Dez rotas perfeitas pelo mundo para quem gosta de

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Dez rotas perfeitas pelo mundo para quem gosta de
23/01/2013
Dez rotas perfeitas pelo mundo para quem gosta de pedalar
Marina Gomes
Do UOL, em São Paulo
Conhecer as mais belas regiões do mundo de bicicleta é uma experiência única e não
requer fôlego de um campeão do Tour de France, a mais tradicional prova ciclística do
mundo. Você pode escolher entre os roteiros de dezenas de operadoras que já
oferecem pacotes fechados ou elaborar sua própria viagem, decidindo os pontos de
paradas e o ritmo ideal de pedalada. O UOL Viagem selecionou dez boas opções para
os viajantes de duas rodas, conheça.
Rotas de cicloturismo pelo mundo
Em Colonia del Sacramento, no Uruguai, bicicletas são bem-vindas - Felipe Campos/UOL
Vale do Loire (França)
Sim, é possível tornar uma viagem à França ainda mais charmosa, percorrendo de
bicicleta os castelos do Vale do Loire. A pedalada é entrecortada com piqueniques de
baguetes, queijos e vinhos e muita história. São diversos roteiros pela região, e a Pisa
Trekking (www.pisa.tur.br) oferece um de 200 km com circuitos diários de 30 km em
média. As paradas incluem noites em castelos de conto de fada e parreirais
exuberantes compõem a paisagem da famosa região no sul do país. Quem quiser pode
deixar a bicicleta por um tempo e sobrevoar a região de balão antes de prosseguir. O
roteiro da agência visita alguns dos principais pontos: Chissay-em-Tourraine, Parc dês
Mini-Châteaux, Floresta de Amboise e o grandioso Château de Chenonceau. O melhor
período para ir é de abril a junho ou setembro e outubro, quando a temperatura é
agradável.
Toscana (Itália)
Outra romântica opção da mesma agência é a Toscana, em um circuito de 240 km, com
início na região de Chianti – com direito a degustação dos clássicos vinhos. Esta
cicloviagem passa por Siena e Val d Orcia, onde estão os famosos vales e colinas
toscanos. Outro ponto alto é a Abbazia di Monte Oliveto Maggiore, onde vivem cerca
de 20 monges.
Este roteiro é um pouco mais intenso, com 50 km percorridos em média por dia, e com
muitas subidas e descidas pelas colinas que compõem o inesquecível cenário. Para
amenizar o cansaço, piquenique à margem do lago Trasimeno, vinhos ao cair do dia,
passeios pelos mercados e cidadelas medievais e a doce e romântica paisagem avivada
pela luz mágica da Toscana.
Viagem pela Toscana em um circuito de 240 km com início na região de Chianti
Rota dos Castelos (Alemanha)
Na Alemanha há quatro trajetos disponíveis para percorrer uma região relativamente
pequena e que concentra mais de 100 fortalezas e castelos. Os quatro roteiros são
interligados com diferentes pontos de partida e têm extensões entre 210 e 310 km. Ou
seja, em Münsterland é preciso pedalar muito pouco para chegar aos pontos de
interesse, jardins, mercados, praças, igrejas e construções antigas extremamente bem
conservadas.
Entre as atrações imperdíveis estão o castelo de Hülshoff, o palácio de Nordkirchen
(conhecido como o castelo de Versailles da Westphalia) e o imponente castelo de
Vischering, transformado em um interessante museu.
Com partida e chegada na cidade de Münster (a capital alemã das bicicletas) e
pedalando uma média de 55 km diariamente, pode-se completar um dos circuitos em
seis dias bastante tranquilos.
Provence (França)
Dentre os inúmeros caminhos pelos perfumados campos de lavanda da Provence,
Fábio Ferreira, da Special Trip (www.specialtrip.com.br), recomenda a rota Languedoc–
Roussillon, com 565 km. Esta é para os realmente bem preparados, pois é preciso
fôlego para encarar os trechos diários de mais de 70 km. “Essa jornada inicia-se em um
típico vilarejo da região da Provence, no Chateau D’Arpaillargues em Uzès, rodeado de
campos de lavanda e a impressionante ponte por onde passa o aqueduto romano
construído no século 1 a.C., a Pont du Gard, para então cruzar a região de LanguedocRoussillon, com seus vinhedos, montanhas e o Parque Nacional do Languedoc”, conta.
A arquitetura é um espetáculo em cada ponto de parada, seja o vilarejo medieval de
Saint Guilhem le Désert (Patrimônio Mundial pela Unesco) ou a belíssima Carcassonne,
conhecida por ser a cidade medieval mais bem conservada da Europa. Ao fim, o grande
desafio dos Pirineus, recompensado com a magnífica vista do Mar Mediterrâneo. Mas
se não tiver em tão boa forma, existem outros roteiros mais fáceis. Seja qual escolher,
não vão faltar à paisagem campos de lavanda, vinhedos, ruínas romanas, castelos
medievais e aconchegantes vilarejos com casas de pedra, motivo mais que suficiente
para brindar todas as noites.
Alentejo (Portugal)
Um dos mais bonitos circuitos português passa por Alentejo e Algarve, com média
diária sugerida pela agência Pisa Trekking de 67 km, totalizando os 335 km que levam
de Sesimbra até Lagos, no Algarve. O roteiro contempla o Parque Natural do Sudoeste
Alentejano, a Costa Vicentina e Sagres, ponto de partida das caravelas dos
Descobrimentos. Para relaxar, a travessia de uma densa floresta de sobreiros (árvore da
qual se extrai a cortiça) e as belas praias de azul intenso da costa.
Mendoza (Argentina)
Não é preciso ir muito longe para fazer belíssimas viagens de bicicleta. Na vizinha
Argentina há opções com charme e preço mais acessível. Para quem pretende unir a
pedalada à boa gastronomia e degustação de excelentes vinhos, Mendoza é a pedida
certa. A agência Auroraeco (www.auroraeco.com.br) tem um roteiro de seis dias com
pedaladas tranquilas e fáceis, passando pelos vinhedos mais conhecidos e a Bodega
Catena Zapata, considerada uma das melhores do país. O percurso total de bicicleta
gira em torno de 140 km, e a melhor época para viajar é entre novembro a abril.
Nova Zelândia
No paraíso dos esportes radicais não falta opção. Uma das trilhas mais conhecidas e
curtas é a Queen Charlote Track. Com ponto de partida em Ship Cove, são 71 km que
você pode dividir em até três dias. A agência Butterfield & Robinson
(www.butterfield.com.br) oferece um circuito mais longo no país, que parte de
Christchurch e vai até Queenstown em nove dias. A pedalada começa nas planícies de
Canterbury na companhia das ovelhas e tem direito a paradas para apreciar bons
vinhos.
Um dos pontos mais belos da viagem é o lago Tekapo com suas impressionantes
tonalidades de azul contrastando com o Monte Cook, a maior montanha da Nova
Zelândia. Os trajetos diários variam de 20 a 50 km, com dificuldade moderada. Para
tornar a experiência mais inesquecível, ao chegar em Queenstown deixe a bicicleta e vá
para os ares: lá é possível fazer um cênico voo de paraglider.
Pedalada passa pelos vinhedos da África do Sul
África do Sul
A vibrante África do Sul tem se tornado um dos principais destinos para bikers do
mundo todo. O roteiro pode começar na descolada Cidade do Cabo, mais
especificamente no Cabo da Boa Esperança. Margeando a costa, passe pela False Bay –
onde vive uma colônia de simpáticos pinguins – antes de seguir para região dos
vinhedos de Stellenbosch, lugar perfeito para provar um inusitado pinotage. Depois é
hora de seguir viagem pedalando a Montagu, cidade de arquitetura vitoriana e
continuar pelas vias rurais e áridas típicas do país. Na cidade de Hermanus é hora de
deixar a bicicleta de lado um pouco para avistar baleias e, para os mais corajosos, fazer
o mergulho para ver os tubarões brancos. Em média, são 30 km de pedaladas por dia,
durante sete dias.
San Francisco (Estados Unidos)
Uma das cidades mais "amigas" das bicicletas sem dúvida é San Francisco. Um roteiro
curto mas que dá o gostinho de pedalar pelas redondezas é ir até Tiburon passando
pela vizinha Sausalito e atravessando a impressionante Golden Gate. O passeio tem
menos de 35 km e começa no Fisherman’s Wharf (cais), onde há várias lojas de aluguel
de bicicleta. Próximo à marina, pipas de kitesurf deixam tudo ainda mais colorido e
especial. A travessia da ponte deve ser feita por lados diferentes de acordo com o dia
da semana e logo que a cruza está em Sausalito, com ótimas opções de restaurante
para "reabastecer". Se tiver pouco tempo, volte direto para San Francisco de ferry, mas
com um pouquinho mais de fôlego é possível chegar a Tiburon. Volte de ferry e
aproveite o passeio, que passa pela ilha de Alcatraz, que abrigou a famosa prisão, e
desfrute a linda vista da baía.
Argentina – Uruguai
Um roteiro tranquilo e bastante em conta pelos países vizinhos parte de Buenos Aires.
Lá, aproveite as ciclovias para circular pela cidade e visitar os pontos turísticos. Depois
de apreciar um show de tango e curtir o visual de Puerto Madero, o porto revitalizado,
siga de barco para o Uruguai. O terminal fluvial do Tigre é o ponto de partida de
lanchas e catamarãs com destino às ilhas do delta e Carmelo, cidade uruguaiana. De
Carmelo a Colonia del Sacramento são cerca de 70 km pelas tranquilas e campestres
vias do país e passando por algumas praias de rio. Reserve pelo menos um dia para
Colonia, encantadora cidade cujo centro histórico é Patrimônio Cultural pela Unesco
pois preserva em sua arquitetura marcos do período colonial português e espanhol. Se
preferir voltar a Buenos Aires, basta pegar os barcos que partem direto de Colonia para
a capital argentina.

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