Sistema Nervoso

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Sistema Nervoso
Sistema Nervoso
Carin Cristina Uhlmann Carlevaro
Nº15
Turma 27
O sistema nervoso existe para coordenar, dirigir e regular as funções de nosso
organismo de maneira harmoniosa, mantendo-o íntegro e homeostase. É por meio
dele, também, que os órgãos dos sentidos conseguem estabelecer o contato do
ambiente exterior com o interior com o nosso corpo.
A troca de informações entre nossos órgãos é totalmente feito por uma rede nervosa.
Todos os estímulos, internos e externos, são recebidos por estruturas especializadas,
chamadas receptores.
As mensagens, transmitidas pelo nosso circuito de neurônios (células nervosas), são
interpretadas e devidamente respondidas. Os efetores, que podem ser músculos ou
glândulas, incumbem-se, então, de realizar o ato motor ou secretor como resposta ao
estimulo recebido.
O tecido nervoso é formado por dois tipos de células:
Os neurônios responsáveis pela condução dos impulsos nervosos e destituídos de
capacidade regenerativa ou de divisão;
E as células da glia, que rodeiam os neurônios, dando-lhes sustentação, e mantendo a
unidade do tecido.
Embora possam variar de forma e tamanho, os neurônios possuem, em geral, um
corpo celular ou soma e o axônio.
Do corpo celular saem inúmeros prolongamentos que se ramificam como galhos de
uma árvore, denominados dendritos.
O axônio também é um prolongamento do soma, entretanto é mais longo e pode
encontrar-se envolvido de uma bainha de mielina que age como isolante.
Cada axônio é uma fibra nervosa e é responsável pela transmissão das informações ou
impulsos nervosos que se propagam com rapidez, sempre no sentido:
Dendritos – corpo celular – axônio.
A transmissão dos impulsos nervosos é feita por meio dos neurônios dispostos a um
bem próximo um do outro, porém com um pequeno espaço entre eles, denominado
sinapse. Para que não haja interrupção no envio do estimulo, no final dos axônios há
substancias condutoras, os neurotransmissores, que são lançados na sinapse,
permitindo, assim, a passagem do impulso.
Habitualmente, fibras nervosas se agrupam em feixes revestidos por tecido conjuntivo,
formando os nervos. Os nervos distribuem-se pelo corpo inteiro estabelecendo a
comunicação entre o Sistema Nervoso Central (SNC), os órgãos, os tecidos ou células, e
os efetores (músculos ou glândulas).
Os nervos que apenas enviam os estímulos ao sistema nervoso são chamados
sensitivos ou aferentes. Outros, que transmitem estímulos dos centros nervosos aos
efetores são denominados motores ou eferentes. Existem, ainda, os nervos mistos, nos
quais encontramos os dois tipos de fibras e que, portanto, transmitem impulsos
sensitivos e motores.
Quando observamos o sistema nervoso, distinguimos duas substancias:
Cinzenta, composta predominantemente pelos corpos celulares dos neurônios, e
branca, constituída pelos axônios.
O sistema nervoso é um complexo circuito interligado e, para facilitar sua
compreensão, comumente é subdividido em Sistema Nervoso Central, Sistema
Nervoso Periférico, e Sistema Nervoso Autônomo.
Sistema Nervoso Central controla todas as informações interpretando-as e enviando as
respostas. Ele é constituído pelo encéfalo e pela medula espinal, que formam o
neuroeixo ou eixo cérebro – espinal de nosso corpo. O encéfalo e a medula espinal são
órgãos muito frágeis e, portanto, devidamente protegidos por um conjunto de ossos (o
crânio e as vértebras) e ainda por membranas que impedem o atrito e o deslocamento
desses órgãos.
As membranas que revestem SNC são as meninges: A dura-máter, que fica em contato
com os ossos do crânio e das vértebras; a aracnóide, camada intermediaria; e, a piamáter que está em contato direto com os órgãos do sistema nervoso. Além da sua
função protetora, as meninges irrigam por meio de seus vasos sanguíneos, os órgãos
do sistema nervoso, nutrindo-os. Entre a aracnóide e a pia-máter circula um liquido
cristalino, chamado liquor ou líquido cefalorraquidiano. Esse líquido, além de dar certa
sustentação aos órgãos do SNC, também ajuda a protegê-los de eventuais choques
mecânicos (batidas).
Ao conjunto de órgãos que fica na caixa craniana denominamos encéfalo e é a parte
mais volumosa do sistema nervoso. O encéfalo é constituído pelo cérebro, cerebelo,
ponte e bulbo.
Com o cérebro, interpretamos o meio externo (graças aos estímulos capitados e
enviados pelos órgãos dos sentidos) e enviamos as respostas motoras. Ele é
responsável pela inteligência, atos conscientes e sensibilidade. O cérebro ocupa a caixa
craniana e quase sua totalidade e, no homem adulto, pesa em média 1300g. Ele é
subdividido medianamente em dois hemisférios cerebrais por um sulco profundo,
denominado fissura longitudinal do cérebro. A superfície dos hemisférios cerebrais
apresenta uma série de giros.
Na região externa (cortical) do cérebro encontramos a substância cinzenta e no
interior, a substancia branca. Isso se explica se imaginarmos o cérebro como um
ramalhete de neurônios com os corpos celulares na superfície (cinza) e os axônios no
interior (branco).
O cérebro é um dos pontos centrais do nosso organismo, porém, muitos de seus
processos ainda não são bem conhecidos. Sabemos que o córtex é responsável pelo
desenvolvimento de um conjunto de características racionais, enquanto o diencéfalo
(camada interna, branca) controla o sono, a atividade geral, a fome, a sede, a
temperatura corporal, acém dos instintos básicos necessários à sobrevivência, como o
medo, o prazer, a tranqüilidade, a agressividade, etc.
Os cientistas conseguiram detectar algumas áreas do cérebro em que os estímulos são
processados. Existem também, áreas que associam diferentes sensações,
denominadas regiões integrativas. Caso alguma dessas áreas seja danificada, os
sentidos ou atividades por ela controlados não mais são efetuados, ocorrendo
alterações no comportamento e nas atitudes do individuo. Isso explica por que, em
alguns acidentes, as pessoas perdem determinadas funções cerebrais e não outras.
Embora algumas áreas responsáveis por determinadas atividades ou funções já
tenham sido localizadas, ainda não há informações suficientes que expliquem a
memória, a inteligência ou suas emoções.
Na parte posterior do cérebro encontramos o cerebelo, que corresponde a
aproximadamente 10% do volume do encéfalo. O cerebelo, também apresenta dois
hemisférios e projeções (folhas) em sua superfície, além de substancia branca interna
e cinzenta externa, porém as semelhanças com o cérebro cessam aí. O cerebelo
coordena harmonicamente os movimentos musculares voluntários. De certo modo o
cérebro decide qual movimento faremos e o cerebelo controla a maneira precisa como
temos de realizá-lo.
Pessoas com lesão no cerebelo não conseguem, por exemplo, carregar um copo de
água sem derramá-lo; andar sem cambalear; ou enfiar uma linha no buraco de uma
agulha. Mesmo quando dormimos, os músculos encontram-se num estado de
semicontração, a que denominamos tônus muscular e, o cerebelo é o responsável pelo
tônus. O equilíbrio é outra atividade exercida pelo cerebelo que, interligado ao
labirinto (orelha interna), regula essa função.
A ponte está localizada abaixo do cérebro, à frente do cerebelo e acima do bulbo. Sua
função é servir de passagem aos estímulos que vão ao cérebro.
Entre o cérebro e a medula espinal temos o bulbo, uma região dilatada, em que se
reúnem fibras procedentes da medula e do encéfalo. Contrariamente ao cérebro e ao
cerebelo, no bulbo possuímos substancia branca externa e a cinzenta internamente. O
bulbo constitui um dos segmentos mais importantes do neuroeixo, pois, juntamente
com a medula, controla os batimentos cardíacos, a pressão sanguínea e o ritmo
respiratório; uma pancada muito forte nessa região pode até causar a morte, pois
paralisaria o coração e a respiração. Quando dormimos o bulbo controla e confere as
principais atividades vitais e diminui a atividade cerebral, fazendo o inverso quando
acordamos.
A medula espinal é um cordão nervoso alongado. É uma extensão do encéfalo e situase na região que vai da base do crânio, em que fica o bulbo, e termina num filamento
inserido na base do cóccix. A medula localiza-se dentro da coluna vertebral e também
é revestida pelas meninges. Assim como no bulbo na medula espinal a substancia
branca dispõe-se externamente e a cinzenta, internamente.
Da região cervical da medula emergem os nervos que se dirigem aos membros
superiores e, da região lombar, os nervos se dirigem aos membros inferiores. A função
básica da medula é a condução de estímulos ao encéfalo (via sensitiva) e as respostas
do encéfalo (via motora), para isso conta com 31 pares de nervos espinais mistos, ou
seja, formados por fibras sensitivas e motoras.
Além de conduzir os estímulos nervosos, a medula pode funcionar como centro
nervoso, processando ela mesma a resposta. É o que observamos, por exemplo, com
os reflexos. Eles são os atos involuntários, que ocorrem sem a participação do
encéfalo, a partir da própria medula. Ao pisarmos algo pontiagudo (caco de vidro,
prego), imediatamente recolhemos e contraímos recolhemos e contraímos o pé. O
estimulo foi recebido por receptores por receptores do pé, transmitindo pelos nervos
sensitivos (aferentes) até a coluna e La mesmo, na medula foi elaborada a resposta. A
resposta é então enviada por um nervo motor (eferente) ocorrendo o recolhimento do
pé. Esse trajeto do impulso nervoso, denomina-se arco reflexo.
Sistema Nervoso Periférico
Para que o SNC (sistema nervoso central) controle e coordene nossas atividades,
recebendo e enviando as mensagens, possuímos um circuito de nervos altamente
complexo e eficiente que atinge todos os órgãos e células do nosso organismo. Essa
rede nervosa é o Sistema Nervoso Periférico (SNP)
O SNP é constituído de 12 pares de nervos cranianos que se originam no encéfalo e 31
pares de nervos espinais localizados dentro do canal vertebral e que saem pelos
forames intervertebrais. Esses nervos situam-se aos pares, pois um deles transporta o
estimulo (nervo sensitivo) e outro a resposta (nervo motor). Dentre os nervos
cranianos possuímos também nervos mistos, que possuem funções de sensitivo e
motor ao mesmo tempo.
Os nervos se ramificam e graças à sua extensão, podem interligar-se a quase todas as
células do corpo, integrando-as. Assim, dificilmente uma célula não está próxima de
uma ramificação nervosa, enviando ou recebendo estímulos continuamente. Desta
maneira o SNP coloca o individuo em contato com o seu meio, recolhendo as
sensações do ambiente e conduzindo os estímulos SNC, que se incumbe de fazer as
interpretações e enviar as respostas.
Essa “divisão de trabalho” ajuda a atividade de controle e coordenação do sistema
nervoso sobre o nosso organismo, mas devemos lembrar que as glândulas (formadoras
do sistema glandular ou endócrino) auxiliam nesse trabalho básico, e os órgãos dos
sentidos (cavidades nasais, pele, língua, olhos e orelhas) permitem que captemos os
estímulos externos.
Sistema nervoso autônomo
As atividades dos sistemas digestores, respiratório, circulatório e excretor são
reguladas por um conjunto de nervos independentes de nossa vontade, chamados de
Sistema Nervoso Autônomo (SNA). Esses nervos diferem do sistema cérebro-espinal
pela existência de uma estação ganglionar no trajeto das vias nervosas, situadas fora
do SNC e com função própria. O centro regulador de sua atividade reside na região
hipotalâmica.
Para coordenar adequadamente as nossas atividades vegetativas, o SNA subdivide-se
em duas unidades bem diferenciadas anatômicas e fisiologicamente: o Sistema
Nervoso Simpático e o Parassimpático, ambos ligados ao SNC suas ações são
antagônicas (contrárias), de modo que, quando um estimula uma atividade, o outro a
inibe, estabelecendo assim, o outro a inibe, estabelecendo assim, o equilíbrio das
funções internas do organismo.
No Sistema Nervoso Simpático, os gânglios (aglomerados de corpos células que atuam
fora do SNC) localizam-se ao lado da coluna vertebral e comunicam-se por meio de
fibras aos nervos espinais, relacionando o Simpático com o SNC. No parassimpático, as
fibras partem do encéfalo e da região sacral da medula e os gânglios estão próximos
aos órgãos sobre os quais agem.
O funcionamento antagônico do sistema nervoso simpático e parassimpático
assemelha-se à idéia do acelerador e do breque de um automóvel. Se houvesse apenas
acelerador, o carro acabaria destruído, pois só aumentaria sua velocidade e o desastre
seria inevitável. Se possuísse apenas o breque, não sairia do lugar.
Um carro com acelerador e breque pode ter seus movimentos controlados, com
utilização ora um, ora de outro mecanismo. O mesmo ocorre com o simpático e o
Parassimpático, certos órgãos que são estimulados de alguma forma pelo Simpático
(dilatação da pupila, aceleração do coração, diminuição dos movimentos peristálticos,
inibição da contração da bexiga), mantendo assim, o controle e o funcionamento
harmônico das atividades e órgãos.
O Sistema nervoso simpático e a atividade física
Durante o exercício, o metabolismo muscular aumenta, exercendo o efeito de dilatar
os vasos sanguíneos dos músculos, porém, ao mesmo tempo o sistema simpático fica
intensamente ativado, produzindo a contração dos vasos sanguíneos na maior parte
do corpo. A vasodilatação local, nos músculos, permite o fluxo sanguíneo sem
impedimento, enquanto a vaso contrição, nos outros leitos vasculares, exceto no
coração e no cérebro, diminui quase todos os outros fluxos sanguíneos regionais.
Dessa forma no exercício, o sistema nervoso simpático favorece o desvio de grandes
quantidades de sangue que fluem pelos vasos dos músculos em atividade.
Sistema Nervoso Central
O cérebro é o órgão mais importante de seu corpo. Ele controla tudo o que você faz, seus
movimentos, seus pensamentos e sua memória. Muitas vezes ele não age diretamente, mas
pode controlar pequenas quantidades de substâncias químicas do sangue, que, por sua vez,
têm um forte efeito sobre outra parte do corpo. Embora pareça muito simples, o cérebro é
imensamente complicado. E uma massa de tecido esbranquiçado, bastante mole ao tato, que
ocupa cerca de metade do volume da cabeça. Fica posicionado no alto da cabeça, acima dos
olhos e dos ouvidos, estendendo para trás e para a parte inferior da cabeça.
Quase tão importante quanto o cérebro é o restante do sistema nervoso. A medula espinhal
estende-se do cérebro para baixo, ao longo da coluna, O cérebro e a medula espinhal formam
o sistema nervoso central. Ao longo do comprimento da medula espinhal saem nervos
semelhantes a fios que se dividem e se ligam com quase todas as partes do corpo. Os nervos
transportam mensagens dos órgãos dos sentidos para o cérebro, e também instruções do
cérebro para outras partes do corpo. O cérebro funciona como uma rede telefônica
complicada mas muito compacta, com um complexo fluxo de mensagens que chegam, são
selecionadas e depois dirigidas a seu destino apropriado.
As membranas protetoras do cérebro
Por ser um órgão tão importante, o cérebro precisa de boa proteção contra acidentes. Ficando
em pé, o ser humano mantém o cérebro e a cabeça afastados de choques e batidas. Mesmo
assim, é necessária uma proteção muito confiável. Por isso o cérebro fica alojado no crânio,
uma dura caixa óssea.
Embora de paredes finas, o crânio é muito resistente devido a sua forma arredondada. Uma
das formas mais fortes que se conhece é uma bola rígida. Um ovo, por exemplo, é
extremamente resistente, considerando-se como é fina sua casca. Assim, o mole e delicado
cérebro é protegido contra danos externos diretos pelo resistente crânio. Entretanto, mesmo
sendo o crânio rígido e forte, um abalo violento poderia balançar o cérebro e causar-lhe danos.
E preciso, então, maior proteção, que é dada por três membranas, denominadas meninges,
que recobrem completamente o cérebro. A membrana mais externa é chamada de duramáter, que fornece uma boa proteção e apoio devidos a sua constituição forte e coriácea.
Junto ao cérebro há uma outra membrana, denominada pia-máter, muito mais fina, que
acompanha cada depressão e cada elevação da superfície do cérebro. Entre essas duas
membranas há uma terceira, de constituição esponjosa, a aracnóide. Os espaços desta
membrana são preenchidos por um liquido no qual flutua todo o cérebro, fornecendo a
camada protetora final. Há ainda grandes espaços dentro do cérebro, que também são
preenchidos com o mesmo liquido da aracnóide, de modo que o delicado tecido do cérebro
não se deforma quando movemos nossa cabeça.
A medula espinhal
A medula espinhal é uma extensão do cérebro, estendendo-se da base do crânio até logo
abaixo das costelas. E uma haste de tecido cerebral, com um pequeno canal passando através
de todo seu comprimento. Toda a medula é coberta por membranas, tal como o cérebro, e é
também banhada por dentro e por fora com o mesmo liquido protetor do cérebro.
Como o cérebro, a medula espinhal precisa de proteção. Enquanto o cérebro está
seguramente encerrado em um crânio rígido, a medula espinhal está cercada por um conjunto
de ossos chamados vértebras. Estes formam a coluna vertebral, que é capaz de flexionar-se
quando nos dobramos ou movemos. Ao mesmo tempo, a coluna vertebral tem que ser forte o
suficiente para suportar o peso do corpo e dar proteção segura à coluna espinhal. Poderia
parecer que flexibilidade, força e proteção de seu frágil conteúdo não poderiam ser obtidos
pela coluna vertebral, mas sua construção engenhosa toma tudo isso possível.
A coluna vertebral é constituída por mais de duas dúzias de vértebras em forma de anel. A
medula espinhal passa através do buraco existente no centro de cada uma das vértebras, e é
completamente protegida pelos arcos ósseos. As protuberâncias ósseas das vértebras
articulam-se de maneira que cada vértebra pode mover-se apenas um pouco, para não apertar
ou machucar a medula espinhal. Entre cada par de vértebras há pequenas aberturas através
das quais os nervos podem passar, ramificando-se a partir da própria medula espinhal. A
complicada estrutura da coluna é mantida unida por flexíveis cordões de ligamento e por
músculos poderosos.
A estrutura do encéfalo
O encéfalo se parece com uma noz grande, de cor rosa clara. Sua superfície é profundamente
enrugada e cheia de dobras, e sua parte superior está quase dividida em duas partes por um
sulco muito profundo. Essa superfície enrugada ocupa a maior parte do encéfalo e é chamada
de cérebro. Na maioria dos animais o cérebro é bem pequeno, mas no homem ele cresceu
tanto que cobre todo o resto do encéfalo.
O tronco cerebral
O tronco cerebral, onde se localiza o bulbo, é algumas vezes chamado de a parte mais velha do
cérebro, porque é a principal parte do cérebro na maioria dos animais primitivos. Controla a
maior parte das funções importantes do corpo, e é o sistema de sustentação da vida. Se o
tronco cerebral não for prejudicado, é realmente possível o corpo permanecer vivo por algum
tempo, mesmo depois que o resto do cérebro tenha sido destruído.
O tronco cerebral atua junto com a medula espinhal para controlar as funções vitais, como o
batimento regular do coração, a pressão sanguínea e a respiração. Mas a função mais
importante do tronco cerebral é controlar a consciência, desligando as atividades do cérebro
quando dormimos e ligando quando acordamos. Mesmo quando dormimos o tronco cerebral
controla e confere nossas atividades vitais, mantendo o corpo funcionando.
O tronco cerebral trabalha como um computador, continuamente conferindo e controlando as
informações que entram no cérebro através do sistema nervoso; em seguida ele age em cima
dessa informação liberando as mensagens para que o sistema nervoso controle o corpo
inteiro. Não tomamos consciência de todas essas atividades; podemos apenas notar seus
efeitos. O tronco cerebral controla funções, como a respiração, automaticamente.
Cerebelo
Se localiza abaixo do cérebro. Coordena, com o cérebro, os movimentos do corpo. É
responsável pelo equilíbrio do corpo, pois está ligado a alguns canais da orelha interna. Além
disso, mantém o tônus muscular, isto é, regula o grau de contração muscular dos músculos em
repouso.
Como as mensagens passam pelos neurônios
Um sinal carregado por um neurônio pode parecer com uma corrente elétrica sendo carregada
através de um fio, mas na realidade é bem diferente. Uma minúscula carga elétrica é
produzida, mas o movimento do sinal ao longo de um axônio é mais semelhante à queima de
um estopim de pólvora. O sinal move-se com uma velocidade entre 1,5 metro e 90 metros por
segundo.
O axônio é um tubo fino cheio de substâncias químicas dissolvidas em água. Muitos têm a
parte exterior coberta com uma camada de material gorduroso, como um isolamento elétrico.
A passagem de um sinal ao longo do axônio envolve o movimento de íons, ou minúsculas
partículas eletricamente carregadas de dois elementos metálicos: sódio e potássio.
Normalmente há mais potássio do lado de dentro de um axônio e mais sódio do lado de fora.
Quando passa um sinal, a membrana que cobre o axônio se altera, permitindo aos íons
escoarem através dela, causando uma mudança súbita nas propriedades elétricas nesse ponto.
Essas mudanças oscilam ao longo do axônio como uma onda.
Quando o sinal alcança a sinapse, ele deve cruzar um pequeno intervalo para alcançar o
próximo neurônio. Minúsculas bolhas nas ramificações da extremidade dos axônios contêm
substâncias químicas, chamadas transmissores. Estas são liberadas quando atingidas pelos
sinais e então atravessam o intervalo da sinapse. Quando contatam os dendritos da célula
seguinte, dão início ao movimento do sódio- e do potássio, transmitindo o sinal.
Agora o primeiro neurônio volta ao estado de descanso normal, esperando por outro sinal. Os
transmissores químicos que carregam um sinal através do intervalo da sinapse podem ser de
dois tipos diferentes. Alguns são chamados de substâncias químicas excitadoras. Estas são as
substâncias que passam a mensagem para o próximo neurônio, que em seguida, começa as
mudanças elétricas que darão origem a sinais a serem produzidos e passados ao longo do
axônio. Os outros transmissores são chamados de substâncias químicas inibidoras. Sua função
é evitar que um sinal seja produzido em outro neurônio.
Milhares de neurônios estão em contato com os outros através de sinapse, e muitos estarão
produzindo sinais excitadores ou inibidores, O neurônio não produzirá nenhum sinal a menos
que receba mais mensagens excitadoras (“liga”) do que inibidoras (“desliga”).Um sinal de um
ou dois neurônios não é suficiente para acionar um outro – ele deve receber vários sinais de
uma vez. Isto significa que quaisquer sinais ocasionais de milhares de neurônios ao redor não
causarão uma mensagem falsa a ser passada. E quase como o princípio da votação, onde o
neurônio precisa dos “votos” de uma série de outros neurônios antes de ser capaz de emitir
um sinal

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