Revista Canavieiros

Transcrição

Revista Canavieiros
1
Revista Canavieiros - Setembro de 2013
2
Revista Canavieiros - Setembro de 2013
Editorial
3
Reestruturação de filial do sistema Copercana, Canaoeste
e Sicoob Cocred; feiras e eventos marcam esta edição
O
Sistema Copercana, Canaoeste e Sicoob Cocred reinaugurou no dia 21 de agosto
a filial de Cravinhos. Diretores, autoridades, colaboradores e cooperados foram recebidos para um café da
manhã muito especial que antecipou
a cerimônia oficial de reinauguração.
Veja todos os detalhes na Reportagem
de Capa desta edição.
A Entrevista deste mês é com o
vice-presidente da ACSP (Associação Comercial de São Paulo) e coordenador do Departamento de Infraestrutura da FIESP (Federação das
Indústrias do Estado de São Paulo),
Luiz Gonzaga Bertelli, que também é
consultor de empresas do setor de gás
combustível, petróleo e de produção
de açúcar e de álcool. Bertelli, falou
sobre as políticas públicas adotas pelo
Governo Federal quando o assunto é
energia e suas principais fontes.
Na coluna “Caipirinha”, o professor Marcos Fava Neves escreveu
sobre o crescimento das exportações do açúcar brasileiro. E quem
assina o Ponto de Vista desta edição
é a Analista do Centro PwC de Inteligência em Agronegócio e Bacharel e Mestre em economia pela
UNESP/Araraquara, Lara Moraes;
e o Coordenador do Centro PwC
de Inteligência em Agronegócio,
Mestre em Agroenergia pela Esalq-USP/Embrapa/FGV e Bacharel em
Relações Internacionais pela FAAP,
Luiz Albino Barbosa. O artigo escrito por eles recebeu o título “Cana-de-açúcar na Austrália: onde os
australianos saem na frente?”.
Em notícias Copercana, Canaoeste e Sicoob Cocred estão diversos
assuntos. Dentre eles destacamos:
A participação das cooperativas e
da associação na 21ª Fenasucro; a
Conferência Datagro Ceise Br; O
XIII Encontro Anual de Produtores
de Cana-de-açúcar promovido pela
Orplana e Canaoeste; o Ato Público
em defesa do Setor Sucroenergético;
SP é destaque no ranking das maiores cooperativas de crédito do país.
Confira a íntegra das reportagens!
Os Destaques de setembro são a
participação da Revista Canaviei-
ros na comemoração dos 15 anos da
Tracan; a visita da equipe comercial
da revista na fábrica da CASE IH
em Sorocaba; e no café com inovação realizado pelo CEISE BR.
Artigos Técnicos: o engenheiro agrônomo da Canaoeste, Breno
Souza, assina o artigo “Broca da
Cana-de-açúcar”, e o gestor de Planejamento, Controle e Topografia da
associação assina o “Acompanhamento da safra 2013/2014”. O advogado da Canaoeste, Juliano Bortoloti, escreveu sobre o ADA – Ato
Declaratório Ambiental. E o consultor Oswaldo Alonso, em informações
setoriais, escreve sobre “As chuvas
de agosto e prognósticos climáticos
para outubro e novembro”.
Além disso, o leitor poderá conferir as dicas de leitura e português
e também o classificados.
Errata: Na edição de nº 86 - página 34
- referente ao mês de agosto de 2013,
houve um erro na legenda de uma
foto publicada na matéria – “Mamona,
Mucuna e Melão de São Caetano”. A
legenda correta dessa foto é “Melão de
São Caetano” e havia sido divulgada
como “Mucuna”.
Boa leitura!
Conselho Editorial
RC
Expediente:
Conselho Editorial:
Antonio Eduardo Tonielo
Augusto César Strini Paixão
Clóvis Aparecido Vanzella
Manoel Carlos de Azevedo Ortolan
Manoel Sérgio Sicchieri
Oscar Bisson
Equipe de redação e fotos:
Carla Rodrigues, Fernanda Clariano e Rafael
H. Mermejo
Comercial e Publicidade:
Marília F. Palaveri
(16) 3946-3300 - Ramal: 2008
[email protected]
Impressão: São Francisco Gráfica e Editora
Editora:
Carla Rossini - MTb 39.788
Tiragem DESTA EDIçÃO:
21.000 exemplares
Projeto gráfico e Diagramação:
Rafael H. Mermejo
ISSN: 1982-1530
A Revista Canavieiros é distribuída gratuitamente
aos cooperados, associados e fornecedores do
Sistema Copercana, Canaoeste e Sicoob Cocred.
As matérias assinadas e informes publicitários
são de responsabilidade de seus autores. A
reprodução parcial desta revista é autorizada,
desde que citada a fonte.
Endereço da Redação:
A/C Revista Canavieiros
Rua Augusto Zanini, 1591
Sertãozinho – SP - CEP:- 14.170-550
Fone: (16) 3946.3300 - (ramal 2190)
[email protected]
www.revistacanavieiros.com.br
www.twitter.com/canavieiros
www.facebook.com/RevistaCanavieiros
Revista Canavieiros - Setembro de 2013
Foto: Rafael Mermejo
4
Ano VIII - Edição 87 - Setembro de 2013 - Circulação: Mensal
Índice:
Capa - 24
Sistema Copercana, Canaoeste
e Sicoob Cocred reinaugura filiais
em Cravinhos
Para melhor atender cooperados
e clientes, as cooperativas e a asE mais:
sociação realizaram melhorias em
suas dependências na cidade
Coluna Caipirinha
.................página 08
05 - Entrevista
Luiz Gonzaga Bertelli
Vice-presidente da ACSP
“O zelo excessivo é um dos maiores entraves ao desenvolvimento de projetos de geração de energia hidrelétrica no País”
12 - Ponto de
Vista
Lara Moraes e
Luiz Albino Barbosa
Cana-de-açúcar na Austrália:
onde os australianos saem na frente?
10 - Notícias Copercana
- 21ª Fenasucro abre as portas em clima de expectativas de mudanças
- Conferência Datagro CEISE Br dá início a programação da 21ª Fenasucro em Sertãozinho
- Copercana e Syngenta recebem cooperados para almoço no Cred Clube durante a
Fenasucro
19 - Notícias Canaoeste
- Canaoeste e Orplana promovem o XIII Encontro Anual de Produtores de Cana-de-Açúcar
- A despedida de um líder do setor sucroenergético: Dr. Hermínio Jacon
- Presidente da Canaoeste participa de inauguração do etanolduto em Ribeirão Preto
- Canaoeste de Ituverava e Copercana participam de exposição agropecuária
28 - Notícias Sicoob Cocred
- SP é destaque no ranking das maiores cooperativas de crédito do país
- Balancete Mensal
Revista Canavieiros - Setembro de 2013
Consecana
.................página 22
Destaque I
Visita a Case IH
.................página 30
Destaque II
15 anos da Tracan
.................página 32
Informações Setoriais
.................página 34
Artigo Técnico
.................página 36
Assuntos Legais
.................página 39
Acompanhamento de
safra
.................página 40
Classificados
.................página 44
Agende-se
.................página 45
Cultura
.................página 46
5
Entrevista
“O zelo excessivo é um dos maiores entraves
ao desenvolvimento de projetos de geração de
energia hidrelétrica no País”
A frase acima é do vice-presidente da ACSP (Associação Comercial de São Paulo) e coordenador do Departamento de Infraestrutura da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Luiz Gonzaga Bertelli, que
também é consultor de empresas do setor de gás combustível, petróleo e de produção de açúcar e de álcool. Bertelli, participou no último dia 27 de agosto, da 2ª Datagro CEISE Br Conference Fenasucro 2013, que aconteceu no
Teatro Municipal de Sertãozinho e na oportunidade, concedeu entrevista exclusiva à Revista Canavieiros. Confira!
Luiz Gonzaga Bertelli
Carla Rodrigues e Fernanda Clariano
Revista Canavieiros: Quais são os
principais fatores que encarecem a
energia do Brasil?
Bertelli: São eles: A falta de políticas energéticas e marcos regulatórios;
a excessiva tributação da energia produzida e a adoção das usinas térmicas,
com a queima dos derivados do petróleo e o gás natural, notadamente mais
caros e poluidores. Usinas térmicas já
custam 50% mais que o previsto.
Revista Canavieiros: Pode se dizer
que o alto custo da energia é um dos
responsáveis pelo baixo crescimento
das indústrias?
Bertelli: A energia no Brasil sempre
foi abundante e barata, em virtude do modelar planejamento energético então realizado, o que permitiu nos últimos anos
o desenvolvimento industrial da nação.
Atualmente, as tarifas elétricas da nação
são mais caras que as internacionais e,
desta forma, deixamos de ser competitivos na fabricação de inúmeros produtos
industriais, além de sofrermos uma verdadeira invasão dos fabricados no exterior, notadamente, dos países asiáticos.
Revista Canavieiros: Em sua palestra, o senhor comentou sobre a potência do bagaço da biomassa da cana.
O que é preciso ser feito para que o setor passe a aproveitar esse bagaço?
Bertelli: Nos estudos realizados na
Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar) e na FIESP/CIESP, (Centro
das Indústrias do Estado de São Paulo),
comprovamos que o bagaço sobrante da
indústria sucroalcooleira do País poderá produzir toda energia equivalente à
produção de Itaipú, com tarifas compe-
titivas aos outros sistemas produtores
de energia. Notadamente, a eletricidade
proveniente do bagaço da cana é mais
limpa e menos poluente do que as usinas térmicas, movidas a carvão ou derivados do petróleo. Ademais, a indústria
sucroalcooleira já se encontra ligada ao
sistema de distribuição de eletricidade,
o que dispensa a construção de custosas
linhas transmissoras. Isto não acontece,
comumente, com as térmicas ou com os
equipamentos eólicos ou solares.
Revista Canavieiros: Estamos deixando muito aquém recursos que poderiam ser investidos na biomassa?
Qual sua visão?
Bertelli: Existe comprovado interesse nacional e do exterior na construção
de novas indústrias sucroalcooleiras ou
ampliação das existentes. Falta-nos,
não obstante, adequadas políticas, que
contemplem no Brasil a produção do
petróleo e derivados e subprodutos da
cana-de-açúcar. Até que isto aconteça,
continuaremos importando petróleo,
gasolina e diesel, o que irá onerar a balança comercial do País. Já poderíamos
ter alcançado a autossuficiência.
Revista Canavieiros: Como reverter a falta de investimentos em hidrelétricas?
Bertelli: Há, hoje, um nítido embate
entre os setores ambiental e de infraestrutura no Brasil. O zelo excessivo é um
dos maiores entraves ao desenvolvimento
de projetos de geração de energia hidrelétrica no País. É necessário conciliar o
desenvolvimento econômico com a proteção ambiental. Quando isto acontecer,
os investimentos em hidrelétricas acon-
tecerão, naturalmente, eis que temos um
dos maiores potenciais do mundo.
Revista Canavieiros: Qual a sua
opinião sobre a contribuição econômica do etanol, além dos benefícios
sociais e ambientais?
Bertelli: O uso do etanol (puro ou
em mistura) em veículos automotores
tem levado a melhorias consideráveis
na qualidade do ar nas metrópoles brasileiras, decorrente da eliminação do
chumbo na gasolina e do enxofre. Hoje,
é uma das poucas alternativas mundiais
disponíveis à substituição do petróleo
e derivados, o que permite reduzir a
dependência dos países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil. Ademais, já somos, novamente, grandes
importadores de petróleo. O etanol contribui com quase 400 mil barris diários
equivalentes de petróleo. Essa contribuição representa economia anual de pelo
menos US$ 20 bilhões. A produção do
açúcar e do álcool gera perto de 1 milhão de empregos diretos ou indiretos no
campo ou nas cidades. RC
Revista Canavieiros - Setembro de 2013
6
Ponto de Vista
Cana-de-açúcar na Austrália:
onde os australianos saem na frente?
Lara Moraes¹ e Luiz Albino Barbosa²
Atualmente, segundo a União da Indústria da Cana-de-Açúcar (UNICA),
há mais de 100 países envolvidos na
produção de cana no mundo. Trata-se,
em sua maioria, de países em desenvolvimento, situados na zona intertropical. O Brasil é o maior produtor,
seguido por Índia, China, Tailândia e
Paquistão. Os australianos, apesar de
não aparecerem nas primeiras colocações do ranking dos maiores produtores
mundiais de cana-de-açúcar, são considerados referência em alguns temas
relacionados à produção dessa cultura.
Um dos pontos a ser a ressaltado é a eficiência da Austrália no custo de colheita, carregamento e transporte (CCT).
O estudo realizado pelo Programa de
Educação Continuada em Economia e
Gestão de Empresas da ESALQ/ USP
(Pecege) constatou que a soma do custo
de colheita e carregamento na Austrália
é 25% menor quando comparado com o
Brasil. Quando se fala em transporte da
cana, o custo australiano em relação ao
brasileiro é 67% menor.
No caso da colheita, a grande diferença entre os dois países é que na
Austrália a área destinada ao cultivo de
cana-de-açúcar é plana em toda a sua
extensão. Por este motivo, a colheita na
Austrália é 100% mecanizada e as máquinas apesar de serem iguais às utiliza-
Lara Moraes
Luiz Albino Barbosa
das no Brasil são mais eficientes. Para
colher a mesma quantidade de cana, as
máquinas no Brasil gastam o dobro do
tempo quando comparado com a Austrália. Assim, o custo australiano torna-se mais competitivo, já que os gastos
com combustível e mão de obra nesta
operação são menores. Além disso, no
país não existe a necessidade de investimentos para aperfeiçoar o maquinário,
uma vez que a tecnologia empregada já
é suficiente para proporcionar uma alta
eficiência.
transporte predominante: enquanto no
Brasil é o rodoviário, na Austrália é o
ferroviário. No Brasil, os veículos utilizados para o carregamento têm capacidade de 8 a 12 toneladas e percorrem
curtas distâncias, somente entre as áreas de colheita e o caminhão. No caso
da Austrália, os veículos utilizados para
o carregamento são muito semelhantes
aos utilizados no Brasil, no entanto,
eles percorrem grandes distâncias, da
lavoura até os pontos de carregamento
localizados ao longo da linha férrea.
Analisando isoladamente o custo de
carregamento, é possível dizer que o
Brasil é mais eficiente, já que o gasto
com combustível é inferior ao da Aus-
A operação de carregamento da cana
no campo é bem diferente em ambos
os países em decorrência do meio de
Revista Canavieiros - Setembro de 2013
7
trália. No entanto, como a colheita e o
carregamento são cobrados de forma
conjunta, a Austrália sai na frente uma
vez que sua eficiência na fase colheita é
indiscutivelmente superior à brasileira.
Com relação ao transporte da cana
do campo para a indústria, o Brasil utiliza caminhões com capacidade média
de 57 toneladas que percorrem diariamente quatro viagens entre o campo e
a usina. Assim, um caminhão transporta por dia uma média 228 toneladas de
cana. Apesar da maior flexibilidade de
transporte da cana-de-açúcar, o sistema
rodoviário exige gastos com reparação
das vias, manutenção dos veículos,
combustível e segurança do caminhoneiro. No caso da Austrália, a capacidade média de transporte dos vagões é
oito toneladas e percorrem diariamente
1,5 viagens. Considerando, que uma
locomotiva possui 120 vagões, é possível transportar 1.440 toneladas de cana
por dia com a operação de apenas dois
maquinistas. Neste quesito, portanto, os
australianos saem na frente mais uma
vez, demonstrando grande superioridade em relação ao sistema de transporte
da cana no Brasil.
O estudo do Pecege mostra que o
custo de CCT conseguido pelos produtores australianos é melhor do que
o custo brasileiro, principalmente em
decorrência das caraterísticas locais da
área de plantio e infraestrutura logística. Os investimentos realizados no passado na logística da Austrália trazem
frutos positivos para a competitividade
da produção canavieira. Não é possível
dizer, portanto, que a eficiência australiana no CCT é decorrente da utilização
de boas práticas que podem ser espelhadas pelas usinas brasileiras. Quando se trata de boas práticas o Brasil é,
sem dúvida, uma referência. O melhoramento logístico no Brasil depende de
amplos investimentos em infraestrutura
de médio e longo prazo que não competem somente às usinas, mas principalmente às ações governamentais.
Enquanto isso as usinas brasileiras devem focar nos temas mais importantes para o ganho de eficiência.
Dentre eles está o custo de produção
agrícola, que responde por cerca de
70% dos custos da usina. Adicionalmente, o planejamento da produção
no campo, a otimização na compra
de insumos, a renegociação de contratos e o bom relacionamento com
fornecedores de cana, são temas fundamentais para atingir a competitividade em um setor em que o Brasil
é líder mundial em conhecimento e
produção. RC
¹Analista do Centro PwC de Inteligência em Agronegócio e Bacharel
e Mestre em economia pela UNESP/
Araraquara.
²Coordenador do Centro PwC de
Inteligência em Agronegócio, Mestre
em Agroenergia pela Esalq-USP/Embrapa/FGV e Bacharel em Relações
Internacionais pela FAAP.
Revista Canavieiros - Setembro de 2013
8
Coluna Caipirinha
N
Exportações de açúcar devem ter
grande crescimento
esta coluna estou colocando
uma síntese de texto que escrevi para o China Daily, onde são
discutidas as grandes questões relativas
ao mercado do açúcar. É importante para
nossas reflexões de futuro e mais ainda
para perceber a grande chance que se
abre ao Brasil e ao produtor de cana para
suprir as necessidades futuras.
O açúcar é reconhecido mundialmente como a fonte básica de energia
para o metabolismo, e o setor de alimentos e bebidas depende do açúcar.
Falo dos números dessa cadeia e compartilhar minhas principais questões
quanto ao seu futuro.
Consumo de Açúcar: O consumo,
de acordo com a Organização Internacional do Açúcar (ISO) e outras fontes,
cresce em torno de 2% a 2,24% ao ano.
Saiu de cerca de 143 milhões de toneladas consumidas em 2005/06 para 171
milhões em 2012/13. Os maiores consumidores de açúcar são Índia (23 mi),
União Europeia (19 mi), China (15 mi),
Brasil (13 mi), EUA (10 mi), Federação Russa (5,8 mi), Indonésia (5,2 mi),
Paquistão (4,7 mi), México (4,5 mi) e
Egito (2,9 mi).
O consumo médio pode crescer até 4
milhões de toneladas/ano, expandindo
o mercado em cerca de US$ 1,6 bilhão
(considerando um preço de US$ 400/t).
Projeções com esse padrão de crescimento podem elevar o consumo de
açúcar a 204 milhões de toneladas em
2021, sendo 131 milhões produzidas e
consumidas localmente e 73 milhões
exportadas, expandindo o mercado de
exportação em 15 milhões de toneladas
na comparação com 2013. A seguir-se o
atual padrão, o mercado de importação
de açúcar em 2021 poderá ser US$ 60
bilhões maior. Bom para o Brasil e para
o produtor de cana.
Produção de Açúcar: No lado da
produção, por causa da sua importância, quase todos os países produzem
açúcar, seja a partir de cana-de-açúcar,
de beterraba-açucareira ou outras fon-
tes. A produção mundial de açúcar aumentou de 145 milhões de toneladas
em 2005 para 175 milhões em 2012.
Os maiores produtores são Brasil (39
mi), Índia (25 mi), União Europeia (17
mi), China (13 mi), Tailândia (10 mi),
EUA (8 mi), México (6,5 mi), Rússia (4 mi) e Austrália (4 mi). O Brasil
teve o maior crescimento desde 2005,
40% (de 27 mi para cerca de 39 mi),
enquanto o crescimento nos demais
países ficou em torno de 16%. Isso
fez com que a participação da produção brasileira aumentasse de 19% para
22% do total. A produção continuará
crescendo no mundo, com uma estimativa de cerca de 206 milhões de toneladas para 2021.
Exportadores de Açúcar: O Brasil
respondeu por 50% do total de 58 milhões de toneladas de açúcar comercializadas em 2012/13, seguido por Tailândia (16%), Austrália (5%), Índia (4%),
União Europeia (4%) e vários outros
países, que somam os restantes 21%.
As exportações brasileiras saltaram de
17 milhões para 28 milhões de toneladas nos últimos 7 anos, um crescimento
de quase 60%, enquanto as exportações
dos outros países caíram quase 6%.
Importadores de Açúcar: Os maiores importadores de açúcar em 2011
foram EUA (2,7 mi), Rússia (2,4 mi),
Indonésia (2,2 mi), Índia (1,9 mi), China (1,9 mi), Irã (1,8 mi), Malásia (1,4
mi), Argélia, Coreia e Bangladesh (1,2
mi cada).
A Situação Atual de Preços Baixos: As reservas correntes de açúcar
estão altas devido aos três anos de produção acima da demanda. Os preços em
2013 estão na faixa de US$ 0,16 - 0,17/
libra-peso, o menor patamar dos últimos anos. Essa produção maior é uma
reação às boas cotações de 2009 a 2011.
Os preços atuais talvez não incentivem
a produção, e os estoques devem ser
usados nas próximas duas ou três safras, levando a um novo equilíbrio.
Revista Canavieiros - Setembro de 2013
Marcos Fava Neves
Se o futuro imediato da cadeia de açúcar é relativamente previsível, o que esperar para os próximos dez anos? Depois
desse panorama do mercado de açúcar,
a segunda parte do artigo explora dez
questões que eu acredito devem moldar
e até mudar o futuro deste mercado:
10 Reflexões de Futuro:
1) Os países asiáticos são responsáveis por 60% do crescimento no consumo. O consumo per capita de açúcar
na China e na Índia, assim como em
outros países populosos da Ásia e da
África, é menor do que nos EUA, Europa e Brasil. O crescimento da renda/
urbanização, que puxa o mercado de
refrigerantes, chocolate e doces, sucos
e vários outros produtos que utilizam
açúcar, pode causar um enorme impacto nesses números. Para dar um exemplo, o consumo per capita da China
corresponde a 40% da média mundial,
e uma mudança de 5 kg/pessoa na China criaria um mercado de 7 milhões de
toneladas. Será que o consumo per capita crescerá nesses países a uma taxa
maior, alterando a média anual de 2,4%
de crescimento no consumo?
2) A Índia foi responsável pela maior
volatilidade no preço do açúcar, devido a
uma variação na produção e também ao
9
alto consumo. Com a pressão por terra
e a necessidade de produzir mais grãos
para o consumo interno, terá a Índia capacidade de expandir a produção de açúcar com vistas à demanda interna ou se
concentrará mais em outras culturas para
atender a crescente população, consolidando-se como importadora de açúcar?
3) Alguns países produtores de açúcar estão adotando misturas compulsórias de etanol na gasolina. A Índia deve
começar uma mistura de 5% em 2013,
e outros países como Tailândia, União
Europeia, Austrália, México e Brasil já
possuem ou estão discutindo a adoção
de misturas. Como isso irá afetar a produção de açúcar, já que criará um mercado de etanol que compete pela cana e
pela beterraba-açucareira?
4) Com as atuais cotações do açúcar, a
produção não é economicamente viável
em algumas áreas e para alguns grupos
da indústria. Quais indústrias (petrolíferas, empresas de comércio, indústria de
alimentos etc.) e países terão condições
de consolidar e liderar a expansão do
açúcar com baixo custo total (produção
+ logística), aproveitando o crescimento
dos mercados importadores?
5) Que novas plantas ou tecnologias
de produção podem surgir para dar um
impulso a essa indústria açucareira tradicional e relativamente antiga?
6) Embora a cana tenha custos de
produção menores do que a beterraba-açucareira e outras fontes, será que os
substitutivos, como os adoçantes (com
seu próprio preço e estrutura de custos),
e outras fontes de açúcar roubarão uma
fatia do mercado da cana?
7) A União Europeia tem uma produção de beterraba-açucareira altamente
subsidiada. O que acontecerá nos próximos anos com a reforma da Política
Agrícola Comum e como isso vai afetar o
equilíbrio produção-consumo na Europa?
8) O Brasil é o maior player neste
mercado. Em torno de 40% a 60% da
cana brasileira é destinada ao etanol,
que é consumido principalmente no
mercado interno pela crescente frota
de carros flex fuel. Será que o etanol
vai ser competitivo com a gasolina,
desviando mais cana para o etanol no
futuro e retirando açúcar do mercado
internacional?
9) Como as mudanças climáticas e as
condições gerais do clima influirão na capacidade de produção de diferentes regiões?
10) Já que tanto o milho como o açúcar são fontes de etanol, há uma crescente relação no preço dessas commodities; portanto, como os futuros preços
do milho poderão afetar os preços e o
consumo do açúcar? Da mesma forma,
o petróleo e a gasolina competem diretamente com o etanol como combustível. E o etanol também está diretamente
vinculado ao açúcar. Como os preços
do petróleo afetarão os preços e o consumo do açúcar?
Essas são as grandes questões a respeito do futuro da indústria do açúcar
que eu queria partilhar com os leitores.
Tentar respondê-las é um ponto de partida, mas não será fácil!
Homenageado do mês: Antes de
concluir, para não perdermos a característica da coluna, o homenageado do mês
é o Deputado Antônio Carlos de Mendes
Thame. Já recebeu diversos votos meus,
é uma das luzes que ainda restam acesas
no Congresso Nacional, esta casa que
nos proporcionou o vexame de absolver
um Deputado condenado. Thame, continue com forças abrilhantando o nosso
Congresso com sua profundidade, sua
cultura e sua elegância. E lembrar que
você foi meu professor de português no
Colégio Luiz de Queiroz, em Piracicaba,
em 1983-1985, só me dá alegria.
Haja Limão: participei como palestrante do evento bem organizado mais
uma vez, pela ORPLANA, em 30 de
agosto, no auditório da Canaoeste. Realmente a insatisfação com este Governo é generalizada. Que pena, o Brasil
poderia ter coisa melhor, mas não vamos jogar a toalha. Vamos nos organizar e lutar para mudar. Aliás, aviso a
todos que estão falando para eu aproveitar que posso e ficar por aqui (nos
EUA). Não se livrarão de mim tão fácil.
Em janeiro estou de volta!
MARCOS FAVA NEVES é professor
titular de planejamento e estratégia na
FEA/USP Campus Ribeirão Preto e
coordenador científico do Markestrat.
Em 2013 é Professor Visitante Internacional da Purdue University.RC
Revista Canavieiros - Setembro de 2013
10
Notícias Copercana
21ª Fenasucro abre as portas em clima de
expectativas de mudanças
A feira foi realizada em Sertãozinho, entre os dias 27 e 30 de agosto
Carla Rossini e Fernanda Clariano
A
Fenasucro (Feira Internacional
de Tecnologia Sucroenergética), maior evento mundial em
tecnologia e intercâmbio comercial
para usinas e profissionais do setor sucroenergético, aconteceu entre os dias
27 e 30 de agosto em Sertãozinho em
um momento muito importante para os
produtores de cana, açúcar e etanol.
A feira, que é o principal encontro entre produtores, profissionais e fabricantes de equipamentos, produtos e serviços
para a agroindústria da cana-de-açúcar,
ofereceu aos visitantes a oportunidade
de conhecer toda a cadeia de produção.
Sem uma política de preços e pouco
espaço na matriz energética brasileira,
o setor vive a expectativa de mudanças
que possam aumentar o faturamento das
usinas e permitir novos investimentos e
foi com este foco que a 21ª Fenasucro
trouxe várias novidades, entre elas, o
novo layout, com a setorização da feira em agrícola, processos industriais,
transporte e logística e fornecedores
industriais contemplando toda a cadeia
produtiva do setor sucroenergético.
Mais de 33 mil visitantes de 20 estados brasileiros e 30 países passaram
pela feira para conferir as avançadas
tecnologias em máquinas, equipamentos e produtos para o setor sucroenergético. A expectativa é que o volume
de negócios iniciados na feira supere os
R$ 2,2 bilhões nos próximos meses.
Autoridades na abertura
Participaram da cerimônia de abertura, o presidente de honra da Fenasucro
e presidente da Copercana e Sicoob Cocred, Antonio Eduardo Tonielo, o presidente da Reed Exhibitions Alcantara
Machado, Juan Pablo De Vera, o presidente do CEISE Br, Antonio Eduardo
Tonielo Filho, o vice-prefeito de Sertãozinho, Valter Almussa (representando o
prefeito Municipal, José Alberto Gimenez), o presidente da Fiesp (Federação
das Indústrias do Estado de São Paulo),
Paulo Skaf, o presidente executivo da
Abimaq (Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos), José Velloso,
o presidente da Canaoeste e da Orplana,
Manoel Carlos de Azevedo Ortolan, o
diretor executivo da Unica (União da
Indústria de Cana-de-Açúcar), Eduardo
Leão (representando a presidente da entidade, Elisabeth Farina) e os diretores
da Multiplus, Fernando Seixas Barbosa
e Augusto Balieiro.
O presidente do Ceise BR fez a abertura do evento. “O setor sucroenergético está passando por um momento difícil, mas apesar da crise, a Fenasucro
cresceu 10% em relação ao ano passa-
Antonio Eduardo Tonielo Filho (CEISE Br), Paulo Skaf (Fiesp), Fernando Barbosa, Augusto Balieiro (Multiplus),
Antonio Eduardo Tonielo (Copercana e Sicoob Cocred), Juan Pablo de Vera (Reed Exhibitions Alcantara Machado),
José Velloso (Abimaq), Manoel Ortolan (Canaoeste) e Valter Almussa (vice-prefeito de Sertãozinho)
do, não podemos desistir desse setor”,
disse Antonio Tonielo Filho.
tor é muito importante para o País e não
pode parar”, afirmou Pablo.
Pablo de Vera, falou da importância
da feira e dos desafios que o setor vem
passando. “Cada dia de preparo dessa
feira é um novo desafio, sabemos que
este ano é um ano de dificuldades, mas
apesar de tudo, estamos muito otimistas
e orgulhosos por estarmos realizando
esta feira com 550 expositores. Este se-
De acordo com o presidente da Fiesp
que esteve presente na cerimônia de
abertura, “é fundamental que os empresários tenham seus investimentos compensados. A falta de uma política clara
para o setor pode custar muito caro,
como voltar a importar gasolina daqui
a alguns anos”, disse Skaf.
Revista Canavieiros - Setembro de 2013
11
Estande do Sistema Copercana, Canaoeste e Sicoob Cocred
O Sistema Copercana, Canaoeste e
Sicoob Cocred participou da Fenasucro
2013 com um estande que recebeu cooperados, associados e convidados. No
estande, foram expostos produtos das
Lojas de Ferragens e Magazines da Copercana. Profissionais de vendas e área
técnica também ficaram à disposição
dos produtores rurais, que ao visitarem
o estande recebiam um exemplar da Revista Canavieiros.
A secretária de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Mônika Bergamaschi visitou o estande e
participou de um bate papo com os presidentes e diretores do Sistema
.
Na quinta-feira (29), foi realizado o
tradicional Carneiro, organizado pelo
diretor da Copercana, Pedro Esrael Bighetti. Cooperados e convidados lotaram o estande para saborear a carneirada. “Esse evento já se tornou tradicional
no estande da Copercana. Os amigos
cobram a realização do carneiro e prestigiam essa noite em nosso estande. Batemos papo e descontraímos. Esse é o
objetivo”, disse Lelo Bighetti.
Pedro Esrael Bighetti, diretor da Copercana; Ismael Perina Jr., diretor da Orplana;
Patrícia Milan, diretora executiva da
Abag RP; Manoel Ortolan, presidente da
Orplana e Canaoeste; Mônika Bergamaschi,
Secretaria de Agricultura e Abastecimento
do Estado de São Paulo; Antonio Tonielo,
presidente da Copercana e Sicoob Cocred;
Valéria Ribeiro, assessora da Abag RP.
Revista Canavieiros - Setembro de 2013
12
Revista Canavieiros - Setembro de 2013
13
Um dos destaques da Fenasucro
2013 foram as Rodadas de Negócios
Internacional, organizada pela APLA/
APEX, que promoveram encontros comerciais entre 53 empresas brasileiras e
21 compradores estrangeiros, vindos da
Argentina, Bolívia, Colômbia, Guatemala, Quênia, Peru entre outros países.
As rodadas totalizaram 463 reuniões.
A Fenasucro também sediou o 1º
Congresso de Automação e Inovação
Tecnológica Sucroenergética que aconteceu nos dias 28 e 29. O evento foi
realizado pela ISA Sertãozinho (International Society of Automation), maior
organização mundial voltada à automa-
Foto divulgação Fenasucro
Destaques
ção. O congresso teve a seguinte temática: segmento sucroenergético, técnicas de controle avançado de processos,
instrumentação analítica, projetos de
sistemas de controle, sistemas de segurança, wireless e tendências.
A feira, serviu mais uma vez, para uma
reflexão da importância do setor sucroenergético para o País. Além de toda plataforma de negócios, a edição deste ano
contou com oito eventos paralelos, entre
seminários e congressos, reunindo 61 palestrantes de renome, que abordaram temas variados, contemplando assim, toda
a agroindústria da cana-de-açúcar.
Novidades da Feira deste ano
Gascom
Os visitantes da nova Fenasucro puderam conferir de perto as principais
novidades da linha 2014 da Gascom,
que levou para a feira os equipamentos
Agribomba, Pressolub, Furgão Oficina,
SOS Pneus, Multiflex, Guindaste Oficina, Prodiesel e Procalda.
Nalco
Dentre as principais novidades que
foram apresentadas pela Nalco durante a Fenasucro está a Tecnologia 3D
TRASAR for Sugar, um lançamento
que mede parâmetros fundamentais
relacionados à qualidade do condensado. A Tecnologia 3D TRASAR for
Sugar faz parte da Plataforma 3D
TRASAR, um programa completo de
controle e automação para tratamento de águas em sistemas de torres de
resfriamento, caldeiras, membranas,
pasteurizadores e osmose reversa.
Vermeer Brasil
A Vermeer Brasil apresentou na Fenasucro o seu portfólio de soluções completas para o manejo da palhada, folhas e
pontas, e da muda da cana-de-açúcar para
cogeração de energia nas usinas de cana-de-açúcar. A empresa compartilhou com
os visitantes os diferencias dos equipamentos que recolhem, enfardam e trituram
a palhada para que ela seja queimada nas
caldeiras. As soluções incluem o enleirador
TWIN RAKE R2800, a enfardadora cilíndrica 604SM com câmara variável, e os
trituradores horizontais, HG6000E e HG6000TX, e o triturador vertical TG5000
com a opção de uma peneira rotativa.
Grupo Uttam
A empresa indiana que acaba de chegar ao mercado brasileiro e participou
pela primeira vez da feira, vende maquinário completo para usinas sucroalcooleiras. “A Uttam chega ao mercado
latino americano com planos de longo
prazo, temos equipamentos para extração da cana, produção de açúcar e álcool
e de energia elétrica por meio do bagaço
e estamos nos aprofundando nas oportunidades que a região oferece”, disse o
gerente executivo do braço latino-americano da companhia, Rodrigo Campos.
Krominox
A feira foi palco para a Krominox
apresentar seus novos produtos. Recentemente a empresa ampliou seu portfólio com a comercialização de tubos e
conexões em aço carbono além da clássica linha de aço inoxidável.
Gerdau
A Gerdau , levou para o seu estande
na feira, toda linha de produtos. Para a
construção civil - vergalhões, produtos
ampliados, perfil estrutural e pregos. Já
para a indústria - barras e perfis, aços
especiais, arames industriais e arames
para solda. No setor agropecuário arame farpado, cordoalha, alambrado
e ovalado e nos aços planos a empresa
exibiu chapas, bobinas, telhas e blacks.
Villares Metals
A empresa expôs sua linha completa
de peças forjadas destinadas à produção
de eixos para moenda, redutores, turbinas, a vapor e geradores. Além disso,
foram apresentados os serviços de usinagem agregados aos produtos. RC
Revista Canavieiros - Setembro de 2013
14
Notícias Copercana
Conferência Datagro CEISE Br dá início a
programação da 21ª Fenasucro em Sertãozinho
A conferência reuniu mais de 300 profissionais ligados à indústria da cana-de-açúcar
para debater os mais relevantes assuntos para o setor
Fernanda Clariano
N
o dia 27 de agosto, aconteceu
no Teatro Municipal de Sertãozinho, “Professora Olímpia
Faria de Aguiar Adami”, a 2ª edição da
Conferência Datagro CEISE Br - Fenasucro, evento técnico oficial de abertura
da 21ª Feira Internacional de Tecnologia Sucroenergética, e reuniu mais de
300 profissionais, líderes de negócios,
especialistas e autoridades do setor sucroenergético.
A conferência debateu os rumos do
setor bioenergético através de um fórum
independente de discussões dos temas
que são impactantes no setor canavieiro.
Entre os assuntos abordados estavam às
perspectivas de mercado e avaliação da
safra 2013/14, comércio internacional e
questões atuais no segmento de açúcar e
etanol, através de palestras de grandes
profissionais do setor.
Antonio Eduardo Tonielo, presidente
da Copercana e Sicoob Cocred, em seu
discurso, afirmou que a falta de estímulo
para os investimentos têm prejudicado o
setor. “A falta de regras claras em relação
à formação de preços no mercado doméstico de gasolina e o uso da CIDE (Contribuição de Intervenção no Domínio
Econômico) nos últimos anos para evitar
aumentos de preços desse combustível é
um “castigo” em cima dos produtores de
etanol. Esses fatos associados ao aumento
de custos de produção, desestimulam os
investimentos para a expansão da produção do biocombustível”, disse Tonielo.
O presidente do CEISE Br, Antonio
Eduardo Tonielo Filho, citou como positiva a Medida Provisória 613, que concede incentivos tributários aos produtores de etanol e à indústria química por
meio de crédito presumido e da redução
das alíquotas do PIS/Pasep e Cofins.
Manoel Ortolan
ças para erguer esse setor, que tem sido,
dentro do agronegócio, uma das âncoras
da nossa balança comercial. A Fenasucro
que está em sua 21ª edição, sem dúvida,
é um evento que vem crescendo ano a
ano, se remodelando e constituindo-se
numa ferramenta imprescindível para
o desenvolvimento do setor sucroenergético, que todos possam visitá-la e conhecer o que de melhor esse setor tem a
oferecer”, assegurou Ortolan.
O prefeito, José Alberto Gimenez,
explanou sobre as dificuldades que a
cidade vem enfrentando com a falta de
investimentos no setor sucroenergético.
Gimenez também ressaltou a importância de políticas públicas bem definidas
para que o setor possa voltar a investir.
José Alberto Gimenez
Antonio Eduardo Tonielo
Manoel Ortolan, presidente da Canaoeste e Orplana, participou da abertura
e também como moderador de dois painéis. Ele lembrou sobre o difícil momento em que o setor passa e também da
importância da Fenasucro. “As dificuldades do setor são inúmeras e estamos
em franca batalha para a sobrevivência.
Precisamos de articulação e união de forRevista Canavieiros - Setembro de 2013
Para o presidente da Datagro, Plínio
Nastari, que falou no painel de abertura, o evento sinaliza a retomada do setor.
“O déficit de matéria-prima que existia
há dois anos foi eliminado este ano e
as demandas continuam crescendo com
excelentes oportunidades a serem exploradas dentro e fora do Brasil”, disse Nas-
15
Plínio Nastari
tari, que ainda afirmou que o Brasil vai
produzir mais etanol na safra 2013/14 e
a produtividade agrícola será maior que
a média dos últimos cinco anos.
O primeiro painel da conferência, sobre perspectivas do mercado mundial de
açúcar e etanol, apresentou uma avaliação da safra 2013/14 em todo o mundo.
Foi moderado pelo professor e presidente
da STAB (Sociedade dos Técnicos Açucareiros e Alcooleiros do Brasil), José
Paulo Stupiello, com apresentação de Plínio Nastari, que em sua palestra apontou
o subsídio da gasolina como um dos fa-
Primeiro Painel
Segundo Painel
tores que mais prejudicou a competitividade do etanol frente ao biocombustível,
e ressaltou a importância da criação de
políticas setoriais bem demarcadas para o
crescimento do setor sucroenergético. Plínio disse também que, uma das soluções
para a comercialização do anidro é que
este não deve estar vinculado ao preço
do hidratado, já que os biocombustíveis
são diferentes e cumprem propósitos distintos, o que causa desvalorização de ambos. O anidro deveria, segundo ele, estar
vinculado ao preço do tolueno, gasolina
nobre com preço 30% a 40% acima do
combustível fóssil. Nastari ainda apresen-
tou uma nova estimativa da Datagro para
a safra 13/14.
O segundo painel, moderado por Manoel Ortolan, e com palestra do diretor
do departamento de infraestrutura da
Fiesp, Luiz Gonzaga Bertelli, teve foco
principal no “Desenvolvimento Econômico do Setor Sucroenergético” depois
da diversificação da produção e as “Contribuições do Etanol para o Desenvolvimento Econômico e Social do País”.
No terceiro painel o diretor presidente da Fundace, Rudinei Toneto Junior,
Revista Canavieiros - Setembro de 2013
16
Terceiro Painel
moderou a palestra onde o diretor executivo da Unica (União da Indústria de
Cana-de-açúcar), Eduardo Leão, comentou sobre a “Visão e Atuação do Setor
Produtor e Investimentos Atuais sobre o
Potencial de Produtividade a ser incorporado pelo Setor Sucroenergético”.
Quarto Painel
Último Painel
No painel seguinte, sobre “Política
Industrial para o Setor Sucroenergético”, o moderador foi o Eduardo Leão,
e as palestras foram ministradas pelo
diretor da ABDI (Agência Brasileira
de Desenvolvimento Industrial), Otávio Silva Camargo, e pelo o diretor
presidente da Fundace, Rudinei Toneto Junior.
O último painel foi sobre “Fi-
Revista Canavieiros - Setembro de 2013
nanciamentos para o Setor Sucroenergético”, teve como moderador
Manoel Ortolan, e contou com a
participação do analista do MDIC,
Luciano Cunha Souza, do diretor da
Área Industrial, Mercado de Capitais e Capital Empreendedor do BNDES, Julio Cesar Maciel Ramundo,
e também do Superintendente de
Fomentos e Novos Negócios da FINEP, Paulo José Resende. RC
17
Revista Canavieiros - Setembro de 2013
18
Notícias Copercana
Copercana e Syngenta recebem cooperados para
almoço no Cred Clube durante a Fenasucro
N
os dias 27 e 28 de agosto, a Copercana em parceria com a Syngenta, realizaram um almoço no
Cred Clube para aproximadamente 500
cooperados vindos de todas as filiais.
Os convidados foram recepcionados
pelo diretor da Copercana, Pedro Esrael
Bighetti e pelo gerente de Comercialização de Insumos da Copercana, Frederico
José Dalmaso. Após o almoço, os cooperados fizeram um passeio para conhecer
a 21ª edição da Fenasucro.
Copercana e Syngenta
confraternizam em
Ribeirão Preto
Correios homenageia
Copercana pelos 50 anos
N
o dia 18 de setembro, os Correios homenageou a Copercana através de um quadro com o selo comemorativo, referente aos 50 anos da Copercana. A ação faz
parte das comemorações que a Copercana vem realizando ao
longo do ano.
Claudia Regina Gonçalves (assistente comercial corporativa dos
Correios), Sérgio Sicchieri (assessor das diretorias) e
Ana Meire Andrighetti de Carvalho (gerente de atividade de
vendas corporativas dos Correios)
Revista Canavieiros - Setembro de 2013
O
50º aniversário da Copercana (Cooperativa dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo) teve
como parte dos eventos de celebração um jantar do
qual participaram os executivos da cooperativa e da Syngenta. O encontro ocorreu no dia 25 de julho, em Ribeirão Preto
(SP). Para a Syngenta, a oportunidade serviu para estreitar os
laços e comemorar, junto com a Copercana, os excelentes resultados alcançados pela empresa durante a 9ª Feira Agronegócios Copercana, realizada de 26 a 28 de junho, em Sertãozinho
(SP). Participaram do jantar os seguintes executivos (em pé,
da esquerda para a direita): Alexandre Gobbi, Luis Scarpari,
Santo Bonganhi e Alexandre Lellis, todos da Syngenta. Sentados (também da esquerda para a direita) estão Pedro Esrael
Bighetti (Copercana), Antonio Eduardo Tonielo (presidente da
Copercana), Daniel Bachner (presidente Brasil e Global Cana-de-açúcar da Syngenta), Frederico Dalmaso (Copercana) e
Giovanni Rossanez (Copercana).
19
Notícias Canaoeste
Canaoeste e Orplana promovem o
XIII Encontro Anual de Produtores de Cana-de-Açúcar
Encontros, reuniões e reivindicações movimentaram o fim de agosto em Sertãozinho;
o auditório da Canaoeste foi palco de vários debates
Fernanda Clariano
O
presidente da Canaoeste e Orplana (Organização dos Plantadores
de Cana da Região Centro-Sul
do Brasil), Manoel Ortolan, recebeu no
dia 30 de agosto, autoridades, parlamentares, líderes do setor sucroenergético,
produtores rurais, representantes de associações, cooperativas, sindicatos e a
imprensa, para o XIII Encontro Anual de
Produtores de Cana-de-Açúcar. O evento
foi realizado no auditório da Canaoeste
com o objetivo de promover debates sobre os mecanismos estratégicos para o
futuro da cana, do açúcar e do etanol.
Autoridades e lideranças de toda a
cadeia produtiva da cana prestigiaram o
evento, entre eles o prefeito municipal
de Sertãozinho, José Alberto Gimenez,
a secretária de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Mônika Bergamaschi, o diretor técnico da
Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), Antônio de Pádua Rodrigues,
os deputados federais Antonio Carlos
Mendes Thame, Arnaldo Jardim e Duarte Nogueira, o presidente da OCESP
(Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo), Edivaldo Del Grande, o superintendente do Sistema OCB
(Organização das Cooperativas Brasileiras), Renato Nobile, o secretário Adjunto de Meio Ambiente do Estado de
São Paulo, Rubens Rizek, o presidente da UDOP (União dos Produtores de
Bioenergia), Celso Junqueira, o diretor
da Aliança Cooperativa Internacional,
Manoel Ortolan, presidente da Canaoeste fez a abertura do evento
Américo Utumi, o deputado estadual
Welson Gasparini, que estava acompanhado do seu filho, Maurício Gasparini
- vereador de Ribeirão Preto e a diretora
executiva da ABAG RP, Patrícia Milan.
Na ocasião, o professor titular da
FEA/USP e professor visitante internacional da Purdue University em 2013,
Marcos Fava Neves e o presidente da
SRB (Sociedade Rural Brasileira), Cesário Ramalho da Silva, fizeram apresentações sobres temas relevantes ao
setor. Em reconhecimento ao trabalho
realizado por Cesário Ramalho à frente
da SRB, a Canaoeste e a Orplana prestaram-lhe homenagem.
Manoel Ortolan fez a abertura do
evento, enfatizando o momento pelo
qual atravessa o setor e a necessidade de
medidas emergenciais para alavancar novamente a cadeia da cana-de-açúcar no
Brasil. No final do seu discurso, Manoel
Ortolan disse acreditar que “o bom senso
dos governantes brasileiros prevaleça e a
produção de etanol volte a crescer”.
O presidente da Copercana, Sicoob
Cocred e da Fenasucro, Antonio Eduardo Tonielo lembrou que o “setor sucroenergético atravessa uma fase difícil e
que tem rendido acalorados discursos e
trazido grandes preocupações aos empresários, trabalhadores e produtores
rurais do setor”, disse.
Representando o governador Geraldo
Alckmin, a secretária Mônika Bergamaschi, falou sobre a importância da união e
da participação de todos os elos da cadeia
produtiva e sobre os esforços que o governo tem feito a favor do setor. “O governador Geraldo Alckmin define o etanol como prioridade e não tenho dúvida
que o etanol é absolutamente necessário.
Por isso, temos trabalhado para facilitar
os financiamentos e estabelecer com o
produtor rural uma relação maior de confiança. Estejam certos de que tem sido
uma luta constante e que não vamos parar
de lutar. Precisamos colocar as coisas na
ordem certa e nos unir. As pessoas têm
que estar do nosso lado de fato, conhecendo, entendendo, sabendo a dimensão e
a importância de tudo que representa esse
setor. Vamos trabalhar juntos em defesa
desse setor, pela sua sustentabilidade,
pela importância que tem no Estado de
São Paulo”, disse a secretária.
Revista Canavieiros - Setembro de 2013
20
Notícias Canaoeste
Entendendo o Sistema de Cadastro Ambiental Rural
do Estado de São Paulo
Ainda na manhã do dia 30 de agosto, as Secretarias do Meio Ambiente e
de Agricultura do Estado de São Paulo
realizaram uma apresentação do SICAR (Sistema de Cadastro Ambiental
Rural do Estado de São Paulo), com
o objetivo de abrir diálogo sobre um
procedimento que todos os agricultores terão que cumprir e deixá-los mais
informados sobre como realizar com
segurança o CAR. Além da secretária
Mônika Bergamaschi, participaram do
evento, o secretário Adjunto da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Rubens Rizek Júnior, a coordenadora de
Biodiversidade da Secretaria do Estado de Meio Ambiente, Maria Cristina
Azevedo e produtores rurais de todo o
Estado de São Paulo.
Rubens Rizek, Mônika Bergamaschi
fizeram a abertura do Sicar SP
Maria Cristina
Azevedo
Ato Público em Defesa do Setor Sucroenergético
Lideranças do setor sucroenergético reivindicam política públicas para o etanol e o açúcar
Ainda no dia 30 de agosto, foi realizado no Teatro Municipal “Professora Olympia Faria de Aguiar” em
Sertãozinho, o Ato Público em Defesa
do Setor Sucroenergético que aconteceu em meio à realização da Fenasucro. O evento organizado pela prefeitura Municipal de Sertãozinho, reuniu
mais de 700 pessoas entre parlamentares, prefeitos, empresários do setor,
chefes do executivo de municípios
canavieiros, produtores, industriais e
fornecedores de máquinas e equipamentos do setor sucroenergético, que
se uniram para tentar chamar a atenção do governo e da sociedade para a
importância de desenvolverem políticas públicas específicas para o etanol
e o açúcar.
Além de lideranças da cadeia produtiva
sucroenergética, o evento contou também
com as presenças dos secretários estaduais Mônika Bergamaschi (Secretaria da
Agricultura e representando o governador
Geraldo Alckmin) e Davi Zaia (Deputado
Estadual e Secretário da Gestão Pública),
dos deputados estaduais Welson Gasparini (PSDB) e Roberto Morais (PPS) e dos
deputados federais Arnaldo Jardim (PPS-
-SP), Mendes Thame (PSDB-SP) e Duarte Nogueira (PSDB-SP).
No encontro, foi lida uma carta com
reivindicações elaborada por representantes de entidades ligadas ao setor sucroenergético, que deve chegar às mãos
do governo federal. A carta pede um
marco regulatório do setor para tentar
superar a crise que já se estende por cinco anos e que já resultou no fechamento
de 40 usinas nos últimos meses. Também existe a preocupação com o anúncio de que outras dez unidades podem
parar na safra deste ano.
De acordo com o prefeito Municipal
de Sertãozinho, José Alberto Gimenez
(PSDB), o setor sucroenergético se faz
Revista Canavieiros - Setembro de 2013
importante para muitas cidades do Estado de São Paulo e não pode se calar diante de um momento tão difícil
pelo qual vem passando. “Entendemos que este seria o melhor momento
para abordarmos este assunto. Os municípios canavieiros sabem onde está
“apertando” e o descaso do governo
com o setor já vem afetando as cidades
que estão sentindo com a queda de arrecadação de ICMS, falta de emprego
e problemas na parte social. Isso tudo
em função deste setor que passa por
um momento difícil. Nosso objetivo
com este Ato Público, é que o setor tenha mais atenção do governo. Queremos vê-lo andando com suas próprias
pernas, só assim vai voltar a crescer”,
afirmou Gimenez.
21
Colaboradores do Sistema participaram do Ato
Manoel Ortolan durante apresentação
O presidente da Canaoeste e da Orplana, Manoel Ortolan, apresentou números referentes aos últimos anos de
produção. Ele apontou que os prejuízos seguem se acumulando por causa
da falta de políticas públicas. “O setor
tem sim que reclamar, não podemos
continuar produzindo e arcando com
prejuízos, sem que o governo faça algo
e infelizmente por mais que falamos,
o governo não nos ouve. Sabemos que
este pleito é justo e que precisamos sensibilizar o governo sobre essa necessidade, pois não estamos brigando só por
nós, mas sim por um produto brasileiro
Arnaldo Jardim (PPS-SP)
Público lotou o Teatro Municipal
que envolve toda a sociedade”,
disse Ortolan
Durante seu discurso, o autor
da proposta de criação da “Frente
Parlamentar de Defesa do Etanol”
no âmbito da Câmara Federal, o
deputado federal Arnaldo Jardim
(PPS-SP), anunciou sua disposição para criar a “Frente do Etanol”
na Câmara Federal.
Para o presidente do Sindicato
dos Metalúrgicos de Sertãozinho,
Elio Cândido, a iniciativa do parlamentar pode mudar os destinos
da cadeia produtiva sucroenergética. “Na década de 50 os brasileiros foram às ruas defendendo
o “petróleo que era nosso”. Agora chegou a hora de nos unirmos
em defesa do “nosso etanol”. Será
importante vermos, de direito e
de fato, quais são os políticos que
apoiam e defendem um setor que
vem sendo muito maltratado pelo
governo federal”, afirmou.
A data para entrega do documento com reivindicações ao governo
federal ainda será marcada.RC
Revista Canavieiros - Setembro de 2013
22
Notícias Canaoeste
A despedida de um líder do setor sucroenergético:
Dr. Hermínio Jacon
A
cidade de Lençóis Paulista e o
setor sucroenergético perderam
um de seus principais representantes no dia 16 de agosto: o advogado
Dr. Hermínio Jacon. Símbolo de defesa
e persistência pela melhoria na qualidade de vida dos canavieiros, o entusiasta
Dr. Hermínio escreveu uma trajetória
de grandes conquistas para o setor. Sua
obra permanecerá nos corações e no
dia a dia dos que sempre o admiraram
como empreendedor e amigo.
Em sua trajetória destacamos:
Por 18 anos (1977 a 1995), foi presidente da Orplana (Organização dos Plantadores de Cana-de-Açúcar da Região
Centro-Sul do Brasil). Durante sua gestão
à frente da entidade, a grande marca do
seu trabalho foi a visão ampla e futurista,
sempre pautado pela dedicação e busca de
soluções por meio do diálogo e da integração. Também foi na sua gestão, que a assessoria técnica da Orplana foi implantada.
Na década de 70, foi eleito presidente da ASCANA - Associação dos Plantadores de Cana do Médio Tietê. Também foi vereador de Lençóis Paulista
por dois mandatos.
Redator-chefe do Jornal O ECO durante a década de 60.
Conselheiro titular do antigo Instituto do Açúcar e do Álcool, por sete anos,
até a extinção do órgão.
Representante, nas décadas de 70 e
80, do Instituto Brasileiro do Café.
Por 12 anos, vice-presidente da Federação dos Plantadores de Cana do
Brasil (Feplana).
Por 10 anos consecutivos foi diretor-presidente do Conselho dos Produtores
de Cana, Açúcar e Álcool do Estado de
São Paulo (Consecana), do qual, atualmente, era presidente honorário.
Membro da mesa Coordenadora
da Cana-de-Açúcar da Federação da
Agricultura do Estado de São Paulo,
a Faesp.
Consecana
A
Um dos fundadores, diretor e tesoureiro da Amcesp, a Associação dos Municípios Canavieiros do Estado de São Paulo.
Dr. Hermínio Jacon deixa um legado que beneficiou muitas pessoas em
todo o Brasil.
Fica a nossa homenagem a um
amigo inesquecível!
CIRCULAR Nº 10/13
DATA: 30 de setembro de 2013
Conselho dos Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo
seguir, informamos o preço médio do kg do ATR para efeito de emissão da Nota de Entrada de cana entregue durante o mês de SETEMBRO de 2013. O preço médio do kg de ATR para o mês de SETEMBRO, referente à Safra
2013/2014, é de R$ 0,4439.
O preço de faturamento do açúcar no
mercado interno e externo e os preços do
etanol anidro e hidratado, destinados aos
mercados interno e externo, levantados
pela ESALQ/CEPEA, nos meses de abril
a setembro e os acumulados até SETEMBRO, são apresentados ao lado.
Os preços do Açúcar de Mercado Interno (ABMI) incluem impostos, enquanto
que os preços do açúcar de mercado externo
(ABME e AVHP) e do etanol anidro e hidratado, carburante (EAC e EHC), destinados à industria (EAI e EHI) e ao mercado externo (EAE e EHE), são líquidos (PVU/PVD).
Os preços líquidos médios do kg do ATR, em R$/kg, por produto, obtidos nos meses de abril a setembro e os acumulados até SETEMBRO,
calculados com base nas informações contidas na Circular 01/13, são os
citados acima.
Revista Canavieiros - Setembro de 2013
23
Presidente da Canaoeste participa de
inauguração do etanolduto em Ribeirão Preto
Da redação
N
o dia 12
de agosto, a presidente
Dilma
Rousseff esteve
em Ribeirão Preto para inaugurar
o primeiro trecho
do
etanolduto
operado pela Logum Logística,
empreendimento que integra o
Programa de Aceleração do Crescimento
(PAC). O modal que interliga os municípios paulistas de Ribeirão Preto e Paulínia
transferiu a primeira carga em junho e,
desde 18 de julho, já está liberado para envio de etanol em larga escala pelas usinas.
O trecho tem capacidade para transportar
12 bilhões de litros de etanol por ano pelos
207 km entre o Terminal Terrestre de Ribeirão Preto e a Refinaria do Planalto (Replan),
em Paulínia. Com 24 polegadas de diâme-
tro, a vazão mínima é de 943 mil litros do
biocombustível por hora, e a máxima, de
2,155 milhões de litros por hora.
Na oportunidade, o presidente da Canaoeste e Orplana, Manoel Ortolan esteve
presente prestigiando a inauguração do 1º
trecho do etanolduto da Logum. A segunda
etapa do projeto vai ligar Ribeirão Preto a
Uberaba (MG) por 143 km de dutos e terá
capacidade para transportar anualmente
8,923 bilhões de litros de etanol. RC
Canaoeste de Ituverava e Copercana
participam de exposição agropecuária
Da redação
E
ntre os dias 27 e 31 de agosto, a
filial da Canaoeste de Ituverava
em parceria com a Copercana e a
Biosoja, participaram da Exposição Agropecuária da Alta Mogiana realizada pelo
Sindicato Rural de Ituverava. Na oportu-
nidade, a Canaoeste e Copercana estiveram presentes com um estande e os agrônomos Antônio Cussiol (filial de Morro
Agudo) e João Maciel (filial de Ituverava), promoveram palestras para mais de
160 pessoas no recinto da feira. RC
Revista Canavieiros - Setembro de 2013
24
Matéria Capa
Sistema Copercana, Canaoeste e Sicoob Cocred
reinaugura filiais em Cravinhos
Para melhor atender cooperados e clientes, as cooperativas e a associação realizaram
melhorias em suas dependências na cidade
Carla Rodrigues
A
través de excelência em atendimento e serviços prestados
aos clientes e cooperados, o
Sistema Copercana, Canaoeste e Sicoob
Cocred ofereceu um café da manhã especial para reinaugurar suas filiais na cidade de Cravinhos, no dia 21 de agosto.
Participaram da cerimônia de reinauguração o presidente da Copercana e Sicoob Cocred, Antonio Eduardo
Tonielo, o presidente da Canaoeste e
diretor da Copercana e Sicoob Cocred,
Manoel Ortolan, os diretores do Sistema Copercana, Canaoeste e Sicoob Cocred, Pedro Esrael Bighetti, Luiz Carlos
Tasso Júnior, Márcio Fernando Meloni,
Francisco César Urenha, Daniel Aníbal
e Paulo Canesin, o prefeito municipal
de Cravinhos, José Carlos Carrascoza
dos Santos, o vice-prefeito,
Maurício Curi, o
presiden-
O presidente da Copercana, Antonio Eduardo Tonielo falou da importância
da participação dos cooperados nas entidades
te da Câmara Municipal de Cravinhos,
Antonio Geraldo Aníbal, além de vereadores, gerentes e colaboradores das
cooperativas e associação.
Com estacionamento próprio
e ambiente climatizado, a nova
Revista Canavieiros - Setembro de 2013
loja da cooperativa possui 570 m², onde
cooperados e clientes encontrarão vários
produtos para as atividades da lavoura,
como: sementes, corretivos, fertilizantes, adubos foliares, ferragens, defensivos, produtos veterinários, selaria, máquinas e implementos. E ainda produtos
para casa, eletrodomésticos, aparelhos
eletrônicos, artigos para cama, mesa e
banho, além de uma completa
linha de presentes.
25
Para maior segurança dos produtos, a área de depósito foi ampliada e
adequada de acordo com as normas da
Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) para armazenamento
de defensivos agrícolas. A cooperativa
também pensou no conforto e segurança dos clientes e cooperados, adequando a loja em relação à acessibilidade
de PNE (Portadores de Necessidades
Especiais) e implantação de Sistema de
Combate à Incêndio.
Já a Canaoeste passou por melhorias
em sua infraestrutura. Foram construídas salas individuais para os engenheiros agrônomos, sala de espera climatizada para os associados. A mobília do
escritório foi substituída deixando o
ambiente mais agradável.
Assim como a Copercana e Canaoeste, a Sicoob Cocred ampliou sua área
em 166m², atingindo uma área total de
265m². Também implantou o Sistema
de Combate à Incêndio, realizou adequação à acessibilidade de PNE e modernizou o sistema de T.I (Tecnologia
da Informação).
O diretor da Sicoob Cocred, Márcio
Fernando Meloni, destacou os números
atingidos pela cooperativa de crédito
dentro do município de Cravinhos e os
principais desafios a serem enfrentados.
“Aqui a Sicoob Cocred tem hoje o doFachada da Sicoob Cocred
Márcio Meloni,
Diretor Administrativo da Sicoob Cocred
bro de depósito comparado aos outros
bancos e o nosso volume de empréstimos é maior que a média de todos, no
valor de R$ 40 milhões. Ainda assim,
temos dois desafios pela frente que é o
de aumentar nossa poupança para que
possamos distribuir mais crédito rural e
aumentar a capitalização pelo Procapcred (Programa de Capitalização de Cooperativas de Crédito)”, disse Meloni.
Ao fazer uso da palavra, o presidente da Canaoeste, Manoel Ortolan,
falou sobre a importância das três entidades caminharem sempre juntas, uma
apoiando a outra e também a participação ativa de todos os envolvidos. “O
comprometimento dos cooperados e associados é o principal motivo por estarmos reunidos aqui hoje. O produtor que
Manoel Ortolan, presidente da Canaoeste
vem até a Canaoeste, já tem ao seu lado
os produtos oferecidos pela Copercana
e pela Sicoob Cocred, tornando o acesso muito mais fácil. Cravinhos merecia
esta nova obra!”, enfatizou Ortolan.
O presidente da Câmara Municipal
de Cravinhos, Antonio Geraldo Aníbal, na ocasião representando também
os cooperados e associados da região
aproveitou a oportunidade para parabenizar o Sistema pelo atendimento oferecido através de seus colaboradores. “As
coisas só dão certo quando somos bem
recebidos e, aqui, nos sentimos assim.
Todo atendimento é realizado da melhor maneira possível, até conseguimos
perceber a preocupação que os funcionários têm em facilitar o nosso dia”,
disse Aníbal.
Antonio Geraldo Aníbal,
presidente da Câmara
Revista Canavieiros - Setembro de 2013
26
José Carlos Carrascoza,
prefeito muicipal de Cravinhos
Antonio Eduardo Tonielo presidente da
Copercana e Sicoob Cocred
Já o prefeito municipal de Cravinhos, José Carlos Carrascoza dos Santos, destacou o crescimento da cidade e
o quanto o Sistema Copercana, Canaoeste e Sicoob Cocred é importante para
a economia do município. “Nossa principal fonte de renda é a atividade rural
e para que a cidade continue se desenvolvendo, precisamos de investimentos
e, é isso que vocês (o Sistema) estão fazendo aqui. Estão acreditando em nosso município, e somos gratos por isso”,
agradeceu Carrascoza.
Para o presidente da Copercana e
Sicoob Cocred, Antonio Eduardo Tonielo, a realização da reforma é feita
exclusivamente para seus cooperados,
que são considerados “peça fundamental” para o fortalecimento da cooperativa. “Queremos sempre oferecer aos
cooperados e associados o melhor em
serviço, atendimento, assistência técnica e produto, além de crédito para
poderem trabalhar com segurança. Se
trabalharmos juntos e buscarmos os
mesmos objetivos teremos mais chances de crescer e melhorar, e agora com
esta nova casa, tenho certeza que os
produtores irão prestigiar ainda mais as
três entidades”, finalizou Tonielo. RC
Pedro Esrael Bighetti
diretor da Copercana
Luiz Carlos Tasso Jr.
diretor da Canaoeste
Colaboradores da Sicoob Cocred
da filial em Cravinhos
Colaboradores da Copercana e Canaoeste da
loja e escritórios da filial em Cravinhos
A funcionária Rosa Costa Candido, com 28
anos de tempo de serviço na Copercana ao lado
de Sérgio Sicchieri e Ricardo Meloni
As bençãos foram feitas pelo
Cônego Ronaldo Ferreira Vianna
Descerramento da placa inaugural
Revista Canavieiros - Setembro de 2013
27
Revista Canavieiros - Setembro de 2013
28
Notícias Sicoob Cocred
SP é destaque no ranking das maiores
cooperativas de crédito do país
O
Levantamento do BC e OCB mostra quatro cooperativas na lista
Estado de São Paulo conta com
quatro cooperativas no ranking
das 20 maiores cooperativas de
crédito do país, organizado pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB)
e pelo Banco Central do Brasil (BC). O
levantamento considerou o volume de ativos, depósitos, operações de crédito, patrimônio líquido, número de pontos de atendimento e sobras do 1º semestre de 2013.
A Sicoob Credicitrus mantém o primeiro
lugar do ranking, seguida pela Sicoob Cocred em segundo lugar, pela Sicoob Coo-
pecredi e pela Sicoob Credicoonai, em 11º
e 17º lugares respectivamente.
O volume de operações de crédito
das cooperativas de crédito do Estado
de São Paulo cresceu 10,1% no primeiro semestre deste ano em comparação
com o semestre anterior, alcançando
R$ 7,84 bilhões segundo pesquisa do
Serviço Nacional de Aprendizagem do
Cooperativismo no Estado de São Paulo (Sescoop/SP) a partir dos dados do
Banco Central.
O levantamento mostra ainda que
os ativos das cooperativas de crédito
paulistas também evoluíram, chegando a R$ 16,66 bilhões, um crescimento
de 4,08% no período. O patrimônio líquido das cooperativas paulistas apresentou avanço de 5,78%, com R$ 4,37
bilhões. Em depósitos, o crescimento
chegou a 4,71%, atingindo a marca de
R$ 8,77 bilhões. RC
Assessoria de Imprensa do Sescoop/SP
Balancete Mensal - (prazos segregados)
Cooperativa De Crédito Dos Produtores Rurais e Empresários do Interior Paulista - Balancete Mensal
(Prazos Segregados) - Agosto/2013 - “valores em milhares de reais”
Sertãozinho/SP, 31 de Agosto de 2013
Revista Canavieiros - Setembro de 2013
29
Revista Canavieiros - Setembro de 2013
30
Destaque I
Revista Canavieiros visita a Fábrica da Case IH em
Sorocaba
Complexo industrial conta com uma fábrica de máquinas agrícolas e um moderno
Centro de Distribuição e Logística de Peças
Da redação
I
Foto: Alexandre Lombardi
naugurado em março de 2010, o
Complexo Industrial de Sorocaba
(SP) é um dos maiores e mais modernos da Fiat Industrial no mundo,
reunindo uma fábrica da Case IH e um
moderno Centro de Distribuição e Logística de Peças.
O projeto é resultado do investimento
de R$ 1 bilhão da Fiat Industrial, que é
o braço de bens de capital do grupo Fiat
em todo o mundo. Na época da inauguração, esse foi o maior investimento da
indústria de máquinas, realizado em um
único momento, já feito na história no
Brasil, gerando atualmente 1.660 empregos diretos e cerca de 3 mil indiretos.
O objetivo da companhia foi aumentar a produção de máquinas agrícolas e
de construção, hoje realizada nas unidades de Curitiba (PR), Piracicaba (SP)
e Contagem (MG), respectivamente, e
ainda fabricar componentes para outras
máquinas produzidas nas demais unidades da empresa no país. Da fábrica de
Sorocaba são produzidos equipamentos
que abastecem o mercado interno e que
também são exportados para a América
Latina e mais 50 países.
Jefferson Teixeira, diretor da fábrica,
destaca os desafios que fazem da planta
de Sorocaba uma das mais modernas do
mundo. “Desde o início os planos foram ousados. Nosso objetivo foi fazer
uma das fábricas mais tecnológicas e
eficientes do setor, tendo como principal característica a possibilidade de nos
adaptarmos as crescentes demandas de
equipamentos agrícolas. Aqui, nós podemos aumentar a produção sem precisar mexer na estrutura física da planta”.
Teixeira relata também o fato da
unidade estar em constante transformação. “No primeiro ano, nós produzimos
apenas 178 colheitadeiras e, para 2014,
Cerca de 50 jornalistas de diferentes meios de comunicação participaram da visita
estamos planejando produzir até 3 mil
equipamentos. Para isso acontecer, a logística e a organização tiveram que ser
muito bem planejadas, tanto que as próximas fábricas do grupo a serem feitas
no mundo seguirão o mesmo padrão da
nossa estrutura aqui de Sorocaba”.
O Complexo Industrial conta com
uma área total de 526 mil metros quadrados, sendo 160 mil de área construída – 94 mil da fábrica e 66 mil do
Centro de Distribuição. Dessa forma,
sua capacidade de produção é de até 8
mil unidades por ano.
No mesmo terreno também foi erguido o maior Centro de Distribuição de Peças da CNH na América Latina e um dos
mais modernos do Grupo Fiat no mundo, com equipamentos de movimentação e embalagem de última geração, movimentando aproximadamente 108 mil
toneladas em peças expedidas por ano e
controlando, com precisão, a estocagem
de mais de 18 milhões de peças.
Classe mundial em produção
Com concepção moderna, a fábrica está totalmente alinhada ao sistema
mundial de produção da CNH Global
e ao World Class Manufacturing, sis-
Revista Canavieiros - Setembro de 2013
tema de manufatura mundial adotado
pelo Grupo Fiat.
Sinônimo de alta tecnologia, a nova
unidade tem equipamentos de última
geração, como máquinas de corte a laser de chapas de aço de até 25 mm, com
alimentador automático, estações robotizadas de solda, transportadores aéreos para peças e componentes, além dos
mais modernos sistemas de pintura, que
são a pintura eletroforética por imersão e
a pintura acrílica de baixa temperatura.
Além de máquinas, a nova planta
produzirá componentes para equipamentos feitos em outras unidades da
CNH, como a de Piracicaba, onde são
fabricadas colhedoras de cana, e também para exportação.
Classe mundial em logística
Já o CD conta com o que existe de mais
eficiente em termos de logística e distribuição, baseado no conceito de World Class
Logistics (Classe Mundial em Logística),
no qual se busca atingir os mais altos níveis de excelência. A estrutura foi planejada para alcançar a maior rapidez operacional em toda a cadeia logística, desde o
fornecedor até o cliente final, em mais de
500 pontos da América Latina.
31
carrossel (estoque automatizado), empilhadeiras articuladas
com câmeras e AGV (Automatic
Guide Vehicle) na movimentação
de cargas, além de ser o primeiro
Centro de Distribuição de Peças
sustentável da América Latina,
certificado pelo USGBC no conceito LEEDS.
A estrutura da World Class Logistics tem entre seus principais pilares a
segurança de trabalho, a excelência no
serviço ao cliente, a melhoria contínua,
o controle de qualidade e a organização
de todas as áreas. Para que esses objetivos fossem alcançados, uma série
de investimentos e pesquisas foi feita
espelhando-se nos principais CDs da
Europa e dos Estados Unidos.
O Centro de Distribuição é considerado um dos mais modernos do Grupo
Fiat, contendo esteiras automatizadas,
Para dar conta de tudo isso
com a devida agilidade, novos
softwares de ponta foram implantados. Um deles consiste em um
sistema de entrada de pedidos, planejamento e compra de peças. Esse sistema
integra todos os depósitos de peças da
CNH no mundo, o que garante maior
agilidade na disponibilização dos itens
para os clientes finais.
Sobre a Case IH
A Case IH coloca a tecnologia a serviço do homem do campo, oferecendo
um sistema completo de produtos e
serviços capazes de preparar o produtor
rural para os desafios do seu dia a dia.
Sendo uma das principais empresas
do agronegócio mundial, conquistando
definitivamente os produtores brasileiros, a marca registra resultados que não
deixam dúvida. Em 2012, a Case IH foi
a empresa que mais cresceu em participação de mercado em tratores e colheitadeiras, e a única marca que cresceu
em participação de mercado nos dois
produtos (tratores e colheitadeiras). No
ano de 2013, os resultados são ainda
melhores. Somente no primeiro semestre, comparado ao mesmo período do
ano anterior, a Case IH registrou crescimento de 73% em colheitadeiras e 54%
em tratores.
Entre as soluções oferecidas pela
marca, estão as colheitadeiras de grãos
Axial-Flow, colhedoras de cana, café e
algodão, além de tratores de todas as
potências, pulverizadores autopropelidos e plantadeiras. Produtos que fazem
da Case IH a melhor opção do plantio a
colheita. Mais informações sobre produtos e serviços podem ser encontradas
no site www.caseih.com. RC
Revista Canavieiros - Setembro de 2013
32
Destaque II
Revista Canavieiros marca presença no evento de
comemoração de 15 anos da Tracan
Clientes, colaboradores e seus familiares, participaram de
palestras e gincanas durante o evento
Da redação
A
ntecipando as comemorações
dos seus 15 anos, o Grupo
Tracan realizou nos dias 6 e 7
de setembro, no Hotel JP em Ribeirão
Preto, o Tracan Cana Meeting, que reuniu clientes e colaboradores de todo o
Brasil com o objetivo de promover a
troca de experiências, além de apresentar resultados na área de mecanização
e demanda do campo do setor sucroenergético. A Revista Canavieiros esteve
presente no evento.
Na abertura, o diretor presidente do
Grupo Tracan, Arthur Monassi, falou
sobre a importância da participação dos
colaboradores e clientes para o crescimento da empresa. “Recebo todos
com muito orgulho especialmente neste evento que acontece para marcar as
comemorações de 15 anos. Comemorar
essa data é uma satisfação imensa e melhor ainda é poder olhar para trás e ver
que o nosso grupo gera muitas oportunidades. A maior parte dos nossos gestores
são pessoas que galgaram posições aqui
dentro da empresa e cresceram juntos. A
Tracan investe no que é o nosso maior
patrimônio que são as pessoas. Essa é a
nossa visão e é isso que nos dá satisfação
de querer crescer ainda mais, ver que estamos capacitando pessoas e ver o crescimento dessas pessoas. Nesses 15 anos,
Samanta Pineda palestrou sobre impactos
da nova lei ambiental
Arthur Monassi, diretor presidente do Grupo Tracan
o nosso grupo vem se consolidando na
mecanização da agricultura brasileira,
primeiro com a cana-de-açúcar e agora
se enveredando por outras culturas, sempre com muito trabalho e dedicação”,
disse Monassi.
Após a abertura, a advogada Samanta Pineda, que foi consultora jurídica
da Frente Parlamentar da Agricultura
durante a redação do Novo Código Flo-
Público presente
restal, falou sobre o impacto da nova
lei ambiental brasileira na produção
de cana-de-açúcar e o processo de regularização ambiental no setor. No sábado, dia 7 de setembro, o presidente
da ABAG (Associação Brasileira do
Agronegócio) e da Canaplan, Luiz Carlos Corrêa Carvalho, fez a palestra de
encerramento do evento com uma análise sobre “O atual momento e o futuro
do setor canavieiro no Brasil”.RC
Revista Canavieiros participa de evento
realizado pelo CEISE Br e SEBRAE SP
O
CEISE Br e o SEBRAE SP, através
do Posto de Atendimento ao Empreendedor
realizaram na manhã de
12 de agosto, no auditório do Centro Empresarial
Zanini, em Sertãozinho, o
Café com Inovação. Participaram, micro e pequenos
empresários de vários setores. A Revista Canavieiros
também esteve presente
no evento e conferiu a palestra ministrada pelo consultor do SEBRAE SP,
Marcelo Caetano Oliveira Alves, que
abordou o tema “Inovação como Diferencial Competitivo”, permitindo
aos participantes uma reflexão sobre a
importância da inovação e como atrair
Revista Canavieiros - Setembro de 2013
a atenção do cliente através de ações
inovadoras em suas empresas. Na
oportunidade, o palestrante também
apresentou exemplos de empreendedores que inovaram e conseguiram bons
resultados em suas empresas, através
de simples mudanças. RC
33
Revista Canavieiros - Setembro de 2013
34
Informações Setoriais
Chuvas de agosto e prognósticos
climáticos para outubro e novembro
Quadro 1:- Chuvas anotadas do mês de agosto de 2013.
Engº Agrônomo Oswaldo Alonso
Consultor
A média das chuvas anotadas durante
AGOSTO de 2013 (1mm), foi semelhante ao
do ano anterior (0mm), mas muito inferiores
à média histórica. Maiores volumes de chuvas
foram registrados no “eixo” São Simão-Serrana (5mm nos dois locais).
O
Mapa 1 mostra que, em meados de agosto ainda se notavam ilhas de Disponibilidade
de Água no Solo, entre médias a altas,
nas regiões próximas de Assis, Franca
e as faixas Jales-Votuporanga e Itapetininga-Sorocaba. Nas demais áreas e a
50cm de profundidade, as condições hídricas do solo já se mostravam críticas.
Os Mapas 2 e 3 mostram, pelos finais
dos meses de agosto de 2012 e 2013,
muita semelhança das Disponibilidades
de Água no Solo na área sucroenergética do Estado, salvo as restritas ilhas de
maior umidade e quanto à tonalidade do
Mapa de 2013.
Os artigos mensais de Informações
Setoriais tem contado com o trabalho diário de obtenções dos dados de
chuvas em todos os Escritórios Regionais e condensados em Viradouro. Os
dados diários são publicados no site
Canaoeste e as médias mensais são,
também, mostradas neste artigo, no
Quadro 2 a seguir.
Os dados do Quadro 2, ao lado, mostram que as somas de chuvas em “Mé-
Mapa 1:- Água Disponível no Solo entre 15 a 18 de agosto de 2013
Revista Canavieiros - Setembro de 2013
dias mensais” e “Normais climáticas”
(nas duas últimas linhas), entre janeiro
a abril, foram praticamente iguais, ou
sejam, 773 e 770mm. As diferenças entre Médias mensais e Normais climáticas (74mm = 963-899) deveram-se aos
meses de maio, junho e agosto.
Para planejamentos próximo-futuros, a
Canaoeste resume o prognóstico de consenso entre INMET (Instituto Nacional de
Meteorologia) e INPE (Instituto Nacional
de Pesquisas Espaciais) para o final de setembro e os meses de outubro e novembro,
como ilustrado no Mapa 4 ao lado.
Mapa 2:- Água Disponível no Solo ao final de agosto 2012.
35
Quadro 2:- Somas e normais climáticas das chuvas anotadas entre janeiro a agosto
deste ano, fornecidas pelos Escritórios Regionais e condensadas em Viradouro.
OBS:- Normais (ou médias) climáticas dos locais assinalados entre parêntesis (1 a 7) e
mais a do Centro de Cana- Apta IAC - Ribeirão Preto.
• Para estes meses, as temperaturas tendem a ser próximas e acima
das respectivas médias históricas para
as Regiões Centro Oeste (GO, MS e
MT) e Sudeste (ES, MG, RJ e SP) e
ao redor das normais climáticas na
Região Sul (PR, RS e SC); mas, com
possível entrada de massa fria no início de setembro nas regiões sucroe-
nergéticas dos estados do Paraná, Sul
do Mato Grosso do Sul e Sudoeste de
São Paulo;
• O consenso INMET-INPE assinala ainda que as chuvas poderão oscilar
com iguais probabilidades para as três
categorias, em toda área sucroenergética da Região Centro Sul, exceto para
o estado do Paraná, Sul
Mapa 3:- Água Disponível no Solo ao final de agosto 2013.
do Mato Grosso do Sul
e Sudoeste de São Paulo,
onde as chuvas poderão
“ficar” abaixo das normais climáticas.
• Tendo como referência o Centro de Cana
- Apta IAC, as médias
históricas de chuvas em
Ribeirão Preto e municípios vizinhos são
de 55m em setembro,
125mm em outubro e de
170mm em novembro.
A SOMAR Meteorologia, por sua vez,
Mapa 4:- Adaptação Canaoeste ao
Prognóstico de Consenso entre INMET-INPE
para final de setembro, e durante os meses de
outubro e novembro.
noticia seu prognóstico climático para
a região de abrangência da Canaoeste
que, além das de Primavera, as chuvas
poderão se concentrar nos 10 dias iniciais e finais de outubro e na 2ª quinzena de novembro.
A Canaoeste recomenda que, doravante, os produtores de cana se atentem às condições de umidade do solo
em operações de colheita, a fim de
evitarem pisoteios e falhas. Porém, se
foram efetuadas com solo seco (baixa
ou nenhuma compactação, mas resistentes à operações mecânicas), a Canaoeste lembra, ainda, ser dispensável
aplicações de enérgicos cultivos mecânicos (escarificações e gradagens).
Nestes casos, as formulações de fertilizantes (não com uréia) poderão ser
aplicados em superfície, sobre ou aos
lados das linhas de cana. Redobrar
atenções em mato-controle e, a partir
destas chuvas, monitorar ocorrência
de cigarrinha das raízes.
Estes prognósticos serão revisados
nas seguintes edições da Revista Canavieiros. Fatos climáticos relevantes
serão noticiados em:
www.canaoeste.com.br e
www.revistacanavieros.com.br
Persistindo dúvidas, consultem os
Técnicos mais próximos ou através do
Fale Conosco Canaoeste. RC
Revista Canavieiros - Setembro de 2013
36
Artigo Técnico
Broca da Cana-de-Açúcar (Diatrea Saccharalis)
Filo: Artropoda; Classe: Insecta; Ordem: Lepidoptera; Família: Crambidae; Gênero: Diatraea;
Espécie: Diatraea saccharalis.
*Breno Souza – Engenheiro Agrônomo da Canaoeste Descalvado com colaboração da gestora técnica da Canaoeste, Alessandra Durigan.
A
Broca (Diatrea saccharalis) é
uma das pragas mais importantes da cana-de-açúcar no Brasil
e tem se mostrado a mais maléfica, causando danos diretos e indiretos para a
cultura, interferindo significativamente
na qualidade dos produtos finais.
O adulto é uma mariposa de coloração amarelo-palha. A asa anterior possui numerosas linhas estreitas de coloração marrom e as asas posteriores são
brancas. A fêmea geralmente é maior e
suas asas mais claras do que as do macho. Os adultos são de hábito noturno e
permanecem escondidos durante as horas de luz. Vivem em média cinco dias.
Após o acasalamento as fêmeas fazem a oviposição nas folhas da cana, em
ambas as faces. Os ovos são achatados
e ovais e são depositados em agrupamentos sobrepondo-se como escamas
de um peixe. Cada grupo de ovos pode
conter de dois a 50 ovos. Inicialmente
são brancos, tornando-se de cor laranja com o tempo e, próximo à eclosão,
adquirem cor escura. A duração desta
fase é de aproximadamente quatro a
oito dias sendo influenciada diretamen-
te pela temperatura.
As lagartas são de coloração branco-leitosas, cabeça marrom escuro e medem de 25 a 30 mm de comprimento.
Eclodem praticamente ao mesmo tempo e alimentam-se, quase que imediatamente após a eclosão, do tecido da
folha ou do tecido da casca do entrenó
em formação. Dirigem-se para a bainha
onde penetram pela parte mais mole do
colmo e, perfurando-o, abrem galerias
de baixo para cima. Esta é a fase onde
ocorrem os danos. O tempo de desenvolvimento larval varia de 40 a 60 dias
dependendo das condições climáticas.
Sua transformação em pulpa ocorre
dentro da planta, na galeria feita pela
larva. A pulpa é alongada e fina, de coloração marrom-amarelada a marrom
mais escuro e mede de 16 a 20 mm de
comprimento. A duração de fase de pulpa é de nove a 14 dias.
O ciclo evolutivo completo da broca
é de 60 a 90 dias e, nas condições ambientais do Brasil, pode dar até quatro
gerações anuais, em casos excepcionais
até cinco gerações, dependendo das
condições climáticas.
Breno Souza
Agrônomo da Canaoeste de Descalvado
Ocorrência da
praga:
Em canaviais plantados no início do
ano (cana de ano e meio), a ocorrência
das lagartas é mais frequente no início
das chuvas (setembro/outubro), atingindo o pico populacional em janeiro/
fevereiro, no verão. Nas soqueiras a sua
ocorrência é praticamente constante durante todo ano, mas existe a tendência
das populações diminuírem nos períodos frios e secos e aumentarem nos períodos quentes e úmidos.
Com relação ao estágio do canavial e
tamanho das canas, nas canas plantas, as
populações são mais elevadas pelo maior
vigor vegetativo e nas canas com entrenós
formados, os ataques são mais intensos
quando comparadas as canas mais jovens.
Esquema de caminhamento de campo para a
liberação de Cotesia flavipes (Botelho et al 1980).
Revista Canavieiros - Setembro de 2013
Observa-se também que existem
variedades mais suscetíveis ao ataque da praga. Geralmente, variedades
precoces, ricas e produtivas, são mais
atrativas e nos canaviais que recebem
a aplicação de vinhaça, as populações
são maiores devido as condições ideais
para o aumento reprodutivo do inseto.
37
Os inimigos naturais realizam controle
eficiente da praga e contribuem intensamente para a diminuição das populações.
Existem diversos parasitas e predadores
que atuam em todos os estágios biológicos, portanto a adoção de práticas corretas e seguras para o meio ambiente são
extremamente necessárias para o manejo
sustentável deste inseto-praga.
Danos diretos:
Os danos diretos decorrem da alimentação do inseto e caracterizam-se
por: perda do peso devido a abertura
de galerias no entrenó; morte da gema
apical da planta (“coração morto”); encurtamento do entrenó; quebra da cana;
enraizamento aéreo; germinação das
gemas laterais. Estes danos apresentados ocorrem isoladamente ou associados, o que pode agravar os prejuízos.
Danos indiretos:
Os danos indiretos são causados por
microrganismos que invadem o entrenó
através do orifício aberto na casca do
colmo pela lagarta. Os principais microrganismos são os fungos Fusarium
moniliforme e Colletotrichum falcatum
que ocasionam o vermelhão no interior
dos entrenós, levando a queda no rendimento industrial pela inversão da sacarose, diminuição da pureza do caldo e
problemas de contaminação do processo e fermentação alcoólica.
As brocas provocam perdas representativas caso não sejam tomados os
devidos cuidados de monitoramento e
controle. A cada 1% de índice de intensidade de infestação (I.I) reflete no
processo industrial perdas de: 370 gramas de açúcar ou 165 mililitros de álcool por tonelada de cana processada,
com queda de 0,77% da produtividade
(GALLO et al, 2002, COOPERSUCAR
2003, BOTELHO & GARCIA 2004).
Entretanto, dados mais recentes, demostram que as perdas para cada 1% de
intensidade de broca podem ser ainda
maiores, próximas à 1,50%, em relação
à produtividade agrícola, 0,49% na produtividade de açúcar e 0,28% na produtividade de álcool.
Para adotarmos práticas de manejo
adequadas é muito importante conhecermos através de levantamentos de
campo, o índice de intensidade de infestação de broca (II) e os níveis populacionais da broca no campo. Estes
levantamentos são estratégicos porque
subsidiam a tomada de decisão.
Os levantamentos para a determinação da intensidade de infestação final (II
%) são realizados próximos a colheita ou
junto com a colheita (cana madura) e são
calculados a nível de fazenda, talhão,
variedade, categoria e corte e orientam
para onde devem ser direcionados os levantamentos populacionais, priorizando
os canaviais mais infestados.
Os levantamentos populacionais têm a
finalidade de monitorar as populações da
praga e orientar a adoção de medidas de
controle. Geralmente são realizados nos canaviais com quatro a seis meses de idade.
Embora o controle biológico, através da liberação de parasitoides, ser um
exemplo de eficiência, outras práticas
de controle podem ser adotadas de maneira integrada.
Controle Biológico
O controle biológico é uma opção
inteligente. Deve ser sempre considerado porque é mais barato e menos
impactante para o meio ambiente porque reduz a necessidade de aplicação
de inseticidas. Para o controle da broca
da cana-de-açúcar é a maneira mais eficiente e segura.
O inimigo natural muito importante
e específico da broca da cana é a vespinha Cotesia flavipes (Hymenoptera:
Braconidae). Possui capacidade de aumento populacional em curto tempo e
é facilmente produzida em laboratório.
As vespinhas, localizam o hospedeiro pelas substâncias liberadas nas fezes
da broca e introduzem seu aparelho
ovipositor no interior das lagartas. Elas
chegam a ovipositar aproximadamente
50 ovos. Quando eclodem, as larvas
do predador alimentam-se da praga da
cana (broca).
Revista Canavieiros - Setembro de 2013
38
Artigo Técnico
Esquema de caminhamento de campo para a
liberação de Cotesia flavipes (Botelho et al 1980).
As vespinhas devem ser liberadas
nas horas mais frescas do dia, 25°C a
27°C, de manhã ou ao entardecer, porque sua sobrevivência é altamente influenciada pela temperatura.
Em média, recomenda-se a liberação de 6000 vespas por hectare, quatro
copos contendo 1500 vespas cada (30
massas) quando as populações estiverem acima de 800 brocas por hectare e
as lagartas com comprimento acima de
1,5 cm (lagartas médias e grandes).
As vespinhas só devem ser liberadas ao campo quando no mínimo de
70 a 80% dos indivíduos já emergiram
nos copos.
Outra opção de controle biológico
é o parasitóide Trichogramma galloi
(Hymenoptera: Trichogrammatidae).
É a principal espécie utilizada para
o controle de ovos da broca de cana.
Recomenda-se que a liberação dessa
vespinha seja na forma adulta, em 25
pontos por hectare, num total de 200
mil parasitoides por hectare em três liberações sucessivas, feitas à tarde e esFoto: Heraldo N. de Oliveira
No interior do talhão as liberações
devem ser realizadas em pontos distanciados um do outro. Em cada ponto
abre-se um copo plástico com aproximadamente 1.500 indivíduos, mantendo-o aberto durante o caminhamento de
um ponto para o outro. O copo é preso
aberto, entre a bainha e o colmo, na posição horizontal.
Os inseticidas devem ser aplicados
enquanto as larvas ainda são jovens e
antes delas entrarem no colmo e direcionados para as áreas onde as infestações estiverem altas. Pode estar associado ao controle biológico.
portanto, deve-se dar preferência para
os inseticidas fisiológicos, de menor
impacto ambiental. A partir do momento que a broca penetra no colmo da
cana, o controle químico, com o uso de
inseticidas, torna-se inviável devido à
baixa eficiência dos produtos que são
incapazes de atingir as lagartas no interior dos colmos.
Conclusão
Foto: Heraldo N. de Oliveira
Adulto de Cotesia flavipes atacando uma
lagarta da broca da cana-de-açucar.
O controle biológico, conforme já citado, apresenta diversos benefícios, entretanto pode ser ineficiente se algumas
recomendações não forem seguidas
corretamente.
Controle Químico
Os inseticidas podem afetar as populações de inimigos naturais da broca,
Liberação de Cotesia flavipes em canavial
para controle da broca da cana-de-açúcar.
paçadas de uma semana. Esse parasitoide deve ser associado ao parasitoide
de lagartas Cotesia flavipes. (NAKANO et. al 2002).
A Diatraea saccharalis é um inseto-praga que provoca grandes danos na cultura de cana-de-açúcar. Com o aumento das áreas de plantio, uso de variedades mais
suscetíveis e não adoção do controle biológico a sua incidência vem aumentando
em níveis preocupantes.
A forma de controle mais utilizada e que vem proporcionando os melhores resultados é o controle biológico, com a utilização principalmente da vespa Cotesia
flavipes, que tem se mostrado muito eficiente. Em situações de altas infestações,
o controle químico é necessário e deve ser realizado de forma integrada com o
controle biológico.
Os levantamentos de campo são importantes para monitoramento das populações e
quantificação dos danos da praga. São ferramentas de manejo para a tomada de decisão.
A Canaoeste possui uma equipe treinada e capacitada para o levantamento e
monitoramento de pragas no campo com o objetivo de melhor atender aos produtores associados. Consulte nossa equipe técnica para maiores informações. RC
Revista Canavieiros - Setembro de 2013
39
Assuntos Legais
ADA – Ato Declaratório Ambiental
Prazo termina em 30 de setembro de 2013.
M
esmo com a publicação do
novo Código Florestal, em 25
de maio de 2012, o IBAMA
(Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e
dos Recursos Naturais Renováveis) ainda não desonerou os proprietários rurais
de preencherem o ADA (Ato Declaratório Ambiental), conforme se verifica
no sitio eletrônico do referido instituto
ambiental. Como já dito n’outras oportunidades, o ADA é uma declaração da
situação ambiental da propriedade rural,
onde será informado OBRIGATORIAMENTE ao IBAMA, as áreas de preservação permanente, reserva legal e outras
áreas de proteção ambiental (área de reserva particular do patrimônio natural,
área de declarado interesse ecológico,
área com plano de manejo florestal, área
com reflorestamento), caso existam no
imóvel rural e desde que declaradas no
DIAT (Distribuição da Área do Imóvel
Rural), entregue quando do preenchimento da DITR (Declaração do Importo
Territorial Rural). Tal declaração possibilita a redução do pagamento do ITR
(Imposto Territorial Rural) em até 100%
de seu valor.
Ressaltamos, ainda, que o envio do
ADA a partir do exercício 2007, é feito
por meio eletrônico, via internet (ADAweb), através do sitio eletrônico do
IBAMA (www.ibama.gov.br), de 1º de
janeiro até 30 de setembro. Já no site,
basta clicar no link de Serviços On-line,
informar o seu CPF (pessoa física) ou
CNPJ (pessoa jurídica), senha e autenticar. “Para a obtenção ou recuperação
de senha de acesso, deve-se recorrer ao
Cadastro Técnico Federal, telefone (61)
3316-1677. No caso de dúvidas, ligar
para o número indicado ou para (61)
3316-1253 ou ainda utilizar o e-mail
[email protected].
Declarações retificadoras referentes
ao exercício de 2013 poderão ser apresentadas até 31 de dezembro de 2013”
(fonte: CNA – Confederação Nacional
da Agricultura).
No preenchimento eletrônico do
ADA ou em caso de retificação, deve-se
observar fielmente o que foi declarado
no formulário do DITR, protocolizado
perante a Secretaria da Receita Federal,
pois as informações ali contidas devem guardar relação com as que forem
prestadas no ADA, tendo em vista que,
visando um maior controle administrativo das propriedades rurais, o IBAMA
começou a cruzar suas informações com
a Receita Federal e o INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma
Agrária), responsáveis pelo controle e
recolhimento anual do ITR.
“Para que sejam evitados constrangimentos e aborrecimentos, é recomendável guardar-se o comprovante de apresentação do ADA (Recibo do ADA);
este é de suma importância para fins de
comprovação legal junto aos órgãos ambientais e, em especial, junto à Secretaria da RFB (Receita Federal do Brasil),
quando solicitado.
A opção pelo ADA é um exercício de
cidadania, oportunidade que têm os proprietários rurais de economizar recursos
financeiros e naturais - e de vislumbrar,
inclusive, a possibilidade de receber pagamento por serviços ambientais -, aliando-se à causa ambiental via preservação,
conservação e recuperação de florestas e
vegetação nativa em geral e da fauna associada, representada por meio de:
Juliano Bortoloti
Advogado da Canaoeste
→ proteção aos bancos de germoplasma de espécies autóctones contidos
nos remanescentes de vegetação nativa
protegidos;
→ proteção do solo e manutenção/
aumento de sua permeabilidade, com o
consequente aumento da quantidade de
água das chuvas infiltrada = recarga
de lençóis e aquíferos;
→ proteção aos mananciais, aos
cursos e demais corpos d’água, assim
como, à sua qualidade;
→ manutenção do ciclo hidrológico;
→ remoção do CO2 da atmosfera
pela vegetação (sequestro/sumidouro
de carbono), combate ao efeito estufa,
regulação climática e produção de oxigênio;
→ manutenção do equilíbrio ecossistêmico;
→ manejo ambientalmente sustentável da flora e fauna nativas e consequente geração de renda (valoração);
→ proteção à biodiversidade em geral e, principalmente, às espécies nativas, vegetais e animais endêmicas, raras e àquelas ameaçadas de extinção,
relacionadas em listas oficiais;
→ manutenção das paisagens naturais e de seu valor cênico / ecoturismo
(APP; Reserva Legal; RPPN);
→ combate à erosão genética;
→ proteção do solo, contenção dos
processos erosivos e manutenção da
fertilidade;
→ evolução do imóvel rural para a
REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL;
→ outros”(fonte: http://www.ibama.
gov.br/servicos/ato-declaratorio-ambiental-ada). RC
Revista Canavieiros - Setembro de 2013
40
Safra
Acompanhamento da safra 2013/2014
N
este trabalho são apresentados os
dados obtidos até a segunda quinzena de agosto, referente à safra
2013/2014, em comparação com os obtidos
na safra 2012/2013 no mesmo período. A
Tabela 1 a seguir, contém o comparativo do
ATR médio acumulado (kg/t) referente as safras 2012/2013 e 2013/2014, ambas do início
até a segunda quinzena de agosto. O comparativo deste mesmo período para ambas as safras demonstrou uma queda de 0,43 kg para a
safra 2013/2014.
Tabela 1 – ATR (kg/t) médio da cana entregue pelos
Fornecedores de Cana da Canaoeste das safras 2012/2013 e 2013/2014
As tabelas 2 e 3 contém detalhes da qualidade tecnológica da matéria-prima nas safras 2012/2013
e 2013/2014.
Tabela 2 – Qualidade da cana entregue pelos fornecedores de cana da Canaoeste,
até a segunda quinzena de agosto, da safra 2012/2013.
Thiago de Andrade Silva
Gestor de Planejamento, Controle
e Topografia da Canaoeste
cando acima a partir da segunda quinzena de maio em relação ao da safra
2012/2013, exceto na segunda quinzena
de agosto que ficou abaixo.
Tabela 3 – Qualidade da cana entregue pelos fornecedores de cana da Canaoeste, até a
segunda quinzena de agosto, da safra 2013/2014
O Gráfico 2 contém o comportamento da POL do caldo na safra 2013/2014
em comparação com a safra 2012/2013.
Pode-se observar que a POL do caldo
apresentou o mesmo comportamento
do BRIX do caldo.
O Gráfico 3 contém o comportamento da pureza do caldo na safra 2013/2014
em comparação com a safra 2012/2013.
A pureza do caldo da safra 2013/2014
ficou abaixo da obtida na safra 2012/2013
no mês de abril, sendo a diferença mais
acentuada na primeira quinzena, se equiparando a partir do mês de maio.
O Gráfico 1 contém o comportamento do BRIX do caldo da safra 2013/2014
em comparação com a safra 2012/2013.
O BRIX do caldo da safra 2013/2014
ficou muito abaixo no mês de abril, recuperando a partir do mês de maio fi-
Gráfico 1 – BRIX do caldo obtido nas safras 2013/2014 e 2012/2013
Revista Canavieiros - Setembro de 2013
O Gráfico 4 contém o comportamento da fibra da cana na safra 2013/2014
em comparação com a safra 2012/2013.
Gráfico 2 – POL do caldo obtida nas safras 2013/2014 e 2012/2013
41
Gráfico 3 – Pureza do caldo obtida nas safras 2013/2014 e 2012/2013
Gráfico 4 – Comparativo das médias de fibra da cana
Gráfico 5 – POL da cana obtida nas safras 2013/2014 e 2012/2013
Gráfico 6 – ATR obtido nas safras 2013/2014 e 2012/2013
Revista Canavieiros - Setembro de 2013
42
Safra
A fibra da cana na safra 2013/2014
ficou abaixo daquela obtida na Safra
2012/2013, na segunda quinzena de abril,
no mês de maio (mais acentuado na primeira quinzena) e na primeira quinzena de junho, ficando acima na primeira
quinzena de abril, na segunda quinzena
de junho, no mês de julho e na segunda
quinzena de agosto. Na média acumulada
até segunda quinzena de agosto, observa-se que a fibra está um pouco abaixo da
observada na safra anterior.
O Gráfico 5 contém o comportamento da POL da cana na safra 2013/2014
em comparação com a safra 2012/2013.
A POL da cana na safra 2013/2014
ficou muito abaixo da obtida na safra
2012/2013 no mês de abril, se equiparando na primeira quinzena de maio e
segunda quinzena de junho, ficando
acima na segunda quinzena de maio e
nos meses de junho, julho e agosto, exceto na segunda quinzena de agosto que
ficou abaixo. Na média a POL da cana
na safra 2013/2014 está bem próxima
da observada na safra 2012/2013.
O Gráfico 6 contém o comportamento do ATR na safra 2013/2014 em
comparação com a safra 2012/2013.
Tendo em vista que a POL participa
com mais de 90% do ATR o mesmo
apresentou o mesmo comportamento
da POL da cana. Na média, verifica-se uma queda de 0,43 kg de ATR nesta
safra de 2013/2014 em relação à safra
anterior.
O Gráfico 7 contém o comportamento do volume de precipitação pluviométrica registrado na safra 2013/2014 em
comparação com a safra 2012/2013.
A precipitação pluviométrica média
dos meses de fevereiro, março e maio
de 2013 ficou muito acima da obtida em
2012, se equiparando no mês de janei-
Gráfico 7 – Precipitação pluviométrica (mm de chuva)
registrada em 2012 e 2013
ro, julho e agosto e muito abaixo nos
meses de abril e junho.
O Gráfico 8 contém o comportamento da precipitação pluviométrica acumulada por Trimestre na safra 2013/2014
em comparação com a safra 2012/2013.
Em 2013, observa-se um volume de
chuva muito acima no primeiro Trimestre, abaixo no segundo Trimestre, e igualado até agosto no terceiro Trimestre, se
comparado aos volumes médios de 2012.
A precipitação pluviométrica de
2013 ficou muito próxima daquela verificada em 2012 no mês de agosto;
observa-se, entretanto, uma melhora
na produtividade; porém, a qualidade
média no período até agosto apresentou
queda, comparativamente com a safra
2012/2013. Cabe ressaltar que o ATR
médio ficou 0,43 kg abaixo do obtido
na safra 2012/2013, até a segunda quinzena de agosto.
Gráfico 8 – Precipitação pluviométrica (mm de chuva)
por Trimestre, em 2012 e 2013
RC
Revista Canavieiros - Setembro de 2013
43
Revista Canavieiros - Setembro de 2013
44
Vende-se
Área de 50 hectares de mata fechada
para reserva legal total ou parcial localizada em Buritizal/SP. Área com declive de 30º a 40º, aceita troca. Valor R$
20.000,00 por hectare. Tratar com José
Antonio Savegnago pelo telefone: (16)
99142-5362
Vende-se
Fazenda de 65 alqueires, com 80%
de pasto, localizada na beira da pista
em Barra do Garças - Mato Grosso. A
propriedade fica a 12 km de Barra do
Garças e 12km de Bom Jesus. Tratar
com Juvenal pelo telefone: (16) 991461056. R$ 35 mil o alqueirão.
Vende-se
Exaustor para limpeza de feijão
em colheitadeiras automotriz todas as
marcas. Tratar com Antônio pelos telefones: (17) 3322-8523 ou (17) 997914997 - Barretos/SP
Vende-se
Um trator de esteiras D4E 1985
CATERPILLAR. Tratar com Rodrigo
Gugliano pelos telefones: (11) 9983199913 ou (11) 2361-7412
Vendem-se
- 01 Ranger XLT modelo 2011 completa, motor 3,0 turbo 4X4, banco de
couro, ABS, airbag, protetor, lona, santo Antônio, restribo, V.E nas quatro portas, trava, alarme, computador de bordo, bluetooth, quatro pneus novos, com
45.000,00 Km. Valor: R$70.000,00;
- 01 Casa de Lazer à margem da represa de Volta Grande, com quatro suítes, sala, cozinha, varanda com fogão
à lenha, forno e churrasqueira, 1wc
externo, spa com oito bicos de hidromassagem, jardinagem com piscina
ornamental. A propriedade fica em um
condomínio murado, próximo ao Ubatã
com infraestrutura (piscina,quiosque,
campo de futebol iluminado e rampa
para barcos). Há apenas 20 lotes;
- Lotes para construir casas. Localizado a 40 km de Uberaba/MG e 35 Km
de Conceição das Alagoas/ MG.
Tratar com Cícero pelos telefones: (34)3338-3946 (34)9972-3946
(34)9648-3946
Vendem-se
- 01 transformador de 45 KVA. Valor: R$ 1.500,00;
- Arame farpado usado;
- Cabo de alumínio para alta tensão
usado. Valor: R$ 6,00/kg;
- Braços para iluminação usados;
- Apartamento no Guarujá, localizado na praia das Astúrias de frente para
o mar. Possui quatro suítes, três salas,
copa, cozinha, quarto empregada, piscina na sacada do apartamento e quatro
vagas na garagem. Ainda conta com
área comum com piscina aquecida, salão de jogos e festa, churrasqueira, quadra e sauna. Valor: R$ 1.980.000,00;
- 01 arado Iveca de quatro hastes.
Valor: R$ 2.500,00;
- 01 gaiola de cana para plantio. Valor: R$ 2.500,00;
- 01 arado Massey Fergusson de quatro bacias. Valor: R$ 1.500,00;
- 01 moinho Nogueira DPM4 completo com motor, semi-novo. Valor: R$
2.500,00
Tratar com Wilson pelo telefone:(17)
99739-2000 – Viradouro/SP
Vende-se
- Uma Mitsubishi L 200, ano 2006,
branca, com ar condicionado e cabine
dupla.Tratar com Raul pelos telefones:
(34) 3332-0525 ou (34) 9972-3073
VENDEM-SE
- MB 2318/93, tanque de água de
15.000 litros, pipa bombeiro;
- MB 1418/90, LA, 4x4, chassi;
- MB 2217/88, tanque de água de
15.000 litros, pipa bombeiro;
- MB 2213/86, tanque de água de
15.000 litros, pipa bombeiro;
- MB 221/81, tanque de água de
15.000 litros, pipa bombeiro;
- MB 2013/75, 6x2, munk madal,
modelo 10.000;
- VW 13180/09, 4x,2 munk madal,
modelo 12.000;
- VW 26260/08, tanque de água de
15.000 litros, pipa bombeiro;
- VW 15180/08, 4x2, comboio de
lubrificação e abastecimento, Gascom;
- VW 26260/08, basculante;
- VW 26260/08, tanque de água de
15.000 litros, pipa bombeiro;
- VW 26260/06, betoneira de 8m³;
- VW 15180/06, 4x2, chassi;
- VW 26310/02, tanque de água de
16.000 litros, pipa bombeiro;
- VW 16170BT/95, 4x2 comboio de
lubrificação e abastecimento, Gascom;
- VW 12140H /95, tanque de água de
10.000 litros, pipa bombeiro;
- VW 12140H /96, 4x2, baú oficina
Móvel;
- F.Cargo 1717/09, tanque de água
de 8.000 litros, pipa bombeiro;
- F.Cargo 2622/09, tanque de água
de 15.000 litros, pipa bombeiro;
- F.Cargo 1317/07, munk CNG, modelo 20.000;
- F.Cargo 2422/02, tanque de água
de 16.000 litros, pipa bombeiro;
- F12000/98, tanque de água de
10.000 litros, pipa bombeiro;
- F11000/90, tanque de água de
8.000 litros, pipa bombeiro;
- Toyota Hilix, 2010, D4D, 3.0 SRV, 4x4,
prata, automática, diesel, com 31.000km;
- Munk munck, modelo 640-18;
- Baú para caminhão toco;
- A Revista Canavieiros não se responsabiliza pelos anúncios constantes em nosso Classificados, que são de responsabilidade exclusiva de cada anunciante.
Cabe ao consumidor assegurar-se de que o negócio é idôneo antes de realizar qualquer transação.
- A Revista Canavieiros não realiza intermediação das vendas e compras, trocas ou qualquer tipo de transação feita pelos leitores, tratando-se de serviço
exclusivamente de disponibilização de mídia para divulgação. A transação é feita diretamente entre as partes interessadas.
Revista Canavieiros - Setembro de 2013
45
- Munk Hincol, modelo 31.000, ano 2010;
- Munk Hincol, modelo 43.000, ano
2012;
- Comboio de lubrificação e abastecimento, Gascom, 2.000 litros, ano
1999;
- Cabine Ford, F14000, ano 1996;
- Caçamba Basculante de 12m³;
- Tanque de fibra com capacidade de
20.000 litros.
Tratar com Alexandre pelos telefones:
(16) 3945-1250 / 99766-9243 oi /
7813-3866 id 96*81148 nextel ou pelo
e-mail: [email protected]
Vende-se
- Mudas de seringueira da variedade RIM 600, com borbulheira própria
certificada.
- Porta enxertos para citrus todas as
variedades. - Pimentões de estufa, abobrinhas variedades.
23 anos de experiência.
(17) 991335717
(17) 996295456 // (17) 981018767
Cleiton Bulgo Verdeiro (BRANCO)
Tabapuã-SP
Vende-se
- Um caminhão VW 8150 E - Delivery
Plus 2011/2012 , com comboio de lubrificação, abastecimento LDA 3000
litros. Tratar com Alessandro pelos telefones: (16)3663-3850 (16) 98112-5585
Vende-se
Uma área de 23,5 alqueires, em Ituverava. Tratar com Paulo, telefone (l6)
3839 7506
Vende-se
- Quatro ternos de moendas 66 polegadas, acessórios e redutores. Tratar com DN
Industrial pelos telefones: (22) 2768-9250
(fixo) e (22) 99233-1906 (Vivo) ou pelo e-mail: [email protected]
COMPRAM-SE
- Tubos de irrigação de todos os diâmetros, motobombas, rolão autopropelido, pivot, etc. Pagamento á vista.
Tratar com Carlos pelos telefones: (19)
99166-1710/ (19) 98128-0290 ou pelo
e-mail: [email protected]
Eventos de
outubro 2013
Curso para Ordenhadores:
Operação e Manutenção de
Ordenhadeiras Mecânicas
Data: 15/10 e 16/10
Cidade: Coronel Pacheco - MG
Localização: Embrapa Gado de Leite - Campo Experimental de Coronel Pacheco (CECP)
Site: www.cnpgl.embrapa.br
Mais informações: Cristina/Embrapa Gado
de Leite pelo telefone: (32) 3249-4910
E-mail: [email protected]
I Simpósio Paulista de Manejo
de Plantas Daninhas em
Cana-de-Açúcar
Data: 28/10 a 29/10
Local: UNIMEP – Campus Taquaral – Rodovia do Açúcar, km 156
Cidade: Piracicaba – SP
Inscrições: através do e-mail:
[email protected]
Mais informações: (19) 3417-6601
Revista Canavieiros - Setembro de 2013
Biblioteca
“General Álvaro
46
Tavares Carmo”
Bioenergia & Biorrefinaria
Cultivando
a Língua Portuguesa
Esta coluna tem a intenção de maneira didática, esclarecer
algumas dúvidas a respeito do português.
1) Ela quer “se aparecer”.
Com a escrita incorreta, ficará sumida!
Renata Sborgia
Correto: Ela quer aparecer.
Dica útil: Existem verbos que podem ser usados com pronomes. Ex.: suicidar-se
Outros, porém, jamais podem ser usados com pronomes como o verbo aparecer.
É verbo intransitivo. Não admite voz reflexiva, objetos de espécie alguma.
Não se pode aparecer ninguém e, também, aparecer a si mesmo.
2) Maria confirma invasão “a privacidade”.
... não ocorre invasão a lugar algum.
O que é possível acontecer é invasão de algum lugar.
O correto é: Maria confirma invasão de privacidade.
3) Pedro viajará na “Segunda-feira”.
Com a grafia incorreta, ficará!
O correto é: segunda-feira, letra minúscula e com hífen
“Este livro aborda não só cultivo e processamento da cana-de-açúcar e das espécies
florestais nas chamadas biorrefinarias como
também aspectos relacionados à sua sustentabilidade, discutindo as perspectivas de pesquisa e desenvolvimento para a expansão destas
indústrias.
Dividido em 20 capítulos, elaborados por
renomados pesquisadores, empresários e representantes do governo, a obra é uma importante contribuição para a difusão do conhecimento e a consolidação do uso diversificado
da biomassa no Brasil e no mundo.”
(Trecho extraído do prefácio do livro)
Referência:
Bioenergia e biorrefinaria: cana-de-açúcar e espécies florestais / Fernando Santos,
Jorge Colodette, José Humberto de Queiroz.
– Viçosa, MG: Os Editores, 2013.
Os interessados em conhecer as sugestões
de leitura da Revista Canavieiros podem
procurar a Biblioteca da Canaoeste.
[email protected]
www.facebook.com/BibliotecaCanaoeste
Fone: (16) 3524-2453
Rua Frederico Ozanan, nº842
Sertãozinho-SP
Dica útil do Novo Acordo Ortográfico: A forma correta de escrita da palavra é
segunda-feira. As palavras segunda feira, escritas sem hífen, estão erradas. Devemos utilizar o substantivo comum feminino segunda-feira sempre que quisermos
referir o segundo dia da semana, que fica entre o domingo e a terça-feira. É uma
palavra composta por justaposição das palavras: segunda + feira.
Esta dúvida surge por causa das alterações na hifenização das palavras compostas trazidas pelo Novo Acordo Ortográfico, que entrou em vigor em janeiro
de 2009. Segundo este acordo, o hífen se mantém nas palavras compostas por
justaposição sem elementos de ligação, cujos elementos formam uma unidade com
significado próprio.
Assim, segunda-feira e os restantes dias da semana deverão continuar sendo
escritos com hífen, bem como outras palavras como: arco-íris, decreto-lei, ano-luz,
guarda-chuva.
Relativamente aos dias da semana, o Novo Acordo Ortográfico afirma que os
mesmos deverão ser escritos com letra minúscula e não com letra maiúscula: segunda-feira, terça-feira, quarta-feira, quinta-feira, sexta-feira.
PARA VOCÊ PENSAR:
OS DEGRAUS
Não desças os degraus do sonho
Para não despertar os monstros.
Não subas aos sótãos - onde
Os deuses, por trás das suas máscaras,
Ocultam o próprio enigma.
Não desças, não subas, fica.
O mistério está é na tua vida!
E é um sonho louco este nosso mundo...
Mario Quintana,in Baú de Espantos
Coluna mensal
* Advogada, Profa. de Português, Consultora e Revisora, Mestra USP/RP, Especialista em Língua
Portuguesa, Pós-Graduada pela FGV/RJ, com MBA em Direito e Gestão Educacional, autora de
vários livros como a Gramática Português Sem Segredos (Ed. Madras), em co-autoria.
Revista Canavieiros - Setembro de 2013
47
Revista Canavieiros - Setembro de 2013
48
Revista Canavieiros - Setembro de 2013

Documentos relacionados

Revista Canavieiros

Revista Canavieiros Na luta pelo equilíbrio máximo entre sustentabilidade e produtividade, o Brasil, através de seus grandes institutos de pesquisas, busca incansavelmente pela tecnologia ideal para suas lavouras. Ass...

Leia mais

Revista Canavieiros

Revista Canavieiros Equipe de redação e fotos: Carla Rodrigues, Fernanda Clariano, Murilo Sicchieri e Rafael H. Mermejo Comercial e Publicidade: Marília F. Palaveri (16) 3946-3311 - Ramal: 2008 atendimento@revistacana...

Leia mais

Revista Canavieiros

Revista Canavieiros Boa leitura! Conselho Editorial

Leia mais

Revista Canavieiros

Revista Canavieiros Boa leitura! Conselho Editorial

Leia mais