Ano 13 Ed 146 Jul 2012
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Ano 13 Ed 146 Jul 2012
Jornal de Umbanda Sagrada - Julho/2012 Página -2 Contatos: [email protected] E xiste uma “Ciência Divina” que permeia a religião de Umbanda, por meio da qual é possível fazer uma correta interpretação dos nomes de nossos Exus. Esta ciência vem sendo revelada por meio da obra de Rubens Saraceni. Existe uma grande curiosidade sobre a força e regência na qual nossos Exus trabalham, pois todos estão atuando no campo de um ou mais Orixás. É importante dizer que não importa qual é o Orixá do médium, seu Caboclo ou sua hora de nascimento; estas informações podem ajudar, mas não são determinantes para identificar com qual exu este médium trabalha. Para preparar este material abaixo, foram consultados os livros: “Livro de Exu”, “Orixá Exu”, “Sete Linhas de Umbanda”, “Umbanda Sagrada”, “Rituais Umbandistas”, “Lendas da Criação”, “Tratado Geral de Umbanda”, “Código de Umbanda”, “Doutrina e Teologia de Umbanda”, “Gênese de Umbanda”, “Fundamentos Doutrinários de Umbanda” e “Guardião da Meia Noite”. Todos estes livros são de autoria de Rubens Saraceni, publicados pela Editora Madras. Para interpretar os nomes, precisamos da chave interpretativa, que é a correta relação entre os elementos dos nomes e seus orixás correspondentes. Por exemplo, se montanhas são de Xangô, Exu Montanha é de Xangô e Exu Sete Montanhas é de Xangô trabalhando nas Sete Vibrações/Linhas de Umbanda. Também é preciso conhecer os fatores, verbos e ações relacionados aos Orixás, como por exemplo: Cortar, Arrancar, Romper, Abrir, Trancar, Girar, Virar. Desta forma identificamos, por exemplo, a quem pertence o fator “Abrir”, Ogum, que dá origem às linhagens de Abre Caminho (Ogum/ Ogum), Abre Rio (Ogum/Oxum), Abre Matas (Ogum/Oxóssi), Abre Tudo (Ogum/Oxalá), Abre Cemitério (Ogum/Obaluayê). Com a identificação do elemento principal, como “pedra” (Oxum) ou “Pedreira” (Iansã), vamos localizando o campo de atuação: Pedra Preta (Oxum/Omulu), Pedra de Fogo (Oxum/Xangô), e Pedreira das Almas (Iansã e Obaluayê), Pedreira de Ferro (Iansã e Ogum), Pedreira de Ouro (Iansã e Oxum). Por mais que se conheça a chave de um nome, é muito comum a entidade não revelar seu nome por inteiro. Posso saber que trabalho com Exu Tranca Ruas, um Exu de Ogum, no entanto, ele pode ser um Tranca Ruas das Matas, logo vai voltar-se a Oxóssi, e eu fico sem entender, afinal ele é um Exu de Ogum atuando nos campos de Oxóssi. Todos temos um Exu de Trabalho na força de nosso Orixá de Juntó, um Exu Guardião na força de nosso Orixá Ancestral e um Exu Natural na Força de nosso Orixá de Frente. Ainda assim não é suficiente para identificar o nome de nosso Exu. Sua correta revelação deve ser feita de forma mediúnica, para depois, então, ser interpretado. Este estudo e conteúdo faz parte dos cursos de Doutrina, Teologia e Sacerdócio de Umbanda Sagrada. Boa Leitura e bons estudos. Esta lista não deve ser veiculada sem a introdução, ou fontes de origem e citação: A Abre (Caminho, Rio, Mar, Mata, Tudo…) - Ogum Águia Negra - Oxalá e Omulú Almas, das. - Obaluayê Âncoras - Iemanjá, Ogum e Omulu Ar, do - Iansã Aranha - Iansã Arranca (Toco, Tudo, Rua, Mar, Almas) - Ogum Arrebata (Tudo, Matas, Rua) Ogum Arrebenta - Ogum Diretor Responsável: Alexandre Cumino - Tel.: (11) 5072-2112 E-Mail: [email protected] Endereço: Av. Irerê, 292 - Apto 13 Planalto Paulista São Paulo - SP Diretor Fundador: Rodrigo Queiróz Tel.: (14) 3019-4155 E-mail: [email protected] Bará - Oxalá Brasa - Xangô e Ogum Buraco, do. - Omulu C Cachoeira, da. - Oxum Cabaça - Nanã Cabeça - Oxalá Cadeado - Ogum e Xangô Caldeira - Xangô Calunga - Obaluayê Caminho, do. - Ogum Campa - Omulu Campina - Iansã Capa (Preta, das almas, encruzilhada, …) Oxalá, Logunan Capela - Logunan Carranca - Ogum e Oxalá Casco - Ogum Catacumba - Omulu Caveira - Omulu Cemitério - Obaluayê Chave - Oxalá Chicote - Iansã Chifre - Iansã Cipó - Oxóssi Cobra - Oxóssi Corisco - Iansã Coroa - Oxalá Corrente - Ogum e Oxum Corta (fogo, vento, rua) - Ogum Cova - Omulu Cravo (preto, vermelho…) - Oxóssi Cruz - Obaluayê Cruzeiro - Obaluayê Curador - Obaluayê E Encruzilhada - Oxalá, Ogum, Obaluayê Escudo - Ogum Espada - Ogum Estrada - Ogum Estrela - Oxalá F expediente: Diagramação, Editoração e Arte: Laura Carreta - Tel.: (11) 8820-7972 B É uma obra filantrópica, cuja missão é contribuir para o engrandecimento da religião, divulgando material teológico e unificando a comunidade Umbandista. Consultora Jurídica: Dra. Mirian Soares de Lima Tel.: (11) 2796-9059 Os artigos assinados são de inteira responsabilidade dos autores, não refletindo necessariamente a opinião deste jornal. Jornalistas Responsáveis: Marcio Pugliesi - MTB: 33888 Wagner Veneziani Costa - MTB:35032 Alessandro S. de Andrade - MTB: 37401 As matérias e artigos deste jornal podem e devem ser reproduzidas em qualquer veículo de comunicação. Favor citar o autor e a fonte (J.U.S.). Faísca - Iansã Fagulha - Egunitá, Iansã e Xangô Fechadura - Nanã Ferro, do - Ogum Ferrolho - Ogum e Oxum Ferrabrás - Xangô Ferradura - Ogum Figueira - Oxóssi Fogueira - Egunitá Fogo - Xangô Folha - Oxóssi G Galhada - Oxóssi Ganga - Oxalá Garra - Oxóssi Gargalhada - Oxumaré Gato (Preto - Omulu) - Oxóssi Gira (Mundo, Fogo, Tudo…) Logunan, Iansã Gruta - Oxum Guiné - Oxóssi H Hora Grande - Oxalá e Logunan L Labareda - Egunitá Laço - Logunan Lama - Nanã Lança - Ogum Lonan - Ogum Lucifer - Oxalá Lodo - Nanã M Maioral - Oxalá Mangueira - Oxóssi e Iansã Marabô - Oxóssi Matas - Oxóssi Meia-Noite - Omulu Montanha - Xangô Morcego - Omulu Morte - Omulu Mulambo - Omulu Mar - Iemanjá O Ondas - Iemanjá, Iansã e Oxumaré Ouro - Oxum P Pantanal - Oxóssi Pantera Negra - Oxóssi e Omulu Pedra (preta, de fogo…) - Oxum Pemba - Oxalá Pena Preta - Oxóssi e Omulu Pimenta - Oxóssi e Xangô Pinga Fogo - Iemanjá e Xangô Pirata - Iemanjá Pó (do) - Omulu Poeira - Omulu e Iansã Porta - Obaluayê Porteira - Obaluayê Prego - Ogum Punhais - Iansã e Ogum Q Quebra (Galho, tudo, porta…) - Ogum Quedas - Oxum R Raios - Iansã Raiz - Oxóssi e Obá Rei - Oxalá Relâmpagos - Iansã e Xangô Rompe (Rua, Matas, Almas, Ferro…) - Ogum Ruas - Ogum S Serra Negra - Logunan, Xangô Sombras - Oxalá T Tatá - Obaluayê Tata Caveira - Omulu e Obaluayê Terra (Preta, Vermelha, Seca…) Omulu e Obá Tira Gira, Teima, Toco - Iemanjá Toco (Preto) Oxóssi e Omulu Tranca (Ruas, Cruzes, Matas, Gira, Tudo, Cruzeiro… ) - Ogum Treme Terra - Obá e Omulu Trinca (Ferro) - Omulu Tronco - Oxóssi Tronqueira - Oxóssi e Omulu Trovão - Xangô Tumba - Omulu V Veludo - Oxum Vento - Iansã Ventania - Iansã Vira (Mundo, Tudo, Vento, Folha, Mata, Mar…) - Logunan Z Zé Pelintra é um Mestre do Catimbó que se manifesta na Umbanda na força de Logunan, Oxalá e Ogum. Ainda assim há Zé Pelintra das Matas, da Cachoeira, do Mar e etc. Jornal de Umbanda Sagrada - Julho/2012 Página -3 [email protected] Aula de doutrina, Teologia e Sacerdócio de Umbanda 11/12/2010 - Parte integrante do novo livro “Fundamentos Doutrinários de Umbanda” que será lançado no dia 12 de Agosto no estande da Editora Madras na Bienal do Livro A o estudarmos o orixá Exu na Umbanda temos que ser cuidadosos para não confundirmos com o seu estudo já realizado na áfrica pelos antigos sábios e sacerdotes que abriram para a humanidade tanto o culto a ele quanto a todos os outros Orixás. A forma de abordar o mistério Exu é outra e atendeu ao entendimento existente naquela época e às necessidades religiosas dos povos que primeiro foram beneficiados com o amparo e o axé dele. A Umbanda, nascida no Brasil com o advento do Senhor Caboclo das Sete Encruzilhadas, serviu-se de outro meio ou recurso para estudar os Orixás e não ficou limitada unicamente ao que por aqui já se sabia sobre eles. Sendo que o sincretismo foi nos primeiros anos da Umbanda a forma de ensiná-los aos médiuns umbandistas que nada sabiam sobre os Orixás, mas conheciam muito bem os santos cristãos, cultuados por todos os seguidores da igreja romana. O Orixá Exu em si mesmo recebeu pouca atenção dos umbandistas de então, que centraram seus estudos nos muitos Exus que baixavam em suas sessões ou engiras públicas. Relendo antigos livros de Umbanda editados a partir de 1940, vemos a descrição de muitos Exus que baixavam em seus médiuns e que recebiam uma atenção acentuada de seus autores, que escreviam pouco sobre o Orixá Exu. Inclusive, muitos não o tinham na conta de um orixá e sim, o descreviam como “serventia” dos outros Orixás da Umbanda. Ótimos textos sobre os Exus na Umbanda foram publicados. Mas alguns dos autores sincretizaram eles com deidades desconhecidas ou tidas como “do mal”, tais como: Lúcifer, Bel Zebu, etc, e isto facilitou o trabalho dos que combatiam (e ainda combatem) a Umbanda, associando-a como culto do Mal, do Satanismo, do baixo espiritismo, da magia negra, do paganismo, etc. E os adversários e os inimigos da Umbanda foram implacáveis e oportunistas, justamente pela falta de um conhecimento superior e fundamentado sobre os Orixás, mais especificamente sobre o Orixá Exu, o “espantalho” usado por eles para assustar seus seguidores, apavorandoos com os “demônios” que baixavam na nossa religião. Alguns autores associaram os Exus da Umbanda com bandidos, assassinos, ladrões, etc, e as Pombagiras com ladras, assassinas, prostitutas, feiticeiras, bruxas do mal, etc, levando muitos a crerem que na Umbanda se trabalha com escória do baixo astral. Fato esse, que serviu como uma luva para os inimigos da Umbanda, que passaram a denegri-la como religião e classificar como adorador do diabo quem se apresentava como umbandista. Alguns autores, no afã de se mostrarem grandes conhecedores dos Orixás e de Exu em especial, não perceberam o dano que causaram para a religião que queriam divulgar, tendo inclusive, alguns autores umbandistas, chegado ao cúmulo de recomendarem aos pais que tivessem cuidado com suas filhas que incorporassem Pombagiras com determinados nomes; autores esses, que preferimos omitir seus nomes para não macularmos ainda mais a nossa religião, ainda tão incompreendida pelos seguidores das outras, que se baseiam no que foi dito por estes mesmos autores de livros sobre a Umbanda. Ego e afoiteza ou oportunismo são os principais adversários da Umbanda e os perpetradores desses textos mal ou erroneamente fundamentados sobre o Orixá Exu e associando os Exus que nela baixam com deidades infernais de outras religiões só atrasaram em muito o reconhecimento dela como uma religião do bem e aberta para todos. A fundamentação correta do orixá Exu e de todos os outros Orixás dentro da Umbanda, iniciada com a publicação do “Livro de Exu” e posteriormente do livro “Orixá Exu”, “Orixá Pombagira” e “Orixá Exu Mirim” começaram a desmistificar, a desdemoniar, desencapetar e dessatanizar esses Orixás e seus manifestadores dentro da Umbanda. Sabemos ainda que muito ainda precisa ser feito nesse sentido para devolvermos a Esquerda da Umbanda aos seu devido lugar, mas a transformação dos conceitos sobre os espíritos que se manifestam com nomes simbólicos e como de esquerdajá começou e os autores que não se adaptarem aos novos e fundamentadores conceitos, com certeza serão refutados e olvidados pelos umbandistas, já mais esclarecidos nesse segundo século de existência da religião de Umbanda. O despertar dessa nova consciência e entendimento sobre o Orixá Exu e seus manifestadores já começou! Nomes simbólicos dos Exus na Umbanda O Mistério Exu desdobra-se em Seres Divinos Exus, que são Guardiões de Mistérios. Esses Exus Guardiões de Mistérios são identificados por nós de várias formas e entre elas temos essa: 8 Exu de Oxalá 8 Exu de Oxumaré 8 Exu de Oxóssi 8 Exu de Xangô 8 Exu de Ogum 8 Exu de Obaluaiê 8 Exu de Omulu 8 Exu de Logunan-Tempo 8 Exu de Oxum 8 Exu de Obá 8 Exu de Egunitá 8 Exu de Yansã 8 Exu de Nanã 8 Exu de Yemanjá Observação: A forma correta de nomearmos esses Exus é essa: “Exu Guardião Divino dos Mistérios do Orixá (tal)...” Hierarquia de Exu 1º Nível É o próprio Orixá 2º Nível Exus Guardiões Divinos de Mistérios 3º Nível Exus Guardiões de Mistérios que são identificados por suas funções na Criação, tais como: 4Exu Curador 88função curadora 4Exu Cortador 88função cortadora 4Exu Quebrador 88função quebradora 4Exu Trincador 88função trincadora 4Exu Encapador 88função encapadora 4Exu Amarrador 88função amarradora 4º Nível • • • • • • • É ocupado por Exus Guardiões dos Mistérios abertos para nós dentro da Umbanda, tais como: Mistério das Sete Encruzilhadas, • dos Sete Caminhos, • das Sete Porteiras, das Sete Pedreiras, • das Sete Montanhas, • das Sete Lanças, • das Sete Covas, das Sete Coroas, • das Sete Espadas, • das Sete Ondas, • das Sete Facas, dos Sete Punhais, • das Sete Catacumbas, • das Sete Cruzes, das Sete Caveiras, • das Sete Garras, • das Sete Foices, • dos Sete Laços, das Sete Portas, • dos Sete Garfos, • das Sete Folhas Secas, • das Sete Chaves, das Sete Coroas, • dos Sete Galhos, etc. 5º Nível Nesse nível os Exus são identificados pelo nomes dos elementos formadores da matéria: • Exu do Fogo, • Exu da Terra, • Exu do Mar, • Exu dos Ventos, • Exu dos Vegetais, •Exu dos Minerais, •Exu dos Cristais. 6º Nível Os Exus do 6º nível são associados às criaturas instintivas ou bichos: • Exu Lobo (ou lobisomem); • Exu Morcego, • Exu Cobra, • Exu Sapo, • Exu Gato, • Exu Pantera, • Exu Aranha, e muitos outros cujos nomes ainda não foram abertos para nós. 7º Nível O 7º nível é ocupado por espíritos humanos regidos pelos outro Orixás Masculinos, mas que se desviaram das suas Irradiações Divinas e foram agregados pelo Mistério Exu a algumas de suas hierarquias. Esses Exus Humanos estão distribuídos por todas as linhagens de Exus Naturais, que são os manifestadores diretos de Mistérios exclusivos da Divindade Mistério Exu. Jornal de Umbanda Sagrada - Julho/2012 Página -4 A ula de Teologia de Umbanda, ministrada por Pai Rubens Saraceni aos alunos do curso de Doutrina, Teologia e Sacerdócio Umbandista, ministrado as quartas feiras no Colégio de Umbanda Pai Benedito de Aruanda. individualidade como espíritos humanos ou como pessoas cujos corpos biológicos são animados por seus espíritos. 14 - Mas a importância do mistério orixá Exu não pára por aí, pois, por sermos cercados, tanto a nível espiritual quanto material por um campo vazio, recebemos continuamente a imantação desse fator individualizador, fato este que nos torna capazes de identificar o que nos é agradável e o que nos é desagradável; tornando-nos seletivos e capazes de diferenciarmos o que é bom do que é ruim. Parte integrante do novo livro “Fundamentos Doutrinários de Umbanda” que será lançado no dia 12 de Agosto no estande da Editora Madras na Bienal do Livro 1 - Exu é um Orixá fundamental para a Criação, pois sem a existência do mistério regido por ele nada poderia ter sido exteriorizado por Olorum. 2 - Todas as gêneses de todas as religiões ensinam que, no início, só existia Deus e nada mais, sendo que fora Dele só existia o vazio absoluto e Nele tudo estava contido. Esta forma de se descrever o início é geral e surgiu na face da terra há milhares de anos, transmitida para povos diferentes e que não tinham contato entre si, fato este que nos indica que mensageiros das Divindades semearam entre os povos esta forma de se descrever o início da Criação Divina. E o tempo se encarregou de criar descrições melhor elaboradas para o início dela. 3 - Exu enquanto mistério Divino é uma Divindade tão importante quanto os outros Orixás, e que, se interpretado como um dos estados da Criação ele é o primeiro deles, que é o vazio absoluto que existia “do lado de fora” de Deus, porque no “lado de dentro” estava o Divino Criador Olorum e tudo o mais que Nele pré existia como os seus mistérios. 4 - Segundo alguns autores e estudiosos da língua Yorubá a palavra Exu significa esfera e entendemos isto como correto, pois, se no centro estava Olorum, no lado de fora e ao seu redor está o vazio formando em volta desse ponto inicial uma esfera escura, porque nem a luz ainda havia sido exteriorizada e materializada como energia luminosa pelo Divino Criador. 5 - Algo similar a isto, às vezes mais ou menos elaborado, é o que temos quando estudamos as descrições do início da Criação nas muitas religiões, algumas já desaparecidas da face da terra. Ou não é isso que entendemos quando estudamos a gênese no Velho Testamento? 6 - Esse vazio original ao redor de Olorum, que é o 1º estado exterior da Criação permitiu que tudo o que foi exteriorizado posteriormente se consolidasse dentro deste vazio, que também se formou ao redor de cada coisa criada, dotando-as de um vazio a volta delas que as individualizou e as isolou das demais criações. E, se antes o vazio existia ao redor do Criador, ele passou a existir dali em diante ao redor de cada coisa criada, desde a menor partícula até o maior corpo celeste, desde o menor microorganismo até o maior ser criado, separando e individualizando tudo e todos na Criação. 7 - A importância do vazio é indiscutível, pois sem a existência dele ao redor de cada coisa criada elas se fundiriam, descaracterizando-as e desfigurando-as, tornando-as irreconhecíveis e amorfas. Neste ponto o estudo do mistério Exu já o torna fascinante e fundamental para a Criação Divina, pois é o “individualizador” das coisas criadas, uma vez que está ao redor delas contendo-as dentro de um campo invisível, que nada contém dentro de si, e cuja função é mantê-las intactas e individualizadas. 8 - A ciência nos ensina que duas porções de uma mesma substância, se forem juntadas, formam uma única porção, maior, de uma mesma substância. Os átomos de um mesmo elemento químico, quando ligados entre si, formam uma substância pura, identificada pelo nome do elemento químico que a formou, tais como: o ferro, o ouro, a prata, etc. 9 - Mas, as partículas de cada átomo estão isoladas umas das outras e mesmo com elas sendo da mesma natureza e tendo as mesmas propriedades, não se fundem porque, a nível de partículas atômicas, cada uma está isolada de todas as outras, individualizadas pelo vazio que existe ao redor de cada uma delas. 10 - Se não existisse este vazio ao redor de cada uma delas, por serem da mesma natureza e terem as mesmas propriedades, tal como no exemplo das duas porções de uma mesma substancia, elas se fundiriam e formariam uma partícula maior, e assim, fundindo-se todas as partículas iguais em tudo, surgiria uma substância única e indivisível, porque seria tão compacta que não haveria como tornar a separar as partículas que a formaram. 11 - Tendo estes exemplos “quí- micos” como ponto de partida para a compreensão real do mistério Orixá Exu, vemos na sua qualidade individualizadora o seu Primeiro Fator Divino: o fator individualizador, como indispensável para dar identidade ou individualidade a cada coisa criada por Olorum. 12 - Nós, os seres humanos somos possuidores de um espírito que anima esse nosso corpo biológico, e nisto todas as religiões estão em acordo, certo? Pois bem, como todos os espíritos são constituídos de uma mesma substância plasmática etérea, eles se fundiriam e formariam um só corpo plasmático, certo? 13 - Isto é certo, e, graças ao vazio individualizador do mistério Orixá Exu, que individualiza tudo e todos, desde a menor partícula até o maior corpo existente é que não perdemos nossa 15 - Essa nossa seletividade ou capacidade de diferenciarmos o que é agradável do que nos é desagradável; o que é bom do que é ruim; o que é valioso do que é sem valor; o que é bonito do que é feio; o que é gostoso do que é desgostosa; o que é desejável do que é indesejável, etc, provém de outro Fator Divino do mistério Orixá Exu: o Fator Selecionador, fator este cuja imantação contínua, tanto a nível espiritual quanto material, nos torna seletivos e capazes de escolher entre duas ou mais opções, a que melhor nos satisfaça. 16 - Muitos são os fatores do Mistério Orixá Exu e aqui só comentamos dois deles: O Fator Individualizador e o Fator Selecionador, imprescindíveis para a nossa existência, nossa individualidade e nosso bem estar, tanto material quanto espiritual. [email protected] Jornal de Umbanda Sagrada - Julho/2012 Página -5 A porta da mediunidade é bem ampla e a espiritualidade nos dá muitas chances no inicio de nossa caminhada evolutiva. São caminhos onde nos apaixonamos pela Umbanda tudo é tão intenso, e saímos a procura de ler, estudar, fazer cursos, pesquisamos na internet, e no terreiro que frequentamos no começo do desenvolvimento é um misto de emoções e sensações novas, não vemos a hora de chegar o dia do desenvolvimento, e a cada gira uma nova descoberta, incorporar é algo tão divino, é especial, pois tudo vai sendo revelado na cadência Divina, conhecemos de onde viemos pois a Ciência Divina de Pai Olorum ,aprendemos e descobrimos quem são os Pais e Mães Orixás ao qual nos faturou ou seja, nos qualificou na origem como Orixás Ancestrais, são esse Orixás que são os regentes eternos da nossa vida. Depois descobrimos os Pais e Mães Orixás de frente e adjunto, que regem esta encarnação como zeladores e condutores evolutivos, cuidando e mantendo nossa estrutura racional e emocional, nossas atitudes e reforma intima. O sacerdote irá nos apresentar a esse Orixás com os fundamentos e rituais de Umbanda, criando um elo fortalecendo esta conexão, com as Divindades regentes da nossa coroa. Iremos avançando e fundamentando os alicerces espirituais, conhecendo os mecanismos e as chaves que abrem os Portais, nos permitindo acessar essas essências equilibradoras da nossa mente. Iremos descobrir o enredo que nos envolve na espiritualidade que C conhecemos como guias espirituais, exemplo: Caboclos, Pretos velhos, baianos, boiadeiros, marinheiros, ciganos, erês, exu, pomba gira e exu mirim, são espíritos evoluídos e mensageiros dos Orixás, com a sua sabedoria aos poucos vão nos conduzindo para o nosso próprio aprimoramento, descortinando para a verdadeira missão de caridade. Eles irão com o tempo nos solicitar firmezas e assentamentos dos seus mistérios.Os guias conhecem nossas deficiências, inseguranças humanas, mas não desistem de nós, continuam a nos guiar com suas mãos invisíveis em uma linha tênue mas real entre o mundo da carne e o mundo etérico, entre o plano material e o plano astral da vida, onde hora estamos no lado da carne, hora estamos no lado espiritual, porque somos espíritos eternos. Às vezes, somos acometidos com duvidas, incertezas, medos e inseguranças, será que estamos indo no caminho certo? Será que é isso mesmo que eu escolhi?Cadê meu livre arbítrio? Sempre soube que eu possuo o livre arbítrio e parece que quanto mais eu avanço nos mistérios do criador, menos escolhas eu tenho. O caminho estreita, a Lei te cobra novas posturas, parecendo que não tenho mais escolhas, a principio assusta, da pânico e você acha que sua fé está frágil. Eu digo que é a mudança da paixão por amor e o amor é sereno, natural e compromissado. Sim somos conduzidos rumo ao amadurecimento para sermos médiuns adultos. Nesta condução aprendemos a respeitar a cadência de Pai Olorum rumo ao nosso destino, conscientizando do nosso crescimento e nos tornamos médiuns adultos, aquele que conseguir ter a sensibilidade para vivenciar esta entrega de amor, estará entrando no Portal da maturidade religiosa. Contatos:[email protected] A fé é confiar, acreditar. O amor é amar, perdoar. A lei é ordem, condução. O conhecimento é simplicidade, sustento. A evolução é paciência, sabedoria. A justiça é equilibrar-se, energizar. A geração é criar, proteger. Oxalá é a religiosidade do médium............................. OYá é a certeza religiosa, razão da fé – sentir. Oxum é a prosperidade do médium............................. OxumarÉ é a renovação, e conduz – novidade. Oxóssi é sustentação do médium............................... Obá é a disciplina, verdade estável – conhecer. Xangô é o equilíbrio do médium................................. Egunitá é a energia e consciência – equilibrar. Ogum é a disciplina do médium.................................. Iansã é a ação e movimento, vibração – vibrar. ObaluaYê é a transformação do médium.................... Nanã é a quietute e amparo – ajuizar. Yemanjá é a geração do médium............................... Omulú é a estabilidade e ponderação – estruturar. “Pai Olorum nos criou com dons Divinos, e um dia exteriorizaremos esses dons naturalmente....” onheça-te a Ti mesmo. Célebre frase inscrita no arco de entrada do Templo de Apolo e ao lado, apontando para a imagem do Deus estava a frase “Tu és”. Sócrates (469 – 399 a.C.) dedicou os últimos anos de sua vida á conhecer-se, pois inconformado com a revelação do Oráculo de que seria ele o mais sábio dos homens na Grécia, tentou provar que era um erro tal afirmação, essa busca foi em vão, Sócrates não se conhecia ao certo! Perdemos muito tempo, muita energia e oportunidades tentando fazer coisas que não conferem com nossas potencias, nossas reais inclinações. E isso leva os indivíduos a profundas frustrações diante a vida. Falta no geral, o olhar para si, o que não deve ser confundido com olhar para o umbigo. Olhar para si é mergulhar no íntimo, aberto á se descobrir, ouvir a voz do coração, seguir a intuição e lutar por aquilo que você é de fato. Cuide, para que não seja uma simples obra da manipulação alheia, para que não seja mero fantoche manipulado por outros... Mergulhe em si, ouça a voz do silêncio e permita se descobrir! Poderá descobrir coisas sobre você que queira negar, que não lhe agradará, então não fuja, encare, enfrente, supere-se. Seja herói de você mesmo. Seja o que for, mas viva por e para aquilo que realmente te faz sentir útil, que te completa. Que tenha utilidade para você e seu meio. Nada pode ser mais deprimente do que viver uma vida sem saber quem você é! Pense nisso! Contatos:www.rodrigoqueiroz.blog.br Jornal de Umbanda Sagrada - Julho/2012 Página -6 E ra comum acreditar que a Magia é fruto de superstição e ignorância, algo pertinente ao homem primitivo, ou que a crença nos deuses relacionados às forças da natureza fosse apenas falta de ciência dos processos naturais. A Igreja levou à fogueira bruxos, bruxas, magos e feiticeiros; fez desacreditar nos poderes divinos inerentes às outras tradições e suas magias. O Mundo moderno e científico herdou o mesmo ceticismo. Há milênios nos fazem crer que Magia seja algo negativo, aplicando tom pejorativo e apontando o dedo para quem pratica uma das suas mais diversas formas. De tanto repetir esta mentira, muitos passaram a crer que seja uma verdade, que magia seja algo negativo. Pessoas mal informadas, ainda hoje, alimentam um preconceito com relação a tudo que se relacione com magia. Segundo o Sociólogo, Max Weber, uma das diferenças entre Magia e Religião está no fato de que a primeira é uma arte solitária, enquanto que a segunda se dá em comunidade, o que implica na existência de templo e organização religiosa, instituição, política e manipulação de poder. O Mago pode até pertencer a uma confraria, se reunir em grupo, mas não depende do grupo para sua prática, não precisa fazer política, nem de envolvimento social, pois o contato com o sagrado por meio da magia é direto e não implica a presença de terceiros ou autorização de uma instituição. Por esta razão, as instituições religiosas não aceitam e não permitem as práticas de magia, pois as mesmas dispensam o serviço N o dia 04 de Julho, a possível descoberta da “Partícula de Deus” foi o fato mais importante da Física dos últimos 30 anos sendo mais “estrondosa” para o planeta do que a pirotecnia dos fogos de artifícios na comemoração da Independência dos Estados Unidos nos poucos estados que não estavam proibidos em virtude do tempo seco e da iminência de incêndios. A possível concretização da previsão do cientista Peter Higgs em 1964 de que certamente existiria um campo que permeia todas as partículas no Universo teve as atenções do mundo todo, voltadas para si. De acordo com Higgs este campo se ria mediado por bósons (partículas que transportam energia) e que cuja interação com as demais partículas seria responsável pela atribuição de massa a tudo o que se conhece. Exemplificando, este campo assemelha-se a um oceano que ao invés de moléculas de água seria constituído por bósons. Tal interação teria se iniciado instantes após o Big Bang, propiciando muito tempo depois condições adequadas para a formação dos átomos, planetas, estrelas, galáxias e contribuindo, indiretamente, para o surgimento da vida. A comprovação da existência deste Bóson de Higgs era a peça chave que faltava ao Modelo Padrão desenvolvido na década de sacerdotes e sua estrutura doutrinária e dogmática. Não há mais, em nosso país, o Monopólio do Sagrado, o mundo contemporâneo, pós-moderno, nos mostrou que magia não é algo praticado única e exclusivamente por povos primitivos. O Professor de Sociologia (USP) Antônio Flávio Pierucci afirma: “A onipresença dos gestos de magia espontânea em nossa época, as formas modernas de difusão na mídia e o consumo regular da consulta aos astros, sem falar da nova onda de profissionalização de magos e bruxas no bojo dos circuitos globalizados de terapias alternativas estilo Nova Era, definitivamente nos proíbem de continuar associando a crença na magia e sua prática aos povos primitivos, às épocas arcaicas e às camadas mais baixas da população”. (A Magia, Publifolha 2001) Não é difícil compreender o pensamento mágico e sua funcionalidade. É muito comum nosso telefone tocar no exato momento em que estava falando ou pensando em alguém e dizemos nossa que coincidência. No fundo, sabemos que não é um acaso, realmente nossos sentimentos e vibrações alcançam seu destino por meio de nosso pensamento. Da mesma forma, somos alvo fácil de “pragas”, “maldições”, “mau olhado”, “quebranto”, “inveja”, “esconjuros”, “trabalhos feitos”, “obsessões”, “demandas mentais” e outros que, com certeza, nos alcançam tanto quanto um sentimento, mas aqui potencializado pela ignorância de uma palavra, gesto e ação ritual. Quando estamos com uma energia boa, gozamos de uma certa proteção vibratória, mas assim que baixamos a nossa vibração mental, abrimos portas astrais, emocionais, racionais, espirituais e mediúnicas para estas energias que nos agridem. Não é tão difícil detectar. Nos sentimos irritados ou melancólicos sem motivo, nos sentimos agredidos por outras pessoas sem razão, perdemos o poder de concentração e somos tomados, às vezes, por dores de cabeça tudo isso sem uma razão palpável. Estamos “magiados”, “demandados”, “obsediados”, “macumbados”, “enfeitiçados”, “mandingados”... com uma carga de energia negativa e muitas vezes é preciso mais que um bom pensamento, mais que uma reza, mais que uma vibração positiva para: “quebrar”, “cortar”, “anular”, “esgotar”, “purificar”, “paralisar”, “neutralizar”, “diluir”, “decantar”, “desmagnetizar”, “de sagregar” e “encaminhar”. É preciso muitas vezes uma prática de Magia Divina, uma atuação mágica, um processo de ação direta e incisiva, ligado às divindades por meio de chaves de força, poder e mistérios que transcendem o que podemos fazer de “mãos vazias”. Entre outras definições, Magia Divina é um contato direto e ativo com os Mistérios de Deus, é a Arte de Invocar Poderes e Mistérios em auxilio de nossas necessidades de acordo com nosso merecimento. O Mundo e a Realidade Mágica estão a nossa disposição para agirmos como realizadores e ferramentas auxiliares das divindades, amparados por mestres de magia no astral. Todos são chamados, e escolhidos são os que se dedicam a este estudo. de 70 e que serve praticamente de base para quase todas as teorias da Física. Não é de hoje, o desejo do homem em buscar as respostas para as perguntas: “De onde viemos?” ou “Para onde iremos?”. Por mais que se procure, a cada nova descoberta percebe-se que menos ainda se sabe sobre a Criação. Enquanto ele não aceitar a existência de uma Imanência Divina, esta caminhada será árdua e solitária. Até mesmo para Einstein que foi um dos maiores cientistas de todos os tempos e que possuía toda uma filosofia própria em se tratando de religião, ele partia do princípio que “Ciência sem religião é manca. Religião sem ciência é cega”. Desde 1993, através do Pai Rubens Saraceni, o plano superior já havia aberto no plano material por meio dos livros Gênese de Umbanda Sagrada e Orixás Ancestrais que a imanência divina está em tudo e em todos, sendo proveniente dos Fatores de Deus, fatores estes emanados ininterruptamente por Ele e regidos pelos nossos Sagrados Orixás. Tudo que existe foi criado de agregação em agregação. Dos inúmeros Fatores de Deus, e em virtude da recente descoberta, comentarei acerca de três destes fatores e que estão diretamente envolvidos, são eles: Oxum/Oxumaré: Fator Agregador (FA) permite que as partículas afins unam-se formando coisas novas; Ogum/Iansã: Fator Ordenador (FO) regula o que está sendo formado, permitindo que estas uniões só ocorram se forem de forma equilibrada; Obaluaiê/Nanã: Fator Evolutivo (FE) cria condições necessárias para que coisas novas formem-se de maneira ordenada. Vejamos a atuação destes Fatores de Deus do micro até o macro: Como pode ser observado, nem todos os elementos unem-se uns ao outros e mesmo aqueles que assim o fazem seguem uma ordem pré-estabelecida, desde que haja condições para que isto aconteça. Os mesmos fatores que formam os quarks fazem com que se mantenham unidos formando os prótons e os nêutrons, que da mesma maneira formam o núcleo atômico, que origina os átomos que por sua vez ligam-se uns aos outros para adquirem estabilidade, formando as moléculas que ainda assim se mantém atraídas umas às outras por meio das forças intermoleculares. A Criação Divina é perfeita desde a menor das partículas até a maior das galáxias e quanto mais cedo o homem se der conta que Ciência e Religião devem caminhar lado a lado, maior será o salto nesta nossa longa jornada de retorno ao Divino Criador Olorum. Jornal de Umbanda Sagrada - Julho/2012 Página -7 A gni é a Divindade do Fogo. Em várias culturas, desde os tempos mais remotos, Agni representa a força do elemento fogo no universo, nos seus diversos níveis. É a energia que transmuta, transforma, consome, abrasa, queima, incandesce, aquece, potencializa, gradua, energiza, equilibra, metaboliza. Na Umbanda, Xangô e Egunitá são as representações polarizadas de Agni; são o casal de Orixás da linha da Justiça, que tem como elemento o fogo, por isso de natureza ígnea. No corpo energético, os Chakras também estão relacionados a cada uma das linhas da Umbanda. A linha ígnea, de Xangô, está justamente ligada ao chakra umbilical, que governa todo o aparelho digestivo. Essa informação é mesma trazida pela cultura indiana. No Ayurveda, a medicina praticada há cerca de cinco mil anos na Índia, Agni é a energia do fogo em todos os reinos da natureza. No corpo humano, Agni é responsável pelo metabolismo, na digestão de enzimas, quebra do alimento, absorção e assimilação da comida, manutenção da nutrição dos tecidos e força do sistema imunológico. Agni sustenta a vida e a vitalidade. A energia do fogo atua em nosso corpo desde a ingestão do alimento, O cérebro físico é aparelho de complicada estrutura. Constitui-se de células emissoras e receptoras, que servem nos mais diversos centros mentais, reguladores da vida orgânica. Imantam-se, dentro dele, poderosas correntes magnéticas, a flutuarem sobre o líquido cérebro-espinhal, como a engrenagem de um motor em óleo adequado, produzindo vibrações elétricas com a frequência de dez a vinte por segundo. Daí parte infinidade de ordens, endereçadas ao sistema nervoso, ao aparelhamento endocrínico e aos órgãos diversos. O cérebro, porém, tal qual é conhe- Agni é quem consome (ou tenta consumir) as toxinas ingeridas numa alimentação inadequada, com muita comida processada, enlatada, congelada, cheia de conservantes e produtos químicos. Alimentos gordurosos e pesados, como queijos, carnes, frituras, embutidos e chocolate, são os maiores causadores de bloqueios no processo metabólico, essencial para a manutenção da vida. Um dos textos clássicos do Ayurveda, o Characa Samhita, diz: “O tempo de vida, a saúde, a imunidade, a energia, o metabolismo, a complexão, a força, o entusiasmo, o brilho e o ar vital (prana), tudo isso depende de Agni. Alguém vive uma longa vida se seu Agni estiver funcionando apropriadamente, fica doente se seu Agni se desregrar, ou morre se seu Agni se extinguir.” Ainda segundo o Characa, a energia sutil de Agni transforma o que consumimos em consciência para as células. Agni é quem nos aquece e dá calor à criação. É a energia que permite que enxerguemos e possamos distinguir as cores. Uma força que também atua por meio de Agni no corpo é a de Sadhaka Pitta, responsável pelo desejo, direção, discriminação, inteligência, contentamento, motivação, autoconfiança, memória, equilíbrio emocional e até espiritualidade. O fogo é o que nos dá vontade de viver! Na Umbanda, Rubens Saraceni, no texto “As funções dos Orixás na Criação Divina”, descreve entre as funções do Orixá Xangô, a “de dar a cada coisa criada a sua temperatura ideal, que a distingue e a preserva para que não sofra alterações em todos os seus outros estados. No nível macrocósmico, sua atuação determina a temperatura dos corpos celestes e, no microcosmos, determina a de cada partícula e de cada substância. Já em nós, sua ação graduadora determina a temperatura média que nos mantém vivos, assim como todos os seres pertencentes a outras espécies animadas. Em nível de substâncias, é seu fator graduador que determina a temperatura ideal para as sólidas, as líquidas e as gasosas, que, se forem alteradas, retira-as de suas temperaturas ideais e altera suas qualidades”. O que não é isso, se não a sua função ígnea, a função de Agni na criação? O poder dos Orixás é o poder das forças das natureza, e Agni é uma delas. Sua representação maior é o sol, astro regente da vida. Não há fotossíntese sem o sol, não há alimento ou calor na superfície do planeta sem ele. Acordamos, digerimos, somos mais produtivos com a luz do sol. Até nosso humor depende do astro rei, ou não é verdade que vários dias seguidos de chuva nos deixam tristes e sem vontade pra nada? Agni é essencial para vida, dentro e fora de nós. Pai Xangô e mãe Egunitá são o poder do fogo na Umbanda. Mas essa energia também está presente no mistério do Orixá Pombagira. Não há desejo, vontade, ou paixão, sem fogo. Quem nunca ouviu a expressão: “O fogo das paixões”?Pombagira é justamente conhecida por ser “fogosa”, não de uma forma maledicente, mas como aquela que nos instiga e impulsiona à vida. O fogo de Pombagira nos faz querer ser melhores, buscar novos projetos, trabalhar, amar e ser amados; sem vontade, nem saímos da cama pela manhã! Essa função é de Pombagira. E se ela é quem nos traz essa vontade de viver, Xangô e Egunitá são aqueles que nos trazem força de lutar pelo que é justo, de equilibrar nossas vidas, sentimentos e emoções. Afinal, Agni é o fogo que aquece nossas almas na busca do amor, do conhecimento, da lei, da justiça, da evolução, na geração de uma vida mais feliz, no encontro da fé que dá sentido ao existir. cido na Terra, representa a parte visível do centro perispiritual da mente, ainda imponderável à ciência comum, no qual se processa a elaboração do pensamento, que escapa à conceituação humana. Referimo-nos a semelhante quadro para comentar a necessidade da cooperação do servidor mediúnico, ao intercâmbio entre os dois planos, visível e invisível. A tese do animismo, não obstante respeitável, pelas excelentes intenções que a inspiraram, muita vez desencoraja os companheiros, chamados a testemunhos de serviço, no ministério da verdade e do bem. Os investigadores rigoristas não favorecem o esforço dos médiuns bem intencionados; na maioria das ocasiões destroem-lhes os germes de boa vontade e realização, com as suas exigências particularistas, no capítulo da minudência, da gramática, da adivinhação. A organização mediúnica, entretanto, como as demais edificações elevadas, não se improvisa no caminho da vida. E o médium não é uma inteligência ou uma consciência anulada nas exteriorizações fenomênicas da comunicação entre as duas esferas. Ainda no chamado sonambulismo puro, no transe completo e nas hipnoses mais profundas, a colaboração dele será manifesta e indispensável. A energia da usina longínqua precisa do filamento da lâmpada, em que se manifesta, produzindo luz e calor. O artista, para arrancar a melodia perfeita, necessita de cordas afinadas firmes no violino que lhe empresta o concurso na demonstração musical. A mensagem do cantor ou do político requer o aparelho de recepção para ser ouvida a distância. Exige a lâmpada características especializadas na fabricação, o violino requisita grande experiência e cuidado de manufatura, e o receptor radiofônico pede extensa cópia de material elétrico para atender à finalidade que lhe é própria. Se em semelhantes serviços de transmissão, à base de matéria comum, há imperativos de técnicos e organização, como improvisar um mecanismo mediúnico, no qual a base de matéria viva associada a elementos espirituais, ainda imponderáveis à ciência humana, exige a construção da vontade com os valores da cooperação? Edificar a mediunidade constitui uma obra digna do esforço aliado à perseverança no espaço e no tempo. Um habitante de esfera diferente necessita valer-se dos recursos que lhe oferece o cooperado identificado com o círculo, onde pretende fazer-se sentir. Trata-se de imposição vulgar nas pró- prias relações entre países terrestres, de cultura diversa. O brasileiro que precise conduzir certa mensagem à Inglaterra, desprovido de contato anterior com a vida britânica, de modo algum dispensará o intérprete e esse intermediário para cumprir a tarefa deve preparar-se devidamente. Adaptar-se uma entidade desencarnada ao cérebro, ao sistema nervoso e aos núcleos glandulares do companheiro encarnado, ajustando peças biológicas e eliminando resistências celulares, sem nos referirmos aos processos mentais, inacessíveis à compreensão atual dos fenômenos, não é operação matemática que se efetue através dos cálculos de alguns instantes. É organização paciente, requisitando muito concurso e devotamento por parte dos amigos em serviço na Crosta Planetária. E, assim afirmando, convidamos os colaboradores sinceros do Espiritismo Evangélico a dedicarem maior atenção à chamada mediunidade consciente, dentro da qual o intermediário é compelido a guardar suas verdadeiras noções de responsabilidade no dever a cumprir. Cultive cada trabalhador o seu campo de meditação, educando a mente indisciplinada e enriquecendo os seus próprios valores, nos domínios do conhecimento, multiplicando as afinida- des com a esfera superior e observará a extensão dos tesouros de serviço que poderá movimentar a benefício de seus irmãos e de si mesmo. Sobretudo ninguém se engane relativamente ao mecanismo absoluto em matéria de mediunidade. Todo intérprete da espiritualidade, consciente ou não, no decurso dos processos psíquicos, é obrigado a cooperar, fornecendo alguma coisa de si próprio, segundo as características que lhes são peculiares, porquanto se existem faculdades semelhantes, não encontramos duas mediunidades absolutamente iguais. Lembremo-nos de que não nos achamos empenhados em edificações exteriores, onde a forma deva sacrificar a essência e onde a letra asfixie o espírito, e sim na construção de um mundo melhor, nos círculos de experiência para a vida eterna. Guarde cada colaborador do Espiritismo Cristão a consciência, a responsabilidade e o espírito de serviço, à maneira de riquezas celestes que é necessário valorizar e multiplicar. Não nos esqueçamos de que, segundo a profecia, através dos canais mediúnicos, o Senhor está derramando a sua luz sobre a carne, mas que é preciso purificar o vaso carnal e enriquecer a mente, a fim de que o homem terrestre seja, de fato, o intérprete fiel da divina luz. até a transformação dos nutrientes em tecidos. Um processo que começa na boca e termina na produção dos tecidos reprodutivos, passando pelo plasma, saliva, glóbulos vermelhos, gordura, músculos, cartilagem, ossos e tecido nervoso. Jornal de Umbanda Sagrada - Julho/2012 Página -8 P or diversas vezes, frente à diferentes atitudes, lembro-me que uma das mi nhas primeiras dúvidas foi: “Qual a melhor maneira para adentrar e permanecer em um centro/terreiro de umbanda? O que devo portar? O que devo falar? Vou vestido com roupas normais ou todo de branco? As mulheres podem ou não usar maquiagem? Cruzar os braços é errado?” O primeiro passo para entendermos o comportamento dentro de um terreiro é ter a consciência que estamos em um espaço Sagrado onde Deus se faz presente durante todo o tempo. Conscientes disso, conseguimos sanar muitas de nossas dúvidas. Como em todo espaço religioso, temos que nos preocupar com as nossas vestimentas. Para as mulheres, por exemplo, sugiro evitar roupas decotadas, transparentes e apertadas como short, bermuda, mini blusa, camiseta regata etc. É um local de recolhimento espiritual e por isso, exige trajes adequados para um ambiente religioso. Para os homens evitar bonés, regatas e roupas coladas, é uma forma de respeito. Você que está indo visitar um templo, vá com sua roupa do dia a dia. Aquele que faz parte da assistência (visitantes), não é necessário comparecer com roupas brancas, a não ser que seja alguma determinação dos dirigentes da casa ou em dias especiais que se- rão avisados previamente. Assim como em todo âmbito social, a higiene é indispensável. Não há nenhum problema em nos arrumarmos e irmos bem vestidos aos espaços religiosos desde que tenhamos em mente o nosso objetivo: O contato com o Sagrado. Durante o contato com Deus, não são exigidos utensílios pessoais. Sendo todos eles dispensáveis dentro do âmbito religioso. Assim, evite portar utensílios desnecessários e lembre-se de deixar aparelhos sonoros e celulares desligados ou no modo silencioso. “O Silêncio é uma prece”. Procure manterse em silêncio antes, durante e após os trabalhos, enquanto permanecer dentro do templo. Mantenha-se em sintonia consigo mesmo, concentre-se. Dedique minutos de silêncio para sua meditação e lembre-se: a espiritualidade inicia as suas atividades bem antes do começo dos trabalhos. Em diversos terreiros é aconselhado não cruzar os braços, mãos ou pernas evitando o cruzamento de energias, prestar atenção às dicas dos espaços sagrados é um precioso conselho. Porém, antes de nos atentarmos à cruzamentos de braços e pernas, descruzemos os nossos corações contra quaisquer pré-conceitos que acercam nossas mentes bem como pensamentos que destoam de um ambiente sagrado. Para finalizar, tenha em mente suas necessidades. Concentre-se em seu pedido e esteja preparado para, ao ser chamado, ser claro ao guia espiritual ou entidade que lhe atender. Que Pai Oxalá continue vos abençoando. Saravá a Umbanda. Para mais informações sobre a doutrina ritualística da Umbanda, indicamos o livro “Manual doutrinário, ritualístico e comportamental umbandista” – de Lurdes de Campos Vieira supervisionado por Rubens Saraceni. - Editora Madras. USP confirma eficácia do “Passe Magnético” U m estudo desenvolvido recentemente pela USP (Universidade de São Paulo), em conjunto com a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), comprova que a energia liberada pelas mãos tem o poder de curar qualquer tipo de mal estar. O trabalho foi elaborado devido às técnicas manuais já conhecidas na sociedade, caso do Johrei, utilizada pela Igreja Messiânica do Brasil e ao mesmo tempo semelhante à de religiões como o Espiritismo, que pratica o chamado “passe”. Todo o processo de desenvolvimento dessa pesquisa nasceu em 2000, como tema de mestrado do pesquisador Ricardo Monezi, na Faculdade de Medicina da USP. Ele teve a iniciativa de investigar quais seriam os possíveis efeitos da prática de imposição das mãos. “Este interesse veio de uma vivência própria, onde o Reiki (técnica) já havia me ajudado, na adolescência, a sair de uma crise de depressão”, afirmou Monezi, que hoje é pesquisador da Unifesp. Segundo o cientista, durante seu mestrado foi investigado os efeitos da imposição em camundongos, nos quais foi possível observar um notável ganho de potencial das células de defesa contra células que ficam os tumores. “Agora, no meu doutorado que está sendo finalizado na Unifesp, estudamos não apenas os efeitos fisiológicos, mas também os psicológicos”, completou. A constatação no estudo de que a impo- sição de mãos libera energia capaz de produzir bem-estar foi possível porque a ciência atual ainda não possui uma precisão exata sobre esse efeitos. “A ciência chama estas energias de ‘energias sutis’, e também considera que o espaço onde elas estão inseridas esteja próximo às frequências eletromagnéticas de baixo nível”, explicou. As sensações proporcionadas por essas práticas analisadas por Monezi foram a redução da percepção de tensão, do stress e de sintomas relacionados a ansiedade e C depressão. “O interessante é que este tipo de imposição oferece a sensação de relaxamento e plenitude. E além de garantir mais energia e disposição”. Neste estudo do mestrado foram utilizados 60 ratos. Já no doutorado foram avaliados 44 idosos com queixas de stress. O processo de desenvolvimento para realizar este doutorado foi finalizado no primeiro semestre do ano passado. Mas a Unifesp está prestes a iniciar novas investigações a respeito dos efeitos do Reiki e práticas semelhantes a partir de abril deste ano! Fonte: http://www.rac.com.br/projetos-rac/correioescola/107097/2011/11/25... Postado por Miguel Galli às 23:36 Fonte: Monica Heymann Fedele hico Xavier, desde moço ia a S. Paulo, para tratamento de seu olho doente. Certa vez, estava com o Dr. Nabir, oftalmologista, e o médico fez uma pergunta: “Chico, é verdade mesmo que você vê os espíritos”? Chico diz “sim”. E o médico fala “mas como você pode ver os espíritos com um olho tão ruim que você tem”? Chico explica ao médico que ele vê, não com os olhos da carne, mas com os olhos da alma. E que ele ainda são tinha obtido conhecimento para entender isso. O médico, então perguntou: “Se você vê mesmo os espíritos, me diga, tem espíritos aqui no consultório”? É um DEUS que não aceita compactuar com injustiças humanas. Não propaga o desamor ou o preconceito. Não incita, não influência. Não prende, não escraviza. Não é cúmplice de alpinismo sócio-financeiro. Não se esquece, mas perdoa, pois é o DEUS da compaixão. É simples como somente DEUS poderia ser, é um DEUS MATERNAL, que acolhe seus filhos em seu seio e os aproxima de seu coração, o chamamos de PAI, mas também poderíamos chamá-lo de MÃE. Talvez fosse assim, ainda mais correto. O DEUS em que acreditamos está acima das religiões, olha para todos indistintamente, não tem nome, nem rosto. O DEUS em que acreditamos não tem forma, mas se tivesse, não seria a de um REI TIRANO, e sim um DEUS que anda descalço que mal toca o chão, que olha para baixo, não para o alto. Que abre os braços, não cerra os punhos. O DEUS de ricos e pobres , sacerdotes e criminosos , santas e prostitutas. A austeridade e a alegria. A igualdade e o AMOR INCONDICIONAL. O DEUS em que acreditamos está no espaço, na relva, nas folhas, nas águas, nas montanhas, no mar e é tão grandioso como o DEUS cultuado em luxuosos palácios chamados IGREJAS E TEMPLOS. O DEUS em que cremos, nos ensina a ser guerreiros, mas detecta a honestidade de nossos atos. O DEUS em que acreditamos não distribui culpas, ou pecados. Para o DEUS em que acreditamos mais do que aquilo que falamos, vale aquilo que fazemos; mais do que aquilo que fazemos, vale aquilo que sentimos; mais ainda do que aquilo que sentimos, vale o que realmente carregamos dentro de nossos corações. É UM DEUS SIMPLES. Discreto, feliz e otimista. Cito seu Santo Nome, mas NÃO FALO em Seu Nome, simplesmente por que a Voz de Deus não ecoa pela boca do homem, ela ecoa no coração e se reflete em ações. E assim Ele me sorri. A nossa luta é para que este sorriso não se apague de nossas vidas. E Chico diz: “Sim, desde que cheguei vi espíritos aqui. E tem um espírito que é também médico oftalmologista que diz que ele foi encaminhado pela espiritualidade para ajudá-lo em seu trabalho, pois o senhor tem ajudado muita gente aqui”. E o médico curioso quis saber, e qual o seu nome. Chico disse: “É um nome cumprido e difícil, diz ser o dr. Senobelini de Barros Serra.” O médico, ao ouvir isso, ficou emocionado e disse: “Chico, ele foi meu professor Texto adaptado de texto de Rubem Alves, Chico Xavier e na Teologia de Umbanda. na faculdade de Medicina de São José do Rio Preto,” e Chico nada sabia de sua vida anterior, nem onde havia estudado, quanto mais o nome de um de seus professores. Podemos ver aí que a espiritualidade participa ajudando o trabalho que fazemos, independente da religião, quando este trabalho oferece ajuda à sociedade, promove o bem, o alívio, o progresso, e tem nossa sinceridade e boa intenção. Além do que, o fato prova a existência dos espíritos e a imortalidade da alma. (Pesquisa, Redação do Arauto, [email protected]) TV Londrina, Núcleo Espírita Universitário, 02/10/2004. Quadro” Um minuto com Chico Xavier “- José Antonio V. de Paula. Jornal de Umbanda Sagrada - Julho/2012 Página -9 Curso de Atabaque (Curimba) Toque e Canto TAMBOR DE ORIXÁ Babilônia e pelo Egito. Cores, metais, pedras, plantas, perfumes e animais foram ligados a cada signo, e claro, os quatro Elementos, terra, água, fogo e ar que para os ciganos mostram as características de cada pessoa. Os ciganos, como todos os povos místicos, levam a sério a astrologia.Procuraram conhecer as leis dos céus e suas regras. Os ciganos, os caldeus, os magos e pensadores antigos buscavam encontrar respostas para usar em seu próprio beneficio. Os Ciganos usam até hoje estes conhecimentos da Astrologia nas suas negociações, nos Oráculos e claro, nos seus Rituais. Os Ciganos não vivem e não fazem nada sem olhar para o Céu e ver como está Lua. Cada fase é indicada para resolução de um problema, de uma doença, enfim, para tudo os Ciganos usam os conhecimentos de Astrologia e dos quatro Elementos. Os ciganos chamam a constelação do hemisfério norte de Caçarola até hoje. Na Idade Média e para os ciganos kalderach, ela se chama a Carruagem. Os antigos gregos O s ciganos, como todos os povos da Terra, amam a Deus. E através da observação das estrelas criaram sua astrologia pouco ou nada divulgada aqui no Ocidente. Como a astrologia dos caldeus, a dos ciganos tem também doze signos. Cada um deles tem suas características, planetas regentes, influências e lendas. Não nasceu no entanto de Cláudio Ptolomeu, que criou enquanto trabalhava na famosa Biblioteca de Alexandria. Foi criada pelos kakus, (feiticeiros) ciganos em suas caminhadas pelas estradas banhadas de luar e pelas lendas vindas da Índia e também das passagens deste povo pela a chamaram Ursa Maior. Assim, os nomes para as constelações e os signos zodiacais podem mudar de povo para povo. Desde os tempos antigos que cada um dos 12 signos está ligado a uma parte do corpo. O primeiro signo, Áries/Punhal, está associado à cabeça e o último signo, Peixes/ Capela, está ligado aos pés. Os outros signos ligam-se a outras partes do corpo. Nos tempos primitivos, a astrologia estava ligada à medicina, principalmente aos humores. A astrologia para os ciganos mostra de forma simples o seu temperamento, e o seu caráter. Este temperamento determina o tipo de doenças que o homem irá desenvolver ao longo de sua vida, as chamadas pré-disposições. A Astrologia Cigana hoje é estudada como um caminho de auto conhecimento, para entender os bloqueios que nós geramos, as pré-disposições que trazemos. Com as estas informações compreendemos à nós e o próximo, gerando relacionamentos harmoniosos nas nossas vidas. Com Severino Sena, há 14 anos formando Ogãs e Instrutores. Novas Turmas! homens e mulheres!!! Esta é a sua oportunidade de aprender canto e toque na Umbanda, para Guias e Orixás!!! sem taxa de matrícula: Toques: Nagô, Ijexá, Angola, Congo e Barra Vento SEGUNDAS-Feiras, das 19h20 às 22h30 CEIE - Centro de Est. Inic. Evolução Pça Joaquim Alves, 1 - Penha - SP Sextas, AS 19h00 e SÁBADOS, AS 9H00 Instituto sete porteiras do brasil Av. Tiradentes, 1290 - Metrô Armênia Adquira o CD “Umbanda canta para as Yabás Obá, Oyá e Egunitá” Informações: 3984-0181/9622-7909 www.tambordeorixá.net.br [email protected] [email protected] Escola de Baralho Cigano verbo não se faça veículo para a influência das trevas. Psicografia - Escreva com as entidades domiciliadas fora do mundo físico, mas habitue-se a escrever em benefício da paz e da edificação dos semelhantes, impedindo que a sua inteligência se faça canal de perturbação. Materialização - Dê corpo às formações do plano extrafísico; entretanto, acima de tudo, concretize as boas obras. Curas - Aplique passes e outros processos curativos, em favor dos enfermos; no entanto, conserve as suas mãos na execução dos deveres e tarefas que o Senhor lhe confiou. Transportes - Colabore com os seus recursos psíquicos, trazendo através do transporte os objetos sem toque humano, Intuição - Exerça a faculdade da percepção clara e imediata, mas, para ampliarlhe a área de ação, procure alimentar bons pensamentos de maneira constante. Clarividência - Agradeça a possibilidade de ver no Plano Espiritual; no entanto, no esforço do dia a dia, detenha-se no lado bom das situações e das pessoas, para que os seus recursos não se comprometam no mal. Clariaudiência - Regozije-se por escutar os desencarnados; todavia, aprenda a ouvir no cotidiano para construir a felicidade do próximo, defendendo-se contra a queda nas armadilhas da sombra. Psicofonia - Empreste suas forças para que os Espíritos falem com os homens; contudo, na experiência comum, selecione palavras e maneiras, afim de que o seu Erveiro da Jurema Templo Escola “Ventos de Aruanda” Cursos Ministrados por Adriano Camargo • Curso de Ervas: Manipulação Ritualística 1, 2, 3, 4 e 5; • Ervas na Umbanda; • Magia Divina das Sete Chamas; • Magia Divina das Sete Pedras; • Magia Divina das Sete Ervas; • Magia Divina das Sete Raios; • Teologia de Umbanda; • Sacerdócio de Umbanda. Informações e Inscrições: Av. Senador Vergueiro, 4362 - Sl. 2 Rudge Ramos - São Bernardo do Campo (11) 4177-1178 www. ventosdearuanda.com.br mas carregue a caridade consigo para que ela funcione, onde você estiver. Premonição - Rejubile-se com a responsabilidade de prever acontecimentos; todavia, busque sentir, pensar e realizar o melhor ao seu alcance, na movimentação de cada dia, para que a sua conversa não se transforme em trombeta de pessimismo e destruição. Mediunidade em geral - Qualquer mediunidade serve a fim de cooperar no parque de fenômenos para demonstrações da existência do Espírito, mas não se esqueça de que a condução dos valores mediúnicos, para o bem ou para o mal, é assunto que está em você e depende de você em qualquer circunstância e em qualquer lugar. Templo de Doutrina Umbandista Pai Oxalá e Pai Ogum Magia DIVINA dAS SETE PEDRAS SAGRADAS SEGUNDA-Feira: Das 20h00 às 22h00 Sacerdócio de umbanda Terça-Feira: Das 20h00 às 22h00 desenvolvimento mediúnico QUINTA-Feira: Das 20h00 às 22h00 sábado: Das 14h00 às 16h00 Magia DIVINA dAS SETE ERVAS SAGRADAS sábado: Das 10h00 às 12h00 Rua Tietê, 600 - Vila Vivaldi Rudge Ramos - S.B. do Campo Tel. (11) 4365-1108 - à partir das 13h00 Carmem Romani Sunacai Formando turma: Curso de Baralho Cigano no Templo da Luz Dourada ( 2302-4087 Início: 24 de Junho 2292-8296 / 7874-1060 Cursos ministrados pela Professora Rose de Souza http://carmemromani.com/ Página -10 Jornal de Umbanda Sagrada - Julho/2012 Jornal de Umbanda Sagrada - Julho/2012 Página -11 P reparar seu próprio banho, sua defumação, fazer um benzimento em si mesmo, requer na prática, boa vontade, bom senso, uma pitadinha mínima que seja de esperança que venha colada na Fé, no desejo de realizar o bem para si, para o semelhante, para a comunidade, para o universo, e uma boa dose de coragem. Coragem de vencer a preguiça, o desanimo, a fraqueza que acompanha e é resultado das obsessões espirituais, as atuações negativas e nossos próprios encontros com nossa realidade interior. Nós seres humanos tentamos o tempo todo encontrar desculpas para nossas dificuldades. Tentamos encontrar o culpado do lado de fora, assim como aquela pessoa que ao manobrar o carro numa rua, bate a traseira do veículo na lixeira instalada na calçada, amassa os dois, gerando assim um prejuízo, mas, não contente, ainda desce e chuta a lixeira, como se ela, metal inerte, fosse a culpada da barbeiragem. Resultado: dois dedos do pé quebrados, e o prejuízo do amassado, que inicialmente não era tão grande assim, fica bem maior. Esse é um exemplo de que encarar as dificuldades de frente acaba saindo mais barato, mais rápido e melhor resolvido. Reconhecer as dificuldades próprias e não arrumar desculpas é um grande começo para um bom ritual. Escreva em algum lugar que possa ficar visível para você: “SEM DESCULPAS”! Leve isso como meta. Na hora de buscar algum culpado, reflita. Tenha certeza que esse primeiro ritual, de acreditar que pode viver sem desculpas para si mesmo, é um excelente caminho para dominar os demônios internos. Isso mesmo, essas entidades míticas tão clamadas por alguns religiosos em seus calorosos cultos, podem viver em nossas mentes inconscientes. É como aquela “força de costume”, aquele comodismo onde nosso mental adormecido se encaixa e desenvolve sistemas de proteção para quando a ação é diferente do cotidiano. A mente reage contra o que não é cos tumeiro. Acostume-se ao ostracismo e à preguiça e verá que a cada dia fica mais difícil sair da situação. E quando tentar, sentirá algo a impeli-lo ao contrário. Muitos atribuirão isso a fatores externos... “Será que tem algum feitiço feito contra mim”? “Quem será que não quer que eu faça esse banho de ervas”? “Me senti mal só de pensar em rezar”... Já atribuindo tudo isso a alguma entida- de mítica... De acordo com a expressão de H.P. Blavatsky: “A mente é boa serva, mas cruel senhor.” E nós dizemos: “’A própria mente cria oposições aos esforços para dominá-la.” Nesse caso, dominar a mente é crer em si mesmo, na magia, no poder transformador que o ritual, a reza, o benzimento pode trazer. Crer em Deus Nosso Pai Criador, como a verdadeira fonte de tudo e ao invocá-Lo, crer realmente em seu Poder Divino e Suas Forças Naturais, manifestadas em nosso meio através da simplicidade da natureza de elementos e da natureza humana, em suas nuances, tons, cores e formas, e de sentimentos positivos e negativos. É manter o foco, a atenção, a perseverança naquilo que é o objetivo da magia ritual. A facilidade, por exemplo, de sentar-se à frente do computador e encontrar tudo nos sites de busca, nos torna um tanto acomodados. É necessária uma real vontade de melhorar para sair do lugar comum, sair desse comodismo e ir à luta. A vontade, por menor que seja, para no mínimo sair do lugar comum e levantar da cama ou do sofá. Com isso, esses recursos da depressão espiritual vão diminuindo e dando lugar a uma sensação ótima de plenitude por realizar algo de bom para si mesmo. Aos que conseguem vencer essa primeira barreira, fica o gostinho da vitória e o sentimento de – “Porque não fiz isso antes”? Um ritual de limpeza energética, um banho de ervas, por exemplo, sem dúvida nenhuma poderá ajudar a tirar a pessoa de um estado de obsessão espiritual que a impede de enxergar as oportunidades que estão positivamente no seu caminho. Mas a vontade de sair da situação deve permitir esse processo ritual. Acredite que pode e poderá, acredite que não pode e não poderá. Das duas formas você estará certo. Escolha o que é melhor para você. Entenda isso e sua mente terá dado o primeiro passo para que os rituais sejam proveitosos e plenos em sua vida. Contatos: [email protected]. br Cipó Caboclo - Davila rugosa Poir E rva cuja denominação já remete ao uso ritualístico. Os caboclos estão presentes nas várias manifestações culturais religiosas brasileiras e são a base da Umbanda, basta lembrarmos a manifestação do Sr. Caboclo das 7 Encruzilhadas no seu médium Zélio de Moraes, na fundação ou anúncio dessa religião. Essa erva, encontrada nas matas e cerrados é bastante utilizada pelos filhos de Oxóssi nas suas iniciações, por sua característica expansora e sua forma de crescimento rápido e seguro, agarrado nas árvores mesmo. Sua aparência forte, de encorpado marrom escuro e áspero ao toque dão-lhe a visão de força e certeza. É uma potente equilibradora que proporciona pé no chão, firmeza de propósito, concentração e foco, quando utilizada em banhos e defumações. Pode ser usado um pedacinho de cipó caboclo junto ao corpo, num colar ou guia, para que crie um campo vibratório que remeta a segurança, direção e proteção. Sinônimos botânicos: Davila americana DC. Sinônimos populares: cipó de caboclo, folha de lixa, sambaíba Indicações ritualísticas: Concentração, firmeza de propósito, indicado para quem precisa se concentrar em algo Ação (verbos): concentrar, expandir e direcionar Cor energética: marrom avermelhado Orixás principais: Obá, Oxóssi e Iansã CASA 7 LINHAS Artigos Religiosos, Velas, Defumadores, Imagens, etc ... ( (14) 3232-3876 Rua Gerson França, 2-28 Centro, Bauru - SP Texto extraído do livro “Rituais com Ervas – Banhos, defumações e benzimentos” de Adriano Camargo CASA SÃO BENEDITO Sob nova direção ( O mais completo estoque de Artigos religiosos (14) 3223-2552 Av. Rodrigues Alves, 3-60, Centro, Bauru T oda pessoa não suficientemente realizada em si mesma tem a instintiva tendência de falar mal dos outros. Qual a razão última dessa mania de maledicência? É um complexo de inferioridade unido a um desejo de superioridade. Diminuir o valor dos outros dá-nos a grata ilusão de aumentar o nosso valor próprio. A imensa maioria dos homens não está em condições de medir o seu valor por si mesmo. Necessita medir o seu próprio valor pelo desvalor dos outros. Esses homens julgam necessário apagar as luzes alheias a fim de fazerem brilhar mais intensamente a sua própria luz. São como vagalumes que não podem luzir senão por entre as trevas da noite, porque a luz das suas lanternas fosfóreas é muito fraca. Quem tem bastante luz própria não necessita apagar ou diminuir as luzes dos outros para poder brilhar. Quem tem valor real em si mesmo não necessita medir o seu valor pelo desvalor dos outros. Quem tem vigorosa saúde espiritual não necessita chamar de doentes os outros para gozar a consciência da saúde própria. As nossas reuniões sociais, os nossos bate-papos são, em geral, academias de maledicência. Falar mal das pessoas, das coisas alheias é um prazer tão sutil e sedutor – algo parecido com whisky, gin ou cocaína – que uma pessoa de saúde moral precária facilmente sucumbe a essa epidemia. A palavra é instrumento valioso para o intercâmbio entre os homens. Ela, porém, nem sempre tem sido utilizada devidamente. Poucos são os homens que se valem desse precioso recurso para construir esperanças, balsamizar dores e traçar rotas seguras. Fala-se muito por falar, para “matar tempo”. A palavra, não poucas vezes, converte-se em estilete da impiedade, em lâmina da maledicência e em bisturi da revolta. Semelhantes a gotas de luz, as boas palavras dirigem conflitos e resolvem dificuldades. Falando, espíritos missionários reformularam os alicerces do pensamento humano. Guerras e planos de paz sofrem a poderosa influência da palavra. Há quem pronuncie palavras doces, com lábios encharcados pelo fel. Há aqueles que falam meigamente, cheios de ira e ódio. São enfermos em demorado processo de reajuste. Portanto, cabe às pessoas lúcidas e de bom senso não dar ensejo para que o veneno da maledicência se alastre, infelicitando e destruindo vidas. Pense nisso! Desculpemos a fragilidade alheia, lembrando-nos das nossas próprias fraquezas. Evitemos a censura. A maledicência começa na palavra do reprove inoportuno. Se desejamos educar, reparar erros, não os abordemos estando o responsável ausente. Toda a palavra torpe, como qualquer censura contumaz, faz-se hábito negativo que culmina por envilecer o caráter de quem com isso se compraz. Enriqueçamos o coração de amor e banhemos a mente com as luzes da misericórdia divina. Porque, de acordo com o Evangelho de Lucas, “a boca fala do que está cheio o coração”. (Texto extraído do livro “A Essência da Amizade” – Humberto Rohden – Editora Martin Claret) Nossa capa: Reprodução parcial de Monk I. Creation, do artista americano Leon Kubasski, óleo sobre tela 98x63 cm Página -12 Jornal de Umbanda Sagrada - Julho/2012