Sade em Sodoma - Teatro Santa Isabel

Transcrição

Sade em Sodoma - Teatro Santa Isabel
Teatro de Santa Isabel
apresenta
Guta Stresser e Tárik Puggina em "Sade em Sodoma"
Workshop de Gerald Thomas e Direção de Ivan Sugahara
Texto de Flávio Braga
O Teatro de Santa Isabel apresenta o espetáculo "Sade em Sodoma", adaptado
para o teatro pelo diretor e dramaturgo Ivan Sugahara a partir da novela inédita
do autor Flávio Braga. A obra, baseada na literatura do Marquês de Sade “Os 120
dias de Sodoma” (“Les 120 journées de Sodome”, escrita no século XVIII), é uma
ficção que surgiu do universo do escritor francês descendente da aristocracia e
inclui ingredientes como a perversão sexual, crueldade extrema e prazer com o
sofrimento alheio, sob um ponto de vista atual do autor. Em cena, o soldado
Mathieu (Tárik Puggina) é contratado como guarda-costas de um nobre. Ele
narra ao marquês os acontecimentos dos últimos quatro meses. A descrição dos
desregramentos ali ocorridos envolve antigas cafetinas, que auxiliaram na criação
dos climas de cada um dos 120 dias. O zeloso criado sugere que ele ouça
também uma das cafetinas, Madame Duclos (Guta Stresser).
O texto é direcionado ao Marquês de Sade, para quem as duas personagens
Mathieu e Madame Duclos narram a história. “A montagem é extremamente
elegante, requintada e com tudo que o texto imprime: selvageria, prazer através
do sexo, crime, violência e escatologia que represento através da comida. A
construção dramática da orgia vem pela comida", antecipa o diretor. Íntimo da
obra de Sade, Ivan Sugahara teve sua iniciação em 1998, na montagem de "Uma
Noite de Sade", na Casa da Gávea, no Rio de Janeiro, "Nessa montagem eu
mostrava tudo. Agora em „Sade em Sodoma‟ eu escondo. Não preciso, na cena,
sublinhar tudo que o texto diz", completa.
Autor do texto original de "Sade em Sodoma" (de 2008), Flávio Braga afirma que
o marquês de Sade é tão atual quanto os massacres que, regularmente, são
praticados em pontos obscuros do planeta, e completa: "A matéria prima de Sade
são as vísceras da tragédia humana, quando o campo de batalha é o corpo. Seja
o corpo étnico, seja o corpo amado, seja o corpo do inimigo. Os conflitos de todas
as nacionalidades terminam na questão central, que é o corpo. Sade antecipou,
em seu "120 dias de Sodoma", tanto Treblinka quanto Kosovo, tanto Stálin quanto
Bush e Putin. Os personagens de Sade defendem a natureza do mal. Sem
desculpas étnicas como os nazistas, sem a defesa de dogmas, como a Santa
Inquisição e sem a desculpa ideológica, como os genocidas da atualidade. Simone
de Beauvoir perguntou: devemos queimar Sade?".
O ator Tárik Puggina foi quem teve a ideia de levar a novela para os palcos:
"Assim que comecei a ler a novela do Flávio Braga, percebi que eu tinha em
minhas mãos uma obra de rara qualidade. E que, muito embora não tenha sido
escrita para os palcos, projetava imagens lindas em minha mente, como se teatro
fosse. Imagens fortes, de grande beleza, que na sua crueza, como é a vida,
ecoavam e pediam para serem libertas."
A atriz Guta Stresser surgiu naturalmente no projeto. Quando Tárik viu, lá estava
ela saindo da televisão e mergulhando nessa empreitada. "O que mais me
interessou foi a personagem Madame Duclos, dona de um bordel, muito diferente
das que eu costumo fazer na TV. O desafio é tornar uma história agressiva e
perturbadora, chegando ao público com humor e menos violência. Transformar
uma orgia grotesca em um jantar elegante", diz a atriz.
O passo seguinte foi convidar o diretor Gerald Thomas que aceitou ministrar um
workshop para os atores. Malas prontas, Guta e Tárik partiram para Londres onde
ficaram mergulhados na "oficina sodômica". Por fim, já no Brasil, foi a vez do
diretor Ivan Sugahara assumir a encenação e a dramaturgia.
A peça "Sade em Sodoma", passou pelo Rio de Janeiro e Brasília.
FICHA TÉCNICA
Texto: Flávio Braga/ Direção Geral e dramaturgia: Ivan Sugahara/ Assistente
de Direção: Gabriel Salabert/ Workshop: Gerald Thomas/ Elenco: Guta Stresser
e Tárik Puggina/ Elenco de Apoio: Edson Santos e Diana Behrens/ Coreografia:
Olívia Teixeira/ Preparação Vocal: Rose Gonçalves/ Cenário: Nello Marrese/
Iluminação: Paulo César Medeiros/ Figurino: Patrícia Muniz/ Guta Stresser veste
Victor Dzenk/ Visagismo: Dani Kobert/ Direção Musical: Nervoso/ Fotografia:
Dalton Valério/ Programação Visual: Sérgio de Carvalho/ Direção de Produção:
Déa Martins - Kauidea Produções Artísticas/ Produção Executiva: Aline
Carrocino/ Assessoria de Imprensa: Alexandre Silpert/ Produção Nordeste:
Alexandre Silpert e Miguel Teixeira/ Realização: Tárik Puggina - Nevaxca
Produções/
SERVIÇO:
“SADE EM SODOMA”
Teatro de Santa Isabel
Telefone: 3355 3324
Dias 3 e 4 de Setembro
Horários: 21 h
Ingressos: R$ 40,00 (Inteira) e 20,00 (Meia)
Classificação: 18 anos
Duração: 60 minutos
Bilheteria: de terça a domingo, de 10h às 18h
Lotação máxima do teatro: 700 lugares
Acesso para portadores de necessidades especiais.
Assessoria de Imprensa "Sade em Sodoma"
Alexandre Silpert Assessoria em Comunicação
Tel: (21) 7892-6506
Rua Humberto de Campos, 410/903, Leblon - RJ
[email protected]
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Saiba Mais:
Marquês de Sade
Escritor francês nascido em Paris, foi descendente da aristocracia, terminou seus
estudos no Lycée Louis-le-Grand em Paris (1754) e ingressou no Exército, para
voltar da guerra dos sete anos como capitão de cavalaria. Perverso por natureza,
seu primeiro caso de sadismo ocorreu em Aix-en-Provence, quando torturou
prazerosamente uma moça. Condenado à morte, mas indultado, estes casos
repetiram-se em várias outras cidades como em Arcueil e Marselha. Várias vezes
preso, sempre conseguia evadir-se, até ser preso definitivamente em Vincennes
(1777), de onde foi transferido para a prisão da Bastilha (1784). Esteve internado
no hospício de Charenton (1789-1790, 1801-1814), onde finalmente encontrou a
morte. Foi neste hospício e tendo os próprios loucos como atores que ele
conseguiu montar suas peças, entre elas “Les 120 journées de Sodome”, “Justine
ou les malheurs de la vertu”, “La Philosophie dans le boudoir”, seu romance mais
famoso, Pauline et Belval e Juliette ou les Prospérités du vice. Sua obra foi
marcada pelo toque sentimental que, retratando os costumes vigentes na França
da sua época, deformadas pelas descrições patológicas das perversões sexuais,
gera até hoje, no mínimo, curiosidade.
GUTA STRESSER // atriz
+ teatro
Primeira chuva no deserto
Dir: Camila Amado
Ano: 2008
Rita formiga
Dir: Domingos de Oliveira
Ano: 2006
Mais uma vez amor
Dir: Ernesto Piccolo
Ano: 2003/2004
Mais perto - closer
Dir: Hector Babenco
Ano: 2000
As fúrias
Dir: Antônio Abujamra
Ano: 1999
O casamento
Dir: Antônio Abujamra e João Fonseca
Ano: 1997
+ televisão
A grande família
Personagem: Bebel
Dir: Maurício Farias
Ano: 2001 a 2008
Fantástico - conto ou não conto?
Ano: 2008
Fantástico - quem é mais inteligente?
Ano: 2007
+ cinema
Vingança
Dir: Paulo Pons
Ano: 2008
A grande família - o filme
Dir: Maurício Farias
Ano: 2007
Nina
Dir: Heitor Dhalia
Ano: 2003
Redentor
Dir: Cláudio Torres
Ano: 2002,
A partilha
Dir: Daniel Filho
Ano: 2001
Bellini e a esfinge
Dir: Roberto Santucci
Ano: 2001
Sexo virtual
Dir: Jorge Monclar
Ano: 2008
Balada das duas mocinhas de botafogo
Dir: João Caetano e Fernando Valle
Ano: 2006
Do tempo em que eu comia pipoca
Dir: Heloisa Passos
Ano: 2002
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TÁRIK PUGGINA // ator
+ televisão
Belíssima
Dir: Denise Saraceni
Ano: 2006
+ teatro
O empresário
Dir: Wendell Kettle
Ano: 2006
Paixão de cristo
Dir: Marco de Aquino
Ano: 2004 e 2005
O velho da horta
Dir: Miguel Vellinho
Ano: 2003
Charo y paco:
aventura no tempo das caravelas
Dir: Carlos Henrique Casanova
Ano: 2002
Sonho de uma noite de verão
Dir: Ricardo Motta
Ano: 2002
É por isso que todo adulto é
neurótico
Dir: Clóvis Levi
Ano: 2001
Delegacia de polícia
Dir: Wagner Baptista
Ano: 2000
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Ivan Sugahara
Diretor da companhia teatral Os dezequilibrados, dirigiu e concebeu a trilha
sonora de treze espetáculos do grupo: Memória Afetiva de um Amor Esquecido,
de Rosyane Trotta (indicado aos prêmios Shell 2008 de Melhor Direção e Atriz e
Qualidade Brasil 2008 de Melhor Espetáculo, Diretor e Atriz); Últimos Remorsos
Antes do Esquecimento, de Jean-Luc Lagarce (2007); Quero Ser Romeu e
Julieta, adaptação da peça de Shakespeare (2006); Lady Lázaro, de Daniela
Pereira de Carvalho (2005); Dilacerado, de Daniela Pereira de Carvalho (indicado
aos prêmios Shell 2004 de Melhor Atriz e Iluminação e Qualidade Brasil 2004 de
Melhor Diretor e Atriz); Assassinato em Série, de Daniela Pereira de Carvalho
(2003) - trilogia formada pelas peças Combinado, Cena do Crime e Outro
Combinado; Vida, o Filme, de Daniela Pereira de Carvalho e Ivan Sugahara
(indicado ao Prêmio Shell 2002 de Melhor Direção); 1, adaptação de O Grande
Inquisidor de Fiodor Dostoievski (2001); Bonitinha, mas Ordinária, de Nelson
Rodrigues (2001); Um quarto de Crime e Castigo, adaptação de Crime e Castigo
de Fiodor Dostoievski (1999); e Uma Noite de Sade, da cia. Os dezequilibrados
(1998).
Ivan também dirigiu os seguintes espetáculos: As Bruxas de Salem, de Arthur
Miller - montagem de formatura da CAL (2009); Às vezes é preciso usar um
punhal para atravessar o caminho, de Roberto Alvim (2009); Play, de Rodrigo
Nogueira (indicado ao Prêmio Shell 2009 de Melhor Texto); Deixa eu brincar de
ser feliz, deixa eu pintar o meu nariz, adaptação de Cyrano de Bergerac de
Edmond Rostand (2009); Pelo amor de Deus, não fala assim comigo!, de Maria
Carmem Barbosa (2008); Sem Ana, de Caio Fernando Abreu (2008); Notícias
Cariocas (direção conjunta com Enrique Diaz), de Filipe Miguez, com a Cia. dos
Atores (vencedor do Prêmio Qualidade Brasil 2004 de Melhor Espetáculo, Direção
e Atriz; e indicado ao Prêmio Shell 2004 de Melhor Direção e Texto); e
Avalanche, de David Rabe (2003).
Trabalhou como assistente de direção nas montagens de: Tosca, ópera de
Giacomo Puccini, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, direção musical de Sílvio
Barbatto e direção de Ron Daniels (2003); Ventriloquist, de Gerald Thomas
(2000); Tragédia Rave, de Gerad Thomas (2000); e 2001: Happy New Lear,
adaptação de Rei Lear de William Shakespeare, direção de Celina Sodré (1999).
Formado pela Casa das Artes de Laranjeiras - CAL, em 1997, e pela Faculdade de
Teoria do Teatro da Universidade do Rio de Janeiro - UNIRIO, em 2005, dirigiu
ainda as cerimônias de entrega do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, no Cine
Odeon-BR, nas edições de 2003 e 2004. Durante o ano de 2004, foi diretor
artístico do Teatro Café Pequeno, então ocupado pela cia. Os dezequilibrados
com o projeto Cena Pop Carioca.
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FLÁVIO BRAGA //autor
+ teatro
As vacas magras
Teatro Opinião. 1971. Poa. RS
Supermercado
Teatro da Universidade. 1972. Poa. RS
O clube das enfermeiras
Arena. 1974. Poa. RS
Adalgisa go home
Arena. 1975. Poa. RS
Racha
Teatro Cândido Mendes. 1993.
Rio de Janeiro. RJ.
Tome ciência!
2008
Montagem em curso
+ cinema
O homem de dois séculos
Roteiro
1982
Conversa limite
Roteiro
1985
Melhor filme no festival de vídeo do
Museu de Comunicação - RS
Santa anna dos livramentos
Roteiro
1992
+ vídeo
Verinha, verão
Roteiro
1986. Melhor filme no festival de Gramado mostra gaúcha.
O belo palavrão
Roteiro
1994
O braço
Roteiro
1995. Melhor filme no Videofest de BH - MG Representante do Brasil no festival de Montpelier
- França.
A seleção de Gerchman
Roteiro
1998. Exibido em Paris, durante a Copa do
Mundo.
+ livros
O mago de são sebastião
Romance
Editora Irradiação Cultural. 1996
O calor da lua
Novelas
Editora Booklink. 2004
O livro de ouro do sexo,
Com Regina Navarro Lins
Ensaio
Ediouro. 2005
O que contei a zveiter sobre sexo
Romance
Editora Record. 2006
Sexo no casamento,
Com Regina Navarro Lins
Contos
Editora Best Seller. 2006
Separação,
Com Regina Navarro Lins
Contos
Editora Best Seller. 2006
Almanaque de hq,
Com Carlos Eugênio Baptista
Ensaio
Ediouro. 2006
Fidelidade obrigatória e outras
deslealdades,
Com Regina Navarro Lins
Contos
Editora Best Seller. 2007
Sade em sodoma
Best Seller. 2008
Eu, casanova, confesso...
Best Seller. 2008
Amor a três
Best Seller. 2008
68 (Meia oito) romance
Editora Record, 2008