20/06/2013 - Edição 40 - Grupo de Poetas Livres

Transcrição

20/06/2013 - Edição 40 - Grupo de Poetas Livres
VENTOS DO SUL
Revista do Grupo de Poetas Livres
www.poetaslivres.com.br
Difundindo a Poesia e fazendo Amigos
Uma Revista sem prazo de validade
Ano XV—nº 40—Janeiro a Julho de 2013
Distribuição Gratuita
GRUPO DE POETAS LIVRES — 15 ANOS!
Homenagem à fundadora do Grupo, Maria Vilma Nascimento Campos que, em dezembro de 1997,começou a reunir amigos e
familiares criando o Grupo que seria oficialmente fundado nas dependências da Biblioteca Pública Municipal Prof. Francisco Ba rreiros Filho, em 13 de abril de 1998.
Biblioteca Pública Municipal, onde, no auditório “Abelardo Sousa”, foi fundado o GPL.
Rua João Evangelista da Costa 1160, Bairro Estreito, Florianópolis, SC.
Sumário:
GRUPO DE POETAS LIVRES
Dados administrativos / 2
Oração do Poeta / 3
Hino dos Poetas Livres / 3
Editorial / 4
Obras em Destaque I , Poetas d´Além Mar, Raul Brandão / 5
Homenagem a Maria Vilma Campos—/ 6
Poemas de Maria Vilma Campos / 7
Colaborações de Sócios e Amigos — Arnaldo Golino / 8
Aos Poetas Mortos... Doralécio Soares / 9
Homenagem I — José Cacildo Silva / 10
Homenagem II — Zeli Maria Dorcina / 11
Obras em Destaque II — Márcia Reis Bittencourt / 12
Vozes d´Africa — Eduardo Quive / 13
Colaborações de Sócios e Amigos — Emanuel Medeiros Vieira / 14
Sócios Correspondentes / 15
Destaque Literário — David Azevedo / 19
De braços abertos....Estamos! / 20
XVI Encontro de Jovens Músicos / 23
Nossos Amigos Portugueses—Carmo Vasconcelos, Eugénio
de Sá e Manuela Barroso / 24
Coisas da Ilha de Santa Catarina / 25
As Cartas de Celestino (Prof.Celestino Sachet) / 26 e 27
In Memoriam: Alcita, Áureo, Adelicio, Manoel e Ubirajara / 28
Promovendo...Poetas do Grupo / 29
Biblioteca Maria Vilma Nascimento Campos / 39
Aconteceu / 40
Fundado em 13 de abril de 1998, por Maria Vilma
Nascimento Campos e alguns abnegados. No ano
de 2013 completa 15 anos de ininterruptas atividades. É uma entidade privada, sem vínculos partidários ou religiosos e sem fins econômicos. Seus Projetos, Concursos e publicações dão-lhe notoriedade
não só no Estado de Santa Catarina, bem como no
Brasil e no exterior por onde a Revista Ventos do
Sul viaja com as poesias de seus membros e de amigos.
Reúne-se todas as 5as.feiras,a partir das 19.30 horas, na Biblioteca Pública Municipal Prof. Francisco
Barreiros Filho(vide endereço no Expediente). Para
participar, o poeta deverá ter disponibilidade de horário e ter produção em poesia. Possui estatuto e
regimento interno.
Possui a Oração do Poeta, Hino dos Poetas Livres,
Medalha do Poeta “Maria Vilma Campos”, Bandeira
e Troféu Garapuvu, todos instituídos por Portarias.
Seus poetas ao representarem o Grupo em solenidades, são identificados por sua Medalha.
Lei de Utilidade Pública Estadual 14.560, de
01.12.2008, proposta pelo deputado Júlio Garcia,
assinada pelo Governador Luiz Henrique da Silveira e Utilidade Pública Municipal 5.671, de
26.05.2000, proposta pelo vereador André Freyesleben, assinada pela prefeita Angela Amin.
Embora possua as duas leis, não recebe subvenção social, sobrevivendo da colaboração de seus
poetas. Possui membros Efetivos, Correspondentes
e Beneméritos.
(*)A logomarca do GPL, na capa desta Revista, foi idealizada por Hiamir Polli, uma das fundadoras do Grupo.
EXPEDIENTE:
Revista Ventos do Sul
Organização e Editoração: Profa. Maura Soares
Revisão: Eloah Westphalen Naschenweng
Sede:Biblioteca Pública Municipal Prof.Francisco
Barreiros Filho, rua João Evangelista da Costa
1160,Estreito. Fone (48) 3271 7914
***
Caros associados, mantenham em dia suas colaborações; só assim o GPL poderá continuar sua trajetória, que é difundir a poesia e fazer amigos.
CORRESPONDÊNCIA:
Profª Maura Soares
Avenida Patrício Caldeira de Andrada,581 apto
306 – Abraão - Residencial Victória
Florianópolis,SC
Cep 88085-150
Fone (48) 3249 6082
2
Hino dos Poetas Livres
Oração do Poeta (*)
A E7
/. Faz bem sonhar
A
Poetar é bom
F#m E A
No GPL tenho união, amor e paz./.
(estribilho)
C#7 F#m
Com a rima penso a vida
EA
Com o metro ajudo a fala
F#m Bm
Nos versos livres meu coração
EA
Vai ao teu e diz assim:
DA
Poetas Livres, meu grupo amado
F#m Bm
Que me transporta e me aconchega
EA
Com ternura noite e dia.
F#m Bm
Nas linhas do “Ventos do Sul”
EA
Meus escritos dizem paz
Bm E A
Dá-me, Senhor, as palavras certas
para que eu possa expressar
o amor pela vida e pela humanidade.
Dá-me inspiração para mostrar
que somos todos irmãos.
Aponta-me, Senhor, o caminho
da compreensão do mundo.
Permite-me apresentar as belezas da vida,as dores do
mundo,
as injustiças sociais e exprimir o que
me vai na alma.
Autoriza-me a falar as verdades do
coração.
Abençoa, Senhor, minhas palavras
para que possam atingir aqueles
que amam a vida e a Arte.
Faz com que todos sintam,
por meu intermédio,
que só o Amor maior
pode revolucionar o mundo
E que esta revolução de Paz
Venha por meio da Poesia.
Zeula Soares
(julho de 2009)
(*) Autoria de Zeula Soares, do GPL. Instituída
através da Portaria 02/2009, assinada pela
Vice-presidente Heralda Victor, em 7 de
Agosto de 2009.
Voando em rumo do saber que o amor traz.
Bm E A
Dizendo ao mundo a oração da poesia.
(*) Hino Oficial do Grupo, letra e música de
José Cacildo Silva. Instituído por Portaria
n. 3/2009, de 4 de setembro de 2009, assinada pela vicepresidente Heralda Victor.
Zeula Soares
“A linguagem se deteriora, porém a função dos poetas é revalorizar
as palavras.”(Octavio Paz,poeta mexicano, Prêmio Nobel de Literatura de 1990.)
“Música é vida interior; e quem tem vida interior jamais padecerá
de solidão”. (Arthur da Távola, senador brasileiro)
“Aprendi com meu filho de dez anos que a poesia é a descoberta das
coisas que nunca vi.” (Oswald de Andrade—”3 de Maio”.)
“O Futuro pertence àqueles que acreditam na beleza de seus sonhos”. (Roosevelt)
3
Cacildo Silva
SER POETA
A poesia no mais profundo desenrolar não faz todo leitor compreender o amor do
poeta.
Ser poeta é carregar a cruz da alegria e da tristeza, é ser aplaudido e escarnecido
durante a trajetória.
[Alzemiro Lídio Vieira, in Mundo Neutro, p.40]
Editorial - 15 anos!
Então, completamos em 13 de abril de 2013, 15 anos! Não faltamos um mês sem atividades ao longo deste tempo.
Foram livros lançados de nossos associados, as antologias do Grupo que espalha nosso fazer poético, a nossa Revista, as
homenagens prestadas a escritores, associados, nossos poetas mortos revisitados para que suas obras jamais sejam esquecidas, os amigos de longa data com seus poemas publicados na Revista, sessões especiais de aniversário da Biblioteca— a nossa sede—, (gentilmente cedida pelo Poder Público Municipal, com apoio pessoal de todos os Prefeitos e Secretários do Continente), sessões especiais pelo centenário de poetas catarinenses, palestras proferidas por amigos escritores,
apresentações de corais e peças de teatro, nossos projetos Viajando com Poesia, O escritor e sua obra, Doce Poema, os
diversos concursos literários on-line, granjearam a simpatia do público internauta, e a sempre presença de amigos aos nossos eventos...
Enfim, uma vida rica de apresentações que neste espaço não conseguiríamos mencionar, porém as sete Antologias
de poemas do Grupo contam, a cada edição,a sua história ampliada. A Revista Ventos do Sul,igualmente, revela as muitas
atividades durante o ano acadêmico.
No mês de abril, data do aniversário, lançamos a 7a. Antologia, comemorativa aos 15 anos, que intitulamos Os melhores poemas e textos do Grupo de Poetas Livres, como que um resgate daquilo que nossos poetas tem para oferecer
com seu carinho e dedicação.
Além da fundadora Maria Vilma Campos e sua família, não podemos esquecer daqueles que nos ampararam nesses
anos: os Prefeitos Municipais nos seus períodos; os Secretários Regionais do Continente; a Big Pan 24 Horas(Samuel Moreira); Rede SC/SBT/ Jornal Noticias do Dia (depois RIC-RECORD Jornal Noticias do Dia—Marcello Petrelli); Café MeIitta;
Importadora e Exportadora Souza; Organizações Koerich; o editor Jorge Luiz Wagner Behr; poeta Carlos Picolli; Claudir Silveira(ALESC); ex-Deputado Júlio Garcia; ex-Vereador André Freyesleben Ferreira; poeta Cacildo Silva; e na primeira fase
da Revista a poeta Vilca Merizio; Hiamir Polli (idealizadora do nosso símbolo); os mais de 300 poetas que passaram pelo
GPL e tantos e quantos que nos ajudaram a fazer a sua história, cujos nomes nos falham.
Procuramos, nesta edição fazer singela homenagem a dois associados, que foram uns dos primeiros a compor o
quadro associativo e ainda não haviam tido seus destaques: José Cacildo Silva e Zeli Maria Dorcina. A RVS já homenageou
Ivan Alves Pereira, Sueli Bittencourt, Zeula Soares, Alzemiro Lidio Vieira, Hermelinda Izabel Merizi, Licinho Campos, Heralda Victor, Eunice Leite da Silva Tavares, Therezinha Cacilda Monteiro Mann, Doralice Rosa de Souza, Maurilia Freitas, Maria da Anunciação Pereira e não vai parar de homenagear.
Em junho foi lançado o 9º Concurso On-line de Poesia,sendo o 2º Prêmio Licinho Campos de Poesias de Amor, veiculado até setembro de 2013.
A todos, uma boa leitura.
Maura Soares
Presidente
Troféu Garapuvu, simbolizado por uma canoa,de forma rústica ,como os pescadores
artesanais da Ilha de Santa Catarina ,fazem. A árvore símbolo, Garapuvu, é utilizada
para a construção, pela largura de seu tronco.
Autor: Cacildo Silva, do GPL. (poeta e artista plástico)
4
Obras em Destaque - Poetas d´alem mar
Os Pescadores
Destacamos nesta página a obra de Raul Germano Brandão, escritor português, nascido em 12.03.1867 e falecido em
05.12.1930, na Foz do Douro, Porto, filho de José Germano Brandão e Laurentina Ferreira de Almeida. A obra em questão foi
ofertada por nosso associado António José Barradas Barroso, de Parede, Portugal. Da beleza da narrativa, retratando a vida
dos pescadores portugueses, extraímos do Capítulo “Pequenas Notas”(pág.60-61). No texto a seguir, fazemos homenagem
não só aos pescadores portugueses bem como os da Ilha de Santa Catarina que também lidam diariamente para tirar do mar
o sustento de suas famílias.
REDES
Mulheres(pág.101) , umas frases.
“Foz do Douro. Esta velha, crestada pela desgraça e pelo tempo, com sulcos
de velhice e de lágrimas na cara, é que os impele para o mar. E o mar temlhos levado todos. Dobra-se-lhe o corpo exausto, rodilha gasta pela vida. Mas
quando o Inverno chega e a fome aperta, é ela que os injuria:
- Má raios partam o mar! Então quereis morrer à fome e os mininos?
(...)
- Que lhe falta, tiazinha?
As redes são muito variadas. Há as redes da pescada; as roba- O meu filho, o meu neto. Já o maldito me levou o pai, leva-me agora os fileiras para o robalo na restinga e fora da barra; os quartos para o lhos!”
sável; e para a solha que vive na areia e cor da areia, uma rede (...)
Na Foz são os pescadores que fazem as redes, sentados no areal, com a primeira malha metida no dedo grande do pé, na mão
direita a agulha com o fio e na mão esquerda o muro. As melhores redes eram as de ticum, e o melhor ticum o que se vendia em
Lordelo.
especial, a feiticeira, com duas ordens de malha. A rede,quando
vem do mar, é lavada, seca e encascada. Depois remenda-se e
mete-se nos cestos. Há também diferentes linhas e espinhéis,
para a faneca, para o robalo, que gosta das águas remexidas e
dos sítios onde rebenta a onda, para a enguia, que é tão voraz
que nem precisa de anzol, apanha-se com engodo, e até para o
congro, no mar alto, tendo-se o cuidado de levar um machado,
porque esses peixes, quando grandes, são terríveis, e mesmo
dentro do barco, levantam-se para os homens como feras.
Barcos, houve na Foz catorze catraias (já não há nenhuma), batéis para a sardinha, que levavam quatro homens e seis peças,
botes para a faneca, e gamelas para o serviço do rio. Tenho por
estas quatro tábuas com o fundo chato uma especial predilecção.
Foi nelas que aprendi a gingar, o que se faz só com um remo e
certo movimento de pulso, e foi nelas também que aprendi a nadar à força, porque se voltam na ressaca com uma extrema facilidade.
Quanto a quinhões,era assim: vendido o peixe, metade do dinheiro que a mulher do pescador ganhava com a canastra tomava conta dele o arrais, que o dividia em quinze partes para os homens, uma para o moço e duas para a embarcação. Assim, até
os que por sorte não apanhavam peixe, tinham um quinhão garantido do mealheiro comum. Ficava ainda uma pequena parte
nas mãos do arrais para o tempo do Inverno, quando se não podia ir ao mar.
A sombra da manta
de tainha desliza ao longo.Mas o vigia,
olhos fitos no ar,
nada vê. Só seu pesar.
(Hoyêdo de Gouvêa Lins,
escritor e poeta catarinense)
“O peixe escasso
mede
***
a graça
da rede”
Osmar Pisani, poeta catarinense
5
Homenagem a Maria Vilma Nascimento Campos
Maurília Freitas, Maria Vilma e Eunice Tavares, na festa dos 15 anos do Grupo, abril 2013.
Maria Vilma nasceu em Brusque,SC, em 17 de agosto de 1934. Bacharel em Direito. Publicou o livro “Mulher”, aprovado juntamente com outro livro “Devaneios”, pelo Conselho Estadual de Cultura. Autora da coletânea “Poemas aos bem vividos”, como formanda do Curso de Monitores da Terceira Idade – NETI – UFSC,1997 e “Meu entardecer”.
Em dezembro de 1997, reuniu a família e amigos em sua residência com o propósito de fundar um Grupo que a princípio não teria regulamento, número estabelecido de componentes, a não ser um Estatuto para registro em Cartório. No dia 13
de abril de 1998, no Auditório Abelardo Sousa da Biblioteca Pública Municipal Prof. Francisco Barreiros Filho, foi oficialmente
fundado o Grupo de Poetas Livres. Atuou como presidente de 1998 a 2000 quando abdicou da presidência, pois seu intuito
era criar um grupo que abrigasse pré-adolescentes, jovens, adultos e idosos, e isto estava bom.
Fundadora do GPL e de outras instituições literárias, como a ACPCC, Academia São José de Letras, Academia Catarinense de Letras e Artes (tornou-se acadêmica),União Brasileira de Escritores-Seção Santa Catarina. Criou a Revista Ventos
do Sul que é distribuída não só no Brasil como no exterior. Em formato de bolso a Revista ficou até o número 13, quando passou ao tamanho A-3,de revista. Contabilizados desde os primeiros associados, já passaram pelo GPL mais de 300 poetas. Ao
lado de Maria Vilma, os fundadores em 1997:Adriana Cruz, Hiamir Polli Mathias, Kátia Rosana Campos e Silvia Cristina Sato.
Citando os associados que ainda permanecem no Grupo, por ordem de entrada,até junho 2013: em 1998: Cacildo Silva, Zeula
Soares, Maura Soares, Zeli Maria Dorcina, Ivan Alves Pereira; em 1999: Neomar N.B.Cezar Junior, Manoel Philippi
(Presidente de Honra);em 2000:Alzemiro Lidio Vieira, Neusita L.A.Churkin, Maurília Freitas, Doralice Rosa S.Silva; Maria da
Anunciação Pereira; em 2001:Sueli Rodrigues Bittencourt, Nelson Carneiro (correspondente), Donato Perrone (repres. do
GPL na Argentina), em 2002:, Leatrice Moellmann, Julio de Queiroz, Carlos Piccoli, Heralda Victor; em 2003: Lucy Golino
(correspondente),Marinês Potóskêi(corresp.),Edmar Almeida Bernardes(licenciado); em 2004:Janete Veira (corresp.), Valter
Osvaldo Sant´Ana; em 2005: Márcia Reis Bittencourt, José Luiz Amorim, em 2006:Eunice Leite da Silva Tavares; em
2008:Manoel Mario R.Bittencourt, Terezinha Cacilda M.Mann, António José B Barroso (corresp.Portugal); em 2009:Celso João de Souza, em 2010:Sinval S.Silveira, Maristela Giassi, Sandra R.C.N.Pinto, Ivone L. Rodrigues; em 2011: Antônia Maria
Gama, Vera M.D.Portella, Eloah W.Naschenweng;em 2012: Arnaldo Golino (corresp), Alcides R.Calazans, Emerita B.de
O.Silva(Corresp.), Ana Cristina R.Cascaes e Annemarie Mülder-Hendel(corresp) ; em 2013: Stela Máris Alves, Airton da Silveira Filho, Áurea de Mello Baldissera.Sabemos que Maria Vilma é grata pelo caminho trilhado pelo Grupo ao longo desses
anos , com os prêmios recebidos, e criação de seus símbolos: Oração do Poeta, Hino dos Poetas Livres, Bandeira, Troféu
Garapuvu, Medalha do Poeta Maria Vilma Campos e seu acervo que cresce a cada ano. Grata também está aos Prefeitos e
Secretários do Continente pela cessão de uma sala que leva o seu nome para o acervo e reuniões do Grupo. Comovida e agradecida, como sabemos que ela é aos funcionários da Biblioteca que ao longo desses anos tem atendido todos os pedidos
do Grupo. Associados falecidos: Áureo C. Souza, Alcita Varela C. Leite, Manoel Jover Teles, Hermelinda I. Merize, Ubirajara
M. Barbalho e Licinho Campos (Adelicio Manoel).
Aos parceiros que a ajudaram desde a primeira revista, ao Jorge Behr, ao Samuel Moreira pelo projeto Doce Poema, a
Padaria Vó Zulma que também estampa nos sacos para pães os poemas do GPL, ao senhor Marcello Petrelli, da RICRECORD, pelo Projeto Viajando com Poesia, ao Carlos Piccoli e muitos, muitos outros.
Enfim, um abraço como ela gosta de dar, com carinho e afeição.
(ms./)
“Cadê aquela exuberância? E a garra de viver, cadê?
Cadê a gana do insistir, que me sustentou até então, cadê?
De repente as forças já exauridas, busco-me; toco-me; sinto-me; então, ciente de mim,
Recomponho-me! Faço-me Calmaria!
Remonto-me os fragmentos. Encontro a verdade Interior. Visto por inteiro a Incontestável Realidade.
Lúcida, coerente, assumo Nova Postura.
Refeita, imponho-me a conviver com Elegância e dignidade, o que ainda me falta completar!...
E, resoluta, Senhora de Mim, prosseguir com Retidão, todo o percurso que se me apresente, com a Missão de DIFUNDIR:
O Otimismo, a Alegria, o Apego à Vida!
Enquanto no aguardo da SUPREMA LUFADA!!!” (1986)
[Extrato do poema “De Repente”, classificada no 1º Concurso Literário para a 3a.Idade—1986. In: Poemas aos “Bem vividos”]
6
Poemas de Maria Vilma
DÚVIDAS
OSSO DURO DE ROER
quantas e tamanhas,
medram-me n´alma!!!
pressinto...percebo...prevejo...
sem gesto qualquer!
invadem-me os cismares,
que, já nem sei quem sou!!!
vivencio...presencio...testemunho...
sem palavra sequer!
confuso, aturdido,
num “escorrer” sem rumo!!!
perdido...aturdido...ferido...
consciente,sem me Render!
enredado, taciturno,
prossigo às tontas!!!
***
destoando estou...
no conjugar minha verdade!
quantas verdades,céus
prestes a alçarem voo!!!
repousam-me os Sonhares...
mas, minh´alma, todavia atenta!
... e quando o fizerem...
vai ser um Deus nos acuda!!!
arvoro-me no Prosseguir...
pois, sou... Osso Duro de Roer!!!
libertar-me-ei,
do jugo que me prende!!!
também, de mim mesma,
aí, salve-se, quem Puder!!!
porquanto, “essas” Eclodirão,
e, as Amarras Rebentar-se-ão, de vez!!!
(2001)
PENSAMENTO:
Todo Perfulgente é um Fazedor de Versos.
E todo desbravador na arte de escrever,
é um Versejador.
Todo Poeta é um Fazedor de Verdades! (M.V.Campos)
Lançamento da 2a.Antologia do GPL—Contos, Crônicas e Poesias— na 1a.Bienal do Livro do
Cone Sul - Beiramar Shopping. Maria Vilma ao centro, atrás da poetisa mirim Cecilia Nascimento( 10 anos). Veja também o poetinha Jonathan S. Thiesen(10 anos), filho de Mery, ao
lado dele, também do Grupo à época. (2000)
7
COLABORAÇÕES DE SÓCIOS E AMIGOS I
E a vida que se extinguia
Volta cheia de esperança
Espanam-se as tristezas
Abortam-se as doenças
Viva a longevidade...
Viva de novo o tesão
Voltamos a passos lentos
À nossa melhor idade!
(30.12.2012)
Em forma de poesia, nosso associado de Belo Horizonte, Minas Gerais, Arnaldo Golino, envia “Redescobrindo a
vida”, analisando poeticamente sobre o envelhecimento e o
sentimento de amor que perdura, ainda,em muitos corações,
mesmo com a idade avançada.
REDESCOBRINDO A VIDA
Ficamos absortos
Em nossas trajetórias de vida
Pasmos com os acontecimentos
À nossa volta
Tentamos, mas não conseguimos
Entender nossos destinos
Que tantas surpresas apresenta-nos
Umas erradas, outras nem tanto
Em plena crise da terceira idade
Quando desabam-se os hormônios
Quando a autoestima se esvai
Atônitos,com tamanhas mudanças,
Esforçamo-nos
Para parecermos normais!
E somos normais, eu pergunto?
Of course not!
Afinal, sofremos de insônia,
Temos medo,não sabemos de que!
Do inimigo relógio
Que marca nosso tempo
Que esvai célere como um bólido!
Dos dias que não vemos passar
Dos netos que não vemos crescer
Que não conseguimos notar.
Arnaldo, em Florianópolis (dez-2012)
Esquecemos dos fatos presentes
Lembramos dos fatos passados
Mas nosso lado romântico
Não nos deixa esquecer
Que ainda dentro de nós
Existe a beleza do amor!
Repentinamente...
Somos acordados da inércia
Alguém nos torna vívidos
Geramos vida dentro de nós
Parimos um outro Eu
Voltamos para viver
Um novo e eterno romance.
Como é maravilhoso
Sentirmos, de novo, a felicidade
Voltarmos à adolescência
Escrevermos versos pueris
Como se menino fossemos.
Não nos afastamos do telefone
Aprendemos a duras penas
Lidar com a Internet
Que conduz-nos para junto
Da amada ou do amado,
Dormimos para sonhar,
Pois voltamos, como moleques,
A sonhar acordados.
Praia de Itaguaçu, Florianópolis.
Ao longe, o Morro do Gigante e o Cambirela.
(visitada por Arnaldo, quando em Florianópolis)
Foto:Maura Soares
8
Aos Poetas Mortos...Fontes de muitas Inspirações
DORALÉCIO SOARES
Tive o prazer de conviver com este nortista fantástico,no seio do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina,desde o tempo em que Walter Piazza era o presidente do
IHGSC (anos 80).
Doralécio visitava o Instituto com regularidade e eu estava lá prestando serviços, depois comecei a participar mais
ativamente como membro. Doralécio abraçou a causa do folclore e pelas tradições, pautou sua vida. A obra “A Biblioteca
e seus Patronos”(*), que conta a história da Biblioteca Pública
Municipal Prof.Francisco Barreiros Filho, possui um capítulo
sobre ele, eis que é um dos patronos daquele estabelecimento, na área do folclore catarinense. Tivemos a satisfação de
entrevistá-lo para o livro. O nosso amigo que nos deixou em
30.08.2012, aos 96 anos, nasceu em Recife,PE.
o cerimonial, com a presença da Prefeita, de seu Secretário
Regional do Continente (que viria a ser nosso Presidente de
Honra),demais autoridades, familiares dos homenageados
Prof.Francisco Barreiros Filho, Abelardo Sousa e a presença
de Doralécio.
No seio dos poetas, Doralécio ao agradecer a homenagem, com sua belíssima voz e sotaque característico, ao microfone, declamou versos dos poetas pernambucanos, arrancando aplausos da plateia que lotava o recém-inaugurado auditório.
Então, é assim, a nossa saudade deste poeta que na
Comissão Catarinense de Folclore deu vida à poesia, ao artesanato, à música, à dança do Boi-de-mamão, do Pau-de-Fita,
a divulgação das nossas rendeiras e tantas outras manifestações por este Brasil e não só Santa Catarina, que ele divulgou
e participou de seminários, congressos e encontros.
Bem a propósito esta homenagem a Doralécio Soares,
eis que, neste ano de 2013 a Comissão Catarinense de Folclore, apoiada pela UFSC, NEA, Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina,realizará o XVI Congresso Brasileiro de
Folclore. Temos certeza que o espírito de Doralécio estará
sorrindo com as danças, as trovas e as poesias que serão apresentadas.
Formado em Curso Técnico de Artes Gráficas pela Escola Industrial Federal de Pernambuco. Ex-professor da Escola de Aprendizes e Artífices de Santa Catarina(1935/1940).
Funcionário da Imprensa Oficial e Tesouro do Estado de SC,
de 1940 a 1972. Cursou, na UFSC, Dialectologia Brasileira;
Introdução à Arte Contemporânea; Aspectos e Prática de Jornalismo; Capacitação para leigos em Programas de Desenvolvimento de Comunidades e Política Social; Folclore e Turismo
Cultural, e outros. Coordenador e Professor de Literatura Oral
e Artesanato e Curso de Folclore, promovido pela Comissão (Fonte: dados pessoais e Boletim do IHGSC n.168, ano XV,
Nacional de Folclore, UFSC, e Comissão Catarinense de Fol- outubro 2012).
clore, em 1978.Jornalista profissional.
(*)Soares,Maura.A Biblioteca e seus patronos, PapaDiretor da Sucursal da Revista O Vale do Itajaí; editor Livro,1999.
do Anuário Catarinense Florianópolis Turístico(1955 a 1957).
Participou do Grupo Sul colaborando com a Revista Sul (1947
a 1955). Foi membro de diversas instituições jornalísticas, literárias e ligadas ao folclore.Membro da Comissão Catarinen- Na foto, Doralécio em seu escritório, 1º andar de sua residência, rua Júlio Moura,Fpolis,SC. Ele era assim: todo sorrisos.
se de Folclore, presidiu a instituição de 1970 a 2007, até passar para o prof. Nereu do Vale Pereira que continua com o be- (Foto:Arquivo Doralécio Soares) (ms./)
lo trabalho deixado por seu antecessor, participando e promovendo congressos e na continuação da edição do Boletim da
Comissão Catarinense de Folclore.
Autor de Aspectos do Folclore Catarinense; Boi de Mamão Catarinense; Rendas e Rendeiras da Ilha de Santa Catarina; Valentes e Valentões. Recebeu o Título de Cidadão Florianopolitano em 1989 e a Medalha de Mérito Anita Garibaldi.
Maçom,atingiu todos os graus simbólicos e filosóficos da Loja
Regeneração Catarinense, tendo sido elevado ao grau 33 em
1989. Sócio efetivo do IHGSC de 1993 a 2012(data de seu
falecimento). Doralécio sempre que tinha oportunidade,declamava versos de poetas de sua terra, apaixonado que
era pela poesia. O Boletim que ele editou sempre reservava
página para a poesia. Doralécio era todo doçura no trato com
os amigos e comigo sempre foi muito carinhoso.
No governo de Angela Amin,com Manoel Philippi como
Secretário Regional do Continente, foi feita uma reforma na
Biblioteca, com a ampliação do seu auditório que, das 58 cadeiras, passou a 110 e o seu palco ampliado e construído um
camarim.
Na sessão de inauguração tive o prazer de fazer
9
HOMENAGEM I
JOSÉ CACILDO SILVA
Neste ano em que se comemora os 15 anos do Grupo de Poetas Livres, uma justa homenagem àquele que tem sido fiel
ao Grupo desde sua fundação (ele é o número 27 no cadastro assinado em 5 de junho de 1998). Cacildo produziu para o GPL o
Hino dos Poetas Livres; é autor do desenho da Medalha do Poeta “Maria Vilma Campos”; dele também a arte da Bandeira do
Grupo; deu forma ao Troféu Garapuvu, confeccionando em madeira, artesanalmente; idealizou e construiu o “parlatório” do
Grupo, onde os poetas se posicionam para declamarem suas poesias; fez o Livro do Poeta, em madeira, uma edição única para encartar o livro no qual todos os membros do GPL, no aniversário de 11 anos, escreveram suas impressões.
Poeta; contista; filósofo, licenciado pela UFSC; artista plástico formado pela UDESC; compositor; professor de violão; músico, até canta, às vezes, quando instado a isto. Fez dupla com Rita de Cássia Dircksen em muitos saraus do Grupo, sobretudo no Encontro com a Poesia,na Casa do Teatro Armação(2012).
O nosso homem de mil instrumentos, nasceu em Santo Amaro da Imperatriz,SC, em 21 de outubro de 1947. Publicoucontos pela UFSC; participa de diversas publicações poéticas; recebeu Honra ao Mérito com a poesia Amorrendo e Menção
Honrosa com o soneto Vida de Poeta, no 7º Concurso Internacional de Poesia, pelo Instituto da Poesia Internacional de Porto
Alegre,RS. Participou de Antologias da ACPCC e do GPL e seus sonetos são publicados na Revista Ventos do Sul. Membro
das Academias: São José de Letras(ASAJOL, como acadêmico fundador); Desterrense de Letras(ADL); Santoamarense de Letras. Autor de Janela e Solidão; Alma e Angelitude; Poetizando as pedras da estrada e Sendas e ensaios.
JANELA E SOLIDÃO
POESIA
Visão quadriculada perde-se lá fora...
As paredes brancas congelam-me cá dentro...
Televisão, ligada, fala pra ninguém!
Lá fora vive alguém fazendo alguém feliz,
cá dentro morre, aos poucos, a ilusão que diz
que para ser feliz—faça feliz alguém!?
São muitos os tratados: versejados, prosas,
chamados de “poesia” e disto e mais aquilo.
Muitas vezes concordo e não me atrevo a glosas.
Algum soneto até bem sei eu porque o fi-lo.
Eu não sei se é feliz, alguém, estando livre.
Às vezes ser feliz é estar preso à janela.
Mas por saber que lá fora vai livre alguém,
acrescendo emoções, as poucas que lhe dei,
de pequena, a cabeça, já nem sei se sei.
Só sei que a saudade transpassa vidro e vem.
Na sala, lado oposto, sei, está a porta
aberta para o mundo de qualquer pessoa.
Mas qualquer pessoa é o mesmo que ninguém,
quando, para alguém, apenas se é mais um.
Pra alguém, ser qual alguém, não tem valor algum.
Melhor é a janela de onde a saudade vem.
Alguns são segredados—merecendo estilo—
descrevem-se os perfumes escondendo as rosas,
sem precisar dizer que as musas são formosas.
Um que outro mal formado... Melhor extingui-lo.
Daí que a poesia não se a faz por trilho.
São linhas bem formadas por caminhos tortos.
O poeta não a faz só a passar nos crivos.
Cada poema meu é a parição de um filho!
Alguns são naturais outros já nascem mortos
Poesia de verdade são meus filhos vivos.
[30.11.2012]
De que vale a porta aberta se alguém se fecha?
Que vale a presença desta ausência tão certa?
Vale o que, o presente, pra quem não vê futuro?
Pela janela o mundo, fora, me vê mudo.
Ah!!! quando alguém, lá fora, para alguém é tudo,
e quem, cá dentro está, não é ninguém!
É duro!!!
[página 82, de Janela e Solidão]
Euterpe , deusa grega da Poesia.
10
HOMENAGEM II
ZELI MARIA DORCINA
Ao ser fundado o Grupo de Poetas Livres, uma das primeiras associadas foi Zeli Maria Dorcina, a quem rendemos homenagem neste número comemorativo aos 15 anos do GPL. Zeli é o número 037 do Cadastro de Associados.
Zeli nasceu em Florianópolis, SC(29.09.1962) Filha de Aradi Dorcina e Natalina Maria Dorcina(in memoriam). Durante
a infância e adolescência,estudou no Grupo Escolar Palmira Lima Manbrini e E.B. Profª Otília Cruz. Cursou o 2º.Grau na UDESC em 1984, onde concluiu o Curso Técnico em Desportos, ficando habilitada para exercer a função de Professora de
Educação Física. Em 1988, atuou como Professora do Mobral, em São José. Em 1995, fez parte do Conselho de Direitos da
Criança e do Adolescente e também da Pastoral da Criança nesse mesmo ano. Em 1996, candidatou-se a vereadora pelo
município de São José, onde reside. Cursou Teologia Popular(1995) (Curso Ecumênico) na Catedral Metropolitana de Florianópolis. Formada em Pedagogia pela Univali, campus de São José(2003). Atua como Professora de Educação Física no
Centro Educacional Municipal Jardim Solemar, em São José,SC.
Desde o ano da fundação do GPL, Zeli possui poemas nas sete Antologias; no Folhetim (Contos e Crônicas-2006); na MiniAntologia do GPL—”Poemas para 2002”; no Projeto Viajando com Poesia; Revista Ventos do Sul; e no Projeto Doce Poema.
Participa do Projeto “O Escritor e sua Obra”, com apresentação de biografias de autores catarinenses e brasileiros.
Zeli compõe poemas curtos, com a capacidade de síntese que possui. São poemas românticos e, por vezes, sensuais. No prelo está seu primeiro livro “Versos que me acalentam”, do qual extraímos poemas para ilustrar esta página. Poetisa
fiel, é uma das frequentadoras assíduas do Grupo, tendo recebido o Troféu Garapuvu de Assiduidade. Atua em performances poéticas; em lançamentos de livros e outros eventos no seio do Grupo e a convite de outras instituições. Promoveu oficinas de Poesia na escola onde atuou. À Zeli, o nosso carinho e agradecidos pela fidelidade.
VIESTE
Vieste como um sopro
Me invadindo por inteiro
Deixando-me ofegante
Único sopro e derradeiro
Sufoco a vontade
De não ter sido tua
Por pudor...
Meu Deus, eu não vivi um grande amor
Que hoje em meu peito perpetua.
E o tempo passa...
E me guardo nos meus
Livros de cabeceira.
E adormeço com as páginas...
“Às vezes me encontrava tão só que meu
peito em tristeza se explodia.”
[In ‘O Quarto de Pensão’, publicado na 1a.
Antologia do GPL, 1999]
PRA NÃO ESQUECER-TE
Desenhei teu corpo
Na parede do meu quarto
Na agenda aberta
No lençol que me farto.
No tapete
Na capa do computador
Na toalha de banho
Até no trilho do corredor.
VOCÊ SE FOI
A poeira invadiu o fone
A teia teceu nossa casa
O mofo cobriu como algodão
Os nossos tapetes
O vidro do armário
Não reflete mais minha
Imagem
O gemido da saudade
Permanece...
SOCIALISTA
“Tu, grande companheiro!... Do Amor
de teus militantes escravo
Para eles, és o caminho da mudança
Muito embora, por muitos, ignorado
Mantendo, apesar dos pesares,
a esperança.”
[extraído do poema publicado na
1a.Antologia do GPL, 1999]
11
OBRAS EM DESTAQUE
O livro A influência do Português Açoriano no Português de Canelinha, de Márcia Reis Bittencourt, analisa e verifica os fenômenos morfossintáticos e lexicais no português de Canelinha – SC. A pesquisa não se baseia somente
na linguística, mas também nos aspectos da história, os quais têm ligação muito próxima com as explicações linguísticas. O livro traz fatos da nossa história social para a compreensão do atual português do
Brasil, tanto em uma perspectiva puramente estrutural, como de uma perspectiva mais propriamente sociolinguística.
O trabalho investiga o falar de informantes compostos por benzedores, trovadores e contadores de
histórias nascidos, em sua maioria, no início do século XX, e residentes na cidade de Canelinha - SC/Brasil.
Assim, este trabalho acrescenta dados aos estudos do português falado no Brasil e constitui -se em mais um
passo para a construção da história do português brasileiro .O livro pode ser adquirido através do site:
http://www.clubedeautores.com.br/book/140878—
A_influencia_do_Portugues_Acoriano_no_Portugues_de_Canelinha
MÁRCIA REIS BITTENCOURT, filha de Manoel Mário Reis e Maria dos Santos Reis. Nasceu em 26 de dezembro
de 1971 na localidade de Moura, município de Canelinha,SC.
Em 2001 concluiu o curso de Letras – habilitação Licenciatura em Língua Portuguesa pela Universidade Federal de Santa
Catarina.
Colaborou com vários jornais e revistas.
Organizou em parceria com Tatiana Campos Elias de Santo Amaro da Imperatriz – SC, os seguintes livros:
- “Aqui tem trovadores” – caderno de produções textuais dos alunos do Instituto Estadual de Educação – 1º série do ensino médio – Florianópolis - novembro de 2000.
- “Nossos contos populares” - caderno de histórias dos alunos do Colégio Estadual Nereu Ramos – 6º série – Santo Amaro da Imperatriz – S.C. 2000.
Organizadora do livro “História de um homem que era pobre e ficou rico”, poemas resgatados nos cadernos de Maria
Souza Simas - livro em CD Rom. O CD contém seis livros e é organizado por Ademar Campos e Nacir Abdala, de Tijucas
-S.C.
Organizou “Benzimentos, Contos Populares, Advinhações e Provérbios da Nova Descoberta - Um bairro do Município de
Tijucas” - trabalho dos alunos da Escola de Educação Básica Professora Olívia Bastos – Tijucas – SC. Coordena, pelo
GPL,os Concursos “Liberte-se...nas Asas da Poesia”.
Autora do livro de poesias “Noite cheia de estrelas” em co-autoria com seu filho: Manoel Mário Reis Bittencourt que publicou o livro “Meus primeiros poemas”.
Fundadora do Jornal Vozes de Canelinha- Canelinha –SC, junto com Ilse Maria Paulino Gomes (O Jornal Vozes de Canelinha –SC já está na edição 81). É também uma das Editoras e fundadoras da Revista Passatempoesia de Nova TrentoSC. Membro Fundador (fundado em 26 de julho de 2006) do Grupo de Poetas Sol Nascente em Canelinha – SC.
Publicou em 2013 pela editora Clube dos Autores, de São Paulo, os livros:
 Memórias da Escola de Educação Básica Professora Olívia Bastos 2012.;  Antofagasta Deserto do Atacama;  Para
ver a banda passar...;  O lugar onde eu vivo.;  Buscando novos horizontes.  O que você tem no seu cubículo?;  Lugares, natureza e imagens...;  A influência do português açoriano no português de Canelinha; *Vozes de Canelinha, números 04, 08, 10, 11, 12, 13,15 a 18, 64,66, de 70 a 80.
Márcia em Antofagasta/ Deserto de Atacama/ Chile
Outubro de 2012
12
VOZES D´ÁFRICA
De Moçambique nos chega o poeta EDUARDO QUIVE, escritor e jornalista. Editor da Revista “Literatas—Revista de Literatura Moçambicana e
Lusófona” do Movimento Literário Kuphaluxa, agremiação da qual é um dos
fundadores. Correspondente em Moçambique do jornal angolano de artes e
cultura “Cultura”. Autor de “Lágrimas da Vida Sorriso da Morte”(FUNDAC,2012). Blogue:www.quivismo.blogspot.com
A ÍNDICA FORMA DE DAR UM BEIJO AO MAR
POR INTERMÉDIO DE UM POEMA
Para Eduardo White, esse poeta que amou sobre o Índico
Índico.Cidade mítica escondida no mar. Uma cidade onde
escorrem as mãos dos deuses. Este nosso mar não tem Deus.
Lá do longe, dos pés molhados de uma criança, nasce o Ocidente. É tudo uma viagem perdida. Não há barcos que nos levem a tão longe! Porém há um olhar nas janelas que se abrem. Há uma distância transparente, para onde o homem puxa o barco. As cordas nos levarão até qualquer parte. Penduradas no pescoço dão-nos a beleza da morte e o sabor da coragem. Penduradas nas mãos firmes e negras, tem outro sentido.Já nos foi o cárcere, agora há muitas milhas por alcançar.
O sol aça as costas, mas na costa não há vida, não há Índico.
Das areias por onde a infância passa velozmente, vêm a mesma sede dos deuses de comer camarão ou de comer as gentes. Mas lá, no Índico, há chuva e há vida. Sathana ou Xikwembus. São todos nossos. O olhar infinito, agudiza a sede do
Atlântico e do Pacífico, mas por onde passam os navios há caminhos subterrâneos.Os pássaros nos levarão pelos céus. Do
chão a barco a vela. Velaremos até chegar ao azul preto e
branco das cores do mundo. O desejo à infinitude é maior para
as areias que não se acabam.Iremos. Iremos. Iremos da Ka
Tembe, da Costa do Sol, para Mussulo à Iracema,passando
pelo Sal e Santana à Praia do Futuro. Este Índico saudoso nos
levará, de peitos fermentados, com sal na mão e manga verde
na boca. Da Ilha de Moçambique olharemos para longe e não
mais veremos as luzes.Veremos águas e mais águas. O Norte
é mais distante de perto que de longe. E os pássaros nos levam pelos caminhos podres dos navios, estes barcos fartos de
vida na costa.
Moçambique, oficialmente República de Moçambique, é um
país localizado na costa oriental da África Austral, limitado a
norte pela Tanzânia, a noroeste pelo Malauí e Zâmbia, a oeste
pelo Zimbábue, a leste pelo Canal de Moçambique e Oceano
Índico, e a sul e sudoeste pela África do Sul e Suazilândia. No
Canal de Moçambique,tem fronteiras marítimas as Comores,
Madagáscar, a coletividade departamental francesa de Mayotte e as ilhas Juan de Nova, Bassas da Índia e Ilha Europa, pertencentes às Ilhas Esparsas das Terras Austrais e Antárticas
Francesas.
Esta antiga colônia e província ultramarina de Portugal, obteve a sua independência a 25 de junho de 1975. Faz parte da
Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, da SADC, da
Commonwealth, da Organização da Conferência Islâmica e da
ONU. A sua capital e maior cidade é Maputo.
Fonte: Wikipédia.
Eduardo Quive nasceu em 8 de junho de 1991.
É escritor e jornalista moçambicano. Reside na Matola,
província de Maputo.
***
É jornalista cultural do semanário @Verdade
(www.verdade.co.mz) e é diretor editorial da Literatas –
Revista de Literatura Moçambicana e Lusófona
(www.revistaliteratas.blogspot.com).
Glossário:
Sathana – diabo, satanás
Xikwembus — deuses, espíritos
Ka Tembe — nome de um distrito da capital moçambicana Maputo com uma praia do mesmo nome.
Costa do Sol — nome de uma praia da cidade de Maputo.
Mussulo — ilha angolana com uma praia do mesmo nome.
Iracema — nome de uma praia na cidade de Fortaleza, Brasil.
Praia do Futuro — Fortaleza, Brasil.
Sal — Ilha do Sal em Cabo Verde.
Santana — Ilha de Santana, São Tomé e Príncipe.
O seu primeiro livro de poesia intitula-se “Lágrimas da Vida
Sorrisos da Morte” (FUNDAC, 2012).
É membro fundador do Movimento Literário Kuphaluxa do
Centro Cultural Brasil – Moçambique.
Fonte: sites na internet
(*) texto enviado pelo poetamigo Samuel Congo da Costa, de
Itajaí, SC.
VIDA
Sentir o chão
De pé nas úlceras do destino
Contrapor em chamas o céu nos trópicos
Caminhar de lés ao lés
Cuspir verdades em ouvidos sãos
Tecer vidas em mais vidas em pele morta
Carniça
Vaticino do além
Errante no nada
Isto não é vida
É Poesia
“A casa fica ao fundo de um terreiro em que ciscam galinhas e patos-do-mato.
Na parede caiada de branco, aporta com umbreiras azuis
e nela a moça de joelhos faz renda numa almofada.”
Almiro Caldeira, escritor catarinense.
[In:Agenda da Ilha,Dias e Noites de 1999]
***
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COLABORAÇÕES DE ASSOCIADOS E AMIGOS
FILHO
Emanuel Medeiros Vieira (*)
A faca afiada que não sai: furando a pele.
Um rio muito rápido — posso falar assim? -, um rio apressado, como se essa ânsia fosse imanente a ele, e está comigo. Como
encosto.
Pois o filho já foi embora.
Queria falar do filho e não sei mais. Penso em rio, ilha, mar.
Ele chega, cedinho, cresceu, sorri, pego-o lá embaixo do bloco, recomendações da mãe, “o remédio de quatro em quatro horas”,
cadernos para desenhar, batmans, me olha de modo tão penetrante, olhos negros—tão inteligente garoto—, deveres escolares,
lápis de cor, toma um suco, o peixe não tem espinhas, ele sorri, depois olha de novo daquele jeito tão intenso, e parece que sabe
de alguma coisa interdita que ficou engasgada como espinha, bloqueada em algum lugar, travada, e pego uma colher de arroz
para disfarçar, porque parece que ele enxerga lá dentro, ainda está me olhando, sorri de novo, vai fazer sete anos, tão doce e
forte presença, o que é um filho?, não só o cabelo, não só a calça já apertada, não só um corpo, a lembrança dos primeiros anos,
as cólicas, as febres, as vacinas, as fraldas, os primeiros sorrisos, a mamadeira, as injeções, os choros, engatinhando na cozinha, um filho é mais que isso, mas o que é um filho?, e vai embora um dia, todos vão, mas penso nessa hora agora, nesse domingo à noite, na chuva miúda, na lembrança da roda-gigante, do parque, da pipoca, do algodão-doce, e não consigo responder
a mim mesmo, o que é um filho?, um dia teremos algo a dizer um para o outro? Ou seremos apenas silêncio? Um filho. O que é?
Não sei, em outra estação não estarei mais aqui, sou apenas mais um velho no mundo, no fundo, sou um “avô”, não um pai. Eu
já era quase sessentão quando ele nasceu.
Desço com o menino, o carro buzina, a mãe, gentil—como a distância deixa-nos enternecidos -, pergunta se foi “tudo bem”. Tudo
— respondo.”
“Até domingo que vem” - ela fala.
Até.
Tudo é noite,agora. Antes brincamos, e o filho com os seus jogos eletrônicos, seu picolé caiu no chão e acha que vou repreendêlo, não, as pessoas sempre esperam repreensões, filho, acabou a feliz zoeira na casa (agora vazia, olho o seu retrato), mas e le
já foi, não está mais aqui, a mãe o pegou, esqueceu um boneco, um outro herói, este de borracha, ficou estendido na sala, já
derrotou o mal no mundo, são quase nove da noite, esse domingo parece um monte de ferro retorcido, um tempo que não acaba
nunca, o que é um filho?, e quando o carro desapareceu na noite do Planalto Central do Brasil — onde antes tudo era mato -,
sinto como um míssil esse ritual de despedida, aqui ele ficava sempre, não precisava ir embora aos domingos à noite, e não tiro
a faca afiada, uma falta de ar?, uma faca que te rasga aos poucos?, apenas se morre uma vez?, a vantagem da morte será essa? De acontecer só uma vez?, a morte total, mas há outras, a cada dia há uma pequena morte, a respiração foi embora?, não,
não foi, é só impressão, tento conter o reles sentimentalismo, a travada segunda lágrima (pois tudo está seco em mim), ainda olho o filho acomodando-se no carro, havia me beijado, agora ele abana, o carro passa, escuto um “eu te amo”, menos audível,
meu pai dizia, os outros pais diziam o mesmo?, e lá se vai um filho (que um dia vai ser pai, no domingo acabado, com os seus
brinquedos, com o seu beijo ainda colado em mim, grude, ele vai embora— foi-se. Escuto um ronco de um caminhão, o latido de
um cachorro. Tudo é pretérito. Tudo é agora.
(No quarto, juntos, ele me perguntou: “Quando a gente morre, vai para onde, pai?” - os justos para o céu, os maus para o inferno,
assim me ensinaram, eu olho dentro, bem dentro dos seus olhos, não sei filho, eu sabia: é tudo aqui, e só aqui, filho, o vento, o
sol, o mar, a eternidade é hoje. Não falei nada.
Só disse — não sei.)
E o humor? O sol pleno desse belo domingo. A manhã, o pão dado aos pombos na Praça dos Três Poderes: o menino toca na
minha boina— que foi de meu pai. Mostro para ele a estátua da Justiça, o branco palácio, as linhas retas do arquiteto, e vamos
ao Parque da Cidade, enterneço-me com a sua alegria nos carros eletrônicos, nos trens-fantasmas, rimos juntos.
Enquanto ele anda num carrinho, olho e penso, sem querer ser pomposo ou retórico: a alegria é fugaz, a tristeza duradoura e a
morte soberana.
Meus sentimentos são tudo o que eu tenho, filho.
Acaricio seus cabelos crespos, e em casa leio historinhas para ele (e nelas, os heróis falando inglês, salvam o mundo, cheios de
técnicas ousadas, são rápidos e astutos, tem pilhas e botões que não sei manejar), me lembro dos meus gibis de antigamente:
Mandrake, Fantasma, Cavaleiro Negro, Flecha Ligeira, faço uma recriação amorosa de Alice no País das Maravilhas.
Meu barco me leva até ao outro lado do rio: até ao teu sonho.
Eu me preparo, filho, para a terceira margem.
(Sempre estive preparado para chegar a ela: desde o berço, ou antes, na barriga de minha mãe.)
O que é um filho?
Lembro de João Cabral:
“Esse rio / está na memória / como um cão vivo/ dentro de uma sala.”
(*) Emanuel Medeiros Vieira nasceu em Florianópolis,SC, em 1945.
Formou-se em Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul(FRGS),1969.
Residiu em Brasília por cerca de 30 anos. Atualmente reside em Salvador, Bahia.
“Cada livro, cada volume que você vê, tem alma. A alma de quem o escreveu, e a alma dos que o leram, que viveram e sonharam com ele. Cada vez que um livro troca
de mãos, cada vez que alguém passa os olhos pelas suas páginas, seu espírito cresce e a pessoa se fortalece. (...) Quando uma biblioteca desaparece, quando uma livraria fecha as suas portas, quando um livro se perde no esquecimento, nós, guardiões,
os que conhecemos este lugar, garantimos que ele venha para cá.”
(sobre o “Cemitério dos Livros Esquecidos”, in “A sombra do vento”, de Carlos Ruiz Zafón,
obra traduzida em onze idiomas)
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SÓCIOS CORRESPONDENTES
O VENTO DA ETERNIDADE
DER WIND DER “EWIGKEIT”
Sobre todos nós,
logo vai bater o vento da “Eternidade”,
o qual ainda leva as flores e as folhas,
distribuindo na areia
e as ondas do lago outra vez vão bater
a canção do “Altíssimo”
do Sol, da Luz e da Noite.
Über uns allen,
wird bald der Wind der “Ewigkeit” schlagen
(wehen)
welcher noch die Blumen und die Blätter
auf dem Sand zerstreut
und die Wellen des Sees werden wieder
den Gesang unseres “Höchsten”
singenol anschlagen:
von der Sonne, dem Licht und der Nacht.
ANNEMARIE MULDER-HENDEL
ANNEMARIE MULDER-HENDEL
Arraial do Cabo, Rio de Janeiro
Arraial do Cabo, Rio de janeiro
[O vento da eternidade, tradução da autora]
[Dois poemas de Manoel Mário] (*)
POESIA
O FANTASMA
Poesia é bebida
Que o poeta e o leitor
Embriagam-se.
Existe um fantasma
No auto do beliche
Quando a janela abria
A luz apagava
Quando eu olhava os livros
O fantasma gritava
Eu levava um susto
E o fantasma dava risada.
Poesia é comida
Em que é possível
Saciar a fome.
Poesia é sonho
Transformado em realização.
***
POESIA DO NOME
MÁRCIA REIS BITTENCOURT
Canelinha,SC
DANIELA
DANI . . .
. . . . ELA
D . . . ELA
D . . I . LA
LADINA
LINDA
DANIELA
MENINA DE ROUPA AMARELA
AMIGA
E BELA.
MANOEL MARIO REIS BITTENCOURT
(poemas escritos quando o autor tinha 10 anos)
(*) por lapso na edição anterior, deixamos de publicar poema deste autor.Manoel é associado correspondente desde seus 10 anos
de idade.
Manoel Mário em apresentações no Chile com a OrquestraEscola, conduzida pelo maestro Carlos Alberto Angioletti
Vieira (foto 2012). Em janeiro de 2013, em Viña Del Mar, no
Chile, a Orquestra se apresentou no XVI Encontro Internacional de Jovens Músicos.
Manoel Mário em sua apresentação
dia 11 de abril de 2013, na Biblioteca
Prof. Francisco Barreiros Filho, quando
das comemorações dos 15 anos do
GPL.
A música é a linguagem universal da humanidade.
(Longfellow)
15
SÓCIOS CORRESPONDENTES
CHORA POESIA, CHORA
QUIXABEIRA
Vamos plantar a quixabeira
Essa árvore bela e resistente
Que continua muito verde
Em nosso Sertão tão quente
Se não plantarmos nossas mudas
Do Sertão ela ficará ausente.
Nascem lágrimas na alma do poeta,
Que correm livremente, pelo rosto,
Nas rugas de amargura e de desgosto,
Numa angústia que prende, qual grilheta.
Porque a musa deixou de ser vedeta
E o verso perdeu força, foi deposto,
Deixou de ter a rima por encosto,
Poeta arruma as folhas na gaveta.
Os seus ramos sempre verdes
São apreciados pelos caprinos
De suas flores perfumadas
As abelhas fazem um mel fino
Embaixo dos seus grandes galhos
Eu brinquei muito quando menino.
É pois neste ambiente de incerteza
Onde se aloja a dor,mora a tristeza,
Que o verso se envolveu em nostalgia.
Minha imponente quixabeira
Eu gosto bastante de você
Eu a plantei com carinho
Cuidei bem pra você crescer
Hoje me sinto recompensado
Ao ver em seus galhos frutos pra valer.
Para o poeta, o céu escureceu,
O impossível, então, aconteceu
E, angustiada, chora a poesia.
(23.01.2012)
ANTÓNIO JOSÉ BARRADAS BARROSO
Parede, Portugal
JOÃO BIRICO FILHO
[In: Entre flores e espinhos, p.11]
Floresta, Pernambuco
ALEGRIA E TRISTEZA
Alegria,
São os momentos felizes
É o olhar cativante
O semblante sofrido,mas belo
O sorriso de amor
É a presença esperada
Com tanta ansiedade!
António José Barradas Barroso
Tristeza,
É a ausência da voz
A falta de um sorriso
O olhar que não vemos
O hiato dos encontros
A expectativa do aguardar
O apenas sonhar
Com o dia,
Quando tudo acontecer!
ERA TÃO DOCE DE LONGE
Era tão doce de longe
a vida, amarga, vivida;
perdidos foram seus lustres,
e coches foram passados,
deixando a carne ferida.
Tão mansos eram os gestos
de amores que eu desejava;
chegados, foram tão crassos
—minh´alma se lhes negava.
ARNALDO GOLINO
Belo Horizonte, MG
(21.4.2013)
Era tão dura de longe
a vida que me propunha
o homem de mãos feridas;
vivida, foi-me suave,
cheia de cantos e calmas,
de amores nunca falados,
de gestos sempre sentidos.
Esperanças,
Cheguei tarde demais
Em dando-me só me arrepende
dar-me assim, tão já marcado.
JÚLIO DE QUEIROZ
[Breve Aro, In Seleta Literária 1/3—Poemas—
Fractais]
como uma lágrima.
(Paulo Leminski)
Júlio de Queiroz, quando de sua palestra na
Academia Desterrense de Letras, 2011.
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SÓCIOS CORRESPONDENTES
CÚMPLICES
A DOCE LEMBRANÇA
A minha essência exige a tua essência
Menos que isso só me faz sofrer
O meu desejo é sempre uma urgência
Necessito de ti para viver.
Quando fico a imaginar vejo
Bem longe minha terra onde
Nasci tão logo cresci a caminhar
Mas eis que a vida é cheia de inclemência
E às vezes não me podes pertencer
Me crucifixas com tua ausência
E o meu ciúme faz-me enlouquecer
Caminhei, caminhei, caminhei
Por fim imerso na doce lembrança
Do mesmo céu de alterosas montanhas
E horizontes infindos
Não somos namorados nem amantes
Pra expressar não há termos bastantes
Cúmplices: nosso fado está escrito.
Onde céu e terra se abraçam
Em todo amanhecer num lírico
Concerto de alegria entoado pelo
Bucólico vento de lá do lado
Oeste de onde o sol vem
Cúmplices na verdade é o que somos
No leito entrelaçados nos compomos
O indissolúvel signo do infinito.
Esta terra tão perto me acolhe
Crescido bem pertinho com amor
Respeito e carinho, tudo, tudo aqui
É grandioso e mais bonito que a outra
De saudade eu quero bem.
LEATRICE MOELLMANN
[In:Sedução, p. 197]
= Adeus meus altos de serra
Adeus vargem neblinosa =
OS ENSINAMENTOS DE JESUS
NELSON CARNEIRO
[In:Devaneio, meu passatempo poético, p.56]
São José do Rio Preto, SP
***
Em tudo que se faça
Desde que seja com amor
Tudo vem e passa,
Mesmo que seja na dor.
O CARMELITA JOVENZINHO!
Um ser em pessoa
Repleto de bondade!
Ele mais se aperfeiçoa
Se estiver junto da caridade.
Como pode um jovenzinho, na tenra idade, como você, ter no peito tanto
amor, que transborda em seu ser.
Em minha vida, nunca vi, nunca antes experimentei, um amor tão
profundo, que dos meus olhos
fazem lágrimas escorrer!
Deus, é amor e misericórdia, pois me concedeu a graça de poder te
conhecer,
Sua pureza me encanta e me coloca a pensar... Cristo é lindo e tão
bondoso, pois até a alma mais sábia e amadurecida na fé, logo se põe a
te admirar!
Suas mãos já são ungidas, seu coração transborda amor, seu olhar tão
penetrante, renova a minha vivência na fé!
Há uma frase no Evangelho,
Capítulo tal de São Mateus
Ensina o moço e o velho
Amar o próximo e a Deus.
Para viver a mensagem
Que vem da Eternidade,
Temos que ter paz, coragem
E consolidar a fraternidade.
Jesus, nosso mestre
De maior lealdade,
Viveu no mundo terrestre
Para nos ensinar a caridade.
Em todas as belezas da vida
Está em nunca saber,
Qual a ventura escondida,
Que o amanhã poderá trazer.
Me ensinou a ser orante, me ajudou a me amar, pois me amando eu
descobri, a carmelita que
havia, em meu coração, a pulsar.
Hoje a felicidade permeia o meu viver, a confiança jamais me abandonará,
pois seu olhar transbordante de amor, um dia também,veio me alcançar!
Um carmelita jovenzinho, colocaste em meu caminho. Como é bom , oh
Jesus, perceber nisso, o Teu carinho.
É um anjo carmelita, em seu coração carrega um tesouro, de entregar-se
completamente, nos braços de Jesus, seu Belíssimo Esposo!
Um ensinamento completo
Dito pelo mestre Jesus
Quem segue o caminho reto
Sempre terá mais luz.
JANETE VEIGA
ITAIÓPOLIS, SC
Minha fidelidade eu prometi te dedicar e
minhas orações, nunca irão te abandonar.
Frei Flávio, comigo sempre poderás contar.
Foi o próprio Cristo, que nossas almas quis irmanar. E a Mãezinha do
Carmelo, com seu manto de amor, sempre e sempre te cobrirá!
EMERITA BETEL DE OLIVEIRA E SILVA
CARAPICUIBA, SP
Janete Veiga
17
SÓCIOS CORRESPONDENTES
MEMÓRIA
Na memória os anos passam
As lembranças estão vivas.
EMOÇÕES
Expresse suas emoções
Dê vazão aos sentimentos
Seja de raiva, de dor ou de amor
Elimine toda angústia e ansiedade
Tenha empatia e piedade
Coloque-se no lugar do outro
Controle seus impulsos
E tenha consciência de si
Perdoe, ame-se e deixe-se amar
Permita que a felicidade venha ao seu encontro
Não tenha medo de ser feliz
Espante a tristeza
Cultive a alegria
Não se deprima
Não guarde mágoas e ressentimentos
Viva o presente
Tenha entusiasmo pela vida
E se motive todo dia
Tenha uma razão de existir
Tenha esperança
Seja otimista e proteja-se da apatia
Não minta pra você
Não crie expectativas
Não se iluda
Não se apegue em demasia
Cuide de seu corpo, mas preserve seu espírito
Se interiorize e descubra
esse ser maravilhoso
que é você.
São os elos que se unem
Num recordar sem fim
Dando vida aos pensamentos
Talvez sejam elas o combustível
Para quem sabe lições para viver
Com a força da juventude.
A consciência da maturidade
A tranquilidade da velhice.
LUCY GOLINO
Belo Horizonte, MG
***
PESSOAS CORAÇÃO
Quietas, caladas
Olham nos olhos
Observam tudo, não falam nada
Ouvem com atenção
Vivem o que tu falas
Sentem como se fossem tu
Entendem, sofrem contigo
Não te julgam
Te estendem a mão
Oferecem o melhor
Dão tudo o que tem de si
Para ajudar
Dizem palavras de conforto
Carinho, compreensão
Entendem, mesmo que jamais
Tenham passado pela mesma situação
São profundamente sensíveis
Acatam tudo e tentam ajudar
A achar uma saída
São amigos para sempre
São amigos para toda vida.
ALCIDES CALAZANS
Florianópolis, SC
MARINÊS POTÓSKÊI
Pato Branco, Paraná
Alcides Calazans e Rita de Cássia Dircksen em reunião do GPL.
(2012)
CASTELO DE AREIA
Sou menino do Sombrio
E aprendi a nadar
O TEMPO DAS HORAS
Mergulhei até no oceano
Perdi o meu tempo
nas horas passadas,
sentado pensando
nas minhas ideias,
sou um covarde
deixei a vida assim passar.
Gritei bem alto
depois que o sol se pôs,
eu fui afoito ao mundo
então, eu derrubei o Cálice
da minha Salvação.
E aos quatro anos
Conheci o mar
Quero mergulhar no oceano
Quero ver os peixinhos nadando
Quero ouvir o canto da sereia
Quero ver o menino brincando na praia
Construindo um castelo de areia
NEOMAR N.B. CEZAR JÚNIOR
VALTER OSVALDO SANT´ANA
Santo Amaro da Imperatriz,SC
18
DESTAQUE LITERÁRIO — DAVID AZEVEDO
Em 29 de novembro de 2012, Neusita Luz de Azevedo Churkin apresentou, em reunião do GPL,dentro do projeto “O
Escritor e sua obra”, a vida e a obra de David Azevedo, seu tio. David fez parte da história do presbiterianismo no município de Governador Celso Ramos, onde seu avô Manoel José de Azevedo, foi o primeiro a receber e divulgar as doutrinas
presbiterianas pelos idos de 1900. David nasceu em Ganchos (Governador Celso Ramos), em 06 agosto de 1908, filho de
Basilissa Floriana de Azevedo e Hipólito José de Azevedo. Teve cinco irmãos e duas irmãs. Aprendeu o ofício de tipógrafo
na Escola de Aprendizes e Artífices.
Como desejava ser pastor, passou a residir com o reverendo Aníbal Nora. Fez o curso secundário no Ginásio José
Brasilício, em Florianópolis. Com o fechamento deste, foi encaminhado para o Instituto José Manoel da Conceição, em Jandira(SP), dirigido pelo Rev. William Alfred Waddell. Decidiu-se pelo ministério pastoral e fez Curso de Teologia(Seminário
Teológico), Campinas, SP, onde se formou em 1937. Foi ordenado em Ponta Grossa,PR, em 3.9.1938.Terminado o Curso
de Teologia, David Azevedo pastoreou nas cidades catarinenses de São Francisco do Sul, Joinville, Itajaí, Camboriú, Itapema, Três Riachos, Jordão, Blumenau, Estreito,Criciúma e a região e Porto Belo e Zimbros, por 20 anos.
Ficou conhecido como pastor-pescador, de peixes e de pessoas.Não poderia negar suas origens gancheiras, aprendendo a lançar a rede desde criança; agora pescando pessoas para o Reino de Deus. Foi um pescador apaixonado, chegando a construir canoas e fazer redes e tarrafas para uso próprio.
Em 1966, deixou o pastorado da Igreja Presbiteriana de Itajaí, aposentando-se também como bancário, transferindose para São Carlos,SP, onde residiu até a avançada idade de 98 anos. Casado com Geny Ribas(*), em primeiras núpcias,
teve três filhos:Lilian, Elcy(*) e Elcio. Em segundas núpcias com Dilza Kerr, com quem teve os filhos Américo e Jairo. Além
das cidades citadas, David dedicou-se na sua missão nas cidades de Lages, Bom Retiro, Curitibanos(SC). Em São Paulo
dedicou-se às cidades de Boa Vista do Jacaré, São Pedro, Bariri, Torrinha, Brotas, Dois Córregos, Rio Claro, Itirapina,
Ibaté, Barra Bonita e Itapuí. Ajudou a construir muitas igrejas não só no seu estado natal como em São Paulo. O legado
que deixou com seu trabalho em sua Igreja tem sido reverenciado não só no seio da família bem como na lembrança daqueles que o tiveram como condutor na Fé. David tinha um espírito alegre, sensível e comunicativo.
Era poeta e amava a natureza. Deixou um único livro “Jornada de Fé e Poesia”, cuja capa estampamos e dele extraímos poema para ilustrar esta biografia.
(*) Encontramos nomes grifados como Jenny e Elce.
[texto compilado por Maura, de material fornecido por Neusita].
SOFRIMENTO
À Dilza
Quando disseste adeus e só, partiste,
Fiquei quase a chorar; e de saudade
Minha alma se sentiu amarga e triste
E nessa angústia vivi, na ansiedade.
Voltei pelo caminho onde me viste
A caminhar contigo, sem vontade
De chegar ao ponto onde sentiste
A mesma angústia que o meu peito invade.
Os dias são tão grandes dessa ausência
E as horas tão infindas e tão longas,
Que estou a perecer d´impaciência.
E essa amargura me faz sofrer tanto...
Que rogo, venhas sem ter mais delongas,
Para enxugar meu desolado pranto!
[São Paulo, 20.4.61]
[In:Jornada de Fé e Poesia, p. 11]
19
DE BRAÇOS ABERTOS... ESTAMOS!
DETENTE
NÃO SEREI MAIS...
Que prisa tienes
detente solo
un instante
y observa la hermosura
de esa flor.
Não serei mais do que posso ser
Não direi mais do que pode
minha boca falar.
Não espero que me critiquem,
mas também não espero
que me compreendam.
Não precisam aplaudir,
nem sair depressa.
Quero que me escutem,
nem que seja só por escutar.
Detente y pasa tus dedos
por sus pétalos
como si lo pasaras a tu mujer amada
y sentirás la belleza
de la naturaleza.
Quando eu morrer,
não quero lágrimas,
nem tristezas.
Quero que cantem a beleza
do dia que parti.
Quero que distribuam por aí
meus pobres versos,
e que todo o universo
sinta a vida,
como eu senti.
Pero que no sabemos apreciarla
y convivir con ella
solo al perder lo que amamos
recién nos damos cuenta
lo que perdemos.
FERNANDO CESAR GOMES MACHADO
(INGESC)
DONATO PERRONE
Buenos Aires, Argentina
[email protected]
COMERCIO
Unas palabritas embaucadoras
en mis encantadoras orejitas
Fugaz el frotamiento en las escaleras del edificio
contigüo a mi escuela
Pongamos que fueran cincuenta
los centavos que acepté aquella noche
veraniega en Liniers
Precoz la eyaculación del pobre transeunte
o vecino.
(nov.1999)
Donato, em reunião no GPL (2012),
com Heralda Victor e Maristella
Giassi.
ROLANDO REVAGLIATTI
Buenos Aires, Argentina
MARIA MULHER
Cuando mi voz calle con la muerte
TRAVESSIA
Soletro o futuro
na travessia da imagem
e no silêncio da palavra
descubro as ilhas da memória.
Nos trilhos invisíveis
do espaço busco as formas
do passatempo,mas
perco o rumo do silêncio.
mi corazón te seguirá hablando.
(Rabindranath Tagore, filósofo)
(1861-1941)
Maria da vida,
mulher do mundo,
esqueces as angústias
em questão de segundos.
horas ,sino búscala com horas para vivir.
São tantas mulheres,
são tantas Marias.
Mulher, que irradia um manto de luz.
Maria dos homens e de todos os tempos,
abençoada mãe de Jesus.
(Khalil Gibran, poeta libanês, 1883-1931)
SUSANA ZILLI DE MELLO
No busques al amigo para matar las
LUIZ FERNANDES DA SILVA
João Pessoa, Paraíba
Maria guerreira,
Maria mulher,
de raça e de corpo,
num rosto qualquer.
(ACALLE, ACPCC)
20
DE BRAÇOS ABERTOS... ESTAMOS!
ORACION DEL POETA(*)
Um poema muy libre
Dame Señor las palavras ciertas
Para que yo pueda expresarlas,
El amor por la vida y por la humanidad.
Dame inspiración para mostrar
Que somos todos hermanos.
Enséñame Señor el camino
Para ver la comprensión del mundo.
Permíteme que pueda presentar las bellezas
de la vida,
Los dolores del mundo, las injusticias sociales,
Y que pueda conocer el interior de las almas.
Autorízame a hablar de las verdades del corazón.
Acepta Señor mis palabras
Para que pueda distinguir
A aquellos que aman la vida y el arte.
Haz que todos se sientan
Con mi intervención felices.
Que solo con amor bueno
Se puede revolucionar el mundo,
Y que esta revolución de Paz
Venga por conducto de la poesia.
UM DIA [E PARA SEMPRE]
(Panegírico a Maria da Graça dos Santos Dias)
(confreira da ACALEJ,Acad.Cat. de Letras Jurídicas)
Um dia ouvirás a música de silêncio irresistível
da Sereia Universal.
Asas tênues [de colcheias] logo a Ela tu voarás,
e em Sua Pauta musical, silencioso e tinta fresca,
passarinho, pousarás.
Então, a Clava sem dó, com seu Bequadro de sono,
abrirá os cinco dedos da suprema Partitura, pro teu hino natural:
vida [breve], pose [longa] e um suspiro [de bemol]...
- Será o cisne de calares, a ouvires tu a voltares à Matéria marsupial.
Com as flores e os pássaros,
os cantores e os perfumes, o teu hino ficará:
existindo ao levitares no elemento primordial,
ressurgindo nos cantares da Sereia Universal.
JOSÉ ISAAC PILATI
(IHGSC,ACF,ADL,ALP,ACALEJ)
CAMINHANTE DO VENTO
Canta minh´alma o vento assovio
Sou caminhante e deslizo bravio
Veredas sem fim
Alamedas rupestres exalando jasmim
(*) Poema de Zeula Soares, do Grupo de Poetas
Livres (Oração Oficial constante em todas as publicações do Grupo, por Portaria 02/2009)
Traduzido por:
Folhas caídas massageiam meus pés
Insetos teimosos me fazem Mané
Percorrendo o caminho
Na mata seu ninho
MANUEL GONZALEZ ALVAREZ
Madri, Espanha
Fazendo na trilha
Um rastro teimoso
Rasgando na terra
Um traçado caloso
Olhar distante
Provoca o levante
De um sol que brilha
No longínquo horizonte
Traz na mochila
Impulso gigante
Na terra insiste
Em seguir confiante
Zeula Soares
A tarde se esvai
E deita dormente
Para o caminhante
Findou mais um dia
Nova trilha na mente
Acorda na aurora
Num instante se arvora
E está caminhante!
AUGUSTO CÉSAR ZEFERINO,2005
(IHGSC, Academia Portuguesa de História)
Manuel Gonzalez Álvarez, Madrid, Espanha
21
DE BRAÇOS ABERTOS... ESTAMOS!
DESEJOS
Eu gostaria de poder
fechar os olhos
e ver o mundo;
ver os castelos,
os sonhos,
a tua silhueta,
e o teu modo de olhar;
ver ou sentir:
o perfume do luar,
o canto das estrelas,
o sorriso das virgens,
e o teu jeito ingênuo de amar;
relembrar:
as promessas,
os beijos,
as carícias,
e até o mundo
que vamos habitar—
—- o Mundo das Sombras— ,
onde haveremos de nos encontrar.
Depois, gostaria de
abrir os olhos
e nunca mais
voltar a lembrar
que não me pertences mais,
mas que só a ti
sei amar.
NILSON MELLO
Florianópolis,SC
(ASAJOL)
[In: Fragmentos d´alma]
MEU EU INTERIOR
Nilson Mello e a esposa Santa Mello
DESEJO
Vejo na fronde engalanada, erguida,
o vulto esguio de passarinho errante.
É hino ao sol, à liberdade, à vida.
Relembra o amor vivido a cada instante.
Na solidão da madrugada
Ouço o grito do silêncio
Atingir minha mente,
Despertar fantasmas materializados
Em saudades do que não tive,
Em futuro brilhante que perdi no passado
Do passado frustrante que
Encontrei no futuro,
E do presente feliz
Que vivo agora.
ANTÔNIO PEREIRA MELLO
Santa Maria,RS
(Caposam)
Canta e gorjeia, louva o novo dia,
que renasceu da noite fria, escura.
Lembrar me fez o que não mais sentia;
um sentimento que calmo perdura.
A evocar quimera e pensamento,
bela avezinha simples, meiga ainda,
tem na plumagem o sussurrar do vento.
Quisera eu ter repleta em meu caminho,
do passarinho a inocência infinda,
mais o conforto e a calidez de um ninho.
ROBERTO RODRIGUES DE MENEZES
[In: Ao correr da vida, pág. 20]
(ASAJOL, ADL, ALMESC)
Edweine e a esposa Nao Yamada, em festa
brasileira em Tóquio, 2012.
AS PROSTITUTAS DO CAIS
As prostitutas do cais
tem os olhos grande demais
de tanto esperar o mar.
As prostitutas do cais
tem as bocas grossas demais
de tanto lamber o amor.
As prostitutas do cais
tem os dentes negros demais
de tanto sorrir a dor.
Elas tem a liberdade de sonhar
com uma bailarina
que não se destina,
não se desatina,
nem se abomina.
As prostitutas do cais,
tem a alma grande demais.
RAUL LONGO
Sambaqui, Florianópolis,SC
[email protected]
POEMETO A CASTRO ALVES (*)
CHOVER
Voa,condoreiro!
E leva-me:
Sou a sede
a fome
a garra com que o pássaro
retira d’água o peixe
que se oferece
em superfícies
Nas asas
Da poesia
na profundeza
o abismo se fecha
na escuridão do tempo
naufragado
minha fome se completa
minha sede busca a gota
terminal dos ares.
Pelos caminhos
da Mãe África.
Ao som
de tambores
esquecidos.
Rumo à Liberdade
que tarda em raiar
abaixo do equador...
EDWEINE LOUREIRO DA SILVA
Saitama, Japão
(*) 2º lugar no 3º Concurso Literário Internacional Castro Alves, que fez parte das comemorações do 32º aniversário da Academia RioGrandina de Letras, Rio Grande,RS.
Publicado no caderno O peixeiro, do Jornal
Agora (02.04.2013).
PEDRO DU BOIS
Itapema, SC
“O passado não passa de uma fraude que o
presente consagra e o futuro não desmentirá.”
Silvério da Costa (A.C.H.E., Chapecó, SC)
22
XVI ENCONTRO INTERNACIONAL DE JOVENS MÚSICOS
O mês: Janeiro de 2013. Jovens de Santa Catarina, componentes da Orquestra Escola de Florianópolis, participaram,
em Viña Del Mar, Chile, do XVI ENCONTRO INTERNACIONAL DE JOVENS MÚSICOS. Alunos, professores e pais de músicos
da Orquestra Escola, com apoio da Fundação Cultural Franklin Cascaes, de Florianópolis, divulgaram os nossos talentos, jovens comandados pelo maestro Carlos Alberto Angioletti Vieira. O Grupo composto de 30 pessoas fez diversas apresentações
no Chile.
A cantora Claudia Todorov também se apresentou com a Orquestra Escola e ministrou aulas de Coro, formado especialmente durante o XVI Encontro Internacional de Jovens Músicos.
O Maestro Carlos Alberto Vieira participa há mais de 25 anos de encontros internacionais no Chile e ele, em 2006, criou
o Projeto Orquestra Escola, que tem como objetivo a inclusão social de crianças e jovens de diversas comunidades carentes.
Para o Maestro Vieira “essas viagens de intercâmbio, proporcionam a troca de experiências, servem como motivação para que os nossos alunos mantenham o foco no estudo da música e é importante para o desenvolvimento cultural de todos os
participantes”.
***
Alguns leitores da RVS podem estar questionando porquê a Revista coloca em página especial um evento musical. Porque um dos músicos é membro do Grupo de Poetas Livres:MANOEL MÁRIO REIS BITTENCOURT que, com seu violino, faz
parte da Orquestra Escola e, onde ele estiver, estará representando o Grupo.
“Música é vida interior, e quem tem vida interior jamais padecerá de solidão”, assim terminava o programa “Quem tem
medo da música clássica”,da TV Senado, o senador Artur da Távola. No seio do GPL nunca dissociamos a música da poesia,
pois uma está ligada na outra e temos a música e a poesia na Orquestra Escola, com o nosso jovem talento Manoel Mário.
Foto: Manoel Mário está praticamente escondido.É o nono da esquerda para a direita. O Maestro Carlos Alberto, ao centro, de camisa branca e
Márcia Reis Bittencourt, mãe de Manoel Mário esta também associada do GPL, é a segunda agachada da direita para a esquerda. A cantora
Claudia Todorov é a segunda da esquerda para a direita.
Texto e foto enviados por Márcia.Fizemos poucas alterações. (ms./)
23
NOSSOS AMIGOS PORTUGUESES
A reunião de fundação do Grupo de Poetas Livres deu-se com a presença de cantores do Grupo Coral — “Orfeão Edmundo Machado
de Oliveira”, de Ponta Delgada, Ilha de São Miguel, Açores (Portugal), reconhecido pela UNICEF, que estava em visita a Florianópolis para
apresentações. Na ocasião, convidados por Vilca Merizio, do GPL, prontamente compareceram e assinaram a ata: Maria Ângela Lopes Machado Avila Moniz Bittencourt; Leonel Z. D´Almeida Aguiar; João Paulo Cordeiro Aguiar; Belarmino José Machado Ramos . A eles nossas homenagens. Para ilustrar esta página, publicamos poesias de amigos portugueses. Carmo Vasconcelos, de Odivelas, Portugal, vencedora do 8º
Concurso On-line “Doralice Silva de Poemas de Saudade”, edita as revistas eisFluências e Fénix, divulgando poesias não só de portugueses
bem como de brasileiros. Eugénio De Sá, de Lisboa, já publicado nesta RVS quando fez par com nosso associado em Parede,Portugal, António José Barradas Barroso, também aqui está para mostrar sua arte. Manuela Barroso, do Porto, Menção Honrosa no concurso c itado, cá
está também. Citamos também nosso associado correspondente, António, que comparece na página respectiva. A todos, o nosso carinho.
MEU AMOR NÃO TEM DONO!
AO MEU NAMORADO
Jamais pensei voltar a ser amada
E nem amar com tal intensidade...
Dum grande amor vivia na saudade
E de tédio minh´alma era assombrada
Chegaste, meu amor,e eu me extasio
Ante o sacro milagre inesperado
Que a mim te trouxe como um anjo alado
No calor d´asa que aqueceu meu frio
És cálido e gentil, meu bem-amado
Mente sã,coração apaixonado
Poeta altivo que em versos me dás cor
Sem ti,seria a poeta esmorecida
A mulher de desejo desprovida
Não me deixes, por Deus, sem teu amor!
Lisboa, 14.02.2008
Meu amor não é teu, nem de mulher nenhuma
É barco sem amarras, sem um porto de abrigo
Eterno navegante, talvez por meu castigo
Tem destinos de vento nos mistérios da bruma!
Por isso, eterna amante, não me prendas do leme
Que eu triste morrerei, gemendo males d´amor
Perdida a liberdade, sentirei mais a dor
E a saudade de amar é o que o peito mais teme!
Procura-me no mar, e lá me encontrarás
Entre as névoas da costa, e então me verás
acenando-te ao longe, para além do farol...
Tristeza não te trago, trago-te cheiros de mar
Nem saudade de mim, que me dou ao chegar
Descansos, esses sim, que me cansei de sol!
EUGÉNIO DE SÁ
Lisboa
CARMO VASCONCELOS
PARTE DE MIM
Parte de mim é saudade
que nasce algures em minha alma
outra parte é
vazio
divino frio
que me pacifica, acalma.
Uma parte é natureza
lava quente de vulcão
outra, uma saudade imensa
feita de amor,
coração.
Uma parte de mim é amálgama
de tudo de nada,
nuvem de pó
fim de estrada...
Outra parte, melancolia
que dói bem dentro do peito!
Ah! Silêncio
Melodia!
Nossa Revista não é colorida, ficando prejudicadas as cores vermelha(D) e
verde(E) com o escudo em vermelho, branco e azul, e o amarelo do arco que o
circunda. Verde,vermelha e branca também são as cores de Santa Catarina.
MANUELA BARROSO
Porto, Portugal
[In: Inquietudes, pág. 13]
“Deixa, Bocage, que teus versos sejam
A musa inspiradora deste escrito,
Porque muito, de ti, já se tem dito,
Nem sempre com verdade, pois te invejam.”
(Introdução, in: “A Bocage” (sonetos), de António José Barradas Barroso, na
obra referente ao Prêmio de Poesia referente ao XIV Concurso Literário
“Manuel Maria Barbosa Du Bocage”,da LASA– Liga dos Amigos de Setubal e
Azeitão.
24
COISAS DA ILHA DE SANTA CATARINA
Como sempre mexendo nos livros das estantes de casa, às vezes me deparo com coisas interessantes. Tenho guardado uma
Agenda da Ilha “Dias e Noites de 1999” (Edições Cobra Coralina). Nela não há,de minha parte, nenhuma anotação, pois não quis colocar
nada a não ser ler e apreciar o que os nossos poetas e escritores apresentaram nas diversas páginas do calendário. Como curio sidade, o
dia 13 de abril (data da fundação do GPL), caiu numa terça-feira, Dia de Marte.
Relembrando, pois, as coisas da nossa terra, colhi os pequenos textos de alguns autores desde Dias Velho (Francisco) o fundador
da póvoa, até os poetas/ escritores que andaram e andam por aí, e nos brindam com seus trabalhos. (ms./)
A terra é boa. Quem disser o contrário mente.
(Francisco Dias Velho)
JULHO
Os habitantes, homens e mulheres, vivem numa grande ociosidade,e deixam
aos seus escravos o cuidado da limpeza e arrumação e o pouco trabalho que
se faz na região.
A terra produz quase tudo o que é necessário para viver, sem que se deem ao
trabalho de cultivá-la.
(Dom Pernetty,navegador francês, em 1763)
JANEIRO
Se estás com a porta aberta
Decerto estão me esperando
Eu ando de porta em porta
Santos Reis anunciando
É meia-noite
(Cantoria do Terno de Reis)
AGOSTO
FEVEREIRO
O vento sul é um ilhéu típico, que fala com chiado e que,
ao contrário dos magos de ocasião, consegue facilmente
entortar árvores e encrespar oceanos.
(Sérgio da Costa Ramos, cronista)
MARÇO
Na quaresma não se podia sair à noite, pois as bruxas,
boitatás,saci-pererês, lobisomens, mulas-sem-cabeça,
andavam todos soltos perseguindo pessoas quando passavam por algumas encruzilhadas de estradas.
(Vilson Francisco de Farias, historiador)
ABRIL
Mais vale um bagre na linha que dois meros no mar.
(Dito Popular)
Quando se desconfia que alguém é bruxa, tem que
emborcar a panela vazia sobre o fogão, e não fazer
mais nada. Daqui a pouco,ela vai querer ir embora,
mas está “amarrada”.
(Seo Manoel Agostinho, Barra da Lagoa).
MAIO
Adormeci na pedra
minha cabeça de sol
no sul me ilha
(Jayro Schmidt, artista e poeta)
Enfeitaste a tua casa
Com folhas de laranjeira
Decerto estavas esperando
Esta sagrada bandeira
(Verso da Bandeira do Divino)
(...) se sofrem uma picada de inseto botam alho. Para espantar as formigas da cozinha pegavam o alho, esmagavam e misturavam com água e depois espalhavam pelo chão.
Para mordida de cobra,também. Usavam tanto no bolso como pra comer e
para evitar bruxas, cobras, usavam muito isso.
(Franklin Cascaes, artista e pesquisador)
SETEMBRO
Criei meus cinco filhos com um pano branco tapando o buraco da fechadura para as bruxas não entrarem na minha casa. Nunca tive problemas.
(Dona Chiquita, benzedeira)
OUTUBRO
Essa cidade estendida assim entre uma igreja e seu hospital, e um cemitério, era o Desterro: era a cidade que bóia nas ondas como uma fada
banhando-se à tarde meiga e risonha.
(Duarte Paranhos Schutel, escritor)
NOVEMBRO
Pescador é um herói
com muita certeza digo
vive no mar dia e noite,
não teme qualquer perigo
enfrentando as tempestades
pois o mar é seu amigo.
(Jairo Costa, pescador e poeta)
DEZEMBRO
Você tem um risco de mar
na pálpebra rubra.
Eu: um anúncio vago
de chuva.
(Alcides Buss, poeta)
Ilha, o poeta te quer
Com ciúmes de quem
Guarda o amor da mulher
Ilha, minha fonte de luz
Do sotaque “Mané”
Na Praça Quinze a figueira
Tua alma traduz
(Jorge Coelho, poeta e compositor. Estrofe da música “Ilha”.)
JUNHO
Vejo o sol nadar no mar
Sua luz vagar no ar.
Tudo, porém,sem fervor.
Vejo, com escândalo, o luar
Inutilmente acordar
Seres da dor, torpor.
(Arthur Pereira e Oliveira, poeta)
Minha mãe me casa cedo
enquanto eu sou rapariga.
O milho plantado tarde
nunca dá boa espiga
(Quadra popular)
Capa, projeto gráfico e ilustrações: Andréa Ramos
Seleção de textos Fernando Alexandre, Jorge E.
Silva, Tânia Batista e Andréa Ramos.
(Agenda da Ilha, 1999)
25
As Cartas do Prof. Celestino Sachet
É com imenso prazer que apresentamos, mais uma vez, na Revista Ventos do Sul, as Cartas (em duas páginas) com comentários do Prof.Celestino Sachet que consideramos um verdadeiro literato (uma verdadeira “sabedoria
celestina”). Para cada Revista Ventos do Sul que lhe enviamos, o prof.Celestino dedica-nos palavras gentis.
Sua obra lançada recentemente “A literatura dos Catarinenses — Espaços e caminhos de uma identidade” , dá
uma verdadeira aula de literatura apresentando o panorama literário catarinense.
Associados poetas do Grupo são citados na obra, o que nos enche de extrema satisfação.
Uma palavra, um gesto, um carinho. Assim definimos o sentimento do Prof. Celestino para com o Grupo que
procura, dentro do possível, levar a poesia de seus associados e amigos aos quatro cantos do planeta (temos amigos
na Argentina, Japão, Estados Unidos, Espanha, Portugal) e tivemos num concurso pela internet, uma participante
brasileira residente na Inglaterra, fato agradável, pois é o resultado de um trabalho persistente.
Então, nem pedindo licença, fotocopiamos a carta do Prof. e a publicamos, com muito orgulho.
26
As Cartas do Prof. Celestino Sachet
Neste número de aniversário de 15 anos, é a nossa forma de homenagear o querido professor e amigo.
27
IN MEMORIAM
Alegrias, tristezas. Sentimentos que estão sempre por perto. Sentimos a alegria de tê-los conosco durante alguns anos da trajetória desses 15
Anos de atividades. Nesta página, para lembrá-los, colocamos seus poemas. Onde estiverem nossos poetas, as nossas homenagens.
O ETERNO NO INTENSO
FELICIDADE
Dois seres se encontram,
Se amam, se separam,
Mas a força de seu amor
É, no entanto, maior
E mais intensa quanto
Mais breve ele tenha sido
E ninguém jamais
Poderá fazer desaparecer
O tesouro que eles guardam
Na saudade da memória,
E retém firmemente
No interior de suas mãos
Fechadas: alguns instantes
Da mais rara Felicidade
É que:
O Eterno no Amor
Não está no Vento,
Não está no Tempo
Talvez esteja
Na brevidade
Do Intenso
Felicidade: procurei na vida, mas não a encontrei;
Porém, ao vagar por este mundo repleto de maldade,
Um dia a vislumbrei humilde, oculta em outra esfera,
Terna, inocente, pura radiante, jovial e bela,
Ao desabrochar de uma rosa, em plena primavera.
MANOEL JOVER TELES
[In: 4a.Antologia do GPL, p. 67]
Nos folguedos da despreocupada infância,
Disfarçada num sorriso meigo de uma criança
A espantar a solidão que oprime a vida,
Lá encontrei doce Vestal, senhora Felicidade,
A compartilhar daquela ingênua hilaridade.
Na ternura de uma mãe a acariciar seu filho,
Compreendi então que a verdadeira felicidade,
É aquele sentimento bom que nos exalta e domina,
Ela não contempla insulsas e ilusórias grandezas
Porque é feita de coisas sóbrias e pequeninas.
A felicidade existe, está sempre ao nosso lado,
Afável, modesta, humilde, gentil e desprendida;
Se não a visualizarmos,se não a encontramos,
É que, enlevados pelo brilho do poder, a desprezamos
Seduzidos pelos efêmeros prazeres desta vida
Áureo Corrêa de Souza.
Tinha o cuidado de solicitar
opinião de seus amigos
para depois enviar os poemas para publicação.
Era um homem angustiado
com os problemas sociais.
ÁUREO CORREA DE SOUZA
BAURU,SP - correspondente
[In: Versos e Poesias, p. 15]
SEGREDO
Segredo quem o não tem
segredo de amor
segredo de dor
Segredo que se guarda a sete chaves
segredo que faz mal
segredo que faz bem
Meu segredo é tão bom
me faz feliz
Me dá forças na dificuldade
Me alegra ao recordá-lo
É mais sonho que segredo
É tão bom saber guardá-lo
Não dividir com ninguém
Para que fique comigo
Aqui, agora, além!
ALCITA VARELA CORRÊA LEITE
DESEJOS EM CÂNTAROS
VIAGEM FASCINANTE
Viajei,
Percorrendo estradas projetadas
Em retas e curvas
Em aclive e declive
Cortando ecossistemas
Descobrindo as maravilhas
Das diversidades
Rumo ao sul do Brasil!
Quanta beleza vivi!
Meus olhos testemunharam
Em êxtase e emoção
Em sincopatia do meu coração
O quebrar das ondas do mar
Nas pedras espumadas
E em areias ondulantes
Da fascinante Florianópolis!
UBIRAJARA DE MAGALHÃES BARBALHO
Governador Valadares, MG– correspondente
O favo que é mel em ti
E que meu sentido aguça tanto
Me faz teu odor melífluo sentir
E enche de desejos meus cântaros
<<< Licinho, gentil para com todos.
O úmido sabor desse mel em mim
Faz do caminho feito por teus lábios
Rio que deságua em si
O ápice de um sentido apurado
Os cântaros de desejos
Que transbordam volta e meia
São da paixão doces sinais
Enquanto a penumbra que rodeia
Embaça vitrais.
LICINHO CAMPOS
[In: Lascívia,p.10]
Para nós, o Bira.Ficou amigo do
Licinho. Muitas conversas, ao
telefone, tivemos com ele.
Licinho, Alcita e Manoel Teles, três
associados efetivos que deixaram
suas marcas na poesia.
Serão sempre lembrados, pois acenderam a chama da poesia em
muitos corações.
Alcita, grande declamadora, nosso
carinho. Manoel, amigo de Pablo
Neruda,nosso encantamento, e
Licinho, de todos os do GPL , o
nosso eterno amor.
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Alcita
Manoel. Elegante,educado.
Um gentleman.
PROMOVENDO...POETAS DO GRUPO!
GAIVOTAS
Mar calmo, as ondas batem mansas
sobre as pedras da encosta.
Ao longe, bem longe, surge uma gaivota.
Sobrevoa as pedras, plaina sobre as águas,
mergulha.
Um mergulho rápido, ágil, sorrateiro.
Emerge com uma facilidade incrível.
Traz consigo seu alimento.
Em instantes, com apenas alguns gritos,
seu bando aparece.
Aquele mar calmo pinta-se de um
branco belíssimo.
Passados poucos minutos, alçam voo
e desaparecem no infinito do céu azul.
Estas vão, com certeza, outras vêm.
Fico sentada sobre a proa da canoa
esperando o novo espetáculo
e ele surge ao longe...
ADRIANA CRUZ
QUERIA SER UM PASSARINHO
Eu queria morar em uma árvore,
Mas comecei a pensar.
Eu não tenho duas asas
Não tenho como voar.
CICLO
Quisera ser teu leito
do teu corpo repousando.
Quisera ser teu destino
dos teus passos caminhando.
Quisera ser tua alegria
tua energia
em teu gozo gozando.
Quisera ser tua dor
em meu sangue sangrando.
Quisera ser tua vontade
em minha vontade acontecendo.
Quisera ser teu ciclo de vida
em minha vida vivendo.
Quisera ser teu gosto
em meu gosto degustando.
Quisera ser teu amor
em meu amor te amando.
ALZEMIRO LIDIO VIEIRA
[In: Vertente, pág. 99]
Então aí eu me lembrei:
É melhor morar no chão
E farei então uma casa
Vou morar na Armação.
ESQUISITOS
Os outros caminham com passos para nunca chegar
E chegam onde eles não estão
Às vezes chego a pensar
Quero ser um Bem-te-vi
Mas moro em uma boa casa
É melhor ficar aqui.
Os loucos não procuram por um final feliz
Pois o final é o fim da história
Abraçam sem medo já que faz tão bem
E no silêncio da madruga a consciência não lhes tira o sono
Quando passo em frente à árvore
Fico bem perto a olhar
Que pena que eu não tenho
Asas para voar.
Não há mapas
E fracassados e frustrados não entendem, não sentem
O Sol deles se pôs há muito tempo
Dizem “avisei você”
Agora mudei de ideia
E cheguei à conclusão
Vou comprar uma passagem
Vou voar de avião.
Mas desatinados se deixam levar
Levantam-se e realizam os planos
Não se corroem, não se escondem
Sabem que não existe mais saia para fugir do mundo
ANTÔNIA MARIA GAMA
São estranhos
Compreendem os outros sem serem compreendidos
Desculpam os outros sem serem desculpados
E com seu tempo perdido tiram o céu do chão
AIRTON DA SILVEIRA FILHO
Antônia Maria Gama
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PROMOVENDO...POETAS DO GRUPO!
INSÔNIA
DIÁLOGO COM DEUS
Passar das horas
Sem sons
Sem sonhos
Sem planos
E alguns desenganos
Ó, Jesus, estou tão triste, amargurado
Luto, trabalho, mas tudo dá errado
A família desunida
Cada um para o seu lado
Já tá me dando cansaço
Dá vontade de largá
A cruz tá ficando pesada
Não quero mais carregá.
Um não dormir
Sem sons
Sem tons
Sem satisfação
Muitas vontades acompanhadas de não
Ô,meu filho, te acalma
Eu sei o que tás passando
Sei do teu esforço
Sei que além do trabalho
Caridade tás fazendo
Mas a minha cruz foi mais pesada
E eu continuei carregando.
Problemáticas
Sem paradas
Sem soluções
Sem esperança
Pouca determinação e falta de confiança
Horas em claro
Sem companhias
Sem conversas
Sem correria
Melhor deixar que venha um novo dia
Ó, meu pai, desata-me da tristeza
Vejo os homens só brigando
Destruindo a natureza
Os animais precisas vê
Muitos da terra já foram dizimados
Eu tento salvá alguns mis
Meu pai, tá complicado..
ANA CRISTINA RIBEIRO CASCAES
Ô, meu filho, paciência
Eu deixei tudo quando o mundo contruí
Deixei trilhas, caminhos bons
Para meus filhos seguir
E pra muitos, tu não sabes
Que ainda ajudo daqui
Ó,meu pai, Deus protetor
Aqui quem dirige a gente
São médicos, coronéis, juízes e desembargador.
Falam, escrevem, prometem, roubam.
E algo desesperado
Eles ficam no poder
Muitos não são merecedô
Ô,meu pai, eles pensam que eles são o Senhor.
Meu filho,
Vai fazendo o que tu podes
Lutando pras coisa se arrumar
Semeia boas sementes
Deixa os poderosos se achar
Que eles tão esquecendo
Que tá perto
De Eu na terra voltar.
Ó, meu Pai,
Não,não vem já
Deixa eu arrumá
Um pouco do que está errado
Colher o que foi plantado
Se vieres agora
Não estamos preparados.
Celso João de Souza
Poesia: uma parte da alma em versos.
(Rubens de Azevedo Serra)
CELSO JOÃO DE SOUZA
Fé é o pássaro que sente a luz e canta quando a
madrugada é ainda escura.
(Rabindranath Tagore)
A vida não é medida pelo número de vezes que você
respirou, mas pelos momentos em que você perdeu o
fôlego de tanto rir de surpresa, de êxtase e de
felicidade. (Dylan Thomas, poeta galês, 1914-1953)
Memória.
Desenho colhido na
internet.
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PROMOVENDO...POETAS DO GRUPO!
POESIA
ULTIMO POEMA
São muitos os tratados: versejados, prosas,
chamados de “poesia” e disto e mais aquilo.
Muitas vezes concordo e não me atrevo a glosas.
Algum soneto até bem sei eu porque o fi-lo.
Na varanda do antigo casarão
Na mesa corroída pelo tempo
O poeta escreve seu último poema
Alguns são segredados — merecendo estilo—
descrevem-se os perfumes escondendo as rosas,
sem precisar dizer que as musas são formosas.
Um que outro mal formado...Melhor extingui-lo.
A lamparina quase apagada
Dificulta sua visão
Mãos trêmulas, tem dificuldade
Mas escreve para relembrar as saudades
De um amor que viveu há muitos anos
Daí que a poesia não se a faz por trilho.
São linhas bem formadas por caminhos tortos.
O poeta não a faz só a faz passar nos crivos.
Cansado, o poeta adormece
no sofá da sala
O poema inacabado ficou sobre a mesa.
Cada poema meu é a parição de um filho!
Alguns são naturais outros já nascem mortos
Poesia de verdade são meus filhos vivos.
DORALICE ROSA DE SOUZA SILVA
CACILDO SILVA
MEU IRMÃO
Justiça, direito de todos nós
Por ela lutemos até o fim
Coletivamente ou mesmo a sós
Que ela seja para todos, incluindo a mim.
DESDOBRANDO
Em alguns momentos, alguma circunstância
Poderemos à justiça direitos reivindicar
Em buscas e lutas até às últimas instâncias
Certamente a ela um dia iremos chegar.
De um mágico sonho
Me vi despertando
Minha alma em letras
Eu fui “Desdobrando”
Esta é a hora em que o irmão aparece
Juntando-se à dor em ajuda e compreensão
Na proteção...esperanças florescem..
No espelho do tempo
No sopro do vento
A gente revisa
A vida que passa.
E em momentos de grande emoção,
Acobertado por carinho fraternal,escuta!
Vamos à ação meu amigo... Vamos à ação... Meu irmão.
E sinto que o mundo
De leve me abraça.
CARLOS PICCOLI
[In: Um novo olhar, pág. 201]
ÁUREA DE MELLO BALDISSERA
[In: Desdobrando, pág. 5]
COLORIDO
Sei que um dia
me livrarei do tormento
que torna a vida incolor
e escrevo um poema colorido,
com as cores da vida
matizadas de luz,
repletas de amor.
O brilho das estrelas
e as cores do arco-íris
são difíceis de encontrar.
Deixarei que a felicidade
inunde meu coração
para, de peito aberto,
no momento certo,
compor o que
me proponho,
dando cor e vida
a tão desejado sonho.
EUNICE LEITE DA SILVA TAVARES
[In: Sonhos e fantasias, pág. 45]
Áurea de Mello Baldissera, no lançamento de seu livro
“Desdobrando”, dia 6 de junho 2013, na Biblioteca Barreiros Filho
31
PROMOVENDO...POETAS DO GRUPO!
...EM FALÁCIAS
SOLIDÃO
Homenagem ao poeta Cacildo Silva
És o meu mundo
A perder-se na solidão.
Um sonho a vagar sem destino
E a reter um sopro de amor.
Momentos roubados da vida
Num sentir que não tem fim.
Permeando entre falácias admiráveis
Chega a simplicidade e pede acento
Para entoar uma canção aos veneráveis
Que leva ao coração riso e dá alento.
Intocável ouvido, mas rejeita
A arte singela e sã que a mão dedilha
Os olhos cobre, repudia a feita
Que de graça, oferece a boa partilha.
És o meu mundo
No vazio da minha alma errante,
Triste,efêmero, só meu.
Um esboçar de ser feliz,
Uma tentativa de vencer barreiras
Incerteza—eterna companheira.
Quando a soberba ceia com a vaidade
Não degusta do mel que tem magia
Por manter alma presa na cobiça,
És o meu mundo
A descobrir tesouros secretos
Na busca de ocultos sentimentos
Ausências que trazem saudades
... e o triste correr nostálgico do ser só.
Nem reconhece a tal felicidade
Tampouco ouve os pardais em sinfonia
Vai de alma pobre, escrava, vai submissa...
HERALDA VICTOR
[In: Nos degraus do silêncio, pág.33]
És o meu mundo
A marcar o tempo
A torcer esperanças
E a carregar a felicidade nas mãos.
ELOAH WESTPHALEN NASCHENWENG
[In: Fragmentos, pág. 63]
BONS FLUIDOS
Eloah
Deixemos as ingratidões passar e finjamos olhar; mas olhemos para a
frente ou para o outro lado.
Na vida quase sempre não fazemos o que afirmamos.
O tempo nos permite ocupá-lo com frases e orações.
Com habilidade mandamos coisas ruins para além da esquina.
É bom entrar em igrejas para, no silêncio, participarmos das meditações.
Rir para a vida é garantir riso para todo corpo.
Sinto na igreja um pulsar sadio da chama da vela.
A luz não tremida repousa no pavio azeitado da lamparina.
Mente quem afirma que as crianças nascem com pecados.
É bom saber que Kirie, Eleison significa:
Senhor, tende piedade de nós e que Christie Eleison é:
Cristo tende piedade de nós.
Gratia ágamos Domino;
Deo nostro (Gracias demos ao Senhor Deus, nosso).
Sanctus em latim é santo
e Hosana é Hosana, mesmo.
IVAN ALVES PEREIRA
(Cazzivan, Ivan de Paulo Jacintho))
[In: Há (mar) e Bebê ( r) III, pág. 47]
Domingo
o tapete do mar
se põe cedo
aos navegantes
Carlos Damião
Jornalista e poeta
[In: Agenda da Ilha ,1999]
Praia de Itaguaçu.
Foto: Maura
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PROMOVENDO...POETAS DO GRUPO!
EGOÍSMO
SUBLIME
Infeliz sentimento
nos afasta de Deus
Não ouvimos sua voz
Pensamos apenas em nós
Leito, breve território
De corpos transitórios
A vencer obstáculos
Ausente em oráculos.
Fechamos no nosso eu
Tudo se perde
O amor como Cristal
se estilhaça
Somos o centro do Universo
Cama fofa e macia
Onde o eterno principia
Seguido de inúmeros ais
A afinar cordas vocais.
Não sentimos a brisa soprando
O perfume da flor desabrochando
Ah, egoísmo vil atroz
Nos fazes cegos
Estado único, à tona.
Risos deitados, extasiados,
Com leve ar de pernoitados
Como poetas livres
sensíveis te repudiamos
Queremos a graça da Paz
Mas essa não emana de nós
Mas do amor de Deus por nós
Novamente olhos se tocam
E corpos se encontram
Além do que encontram.
JOSÉ LUIZ AMORIM
IVONE LIDIA RODRIGUES
[In: 7a.Antologia—Os mais belos poemas e
textos do GPL, pág.135]
SER POETA
Ser poeta é viver envolto
em uma aura de sensibilidade.
É perceber, com todos os sentidos,
a harmonia, a beleza, o amor.
É sonhar com sua própria realidade!...
Ser poeta é fazer versos, é cantar,
celebrizando os céus, os rios, o mar,
a Terra e todo o Universo...
Ser poeta é, em inspiração incontida,
celebrizar a vida!...
OLHAR SONHADOR
Imagina se pudéssemos colorir nosso mundo
Com as cores do nosso querer...
Imagine você, se tudo fosse perfeito
E não tivéssemos que escolher
Entre ganhar e o perder,acreditar e esquecer.
Que tal apurar nossos olhares
Para as belezas do mundo?!
Não ser tolerante à maldade
A impunidade e seus abusos.
Poderíamos, ainda, desenhar a vida,
O cotidiano, o dia-a-dia...
Nosso olhar não mais seria
Olhar desacreditado.
SUELI RODRIGUES BITTENCOURT
Poetisa da Paz
projetopazepoesia.blogspot.com
tudoporummundobemmelhor.blogspot.com
Nas belas noites de lua,tão somente aluados...
Nas madrugadas de estrelas
Completamente estrelados...
E na aurora que se inicia,
Seriam olhares ensolarados;
De tão feliz pelo dia
Que viveriam extasiados...
CANTO TRISTE(*)
Eu canto como quem encanta a tristeza
que me possui sem pedir licença,
me fazendo rugas na testa.
Eu canto como uma sinfonia triste
que me percorre sem piedade
quando me vens à cabeça.
E pensar que te perdi como um último suspiro
foste eu fiquei
porque jamais existi.
(1990)
Por que não ir mais adiante
E sonhar com um grande amor
Algo assim, sincero e puro,
Felicidade e calor?!
Este olhar não mais seria
O que outrora contrariado.
Em muitos olhos me vejo,
Meu olhar apaixonado.
ZELI MARIA DORCINA
LUIS FABIANO SOUZA
(*) republicado por falha na edição n.39.
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PROMOVENDO...POETAS DO GRUPO!
LEMBRANÇAS DA MINHA INFÂNCIA
CADEIRAS BRANCAS
Lembranças da minha infância,
Saudades do meu sertão,
Da casa de pau-a-pique,
O assoalho era de chão.
Cadeiras brancas paz e esperança
Cadeiras brancas quietas esperando
No aguardo de poetas agitados
Biblioteca Pública, espaço dos livros
Do escritor, da arte, da palavra
Sextas-feiras de belos encontros
Dos versos, da lavra literária
Encontros dos Prazeres da alma
Fervilhando emoções, ternas lembranças
Cadeiras brancas quietas,local iluminado
Luz do amor de sentimento humano
De adultos, de adolescentes, de crianças
Brilho na voz dos poetas declamando
Premiados no final por uma salva de palmas
Merecido incentivo de mãos energizando
Ainda mais esse espaço abençoado
Cadeiras brancas paz e liberdade
Cadeiras brancas vibrando e aguardando
Biblioteca Pública mãe que guarda e ampara
No relógio da parede as 20 horas marcando
Sextas-feiras dos grandes encontros
Da poesia do Grupo de Poetas Livres.
O fogão de quatro estacas
Era fincado no chão,
Uma corrente amarrada no caibro,
Na outra ponta, pendurado, o caldeirão.
O fogo sempre aceso
Para fazer a refeição,
O café sempre quentinho
Lá em cima do fogão.
Era tudo muito simples,
Tinha muita paz e amor,
Não se falava em crimes e drogas,
Vivíamos na paz do Senhor.
MARIA DA ANUNCIAÇÃO PEREIRA
NELSON RAMÓN BADIN
OLHOS VERDES
(*)poema elaborado quando o GPL reunia-se
às 6as.feiras às 20 horas.
Atualmente, as reuniões são às 5as.feiras,
a partir das 19.30 horas.
Olhos verdes foi embora
por este mundo afora
parando em cada estalagem
a tocar sua vida.
Cantando suas cantigas
eu lembro com muito amor
tu cantavas com amizade
eu cantava com amor.
Olhos verdes eu te amei
como nunca amei na vida
guardo ainda com carinho
aquela linda margarida.
Ela agora está amarela
mas pra mim está sempre viva
como é doce te lembrar
olhando aquela margarida.
Quando roubaste a margarida
não sabia que era para mim
hoje cultivo como se fosse
a flor mais viva do meu jardim.
MAURÍLIA FREITAS
[In: Minha Saudade, pág.65]
Artesanato confeccionado por Nelson Badin, em argila . Ocarinas, flauta e pássaros.
Objetos sobre toalha pintada por Therezinha Cacilda Monteiro Mann.
Dinossauro em argila. Autor:Nelson Badin.
Fotos:Maura.
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Maurília Freitas
PROMOVENDO...POETAS DO GRUPO!
DESILUSÃO
PÊNDULO
Ingênua foste em acreditar no amor
Teu corpo ainda criança carrega no ventre
O teu bem maior.
Conseguir fuzilar o triângulo formado,
retira da mais profunda sonoridade
os alertas cruzados em esquinas.
Frisa os exageros,
requeridos e quistos,
do querer sem receber.
Posiciona tudo no tubo enxovalhado,
cercado de propaganda.
Sai e fica bem quente
por de repente
estar à frente
do nada e do tudo.
Questiona,
soma,
subtrai
e divide,
tudo vai dar igual
ao que realmente pensar.
Invade como o covarde
que foge
mas volta
para reparar erros
e trazer os acertos.
Semelhança é igual a balança,
não pode
apenas explode
de emoções conjugadas,
inaladas para ressurgir
o montante que está por vir.
Saracoteia na saia,
consoantes, pronomes
que consomem o nome.
Agora um amor mais profundo
Será cenário da tua vida
De um novo despertar.
Levas contigo o amor mais bonito,
Capaz de curar a dor mais dolorida
Que porventura possam te causar.
Desiludida, não consegues ainda entender
O que te espera o teu amanhã.
Serás uma mulher plenamente feliz
E sorrirás quando a primeira vez ouvir
A tão desejada palavra mamãe.
STELA MÁRIS ALVES
SANDRA CLARA NEPOMOCENO
(2o. semestre de 2010)
RENDEIRA
Caminhos de casas
Ou de mesas
Rendas, bordados e fitas
Bonitas
Na dança dos bilros
Feitura de toalhas
E trilhos
Mulher artesã
Nas madrugadas, geladas
Cansada, a tecer
Tristeza ou prazer
Matizes e contos de fada
Coloridos mosaicos
Modernos ou arcaicos
Pensamentos e contornos
Lamentos tristonhos
Caminhos, labirintos
Sismares, conflitos
Madrugadas enfadonhas
Sem travesseiros ou fronhas
Manhãs tristonhas
Trabalho, canseira
Vida sofrida, de tecelã
No afã
De ser rendeira
NEUSITA LUZ DE AZEVEDO CHURKIN
***
A chuva é a doce melodia
que a natureza entoa.
(Neusita)
Ponte Hercílio Luz. Foto batida durante trânsito pela Ponte Colombo Salles.
Autoria:Maura
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PROMOVENDO...POETAS DO GRUPO!
UMA CANÇÃO PARA FREDERICO
Vai, amor, segue teu caminho
em busca de outros carinhos,
outros afagos, outros beijos,
outros abraços.
Procura lá fora o que não encontras
dentro de ti:
a razão, a emoção, a paz.
Vai, amor, ancora logo teu navio
que já viajou por tantos mares,
parou em tantos portos
e nas diversas docas só encontrou
a passagem, o efêmero.
Vai, amor, descansa de tuas lidas,
de tuas desditas, de teus dissabores,
de tuas angústias
e procura nos colos que te oferecem
a verdadeira essência da vida:
o Amor
– aquele Amor que ama sem nome - ,
que não quer nada em troca.
Aquele Amor que desde tenra infância
ansiosamente buscas.
Aquele Amor que procuraste
nos olhos de todas as mulheres
com quem deitaste,
com quem satisfizeste o prazer do teu sexo,
o teu poderio de macho.
Vai, amor, e medita num canto qualquer
da tua alcova,
buscando dentro de ti,
finalmente,
o Amor tão sonhado.
Deixa as angústias para trás,
deixa os amores fugidios,
pois tudo é passado.
Deixa tudo ao sabor do Tempo,
implacável Tempo que sempre nos encontra
nas esquinas da vida.
Vai, amor,
e sê, tu,
finalmente,
Feliz!
POEMAS DE ESTRELAS
criança não desabrochada...
sonhos não aflorados, sou!
sorriso não esboçado...
alegria represada, sou!
beijo proibido...
carícias guardadas, sou!
juras de amor não expressas...
paixão escondida, sou!
mágoas dissipadas...
perdão declarado, sou!
pranto contido...
viagem marcada, sou!
saudade domada...
ternura latente, sou!
cantigas de amor esquecidas...
prece por fazer, sou!
pedra bruta a ser lapidada...
verso maturescente, sou!
enquanto houver tempo...
toda eu Esperança, sou!
Depois, alçarei voo livre...
compondo poemas com punhados de estrelas!
(1995)
MARIA VILMA NASCIMENTO CAMPOS
Presidente-Perpétuo do GPL
MAURA SOARES
[11.09.2011, 08.55h]
[In: Frederico e as Mulheres, p.66, inédito]
Casario açoriano. Ribeirão da Ilha.
Foto: Edmar Almeida Bernardes.
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PROMOVENDO...POETAS DO GRUPO!
SONHOS
DIVINO VENENO
Sonhos coloridos
Pintados e retocados
Mais de uma vez refeitos
Agora bem feitos
Sem serem trocados
Na grande tela da vida
Pintados e expressados
O vento que zumbe,
ancora, em meu ser,
o teu sutil aroma.
Amarra as lembranças
que se negam ao tempo morrer.
E passas,por esta vida,
em graciosa harmonia,
a todos alucinando.
Ah, fascinante olhar
que faz gemer minh´alma.
Sufocas, com o silêncio tumular da indiferença
e sem piedade, o calor desta paixão.
Assim, só resta o sofrimento,
veneno doce destilado da divina essência
que me mata de tanto amor.
Sonho azul
Verde amarelo
Sonhos de todas as cores
Multicolores
No parque infantil
Sonhados por todas as raças
Acreditando ser adulto
Às vezes sem graça
São sonhos sonhados em todas as praças
Sonhos fascinantes
Em jovens mentes brilhantes
Que não acordam
Continuam sonhando
Como farsantes
Iludem pesadelos
Criam figurantes
Mudando a trajetória da história
Fazendo sonhar com a glória
SINVAL SANTOS DA SILVEIRA
(30.07.2010)
Sonhos preto e branco
Sem tensão
Sem nenhuma excitação
Sonho de nanquim
Sonho transparente
Sonho sono lento
Quase acordado
Sonho de velho
Acreditando ter sonhado
O que viveu acordado
O TEMPO E A VIDA
No mundo não se corre
Anda-se.
A vida não dá certezas
Para ninguém
Às vezes...
É uma doce ilusão
Outras...
Um divino mistério profundo
O Tempo não anda para trás
MARISTELA GIASSI
“Viver é não ter a vergonha
De ser feliz!”
O bem e o mal
Tem que estar sempre juntos
Para que o homem possa escolher
O tempo de batalha é a mente humana
Todos os dias temos de agradecer
Aos Tempos que nos trouxeram até aqui.
THEREZINHA CACILDA MONTEIRO MANN
Pássaro na praia do Bom Abrigo. Florianópolis, SC
Foto: Maristela Giassi
37
PROMOVENDO...POETAS DO GRUPO!
ENTREGUE-SE AO AMOR...
SONS DO SILÊNCIO
Você nunca conhecerá o Amor
se não se entregar a ele...
porque o Amor não é um sentimento,
é uma habilidade!
É preciso ser talentoso para Amar!
É preciso algumas renúncias para se entregar!
O Amor muda a gente.
Ele ilumina seu mundo como ninguém...
... e você sente o raiar do sol
os tons da noite acabando
...o uivo do vento soprando
refrescando seu olhar
... a canção das águas...
as folhas colorindo o ar.
Um dia você se pega poetando
Sentindo o perfume de uma flor
Você não percebe, não vê
Mas sente que é Amor.
Ele chegou sorrateiro e lhe fez sonhador
Com olhar distante...
o ontem e o hoje mudaram
e se ficar um tempo...
Ricas experiências em sua vida
com o dom da convivência que o encantou!
Você verá toda a cidade passar...
Sua vida se modificar
O carinho lhe tocar
E então...simplesmente aprendeu a Amar.
Ouço os sons do silêncio.
São muitos e diferem com o momento.
É no silêncio que busco a inspiração para a vida.
Ele emite sons de esperança, de volta e não de partida.
O silêncio mais profundo reserva-se para a morte.
As vozes de além-túmulo nos falam de um mundo melhor.
É no silêncio da morte
que os sons se fazem ouvir com maior profundidade.
É este o silêncio que fala
da vida que cala vozes e acende muitas luzes
para uma vida melhor.
Ah! Se todos ouvissem o som do silêncio profundo
tenho certeza que o mundo seria muito melhor.
Ouço vozes do silêncio
nos gestos que dizem querer alcançar a eternidade.
Ouço as vozes da vida querendo a felicidade.
Ouço o profundo silêncio
que habita dentro de mim e que me faz consciente
que esta vida,minha vida
Mais dia, menos dia certamente terá fim.
ZEULA SOARES
(11.02.1999)
VERA PORTELLA
VISTA CANSADA
Acho que foi Hemingway quem disse que olhava cada
coisa à sua volta como se visse pela última vez.
Pela última ou pela primeira vez? Pela primeira vez foi
outro escritor quem disse.
Essa ideia de olhar pela ultima vez tem algo de deprimente.
Olhar de despedida, de quem não crê que a vida continua, não
admira que o Hemingway tenha acabado como acabou.
Fugiu enquanto pôde do desespero que o roia - e daquele tiro
brutal.
Se eu morrer, morre comigo um certo modo de ver, disse o poeta.
Um poeta é só isto: um certo modo de ver. O diabo é que, de
tanto ver, a gente banaliza o olhar. Vê não-vendo.
Experimente ver pela primeira vez o que você vê todo dia, sem
ver. Parece fácil, mas não é.
O que nos cerca, o que nos é familiar, já não desperta curiosidade. O campo visual da nossa rotina é como um vazio.
(...)
O poeta é capaz de ver pela primeira vez o que, de fato, ninguém vê.
(...)
Nossos olhos se gastam no dia-a-dia, opacos. É por aí que se
instala no coração o monstro da indiferença.
Carlos Piccoli em seu sítio. Tijucas, SC
Quando citamos em nossos poemas a expressão “aquele Amor
que ama sem nome”, sempre nos vem à mente a figura de
CARLOS PICCOLI. Escolhemos esta foto, pois estava descontraído, prestes a abrir um vinho e ofertar aos seus visitantes.
Carlos é uma pessoa abnegada, desprendida de bens materiais. Assumiu como Missão de Vida cuidar de seu irmão Claudio, até seu desencarne.
Esta Revista deve a ele suas edições,desde seu ingresso no
Grupo.
Obrigada, Carlos, por tudo o que tem feito e por fazer parte
de nossas vidas.
OTTO LARA RESENDE , jornalista
(homenagem da RVS a este grande jornalista)
38
BIBLIOTECA DOS POETAS “MARIA VILMA NASCIMENTO CAMPOS
No primeiro semestre de 2013, nosso acervo bibliográfico ficou mais enriquecido com a doação de obras dos mais diversos autores, e também jornais, revistas, boletins e zines.
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Do associado António José Barradas Barroso, de Parede, Portugal, a obra resultado do XVI Concurso Literário Manuel Maria
Barbosa Du Bocage, em que António classificou-se em 1o. Lugar
com a obra “A Bocage” (soneto). Na edição, classificada em
Conto, Maria de Fátima Clemente Bica, com “O dia em que Augusta morreu e depois merendou com as amigas” e prêmio revelação para “Princesa de Gama”, de Vânia Rebola Pimenta.
De Samuel da Costa, de Itajaí, Revista O Estilingue, ano VII, n.
11, dezembro 2012/ fevereiro 2013.
De Antonio Pereira de Mello, Santa Maria,RS: Diario de Los Poetas 3+1, ano 10,nº.52, janeiro 2011.
Idem, Jornal Literarte, da Federação Brasileira de Alternativos
Culturais, ano XXVIII,n. 335, janeiro 2013, São Paulo.
Da FCC- Fundação Catarinense de Cultura, o suplemento cultural Ô Catarina!, nºs 73 e 74, ano 2011.
De Antonio Pereira Mello,Santa Maria,RS, Jornal Letras Santiaguenses, ano 17, n. 102,Nov/dez 2012, de Santiago, RS.
Idem Jornal Letras Santiaguenses,n. 103, ano 17, jan/fev 2013.
Santiago, RS.Exemplar também enviado pelo editor Auri Sudati,
Idem Zine “Jornal do Sábio” n. 491/2013, editado por Antonio
Fernando de Andrade, Recife, PE.
Idem Zine “As Acadêmicas”, ano 14, n. 178, dez. 2012, de Regina Menezes Loureiro, de Vitória, ES.
Idem Jornal A Voz
De Luiz Fernandes da Silva, João Pessoa, PB, Caderno 2 de A
União, 23.12.2012, sobre o escritor Graciliano Ramos.
Idem, recorte de Jornal sobre o escritor Charles Dickens.
Idem, Recortes de Jornais Semanário O Combate (extinto), com
texto de sua autoria “A obra poética de Nísia Nóbrega”.
Idem recorte do Jornal A União (122 anos de existência), com
texto de sua autoria “A linha poética de Luiz Peixoto Ramos”.
Do escritor catarinense Celestino Sachet, sua obra “A literatura
dos catarinenses — Espaços e caminhos de uma identidade—
Poema. Prosa. Teatro. Nesta obra são citados membros do Grupo de Poetas Livres, com suas obras editadas.
De Marco Marques, Porto Alegre, RS, em 22.2.2013, o Jornal “O
Nheçuano”, ano 4,n. 16, jan/fev 2013, de Roque Gonzales, RS.
Da presidente do GPL, Documento encadernado do Relatório
das Atividades do Grupo em 2012, com cópia entregue na Assembleia Legislativa e na Secretaria Regional do Continente.
Idem,da presidente do GPL, doação do Suplemento Literário A
Ilha,março 2013,n.124, ano XXXII, com poema dela e do associa
do Júlio de Queiroz.
Do associado Celso João de Souza, Revista Passatempoesia, da
Academia de Letras de Nova Trento, ano 01, n. 05,dezembro
2012.
Idem, Jornal Vozes de Canelinha, do Grupescente (Grupo de Poetas e Escritores Sol Nascente), ano V, n. 79,março 2013.
De Luiz Fernandes da Silva, João Pessoa, PB, a obra de Itapuan
Bôtto Targino,”Centenário de Humberto Nóbrega—Médico e escritor”.(esta obra foi doada ao Instituto Histórico e Geográfico de
Santa Catarina, haja vista que o homenageado pertenceu ao IHG
Paraibano).
De Silvério da Costa, Chapecó, SC, recorte do jornal Sulbrasil,
ano 19, n. 5640, de21.3.2013, com sua coluna Fronte Cultural,
na qual publica o poema Bacante, da presidente do GPL.
Da presidente do GPL, recorte do Jornal Notícias do Dia, 11 de
abril 2013, ano 8.n. 2209, traz reportagem de página inteira sobre o GPL, intitulada “Pra que serve a poesia?, reportagem de
Carol Macario e traz fotos com membros do grupo.
Da ANE— Associação Nacional de Escritores, Jornal ano VIII, n.
50,fev/março 2013, “ANE — Meio Século de Existência”.
De Ernesto Wenth Filho, suas obras “Imagens e Poesias” e
“Pensamentos e Conjecturas”.
De Luigi Maurizi, suas obras “Brisa de Acasos” e “Sorversos”.
De Valdir Appel, sua obra “Na boca do sol”.
De Anselmo Boos, Gênice Suavi e Saulo Adami, a obra “Eu sou
Anselmo Boos”.
De Saulo Adami, suas obras “Kuranda” , “Palavra tardia”,
“Kuranda do Espaço” e “Kuranda do Norte.
De Saulo Adami e Tina Rosa, a obra “Duplo girassol”.
De Saulo Adami, Tina Rosa e Gênice Suavi, “Jornais de Hontem”
Manoel Ferreira de Miranda e o primeiro Diário de Itajahy”.
De Saulo Adami e Celso Deucher, a obra”A revolução do voto.
20 anos do voto eletrônico no Brasil”.
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Da presidente do GPL Revista A Figueira, ano XVI,n.
140, dezembro 2006 e Revista A Figueira, ano XVII,n. 142,março-abril-maio 2007.
De Denise Bittencourt, sua obra “Sua felicidade está
em você.Mulheres contam histórias de superação”.
De Antonio Pereira Mello, Santa Maria, RS, Zine As
Acadêmicas, ano 14, n. 179, janeiro 2013.
Idem Jornal Manifesto, ano II,Centro Oeste.Minas
Gerais, n. 13, dezembro 86.
Idem Jornal Letras Santiaguenses ano 17,n. 104,
março-abril 2013,com poemas seus.
Da presidente do GPL, a obra “A viagem da Sabedoria”, de Andy Andrews.
Idem os livretos de Literatura de Cordel de Abdias
Campos, com os títulos : “Lampião: herói ou bandido”; “A peleja de João Mechíades e Lino Pedra Verde acerca do Reinado do Descoberto”; “Versos diários de um poeta”; “Hoje Teatro de Mamulengo”; “O
casamento de Maria do Mercado com o poeta de
Cordé em um romance de feira”. Todos editados em
Recife, em 2006-2007.
De Luiz Fernandes da Silva, João Pessoa, Paraiba,recortes de jornais “A Voz da Crítica”,com textos
de sua autoria “Uma interpretação sobre Elizabeth
Marinheiro” e “A voz e a vez de Francisco”, do Jornal
O Dia (28.1.2012).
Do IHGSC, Boletim n. 172, ano XV, março 2013, com
capa da RVS 39 e cita Maura, Leatrice Moelmann e
Julio de Queiroz.
Da presidente do GPL, entrega de dois volumes encadernados com os adesivos do Projeto Viajando
com Poesia.
Da ASAJOL, Academia São José de Letras, Boletim
O Trinta-Réis, abril-maio 2013, ano XVII,n. 68.
Idem Boletim O Trinta-Réis, março 2013, ano XVII,n.67.
De Zeli Maria Dorcina a obra de autoria de Marianinha Bicca Piazza ”Fifi e seus amigos”. Obra doada
para o setor infantil da Biblioteca Barreiros Filho.
Da FCC (citada), Suplemento Cultural de Santa Catarina n. 77 (Ô Catarina!).2o. Trimestre de 2013.
De Marco Marques, Porto Alegre, RS, a Revista
“Vaia”, n.33, maio de 2013.
Idem, o Jornal O Nheçuano, ano 4, n. 17, abril-maio
2013, Roque Gonzales, RS.
Do presidente da Academia de Letras dos Militares
Estatuais, Cel. RRM Roberto Rodrigues de Menezes,
o número 01, Ano 1, maio 2013, da Revista O Clarim,com textos de seus acadêmicos, entre biografias,
crônicas e poesias.
De Samuel da Costa, de Itajaí, o número 12 de abril,
maio, junho 2013,da Revista O Estilingue.
De Sonia Ripoll, presidente da Academia de Letras
de Palhoça, o Boletim Flor de Lis, da ALP. Ano II, n.
2, fevereiro de 2013.
De Sonia Ripoll, o volume 1—2013, da Academia de
Letras de Palhoça—Sua História.
Do poeta Malungo, de Olinda, Recife, o Alternativo
“De cara com a Poesia” , n. 58, julho 2012 e n. 59,
dezembro 2012.
De Ivan, Alternativo “Papa-Figo”, ano XXIX, n; 337,
outubro 2012, editado por Ivan Pé-de-Mesa, Recife,PE.
De Maura Soares, o nº 125, Ano 33, junho/2013, do
Suplemento A Ilha, na página 13 sua crônica A Mãe.
Neste número, poema do associado Julio de Queiroz.
ACONTECEU...
No primeiro semestre de 2013, aconteceu:
===Dia 4 de janeiro de 2013, no auditório Abelardo Sousa, da
Biblioteca prof.Barreiros Filho, Maura, Eloah e Ivan, representaram o GPL na posse do Secretário Regional do Continente, João
Batista Nunes.
===Do nosso poetamigo de Saitama,Japão, Edweine Loureiro,
brasileiro de Manaus e radicado no país asiático, registramos
seus prêmios recebidos no primeiro semestre de 2013, através
de alguns emails:
===O conto “O Natal de Lúcifer” ficou entre os 10 selecionados
para a Antologia “Natais fantásticos”. Recebeu 3º lugar entre os 5
premiados no Concurso Literário Poema de Natal, organizado
pela República dos Autores. Seus poemas Réveillon,Réveillon
Japonês, A Iemanjá, Tic-Tac, foram publicados no site da Revista
Benfazeja, com o título da matéria “A poesia minimalista de Edweine Loureiro,Tema: “Celebração do Ano Novo”. Recebeu 2º
prêmio na Espanha e primeiro de 2013 com o microconto Gênesis, também escrito em Espanhol Génesis, que compõe a Antologia do II Certamen Internacional mundopalavras de Microrrelatos.
O poema “Aflição” obteve Menção Honrosa Internacional no VIII
Concurso Literário “Poesias sem Fronteiras”. Ficou entre os 20
finalistas do Concurso Poesiarte; Obteve o 2o. Lugar com o poema “Memórias Póstumas de Quincas Borba” no Prêmio Valdeck
de Almeida, referente a 2012. Tornou-se co-editor da seção de
Concursos Literários da Revista Benfazeja. Seus microcontos do
3º Concurso de Microcontos de Jundiaí foram publicados em antologia. Seu poema “Receita” foi publicado na Antologia do I Concurso de Poesias da Big Time Editora. Seu poema “Filho da Floresta” obteve 1º lugar no VII Concurso Poesiarte (Arraial do Cabo, RJ). Sua resenha “Vestígios do Dia” e o conto “Tem pagode
no Kibutz?”, foram publicados na Revista Samizdat n. 35. Foi
premiado com obra da livraria Sancho Panza, da Espanha, que
mencionou seu microconto “El suplicio de um Microcuentista” como o mais criativo na homenagem a Augusto Monterroso, no
concurso “Esta Noche te Cuento”. Seu texto “Laços de Família”
foi publicado na Antologia referente ao Concurso Nacional Sul
Info de Minicontos(RS). Ficou em 5º lugar no Desafio dos Escritores—Contos do Vaticano 2013. Foi classificado para a Antologia “Os Anjos Negros da Poesia”, com a obra “Irrequieta”. Classificado para a 2a. etapa do Filma Brasil,com o curta-metragem
“Água Viva”. No 3º Concurso Literário Castro Alves, da Academia Rio-Grandina de Letras, obteve dupla classificação, Categoria Internacional, 2º lugar “Poemeto a Castro Alves” e 3º lugar
com “A confissão de Gregório de Matos ao Padre Antonio Vieira”.
Seu poema “Exércitos”, classificado na Categoria Epanalépse,
faz parte da obra “Trajes poéticos”. Seu poema já citado,”Memórias póstumas de Quincas Borba” participou do 27º Salão Internacional do Livro e Imprensa,Genebra(Suiça) no livro referente ao Prêmio Valdeck Almeida de Jesus. Seu microconto
“Indumentária” foi um dos 25 finalistas no Concurso de MicroJareño-Relatos, apoiado pelo Museu da Biblioteca Nacional da
Espanha. Seu curta-metragem “Água Viva” ficou entre os 10 melhores do Concurso Filma Brasil. Seu microconto Gran Hermano,
em homenagem à obra “1984”, de George Orwell, recebeu Menção Honrosa. Foi indicado para receber o Press Award Japão,
para premiação especial(em maio). Ficou entre os 20 selecionados de 747 participantes, no I Concurso de Microcontos Autores
S/A. Seu microconto “En la Plaza Del Pilar” foi publicado na Revista La Calle de Todos,de Zaragoza, Espanha.
Estes e muitos mais prêmios e publicações que nosso caro poeta
recebeu somente no primeiro semestre de 2013, como frisamos
no início.
Nossos registros:
===No final de 2012,Márcia Reis Bittencourt, do GPL, registrou
que a estudante de Canelinha, Daiana Suelen Rosa, da EEB
Profª Minervina Laus, foi a vencedora do Concurso de Soletração
da UNIASSELVI / ASSEVINM. A jovem de 17 anos ganhou uma
Bolsa de Estudos, integral, optando pelo Curso de Arquitetura e
Urbanismo. A 2a. Colocada foi a aluna Eduarda Lurdes Cipriani,
da EEB Governador Ivo Silveira, também de Canelinha. Esta prática de soletração é muito usada em colégios dos Estados Uni-
dos. Fazem concurso e só alunos muito capazes,vencem. Os
nossos antigos professores de Inglês,aqui de Floria nópolis, também utilizavam a prática do “spelling”. A RVS parabeniza Daiana
e Eduarda.
===Dia 19 de janeiro de 2013, Sueli Rodrigues Bittencourt, do
GPL, lançou o Programa Construpaz—Construção da Paz, do
Projeto Paz e Poesia, da qual é idealizadora e coordenadora. Está em sua página na internet e encaminhou a todos os colégios
visando criar um espaço de discussão e reflexão sobre paz, violência e assuntos correlatos.
===Dia 02 de março de 2013, em Governador Celso Ramos, aconteceu a Abertura do Ano Literário da ALB/SC—Academia de
Letras do Brasil, com entrega da Medalha Poeta Célio Gilberto
da Silva para Heralda Victor, Maura Soares e Neusita Luz de
Azevedo Churkin, todas do GPL, entre outros agraciados.
===Dia 23 de fevereiro de 2013, o GPL recebeu email da Sra.
Walburga de Saxe-Coburgo e Bragança, Arquiduquesa da Áustria, apresentada a Maura e Therezinha Cacilda em evento em Treze Tilias, respondendo ao recebimento da RVS n.39. Eis seu comentário: “Agradeço a Revista do Grupo de Poetas Livres. Estou
lendo as simpáticas — às vezes alegres, às vezes tristes — mas
todas profundas e românticas poesias. Como são belas estas poesias, cheias de sensibilidade e amor. Eu estou lendo todas com
atenção e noto que entre os poetas encontram-se também estrangeiros: portugueses e espanhóis—há mesmo uma poesia em
alemão (que é de resto muito bonita). A “Oração do Poeta” de
Zeula Soares é magnífica! Linda a poesia de Márcia Reis Bittencourt, responsável pelo sucesso da sua iniciativa,incentivando
alunos em escrever poemas. Tantas outras poesias me impressionam e entusiasmam — “O Verbo”, de Leatrice Moellmann,
“Tempestade de Sofrimento”, de Valter Osvaldo Sant´Ana e não
por último “Bacante” de autoria da senhora. Gosto muito do interessante “Concurso On-line”, com os poemas de saudade, poesias como “Súplica da Árvore” que é uma poesia maravilhosa.
Com admiração vejo que a cara D.Therezinha Monteiro Mann
lançou um livro. Parabéns para ela! P.S. No momento estou em
Baden perto de Viena e tenho somente um teclado alemão à disposição. Walli.
Sra. Walburga de Saxe-Corburgo e Bragança com Therezinha Cacilda, em Treze
Tilias, novembro 2012, ocasião em que
The.Cacilda presentou-a com seus livros e
a obra de Jelena Ribeiro, “A noite em que
os céus se abrem”.
O GPL entregou a RVS n.39.
===Registro em reunião de 7 de março de 2013, que Doralice
Silva e Antonia Maria Gama, participaram em 12 de dezembro de
2012, da peça de Natal encenada pelo Teatro da 3a. Idade, de
São José, em que Doralice foi a narradora.
===Registro em reunião de 7 de março de 2013, que Celso João
de Souza trabalhou, em Biguaçu, na época de Natal, dezembro
de 2012, na Cantoria do Terno de Reis, percorrendo os recantos
do município cantando e declamando poesias alusivas à data.
===Dia 7 de março de 2013, Sandra Regina Clara N. Pinto registrou sua participação, pelo Hemosc, de corrida na beira-mar da
Ilha — Corrida da Mulher — tendo recebido Medalha. “Mens sana in corpore sano”— o lema de Sandra.
===Dia 13 de março de 2013, na Casa José Boiteux, Abertura do
Ano Acadêmico do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina, com palestra do Pe. José Artulino Besen, pelas comemorações dos 300 anos da criação da Paróquia de Nossa Senhora
do Desterro. A presidente Maura representou o GPL.
===Dia 16 de março de 2013, em Blumenau, no Teatro Carlos
Gomes, Celso João de Souza declamou poesia, representou o
GPL na posse da diretoria da Academia de Letras do Brasil, cujo
presidente da região catarinense é o escritor Miguel João Simão.
===Dia 21 de março de 2013, a Portaria 01/2013,designou Eloah
Westphalen Naschenweng como responsável pela página do
Grupo de Poetas Livres, na internet.
40
ACONTECEU...
===Registro na reunião de 21 de março de 2013, que Maura,
Sueli e António José Barradas Barroso, participaram da 1a. Antologia Logos-Fénix, de Portugal, com seus poemas. Maura comunicou que também está na Coletânea de Portugal—Fénix—
com seus poemas e textos.
===Registro na reunião de 21 de março de 2013, da participação de 24 membros do Grupo,na obra do prof. Celestino Sachet,
“A literatura dos catarinenses”.
===Registro na reunião de 21 de março de 2013, que Celso J.
de Souza, dia 16 esteve na Rádio Tijucas e declamou poemas.
===Dia 27 de março de 2013, Maura participou, representando
o GPL, nas comemorações dos 18 anos da ACPCC-Associação
dos Cronistas, Poetas e Contistas Catarinenses, tendo por local
o Auditório do Palácio Cruz e Sousa.
===Em abril de 2013, registro da participação do escritor e poeta Luiz Carlos Amorim,no 27º Salão Internacional do Livro de
Genebra (Suiça). Nascido em Corupá, SC, Amorim foi o único
catarinense que participou do evento este ano, lançando três
obras: “Nação Poesia”; “Borboletas nos Jacatirões” e “O Rio da
minha cidade”, esta agraciada com a Menção Honrosa nos Prêmios Literários Cidade de Manaus.
===Em carta de abril, do escritor de João Pessoa, PB, Luiz Fernandes da Silva, comunica o GPL do falecimento do poeta Lari
Franceschetto, de Veranópolis, RS, que era amigo do Grupo.
===Dia 5 de abril de 2013, Maura esteve na sede da OAB/SC,
para a Sessão Solene de Instalação e Posse da Academia Catarinense de Letras Jurídicas, tendo como presidente e vicepresidente, os confrades Cesar Luiz Pasold e José Isaac Pilati,
respectivamente.
===Dia 6 de abril de 2013, a jornalista Carol Macário e a fotógrafa Janine, na residência da presidente do GPL, fizeram reportagem sobre o Grupo, para o Jornal Notícias do Dia, haja vista as comemorações dos 15 anos do Grupo. Eloah W. Naschenweng também participou, respondendo perguntas. Eloah doou
seu E-Book, “A Dança da Vida” e Maura doou a 7a. Antologia e
números da RVS.
Sueli Rodrigues Bittencourt declamou seu poema-acróstico
“Aniversário do GPL”:
Grupo de Poetas Livres!
Reúne-se hoje em festa!...
Uns mais jovens,outros, idosos...
Porém, todos com a mesma meta.
O aniversário de quinze anos.
11 de Abril de 2013—Sessão comemorativa aos 15 Anos do
Grupo de Poetas Livres, tendo por local o Auditório Abelardo Sousa, da Biblioteca Pública Municipal Prof. Francisco
Barreiros Filho.
Nessa sessão comemorativa estiveram presentes:João Batista
Nunes, Secretário Regional do Continente; Roberto Rodrigues
de Menezes, presidente da ALMESC; Maria do Carmo Tridapalli
Facchini, presidente da Acad. Letras de Nova Trento; Rosimeri
Tridapalli, presidente da Assoc. de Teatro Anima Trentina, de
Nova Trento; Hiamir Polli, presidente da ADL; Susana Zilli de
Mello, repres. a ACALLE e a ACPCC; Maritza Fabiane Messini,
diretora da Biblioteca Pública Prof.Barreiros Filho; Augusto Barbosa Coura Neto, da ADL; Nelcy Mendes, da Edit.Papa-Livro;
Kátia Rebello, da ADL; Ivens Antônio Scherer, da ACALLE; Fernando Cesar Gomes Machado,presidente do INGESC; membros da Associação Coral Hospital Florianópolis. Associados do
GPL presentes: Antonia M Gama; Zeli Maria Dorcina; Eloah
W.Naschenweng; Alzemiro L Vieira; Stela Máris Alves; Sandra
Regina C.N.Pinto; Therezinha Cacilda M. Mann; Ana Cristina R.
Cascaes; Eunice Tavares; Maurilia Freitas; Zeula Soares; Ivan A
Pereira; Celso J Souza; Manoel Mario R Bittencourt; Airton da
Silveira Filho; Alcides Calazans; Maria A Pereira; Doralice Silva;
Carlos Piccoli; Vera Portella; Sinval Silveira; Sueli R Bittencourt;
Maura Soares. No Cerimonial, a presidente registrou as comunicações recebidas e votos de boa sessão, destacando o representante do GPL na Argentina Donato Ramos que enviou “un
saludo a todos y mucha Paz”. No Editorial lembrou sobre a fundação do Grupo em 13 de abril de 1998, por Maria Vilma Nascimento Campos, comentou sobre a 7a. Antologia “Os mais belos
poemas do Grupo de Poetas Livres”, obra assinada por 36 poetas do Grupo entre efetivos e correspondentes, que homenageia
seus poetas em páginas especiais: Maria Vilma Campos, Adelício Manoel Campos(Licinho) e Maurilia Freitas. Registrou as outras publicações do Grupo, seus Projetos Doce Poema, Viajando com Poesia, O escritor e sua obra.
Agradeceu a sonorização pelo técnico Helinho Sol.
===Dia 19 de abril de 2013, Celso João de Souza em Santo Amaro da Imperatriz, participou de comemorações junto ao Grupo
de Senhoras daquele município, declamou poemas e fez entrega de exemplar da 7a. Antologia.
===Dia 25 de abril de 2013, em reunião, Maura comentou sobre
a decisão do governo do Estado em entregar o Teatro Álvaro de
Carvalho para o SESC.Disse que publicou carta sobre o assunto
no Jornal Noticias do Dia.
===Dia 25 de abril de 2013, Celso João de Souza registrou que
fez um Pasquim sobre coisas engraçadas do município de Palhoça, por ocasião do aniversário de emancipação política do
município, que ocorre em abril.
===Dias 27 de abril a 12 de maio, na Feira do Livro de Santa
Maria,RS, nosso poetamigo Antonio Pereira Mello compareceu,
representando a Casa do Poeta de Santa Maria-CAPOSM.
===Dia 2 de maio de 2013, Sandra Regina Clara Nepomoceno
Pinto, em reunião do GPL, apresentou a vida e a obra do escritor português Luis Serguilha, dentro do Projeto O Escritor e Sua
Obra. Serguilha trabalha a metalinguagem na poesia e tem recebido prêmios por seu trabalho.
===Dia 9 de maio de 2013, dentro do Projeto O Escritor e Sua
Obra, Vera Portella apresentou biografia do escritor gaúcho Apolinário Porto-Alegre, que foi poeta, romancista, contista, teatrólogo, filólogo, biógrafo crítico e historiógrafo.
===Dia 13 de maio de 2013,nos estúdios da RBSTV,Celso
J.Souza e Zeli M.Dorcina compareceram ao Jornal do Almoço,
pelo GPL, no dia do lançamento do Prêmio RBS de Educação
para Entender o Mundo.
===Dia 14 de maio de 2013, na Biblioteca Barreiros Filho, Eloah
W. Naschenweng e Maura Soares, pelo GPL, participaram de
reunião com a diretora Maritza Fabiane Celestino com vistas a
apoiar o Projeto Biblioteca Itinerante e os membros do GPL e
dos grupos presentes serem padrinhos da Sala Infantil. Presentes: Cesar A.Rossi, Teatro de Bonecos; Laura M.G.Almeida, pela Associação Coral HospitalFlorianópolis; Vera Costa, pelo
Gratta; Luciano José Silva, pelo Grupo Agnus Dei.
De atividades, comemorar!...
E então...Poetar e cantar...
(e cantar, e cantar...)
Poetas de todas as crenças...
Ovacionam...Cantam o amor!
E louvam o alívio da dor!
Trabalhando pela paz,
A educação incentivam,
Saudando o bom professor!
Livres por natureza,
Investem no que acreditam,
Vibram por um mundo melhor!
Recusando sempre o pior!...
Em plena harmonia aí se vive!
SALVE O GRUPO DE POETAS LIVRES!
Na sequência da programação de aniversário, uma Roda de
Poesia com os poetas do GPL:Maria da Anunciação, Zeli, Sandra, Vera, Ana Cristina, Doralice, Antonia, Eloah, Alzemiro, Celso, Alcides, Sinval, Carlos, Stela Máris, Sueli, Maurilia e Maura
(esta apresentou a Oração do Poeta, de Zeula Soares).
Em seguida, a apresentação musical de Manoel Mário Reis
Bittencourt, do GPL, apresentando-se ao violino.
Finalizando a programação a apresentação da Associação Coral Hospital Florianópolis, regida pelo maestro Fernando Tadeu de Carli. Uma noite memorável!
41
ACONTECEU...
===Dia 16 de maio de 2013, Neusita representou o GPL na
Sessão Solene de Emancipação Político-Administrativa de Biguaçu.
===Dia 27 de maio de 2013, na Abertura da Festa do Pinhão,
em Lages, Carlos Picolli representou o GPL declamando seu
poema “Semente de Araucária”.
===Dias 27 e 28 de maio de 2013, no Auditório do Tribunal de
Contas do Estado, Maura e Therezinha representaram o GPL
no Seminário alusivo ao Ano de Portugal no Brasil, promovido
pelo Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina.
===Dia 28 de maio de 2013,no Plenário da Câmara Municipal
de Florianópolis, a Sessão Solene da Academia Desterrense de
Letras, para entrega do Prêmio Vilson Mendes de Literatura ao
Prof.Dr. Celestino Sachet. Esse dia também marcou os 15 anos
da ADL. Heralda, Alzemiro, Maura compareceram pelo GPL.
===Dia 5 de junho de 2013, o lançamento da 9a. Edição do
Concurso On-line, 2º Prêmio Licinho Campos de Poesias de
Amor, com vigência até 30 de setembro de 2013.
===Dia 6 de junho de 2013, na Biblioteca Prof. Barreiros Filho,
o lançamento da obra de Áurea de Mello Baldissera, do Grupo
de Poetas Livres,”Desdobrando”. Apresentação Musical de
Cacildo Silva, Rita de Cássia Dircksen e Luciano Zanetti. Participações Especiais de Alzemiro Lídio Vieira e Celso João de
Souza. Compareceram pelo GPL: Alzemiro,Celso, Cacildo, Antonia Maria, Doralice, Stela Máris, Zeula, Heralda, Sandra, Sinval, Neusita, Eunice, Maristela, Eloah, Zeli Maria, Airton. Pela
ADL, Augusto B. Coura Neto e Kátia Rebello.Maritza Fabiane,
Edu, Leia, Silvana e Nilza, pela Biblioteca. Coquetel por Jean
Carvalho Chef, Ivonete & Filhos e Moisés Garcom. A sonorização esteve a cargo do prof. Adair Lima. Cacildo, Rita de Cássia
e Luciano receberam Certificado pela Participação Musical.
Maura atuou no Cerimonial. A RVS cumprimenta Áurea por este lançamento.
Cultura de São José com vistas a preparar intercâmbio entre
aquela Secretaria e o Grupo de Poetas Livres.
===Dia 13 de junho de 2013, dentro do Projeto O Escritor e Sua Obra, Eloah W. Naschenweng apresentou vida e obra do escritor catarinense Luiz Delfino, considerado um dos príncipes
da poesia brasileira. Nesse dia 13, o Aniversário da associada
Antonia Maria Gama, que está preparando seu primeiro livro.
===Dia 15 de junho de 2013, Heralda, Maura e Alzemiro estiveram na posse de Kátia Rebello na Academia São José de Letras, cujo presidente é o confrade Artemio Zanon..
===Dia 17 de junho de 2013,no Shopping Via Catarina, Celso
João de Souza se apresentou com poemas e músicas.
===Dia 27 de junho de 2013, na sede da Academia Catarinense de Letras, Heralda Victor representou o GPL no lançamento
da obra “Reino das Estrelas”, de Zenilda Nunes Lins, e declamou um poema de Hoyêdo de Gouvêa Lins.
===Dia 27 de junho de 2013, Alzemiro L. Vieira apresentou seu
Recital “Retina da Alma”,dentro do Projeto O Escritor e sua obra, numa prévia para o final do ano acadêmico de 2013.
===Registro: O poeta catarinense Emanuel Medeiros Vieira
obteve 1º lugar em Concurso Nacional com seu poema
“Borges”, publicado no site Congresso em Foco. Seu outro poema “Agregar”, também recebeu 1º lugar em Concurso Nacional
de Poesia.
===Registro: O Grupo Ritus Senior, de Madri, Espanha, recebeu Placa de Las Cáritas Parroquiales de Arganda Del Rey.
Pelo beneficio em prol dos necessitados. O Grupo é presidido
por Manuel Gonzalez Alvarez.
===Registro:José Luiz Amorim, do GPL, lança pela internet, no
Youtube, seu Projeto “O Poeta e o Artista”. Consiste em convidar artistas a interpretar suas canções em parceria com Naya
Rodrigues. O primeiro vídeo apresenta João de Paula, ao violão interpretando “Ode ao violão”.
===Dia 18 de junho, na Câmara Municipal da Palhoça, a Academia de Letras de Palhoça entregou o Prêmio Ivo Silveira a
Juarez Naas e aos presidentes das Academias de Letras. Celso representou o GPL.
===Dia 7 de junho de 2013, Márcia Reis Bittencourt registra
que representou o GPL na apresentação do Grupo Kamada, de
Copiapo, Chile, no Teatro da UBRO, dia 4 e dias 5 e 6, em Tijucas e Canelinha. Márcia doou a 7a. Antologia.
===Dia 11 de junho de 2013, Celso esteve na TV Prisma, de
São José, participando de programa e declamando poesias.
=== Dia 12 de junho de 2013,no Coreto da Praça de São José,
Celso declamou poesias, deu entrevista à TV São José , como
Talento do Bairro, comentando sobre o GPL, falou de sua batalha em prol da cultura e entregou a RVS e a 7a. Antologia.
===Dia 12 de junho de 2013, Celso esteve na Secretaria de
Doralice e Maria da Anunciação. Foto na antiga sala do Grupo.
Therezinha Cacilda e Maurilia
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ACONTECEU...
FLAGRANTES DO GPL—TÚNEL DO TEMPO
1a: Na Penitenciária do Estado, entregando prêmios de Concurso.
2a. Em reunião, na sede
3a.:Cena de Balada dos Já-com-terra.
4a.:Na Livraria Paulus, no aniversário da livraria, recital poético e sessão de
autógrafos.
5a.:Após uma reunião, ainda com Licinho.
Grandes momentos que já estão na História. Agradecemos a todos.
1a.foto: na antiga sala, Zeula declama.
2a.foto:Heralda,Maura e Licinho, em reunião, no mezanino da Biblioteca.
3a.foto:outra cena da reunião no mezanino.
4a.foto: ainda na antiga sala, Cacildo inaugura a placa alusiva a Biblioteca do
GPL .Placa em madeira de sua autoria.
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GRUPO DE POETAS LIVRES –Biênio 2012-2014
Presidente: Profª Maura Soares
Vice-presidente: vago
1o.Secretário: Eunice Leite da Silva Tavares
2o.Secretário: Therezinha Cacilda Monteiro Mann
1o.Tesoureiro: Adriana Cruz
1o.Tesoureiro: Zeula Soares
Diretor Cultural: Sinval Santos da Silveira
Responsável pelo Site: Eloah W. Naschenweng
Presidente Perpétuo: Maria Vilma Nascimento Campos
Presidente de Honra: Manoel Philippi
Morro das Pedras, sul da Ilha de Santa Catarina. Foto Maura Soares, 2012.
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