das cerâmicas de produção local de Bracara Augusta

Transcrição

das cerâmicas de produção local de Bracara Augusta
GUIA
das cerâmicas de produção
local de Bracara Augusta
FICHA TÉCNICA
EDIÇÃO
CITCEM (Centro de Investigação Transdisciplinar Cultura, Espaço e Memória).
AUTORIA
Manuela Delgado, Rui Morais, com a colaboração de
Jorge Ribeiro
ILUSTRAÇÕES
Amélia Marques, António Fernando Barbosa, Maria
das Dores Pires, Paula Góis, Felicidade Fátima Ferreira.
FOTOGRAFIAS
MDDS - Manuel Santos
DESIGN e CONCEPÇÃO GRÁFICA
César Figueiredo
IMPRESSÃO
ESAG
ISBN:
978-989-8351-00-5
DEPÓSITO LEGAL:
302303/09
GUIA
das cerâmicas de produção
local de Bracara Augusta
Manuela Delgado
Rui Morais
Colaboração de Jorge Ribeiro
2009
ÍNDICE
Prefácio – Isabel Silva
7
Apresentação – Adília Alarcão
9
Nota prévia
11
1. Cerâmica de tradição indígena
13
2. Cerâmica cinzenta fina polida e cinzenta alto-imperial
21
3. Cerâmica bracarense
25
4. Cerâmica de paredes finas
33
5. Cerâmica pintada
37
6. Cerâmica de engobe vermelho
47
7. Cerâmica de engobe branco
57
8. Cerâmica cinzenta tardia
61
9. Cerâmica comum fina
71
10. Cerâmica comum grosseira
81
11. Cerâmica vidrada
95
12. Ânforas
99
13. Lucernas
103
14. Varia (acessórios de olarias, peças de jogo, produções subsidiárias de outras actividades)
107
15. Materiais de construção (por Jorge Ribeiro)
119
Bibliografia
125
PREFÁCIO
É com muito orgulho, uma grande estima e
uma profunda amizade que escrevo esta breve
nota de apresentação acerca dos autores desta
obra, Manuela Delgado e Rui Morais.
Falar destas duas pessoas a quem me ligam
laços de afecto, admiração pela forma como
escolheram estar na vida e um grande reconhecimento, por tudo o que me têm dado,
quer pessoalmente, quer ao Museu, não me
é fácil e certamente que ficará aquém da
grandeza de carácter da Manuela e do Rui,
e sobretudo da generosidade de que ambos
têm dado provas. Por isso, perdoar-me-ão
que não siga os cânones formais e isentos,
habituais nestas circunstâncias e opte por
evocar os aspectos que ao longo dos muitos
anos de convívio, mais me têm tocado, no
contacto com estas duas personalidades.
Conheci verdadeiramente a Manuela Delgado quando vim trabalhar para o Museu,
e desde logo me fascinou a sua integridade,
enquanto pessoa, e particularmente como
investigadora, faceta da sua personalidade
que sempre se manifestou no extremo rigor
que impõe a si mesma, não hesitando em
se questionar sobre o seu saber. Qualidade
esta, Manuela, que faz de si uma pessoa
muito rara. Mas a sua incomensurável generosidade e o gosto que põe em transmitir
tudo o que sabe, numa incondicional entrega, fazem de si uma referência para várias
gerações, mais jovens, que na Manuela têm
depositado a sua total confiança, e a quem,
incansável, responde dando o melhor de
si, com o mesmo entusiasmo e o exaustivo
rigor, que lhe serve de padrão em tudo o
que tem feito. Quantas vezes a vejo inquieta
| ISABEL SILVA
com as teses e os trabalhos dos inúmeros investigadores, que em si encontram a mestra,
mas sobretudo uma amiga. Este imenso
labor não lhe trouxe a progressão na carreira, que encarou desprendidamente, mas
tem feito de si, uma marca de generosidade,
alguém que nunca mais se esquece.
E muitos a lembrarão para sempre, Manuela, por muitos e variados motivos, desde a
sua generosidade, à sua lealdade para com os
amigos e para com as causas justas, em cuja
defesa sempre pôs um entusiasmo imbatível.
E como sempre a estimularam os problemas,
em vez de a fazerem esmorecer!
Em si encontramos uma ouvinte atenta e
sempre disponível a partilhar problemas e a
cumplicidade na busca de soluções, seja qual
for a sua natureza.
Também não esquecemos as suas gargalhadas francas, perante as pequenas e grandes
coisas, do dia a dia, a forma divertida com
que se ri de si mesmo, por não saber onde
põe os óculos, quando muitas vezes anda
com eles no cimo da cabeça…
O seu nome evocará sempre, em cada um
de nós, uma profusão de sentimentos e
recordações, desde as grandes às pequenas
coisas, muito para além do agora. Uma evocação plena de vida, calorosa, apaixonada,
muito para além de qualquer acto circunstancial, ou de uma qualquer homenagem,
que aliás, nunca quis aceitar.
Ao falar de Rui Morais não posso deixar de
referir alguns traços de carácter que fazem
dele um incansável estudioso, ávido de novos desafios, um trabalhador incessante, um
amigo muito leal, que não hesita em dizer o
que pensa e sente, com toda a frontalidade,
mesmo que incómoda, que não cede ao comentário fácil, dito nas costas de alguém.É
falar da generosidade, com que responde a
um pedido de ajuda, mesmo com sacrifício
pessoal. É reverenciar a sua surpreendente
energia, quando após dias e dias enfiado na
reserva, ( o seu sítio predilecto no Museu
!), a estudar as cerâmicas, renasce com um
brilho nos olhos e o entusiasmo na voz,
para enunciar novas pistas de trabalho, que
febrilmente passa a escrito.
Falar da Manuela e do Rui é evocar a força
da amizade que não obstante todas as diferenças, se tem fortalecido com o tempo e com
a admiração mútuas, é sorrir com as suas
apaixonadas discussões, que podem durar
uma eternidade, para um leigo em matérias
específicas ligadas ao estudo das cerâmicas, e
que só cessam quando ambos esgotam todas
as hipóteses e argumentos e chegam a um
consenso. È falar desse rigor e do entusiasmo
com que ambos gostam de transmitir o que
sabem, sem cedências à facilidade e ao autoconvencimento. É enfim, ler atentamente
esta obra, testemunho do trabalho conjunto,
ao longo de anos, e agradecer-lhes o facto de
os ter como amigos.
Amigos, que importa sublinhar, têm dado
ao Museu e à cidade de Braga, um prestimoso e essencial contributo para o estudo das
colecções decorrentes da investigação arqueológica levada a cabo nesta cidade, ao longo dos
últimos trinta anos. Bem hajam pela presente
obra, da maior importância para o Museu.
7
8
APRESENTAÇÃO
Apresentar esta obra é para mim um prazer.
Porque se trata de um bom instrumento de
trabalho e pela amizade e apreço que me
ligam aos autores.
A criação do Campo Arqueológico de Braga
em 1976, exigiu a rápida constituição de
uma estrutura técnico-científica permanente
de apoio à escavação. Acedendo ao convite
do Director do Campo, Manuela Delgado
tornar-se-ia um elemento-chave da equipa
então formada bem como da reorganização
do Museu D. Diogo de Sousa onde veio a
concentrar-se o apoio logístico ao projecto.
A experiência adquirida em Rabbat e
Conimbriga, no tratamento e estudo das
cerâmicas, marcaram de forma assumida o
trabalho realizado sobre Bracara Augusta
sem, no entanto, impedir o desenvolvimento de uma identidade própria que,
ainda hoje, se reconhece na organização e
tratamento do vastíssimo espólio recolhido
naquele museu e noutros organismos da
região a que presta apoio técnico. É marca
que cobre todo um percurso, da recolha
e triagem à publicação, passando pelo
armazenamento em reserva, ao restauro,
ao desenho e outras formas de registo.
Menos aparente, mas não menos importante, pois é o verdadeiro garante dessa
identidade, foi a generosidade, a humildade científica, o rigor e respeito pelo
contributo de cada um que M. Delgado
imprimiu à equipa.
O trabalho desenvolvido por Rui Morais,
quer a título pessoal, quer em colaboração com o Museu ou com a Unidade de
Arqueologia da Universidade do Minho,
onde exerce a sua actividade docente, tem-se
pautado por iguais valores.
A inclusão de um capítulo, assinado por
Jorge Ribeiro, jovem investigador da
Unidade de Arqueologia, bem como a
menção, na nota prévia, de todos os alunos
que, de algum modo contribuíram para a
realização desta obra, ou ainda a dedicatória a Clara Lobo, incansável obreira
das tarefas que ficam anónimas, todos estes
gestos são sinais de que o mesmo espírito
de equipa se mantém.
Ao livro que se apresenta, os autores chamaram guia. O que significa uma obra simples,
pragmática, destinada a rapidamente orientar quem da matéria nada ou pouco sabe e,
por uma qualquer razão, não se encontra em
condições de sozinho desbravar terreno.
Entre os possíveis interessados, os autores
elegem os alunos e jovens profissionais de
arqueologia como público-alvo, pois foi no
âmbito de um seminário universitário, sobre
materiais arqueológicos, que surgiu a ideia
de organizar esta publicação. Creio, porém,
que ela facilmente atingirá outros destinos.
As produções cerâmicas locais de Bracara
Augusta foram, a partir da década de 1960,
tratadas em diversas publicações, mas
sempre de modo parcelar. O presente guia
oferece, pelo contrário, uma panorâmica
geral e actualizada e nisso reside o principal
aspecto do seu interesse.
De forma sucinta, traça-se a história de cada
uma das categorias presentes e caracterizamse os seus fabricos. Também aqui domina
o pragmatismo, fazendo-se apenas uma
descrição sumária, mas suficiente, das
| ADILIA ALARCÃO
características mais relevantes, complementada por fotografias a cores da superfície e
corte de exemplares bem representativos das
pastas das cerâmicas.
Muito útil é também o mapeamento de
todos os locais de procedência das cerâmicas
inventariadas.
Tratando-se de um guia, não se espere
encontrar uma tipologia para cada categoria
cerâmica. Os objectos são apresentados por
grupos funcionais (pratos, tigelas, púcaros,
potes, frigideiras, lucernas, etc.) e seleccionados pela variação que oferecem de uma
mesma forma. Assim se justifica a inclusão
de pequenos fragmentos a par de peças
inteiras e outras incompletas cujo perfil se
conserva na sua totalidade.
No caso de uma produção imitar uma ou
mais categoria(s) cerâmica(s) de importação, com tipologias bem definidas (caso
das chamadas terra sigillata e paredes
finas, das lucernas ou das ânforas), elas são
sempre indicadas.
Quando uma peça já foi objecto de publicação, dá-se a respectiva referência e uma
bibliografia seleccionada completa este guia.
A opção de remeter todas as fotografias,
mapas e quadros para suporte digital oferece
vantagens óbvias, mas não é demais salientar
o conforto que representa ter um texto
impresso e dispor da ilustração num ecrã,
com toda a interactividade que o computador permite.
9
NOTA PRÉVIA
O trabalho que se apresenta é o corolário de
muitos anos de estudo dos materiais cerâmicos de época romana, proveniente das olarias
de Bracara Augusta, a maioria dos quais
não foi publicada. Muitas das indicações
agora reunidas iam sendo dadas, ora para a
contextualização das escavações, ora para
o estudo concreto das produções. Muitas
vezes tratava-se ainda de fornecer informações sobre as cerâmicas para as integrar nas
vitrinas do Museu ou simplesmente para
elas serem referidas em guias ou roteiros.
Nalguns casos, os autores deste trabalho
foram responsáveis pelo estudo parcial ou
integral de algumas das produções aqui
consideradas, como sejam as cerâmicas
bracarenses, as paredes finas, os engobes
vermelhos não vitrificáveis, as cerâmicas
vidradas e as lucernas. Outras vezes, algumas destas produções foram estudadas em
conjunto. Damos como exemplo as cerâmicas das necrópoles que incluíam, para além
das cerâmicas comuns (finas e grosseiras),
as cerâmicas pintadas, as cinzentas finas
polidas, as ânforas e lucernas, entre outras.
Noutras circunstâncias, algumas produções
foram estudadas no âmbito de teses de
mestrado, caso da cerâmica bracarense por
Felisbela Leite (1997), da cerâmica pintada
por Ana Gomes (2000) ou da cerâmica
cinzenta tardia por Alexandra Gaspar
(2000). Estes estudos foram muito úteis
pelo facto de aí se apresentar, para além das
questões tipológicas e de enquadramento
arqueológico, a análise dos fabricos sob o
ponto de vista da sua constituição química e
mineralógica.
| À CLARA, AMIGA DE SEMPRE
A ideia de fazer um guia das produções locais, surgiu no âmbito do seminário de Materiais Arqueológicos III, leccionado no 1º
Ciclo em Arqueologia na Universidade do
Minho. Para tal tarefa contribuiram alguns
alunos deste seminário. A eles, Emanuel
Longras, Lia Santos, Mário Pimenta, Patrícia
Almeida, Verónica Crista, Alberto Sousa,
Rui Duarte, Hélder Teixeira e Carlos
Barbosa, um agradecimento especial. À Lia
Santos se deve a continuidade desses trabalhos; sem ela não teríamos tido a coragem
de prosseguir neste estudo.
Este guia tem como destinatários os alunos
de arqueologia e jovens arqueólogos que,
nas suas escavações, lidam com uma quantidade ingente de material cerâmico. Se para
os materiais de importação, nos podemos
socorrer de manuais e tipologias consagradas que fazem das cerâmicas autênticos
fósseis directores para datar as escavações,
o mesmo não se pode dizer das produções
locais e/ou regionais. Neste sentido, consideramos que este guia, sem pretender ser
exaustivo na sua análise e sem a preocupação de estudar as produções em si mesmas,
pode ser útil para um melhor enquadramento dos arqueossítios, para datar estratos
e contextos construtivos. Se servir tal tarefa
damo-nos por satisfeitos.
Sem o contributo que ao longo de várias
décadas lhe têm dedicado tantas pessoas,
integradas em escavações ou acompanhamentos de emergência, e sem a dedicação
inexcedível dos funcionários do Museu D.
Diogo de Sousa que, de um modo
empenhado e competente, são responsáveis
pelo tratamento do material, restauro,
desenho e fotografia esta obra não seria
possível. Para todos vai a nossa gratidão.
11
CERÂMICA
DE
TRADIÇÃO
INDÍGENA
1.
CERÂMICA
INDÍGENA
A par das primeiras produções importadas,
maioritariamente representadas por sigillatas e paredes finas itálicas, documentam-se
na cidade de Bracara Augusta, cerâmicas
de fabrico local/regional afins a produções
recolhidas nos povoados da Idade do Ferro
Recente. Estas produções datam de cerca de
16/15 a. C., data da fundação da cidade, até
meados do século I. Do ponto de vista técnico estas produções apresentam uma pasta
arenosa, mas mais depurada e melhor calibrada do que as produções anteriores, com
acabamentos mais elaborados e superfícies
mais cuidadas, frequentemente alisadas ou
polidas. Regra geral têm menor quantidade
de mica, dispersa em palhetas de pequeno
e médio calibre e uma cozedura que pode
considerar-se boa ou razoável. Pela primeira
vez surgem cerâmicas de tons claros,
resultantes de cozeduras oxidantes, de cor
bege, rosada e amarelada. A estas inovações
tecnológicas junta-se um maior repertório
de formas, como as talhas e panelas de
asa em “orelha”. Os temas decorativos,
impressos ou incisos, incluem motivos em
meandro, em cruz, ou espaços delimitados
por simples motivos pontilhados. Por vezes
estas produções apresentam uma decoração
plástica, como o pote recolhido em Braga,
com aplicações em forma de gomos dispostos na vertical (nº 15).
O repertório de formas é variado e de
diferentes dimensões: copos, potes, tigelas,
taças, pratos e talhas. Como seria de esperar,
DE
TRADIÇÃO
os potes são particularmente abundantes a
par de grandes pratos que, na sua maioria,
serviram como frigideiras (como se constata
pela grande quantidade de fuligem que
apresentam na parede externa).
Documentam-se ainda fragmentos de talhas
ou dolia de grandes dimensões que, quando
completos, poderiam atingir mais de um
metro de altura e se destinavam a estar
parcialmente enterrados. No contexto da
cidade cabe destacar um fragmento, com a
marca CAMAL, abreviatura de CAMALUS
(nº 27), um nome conhecido na onomástica
indígena, frequente em dolia e inscrições
lapidares e rupestres nos povoados do
Noroeste Peninsular, com destaque para a
Citânia de Briteiros. Um outro exemplar (nº
26), assinalado com numerais e um grafito
anepígrafo foi encontrado nas proximidades
na cidade, na área hoje correspondente ao
campo de aviação de Palmeira.
Estão ainda documentados na cidade
cossoiros e discos circulares em cerâmica
com dimensões variadas, feitos a partir de
reutilizações de fragmentos de loiça (não
ilustrados). Acrescente-se ainda a presença
de testos de diferentes tamanhos, simples
ou de forma mais ou menos elaborada, com
uma pega central.
13
ESTAMPAS
| CERÂMICA DE TRADIÇÃO INDÍGENA
1|
Categoria: Tradição Indígena
Objecto: Prato
Cronologia: Cerca de 16 a. C. - 50
Proveniência: São Geraldo
N.I.: 1996.0923
Bibliografia: Inédita
8|
Categoria: Tradição Indígena
Objecto: Prato
Cronologia: Idade do Ferro Recente
Proveniência: Estação de Caminhos de Ferro
N.I.: 2003.0597
Bibliografia: Inédita
15 |
Categoria: Tradição Indígena
Objecto: Pote
Cronologia: Cerca de 16 a. C. - 50
Proveniência: São Geraldo
N.I.: 2006.0419
Bibliografia: Inédita
2|
Categoria: Tradição Indígena
Objecto: Prato/ Frigideira
Cronologia: Cerca de 16 a. C. - 50
Proveniência: Cavalariças
N.I.: 2008.0916
Bibliografia: Inédita
9|
Categoria: Tradição Indígena
Objecto: Púcaro
Cronologia: Cerca de 16 a. C. - 50
Proveniência: S. Geraldo
N.I.: 1995.0094
Bibliografia: Inédita
16 |
Categoria: Tradição Indígena
Objecto: Pote
Cronologia: Cerca de 16 a. C. - 50
Proveniência: Cavalariças
N.I.: 2008.0929
Bibliografia: Inédita
3|
Categoria: Tradição Indígena
Objecto: Frigideira
Cronologia: Cerca de 16 a. C. - 50
Proveniência: Cavalariças
N.I.: 2008.0919
Bibliografia: Inédita
10 |
Categoria: Tradição Indígena
Objecto: Púcaro
Cronologia: Cerca de 16 a. C. - 50
Proveniência: Cavalariças
N.I.: 2003.1402
Bibliografia: Inédita
17 |
Categoria: Tradição Indígena
Objecto: Pote
Cronologia: Cerca de 16 a. C. - 50
Proveniência: Cavalariças
N.I.: 2008.0936
Bibliografia: Inédita
4|
Categoria: Tradição Indígena
Objecto: Prato/ Frigideira
Cronologia: Cerca de 16 a. C. - 50
Proveniência: Cavalariças
N.I.: 2008.0932
Bibliografia: Inédita
11 |
Categoria: Tradição Indígena
Objecto: Taça
Cronologia: Cerca de 16 a. C. - 50
Proveniência: Cavalariças
N.I.: 2008.0935
Bibliografia: Inédita
5|
Categoria: Tradição Indígena
Objecto: Taça
Cronologia: Cerca de 16 a. C. - 50
Proveniência: R. D. Gonçalo Pereira
N.I.: 2002.1038
Bibliografia: Inédita
12 |
Categoria: Tradição Indígena
Objecto: Taça
Cronologia: Cerca de 16 a. C. - 50
Proveniência: Cavalariças
N.I.: 2008.0927
Bibliografia: Inédita
6|
Categoria: Tradição Indígena
Objecto: Pote
Cronologia: Cerca de 16 a. C. - 50
Proveniência: Av. Central (Mc Donals)
N.I.: 1995.0774
Bibliografia: Inédita
13 |
Categoria: Tradição Indígena
Objecto: Copo
Cronologia: Idade do Ferro Recente
Proveniência: Estação de Caminhos de Ferro
N.I.: 2003.1501
Bibliografia: Inédita
7|
Categoria: Tradição Indígena
Objecto: Taça
Cronologia: Cerca de 16 a. C. - 50
Proveniência: S. Geraldo
N.I.: 1997.1301
Bibliografia: Inédita
14 |
Categoria: Tradição Indígena
Objecto: Pote
Cronologia: Cerca de 16 a. C. - 50
Proveniência: Cavalariças
N.I.: 2008.0937
Bibliografia: Inédita
14
Escala | 1:4
11
10
1
2
3
12
4
13
5
14
7
6
15
8
9
16
17
15
ESTAMPAS
18 |
Categoria: Tradição Indígena
Objecto: Pote
Cronologia: Cerca de 16 a. C. - 50
Proveniência: Misericórdia
N.I.: 1996.0917
Bibliografia: Morais 2005: I 88, Est. VIII, nº10; II
12, Est. VIII, nº10
19 |
Categoria: Tradição Indígena
Objecto: Pote
Cronologia: Cerca de 16 a. C. - 50
Proveniência: Cavalariças
N.I.: 1992.0890
Bibliografia: Inédita
| CERÂMICA DE TRADIÇÃO INDÍGENA
25 |
Categoria: Tradição Indígena
Objecto: Pote
Cronologia: Idade do Ferro Recente
Proveniência: Estação de Caminhos de Ferro
N.I.: 2003.0353
Bibliografia: Inédita
26 |
Categoria: Tradição Indígena
Objecto: Talha
Cronologia: Idade do Ferro Recente
Proveniência: Palmeira
N.I.: 2002.1957
Bibliografia: Morais 2005: I 88, Est. IX, nº11; II 13,
Est. IX, nº11
20 |
Categoria: Tradição Indígena
Objecto: Pote
Cronologia: Cerca de 16 a. C. - 50
Proveniência: Cavalariças
N.I.: 2008.0931
Bibliografia: Inédita
21 |
Categoria: Tradição Indígena
Objecto: Pote
Cronologia: Cerca de 16 a. C. - 50
Proveniência: Cavalariças
N.I.: 2008.0922
Bibliografia: Inédita
22 |
Categoria: Tradição Indígena
Objecto: Pote
Cronologia: Cerca de 16 a. C. - 50
Proveniência: Cavalariças
N.I.: 2008.0928
Bibliografia: Inédita
23 |
Categoria: Tradição Indígena
Objecto: Pote
Cronologia: Cerca de 16 a. C. - 50
Proveniência: Cavalariças
N.I.: 2008.0926
Bibliografia: Inédita
24 |
Categoria: Tradição Indígena
Objecto: Pote
Cronologia: Cerca de 16 a. C. - 50
Proveniência: Cavalariças
N.I.: 2008.0433
Bibliografia: Inédita
16
Escala | 1:4
20
19
21
22
18
23
24
25
26
17
ESTAMPAS
| CERÂMICA DE TRADIÇÃO INDÍGENA
27 |
Categoria: Tradição Indígena
Objecto: Talha
Cronologia: Cerca de 16 a. C. - 50
Proveniência: Misericórdia
N.I.: 1995.1212
Bibliografia: Morais 2005: I 88, Est. IV, nº1; II 8, Est.
IV, nº1
28 |
Categoria: Tradição Indígena
Objecto: Testo
Cronologia: Cerca de 16 a. C. - 50
Proveniência: Albergue Distrital
N.I.: 1998.1462
Bibliografia: Inédita
29 |
Categoria: Tradição Indígena
Objecto: Testo
Cronologia: Cerca de 16 a. C. - 50
Proveniência: Cavalariças
N.I.: 2008.0930
Bibliografia: Inédita
30 |
Categoria: Tradição Indígena
Objecto: Testo
Cronologia: Cerca de 16 a. C. - 50
Proveniência: Cavalariças
N.I.: 2008.0431
Bibliografia: Inédita
31 |
Categoria: Tradição Indígena
Objecto: Testo
Cronologia: Cerca de 16 a. C. - 50
Proveniência: Cavalariças
N.I.: 2008.0933
Bibliografia: Inédita
32 |
Categoria: Tradição Indígena
Objecto: Taça
Cronologia: Cerca de 16 a. C. - 50
Proveniência: S. Geraldo
N.I.: 1997.1342
Bibliografia: Inédita
Escala | 1:4
18
27
28
29
30
31
32
19
CERÂMICA
CINZENTA FINA
POLIDA E
CINZENTA
ALTO-IMPERIAL
2.
CERÂMICA CINZENTA
FINA POLIDA E CINZENTA
ALTO-IMPERIAL
A cerâmica cinzenta fina polida caracteriza-se
por possuir uma pasta de cor cinzenta e
uma superfície polida por meio de um seixo,
nas produções mais antigas, ou alisada com
a ajuda de um trapo molhado ou pedaço
de couro. Possuem uma pasta friável e
depurada, com uma cozedura uniforme
que encontra paralelo nas produções do
Prado. Os motivos decorativos são variados,
sendo mais frequentes os motivos de linhas
paralelas dispostas na vertical ou ligeiramente oblíquas, por vezes acompanhadas
por ornatos em ziguezague.
No actual território português conhecem-se
diversas produções em cerâmicas cinzentas
finas da Idade do Ferro, como se documenta, por exemplo, em Conimbriga (J.
Alarcão 1975). No Noroeste Peninsular estas
produções mais antigas são menos frequentes.
São, todavia, abundantes as produções
datadas dos séculos I e II, muito difundidas
em várias zonas do Império, o que parece ter
correspondido a uma “moda” e gosto pela
louça negra que cumpria a função duma
produção de luxo, designada por paredes
finas, com custos muito menos elevados.
A produção destas cerâmicas no Noroeste
Peninsular e a sua dispersão foi pela primeira vez objecto de um estudo específico por
Teresa Soeiro (1982: 97-108), num artigo
publicado a propósito destas produções
recolhidas em Monte Mozinho. Apesar de
outros estudos que se lhe seguiram, este
trabalho continua a ser, nos dias de hoje,
um estudo de referência para enquadrar a
presença destas produções na região.
Esta produção não apresenta grande
variedade de formas (nº 33 - 43). Para além
dos púcaros e potinhos (mais abundantes)
foram identificados copos, bilhas e pratos. Alguns fragmentos (não ilustrados)
possuem uma decoração a roleta na zona
central da parede muito semelhante às
cerâmicas de paredes finas, igualmente
datáveis do período flávio. Ainda que de
forma isolada, acrescente-se, também, uma
pequena peça votiva em miniatura, em
forma de altar, recolhida nas escavações da
ínsula das Carvalheiras (nº 43).
Em menor número, encontram-se ainda em
Braga cerâmicas cinzentas com cronologias
e formas afins às cinzentas finas polidas.
Estas produções, que designámos cerâmicas
cinzentas alto-imperiais, diferenciam-se
das anteriores pelo facto de possuírem
uma pasta mais dura, com abundantes
grãos de quartzo, como é característico das
produções de tradição indígena presentes na
cidade. Estas cerâmicas estão aqui ilustradas por um jarro (nº44) e por um potinho
(nº 45), idêntico aos potinhos da cerâmica
cinzenta fina polida.
21
ESTAMPAS
| CERÂMICA CINZENTA FINA POLIDA E
CINZENTA ALTO-IMPERIAL
33 |
Categoria: Cinzenta Fina Polida
Objecto: Prato
Cronologia: 2ª metade séc. I/ séc. II
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1994.0893
Bibliografia: Inédita
39 |
Categoria: Cinzenta Fina Polida
Objecto: Potinho
Cronologia: 2ª metade séc. I
Proveniência: Rua do Caires
N.I.: 2000.0131
Bibliografia: Inédita
34 |
Categoria: Cinzenta Fina Polida
Objecto: Copo
Cronologia: 2ª metade séc. I
Proveniência: Cangosta da Palha (Necrópole Via
XVII)
N.I.: 1991.0808
Bibliografia: Martins e Delgado 1989/90: 141 e 162,
fig. 94, nº11
40 |
Categoria: Cinzenta Fina Polida
Objecto: Potinho
Cronologia: 2ª metade séc. I
Proveniência: Termas
N.I.: 1995.0770
Bibliografia: Inédita
35 |
Categoria: Cinzenta Fina Polida
Objecto: Copo
Cronologia: 2ª metade séc. I
Proveniência: Rua do Caires (Necrópole Maximinos)
N.I.: 1991.1001
Bibliografia: Martins e Delgado 1989/90: 69, 70, 85 e
162, fig. 20, nº10
36 |
Categoria: Cinzenta Fina Polida
Objecto: Púcaro
Cronologia: 2ª metade séc. I/ séc. II
Proveniência: Pio XII
N.I.: 1991.1262
Bibliografia: Inédita
41 |
Categoria: Cinzenta Fina Polida
Objecto: Potinho
Cronologia: 2ª metade séc. I
Proveniência: Rua do Caires (Necrópole da Via XVI)
N.I.: 1991.0926
Bibliografia: Martins e Delgado 1989/90: 59, fig. 9,
nº34
42 |
Categoria: Cinzenta Fina Polida
Objecto: Potinho
Cronologia: 2ª metade séc. I/ séc. II
Proveniência: Av. da Liberdade (Necrópole Via XVII)
N.I.: 1994.0729
Bibliografia: Inédita
37 |
Categoria: Cinzenta Fina Polida
Objecto: Púcaro
Cronologia: 2ª metade séc. I/ séc. II
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1991.0737
Bibliografia: Inédita
43 |
Categoria: Cinzenta Fina Polida
Objecto: Objecto de uso indeterminado
Cronologia: 2ª metade séc. I
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1991.1754
Bibliografia: Morais 2005: I 93, nº2; II 22, nº2
38 |
Categoria: Cinzenta Fina Polida
Objecto: Bilha
Cronologia: 2ª metade séc. I/ séc. II
Proveniência: Cavalariças
N.I.: 1991.2375
Bibliografia: Inédita
44 |
Categoria: Cinzenta Alto - Imperial
Objecto: Jarro
Cronologia: 2ª metade séc. I
Proveniência: Termas
N.I.: 1991.2231
Bibliografia: Inédita
22
45 |
Categoria: Cinzenta Alto - Imperial
Objecto: Potinho
Cronologia: 2ª metade séc. I
Proveniência: Termas
N.I.: 1991.2233
Bibliografia: Inédita
Escala | 1:4
33
40
34
41
35
42
43
36
37
44
45
38
39
23
CERÂMICA
BRACARENSE
3.
CERÂMICA
BRACARENSE
Esta cerâmica foi pela primeira vez referida
por Rigaud de Sousa em 1965 no IV
Colóquio Portuense de Arqueologia. Mais
tarde Adília Alarcão (1966) dá a conhecer
à comunidade científica internacional a
existência desta cerâmica, num trabalho
publicado na revista Rei Cretariae Romanae
Fautorum Acta, nº VIII, sob o título Bref
aperçu sur la céramique romaine trouvée à
Bracara Augusta. No início da década de 70,
no II Congresso Nacional de Arqueologia,
Rigaud de Sousa, num estudo intitulado
Cerâmica fina típica de Braga (1971, 45155), aborda de novo esta cerâmica a partir
de novos dados resultantes das escavações
por si realizadas. Percorridos poucos anos,
Adília Alarcão, em trabalho conjunto com
Alina Martins (1976, 1-19, Est. I-VII), publica um excelente artigo sobre esta cerâmica
referindo, para além da sua dispersão no
norte do país, as suas características essenciais e respectiva problemática. Este
trabalho passou a constituir uma referência
para diferentes autores que, no contexto
do Noroeste português, encontravam esta
produção. Salientamos, entre outros, o
trabalho de Lino Tavares Dias sobre as
cerâmicas romanas de Tongobriga, realizado
em 1995, e de Felisbela Leite, na sua tese
de mestrado intitulada Contribuição para o
estudo da cerâmica fina de Braga. A cerâmica
“dita bracarense”, defendida em 1997.
Trata-se de uma produção feita com argilas
cauliníticas como pôde ser confirmado pelas
análises laboratoriais (Leite, 1997; Gomes,
2000). Caracteriza-se, genericamente, por
possuir uma pasta muito depurada de cor
creme claro e superfície sempre revestida
por um engobe de cor pouco homogénea,
variando entre o amarelado, mais frequente,
e tonalidades laranja-acastanhadas e salmão,
por vezes ligeiramente metalizado, com
manchas negras frequentes.
Esta produção caracteriza-se ainda pela
imitação das formas mais usuais da terra
sigillata hispânica (nº 46 - 70) e de algumas
formas de paredes finas típicas da região
emeritense (nº 71 - 76). Prevalece a decoração feita com rodízio ou o guilloché, de
excelente execução.
Os escassos vestígios de importações de
terra sigillata bética, por um lado, e a análise
atenta da cerâmica bracarense, por outro,
parece sugerir que não estamos perante uma
simples imitação de cerâmica importada
feita por oleiros de origem local, mas, talvez,
da instalação em Bracara Augusta de oleiros
vindos da região da Bética, conhecedores de
formas específicas de paredes finas
emeritenses e da terra sigillata daquela
região, em especial de Andújar.
Além da imitação desta louça fina de mesa
muito requintada, a cerâmica bracarense
contempla ainda formas típicas da cerâmica
comum (nº 77- 94).
Saliente-se, ainda, uma produção específica
neste tipo de produção de lucernas do tipo
Dressel 20 (nº 315) e Loeschke X (nº 319),
algumas das quais saídas de uma das principais oficinas da cidade, conhecidas pela
assinatura Lucretius.
De acordo com as diferentes categorias de
cerâmica que a produção bracarense imita e a
apreciação crono-estratigráfica dos materiais,
esta produção data de meados do século I a
inícios do século II (Morais, 2005).
A cerâmica bracarense recolhida em Aquis
Querquennis provém de estratos datados
do reinado de Vespasiano (69-96 d. C.).
Como seria de esperar, aí são abundantes as
formas Drag. 35 e Drag. 36, com uma lata
cronologia de produção, em detrimento
das formas mais antigas, caso das formas
Drag. 29 e Drag. 24/25. Em Braga, pelo
contrário, são particularmente abundantes
estas últimas formas.
25
ESTAMPAS
46 |
Categoria: Bracarense
Objecto: Tigela (Imitação Dragendorff 29)
Cronologia: 50-100
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 2002.1002
Bibliografia: Morais 2005: I 306, nº1; II 343, nº1
47 |
Categoria: Bracarense
Objecto: Tigela (Imitação Dragendorff 29)
Cronologia: 50-100
Proveniência: Colina da Cividade
N.I.: 1991.1411
Bibliografia: Morais 2005: I 309, nº38; II 349, nº38
48 |
Categoria: Bracarense
Objecto: Tigela (Imitação Dragendorff 29)
Cronologia: 50-100
Proveniência: S. Geraldo
N.I.: 2001.0001
Bibliografia: Morais 2005: I 308, nº18; II 345, nº18
49 |
Categoria: Bracarense
Objecto: Tigela (Imitação Dragendorff 29)
Cronologia: 50-100
Proveniência: Salvamento na Rua Imaculada Conceição (Livraria Cruz)
N.I.: 1991.1418
Bibliografia: Morais 2005: I 309, nº47; II 351, nº47
| CERÂMICA BRACARENSE
53 |
Categoria: Bracarense
Objecto: Tigela (Imitação Dragendorff 24/25)
Cronologia: 50 - 100
Proveniência: Maximinos
N.I.: 1991.1413
Bibliografia: Alarcão e Martins, 1976: 97; 104, nº 55;
Est. IV
54 |
Categoria: Bracarense
Objecto: Tigela (Imitação Dragendorff 24/25)
Cronologia: 50 - 100
Proveniência: Seminário de Santiago
N.I.: 1991.0717
Bibliografia: Alarcão e Martins, 1976: 97; 105, nº 56;
Est. IV
55 |
Categoria: Bracarense
Objecto: Tigela (Imitação Dragendorff 24/25)
Cronologia: 50 - 100
Proveniência: Praia das Sapatas
N.I.: 2001.1335
Bibliografia: Morais 2005: I 311, nº97; II 357, nº97
60 |
Categoria: Bracarense
Objecto: Taça (Imitação Dragendorff 36)
Cronologia: 80 - 120
Proveniência: São Geraldo
N.I.: 2002.2093
Bibliografia: Morais 2005: I 312, nº120; II 360, nº120
61 |
Categoria: Bracarense
Objecto: Taça (Imitação Dragendorff 36)
Proveniência: Carvalheiras
Cronologia: 50 - 120
N.I.: 2002.2071
Bibliografia: Morais 2005: I 312, nº124; II 360, nº124
62 |
Categoria: Bracarense
Objecto: Taça (Imitação Dragendorff 36)
Cronologia: 80 - 120
Proveniência: Rua Santo António das Travessas
N.I.: 2002.2112
Bibliografia: Morais 2005: I 313, nº134; II 363, nº134
56 |
Categoria: Bracarense
Objecto: Tigela (Imitação Dragendorff 27)
Cronologia: 70 - 120
Proveniência: Edifício Cardoso da Saudade
N.I.: 2002.2114
Bibliografia: Morais 2005: I 311, nº101; II 358, nº 101
63 |
Categoria: Bracarense
bjecto: Taça (Imitação Dragendorff 36)
Cronologia: 80 - 120
Proveniência: Braga/ sem contexto
N.I.: 1993.0686
Bibliografia: Morais 2005: I 313, nº143; II 346,nº143
50 |
Categoria: Bracarense
Objecto: Tigela (Imitação Dragendorff 29)
Cronologia: 50-100
Proveniência: Albergue
N.I.: 2002.1287
Bibliografia: Morais 2005: I 309, nº49; II 351, nº49
57 |
Categoria: Bracarense
Objecto: Tigela (Imitação Dragendorff 35 – 1º
Grupo)
Cronologia: 50 - 100
Proveniência: São Geraldo
N.I.: 2003.1078
Bibliografia: Morais 2005: I 312, nº112; II 359, nº112
64 |
Categoria: Bracarense
Objecto: Tigela (Imitação Hispânica 5, variante)
Cronologia: 80 - 120
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 2001.1427
Bibliografia: Morais 2005: I 313, nº145; II 365, nº145
51 |
Categoria: Bracarense
Objecto: Tigela (Imitação Dragendorff 37/ Aj. 1)
Cronologia: 75 - 100
Proveniência: São Sebastião
N.I.: 2002.2135
Bibliografia: Morais 2005: I 309, nº60; II 352, nº60
58 |
Categoria: Bracarense
Objecto: Tigela (Imitação Dragendorff 35)
Cronologia: 60 - 100
Proveniência: Cardoso da Saudade
N.I.: 2002.2097
Bibliografia: Morais 2005: I 312, nº116; II 359, nº116
52 |
Categoria: Bracarense
Objecto: Tigela (Imitação Dragendorff 37/ Aj. 1)
Cronologia: 50-100
Proveniência: Avenida Central (Sepultura 9)
N.I.: 1997.1345
Bibliografia: Morais 2005: I 309, nº53; II 352, nº53
59 |
Categoria: Bracarense
Objecto: Tigela (Imitação Dragendorff 35)
Cronologia: 60 - 100
Proveniência: Fujacal
N.I.: 2002.2109
Bibliografia: Morais 2005: I 312, nº118; II 359, nº118
26
65 |
Categoria: Bracarense
Objecto: Taça (Imitação Hispânica 4)
Cronologia: 100 - 120
Proveniência: Maximinos
N.I.: 2002.0248
Bibliografia: Alarcão e Martins, 1976: 97; 106, nº74,
Est. V
Escala | 1:4
46
53
60
47
54
61
55
48
62
56
49
63
57
50
64
58
51
52
59
65
27
ESTAMPAS
| CERÂMICA BRACARENSE
66 |
Categoria: Bracarense
Objecto: Taça (Imitação Hispânica 4)
Cronologia: 100 - 120
Proveniência: Maximinos
N.I.: 2002.0228
Bibliografia: Alarcão e Martins, 1976: 97; 106, nº76;
Est. V
72 |
Categoria: Bracarense
Objecto: Pote (Imitação Mayet L)
Cronologia: 50 - 120
Proveniência: Citânia de Briteiros
N.I.: 2002.1982
Bibliografia: Alarcão e Martins, 1976: 93-96; 108, nº
93; Est. VI; Est. VII, 1
67 |
Categoria: Bracarense
Objecto: Taça (Imitação Hispânica 4)
Cronologia: 100 - 120
Proveniência: Maximinos
N.I.: 2002.0247
Bibliografia: Alarcão e Martins, 1976: 97; 106, nº 75;
Est. V
73 |
Categoria: Bracarense
Objecto: Pote (Imitação Mayet L)
Cronologia: 50 - 120
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 2002.1976
Bibliografia: Morais 2005: I 316, nº178; II 375, nº178
68 |
Categoria: Bracarense
Objecto: Taça (Imitação Hispânica 4)
Cronologia: 100 - 120
Proveniência: Rua Santo António das Travessas
N.I.: 2001.1015
Bibliografia: Morais 2005: I 314, nº164; II 369, nº164
69 |
Categoria: Bracarense
Objecto: Tigela (Imitação Dragendorff 29)
Cronologia: 50 - 100
Proveniência: Edifício Cardoso da Saudade e Seminário de Santiago 1996
N.I.: 2001.1419 e 1991.0762
Bibliografia: Morais 2005: I 315, nº175; II 372, nº17
70 |
Categoria: Bracarense
Objecto: Cantil (Imitação Hermet 13)
Cronologia: 80 - 120
Proveniência: Maximinos
N.I.: 1991.2259
Bibliografia: Alarcão e Martins, 1976: 98; 109, nº 105;
Est. VI; Morais 2005: I 316, nº176; II 373, nº176
71 |
Categoria: Bracarense
Objecto: Pote (Imitação Mayet L)
Cronologia: 50 - 120
Proveniência: São Torcato
N.I.: 2002.1980
Bibliografia: Alarcão e Martins, 1976: 93-96; 108, nº
94; Est. VI; Est. VII, 2
28
74 |
Categoria: Bracarense
Objecto: Pote (Imitação Mayet L)
Cronologia: 50 - 120
Proveniência: Citânia de Briteiros
N.I.: 2002.1981
Bibliografia: Alarcão e Martins, 1976: 93-96; 108, nº
93; Est. VI; Est. VII, 1; Morais 2005: I 316, nº182; II
376, nº182
75 |
Categoria: Bracarense
Objecto: Pote (Imitação Mayet L)
Cronologia: 50 - 120
Proveniência: Citânia de Briteiros
N.I.: 2002.1983
Bibliografia: associada ao número 183 em Alarcão e
Martins, 1976: 93-96; 108, nº 93; Est. VI; Est. VII, 1;
Morais 2005: I 316, nº184; II 376, nº184
76 |
Categoria: Bracarense
Objecto: Jarro (Imitação Mayet L II)
Cronologia: 50 - 120
Proveniência: Termas
N.I.: 2002.0259
Bibliografia: Morais 2005: I 317, nº185; II 377, nº185
77 |
Categoria: Bracarense
Objecto: Tigela
Cronologia: 50 - 120
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 2002.2148
Bibliografia: Morais 2005: I 318, nº203; II 379, nº203
78 |
Categoria: Bracarense
Objecto: Tigela
Cronologia: 50 - 120
Proveniência: Termas
N.I.: 2002.2139
Bibliografia: Morais 2005: I 318, nº204; II 379, nº204
79 |
Categoria: Bracarense
Cronologia: 50 – 120
Proveniência: Hospital
N.I.: 2002.2116
Bibliografia: Morais 2005: I 318, nº205; II 379, nº205
80 |
Categoria: Bracarense
Objecto: Tigela
Cronologia: 50 - 120
Proveniência: Termas
N.I.: 2000.0577
Bibliografia: Morais 2005: I 318, nº207; II 380, nº207
81 |
Categoria: Bracarense
Objecto: Tigela
Cronologia: 50 - 120
Proveniência: Termas
N.I.: 2002.2138
Bibliografia: Morais 2005: I 318, nº206; II 380, nº206
82 |
Categoria: Bracarense
Objecto: Tigela
Cronologia: 50 - 120
Proveniência: Termas
N.I.: 2000.0581
Bibliografia: Morais 2005: I 318, nº208; II 380, nº208
83 |
Categoria: Bracarense
Objecto: Copinho?
Cronologia: 50 - 120
Proveniência: São Sebastião
N.I.: 2002.2151
Bibliografia: Morais 2005: I 318, nº222; II 382, nº222
Escala | 1:4
66
71
72
67
73
74
68
75
80
69
76
81
77
82
78
70
79
83
29
ESTAMPAS
| CERÂMICA BRACARENSE
84 |
Categoria: Bracarense
Objecto: Púcaro
Cronologia: 50 - 120
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 2000.2153
Bibliografia: Morais 2005: I 318, nº217; II 381, nº217
91 |
Categoria: Bracarense
Objecto: Pote
Cronologia: 50 – 120
Proveniência: Hospital
N.I.: 2002.2132
Bibliografia: Morais 2005: I 317, nº197; II 378, nº197
85 |
Categoria: Bracarense
Objecto: Púcaro
Cronologia: 50 - 120
Proveniência: São Sebastião
N.I.: 2002.2150
Bibliografia: Morais 2005: I 318 nº212; II 381, nº212
92 |
Categoria: Bracarense
Objecto: Pote
Cronologia: 50 – 120
Proveniência: Termas
N.I.: 2002.1975
Bibliografia: Morais 2005: I 318, nº201; II379, nº201
86 |
Categoria: Bracarense
Objecto: Púcaro
Cronologia: 50 - 120
Proveniência: Termas
N.I.: 2002.2140
Bibliografia: Morais 2005: I 318, nº218; II 381, nº218
93 |
Categoria: Bracarense
Objecto: Pote
Cronologia: 50 – 120
Proveniência: Maximinos
N.I.: 2002.2156
Bibliografia: Alarcão e Martins, 1976: 99; 107-108, nº
88; Est. VI
87 |
Categoria: Bracarense
Objecto: Jarro
Cronologia: 50 - 120
Proveniência: São Geraldo
N.I.: 2002.2152
Bibliografia: Morais 2005: I 318, nº214; II 381, nº214
88 |
Categoria: Bracarense
Objecto: Bilha
Cronologia: 50 - 120
Proveniência: Rua Damião de Góis
N.I.: 2000.0573
Bibliografia: Morais 2005: I 318, nº219; II 381, nº219
94 |
Categoria: Bracarense
Objecto: Potinho
Cronologia: 50 – 120
Proveniência: Cavalariças
N.I.: 2002.2146
Bibliografia: Morais 2005: I 318, nº221; II 382, nº221
89 |
Categoria: Bracarense
Objecto: Bilha
Cronologia: 50 - 120
Proveniência: Colina da Cividade
N.I.: 2002.2000
Bibliografia: Morais 2005: I 318, nº216; II 381, nº216
90 |
Categoria: Bracarense
Objecto: Bilha
Cronologia: 50 - 120
Proveniência: São Sebastião
N.I.: 2002.2149
Bibliografia: Morais 2005: I 318, nº210; II 381, nº210
30
Escala | 1:4
84
85
86
87
88
89
90
91
92
93
94
31
CERÂMICA
DE
PAREDES
FINAS
4.
CERÂMICA
FINAS
DE
PAREDES
Até há pouco insuspeita, existiu de facto
uma produção de paredes finas locais,
embora deva ser considerada residual. Tal
hipótese foi comprovada pelas análises laboratoriais que vieram demonstrar que existem
paredes finas fabricadas com argilas provenientes da região do Prado (Morais 2005).
O fabrico, idêntico às cerâmicas comuns
finas de pasta de cor creme/esbranquiçada,
não apresenta uma superfície engobada.
A excepção cabe ao fragmento nº 98, que
parece possuir uma ligeira aguada.
A possibilidade da comercialização das
produções de paredes finas locais fora da
cidade parece-nos, todavia, pouco aceitável,
ainda que possa admitir-se que os estudos
até agora realizados não lhes tenham prestado a devida atenção, passando camuflados
ou, podendo inclusivamente, ser consideradas formas experimentais que não chegaram
a ser comercializadas.
Com excepção de um fragmento de fundo
de forma indeterminada (nº 95), decorado
com rodízio, disposto transversalmente,
os restantes fragmentos copiam formas de
paredes finas provenientes da Bética. Até ao
momento encontraram-se três exemplares
fragmentados desta produção, com decoração mamilar disposta de forma aleatória,
dois dos quais parece terem-se inspirado
na Forma Mayet XXXVII (nº 96 - 97) e o
último, de perfil quase completo, na Forma
Mayet XXXVIII B (nº 98).
33
ESTAMPAS
| CERÂMICA DE PAREDES FINAS
95 |
Categoria: Paredes finas
Objecto: Taça? (Indeterminado)
Cronologia: 31 - 54
Proveniência: Casa da Bica (Colina da Cividade)
N.I.: 1999.0467
Bibliografia: Morais 2005: I 283, nº1; II 339, nº1
96 |
Categoria: Paredes finas
Objecto: Copo? (Mayet XXXVII?)
Cronologia: 41 - 68
Proveniência: Cavalariças
N.I.: 1999.0469
Bibliografia: Morais 2005: I 283, nº2; II 339, nº2
97 |
Categoria: Paredes finas
Objecto: Copo? (Mayet XXXVII?)
Cronologia: 41 - 68
Proveniência: Albergue Distrital
N.I.: 1999.0464
Bibliografia: Morais 2005: I 283, nº3; II 339, nº3
98 |
Categoria: Paredes finas
Objecto: Copo (Mayet XXXVIII B?)
Cronologia: 40 - 100
Proveniência: Rua Damião de Góis
N.I.: 1991.1825
Bibliografia: Morais 2005: I 283, nº4; II 339, nº4
Escala | 1:2
34
95
96
97
98
35
CERÂMICAS
PINTADAS
5.
CERÂMICAS PINTADAS
No actual território português as
produções pintadas não tiveram grande
expressão durante a época romana. Cabe
uma excepção a Conimbriga, local onde se
documentou uma produção deste tipo de
cerâmicas com uma difusão local e regional,
maioritariamente concentradas a norte
do Mondego. As produções pintadas de
Conimbriga datam de todo o período imperial e oferecem uma apreciável variedade
de tipos de fabrico e de esquemas decorativos, sendo de destacar os exemplares com
pinturas características dos finais do século
I a. C. (A. Alarcão 1975; 161-106-109;
1976: 43-50; 128-130, Pl. IX-XI).
Como sugere um mapa de difusão apresentado por Juan Manuel Abascal Palazón (1984:
202) as cerâmicas pintadas tiveram uma lata
difusão no conventus bracaraugustanus.
Em Braga as cerâmicas pintadas estão
documentadas por duas produções distintas: uma com fabrico caulinítico, como na
cerâmica bracarense, e outra com argilas do
Prado (Gomes 2000).
A produção dos caulinos, com dois fabricos
distintos de pasta creme clara ou esbranquiçada, data dos meados do século I aos
inícios da centúria seguinte, momento
coincidente com a produção da cerâmica
bracarense que provavelmente teria sido
fabricada nas mesmas oficinas (nº 99 - 106).
Os tipos mais abundantes correspondem
a formas típicas de um serviço de mesa,
em que se destacam taças, tigelas e potes
de duas asas. Menos abundantes são os
copos e potinhos tão característicos nas
produções finas da cerâmica comum. Deste
conjunto destacam-se os potes de duas asas
por apresentarem na parede externa uma
profusa decoração com motivos triangulares preenchidos com traços horizontais e
reticulados e as imitações de formas de terra
sigillata Drag. 35 (nº 100) e 36 (nº101) com
a aba decorada com traços paralelos, verticais
ou oblíquos. Destaque-se ainda alguns
fragmentos decorados com representações
humanas (nº 106), recolhidos em estratos
datados de 50 a 80 (A. Alarcão 1975: 107;
Pl. XX, nº 1-2, Morais 2005). A cor das
decorações é constituída por tonalidades
castanhas/avermelhadas.
As produções do Prado provêm de dois
barreiros diferentes, ainda que com fabricos
menos uniformes, com pastas que variam
entre o beige claro, rosado e alaranjado ou
mesmo castanho mais ou menos escuro (nº
107 - 127). As formas são mais diversificadas e têm uma cronologia de produção
mais alargada, situada entre os finais do
século I e finais do século IV/ inícios da
centúria seguinte. Para além do fabrico de
taças, tigelas, potes de duas asas e bilhas e
jarras, são igualmente abundantes os copos
e os potinhos, alguns dos quais recolhidos
em necrópoles da cidade. Nesta produção
cabe igualmente salientar a presença de vários
fragmentos de vasos rituais, com destaque para
um, de perfil completo e restaurado, encon-
trado numa fossa da insula das Carvalheiras
(nº 122), datado da 2ª metade do século II a
finais do século III (Delgado 1996-97, 153;
Gomes 2000: 153, Est. XIV, nº 83; Morais
2005: I, 93; II, 23, Est. XIX, nº 3). A decoração é mais heterogénea. Para além dos
motivos triangulares preenchidos com
traços horizontais e reticulados, característicos dos potes de duas asas, e dos motivos
constituídos por traços paralelos, verticais
e oblíquos, que ocupam geralmente a face
superior de exemplares com abas, documentam-se outras decorações. É o caso da
ornamentação formada por linhas ondeadas
ou em ziguezague e de pequenas manchas
circulares que sugerem pérolas ou pequenos
círculos. Estes últimos motivos ocupam
geralmente a face superior das abas, as asas e
a face externa da parede (raramente a interna). Ainda características desta produção
são as representações de arbustos e árvores
estilizadas que ornamentam pratos, tigelas,
bilhas e jarros (preferencialmente estes
últimos). Para além da cor vermelha e
laranja foi também utilizado o branco.
Nesta produção, a cor branca é utilizada,
mas apenas quando acompanhada da cor
vermelha e em exemplares datados a partir
do 1º quartel do século IV.
37
ESTAMPAS
99 |
Categoria: Cerâmica pintada
Objecto: Tigela (Imitação Hispânica, 5 variante)
Cronologia: 2ª metade séc. I
Proveniência: S. Geraldo
N.I.: 1997.1401
Bibliografia: Gomes 2000: 106; Est. I, nº 8
100 |
Categoria: Cerâmica pintada
Objecto: Tigela (Imitação Dragendorf 35)
Cronologia: Séc. II
Proveniência: Termas
N.I.: 1999.1278
Bibliografia: Gomes 2000: 105; Est. I, nº 1
| CERÂMICAS PINTADAS - caulinos
106 |
Categoria: Cerâmica pintada
Objecto: Indeterminada
Cronologia: 50 - 80
Proveniência: Antigas Escavações
N.I.: 2002.1282
Bibliografia: Alarcão, A. 1975: 103; 168, Pl. XX, nº 1;
Morais 2005: I, 93; II, 21, Est. XVII, nº 1
101 |
Categoria: Cerâmica pintada
Objecto: Taça (Imitação Dragendorf 36)
Cronologia: 2ª metade séc. I
Proveniência: Antigas Escavações
N.I.: 1999.0797
Bibliografia: Gomes 2000: 107; Est. II, nº 13
102 |
Categoria: Cerâmica pintada
Cronologia: 2ª metade séc. I
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1997.1067
Bibliografia: Gomes 2000: 107; Est. II, nº 16
103 |
Categoria: Cerâmica pintada
Objecto: Pote de duas asas
Cronologia: 2ª metade séc. I
Proveniência: Cardoso da Saudade
N.I.: 1997.1068
Bibliografia: Gomes 2000: 107; Est. III, nº 17
104 |
Categoria: Cerâmica pintada
Objecto: Pequeno pote de duas asas
Cronologia: 2ª metade séc. I
Proveniência: Teatro
N.I.: 2005.0168
Bibliografia: Inédita
105 |
Categoria: Cerâmica pintada
Objecto: Pote
Cronologia: 2ª metade séc. I / II
Proveniência: Termas
N.I.: 1999.0802
Bibliografia: Gomes 2000: 109; Est. IV, nº 25
38
Escala | 1:4
99
104
100
105
106
101
102
103
39
ESTAMPAS
| CERÂMICAS PINTADAS - prado
107 |
Categoria: Cerâmica pintada
Objecto: Prato
Cronologia: Séc. IV
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1997.1066
Bibliografia: Gomes 2000: 152; Est. IX, nº 75
114 |
Categoria: Cerâmica pintada
Objecto: Tigela
Cronologia: Séc. IV
Proveniência: Largo de S. João do Souto
N.I.: 2000.0949
Bibliografia: Gomes 2000: 148; Est. VI, nº 54
108 |
Categoria: Cerâmica pintada
Objecto: Prato
Cronologia: Séc. IV/inícios V
Proveniência: São Geraldo
N.I.: 1997.1339
Bibliografia: Gomes 2000: 152; Est. X, nº 76
115 |
Categoria: Cerâmica pintada
Objecto: Tigela
Cronologia: Séc. IV
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1992.0993
Bibliografia: Gomes 2000: 148; Est. VII, nº 58
109 |
Categoria: Cerâmica pintada
Objecto: Alguidar
Cronologia: Séc. IV
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1997.1064
Bibliografia: Gomes 2000: 153; Est. XIII, nº82
116 |
Categoria: Cerâmica pintada
Objecto: Tigela
Cronologia: Séc. IV
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1997.1230
Bibliografia: Gomes 2000: 131/132 e 150/151; Est.
IX, nº69
110 |
Categoria: Cerâmica pintada
Objecto: Taça
Cronologia: 2ª metade séc. I/ finais séc. III
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1991.1757
Bibliografia: Gomes 200: 149; Est. VII, nº 59
111 |
Categoria: Cerâmica pintada
Objecto: Taça
Cronologia: Séc. II/ IV
Proveniência: Teatro
N.G.: 2005.0204
Bibliografia: Inédita
112 |
Categoria: Cerâmica pintada
Objecto: Tigela
Cronologia: Séc. IV
Proveniência: Casa da Bica (Colina da Cividade)
N.I.: 1997.1218
Bibliografia: Gomes 2000: 147; Est. VI, nº 47
113 |
Categoria: Cerâmica pintada
Objecto: Taça
Cronologia: Séc. III / IV
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1997.1252
Bibliografia: Gomes 200: 148; Est. VII, nº 55
40
117 |
Categoria: Cerâmica pintada
Objecto: Tigela
Cronologia: Séc. IV
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1991.1228
Bibliografia: Gomes 2000: 149; Est. VIII, nº 61
118 |
Categoria: Cerâmica pintada
Objecto: Copo
Cronologia: Séc. IV
Proveniência: Largo S. João do Souto
N.I.: 1997.0087
Bibliografia: Gomes 2000: 145; Est. V, nº 34
Escala | 1:4
107
111
115
112
108
113
116
109
117
114
110
118
41
ESTAMPAS
| CERÂMICAS PINTADAS - prado
119 |
Categoria: Cerâmica pintada
Objecto: Púcaro
Cronologia: Séc. IV
Proveniência: São Geraldo
N.I.: 1997.0067
Bibliografia: Gomes 2000: 146; Est. VI, nº 46
120 |
Categoria: Cerâmica pintada
Objecto: Jarro
Cronologia: Finais séc. I
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1991.1755
Bibliografia: Gomes 2000: 152; Est. XI, nº 78
121 |
Categoria: Cerâmica pintada
Objecto: Jarro
Cronologia: 2ª metade séc. I/ finais séc. III
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1991.2204
Bibliografia: Gomes 2000: 152; Est. XII, nº 79
122 |
Categoria: Cerâmica pintada
Objecto: Jarro
Cronologia: 2ª metade séc. I / finais séc. III
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1991.1761
Bibliografia: Gomes 2000: 153; Est. XIV, nº 83; Morais 2005: I, 93; II, 23, Est. XIX, nº 3
Escala | 1:4
42
119
121
120
122
43
ESTAMPAS
| CERÂMICAS PINTADAS - prado
123 |
Categoria: Cerâmica pintada
Objecto: Bilha
Cronologia: Séc. III/ IV
Proveniência: Termas
N.I.: 1991.2234
Bibliografia: Gomes 2000: 153; Est. XIII, nº 80
124 |
Categoria: Cerâmica pintada
Objecto: Pote de duas asas
Cronologia: Séc. II/ III
Proveniência: Largo de Santa Cruz
N.I.: 1997.1041
Bibliografia: Gomes 2000: 152; Est. X, nº 77
125 |
Categoria: Cerâmica pintada
Objecto: Potinho
Cronologia: Séc. III
Proveniência: Rua do Caires (Necrópole da Via XVI)
N.I.: 1991.1003
Bibliografia: Gomes 2000: 145; Est. V, nº 37
126 |
Categoria: Cerâmica pintada
Objecto: Potinho
Cronologia: Séc. IV
Proveniência: Fujacal
N.I.: 1994.0477
Bibliografia: Gomes 2000:146; Est. V, nº 40
127 |
Categoria: Cerâmica pintada
Objecto: Potinho
Cronologia: 60-120
Proveniência: Rua do Caires (Necrópole Via XVI)
N.I.: 1991.0685
Bibliografia: Morais 2005: I, 89; II, 20; Est. XVI, nº 1
Escala | 1:4
44
123
124
125
126
127
45
CERÂMICAS
DE
ENGOBE
VERMELHO
6.
CERÂMICAS
VERMELHO
Esta produção, datada de todo o período
imperial, é muito frequente em Braga onde
foram encontrados alguns milhares de
fragmentos de peças, distribuídos por toda a
área ocupada pela cidade romana.
Na apresentação e estudo desta cerâmica optámos por distinguir três grupos, de acordo
com a tipologia, as técnicas de fabrico e o
tipo de engobe utilizados.
O Grupo I (nº 128 - 129), menos representado na cidade, caracteriza-se por possuir
um engobe idêntico ao “engobe vermelho
pompeiano”. As formas imitam os pratos
da produção conhecida pela designação de
“pompejanish-roten Platen” (Oberaden 21).
O Grupo II (nº 130 - 156), com engobes
de cor, espessura e brilho variáveis, imitam
formas de terra sigillata. Neste conjunto são
predominantes as imitações da sigillata africana (Hayes 42, 58 B, 58 var., 59 B, 59/67,
61 A, 61 A/B, 61 B, 63, 76, Delgado 1968,
Delgado 1968 var. e “Sétif ” 1970), seguidas
das imitações da terra sigillata hispânica alto
(Ritt. 8 e Drag. 36) e baixo-imperial (Ritt.
8, Drag. 15/17, Forma 83 B e 37 Tardia).
Neste grupo incluem-se ainda imitações da
terra sigillata gálica
alto-imperial da forma Ritt. 5 (nº 130
- 131). Deste conjunto destacamos o
fragmento da forma “Sétif ” 1970 (nº 156),
um tipo raro na produção africana (Atlante
140-141; Tav. LXVIII, nº 12). Dada a raridade desta forma é possível que neste último
caso se trate de uma inspiração a partir de
DE
ENGOBE
um exemplar de metal.
O Grupo III (nº 157 - 170) possui fabricos
e engobes idênticos aos do grupo anterior,
diferenciando-se apenas pelo facto de se
tratar de formas típicas da cerâmica comum:
pratos, pratéis, tigelas, frigideiras, tachos,
formas, púcaras(os) e bilhas.
Um dos exemplares deste grupo (nº 159),
em forma de prato ou taça, possui um fundo
interno alterado em forma de phiale. A este
grupo pertence ainda um prato/travessa (nº
157) proveniente da vila romana da Póvoa
de Lanhoso, incluída no âmbito da influência de Bracara Augusta.
47
ESTAMPAS
| CERÂMICAS DE ENGOBE VERMELHO
GRUPO I - tipo pompeiano
128 |
Categoria: Engobe Vermelho tipo Pompeiano
Objecto: Prato (Imitação de Oberaden 21)
Cronologia: Séc. I/ II
Proveniência: Termas
N.I.: 1991.1280
Bibliografia: Delgado 1993/94: 117 e 131; Est: I, nº4
129 |
Categoria: Engobe Vermelho
Objecto: Prato/ Frigideira (Imitação de Oberaden 21)
Cronologia: Séc. I/ II
Proveniência: Albergue Distrital
N.I.: 1997.1315
Bibliografia: Inédita
Escala | 1:4
48
128
129
49
ESTAMPAS
130 |
Categoria: Engobe Vermelho
Objecto: Tigela (Imitação Ritterling 5)
Cronologia: 41 - 54
Proveniência: Termas
N.I : 1999.2339
Bibliografia: Inédita
131 |
Categoria: Engobe Vermelho tipo Pompeiano
Objecto: Taça (Imitação de Ritterling 5)
Cronologia: 41 - 54
Proveniência: Maximinos
N.I.: 1995.0524
Bibliografia: Inédita
| CERÂMICAS DE ENGOBE VERMELHO
GRUPO II
136 |
Categoria: Engobe Vermelho
Objecto: Prato (Imitação de Dragendorff 36)
Cronologia: Inícios do séc. II
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1995.1222
Bibliografia: Delgado 1993/94: 124 e 133; Est. IV,
nº19
137 |
Categoria: Engobe Vermelho
Objecto: Prato (Imitação Dragendorff 15/17)
Cronologia: Séc. III
Proveniência: Carvalheiras
N.I. : 1991.1765
Bibliografia: Inédita
132 |
Categoria: Engobe Vermelho
Objecto: Tigela (Imitação de Ritterling 8)
Cronologia: Finais do séc. III / séc. IV
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1992.0879
Bibliografia: Delgado 1993/94: 123 e132; Est. III,
nº11
138 |
Categoria: Engobe Vermelho
Objecto: Prato (Imitação Hispânica Tardia 83 B)
Cronologia: 1ª metade do séc. III / início do séc. IV
Proveniência: Misericórdia
N.I.: 1996. 0908
Bibliografia: Inédita
133 |
Categoria: Engobe Vermelho
Objecto: Tigela (Imitação de Ritterling 8)
Cronologia: Inícios do séc. II
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1991.2275
Bibliografia: Delgado 1993/94:123 e 132; Est. III,
nº10
139 |
Categoria: Engobe Vermelho
Objecto: Taça (Imitação de Dragendorf f 37)
Cronologia: 2ª metade do séc. IV/ 1ª metade do séc. V
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1994.0906
Bibliografia: Delgado 1993/1994:123/132; Est. III,
nº12
134 |
Categoria: Engobe Vermelho
Objecto: Tigela (Imitação Ritterling 8)
Cronologia: Início do séc. IV
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1991.1766
Bibliografia: Inédita
140 |
Categoria: Engobe Vermelho
Objecto: Taça (Imitação de Dragendorff 37)
Cronologia: 2ª metade do séc. IV / 1ª metade do séc. V
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1996.0155
Bibliografia: Delgado 1993/4: 123/124; Est: nº13
135 |
Categoria: Engobe Vermelho
Objecto: Taça (Imitação de Dragendorff 36)
Cronologia: Finais do séc. I/ inícios do séc. II
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1991.1793
Bibliografia: Inédita
141 |
Categoria: Engobe Vermelho
Objecto: Prato (Imitação Hayes 42)
Cronologia: 220 - 240/250
Proveniência: Carvalheiras
N.I. : 1992.0441
Bibliografia: Inédita
50
Escala | 1:4
130
138
139
131
140
132
133
134
135
136
137
141
51
ESTAMPAS
142 |
Categoria: Engobe Vermelho
Objecto: Prato (Imitação de Hayes 58 B)
Cronologia: 290/300 - inícios do séc. V
Proveniência: Hospital
N.I.: 1995.0321
Bibliografia: Delgado 1993/94: 124 e 133; Est. IV,
nº17
143 |
Categoria: Engobe Vermelho
Objecto: Prato (Imitação de Hayes 58, variante)
Cronologia: 290/300 - inícios séc. V
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1993.1110
Bibliografia: Inédita
144 |
Categoria: Engobe Vermelho
Objecto: Prato (Imitação de Hayes 59 B)
Cronologia: 320 - 420
Proveniência: Misericórdia
N.I.: 1996.0924
Bibliografia: Inédita
145 |
Categoria: Engobe Vermelho
Objecto: Prato (Imitação/ Inspiração de Hayes 59 B)
Cronologia: 320 – 400/420
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1992.0862
Bibliografia: Delgado 1993/94: 124 e 133; Est. IV,
nº18
146 |
Categoria: Engobe Vermelho
Objecto: Prato (Imitação de Hayes 59/67)
Cronologia: 350- 420
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1992.0867
Bibliografia: Delgado 1993/94: 123 e 136; Est. VII,
nº33
147 |
ategoria: Engobe Vermelho
Objecto: Prato (Imitação de Hayes 61 A)
Cronologia: cerca de 325 – 400
Proveniência: Teatro, Colina da Cividade
N.I.: 2007.0009
Bibliografia: Inédita
52
| CERÂMICAS DE ENGOBE VERMELHO
GRUPO II
148 |
Categoria: Engobe Vermelho
Objecto: Prato (Imitação de Hayes 61 A/B)
Cronologia: 1º quartel do séc. IV / 450
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1995.1219
Bibliografia: Delgado 1993/94: 124/5 e 134; Est. V,
nº22 e 23
149 |
Categoria: Engobe Vermelho
Objecto: Prato (Imitação de Hayes 61 B)
Cronologia: Cerca de 325-480
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1993.0687
Bibliografia: Delgado 1993/94: 124; Est. V nº24
150 |
Categoria: Engobe Vermelho
Objecto: Tigela (Imitação de Hayes 61 B)
Cronologia: 1º quartel do séc. IV / 450
Proveniência: Cardoso da Saudade
N.I.: 1991.1407
Bibliografia: Delgado 1993/94: 134; Est. V, nº25
154 |
Categoria: Engobe Vermelho
Objecto: Tigela (Delgado 1968)
Cronologia: Inícios do séc. IV / meados do séc. V
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1992.0875
Bibliografia: Delgado 1993/94: 125-126, Est. VI, nº29
155 |
Categoria: Engobe Vermelho
Objecto: Tigela (Imitação de Delgado 1968, variante)
Cronologia: Sécs. IV – V
Proveniência: Necrópole da Quinta do Paço
N.I.: 1991.1832
Bibliografia: Inédita
156 |
Categoria: Engobe Vermelho tipo Pompeiano
Objecto: Taça (Imitação de “Sétif ” 1970)
Cronologia: 2ª metade séc. IV / meados séc. V
Proveniência: São Geraldo
N.I.: 2003.1557
Bibliografia: Inédita
151 |
Categoria: Engobe Vermelho
Objecto: Prato (Imitação de Hayes 63)
Cronologia: Último quartel do séc. IV
Proveniência: Maximinos
N.I.: 1995.0538
Bibliografia: Delgado 1993/94: 125 e 135; Est. VI,
nº27
152 |
Categoria: Engobe Vermelho
Objecto: Prato (Imitação de Hayes 63)
Cronologia: Cerca de 375-400 (?)
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1995.1223
Bibliografia: Delgado 1993/94: 125 e 135; Est. VI,
nº26
153 |
Categoria: Engobe Vermelho
Objecto: Prato (Imitação de Hayes 76)
Cronologia: 425 – 475
Proveniência: Cavalariças
N.I.: 1995.1224
Bibliografia: Delgado 1993/94: 125 e 135; Est. VI,
nº28
Escala | 1:4
148
142
149
143
150
144
151
145
152
153
146
154
147
155
156
53
ESTAMPAS
| CERÂMICAS DE ENGOBE VERMELHO
GRUPO III
157 |
Categoria: Engobe Vermelho
Objecto: Prato/Travessa
Cronologia: Séc. IV/ V
Proveniência: Póvoa de Lanhoso
N.I.: 1995.0532
Bibliografia: Delgado 1993/94: 123; Est. IV nº16
163 |
Categoria: Engobe Vermelho
Objecto: Pratel
Cronologia: Séc. IV/ V
Proveniência: Termas
N.I.: 1994.1008
Bibliografia: Delgado 1993/94: 124;Est. III, nº14
169 |
Categoria: Engobe Vermelho
Objecto: Púcara
Cronologia: Séc. IV
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1995.1207
Bibliografia: Inédita
158 |
Categoria: Engobe Vermelho
Objecto: Prato
Cronologia: Séc. III
Proveniência: Termas
N.I.: 1996.0821
Bibliografia: Delgado 1993/94: 118/9 e 132;Est. II,
nº8
164 |
Categoria: Engobe Vermelho
Objecto: Tigela
Cronologia: Séc. I/II
Proveniência: Colina da Cividade
N.I.: 1991.1799
Bibliografia: Delgado 1993/94: 118-120 e 132; Est.
II, nº9
170 |
Categoria: Engobe Vermelho
Objecto: Bilha
Cronologia: Séc. I
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1992.1035
Bibliografia: Inédita
159 |
Categoria: Engobe Vermelho
Objecto: Phiale
Cronologia: Séc. I
Proveniência: Rua de S. Geraldo, nº34
N.I.: 1997.1338
Bibliografia: Inédita
160 |
Categoria: Engobe Vermelho tipo Pompeiano
Objecto: Prato (Hayes 59 A)
Cronologia: 320 – 380/400
Proveniência: Fujacal
N.I.: 1995.0535
Bibliografia: Delgado 1993/94: 118 e 132; Est. II, nº 7
161 |
Categoria: Engobe Vermelho tipo Pompeiano
Objecto: Prato (Hayes 59 A)
Cronologia: 320 – 380/400
Proveniência: Colina da Cividade
N.I.: 1995.1225
Bibliografia: Delgado 1993/94: 118 e 131; Est. II, nº 6
162 |
Categoria: Engobe Vermelho
Objecto: Pratel
Cronologia: Séc. IV/ V
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1994.0922
Bibliografia: Delgado 1993/94: 124 e 133; Est. III
nº15
54
165 |
Categoria: Engobe Vermelho
Objecto: Tacho
Cronologia: Séc. V
Proveniência: Maximinos
N.I.: 1995.0525
Bibliografia: Inédita
166 |
Categoria: Engobe Vermelho
Objecto: Frigideira
Cronologia: Séc. I/II
Proveniência: Escavações antigas, 64/76
N.I.: 1995.0531
Bibliografia: Inédita
167 |
Categoria: Engobe Vermelho
Objecto: Púcaro
Cronologia: Séc. I
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1994.1653
Bibliografia: Inédita
168 |
Categoria: Engobe Vermelho
Objecto: Púcaro
Cronologia: Séc. I/II
Proveniência: Edifício Cardoso da Saudade
N.I.: 1999.0064
Bibliografia: Inédita
Escala | 1:4
165
157
158
166
159
167
160
161
168
162
163
169
164
170
55
CERÂMICAS
DE
ENGOBE
BRANCO
7.
CERÂMICAS
BRANCO
As produções de engobe branco de época
romana não têm sido motivo de estudos
sistemáticos. Entre nós esta produção está
praticamente desconhecida.
A primeira referência específica a este tipo
de produção deve-se a Adília e Jorge de
Alarcão (1975: 99-105) que, a propósito de
uma exposição integrada no II Congresso
Nacional de Arqueologia realizado em 1971
em Coimbra, publicam um pequeno guia
intitulado Dez anos de Actividade
arqueológica em Portugal (1960-1969).
Mais tarde, Jorge de Alarcão, no volume
que celebrou o encontro Á Propos des
Céramiques de Conimbriga (1975: 99105), fez uma pequena exposição sobre o
conhecimento destas cerâmicas em Portugal que se resumiam a fragmentos recolhidos nas escavações de Conimbriga e apenas
três exemplares completos, ilustrados por
duas bilhas da necrópole de Bouçós (Paços
de Ferreira) e Conimbriga e um cálice de
Tróia (Setúbal).
Passado um ano, no volume de Fouilles de
Conimbriga, dedicado às cerâmicas diversas
e vidros, o mesmo autor faz o primeiro e até
à data o único estudo específico sobre esta
produção a partir dos materiais deConimbriga
e refere outros inéditos recolhidos por Carlos
Alberto Ferreira de Almeida em Fiães (Vila
da Feira).
O estudo dos materiais de Conimbriga permite
constatar que naquela cidade as produções de
engobe branco, maioritariamente represen-
DE
ENGOBE
tadas por potes de duas asas e jarros, provêm
de estratos alto-imperiais (vd. Alarcão 1976:
59-64; 133, Pl. XIV).
Com exepção do fragmento de cálice
(nº 173), o estudo ainda preliminar das
produções de engobe branco de Bracara
Augusta permite constatar que estamos
perante produções mais tardias. Dois
fragmentos de jarros, um dos quais com
decoração pintada, ornada com motivos
arbóreos (nº 174), encontra paralelos nas
produções de cerâmica pintada do Prado
datáveis de finais do século III a inícios do
século IV. As restantes formas, que incluem
fragmentos de taças, cálices, jarros, bilhas e
potes, provêm de estratos tardios posteriores
ao século V. Deste conjunto são maioritários
os potes, dos quais se destaca um exemplar
completo que apresenta na parte superior
na parede uma faixa pintada decorada em
ziguezague (nº 179).
Apesar das diferenças cronológicas dos
materiais recolhidos em Conimbriga e em
Braga não deixa de ser curioso que em ambas
as cidades predominem os potes e os jarros.
À parte a questão utilitária e de prestígio
que estes produtos poderiam ter, ou mesmo
da sua utilização com fins rituais, - como
sugeriu Thierry Martin a propósito dos
vasos de engobe branco de Montans (1977:
165-172) - é possível que potes como o
aqui apresentado possam ter sido utilizados
como urnas funerárias.
57
ESTAMPAS
| CERÂMICAS DE ENGOBE BRANCO
171 |
Categoria: Engobe Branco
Objecto: Taça
Cronologia: Posterior ao séc. V
Proveniência: Teatro
N.I.: 2005.0200
Bibliografia: Inédita
178 |
Categoria: Engobe Branco
Objecto: Bilha?
Cronologia: Posterior ao séc. V
Proveniência: Teatro
N.I.: 2005.0204
Bibliografia: Inédita
172 |
Categoria: Engobe Branco
Objecto: Taça
Cronologia: Posterior ao séc. V
Proveniência: Teatro
N.I.: 2007.0480
Bibliografia: Inédita
179 |
Categoria: Engobe Branco
Objecto: Pote / Urna
Cronologia: Séc. IV
Proveniência: Achado isolado
N.I.: 1991.1437
Bibliografia: Inédita
173 |
Categoria: Engobe Branco
Objecto: Cálice
Cronologia: Séc. I/ II
Proveniência: S. Geraldo
N.I.: 2008.0329
Bibliografia: Inédita
174 |
Categoria: Engobe Branco
Objecto: Jarro
Cronologia: Finais do Séc. III / inícios do Séc. IV?
Proveniência: Teatro
N.I.: 2008.0347
Bibliografia: Inédita
175 |
Categoria: Engobe Branco
Objecto: Jarro
Cronologia: Séc. V/ VI
Proveniência: Teatro
N.G.: 2005.1123
Bibliografia: Inédita
176 |
Categoria: Engobe Branco
Objecto: Jarro?
Cronologia: Posterior ao séc. V
Proveniência: Termas
N.G.: 2008.0348
Bibliografia: Inédita
177 |
Categoria: Engobe Branco
Objecto: Jarro
Cronologia: Posterior ao séc. V
Proveniência: Teatro
N.I.: 2007.0005
Bibliografia: Inédita
58
Escala | 1:4
178
171
179
172
173
174
175
176
177
59
CERÂMICA
CINZENTA
TARDIA
8.
CERÂMICA CINZENTA
TARDIA
As cerâmicas cinzentas do Baixo-império e
Antiguidade Tardia encontradas em Braga
constituem um conjunto bem diferenciado pelas suas características de fabrico e
repertório de formas. Estas produções foram
estudadas por Alexandra Gaspar, tendo sido
objecto de uma tese de mestrado (Gaspar
2000) e de um artigo publicado em Anejos
de Archivo Español de Arqueología, sobre
estas cerâmicas recolhidas em Braga e Dume
(Gaspar 2003, 455-481). É nos estudos
desta autora que se obtém a informação que
brevemente se apresenta.
O estudo arqueométrico desta cerâmica
permitiu confirmar que se trata de uma
produção local cuja argila provém da zona
de Prado e verificar uma continuidade na
utilização desta argila e mesmo da constituição das pastas entre os finais do século IV e
o século VIII. É possível que estas cerâmicas
se tenham difundido para além do conventus bracaraugustanus, como parecem
demonstrar as cerâmicas cinzentas tardias
recolhidas em Conimbriga muito provavelmente oriundas da zona de Prado.
As pastas, de cor cinzenta, incluem uma
grande quantidade de desengordurante. As
superfícies são simplesmente alisadas e, por
vezes, polidas. As temperaturas de cozedura
variam entre 915º e 1100º.
Esta produção está presente em toda a
cidade, particularmente na zona norte,
com destaque para as intervenções na Rua
de Gualdim Pais, insula das Carvalheiras
e Cavalariças. O reflexo da sua difusão regional constata-se pelo achado de cerâmicas
deste tipo em todo o Noroeste Peninsular,
com destaque para S. Martinho de Dume,
graças às intervenções arqueológicas que
têm vindo a ser realizadas neste local.
O estudo arqueométrico acima referido permitiu definir dois grupos morfológicos distintos.
O primeiro grupo (nº 180 - 197), datado de
contextos dos séculos V e VI, inclui formas
que imitam ou se inspiram em formas tardias de terra sigillata, caso das produções
africanas (Hayes 73, 76 e 97), focenses
(forma Hayes 3) e gálicas (Rigoir 1, 3 C, 5
A e B, 6 A e B, 7, 8, 11, 13/14, 16, 18, 22 e
29). De entre estas predominam as formas
Rigoir 1, seguidas das formas Hayes 73 e
Rigoir 8 e 16. Às formas apresentadas por
Alexandra Gaspar acrescente-se uma taça
(nº 183) que parece inspirar-se na forma
Hayes 12/102 (ainda que sem o característico pé em forma de cálice). Estas peças
foram feitas ao torno, apresentam espessuras e tonalidades de cinzento variáveis em
função das formas em que se inspiraram ou
pretenderam imitar. O cuidado posto na
feitura das formas contrasta com a decoração geralmente pobre.
O segundo grupo (nº 198 - 204) é exclusivamente constituído por formas de uso
comum, datadas de finais do século IV
ao século VII, ainda que particularmente
abundantes em contextos estratigráficos
dos séculos V e VI. As peças deste grupo
foram feitas ao torno ou manualmente com
a técnica do rolo. As paredes são geralmente
espessas e as superfícies externas, raramente
polidas, são apenas alisadas ou escovadas.
Como se pode ver nas formas identificadas,
estas formas estavam destinadas a serem utilizadas na cozinha (para preparar e cozinhar
alimentos), na mesa, na dispensa e para
armazenamento. Predominavam os potes,
as tigelas e as bilhas. Apenas uma baixa percentagem deste grupo apresenta decorações,
geralmente muito rudimentares.
61
ESTAMPAS
| CERÂMICA CINZENTA TARDIA
GRUPO 1A
180 |
Categoria: Cinzenta Tardia
Objecto: Tigela (Imitação Hayes 73)
Cronologia: Séc. V
Proveniência: Colina da Cividade
N.I.: 1998.0902
Bibliografia: Gaspar 2000:104;139; Est. I nº 4
181 |
Categoria: Cinzenta Tardia
Objecto: Travessa (Imitação Hayes 76)
Cronologia: Séc. V
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1997.0368
Bibliografia: Gaspar 2000: 105-106; 139; Est. I, nº 7
182 |
Categoria: Cinzenta Tardia
Objecto: Tigela (Imitação Hayes 97)
Cronologia: Sécs. V/ VI
Proveniência: Praia das Sapatas (Colina da Cividade)
N.I.: 2000.0621
Bibliografia: Gaspar 2000: 20;105-106; 139; Est. I, nº9
183 |
Categoria: Cinzenta Tardia
Objecto: Taça (Imitação Hayes 12/102)
Cronologia: Sécs. V/ VI
Proveniência: Teatro
N.I.: 2005.0999
Bibliografia: Inédita
Escala | 1:4
62
180
181
182
183
63
ESTAMPAS
| CERÂMICA CINZENTA TARDIA
GRUPO 1B
184 |
Categoria: Cinzenta Tardia
Objecto: Tigela (Imitação Focense Tardia Hayes 3)
Cronologia: Finais séc. V/ VI
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 2000.0321
Bibliografia: Gaspar 2000: 107; 139; Est. II, nº 11
Escala | 1:4
64
184
65
ESTAMPAS
| CERÂMICA CINZENTA TARDIA
GRUPO 1C
185 |
Categoria: Cinzenta Tardia
Objecto: Prato (Imitação Rigoir I)
Cronologia: Sécs. IV/ V
Proveniência: Cavalariças
N.I.: 1996.0129
Bibliografia: Gaspar, 2000: 108, 109, 139; Est. II, nº 12
192 |
Categoria: Cinzenta Tardia
Objecto: Prato (Imitação Rigoir 8)
Cronologia: Sécs. IV/ V
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1997.0832
Bibliografia: Gaspar 2000: 115; 142; Est. IV, nº 34
186 |
Categoria: Cinzenta Tardia
Objecto: Prato (Imitação Rigoir 3C)
Cronologia: Sécs. V/ VI
Proveniência: Cavalariças
N.I.: 1997.0371
Bibliografia: Gaspar 2000: 112; 141; Est. III, nº 28
193 |
Categoria: Cinzenta Tardia
Objecto: Prato (Imitação Rigoir 11)
Cronologia: Sécs. IV/ V
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1997.0833
Bibliografia: Gaspar 2000: 116; Est. IV, nº 36
187 |
Categoria: Cinzenta Tardia
Objecto: Taça (Imitação Rigoir 5 A)
Cronologia: Sécs. IV/ V
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1997.0840
Bibliografia: Gaspar, 2000: 113; 141; Est. IV, nº 29
188 |
Categoria: Cinzenta Tardia
Objecto: Taça (Imitação Rigoir 5B)
Cronologia: Sécs. V/ VI
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 2003.0475
Bibliografia: Gaspar 2000: 113; 141; Est. IV, nº 30
189 |
Categoria: Cinzenta Tardia
Objecto: Prato (Imitação Rigoir 6A)
Cronologia: Séc. V
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 2000.0624
Bibliografia: Gaspar 2000: 113; 141; Est. IV, nº 31
190 |
Categoria: Cinzenta Tardia
Objecto: Tigela (Imitação Rigoir 6B)
Cronologia: Sécs. V/ VI
Proveniência: Gualdim Pais
N.I.: 1997. 0385
Bibliografia: Gaspar 2000: 113 – 114; 141; Est. IV,
nº 32
191 |
Categoria: Cinzenta Tardia
Objecto: Taça (Imitação Rigoir 7)
Cronologia: Sécs. V/ VI
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1999.0745
Bibliografia: Gaspar, 2000: 20, 114 - 115; 141; Est.
IV, nº 33
66
194 |
Categoria: Cinzenta Tardia
Objecto: Taça (Imitação Rigoir 13/14)
Cronologia: Sécs. V/ VI
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1996.0135
Bibliografia: Gaspar 2000: 117; Est. IV, nº 37
195 |
Categoria: Cinzenta Tardia
Objecto: Tigela (Imitação Rigoir 16)
Cronologia: Sécs. V/ VI
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1999.0913
Bibliografia: Gaspar 2000: 117; Est. V, nº 41
196 |
Categoria: Cinzenta Tardia
Objecto: Tigela (Imitação Rigoir 22)
Cronologia: Sécs. V/ VI
Proveniência: S. Geraldo
N.I.: 1997.1293
Bibliografia: Gaspar 2000: 119 – 120; 143; Est. V, nº
46
197 |
Categoria: Cinzenta Tardia
Objecto: Almofariz (Imitação Rigoir 29)
Cronologia: Séc. VI
Proveniência: Gualdim Pais
N.I.: 1997.0380
Bibliografia: Gaspar, 2000: 120– 122; 143; Est. V, nº
49
Escala | 1:4
195
185
196
186
197
187
188
189
190
191
192
193
194
67
ESTAMPAS
198 |
Categoria: Cinzenta Tardia
Objecto: Tacho de asa interior
Cronologia: Séc. VI
Proveniência: Gualdim Pais
N.I.: 1997.0386
Bibliografia: Gaspar 2000: 127 – 128; 146; Est. IX,
nº 92
| CERÂMICA CINZENTA TARDIA
GRUPO 2
204 |
Categoria: Cinzenta Tardia
Objecto: Bilha
Cronologia: Sécs. IV - VI
Proveniência: Fujacal
N.I.: 1996. 0234
Bibliografia: Gaspar, 2000: 128;129; 146; Est. X, nº 95
199 |
Categoria: Cinzenta Tardia
Objecto: Almofariz
Cronologia: Séc. VI
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1997.0814
Bibliografia: Gaspar 2000: 125 – 126; 145; Est. VIII,
nº 86
200 |
Categoria: Cinzenta Tardia
Objecto: Alguidar
Cronologia: Séc. IV/ V
Proveniência: Gualdim Pais
N.I.: 2000.0617
Bibliografia: Gaspar 2000: 126; 146; Est. VIII, nº 87
201 |
Categoria: Cinzenta Tardia
Objecto: Tigela
Cronologia: Sécs. IV/ V
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1999.0763
Bibliografia: Gaspar 2000: 132;135; 148; Est. XII, nº
116
202 |
Categoria: Cinzenta Tardia
Objecto: Tigela
Cronologia: Sécs. V/ VI
Proveniência: Albergue Distrital – Largo de S. Paulo
N.I.: 1993.0701
Bibliografia: Gaspar, 2000: 132-135; 149; Est. XIV,
nº 126
203 |
Categoria: Cinzenta Tardia
Objecto: Pote
Cronologia: Séc. VI
Proveniência: Gualdim Pais
N.I.: 1999.0743
Bibliografia: Gaspar 2000: 124-125; 144; Est. VI, nº
58
68
Escala | 1:4
198
199
200
201
202
204
203
69
CERÂMICA
COMUM
FINA
9.
CERÂMICA COMUM
FINA
A produção local de olaria desempenhou
um papel relevante na cidade e no abastecimento da região. Sabe-se que a zona de
Prado/Ucha, localizada a cerca de 14 km
de Braga, constituiu um dos principais locais de exploração de argila para produção
da cerâmica comum fina recolhida na
cidade romana.
Em Braga, atendendo às características
técnicas, podemos distinguir dois grupos
genéricos dentro da cerâmica comum.
O grupo menos abundante que aqui se apresenta corresponde a cerâmicas que se
caracterizam por uma pasta fina, de cor
creme e inclui recipientes destinados a
servir à mesa. Alguns destes produtos foram
usados como mobiliário funerário.
A presença significativa deste tipo de
cerâmica em sepulturas datadas de meados
do século I / século II é um bom indicador
cronológico para este tipo de produções
(Martins e Delgado 1989-90: 41-186). Na
sua grande maioria este grupo é constituído
por copos, púcaros, jarros, bilhas, potinhos
e potes. Menos frequentes são os pratos,
as taças e as tigelas, talvez devido à forte
concorrência de outro tipo de cerâmicas
finas representadas, quer pelas sigillatas
importadas, quer pelas produções locais de
cerâmicas pintadas e bracarenses.
Por vezes, de modo residual, estas
produções podem imitar formas de
sigillata, caso das formas Ritt. 5 (nº 205) e
Hisp. 8 (nº 206), 4 (nº 207) e 56 (nº 208).
Contrariando uma cronologia alto-imperial
que caracteriza a quase totalidade destas
produções, a forma Hisp. 56 (nº 208) data do
período médio e baixo-imperial e possui uma
pasta de cor acastanhada menos comum
neste tipo de produção.
Deve ainda assinalar-se a presença de
cerâmicas com carácter votivo. Tal é o caso
da jarra proveniente de uma sepultura decorada com a cabeça de um javali (nº 229),
um fundo indeterminado ornado com um
pequeno busto aplicado, uma pequena peça
em forma de pátera (nº 247), uma pega com
a representação da cabeça estilizada de uma
serpente (nº 246) e uma terracota bivalve
em forma de noz (nº 245). A presença de
um dado em cerâmica (nº 354), certamente
ligado à questão dos jogos, é ainda digna de
destaque (Morais 2005).
71
ESTAMPAS
| CERÂMICA COMUM FINA
GRUPO 1 - IMITAÇÃO
205 |
Categoria: Comum fina com revestimento de aguada
Objecto: Taça (Imitação de Ritterling 5)
Cronologia: 41 -54
Proveniência: Maximinos
N.I.: 1999.2339
Bibliografia: Inédita
206 |
Categoria: Comum fina
Objecto: Tigela (Imitação de Ritterling 8)
Cronologia: Séc. II
Proveniência: Termas
N.I.: 1991.1288
Bibliografia: Inédita
207 |
Categoria: Comum fina
Objecto: Taça (Imitação Hispânica 4)
Cronologia: Finais séc. I/ II
Proveniência: Largo de Sta. Cruz
N.I.: 1999.0063
Bibliografia: Inédita
208 |
Categoria: Comum fina
Objecto: Bilha (Imitação Hispânica 56)
Cronologia: Séc. III/ IV
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1992.0863
Bibliografia: Inédita
Escala | 1:4
72
205
206
207
208
73
ESTAMPAS
| CERÂMICA COMUM FINA
GRUPO 2
209 |
Categoria: Comum fina
Objecto: Tigela
Cronologia: Sécs. I/II
Proveniência: Albergue Distrital
N.I.: 1998.1463
Bibliografia: Inédita
215 |
Categoria: Comum fina
Objecto: Copo
Cronologia: Séc. I
Proveniência: Rua do Caires (Sepultura 27 a)
N.I.: 1991.1000
Bibliografia: Inédita
210 |
Categoria: Comum fina
Objecto: Taça
Cronologia: Sécs. I/II
Proveniência: Fujacal
N.I.: 1994.0487
Bibliografia: Inédita
216 |
Categoria: Comum fina
Objecto: Copo
Cronologia: Sécs. I/ II
Proveniência: Largo Carlos Amarante (Sepultura II)
N.I.: 1991.0600
Bibliografia: Martins e Delgado 1989/90: 102, fig.45,
nº 1
211 |
Categoria: Comum fina
Objecto: Taça
Cronologia: Séc. I/ II
Proveniência: Teatro
N.I.: 2008.0046
Bibliografia: Inédita
217 |
Categoria: Comum fina
Objecto: Púcaro
Cronologia: Séc. I
Proveniência: Cavalariças
N.I.: 1991.1071
Bibliografia: Inédita
212 |
Categoria: Comum fina
Objecto: Copo
Cronologia: Sécs. I/ II
Proveniência: Rua do Caires (Sepultura 11a)
N.I.: 1991.1005
Bibliografia: Martins e Delgado 1989/90: 70, fig.20,
nº 8
218 |
Categoria: Comum fina
Objecto: Púcaro
Cronologia: Finais séc. I/ 1ªmetade séc. II Proveniência: Avenida Liberdade (Necrópole Via XVII)
N.I.: 1994.0972
Bibliografia: Inédita
213 |
Categoria: Comum fina
Objecto: Copo
Cronologia: Sécs. I/II
Proveniência: Rua do Caires (Sepultura 11a)
N.I.: 1991.0999
Bibliografia: Martins e Delgado 1989/90: 70, fig.20,
nº 9
219 |
Categoria: Comum fina
Objecto: Púcaro
Cronologia: Finais séc. I/ 1ªmetade séc. II
Proveniência: Avenida da Liberdade (Necrópole Via
XVII)
N.I.: 1994.0975
Bibliografia: Inédita
214 |
Categoria: Comum fino
Objecto: Copo
Cronologia: Finais séc. I
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1991.1764
Bibliografia: Delgado 1996/97: 152; 161, fig.5, nº6
220 |
Categoria: Comum fina
Objecto: Jarro
Cronologia: Sécs. I/II
Proveniência: Largo Carlos Amarante
N.I.: 1991.0611
Bibliografia: Martins e Delgado 1989/90: 102, fig.45,
nº 14
74
221 |
Categoria: Comum fina
Objecto: Jarro
Cronologia: Sécs. I/II
Proveniência: Largo Carlos Amarante
N.I.: 1991.0615
Bibliografia: Martins e Delgado 1989/90: 102, fig.45,
nº 16
222 |
Categoria: Comum fina
Objecto: Jarro
Cronologia: Sécs. I/II
Proveniência: Albergue Distrital
N.I.: 1997.1313
Bibliografia: Inédita
223 |
Categoria: Comum fina com revestimento de aguada
Objecto: Jarro
Cronologia: Sécs. II/III
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1994.0897
Bibliografia: Inédita
Escala | 1:4
209
215
210
220
211
216
221
212
217
222
218
213
214
219
223
75
ESTAMPAS
224 |
Categoria: Comum fina
Objecto: Púcaro
Cronologia: Sécs. I/ II
Proveniência: Rua do Caires (Cinzeiro 2)
N.I.: 1991.1002
Bibliografia: Martins e Delgado 1989/90: 73, fig.25,
nº 13
225 |
Categoria: Comum fina
Objecto: Jarro
Cronologia: Séc. III
Proveniência: Rua do Caires (Sepultura 8)
N.I.: 1991.0998
Bibliografia: Martins e Delgado 1989/90: 67, fig.17,
nº 12
226 |
Categoria: Comum fina
Objecto: Jarro
Cronologia: 2ª metade séc. I a finais séc. III
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1991.1762
Bibliografia: Inédita
227 |
Categoria: Comum fina
Objecto: Jarro
Cronologia: 2ª metade séc. I a finais séc. III
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1991.1760
Bibliografia: Inédita
228 |
Categoria: Comum fina
Objecto: Púcaro
Cronologia: Séc. IV
Proveniência: Termas
N.I.: 1991.1285
Bibliografia: Inédita
229 |
Categoria: Comum fina
Objecto: Jarra
Cronologia: Séc. I
Proveniência: Rua do Caires (Sepultura A)
N.I.: 1991.0997
Bibliografia: Morais 2005: I 93, Est. XXI, nº1;II 25;
Est. XXI, nº1
230 |
Categoria: Comum fina
Objecto: Bilha
Cronologia: Séc. I
Proveniência: Termas
N.I.: 1995.0326
Bibliografia: Inédita
76
| CERÂMICA COMUM FINA
GRUPO 2
231 |
Categoria: Comum fina
Objecto: Bilha
Cronologia: 2ª metade séc. I/ inícios séc. II
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1991.1786
Bibliografia: Delgado 1996/97: 154, nº 9; 161, fig. 5,
nº 9
232 |
Categoria: Comum fina
Objecto: Bilha
Cronologia: Sécs. I/ II
Proveniência: Avenida da Liberdade
N.I.: 1991.1410
Bibliografia: Martins e Delgado 1989/90: 92, fig. 40,
nº19; 169, fig.101
233 |
Categoria: Comum fina
Objecto: Bilha
Cronologia: Séc. II
Proveniência: Rua do Caires (Sepultura 3)
N.I.: 1991.0927
Bibliografia: Martins e Delgado 1989/90: 59, fig. 10,
nº 20
234 |
Categoria: Comum fina
Objecto: Bilha
Cronologia: Séc. III
Proveniência: Rua do Caires (Sepultura 1)
N.I.: 1991.0928
Bibliografia: Martins e Delgado 1989/90:58, fig.8,
nº21; 180, nº21
235 |
Categoria: Comum fina
Objecto: Bilha
Cronologia: Meados séc. I/ meados séc. II
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1991.1763
Bibliografia: Delgado 1996/97: 152; 154, nº8; 161,
fig. 5, nº 8
236 |
Categoria: Comum fina
Objecto: Potinho
Cronologia: Séc. I
Proveniência: Rua do Caires (Sepultura a)
N.I.: 1991.1020
Bibliografia: Martins e Delgado 1989/90: 61, fig.11,
nº 23
Escala | 1:4
228
224
232
225
233
229
234
226
230
235
227
231
236
77
ESTAMPAS
| CERÂMICA COMUM FINA
GRUPO 2
237 |
Categoria: Comum fina
Objecto: Potinho
Cronologia: Séc. II
Proveniência: Rua do Caires
N.I.: 2000.0130
Bibliografia: Inédita
243 |
Categoria: Comum fina
Objecto: Testo Cronologia: Séc. I/ II
Proveniência: Edifício Cardoso da Saudade
N.I.: 1999.0052
Bibliografia: Inédita
238 |
Categoria: Comum fina
Objecto: Potinho
Cronologia: Séc. II
Proveniência: Largo Carlos Amarante
N.I. 1991.1004
Bibliografia: Martins e Delgado 1989/90: 180, nº 24
244 |
Categoria: Comum fina
Objecto: indeterminado
Cronologia: Séc. I/ II
Proveniência: Braga sem contexto
N.I.: 1991.0745
Bibliografia: Morais 2005: I, 93, Est. XVIII, nº 1; II,
22, Est. XVIII, nº 1
239 |
Categoria: Comum fina
Objecto: Pote de duas asas
Cronologia: Séc. II
Proveniência: Edifício Cardoso da Saudade
N.I.: 1996.0543
Bibliografia: Inédita
240 |
Categoria: Comum fina
Objecto: Copo
Cronologia: Sécs. I/II
Proveniência: Albergue Distrital
N.I.: 1997.1295
Bibliografia: Inédita
241 |
Categoria: Comum fina
Objecto: Pote
Cronologia: Séc. II
Proveniência: Rua do Caires (Sepultura 24)
N.I.: 1991.1006
Bibliografia: Martins e Delgado 1989/90: 80; fig.32,
nº 35
242 |
Categoria: Comum fina
Objecto: Testo?
Cronologia: Séc. I /II
Proveniência: Termas
N.I.: 1992.0966
Bibliografia: Inédita
78
245 |
Categoria: Comum fina
Objecto: Mini - Terracota
Cronologia: Séc. I/ II
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1992.0859
Bibliografia: Morais 2005: I, 155, Est. XXII, nº6; II, 7,
Est. XXII, nº6
246 |
Categoria: Comum fina
Objecto: indeterminado
Cronologia: Séc. I/ II
Proveniência: Colina da Cividade
N.I.: 2002.0315
Bibliografia: Morais 2005: I, 154/155, Est. XXII, nº5;
II, 7, Est. XXII, nº5
247 |
Categoria: Comum fina
Objecto: Indeterminada Cronologia: Séc. I/ II
Proveniência: Braga sem contexto
N.I.: 1993.0694
Bibliografia: Morais 2005: I, 93, Est. XXI, nº3; II, 25,
Est. XXI, nº3
Escala | 1:4
242
243
237
244
238
245
246
239
240
247
241
79
CERÂMICA
COMUM
GROSSEIRA
10.
CERÂMICA COMUM
GROSSEIRA
Como seria de supor, a cerâmica comum
grosseira é a cerâmica mais abundantemente
encontrada nas escavações em Braga. Mais
uma vez a zona de Prado/Ucha, localizada a
cerca de 14 km da cidade romana de Bracara
Augusta, deve ser considerada como um
dos principais locais de exploração de
argila para o fabrico desta cerâmica de
materiais de construção.
Como é habitual, cerca de 60 a 90% das
produções locais da cerâmica dita comum
grosseira destinavam-se a cobrir as necessidades de recipientes para comer, cozinhar,
armazenar, transportar ou lavar. Grande
parte integra peças utilizadas para ir ao lume.
Atendendo às características técnicas estas
cerâmicas caracterizam-se por possuir uma
pasta com abundantes inclusões e superfícies
menos cuidadas.
A diversidade de fabricos está de acordo
com o vasto conjunto de formas até à data
documentadas na cidade com cronologias
alto e baixo imperiais. As formas mais abundantes correspondem a pratos, frigideiras,
tigelas, tachos, alguidares, almofarizes
bacias, tigelas, taças, jarros, bilhas, panelas
e potes. Por vezes podem imitar formas da
terra sigillata hispânica, caso da forma Drag.
24/25 e 27 (não ilustradas).
Da panóplia de formas que acabamos de
referir cabe acrescentar algumas outras
menos habituais mas nem por isso menos
interessantes: um assador (nº 262) e potes
meleiros (nº 293 - 295) com paralelos
etnográficos actuais (Delgado 1996/97:
149-165; Morais 2006: 149-161).
Deve ainda destacar-se a presença de
grandes dolia destinados ao armazenamento
de produtos (nº 296 - 297), alguns dos
quais associam marcas de oficina ou grafitos
nominais e numerais, e alguns fragmentos
de bilhas de duas asas que fazem lembrar
ânforas de tipo urceus (nº 274 - 280).
Mas também nas cerâmicas ditas grosseiras
se constata a presença de peças relacionadas
com os jogos e eventualmente com actividades votivas. Tal é o caso de um pequeno
fragmento de pega muito estilizado com a
forma de cabeça de serpente (nº 301) e do
que parece ser um brinquedo (nº 302) com
a forma de uma pomba (Morais 2005).
81
ESTAMPAS
| CERÂMICA COMUM GROSSEIRA
248 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Prato
Cronologia: 2ª metade séc. III
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1997.1349
Bibliografia: Inédita
255 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Caçarola
Cronologia: Inícios do séc. II
Proveniência: Termas
N.I.: 1998.1516
Bibliografia: Inédita
249 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Prato
Cronologia: Finais séc. III/ inícios séc. IV
Proveniência: Termas
N.I.: 1998.1422
Bibliografia: Inédita
256 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Alguidar pequeno
Cronologia: Séc. IV
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1992.0870
Bibliografia: Inédita
250 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Frigideira
Cronologia: Inícios séc. IV
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1992.0997
Bibliografia: Inédita
257 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Almofariz
Cronologia: Sécs. I/II
Proveniência: Hospital
N.I.: 1995.0328
Bibliografia: Cruz 2001: 35, fig.14, nº1
251 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Frigideira
Cronologia: Séc. IV
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1992.0871
Bibliografia: Inédita
258 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Almofariz
Cronologia: Sécs. I/II
Proveniência: Edifício Cardoso da Saudade
N.I.: 1998.1631
Bibliografia: Inédita
252 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Frigideira
Cronologia: Posterior ao séc. V
Proveniência: Termas
N.I.: 1991.1275
Bibliografia: Inédita
259 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Almofariz
Cronologia: 1ª metade séc. II / meados séc. III
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1998.1597
Bibliografia: Inédita
253 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Tacho
Cronologia: Finais do séc. I
Proveniência: Fonte do Ídolo
N.I.: 1997.0041
Bibliografia: Inédita
254 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Caçarola
Cronologia: Inícios do séc. II
Proveniência: Termas
N.I.: 1998.1517
Bibliografia: Inédita
82
Escala | 1:4
248
249
250
251
256
252
257
253
258
254
255
259
83
ESTAMPAS
| CERÂMICA COMUM GROSSEIRA
260 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Bacia
Cronologia: Inícios do séc. II
Proveniência: Termas
N.I.: 1998.1544
Bibliografia: Inédita
267 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Tigela
Cronologia: Inícios do século II
Proveniência: Termas
N.I.: 1998.1515
Bibliografia: Inédita
261 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Bacia
Cronologia: 1ª metade do séc. IV
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1998.1400
Bibliografia: Inédita
268 |
Categoria: Comum Grosseiro
Objecto: Taça
Cronologia: 1ª metade do séc. IV
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1997.1333
Bibliografia: Inédita
262 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Assador
Cronologia: Sécs. II/III
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1991.2206
Bibliografia: Inédita
263 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Bacia
Cronologia: 2ª metade do séc. IV
Proveniência: Termas
N.I.: 1998.1598
Bibliografia: Inédita
264 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Bacia
Cronologia: Séc. IV
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1998.1419
Bibliografia: Inédita
265 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Tigela
Cronologia: Último quartel séc. III/ 1º quartel séc. IV
Proveniência: Albergue Distrital
N.I.: 1997.1306
Bibliografia: Inédita
266 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Tigela
Cronologia: Finais do séc. III/ inícios do séc. IV
Proveniência: Termas
N.I.: 1991.1284
Bibliografia: Inédita
84
269 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Taça
Cronologia: Finais séc. I/ 1ª metade séc. II
Proveniência: Avenida Liberdade (Necrópole Via
XVII)
N.I.: 1994.0965
Bibliografia: Inédita
270 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Jarro
Cronologia: Finais séc. I/ séc. II
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1991.2208
Bibliografia: Delgado 1996/97: 153; 154, 10; 161, fig.
5, nº10
271 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Jarro
Cronologia: 2ª metade séc. I/ finais séc. III
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1991.2209
Bibliografia: Inédita
Escala | 1:4
265
260
266
261
267
268
262
269
263
264
270
271
85
ESTAMPAS
272 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Jarro
Cronologia: Sécs. I/II
Proveniência: Edifício Cardoso da Saudade
N.I.: 1999.0062
Bibliografia: Inédita
| CERÂMICA COMUM GROSSEIRA
278 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Jarro
Cronologia: Finais séc. II/ séc. IV
Proveniência: Póvoa do Lanhoso
N.I.: 1997.0231
Bibliografia: Morais 2005: I 139, nº 578; II 173, nº578
273 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Jarro
Cronologia: Inícios séc. II
Proveniência: Termas
N.I.: 1998.1505
Bibliografia: Inédita
274 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Jarro
Cronologia: Finais séc. II/ séc. IV
Proveniência: Quinta do Fujacal/ Rua 25 de Abril
N.I.: 1991.0728
Bibliografia: Morais 2005: I, 138, nº 564; II, 167
275 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Jarro
Cronologia: Finais séc. II/ séc. IV
Proveniência: Maximinos
N.I.: 1991.2246
Bibliografia: Morais 2005: I 139, nº 569; II 170¸
nº569
276 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Jarro
Cronologia: Finais séc. II/ séc. IV
Proveniência: Casa da Bica, Colina da Cividade
N.I.: 1991.2296
Bibliografia: Morais 2005: I 139, nº 568, II 169, nº568
277 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Jarro
Cronologia: Finais séc. II/ séc. IV
Proveniência: Fujacal
N.I.: 1998.1511
Bibliografia: Morais 2005: I 139, nº 567; II 169, nº567
86
Escala | 1:4
272
275
276
273
277
274
278
87
ESTAMPAS
279 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Jarro
Cronologia: Finais séc. II/ séc. IV
Proveniência: Colina da Cividade
N.I.: 1997.0230
Bibliografia: Morais 2005: I 139, nº 579; II 173, nº579
280 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Jarro
Cronologia: Finais séc. II/ séc. IV
Proveniência: Falperra
N.I.: 2003.0274
Bibliografia: Morais 2005: I 139, nº570; II 170, nº570
281 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Bilha
Cronologia: 2ª metade séc. I/ finais séc. III
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1991.2207
Bibliografia: Inédita
282 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Panela
Cronologia: Finais séc. III
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1992.0880
Bibliografia: Inédita
283 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Panela
Cronologia: Séc. I
Proveniência: Termas
N.I.: 1998.1509
Bibliografia: Inédita
284 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Pote
Cronologia: 2ª metade séc. I/ finais séc. III
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1991.2369
Bibliografia: Inédita
285 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Pote
Cronologia: Séc. I
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1994.0438
Bibliografia: Inédita
88
| CERÂMICA COMUM GROSSEIRA
286 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Pote
Cronologia: 2ª metade séc. II
Proveniência: Cangosta da Palha
N.I.: 1991.0806
Bibliografia: Martins e Delgado 1989/90: 141, fig. 94,
nº37
287 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Pote
Cronologia: 1ª metade séc. II
Proveniência: Rua do Caires (Sepultura 17)
N.I.: 1991.1008
Bibliografia: Martins e Delgado 1989/90: 76, fig.28,
nº 36
288 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Pote
Cronologia: 2ª metade séc. II
Proveniência: Cangosta da Palha
N.I.: 1991.0807
Bibliografia: Martins e Delgado 1989/90: 120, fig.69,
nº 40
289 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Pote
Cronologia: Inícios séc. II
Proveniência: Termas
N.I.: 1998.1423
Bibliografia: Inédita
290 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Pote
Cronologia: Finais séc. III/ inícios séc. IV
Proveniência: Termas
N.I.: 1991.1290
Bibliografia: Inédita
291 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Pote
Cronologia: Meados séc. I/ séc. II
Proveniência: Albergue Distrital
N.I.: 1997.1314
Bibliografia: Inédita
Escala | 1:4
284
279
280
285
286
287
281
288
282
283
289
290
291
89
ESTAMPAS
| CERÂMICA COMUM GROSSEIRA
292 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Pote
Cronologia: finais séc. I/ 1ª metade séc. II
Proveniência: Avenida Liberdade (Necrópole Via
XVII)
N.I.: 1994.0733
Bibliografia: Inédita
293 |
Categoria: Comum grosseira com revestimento de
aguada
Objecto: Pote meleiro
Cronologia: Finais séc. I/ séc. III
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1991.2203
Bibliografia: Delgado 1996/97: 160, fig. 4, nº4
294 |
Categoria: Comum grosseira com revestimento de
aguada
Objecto: Pote meleiro
Cronologia: Finais séc. I/ séc. III
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1991.2270
Bibliografia: Delgado 1996/97: 154, 2; 160, fig. 4, nº2
295 |
Categoria: Comum grosseira com revestimento de
aguada
Objecto: Pote meleiro
Cronologia: Finais séc. I/ séc. III
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1991.2210
Bibliografia: Delgado 1996/97: 154, 1; 160, fig. 4, nº1
296 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Talha
Cronologia: 1ª metade séc. II / meados séc. III
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1998.1749
Bibliografia: Inédita
Escala | 1:4
90
294
292
293
295
296
91
ESTAMPAS
| CERÂMICA COMUM GROSSEIRA
297 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Dolium
Cronologia: Séc. III
Proveniência: Campo de Aviação de Palmeira
N.I.: 2002.1991
Bibliografia: Morais 2005: I 146, Est. IX, nº12; II 5,
Est. IX, nº12
298 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Testo
Cronologia: Séc. IV
Proveniência: Cavalariças
N.I.: 1998.0656
Bibliografia: Inédita
299 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Testo
Cronologia: Sécs. I/II
Proveniência: Cavalariças
N.I.: 1997.1363
Bibliografia: Inédita
300 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Testo
Cronologia: Sécs. I/II
Proveniência: Cavalariças
N.I.: 1997.1362
Bibliografia: Inédita
301 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Pega
Cronologia: Séc. I/ II
Proveniência: Braga sem contexto
N.I.: 1999.0119
Bibliografia: Morais 2005: I 154/155, Est. XXII, nº4;
II 7, Est. XXII, nº4
302 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Brinquedo (?)
Cronologia: Séc. I (?)
Proveniência: Colina do Alto da Cividade
N.I.: 1997.0169
Bibliografia: Morais 2005: I 155, Est. XXII, nº7; II 7,
Est. XXII, nº7
Escala | 1:4
92
297
298
299
300
302
301
93
CERÂMICA
VIDRADA
11.
CERÂMICA VIDRADA
Em Braga foram recuperados alguns
fragmentos de cerâmica que possuem no
seu interior um característico vidrado
plumbífero, idêntico a outros recolhidos
em arqueosítios com ocupação romana do
conventus bracaraugustanus, caso de Guifões
e Monte Mozinho (Morais 2005; Varela e
Morais, no prelo).
O exemplar de almofariz vidrado mais antigo
de Braga foi encontrado nas antigas escavações realizadas na Casa da Bica, na Colina do
Alto da Cividade, nas imediações do Teatro,
entretanto descoberto (nº 303). Foi recolhido
numa camada de ocupação, junto com fragmentos de lucernas de bico redondo, terra
sigillata hispânica tardia e taças de vidro,
datáveis do século IV/inícios do século V.
O fabrico desta peça, em cerâmica comum
grosseira, de cor beige a castanho claro, é
característica das produções desta fase com
origem na zona de Prado/Ucha, como já referimos, uma das áreas de produção da cidade,
situada a cerca de 14 km da cidade romana
(Morais, 2005, 97).
Os outros dois fragmentos de almofarizes
aqui ilustrados provêm de camadas de revolvimento das escavações da Misericórdia (nº
304) e da zona Leste da insula das Carvalheiras (nº 305). A definição de uma cronologia
específica para estes exemplares é assim
problemática. O exemplar da zona Leste da
insula das Carvalheiras, de perfil completo,
está acompanhado por materiais antigos do
alto império (i.e. sigillatas itálicas, pare-
des finas) a materiais da época moderna.
O exemplar recolhido nas escavações da
Misericórdia, pode, no entanto, ser mais
esclarecedor. Apesar de estar acompanhado
por materiais alto imperiais, provém de uma
camada de revolvimento com cerâmicas
exclusivamente romanas. A mais recente
corresponde a um fragmento de prato que
imita a forma Hayes 59, datável do 1º quartel
do século IV/1ª metade do século V. No que
respeita ao seu fabrico estes possuem, no entanto, uma característica comum: uma pasta
característica das cozeduras redutoras, muito
pouco friável, aproximada às produções de
cerâmica cinzenta tardia, datáveis desde os
finais do século IV ao século VII.
Apesar das peças aqui referidas parecerem
enquadrar-se em tipos de produção
local/regional, outras produções afins que
igualmente se caracterizam por possuirem o
característico vidrado plumbífero que cobre
as superfícies das peças estão documentadas
em várias regiões da Península e do Império
- caso da Gália, da Britannia e de Itália e são
datáveis da transição do período tardo-romano para o período visigótico (Varela e Morais,
no prelo).
No que à sua funcionalidade diz respeito,
pouco se sabe. Todos os exemplos aqui
referidos possuem, como referimos, um
característico vidrado plumbífero, ainda hoje
utilizado nalgumas olarias rústicas do Minho
(pequenas olarias caseiras da região de Barcelos). Joaquim Neves dos Santos (1963, 161),
a propósito dos exemplares por ele recolhidos
no povoado do Monte Castêlo (Guifões),
refere que este revestimento interior permitia
não só a impermeabilização das pastas porosas
da cerâmica, como também lhes aumentava
a sua resistência mecânica indispensável “na
arrecadação de líquidos ácidos como o vinho,
o azeite e a manipulação de gorduras ferventes,
facilitando também grandemente a indispensável limpeza depois das aplicações de cozinha,
quando a isso eram destinados”.
O vidrado era obtido duma forma relativamente simples através da dissolução dos óxidos
de chumbo em água. Depois de aplicado
este liquido, a peça era sujeita a uma segunda
cozedura a alta temperatura, para se obter a
vitrificação. A característica cor verde desta
peça era dada pela adição de óxidos de cobre.
Apesar da sua funcionalidade aparente ser
a preparação e confecção de alimentos não
podemos deixar de assinalar nesta região a escassez de exemplares recolhidos. Até à funcionalidade destes almofarizes ser em definitivo
conhecida não sabemos se estes correspondem
a peças de excepção, possivelmente apenas
acessíveis aos membros mais abastados destas
comunidades, ou se se trata de peças utilizadas
em actividades artesanais ou domésticas com
fins específicos. De momento, o que podemos
dizer é que a presença destas peças parece
evidenciar que, para além de grandes cidades
como Bracara Augusta, também os povoados
do Monte Castêlo e Mozinho tiveram uma
significativa actividade e importância regional.
95
ESTAMPAS
| CERÂMICA VIDRADA
303 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Almofariz vidrado
Cronologia: Sécs. III/IV
Proveniência: Casa da Bica, Colina da Cividade
N.I.: 1991.2288
Bibliografia: Morais 2005: I 96, Est. 28, nº3; II 32,
Est.28, nº4
304 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Almofariz vidrado
Cronologia: Sécs. VI/VII
Proveniência: Misericórdia
N.I.: 1996.0816
Bibliografia: Morais 2005: I 96, Est.28, nº4; II 32,
Est.28, nº4
305 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Almofariz vidrado
Cronologia: Séc. VI/ VII
Proveniência: Carvalheiras Leste
N.I.: 2006.0747
Bibliografia: Inédita
Escala | 1:4
96
303
304
305
97
ÂNFORAS
12.
ÂNFORAS
Se excluirmos alguns fragmentos de bilhas
de duas asas que fazem lembrar ânforas
de tipo urceus apresentadas no capítulo
das cerâmicas comuns grosseiras (nº 274 280), poucas são as peças que poderão ser
consideradas ânforas.
Efectivamente, se tivermos em consideração a espessura das paredes como critério
razoável para classificar determinados
fragmentos como ânforas, apenas se devem
destacar quatro exemplares fracturados (nº
306 - 309). De entre estes, apenas o mais
completo (nº 309), com um fabrico redutor, característico das produções tardias,
datáveis dos finais do século IV ao século
VIII, poderá enquadrar-se em formas piscícolas. A ser verdade estaríamos perante uma
produção local de ânforas que imitava ou se
inspirava nas conhecidas ânforas lusitanas
Almagro 51 C.
A possibilidade de ter existido uma
produção com uma mera difusão local ou
regional deste tipo de ânforas poderá estar
de acordo com a identificação no litoral do
actual território português de vestígios de
tanques relacionados com o aproveitamento
de recursos marinhos, como no caso da Praia
de Anjeiras (Lavra, Matosinhos) e do Alto
de Martim Vaz (Póvoa do Varzim) (Lanhas
e Pinho 1969: 324; Almeida 1979: 11-12;
Silva e Figueiral 1986; Cleto 1995-96: 2345), este último lamentavelmente destruído.
99
ESTAMPAS
| ÂNFORAS
306 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Ânfora Vinária (Módulo II)
Cronologia: Séc. I
Proveniência: Colina da Cividade
N.I.: 1991.2294
Bibliografia: Morais 2005: I 139, nº 569; II 170, nº569
307 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Ânfora Piscícola (Imitação Almagro 51C)
Cronologia: Sécs. I/ II
Proveniência: Cavalariças
N.I.: 1997.0233
Bibliografia: Morais 2005: I 139, nº 588; II 174, nº588
308 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Ânfora Piscícola (Módulo IV)
Cronologia: Séc. IV
Proveniência: Termas
N.I.: 2003.0260
Bibliografia: Morais 2005: I 139, nº 587; II 175, nº587
309 |
Categoria: Comum grosseira
Objecto: Ânfora Piscícola
Cronologia: Sécs. II/ IV
Proveniência: Cavalariças
N.I.: 1997.0234
Bibliografia: Morais 2005: I 139, nº 589; II 174, nº589
Escala | 1:4
100
306
307
308
309
101
LUCERNAS
13.
LUCERNAS
De entre as várias classes de materiais
cerâmicos estudados, as lucernas proporcionam um valioso contributo para um melhor
enquadramento das importações e das
produções locais na cidade. A estas devem
juntar-se os fragmentos de molde referidos na
segunda parte deste trabalho (nº 340 - 341).
De facto, a diversidade e quantidade de
exemplares até à data recolhidos revela
que a procura em época romana devia ser
muito alta. Por outro lado, são prova evidente do grau de romanização da cidade,
e permitem esclarecer algumas lacunas
significativas da sua vida económica e
testemunhar um consumo de azeite mais
vasto do que se supunha.
A análise e contextualização cronológica
das lucernas até à data recolhidas em Braga
permite-nos não só enquadrar o aparecimento de determinadas formas mas também perceber que o seu aparecimento não é
um feito ocasional e arbitrário. A presença
abundante ou escassez de certas séries está
relacionada com as características específicas
da cidade, no que diz respeito ao período
de ocupação romana, órbita de influência,
importância político-administrativa, e
sua conexão geográfica e económica como
centro de produção.
As lucernas mais antigas produzidas na
cidade estão representadas por lucernas de
volutas do tipo Loeschcke III (nº 310), IV?
(nº 311) e V (nº 312).
As lucernas de disco são mais abundantes
na cidade. Predominam as variantes locais
do tipo Dressel 20 (nº 313 - 315), sobre os
tipos Dressel 28 (nº 317) e Dressel-Lamboglia 30 B (nº 318).
Estão também bem representadas na cidade
as lucernas de canal do tipo Loeschcke X ou
Firmalampen (nº 319), algumas das quais
com o nome de oleiros locais, que contam
com a presença de exemplares de pequeno
módulo desconhecidas dentro deste tipo.
A importância de uma produção local de
lucernas de canal sai ainda reforçada pela
existência de outros tipos de lucernas mais
tardias que designamos de lucernas de canal
aberto, atípicas, que apresentam características decorativas semelhantes ao tipo Dressel
28 mas que derivam, sob o ponto de vista
formal, das lucernas do tipo Loeschcke X (nº
320). Estas lucernas estão relativamente bem
representadas na cidade, contando com um
número significativo de exemplares intactos
recolhidos nas sepulturas, uma das quais encontrada in situ na necrópole de Maximinos,
com o orifício de alimentação coberto por
um numisma com uma data posterior a 294
(Martins e Delgado 1989-90: p. 57 e 173).
Alguns exemplares, na sua grande maioria
recolhida na Colina da Cividade, apresentam módulos mais pequenos que nos parecem passíveis de serem interpretadas como
mobiliário votivo (nº 322 - 323).
No contexto das produções locais cabe ainda
referir, para além de um único exemplar
integrável no tipo Denauve XI B (nº 325),
outras lucernas de bico redondo, atípicas
coetâneas do último tipo das lucernas de
canal acima referido e, provavelmente,
com algumas variantes mais tardias dos
tipos Dressel 28 e Dressel-Lamboglia 30 B,
com as quais mantém algumas afinidades.
Serve de ilustração um exemplar deste
tipo recolhido na uilla romana da Póvoa
de Lanhoso que parece sugerir a difusão à
escala regional destes produtos fabricados
na cidade (nº324).
À parte de marcas anepígrafas, recolheram-se
até à data na cidade cerca de quatro dezenas
de marcas em lucernas de produção local nas
quais se distinguem, pelo menos, sete nomes.
As abreviaturas Luc e Muntrep (L. Munatius
Treptus) demonstram a reprodução de lucernas importadas; as restantes parecem corresponder a oleiros bracaraugustanos com
os nomes de P(ublius) Domitius, Lucretius,
Octavius, Bassus e Mic(cio).
Além das lucernas representadas nestas séries
foi possível ainda identificar alguns fragmentos de candelas recolhidas em níveis tardios
da ocupação romana da cidade (nº 326).
103
ESTAMPAS
310 |
Categoria: Lucerna local
Objecto: Asa plástica de lucerna (LOESCHCKE III)
Cronologia: 1ª metade do séc. I
Proveniência: Termas
NI: 2001.1225
Bibliografia: Morais 2005:I 323, nº 18; II 388 nº 18
311 |
Categoria: Lucerna local
Objecto: Lucerna de volutas (infundibulum) (LOESCHCKE IV (?))
Cronologia: Finais do período de Flávio a inícios do
período Antonino
Proveniência: Cardoso da Saudade
NI: 2002.2234
Bibliografia: Morais 2005:I 389 nº 19; II 464, nº19
312 |
Categoria: Lucerna local
Objecto: Lucerna de volutas (LOESCHCKE V)
Cronologia: Fins do reinado de Cláudio a inícios do
século II (auge: c. de 75/80 até reinado de Adriano)
Proveniência: Necrópole da Via XVII
NI: 1991.1538
Bibliografia: Morais 2005: I 370, nº16; II 462, nº16
| LUCERNAS
316 |
Categoria: Lucerna local
Objecto: Lucerna de bico redondo (tipo indeterminado)
Cronologia: Finais do séc. I / 1ª metade do séc. II
Proveniência: Necrópole da Via XVII (Largo Carlos
Amarante)
NI: 1994.0901
Bibliografia: Morais 2005:I 338, nº124; II 419, nº124
317 |
Categoria: Lucerna local
Objecto: Lucerna de bico redondo (DRESSEL 28)
Cronologia: 2ª metade do século II / século III
Proveniência: Necrópole da Via XVII
NI: 1991.1652
Bibliografia: Morais 2005:I 372, nº27; II 466 nº27
318 |
Categoria: Lucerna local
Objecto: Lucerna de bico redondo (DRESSEL- LAMBOGLIA 30B)
Cronologia: Séc. III/ IV (ainda que esporadicamente
presentes nos inícios do séc. V)
Proveniência: Carvalheiras
NI: 1992.0877
Bibliografia: Morais 2005: I 340, nº142; II 423, nº142
313 |
Categoria: Lucerna local
Objecto: Lucerna de bico redondo (DRESSEL 20)
Cronologia: Finais séc. I/ 1ª metade séc. II
Proveniência: Avenida da Liberdade
N.I.: 1994.0969
Bibliografia: Morais 2005:I 376, nº47; II 474, nº47
319 |
Categoria: Lucerna local
Objecto: Lucerna de canal (LOESCHCKE X)
Cronologia: Finais do séc. I/meados do séc. II
Proveniência: Necrópole da Via XVII
NI: 1991.1537
Bibliografia: Morais 2005:I 375, nº43; II 473 nº43
314 |
Categoria: Lucerna local
Objecto: Lucerna de bico redondo (DRESSEL 20)
Cronologia: Finais séc. I/ 1ª metade séc. II
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1992.0985
Bibliografia: Morais 2005: I 377, nº 54; II 476, nº54
320 |
Categoria: Lucerna local
Objecto: Lucerna de canal (canal aberto, atípica)
Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do
século IV
Proveniência: Necrópole da Via XVII
NI: 1991.1649
Bibliografia: Morais 2005: I 344, nº169; II 432, nº169
315 |
Categoria: Lucerna local
Objecto: Lucerna de bico redondo (DRESSEL 20)
Cronologia: Finais do século I / 1ª metade do século II
Proveniência: Necrópole da Avenida central
NI: 1991.0607
Bibliografia: Morais 2005:I 373, nº29; II 468, nº29
321 |
Categoria: Lucerna local
Objecto: Lucerna de canal (canal aberto, atípica)
Cronologia: Posterior a 294
Proveniência: Teatro
NI: 2004.0362
Bibliografia: Inédita
104
322 |
Categoria: Lucerna local
Objecto: Lucerna de canal aberto
Cronologia: À roda dos fins do séc. III/ inícios do séc.
IV
Proveniência: Colina da Cividade
N.I.: 1991.1546
Bibliografia: Morais 2005: I 345, nº180; II 437, nº180
323 |
Categoria: Lucerna local
Objecto: Lucerna de canal aberto
Cronologia: À roda dos fins do séc. III/ inícios do séc.
IV
Proveniência: Rua 25 de Abril
N.I.: 2000.0320
Bibliografia: Morais 2005: I 345, nº181; II 437, nº181
324 |
Categoria: Lucerna local
Objecto: Lucerna de bico redondo (atípica)
Cronologia: À roda dos fins do século III / inícios do
século IV
Proveniência: Póvoa do Lanhoso
NI: 1991.0738
Bibliografia: Morais 2005: I 346, nº184; II 439, nº184
325 |
Categoria: Lucerna local
Objecto: Lucerna de bico redondo (Denauve XI B)
Cronologia: Fins do século III / inícios do século IV
Proveniência: Salvamento na R. D. Afonso Henriques
NI: 2002.0955
Bibliografia: Morais 2005:I 346, nº183; II 438, nº183
326 |
Categoria: Lucerna local
Objecto: Candela
Cronologia: 2ª metade séc. IV/ séc. V +
Proveniência: Colina da Cividade
N.I.: 1991. 0500
Bibliografia: Inédita
Escala | 1:4
310
316
325
320
311
321
326
312
317
322
313
318
323
314
315
319
324
105
VARIA
14.
VARIA
| ACESSÓRIOS DE OLARIAS, PEÇAS DE JOGO, PRODUÇÕES
SUBSIDIÁRIAS DE OUTRAS ACTIVIDADES
Acessórios de olarias
A produção de uma cerâmica local está
bem documentada em Braga. Além dos
materiais cerâmicos propriamente ditos e
da referência (Morais 2005) aos vestígios
de fornos e um tanque para decantação de
argila, deve destacar-se ainda a presença de
alguns acessórios de olarias, representados
por duas relas de roda de oleiro cavadas em
fragmentos cerâmicos (nº 327 - 328), um
calço de argila provavelmente utilizado para
separar os vasos no forno (nº 329) e uma
parte de um suporte bitroncocónico (nº
330). A ausência de marcas de fogo neste
último exemplar leva a supor que ele teria
sido apenas utilizado como suporte para
facilitar a secagem das peças e não utilizado
como separador de um forno.
Exemplos semelhantes de suportes utilizados para os mesmos fins foram encontrados,
entre outros locais, no centro oleiro de
Pinheiro para a secagem de ânforas lusitanas
do tipo Almagro 51 c (Mayet, Schmitt e
Silva 1996: 75, fig. 50, nº 166-69) e na
Bética no centro oleiro de Matagallares,
para as ânforas Gauloise 4, Dressel 30 e
Almagro 51 c (Lorenzo e Bernal Casasola
1988: 437-438, figs. 171-172).
Fora da Península exemplos idênticos
podem ser vistos em diversos centros
galo-romanos que produziram cerâmicas
comuns, ânforas, telhas (Rivet 1986: 119134, fig. 15) ou mesmo terra sigillata, como
por exemplo, no centro produtor de La
Graufesenque (Vernhet et al. 1987: 46-47).
Na Suiça também se conhecem exemplares
que cumpriam a mesma função em locais
que possuíam fornos, designadamente,
Aventicum (Castella 1995: 129, 131-32,
Ests. 4-5, nº 67-84), Aquae Helveticae-Baden
(Drack 1949: 21-30); Petinesca-Volderberg
(Zwahlen 1995: 126-127) e Lousanna-Vidy
(Laufer, 1980: fig. 46, 58-59).
Encontrou-se ainda um disco fragmentado
proveniente das escavações realizadas em
1978 na “Casa da Bica”, situada na Colina
da Cividade (nº 331), idêntico a um outro
proveniente duma uilla (Póvoa de
Lanhoso), eventualmente utilizado na fase
do torneamento ou enfornamento (nº 332).
Este tipo de elementos está bem documentado em locais de produção de cerâmica,
sendo normalmente denominados como
aneis-suportes, isoladores, separadores, etc
(Rivet 1986: 129-130, fig. 15).
Com uma função ainda não claramente
determinada, mas provavelmente relacionada com a sua utilização nos fornos como
separadores de cerâmicas durante o processo
da cozedura (Bouet 1999: 80-81, fig. 46),
encontraram-se quatro exemplares de forma
cilíndrica com um orifício disposto verticalmente, três dos quais provenientes das
Cavalariças (nº 333 - 335) e o restante da R.
Damião de Góis (nº 336).
Elementos idênticos, dados como separadores de cerâmicas durante o processo da
cozedura, foram encontrados em fornos
datados do século I, no estabelecimento
de La Lagaste em Pomas e Rouffiac Aude
(Rancoule 1970: 61) e em contextos mais
tardios, datáveis do século II/III, provenientes de Lavoye Meuse (Chenet e Gaudron 1955: fig. 39, nº 14 e 15 e fig. 45, nº 16
e 26) e Pont-des-Rèmes à Florent, Marne
(1955: fig. 42, nº 4).
Nas antigas escavações realizadas na Colina
do Alto da Cividade foi recolhido um bloco
de argila a que atribuímos um particular
interesse, presentemente em depósito no
Museu D. Diogo de Sousa (nº 337). Trata-se
de um bloco de argila primitiva imperfeitamente amassado, seguramente submetido à
acção do sol, e com alguma probabilidade
proveniente de um tanque de decantação.
Foram ainda encontrados, nas escavações
realizadas nas Cavalariças, pequenos restos
de escórias de cerâmica que supomos relacionados com fornos existentes in loco ou
nas proximidades (nº 338).
107
VARIA
| ACESSÓRIOS DE OLARIAS, PEÇAS DE JOGO, PRODUÇÕES
SUBSIDIÁRIAS DE OUTRAS ACTIVIDADES
Peças de jogo
As peças de jogo estão representadas por um
dado (t. lusoriae), que apresenta uma face
lisa faltando-lhe por gravação o equivalente
ao número três (nº 354), e tésseras (calculi)
de pequenas a grandes dimensões, utilizadas
como fichas de jogo (nº 342 - 351). O dado
encontra paralelo numa peça proveniente da
sepultura 2 (UE 76) da necrópole oriental
de Mérida (Bejarano Osorio 1996: 37-58,
em particular, 54, nº 5). As fichas de jogo
recolhidas em Braga foram elaboradas para
o efeito em fabrico idêntico ao de material
de construção ou, mais frequentemente,
improvisadas a partir de vasos de cerâmica
comum e de cerâmicas de engobe vermelho.
Documentam-se ainda algumas contas de
ábaco (nº 352 - 353).
108
Produções subsidiárias de outras
actividades
Como seria de esperar, no contexto da
grande diversidade de produções até à data
documentadas na cidade, estão também presentes outras produções cerâmicas usadas
em diversas actividades, como no caso de
fabrico de tecidos ou o fabrico específico de
cadinhos e moldes em cerâmica, directamente relacionados com as actividades
vidreiras e metalúrgicas.
Os vestígios que indirectamente documentam a produção de tecidos na cidade estão
representados por pesos de tear (pondera). A
estes acrescentem-se as fusaiolas (verticilli).
Os pesos de tear (nº 380), por vezes com
grafitos idênticos aos dos materiais de
construção, possuem diferentes formas:
paralelepípedos; pirâmides truncadas de base
rectangular e quadrangular; face trapezoidal
e lado rectangular; em escudo, etc.
As fusaiolas (nº 355 - 367), pesos associados ao fuso de fiar, fusus, para garantir o
movimento de rotação do mesmo, foram
elaboradas expressamente para o efeito, ou
afeiçoadas a partir de cerâmicas comuns e de
engobe vermelho.
A utilização de cadinhos em cerâmica para a
produção de vidro está bem documentada na
cidade (Cruz 2001: 33-34). Estão representados pelos característicos vasos de formato
tronco-cónico. A quase totalidade destes
exemplares, em estado muito fragmentado,
provém das antigas escavações de Maximinos e de camadas de entulho de recentes
escavações realizadas na Quinta do Fujacal.
Desta última escavação provém ainda
o exemplar, bastante mais pequeno que
os anteriores e terminando num bordo
simples, com restos de vidro preto opaco (nº
368) que possivelmente foi utilizado para
a produção de objectos de adorno (Cruz
2001: 34-35, fig. 14, nº 3).
Um exemplar com o bordo tronco-cónico,
proveniente da insula das Carvalheiras, contém na parede interna areia calcinada pelo
fogo. Segundo Mário da Cruz (2001: 33),
poderá tratar-se de um vaso de “fritura” da
areia antes da fusão final para a produção de
vidro ou talvez, dadas a existência de areias
e as altas temperaturas que necessariamente
atingiu, de calcinação acidental provocada
por um incêndio.
Ligados às artes do fogo temos ainda exemplares de cadinhos em material refractário
utilizados na fusão de metais a altas temperaturas, idênticos a tantos outros encontrados no mundo romano (Krause s/d: 36-37).
O achado destes exemplares nas escavações
realizadas no Edifício Cardoso da Saudade,
na R. Frei Caetano Brandão e nas Cavalariças,
pressupõe a existência de diferentes oficinas
locais dedicadas à metalurgia.
Das escavações realizadas no Edifício
Cardoso da Saudade provém um fragmento
de parede (nº 369) e três pequenos fundos
de cadinhos; dois têm base plana (nº 370 -
371) e o terceiro possui um bico fundeiro
(nº 372). Este último apresenta vestígios de
escorrência de bronze na face externa.
Na R. Frei Caetano Brandão foram encontrados dois cadinhos, um dos quais em
forma de pequena taça e com a particularidade de estar abundantemente contaminado
com ouro, presente sob a forma de pequenas
pérolas (nº 374).
A actividade ligada à fusão de ouro está também documentada na zona das Cavalariças
pelo achado de dois cadinhos que, à semelhança do exemplar anterior, apresentam vestígios
de contaminação de ouro (nº 373 - 375).
A estes vestígios acrescente-se uma significativa e importante quantidade de moldes
em cerâmica para a fundição de elementos
de sítulas em bronze (Martins 1988: 23-29,
Ests. I – III). Estes moldes encontrados nas
escavações realizadas no Albergue Distrital
e nas Cavalariças, provêm de níveis não
selados (nº 376 - 379).
O estudo de alguns destes moldes
realizado por Manuela Martins (1988: 2729), permitiu, todavia, datá-los, com alguma
segurança, entre os finais do século I a. C. e
os meados do século I da nossa era (1988:
27-28). Estes moldes, com pastas de tons
variados (predominantemente negras no
interior e com superfícies externas alaranjadas), correspondem à parte decorada de
moldes bivalves que apresentam uma decoração geométrica com um número limitado
de motivos, constituídos por elementos em
SSS entrelaçados, dispostos em bandas horizontais, e decorações em espinha e linhas de
pérolas também dispostas na horizontal.
Um deles, representado pelas duas faces do
molde bivalve permite perceber que se trata
de moldes para a fundição de lâminas decoradas provavelmente pertencentes à parte
superior de situlas (nº 376).
Um outro corresponde à parte superior
do suporte anelar da asa de uma armela de
situla (nº 379).
No actual território português o achado de
moldes idênticos ao de Braga foi documentado, entre outros sítios, no povoado
de Santo António, Afife, Viana do Castelo
(Silva 1986: 168 e 194, Est. LXXXIII, nº
13). A presença de moldes para a feitura de
armelas de sítula apenas se documenta, de
acordo com a bibliografia consultada, em
Conimbriga (Alarcão 1994: 13, 78, nº 123
e p. 79, nº 122) e Lomba do Canho, Arganil (Fabião 1998). Na Galiza o achado de
exemplares deste tipo de objectos é mais
frequente como parecem testemunhar os
moldes e lâminas e de suportes de asa, para
além de vários suportes em bronze, encontrados nos povoados de Santa Trega, A Guarda
(Pontevedra), Fozara, Castelo de Neiva e Sto.
António (Carballo Arceo 1983: 7-32, Ests.
XII-XVII; 1989, p. 60-63, fig. 35, Est. VIII,
p. 219-220 e 125). Moldes com idênticas
decorações estão ainda documentados na área
da antiga Asturica, em “El Castrelín de San
Juan de Paluezas (Sánchez Palencia 2000: 78).
109
ESTAMPAS
327 |
Categoria: Varia
Objecto: Rela de oleiro
Cronologia: Indeterminada
Proveniência: Largo de Santa Cruz
N.I.: 2001.1310
Bibliografia: Morais 2005: I 85, nº1; II 5, nº1
328 |
Categoria: Varia
Objecto: Rela de oleiro
Cronologia: Indeterminada
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 2002.0314
Bibliografia: Morais 2005: I 85, nº2; II 5, nº2
329 |
Categoria: Varia
Objecto: Calço de argila
Cronologia: Indeterminada
Proveniência: Fujacal
N.I.: 1999.2592
Bibliografia: Morais 2005: I 85, nº3; II 5, nº 3
330 |
Categoria: Varia
Objecto: Suporte bitroncocónico
Cronologia: Indeterminada
Proveniência: Cavalariças
N.I.: 2001.1303
Bibliografia: Morais 2005: I 85, nº4; II 5, nº4
331 |
Categoria: Varia
Objecto: Disco (anéis-suporte)
Cronologia: Indeterminada
Proveniência: Colina da Cividade
N.I.: 2002.0311
Bibliografia: Morais 2005:I 85, nº5; II 5, nº5
332 |
Categoria: Varia
Objecto: Disco (anéis-suporte)
Cronologia: Indeterminada
Proveniência: Póvoa do Lanhoso
N.I.: 2002.0313
Bibliografia: Morais 2005: I 85, nº6; II 5, nº6
333 |
Categoria: Varia
Objecto: Elemento de forno (separador)
Cronologia: Indeterminada
Proveniência: Cavalariças
N.I.: 1997.1319
Bibliografia: Morais 2005: I 85, nº7; II 6, nº7
110
| ACESSÓRIOS DE OLARIAS
334 |
Categoria: Varia
Objecto: Elemento de forno (separador)
Cronologia: Indeterminada
Proveniência: Cavalariças
N.I.: 1997.1320
Bibliografia: Morais 2005: I 85, nº8; II 6, nº8
340 |
Categoria: Varia
Objecto: Molde de lucerna de volutas (Loeschcke IV?
Cronologia: Finais reinado de Augusto/inícios reinado
de Tibério a finais do séc. I (auge em meados séc. I)
Proveniência: Rua Santos da Cunha
N.I.: 1993.0695
Bibliografia: Morais 2005:I 344, nº1; II 458, nº2
335 |
Categoria: Varia
Objecto: Elemento de forno (separador)
Cronologia: Indeterminada
Proveniência: Cavalariças
N.I.: 2002.0312
Bibliografia: Morais 2005: I 85, nº9; II 6, nº9
341 |
Categoria: Varia
Objecto: Molde de lucerna
Cronologia: Indeterminada
Proveniência: N.I.: Sem número de inventário
Bibliografia: Morais 2005:
336 |
Categoria: Varia
Objecto: Elemento de forno (separador)
Cronologia: Indeterminada
Proveniência: Rua Damião de Góis
N.I.: 1999.0259
Bibliografia: Morais 2005: I 85, nº10; II 6, nº10
337 |
Categoria: Varia
Objecto: Bloco de argila
Cronologia: Indeterminada
Proveniência: Colina do Alto da Cividade
N.I.: 2001.1306
Bibliografia: Morais 2005: I 85, Est. III, nº1; II 7, Est.
III, nº1
338 |
Categoria: Varia
Objecto: Escórias de cerâmica
Cronologia: Indeterminada
Proveniência: Cavalariças
N.I.: 2001.1302
Bibliografia: Morais 2005:I 85, Est. III, nº2; II 7, Est.
III, nº2
339 |
Categoria: Varia
Objecto: Molde
Cronologia: Finais séc. I a.C./ meados séc. I
Proveniência: São Geraldo
N.I.: 1997.1376
Bibliografia: Inédita
Escala | 1:4
333
327
337
328
334
329
338
330
339
335
331
332
336
340
341
111
ESTAMPAS
342 |
Categoria: Peças de Jogo
Objecto: Ficha de jogo (calculus)
Cronologia: Indeterminada
Proveniência: Colina da Cividade
N.I.: 1997.0825
Bibliografia: Morais 2005: I 88, Est. X, nº2; II 14, nº2
343 |
Categoria: Peças de Jogo
Objecto: Ficha de jogo (calculus)
Cronologia: Indeterminada
Proveniência: Misericórdia
N.I.: 1999.2546
Bibliografia: Morais 2005: I 88, Est.XI, nº11; II 15,
nº11
344 |
Categoria: Peças de Jogo
Objecto: Ficha de jogo (calculus)
Cronologia: Indeterminada
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1994.0736
Bibliografia: Morais 2005: I 88, Est. XI, nº9; II 15, nº9
345 |
Categoria: Peças de Jogo
Objecto: Ficha de jogo (calculus)
Cronologia: Indeterminada
Proveniência: Cavalariças
N.I.: 1992.0889
Bibliografia: Morais 2005:I 88, Est. XII, nº17; II 16,
nº17
346 |
Categoria: Peças de Jogo
Objecto: Ficha de jogo (calculus)
Cronologia: Indeterminada
Proveniência: Jardim da Misericórdia
N.I.: 1992.0828
Bibliografia: Morais 2005: I 88, Est. XII, nº20; II 16,
nº20
347 |
Categoria: Peças de Jogo
Objecto: Ficha de jogo (calculus) talhada numa tampa
de ânfora
Cronologia: Indeterminada
Proveniência: Avenida Imaculada Conceição, Lote A
eB
N.I.: 1998.1204
Bibliografia: Morais 2005: I 88, Est. XIII, nº4; II 17,
nº4
112
| PEÇAS DE JOGO
348 |
Categoria: Peças de Jogo
Objecto: Ficha de jogo (calculus) anterior tampa de
ânfora
Cronologia: Indeterminada
Proveniência: Cavalariças
N.I.: 1992.0886
Bibliografia: Morais 2005: I 88, Est. XIII, nº2; II 17,
nº2
349 |
Categoria: Peças de Jogo
Objecto: Ficha de jogo (calculus) anterior tampa de
ânfora
Cronologia: Indeterminada
Proveniência: Rua 25 de Abril
N.I.: 1999.2543
Bibliografia: Morais 2005: I 89, Est. XIV, nº6; II 18,
nº6
353 |
Categoria: Peças de Jogo
Objecto: Conta de ábaco
Cronologia: Indeterminada
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1999.0281
Bibliografia: Morais 2005: I 95, Est. XXIV, nº6; II
28, nº6
354 |
Categoria: Peças de Jogo
Objecto: Dado
Cronologia: séc. I/ II
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1992.0872
Bibliografia: Morais 2005:I, 156, Est. XXII, nº8; II, 7,
Est. XXII, nº8
350 |
Categoria: Peças de Jogo
Objecto: Ficha de jogo (calculus) talhada numa tampa
de ânfora
Cronologia: Indeterminada
Proveniência: Misericórdia
N.I.: 1996.0913
Bibliografia: Morais 2005: I 89, Est. XIV, nº7; II 18,
nº7
351 |
Categoria: Peças de Jogo
Objecto: Ficha de jogo (calculus) anterior tampa de
ânfora
Cronologia: Indeterminada
Proveniência: Avenida Imaculada Conceição, Lote A
eB
N.I.: 1998.1205
Bibliografia: Morais 2005: I 89, Est. XV, nº11; II 19,
nº11
352 |
Categoria: Peças de Jogo
Objecto: Conta de ábaco
Cronologia: Indeterminada
Proveniência: Colina da Cividade
N.I.: 1999.0280
Bibliografia: Morais 2005: I 95, Est. XXIV, nº7;II 28,
nº7
Escala | 1:4
342
349
343
344
350
345
346
351
352
353
347
348
354
113
ESTAMPAS
| PRODUÇÕES CERÂMICAS SUBSIDIÁRIAS DE
OUTRAS ACTIVIDADES
355 |
Categoria: Varia
Objecto: Fusaiola
Cronologia: Indeterminada
Proveniência: Maximinos
N.I.: 1997.1382
Bibliografia: Morais 2005: II 28, nº1
362 |
Categoria: Varia
Objecto: Fusaiola
Cronologia: Indeterminada
Proveniência: Cardoso da Saudade
N.I.: 1998.1288
Bibliografia: Morais 2005: II 29, nº11
369 |
Categoria: Varia
Objecto: Cadinho (associado à produção de bronze)
Cronologia: Indeterminada
Proveniência: Edifício Cardoso da Saudade
N.I.: 1999.0068
Bibliografia: Morais 2005: II 33, nº1
356 |
Categoria: Varia
Objecto: Fusaiola
Cronologia: Indeterminada
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1992.0882
Bibliografia: Morais 2005: II 28, nº3
363 |
Categoria: Varia
Objecto: Fusaiola
Cronologia: Indeterminada
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1992.0876
Bibliografia: Morais 2005: II 29, nº16
370 |
Categoria: Varia
Objecto: Cadinho (associado à produção de bronze)
Cronologia: Indeterminada
Proveniência: Edifício Cardoso da Saudade
N.I.: 1999.0065
Bibliografia: Morais 2005: II 33, nº2
357 |
Categoria: Varia
Objecto: Fusaiola
Cronologia: Indeterminada
Proveniência: Cavalariças
N.I.: 1996.0895
Bibliografia: Morais 2005: II 28, nº2
364 |
Categoria: Varia
Objecto: Fusaiola
Cronologia: Indeterminada
Proveniência: Braga sem contexto
N.I.: 1997.1377
Bibliografia: Morais 2005: II 30, nº22
371 |
Categoria: Varia
Objecto: Cadinho (associado à produção de bronze)
Cronologia: Indeterminada
Proveniência: Edifício Cardoso da Saudade
N.I.: 1999.0066
Bibliografia: Morais 2005: II 33, nº3
358 |
Categoria: Varia
Objecto: Fusaiola
Cronologia: Indeterminada
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1997.1391
Bibliografia: Morais 2005: II 28, nº4
365 |
Categoria: Varia
Objecto: Fusaiola
Cronologia: Indeterminada
Proveniência: Seminário de Santiago
N.I.: 1997.0025
Bibliografia: Morais 2005: II 30, nº21
359 |
Categoria: Varia
Objecto: Fusaiola
Cronologia: Indeterminada
Proveniência: Seminário Santiago
N.I.: 1997.0003
Bibliografia: Morais 2005: II 28, nº5
366 |
Categoria: Varia
Objecto: Fusaiola
Cronologia: Indeterminada
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1999.0548
Bibliografia: Morais 2005: II 30, nº24
372 |
Categoria: Varia
Objecto: Cadinho de bico fundeiro (associado à
produção de bronze)
Cronologia: Indeterminada
Proveniência: Edifício Cardoso da Saudade
N.I.: 1999.0067
Bibliografia: Morais 2005: II 33, nº4
360 |
Categoria: Varia
Objecto: Fusaiola
Cronologia: Indeterminada
Proveniência: Misericórdia
N.I.: 1999.2902
Bibliografia: Morais 2005: II 28, nº10
367 |
Categoria: Varia
Objecto: Fusaiola
Cronologia: Indeterminada
Proveniência: Carvalheiras
N.I.: 1992.0737
Bibliografia: Morais 2005: II 30, nº25
361 |
Categoria: Varia
Objecto: Fusaiola
Cronologia: Indeterminada
Proveniência: Fujacal
N.I.: 1999.2797
Bibliografia: Morais 2005: II 28, nº9
368 |
Categoria: Varia
Objecto: Cadinho (com vestígios de vidro negro)
Cronologia: Indeterminada
Proveniência: Fujacal
N.I.: 2000.0959
Bibliografia: Morais 2005: II, 31, 1
114
373 |
Categoria: Varia
Objecto: Cadinho (associado à produção de ouro)
Cronologia: Indeterminada
Proveniência: Cavalariças
N.I.: 1996.0894
Bibliografia: Morais 2005: II 33, nº5
374 |
Categoria: Varia
Objecto: Cadinho (associado à produção de ouro)
Cronologia: Indeterminada
Proveniência: Rua D. Frei Caetano Brandão
N.I.: 2002.0332
Bibliografia: Morais 2005: II 33, nº6
Escala | 1:4
355
364
372
356
373
357
365
374
358
366
359
367
360
368
361
369
362
370
363
371
115
ESTAMPAS
| PRODUÇÕES CERÂMICAS SUBSIDIÁRIAS DE
OUTRAS ACTIVIDADES
375 |
Categoria: Varia
Objecto: Cadinho (associado à produção de ouro)
Cronologia: Indeterminada
Proveniência: Cavalariças
N.I.: 1991.0869
Bibliografia: Morais 2005: II 33, nº7
376 |
Categoria: Varia
Objecto: Molde de sítula
Cronologia: Finais séc. I a.C./meados séc. I
Proveniência: Albergue Distrital
N.I.: 1998.1076
Bibliografia: Morais 2005: II 34, nº1
377 |
Categoria: Varia
Objecto: Molde de sítula
Cronologia: Finais séc. I a.C./meados séc. I
Proveniência: Albergue Distrital
N.I.: 1991.0701
Bibliografia: Morais 2005: II 39, nº14
378 |
Categoria: Varia
Objecto: Molde de sítula
Cronologia: Finais séc. I a.C./meados séc. I
Proveniência: Cavalariças
N.I.: 2002.1288
Bibliografia: Morais 2005: II 42, nº22
379 |
Categoria: Varia
Objecto: Molde de armela de sítula
Cronologia: Finais séc. I a.C./meados séc. I
Proveniência: Cavalariças
N.I.: 1991.0862
Bibliografia: Morais 2005: II 38, nº11
380 |
Categoria: Varia
Objecto: Peso de tear
Cronologia: Indeterminada
Proveniência: N.I.: Bibliografia: Morais 2005
Escala | 1:4
116
375
376
377
378
379
380
117
MATERIAIS
DE
CONSTRUÇÃO
EM ARGILA
15.
OS MATERIAIS DE
CONSTRUÇÃO EM ARGILA
«Também em Halicarnasso, o palácio do
poderoso rei Mausolo ainda que estivesse todo
coberto com mármore da Proconésia, tem
paredes construídas com tijolos cozidos que
dão, até aos nossos dias, testemunho de uma
notável solidez, cujo trabalho de polimento da
supefície parece ter a transparência do vidro».
Vitruvio, Os dez livros de Arquitectura,
2.8.10
Esta frase de Vitrúvio é perfeitamente
elucidativa da importância da argila na
Antiguidade. Sabemos que este material
assumiu muito cedo grande relevância na
construção, sendo usado inicialmente na
qualidade de lateres crudi (tijolo cru). Com
a época imperial dá-se o surgimento de
profundas mudanças na edilicia romana e,
paralelamente ao desenvolvimento e difusão
do opus caementicium, surge a generalização
do uso do barro cozido (lateres cocti), que
veio substituir o tijolo cru, com vantagens
consideráveis. A utilização da argila como
solução para um grande número de detalhes
construtivos resultou mesmo numa certa
proto-industrialização da construção. Tal
desenvolvimento terá que ser entendido
à luz das qualidades do material laterício,
menos pesado do que a pedra, beneficiando
de um processo de fabrico rápido, fácil de
trabalhar, com capacidade de aderência às
argamassas, resistência a altas temperaturas
e grande regularidade.
Apresentamos aqui alguns dos materiais de
construção provenientes das escavações
realizadas em Bracara Augusta. Estes encontram-se globalmente integrados nas grandes
tipologias conhecidas. Será importante, no
entanto, tal como refere Jean Pierre Adam
(1994: 160), ter em atenção que as normas
aqui referidas podem ter sofrido alguns
desvios influenciados pelas tradições locais e
próprias dos fabricantes ou construtores.
Assim, dentro de cada grande grupo inserimos as principais variantes encontradas, isto
com base na espessura, diâmetro, tamanho
e outras características que permitem proceder à individualização dos elementos.
Pretendemos com este trabalho dar a
conhecer alguns dos aspectos da arquitectura romana de Bracara Augusta. Consideramos que a análise dos materiais de
construção sob uma tripla perspectiva,
cronológica (identificação de materiais de
mesma cronologia), funcional (identificação
das aplicações de cada tipo de tijoleira) e
tecnológica (identificação de oficinas), pode
fornecer informações muito úteis relativamente à actividade edilícia.
119
Os tijolos
Elementos quadrangulares
Elementos rectangulares
Como anunciamos acima, a produção de
tijolos potenciou uma indústria poderosa,
apoiada pelos imperadores, que procederam
ao estabelecimento de normas de tamanhos,
aplicadas a todo o Império.
O elemento de base apresenta uma morfologia quadrangular e podia ser utilizado
com a forma original ou então fraccionado
em elementos rectangulares ou triangulares
(Adam 1994: 159). Esta lógica prende-se
com a procura de uma maior rapidez de
confecção, uma maior comodidade de transporte e armazenamento e, também, com o
facto do elemento quadrado sofrer menos
deformação no período de secagem
(Giuliani 2007: 201). Por sua vez, o elemento seccionado oferecia, a partir da sua linha
de fractura rugosa, uma óptima aderência à
argamassa.
Este material era fabricado na lateraria
a partir de argila mesclada com água e
também com areia ou palha em quantidades
modestas. A mistura obtida era amassada
e secava antes de ser colocada em fornos
(fornax) que atingiam temperaturas muito
elevadas (cerca de 800 graus). A forma
definitiva era dada com a argila ainda crua,
traçando os limites pretendidos com uma
corda. Esta tarefa que antecedia a cozedura
tinha por objectivo facilitar o corte final.
É importante referir ainda que estes elementos tinham um máximo de sete centímetros
de espessura, valor acima do qual a sua
manipulação pelo homem era inadequada.
O elemento de base é o pedale, com módulo
de um pé, equivalente ao tetradoron grego.
A divisão do pedale em quatro partes dava
lugar a quatro elementos semipedales. O
bipedale era um tijolo de maior dimensão,
com dois pés por dois. A divisão deste
elemento em nove partes criava o bessale
menor, com 19.7 por 19.7 cm.
O sesquipedale era igualmente um elemento
de grande dimensão que tinha um pé e meio
de lado. Se dividido em quatro partes criava
o bessale de 22.2 cm de lado.
A partir dos elementos de base fabricaram-se também tijolos rectangulares. O longum
pedale (lydion) possuía um pé e meio de
comprimento por um pé de largo.
120
Figura 1 | Os tijolos segundo as
medidas correntes. (Adam 1994:
fig. 347).
Elementos circulares, em quarto de
círculo e triangulares
Fabricou-se igualmente elementos de forma
circular e em quarto de círculo para aplicações em colunas e colunelos. O elemento
triangular muito utilizado, resultava da
divisão dos tijolos quadrados seccionados
numa das suas diagonais. Era sobretudo
usado na construção dos paramentos dos
muros em opus testaceum, pois a sua forma
potenciava uma melhor união do paramento com o núcleo interno e portanto um
reforço da estrutura.
Os estudos já realizados sobre o material
laterício revelaram uma produção totalmente adaptada às necessidades construtivas. Encontramos estes elementos associados a todos os níveis da construção antiga.
Foram assim utilizados na edificação de
paramentos de muros (opus testaceum, opus
mixtum), na construção de sistemas abobadados, no revestimento de solos, nos arcos,
nos arcos de descarga, nas platibandas, nas
estruturas de aquecimento, entre outros.
Um dos melhores exemplos da aplicação
dos materiais cerâmicos na construção é a
cidade de Ostia onde o material laterício foi
usado massivamente. Relativamente a Roma
Jean-Pierre Adam refere que a memória
visual mais marcante que o turista leva da
cidade e da sua periferia é o de um universo
monumental de tijolos, de onde emergem,
pontualmente, alguns vestígios isolados de
travertino e de mármore (Adam 1994: 157).
Para o caso da Hispânia, Lourdes Roldán
Goméz indica que este material não foi
excessivamente abundante na arquitectura
hispano-romana (Roldán Goméz 2008:
750) e que uma grande parte da produção
laterícia tinha como destino os complexos
termais. Em algumas cidades foi mesmo
aplicada exclusivamente nestes edifícios
(Roldán Goméz 2008: 752). A título de exemplo podemos referir o caso das termas do
Alto da Cividade em Braga cujas estruturas
de construção das zonas quentes recorreram
massivamente ao material laterício. Temos
assim por exemplo no apodyterium um
hipocausto com area feita de tijolos do tipo
lydion de tamanho variável e pilae constituídas por lateres bessales que suportavam uma
suspensura formada de tijoleiras bipedales
(Martins 2005: 32).
cada arco. Estas condutas podiam servir
para a circulação de ar quente ou então
como simples meio de ventilação.
Finalmente, o quarto grupo é constituído
por tijolos que possuem quatro encaixes
dispostos frente a frente.
Os tijolos em aduela
Trata-se de elementos de forma variada rectangulares ou trapezoidais que permitiam a realização de estruturas abobadadas
preferencialmente aplicadas nos edifícios
termais. Estes tijolos caracterizam-se por
contemplar encaixes e entalhes nas extremidades. Costumam apresentar um perfil em
cunha mais ou menos evidente em função
do espaço ao qual estavam associados. A
abóbada era assim constituída de arcos
paralelos cujos intervalos eram preenchidos
por tijolos planos.
Rui Morais indica (2005: 90) que é possível
distinguir em Braga quatro grupos de tijolos
em aduelas considerando o modo de encaixe
nas tijoleiras, altura, largura e espessura que
estes podiam adquirir.
O primeiro grupo engloba elementos de corpo
rectangular que apresentam numa das extremidades dois encaixes para o apoio das tijoleiras.
O segundo grupo está representado por
um exemplar semelhante aos anteriores
mas caracterizado por ter uma largura
superior à altura.
O terceiro grupo é constituído pelos
tijolos que apresentam dois entalhes numa
extremidade e dois encaixes na outra. Este
tipo servia de base de assentamento a duas
tijoleiras potenciando condutas de ar entre
Figura 2 | Tijolo em aduela
Segundo M. Fincker (1986) este tipo de
tijolo foi utilizado entre finais do século II
e inícios do IV. Alain Bouet procede a uma
afinação desses dados com base nos materiais da Gália Narbonense indicando uma
cronologia que vai de meados do século I ao
século IV (1999: 85).
Encontramos elementos deste tipo nas
escavações das termas do Alto da Cividade
e da insula das Carvalheiras. No edifício
das termas correspondente à primeira fase,
datada de inícios do século II, as abóbadas
das salas quentes foram construídas neste
material.
Os tubuli
Os tubuli constituem canalizações em
cerâmica. São elementos tubulares de secção
quadrada ou rectangular e de altura variável.
Trata-se de tijoleiras que, colocadas nas
paredes dos edifícios termais, permitiam a
passagem do calor e respectivo aquecimento
dos espaços. O ar quente circulava assim na
vertical mas também na horizontal através
121
Os exemplares encontrados em Braga
parecem obedecer aos mesmos parâmetros
cronológicos, entre 1.8 a 2.5 cm para os
modelos alto imperiais enquanto que os
modelos tardios têm uma espessura média
acima dos 2.5 cm (Morais 2004: 89).
Um aspecto interessante relativamente a
este tipo de material é a sua ausência na
Península Itálica (Bouet 1999: 113).
Figura 3 | Restituição de abóbadas constituídas por tijolos em aduelas. Bouet, fig. 48, 1999
de aberturas laterais, que podem apresentar
uma forma variada.
Em Bracara Augusta foram identificados
seis tipos diferentes de tubuli, associados
a termas públicas e balneários privados. O
fabrico destes peças consistia na junção de
dois elementos iguais em forma de U antes
do processo de cozedura, dando a forma
final que conhecemos.
Segundo Alain Bouet (1999: 66) este
material terá surgido em finais do século I
a.C. – inícios do século I. O autor apoia-se
para tal nos materiais identificados na Gália
Narbonense. A espessura da parede é um
dos elementos que indica uma maior ou
menor antiguidade das peças. Este investigador avança que os exemplares mais antigos
apresentam uma parede mais fina.
122
Figura 4 | Tubuli. Bouet, fig. 21, 1999
As Tegulae
Trata-se da telha romana de forma rectangular e de tamanho variável. As tegulae são
cobertas lateralmente na zona de junção
por tijolos semi-circulares, os imbrices. O
processo de fabrico passava pela introdução
da matéria-prima em moldes, onde secava
ao sol antes de ser colocada nos fornos que
referimos acima.
Foram recolhidas em Bracara Augusta
tegulae de vários tamanhos.
Figura 5 | Tegulae e imbrex
Canos e canalizações
O material laterício foi também aplicado
na realização de canos e canalizações,
destinados respectivamente ao escoamento
de águas pluviais na vertical e ao abastecimento de água limpa e drenagem das águas
sujas ou excedentárias dos edifícios. Foram
encontrados canos deste tipo nas escavações
das termas do Alto da Cividade. Elementos
de canalizações, associados a um possível
complexo industrial ou balnear, foram
descobertos nas intervenções arqueológicas
realizadas na zona dos Granjinhos.
Marcas nominais e sinais
São as marcas e selos que aparecem nas
telhas e tijoleiras. São importantes porque
permitem um melhor conhecimento das
olarias e dos oleiros que trabalhavam em
Bracara Augusta. O estudo desta informação possibilita ainda o estabelecimento de
cronologias.
Nas tegulae e tijoleiras recolhidas na
cidade identificaram-se marcas nominais e
símbolos variados sem carácter alfabético,
semelhantes aquelas encontradas noutros
materiais. Duas marcas nominais com a
abreviatura SATVR foram impressas mediante selos de cerâmica, metal ou madeira
(signacula), aludindo ao proprietário ou
fabricante da oficina. As restantes marcas
estão presentes através de grafitos gravados
na argila ainda fresca, com letras de tipo
actuário, isoladas ou assinalando abreviaturas de nomes que geralmente interpretamos
como marcas de oficina ou de propriedade.
Mais abundantes são, porém, os simples
sinais grafitados sem carácter alfabético,
mais uma vez semelhantes aos que aparecem
noutros materiais cerâmicos identificados
em Braga. A maior parte destes sinais
encontra-se reunida em tabela sinóptica
publicada por Rui Morais, ilustrada no
CD que acompanha esta obra (Rui Morais
2005).
Cronologias
A atribuição de uma cronologia aos
materiais que estão representados neste
catálogo seguiu vários métodos. Alguns
materiais foram encontrados in situ e como
tal receberam a cronologia indicada para
a fase de construção que integram. Em
determinados casos as marcas identificadas permitiram igualmente atribuir uma
cronologia. Quando estas situações não
se verificaram procedeu-se à datação com
base na comparação com outros materiais
semelhantes encontrados em sítios datados
e também em estudos realizados noutros
locais do Império que fornecem uma cronologia aproximada.
É importante ter aqui em atenção que
este tipo de material era frequentemente
reutilizado. Exemplo disso são as tegulae
encontradas em contexto de necrópole, e
como tal indicamos aqui a cronologia de
reutilização.
123
Quadro 1 | Listagem dos elementos laterícios englobados no catálogo
N.I.
Usos conhecidos
Arqueosítio
Cronologia
1996.0766 Bessale menor/ cuneati 18.8 x 17.8 x (5.5-6.7)
Arcos suspensura
Termas Alto Cividade
1996.0774 Bessale menor
18.2 x 18.6 x 5.5
Pilae/ muros hipocausta Termas Alto Cividade
2000.0244 Bessale/ cuneati
21.2 x 21 x (5.8-3.8)
Arco hipocaustum
Termas Alto Cividade
Inícios séc. II –
inícios séc. III
Inícios séc. II –
inícios séc. III
Inícios séc. II
2000.0248 Pedale/ cuneati
29 x 29 x (4.7-6.3)
Arco hipocaustum
Termas Alto Cividade
Inícios séc. II
1994.1447 Bipedale
57.2 x 57.2 x 5.1
Sepultura
Cangosta da Palha
1994.1323 Bipedale
60.2 x 60.2 x 7.1
Alto e Baixo
Império
Alto-Império
1996.0727 Longum pedale/ lydion
45.5 x 29.9 x 5.7
1994.1166
Tipo
Semi-lydion
Medidas (cm)
Uso
32.2 x 25 x 8.2
Suspensurae/ pilae/
Granjinhos
arcos hipocausta
Pavimentos/ arcos/
Termas Alto Cividade Inícios séc. II
outras estruturas de
áreas quentes de
edifícios termais
Opus testaceum/
Largo Paulo Osório
pavimentos/
revestimento interno
condutas água/ arcos e
abóbadas
Largo Carlos Amarante 2a metade
séc. II
Cangosta da Palha
Mundo tardo
romano Antoninos
Granjinhos
Alto Império
1991.0486 Longum semi-pedale
42.8 x 14.7 x 4.3
Sepultura
1994.1446 Longum semi-pedale
46.2 x 16.2 x 5.3
Sepultura
1994.1300 Longum semi-pedale
52.3 x 15.2 x 5.1
Tanque
1995.0165 Longum bessale
59.5 x 22.1
Tampa canalização
1994.1205 Longum semi-pedale
38.5 x 14.8 x 4.5
2002.1959 Tegula
40.9 x ? x 2.5
1994.1445 Tegula
54.1 x 36.2 x 2.7
Sepultura
Cobertura
R. Capitão Alberto
Matos
Cangosta da Palha
1994.1430 Tegula
56.5 x 43.2
Sepultura
Cobertura
Cangosta da Palha
1996.0742 Imbrex
2.4 (espessura)
Cobertura
Colina da Cividade
Mundo tardo
romano Antoninos
Alto e Baixo
Império
-
1991.0489 Tegula c/ opaion
2.9 (espessura)
Cobertura/ventilação
Maximinos
-
1996.0159 Tegula c/ opaion
2.9 (espessura)
Cobertura/ventilação
2004.0416 Tijolo em aduela
28.2 x 27.7 x (4.4-3.9) Abóbadas/ pilae
Braga – achados
antigos
Jardins da Misericórdia Inícios séc. II
1994.1283 Tijolo em aduela
Carvalheiras
Antoninos
1994.1238 Tijolo em aduela
29 x (24.5–19.3) x
Abóbadas/ pilae
(5.4–5)
28.2 x 29.2 x (5.1-4.1) Abóbadas/ pilae
Carvalheiras
Antoninos
1996.0218 Tijolo em aduela
53.8 x 34.5 x (8.6-7.2) Abóbadas
Séc. II - IV
1994.1216 Tijolo em ¼ círculo
16.8 (diâm.) x 4.8
Elemento de coluna
Braga – achados
antigos
Cavalariças
1994.1025 Tijolo em ¼ círculo
17.7 (diâm.) x 4.3
Elemento de coluna
Colina da Cividade
-
2000.0246 Tijolo triangular
5.9 (espessura)
Opus testaceum
Casa da Bica
-
1994.0489 Tijolo Circular
25.3 (diâm.) x 7.8
Pilae
Cavalariças
-
2004.0475 Tijolo Circular
32.9 (diâm.) x 7.5
Pilae
1995.0194 Tijolo Circular
38.9 (diâm.) x 7.5
Pilae
R. St. António
Travessas nº. 20-26
Hospital bloco
2a metade
séc. I
Séc. I - II
1995.0173 Canalização
55.2 x 18.1 x 4
Granjinhos
Alto–Império
1994.0951 Cano
65.8 x (15-16) x 1.4
Termas
Inícios séc. II
Carvalheiras
Alto-Império
Carvalheiras
Cobertura
Abastecimento/
2002.0251 Tubuli abertura quadrada 29.5 x 14.3 x 23.2
drenagem água
Drenagem água
pluvial
Concamerationes
1994.0956 Tubuli abertura circular
Concamerationes
124
31.7 x 12.6 x 29.6
Carvalheiras
Finais séc. I –
inícios séc. II
Séc. I
-
R. D. Af. Henriques nº. Alto-Império
36-40
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