Revista Canavieiros
Transcrição
Revista Canavieiros
1 Revista Canavieiros - Setembro de 2013 2 Revista Canavieiros - Setembro de 2013 Editorial 3 Reestruturação de filial do sistema Copercana, Canaoeste e Sicoob Cocred; feiras e eventos marcam esta edição O Sistema Copercana, Canaoeste e Sicoob Cocred reinaugurou no dia 21 de agosto a filial de Cravinhos. Diretores, autoridades, colaboradores e cooperados foram recebidos para um café da manhã muito especial que antecipou a cerimônia oficial de reinauguração. Veja todos os detalhes na Reportagem de Capa desta edição. A Entrevista deste mês é com o vice-presidente da ACSP (Associação Comercial de São Paulo) e coordenador do Departamento de Infraestrutura da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Luiz Gonzaga Bertelli, que também é consultor de empresas do setor de gás combustível, petróleo e de produção de açúcar e de álcool. Bertelli, falou sobre as políticas públicas adotas pelo Governo Federal quando o assunto é energia e suas principais fontes. Na coluna “Caipirinha”, o professor Marcos Fava Neves escreveu sobre o crescimento das exportações do açúcar brasileiro. E quem assina o Ponto de Vista desta edição é a Analista do Centro PwC de Inteligência em Agronegócio e Bacharel e Mestre em economia pela UNESP/Araraquara, Lara Moraes; e o Coordenador do Centro PwC de Inteligência em Agronegócio, Mestre em Agroenergia pela Esalq-USP/Embrapa/FGV e Bacharel em Relações Internacionais pela FAAP, Luiz Albino Barbosa. O artigo escrito por eles recebeu o título “Cana-de-açúcar na Austrália: onde os australianos saem na frente?”. Em notícias Copercana, Canaoeste e Sicoob Cocred estão diversos assuntos. Dentre eles destacamos: A participação das cooperativas e da associação na 21ª Fenasucro; a Conferência Datagro Ceise Br; O XIII Encontro Anual de Produtores de Cana-de-açúcar promovido pela Orplana e Canaoeste; o Ato Público em defesa do Setor Sucroenergético; SP é destaque no ranking das maiores cooperativas de crédito do país. Confira a íntegra das reportagens! Os Destaques de setembro são a participação da Revista Canaviei- ros na comemoração dos 15 anos da Tracan; a visita da equipe comercial da revista na fábrica da CASE IH em Sorocaba; e no café com inovação realizado pelo CEISE BR. Artigos Técnicos: o engenheiro agrônomo da Canaoeste, Breno Souza, assina o artigo “Broca da Cana-de-açúcar”, e o gestor de Planejamento, Controle e Topografia da associação assina o “Acompanhamento da safra 2013/2014”. O advogado da Canaoeste, Juliano Bortoloti, escreveu sobre o ADA – Ato Declaratório Ambiental. E o consultor Oswaldo Alonso, em informações setoriais, escreve sobre “As chuvas de agosto e prognósticos climáticos para outubro e novembro”. Além disso, o leitor poderá conferir as dicas de leitura e português e também o classificados. Errata: Na edição de nº 86 - página 34 - referente ao mês de agosto de 2013, houve um erro na legenda de uma foto publicada na matéria – “Mamona, Mucuna e Melão de São Caetano”. A legenda correta dessa foto é “Melão de São Caetano” e havia sido divulgada como “Mucuna”. Boa leitura! Conselho Editorial RC Expediente: Conselho Editorial: Antonio Eduardo Tonielo Augusto César Strini Paixão Clóvis Aparecido Vanzella Manoel Carlos de Azevedo Ortolan Manoel Sérgio Sicchieri Oscar Bisson Equipe de redação e fotos: Carla Rodrigues, Fernanda Clariano e Rafael H. Mermejo Comercial e Publicidade: Marília F. Palaveri (16) 3946-3300 - Ramal: 2008 [email protected] Impressão: São Francisco Gráfica e Editora Editora: Carla Rossini - MTb 39.788 Tiragem DESTA EDIçÃO: 21.000 exemplares Projeto gráfico e Diagramação: Rafael H. Mermejo ISSN: 1982-1530 A Revista Canavieiros é distribuída gratuitamente aos cooperados, associados e fornecedores do Sistema Copercana, Canaoeste e Sicoob Cocred. As matérias assinadas e informes publicitários são de responsabilidade de seus autores. A reprodução parcial desta revista é autorizada, desde que citada a fonte. Endereço da Redação: A/C Revista Canavieiros Rua Augusto Zanini, 1591 Sertãozinho – SP - CEP:- 14.170-550 Fone: (16) 3946.3300 - (ramal 2190) [email protected] www.revistacanavieiros.com.br www.twitter.com/canavieiros www.facebook.com/RevistaCanavieiros Revista Canavieiros - Setembro de 2013 Foto: Rafael Mermejo 4 Ano VIII - Edição 87 - Setembro de 2013 - Circulação: Mensal Índice: Capa - 24 Sistema Copercana, Canaoeste e Sicoob Cocred reinaugura filiais em Cravinhos Para melhor atender cooperados e clientes, as cooperativas e a asE mais: sociação realizaram melhorias em suas dependências na cidade Coluna Caipirinha .................página 08 05 - Entrevista Luiz Gonzaga Bertelli Vice-presidente da ACSP “O zelo excessivo é um dos maiores entraves ao desenvolvimento de projetos de geração de energia hidrelétrica no País” 12 - Ponto de Vista Lara Moraes e Luiz Albino Barbosa Cana-de-açúcar na Austrália: onde os australianos saem na frente? 10 - Notícias Copercana - 21ª Fenasucro abre as portas em clima de expectativas de mudanças - Conferência Datagro CEISE Br dá início a programação da 21ª Fenasucro em Sertãozinho - Copercana e Syngenta recebem cooperados para almoço no Cred Clube durante a Fenasucro 19 - Notícias Canaoeste - Canaoeste e Orplana promovem o XIII Encontro Anual de Produtores de Cana-de-Açúcar - A despedida de um líder do setor sucroenergético: Dr. Hermínio Jacon - Presidente da Canaoeste participa de inauguração do etanolduto em Ribeirão Preto - Canaoeste de Ituverava e Copercana participam de exposição agropecuária 28 - Notícias Sicoob Cocred - SP é destaque no ranking das maiores cooperativas de crédito do país - Balancete Mensal Revista Canavieiros - Setembro de 2013 Consecana .................página 22 Destaque I Visita a Case IH .................página 30 Destaque II 15 anos da Tracan .................página 32 Informações Setoriais .................página 34 Artigo Técnico .................página 36 Assuntos Legais .................página 39 Acompanhamento de safra .................página 40 Classificados .................página 44 Agende-se .................página 45 Cultura .................página 46 5 Entrevista “O zelo excessivo é um dos maiores entraves ao desenvolvimento de projetos de geração de energia hidrelétrica no País” A frase acima é do vice-presidente da ACSP (Associação Comercial de São Paulo) e coordenador do Departamento de Infraestrutura da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Luiz Gonzaga Bertelli, que também é consultor de empresas do setor de gás combustível, petróleo e de produção de açúcar e de álcool. Bertelli, participou no último dia 27 de agosto, da 2ª Datagro CEISE Br Conference Fenasucro 2013, que aconteceu no Teatro Municipal de Sertãozinho e na oportunidade, concedeu entrevista exclusiva à Revista Canavieiros. Confira! Luiz Gonzaga Bertelli Carla Rodrigues e Fernanda Clariano Revista Canavieiros: Quais são os principais fatores que encarecem a energia do Brasil? Bertelli: São eles: A falta de políticas energéticas e marcos regulatórios; a excessiva tributação da energia produzida e a adoção das usinas térmicas, com a queima dos derivados do petróleo e o gás natural, notadamente mais caros e poluidores. Usinas térmicas já custam 50% mais que o previsto. Revista Canavieiros: Pode se dizer que o alto custo da energia é um dos responsáveis pelo baixo crescimento das indústrias? Bertelli: A energia no Brasil sempre foi abundante e barata, em virtude do modelar planejamento energético então realizado, o que permitiu nos últimos anos o desenvolvimento industrial da nação. Atualmente, as tarifas elétricas da nação são mais caras que as internacionais e, desta forma, deixamos de ser competitivos na fabricação de inúmeros produtos industriais, além de sofrermos uma verdadeira invasão dos fabricados no exterior, notadamente, dos países asiáticos. Revista Canavieiros: Em sua palestra, o senhor comentou sobre a potência do bagaço da biomassa da cana. O que é preciso ser feito para que o setor passe a aproveitar esse bagaço? Bertelli: Nos estudos realizados na Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar) e na FIESP/CIESP, (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), comprovamos que o bagaço sobrante da indústria sucroalcooleira do País poderá produzir toda energia equivalente à produção de Itaipú, com tarifas compe- titivas aos outros sistemas produtores de energia. Notadamente, a eletricidade proveniente do bagaço da cana é mais limpa e menos poluente do que as usinas térmicas, movidas a carvão ou derivados do petróleo. Ademais, a indústria sucroalcooleira já se encontra ligada ao sistema de distribuição de eletricidade, o que dispensa a construção de custosas linhas transmissoras. Isto não acontece, comumente, com as térmicas ou com os equipamentos eólicos ou solares. Revista Canavieiros: Estamos deixando muito aquém recursos que poderiam ser investidos na biomassa? Qual sua visão? Bertelli: Existe comprovado interesse nacional e do exterior na construção de novas indústrias sucroalcooleiras ou ampliação das existentes. Falta-nos, não obstante, adequadas políticas, que contemplem no Brasil a produção do petróleo e derivados e subprodutos da cana-de-açúcar. Até que isto aconteça, continuaremos importando petróleo, gasolina e diesel, o que irá onerar a balança comercial do País. Já poderíamos ter alcançado a autossuficiência. Revista Canavieiros: Como reverter a falta de investimentos em hidrelétricas? Bertelli: Há, hoje, um nítido embate entre os setores ambiental e de infraestrutura no Brasil. O zelo excessivo é um dos maiores entraves ao desenvolvimento de projetos de geração de energia hidrelétrica no País. É necessário conciliar o desenvolvimento econômico com a proteção ambiental. Quando isto acontecer, os investimentos em hidrelétricas acon- tecerão, naturalmente, eis que temos um dos maiores potenciais do mundo. Revista Canavieiros: Qual a sua opinião sobre a contribuição econômica do etanol, além dos benefícios sociais e ambientais? Bertelli: O uso do etanol (puro ou em mistura) em veículos automotores tem levado a melhorias consideráveis na qualidade do ar nas metrópoles brasileiras, decorrente da eliminação do chumbo na gasolina e do enxofre. Hoje, é uma das poucas alternativas mundiais disponíveis à substituição do petróleo e derivados, o que permite reduzir a dependência dos países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil. Ademais, já somos, novamente, grandes importadores de petróleo. O etanol contribui com quase 400 mil barris diários equivalentes de petróleo. Essa contribuição representa economia anual de pelo menos US$ 20 bilhões. A produção do açúcar e do álcool gera perto de 1 milhão de empregos diretos ou indiretos no campo ou nas cidades. RC Revista Canavieiros - Setembro de 2013 6 Ponto de Vista Cana-de-açúcar na Austrália: onde os australianos saem na frente? Lara Moraes¹ e Luiz Albino Barbosa² Atualmente, segundo a União da Indústria da Cana-de-Açúcar (UNICA), há mais de 100 países envolvidos na produção de cana no mundo. Trata-se, em sua maioria, de países em desenvolvimento, situados na zona intertropical. O Brasil é o maior produtor, seguido por Índia, China, Tailândia e Paquistão. Os australianos, apesar de não aparecerem nas primeiras colocações do ranking dos maiores produtores mundiais de cana-de-açúcar, são considerados referência em alguns temas relacionados à produção dessa cultura. Um dos pontos a ser a ressaltado é a eficiência da Austrália no custo de colheita, carregamento e transporte (CCT). O estudo realizado pelo Programa de Educação Continuada em Economia e Gestão de Empresas da ESALQ/ USP (Pecege) constatou que a soma do custo de colheita e carregamento na Austrália é 25% menor quando comparado com o Brasil. Quando se fala em transporte da cana, o custo australiano em relação ao brasileiro é 67% menor. No caso da colheita, a grande diferença entre os dois países é que na Austrália a área destinada ao cultivo de cana-de-açúcar é plana em toda a sua extensão. Por este motivo, a colheita na Austrália é 100% mecanizada e as máquinas apesar de serem iguais às utiliza- Lara Moraes Luiz Albino Barbosa das no Brasil são mais eficientes. Para colher a mesma quantidade de cana, as máquinas no Brasil gastam o dobro do tempo quando comparado com a Austrália. Assim, o custo australiano torna-se mais competitivo, já que os gastos com combustível e mão de obra nesta operação são menores. Além disso, no país não existe a necessidade de investimentos para aperfeiçoar o maquinário, uma vez que a tecnologia empregada já é suficiente para proporcionar uma alta eficiência. transporte predominante: enquanto no Brasil é o rodoviário, na Austrália é o ferroviário. No Brasil, os veículos utilizados para o carregamento têm capacidade de 8 a 12 toneladas e percorrem curtas distâncias, somente entre as áreas de colheita e o caminhão. No caso da Austrália, os veículos utilizados para o carregamento são muito semelhantes aos utilizados no Brasil, no entanto, eles percorrem grandes distâncias, da lavoura até os pontos de carregamento localizados ao longo da linha férrea. Analisando isoladamente o custo de carregamento, é possível dizer que o Brasil é mais eficiente, já que o gasto com combustível é inferior ao da Aus- A operação de carregamento da cana no campo é bem diferente em ambos os países em decorrência do meio de Revista Canavieiros - Setembro de 2013 7 trália. No entanto, como a colheita e o carregamento são cobrados de forma conjunta, a Austrália sai na frente uma vez que sua eficiência na fase colheita é indiscutivelmente superior à brasileira. Com relação ao transporte da cana do campo para a indústria, o Brasil utiliza caminhões com capacidade média de 57 toneladas que percorrem diariamente quatro viagens entre o campo e a usina. Assim, um caminhão transporta por dia uma média 228 toneladas de cana. Apesar da maior flexibilidade de transporte da cana-de-açúcar, o sistema rodoviário exige gastos com reparação das vias, manutenção dos veículos, combustível e segurança do caminhoneiro. No caso da Austrália, a capacidade média de transporte dos vagões é oito toneladas e percorrem diariamente 1,5 viagens. Considerando, que uma locomotiva possui 120 vagões, é possível transportar 1.440 toneladas de cana por dia com a operação de apenas dois maquinistas. Neste quesito, portanto, os australianos saem na frente mais uma vez, demonstrando grande superioridade em relação ao sistema de transporte da cana no Brasil. O estudo do Pecege mostra que o custo de CCT conseguido pelos produtores australianos é melhor do que o custo brasileiro, principalmente em decorrência das caraterísticas locais da área de plantio e infraestrutura logística. Os investimentos realizados no passado na logística da Austrália trazem frutos positivos para a competitividade da produção canavieira. Não é possível dizer, portanto, que a eficiência australiana no CCT é decorrente da utilização de boas práticas que podem ser espelhadas pelas usinas brasileiras. Quando se trata de boas práticas o Brasil é, sem dúvida, uma referência. O melhoramento logístico no Brasil depende de amplos investimentos em infraestrutura de médio e longo prazo que não competem somente às usinas, mas principalmente às ações governamentais. Enquanto isso as usinas brasileiras devem focar nos temas mais importantes para o ganho de eficiência. Dentre eles está o custo de produção agrícola, que responde por cerca de 70% dos custos da usina. Adicionalmente, o planejamento da produção no campo, a otimização na compra de insumos, a renegociação de contratos e o bom relacionamento com fornecedores de cana, são temas fundamentais para atingir a competitividade em um setor em que o Brasil é líder mundial em conhecimento e produção. RC ¹Analista do Centro PwC de Inteligência em Agronegócio e Bacharel e Mestre em economia pela UNESP/ Araraquara. ²Coordenador do Centro PwC de Inteligência em Agronegócio, Mestre em Agroenergia pela Esalq-USP/Embrapa/FGV e Bacharel em Relações Internacionais pela FAAP. Revista Canavieiros - Setembro de 2013 8 Coluna Caipirinha N Exportações de açúcar devem ter grande crescimento esta coluna estou colocando uma síntese de texto que escrevi para o China Daily, onde são discutidas as grandes questões relativas ao mercado do açúcar. É importante para nossas reflexões de futuro e mais ainda para perceber a grande chance que se abre ao Brasil e ao produtor de cana para suprir as necessidades futuras. O açúcar é reconhecido mundialmente como a fonte básica de energia para o metabolismo, e o setor de alimentos e bebidas depende do açúcar. Falo dos números dessa cadeia e compartilhar minhas principais questões quanto ao seu futuro. Consumo de Açúcar: O consumo, de acordo com a Organização Internacional do Açúcar (ISO) e outras fontes, cresce em torno de 2% a 2,24% ao ano. Saiu de cerca de 143 milhões de toneladas consumidas em 2005/06 para 171 milhões em 2012/13. Os maiores consumidores de açúcar são Índia (23 mi), União Europeia (19 mi), China (15 mi), Brasil (13 mi), EUA (10 mi), Federação Russa (5,8 mi), Indonésia (5,2 mi), Paquistão (4,7 mi), México (4,5 mi) e Egito (2,9 mi). O consumo médio pode crescer até 4 milhões de toneladas/ano, expandindo o mercado em cerca de US$ 1,6 bilhão (considerando um preço de US$ 400/t). Projeções com esse padrão de crescimento podem elevar o consumo de açúcar a 204 milhões de toneladas em 2021, sendo 131 milhões produzidas e consumidas localmente e 73 milhões exportadas, expandindo o mercado de exportação em 15 milhões de toneladas na comparação com 2013. A seguir-se o atual padrão, o mercado de importação de açúcar em 2021 poderá ser US$ 60 bilhões maior. Bom para o Brasil e para o produtor de cana. Produção de Açúcar: No lado da produção, por causa da sua importância, quase todos os países produzem açúcar, seja a partir de cana-de-açúcar, de beterraba-açucareira ou outras fon- tes. A produção mundial de açúcar aumentou de 145 milhões de toneladas em 2005 para 175 milhões em 2012. Os maiores produtores são Brasil (39 mi), Índia (25 mi), União Europeia (17 mi), China (13 mi), Tailândia (10 mi), EUA (8 mi), México (6,5 mi), Rússia (4 mi) e Austrália (4 mi). O Brasil teve o maior crescimento desde 2005, 40% (de 27 mi para cerca de 39 mi), enquanto o crescimento nos demais países ficou em torno de 16%. Isso fez com que a participação da produção brasileira aumentasse de 19% para 22% do total. A produção continuará crescendo no mundo, com uma estimativa de cerca de 206 milhões de toneladas para 2021. Exportadores de Açúcar: O Brasil respondeu por 50% do total de 58 milhões de toneladas de açúcar comercializadas em 2012/13, seguido por Tailândia (16%), Austrália (5%), Índia (4%), União Europeia (4%) e vários outros países, que somam os restantes 21%. As exportações brasileiras saltaram de 17 milhões para 28 milhões de toneladas nos últimos 7 anos, um crescimento de quase 60%, enquanto as exportações dos outros países caíram quase 6%. Importadores de Açúcar: Os maiores importadores de açúcar em 2011 foram EUA (2,7 mi), Rússia (2,4 mi), Indonésia (2,2 mi), Índia (1,9 mi), China (1,9 mi), Irã (1,8 mi), Malásia (1,4 mi), Argélia, Coreia e Bangladesh (1,2 mi cada). A Situação Atual de Preços Baixos: As reservas correntes de açúcar estão altas devido aos três anos de produção acima da demanda. Os preços em 2013 estão na faixa de US$ 0,16 - 0,17/ libra-peso, o menor patamar dos últimos anos. Essa produção maior é uma reação às boas cotações de 2009 a 2011. Os preços atuais talvez não incentivem a produção, e os estoques devem ser usados nas próximas duas ou três safras, levando a um novo equilíbrio. Revista Canavieiros - Setembro de 2013 Marcos Fava Neves Se o futuro imediato da cadeia de açúcar é relativamente previsível, o que esperar para os próximos dez anos? Depois desse panorama do mercado de açúcar, a segunda parte do artigo explora dez questões que eu acredito devem moldar e até mudar o futuro deste mercado: 10 Reflexões de Futuro: 1) Os países asiáticos são responsáveis por 60% do crescimento no consumo. O consumo per capita de açúcar na China e na Índia, assim como em outros países populosos da Ásia e da África, é menor do que nos EUA, Europa e Brasil. O crescimento da renda/ urbanização, que puxa o mercado de refrigerantes, chocolate e doces, sucos e vários outros produtos que utilizam açúcar, pode causar um enorme impacto nesses números. Para dar um exemplo, o consumo per capita da China corresponde a 40% da média mundial, e uma mudança de 5 kg/pessoa na China criaria um mercado de 7 milhões de toneladas. Será que o consumo per capita crescerá nesses países a uma taxa maior, alterando a média anual de 2,4% de crescimento no consumo? 2) A Índia foi responsável pela maior volatilidade no preço do açúcar, devido a uma variação na produção e também ao 9 alto consumo. Com a pressão por terra e a necessidade de produzir mais grãos para o consumo interno, terá a Índia capacidade de expandir a produção de açúcar com vistas à demanda interna ou se concentrará mais em outras culturas para atender a crescente população, consolidando-se como importadora de açúcar? 3) Alguns países produtores de açúcar estão adotando misturas compulsórias de etanol na gasolina. A Índia deve começar uma mistura de 5% em 2013, e outros países como Tailândia, União Europeia, Austrália, México e Brasil já possuem ou estão discutindo a adoção de misturas. Como isso irá afetar a produção de açúcar, já que criará um mercado de etanol que compete pela cana e pela beterraba-açucareira? 4) Com as atuais cotações do açúcar, a produção não é economicamente viável em algumas áreas e para alguns grupos da indústria. Quais indústrias (petrolíferas, empresas de comércio, indústria de alimentos etc.) e países terão condições de consolidar e liderar a expansão do açúcar com baixo custo total (produção + logística), aproveitando o crescimento dos mercados importadores? 5) Que novas plantas ou tecnologias de produção podem surgir para dar um impulso a essa indústria açucareira tradicional e relativamente antiga? 6) Embora a cana tenha custos de produção menores do que a beterraba-açucareira e outras fontes, será que os substitutivos, como os adoçantes (com seu próprio preço e estrutura de custos), e outras fontes de açúcar roubarão uma fatia do mercado da cana? 7) A União Europeia tem uma produção de beterraba-açucareira altamente subsidiada. O que acontecerá nos próximos anos com a reforma da Política Agrícola Comum e como isso vai afetar o equilíbrio produção-consumo na Europa? 8) O Brasil é o maior player neste mercado. Em torno de 40% a 60% da cana brasileira é destinada ao etanol, que é consumido principalmente no mercado interno pela crescente frota de carros flex fuel. Será que o etanol vai ser competitivo com a gasolina, desviando mais cana para o etanol no futuro e retirando açúcar do mercado internacional? 9) Como as mudanças climáticas e as condições gerais do clima influirão na capacidade de produção de diferentes regiões? 10) Já que tanto o milho como o açúcar são fontes de etanol, há uma crescente relação no preço dessas commodities; portanto, como os futuros preços do milho poderão afetar os preços e o consumo do açúcar? Da mesma forma, o petróleo e a gasolina competem diretamente com o etanol como combustível. E o etanol também está diretamente vinculado ao açúcar. Como os preços do petróleo afetarão os preços e o consumo do açúcar? Essas são as grandes questões a respeito do futuro da indústria do açúcar que eu queria partilhar com os leitores. Tentar respondê-las é um ponto de partida, mas não será fácil! Homenageado do mês: Antes de concluir, para não perdermos a característica da coluna, o homenageado do mês é o Deputado Antônio Carlos de Mendes Thame. Já recebeu diversos votos meus, é uma das luzes que ainda restam acesas no Congresso Nacional, esta casa que nos proporcionou o vexame de absolver um Deputado condenado. Thame, continue com forças abrilhantando o nosso Congresso com sua profundidade, sua cultura e sua elegância. E lembrar que você foi meu professor de português no Colégio Luiz de Queiroz, em Piracicaba, em 1983-1985, só me dá alegria. Haja Limão: participei como palestrante do evento bem organizado mais uma vez, pela ORPLANA, em 30 de agosto, no auditório da Canaoeste. Realmente a insatisfação com este Governo é generalizada. Que pena, o Brasil poderia ter coisa melhor, mas não vamos jogar a toalha. Vamos nos organizar e lutar para mudar. Aliás, aviso a todos que estão falando para eu aproveitar que posso e ficar por aqui (nos EUA). Não se livrarão de mim tão fácil. Em janeiro estou de volta! MARCOS FAVA NEVES é professor titular de planejamento e estratégia na FEA/USP Campus Ribeirão Preto e coordenador científico do Markestrat. Em 2013 é Professor Visitante Internacional da Purdue University.RC Revista Canavieiros - Setembro de 2013 10 Notícias Copercana 21ª Fenasucro abre as portas em clima de expectativas de mudanças A feira foi realizada em Sertãozinho, entre os dias 27 e 30 de agosto Carla Rossini e Fernanda Clariano A Fenasucro (Feira Internacional de Tecnologia Sucroenergética), maior evento mundial em tecnologia e intercâmbio comercial para usinas e profissionais do setor sucroenergético, aconteceu entre os dias 27 e 30 de agosto em Sertãozinho em um momento muito importante para os produtores de cana, açúcar e etanol. A feira, que é o principal encontro entre produtores, profissionais e fabricantes de equipamentos, produtos e serviços para a agroindústria da cana-de-açúcar, ofereceu aos visitantes a oportunidade de conhecer toda a cadeia de produção. Sem uma política de preços e pouco espaço na matriz energética brasileira, o setor vive a expectativa de mudanças que possam aumentar o faturamento das usinas e permitir novos investimentos e foi com este foco que a 21ª Fenasucro trouxe várias novidades, entre elas, o novo layout, com a setorização da feira em agrícola, processos industriais, transporte e logística e fornecedores industriais contemplando toda a cadeia produtiva do setor sucroenergético. Mais de 33 mil visitantes de 20 estados brasileiros e 30 países passaram pela feira para conferir as avançadas tecnologias em máquinas, equipamentos e produtos para o setor sucroenergético. A expectativa é que o volume de negócios iniciados na feira supere os R$ 2,2 bilhões nos próximos meses. Autoridades na abertura Participaram da cerimônia de abertura, o presidente de honra da Fenasucro e presidente da Copercana e Sicoob Cocred, Antonio Eduardo Tonielo, o presidente da Reed Exhibitions Alcantara Machado, Juan Pablo De Vera, o presidente do CEISE Br, Antonio Eduardo Tonielo Filho, o vice-prefeito de Sertãozinho, Valter Almussa (representando o prefeito Municipal, José Alberto Gimenez), o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, o presidente executivo da Abimaq (Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos), José Velloso, o presidente da Canaoeste e da Orplana, Manoel Carlos de Azevedo Ortolan, o diretor executivo da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), Eduardo Leão (representando a presidente da entidade, Elisabeth Farina) e os diretores da Multiplus, Fernando Seixas Barbosa e Augusto Balieiro. O presidente do Ceise BR fez a abertura do evento. “O setor sucroenergético está passando por um momento difícil, mas apesar da crise, a Fenasucro cresceu 10% em relação ao ano passa- Antonio Eduardo Tonielo Filho (CEISE Br), Paulo Skaf (Fiesp), Fernando Barbosa, Augusto Balieiro (Multiplus), Antonio Eduardo Tonielo (Copercana e Sicoob Cocred), Juan Pablo de Vera (Reed Exhibitions Alcantara Machado), José Velloso (Abimaq), Manoel Ortolan (Canaoeste) e Valter Almussa (vice-prefeito de Sertãozinho) do, não podemos desistir desse setor”, disse Antonio Tonielo Filho. tor é muito importante para o País e não pode parar”, afirmou Pablo. Pablo de Vera, falou da importância da feira e dos desafios que o setor vem passando. “Cada dia de preparo dessa feira é um novo desafio, sabemos que este ano é um ano de dificuldades, mas apesar de tudo, estamos muito otimistas e orgulhosos por estarmos realizando esta feira com 550 expositores. Este se- De acordo com o presidente da Fiesp que esteve presente na cerimônia de abertura, “é fundamental que os empresários tenham seus investimentos compensados. A falta de uma política clara para o setor pode custar muito caro, como voltar a importar gasolina daqui a alguns anos”, disse Skaf. Revista Canavieiros - Setembro de 2013 11 Estande do Sistema Copercana, Canaoeste e Sicoob Cocred O Sistema Copercana, Canaoeste e Sicoob Cocred participou da Fenasucro 2013 com um estande que recebeu cooperados, associados e convidados. No estande, foram expostos produtos das Lojas de Ferragens e Magazines da Copercana. Profissionais de vendas e área técnica também ficaram à disposição dos produtores rurais, que ao visitarem o estande recebiam um exemplar da Revista Canavieiros. A secretária de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Mônika Bergamaschi visitou o estande e participou de um bate papo com os presidentes e diretores do Sistema . Na quinta-feira (29), foi realizado o tradicional Carneiro, organizado pelo diretor da Copercana, Pedro Esrael Bighetti. Cooperados e convidados lotaram o estande para saborear a carneirada. “Esse evento já se tornou tradicional no estande da Copercana. Os amigos cobram a realização do carneiro e prestigiam essa noite em nosso estande. Batemos papo e descontraímos. Esse é o objetivo”, disse Lelo Bighetti. Pedro Esrael Bighetti, diretor da Copercana; Ismael Perina Jr., diretor da Orplana; Patrícia Milan, diretora executiva da Abag RP; Manoel Ortolan, presidente da Orplana e Canaoeste; Mônika Bergamaschi, Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo; Antonio Tonielo, presidente da Copercana e Sicoob Cocred; Valéria Ribeiro, assessora da Abag RP. Revista Canavieiros - Setembro de 2013 12 Revista Canavieiros - Setembro de 2013 13 Um dos destaques da Fenasucro 2013 foram as Rodadas de Negócios Internacional, organizada pela APLA/ APEX, que promoveram encontros comerciais entre 53 empresas brasileiras e 21 compradores estrangeiros, vindos da Argentina, Bolívia, Colômbia, Guatemala, Quênia, Peru entre outros países. As rodadas totalizaram 463 reuniões. A Fenasucro também sediou o 1º Congresso de Automação e Inovação Tecnológica Sucroenergética que aconteceu nos dias 28 e 29. O evento foi realizado pela ISA Sertãozinho (International Society of Automation), maior organização mundial voltada à automa- Foto divulgação Fenasucro Destaques ção. O congresso teve a seguinte temática: segmento sucroenergético, técnicas de controle avançado de processos, instrumentação analítica, projetos de sistemas de controle, sistemas de segurança, wireless e tendências. A feira, serviu mais uma vez, para uma reflexão da importância do setor sucroenergético para o País. Além de toda plataforma de negócios, a edição deste ano contou com oito eventos paralelos, entre seminários e congressos, reunindo 61 palestrantes de renome, que abordaram temas variados, contemplando assim, toda a agroindústria da cana-de-açúcar. Novidades da Feira deste ano Gascom Os visitantes da nova Fenasucro puderam conferir de perto as principais novidades da linha 2014 da Gascom, que levou para a feira os equipamentos Agribomba, Pressolub, Furgão Oficina, SOS Pneus, Multiflex, Guindaste Oficina, Prodiesel e Procalda. Nalco Dentre as principais novidades que foram apresentadas pela Nalco durante a Fenasucro está a Tecnologia 3D TRASAR for Sugar, um lançamento que mede parâmetros fundamentais relacionados à qualidade do condensado. A Tecnologia 3D TRASAR for Sugar faz parte da Plataforma 3D TRASAR, um programa completo de controle e automação para tratamento de águas em sistemas de torres de resfriamento, caldeiras, membranas, pasteurizadores e osmose reversa. Vermeer Brasil A Vermeer Brasil apresentou na Fenasucro o seu portfólio de soluções completas para o manejo da palhada, folhas e pontas, e da muda da cana-de-açúcar para cogeração de energia nas usinas de cana-de-açúcar. A empresa compartilhou com os visitantes os diferencias dos equipamentos que recolhem, enfardam e trituram a palhada para que ela seja queimada nas caldeiras. As soluções incluem o enleirador TWIN RAKE R2800, a enfardadora cilíndrica 604SM com câmara variável, e os trituradores horizontais, HG6000E e HG6000TX, e o triturador vertical TG5000 com a opção de uma peneira rotativa. Grupo Uttam A empresa indiana que acaba de chegar ao mercado brasileiro e participou pela primeira vez da feira, vende maquinário completo para usinas sucroalcooleiras. “A Uttam chega ao mercado latino americano com planos de longo prazo, temos equipamentos para extração da cana, produção de açúcar e álcool e de energia elétrica por meio do bagaço e estamos nos aprofundando nas oportunidades que a região oferece”, disse o gerente executivo do braço latino-americano da companhia, Rodrigo Campos. Krominox A feira foi palco para a Krominox apresentar seus novos produtos. Recentemente a empresa ampliou seu portfólio com a comercialização de tubos e conexões em aço carbono além da clássica linha de aço inoxidável. Gerdau A Gerdau , levou para o seu estande na feira, toda linha de produtos. Para a construção civil - vergalhões, produtos ampliados, perfil estrutural e pregos. Já para a indústria - barras e perfis, aços especiais, arames industriais e arames para solda. No setor agropecuário arame farpado, cordoalha, alambrado e ovalado e nos aços planos a empresa exibiu chapas, bobinas, telhas e blacks. Villares Metals A empresa expôs sua linha completa de peças forjadas destinadas à produção de eixos para moenda, redutores, turbinas, a vapor e geradores. Além disso, foram apresentados os serviços de usinagem agregados aos produtos. RC Revista Canavieiros - Setembro de 2013 14 Notícias Copercana Conferência Datagro CEISE Br dá início a programação da 21ª Fenasucro em Sertãozinho A conferência reuniu mais de 300 profissionais ligados à indústria da cana-de-açúcar para debater os mais relevantes assuntos para o setor Fernanda Clariano N o dia 27 de agosto, aconteceu no Teatro Municipal de Sertãozinho, “Professora Olímpia Faria de Aguiar Adami”, a 2ª edição da Conferência Datagro CEISE Br - Fenasucro, evento técnico oficial de abertura da 21ª Feira Internacional de Tecnologia Sucroenergética, e reuniu mais de 300 profissionais, líderes de negócios, especialistas e autoridades do setor sucroenergético. A conferência debateu os rumos do setor bioenergético através de um fórum independente de discussões dos temas que são impactantes no setor canavieiro. Entre os assuntos abordados estavam às perspectivas de mercado e avaliação da safra 2013/14, comércio internacional e questões atuais no segmento de açúcar e etanol, através de palestras de grandes profissionais do setor. Antonio Eduardo Tonielo, presidente da Copercana e Sicoob Cocred, em seu discurso, afirmou que a falta de estímulo para os investimentos têm prejudicado o setor. “A falta de regras claras em relação à formação de preços no mercado doméstico de gasolina e o uso da CIDE (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) nos últimos anos para evitar aumentos de preços desse combustível é um “castigo” em cima dos produtores de etanol. Esses fatos associados ao aumento de custos de produção, desestimulam os investimentos para a expansão da produção do biocombustível”, disse Tonielo. O presidente do CEISE Br, Antonio Eduardo Tonielo Filho, citou como positiva a Medida Provisória 613, que concede incentivos tributários aos produtores de etanol e à indústria química por meio de crédito presumido e da redução das alíquotas do PIS/Pasep e Cofins. Manoel Ortolan ças para erguer esse setor, que tem sido, dentro do agronegócio, uma das âncoras da nossa balança comercial. A Fenasucro que está em sua 21ª edição, sem dúvida, é um evento que vem crescendo ano a ano, se remodelando e constituindo-se numa ferramenta imprescindível para o desenvolvimento do setor sucroenergético, que todos possam visitá-la e conhecer o que de melhor esse setor tem a oferecer”, assegurou Ortolan. O prefeito, José Alberto Gimenez, explanou sobre as dificuldades que a cidade vem enfrentando com a falta de investimentos no setor sucroenergético. Gimenez também ressaltou a importância de políticas públicas bem definidas para que o setor possa voltar a investir. José Alberto Gimenez Antonio Eduardo Tonielo Manoel Ortolan, presidente da Canaoeste e Orplana, participou da abertura e também como moderador de dois painéis. Ele lembrou sobre o difícil momento em que o setor passa e também da importância da Fenasucro. “As dificuldades do setor são inúmeras e estamos em franca batalha para a sobrevivência. Precisamos de articulação e união de forRevista Canavieiros - Setembro de 2013 Para o presidente da Datagro, Plínio Nastari, que falou no painel de abertura, o evento sinaliza a retomada do setor. “O déficit de matéria-prima que existia há dois anos foi eliminado este ano e as demandas continuam crescendo com excelentes oportunidades a serem exploradas dentro e fora do Brasil”, disse Nas- 15 Plínio Nastari tari, que ainda afirmou que o Brasil vai produzir mais etanol na safra 2013/14 e a produtividade agrícola será maior que a média dos últimos cinco anos. O primeiro painel da conferência, sobre perspectivas do mercado mundial de açúcar e etanol, apresentou uma avaliação da safra 2013/14 em todo o mundo. Foi moderado pelo professor e presidente da STAB (Sociedade dos Técnicos Açucareiros e Alcooleiros do Brasil), José Paulo Stupiello, com apresentação de Plínio Nastari, que em sua palestra apontou o subsídio da gasolina como um dos fa- Primeiro Painel Segundo Painel tores que mais prejudicou a competitividade do etanol frente ao biocombustível, e ressaltou a importância da criação de políticas setoriais bem demarcadas para o crescimento do setor sucroenergético. Plínio disse também que, uma das soluções para a comercialização do anidro é que este não deve estar vinculado ao preço do hidratado, já que os biocombustíveis são diferentes e cumprem propósitos distintos, o que causa desvalorização de ambos. O anidro deveria, segundo ele, estar vinculado ao preço do tolueno, gasolina nobre com preço 30% a 40% acima do combustível fóssil. Nastari ainda apresen- tou uma nova estimativa da Datagro para a safra 13/14. O segundo painel, moderado por Manoel Ortolan, e com palestra do diretor do departamento de infraestrutura da Fiesp, Luiz Gonzaga Bertelli, teve foco principal no “Desenvolvimento Econômico do Setor Sucroenergético” depois da diversificação da produção e as “Contribuições do Etanol para o Desenvolvimento Econômico e Social do País”. No terceiro painel o diretor presidente da Fundace, Rudinei Toneto Junior, Revista Canavieiros - Setembro de 2013 16 Terceiro Painel moderou a palestra onde o diretor executivo da Unica (União da Indústria de Cana-de-açúcar), Eduardo Leão, comentou sobre a “Visão e Atuação do Setor Produtor e Investimentos Atuais sobre o Potencial de Produtividade a ser incorporado pelo Setor Sucroenergético”. Quarto Painel Último Painel No painel seguinte, sobre “Política Industrial para o Setor Sucroenergético”, o moderador foi o Eduardo Leão, e as palestras foram ministradas pelo diretor da ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial), Otávio Silva Camargo, e pelo o diretor presidente da Fundace, Rudinei Toneto Junior. O último painel foi sobre “Fi- Revista Canavieiros - Setembro de 2013 nanciamentos para o Setor Sucroenergético”, teve como moderador Manoel Ortolan, e contou com a participação do analista do MDIC, Luciano Cunha Souza, do diretor da Área Industrial, Mercado de Capitais e Capital Empreendedor do BNDES, Julio Cesar Maciel Ramundo, e também do Superintendente de Fomentos e Novos Negócios da FINEP, Paulo José Resende. RC 17 Revista Canavieiros - Setembro de 2013 18 Notícias Copercana Copercana e Syngenta recebem cooperados para almoço no Cred Clube durante a Fenasucro N os dias 27 e 28 de agosto, a Copercana em parceria com a Syngenta, realizaram um almoço no Cred Clube para aproximadamente 500 cooperados vindos de todas as filiais. Os convidados foram recepcionados pelo diretor da Copercana, Pedro Esrael Bighetti e pelo gerente de Comercialização de Insumos da Copercana, Frederico José Dalmaso. Após o almoço, os cooperados fizeram um passeio para conhecer a 21ª edição da Fenasucro. Copercana e Syngenta confraternizam em Ribeirão Preto Correios homenageia Copercana pelos 50 anos N o dia 18 de setembro, os Correios homenageou a Copercana através de um quadro com o selo comemorativo, referente aos 50 anos da Copercana. A ação faz parte das comemorações que a Copercana vem realizando ao longo do ano. Claudia Regina Gonçalves (assistente comercial corporativa dos Correios), Sérgio Sicchieri (assessor das diretorias) e Ana Meire Andrighetti de Carvalho (gerente de atividade de vendas corporativas dos Correios) Revista Canavieiros - Setembro de 2013 O 50º aniversário da Copercana (Cooperativa dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo) teve como parte dos eventos de celebração um jantar do qual participaram os executivos da cooperativa e da Syngenta. O encontro ocorreu no dia 25 de julho, em Ribeirão Preto (SP). Para a Syngenta, a oportunidade serviu para estreitar os laços e comemorar, junto com a Copercana, os excelentes resultados alcançados pela empresa durante a 9ª Feira Agronegócios Copercana, realizada de 26 a 28 de junho, em Sertãozinho (SP). Participaram do jantar os seguintes executivos (em pé, da esquerda para a direita): Alexandre Gobbi, Luis Scarpari, Santo Bonganhi e Alexandre Lellis, todos da Syngenta. Sentados (também da esquerda para a direita) estão Pedro Esrael Bighetti (Copercana), Antonio Eduardo Tonielo (presidente da Copercana), Daniel Bachner (presidente Brasil e Global Cana-de-açúcar da Syngenta), Frederico Dalmaso (Copercana) e Giovanni Rossanez (Copercana). 19 Notícias Canaoeste Canaoeste e Orplana promovem o XIII Encontro Anual de Produtores de Cana-de-Açúcar Encontros, reuniões e reivindicações movimentaram o fim de agosto em Sertãozinho; o auditório da Canaoeste foi palco de vários debates Fernanda Clariano O presidente da Canaoeste e Orplana (Organização dos Plantadores de Cana da Região Centro-Sul do Brasil), Manoel Ortolan, recebeu no dia 30 de agosto, autoridades, parlamentares, líderes do setor sucroenergético, produtores rurais, representantes de associações, cooperativas, sindicatos e a imprensa, para o XIII Encontro Anual de Produtores de Cana-de-Açúcar. O evento foi realizado no auditório da Canaoeste com o objetivo de promover debates sobre os mecanismos estratégicos para o futuro da cana, do açúcar e do etanol. Autoridades e lideranças de toda a cadeia produtiva da cana prestigiaram o evento, entre eles o prefeito municipal de Sertãozinho, José Alberto Gimenez, a secretária de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Mônika Bergamaschi, o diretor técnico da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), Antônio de Pádua Rodrigues, os deputados federais Antonio Carlos Mendes Thame, Arnaldo Jardim e Duarte Nogueira, o presidente da OCESP (Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo), Edivaldo Del Grande, o superintendente do Sistema OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras), Renato Nobile, o secretário Adjunto de Meio Ambiente do Estado de São Paulo, Rubens Rizek, o presidente da UDOP (União dos Produtores de Bioenergia), Celso Junqueira, o diretor da Aliança Cooperativa Internacional, Manoel Ortolan, presidente da Canaoeste fez a abertura do evento Américo Utumi, o deputado estadual Welson Gasparini, que estava acompanhado do seu filho, Maurício Gasparini - vereador de Ribeirão Preto e a diretora executiva da ABAG RP, Patrícia Milan. Na ocasião, o professor titular da FEA/USP e professor visitante internacional da Purdue University em 2013, Marcos Fava Neves e o presidente da SRB (Sociedade Rural Brasileira), Cesário Ramalho da Silva, fizeram apresentações sobres temas relevantes ao setor. Em reconhecimento ao trabalho realizado por Cesário Ramalho à frente da SRB, a Canaoeste e a Orplana prestaram-lhe homenagem. Manoel Ortolan fez a abertura do evento, enfatizando o momento pelo qual atravessa o setor e a necessidade de medidas emergenciais para alavancar novamente a cadeia da cana-de-açúcar no Brasil. No final do seu discurso, Manoel Ortolan disse acreditar que “o bom senso dos governantes brasileiros prevaleça e a produção de etanol volte a crescer”. O presidente da Copercana, Sicoob Cocred e da Fenasucro, Antonio Eduardo Tonielo lembrou que o “setor sucroenergético atravessa uma fase difícil e que tem rendido acalorados discursos e trazido grandes preocupações aos empresários, trabalhadores e produtores rurais do setor”, disse. Representando o governador Geraldo Alckmin, a secretária Mônika Bergamaschi, falou sobre a importância da união e da participação de todos os elos da cadeia produtiva e sobre os esforços que o governo tem feito a favor do setor. “O governador Geraldo Alckmin define o etanol como prioridade e não tenho dúvida que o etanol é absolutamente necessário. Por isso, temos trabalhado para facilitar os financiamentos e estabelecer com o produtor rural uma relação maior de confiança. Estejam certos de que tem sido uma luta constante e que não vamos parar de lutar. Precisamos colocar as coisas na ordem certa e nos unir. As pessoas têm que estar do nosso lado de fato, conhecendo, entendendo, sabendo a dimensão e a importância de tudo que representa esse setor. Vamos trabalhar juntos em defesa desse setor, pela sua sustentabilidade, pela importância que tem no Estado de São Paulo”, disse a secretária. Revista Canavieiros - Setembro de 2013 20 Notícias Canaoeste Entendendo o Sistema de Cadastro Ambiental Rural do Estado de São Paulo Ainda na manhã do dia 30 de agosto, as Secretarias do Meio Ambiente e de Agricultura do Estado de São Paulo realizaram uma apresentação do SICAR (Sistema de Cadastro Ambiental Rural do Estado de São Paulo), com o objetivo de abrir diálogo sobre um procedimento que todos os agricultores terão que cumprir e deixá-los mais informados sobre como realizar com segurança o CAR. Além da secretária Mônika Bergamaschi, participaram do evento, o secretário Adjunto da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Rubens Rizek Júnior, a coordenadora de Biodiversidade da Secretaria do Estado de Meio Ambiente, Maria Cristina Azevedo e produtores rurais de todo o Estado de São Paulo. Rubens Rizek, Mônika Bergamaschi fizeram a abertura do Sicar SP Maria Cristina Azevedo Ato Público em Defesa do Setor Sucroenergético Lideranças do setor sucroenergético reivindicam política públicas para o etanol e o açúcar Ainda no dia 30 de agosto, foi realizado no Teatro Municipal “Professora Olympia Faria de Aguiar” em Sertãozinho, o Ato Público em Defesa do Setor Sucroenergético que aconteceu em meio à realização da Fenasucro. O evento organizado pela prefeitura Municipal de Sertãozinho, reuniu mais de 700 pessoas entre parlamentares, prefeitos, empresários do setor, chefes do executivo de municípios canavieiros, produtores, industriais e fornecedores de máquinas e equipamentos do setor sucroenergético, que se uniram para tentar chamar a atenção do governo e da sociedade para a importância de desenvolverem políticas públicas específicas para o etanol e o açúcar. Além de lideranças da cadeia produtiva sucroenergética, o evento contou também com as presenças dos secretários estaduais Mônika Bergamaschi (Secretaria da Agricultura e representando o governador Geraldo Alckmin) e Davi Zaia (Deputado Estadual e Secretário da Gestão Pública), dos deputados estaduais Welson Gasparini (PSDB) e Roberto Morais (PPS) e dos deputados federais Arnaldo Jardim (PPS- -SP), Mendes Thame (PSDB-SP) e Duarte Nogueira (PSDB-SP). No encontro, foi lida uma carta com reivindicações elaborada por representantes de entidades ligadas ao setor sucroenergético, que deve chegar às mãos do governo federal. A carta pede um marco regulatório do setor para tentar superar a crise que já se estende por cinco anos e que já resultou no fechamento de 40 usinas nos últimos meses. Também existe a preocupação com o anúncio de que outras dez unidades podem parar na safra deste ano. De acordo com o prefeito Municipal de Sertãozinho, José Alberto Gimenez (PSDB), o setor sucroenergético se faz Revista Canavieiros - Setembro de 2013 importante para muitas cidades do Estado de São Paulo e não pode se calar diante de um momento tão difícil pelo qual vem passando. “Entendemos que este seria o melhor momento para abordarmos este assunto. Os municípios canavieiros sabem onde está “apertando” e o descaso do governo com o setor já vem afetando as cidades que estão sentindo com a queda de arrecadação de ICMS, falta de emprego e problemas na parte social. Isso tudo em função deste setor que passa por um momento difícil. Nosso objetivo com este Ato Público, é que o setor tenha mais atenção do governo. Queremos vê-lo andando com suas próprias pernas, só assim vai voltar a crescer”, afirmou Gimenez. 21 Colaboradores do Sistema participaram do Ato Manoel Ortolan durante apresentação O presidente da Canaoeste e da Orplana, Manoel Ortolan, apresentou números referentes aos últimos anos de produção. Ele apontou que os prejuízos seguem se acumulando por causa da falta de políticas públicas. “O setor tem sim que reclamar, não podemos continuar produzindo e arcando com prejuízos, sem que o governo faça algo e infelizmente por mais que falamos, o governo não nos ouve. Sabemos que este pleito é justo e que precisamos sensibilizar o governo sobre essa necessidade, pois não estamos brigando só por nós, mas sim por um produto brasileiro Arnaldo Jardim (PPS-SP) Público lotou o Teatro Municipal que envolve toda a sociedade”, disse Ortolan Durante seu discurso, o autor da proposta de criação da “Frente Parlamentar de Defesa do Etanol” no âmbito da Câmara Federal, o deputado federal Arnaldo Jardim (PPS-SP), anunciou sua disposição para criar a “Frente do Etanol” na Câmara Federal. Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sertãozinho, Elio Cândido, a iniciativa do parlamentar pode mudar os destinos da cadeia produtiva sucroenergética. “Na década de 50 os brasileiros foram às ruas defendendo o “petróleo que era nosso”. Agora chegou a hora de nos unirmos em defesa do “nosso etanol”. Será importante vermos, de direito e de fato, quais são os políticos que apoiam e defendem um setor que vem sendo muito maltratado pelo governo federal”, afirmou. A data para entrega do documento com reivindicações ao governo federal ainda será marcada.RC Revista Canavieiros - Setembro de 2013 22 Notícias Canaoeste A despedida de um líder do setor sucroenergético: Dr. Hermínio Jacon A cidade de Lençóis Paulista e o setor sucroenergético perderam um de seus principais representantes no dia 16 de agosto: o advogado Dr. Hermínio Jacon. Símbolo de defesa e persistência pela melhoria na qualidade de vida dos canavieiros, o entusiasta Dr. Hermínio escreveu uma trajetória de grandes conquistas para o setor. Sua obra permanecerá nos corações e no dia a dia dos que sempre o admiraram como empreendedor e amigo. Em sua trajetória destacamos: Por 18 anos (1977 a 1995), foi presidente da Orplana (Organização dos Plantadores de Cana-de-Açúcar da Região Centro-Sul do Brasil). Durante sua gestão à frente da entidade, a grande marca do seu trabalho foi a visão ampla e futurista, sempre pautado pela dedicação e busca de soluções por meio do diálogo e da integração. Também foi na sua gestão, que a assessoria técnica da Orplana foi implantada. Na década de 70, foi eleito presidente da ASCANA - Associação dos Plantadores de Cana do Médio Tietê. Também foi vereador de Lençóis Paulista por dois mandatos. Redator-chefe do Jornal O ECO durante a década de 60. Conselheiro titular do antigo Instituto do Açúcar e do Álcool, por sete anos, até a extinção do órgão. Representante, nas décadas de 70 e 80, do Instituto Brasileiro do Café. Por 12 anos, vice-presidente da Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana). Por 10 anos consecutivos foi diretor-presidente do Conselho dos Produtores de Cana, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo (Consecana), do qual, atualmente, era presidente honorário. Membro da mesa Coordenadora da Cana-de-Açúcar da Federação da Agricultura do Estado de São Paulo, a Faesp. Consecana A Um dos fundadores, diretor e tesoureiro da Amcesp, a Associação dos Municípios Canavieiros do Estado de São Paulo. Dr. Hermínio Jacon deixa um legado que beneficiou muitas pessoas em todo o Brasil. Fica a nossa homenagem a um amigo inesquecível! CIRCULAR Nº 10/13 DATA: 30 de setembro de 2013 Conselho dos Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo seguir, informamos o preço médio do kg do ATR para efeito de emissão da Nota de Entrada de cana entregue durante o mês de SETEMBRO de 2013. O preço médio do kg de ATR para o mês de SETEMBRO, referente à Safra 2013/2014, é de R$ 0,4439. O preço de faturamento do açúcar no mercado interno e externo e os preços do etanol anidro e hidratado, destinados aos mercados interno e externo, levantados pela ESALQ/CEPEA, nos meses de abril a setembro e os acumulados até SETEMBRO, são apresentados ao lado. Os preços do Açúcar de Mercado Interno (ABMI) incluem impostos, enquanto que os preços do açúcar de mercado externo (ABME e AVHP) e do etanol anidro e hidratado, carburante (EAC e EHC), destinados à industria (EAI e EHI) e ao mercado externo (EAE e EHE), são líquidos (PVU/PVD). Os preços líquidos médios do kg do ATR, em R$/kg, por produto, obtidos nos meses de abril a setembro e os acumulados até SETEMBRO, calculados com base nas informações contidas na Circular 01/13, são os citados acima. Revista Canavieiros - Setembro de 2013 23 Presidente da Canaoeste participa de inauguração do etanolduto em Ribeirão Preto Da redação N o dia 12 de agosto, a presidente Dilma Rousseff esteve em Ribeirão Preto para inaugurar o primeiro trecho do etanolduto operado pela Logum Logística, empreendimento que integra o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O modal que interliga os municípios paulistas de Ribeirão Preto e Paulínia transferiu a primeira carga em junho e, desde 18 de julho, já está liberado para envio de etanol em larga escala pelas usinas. O trecho tem capacidade para transportar 12 bilhões de litros de etanol por ano pelos 207 km entre o Terminal Terrestre de Ribeirão Preto e a Refinaria do Planalto (Replan), em Paulínia. Com 24 polegadas de diâme- tro, a vazão mínima é de 943 mil litros do biocombustível por hora, e a máxima, de 2,155 milhões de litros por hora. Na oportunidade, o presidente da Canaoeste e Orplana, Manoel Ortolan esteve presente prestigiando a inauguração do 1º trecho do etanolduto da Logum. A segunda etapa do projeto vai ligar Ribeirão Preto a Uberaba (MG) por 143 km de dutos e terá capacidade para transportar anualmente 8,923 bilhões de litros de etanol. RC Canaoeste de Ituverava e Copercana participam de exposição agropecuária Da redação E ntre os dias 27 e 31 de agosto, a filial da Canaoeste de Ituverava em parceria com a Copercana e a Biosoja, participaram da Exposição Agropecuária da Alta Mogiana realizada pelo Sindicato Rural de Ituverava. Na oportu- nidade, a Canaoeste e Copercana estiveram presentes com um estande e os agrônomos Antônio Cussiol (filial de Morro Agudo) e João Maciel (filial de Ituverava), promoveram palestras para mais de 160 pessoas no recinto da feira. RC Revista Canavieiros - Setembro de 2013 24 Matéria Capa Sistema Copercana, Canaoeste e Sicoob Cocred reinaugura filiais em Cravinhos Para melhor atender cooperados e clientes, as cooperativas e a associação realizaram melhorias em suas dependências na cidade Carla Rodrigues A través de excelência em atendimento e serviços prestados aos clientes e cooperados, o Sistema Copercana, Canaoeste e Sicoob Cocred ofereceu um café da manhã especial para reinaugurar suas filiais na cidade de Cravinhos, no dia 21 de agosto. Participaram da cerimônia de reinauguração o presidente da Copercana e Sicoob Cocred, Antonio Eduardo Tonielo, o presidente da Canaoeste e diretor da Copercana e Sicoob Cocred, Manoel Ortolan, os diretores do Sistema Copercana, Canaoeste e Sicoob Cocred, Pedro Esrael Bighetti, Luiz Carlos Tasso Júnior, Márcio Fernando Meloni, Francisco César Urenha, Daniel Aníbal e Paulo Canesin, o prefeito municipal de Cravinhos, José Carlos Carrascoza dos Santos, o vice-prefeito, Maurício Curi, o presiden- O presidente da Copercana, Antonio Eduardo Tonielo falou da importância da participação dos cooperados nas entidades te da Câmara Municipal de Cravinhos, Antonio Geraldo Aníbal, além de vereadores, gerentes e colaboradores das cooperativas e associação. Com estacionamento próprio e ambiente climatizado, a nova Revista Canavieiros - Setembro de 2013 loja da cooperativa possui 570 m², onde cooperados e clientes encontrarão vários produtos para as atividades da lavoura, como: sementes, corretivos, fertilizantes, adubos foliares, ferragens, defensivos, produtos veterinários, selaria, máquinas e implementos. E ainda produtos para casa, eletrodomésticos, aparelhos eletrônicos, artigos para cama, mesa e banho, além de uma completa linha de presentes. 25 Para maior segurança dos produtos, a área de depósito foi ampliada e adequada de acordo com as normas da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) para armazenamento de defensivos agrícolas. A cooperativa também pensou no conforto e segurança dos clientes e cooperados, adequando a loja em relação à acessibilidade de PNE (Portadores de Necessidades Especiais) e implantação de Sistema de Combate à Incêndio. Já a Canaoeste passou por melhorias em sua infraestrutura. Foram construídas salas individuais para os engenheiros agrônomos, sala de espera climatizada para os associados. A mobília do escritório foi substituída deixando o ambiente mais agradável. Assim como a Copercana e Canaoeste, a Sicoob Cocred ampliou sua área em 166m², atingindo uma área total de 265m². Também implantou o Sistema de Combate à Incêndio, realizou adequação à acessibilidade de PNE e modernizou o sistema de T.I (Tecnologia da Informação). O diretor da Sicoob Cocred, Márcio Fernando Meloni, destacou os números atingidos pela cooperativa de crédito dentro do município de Cravinhos e os principais desafios a serem enfrentados. “Aqui a Sicoob Cocred tem hoje o doFachada da Sicoob Cocred Márcio Meloni, Diretor Administrativo da Sicoob Cocred bro de depósito comparado aos outros bancos e o nosso volume de empréstimos é maior que a média de todos, no valor de R$ 40 milhões. Ainda assim, temos dois desafios pela frente que é o de aumentar nossa poupança para que possamos distribuir mais crédito rural e aumentar a capitalização pelo Procapcred (Programa de Capitalização de Cooperativas de Crédito)”, disse Meloni. Ao fazer uso da palavra, o presidente da Canaoeste, Manoel Ortolan, falou sobre a importância das três entidades caminharem sempre juntas, uma apoiando a outra e também a participação ativa de todos os envolvidos. “O comprometimento dos cooperados e associados é o principal motivo por estarmos reunidos aqui hoje. O produtor que Manoel Ortolan, presidente da Canaoeste vem até a Canaoeste, já tem ao seu lado os produtos oferecidos pela Copercana e pela Sicoob Cocred, tornando o acesso muito mais fácil. Cravinhos merecia esta nova obra!”, enfatizou Ortolan. O presidente da Câmara Municipal de Cravinhos, Antonio Geraldo Aníbal, na ocasião representando também os cooperados e associados da região aproveitou a oportunidade para parabenizar o Sistema pelo atendimento oferecido através de seus colaboradores. “As coisas só dão certo quando somos bem recebidos e, aqui, nos sentimos assim. Todo atendimento é realizado da melhor maneira possível, até conseguimos perceber a preocupação que os funcionários têm em facilitar o nosso dia”, disse Aníbal. Antonio Geraldo Aníbal, presidente da Câmara Revista Canavieiros - Setembro de 2013 26 José Carlos Carrascoza, prefeito muicipal de Cravinhos Antonio Eduardo Tonielo presidente da Copercana e Sicoob Cocred Já o prefeito municipal de Cravinhos, José Carlos Carrascoza dos Santos, destacou o crescimento da cidade e o quanto o Sistema Copercana, Canaoeste e Sicoob Cocred é importante para a economia do município. “Nossa principal fonte de renda é a atividade rural e para que a cidade continue se desenvolvendo, precisamos de investimentos e, é isso que vocês (o Sistema) estão fazendo aqui. Estão acreditando em nosso município, e somos gratos por isso”, agradeceu Carrascoza. Para o presidente da Copercana e Sicoob Cocred, Antonio Eduardo Tonielo, a realização da reforma é feita exclusivamente para seus cooperados, que são considerados “peça fundamental” para o fortalecimento da cooperativa. “Queremos sempre oferecer aos cooperados e associados o melhor em serviço, atendimento, assistência técnica e produto, além de crédito para poderem trabalhar com segurança. Se trabalharmos juntos e buscarmos os mesmos objetivos teremos mais chances de crescer e melhorar, e agora com esta nova casa, tenho certeza que os produtores irão prestigiar ainda mais as três entidades”, finalizou Tonielo. RC Pedro Esrael Bighetti diretor da Copercana Luiz Carlos Tasso Jr. diretor da Canaoeste Colaboradores da Sicoob Cocred da filial em Cravinhos Colaboradores da Copercana e Canaoeste da loja e escritórios da filial em Cravinhos A funcionária Rosa Costa Candido, com 28 anos de tempo de serviço na Copercana ao lado de Sérgio Sicchieri e Ricardo Meloni As bençãos foram feitas pelo Cônego Ronaldo Ferreira Vianna Descerramento da placa inaugural Revista Canavieiros - Setembro de 2013 27 Revista Canavieiros - Setembro de 2013 28 Notícias Sicoob Cocred SP é destaque no ranking das maiores cooperativas de crédito do país O Levantamento do BC e OCB mostra quatro cooperativas na lista Estado de São Paulo conta com quatro cooperativas no ranking das 20 maiores cooperativas de crédito do país, organizado pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e pelo Banco Central do Brasil (BC). O levantamento considerou o volume de ativos, depósitos, operações de crédito, patrimônio líquido, número de pontos de atendimento e sobras do 1º semestre de 2013. A Sicoob Credicitrus mantém o primeiro lugar do ranking, seguida pela Sicoob Cocred em segundo lugar, pela Sicoob Coo- pecredi e pela Sicoob Credicoonai, em 11º e 17º lugares respectivamente. O volume de operações de crédito das cooperativas de crédito do Estado de São Paulo cresceu 10,1% no primeiro semestre deste ano em comparação com o semestre anterior, alcançando R$ 7,84 bilhões segundo pesquisa do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado de São Paulo (Sescoop/SP) a partir dos dados do Banco Central. O levantamento mostra ainda que os ativos das cooperativas de crédito paulistas também evoluíram, chegando a R$ 16,66 bilhões, um crescimento de 4,08% no período. O patrimônio líquido das cooperativas paulistas apresentou avanço de 5,78%, com R$ 4,37 bilhões. Em depósitos, o crescimento chegou a 4,71%, atingindo a marca de R$ 8,77 bilhões. RC Assessoria de Imprensa do Sescoop/SP Balancete Mensal - (prazos segregados) Cooperativa De Crédito Dos Produtores Rurais e Empresários do Interior Paulista - Balancete Mensal (Prazos Segregados) - Agosto/2013 - “valores em milhares de reais” Sertãozinho/SP, 31 de Agosto de 2013 Revista Canavieiros - Setembro de 2013 29 Revista Canavieiros - Setembro de 2013 30 Destaque I Revista Canavieiros visita a Fábrica da Case IH em Sorocaba Complexo industrial conta com uma fábrica de máquinas agrícolas e um moderno Centro de Distribuição e Logística de Peças Da redação I Foto: Alexandre Lombardi naugurado em março de 2010, o Complexo Industrial de Sorocaba (SP) é um dos maiores e mais modernos da Fiat Industrial no mundo, reunindo uma fábrica da Case IH e um moderno Centro de Distribuição e Logística de Peças. O projeto é resultado do investimento de R$ 1 bilhão da Fiat Industrial, que é o braço de bens de capital do grupo Fiat em todo o mundo. Na época da inauguração, esse foi o maior investimento da indústria de máquinas, realizado em um único momento, já feito na história no Brasil, gerando atualmente 1.660 empregos diretos e cerca de 3 mil indiretos. O objetivo da companhia foi aumentar a produção de máquinas agrícolas e de construção, hoje realizada nas unidades de Curitiba (PR), Piracicaba (SP) e Contagem (MG), respectivamente, e ainda fabricar componentes para outras máquinas produzidas nas demais unidades da empresa no país. Da fábrica de Sorocaba são produzidos equipamentos que abastecem o mercado interno e que também são exportados para a América Latina e mais 50 países. Jefferson Teixeira, diretor da fábrica, destaca os desafios que fazem da planta de Sorocaba uma das mais modernas do mundo. “Desde o início os planos foram ousados. Nosso objetivo foi fazer uma das fábricas mais tecnológicas e eficientes do setor, tendo como principal característica a possibilidade de nos adaptarmos as crescentes demandas de equipamentos agrícolas. Aqui, nós podemos aumentar a produção sem precisar mexer na estrutura física da planta”. Teixeira relata também o fato da unidade estar em constante transformação. “No primeiro ano, nós produzimos apenas 178 colheitadeiras e, para 2014, Cerca de 50 jornalistas de diferentes meios de comunicação participaram da visita estamos planejando produzir até 3 mil equipamentos. Para isso acontecer, a logística e a organização tiveram que ser muito bem planejadas, tanto que as próximas fábricas do grupo a serem feitas no mundo seguirão o mesmo padrão da nossa estrutura aqui de Sorocaba”. O Complexo Industrial conta com uma área total de 526 mil metros quadrados, sendo 160 mil de área construída – 94 mil da fábrica e 66 mil do Centro de Distribuição. Dessa forma, sua capacidade de produção é de até 8 mil unidades por ano. No mesmo terreno também foi erguido o maior Centro de Distribuição de Peças da CNH na América Latina e um dos mais modernos do Grupo Fiat no mundo, com equipamentos de movimentação e embalagem de última geração, movimentando aproximadamente 108 mil toneladas em peças expedidas por ano e controlando, com precisão, a estocagem de mais de 18 milhões de peças. Classe mundial em produção Com concepção moderna, a fábrica está totalmente alinhada ao sistema mundial de produção da CNH Global e ao World Class Manufacturing, sis- Revista Canavieiros - Setembro de 2013 tema de manufatura mundial adotado pelo Grupo Fiat. Sinônimo de alta tecnologia, a nova unidade tem equipamentos de última geração, como máquinas de corte a laser de chapas de aço de até 25 mm, com alimentador automático, estações robotizadas de solda, transportadores aéreos para peças e componentes, além dos mais modernos sistemas de pintura, que são a pintura eletroforética por imersão e a pintura acrílica de baixa temperatura. Além de máquinas, a nova planta produzirá componentes para equipamentos feitos em outras unidades da CNH, como a de Piracicaba, onde são fabricadas colhedoras de cana, e também para exportação. Classe mundial em logística Já o CD conta com o que existe de mais eficiente em termos de logística e distribuição, baseado no conceito de World Class Logistics (Classe Mundial em Logística), no qual se busca atingir os mais altos níveis de excelência. A estrutura foi planejada para alcançar a maior rapidez operacional em toda a cadeia logística, desde o fornecedor até o cliente final, em mais de 500 pontos da América Latina. 31 carrossel (estoque automatizado), empilhadeiras articuladas com câmeras e AGV (Automatic Guide Vehicle) na movimentação de cargas, além de ser o primeiro Centro de Distribuição de Peças sustentável da América Latina, certificado pelo USGBC no conceito LEEDS. A estrutura da World Class Logistics tem entre seus principais pilares a segurança de trabalho, a excelência no serviço ao cliente, a melhoria contínua, o controle de qualidade e a organização de todas as áreas. Para que esses objetivos fossem alcançados, uma série de investimentos e pesquisas foi feita espelhando-se nos principais CDs da Europa e dos Estados Unidos. O Centro de Distribuição é considerado um dos mais modernos do Grupo Fiat, contendo esteiras automatizadas, Para dar conta de tudo isso com a devida agilidade, novos softwares de ponta foram implantados. Um deles consiste em um sistema de entrada de pedidos, planejamento e compra de peças. Esse sistema integra todos os depósitos de peças da CNH no mundo, o que garante maior agilidade na disponibilização dos itens para os clientes finais. Sobre a Case IH A Case IH coloca a tecnologia a serviço do homem do campo, oferecendo um sistema completo de produtos e serviços capazes de preparar o produtor rural para os desafios do seu dia a dia. Sendo uma das principais empresas do agronegócio mundial, conquistando definitivamente os produtores brasileiros, a marca registra resultados que não deixam dúvida. Em 2012, a Case IH foi a empresa que mais cresceu em participação de mercado em tratores e colheitadeiras, e a única marca que cresceu em participação de mercado nos dois produtos (tratores e colheitadeiras). No ano de 2013, os resultados são ainda melhores. Somente no primeiro semestre, comparado ao mesmo período do ano anterior, a Case IH registrou crescimento de 73% em colheitadeiras e 54% em tratores. Entre as soluções oferecidas pela marca, estão as colheitadeiras de grãos Axial-Flow, colhedoras de cana, café e algodão, além de tratores de todas as potências, pulverizadores autopropelidos e plantadeiras. Produtos que fazem da Case IH a melhor opção do plantio a colheita. Mais informações sobre produtos e serviços podem ser encontradas no site www.caseih.com. RC Revista Canavieiros - Setembro de 2013 32 Destaque II Revista Canavieiros marca presença no evento de comemoração de 15 anos da Tracan Clientes, colaboradores e seus familiares, participaram de palestras e gincanas durante o evento Da redação A ntecipando as comemorações dos seus 15 anos, o Grupo Tracan realizou nos dias 6 e 7 de setembro, no Hotel JP em Ribeirão Preto, o Tracan Cana Meeting, que reuniu clientes e colaboradores de todo o Brasil com o objetivo de promover a troca de experiências, além de apresentar resultados na área de mecanização e demanda do campo do setor sucroenergético. A Revista Canavieiros esteve presente no evento. Na abertura, o diretor presidente do Grupo Tracan, Arthur Monassi, falou sobre a importância da participação dos colaboradores e clientes para o crescimento da empresa. “Recebo todos com muito orgulho especialmente neste evento que acontece para marcar as comemorações de 15 anos. Comemorar essa data é uma satisfação imensa e melhor ainda é poder olhar para trás e ver que o nosso grupo gera muitas oportunidades. A maior parte dos nossos gestores são pessoas que galgaram posições aqui dentro da empresa e cresceram juntos. A Tracan investe no que é o nosso maior patrimônio que são as pessoas. Essa é a nossa visão e é isso que nos dá satisfação de querer crescer ainda mais, ver que estamos capacitando pessoas e ver o crescimento dessas pessoas. Nesses 15 anos, Samanta Pineda palestrou sobre impactos da nova lei ambiental Arthur Monassi, diretor presidente do Grupo Tracan o nosso grupo vem se consolidando na mecanização da agricultura brasileira, primeiro com a cana-de-açúcar e agora se enveredando por outras culturas, sempre com muito trabalho e dedicação”, disse Monassi. Após a abertura, a advogada Samanta Pineda, que foi consultora jurídica da Frente Parlamentar da Agricultura durante a redação do Novo Código Flo- Público presente restal, falou sobre o impacto da nova lei ambiental brasileira na produção de cana-de-açúcar e o processo de regularização ambiental no setor. No sábado, dia 7 de setembro, o presidente da ABAG (Associação Brasileira do Agronegócio) e da Canaplan, Luiz Carlos Corrêa Carvalho, fez a palestra de encerramento do evento com uma análise sobre “O atual momento e o futuro do setor canavieiro no Brasil”.RC Revista Canavieiros participa de evento realizado pelo CEISE Br e SEBRAE SP O CEISE Br e o SEBRAE SP, através do Posto de Atendimento ao Empreendedor realizaram na manhã de 12 de agosto, no auditório do Centro Empresarial Zanini, em Sertãozinho, o Café com Inovação. Participaram, micro e pequenos empresários de vários setores. A Revista Canavieiros também esteve presente no evento e conferiu a palestra ministrada pelo consultor do SEBRAE SP, Marcelo Caetano Oliveira Alves, que abordou o tema “Inovação como Diferencial Competitivo”, permitindo aos participantes uma reflexão sobre a importância da inovação e como atrair Revista Canavieiros - Setembro de 2013 a atenção do cliente através de ações inovadoras em suas empresas. Na oportunidade, o palestrante também apresentou exemplos de empreendedores que inovaram e conseguiram bons resultados em suas empresas, através de simples mudanças. RC 33 Revista Canavieiros - Setembro de 2013 34 Informações Setoriais Chuvas de agosto e prognósticos climáticos para outubro e novembro Quadro 1:- Chuvas anotadas do mês de agosto de 2013. Engº Agrônomo Oswaldo Alonso Consultor A média das chuvas anotadas durante AGOSTO de 2013 (1mm), foi semelhante ao do ano anterior (0mm), mas muito inferiores à média histórica. Maiores volumes de chuvas foram registrados no “eixo” São Simão-Serrana (5mm nos dois locais). O Mapa 1 mostra que, em meados de agosto ainda se notavam ilhas de Disponibilidade de Água no Solo, entre médias a altas, nas regiões próximas de Assis, Franca e as faixas Jales-Votuporanga e Itapetininga-Sorocaba. Nas demais áreas e a 50cm de profundidade, as condições hídricas do solo já se mostravam críticas. Os Mapas 2 e 3 mostram, pelos finais dos meses de agosto de 2012 e 2013, muita semelhança das Disponibilidades de Água no Solo na área sucroenergética do Estado, salvo as restritas ilhas de maior umidade e quanto à tonalidade do Mapa de 2013. Os artigos mensais de Informações Setoriais tem contado com o trabalho diário de obtenções dos dados de chuvas em todos os Escritórios Regionais e condensados em Viradouro. Os dados diários são publicados no site Canaoeste e as médias mensais são, também, mostradas neste artigo, no Quadro 2 a seguir. Os dados do Quadro 2, ao lado, mostram que as somas de chuvas em “Mé- Mapa 1:- Água Disponível no Solo entre 15 a 18 de agosto de 2013 Revista Canavieiros - Setembro de 2013 dias mensais” e “Normais climáticas” (nas duas últimas linhas), entre janeiro a abril, foram praticamente iguais, ou sejam, 773 e 770mm. As diferenças entre Médias mensais e Normais climáticas (74mm = 963-899) deveram-se aos meses de maio, junho e agosto. Para planejamentos próximo-futuros, a Canaoeste resume o prognóstico de consenso entre INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) e INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) para o final de setembro e os meses de outubro e novembro, como ilustrado no Mapa 4 ao lado. Mapa 2:- Água Disponível no Solo ao final de agosto 2012. 35 Quadro 2:- Somas e normais climáticas das chuvas anotadas entre janeiro a agosto deste ano, fornecidas pelos Escritórios Regionais e condensadas em Viradouro. OBS:- Normais (ou médias) climáticas dos locais assinalados entre parêntesis (1 a 7) e mais a do Centro de Cana- Apta IAC - Ribeirão Preto. • Para estes meses, as temperaturas tendem a ser próximas e acima das respectivas médias históricas para as Regiões Centro Oeste (GO, MS e MT) e Sudeste (ES, MG, RJ e SP) e ao redor das normais climáticas na Região Sul (PR, RS e SC); mas, com possível entrada de massa fria no início de setembro nas regiões sucroe- nergéticas dos estados do Paraná, Sul do Mato Grosso do Sul e Sudoeste de São Paulo; • O consenso INMET-INPE assinala ainda que as chuvas poderão oscilar com iguais probabilidades para as três categorias, em toda área sucroenergética da Região Centro Sul, exceto para o estado do Paraná, Sul Mapa 3:- Água Disponível no Solo ao final de agosto 2013. do Mato Grosso do Sul e Sudoeste de São Paulo, onde as chuvas poderão “ficar” abaixo das normais climáticas. • Tendo como referência o Centro de Cana - Apta IAC, as médias históricas de chuvas em Ribeirão Preto e municípios vizinhos são de 55m em setembro, 125mm em outubro e de 170mm em novembro. A SOMAR Meteorologia, por sua vez, Mapa 4:- Adaptação Canaoeste ao Prognóstico de Consenso entre INMET-INPE para final de setembro, e durante os meses de outubro e novembro. noticia seu prognóstico climático para a região de abrangência da Canaoeste que, além das de Primavera, as chuvas poderão se concentrar nos 10 dias iniciais e finais de outubro e na 2ª quinzena de novembro. A Canaoeste recomenda que, doravante, os produtores de cana se atentem às condições de umidade do solo em operações de colheita, a fim de evitarem pisoteios e falhas. Porém, se foram efetuadas com solo seco (baixa ou nenhuma compactação, mas resistentes à operações mecânicas), a Canaoeste lembra, ainda, ser dispensável aplicações de enérgicos cultivos mecânicos (escarificações e gradagens). Nestes casos, as formulações de fertilizantes (não com uréia) poderão ser aplicados em superfície, sobre ou aos lados das linhas de cana. Redobrar atenções em mato-controle e, a partir destas chuvas, monitorar ocorrência de cigarrinha das raízes. Estes prognósticos serão revisados nas seguintes edições da Revista Canavieiros. Fatos climáticos relevantes serão noticiados em: www.canaoeste.com.br e www.revistacanavieros.com.br Persistindo dúvidas, consultem os Técnicos mais próximos ou através do Fale Conosco Canaoeste. RC Revista Canavieiros - Setembro de 2013 36 Artigo Técnico Broca da Cana-de-Açúcar (Diatrea Saccharalis) Filo: Artropoda; Classe: Insecta; Ordem: Lepidoptera; Família: Crambidae; Gênero: Diatraea; Espécie: Diatraea saccharalis. *Breno Souza – Engenheiro Agrônomo da Canaoeste Descalvado com colaboração da gestora técnica da Canaoeste, Alessandra Durigan. A Broca (Diatrea saccharalis) é uma das pragas mais importantes da cana-de-açúcar no Brasil e tem se mostrado a mais maléfica, causando danos diretos e indiretos para a cultura, interferindo significativamente na qualidade dos produtos finais. O adulto é uma mariposa de coloração amarelo-palha. A asa anterior possui numerosas linhas estreitas de coloração marrom e as asas posteriores são brancas. A fêmea geralmente é maior e suas asas mais claras do que as do macho. Os adultos são de hábito noturno e permanecem escondidos durante as horas de luz. Vivem em média cinco dias. Após o acasalamento as fêmeas fazem a oviposição nas folhas da cana, em ambas as faces. Os ovos são achatados e ovais e são depositados em agrupamentos sobrepondo-se como escamas de um peixe. Cada grupo de ovos pode conter de dois a 50 ovos. Inicialmente são brancos, tornando-se de cor laranja com o tempo e, próximo à eclosão, adquirem cor escura. A duração desta fase é de aproximadamente quatro a oito dias sendo influenciada diretamen- te pela temperatura. As lagartas são de coloração branco-leitosas, cabeça marrom escuro e medem de 25 a 30 mm de comprimento. Eclodem praticamente ao mesmo tempo e alimentam-se, quase que imediatamente após a eclosão, do tecido da folha ou do tecido da casca do entrenó em formação. Dirigem-se para a bainha onde penetram pela parte mais mole do colmo e, perfurando-o, abrem galerias de baixo para cima. Esta é a fase onde ocorrem os danos. O tempo de desenvolvimento larval varia de 40 a 60 dias dependendo das condições climáticas. Sua transformação em pulpa ocorre dentro da planta, na galeria feita pela larva. A pulpa é alongada e fina, de coloração marrom-amarelada a marrom mais escuro e mede de 16 a 20 mm de comprimento. A duração de fase de pulpa é de nove a 14 dias. O ciclo evolutivo completo da broca é de 60 a 90 dias e, nas condições ambientais do Brasil, pode dar até quatro gerações anuais, em casos excepcionais até cinco gerações, dependendo das condições climáticas. Breno Souza Agrônomo da Canaoeste de Descalvado Ocorrência da praga: Em canaviais plantados no início do ano (cana de ano e meio), a ocorrência das lagartas é mais frequente no início das chuvas (setembro/outubro), atingindo o pico populacional em janeiro/ fevereiro, no verão. Nas soqueiras a sua ocorrência é praticamente constante durante todo ano, mas existe a tendência das populações diminuírem nos períodos frios e secos e aumentarem nos períodos quentes e úmidos. Com relação ao estágio do canavial e tamanho das canas, nas canas plantas, as populações são mais elevadas pelo maior vigor vegetativo e nas canas com entrenós formados, os ataques são mais intensos quando comparadas as canas mais jovens. Esquema de caminhamento de campo para a liberação de Cotesia flavipes (Botelho et al 1980). Revista Canavieiros - Setembro de 2013 Observa-se também que existem variedades mais suscetíveis ao ataque da praga. Geralmente, variedades precoces, ricas e produtivas, são mais atrativas e nos canaviais que recebem a aplicação de vinhaça, as populações são maiores devido as condições ideais para o aumento reprodutivo do inseto. 37 Os inimigos naturais realizam controle eficiente da praga e contribuem intensamente para a diminuição das populações. Existem diversos parasitas e predadores que atuam em todos os estágios biológicos, portanto a adoção de práticas corretas e seguras para o meio ambiente são extremamente necessárias para o manejo sustentável deste inseto-praga. Danos diretos: Os danos diretos decorrem da alimentação do inseto e caracterizam-se por: perda do peso devido a abertura de galerias no entrenó; morte da gema apical da planta (“coração morto”); encurtamento do entrenó; quebra da cana; enraizamento aéreo; germinação das gemas laterais. Estes danos apresentados ocorrem isoladamente ou associados, o que pode agravar os prejuízos. Danos indiretos: Os danos indiretos são causados por microrganismos que invadem o entrenó através do orifício aberto na casca do colmo pela lagarta. Os principais microrganismos são os fungos Fusarium moniliforme e Colletotrichum falcatum que ocasionam o vermelhão no interior dos entrenós, levando a queda no rendimento industrial pela inversão da sacarose, diminuição da pureza do caldo e problemas de contaminação do processo e fermentação alcoólica. As brocas provocam perdas representativas caso não sejam tomados os devidos cuidados de monitoramento e controle. A cada 1% de índice de intensidade de infestação (I.I) reflete no processo industrial perdas de: 370 gramas de açúcar ou 165 mililitros de álcool por tonelada de cana processada, com queda de 0,77% da produtividade (GALLO et al, 2002, COOPERSUCAR 2003, BOTELHO & GARCIA 2004). Entretanto, dados mais recentes, demostram que as perdas para cada 1% de intensidade de broca podem ser ainda maiores, próximas à 1,50%, em relação à produtividade agrícola, 0,49% na produtividade de açúcar e 0,28% na produtividade de álcool. Para adotarmos práticas de manejo adequadas é muito importante conhecermos através de levantamentos de campo, o índice de intensidade de infestação de broca (II) e os níveis populacionais da broca no campo. Estes levantamentos são estratégicos porque subsidiam a tomada de decisão. Os levantamentos para a determinação da intensidade de infestação final (II %) são realizados próximos a colheita ou junto com a colheita (cana madura) e são calculados a nível de fazenda, talhão, variedade, categoria e corte e orientam para onde devem ser direcionados os levantamentos populacionais, priorizando os canaviais mais infestados. Os levantamentos populacionais têm a finalidade de monitorar as populações da praga e orientar a adoção de medidas de controle. Geralmente são realizados nos canaviais com quatro a seis meses de idade. Embora o controle biológico, através da liberação de parasitoides, ser um exemplo de eficiência, outras práticas de controle podem ser adotadas de maneira integrada. Controle Biológico O controle biológico é uma opção inteligente. Deve ser sempre considerado porque é mais barato e menos impactante para o meio ambiente porque reduz a necessidade de aplicação de inseticidas. Para o controle da broca da cana-de-açúcar é a maneira mais eficiente e segura. O inimigo natural muito importante e específico da broca da cana é a vespinha Cotesia flavipes (Hymenoptera: Braconidae). Possui capacidade de aumento populacional em curto tempo e é facilmente produzida em laboratório. As vespinhas, localizam o hospedeiro pelas substâncias liberadas nas fezes da broca e introduzem seu aparelho ovipositor no interior das lagartas. Elas chegam a ovipositar aproximadamente 50 ovos. Quando eclodem, as larvas do predador alimentam-se da praga da cana (broca). Revista Canavieiros - Setembro de 2013 38 Artigo Técnico Esquema de caminhamento de campo para a liberação de Cotesia flavipes (Botelho et al 1980). As vespinhas devem ser liberadas nas horas mais frescas do dia, 25°C a 27°C, de manhã ou ao entardecer, porque sua sobrevivência é altamente influenciada pela temperatura. Em média, recomenda-se a liberação de 6000 vespas por hectare, quatro copos contendo 1500 vespas cada (30 massas) quando as populações estiverem acima de 800 brocas por hectare e as lagartas com comprimento acima de 1,5 cm (lagartas médias e grandes). As vespinhas só devem ser liberadas ao campo quando no mínimo de 70 a 80% dos indivíduos já emergiram nos copos. Outra opção de controle biológico é o parasitóide Trichogramma galloi (Hymenoptera: Trichogrammatidae). É a principal espécie utilizada para o controle de ovos da broca de cana. Recomenda-se que a liberação dessa vespinha seja na forma adulta, em 25 pontos por hectare, num total de 200 mil parasitoides por hectare em três liberações sucessivas, feitas à tarde e esFoto: Heraldo N. de Oliveira No interior do talhão as liberações devem ser realizadas em pontos distanciados um do outro. Em cada ponto abre-se um copo plástico com aproximadamente 1.500 indivíduos, mantendo-o aberto durante o caminhamento de um ponto para o outro. O copo é preso aberto, entre a bainha e o colmo, na posição horizontal. Os inseticidas devem ser aplicados enquanto as larvas ainda são jovens e antes delas entrarem no colmo e direcionados para as áreas onde as infestações estiverem altas. Pode estar associado ao controle biológico. portanto, deve-se dar preferência para os inseticidas fisiológicos, de menor impacto ambiental. A partir do momento que a broca penetra no colmo da cana, o controle químico, com o uso de inseticidas, torna-se inviável devido à baixa eficiência dos produtos que são incapazes de atingir as lagartas no interior dos colmos. Conclusão Foto: Heraldo N. de Oliveira Adulto de Cotesia flavipes atacando uma lagarta da broca da cana-de-açucar. O controle biológico, conforme já citado, apresenta diversos benefícios, entretanto pode ser ineficiente se algumas recomendações não forem seguidas corretamente. Controle Químico Os inseticidas podem afetar as populações de inimigos naturais da broca, Liberação de Cotesia flavipes em canavial para controle da broca da cana-de-açúcar. paçadas de uma semana. Esse parasitoide deve ser associado ao parasitoide de lagartas Cotesia flavipes. (NAKANO et. al 2002). A Diatraea saccharalis é um inseto-praga que provoca grandes danos na cultura de cana-de-açúcar. Com o aumento das áreas de plantio, uso de variedades mais suscetíveis e não adoção do controle biológico a sua incidência vem aumentando em níveis preocupantes. A forma de controle mais utilizada e que vem proporcionando os melhores resultados é o controle biológico, com a utilização principalmente da vespa Cotesia flavipes, que tem se mostrado muito eficiente. Em situações de altas infestações, o controle químico é necessário e deve ser realizado de forma integrada com o controle biológico. Os levantamentos de campo são importantes para monitoramento das populações e quantificação dos danos da praga. São ferramentas de manejo para a tomada de decisão. A Canaoeste possui uma equipe treinada e capacitada para o levantamento e monitoramento de pragas no campo com o objetivo de melhor atender aos produtores associados. Consulte nossa equipe técnica para maiores informações. RC Revista Canavieiros - Setembro de 2013 39 Assuntos Legais ADA – Ato Declaratório Ambiental Prazo termina em 30 de setembro de 2013. M esmo com a publicação do novo Código Florestal, em 25 de maio de 2012, o IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) ainda não desonerou os proprietários rurais de preencherem o ADA (Ato Declaratório Ambiental), conforme se verifica no sitio eletrônico do referido instituto ambiental. Como já dito n’outras oportunidades, o ADA é uma declaração da situação ambiental da propriedade rural, onde será informado OBRIGATORIAMENTE ao IBAMA, as áreas de preservação permanente, reserva legal e outras áreas de proteção ambiental (área de reserva particular do patrimônio natural, área de declarado interesse ecológico, área com plano de manejo florestal, área com reflorestamento), caso existam no imóvel rural e desde que declaradas no DIAT (Distribuição da Área do Imóvel Rural), entregue quando do preenchimento da DITR (Declaração do Importo Territorial Rural). Tal declaração possibilita a redução do pagamento do ITR (Imposto Territorial Rural) em até 100% de seu valor. Ressaltamos, ainda, que o envio do ADA a partir do exercício 2007, é feito por meio eletrônico, via internet (ADAweb), através do sitio eletrônico do IBAMA (www.ibama.gov.br), de 1º de janeiro até 30 de setembro. Já no site, basta clicar no link de Serviços On-line, informar o seu CPF (pessoa física) ou CNPJ (pessoa jurídica), senha e autenticar. “Para a obtenção ou recuperação de senha de acesso, deve-se recorrer ao Cadastro Técnico Federal, telefone (61) 3316-1677. No caso de dúvidas, ligar para o número indicado ou para (61) 3316-1253 ou ainda utilizar o e-mail [email protected]. Declarações retificadoras referentes ao exercício de 2013 poderão ser apresentadas até 31 de dezembro de 2013” (fonte: CNA – Confederação Nacional da Agricultura). No preenchimento eletrônico do ADA ou em caso de retificação, deve-se observar fielmente o que foi declarado no formulário do DITR, protocolizado perante a Secretaria da Receita Federal, pois as informações ali contidas devem guardar relação com as que forem prestadas no ADA, tendo em vista que, visando um maior controle administrativo das propriedades rurais, o IBAMA começou a cruzar suas informações com a Receita Federal e o INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), responsáveis pelo controle e recolhimento anual do ITR. “Para que sejam evitados constrangimentos e aborrecimentos, é recomendável guardar-se o comprovante de apresentação do ADA (Recibo do ADA); este é de suma importância para fins de comprovação legal junto aos órgãos ambientais e, em especial, junto à Secretaria da RFB (Receita Federal do Brasil), quando solicitado. A opção pelo ADA é um exercício de cidadania, oportunidade que têm os proprietários rurais de economizar recursos financeiros e naturais - e de vislumbrar, inclusive, a possibilidade de receber pagamento por serviços ambientais -, aliando-se à causa ambiental via preservação, conservação e recuperação de florestas e vegetação nativa em geral e da fauna associada, representada por meio de: Juliano Bortoloti Advogado da Canaoeste → proteção aos bancos de germoplasma de espécies autóctones contidos nos remanescentes de vegetação nativa protegidos; → proteção do solo e manutenção/ aumento de sua permeabilidade, com o consequente aumento da quantidade de água das chuvas infiltrada = recarga de lençóis e aquíferos; → proteção aos mananciais, aos cursos e demais corpos d’água, assim como, à sua qualidade; → manutenção do ciclo hidrológico; → remoção do CO2 da atmosfera pela vegetação (sequestro/sumidouro de carbono), combate ao efeito estufa, regulação climática e produção de oxigênio; → manutenção do equilíbrio ecossistêmico; → manejo ambientalmente sustentável da flora e fauna nativas e consequente geração de renda (valoração); → proteção à biodiversidade em geral e, principalmente, às espécies nativas, vegetais e animais endêmicas, raras e àquelas ameaçadas de extinção, relacionadas em listas oficiais; → manutenção das paisagens naturais e de seu valor cênico / ecoturismo (APP; Reserva Legal; RPPN); → combate à erosão genética; → proteção do solo, contenção dos processos erosivos e manutenção da fertilidade; → evolução do imóvel rural para a REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL; → outros”(fonte: http://www.ibama. gov.br/servicos/ato-declaratorio-ambiental-ada). RC Revista Canavieiros - Setembro de 2013 40 Safra Acompanhamento da safra 2013/2014 N este trabalho são apresentados os dados obtidos até a segunda quinzena de agosto, referente à safra 2013/2014, em comparação com os obtidos na safra 2012/2013 no mesmo período. A Tabela 1 a seguir, contém o comparativo do ATR médio acumulado (kg/t) referente as safras 2012/2013 e 2013/2014, ambas do início até a segunda quinzena de agosto. O comparativo deste mesmo período para ambas as safras demonstrou uma queda de 0,43 kg para a safra 2013/2014. Tabela 1 – ATR (kg/t) médio da cana entregue pelos Fornecedores de Cana da Canaoeste das safras 2012/2013 e 2013/2014 As tabelas 2 e 3 contém detalhes da qualidade tecnológica da matéria-prima nas safras 2012/2013 e 2013/2014. Tabela 2 – Qualidade da cana entregue pelos fornecedores de cana da Canaoeste, até a segunda quinzena de agosto, da safra 2012/2013. Thiago de Andrade Silva Gestor de Planejamento, Controle e Topografia da Canaoeste cando acima a partir da segunda quinzena de maio em relação ao da safra 2012/2013, exceto na segunda quinzena de agosto que ficou abaixo. Tabela 3 – Qualidade da cana entregue pelos fornecedores de cana da Canaoeste, até a segunda quinzena de agosto, da safra 2013/2014 O Gráfico 2 contém o comportamento da POL do caldo na safra 2013/2014 em comparação com a safra 2012/2013. Pode-se observar que a POL do caldo apresentou o mesmo comportamento do BRIX do caldo. O Gráfico 3 contém o comportamento da pureza do caldo na safra 2013/2014 em comparação com a safra 2012/2013. A pureza do caldo da safra 2013/2014 ficou abaixo da obtida na safra 2012/2013 no mês de abril, sendo a diferença mais acentuada na primeira quinzena, se equiparando a partir do mês de maio. O Gráfico 1 contém o comportamento do BRIX do caldo da safra 2013/2014 em comparação com a safra 2012/2013. O BRIX do caldo da safra 2013/2014 ficou muito abaixo no mês de abril, recuperando a partir do mês de maio fi- Gráfico 1 – BRIX do caldo obtido nas safras 2013/2014 e 2012/2013 Revista Canavieiros - Setembro de 2013 O Gráfico 4 contém o comportamento da fibra da cana na safra 2013/2014 em comparação com a safra 2012/2013. Gráfico 2 – POL do caldo obtida nas safras 2013/2014 e 2012/2013 41 Gráfico 3 – Pureza do caldo obtida nas safras 2013/2014 e 2012/2013 Gráfico 4 – Comparativo das médias de fibra da cana Gráfico 5 – POL da cana obtida nas safras 2013/2014 e 2012/2013 Gráfico 6 – ATR obtido nas safras 2013/2014 e 2012/2013 Revista Canavieiros - Setembro de 2013 42 Safra A fibra da cana na safra 2013/2014 ficou abaixo daquela obtida na Safra 2012/2013, na segunda quinzena de abril, no mês de maio (mais acentuado na primeira quinzena) e na primeira quinzena de junho, ficando acima na primeira quinzena de abril, na segunda quinzena de junho, no mês de julho e na segunda quinzena de agosto. Na média acumulada até segunda quinzena de agosto, observa-se que a fibra está um pouco abaixo da observada na safra anterior. O Gráfico 5 contém o comportamento da POL da cana na safra 2013/2014 em comparação com a safra 2012/2013. A POL da cana na safra 2013/2014 ficou muito abaixo da obtida na safra 2012/2013 no mês de abril, se equiparando na primeira quinzena de maio e segunda quinzena de junho, ficando acima na segunda quinzena de maio e nos meses de junho, julho e agosto, exceto na segunda quinzena de agosto que ficou abaixo. Na média a POL da cana na safra 2013/2014 está bem próxima da observada na safra 2012/2013. O Gráfico 6 contém o comportamento do ATR na safra 2013/2014 em comparação com a safra 2012/2013. Tendo em vista que a POL participa com mais de 90% do ATR o mesmo apresentou o mesmo comportamento da POL da cana. Na média, verifica-se uma queda de 0,43 kg de ATR nesta safra de 2013/2014 em relação à safra anterior. O Gráfico 7 contém o comportamento do volume de precipitação pluviométrica registrado na safra 2013/2014 em comparação com a safra 2012/2013. A precipitação pluviométrica média dos meses de fevereiro, março e maio de 2013 ficou muito acima da obtida em 2012, se equiparando no mês de janei- Gráfico 7 – Precipitação pluviométrica (mm de chuva) registrada em 2012 e 2013 ro, julho e agosto e muito abaixo nos meses de abril e junho. O Gráfico 8 contém o comportamento da precipitação pluviométrica acumulada por Trimestre na safra 2013/2014 em comparação com a safra 2012/2013. Em 2013, observa-se um volume de chuva muito acima no primeiro Trimestre, abaixo no segundo Trimestre, e igualado até agosto no terceiro Trimestre, se comparado aos volumes médios de 2012. A precipitação pluviométrica de 2013 ficou muito próxima daquela verificada em 2012 no mês de agosto; observa-se, entretanto, uma melhora na produtividade; porém, a qualidade média no período até agosto apresentou queda, comparativamente com a safra 2012/2013. Cabe ressaltar que o ATR médio ficou 0,43 kg abaixo do obtido na safra 2012/2013, até a segunda quinzena de agosto. Gráfico 8 – Precipitação pluviométrica (mm de chuva) por Trimestre, em 2012 e 2013 RC Revista Canavieiros - Setembro de 2013 43 Revista Canavieiros - Setembro de 2013 44 Vende-se Área de 50 hectares de mata fechada para reserva legal total ou parcial localizada em Buritizal/SP. Área com declive de 30º a 40º, aceita troca. Valor R$ 20.000,00 por hectare. Tratar com José Antonio Savegnago pelo telefone: (16) 99142-5362 Vende-se Fazenda de 65 alqueires, com 80% de pasto, localizada na beira da pista em Barra do Garças - Mato Grosso. A propriedade fica a 12 km de Barra do Garças e 12km de Bom Jesus. Tratar com Juvenal pelo telefone: (16) 991461056. R$ 35 mil o alqueirão. Vende-se Exaustor para limpeza de feijão em colheitadeiras automotriz todas as marcas. Tratar com Antônio pelos telefones: (17) 3322-8523 ou (17) 997914997 - Barretos/SP Vende-se Um trator de esteiras D4E 1985 CATERPILLAR. Tratar com Rodrigo Gugliano pelos telefones: (11) 9983199913 ou (11) 2361-7412 Vendem-se - 01 Ranger XLT modelo 2011 completa, motor 3,0 turbo 4X4, banco de couro, ABS, airbag, protetor, lona, santo Antônio, restribo, V.E nas quatro portas, trava, alarme, computador de bordo, bluetooth, quatro pneus novos, com 45.000,00 Km. Valor: R$70.000,00; - 01 Casa de Lazer à margem da represa de Volta Grande, com quatro suítes, sala, cozinha, varanda com fogão à lenha, forno e churrasqueira, 1wc externo, spa com oito bicos de hidromassagem, jardinagem com piscina ornamental. A propriedade fica em um condomínio murado, próximo ao Ubatã com infraestrutura (piscina,quiosque, campo de futebol iluminado e rampa para barcos). Há apenas 20 lotes; - Lotes para construir casas. Localizado a 40 km de Uberaba/MG e 35 Km de Conceição das Alagoas/ MG. Tratar com Cícero pelos telefones: (34)3338-3946 (34)9972-3946 (34)9648-3946 Vendem-se - 01 transformador de 45 KVA. Valor: R$ 1.500,00; - Arame farpado usado; - Cabo de alumínio para alta tensão usado. Valor: R$ 6,00/kg; - Braços para iluminação usados; - Apartamento no Guarujá, localizado na praia das Astúrias de frente para o mar. Possui quatro suítes, três salas, copa, cozinha, quarto empregada, piscina na sacada do apartamento e quatro vagas na garagem. Ainda conta com área comum com piscina aquecida, salão de jogos e festa, churrasqueira, quadra e sauna. Valor: R$ 1.980.000,00; - 01 arado Iveca de quatro hastes. Valor: R$ 2.500,00; - 01 gaiola de cana para plantio. Valor: R$ 2.500,00; - 01 arado Massey Fergusson de quatro bacias. Valor: R$ 1.500,00; - 01 moinho Nogueira DPM4 completo com motor, semi-novo. Valor: R$ 2.500,00 Tratar com Wilson pelo telefone:(17) 99739-2000 – Viradouro/SP Vende-se - Uma Mitsubishi L 200, ano 2006, branca, com ar condicionado e cabine dupla.Tratar com Raul pelos telefones: (34) 3332-0525 ou (34) 9972-3073 VENDEM-SE - MB 2318/93, tanque de água de 15.000 litros, pipa bombeiro; - MB 1418/90, LA, 4x4, chassi; - MB 2217/88, tanque de água de 15.000 litros, pipa bombeiro; - MB 2213/86, tanque de água de 15.000 litros, pipa bombeiro; - MB 221/81, tanque de água de 15.000 litros, pipa bombeiro; - MB 2013/75, 6x2, munk madal, modelo 10.000; - VW 13180/09, 4x,2 munk madal, modelo 12.000; - VW 26260/08, tanque de água de 15.000 litros, pipa bombeiro; - VW 15180/08, 4x2, comboio de lubrificação e abastecimento, Gascom; - VW 26260/08, basculante; - VW 26260/08, tanque de água de 15.000 litros, pipa bombeiro; - VW 26260/06, betoneira de 8m³; - VW 15180/06, 4x2, chassi; - VW 26310/02, tanque de água de 16.000 litros, pipa bombeiro; - VW 16170BT/95, 4x2 comboio de lubrificação e abastecimento, Gascom; - VW 12140H /95, tanque de água de 10.000 litros, pipa bombeiro; - VW 12140H /96, 4x2, baú oficina Móvel; - F.Cargo 1717/09, tanque de água de 8.000 litros, pipa bombeiro; - F.Cargo 2622/09, tanque de água de 15.000 litros, pipa bombeiro; - F.Cargo 1317/07, munk CNG, modelo 20.000; - F.Cargo 2422/02, tanque de água de 16.000 litros, pipa bombeiro; - F12000/98, tanque de água de 10.000 litros, pipa bombeiro; - F11000/90, tanque de água de 8.000 litros, pipa bombeiro; - Toyota Hilix, 2010, D4D, 3.0 SRV, 4x4, prata, automática, diesel, com 31.000km; - Munk munck, modelo 640-18; - Baú para caminhão toco; - A Revista Canavieiros não se responsabiliza pelos anúncios constantes em nosso Classificados, que são de responsabilidade exclusiva de cada anunciante. Cabe ao consumidor assegurar-se de que o negócio é idôneo antes de realizar qualquer transação. - A Revista Canavieiros não realiza intermediação das vendas e compras, trocas ou qualquer tipo de transação feita pelos leitores, tratando-se de serviço exclusivamente de disponibilização de mídia para divulgação. A transação é feita diretamente entre as partes interessadas. Revista Canavieiros - Setembro de 2013 45 - Munk Hincol, modelo 31.000, ano 2010; - Munk Hincol, modelo 43.000, ano 2012; - Comboio de lubrificação e abastecimento, Gascom, 2.000 litros, ano 1999; - Cabine Ford, F14000, ano 1996; - Caçamba Basculante de 12m³; - Tanque de fibra com capacidade de 20.000 litros. Tratar com Alexandre pelos telefones: (16) 3945-1250 / 99766-9243 oi / 7813-3866 id 96*81148 nextel ou pelo e-mail: [email protected] Vende-se - Mudas de seringueira da variedade RIM 600, com borbulheira própria certificada. - Porta enxertos para citrus todas as variedades. - Pimentões de estufa, abobrinhas variedades. 23 anos de experiência. (17) 991335717 (17) 996295456 // (17) 981018767 Cleiton Bulgo Verdeiro (BRANCO) Tabapuã-SP Vende-se - Um caminhão VW 8150 E - Delivery Plus 2011/2012 , com comboio de lubrificação, abastecimento LDA 3000 litros. Tratar com Alessandro pelos telefones: (16)3663-3850 (16) 98112-5585 Vende-se Uma área de 23,5 alqueires, em Ituverava. Tratar com Paulo, telefone (l6) 3839 7506 Vende-se - Quatro ternos de moendas 66 polegadas, acessórios e redutores. Tratar com DN Industrial pelos telefones: (22) 2768-9250 (fixo) e (22) 99233-1906 (Vivo) ou pelo e-mail: [email protected] COMPRAM-SE - Tubos de irrigação de todos os diâmetros, motobombas, rolão autopropelido, pivot, etc. Pagamento á vista. Tratar com Carlos pelos telefones: (19) 99166-1710/ (19) 98128-0290 ou pelo e-mail: [email protected] Eventos de outubro 2013 Curso para Ordenhadores: Operação e Manutenção de Ordenhadeiras Mecânicas Data: 15/10 e 16/10 Cidade: Coronel Pacheco - MG Localização: Embrapa Gado de Leite - Campo Experimental de Coronel Pacheco (CECP) Site: www.cnpgl.embrapa.br Mais informações: Cristina/Embrapa Gado de Leite pelo telefone: (32) 3249-4910 E-mail: [email protected] I Simpósio Paulista de Manejo de Plantas Daninhas em Cana-de-Açúcar Data: 28/10 a 29/10 Local: UNIMEP – Campus Taquaral – Rodovia do Açúcar, km 156 Cidade: Piracicaba – SP Inscrições: através do e-mail: [email protected] Mais informações: (19) 3417-6601 Revista Canavieiros - Setembro de 2013 Biblioteca “General Álvaro 46 Tavares Carmo” Bioenergia & Biorrefinaria Cultivando a Língua Portuguesa Esta coluna tem a intenção de maneira didática, esclarecer algumas dúvidas a respeito do português. 1) Ela quer “se aparecer”. Com a escrita incorreta, ficará sumida! Renata Sborgia Correto: Ela quer aparecer. Dica útil: Existem verbos que podem ser usados com pronomes. Ex.: suicidar-se Outros, porém, jamais podem ser usados com pronomes como o verbo aparecer. É verbo intransitivo. Não admite voz reflexiva, objetos de espécie alguma. Não se pode aparecer ninguém e, também, aparecer a si mesmo. 2) Maria confirma invasão “a privacidade”. ... não ocorre invasão a lugar algum. O que é possível acontecer é invasão de algum lugar. O correto é: Maria confirma invasão de privacidade. 3) Pedro viajará na “Segunda-feira”. Com a grafia incorreta, ficará! O correto é: segunda-feira, letra minúscula e com hífen “Este livro aborda não só cultivo e processamento da cana-de-açúcar e das espécies florestais nas chamadas biorrefinarias como também aspectos relacionados à sua sustentabilidade, discutindo as perspectivas de pesquisa e desenvolvimento para a expansão destas indústrias. Dividido em 20 capítulos, elaborados por renomados pesquisadores, empresários e representantes do governo, a obra é uma importante contribuição para a difusão do conhecimento e a consolidação do uso diversificado da biomassa no Brasil e no mundo.” (Trecho extraído do prefácio do livro) Referência: Bioenergia e biorrefinaria: cana-de-açúcar e espécies florestais / Fernando Santos, Jorge Colodette, José Humberto de Queiroz. – Viçosa, MG: Os Editores, 2013. Os interessados em conhecer as sugestões de leitura da Revista Canavieiros podem procurar a Biblioteca da Canaoeste. [email protected] www.facebook.com/BibliotecaCanaoeste Fone: (16) 3524-2453 Rua Frederico Ozanan, nº842 Sertãozinho-SP Dica útil do Novo Acordo Ortográfico: A forma correta de escrita da palavra é segunda-feira. As palavras segunda feira, escritas sem hífen, estão erradas. Devemos utilizar o substantivo comum feminino segunda-feira sempre que quisermos referir o segundo dia da semana, que fica entre o domingo e a terça-feira. É uma palavra composta por justaposição das palavras: segunda + feira. Esta dúvida surge por causa das alterações na hifenização das palavras compostas trazidas pelo Novo Acordo Ortográfico, que entrou em vigor em janeiro de 2009. Segundo este acordo, o hífen se mantém nas palavras compostas por justaposição sem elementos de ligação, cujos elementos formam uma unidade com significado próprio. Assim, segunda-feira e os restantes dias da semana deverão continuar sendo escritos com hífen, bem como outras palavras como: arco-íris, decreto-lei, ano-luz, guarda-chuva. Relativamente aos dias da semana, o Novo Acordo Ortográfico afirma que os mesmos deverão ser escritos com letra minúscula e não com letra maiúscula: segunda-feira, terça-feira, quarta-feira, quinta-feira, sexta-feira. PARA VOCÊ PENSAR: OS DEGRAUS Não desças os degraus do sonho Para não despertar os monstros. Não subas aos sótãos - onde Os deuses, por trás das suas máscaras, Ocultam o próprio enigma. Não desças, não subas, fica. O mistério está é na tua vida! E é um sonho louco este nosso mundo... Mario Quintana,in Baú de Espantos Coluna mensal * Advogada, Profa. de Português, Consultora e Revisora, Mestra USP/RP, Especialista em Língua Portuguesa, Pós-Graduada pela FGV/RJ, com MBA em Direito e Gestão Educacional, autora de vários livros como a Gramática Português Sem Segredos (Ed. Madras), em co-autoria. Revista Canavieiros - Setembro de 2013 47 Revista Canavieiros - Setembro de 2013 48 Revista Canavieiros - Setembro de 2013
Documentos relacionados
Revista Canavieiros
Na luta pelo equilíbrio máximo entre sustentabilidade e produtividade, o Brasil, através de seus grandes institutos de pesquisas, busca incansavelmente pela tecnologia ideal para suas lavouras. Ass...
Leia maisRevista Canavieiros
Equipe de redação e fotos: Carla Rodrigues, Fernanda Clariano, Murilo Sicchieri e Rafael H. Mermejo Comercial e Publicidade: Marília F. Palaveri (16) 3946-3311 - Ramal: 2008 atendimento@revistacana...
Leia mais