Qualidade de Serviço em Operações Aeroportuárias
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Qualidade de Serviço em Operações Aeroportuárias
10/02/2014 QUALIDADE DE SERVIÇO EM OPERAÇÕES AEROPORTUÁRIAS Curso: TRA 57 - ITA Giovanna M. Ronzani Borille, D.Sc. NÍVEL DE SERVIÇO conceitos indicadores recomendações tempo e espaço considerações finais 1 10/02/2014 OPERAÇÕES EM AEROPORTOS NÍVEL DE SERVIÇO (LOS – Level Of Service): representa a QUALIDADE e as CONDIÇÕES de SERVIÇO uma ou mais atividades. OPERAÇÕES EM AEROPORTOS NÍVEL DE SERVIÇO (LOS – Level Of Service): A expressão da qualidade percebida pelo pax quando em um terminal aeroportuário Fonte: Müller e Gosling, 1991 2 10/02/2014 OPERAÇÕES EM AEROPORTOS NÍVEL DE SERVIÇO importância: Relacionado com a “imagem” do aeroporto Ajudar atrair novas empresas e clientes Vantagem competitiva Questões privatização de aeroportos Maximizar satisfação do passageiro Indicador de desempenho Fonte: Andreatta et al (2007) e Correia (2005) OPERAÇÕES EM AEROPORTOS Processo: Qualidade_Aeroporto A qualidade total aeroporto soma de processos individuais Interação: Companhias aéreas Administradores aeroportuários Agências reguladoras Empresas terceirizadas… As partes envolvidas: definir LOS (acordo) + planos de ação para melhoria da qualidade Fonte: Revista Passenger Terminal (2008) 3 10/02/2014 OPERAÇÕES EM AEROPORTOS NÍVEL DE SERVIÇO Avaliar e propor estratégias desempenho de um TPS considerar diferentes tipo de clientes/usuários: passageiros, Idéias próprias e companhias aéreas, ≠ ponto de vista: operadores aeroportuários, conforto, custos, agências do governo, conveniências, empregados do aeroporto, etc comunidade vizinha. Foco cliente chave avaliar a capacidade e LOS de um TPS e componentes lado terra Fonte: Lemer (1992) OPERAÇÕES EM AEROPORTOS O TPS é parte de complexo aeroportuário que o pax tem maior contato direto. A maioria termos de das percepções conforto, em eficiência, segurança dos passageiros em relação ao aeroporto “depende” do TPS. 4 10/02/2014 OPERAÇÕES EM AEROPORTOS Nível de serviço análise de diversos indicadores: tempo espera, tempo de processamento, distância caminhada, aglomeração de pessoas, disponibilidade de áreas ou atividades… OPERAÇÕES EM AEROPORTOS IATA (International Air Transport Association): 10 mais importantes fatores ponto de vista dos passageiros (1) facilidade de acesso ao aeroporto (2) curtas distâncias (caminhadas) (3) arquitetura atrativa (4) filas curtas (5) partida da aeronave conforme o previsto (6) rápida entrega de bagagens (7) sinalização clara (8) variedade de serviços (9) atrativos lounges de embarque (próximos aos gates) (10) estabelecimentos com moderados preços de alimentação 5 10/02/2014 OPERAÇÕES EM AEROPORTOS … os passageiros esperam encontrar … informação atratividade eficiência nos serviços ambiente agradável conforto segurança minimizar atrasos etc… OPERAÇÕES EM AEROPORTOS Nível de Serviço ruim passageiros = stress! onde ir? desorientação etc,etc,etc acesso ao aeroporto STRESS desconforto insegurança filas falta de espaço Fonte: www.arc-airports.com (adaptado) 6 10/02/2014 OPERAÇÕES EM AEROPORTOS Nível de Serviço ruim ex: fila no check-in: Atraso de voos e insatisfação do passageiro Sistema de fila excedendo a capacidade! Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL16727-5598,00.html OPERAÇÕES EM AEROPORTOS NÍVEL DE SERVIÇO VS. IMAGEM DO AEROPORTO 7 10/02/2014 OPERAÇÕES EM AEROPORTOS NÍVEL DE SERVIÇO VS. IMAGEM DO AEROPORTO OPERAÇÕES EM AEROPORTOS NÍVEL DE SERVIÇO VS. IMAGEM DO AEROPORTO 8 10/02/2014 OPERAÇÕES EM AEROPORTOS LOS (Level of Service): LOS Oferecido variáveis QUANTITATIVAS medidas de desempenho. LOS Percebido variáveis QUALITATIVAS percepção do PAX. OPERAÇÕES EM AEROPORTOS Nível de Serviço: oferecido aos passageiros diretamente afetado pela demanda. passageiros rapidez e conforto oferecido no processo desde o meio-fio até a aeronave e vice-versa. analisar variáveis e identificar se gargalos (locais específicos: problemas na operação, congestionamento) Fonte: Revista Passenger Terminal (2008) 9 10/02/2014 OPERAÇÕES EM AEROPORTOS Classificação Nível de Serviço IATA: A EXECELENTE Fluxo livre, sem atrasos, excelente nível de conforto B MUITO BOM Fluxo estável, poucos atrasos, alto nível de conforto C BOM Fluxo estável, atrasos aceitáveis, bom nível de conforto D ADEQUADO Fluxo instável, atrasos aceitáveis para curto período de tempo, adequado nível de conforto E INADEQUADO Fluxo instável, atrasos inaceitáveis, inadequado nível de serviço F INACEITÁVEL Fluxo congestionado, atrasos inaceitáveis, inaceitável nível de conforto Fonte: IATA (1995) OPERAÇÕES EM AEROPORTOS Fonte: www.airlinequality.com Curiosidade: Pesquisa Sky Trax (2013) Aeroporto de Singapura: melhor aeroporto do mundo 40 critérios analisados Skytrax empresa de consultoria especializada em pesquisas de qualidade foram avaliados mais de 40 critérios inclusive qualidade de manuseio e de serviços, cortesia das equipes, eficiência, compras e opções de lazer e facilidades de trânsito. 10 10/02/2014 OPERAÇÕES EM AEROPORTOS Legenda: (utilização do componente) vermelho = acima 100%, verde = abaixo do 100% OPERAÇÕES EM AEROPORTOS PAX “cliente chave” avaliar a capacidade e o NS oferecido nos componentes TPS (Fonte: Martel e Seneviratne, 1991 e Lemer, 1992) Comportamento + questões psicológicas do PAX afetar: percepção de espaço e de tempo (Fonte: IATA, 1995) Serviços: TPS oferecidos para diversos tipos de PAX ex: pax negócios e pax lazer (percepção NS diferenciada) distintos padrões de NS dependendo da natureza e da intenção da viagem (Fonte: Humphreys et al, 2002). 11 10/02/2014 OPERAÇÕES EM AEROPORTOS Literatura prática de aplicação: entrevistas e questionários avaliar LoS: sob a perspectiva dos usuários. * Interação de forma direta entre o pesquisador e o entrevistado (Spoljaric, 1998) * Obter um “feedback” da percepção do pax: variáveis de determinadas áreas do aeroporto (Fayez et al, 2008) Técnicas de pesquisa: (Park, 1999) métodos diretos: observação in loco, registros fotográficos, monitoramento, questionários e entrevistas métodos indiretos: questionários via telefone, correspondências e análise de documentos OPERAÇÕES EM AEROPORTOS Recomendações LOS Associação/Comissão Ano Manual (Escopo) ICAA (International Civil Airport Association) 1979 Apresenta índices de LoS relacionados com o m² por ocupante para os seguintes componentes: check-in, áreas de espera, sala de pré-embarque e inspeção no desembarque internacional. FAA (Federal Aviation Administration) 1988 Apresenta recomendações para planejamento e projeto de componentes do TPS. Providencia um guia para a aplicação de espaço por componente do TPS para acomodar operações domésticas de aeroportos dos EUA. IATA (International Air Transportation Association) 1995 e 2004 Propõe medidas de de nível de serviço – do nível A (excelente LoS) ao nível F (inaceitável LoS). Tais recomendações são indicadas para aeroportos com alta demanda de tráfego. INFRAERO 1988 Utiliza um método para dimensionamento do TPS o qual baseia-se em equações e o nível de serviço é classificado de “1” a “4”. ACI (Airports Council International) 2000 Manual focado no processo e fluxo de pax incluindo informações sobre a certificação de qualidade ISO e suas aplicações em aeroportos. Menciona que a prática de investigar LoS, em relação ao tempo e espaço, tem sido amplamente utilizada em aeroportos. ACCC (Australian Competition and Consumer Commission) 2008 Guia de monitoramento da qualidade do serviço em aeroportos. Indica que a redução na qualidade pode causar congestionamento/atrasos no TPS, gerando maiores tempos de espera/processamento. 12 10/02/2014 OPERAÇÕES EM AEROPORTOS Guias e Manuais Existentes Aeroportos podem ser classificados processamento, configuração, dimensão, movimento de pax e aeronaves, perfil de pax, sistemas de circulação, tecnologias… atividades dinâmicas e características próprias guias e manuais desenvolvidos/direcionados todos os aeroportos devem adaptados para a situação real de cada aeroporto Fonte: Fayez et al, 2008 OPERAÇÕES EM AEROPORTOS Padrão IATA (1995) Fonte: Prof. Richard de Neufville - MIT 13 10/02/2014 OPERAÇÕES EM AEROPORTOS Padrão IATA (1995 e 2004): Espera/Circulação Fonte: Prof. Richard de Neufville - MIT OPERAÇÕES EM AEROPORTOS Padrão IATA (1995 e 2004): Restituição de Bag Fonte: Prof. Richard de Neufville - MIT 14 10/02/2014 OPERAÇÕES EM AEROPORTOS Padrão IATA (1995 e 2004): Check-in Fonte: Prof. Richard de Neufville - MIT OPERAÇÕES EM AEROPORTOS Para compreender melhor padrão de ESPAÇO incorporar o conceito de TEMPO DE ESPERA O tempo de espera é importante pois indica a rapidez que um espaço pode ser reocupado por outro “lote” de pax. Fonte: Airport Systems 15 10/02/2014 OPERAÇÕES EM AEROPORTOS Se 1.000 pax/hora pico tem que esperar por uma hora na sala de embarque então este espaço poderia ser dimensionado para acomodar estas 1.000 pessoas. Entretanto se operador sabe que, na média, os pax esperam somente 30 minutos tempo de espera diminui pela metade a quantidade de espaço necessário também diminui. ESPAÇO E TEMPO DE ESPERA DIRETAMENTE PROPORCIONAIS Fonte: Airport Systems OPERAÇÕES EM AEROPORTOS Índice de Serviço Analisa em conjunto tempo de espera e espaço disponível IOS = A/(AP*WT) A área total disponível (m2), AP nro de pax na hora pico WT tempo médio de espera (hora) Ex a área ao redor de uma esteira é de 105 m2, o nro de pax que chegam às esteiras, durante a hora de pico é de 630, e o tempo médio de espera é de 0,11 horas. IOS? LOS? Resp IOS = 1.51 (m2 por pax), o que correspondente ao padrão nível de serviço “D” (IATA). 16 10/02/2014 OPERAÇÕES EM AEROPORTOS Ex: Padrões IATA – LoS (m²/pessoa) Filas – áreas de check-in (IATA 1995) 1,8 1,6 1,4 1,2 1,0 Espera/circulação (IATA 1995) 2,7 2,3 1,9 1,5 1,0 Restituição bagagem (IATA 1995) 2,0 1,8 1,6 1,4 1,2 (IATA 2004) 2,6 2,0 1,7 1,3 1,0 colapso! Fonte: IATA _International Air Transport Association (1995) OPERAÇÕES EM AEROPORTOS Se existem informações sobre tempo de espera cuidar para utilizar corretamente as referências da IATA Fonte: Airport Systems 17 10/02/2014 OPERAÇÕES EM AEROPORTOS Exemplo: Espaço para controle de passaporte 2.000 pax/hora pico (naturalmente, estes pax não chegam todos de uma vez, eles são dissipados no espaço à medida que anvs chegam e inicia o desembarque) Meta do operador: Pax não pode esperar mais que 20 min na fila Qual espaço deve ser disponibilizado para fila em frente às cabines controle de passaporte? Fonte: Airport Systems OPERAÇÕES EM AEROPORTOS 2.000 pax/hora pico Tempo espera máx: 20 min na fila Operador deseja mínimo padrão LOS = C Segundo padrão IATA LOS C para área de inspeção = 1,0 m²/pax Logo poderia fazer 1,0 m²/pax * 2.000 pax/hora pico = 2.000 m² Esta resposta está incorreta pois não considerou o tempo de espera! Fonte: Airport Systems 18 10/02/2014 OPERAÇÕES EM AEROPORTOS 2.000 pax/hora pico Tempo espera máx: 20 min na fila Operador deseja mínimo padrão LOS = C = 1,0 m²/pax A resposta correta: Área = Pax/hora * Padrão espaço m²/pessoa * Tempo de espera Área = 2.000 pax/h * 1,0 m²/pax * 1/3 hora Área = 667 m² Na resposta anterior seriam construídos 1.333 m² desnecessários Fonte: Airport Systems OPERAÇÕES EM AEROPORTOS Importante Operador do aeroporto habilidade para gerenciar TEMPO e ESPAÇO De que forma? Check-in autoatendimento (diminuir espaço de balcões tradicionais) Acelerar embarque na anv (diminuir sala de embarque) Agilizar atendimento Compartilhamento de facilidades... 19 10/02/2014 OPERAÇÕES EM AEROPORTOS Imagem do aeroporto depende indicadores LOS limpeza, aparência, conveniência serviços oferecidos, estética, pontualidade… Esforço POSITIVO + RESPONSÁVEL + PROFISSIONAL comunicação público x políticos locais x aeroportos x outros profissionais… OPERAÇÕES EM AEROPORTOS LOS a ser oferecido depende dos objetivos do operador aeroportuário mais espaço = mais custo de construção (operação e manutenção) COMO BALANCEAR EFICIÊNCIA ECONÔMICA (menos espaço) E QUALIDADE DE SERVIÇO (mais espaço)? operadores aeroportuários diferem significativamente nesse sentido Fonte: Airport Systems 20 10/02/2014 OPERAÇÕES EM AEROPORTOS Aeroporto Singapura foco no alto padrão de LOS fazer da cidade uma localização privilegiada para negócios e turismo. Aeroporto de Luton (Londres) foca no tráfego charter e cias aéreas de baixa tarifa prefere oferecer padrão de LOS inferior. Aéroports de Paris possui diferentes padrões de LOS para charter e Air France. Mas a maioria dos operadores não possuem metas de padrões de LOS. Fonte: Airport Systems OPERAÇÕES EM AEROPORTOS Aeroportos Dinâmicos tendências/mudanças políticas, sociais, ambientais, tecnológicas ex: privatização, ambiente sustentável, A380, etc monitorar LOS constantemente satisfação do cliente 21 10/02/2014 obrigada pela atenção [email protected] 22