BTG Pactual Asset Management

Transcrição

BTG Pactual Asset Management
Fundos & Gestores de Recursos
Gestores de Recursos Tradicionais / Brasil
BTG Pactual Asset Management S.A. DTVM
Relatório Analítico
Fundamentos do Rating
Forte Franquia: O Rating Nacional de Gestores de Recursos da BTG Pactual Asset
Management S.A. DTVM (BTG Pactual Asset) reflete os benefícios de fazer parte do Banco
BTG Pactual S.A. (BTG Pactual - IDRs de Longo Prazo em Moeda Estrangeira e Local 'BBB–
'/Perspectiva Estável), que dispõe de forte reputação em suas atividades e bons índices de
rentabilidade. O grupo possui estrutura e filosofia de investimento bem definidas, apoiadas por
executivos experientes e qualificados, além de robustos controles de risco e de compliance.
Perímetro de Avaliação: O rating da BTG Pactual Asset contempla suas operações locais e
não inclui as atividades de gestão no exterior das áreas de administração de fortunas e private
banking e/ou relacionadas aos fundos de fundos geridos por terceiros, que têm processos e
políticas próprios e são segregadas da administração de fundos próprios.
Critérios de Classificação
Estrutura
Organizacio nal
Co ntro les de
Risco
Gestão de
Fundo s
A dministração
Tecno lo gia
5
4
3
2
1
Fo nte: Fitch
‘M1(bra)’: Superior
(Definição)
O rating 'M1(bra)' é atribuído a gestores de
recursos que demonstrem vulnerabilidade
muito baixa a falhas operacionais e de
gerenciamento de ativos.
IDR (Issuer Default Rating - Rating de
Probabilidade de Inadimplência do Emissor).
Pesquisa Relacionada
Relatório Analítico: Banco BTG Pactual S.A.
(15/02/2012).
Analistas
Pedro Gomes
+55 11 4504-2600
[email protected]
Maria Rita Gonçalves
+55 21 4503-2600
[email protected]
www.fitchratings.com.br
Processo de Investimento Disciplinado: O processo de investimento é um dos pontos fortes
da BTG Pactual Asset. É bem formalizado e executado através de comitês por uma equipe
bem qualificada. A gestora tem mantido crescimento do volume de fundos acima da indústria
local (23% e 13% em 2011, respectivamente), tendência que deve ser mantida em 2012. Esta
expansão é reflexo do bom desempenho dos fundos administrados e do bom acesso a
diferentes canais de distribuição, além do fato de fazer parte de um banco de negócios
completo, com forte relacionamento com empresas e investidores.
Expansão Internacional: Seguindo a estratégia do grupo, a gestora pretende incrementar a
atuação no exterior, aproveitando o maior fluxo de recursos para o Brasil. O grupo tem
estabelecido corretoras em importantes centros financeiros internacionais, além de ter
recentemente adquirido uma importante corretora chilena. Esta expansão diversificará a base
de aplicadores e ampliará o volume sob gestão, mas irá exigir a integração das plataformas
em diferentes localidades e maior atenção aos controles de risco.
Controles Amplos e Sofisticados: A forte interligação com o grupo e a exploração das
sinergias tem se traduzido na otimização da equipe e custos, bem como na utilização de
práticas e processos de gestão, controles de risco e compliance consistentes, amplos e bem
formalizados, o que não tem agregado riscos de conflito de interesse às operações da gestora.
Os limites dos fundos não têm apresentado desenquadramentos relevantes (apenas alguns
em termos de concentração), com grande ênfase à liquidez. Porém, embora reconheça a
eficiência da área de risco de mercado e liquidez, a Fitch considera esta área enxuta.
Processos Integrados e Automatizados: O grupo BTG Pactual conta com uma área de
tecnologia robusta e interligada. Os planos de contingência são bem elaborados e
formalizados, com redundância nos sistemas críticos e simulações e exercícios de
continuidade dos negócios regulares. Apesar dos bons processos e sistemas, o grupo está
alterando toda a estrutura tecnológica com a ajuda de uma renomada consultoria, visando
maior atuação global e o crescimento dos volumes administrados, para manter a agilidade e
segurança no controle de informações e tomadas de decisão.
Desafios: A Fitch considera que a base de clientes e de produtos ainda é concentrada e a
gestora apresenta equipe de controle de risco enxuta, alguns dos principais desafios para seu
desenvolvimento nos próximos anos, bem como o processo de internacionalização do grupo.
No entanto, a agência acredita que os investimentos e o contínuo aprimoramento das
ferramentas e sistemas possam acomodar o crescimento esperado.
23 de Março de 2012
Fundos & Gestores de Recursos
Perfil do Gestor
BTG Pactual Asset Management S.A. DTVM
Com origem em 1983 como corretora, o grupo BTG Pactual passou a
administrar fundos de investimento em 1984, segregando esta
atividade das operações do banco em 2000 e constituindo a BTG
Pactual Asset. Em 2006, foi vendido ao UBS AG, o maior banco da
Suiça, e readquirido por alguns dos antigos controladores em
setembro de 2009. Com participação de 4,7% no mercado local em
dezembro de 2011, a BTG Pactual Asset era a sexta maior gestora de
recursos de terceiros do Brasil (maior sem rede de varejo) e a oitava
em termos de administração de recursos, com BRL85bi e BRL91bi,
respectivamente. É dedicada exclusivamente à prestação de
serviços de gestão de recursos de terceiros através de fundos de
investimento ou carteiras administradas, oferecendo grande
variedade de produtos de investimento.
Endereço:
Praia de Botofago, 501 – 6º andar
Website:
www.btgpactual.com
Tipo de organização:
Grupo Financeiro
Ano de fundação:
1983
Domicílio, local de constituição: Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Registro(s)/jurisdição(ões):
Brasil
Controlador:
Banco BTG Pactual S.A.
A BTG Pactual Asset tem se destacado em fundos multimercados,
representando 63% do total de fundos administrados. A atividade de
administração de recursos de terceiros é uma das principais linhas de
negócio do grupo BTG Pactual e os fundos geridos são significativos na
composição da grade de produtos oferecida aos clientes do grupo.
Historicamente, cerca de 50% das elevadas receitas de serviços são
originados das atividades de administração de recursos de terceiros. Apesar
do bom desempenho dos fundos, a maior parte do resultado da gestora é
gerada por taxas de administração, baseada no alto volume gerido e na
estrutura enxuta de custos de um banco de investimento. Assim, há grande
potencial de expansão de receitas de taxas de performance.
Matriz/coligadas:
Chairman:
COO:
CEO / CIO:
Principais
carteiras administradas:
Nº de Gestores
de carteira:
Nº de Funcionários:
Banco BTG Pactual S.A.
Persio Arida
Mariana Cardoso
James Oliveira
Multimercados e Renda Fixa
30
87
Recursos sob Gestão
Metodologia Aplicada
Reviewing and Rating
Managers (13/08/2010);
Asset
National Scale Asset Manager
Ratings Criteria (02/07/2010).
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BTG Pactual Asset Management S.A. DTVM
Fundamentos do Rating
Rating
M1(bra)
Pontos Fortes
 Faz parte do grupo BTG Pactual, com forte franquia como banco de negócios no Brasil e histórico de sucesso no desenvolvimento das
atividades, apoiado em profissionais experientes e qualificados.
 A atividade de administração de recursos de terceiros é uma das principais linhas de negócio do grupo, respondendo historicamente por
50% das elevadas receitas de serviços, que geralmente cobrem suas despesas administrativas.
 Adota fortes políticas de controle de risco e compliance, com grande ênfase à liquidez das posições dos fundos.
 Processo de gestão de investimento bem formalizado e elaborado, baseado em comitês com grande suporte em pesquisa
macroeconômica e fundamentalista, além de uma área de pesquisa local renomada e fortes controles de risco.
Desafios
Enfrentar o acirramento da concorrência com outros gestores e produtos de captação.
Reduzir a alta concentração da captação por clientes, especialmente corporativos e institucionais.

Integração operacional e de controles em função das recentes aquisições e da expansão do grupo, principalmente do processo de
internacionalização.


Estrutura Organizacional e Equipes



A gestora possui forte experiência e franquia na indústria de fundos brasileira, com bons resultados e geração de receitas.
Estrutura bastante capacitada para atender às demandas dos investidores e mitigar riscos inerentes aos altos e crescentes volumes de
suas atividades. No entanto, a Fitch considera a equipe de controles de risco enxuta.
Apesar de algumas atividades de controle e de suporte serem compartilhadas com outras empresas do grupo, há pessoas dedicadas
exclusivamente à gestora de recursos, para otimizar custos e manter o mesmo grau de entendimento dos negócios do grupo.
Controles e Gerenciamento de Risco





2,00
As áreas comerciais da BTG Pactual Asset prestam serviço diferenciado em comparação a outros gestores de recursos do país, visto sua
clientela mais qualificada, com treinamentos constantes e bom grau de transparência dos produtos oferecidos.
A administração fiduciária apresenta boa automação dos processos, com grande foco em ganho de escala e aprimoramento dos
sistemas, apresentando grau avançado de controle de riscos operacionais e formalização dos procedimentos.
Tecnologia

1,50
O processo de investimento é bem disciplinado e robusto, baseado em comitês e abordagem macroeconômica top-down e bottom-up
de empresas.
Os gestores contam com o suporte de uma equipe renomada de analistas, apoiados ainda pela pesquisa quantitativa e simulações de
testes de estresse e Valor em Risco (VaR) produzidas pela área de risco de mercado.
Administração de Investimentos

1,75
As áreas de risco e compliance contam com metodologias e sistemas bem formalizados para garantir a sustentabilidade da estratégia e
os negócios do grupo, bem como para cumprir todas as exigências regulatórias e fiduciárias.
A estrutura de controle de riscos é bastante abrangente, com fortes e sofisticados controles e grande ênfase à liquidez das posições,
além de grande suporte tecnológico e interligação com os processos do grupo e de terceiros, como corretoras e custodiantes.
Gestão de Carteiras

Score
1,75
2,00
O grupo conta com área de tecnologia robusta, com planos de contingência bem elaborados e formalizados, além de redundância em
todos os sistemas críticos e simulações e exercícios de continuidade dos negócios regulares.
Apesar dos bons sistemas, basicamente internos, o grupo BTG Pactual está passando por uma ampla alteração de sua plataforma
tecnológica, visando maior integração das funções e grau de automação para o elevado crescimento de suas atividades.
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Estrutura Organizacional e Equipes
Controle Acionário e Posição Financeira
A BTG Pactual Asset é subsidiária integral do BTG Pactual. Com ativos de BRL101bi e lucro
de BRL602mi em setembro de 2011, o BTG Pactual é um dos maiores bancos de negócios do
país, com forte reputação nos segmentos de atuação. Atua em três áreas distintas: banco de
investimento (fusões e aquisições, assessoria financeira, mercado de capitais, corretagem
etc), wealth management (gestão de fortunas) e gestão de fundos de investimento.
Os ratings do BTG Pactual refletem a forte franquia como banco de investimento no Brasil, o
sucesso no desenvolvimento de suas atividades e o bom histórico de resultados. Consideram
ainda a alta capacidade e a experiência dos executivos, os fortes controles de risco e o fluxo
de receitas recorrentes, que cobre consistentemente os custos fixos. Os ratings, porém, são
restringidos pela limitada, porém crescente, diversificação de seu balanço e fluxo de receitas.
A boa franquia possibilitou atrair acionistas internacionais, que injetaram USD1,55 bilhão no
BTG Pactual em 2010 (16,04% das ações). Este aporte tem possibilitado ao banco elevar a
competitividade e manter o ritmo de desenvolvimento, aproveitando oportunidades oferecidas
pela economia. Como exemplos do aproveitamento de oportunidades, destacam-se as
aquisições do Banco Panamericano S.A. (BP), atuante no financiamento ao consumo,
especialmente veículos; da Celfin Capital S.A. (Celfin), a maior corretora do Chile; e da
Brazilian Finance & Real Estate (BFRE), importante provedora de serviços financeiros no setor
imobiliário brasileiro. As duas últimas aquisições ainda estão pendentes de aprovação das
autoridades e servirão para ampliar a diversificação das receitas e negócios do grupo, bem
como expandir as atividades de gestão internacional e no segmento imobilário.
Embora volátil, o BTG Pactual tem apresentado bom desempenho, com rentabilidade de 14%
nos 9M11, 25% em 2010 (excluindo o aporte) e 18% em 2009. A administração de recursos de
terceiros é uma das principais linhas de negócio do grupo. Historicamente, cerca de 50% das
elevadas receitas de serviços (BRL796mi nos 9M11 e BRL803mi em 2010) têm sido
provenientes da administração de recursos de terceiros. O saldo é diversificado em outros
segmentos, que podem, em diferentes períodos, contribuir significativamente para o resultado,
como ocorreu com as atividades de abertura de capital e assessoria financeira de 2006 a
2008. Apesar da boa performance dos fundos, a maior parte do resultado da gestora é gerada
por taxas de administração, baseada no alto volume gerido.
O controle acionário do BTG Pactual é detido por André Esteves, que detém a maioria do
capital votante. Com a compra, o BTG Pactual voltou a ter a cultura de partnership, adotada no
antigo Pactual, que possibilita aos funcionários mais qualificados se tornarem sócios do banco,
fortalecendo o interesse em proteger o capital e a reputação da instituição. Todas as áreas são
chefiadas por um ou mais sócios, que possuem grande experiência no grupo e no mercado
financeiro. A remuneração dos executivos é muito importante nesse tipo de instituição, sendo
uma variável chave na base de despesas do grupo.
Experiência na Indústria de Gestão de Recursos
O volume de fundos administrados pela BTG Pactual Asset apresentou substancial aumento
de recursos até 2007 (59% naquele ano), principalmente após a venda do banco ao UBS, que
fortaleceu bastante os negócios e a placa da instituição na época. O aumento também foi
beneficiado pelo bom ambiente econômico local no período, com a gestora recebendo
recursos de muitas operações de banco de investimento lideradas pelo BTG Pactual,
demonstrando os benefícios de fazer parte de um grupo que conta com um banco de
investimento completo. No entanto, com a crise global e as notícias de venda do banco, o
volume de fundos administrados decresceu 17% em 2008 e permaneceu estável em 2009.
No entanto, desde então, o volume tem crescido acima da indústria de fundos local (23% em
2011 e 24% em 2010, ante 13% e 17% da indústria, respectivamente), passando para BRL91
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bilhões em dezembro de 2011 (sendo que apenas BRL2,6bi correspondiam a recursos do
grupo), principalmente em investidores corporates, private e distribuidores, baseado no
crescimento econômico local, na boa performance de seus fundos, na placa do grupo e no
bom relacionamento com empresas e investidores.
O planejamento para 2012 continua agressivo, mas é viável, embora dependa muito do
crescimento econômico local, além da capacidade da gestora em atrair investidores
internacionais e vender seus fundos mais sofisticados. Não são esperadas grandes alterações
em termos de taxas de administração pelo fato dessas já estarem em baixo patamar, visto sua
clientela. Outro aspecto importante será a concorrência com outros produtos de captação,
especialmente depósitos a prazo, uma vez que o banco tem incrementado fortemente a
atividade de crédito, embora com alavancagem ainda moderada no final do processo.
Além da estratégia de ampliar a participação no mercado local e de “consolidar” a presença no
segmento de renda variável com a complementação da grade com novos produtos a médio
prazo, a gestora pretende incrementar sua atuação no exterior, aproveitando o maior fluxo de
recursos para o país e o relacionamento com os acionistas externos (fundos soberanos e
tradicionais famílias internacionais), que entraram em seu capital em 2010.
O BTG Pactual tem sido bem-sucedido em implementar essa estratégia. Em 2009 e 2010, o
grupo estabeleceu corretoras de valores em importante centros financeiros internacionais,
como Hong Kong, Londres e Nova York, para operar trading e oferecer produtos aos
investidores, como gestão de fundos e corretagem de ações brasileiras, beneficando-se do
maior conhecimento dos mercados externos no período que estava sob controle do UBS. Além
disso, também adquiriu a Celfin (recursos sob gestão de BRL8,6 bilhões), com operações no
Chile, Peru e Colômbia, e a BFRE (BRL2,3 bilhões), atuante em fundos imobiliários, com
grandes sinergias com a BTG Pactual Asset, que, apesar de serem empresas com boas
equipes e plataformas já existentes, devem demandar esforços na integração de processos e
controles.
Como a gestora atende a clientes mais qualificados e busca maior rentabilidade/taxas de
performance através de fundos mais sofisticados, o lastro de ativos que compõem a maior
parte dos fundos é menor em títulos do governo, embora ainda seja alto, devido à
preocupação com liquidez (39% do total de recursos administrados ante 57% na indústria de
fundos). A gestora mantém maior participação em títulos privados (47% ante 28% na indústria
de fundos em dezembro de 2011; 36% e 23% em 2010, respectivamente). Esse aumento da
participação ocorreu basicamente em detrimento dos investimentos em ações, devido oas
efeitos das turbulências na Europa, que decresceram para 14% e 15% em dezembro de 2011,
ante 21% e 18% em 2010. Com a melhora do ambiente econômico global e a redução das
taxas de juros locais, os investimentos em renda variável devem voltar a crescer.
As atividades de administração e gestão de fundos de investimento estão divididas entre
algumas empresas do grupo, com receitas e despesas rateadas conforme contrato de
prestação de serviços efetuado em 2006 e atualizado em 2010. Assim, o resultado contábil da
BTG Pactual Asset não é apropriado para uma visão da lucratividade da área. A gestora
apresentou lucro de BRL112mi em 2011 e lucro antes dos impostos e distribuições de lucro de
BRL181mi, sendo grande parte do resultado da atividade de administração de fundos de
investimento contabilizada no banco.
A BTG Pactual Asset presta serviços de gestão dos fundos, enquanto a distribuição é efetuada
pelo banco e a BTG Pactual Serviços Financeiros S.A. DTVM responde pela controladoria e
administração dos fundos. A BTG Pactual WM Gestão de Recursos Ltda. e a BTG Pactual
Gestora de Recursos Ltda., ambas subsidiárias da BTG Pactual Asset, prestam serviços de
gestão para a unidade de wealth management e de private equity, respectivamente. Além
disso, há também algumas companhias no exterior, desvinculadas das empresas do país,
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responsáveis pela gestão dos fundos do exterior.
Independência e Governança Corporativa
As estruturas de segregação e mitigação de risco de conflito de interesse têm sido
progressivamente reforçadas, com políticas de compliance e controle de risco operacional.
Essas políticas incluem a segregação física e a proibição de compartilhamento de informações
assegurada pelo código de ética e verificada pela área de compliance, e seguem os padrões
da indústria e as regulamentações vigentes no país. A gestora adere às melhores práticas e
regras estabelecidas no Brasil. A boa estrutura de práticas de governança corporativa não
prejudica a forte atuação do grupo BTG Pactual, assim como de outros pares, em atividades
de fusões e aquisições, bem como de mercado de capitais.
As atividades de controle (compliance, risco operacional e auditoria interna, entre outras) e
algumas de suporte são compartilhadas com outras empresas do grupo, e há profissionais
dedicados exclusivamente às atividades de administração de recursos de terceiros, para
otimizar custos, devido à centralização da inteligência destas áreas no grupo. A Fitch observa
que esta configuração difere um pouco da estrutura observada em grandes gestoras, mas
considera que o compartilhamento de algumas atividades de controle pelas empresas do
grupo não tem agregado maiores riscos de conflito de interesse às operações da gestora.
Além disso, o processo de investimento e as atividades de pesquisa e
deferimento/acompanhamento de risco de crédito são segregadas das operações do grupo.
Equipe
A Fitch considera que a BTG Pactual Asset tem uma equipe adequada ao volume de recursos
adminitrados e que os principais sócios e executivos são bastante experientes. Além do
Chairman e do CIO, a estrutura de gestão da BTG Pactual Asset conta com 15 gestores,
incluindo seis analistas de renda variável. Também conta com dois estrategistas, dois
analistas de crédito, uma equipe de suporte e controle com sete pessoas, e dois traders para
renda variável. Mesmo com a reorganização do grupo BTG Pactual em 2009, observa-se que
a rotatividade dos profissionais é baixa, devido à filosofia de negócios baseada na cultura
meritocrática e na política de alta remuneração variável, principalmente para os funcionários
de destaque que, inclusive, podem se tornar sócios da instituição.
Com a venda aos antigos executivos, em 2009, alguns profissionais mais experientes do grupo
foram transferidos para a gestora, demonstrando a importância da atividade para o grupo. As
principais políticas e processos não sofreram alterações relevantes na época. Além disso,
foram contratados sócios/executivos para atuar nas dependências abertas no exterior,
principalmente para a distribuição de fundos e outros produtos do grupo.
As atividades de administração, controladoria, cálculo de cotas, precificação dos ativos,
contabilidade, liquidação financeira e envio de material regulatório/marketing, entre outras
atividades de suporte, contam com 57 funcionários e são efetuadas pela área de Fund
Administration. Além disso, as áreas de controle de risco, como compliance, risco de mercado
e auditoria interna, bem como do departamento legal, de atividades compartilhadas com o
grupo contam adicionalmente com sete funcionários dedicados à gestora.
Controles e Gerenciamento de Risco
Estruturas de Controle
Conforme mencionado, a BTG Pactual Asset utiliza as estruturas de controle e compliance do
grupo, embora com profissionais dedicados exclusivamente à gestora. Essas estruturas foram
fortalecidas no período que o grupo pertencia ao UBS, como seria esperado para uma
subsidiária de um grande banco estrangeiro. Após a venda para os ex-controladores e
executivos, a maior parte dos controles foi mantida, com poucas diferenças relevantes. Os
relatórios das áreas de controle são abrangentes e enviados a diversos executivos, inclusive
alguns do banco, com grande suporte tecnológico. Além disso, o departamento jurídico do
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grupo mantém três advogados totalmente dedicados à unidade de gestão de recursos, que se
reportam diretamente ao comitê-executivo do grupo.
Em 2011, o grupo criou a função de Chief Risk Officer (CRO). Este é responsável pela
centralização das atividades de gerenciamento de risco operacional, risco de mercado e risco
de crédito. Anteriormente, os profissionais dedicados à gestora para as atividades de risco
operacional se reportavam ao COO do grupo e os dedicados ao risco de mercado e liquidez
ao CFO do grupo. Apesar dos relatórios, processos e controles continuarem sendo realizados
da mesma forma, a Fitch considera positiva esta mudança na organização, uma vez que
deverá se traduzir em melhor governança e transparência das atribuições.
A gestora e a maior parte de seus fundos locais são auditados externamente pela Ernst &
Young Auditores Independentes. Além disso, a BTG Pactual Asset, assim como a indústria, é
supervisionada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que regulamenta os fundos de
investimento e fiscaliza os mercados de bolsa e de balcão no país, e pelo Banco Central do
Brasil (Bacen), que regulamenta e fiscaliza a atividade bancária. Assim como os outros
gestores do país, a BTG Pactual Asset adere às práticas de autorregulamentação da
Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima),
responsável pela supervisão do cumprimento de códigos de regulação e comunicação e
transparência para investidores.
Gestão de Risco Operacional
A Fitch considera que a gestora mantém boas práticas de controle e identificação de riscos
operacionais em linha com os seus principais concorrentes no mercado brasileiro. Essas
práticas incluem o mapeamento de processos e fluxos das áreas, o registro de erros
operacionais, o acompanhamento de incidentes, a avaliação trimestral de riscos e os relatórios
de auditorias internas e externas, cobrindo também a avaliação de novos produtos e serviços.
Além disso, os principais controles de risco operacional são certificados anualmente por uma
consultoria renomada, com todo o processo e as ações mitigatórias mapeados desde 2007. As
perdas operacionais não têm sido relevantes, apenas BRL139 mil em 2011, embora o
processo de risco operacional necessite de maior automação.
A auditoria interna que, entre outras funções, verifica se os erros operacionais estão
computados corretamente e se reporta ao CFO do grupo, também monitora constantemente
as atividades e processos do grupo. Isso ocorre por meio de reuniões periódicas e, se
necessário, extraordinárias, além de comitês de governança e relatórios internos. A gestora
passou por uma ampla auditoria interna no final de 2010, sem apontamentos relevantes.
Compliance e Controles
A área de compliance tem apresentado êxito em assegurar o cumprimento das normas
internas e legais e dos demais procedimentos utilizados para mitigar os vários tipos de riscos
legais, éticos e de imagem. Também monitora diariamente potenciais áreas de conflito de
interesse e a segregação do fluxo de informações das empresas do grupo, inclusive entre as
áreas de front-office (responsável pela formulação e execução das operações dos fundos) e
back-office (responsável pelo acompanhamento e controle das operacões), inclusive a
segregação física das áreas (com controle de acesso quando necessário). Há dois
profissionais dedicados à gestora na área de compliance, que se reportam ao principal comitê
da gestora, que inclui todos os executivos graduados.
A política de investimentos dos funcionários adota práticas comuns às principais gestoras de
recursos do país. A área de compliance tem que autorizar os funcionários a investirem em
ações, e estes devem permanecer com o papel por, no mínimo, noventa dias. Além disso, o
funcionário deve operar apenas com as duas corretoras autorizadas pelo compliance, entre
outras proibições. O manual de compliance e o código de princípios e ética estão formalizados
e inseridos na intranet do grupo. Há também um plano de continuidade de negócios escrito e
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formalizado para problemas, como escândalos, desastres naturais e relacionados à tecnologia.
Gestão de Risco de Mercado
A BTG Pactual Asset apresenta fortes e sofisticados controles de risco de mercado e liquidez
dos fundos e carteiras administrados, desenvolvidos internamente. A área de Gestão de Risco
de Mercado utiliza os mesmos sistemas e metodologia do banco, que estão entre os melhores
do país, na opinião da Fitch, e são necessários para sua tesouraria bastante ativa. Os
controles, efetuados diariamente, são bem abrangentes e incluem relatórios de Valor em Risco
(VaR), estresse (histórico e com simulações de cenários hipotéticos), concentrações e risco de
liquidez. Os relatórios de risco são emitidos em ‘D+1’ e os testes de estresse e liquidez são
semanais, embora a área possa disponibilizar relatórios on-line das posições, caso necessário.
A área também valida a precificação dos ativos e a análise de performance dos fundos, com a
comparação com os pares e os benchmarks de mercado. Além disso, ainda faz o controle de
risco operacional, verificando a qualidade e o grau de confiança das informações produzidas,
bem como a pesquisa quantitativa, fornecendo ferramentas de análise para todas as áreas do
grupo. A área responde ao CRO do grupo, mas seus relatórios de controle dos limites dos
fundos são emitidos para os principais executivos da gestora. Desde 2008, houve apenas dois
desenquadramentos nos limites de risco de mercado (nenhum nos de liquidez), sendo
reenquadrados logo em seguida. Em 2008, a gestora fez a venda de papéis para reenquadrar
alguns fundos devido aos resgates em função da crise global. No máximo, os fundos foram
reenquadrados em até dez dias (dentro do limite regulatório da CVM, de 15 dias).
Há grande preocupação com a liquidez das posições, tanto dos gestores como das áreas de
controle, com penalizações para papéis ilíquidos. A gestora procura concentrar as aplicações
em títulos privados, que tenham ratings elevados, e em CDBs com liquidez diária ou de curto
prazo. A liquidez é gerenciada no cálculo diário do risco de mercado dos fundos, método
através do qual os ativos são ponderados pelo tempo que o gestor levaria para se desfazer da
posição, utilizando séries históricas de volume negociado, além de contemplar a concentração
do passivo com a atribuição de condições mínimas de liquidez para a carteira dos fundos
suportar eventuais resgates em situações de estresse. O controle tem como principal premissa
a possibilidade de movimentar até 30% do volume médio negociado nos últimos 63 dias úteis.
No entanto, a Fitch considera a área enxuta, com apenas quatro pessoas dedicadas à gestora.
Isso é minimizado pelos bons sistemas tecnológicos e pela experiência dos profissionais,
embora a agência consideraria adequada uma área maior.
Gestão de Carteiras
O processo de investimento é um dos pontos fortes da BTG Pactual Asset, por ser bem
disciplicado e robusto. É totalmente baseado em comitês, com uma equipe de analistas bem
experientes, forte análise macroeconômica e fundamentalista das empresas e robustos
controles de risco. O Comitê de Asset Management, o principal da instituição, se reúne
semanalmente e inclui os executivos mais graduados da gestora, além de outros do grupo.
Tem como função definir as diretrizes e estratégias de gestão, distribuição, serviços e
produtos, além da determinação dos parâmetros de alocação de recursos nos perfis de risco
conservador, moderado e agressivo, entre outras atribuições.
Ao invés das carteiras dos fundos serem delegadas aos gestores individuais como ocorre em
muitas gestoras, os fundos ficam sob a responsabilidade de uma equipe de gestão, sendo que
cada membro da equipe atua em seu mercado de especialização. A área de gestão é dividida
nos grupos de renda fixa e renda variável, sob a coordenação do CIO, James Oliveira, e do
chairman, Pérsio Arida. A gestão dos produtos tradicionais de juros e câmbio é de
responsabilidade do grupo de renda fixa, bem como os fundos multimercados, que aplicam em
diversos mercados, respeitando os limites de risco previamente estabelecidos nos mandatos
dos fundos. O grupo de renda variável é responsável pela gestão dos produtos de ações, bem
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Fundos & Gestores de Recursos
como pela parcela de renda variável dos fundos multimercados.
Com base em cenários macroeconômicos e políticos definidos, a equipe de gestão realiza
uma análise detalhada dos preços dos ativos, comparando as estimativas das principais casas
de pesquisa com os preços de mercado. Em seguida, é efetuada a alocação teórica dos
recursos e a escolha dos ativos de acordo com os cenários traçados e objetivos dos fundos.
São utilizadas análises quantitativa e técnica para precificação dos ativos, que ajusta o retorno
potencial dos ativos à sua liquidez, duration, horizonte de investimento e tamanho de posição,
entre outros fatores. Nessa etapa, os gestores são suportados por uma renomada equipe de
analistas de renda fixa e variável, apoiados ainda pela pesquisa quantitativa produzida pela
área de risco de mercado. Os gestores contam com simulação de testes de estresse e VaR,
que permitem verificar o impacto das posições antes da aquisição dos ativos.
As atividades de trading e boletagem são efetuadas pelos próprios gestores e a divisão das
operações por corretoras (opera com cerca de quarenta) é decisão dos gestores/traders.
Além disso, a alocação das ordens executadas são rateadas dentre os diversos fundos pelo
preço médio, de acordo com a quantidade pré-definida para cada fundo, conforme seu perfil
de risco e retorno. Há várias travas no processo de boletagem, como mandato para comprar
determinados ativos e opção para recalcular tudo no caso de inconsistências, o que ocorreu
poucas vezes desde o estabelecimento dos sistemas, em 2011. O processo de avaliação e
monitoramento dos serviços prestados pelas corretoras é bem efetuado, embora careça de
maior formalidade. É conduzido pelo compliance, sendo que a aprovação de novas corretoras
é efetuada por um comitê, composto pela área de risco de crédito, mesa de operações e a
COO, além do compliance, através de visitas e questionários.
O comitê de crédito se reúne sob demanda, com poder de veto do analista de crédito. Apesar
de utilizar a análise de crédito do BTG Pactual no processo de decisão, que é normal por fazer
parte de um grupo, não há qualquer profissional do banco envolvido no processo decisório, o
que a Fitch considera positivo em termos de independência. As políticas e os sistemas são os
mesmos do banco, que monitora a exposição consolidada do grupo. Desde 2004, houve
apenas quatro problemas de crédito, todos em fundos exclusivos, o mais recente em 2010.
Administração de Investimentos
Relatórios e Comunicação
A comunicação dos riscos dos fundos de investimento e carteiras administradas (propectos e
regulamentos) é de responsabilidade da área de distribuição. O envio dos relatórios de
desempenho, por sua vez, é de responsabilidade da área de administração da BTG Pactual
Asset. A área de distribuição continua a seguir as diretrizes do grupo, com foco em diferentes
canais de serviço e atuação pró-ativa junto à clientela. As áreas comerciais da BTG Pactual
Asset prestam um serviço diferenciado em comparação a outros gestores de recursos do país,
visto a clientela mais qualificada. Apesar dos objetivos de crescimento da base de clientes e
da maior escala, a equipe procura manter agilidade na troca de informações, tendo ampliado a
padronização dos relatórios nos últimos anos.
Na opinião da Fitch, a BTG Pactual Asset apresenta boa transparência em comparação aos
padrões do mercado local. Pode-se obter facilmente o regulamento e os prospectos dos
fundos abertos, que estão de acordo com as exigências da CVM e da Anbima. As lâminas dos
fundos, enviadas mensalmente, são claras e objetivas, demonstrando o histórico da
rentabilidade dos fundos nos últimos quatro anos frente ao seu benchmark e a outros
indicadores de mercado. Também apresenta análise gráfica interativa da evolução dos fundos,
concentrações e exposições setoriais, propiciando, boa visualização do desempenho histórico
dos fundos e maior suporte ao desenvolvimento de estratégias de alocação para os cotistas.
Administração
A área de Fund Administration é responsável pelas atividades de processamento,
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controladoria, cálculo de cotas, contabilidade, precificação dos ativos (validados também pela
área de risco de mercado), custódia, liquidação financeira e envio de material
regulatório/marketing, entre outras atividades de suporte, sob a responsabilidade da COO,
Mariana Cardoso. A área também monitora os desenquadramentos dos fundos em relação
aos regulamentos e à legislação local, geralmente concentrações e limites tributários,
reportando-se ao gestor, COO e ao CIO.
Os fundos geridos são administrados basicamente pela BTG Pactual Serviços Financeiros S.A.
DTVM (83% do total gerido em dezembro de 2011), com o saldo distribuído em outros seis
administradores, a pedido do investidor, que procura uma controladoria fiduciária/custódia
centralizada. Os serviços de custódia, por sua vez, são efetuados basicamente pelo BTG
Pactual (82%) e pelo Banco Bradesco S.A. (10%), além de outros (8%). Nesses casos, a
gestora possui contratos firmados com as principais administradoras/custodiantes do país,
sendo que estes serviços são controlados pela área de Fund Administration.
Além dos fundos geridos pela BTG Pactual Asset, a área de Fund Administration também
presta serviços de administração e custódia de fundos a outras gestoras, mas os valores não
são representativos. Na opinião da Fitch, esta área apresenta bom grau de automação dos
processos, com grande preocupação em relação ao ganho de escala e aprimoramento dos
sistemas, apresentando grau avançado de controle de riscos operacionais e formalização dos
procedimentos. A área tem focado na continuidade das melhorias, principalmente na maior
automação dos processos, essenciais para os altos e crescentes volumes
administrados/custodiados.
A Fitch ressalta que todos os ativos das carteiras dos fundos da BTG Pactual Asset são
marcados a mercado, mesmo quando apresentam mercado secundário ilíquido. No caso dos
mercados organizados, são utilizados os preços de fechamento do último dia em que os ativos
foram negociados. Em outros casos, a área de risco de mercado utiliza os preços divulgados
pelas bolsas e outros orgãos oficiais de mercado, seguindo a legislação local.
Tecnologia
Front Office
A equipe de gestão tem bons sistemas de acompanhamento dos principais mercados,
contando com uma ampla base de dados. Os processos são automatizados e interligados, e
os gestores de fundos de renda fixa, variável e multimercados contam, ainda, com sistemas de
simulação de risco através de diversos indicadores, como VaR e estresse.
Middle e Back Office
Controladas pela área de Fund Administration, as atividades do Middle & Back Office também
são bem automatizadas, com a integração de diversos processos, incluindo boletagem,
precificação de ativos/cálculo das cotas (em 'D+1') e a liquidação financeira, o que é
importante em termos de agilidade e segurança no controle e geração de informações,
mitigando os riscos operacionais, entre outros.
Gerenciamento de Dados e Segurança de TI
A BTG Pactual Asset tem um bom plano de contingência, com adequado grau de formalização,
contando com dois centros de processamento de dados (CPDs), o principal na cidade do Rio
de Janeiro e o de contingência em São Paulo, com todos os recursos necessários à
continuidade das rotinas, em caso de impossibilidade de acesso às instalações normais de
trabalho. Há também um programa de continuidade dos negócios, que envolve todas as áreas
da gestora, de forma a garantir a manutenção das atividades críticas. A área de risco
operacional é responsável por compilar essas informações e atualizar o programa. Simulações
e exercícios de continuidade dos negócios acontencem, pelo menos, duas vezes por ano
envolvendo toda a empresa, sem problemas relevantes, uma vez que as atividades críticas
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podem ser efetuadas por São Paulo ou por acessos remotos de parte dos funcionários.
O grupo possui uma área robusta de tecnologia (TI), contando com 201 profissionais, sendo
11 dedicados aos sistemas da unidade de gestão de recursos. O grupo BTG Pactual está
passando por uma ampla alteração de sua plataforma tecnológica com a ajuda de uma
renomada empresa de consultoria. Esse processo está em fase inicial e tem como objetivo
permitir maior integração das funções, grau de automação, velocidade nas transações e
incorporação de ativos internacionais. Apesar de bons, os atuais sistemas são basicamente
internos e têm requerido melhorias contínuas com o forte crescimento do grupo. O novo
sistema, a ser implementado até 2013, também deverá melhorar a agilidade e a segurança na
geração de informações, além de reduzir os riscos operacionais.
Apêndice
Currículo dos Executivos-chave
Nome
Persio Arida
Experiência
Steve Jacobs
James Oliveira
Mariana Cardoso

Chairman.

Antes de fundar a BTG Pactual Asset, em 2008, foi
presidente do Bacen e do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

PhD em Economia pelo MIT (Massachusetts Institute of
Technology), dos Estados Unidos.

CEO.

Antes de ingressar na BTG Pactual Asset, em 2009, foi o
executivo-chefe global de infraestrutura e private equity e
membro do comitê executivo do UBS Asset Management.
Também foi o executivo-chefe da área de serviços
financeiros de Londres da Ernst & Young Auditores
Independentes.

Formado em Finanças e Contabilidade pela Brighton
University, da Inglaterra.

CIO.

No grupo BTG Pactual desde 1992, tornou-se sócio em
1998 e diretor-executivo do UBS Pactual em 2006.

Graduado em Administração de Empresas pela Fundação
Getúlio Vargas (FGV-EASP).

COO.

Iniciou sua carreira no Banco Pactual em 1996, sendo
sócia desde 2004.

Formada em Economia pela Universidade Federal do Rio
de Janeiro (UFRJ).
Fonte: BTG Pactual Asset Management S.A. DTVM
Maiores Fundos Sob Gestão
Fundos (dezembro de 2011)
BTG Pactual High Yield
BTG Pactual Yield DI
BTG Pactual Multistrategies
BTG Pactual Capital Markets
BTG Pactual Hedge
BTG Pactual Global
UBS (JP) Brazil Bond Fund
BTG Pactual Multi Gold
UBS (Lux) Brazil Bond Fund
BTG Pactual Local
Data de
Início
AUM* (BRLmi)
31/07/1996
5.674
02/10/1995
3.626
01/10/2002
2.555
02/07/2001
1.946
31/10/1995
1.619
11/03/2009
1.447
17/07/2008
1.339
01/07/2009
1.213
19/10/2007
769
14/04/2008
670
Perfil
Juros e Moeda
Referenciado DI
Juros e Moeda
Renda Fixa
Multimercado
Multimercado
Renda Fixa
Juros e Moeda
Renda Fixa
Multimercado
(*) AUM - Assets under management - Recursos sob gestão/ Fonte: BTG Pactual Asset Management S.A. DTVM
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documentos e outros relatórios. Ao emitir seus ratings, a Fitch é obrigada a confiar no trabalho de especialistas,
incluindo auditores independentes, com respeito às demonstrações financeiras, e advogados, com referência a
assuntos legais e tributários. Além disso, os ratings são naturalmente prospectivos e incorporam hipóteses e
predições sobre eventos futuros que, por sua natureza, não podem ser confirmados como fatos. Como
resultado, apesar de qualquer verificação sobre fatos atuais, os ratings podem ser afetados por condições ou
eventos futuros não previstos na ocasião em que um rating foi emitido ou afirmado.
As informações neste relatório são fornecidas "tal como se apresentam", sem que ofereçam qualquer tipo de
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que não sejam o de crédito, a menos que tal risco esteja especificamente mencionado. A Fitch não participa da
oferta ou venda de qualquer título. Todos os relatórios da Fitch são de autoria compartilhada. Os profissionais
identificados em um relatório da Fitch participaram de sua elaboração, mas não são isoladamente responsáveis
pelas opiniões expressas no texto. Os nomes são divulgados apenas para fins de contato. Um relatório que
contenha um rating atribuído pela Fitch não constitui um prospecto, nem substitui as informações reunidas,
verificadas e apresentadas aos investidores pelo emissor e seus agentes com respeito à venda dos títulos. Os
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A agência não oferece aconselhamento de investimentos de qualquer espécie. Os ratings não constituem
recomendação de compra, venda ou retenção de qualquer título. Os ratings não comentam a correção dos
preços de mercado, a adequação de qualquer título a determinado investidor ou a natureza de isenção de
impostos ou taxação sobre pagamentos efetuados com respeito a qualquer título. A Fitch recebe honorários de
emissores, seguradores, garantidores, outros coobrigados e underwriters para avaliar os títulos. Estes
honorários geralmente variam entre USD1.000 e USD750.000 (ou o equivalente em moeda local aplicável)
por emissão. Em certos casos, a Fitch analisará todas ou determinado número de emissões efetuadas por um
emissor em particular ou seguradas ou garantidas por determinada seguradora ou garantidor, mediante o
pagamento de uma única taxa anual. Tais honorários podem variar de USD10.000 a USD1.500.000 (ou o
equivalente em moeda local aplicável). A atribuição, publicação ou disseminação de um rating pela Fitch não
implicará consentimento da Fitch para a utilização de seu nome como especialista, com respeito a qualquer
declaração de registro submetida mediante a legislação referente a títulos em vigor nos Estados Unidos da
América, a Lei de Serviços Financeiros e Mercados, de 2000, da Grã-Bretanha ou a legislação referente a
títulos de qualquer outra jurisdição, em particular. Devido à relativa eficiência da publicação e distribuição por
meios eletrônicos, a pesquisa da Fitch poderá ser disponibilizada para os assinantes eletrônicos até três dias
antes do acesso para os assinantes dos impressos.
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