Rastreamento para clamídia e estreptococo do grupo B: está

Transcrição

Rastreamento para clamídia e estreptococo do grupo B: está
Rastreamento para clamídia e
estreptococo do grupo B: está indicado?
Profª Filomena Aste Silveira
Médica do IG – UFRJ
Mestre em ginecologia - UFRJ
Profª.Faculdade de Medicina de Valença
Ciclo biológico
clamidia
 BACTÉRIAS gram negativas
 Corpo reticular

corpo elementar
 Variante de DST
 Carater ascendente
Clamídia Tracomatis
 É a DST mais comum nos EUA
 5 A 15% de todas as gestantes são infectadas.
 O rastreio é recomendado para todas as
mulheres durante a gravidez.
Jovens abaixo de 25 anos, repetir no terceiro
trimestre.
 NAAT – TESTE DE AMPLIFICAÇÃO ACIDO NUCLEICO
 PODE SER EFETUADO NA URINA, SWAB VAGINAL E
VULVAR)
 PCR
 APÓS 3 SEMANAS DE TRATAMENTO, REPETIR O TESTE.
 TRATAMENTO
 AZITROMICINA 1G – DOSE ÚNICA
 AZITROMICINA É UM TRATAMENTO EFETIVO – NIVEL
DE EVIDENCIA B

Screening and Treatment for Sexually Transmitted infections in Pregnancy.
Clamídia- intercorrências maternas
 Parto prematuro
 Endometrite pós parto
 No RN
 Conjuntivite neo natal
 (5 a 12 dias após parto) – 30%
 Pneumonia por clamidia ( 1 a 3 meses de idade)
Será que existe uma razão para maior
acometimento da adolescente?

colo favorável
 Zona de transformação
 Tecido glandular
Menor resistência
Propício a ação de vírus
e bactérias
NECESSIDADE DE RE-AVALIAÇÃO
DOS CASOS DE CLAMIDIA e outras DST, APÓS 3
MESES DO TRATAMENTO PELA OCORRÊNCIA DE
NOVAS INFECÇÕES.
( 10 A 20%, SENDO QUE 67% ASSINTOMÁTICAS)
CONCLUSIONS: Men and women who receive
diagnoses of C. trachomatis, N. gonorrhoeae, or T.
vaginalis infections should return in 3 months for
rescreening because they are at high risk for new
asymptomatic sexually transmitted infections.
Although single-dose therapy may adequately treat
the infection, it often does not adequately treat the
patient.
High incidence of new sexually transmitted infections in the
year following a sexually transmitted infection: a case for
rescreening. Ann Intern Med. 2006 Oct 17;145(8):564-72
Peterman TA & cols.
Centers for Disease Control and Prevention
GESTANTE
ENDOMETRITE
PÓS ABORTO
PREMATURIDADE
CIUR,PIG
ENDOMETRITE
PÓS ABORTO
ÓBITO FETAL?
INFECÇÃO FETAL
CONJUNTIVITE
PNEUMONIA
INFECÇÃO VAGINAL X PARTO PREMATURO (Fisiopatologia)
(endotoxinas)
Enzimas
Proteolíticas
BACTÉRIAS
Mucidase-sialidase
Ação nas membranas amnióticas
Monócitos
e
Macrófagos
Fosfolipídeos
e
Citocinas
Prostaglandinas
THE ROLE OF CREENING AND SYSTEMATIC
TREATMENT OF VAGINAL INFECTIONS TO
PREVENT PRETERM BIRTH – OUT- 2009
Ricardo Ney
Oliveira Cobucci
 Revisão sistemática
 Objetivo do trabalho – demonstrar o valor do






rastreamento e o tratamento das infecções vaginais
na gravidez.
Bases de dados
GOOGLE SCHOLAR
MEDLINE
PUBMED
SCIELO-LILACS
CENTRAL COCHRANE
 RASTREAMENTO PCR
Ane Katherine
CONCLUSÃO - CLAMÍDIA
 Riggs e Klebanoff – metanálise
 16 ensaios clínicos foram incluídos na pesquisa
 Apenas 2 estudos avaliaram a eficácia da prevenção de
parto pré termo
 Estudo – 414 pacientes
 Pesquisaram rastreamento e tratamento
 Não houve redução da ocorrência de prematuridade
 Ensaio clínico 2470 gestantes , comparou tratadas com
azitromicina com as tratadas com placebo.
 Não houve redução de partos antes de 37 semanas.
CONCLUSÃO
 Não
há diminuição de partos
prematuros mediante rastreio de
clamidia durante a gestação.
 Considerando a praticidade do tratamento , diante
de adolescentes que apresentem ao exame especular
cervicite purulenta o tratamento empírico deverá ser
considerado ?
 DISCUSSÃO
 SE, PODEMOS prevenir complicações puerperais e
no recém nato porque não tratar?
Estreptococo do grupo B
 É uma bactéria diplococo gram positiva B
hemolítica- oportunista
 Coloniza trato gastrointestinal
 Trato genital
 Colonização transitória
 Colonização permanente
Trato urinário
colonização materna no
momento do parto
Sepse neo natal
Bactéria no trato genital ascende  contamina o
liquido amniótico  feto aspira liquido contaminado 
pneumonia corrente sanguínea sepse nas primeiras
horas de vida.
Meningite - osteomielite
RELEVÂNCIA MÉDICO-LEGAL DA INFECÇÃO
CAUSADA POR Streptococcus agalactiae
EM GRÁVIDAS E RECÉM-NASCIDOS
Tese de mestrado - ÂNGELA FILIPA VALÉRIO FERNANDES
Colonizaçãoda
da
Colonização
mulhergrávida
grávida
mulher
Infecção
ascendente
placenta e útero
Pneumonia
Bacteriemia e
sepse
Estágios da Infecção neo natal
Meningite e Injúria
Cerebral
Principal fator de risco para sepse
neonatal
 Mães portadoras – 50% dos recém nascidos apresentam






colonização, destes 2% terão sepse neo natal.
Prevalência 20% - 2 casos para 1000 nascidos vivos, na
ausência de intervenção profilática
NÃO ESTÁ IMPLEMENTADA A VIGILÂNCIA DE CASOS
DE SEPSE NEONATAL NO PAÍS, NEM EXISTEM
DADOS POPULACIONAIS QUE NOS PERMITAM
CONFIRMAR ESTA INCIDÊNCIA
Como efetuar a prevenção?
Rastreio no terceiro trimestre – entre a 35ª e a 37ª semana.
(não é norma em muitos serviços)
Não existe diferença ente as idades
ÂNGELA FILIPA VALÉRIO FERNANDES
Dissertação de Mestrado - 2010
COMO É REALIZADA A COLETA DE
MATERIAL PARA RASTREIO?
 CULTURA DE MATERIAL VAGINO RETAL
COLETADO COM SWAB
 NÃO É NECESSARIO COLOCAR ESPÉCULO
 VAGINA INFERIOR
 RETAL – ALTURA DO ESFINCTER
QUANDO REALIZAR A PROFILAXIA
 CULTURA POSITIVA
 Só realizar a profilaxia NO MOMENTO DO
PARTO. ( a colonização é transitória).
 SE O PARTO FOR CESÁREO NÃO ESTÁ
INDICADA A PROFILAXIA
 NA PRESENÇA DE FATORES DE RISCO,
TRATAR OBRIGATORIAMENTE NO
PERÍODO DA INTERNAÇÃO
FATORES DE RISCO?




Relato de infante com estreptococia no parto anterior.
Bacteriúria por GBS na gravidez atual
Parto com idade gestacional inferior a 37 semanas
Paciente com rotura das membranas igual ou maior que
18 horas
 Temperatura intra parto igual ou maior que 38 °C.
 Partos anteriores à 35 semanas- efetuar a profilaxia.
 Cultura negativa, mesmo com fator de risco, não se
recomenda profilaxia.
 Cesáreas eletivas ( sem trabalho de parto, sem rotura de
membranas) não se recomenda profilaxia, mesmo com
cultura positiva.
COMO EFETUAR A PROFILAXIA
 ANTIBIÓTICO DE ELEIÇÃO É A PENICILINA G
EV- 5 milhóes de unidades . ( ataque)
 2,5 milhões de 4/4 horas.
 PORÉM PODEMOS TER OUTRAS ALTERNATIVAS
 Ampicilina 2 gramas ( ataque)
 1 grama de 4 ⁄ 4 horas
 Até o parto.
 Alergica a penicilina – cefazolina – 2 gramas, depois
1g de 8/8 horas ATÉ O NASCIMENTO.
QUESTIONAMENTOS
 O rastreio deverá ser efetuado em todas as mulheres
entre a 35ª e a 37ª semanas de gestação.?
 Efetuar profilaxia se a cultura for positiva e/ ou se
houver Fatores de risco ?
 É uma recomendação, porém .. Pela dificuldade na
realização da cultura específica, para estreptococo, em
muitos serviços apenas os fatores de risco são considerados
para a profilaxia.
 É necessário discussão trans-disciplinar que inclua
obstetras, neonatologistas, patologistas clínicos e gerentes
de saúde
 No ano passado, tivemos 2 mortes por sepse neonatal,
atribuida a estreptococia . No nosso serviço há rastreio.
Na atualidade
 Não podemos ser ignorantes
 Temos que conhecer para melhor tratar as nossas
pacientes.
 A IMPLEMENTAÇÃO DA PROFILAXIA POR
FATORES DE RISCO É UM PASSO NECESSÁRIO.
 ESTAMOS AINDA NO PRIMEIRO TEMPO DESSE
JOGO, PORÉM, ENTENDEMOS QUE A BOLA
ESTÁ NOS PÉS DOS OBSTETRAS.
1 - Comparison of culture and 2 real-time polymerase chain reaction assays to detect group B Streptococcus during
antepartum screening
Jennifer S. Goodricha, Melissa B. Miller a,b
a
Department of Pathology and Laboratory Medicine, University of North Carolina Hospitals, Chapel Hill, NC 27599, USA
b
Department of Pathology and Laboratory Medicine, University of North Carolina School of Medicine, Campus Box 7525, Chapel Hill,
NC 27599, USA
Received 12 February 2007; accepted 26 March 2007
2 - Maternal anxiety about prenatal screening for group B streptococcus disease and impact of positive colonization results
P.J. Cheng *, S.W. Shaw, P.Y. Lin, S.Y. Huang, Y.K. Soong
Department of Obstetrics and Gynecology, Chang Gung Memorial Hospital, Taipei, Taiwan, ROC
Received 28 February 2005; received in revised form 21 November 2005; accepted 29 December 2005
3 - Bilan bacte´ riologique de six ans de de´ pistage du streptocoque de groupe B (SGB) au cours du dernier trimestre de la
grossesse
Evaluation of 6 years of group B streptococcus (GBS) screening in near-term pregnant women
P. Honderlick *, J. Gravisse, P. Cahen, D. Vignon
Service de microbiologie, hoˆpital Foch, 40, rue Worth, 92151 Suresnes, France
4 - Prevalência de infecção por HIV, HTLV, VHB e de sífilis e clamídia em gestantes numa unidade de saúde terciária na
Amazônia ocidental brasileira
Prevalence of infection for HIV, HTLV, HBV and of syphilis and chlamydia in pregnant women in a tertiary health unit in the western
Brazilian Amazon region
5 - Prevalência da infecção por clamídia e gonococo em gestantes de seis cidades brasileiras
Prevalence of Chlamydia and Neisseria gonorrhoeae infections in pregnant women in six Brazilian cities
6 - Infecção por Chlamydia trachomatise Neisseria gonorrhoeae em mulheres atendidas em serviço de planejamento
familiar
Chlamydia trachomatis and Neisseria gonorrhoeae among women in a family planning clinic
7 - The Changing Face of Early-onset Neonatal Sepsis After the Implementation of a Maternal Group B Streptococcus
Screening and Intrapartum Prophylaxis PolicydA Study in One Medical Center
Chia-Ying Lin a, Chyong-Hsin Hsu a,*, Fu-Yuan Huang b, Jui-Hsing Chang a,Han-Yang Hung a, Hsin-An Kao a, Chun-Chih Peng a, WaiTim Jim a, Hsin Chi b, Nan-Chang Chiu b, Tung-Yao Chang c,d, Chen-Yu Chen c, Chie-Pein Chen c
Received Jan 19, 2009; received in revised form Jun 7, 2010; accepted Jun 14, 2010
8 - Evaluation of CHROMagar™ StrepB agar, an aerobic chromogenic medium for prepartum vaginal/rectal Group B
Streptococcus screening
Didier-Marc Poisson a, Marie-Liesse Evrard b, Claire Freneaux a, Marie-isabelle Vivès b, Louis Mesnard b
[email protected]
9 - Évaluation du nouveau milieu chromogène StrepB SelectTM pour le dépistage anténatal des streptocoques du groupe B
chez la femme enceinte
Evaluation of the new chromogenic medium StrepB SelectTM for screening of group B Streptococcus in pregnant women
A. Tazi a,b,c, A. Doloy a,b,c, H. Réglier-Poupet a,b,c, M.-E. Hemet b, J. Raymond a,b, C. Poyart a,b,c,*
10 - Intrauterine fetal death at term resulting from a sudden deceleration road traffic accident
M. Hamza, J. Hollingworth, A. El-Ammas. Obstetrics and Gynaecology departmen, Queens Hospital, Burton-on-Trent, UK
11 - Isolation and screening of fungal species isolated from Brazilian cerrado soil for antibacterial activity against
Escherichia coli, Staphylococcus aureus, Salmonella typhimurium, Streptococcus pyogenes and Listeria monocytogenes
Identification de quelques espèces fongiques isolées du sol du cerrado brésilien et criblage de leur activité antibactérienne
contre Escherichia coli, Staphylococcus aureus, Salmonella typhimurium, Streptococcus pyogenes et Listeria
monocytogenes
J.A. Takahashi a,*, M.C. Monteiro de Castro a, G.G. Souza a, E.M.F. Lucas a, A.A.P. Bracarense a, L.M. Abreu a, I.E. Marriel b, M.S.
Oliveira a, M.B. Floreano a, T.S. Oliveira a
12 - O papel do rastreamento e tratamento sistemático das infecções vaginais na prevenção do parto pré-termo
Ricardo Ney Oliveira Cobucci1, Maria da Conceição de Mesquita Cornetta2, Ana Katherine da Silveira Gonçalves3
13 - Chlamydia screening in at-risk adolescent females: An evaluation of screening practices and modifiable screening
correlates
Jennifer B. McClure, Ph.D.a,*, Delia Scholes, Ph.D.a, Lou Grothaus, M.S.a, Paul Fishman, Ph.D.a, Robert Reid, M.D., Ph.D.a,b, Jeffrey
Lindenbaum, M.D.c, and
Robert S. Thompson, M.D.a,b
14 - Assessing the impact of state insurance policies on Chlamydia screening: A panel data analysis
Kwame Owusu-Edusei Jr. ∗, Thomas L. Gift
15 - A German Chlamydia trachomatis screening program employing semi-automated real-time PCR: results and
perspectives
B¨ohma, *, A. Gr¨oninga, B. Sommera, H.-W. M¨ ullera, M. Krawczakb, R. Glaubitzc
16 - Systematic Screening for Chlamydia trachomatis: Estimating Cost-Effectiveness Using Dynamic Modeling and Dutch
Data
Robin de Vries, MSc,1 Jan E.A.M. van Bergen, MD,2 Lolkje T.W. de Jong-van den Berg, PhD, PharmD,1 Maarten J. Postma, PhD,1 for
the PILOT-CT Study Group*
17 - The Chlamydia Cascade: Enhanced STD Prevention Strategies for Adolescents
Catherine Chiaradonna, MS, ARNP, ANP
18 - Modelling the impact of opportunistic screening on the sequelae and public healthcare costs of infection with
Chlamydia trachomatis in Australian women
B. Warda,*, A.J. Rodgerb, T.J. Jacksona
[email protected]