Seja quem for o presidente, ele será
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Seja quem for o presidente, ele será
(SJQT&EJUPSBt"OPt/t4FUFNCSPt3XXXBHSJNPUPSDPNCS O momento das picapes As estatísticas do agronegócio "Seja quem for o presidente, ele será agrodependente" Entrevista exclusiva: Carlos Cogo CApa_oficial.indd 1 25/09/2014 17:08:50 CApa_oficial.indd 2 25/09/2014 17:08:51 ÍNDICE Foto: www.freeimages.com Foto: George Brown Edição 95 – Ano 10 4 5 8 12 16 20 22 Editorial É hora da decisão Entrevista Exclusiva Com que cenários trabalhamos? 24 29 Agricultura de Precisão Utilitários A hora e a vez das picapes 30 Lavouras Tamanho é documento 32 34 36 Irrigação Mais reservação, mais produção Implementos Rodoviários Atividade continua em queda Energia Biomassas regionais para produção de energia de biogás Inovação Investindo no ácaro predador Biotecnologia Minhocas aumentam produtividade agrícola 38 40 41 42 Visão Seja quem for o presidente, ele será agrodependente Estatísticas Business World Anunciantes Clipping Opinião Contra a fome e a inflação Eventos 37ª Expointer encerra com balanço positivo Setembro/2014 • Revista AgriMotor sumario.indd 3 3 23/09/2014 21:10:53 EDITORIAL Coordenação Geral Henrique Isliker Pátria Diretora Executiva Maria da Glória Bernardo Isliker TI Vicente Bernardo Editor e Jornalista Responsável Henrique Isliker Pátria (MTb-SP 37.567) [email protected] Reportagens e Entrevistas Mário Rolim Cândido (MTb-SP 23.571) [email protected] Edição de Arte Ana Carolina Ermel de Araujo Publicidade Augusto Isliker - [email protected] Paulo Sergio de Moraes - [email protected] Administrativo Maria Rosangela de Carvalho Colaboradores "MCFSUP#FSOBSEJt+PIOTPO1POUFTEF.PVSB +PÍP(VJMIFSNF4BCJOP0NFUUPt+PTÏ-VJ[5FKPO ,BUJB3FHJOB1JDIFMMJt3JDBSEP*OBNBTV Impressão e Acabamento Ipsis Gráfica e Editora REVISTA AGRIMOTOR ²VNBQVCMJDBÎÍPEFQSPQSJFEBEFEB (SJQT.BSLFUJOHF/FHØDJPT-UEB com registro no INPI sob no 826584527 Rua Cardeal Arcoverde, 1745 - cj. 111 1JOIFJSPT4ÍP1BVMP41$&1 5FM'BY [email protected] www.agrimotor.com.br As matérias assinadas são de responsabilidade dos autores. Reproduções de artigos e matérias estão autorizadas desde que citada a fonte. (SJQT&EJUPSBt"OPt/t4FUFNCSPt3XXXBHSJNPUPSDPNCS O momento das picapes As estatísticas do agronegócio "Seja quem for o presidente, ele será agrodependente" Edição 95 - Ano 10 Setembro 2014 Capa: Imagem: Freeimages.com Criação: Ana Carolina Ermel de Araujo Circulação: Mensal É HORA DA DECISÃO Q uando esta revista estiver sendo distribuída, estaremos a poucas IPSBTEFTBCFSNPTDPNPöDBSÈBTJUVBÎÍPQPMÓUJDBCSBTJMFJSBPV QFMPNFOPTUFSFNPTBEFöOJÎÍPEFRVFNTFSÍPPTQSPUBHPOJTUBT EPQSØYJNPFNCBUFRVFBDPOUFDFSÈFNEFOPWFNCSP As pesquisas mais recentes mostram que as duas candidatas oriundas do mesmo partido, mas que neste momento têm propostas diferentes, receCFNBQSFGFSÐODJBEPTFMFJUPSFT3FTUBTBCFSRVBMÏPHSBVEFDPOöBCJMJEBEF EBTQFTRVJTBTFBWFSEBEFEBTVSOBT/PFOUBOUPTFKBRVBMGPSPWJÏTQPMÓUJDP EPQSØYJNPQSFTJEFOUFFEPTOPWPTJOUFHSBOUFTRVFDPNQPSÍPPDPOHSFTTP OBDJPOBMPTHPWFSOPTFBTDÉNBSBTFTUBEVBJTTFGPSFNTÏSJPTFTFQSFPDVQBSFNSFBMNFOUFDPNP#SBTJMUFSÍPVNÈSEVPUSBCBMIPQFMBGSFOUF *OGFMJ[NFOUFP#SBTJMNFSHVMIPVDPNUVEPOBSFDFTTÍPFDPOÙNJDBOP TVDBUFBNFOUPEFTVBJOEÞTUSJBOBQFSEBEFDPOöBOÎBHFOFSBMJ[BEBOBJOWFSTÍPEFWBMPSFTCBTJMBSFTQPJTBDPSSVQÎÍPRVFBOEBTPMUBÏNVJUPNBJT EPRVFUPMFSBEBDIFHBBTFSBQMBVEJEBBMÏNEPTDPTUVNFTUSBEJDJPOBJTRVF FTUÍPFNRVFEB)ÈNVJUPNBJTPRVFMBNFOUBSNBTFTTFTQPOUPTKÈTÍP suficientes para mostrar nosso atual estágio. "EFQFOEÐODJBEPBHSPOFHØDJPÏJNFOTBQPJTWFKBNDPNPP1SPG5FKPO VNEFOPTTPTBSUJDVMJTUBTQFSNBOFOUFTFVNBWP[BDJNBEFRVBMRVFSTVTQFJUBDPNFÎBBTVBNBUÏSJBEFTUFNÐT i"P öOBM EF BHPTUP EF P #SBTJM PCUFWF VNiTBMEJOIP QPTJUJWPw OB CBMBOÎBEFQBHBNFOUPTEFBQFOBT64NJMIÜFT.BTPTBMEÍPEPBHSPOFHØDJPDIFHPVB64CJMIÜFT&NTÓOUFTFDPODMVTJWBTFOÍPGPTTFP agronegócio estaríamos com a economia arruinada, com a sociedade em QÉOJDPFDPNPQSPDFTTPEFNPDSÈUJDPCSBTJMFJSPFNSJTDPw &TUBGSBTFÏCSJMIBOUFFBJOGPSNBÎÍPQPSTJTØEJ[UVEP "MÏNEBFYDFMFOUFNBUÏSJBEP1SPG5FKPORVFSFDPNFOEBNPTTFKBMJEBF SFMJEBOBTVBFTTÐODJBOFTUFNÐTBQSFTFOUBNPTBFOUSFWJTUBFYDMVTJWBGFJUB com o consultor de agroeconomia Carlos Cogo que tem sua base no Rio (SBOEFEP4VMFÏSFTQFJUBEPFNUPEPP#SBTJMQFMBQSFDJTÍPEFTVBTBOÈlises. Entramos mais profundamente nos meandros da Agricultura de PreDJTÍPPV"HSJDVMUVSB*OUFMJHFOUFDPNPEJ[FNBMHVOTNPTUSBNPTBMHVNBT das mais modernas picapes e veículos de trabalho, colheitadeiras de grande porte, e viajamos pelo resultados das feiras e estatísticas. .BJT VNB WF[ QSPDVSBNPT MFWBS BP OPTTP MFJUPS o mais moderno e atual noticiário do agronegócio brasileiro. Entrevista exclusiva: Carlos Cogo Boa leitura! Henrique Isliker Pátria Editor Responsável editorial.indd 4 24/09/2014 15:09:46 ENTREVISTA EXCLUSIVA COM QUE CENÁRIOS TRABALHAMOS? C Foto: Divulgação arlos Cogo, sócio-diretor da Carlos Cogo Consultoria Agroeconômica, consultor da Nestlé, Pão de Açúcar, Massey Ferguson, John Deere, Basf, Syngenta, Bayer, Dupont, Kepler Weber e Rabobank e conferencista conceituado principalmente em eventos no Sul do país traça um panorama de como deve se comportar o agronegócio no Brasil e no mundo principalmente diante do quadro de crescimento da agricultura estimulado quase exclusivamente pelos acréscimos de produtividade advindos do uso cada vez mais intensivo da tecnologia. Para ele, o Brasil é colocado como o “grande celeiro” da América do Sul para alcançar a meta da FAO para alimentação do povo da Terra. O órgão da ONU prevê a necessidade de incremento de 60% da produção agrícola ainda antes de 2050, para atingir esse objetivo. No seu entender, existem mudanças esperadas para o setor do agronegócio brasileiro para os próximos cinco anos ou continuaremos num crescimento lento, mas ordenado, como tem ocorrido recentemente? Qual a taxa de crescimento com que o senhor trabalha em suas projeções? Projetamos um crescimento sustentado da área cultivada no Brasil, mantendo-se a média de 2,4% ao ano vista nas últimas duas décadas. A produtividade média tem crescido acima da área, requisitando menos superfície para expansão da produção. Graças aos ganhos de produtividade proporcionados pelo avanço tecnológico, a produção agrícola brasileira aumentou 244% de 1990 para cá, enquanto a área plantada expandiu-se em apenas 50%. Com um aumento de 130% da produtividade agrícola neste período, precisamos menos áreas para expandir nossa produção de grãos e colocar o País na direção da liderança no abas- tecimento mundial de alimentos. As projeções apontam para a próxima década um incremento de 26% na área total cultivada, incorporando mais 18 milhões de hectares de plantios, para 86,4 milhões de hectares e produção de grãos estimada em 300 milhões de toneladas, um aumento de 44% até a safra 2023/2024. No mesmo período, a área de cana deve atingir 14 milhões de hectares, com expansão de 50%, gerando uma produção de 1,3 bilhão de toneladas, expansão de 91% até o ciclo 2023/2024. E em relação ao mundo? O que se pode esperar de desenvolvimento no campo do agronegócio das nações concorrentes do Brasil. Os subsídios dos EUA afetam negativamente produtos de interesse do Brasil, como soja, milho e algodão. O painel do algodão na OMC comprovou que, em períodos de menores preços, os programas dos EUA destinados a produtos específicos distorcem mercados internacionais, prejudicando exportadores brasileiros. O Brasil precisa continuar monitorando a implementação dos programas da UE para açúcar e lácteos para avaliar se as mudanças podem criar distorções no mercado internacional. A UE terá mais facilidade do que os EUA para adequar sua política agrícola às regras da OMC. O Brasil sempre é tido como celeiro do mundo. O senhor acredita nisto? Com o desenvolvimento de uma tecnologia agrícola própria, adequada ao cultivo tropical, o Brasil deixou para trás a posição de importador líquido de alimentos e os problemas Setembro/2014 • Revista AgriMotor entrevista2.indd 5 5 23/09/2014 21:21:17 ENTREVISTA EXCLUSIVA A expansão e a renovação da frota se tornam imprescindíveis para manter o ritmo de expansão das áreas de cultivos, tanto nas regiões de fronteiras agrícolas, como o “Matopiba” (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), como nas regiões tradicionais do Cerrado. de desabastecimento que marcaram os anos 1970, para tornar-se um dos maiores exportadores mundiais de produtos agropecuários. Hoje, somos os maiores exportadores mundiais de soja, açúcar, café, suco de laranja, carne bovina, frango e o segundo maior exportador global de milho. No seu entender as grandes economias mundiais já se voltaram para o desenvolvimento da produtividade no campo? Há muito ainda a ser feito? Como isto pode ser medido? O crescimento da agricultura tem sido estimulado quase exclusivamente pelos acréscimos de produtividade. Esta tem sido a principal fonte de crescimento. Brasil, China e Estados Unidos são os países com maior crescimento da produtividade. A produção agrícola mundial precisa crescer 60% antes de 2050 para cobrir as necessidades 6 de alimentação de uma população mundial mais numerosa, mais urbana e mais rica, segundo projeções da Organização para a Alimentação e a Agricultura das Nações Unidas (FAO) e da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), que conta com o “grande celeiro” da América do Sul para alcançar este objetivo. Segundo as duas organizações, o crescimento de produção virá principalmente dos países emergentes, como Brasil, China, Indonésia, Tailândia, Rússia e Ucrânia, um aumento da produção que, no entanto, será menos importante que o dos últimos anos. Tem havido uma derrama de defensivos agrícolas em nome do aumento da produtividade. O senhor acha que isto é positivo, ou no futuro poderá trazer problemas para a sustentabilidade do mundo? A demanda de insumos tem crescido de forma acelerada no país, com taxas anuais médias de expansão de 5,5% para os fertilizantes e de 11,5% para os agroquímicos. As vendas de máquinas agrícolas acompanham essa tendência. A expansão e a renovação da frota se tornam imprescindíveis para manter o ritmo de expansão das áreas de cultivos, tanto nas regiões de fronteiras agrícolas, como o “Matopiba” (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), como nas regiões tradicionais do Cerrado. Os financiamentos para a compra de máquinas e equipamentos agrícolas possibilitaram os incrementos na área plantada e na produção agrícola nos últimos anos. O uso de defensivos e de sementes transgênicas precisa ser feito de modo seguro e de acordo com a legislação, para que essas tecnologias não se tornem ineficazes. O senhor possui alguma medição do aumento de produção em função do uso de defensivos e fertilizantes? Fale-nos a respeito. 68% do crescimento da produção agrícola brasileira nos últimos 40 anos estão relacionados ao emprego de tecnologia, enquanto 9% correspondem ao fator terra (aumento de área ou terra mais produtiva) e 2% a mão de obra. A terra não é mais fator significativo para o aumento de produção. O fundamental é a tecnologia. De 1975 a 2013, a produtividade agrícola brasileira avançou 267%, enquanto a dos Estados Unidos aumentou em 75%. O agronegócio seguirá em franca expansão no médio e longo prazo no Brasil. A Embrapa é um caso de sucesso em alguns setores, deveríamos investir para que ela se tornasse este sucesso em todos os segmentos do agro brasileiro? Sim. A curva de investimentos em pesquisa no país é acentuada e crescente, desde 1973. Além disso, houve grandes investimentos em máquinas e implementos mais eficientes, variedades mais produtivas e fertilizantes e defensivos de maior qualidade. Contribuíram também para a expansão do rendimento agrícola a adoção de uma gestão mais profissional da atividade rural, decorrente da abertura da economia e da estabilização econômica e monetária. A pecuária também evoluiu. A área de pastagens foi reduzida de 174,6 milhões de hectares, em 1980, para 157,1 milhões de hectares em 2013, enquanto o número de cabeças de gado aumentou, no período, de 118 milhões para 215 milhões, devido basicamente ao melhoramento das pastagens. A balança comercial do agronegócio é responsável pelo superávit brasileiro nas suas contas externas já de alguns anos. O senhor crê na continuidade desta situação? Sim. As vendas internacionais do agronegócio brasileiro ultrapassaram, pela primeira vez na história, a cifra Revista AgriMotor • Setembro/2014 entrevista2.indd 6 23/09/2014 21:21:17 ENTREVISTA EXCLUSIVA dos US$ 100 bilhões de dólares anuais. O Brasil exportou o montante de US$ 100,6 bilhões em produtos agropecuários em 2013, o que representou crescimento de 4,2% em relação ao mesmo período da safra anterior. O superávit comercial do setor também atingiu um novo recorde, somando US$ 83,9 bilhões. O resultado deve-se ao crescimento das vendas externas dos principais complexos agropecuários, como soja, carnes e sucroalcooleiro. Quais são os fatores que podem influenciar negativamente para a quebra desta hegemonia do agronegócio? Nos últimos cinco anos, a produção brasileira de grãos aumentou 50 milhões de toneladas, enquanto a infraestrutura para escoar a safra, transportar insumos e armazenar não avançou. O grande desafio do setor permanecerá sendo a infraestrutura logística. A produção está sendo expandida, mas ainda há muitos empecilhos para o escoamento. Para reverter a situação, uma das apostas é a realização de leilões de concessões na área de infraestrutura de transportes. O governo federal deu o passo inicial para solucionar a questão: concedeu portos, rodovias, aeroportos e ferrovias. Todavia, os resultados dos primeiros leilões só deverão ser notados nos próximos anos. O Brasil terá a necessidade de investir mais de US$ 150 bilhões em infraestrutura, entre construção e modernização de rodovias, ferrovias, hidrovias e portos. Já que é este a tendência o senhor não acha que deveríamos aumentar os incentivos para obtermos resultados ainda mais promissores no comércio internacional do agronegócio? Sim, o setor vem gerando substanciais superávits comerciais, que permitiram a solvência do País durante as turbulências de sucessivas crises internacionais e têm permitido inéditas reduções da dívida externa brasileira. Apesar desse excelente desempenho do ponto de vista da sociedade em geral, o agronegócio vem sendo vítima de crises cíclicas que demandam injeções de novos Uma prioridade é fortalecer os investimentos em ciência e tecnologia agropecuária, educação e saúde rural, pré-condições para o setor retomar o padrão de crescimento de produtividade que ocorria até o início dos anos 2000. recursos e renegociação das dívidas em vencimento. Essas compensações devem ter o condão de – longe de representar simples perdão de dívidas – proporcionar condições que ao mesmo tempo aproximem o setor da sustentabilidade privada e amplie os benefícios que a sociedade pode auferir do setor. Tais compensações podem se dar de variadas formas. Uma prioridade é fortalecer os investimentos em ciência e tecnologia agropecuária, educação e saúde rural, pré-condições para o setor retomar o padrão de crescimento de produtividade que ocorria até o início dos anos 2000. A maioria já está aqui, mas o senhor acredita que é inevitável a chegada de todos os grandes players mundiais de implementos agrícolas em função da efetiva competência do agro brasileiro? A convicção internacional de que o Brasil está se consolidando como um dos maiores celeiros na oferta presente e futura de alimentos para alimentar diversas regiões do planeta seguirá atraindo investimentos em todos os segmentos de insumos. Mas os novos players precisam entender os principais problemas que o agricultor enfrenta com as máquinas e atendimento dos fornecedores de máquinas. O principal problema é manter as máquinas rodando nos momentos críticos, como plantio e colheita. Para isso, contribuem a baixa confiabilidade de alguns produtos e marcas, bem como as deficiências na oferta de peças de reposição e serviços de assistência técnica. Outro problema que vem se agravando é a disponibilidade de operadores qualificados. O problema mais grave dos fabricantes de máquinas agrícolas no Brasil é a deficiência da assistência técnica prestada aos clientes finais, o que por sua vez depende de uma rede de concessionárias bem desenvolvida e preparada. Quais são os cenários que o senhor estudou para o período pós-eleitoral que já está batendo às portas. O próximo governo terá que fazer um ajuste fiscal profundo, reduzindo gastos da máquina pública e melhorando a competitividade das indústrias e das exportações. Para o agronegócio, a maior ameaça é a redução de recursos para custeio, comercialização e investimentos. O governo precisa elevar os investimentos em infraestrutura e logística, para que o agronegócio consiga seguir se expandindo e elevando o resultado da balança comercial do setor. Setembro/2014 • Revista AgriMotor entrevista2.indd 7 7 23/09/2014 21:21:18 AGRICULTURA DE PRECISÃO UMA FERRAMENTA PARA TODOS O elemento essencial para adotar a Agricultura de Precisão ou Agricultura Inteligente é a constatação de que há variabilidade espacial e a sua intensidade é muito elevada. Alberto Bernardi e Ricardo Inamasu* U talhão como uniforme, apesar da variabilidade. Com o avanço de novas tecnologias de informática, de sistemas de posicionamento global (GPS) e muitas outras, foi possível detectar e registrar estas variações existentes dentro de uma lavoura ou de um talhão. Estas variações são chamadas de variabilidade espacial. Isso aconteceu nos EUA e na Europa no início dos anos 1990. A partir daí várias tecnologias foram desenvol- vidas e tornaram-se comerciais e disponíveis aos produtores. Esses equipamentos com a sua eletrônica trazem fascínio do novo e isso pode ter sido a causa de se ter estabelecido uma ideia falsa de que para utilizar a Agricultura de Precisão (AP) são necessários máquinas e equipamentos caros e sofisticados. Felizmente isso não é verdade! Estas máquinas e equipamentos podem, de fato, auxiliar muito o produtor e o técnico, porém o elemento essen- Foto: Divulgação Teejet ma propriedade rural não é homogênea, existem variações de tipos de solo, relevo, vegetação e também do histórico de uso, por exemplo. Isso já era conhecido pelos produtores e pela pesquisa há muito tempo. Estas diferenças fazem com que os produtores e técnicos tratem cada região de modo diferente de acordo com suas potencialidades e necessidades. A agricultura convencional trata a lavoura ou o 8 Revista AgriMotor • Setembro/2014 agricultura de precisao.indd 8 23/09/2014 21:23:46 AGRICULTURA DE PRECISÃO MONITORES DE COLHEITA Entre as tecnologias de AP mais utilizadas hoje no Brasil, e também no mundo, estão os monitores de colheita de grãos para gerar os mapas de produtividade, as ferramentas de direcionamento (barras de luz e piloto automático), e a semeadora/adubadora e adubadora/calcareadora para aplicação de insumos a taxas variadas (“Variable Rate Technology”). Todas estas ferramentas são úteis para detectar, medir e controlar a variabilidade espacial. A variabilidade espacial pode ocorrer devido a vários fatores, como manchas de solo, áreas com diferente disponibilidade de água ou nutrientes, camadas compactadas, reboleiras de plantas daninhas ou pragas, ou ainda baixa qualidade das operações agrícolas. Isso tudo reflete na produção e o mapa de produtividade é o registro destas variações. É por meio do mapa que o agricultor pode estudar e planejar a estratégia de investimento para cada região da sua proprieda- de. Esta é uma das principais ferramentas da agricultura de precisão. Outra ferramenta poderosa e que pode fornecer mais informações são os mapas de características ou do solo (textura, teor de nutrientes e matéria orgânica, pH) e relevo. Os mapas de produção, de solo, de fertilidade, de ocorrência de plantas daninhas, o histórico da área podem ser valiosos para ajudar no entendimento das causas destas variações. Entendidas as causas, é hora de atacá-las, fazendo as recomendações de correção do solo, adubação e plantio aplicando a dose adequada no local correto utilizando os equipamentos a taxas variadas. As ferramentas de direcionamento podem ser utilizadas em todas as operações (preparo de solo, plantio e colheita) auxiliando na redução da compactação do solo, favorecendo uma perfeita sobreposição das passadas, e com isso otimizando o aproveitamento da área e dos insumos. Estes mapas também servirão de registro ano após ano das atividades, possibilitando ao produtor um maior entendimento das potencialidades e limitações de sua lavoura. Estes registros podem ainda servir para a rastreabilidade do produto. Atualmente no Brasil a maior parte das operações de AP, como amostragem de solo em grades, aplicação de insumos a taxa variável e colheita monitorada têm sido realizadas por prestadoras de serviço. USO MODESTO Já avançamos muito, mas poderíamos avançar muito mais, pois o uso de tecnologia de informação pelos agricultores brasileiros em tecnologia de informação pode ser considerado modesto. Existem propriedades com dificuldades em adotar qualquer tipo de controle de informações (custos e receitas). De modo geral, os grandes empreendimentos agropecuários (produtores de grãos e cana-de-açúcar) saíram na frente. Mas, o trabalho realizado pela Embrapa tem mostrado que a AP é viável e possível de ser utilizada em pequenas propriedades também. É muito importante lembrar que para utilizar a AP não basta comprar máquinas e equipamentos informatizados. Os investimentos devem ser realizados de acordo com a expectativa de retorno econômico. Ou seja, se não houver variabilidade suficiente no campo não é necessário investir em máquinas para aplicação de insumo à taxa variada. Dependendo da propriedade, como no caso de fruticultura e horticultura, uma prancheta pode ser a ferramenta mais adequada para iniciar a organização de dados e registrar informações no campo, desenhando mapas orientados por meio de linhas e plantas. Hoje a tecnologia de mapeamento da produtividade está muito difundida para a cultura de grãos (em especial milho e soja), isso porque as colhedoras já vêm equipadas com monitores de colheita que possibiFoto: Divulgação Trimble cial para adotar a AP é a constatação de que há variabilidade espacial e a sua intensidade é muito elevada para tratá-la como uniforme. Avaliar o prejuízo do produtor ao tratar a área de forma uniforme é o primeiro passo para estimar o valor que poderá investir em equipamentos para obter retorno econômico. Por isso, a Embrapa tem trabalhado com o conceito de que a AP é, antes de tudo, uma ferramenta gerencial, ou seja, auxilia na coleta de informações, interpretação dos resultados que irão auxiliar na tomada de decisão sobre o manejo das culturas. Esta forma de gerenciar a lavoura leva em consideração a variabilidade espacial e tem o objetivo de aumentar o retorno econômico e reduzir efeito que prejudica o meio ambiente. Setembro/2014 • Revista AgriMotor agricultura de precisao.indd 9 9 23/09/2014 21:23:47 10 ação estão sendo realizadas e avaliadas a variabilidade espacial do solo e das culturas, a produtividade, e também promovendo o manejo diferenciado. Os resultados obtidos estão sendo utilizados na divulgação da AP e das tecnologias associadas, dos seus benefícios, entraves e alternativas relacionadas à sua adoção. Minha expectativa em relação ao futuro é de que a agricultura de precisão coloque a produção de alimentos no Brasil em um outro patamar. Primeiro, em um novo patamar de sustentabilidade, que seria alcançado pela racionalização do que era intuitivo, potencializando o uso de defensivos, fertilizantes e vários outros insumos de forma ambientalmente melhor. Segundo, em um novo patamar de produtividade, porque a partir do momento em que você passa a trabalhar com as diferenças que a natureza fornece e a respeitá-las, você sintoniza o potencial da lavoura, aumenta a produtividade e o torna mais sustentável. Assim, fortalecendo o Brasil como uma das lideranças mundiais para a humanidade alcançar a segurança alimentar. Divulg litam realizar estes mapas. Também já existem equipamentos comerciais para mapeamento da produção do algodão. No caso das culturas perenes, como as fruteiras, por exemplo, estes mapas podem ser obtidos se for feito um monitoramento por planta ou grupo de plantas. Porém, o conhecimento da variabilidade da produção e da sua qualidade é útil para qualquer cultura, sejam aquelas cultivadas em pequenas áreas como aqueles que ocupam grandes extensões de terra. Para isso, basta que o produtor ou o técnico inicie este trabalho de observação, medida e registro destas variações. O tema da AP tem sido trabalhado na Embrapa em uma rede envolvendo vinte unidades de pesquisa e parceiros, como empresas, instituições de pesquisa, universidades e produtores rurais – em unidades pilotos de pesquisa distribuídas pelo território nacional, abrangendo as culturas anuais de milho, soja, algodão, arroz e trigo, e perenes como silvicultura (eucalipto), fruticultura (pessegueiro, macieira, laranja e videira), canade-açúcar e pastagem. Nestes locais, *Alberto Bernardi é pesquisador da Embrapa Pecuária Sudeste, formado em Agronomia (1992); Mestrado: Solos e Nutrição de Plantas (Esalq/USP, 1996); Doutorado: Solos e Nutrição de Plantas (Esalq/USP, 1999). Atua na área de fertilidade do solo e adubação, integração lavoura-pecuária, agricultura de precisão. Foto: Foto: Divulgação Ag Leader Foto: Divulg ação AGRICULTURA DE PRECISÃO Ricardo Inamasu é pesquisador da Embrapa Instrumentação, fez graduação (1984), mestrado (1987) e doutorado (1995) em engenharia mecânica na Escola de Engenharia de São Carlos USP e pós-doutorado em Biological Systems Engineering na University of Nebraska – Lincoln. Tem experiência na área de engenharia mecânica e mecatrônica, com ênfase em Instrumentação e automação agropecuária. Artigo publicado com autorização. Exibição original Blog de Agricultura de Precisão. Assessoria de Imprensa do Senar e Comunicação Digital. E-mail: [email protected]. Revista AgriMotor • Setembro/2014 agricultura de precisao.indd 10 23/09/2014 21:23:50 agricultura de precisao.indd 11 23/09/2014 21:23:50 UTILITÁRIOS A HORA E A VEZ DAS PICAPES Pequenas e versáteis, cada vez mais concorrem com automóveis quando a escolha é pelo veículo único para trabalho, lazer e passeio. A L200 TRITON: FORÇA E RESISTÊNCIA Uma linha de picapes que une a força e resistência para o trabalho e o conforto e sofisticação para a viagem com a família. A L200 Triton é completa para todos os tipos de clientes. As picapes possuem elementos exclusivos em todos os modelos e estão disponíveis em nove versões: L200 Triton HPE (diesel MT/AT e flex), L200 Triton Savana, L200 Triton GLS, L200 Triton GLX, L200 Triton GL, L200 Triton HLS e L200 Triton 2.4 GL. A picape L200 tem uma longa história de inovação e pioneirismo no Brasil. Chegou ao país em 1992, se tornando a primeira picape 4x4 cabine dupla a fazer parte da vida dos brasileiros. Com o passar dos anos, passou a ser produzida em Catalão (GO) e novos modelos foram incorporados, sempre com a evolução como ponto principal. Das clássicas L200 e L200 GLS, que fizeram muito sucesso na década de 90, até a chegada da L200 Savana e L200 Sport, em 2004, muito Foto: Fábio Bustamante lém do trabalho, onde são imbatíveis em suas aplicações consagradas, as picapes, graças às inovações tecnológicas que melhoraram muito o desempenho e o conforto, se tornaram corriqueiras no trânsito das grandes cidades. Elas levaram o mercado a considerar a aquisição de um veículo com mais usos do que o deslocamento pessoal puro e simples e deixaram para trás muitos modelos de automóveis, figurando entre as opções mais vendidas. 12 Revista AgriMotor • Setembro/2014 utilitarios.indd 12 23/09/2014 21:25:41 Foto: Divulgação GM trabalho de desenvolvimento para tornar essa uma das melhores picapes do Brasil. Ao longo dos anos, novos modelos foram surgindo, como a L200 Outdoor, grande referência no mercado brasileiro. Em 2012, a linha L200 Triton ganhou cinco novos modelos, consolidando o amplo desenvolvimento e preocupação da Mitsubishi Motors em oferecer produtos de qualidade e prontos para qualquer desafio. São 30 anos de história e mais de 250.000 cabines duplas vendidas no Brasil. MONTANA: DIREÇÃO HIDRÁULICA DE SÉRIE A Chevrolet já comercializa a linha 2015 da Montana, que traz como principal novidade a direção hidráulica como item de série também na versão de entrada (LS). A Montana também se destaca por sua capacidade de carga. São até 768 kg, cerca de 10% superior à das principais concorrentes. A caçamba comprida e alta transporta com segurança até objetos grandes, como uma motocicleta. Para preservar o assoalho e assegurar o valor de revenda, o modelo vem com protetor de caçamba, dez ganchos para amarração de cordas e o degrau side step, que facilita o acesso ao compartimento pela late- utilitarios.indd 13 ral. Já a tampa traseira possui trava antifurto com chave. Outra novidade da linha 2015 é a opção de carroceria na cor preto Carbon Flash. Por ser metálica, a pintura deixa o veículo ainda mais atraente. A picape Chevrolet também é comercializada nas cores Branco Summit e Vermelho Pepper (sólidas), além da Cinza Astec e Prata Switchblade (metálicas). A Montana possui ainda a versão Sport, voltada principalmente para o consumidor que procura um automóvel versátil de dois lugares para o dia a dia e para o lazer. A Montana é equipada com o motor 1.4 litro mais potente da categoria. O EconoFlex da Chevrolet desenvolve até 102 cavalos e 13,5 kgfm de torque, garantindo elevado nível de desempenho mesmo com o carro carregado. A transmissão é a manual de cinco velocidades F1X de segunda geração, com engates curtos, precisos e ré sincronizada. SAVEIRO CABINE DUPLA: MAIS TECNOLOGIA A picape compacta da Volkswagen ganha uma configuração inédita e versátil. A Saveiro Cabine Dupla chegou em setembro as mais de 630 concessionárias da marca no Brasil como o veículo com mais tecnologia em seu segmento. Com design mo- 23/09/2014 21:25:48 UTILITÁRIOS Foto: Divulgação Volkswagen a linha 2015 do utilitário será oferecida nas versões Startline (cabine simples), Trendline (cabines simples, estendida ou dupla), Highline (cabine dupla) e Cross (cabines estendida ou dupla). A versão aventureira está equipada com o novo motor 1.6l MSI, da família EA211, de até 120 cv. O restante da linha traz o consagrado motor 1.6 MSI, de até 104 cv. Combinado a ambos os motores, está o câmbio manual de cinco marchas MQ200-5F, reconhecido por sua precisão de funcionamento. 14 simples, cabine estendida e cabine dupla, com motorização 1.6l MSI com potência de 104 cv e 120 cv (etanol). A Saveiro Cabine Dupla marca também a estreia da versão Highline, com visual e conteúdo diferenciados. Dessa forma, seguindo a nomenclatura global da Volkswagen, STRADA CHEGA À MARCA DE 1 MILHÃO A picape Fiat Strada está registrando mais um recorde em sua premiada carreira: acaba de somar um milhão de unidades vendidas no Brasil. A milionésima unidade que deixou a linha de montagem em Foto: Divulgação Fiat derno, o modelo mantém o compromisso de oferecer, ao mesmo tempo, excelente espaço na cabine com capacidade para acomodar cinco adultos confortavelmente e ampla área útil da caçamba. “A Saveiro Cabina Dupla é o veículo com mais inovação em seu segmento. Com esse modelo, a Volkswagen estabelece um novo patamar de segurança, desempenho, conforto e tecnologia em sua categoria”, afirma o presidente da Volkswagen do Brasil, Thomas Schmall. Disponível em três versões de acabamento e com duas opções de motores, o modelo amplia a sua área de atuação da Volkswagen no mercado de picapes compactas. “A Saveiro Cabine Dupla vem para incluir a Volkswagen em um novo segmento, formado por clientes de perfil diferenciado, que além de uma picape robusta procuram por um veículo para a família, com ótima dirigibilidade”, afirma o gerente-executivo de marketing de comerciais leves da Volkswagen do Brasil, Marcelo Olival. Fabricada em São Bernardo do Campo (SP), a linha passa a contar com sete configurações, entre cabine Revista AgriMotor • Setembro/2014 utilitarios.indd 14 23/09/2014 21:25:56 direção ao mercado interno é uma Strada Adventure, vermelha alpine. O patamar de um milhão de unidades vendidas em quinze anos desde seu lançamento atesta o sucesso de mercado deste veículo extremamente versátil. “O Fiat Strada é um utilitário, mas é também um automóvel, que pode ser usado no dia a dia para o trabalho, para a família, para o lazer, para aventura, ou para o transporte de cargas”, afirma Lélio Ramos, diretor Comercial da Fiat. A picape Strada foi lançada em 1998, em complementação à família Palio, em três versões: Working 1.5, Trekking 1.6 8V e LX 1.6 16V. Rapidamente a picape Strada conquistou o público com qualidades como estilo, robustez, confiabilidade e versatilidade, demonstrando ser econômica para o trabalho e jovem e descontraída para o lazer. Em 1999, foi lançada a versão com cabine estendida, uma solução inédita no segmento e um verdadeiro marco em termos de diferenciação. Em 2000, a picape Strada se tornou líder de mercado pela primeira vez. Em 2009, a Fiat lançou a primeira e única picape compacta com cabine dupla do Brasil. Em 2013, o modelo recebeu um novo visual e inovou outra vez, com a introdução da terceira porta, uma solução inédita neste segmento. Entre as picapes compactas, o desempenho de vendas da Strada é notável. Suas vendas superam a soma de todos os demais modelos comercializados, chegando a uma participação de mercado de mais de 50% em seu utilitarios.indd 15 Foto: Divulgação Toyota UTILITÁRIOS segmento. É o veículo comercial leve mais vendido no Brasil há 14 anos. NOVA VERSÃO FLEX DA HILUX A Toyota participou da Expointer, no município de Esteio (RS), anunciando a introdução no mercado da Hilux Flex Fuel, na versão SRV, com tração 4x2 e câmbio automático de quatro velocidades. O modelo é equipado com o motor de 2.7L, que rende 163cv de potência com álcool e 158cv com gasolina. A nova versão da Hilux será vendida a partir de novembro, e os consumidores fizeram reservas durante a Expointer. Trata-se da primeira picape do mercado nacional equipada com transmissão automática, motor flexível de quatro cilindros, acabamento top de linha e tração traseira. Com relação ao preço, a Toyota pretende comercializar a nova versão abaixo dos R$ 100.000,00. “Ao lançar uma versão top de linha com tração 4x2, estamos posicionando a nova versão da Hilux onde hoje se concentra o maior volume de vendas de picapes flex dos nossos principais concorrentes. Além disso, a nossa picape é a única a combinar o conforto da transmissão automática com um pacote de equipamentos completo, que traz, entre outros itens, ar-condicionado digital e central multimídia com navegação, TV e DVD, além de entradas Auxiliar e USB e câmera de ré. Tudo isso por um preço bastante competitivo”, afirma Felipe Doho, gerente de produtos para o segmento de comerciais leves da Toyota do Brasil. 24/09/2014 15:10:55 LAVOURAS TAMANHO É DOCUMENTO Enquanto não recebemos a classe 10, ampliando ainda mais o portfólio, as maiores colheitadeiras do mercado vão dando conta do recado. C MAIOR AXIAL PRODUZIDA NO BRASIL A Case IH revoluciona o mercado de grãos da América Latina, com a série 230 das já tradicionais colheitadeiras Axial-Flow. Projetada para colher mais de 80 tipos de grãos, sob as mais diferentes condições, a linha de colheitadeiras é a evolução das axiais série 20. As máquinas são a Axial-Flow 9230, a maior colheitadeira em capacidade produtiva de fabricação nacional e única classe 9 do mercado, e os modelos Axial-Flow 8230 e 7230, que são atualizações dos modelos Axial-Flow 8120 e 7120. t 4JTUFNB EF GMVYP BYJBM B NBTTB colhida é introduzida ao sistema de debulha em movimento espiral, com um cone de transição, garantindo um processamento suave, uma maior produtividade e um menor dano mecânico e latente aos grãos. t .PUPSFT $BTF '15 'JBU 1PXFSUSBJO5FDOPMPHJFT EF MJUSPT DPN potência nominal de 510 cv e potência máxima de 570 cv, com desempenho e força projetados para utilização com a nova plataforma Draper Fotos: Divulgação om janelas cada vez mais estreitas de plantio e colheita, por condições climáticas, pressão do calendário ou do mercado, na busca por melhor remuneração e ganhos de produtividade, qualquer mínima possibilidade de manejo de prazos pode fazer a diferença na hora da entrega do produto. Além da pressão do tempo, a fuga da mão de obra do campo também contribui para que se produza mais com menor número de equipamentos, desde o preparo do solo até o porão do navio. 16 Revista AgriMotor • Setembro/2014 lavouras.indd 16 23/09/2014 21:28:18 LAVOURAS 3162 de 45 pés. A Axial-Flow 8230 ganhou também um motor novo, também de 13 litros, com potência nominal de 455 cv e potência máxima de 516 cv. Já a Axial-Flow 7230 vem com motor de nove litros e com potências nominal e máxima de 388 cv e 448 cv, respectivamente. t5VCPEFEFTDBSHBEFN t 4JTUFNBT EF BDJPOBNFOUP 1PXFS 1MVT $75 5PEB MJOIB EB TÏSJF 230 vem com o sistema de acionaNFOUP 1PXFS 1MVT $75 5SBOTNJTTÍP $POUJOVBNFOUF 7BSJÈWFM RVF consiste em um componente que VUJMJ[BVNBDJPOBNFOUPWJB$75FTpecífico para o rotor e outro específico para o alimentador e para a plataforma de corte. t"OUFOBQJMPUPBVUPNÈUJDP além da maior cobertura de satéliUFTBBOUFOBQPTTVJPTTJOBJT35,F lavouras.indd 17 359TFOEPPÞMUJNPVNBDPSSFÎÍP de sinal que não necessita de comunicação via rádio. Peneiras de milho de alto desempenho. Ideal para milhos com produção acima de 220 sacas por hectare. A Case IH, pioneira no desenvolvimento do sistema axial de colheita, é líder nessa tecnologia desde 1977. MF 9895: MAIOR TAXA DE DESCARGA -BOÎBNFOUPEB.BTTFZ'FSHVTPO OB&YQPJOUFSEFTUFBOPB.' a colheitadeira com a maior taxa de descarga de grãos do mercado MT ÏDBQB[EFPGFSFDFSFGJDJÐOcia e produtividade numa máquina de alto desempenho para produtores de médio e grande porte. Equipada com motor AGCO Power, capaz de entregar até 510 cv de potência, e com o novo rotor EFOPNJOBEP 5SJEFOU B .' permite um maior processamento sem sacrificar a qualidade dos grãos. A colheitadeira possui um inovador sistema de limpeza estratificado que aumenta consideravelmente a eficiência do conjunto sem a necessidade de aumento de área das peneiras. Outra característica exclusiva é o moderno sistema de arrefecimento denominado V-Cool que praticamente elimina manutenções diárias aumentando as jornadas de trabalho. A nova geração de colheitadeiras axiais, voltada a produtores de médio e grande porte foi projetada para trabalhar com menos paradas, manutenção e esforço. “Com design surpreendente, ela já nasce com toda a tecnologia 23/09/2014 21:28:21 LAVOURAS mais avançada disponível para maximizar os resultados e aumentar o retorno financeiro no campo”, explica gerente de marketing do proEVUPEB.BTTFZ'FSHVTPO3PCFSUP Ruppenthal. "DPMIFJUBEFJSB.'DPORVJTtou o título Novidade Agrishow Agricultura de Escala, concedido pelo 1SÐNJP(FSEBV.FMIPSFTEB5FSSB VALTRA BC8800: REVOLUÇÃO NA CLASSE VIII A Valtra levou à 37ª Expointer a colheitadeira com a melhor relação litros por tonelada colhida entre as colheitadeiras axiais da Classe VIII, a BC8800. Uma das principais novidades desta colheitadeira é o inovador sistema de limpeza de grãos de multiestágios. Isto porque o equipamento conta com um fluxo de ar direcionado, suportado por um ventilador de grande capacidade, que amplia a velocidade do ar e o direciona para uma saída acima da peneira de pré-limpeza, eliminando assim tudo o que não for grão. 18 Com isso, a máquina oferece maior capacidade de limpeza e diminui a sensibilidade de colheita em terrenos inclinados. Outro fator importante da nova colheitadeira é que o diâmetro do caracol de grãos limpos foi ampliado, incrementando em 60% o GMVYPEFHSÍPT5VEPQBSBTVQPSUBS a maior capacidade de processamento do novo rotor. Vale destacar ainda que a exclusiva pré-limpeza por fluxo de ar superior acompanha toda a extensão do procesTBEPS 5SJ;POF QSFWFOJOEP QFSEBT provenientes por excesso de material ou separação tardia dos grãos. “A posição do rotor, diretamente sobre o sistema de limpeza, elimina a necessidade de caracóis transportadores, proporcionando menor dano aos grãos”, explica Douglas Vincensi, gerente de marketing do produto colheitadeira da AGCO "NÏSJDBEP4VM Além de possuir a maior taxa de descarga do mercaEPMJUSPTQPSTFHVOEP a BC8800, da Valtra, apresenta ainda um sistema que dispensa o uso da tela rotativa, o V-Flow, desenvolvido para se livrar de palhas e resíduos. O sistema previne obstruções, gasta menos energia e reduz manutenções diárias. Revista AgriMotor • Setembro/2014 lavouras.indd 18 23/09/2014 21:28:25 ENT RE PARA A HISTÓRIA DAS CRIANÇAS DA AACD. PART ICIPE DO T ELETON, 7 E 8 DE NOVEMBRO. LIGUE: OU ACESSE: 0800771 78 78 twitter.com/aacd TELETON.ORG.BR facebook.com/ajudeaacd lavouras.indd 19 23/09/2014 21:28:26 IRRIGAÇÃO MAIS RESERVAÇÃO, MAIS PRODUÇÃO Em Goiás, propriedades rurais retêm água com uso de barragens e proporcionam desenvolvimento de empreendimentos agrícolas. E irrigação. “Para viabilizar técnica e economicamente a produção de hortaliças de qualidade, em quantidade suficiente para atender à grande demanda de alimentos da sociedade, é preciso fazê-lo de forma irrigada, na época certa do ano. Isso requer acúmulo da quantidade apropriada de água, porque água representa mais de 80% de itens como batata, cenoura e cebola”, diz. Em 2013, a produção de hortaliças na propriedade foi de 100 mil toneladas. “Sem irrigação e, portanto, sem represamento, a produção de hortaliças aqui seria inexistente”, ressalta. A agrícola tem quatro mil hectares produtivos, emprega cerca de duas mil pessoas e produz, além de hortaliças, itens como soja, milho e trigo. “Esta região tem um bom nível de precipitação. Chove muito, mas a chuva é concentrada numa determinada época do ano. E a produção de hortaliças só é boa no período de ausência de chuvas. Então a ideia consiste em acumular a água excedente do período de chuvas com as represas e usá-la para a produção irrigada no período seco”, explica Wehrmann. Na avaliação do presidente da Associação Brasileira de Irrigação e Fotos: Fredederico Celente/Codevasf ntre as atividades de campo realizadas no âmbito no XXIV Congresso Nacional de Irrigação e Drenagem (Conird) esteve a visita a propriedades rurais em que a retenção de água com o uso de barragens tem proporcionado o desenvolvimento de grandes empreendimentos agrícolas. Um dos locais visitados pelos participantes do evento foi a Agrícola Wehrmann, no município de Cristalina (GO). De acordo com Verni Wehrmann, sócio da agrícola, a produção de hortaliças seria inviável na propriedade sem o uso de tecnologias de 20 Revista AgriMotor • Setembro/2014 irrigação.indd 20 23/09/2014 21:30:07 Drenagem (Abid), Helvécio Saturnino, os barramentos de água costumam ser vetores de desenvolvimento. “O sistema de reservação de água está por trás da existência de muitas áreas irrigadas. O empreendedor reserva a água disponível nos momentos de abundância para poder regularizar o fluxo hídrico e usar esse recurso o ano todo”, diz. Durante visita a uma das duas barragens existentes na propriedade Wehrmann, o engenheiro agrícola Wellington Almeida, responsável pelo represamento, apresentou aos visitantes as dimensões do barramento. “Esta barragem pode acumular 9,2 milhões de litros de água e abastece 22 pivôs centrais. Em breve, outros 19 pivôs receberão água proveniente daqui”, disse Almeida diante da barragem Santa Bárbara, localizada no curso do córrego Capim Pubo. De acordo com o engenheiro, represamentos realizados corretamente – com segurança e planejamento ambiental – aumentam a reserva de água no lençol freático e funcionam como “verdadeiros produtores de água”. “A barragem eleva o lençol freático e armazena água no solo. No período chuvoso, o lençol é recarregado; no período de seca, ele leva água para dentro da represa e alimenta nascentes a jusante. Além disso, não há qualquer prejuízo à vazão normal do córrego”, afirmou. O XXIV Conird, promovido pela Abid, ocorreu de 8 a 12 de setembro, em Brasília. O evento reuniu especialistas brasileiros e estrangeiros, com o apoio de instituições como a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf ) e o Ministério da Integração Nacional (MI). Fonte: Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba. irrigação.indd 21 !" #$% & !'( )! * ! ! " #$ #$ * +! ,--.//012341--+ 5+67" ,/3122;<=<>> 8 69 ,11/=/<<</3>> : : ,34-/;4;33/=>> 23/09/2014 21:30:13 IMPLEMENTOS RODOVIÁRIOS ATIVIDADE CONTINUA EM QUEDA Expectativa da Anfir é que desempenho da indústria fique aproximadamente 10% menor que o resultado apurado em 2013. A Nacional dos fabricantes de Implementos Rodoviários). Segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o segundo trimestre apresentou resultado 0,6% negativo. Isso significa que o Brasil entrou na chamada recessão técnica, quando há queda no produto interno por dois trimestres seguidos. Porém, o mesmo IBGE registrou, após cinco meses de queda, crescimento na produção industrial de 0,7% em julho sobre junho. Pelos dados do instituto, a alta está presente em 20 dos 24 setores pesquisados. Isso significa que a maior parte deles produziu mais do que em junho. Na taxa anualizada do desempenho da indústria, o levantamento ainda indica queda de 1,2%. No ambiente atual de recessão técnica somado a retomada lenta na produção industrial, há medidas tomadas pelo governo em favor do setor que poderão reduzir as perdas da indústria produtora de implementos rodoviários. Uma delas é a entrada dos implementos rodoviários no Mais Alimentos, o programa de financiamento para pequenos produtores rurais que integra o Foto: Divulgação Guerra indústria produtora de implementos rodoviários registrou, de janeiro a agosto de 2014, queda de 10,68% em suas vendas sobre igual período de 2013. Em oito meses as empresas produziram e distribuíram 103.925 unidades, ante 116.354 produtos de janeiro a agosto do ano passado. O setor segue atento aos diversos sinais macroeconômicos que indicam tanto recessão quanto recuperação lenta no segundo semestre. “A indústria sente diretamente os reflexos da queda na atividade econômica no primeiro semestre e da recessão técnica”, diz Alcides Braga, presidente da Anfir (Associação 22 Revista AgriMotor • Setembro/2014 implementos.indd 22 23/09/2014 21:32:03 Foto: Divulgação Noma IMPLEMENTOS RODOVIÁRIOS Programa Nacional de FortalecimenFortalecimen to da Agricultura Familiar (Pronaf ) do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). A outra foi a ampliação da parcela financiável de implementos rodoviários no programa PSI/Finame. O percentual anterior era de 80% para implementos.indd 23 empresas com Receita Operacional Bruta (ROB) acima de R$ 90 milhões ao ano e 90% para companhias com ROB igual ou inferior a esse valor. A mudança ampliou a parcela passível de financiamento oficial para 100%, ainda com juros anuais de 6%. As duas medidas atenderam pedidos da Anfir em favor do mercado nacional de implementos rodoviários. O terceiro benefício, a inclusão no programa de renovação de frota do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), não deverá trazer resultados positivos em breve. Isso porque o programa ainda está em fase de discussão, porém já conta com a presença da Anfir na mesa de discussões. Segmentos. O segmento de reboques e semirreboques (pesado) registrou de janeiro a agosto de 2014 vendas 16,44% abaixo das apuradas no mesmo período de 2013: 37.741 produtos contra 45.169 unidades. No segmento de carroceria sobre chassis (leve) a queda registrada foi de 7,03%. As vendas de janeiro a agosto foram de 66.184 produtos, ante 71.185 unidades apuradas no mesmo período de 2013. 23/09/2014 21:32:14 ENERGIA BIOMASSAS REGIONAIS PARA PRODUÇÃO DE ENERGIA DE BIOGÁS Estudo da modelagem e simulação dos processos de bioconversão de biomassas regionais para produção de energia de biogás, biofertilizantes e adubo orgânico no setor agroindustrial brasileiro. Johnson Pontes de Moura* e o melhoramento da “imagem” são pressupostos fundamentais para incrementar o alto conteúdo de serviço que já oferecem e facilitam a colocação de novos produtos no mercado, bem como a criação de novas oportunidades de consumo. A cajucultura brasileira concentra-se no Nordeste que aparece com 99% da produção total, onde sua importância socioeconômica e reforçada pela geração de emprego do campo, gerando sustentabilidade e viabilidades econômicas. Palavras-chave: biotecnologia, agroindústria, biogás. Foto: Agência Petrobras RESUMO O setor agropecuário desempenha um papel preponderante na balança agro-alimentar brasileira, a utilização de matérias-primas com características organolépticas adequadas, a redução dos tempos de estocagem, a fim de obtenção de produtos mais frescos; 24 Revista AgriMotor • Setembro/2014 energia_full.indd 24 23/09/2014 21:36:16 ENERGIA ABSTRACT The farming sector plays a preponderant role in the scale agro to feed Brazilian, the raw material use with adjusted organoleptics characteristics, the reduction of the stockage times, in order attainment of cooler products; e the improvement of the “image” is estimated basic to develop the high content of service that already they offer and they facilitate the rank of new products in the market, as well as the creation of new chances of consumption. The Brazilian cashew cultivation is concentrated in the Northeast that appears with 99% of the total production, where its importance socioeconomic and strengthened by the generation of job of the field, generating economic sustentability and viability. Keywords: Biotecnology, Agroindustry, Biogas. 1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS O reconhecimento da importância da atividade agroindustrial no processo de desenvolvimento econômico e social tem levado os formuladores de políticas públicas, no Brasil e no exterior, a eleger o setor agropecuário como prioritário para a promoção de investimentos em novos empreendimentos. De fato, sabe-se que a agroindústria é uma das principais geradoras de empregos diretos e indiretos por unidade de capital investido. Dados recentes do Departamento Econômico do BNDES e do IBGE mostram claramente esta característica no caso brasileiro, onde, para cada milhão de dólares investido, os empreendimentos agropecuários e agroindustriais chegam a gerar 118 a 182 empregos, cerca de 15% a 80% a mais do que os investimentos em um segmento tradicionalmente intenso em ocupação de mão de obra, como o setor comercial. Por outro lado, a típica orientação locacional para a fonte de matéria-prima faz com que a agroindústria contribua para mitigar o sério problema do êxodo rural, por gerar empregos diretos e indiretos no campo. 2. OBJETIVOS O interesse principal deste trabalho é promover a articulação e organização do agronegócio, visando a aumentar sua eficiência e eficácia em beneficio da sociedade, aproveitando o excedente da produção do setor de fruticultura, que se concentra em determinada época do ano, estudando inicialmente a obtenção de geleia e doce, a partir da parte nobre da fruta, ou seja, a polpa, visando assim, definir a formulação mais adequada para a obtenção e uma geleia de qualidade, como também a fabricação de ração a partir de resíduos da própria fruta, utilizando tecnologia apropriada para nossa região, principalmente na região rural. Nosso objetivo envolve, também, o desenvolvimento de equipamentos de baixo custo de construção e operação que permita alto rendimento energético (sem perdas térmicas), podendo assim ser comercializado com maior vantagem sobre os demais produtos existentes no mercado com viabilidade para atender o mercado dos pequenos produtores, cooperativas e agroindústrias. 3. METODOLOGIA 3.1 Pesquisa Bibliográfica Foram realizados levantamentos bibliográficos via Internet, livros didáticos, teses e trabalhos publicados, CD-rom e revistas. Nessa pesquisa foram feitos levantamentos de custos de matéria-prima, equipamentos e mão-de-obra. Figura 1 – Gráfico da análise do ponto de equilíbrio Setembro/2014 • Revista AgriMotor energia_full.indd 25 25 23/09/2014 21:36:23 ENERGIA aproveitamento da biomassa. Serão definidos os projetos preliminares de engenharia para aproveitamento de resíduos sólidos orgânicos para geração de energia com melhoria na viabilidade econômica e projeto desenhado. Figura 2 – Ponto de equilíbrio 3.2 Visita Técnica e Diagnósticos Problemáticos de Pesquisa A realização de visitas técnicas a pequenas comunidades com a finalidade de complementar o estudo de pesquisa bibliográfica e desenvolver propostas de trabalho a atender, de forma mais viável, este setor. 3.3 Desenvolvimento de Fluxograma e Cenários de Estudos Com base nos dados pesquisados e nas necessidades da pesquisa foram desenvolvidos fluxogramas do processo no qual está baseado o projeto. Foram elaborados diversos fluxogramas de projeto preliminar para fabricação de ração e industrialização de geleias. O sistema proposto visa à produção de energia de biogás em sistema integrado, com energia solar, com o objetivo de utilizar na industrialização de geleias e ração animal. A partir de dados de entrada e saída foram feitos os balanços de massa. Foram desenvolvidos três cenários de estudo baseados nos sistemas comumente praticados no país. 3.4 Seleção e Estudo do Processo de Bioconversão dos Resíduos 26 Sólidos para Produção de Adubo Orgânico, Energia (Biogás) e Ração Animal Através de estudos e análises comparativas dos bioprocessos de utilização de resíduos sólidos, serão selecionados os processos biológicos de pré-tratamento e biodigestores anaeróbicos de multiestágio com separação sólido, líquido e gás, visando os enfoques estratégicos. Baseando-se na tecnologia de 3.5 Modelagem e Simulação do Sistema Proposto para Geração de Energia Utilizou-se software simulador de processo industrial de última geração para simulação de processo de bioconversão e planejamento experimental, com metodologia desenvolvida com a seguinte sistemática sequencial técnica. O sistema basearse-á em simulação de processos utilizando a bioconversão acelerada de biomassa residual de origens agrícolas para ração animal e biofertilizantes orgânico visando baixar custo. 3.6 Estudo de Simulação e Otimização dos Processos de Bioconversão de Resíduos O enfoque sequencial-modular implementa os módulos que representam operações ou etapas de processamento como rotinas computa- Figura 3 – Fluxograma de bloco para obtenção de produto e processo Revista AgriMotor • Setembro/2014 energia_full.indd 26 23/09/2014 21:36:24 ENERGIA unidade produzida. A esse nível de equilíbrio, o projeto possui grande margem de atuação, podendo considerar uma previsão de erro de 10%. Ainda assim, estará assegurado o êxito do empreendimento, considerando que, quanto mais se afastar o ponto de equilíbrio, maiores serão os lucros. Figura 4 – Fluxograma do processo para produção 1t/dia de ração animal cionais que calculam valores de saída (outputs) a partir de valores de entrada (inputs). Na realização de simulação, almeja-se definir o sistema de simulação baseado em planta piloto, estimando e modelando os dados obtidos, estudando o efeito dos componentes de sistemas para separação por diferentes processos de operação, visando à otimização dos projetos. A otimização do número de estágios processos serão feitos através de estudos, usando os seguintes bioprocessos: fermentação (bioconversão) aeróbica usando fungo e processo anaeróbico em vez do processo químico. Biomassa + H2O biodigestor metano + CO2 + biofertilizante 4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA E ESTADO DA ARTE 4.1 FABRICAÇÃO DE GELEIA A geleia de frutas é definida como o produto obtido pela cocção de frutas inteiras ou em pedaços, polpa ou energia_full.indd 27 suco de frutas, com açúcar e, concentrado até consistência gelatinosa, assumindo o segundo produto em importância industrial para a indústria de conservas de fruta. Uso de Elementos Básicos para a Elaboração de Geleia São considerados elementos básicos para a elaboração de uma geleia, os componentes: frutas, pectina, ácido, açúcar e água. Uma combinação adequada deles, tanto na qualidade como na ordem de colocação durante o processamento, irá definir a qualidade de uma geleia. O fluxograma da figura 1, mostra de maneira resumida, a influência de cada componente na formação da geleia. O ponto de equilíbrio do projeto é de 23,9%. Esse índice indica a condição competitividade. Quanto mais for utilizada a capacidade instalada, de forma racional e econômica, maiores serão os ganhos marginais por ESTUDO DE CASO 2: UNIDADE PLANTA PILOTO PARA MICROUSINAS DE GELEIA COM O USO DE ENERGIA GERADA DO BIOGÁS Utilizou-se o programa Super Pro Designer vs 4.9 para se encontrar os resultados da simulação do processo de geração de energia a partir da biodigestão do efluente de uma indústria de geleia. Após a realização da revisão bibliográfica para melhor entendimento do processo, foi feito o fluxograma ver Figura 3 de blocos e de operação para o processo em estudo. Simulação e otimização do processo de produção de ração animal Todas as etapas do processo de produção de ração animal foram estudadas em detalhe através de simulação e otimizado do processo com o auxilio de moderna ferramenta de software Super Pro Designer vs 4.9. Com base nos dados experimentais e levantamentos bibliográficos pode-se simular através de softwa- 24/09/2014 15:07:30 ENERGIA CEMIG. Estudo de otimização energética: setorial laticínios: CEMIG, 1989. Cortez, L. e Boily, R. La rentabilité des récupérateurs de chaleur du lait. Apresentado no 11e Colloque de Génie Rural, Université Laval, Quebéc, Canadá. 1984. 45 p. Fluxograma de processo de biodigestão re Super Pro Designer vs 4.9 a sistemática de processo otimizando do projeto de produção de ração animal. As etapas da simulação do processo produtivo podem ser vistas na figura 4. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS t " FTDPMIB EB NBUÏSJBQSJNB SFgional visando a produção de geleia foi possível usando frutas desperdiçadas. Os resultados preliminares mostraram vantagem de uso da casca de maracujá e melão como fonte em relação a pectina obtida da casca de laranja. Em trabalhos futuros será utilizada a fruta pêlo (uma cactácea) como matéria-prima de baixo custo e fácil aquisição; t %PT QSPDFTTPT SFBMJ[BEPT QBSB extração de pectina, observou-se melhor resultado no processo térmico, já que esse método contribui juntamente com o acido cítrico para quebra das moléculas de pectina, adquirindo melhor consistência. t1ÙEFTFDPODMVJSBUSBWÏTEBTBOÈlises de investimentos que o sistema de produção de geleia é uma boa alternativa, pois a matéria-prima é 28 abundante, o custo é baixo e a produção é rápida e lucrativa; t $PN PT SFTVMUBEPT FN NÍPT pode-se concluir que a utilização do biogás para a indústria de geleia, bem como para qualquer outro setor industrial é viável, desde que se tenha uma quantidade considerável de material. As simulações feitas mostraram que a operação com o biogás é lucrativa. Do ponto de vista ambiental, este processo também é de grande valor, pois reduz o teor de carbono no efluente, isso é, o impacto para o meio ambiente no momento do descarte final será menor. REFERÊNCIAS NAGARAJI J..; Garud, S.S; Ashok Kumar, K.; Ramakrishna Rao, M. 1 MWth industrial solar hot water system and its performance; Solar Energy; Vol. 39; Num. 5/6, pp 415-420. Elsevier Science Ltd.; Londres; 1999. JORDAN R. A. et al. Bomba de Calor Água-Água Acionada a Biogás para Aquecimento e Resfriamento em Fazendas Leiteiras Visando a Racionalização no uso da Energia Elétrica. 5° AGRENER, Unicamp, São Paulo, 2004. Fagundes, M. H. Leite: Situação atual e perspectivas para o setor. Conjunturas Agropecuárias, Estudos Especiais. Brasília: CONAB, 2003. 32p. Junior, R. B. et al. Consumo de Energia Elétrica de um Laticínio Tipo “A” e Estudo de Racionalização do uso de Energia Elétrica nos Processos de Resfriamento de Leite e Aquecimento de Água: Um Estudo de Caso. 5° AGRENER, Unicamp, São Paulo, 2004. Stout, B. A. Energy – Use and Management in Agriculture. Breton Publishers, North Scituate. Massachussets, 1984, 318p. FIGUEIRAS, C. V. Gestion de resíduos y tratamiento de águas residuales. Informacion tecnológica, 1 (1), 56-66, 1990. VAN HORN, H. H., WILKEI, A C., POWERS, W.J., NORDSTEDT, R. A. Components of dairy manure management systems. Journal Dairy Science,v.77(7) p.2008-30, 1994. *Johnson Pontes de Moura: engenheiro químico pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Mestre em engenharia química pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Revista AgriMotor • Setembro/2014 energia_full.indd 28 24/09/2014 15:07:30 INOVAÇÃO INVESTINDO NO ÁCARO PREDADOR Empresa de biotecnologia agrícola localizada em Engenheiro Coelho, no interior de São Paulo, recebe aporte de R$ 4 milhões do Fundo de Inovação Paulista. F Foto: Divulgação undada em 2006 por dois engenheiros agrônomos, a Promip desenvolve inovações que aumentam a produtividade agrícola, trazendo soluções complementares ao uso de agroquímicos e transgênicos. Com o aporte do fundo, a empresa pretende colocar em prática um plano estratégico que tem como objetivos principais a ampliação da capacidade de produção e a aceleração de novos projetos em pesquisa e desenvolvimento. Os produtos biológicos já são alicerces indispensáveis de outros mercados agrícolas globais, como o europeu e americano. Mas nenhuma agricultura tropical de escala mundial, como a brasileira, possui cadeia estruturada de biotecnologia aplicada ao Manejo Integrado de Pragas. O manejo integrado de pragas (MIP) é um conceito que preconiza o uso de diferentes ferramentas para o manejo de pragas, tais como o controle químico, priorizando moléculas seletivas aos inimigos naturais, o controle biológico aplicado, através da liberação de agentes de controle biológico, o controle cultural, o uso de variedades resistentes à pragas e doenças, o uso de feromônios, etc. Em 2006, a Promip iniciou o desenvolvimento de produção em larga escada de três produtos biológicos contendo ácaros predadores, com apoio e financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento (CNPq) e Desenvolve São Paulo (Programa Funcet). Em janeiro, a Promip, em colaboração com a Embrapa e com o apoio da Fapesp iniciou um projeto que visa a produção e comercialização de agentes polinizadores (abelhas sem ferrão) para o uso através da polinização assistida, método que ga- rantirá ao agricultor aumento da produtividade em 20 a 30% devido à presença desses agentes em seu cultivo. O lançamento desta nova tecnologia está previsto para o início de 2016. AVANÇO CONSISTENTE “O investimento feito pelo Fundo de Inovação Paulista será fundamental para nos permitir dar um novo salto na operação”, afirma Marcelo Poletti, co-fundador da Promip ao lado de Roberto Konno. “A empresa atua em um segmento que exige inovação permanentemente. Com o apoio do fundo, teremos condições de avançar de modo mais consistente, seja em pesquisa e desenvolvimento, seja em negócios”, diz Konno. O Fundo de Inovação Paulista faz parte do Programa São Paulo Inova. Seu objetivo é investir em pequenas e médias empresas e startups de base tecnológica, ampliando as ações do governo de São Paulo no fomento à inovação. O estado é responsável por mais da metade da produção científica do país, além de contar com grande número de parques tecnológicos e incubadoras. O Fundo tem como investidores a Desenvolve SP, o Sebrae-SP, Fapesp, Finep e a Caixa Andina de Fomento (CAF). Ao todo, entre 18 a 22 pequenas empresas, com atuação em áreas como tecnologia da informação (TI), nanotecnologia, fotônica e ciências da vida, e com faturamento anual de até R$ 3,6 milhões, devem ser selecionadas pelo fundo para receber investimento. Setembro/2014 • Revista AgriMotor energia_full.indd 29 29 23/09/2014 21:36:27 BIOTECNOLOGIA Fotos: George Brown MINHOCAS AUMENTAM PRODUTIVIDADE AGRÍCOLA Estudo comprova que presença de minhocas, que ajudam a tornar o nitrogênio mais disponível para as plantas, aumenta a produtividade de grãos em 25%. Katia Regina Pichelli E studo que contou com a participação de um pesquisador brasileiro e acaba de ser publicado na Scientific Reports, única publicação de acesso livre do Nature Publishing Group, revela que a presença das minhocas no solo aumenta a produtividade agrícola. O resultado mostra que “em média, a presença das minhocas aumentou a produtividade de grãos em 25% e a biomassa aérea de plantas, em especial as utilizadas em pastagens, em 23%”, afirma George Brown, pesquisador em ecologia do solo da Embrapa Florestas (PR), e um dos coautores do trabalho. “A biomassa das raízes também aumentou em 20%”, revela. Outra conclusão é que as minhocas não afetaram o teor de nitrogênio das plantas, indicando que a 30 qualidade não foi afetada. “Portanto, as minhocas afetam principalmente a produtividade”. “O resultado era esperado”, afirma Brown. “Há centenas de anos as minhocas são consideradas aliadas do agricultor, ajudando no crescimento das plantas. Contudo, o que não sabíamos ainda era a dimensão do efeito positivo nem como ele funcionava. Foi isso que avaliamos nesse trabalho”, completa. Para chegar a esse resultado, os pesquisadores reuniram artigos sobre o assunto publicados em revistas indexadas: no total foram 58 – o mais antigo é de 1910. Todos os ensaios mediram o efeito das minhocas na produtividade agrícola e a biomassa vegetal. Em seguida, foi realizada uma meta-análise dos dados, técnica estatística usada para avaliar e buscar padrões em grandes volumes de dados. A equipe de pesquisa incluiu, além de Brown, professores e alunos de pós-graduação da Universidade de Wageningen (Indonésia) e um pesquisador da Northern Arizona University (Estados Unidos). Os autores procuraram, ainda, elucidar os mecanismos por trás dos efeitos positivos proporcionados pelas minhocas. “Com a construção de galerias, a ingestão de solo e a produção de coprólitos (excrementos), as minhocas liberam o nitrogênio presente nos resíduos vegetais e na matéria orgânica do solo, transformando o que seria adubo orgânico em mineral”, explica Jan Willem van Groeni- Revista AgriMotor • Setembro/2014 biotecnologia.indd 30 24/09/2014 15:12:56 BIOTECNOLOGIA gen, líder da equipe e primeiro autor do trabalho. “E o nitrogênio é um dos nutrientes mais importantes para o crescimento das plantas”, completa. O efeito positivo desapareceu quando doses maiores de adubo nitrogenado eram aplicadas pelos produtores ou quando leguminosas (que fixam nitrogênio do ar) estavam presentes. No entanto, Brown explica que as minhocas não produzem nitrogênio. Elas apenas ajudam a torná-lo mais disponível para as plantas. O efeito positivo das minhocas foi maior quando estavam presentes no solo maiores quantidades de resíduos das culturas, que por sua vez alimentam as minhocas, como no plantio direto, por exemplo. Os autores concluem, então, que as minhocas são especialmente importantes para dois tipos de agricultores: aqueles que podem usar somente baixas doses de (ou nenhum) adubo nitrogenado porque não têm condições financeiras ou acesso a ele; e aqueles que não querem usá-lo, pois dependem do processo de decomposição natural da matéria orgânica para liberar nutrientes para as plantas, como no caso da agricultura orgânica. Portanto, em sistemas intensivos de produção, com necessidade de alto uso de insumos e adubos químicos, o efeito benéfico das minhocas sobre a produtividade das culturas provavelmente será menor. Há muitas perguntas a serem respondidas, enfatiza Brown. “Encontramos um paradoxo: as minhocas têm maiores benefícios na produção em solos pobres, de baixa fertilidade, onde suas populações também podem estar limitadas por falta de alimento. Portanto, trabalho futuros devem buscar formas de aumentar as populações de minhocas nesses solos, especialmente com uso racional de insumos orgânicos. Dessa forma, o agricultor se tornará aliado da minhoca, assim como ela é aliada do agricultor”, explica Brown. “Além disso”, pondera, “ainda não está claro como as minhocas afetam a disponibilidade de outros nutrientes essenciais para as plantas, especialmente o fósforo. Eventualmente, teremos que saber isso para poder entender como as minhocas podem nos ajudar a construir uma agricultura mais sustentável”. Os resultados não significam que o produtor poderá adicionar deliberadamente minhocas ao seu terreno para aumentar a produtividade, pois é uma prática inviável do ponto de vista econômico e ecológico para a maior parte das culturas. “Isso só deve ser realizado excepcionalmente, pois o bom manejo das culturas e da propriedade agrícola já ajuda na manutenção e no aumento das populações de minhocas no solo. Para ser um aliado das minhocas e desfrutar dos benefícios que elas proporcionam ao solo, o agricultor deve evitar o uso excessivo de agrotóxicos, a movimentação excessiva do solo (por exemplo, a inversão do solo com arado), a erosão, a compactação e a contaminação do solo e manejar a adição de restos das culturas no solo, visando aumentar a matéria orgânica que serve de alimento para as populações de minhocas”, sentencia Brown. Título completo do artigo na Scientific Reports: Van Groenigen JW, Lubbers IM, Vos HMJ, Brown GG, De Deyn GB, Van Groenigen KJ. 2014. Earthworms increase plant production: a metaanalysis. Scientific Reports v.4, 6365. DOI: 10.1038/srep06365. Setembro/2014 • Revista AgriMotor biotecnologia.indd 31 31 23/09/2014 21:39:23 CLIPPING EXPORTAÇÃO/CEPEA A receita das exportações do agronegócio brasileiro alcançou U$$ 9,7 bilhões em junho, superando em 4,6% o valor de junho de 2013. No semestre, no entanto, o montante em dólares ficou um pouco abaixo dos U$$ 50 bilhões: queda de 1% em relação ao resultado obtido no mesmo período do ano anterior. A participação do setor nas exportações totais do país continua em crescimento e atingiu 44,4% no primeiro semestre de 2014. REGULARIZAÇÃO DE PROPRIEDADES RURAIS O Cadastro Ambiental Rural (CAR) auxilia no processo de regularização ambiental de propriedades e posses rurais. Por meio da ferramenta, é possível, por exemplo, delimitar as Áreas de Proteção Permanente (APP), de Reserva Legal (RL), as remanescentes de vegetação nativa e as áreas de interesse social e de utilidade pública. Para fazer o CAR, é preciso apresentar o RG, CPF, título de propriedade, além de declarar as áreas de produção. O prazo vai até março de 2015. Informações: www.car.gov.br. FUNCAFÉ: R$ 232 MI O ministério da Agricultura assinou dois contratos com agente financeiro para repasse de recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) no valor de R$ 232 milhões, aprovados pela Resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) nºs. 4.325/2014 e 4.340/2014. Os extratos desses contratos firmados com o Banco ABC Brasil e com o Banco Original S/A foram publicados no Diário Oficial da União. REFORMA AGRÁRIA Decretos publicados no Diário Oficial da União do dia 26 de agosto destinam oito novas áreas rurais em sete estados brasileiros para a reforma agrária. No total, são 7.710 hectares com capacidade para receber 285 famílias de trabalhadores rurais. Os decretos têm como base o artigo 184 da Constituição Federal que diz que compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não estiver cumprindo a função social, mediante prévia e justa indenização. w w.freeimag www. free reeimag ima es.c es.com om ETANOL 2G O etanol de segunda geração (2G), produzido a partir do processamento do bagaço e da palha de cana-de-açúcar, poderá se tornar um dos combustíveis mais competitivos do mercado nos próximos anos. A tecnologia será um dos temas abordados durante 14ª Conferência Internacional sobre Açúcar e Etanol, que acontece nos dias 20 e 21 de outubro, em São Paulo. Mais informações sobre o evento acesse: www.conferenciadatagro.com.br 32 NOVO RECORDE DE PRODUÇÃO A produção brasileira de grãos da safra 2013/2014 chegará a 195,46 milhões de toneladas, um aumento de 6,80 milhões de toneladas ou o equivalente a 3,6% sobre a safra anterior, de 188,65 milhões de toneladas. Os dados são do 12º e último levantamento de grãos da safra atual, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) no dia 09 de setembro. MAIS SOJA A produção brasileira de soja em 2014/15 deverá totalizar 95,904 milhões de toneladas, com aumento de 11% sobre a safra da temporada anterior, que ficou em 86,623 milhões de toneladas. No relatório anterior, divulgado em julho, também por Safras & Mercado, a estimativa era de 94,451 milhões de toneladas. Levantamento dia 12 de setembro, aponta um crescimento sobre 2013/14 de 11%. MENOS EMISSÕES A Volkswagen do Brasil acaba de investir R$ 50 milhões em 12 novos equipamentos e ampliação dos laboratórios emissões e de motores na fábrica Anchieta, em São Bernardo do Campo. Iniciado em 2011, o investimento inclui novos dinamômetros de bancada (estático, para motores) e de chassis (dinâmico, com o carro em movimento), entre eles o primeiro dinamômetro da indústria brasileira para testes em veículos 4X4. Revista AgriMotor • Setembro/2014 An clipping.indd 32 24/09/2014 15:11:44 Candidatos, pensem nos candidatos que o brasil precisa ter nas eleiçÕES de 2054. Você que já pode votar, escolha um candidato que pensa em quem ainda não pode. Vote em quem está comprometido com os direitos da criança e do adolescente. está nas suas mãos eleger um Presidente Amigo da Criança. aécio neves marina silva acesse presidenteamigo.org.br e abrace esTa causa. dilma roussefF Anuncio PAC NOVO 210x280 indd 1 clipping.indd 33 05/09/2014 17:47:10 23/09/2014 21:40:51 Fotos: www.rgbstock.com OPINIÃO CONTRA A FOME E A INFLAÇÃO Ouvir as vozes da agricultura, pecuária e de toda a cadeia produtiva do agronegócio é indispensável ao governante a ser eleito. João Guilherme Sabino Ometto* N a pauta da campanha eleitoral de 2014 — marcada pela triste despedida do governador Eduardo Campos —, o agronegócio deve ser, necessariamente, um dos temas prioritários, considerando o seu significado para a segurança alimentar, exportações e a economia, com a participação de 23% no PIB brasileiro. Nesse sentido, é importante que todos os candidatos à presidência da República deem máxima atenção às propostas que receberam das entidades representativas do setor. É preciso analisar em profundidade as suas demandas. 34 O documento da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) recomenda a ampliação e diversificação dos investimentos em infraestrutura de transportes, ainda concentrados no modal rodoviário, aumento da capacidade de armazenamento, multiplicação das tecnologias para melhorar a produtividade e melhores estratégias relativas ao mercado internacional. Observa-se aqui, por exemplo, uma congruência com as reivindicações consensuais de toda a sociedade quanto à melhoria da infraestrutura de movimentação e logística das cargas. A Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), em interessante estudo elaborado por técnicos da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e coordenado por Roberto Rodrigues, ex-ministro da Agricultura, propõe ações baseadas em cinco princípios: sustentabilidade da produção, competitividade, produção orientada para os mercados e governança institucional. Os dois relatórios enfatizam um ponto em comum: segurança jurídica. Esta também é uma reivindicação que tem sido insistentemente colocada, há tempo, por todos os setores produtivos. Revista AgriMotor • Setembro/2014 opiniao.indd 34 23/09/2014 21:42:01 OPINIÃO Ouvir as vozes da agricultura, pecuária e de toda a cadeia produtiva do agronegócio é indispensável ao governante a ser eleito.. A atividade é essencial para a retomada do crescimento econômico do Brasil em níveis mais elevados e também para que o país responda com eficácia a dois desafios atuais prementes: a segurança alimentar, considerando que a fome ainda flagela 900 milhões de pessoas no mundo, e o controle da inflação, que pode ser traduzido, no caso, como comida mais barata na mesa dos brasileiros. Os números do IBGE relativos à inflação, por exemplo, atestam a relevância do agronegócio: o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) desacelerou de junho para julho, passando de 0,4% para 0,01%. O grupo de alimentação foi um dos que mais contribuiu para o resultado. Neste segmento, os produtos consumidos nas refeições em casa foram os que apresentaram maior queda. A taxa de crescimento dos preços dos alimentos na América Latina e Caribe também caiu pelo terceiro mês consecutivo, indica relatório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), tendo junho como base. A inflação do segmento na região subiu so- Divulg ação cada voto nas urnas de outubro seja uma semente de prosperidade socioeconômica! Foto: mente 0,5% nesse mês, ante 1% em relação a maio e 1,2%, em abril. Importante observar um dos destaques do documento: “Esse resultado responde em grande parte aos movimentos dos preços dos alimentos no Brasil e no México”. Considerando, porém, o volume da produção brasileira, com impacto efetivo no mercado global, os dados da FAO referentes ao nosso país têm uma dimensão ampliada. Além de atender à prioridade do preço e da oferta do bem mais essencial, o pão nosso de cada dia, a agricultura, pecuária e sua cadeia produtiva continuam sendo a grande base de sustentação da balança comercial brasileira: dentre os dez principais produtos da pauta exportadora nacional, no período de janeiro a julho de 2014, sete são do agronegócio, segundo análise da CNA, baseada em dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). É muito clara, portanto, a necessidade de enfatizar o tema na agenda das eleições, momento maior da democracia. Que *João Guilherme Sabino Ometto, engenheiro (Escola de Engenharia de São Carlos - EESC/USP), é presidente do conselho de administração do Grupo São Martinho, vice-presidente da Fiesp e coordenador do Comitê de Mudanças Climáticas da entidade. Setembro/2014 • Revista AgriMotor opiniao.indd 35 35 23/09/2014 21:42:04 Foto: David Alves EVENTOS 37ª EXPOINTER ENCERRA COM BALANÇO POSITIVO A maior feira do agronegócio da América Latina teve sucesso de público: 502.074 pessoas visitaram o evento em Esteio-RS. O total de negócios fechados nesta edição da feira foi de R$ 2,729 bilhões. O rendimento é considerado positivo, tanto pelo governo do estado, quanto pelos setores produtivos representados pela Farsul, Simers, Febrac e Fetag. “O número é espetacular. O agronegócio não vive crise, ao contrário, continua crescendo. Um número da celebração da estabilidade”, avaliou o secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Claudio Fioreze. O vice-presidente da Farsul, Gedeão Pereira, complemen- 36 tou: “os resultados deste ano nos impressionam ainda mais. O produtor já tomou muito crédito e a conjuntura internacional é desfavorável. Portanto, são números fantásticos. São um recado de confiança do mercado. “O secretário do Desenvolvimento Rural, Elton Scapini, destacou a participação do agricultor familiar no Produto Interno Bruto (PIB) gaúcho, que representa em torno de 30% da nossa economia. “Temos um crescimento sistemático de expositores e visitantes. Maior diversidade e qualidade dos produtos a cada edição”. O presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, completou: “A agricultura familiar está consolidada na Expointer. Tivemos um número recorde e uma excelente feira, o que era o esperado pelo contexto que vivemos aqui”. 502.074 pessoas visitaram a feira entre os dias 30 de agosto e sete de setembro. O sucesso de público, que supera as últimas três edições, também foi motivado pelo novo acesso, via BR 448, que garantiu mais fluidez ao trânsito, consolidando a rodovia do parque como o principal caminho para a feira. Revista AgriMotor • Setembro/2014 eventos.indd 36 23/09/2014 21:43:26 Foto: Claudio Fachel/Palácio Piratini EVENTOS MÁQUINAS A feira chega ao fim com R$ 2,713 bilhões em vendas de máquinas. O número é 17% menor do que em 2013, mas é considerado ótimo pelo setor. E se comparado à edição retrasada, o balanço atual ainda é positivo, considerou o presidente do Simers, Claudio Bier: “O ano passado foi atípico, teve uma série de fatores que facilitaram a antecipação de negócios. E mesmo assim, nesta edição superamos em 34% o ano de 2012”. eventos.indd 37 As vendas de animais atingiram R$ 12.419.410,00, com destaque para a qualidade dos exemplares trazidos a Esteio. “Neste ano os expositores fizeram uma seleção muito criteriosa. Os jurados tiveram muito trabalho. O reflexo está no preço médio pago por animal, que está mais alto em 2014. E os negócios não param aqui, porque a Expointer é vitrine para as próximas feiras”, disse o presidente da Febrac, Eduardo Finco. O pavilhão do artesanato também teve balanço positivo. Neste ano foram movimentados R$ 1.400.000,00 em negócios na feira. A irrigação foi outro tema que mereceu destaque, encerrando com 560 propostas, o que equivale a mais 31.710 hectares irrigados e um investimento de 208 milhões. Com os resultados, o Rio Grande do Sul já soma 308.210 hectares irrigados em culturas de sequeiro como soja, milho, hortícolas e pastagens. Antes do Mais Água, Mais Renda, que foi instituído pela Lei 14.244/2013 e serve de modelo para o restante do país, existiam 105 mil hectares irrigados em todo estado. Com o programa, o agricultor pode contar com instrumento de subvenção de irrigação, em que o governo estadual reembolsa parte do investimento privado aos produtores, com índices de 12% a 30%. “Nosso plano decenal projeta 1 milhão de hectares irrigados. Já superamos nossa meta anual e nesse ritmo vamos chegar lá antes do previsto”, ressaltou Fioreze. 23/09/2014 21:43:28 VISÃO SEJA QUEM FOR O PRESIDENTE, ELE SERÁ AGRODEPENDENTE Apoiar e apostar num empreendedorismo rural sustentável, isso sim gera riqueza e saúde em todos os sentidos. José Luiz Tejon* A cidades também. E 83,7% disseram que votariam num candidato que desse mais atenção aos agricultores. Também a consciência do eleitor urbano evoluiu nos últimos anos: 89,9% consideraram que o Brasil precisa usar mais a energia renovável. E 86,3% disseram que o uso dos combustíveis alternativos contribui para diminuir a poluição; 86,4% concordam que as estradas malconservadas aumentam o custo dos alimentos; 86,3% afirmam que os portos brasileiros, antigos e mal gerenciados, prejudicam o agronegócio. Portanto, imaginem em 2015! A safra plantada, agora, será colhida pelo novo governo. Imaginem, dessa forma, que o novo presidente, seja quem for, será inexoravelmente um agrodependente. Isso é bom ou mau? Muito bom, desde que utilizado para gerar uma consciência executiva de foco, determinação e decisão, em velocidade, para finalizar obras de infraestrutura, para extirpar parte considerável da burocracia dos portos, e para resolver definitivamente o enrosco dos preços administrados da gasolina que detonaram o segmento dos biocombustiveis no país. Dessa forma, o que vejo como esperança é o aspecto de termos hoje uma consciência dessa agrodependência, de que os presidenciáveis e seus assessores não negam, nem desconhecem isso, e de que mesmo com preços internacionais em grãos, menores do que nos últimos quatro anos, a demanda internacional e as relações geopolíticas de grandes países consumidores, tende a ser cada vez mais assertiva na busca de sólidas relações com o Brasil. Não creio que nenhum presidente consiga destruir isso, ou tenha algum interesse em não utilizar esse aspecto www.freeimages.com o final de agosto de 2014, o Brasil obteve um “saldinho positivo” na balança de pagamentos, de apenas US$ 249 milhões. Mas o saldão do agronegócio chegou a US$ 56,36 bilhões. Em síntese conclusiva, se não fosse o agronegócio estariamos com a economia arruinada, com a sociedade em pânico, e com o processo democrático brasileiro em risco. Todos os candidatos arrumaram os seus planos de governo para conquistar o agronegócio. Também, por outro lado, a população urbana e o eleitor brasileiro mudaram. Em pesquisa que realizamos ESPM/Abag, em julho de 2014, o eleitor brasileiro considerou em mais de 90% ser o agronegócio muito importante para o Brasil. Ainda 91,9% consideraram ser o agronegócio responsável pela criação de empregos nas 38 Revista AgriMotor • Setembro/2014 visão.indd 38 23/09/2014 21:44:46 VISÃO ação Quanto aos presidenciáveis Marina e Dilma, fica mais do que uma interpretação do que seriam os seus governos do ponto de vista do agronegócio, um voto de esperança ascencional. Que Dilma, se reeleita, aprenda com seus erros e faça definitivamente acontecer todos os projetos em andamento para a logística e infraestrutura do país. E quanto à presidenciável Marina, que se proteja com conselheiros e ministros, do mais alto gabarito e integridade, personalidades competentes de fato e que sejam grandes brasileiros, pois ela irá precisar muito face, se eleita, a uma gigantesca e mega expectativa, que se não cumprida, irá gerar frustrações tenebrosas perante tanta promessa de mudança, cuja mudança para ser feita, não o será, sem muito suor, lágrimas, e que a sorte e Deus nos ajude. Divulg cabides do rol da sala receptiva. Nele visualizo representantes da agroindústria alimentar, de bebidas, dos supermercados, das tradings, transportes, logística, portos, insumos e máquinas, bancos, cientistas, educadores, produtores rurais, e profissionais de marketing, jornalismo, analistas etc. Um legítimo conselho horizontal e vertical. E tudo isso sob uma bem conduzida governança de redes sociais. Recomendaria um papel estratégico fortemente protagonista da sociedade cooperativista. Os assuntos envolvendo inclusão sócioeconômica a partir dos movimentos contemporâneos de reforma agrária revelam insucessos. E da mesma forma a sociedade urbana, o eleitor pesquisado, não considera esse modelo mais como uma forma viável para resolver questões tanto de produção de alimentos quanto de um processo humano eficaz. Por outro lado, onde temos cooperativas bem sucedidas, temos como regra uma real agrossociedade construída, criada e desenvolvida. Apoiar e apostar num empreendedorismo rural sustentável, isso sim gera riqueza e saúde em todos os sentidos. Ainda como ações de segurança anti-insensatez governamental, cabe aqui adicionar a necessidade de, através da percepção do eleitor, do povo urbano, buscar eco para os pontos priorizados e sagrados do que precisa ser feito pelo agronegócio brasileiro, enquanto segmento econômico, humano, sustentável e social. Bem, agora, em se tratando do governo em si, gosto da proposta do presidenciável Aécio, de criar um superministério do agronegócio. Sem dúvida alguma, do ponto de vista de gestão, é a proposta mais sadia e lúcida, pois não resolvemos mais as coisas agro, com um ministério apenas, e ainda com uma série de fragmentações dentro do que seria a atividade específica do clássico ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Foto: gerador de caixa para o país, e também de uma agrossociedade com melhores índices de desenvolvimento humano. Fora isso, não falta comida no Brasil, e se houver uma lacuna de confiança no país, os efeitos disso transformado em possível queda da produção, seriam simplesmente catastróficos, onde o próprio governo seria o primeiro a tomar e sofrer as consequências políticas gravíssimas. Não creio em “brujas, pero que las hay, las hay”. Portanto, vale sempre termos planos e rotas de fugas para o imprevisível. E a marcha da humanidade não pode ser considerada um exemplo de sensatez. Dessa forma, independentemente de especular sobre o governo Dilma, ou Marina, ou Aécio, o que o setor como um todo precisa fazer é acertar a sua própria governança. Independente de governo. O que as lideranças que decidem o jogo e que representam os produtores e os elos das cadeias produtivas do agronegócio, podem fazer para ampliar o seguro contra a insensatez, que por razões inesperadas e imprevisíveis possa vir a ocorrer? Isso representa combinar um discurso único, interlocutores escolhidos e orientados por um bom senso estratégico, com a habilidade da palavra e de suas manifestações. Recomendo urgentemente criarmos um Conselho Superior do Agronegócio Brasileiro, uma iniciativa da sociedade civil organizada, onde tenham assento os líderes mais ilustres, com reputação ilibada, e que obtenham documentos e planos priorizáveis para o macrossetor, que falem legitimamente pelo agronegócio brasileiro, envolvendo um rol das suas maiores cadeias produtivas, pelo lado econômico, e as cadeias produtivas mais significativas pela angulação social. Esse conselho superior, sem politização de qualquer espécie, pode e deve existir, com uma liderança onde os egos sejam todos dependurados nos *José Luiz Tejon é jornalista, publicitário, comentarista da Rádio Estadão, mestre em Educação, Arte e Cultura (Universidade Mackenzie), doutorando em Ciências da Educação (Universidad de La Empresa). Professor de pós-graduação da FGV Incompany, dirigente do Núcleo de Agronegócio da ESPM, diretor vice-presidente de Comunicação do CCAS (Conselho Científico para a Agricultura Sustentável). Ex-diretor da Agroceres, da Jacto S/A e do Grupo Estadão, conselheiro do Grupo Serios, autor e coautor de trinta livros, palestrante Top Five Prêmio Estadão RH 2012/2013, Top 100 do Agronegócio 2013 - Revista ISTO É - Dinheiro Rural. Setembro2014 • Revista AgriMotor visão.indd 39 39 23/09/2014 21:44:47 ESTATÍSTICAS DADOS DO AGRONEGÓCIO *Estimativa PIB (Produto Interno Bruto) 2013: US$ 4,838 trilhões* Crescimento do PIB em 2014: 0,52%* Valor Bruto da Produção agropecuária: R$ 441,8 bilhões* Produção de grãos safra 2013/2014: 195,47 milhões de toneladas (safra anterior: 188,7 milhões de toneladas) Área cultivada: 56,94 milhões de hectares Cana-de-açúcar (*Conab) Safra 14/15: Produção: 659,10 milhões de toneladas Etanol: 27,622 bilhões de litros Açúcar: 38,252 milhões de toneladas Soja Safra 2013/2014: 86,13 milhões de toneladas, produtividade média de 2.854 kg/hectare. Milho Safra 2013/2014: 79,90 milhões de toneladas, produtividade média de 5.057 kg/hectare. Café Safra 2014: 45,14 milhões de sacas (*Conab) Veículos e Máquinas Agrícolas (Anfavea) Produção de autoveículos: 3,34 milhões de unidades* Janeiro aagosto de 2014: 2,08 milhões unidades (-18% sobre as 2,54 milhões de igual período de 2013). Produção de máquinas agrícolas: 87.000 unidades* (-13,3% sobre 2013) Janeiro a agosto de 2014: 45.800 máquinas (-18,9% ante igual período de 2013: 56.850 máquinas). Implementos Rodoviários (Anfir) 40 BW.indd 40 2013: 177.876 unidades (reboques e semirreboques e carrocerias sobre chassis), 10,89% sobre as 160.414 unidades de 2012. Janeiro a agosto de 2014: 103.925 unidades (-10,68 sobre as 116.354 unidades produzidas de janeiro a agosto de 2013). Revista AgriMotor • Setembro/2014 23/09/2014 21:46:16 BUSINESS WORLD TVH-DINAMICA AMPLIA PORTFÓLIO AGRÍCOLA Foto: Divulgação LINHA DE BOMBAS VARIÁVEIS A Danfoss, que é líder global no fornecimento de novas tecnologias, conta com a linha de bombas variáveis de circuito aberto S45. A linha de bombas de pistões axiais de circuito aberto - load sensing - da família S45 pode ser utilizada em sistemas hidráulicos de guindastes telescópicos, empilhadeiras, máquinas florestais e agrícolas e outros usos específicos. Ela ainda oferece uma gama de deslocamentos de 25-147 cm³/RPM, e possui rotação máxima de até 3.600 rpm e operação contínua à pressões de até 310 bar. Seu design modular com múltiplos recursos e combinações de configuração assegura uma fácil instalação. Confira as características da linha S45 no site www.danfoss.com . FÓRUM DO AGRONEGÓCIO O evento, realizado em Campinas-SP no dia 20 de setembro, serviu para apresentar palestras das principais lideranças empresariais e políticas principalmente com relação ao futuro do agronegócio, e encerrou-se com a emissão da Declaração de Campinas, um documento que resumiu as principais expectativas do setor. O governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, abriu os trabalhos quando relacionou as ações e iniciativas programadas pelo seu governo para estimular o agronegócio no estado. Participaram cerca de trezentos convidados, entre líderes empresariais e do agronegócio, além de pesquisadores, investidores e autoridades públicas, o Lide – Grupo de Líderes Empresariais, presidido pelo empresário João Dória Jr., o Lide Agronegócios, liderado pelo embaixador da FAO para o cooperativismo, Roberto Rodrigues; e o Lide Campinas, comandado pelo empresário Juan Quirós. Também estiveram presentes ao fórum os candidatos a vice-presidente Beto Albuquerque e Aloysio Nunes Ferreira, respectivamente nas chapas de Marina Silva e Aécio Neves, além do secretário de desenvolvimento agropecuário e cooperativismo do ministério da Agricultura, Caio Tibério da Rocha, a secretária de Agricultura de São Paulo, Mônika Bergamaschi e o prefeito de Campinas, Jonas Donizete. Setembro/2014 • Revista AgriMotor BW.indd 41 Foto: Divulgação Foto: Divulgação A TVH-Dinamica, distribuidora especializada no fornecimento de peças e acessórios para as linhas de movimentação, industrial e agrícola, está ampliando seu portfólio de produtos para equipamentos agrícolas com a linha de filtros, que inclui itens da marca Donaldson, líder mundial no fornecimento de sistemas de filtragem e peças de reposição. “Os filtros Donaldson são conhecidos pela qualidade e sua alta eficiência em trabalhos extremamente severos”, afirmou Paulo Acosta, gerente comercial da TVH-Dinamica. O portfólio conta com componentes para sistema de filtragem de ar, óleo lubrificante, óleo hidráulico, combustível e para cabine, destinados a diversas aplicações agrícolas de equipamentos das principais montadoras do país, entre elas, John Deere, New Holland, Massey Ferguson, Valtra e Case. 41 23/09/2014 21:46:20 BUSINESS WORLD EMBALAGENS DE DEFENSIVOS: 31 MIL TONELADAS RECICLADAS Foto: Divulgação inpEV De janeiro a agosto de 2014, 31.149 toneladas de embalagens vazias de defensivos agrícolas foram destinadas de forma ambientalmente correta pelo Sistema Campo Limpo (logística reversa de embalagens vazias de agrotóxicos). A quantidade é 9% maior, se comparada ao mesmo período de 2013. De acordo com o levantamento do inpEV (Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias), no período, dezesseis estados apresentaram crescimento na quantidade destinada. As maiores cargas saíram do Mato Grosso, Paraná, São Paulo, Goiás, Rio Grande do Sul e Bahia (juntos eles representam 76% do total destinado). Sergipe, Piauí e Rondônia foram os estados que obtiveram maior crescimento percentual na quantidade destinada. O instituto foi fundado em 14 de dezembro de 2001 e entrou em funcionamento em março de 2002. Atualmente, possui mais de 90 empresas e nove entidades em seu quadro associativo. ANUNCIANTES AACD - Associação de Assistência à Criança Deficiente ............................................................................. 19 Assiste Assessoria em Sistemas Administrativos ....................................................................................... 37 Dimotor Comercial de Peças para Motores Ltda. - Ditrator ....................................................................... 27 Fimmepe 2014 .............................................................................................................................................. 11 Fundação Abrinq .......................................................................................................................................... 33 Grupo WDM ................................................................................................................................................... 35 Hydraforce ..................................................................................................................................................... 21 K Parts Indústria e Comércio de Peças Ltda. ............................................................................................... 23 Kashima Com., Imp. e Exp. de Auto Peças Ltda. ......................................................................................... 15 Marchesan Implementos e Máq. Agrícolas Tatu S.A. ................................................................................. 17 Nekarth Ind. e Com. de Peças e Máquinas Ltda. ......................................................................................... 13 Revista Agrimotor ................................................................................................................................. 3a capa SSAB Swedish Steel Comércio de Aço Ltda. ........................................................................................ 4a capa Valmont Indústria e Comércio Ltda. .................................................................................................... 2a capa 42 BW.indd 42 Revista AgriMotor • Setembro/2014 24/09/2014 15:13:59 Queremos contribuir e participar de seu sucesso! (SJQT&EJUPSBt"OPt/t"HPTUP PSDPNCS t3XXXBHSJNPUPSDPNCS OPt /t 4FUFN CSP t3 X XXBHS JNP UPSDPN CS Paraná vence o desafio da produtividade da soja JUPSBt" Balança comercial do agronegócio é positiva (SJQT&E O mom ento da s picape s Ass es tatíst icas do agrone gócio a ra ur tu t ltu cullt cu cultu riic gr g Agri Ag Agr A n on o co c a c ca "Seja nc n a r ra ran ffr qu ele s em for o erá a grod presiden o ã o Carlos Marchesa n oã va:: JJoão Entrevista exclusiva epen t dent e, e" En tr ev is ta ex cl us iv a: Ca rl os Co go A revista Agrimotor, que tem circulação em todo o Brasil, chega às mãos de quem decide. Por isso ela se tornou o caminho mais curto entre sua marca e o seu consumidor. Anuncie e colha os frutos de seu investimento. Ligue já e decida-se! (11) 3811-8822 Rua Cardeal Arcoverde, 1745 - cj. 111 Pinheiros - São Paulo/SP - CEP: 05407-002 Tel/Fax: (11) 3811-8822 [email protected] www.agrimotor.com.br CApa_oficial.indd 3 25/09/2014 17:08:52 3FTJTUÐODJBY 7PDÐRVFSBEJDJPOBSSFTJTUÐODJBFEFTFNQFOIPBPTFVFRVJQBNFOUP EFFMFWBÎÍPEFDBSHBEFNPEPRVFPHVJOEBTUFPVQMBUBGPSNB BÏSFBQPTTBNUFSVNBMDBOÎFBJOEBNBJPSDBSSFHBSNBJTFEVSBS NBJT "HPSBIÈVNGBUPSRVFBKVEBBBMDBOÎBSVNPCKFUJWPNBJPS FSFBMNFOUFNVEBSPTFVOFHØDJP )ÈNBJTEFBOPTPBÎPEFBMUBSFTJTUÐODJB%PNFYUFNTJEPB FTDPMIBEFQSJNFJSBNÍPOBJOEÞTUSJBEFHVJOEBTUFT$PNBTOPWBT HSBEFTF.QBÏQPTTÓWFMPCUFSVNOFHØDJPNBJT SFOUÈWFMFMJWSFEFQSPCMFNBT1PSUBOUPOÍPTFFTRVFÎBEFQFEJS %PNFYBOUFTEFDPNQSBSTFVQSØYJNPFRVJQBNFOUPEFFMFWBÎÍP #FOFGÓDJPT x x x x x .BJPSDBQBDJEBEFEFDBSHB .BJPSBMDBOÎF .FMIPSFTUBCJMJEBEF 3FEVÎÍPEFQFTP .BOVUFOÎÍPSFEV[JEB "HPSBWPDÐUFNBUÏ EFBVNFOUPEFSFTJTUÐODJB DPNPTOPWPT%PNFY "ÎPEFBMUBSFTJTUÐODJB.1B "ÎPEFBMUBSFTJTUÐODJB.1B -FJBNBJTTPCSFP%PNFYFTFVTCFOFGÓDJPTFNXXXEPNFYOFU CApa_oficial.indd 4 25/09/2014 17:08:52