Valor Econômico

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Valor Econômico
20 de julho 2009
Brasil é alvo de resgates pela segunda semana seguida
A maior aversão ao risco em âmbito global que marcou a terceira semana de julho também fez estragos nos fundos
de ações dedicados a mercados emergentes. A categoria voltou a perder recursos na semana encerrada no dia 15 de
julho. As carteiras com foco no Brasil, por exemplo, registraram saques de US$ 229 milhões, elevando o total
perdido em duas semanas para cerca de US$ 500 milhões. Vale notar que os dados não capturaram totalmente
ainda a forte alta registrada na bolsa nos últimos dias. Segundo a EPFR Global, consultoria que acompanha a
movimentação global de fundos, os investidores continuaram questionando a retomada de demanda no segmento
de commodities, o que também se traduziu na retirada de US$ 112 milhões dos fundos voltados para a Rússia.
Entre as quatro grandes categorias de emergentes, os fundos de ações da Ásia (sem Japão) foram os únicos a
registrar entrada de dinheiro durante a semana encerrada dia 15 de julho.
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Conselho Executivo do FMI aprova US$ 250 bi para impulsionar liquidez
O Conselho Executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI) apoiou a alocação de Direitos Especiais de Saque
(DES) - Special Drawing Rights (SDRs) equivalente a US$ 250 bilhões para fornecer liquidez ao sistema
econômico global por meio da suplementação das reservas internacionais dos 186 países integrantes do
organismo.Cerca de US$ 100 bilhões da nova alocação vai para países em desenvolvimento e mercados
emergentes, sendo que os países de baixa renda vão receber ao redor de US$ 18 bilhões.A proposta será agora
submetida ao Conselho de Governadores do FMI para aprovação final."A alocação dos SDRs é uma parte essencial
da reação do Fundo à crise global, oferecendo apoio significativo para os membros nesse momento difícil", avaliou
o diretor-gerente do Fundo, Dominique Strauss-Kahn. A destinação dos recursos foi solicitada como parte de um
plano de US$ 1,1 trilhão acertado na reunião do G-20 em Londres em abril, recordou o FMI em nota.
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Brasil permitirá ao Paraguai vender energia de Itaipu, confirma Amorim
BRASÍLIA - O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, confirmou que o governo brasileiro aceita que
o Paraguai venda no mercado livre do Brasil parte da energia a que tem direito de Itaipu. No encontro entre os
presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Lugo, no fim desta semana, será discutida a proposta brasileira,
que estabelece os critérios para aceitar a demanda paraguaia. " Precisamos encontrar um modelo, há uma
preocupação natural com a gradualidade, não pode ser de um dia para o outro " , comentou Amorim. Hoje, o
Paraguai, que tem direito ao uso de metade da energia de Itaipu, é obrigado a vender a parcela que não usa à
Eletrobrás por um preço fixo. Uma das principais reivindicações do governo de Lugo é a possibilidade de vender
no mercado livre, mais caro, a energia excedente - o que aumentaria o custo da energia fornecida no Brasil. Até a
semana passada, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, descartava a possibilidade de autorizar a venda da
energia de Itaipu no mercado livre, alegando que isso exigiria a revisão do tratado de constituição da usina
binacional, algo considerado tabu pelo governo brasileiro.
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Presidente deposto em Honduras diz que vai voltar ao país
SÃO PAULO - O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, anunciou no fim de semana que irá voltar ao
país e pediu à comunidade internacional medidas mais rígidas contra o presidente interino, Roberto Micheletti. Na
embaixada de Honduras na Nicarágua, onde está exilado, Zelaya afirmou que os diálogos liderados pela Costa Rica
para resolver os conflitos no país "estão encerrados". Ele pretende voltar a Honduras no próximo fim de semana.
"Estarei em Honduras e vou fazer tudo o que for necessário", afirmou, anunciando que fará uma insurreição.
"Ninguém pode me impedir. Eu sou hondurenho. Este é meu direito", completou. A reunião para o diálogo entre os
dois representantes foi suspensa no domingo, depois que as delegações de Zelaya e as de Micheletti se negaram a
entrar em um acordo. O presidente da Costa Rica, Oscar Arias, mediador, pediu mais três dias para que ambas
partes apresentem um acordo, em um esforço para evitar uma guerra civil.
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Carros brasileiros perdem espaço no cenário externo
Há dez anos, a indústria automobilística desfilava no topo da relação dos maiores exportadores do país. À época, as
quatro veteranas ocupavam lugar de destaque entre os dez primeiros colocados - Fiat no quarto lugar, Ford, no
sétimo, Volkswagen no oitavo e General Motors no décimo. Hoje apenas a Volks ainda segura um espaço nessa
lista. As demais caíram para posições próximas do trigésimo lugar. De maneira súbita, os carros brasileiros
começaram a desaparecer das ruas de outros países, um cenário com o qual os próprios executivos das montadoras
parecem ainda desabituados. Nos escritórios da poderosa indústria automobilística ainda parece um pouco estranho
deixar de lado o antigo orgulho de puxar o resultado positivo da balança comercial brasileira. Exportação é hoje
um tema que desanima o setor. E a falta de perspectivas de mudança do quadro faz com que a maioria dos
executivos sequer queira falar a respeito. O ápice do enfraquecimento das vendas externas surgiu da combinação
da valorização do real com a crise nas economias dos principais destinos dos veículos brasileiros. O volume
acumulado no semestre diminuiu quase 48% na comparação com os seis primeiros meses de 2008. Dependendo do
mercado e do fabricante, a retração foi até maior.
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Israel rejeita pedido dos EUA
O premiê de Israel, Benyamin Netanyahu (foto), rejeitou ontem um pedido dos EUA para que fosse interrompida a
construção de casas em Jerusalém Oriental, reivindicada pelos palestinos. Ele disse que não receberia ordens em
relação aos assentamentos judaicos. A decisão deve reduzir ainda mais a chance de algum plano de paz na região e
deve causar um novo atrito nas relações entre Washington e Tel Aviv, que estão no seu pior momento em mais de
uma década. "Não podemos aceitar a ideia de que judeus não possam ter o direito de viver e comprar [casas] em
qualquer lugar de Jerusalém", disse Netanyahu. Os palestinos reivindicam Jerusalém Oriental como capital de seu
futuro Estado, o que Israel rejeita. O governo Barack Obama deixou a política de seu antecessor, George W. Bush,
de apoio incondicional a Israel e vem pressionando Tel Aviv por medidas que ajudem o diálogo.
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Petroleiras chinesas fazem negócio em Angola
As petroleiras chinesas CNOOC e Sinopec acertaram a compra, por US$ 1,3 bilhão, de uma participação de 20%
num campo de petróleo na costa de Angola que pertencia à americana Marathon. Com isso, a China dá
prosseguimento ao seu esforço para adquirir ativos de energia e mineração no exterior. As duas empresas chinesas
de petróleo vão formar uma joint-venture a 50-50 para comprar a participação na área conhecida como bloco 32,
onde já houve 12 descobertas. A Marathon continuará com uma participação de 10%. Companhias chinesas têm
gradualmente adquirido fontes de commodities, que serão necessárias para garantir o crescimento econômico do
país. A Sinopec recentemente avançou na crescente fronteira de petróleo no Curdistão iraquiano, ao comprar por
US$ 7,2 bilhões a Addax Petroleum, uma empresa de petróleo privada com sede no Canadá.
Para
governo
argentino,
só
agora
economia
estagnou
A economia argentina é uma das poucas do mundo que têm resistido bravamente à crise financeira internacional
e só em maio passado, parou de crescer. Essa é a versão oficial divulgada pelo Instituto Nacional de Estatísticas e
Censos (Indec). De acordo com o órgão oficial, a estimativa mensal de evolução da atividade econômica (Emae),
indicador que funciona como uma prévia do Produto Interno Bruto, teria atingido zero em maio. Eliminando os
efeitos sazonais, a economia argentina teria crescido 0,1% em relação a abril. Na vida real, o país está
desacelerando desde o fim de 2007, com a alta da inflação. A queda da atividade econômica se aprofundou no
fim de 2008 por causa da crise internacional e mergulhou ainda mais agora, com a epidemia da gripe suína, que
fez na Argentina o maior número de mortos depois dos Estados Unidos. Como em toda parte, empresas
estrangeiras e nacionais estão fechando as portas e o desemprego vem crescendo.
Império de Carlos Slim está na mira dos reguladores mexicanos
O bilionário mexicano Carlos Slim não se tornou o segundo homem mais rico do mundo sendo gentil com seus
rivais. Os concorrentes do setor de telecomunicações do México o acusam de ser um monopolista que vem
mantendo as tarifas de telefonia e internet altas, levantando barreiras a outras operadoras que tentam fincar os pés
no mercado. Tentativas tímidas das autoridades reguladoras para contê-lo falharam ao longo dos anos. Isso pode
estar mudando. Este mês, a comissão antitruste do México decidiu que a Telmex, o ex-monopólio nacional de
telefonia que Slim adquiriu em 1990, é um "concorrente dominante" nas telecomunicações. A decisão é baseada
em cerca de 60 mil páginas de evidências apresentadas por concorrentes, que alegam que a companhia cobra deles
taxas excessivamente altas para encaminhar ligações através de sua rede e usa outras táticas para atrapalhar a
competição.

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