IASB publica a norma IAS 19 rev. 2011
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IASB publica a norma IAS 19 rev. 2011
IASB publica a norma IAS 19 rev. 2011 Benefícios para Empregados Emprego Impactos para as Empresas na Contabilização de Planos de Aposentadoria e Outros Benefícios Pós-Emprego O IASB publicou uma atualização da norma IAS 19, Benefícios a Empregados. No Brasil esta norma equivale ao Pronunciamento Técnico CPC 33, aprovado pela Deliberação CVM n° 600, de 07 de outubro de 2009. O IAS 19 passa a exigir o reconhecimento imediato de todas as mudanças na situação financeira dos planos (funded position), além de estabelecer uma nova medida de receita/despesa líquida de juros (net interest income/cost). O efeito dessas mudanças para cada empresa depende de sua política de contabilização de acordo com o IAS 19. As implicações mais comuns que as empresas que oferecem benefícios pós-emprego devem considerar são: Todas as variações na situação financeira dos planos devem ser reconhecidas imediatamente. Ganhos e perdas decorrentes de hipóteses que não se confirmaram, mudanças de hipóteses e ganhos e perdas patrimoniais serão reconhecidos no balanço patrimonial via Outros Resultados Abrangentes (ORA), enquanto o efeito de mudanças de plano irá impactar o resultado do exercício Implicações: O balanço patrimonial irá refletir a situação financeira do plano (um ativo para planos superavitários e uma obrigação para planos com insuficiência), ajustado para eventuais limites de utilização de superávit O Custo dos juros e o Rendimento esperado sobre os ativos do plano são substituídos pela receita/despesa de juros sobre o ativo ou obrigação reconhecida no balanço patrimonial. Essa despesa ou receita de juros é calculada com base na taxa de desconto do plano towerswatson.com Implicações: Na maioria dos casos, as receitas serão reduzidas pela definição de taxa de retorno sobre os ativos igual à taxa de desconto. Os rendimentos patrimoniais acima ou abaixo da taxa de desconto serão reconhecidos em Outros Resultados Abrangentes (ORA) As variações esperadas no ativo ou passivo reconhecido no balanço patrimonial (equivalentes ao custo do serviço e à receita/despesa de juros) afetarão o resultado do exercício, enquanto as variações não esperadas (decorrentes da reavaliação) serão reconhecidas através de Outros Resultados Abrangentes (ORA). Especificamente, os três componentes do custo compreendem: Custo do serviço - custo do serviço corrente, custo/crédito de serviço passado, efeitos de redução (curtailment) e de liquidação antecipada (settlement) Receita/despesa de juros Efeitos de reavaliação - ganhos/perdas, incluindo retorno de investimento diferente da taxa de desconto, e mudanças no limite de reconhecimento de ativo (asset ceiling) Implicações: Para empresas que atualmente diferem os ganhos e perdas com base no método do corredor, o resultado do exercício ficará menos volátil, pois os ganhos e perdas passarão a ser 1 reconhecidos via ORA . Ao contrário das regras contábeis norte-americanas (U.S. GAAP), esses ganhos e perdas não transitarão pelo resultado do exercício. Contudo, o resultado do exercício poderá ficar mais volátil em função do reconhecimento imediato de alterações nos planos, inclusive daquelas referentes aos participantes não elegíveis na data das alterações Certos itens foram esclarecidos, como o tratamento dos custos de despesas administrativas do plano, impostos pagos pelo plano, além dos planos com características de compartilhamento de riscos Embora o IASB tenha proposto uma hipótese específica para o custo de administração do plano, eles optaram por permitir que esses custos sejam reconhecidos como despesa à medida que ocorram. Contudo, impostos pagos pelo plano incidentes sobre contribuições e pagamentos esperados de benefícios, além de planos com características de compartilhamento de riscos devem ser considerados na mensuração do custo do serviço corrente e do valor presente da obrigação (VPO). O custo de administração dos ativos do plano e os impostos pagos sobre o rendimento do plano reduzem o retorno real dos investimentos. Implicações: O custo de administração dos ativos do plano e os impostos pagos sobre o rendimento do plano devem ser reconhecidos em Outros Resultados Abrangentes (ORA) Os esclarecimentos sobre características de compartilhamento de risco, incluindo a definição de planos de contribuição definida, podem alterar significativamente o VPO e o custo para alguns planos. No Brasil, planos de benefícios definidos com contribuição de empregados podem ser afetados pela atualização. As divulgações exigidas foram ampliadas para incluir mais informações sobre os riscos da empresa associados aos planos de benefícios. Esses riscos incluem o prazo, valor e incerteza dos fluxos de caixa futuros e as implicações do ambiente regulatório no qual os planos operam Implicações: As divulgações adicionais exigidas podem levar a mais questionamentos de acionistas e investidores O IAS 19 rev. 2011 é exigido para anos fiscais iniciando a partir de 1/1/2013, e a aplicação retroativa (revisão das informações e demonstrações financeiras de períodos anteriores para fins comparativos) é obrigatória. A adoção antecipada é permitida. O Comitê de Pronunciamento Contábil deverá se manifestar com relação às alterações a serem promovidas no Pronunciamento Contábil CPC 33 de forma a não existir divergência entre a regra contábil brasileira e as regras estabelecidas pelo IASB. towerswatson.com 1 Ganhos e perdas decorrentes de outros benefícios de longo prazo a empregados continuam sendo reconhecidos no resultado do ano. Uma comparação com a regra atual (IAS 19 rev. 2008) está disponível (somente em inglês), no link http://www.towerswatson.com/research/4619 http://www.towerswatson.com/research/4619. Towers Watson é uma empresa global, líder em serviços profissionais, que auxilia as organizações a melhorar seu desempenho através do gerenciamento efetivo de pessoas, riscos e finanças. Com 14.000 colaboradores em diversos países do mundo, oferecemos soluções nas áreas de benefícios para empregados, gerenciamento de talentos, recompensas, e gerenciamento de risco e capital.