lojas As Lojas Bambil, são patrocinadas por: www.EmpregoEmCasa.com www.IdeiasParaNegocios.com www.VenderNaNet.com www.LojasBambil.com insistem em vender brinquedos sobretudo didácticos, alguns fabricados na Europa. É o caso da Quer, com os jogos de tabuleiro para toda a família da Morapiaf, entre outros. Mas as lojas de eleição do português médio, nos grandes centros urbanos mas também já nas pequenas aldeias, onde exista um Pingo Doce, são as dos hiper e supermercados. Com uma estratégia de "manter viva a magia da festa de Natal nas crianças e lares portugueses", o Continente promete ao seu consumidor "revelar 'o segredo mais bem guardado do Natal', mostrando o local de onde vêm os brinquedos pelas mãos da mais aventureira das mascotes, a Leopoldina". Relativamente a resultados, o hiper do grupo Sonae responde que "as perspectivas são sempre positivas, uma vez que, de todos os meses do ano, este período é sempre o que regista um maior volume de vendas e maior movimento no hipermercado". Com o contributo também da venda de brinquedos nacionais? "A nossa política de compra passa pela abertura total ao mercado", responde o Continente, alertando que "mais do que a origem geográfica" preocupa "a selecção de produtos que obedeçam aos padrões de qualidade exigidos pelas normas em vigor e pela garantia da utilização de meios de produção adequados por parte dos produtores", salientando, porém, ser um prazer contar no seu " leque de fornecedores com empresas nacionais", não revelando quais. Maria José Sota, 47 anos, e Carlos Cordeiro, 42, contam ao DN que costumam vir ao Continente porque têm de oferecer prendas a muitas crianças. Seus, têm três, um de três anos, o Gustavo, e dois mais velhos, de 14 e 16 anos, "que já não pedem brinquedos". As Lojas Bambil, são patrocinadas por: www.EmpregoEmCasa.com www.IdeiasParaNegocios.com www.VenderNaNet.com www.LojasBambil.com Vêm a esta grande superfície pela variedade e, claro está, pelo preço, confessando: "Se as lojas mais tradicionais praticassem preços mais em conta, iria com certeza, pois detesto estas confusões", diz Maria José. Explicando que em vez da carta ao Pai Natal Gustavo escolhe as suas prendas no catálogo que o Continente publicita: "Nem pensar em comprar-lhe tudo o que quer." "Estávamos desgraçados, não chegaria assaltar um banco", reforça Carlos Cordeiro, segurando uma caixa com um comboio e carruagens. Três Hello Kitty amontoadas no carrinho denunciam que há menina em casa. "Tenho uma Rita, de dois anos e meio, e como vim ver para ela, decidi comprar também para as amigas, que são da mesma idade", explica Carlos Travessa, 32 anos, salientando a importância do preço mais em conta. Mas a gatinha corde-rosa não é a prenda que Rita deseja: "É o Panda de peluche do canal, que ela viu com mãe, mas que agora eu não encontro", revela um pai ligeiramente preocupado. Ainda que até ao Natal ainda haja tempo... e muitos outros brinquedos. Fonte: http://www.destakes.com/redir/23634375bf5786e0b8b9640b4afe53fd As Lojas Bambil, são patrocinadas por: www.EmpregoEmCasa.com www.IdeiasParaNegocios.com www.VenderNaNet.com
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