FEV / MAR - Confraria de Cachaca Copo Furado
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FEV / MAR - Confraria de Cachaca Copo Furado
Informativo da Confraria de Cachaça Copo Furado - Rio de Janeiro, fev/mar 07 – No 04 A 1o FEICA – Feira Internacional da Cachaca foi uma festa! Festa de amigos que se reuniram em torno de um tema e também montou um estande que foi um verdadeiro em comum: a Cachaça de Qualidade. Festa de negócios, balcão de orientação sobre a Feira e sobre Cachaça. onde 30 Produtores se encontraram com técnicos e pro- A presença maciça dos Confrades marcou nossa posição fissionais de várias áreas, todos com o interesse comum de aprimorar e divulgar as virtudes da Cachaça Artesanal. de defesa da Cachaça de Alambique de boa qualidade. Além do congraçamento com os Produtores, nós Con- O Rio de Janeiro foi palco de um encontro que ficará na frades tivemos a oportunidade de conhecer novos lan- história, graças ao empreendedorismo do Ailson Correa çamentos, de assistir palestras muito importantes pela que, com sua visão de mercado como representante das profundidade dos temas tratados e, ainda por cima, de Cachaças de Salinas, nos proporcionou a oportunidade participar de oficinas. de um evento de altíssimo nível, com organização apri- A 1ª FEICA mostrou a força das nossas Cachaças de morada da Vera Bizinover e adesão de um público muito qualificado e diversificado. Alambique. E mostrou a força da nossa Confraria. A Confraria de Cachaça Copo Furado, é claro, participou intensamente da 1ª FEICA. Deu seu apoio institucional CERTIFICACAO DE PRODUTO: A BOA CACHACA TERA SELO DO INMETRO. Colaboração de Maria Helena Ferraz No dia 10 de janeiro de 2007 foi realizada, no Centro de Luiz Leal, do Instituto Nacional de Tecnologia (INT), Convenções do INMETRO de Xerém, a última reunião visando obter informações sobre os procedimentos e os para análise dos comentários sobre a minuta do Regu- instrumentos que serão utilizados pelos Órgãos compe- lamento de Avaliação da Conformidade (RAC) voltado tentes para selecionar Cachaças que agregarem qualidade para a Cachaça. de forma diferenciada. Segundo o INMETRO, o RAC tem como objetivo “es- Ao participar de eventos como este, a Confraria cumpre tabelecer os critérios para o Programa de Avaliação da o papel de multiplicadora de informação, levando aos Conformidade para a Cachaça, com foco em qualidade, seus integrantes e demais simpatizantes da boa cachaça através do mecanismo de certificação, atendendo aos os principais acontecimentos relativos à bebida, inclusive requisitos da Instrução Normativa nº 13, do Ministé- aqueles de caráter eminentemente técnico. rio da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), É importante ressaltar que, na reunião mensal da Confraria em janeiro/07, o Dr. Jorge Leal observou – e lamentou – a ausência de Produtores de Cachaça do Estado do Rio de Janeiro nas reuniões do RAC. de 29 de junho de 2005, e deste Regulamento, quando este for mais rigoroso que a referida Instrução Normativa (IN), visando o aumento da exportação do produto”. A Presidente da Confraria de Cachaça Copo Furado, Cláudia Fernandes, e a Confreira Maria Helena Ferraz participaram desta reunião a convite do Dr. Jorge 1 FEICA – RIO, Palestras de ConteUdo Por Paulo Magoulas Foi com muita honra e um prazer todo especial que tive a oportunidade de coordenar, apresentar e conduzir as palestras programadas para a FEICA – RIO, Feira Internacional da Cachaça. Estiveram presentes autoridades, especialistas e técnicos da maior envergadura. Da FENACA (Federação Nacional das Associações de Produtores de Cachaça de Alambique), vieram Murilo Albernaz (atual Presidente) e José Antonio Vieira, que além de retratar com brilho e clareza as atuais necessidades de mercado do nosso produto-alvo, mostraram a importância de sua responsabilidade social. Celso Merola e Pedro Cabral dissertaram sobre o Projeto de Identificação Geográfica e, ainda do Ministério da Agricultura, Sérgio Nicolau Freire Bruno esclareceu os problemas do Carbamato de Etila e outros contaminantes. Regina della Modesta, da EMBRAPA, anunciou sua aposentadoria do órgão e provou que é a maior conhecedora de análise sensorial do Brasil, com uma competência extraordinária. Engels Maciel, autor dos livros Cachaça Artesanal – do Alambique à Mesa e Caipirinha, o Drinque Popular Brasileiro, químico e profundo conhecedor da matéria, deu uma aula sobre a produção de Cachaça de qualidade. Alfredo Carlos Orphão Lobo identificou o trabalho do INMETRO e transmitiu que já existem três cachaças no Brasil com o Selo de Qualidade outorgado pela instituição: a Triunfo, de Pernambuco; e as mineiras Terra de Minas e Prosa & Viola, ambas de responsabilidade de um mesmo Produtor. Fábio Faria, da SECEX, e Eduardo Gazal, do INPI, deram, com extrema nitidez, as orientações sobre exportação e registro de marcas. Arnaldo Mariz, da Câmara de Comércio Brasil-Rússia, indicou os caminhos para nos introduzirmos num novo mercado, que está carente de bebidas de qualidade. No último dia, sábado, Nilo Sérgio Félix, Vice-presidente da TurisRio e diversos Produtores do interior do estado se comprometeram a construir juntos uma estratégia e um programa de Turismo de Alambique, para ser oferecido a turistas brasileiros e estrangeiros que queiram conhecer, na fonte, como se produz a nossa Cachaça. Antes de passar para as oficinas, quero registrar que apesar da existência de mais de trinta Produtores/ExposiOTTO RESTAURANTE & BOTEQUIM R. Uruguai, 380 (esquina com Conde de Bonfim) – Tijuca – Rio de Janeiro / RJ Grande pedida para quem gosta de comer e beber bem. Com uma Carta de Cachaça que oferece mais de 100 rótulos, o Otto tem cozinha alemã e um inesquecível palmito na brasa. O Gerente Astor recebe todos muito bem e já convidou a Confraria para uma degustação de Cachaças. Imperdível. Contatos: (21) 2268-1579 [email protected] www.otto.com.br Paulo Magoulas em sua palestra tores no evento, a média de presença deles nas palestras foi de apenas três. Vários deles reclamaram da falta de “Rodada de Negócios”, que seria de responsabilidade do SEBRAE. A sigla SEBRAE significa Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, só que seus dirigentes no Rio de Janeiro não cumpriram a sua finalidade. Só na véspera do início do evento disseram que não podiam apoiar. Entretanto sabemos que eles já se comprometeram a participar de uma Feira, a ser realizada em março, no Cais do Porto, gerida pela Cachaça industrial. É parecido com aquela velha política do BNDES, de só socorrer os “pobres” bancos necessitados. Lamento que a maioria dos Produtores só se preocupou em vender nos stands. Não era este o único objetivo da FEICA. Também muito válidos seriam os contatos, as perspectivas e o intercâmbio. Finalizando, houve ainda três oficinas: uma da maga dos drinques, Deise Novakoski; outra minha, para profissionais de hotéis, bares e restaurantes; e, ainda, uma terceira que dividi com o Professor José Alberto Kede, destinada ao público em geral, sobre o nosso curso “Introdução ao Universo da Cachaça”. Falamos muito, mas tenho certeza que conscientizamos muito também. E trouxemos para o nosso lado vários novos amigos, que passaram, igualmente, a tratar com muito carinho a melhor bebida que existe no mundo. ACADEMIA DA CACHAÇA BOTECO MÓVEL Cond. Condado de Cascais – Av. Armando Lombardi, 800/lj. 65L – Barra da Tijuca – Rio de Janeiro / RJ Rio das Ostras / RJ R. Conde Bernadotte, 26 – Leblon – Rio de Janeiro / RJ Uma referência na cidade, quando se fala em bar especializado em Cachaça. Para acompanhar uma purinha, batidas ou caipirinhas, a Academia tem pratos e petiscos da cozinha brasileira maravilhosos. É parada obrigatória. Contatos: Barra – 2492-1159 / 2493-7956; Leblon – 2239-1542 / 2529-2680 www.academiadacachaca.com.br Criatividade e simpatia são os itens principais do cardápio do Boteco Móvel – um bar montado na carroceria de uma caminhonete Chevrolet de 1928. Circulando pelas ruas de Rio das Ostras, Celso Jappour tempera com charme a bebida de clientes e amigos. Quando tiver em Rio das Ostras, procure o Boteco Móvel na rua mais próxima. 2 LA BELLE HELENE Por J.A. Kede Não se trata de Helena, cuja beleza deflagrou a Guerra de Tróia, mas de uma francesinha do mesmo nome, recentemente chegada ao Brasil, que fala fluentemente o português e que inclui entre suas paixões o andar de bicicleta, amar o Rio de Janeiro e beber Cachaça. Não se sabe se nessa ordem. À última de suas paixões, a “gringuinha” – como ela mesma se apelida – é tão dedicada, que suas atuações já ultrapassaram as fronteiras brasileiras. Recentemente, em Buenos Aires, no chique restaurante Cabaña Las Lilas, em Puerto Madero, a “gringuinha” entrou levando duas Cachaças. A primeira pergunta ao garçom foi se o restaurante servia alguma Cachaça. Serviam 51, ao que Hélène respondeu que não era Cachaça e sacando de sua bolsa as garrafas que havia levado, passou a servir Cachaça a diversos clientes, explicando a eles em francês, inglês, alemão, espanhol e português de que bebida se tratava. O maître foi chamado e a “gringuinha”, ao saber que era brasileiro, cobrou dele o porque de não servirem Cachaça. Acabou deixando para o maître meia garrafa de Cachaça, sob a promessa de que iriam ter a bebida na carta. Não contente, Hélène partiu para a famosa Feira de Santelmo, na mesma capital portenha, e lá ofereceu Cachaça a quem tinha oportunidade. Não foram só essas suas ações na divulgação da Cachaça Artesanal. Em 2006, a mais carioca das francesinhas, auxiliada pela Presidente Cláudia Fernandes, exportou para a França 4.800 garrafas de Cachaça. Para conseguirem, apanharam e sofreram muito com a burocracia e com a incompetência. No final, entenderam muito bem a propaganda do governo: “Exportar é fácil”. Para quem? Não desanimaram e preparam outra remessa para o exterior. Enquanto isso, a “gringuinha” continua sua missão de divulgar a Cachaça Artesanal. Algumas semanas atrás, quando estava em um café no centro da cidade, falando com o irmão em Paris pelo skype, ouviu en passant uma guia dizer a alguns turistas que não comprassem Cachaça, porque era bebida de desclassificados. A guia deu sorte porque Hélène tentou terminar a conversa rapidamente com seu irmão, para chamar a atenção dela, mas foi tarde demais e a guia já tinha ido embora. Não ficou nisso. Hélène comunicou o fato à Presidente Cláudia, que encaminhou reclamação ao Sindicato dos Hélène Guias Turísticos do Rio de Janeiro e foi convidada a ministrar palestra a eles sobre o assunto. Tem mais! Todos os turistas, todos sem exceção, que chegam ao Rio de Janeiro, se tiverem algum contato com Hélène, levarão para seus países pelo menos uma garrafa de Cachaça, com o ensinamento de como degustá-la. Há algum tempo atrás, Hélène organizou uma palestra, para que Cláudia apresentasse a nossa bebida, para quarenta pessoas, na Organização Rio Accueill, ligada ao Consulado da França. Foi um sucesso. No dia 19 de dezembro de 2006 a “gringuinha” apresentou, em inglês, uma pequena conferência explicando o que é Cachaça, sua história e como deve ser bebida. Fez também a divulgação da FEICA – RIO, realizada no Hotel Othon de Copacabana, em janeiro de 2007. A irrequieta “gringuinha” parece que, ao acordar, se liga numa tomada de 220 volts e vai à luta em defesa da Cachaça Artesanal. Por vezes foi ouvida por jornalistas e insiste em dizer a eles que a Cachaça é produto de excelência do Brasil. Fez o Curso de Iniciação ao Universo da Cachaça e comparece a todos os eventos ligados à bebida. A Belle Hélène é a personificação do espírito da Confraria de Cachaça Copo Furado. Essa é Hélène Ariane, francesa de nascimento, carioca por amor e cachacista por convicção e prazer. Salut!!! 3 HISTORIA DA MAXICANA Aos Goles Texto de Antônio Augusto de Souza, produtor da Maxicana e Gabriela. Meu nome Antonio Augusto de Souza. Sou formado em Engenharia Industrial Metalúrgica e em Engenharia Civil. Em 1981, comprei um sítio em Barra de Guaratiba, Rio de Janeiro, com a finalidade de produzir hortaliças, frutas e, principalmente, melado de cana de açúcar. Em 1985, numa das crises da construção civil, levei 12 trabalhadores para não dispensá-los. E sugeri que fizessem um barracão no sítio, apenas para justificar os salários. Todas as vezes que fazia melado era motivo de brincadeira – diziam que deveria fazer Cachaça, em vez de melado. Curiosamente, estava procurando nos classificados uma retro-escavadeira para Augusto no Alambique comprar. Não encontrei nenhuma, mas havia o anúncio de um alambique. Achei interessante e comprei com moenda e tudo, para alegria da turma. Imediatamente começaram a montagem ao ar livre e sob a batuta do líder do grupo, Seu José Lopes, capixaba que se dizia entendedor do assunto. Quando vi que bebiam em demasia, mandei fazer uma análise no Ministério da Agricultura. O resultado não foi nada bom: rica em cobre, álcoois pesados etc. Nesta época tinha um amigo, bom consumidor de Cachaça, que estava com cirrose. Logo fiz uma associação entre o meu amigo e uma história de crianças americanas que tinham cirrose pela ingestão desse metal pesado. Foi quando decidi aprender sobre fabricação de Cachaça. Consultei livros, conversei com técnicos, químicos, produtores, visitei dezenas de alambiques, até desenvolvermos um alambique próprio com um processo de fabricação também diferenciado. Foram dois anos praticamente de experiências, fazia Cachaça para jogar fora, mas valeu a pena. Conseguimos uma aguardente com baixo teor de cobre – cerca de 0,5mg por litro, embora o Ministério da Agricultura permita até 5mg/l (na Europa gira em torno de 2mg). Conseguimos também reduzir o teor de álcoois superiores. Hoje fazemos inclusive uma Cachaça especialmente para caipirinha. Na FEICA foram lançadas duas Cachaças de excelente qualidade. De Conceição de Macabu – RJ, vem a Chico Tobias com três madeiras (carvalho, castanheira e jequitibá). De Morretes – PR, chegam a branca e a envelhecida em carvalho orgânicas Porto Morretes. Guarde estes nomes, porque vale a pena conhecer. Nossa Designer Gráfica Letícia Magalhães, responsável pelo lay-out deste jornal, acaba de receber, nos Estados Unidos, Menção Honrosa na Categoria “Impressos” do Drench Award – uma competição que existe desde 2002, com o objetivo de encorajar novos artistas e designers do mercado americano. A Festa de Natal da Confraria de Cachaça Copo Furado reuniu, no botequim Conversa Fiada do Jardim Botânico, cerca de 120 pessoas. 11 Produtores estiveram presentes. Também fizeram parte da confraternização muitos profissionais de áreas afins à boa Cachaça. Todos os participantes foram presenteados com Cachaças Artesanais de alta qualidade. Compramos uma outra propriedade para o plantio de cana, cujo nome era MAXIXAL. Ora, plantando cana no maxixal só poderia dar MAXICANA. Infelizmente, meu amigo – estávamos sempre juntos no colégio, na vida militar, na universidade e pela vida afora – foi embora logo após a.fabricação dos primeiros litros. Agradeço a ele pela força que me deu, sem a sua presença não iria tão longe. A MIL FRUTAS, badalada griffe de sorvetes do Rio de Janeiro, lançou um novo sabor para o Verão 2007: o Caju Amigo. Trata-se de um sorvete com sabor de Caipirinha de Caju, feito CONFRARIA DA CACHAÇA COPO FURADO INFORMATIVO Pinga nos iiii com a Cachaça MAGNÍFICA. Quem já ex- Núcleo de Colaboradores: Presidente: Cláudia Fernandes Vice Presidente: Roberto Alberto F. Francisco Eny Henriques Isabel Muniz Paulo Valente (Editor) Vera Batista Letícia Magalhães (Designer perimentou garante que o sorvete é divino. Fernandes Secretária: Maria Emília R. de Mattos Tesoureira: Eny Henriques Divulgação: Paulo Magoulas Assistência Jurídica: J. A. Kede Gráfico) Colaborações / Fale Conosco: [email protected] 1