Ano 13 Ed 146 Jul 2012

Transcrição

Ano 13 Ed 146 Jul 2012
Jornal de Umbanda Sagrada - Julho/2012
Página -2
Contatos: [email protected]
E
xiste uma “Ciência Divina” que
permeia a religião de Umbanda,
por meio da qual é possível fazer
uma correta interpretação dos nomes
de nossos Exus. Esta ciência vem sen­do
revelada por meio da obra de Rubens
Saraceni.
Existe uma grande curiosidade
sobre a força e regência na qual nossos Exus trabalham, pois todos estão
atuando no campo de um ou mais
Orixás. É importante dizer que não
importa qual é o Orixá do médium,
seu Caboclo ou sua hora de nascimento; estas informações podem
ajudar, mas não são determinantes
para identificar com qual exu este
médium trabalha.
Para preparar este material abaixo,
foram consultados os livros: “Livro de
Exu”, “Orixá Exu”, “Sete Linhas de
Umbanda”, “Umbanda Sagrada”,
“Rituais Umbandistas”, “Lendas
da Criação”, “Tratado Geral de
Umbanda”, “Código de Umbanda”,
“Doutrina e Teologia de Umbanda”,
“Gênese de Umbanda”, “Fundamentos Doutrinários de Umbanda”
e “Guardião da Meia Noite”.
Todos estes livros são de autoria
de Rubens Saraceni, publicados pela
Editora Madras.
Para interpretar os nomes, precisamos da chave interpretativa, que é a
correta relação entre os elementos dos
nomes e seus orixás correspondentes.
Por exemplo, se montanhas são
de Xangô, Exu Montanha é de Xangô
e Exu Sete Montanhas é de Xangô
trabalhando nas Sete Vibrações/Linhas
de Umbanda.
Também é preciso conhecer os
fa­tores, verbos e ações relacionados
aos Orixás, como por exemplo: Cortar,
Arrancar, Romper, Abrir, Trancar, Girar,
Virar. Desta forma identificamos, por
exemplo, a quem pertence o fator
“Abrir”, Ogum, que dá origem às
linhagens de Abre Caminho (Ogum/
Ogum), Abre Rio (Ogum/Oxum),
Abre Matas (Ogum/Oxóssi), Abre
Tudo (Ogum/Oxalá), Abre Cemitério
(Ogum/Obaluayê). Com a identificação
do elemento principal, como “pedra”
(Oxum) ou “Pedreira” (Iansã), vamos
localizando o campo de atuação: Pedra
Preta (Oxum/Omulu), Pedra de Fogo
(Oxum/Xangô), e Pedreira das Almas
(Iansã e Obaluayê), Pedreira de Ferro
(Iansã e Ogum), Pedreira de Ouro
(Iansã e Oxum).
Por mais que se conheça a chave
de um nome, é muito comum a entidade não revelar seu nome por inteiro.
Posso saber que trabalho com
Exu Tranca Ruas, um Exu de Ogum,
no entanto, ele pode ser um Tranca
Ruas das Matas, logo vai voltar-se a
Oxóssi, e eu fico sem entender, afinal
ele é um Exu de Ogum atuando nos
campos de Oxóssi.
Todos temos um Exu de Trabalho
na força de nosso Orixá de Juntó, um
Exu Guardião na força de nosso Orixá
Ancestral e um Exu Natural na Força
de nosso Orixá de Frente.
Ainda assim não é suficiente para
identificar o nome de nosso Exu. Sua
correta revelação deve ser feita de
forma mediúnica, para depois, então,
ser interpretado.
Este estudo e conteúdo faz parte
dos cursos de Doutrina, Teologia e
Sacerdócio de Umbanda Sagrada. Boa
Leitura e bons estudos. Esta lista não
deve ser veiculada sem a introdução,
ou fontes de origem e citação:
A
Abre (Caminho, Rio, Mar, Mata,
Tudo…) - Ogum
Águia Negra - Oxalá e Omulú
Almas, das. - Obaluayê
Âncoras - Iemanjá, Ogum e Omulu
Ar, do - Iansã
Aranha - Iansã
Arranca (Toco, Tudo, Rua, Mar,
Almas) - Ogum
Arrebata (Tudo, Matas, Rua) Ogum
Arrebenta - Ogum
Diretor Responsável:
Alexandre Cumino - Tel.: (11) 5072-2112
E-Mail: [email protected]
Endereço: Av. Irerê, 292 - Apto 13 Planalto Paulista São Paulo - SP
Diretor Fundador: Rodrigo Queiróz
Tel.: (14) 3019-4155
E-mail: [email protected]
Bará - Oxalá
Brasa - Xangô e Ogum
Buraco, do. - Omulu
C
Cachoeira, da. - Oxum
Cabaça - Nanã
Cabeça - Oxalá
Cadeado - Ogum e Xangô
Caldeira - Xangô
Calunga - Obaluayê
Caminho, do. - Ogum
Campa - Omulu
Campina - Iansã
Capa (Preta, das almas, encruzilhada, …) Oxalá, Logunan
Capela - Logunan
Carranca - Ogum e Oxalá
Casco - Ogum
Catacumba - Omulu
Caveira - Omulu
Cemitério - Obaluayê
Chave - Oxalá
Chicote - Iansã
Chifre - Iansã
Cipó - Oxóssi
Cobra - Oxóssi
Corisco - Iansã
Coroa - Oxalá
Corrente - Ogum e Oxum
Corta (fogo, vento, rua) - Ogum
Cova - Omulu
Cravo (preto, vermelho…) - Oxóssi
Cruz - Obaluayê
Cruzeiro - Obaluayê
Curador - Obaluayê
E
Encruzilhada - Oxalá, Ogum,
Obaluayê
Escudo - Ogum
Espada - Ogum
Estrada - Ogum
Estrela - Oxalá
F
expediente:
Diagramação, Editoração e Arte:
Laura Carreta - Tel.: (11) 8820-7972
B
É uma obra filantrópica, cuja missão é
contribuir para o engrandecimento da
religião, divulgando material teo­ló­gico
e unificando a comunidade Umbandista.
Consultora Jurídica:
Dra. Mirian Soares de Lima
Tel.: (11) 2796-9059
Os artigos assinados são de in­teira
res­ponsabilidade dos auto­res, não
refletindo necessaria­mente a opinião deste jornal.
Jornalistas Responsáveis:
Marcio Pugliesi - MTB: 33888
Wagner Veneziani Costa - MTB:35032
Alessandro S. de Andrade - MTB: 37401
As matérias e artigos deste jor­nal podem
e devem ser reproduzidas em qualquer
veículo de comunicação. Favor citar o
autor e a fonte (J.U.S.).
Faísca - Iansã
Fagulha - Egunitá, Iansã e Xangô
Fechadura - Nanã
Ferro, do - Ogum
Ferrolho - Ogum e Oxum
Ferrabrás - Xangô
Ferradura - Ogum
Figueira - Oxóssi
Fogueira - Egunitá
Fogo - Xangô
Folha - Oxóssi
G
Galhada - Oxóssi
Ganga - Oxalá
Garra - Oxóssi
Gargalhada - Oxumaré
Gato (Preto - Omulu) - Oxóssi
Gira (Mundo, Fogo, Tudo…) Logunan, Iansã
Gruta - Oxum
Guiné - Oxóssi
H
Hora Grande - Oxalá e Logunan
L
Labareda - Egunitá
Laço - Logunan
Lama - Nanã
Lança - Ogum
Lonan - Ogum
Lucifer - Oxalá
Lodo - Nanã
M
Maioral - Oxalá
Mangueira - Oxóssi e Iansã
Marabô - Oxóssi
Matas - Oxóssi
Meia-Noite - Omulu
Montanha - Xangô
Morcego - Omulu
Morte - Omulu
Mulambo - Omulu
Mar - Iemanjá
O
Ondas - Iemanjá, Iansã e Oxumaré
Ouro - Oxum
P
Pantanal - Oxóssi
Pantera Negra - Oxóssi e Omulu
Pedra (preta, de fogo…) - Oxum
Pemba - Oxalá
Pena Preta - Oxóssi e Omulu
Pimenta - Oxóssi e Xangô
Pinga Fogo - Iemanjá e Xangô
Pirata - Iemanjá
Pó (do) - Omulu
Poeira - Omulu e Iansã
Porta - Obaluayê
Porteira - Obaluayê
Prego - Ogum
Punhais - Iansã e Ogum
Q
Quebra (Galho, tudo, porta…) - Ogum
Quedas - Oxum
R
Raios - Iansã
Raiz - Oxóssi e Obá
Rei - Oxalá
Relâmpagos - Iansã e Xangô
Rompe (Rua, Matas, Almas, Ferro…) - Ogum
Ruas - Ogum
S
Serra Negra - Logunan, Xangô
Sombras - Oxalá
T
Tatá - Obaluayê
Tata Caveira - Omulu e Obaluayê
Terra (Preta, Vermelha, Seca…) Omulu e Obá
Tira Gira, Teima, Toco - Iemanjá
Toco (Preto) Oxóssi e Omulu
Tranca (Ruas, Cruzes, Matas,
Gira, Tudo, Cruzeiro… ) - Ogum
Treme Terra - Obá e Omulu
Trinca (Ferro) - Omulu
Tronco - Oxóssi
Tronqueira - Oxóssi e Omulu
Trovão - Xangô
Tumba - Omulu
V
Veludo - Oxum
Vento - Iansã
Ventania - Iansã
Vira (Mundo, Tudo, Vento, Folha,
Mata, Mar…) - Logunan
Z
Zé Pelintra é um Mestre do Catimbó
que se manifesta na Umbanda na força de Logunan, Oxalá e Ogum. Ainda
assim há Zé Pelintra das Matas, da
Cachoeira, do Mar e etc.
Jornal de Umbanda Sagrada - Julho/2012
Página -3
[email protected]
Aula de doutrina, Teologia e Sacerdócio de
Umbanda 11/12/2010 - Parte integrante do
novo livro “Fundamentos Doutrinários de
Umbanda” que será lançado no dia 12 de
Agosto no estande da Editora Madras na
Bienal do Livro
A
o estudarmos o orixá Exu na Umbanda temos que ser cuidadosos
para não confundirmos com o
seu estudo já realizado na áfrica pelos
antigos sábios e sacerdotes que abriram
para a humanidade tanto o culto a ele
quanto a todos os outros Orixás.
A forma de abordar o mistério Exu
é outra e atendeu ao entendimento
existente naquela época e às necessidades religiosas dos povos que primeiro
foram beneficiados com o amparo e o
axé dele. A Umbanda, nascida no Brasil
com o advento do Senhor Caboclo das
Sete Encruzilhadas, serviu-se de outro
meio ou recurso para estudar os Orixás
e não ficou limitada unicamente ao que
por aqui já se sabia sobre eles. Sendo
que o sincretismo foi nos primeiros anos
da Umbanda a forma de ensiná-los aos
médiuns umbandistas que nada sabiam
sobre os Orixás, mas conheciam muito
bem os santos cristãos, cultuados por
todos os seguidores da igreja romana.
O Orixá Exu em si mesmo recebeu
pouca atenção dos umbandistas de
então, que centraram seus estudos nos
muitos Exus que baixavam em suas
sessões ou engiras públicas.
Relendo antigos livros de Umbanda
editados a partir de 1940, vemos a
descrição de muitos Exus que baixavam
em seus médiuns e que recebiam uma
atenção acentuada de seus autores,
que escreviam pouco sobre o Orixá Exu.
Inclusive, muitos não o tinham na
conta de um orixá e sim, o descreviam
como “serventia” dos outros Orixás da
Umbanda. Ótimos textos sobre os Exus
na Umbanda foram publicados. Mas
alguns dos autores sincretizaram eles
com deidades desconhecidas ou tidas
como “do mal”, tais como: Lúcifer, Bel
Zebu, etc, e isto facilitou o trabalho dos
que combatiam (e ainda combatem) a
Umbanda, associando-a como culto do
Mal, do Satanismo, do baixo espiritismo,
da magia negra, do paganismo, etc. E os
adversários e os inimigos da Umbanda
foram implacáveis e oportunistas, justamente pela falta de um conhecimento
superior e fundamentado sobre os Orixás, mais especificamente sobre o Orixá
Exu, o “espantalho” usado por eles para
assustar seus seguidores, apavorandoos com os “demônios” que baixavam na
nossa religião.
Alguns autores associaram os Exus
da Umbanda com bandidos, assassinos,
ladrões, etc, e as Pombagiras com ladras, assassinas, prostitutas, feiticeiras,
bruxas do mal, etc, levando muitos a
crerem que na Umbanda se trabalha
com escória do baixo astral. Fato esse,
que serviu como uma luva para os
inimigos da Umbanda, que passaram
a denegri-la como religião e classificar
como adorador do diabo quem se apresentava como umbandista.
Alguns autores, no afã de se mostrarem grandes conhecedores dos Orixás
e de Exu em especial, não perceberam
o dano que causaram para a religião
que queriam divulgar, tendo inclusive,
alguns autores umbandistas, chegado
ao cúmulo de recomendarem aos pais
que tivessem cuidado com suas filhas
que incorporassem Pombagiras com
determinados nomes; autores esses,
que preferimos omitir seus nomes para
não macularmos ainda mais a nossa
religião, ainda tão incompreendida pelos
seguidores das outras, que se baseiam
no que foi dito por estes mesmos autores de livros sobre a Umbanda.
Ego e afoiteza ou oportunismo são
os principais adversários da Umbanda
e os perpetradores desses textos mal
ou erroneamente fundamentados sobre
o Orixá Exu e associando os Exus que
nela baixam com deidades infernais de
outras religiões só atrasaram em muito o
reconhecimento dela como uma religião
do bem e aberta para todos.
A fundamentação correta do orixá
Exu e de todos os outros Orixás dentro
da Umbanda, iniciada com a publicação
do “Livro de Exu” e posteriormente do
livro “Orixá Exu”, “Orixá Pombagira” e
“Orixá Exu Mirim” começaram a desmistificar, a desdemoniar, desencapetar
e dessatanizar esses Orixás e seus
manifestadores dentro da Umbanda.
Sabemos ainda que muito ainda
precisa ser feito nesse sentido para devolvermos a Esquerda da Umbanda aos
seu devido lugar, mas a transformação
dos conceitos sobre os espíritos que
se manifestam com nomes simbólicos
e como de esquerdajá começou e os
autores que não se adaptarem aos
novos e fundamentadores conceitos,
com certeza serão refutados e olvidados
pelos umbandistas, já mais esclarecidos
nesse segundo século de existência da
religião de Umbanda.
O despertar dessa nova consciência
e entendimento sobre o Orixá Exu e seus
manifestadores já começou!
Nomes simbólicos dos Exus na Umbanda
O Mistério Exu desdobra-se em Seres Divinos Exus, que são Guardiões de
Mistérios. Esses Exus Guardiões de Mistérios são identificados por nós de várias
formas e entre elas temos essa:
8 Exu de Oxalá
8 Exu de Oxumaré
8 Exu de Oxóssi
8 Exu de Xangô
8 Exu de Ogum
8 Exu de Obaluaiê
8 Exu de Omulu 8 Exu de Logunan-Tempo
8 Exu de Oxum
8 Exu de Obá
8 Exu de Egunitá
8 Exu de Yansã
8 Exu de Nanã
8 Exu de Yemanjá
Observação: A forma correta de nomearmos esses Exus é essa:
“Exu Guardião Divino dos Mistérios do Orixá (tal)...”
Hierarquia de Exu
1º Nível É o próprio Orixá
2º Nível Exus Guardiões Divinos de Mistérios
3º Nível Exus Guardiões de Mistérios que são identificados
por suas funções na Criação, tais como:
4Exu Curador 88função curadora
4Exu Cortador 88função cortadora
4Exu Quebrador 88função quebradora
4Exu Trincador 88função trincadora
4Exu Encapador 88função encapadora
4Exu Amarrador 88função amarradora
4º Nível
•
•
•
•
•
•
•
É ocupado por Exus Guardiões dos Mistérios abertos para nós
dentro da Umbanda, tais como:
Mistério das Sete Encruzilhadas, • dos Sete Caminhos, • das Sete Porteiras,
das Sete Pedreiras, • das Sete Montanhas, • das Sete Lanças, • das Sete Covas,
das Sete Coroas, • das Sete Espadas, • das Sete Ondas, • das Sete Facas,
dos Sete Punhais, • das Sete Catacumbas, • das Sete Cruzes,
das Sete Caveiras, • das Sete Garras, • das Sete Foices, • dos Sete Laços,
das Sete Portas, • dos Sete Garfos, • das Sete Folhas Secas, • das Sete Chaves,
das Sete Coroas, • dos Sete Galhos, etc.
5º Nível Nesse nível os Exus são identificados pelo nomes dos
elementos formadores da matéria:
• Exu do Fogo, • Exu da Terra, • Exu do Mar, • Exu dos Ventos,
• Exu dos Vegetais, •Exu dos Minerais, •Exu dos Cristais.
6º Nível Os Exus do 6º nível são associados às criaturas instintivas ou bichos:
• Exu Lobo (ou lobisomem); • Exu Morcego, • Exu Cobra, • Exu Sapo,
• Exu Gato, • Exu Pantera, • Exu Aranha, e muitos outros cujos nomes
ainda não foram abertos para nós.
7º Nível O 7º nível é ocupado por espíritos humanos regidos pelos outro
Orixás Masculinos, mas que se desviaram das suas Irradiações Divinas e foram
agregados pelo Mistério Exu a algumas de suas hierarquias. Esses Exus Humanos estão distribuídos por todas as linhagens de Exus Naturais, que são os
manifestadores diretos de Mistérios exclusivos da Divindade Mistério Exu.
Jornal de Umbanda Sagrada - Julho/2012
Página -4
A
ula de Teologia de Umbanda, ministrada por Pai Rubens Saraceni
aos alunos do curso de Doutrina,
Teologia e Sacerdócio Umbandista,
ministrado as quartas feiras no Colégio
de Umbanda Pai Benedito de Aruanda.
individualidade como espíritos humanos
ou como pessoas cujos corpos biológicos são animados por seus espíritos.
14 - Mas a importância do mistério orixá Exu não pára por aí, pois, por
sermos cercados, tanto a nível espiritual
quanto material por um campo vazio,
recebemos continuamente a imantação
desse fator individualizador, fato este
que nos torna capazes de identificar
o que nos é agradável e o que nos é
desagradável; tornando-nos seletivos e
capazes de diferenciarmos o que é bom
do que é ruim.
Parte integrante do novo livro
“Fundamentos Doutrinários de
Umbanda” que será lançado no
dia 12 de Agosto no estande da
Editora Madras na Bienal do Livro
1 - Exu é um Orixá fundamental
para a Criação, pois sem a existência do
mistério regido por ele nada poderia ter
sido exteriorizado por Olorum.
2 - Todas as gêneses de todas as
religiões ensinam que, no início, só
existia Deus e nada mais, sendo que
fora Dele só existia o vazio absoluto e
Nele tudo estava contido. Esta forma
de se descrever o início é geral e surgiu
na face da terra há milhares de anos,
transmitida para povos diferentes e que
não tinham contato entre si, fato este
que nos indica que mensageiros das
Divindades semearam entre os povos
esta forma de se descrever o início da
Criação Divina. E o tempo se encarregou
de criar descrições melhor elaboradas
para o início dela.
3 - Exu enquanto mistério Divino é
uma Divindade tão importante quanto
os outros Orixás, e que, se interpretado
como um dos estados da Criação ele é
o primeiro deles, que é o vazio absoluto
que existia “do lado de fora” de Deus,
porque no “lado de dentro” estava o
Divino Criador Olorum e tudo o mais que
Nele pré existia como os seus mistérios.
4 - Segundo alguns autores e
estudiosos da língua Yorubá a palavra
Exu significa esfera e entendemos isto
como correto, pois, se no centro estava
Olorum, no lado de fora e ao seu redor
está o vazio formando em volta desse
ponto inicial uma esfera escura, porque
nem a luz ainda havia sido exteriorizada
e materializada como energia luminosa
pelo Divino Criador.
5 - Algo similar a isto, às vezes mais
ou menos elaborado, é o que temos
quando estudamos as descrições do
início da Criação nas muitas religiões,
algumas já desaparecidas da face da
terra. Ou não é isso que entendemos
quando estudamos a gênese no Velho
Testamento?
6 - Esse vazio original ao redor
de Olorum, que é o 1º estado exterior
da Criação permitiu que tudo o que
foi exteriorizado posteriormente se
consolidasse dentro deste vazio, que
também se formou ao redor de cada
coisa criada, dotando-as de um vazio
a volta delas que as individualizou
e as isolou das demais criações. E,
se antes o vazio existia ao redor do
Criador, ele passou a existir dali em
diante ao redor de cada coisa criada,
desde a menor partícula até o maior
corpo celeste, desde o menor microorganismo até o maior ser criado,
separando e individualizando tudo e
todos na Criação.
7 - A importância do vazio é indiscutível, pois sem a existência dele
ao redor de cada coisa criada elas
se fundiriam, descaracterizando-as
e desfigurando-as, tornando-as irreconhecíveis e amorfas. Neste ponto
o estudo do mistério Exu já o torna
fascinante e fundamental para a Criação Divina, pois é o “individualizador”
das coisas criadas, uma vez que está
ao redor delas contendo-as dentro de
um campo invisível, que nada contém
dentro de si, e cuja função é mantê-las
intactas e individualizadas.
8 - A ciência nos ensina que duas
porções de uma mesma substância,
se forem juntadas, formam uma única
porção, maior, de uma mesma substância. Os átomos de um mesmo elemento
químico, quando ligados entre si, formam uma substância pura, identificada
pelo nome do elemento químico que a
formou, tais como: o ferro, o ouro, a
prata, etc.
9 - Mas, as partículas de cada
átomo estão isoladas umas das outras
e mesmo com elas sendo da mesma
natureza e tendo as mesmas propriedades, não se fundem porque, a nível
de partículas atômicas, cada uma está
isolada de todas as outras, individualizadas pelo vazio que existe ao redor de
cada uma delas.
10 - Se não existisse este vazio ao
redor de cada uma delas, por serem da
mesma natureza e terem as mesmas
propriedades, tal como no exemplo das
duas porções de uma mesma substancia, elas se fundiriam e formariam uma
partícula maior, e assim, fundindo-se
todas as partículas iguais em tudo,
surgiria uma substância única e indivisível, porque seria tão compacta que
não haveria como tornar a separar as
partículas que a formaram.
11 - Tendo estes exemplos “quí-
micos” como ponto de partida para a
compreensão real do mistério Orixá Exu,
vemos na sua qualidade individualizadora o seu Primeiro Fator Divino: o fator
individualizador, como indispensável
para dar identidade ou individualidade
a cada coisa criada por Olorum.
12 - Nós, os seres humanos somos
possuidores de um espírito que anima
esse nosso corpo biológico, e nisto todas
as religiões estão em acordo, certo?
Pois bem, como todos os espíritos são
constituídos de uma mesma substância
plasmática etérea, eles se fundiriam
e formariam um só corpo plasmático,
certo?
13 - Isto é certo, e, graças ao vazio
individualizador do mistério Orixá Exu,
que individualiza tudo e todos, desde
a menor partícula até o maior corpo
existente é que não perdemos nossa
15 - Essa nossa seletividade ou
capacidade de diferenciarmos o que é
agradável do que nos é desagradável;
o que é bom do que é ruim; o que é valioso do que é sem valor; o que é bonito
do que é feio; o que é gostoso do que é
desgostosa; o que é desejável do que é
indesejável, etc, provém de outro Fator
Divino do mistério Orixá Exu: o Fator
Selecionador, fator este cuja imantação
contínua, tanto a nível espiritual quanto
material, nos torna seletivos e capazes
de escolher entre duas ou mais opções,
a que melhor nos satisfaça.
16 - Muitos são os fatores do Mistério Orixá Exu e aqui só comentamos
dois deles: O Fator Individualizador e o
Fator Selecionador, imprescindíveis para
a nossa existência, nossa individualidade e nosso bem estar, tanto material
quanto espiritual.
[email protected]
Jornal de Umbanda Sagrada - Julho/2012
Página -5
A
porta da mediunidade é bem
ampla e a espiritualidade nos dá
muitas chances no inicio de nossa
caminhada evolutiva.
São caminhos onde nos apaixonamos pela Umbanda tudo é tão intenso,
e saímos a procura de ler, estudar,
fazer cursos, pesquisamos na internet,
e no terreiro que frequentamos no começo do desenvolvimento é um misto
de emoções e sensações novas, não
vemos a hora de chegar o dia do desenvolvimento, e a cada gira uma nova
descoberta, incorporar é algo tão divino,
é especial, pois tudo vai sendo revelado
na cadência Divina, conhecemos de
onde viemos pois a Ciência Divina de
Pai Olorum ,aprendemos e descobrimos
quem são os Pais e Mães Orixás ao qual
nos faturou ou seja, nos qualificou na
origem como Orixás Ancestrais, são
esse Orixás que são os regentes eternos
da nossa vida.
Depois descobrimos os Pais e Mães
Orixás de frente e adjunto, que regem
esta encarnação como zeladores e
condutores evolutivos, cuidando e
mantendo nossa estrutura racional e
emocional, nossas atitudes e reforma
intima. O sacerdote irá nos apresentar
a esse Orixás com os fundamentos e
rituais de Umbanda, criando um elo
fortalecendo esta conexão, com as
Divindades regentes da nossa coroa.
Iremos avançando e fundamentando os alicerces espirituais, conhecendo
os mecanismos e as chaves que abrem
os Portais, nos permitindo acessar essas essências equilibradoras da nossa
mente.
Iremos descobrir o enredo que
nos envolve na espiritualidade que
C
conhecemos como guias espirituais,
exemplo: Caboclos, Pretos velhos, baianos, boiadeiros, marinheiros, ciganos,
erês, exu, pomba gira e exu mirim, são
espíritos evoluídos e mensageiros dos
Orixás, com a sua sabedoria aos poucos vão nos conduzindo para o nosso
próprio aprimoramento, descortinando
para a verdadeira missão de caridade.
Eles irão com o tempo nos solicitar
firmezas e assentamentos dos seus
mistérios.Os guias conhecem nossas
deficiências, inseguranças humanas,
mas não desistem de nós, continuam
a nos guiar com suas mãos invisíveis
em uma linha tênue mas real entre o
mundo da carne e o mundo etérico,
entre o plano material e o plano astral
da vida, onde hora estamos no lado da
carne, hora estamos no lado espiritual,
porque somos espíritos eternos.
Às vezes, somos acometidos com
duvidas, incertezas, medos e inseguranças, será que estamos indo no caminho
certo? Será que é isso mesmo que eu
escolhi?Cadê meu livre arbítrio? Sempre
soube que eu possuo o livre arbítrio e
parece que quanto mais eu avanço nos
mistérios do criador, menos escolhas
eu tenho.
O caminho estreita, a Lei te cobra
novas posturas, parecendo que não
tenho mais escolhas, a principio assusta, da pânico e você acha que sua fé
está frágil.
Eu digo que é a mudança da paixão
por amor e o amor é sereno, natural e
compromissado. Sim somos conduzidos
rumo ao amadurecimento para sermos
médiuns adultos.
Nesta condução aprendemos a
respeitar a cadência de Pai Olorum
rumo ao nosso destino, conscientizando
do nosso crescimento e nos tornamos
médiuns adultos, aquele que conseguir
ter a sensibilidade para vivenciar esta
entrega de amor, estará entrando no
Portal da maturidade religiosa.
Contatos:[email protected]
A fé é confiar, acreditar.
O amor é amar, perdoar.
A lei é ordem, condução.
O conhecimento
é simplicidade, sustento.
A evolução é paciência,
sabedoria.
A justiça é equilibrar-se, energizar.
A geração é criar, proteger.
Oxalá é a religiosidade do médium............................. OYá é a certeza religiosa, razão da fé – sentir.
Oxum é a prosperidade do médium............................. OxumarÉ é a renovação, e conduz – novidade.
Oxóssi é sustentação do médium............................... Obá é a disciplina, verdade estável – conhecer.
Xangô é o equilíbrio do médium................................. Egunitá é a energia e consciência – equilibrar.
Ogum é a disciplina do médium.................................. Iansã é a ação e movimento, vibração – vibrar.
ObaluaYê é a transformação do médium.................... Nanã é a quietute e amparo – ajuizar.
Yemanjá é a geração do médium............................... Omulú é a estabilidade e ponderação – estruturar.
“Pai Olorum nos criou com dons Divinos, e um dia exteriorizaremos esses dons naturalmente....”
onheça-te a Ti mesmo. Célebre frase
inscrita no arco de entrada do Templo
de Apolo e ao lado, apontando para a
imagem do Deus estava a frase “Tu és”.
Sócrates (469 – 399 a.C.) dedicou os
últimos anos de sua vida á conhecer-se, pois
inconformado com a revelação do Oráculo
de que seria ele o mais sábio dos homens
na Grécia, tentou provar que era um erro tal
afirmação, essa busca foi em vão, Sócrates não
se conhecia ao certo!
Perdemos muito tempo, muita energia e
oportunidades tentando fazer coisas que não
conferem com nossas potencias, nossas reais
inclinações. E isso leva os indivíduos a profundas frustrações diante a vida.
Falta no geral, o olhar para si, o que não
deve ser confundido com olhar para o umbigo.
Olhar para si é mergulhar no íntimo, aberto á
se descobrir, ouvir a voz do coração, seguir a
intuição e lutar por aquilo que você é de fato.
Cuide, para que não seja uma simples obra
da manipulação alheia, para que não seja mero fantoche manipulado por outros...
Mergulhe em si, ouça a voz do silêncio e permita se descobrir!
Poderá descobrir coisas sobre você que queira negar, que não lhe agradará, então não fuja,
encare, enfrente, supere-se. Seja herói de você mesmo.
Seja o que for, mas viva por e para aquilo que realmente te faz sentir útil, que te completa.
Que tenha utilidade para você e seu meio.
Nada pode ser mais deprimente do que viver uma vida sem saber quem você é!
Pense nisso!
Contatos:www.rodrigoqueiroz.blog.br
Jornal de Umbanda Sagrada - Julho/2012
Página -6
E
ra comum acreditar que a Magia é
fruto de superstição e ignorância,
algo pertinente ao homem primitivo,
ou que a crença nos deuses relacionados
às forças da natureza fosse apenas falta de
ciência dos processos naturais.
A Igreja levou à fogueira bruxos, bruxas, magos e feiticeiros; fez desacreditar
nos poderes divinos inerentes às outras
tradições e suas magias. O Mundo moderno
e científico herdou o mesmo ceticismo.
Há milênios nos fazem crer que Magia
seja algo negativo, aplicando tom pejorativo
e apontando o dedo para quem pratica uma
das suas mais diversas formas. De tanto
repetir esta mentira, muitos passaram a
crer que seja uma verdade, que magia seja
algo negativo. Pessoas mal informadas,
ainda hoje, alimentam um preconceito com
relação a tudo que se relacione com magia.
Segundo o Sociólogo, Max Weber, uma
das diferenças entre Magia e Religião está
no fato de que a primeira é uma arte solitária, enquanto que a segunda se dá em
comunidade, o que implica na existência de
templo e organização religiosa, instituição,
política e manipulação de poder. O Mago
pode até pertencer a uma confraria, se reunir em grupo, mas não depende do grupo
para sua prática, não precisa fazer política,
nem de envolvimento social, pois o contato
com o sagrado por meio da magia é direto
e não implica a presença de terceiros ou
autorização de uma instituição.
Por esta razão, as instituições religiosas
não aceitam e não permitem as práticas de
magia, pois as mesmas dispensam o serviço
N
o dia 04 de Julho, a possível descoberta da “Partícula de Deus” foi o fato
mais importante da Física dos últimos
30 anos sendo mais “estrondosa” para o
planeta do que a pirotecnia dos fogos de
artifícios na comemoração da Independência dos Estados Unidos nos poucos estados
que não estavam proibidos em virtude do
tempo seco e da iminência de incêndios.
A possível concretização da previsão
do cientista Peter Higgs em 1964 de que
certamente existiria um campo que permeia
todas as partículas no Universo teve as
atenções do mundo todo, voltadas para si.
De acordo com Higgs este campo se­
ria mediado por bósons (partículas que
transportam energia) e que cuja interação
com as demais partículas seria responsável
pela atribuição de massa a tudo o que
se conhece. Exemplificando, este campo
assemelha-se a um oceano que ao invés
de moléculas de água seria constituído por
bósons. Tal interação teria se iniciado instantes após o Big Bang, propiciando muito
tempo depois condições adequadas para a
formação dos átomos, planetas, estrelas,
galáxias e contribuindo, indiretamente, para
o surgimento da vida.
A comprovação da existência deste
Bóson de Higgs era a peça chave que faltava
ao Modelo Padrão desenvolvido na década
de sacerdotes e sua estrutura doutrinária e
dogmática. Não há mais, em nosso país, o
Monopólio do Sagrado, o mundo contemporâneo, pós-moderno, nos mostrou que magia
não é algo praticado única e exclusivamente
por povos primitivos. O Professor de Sociologia (USP) Antônio Flávio Pierucci afirma:
“A onipresença dos gestos de magia
espontânea em nossa época, as formas
modernas de difusão na mídia e o consumo
regular da consulta aos astros, sem falar da
nova onda de profissionalização de magos
e bruxas no bojo dos circuitos globalizados
de terapias alternativas estilo Nova Era,
definitivamente nos proíbem de continuar
associando a crença na magia e sua prática
aos povos primitivos, às épocas arcaicas e
às camadas mais baixas da população”. (A
Magia, Publifolha 2001)
Não é difícil compreender o pensamento
mágico e sua funcionalidade. É muito comum
nosso telefone tocar no exato momento
em que estava falando ou pensando em
alguém e dizemos nossa que coincidência.
No fundo, sabemos que não é um acaso,
realmente nossos sentimentos e vibrações
alcançam seu destino por meio de nosso
pensamento. Da mesma forma, somos
alvo fácil de “pragas”, “maldições”, “mau
olhado”, “quebranto”, “inveja”, “esconjuros”,
“trabalhos feitos”, “obsessões”, “demandas
mentais” e outros que, com certeza, nos
alcançam tanto quanto um sentimento, mas
aqui potencializado pela ignorância de uma
palavra, gesto e ação ritual.
Quando estamos com uma energia boa,
gozamos de uma certa proteção vibratória,
mas assim que baixamos a nossa vibração
mental, abrimos portas astrais, emocionais,
racionais, espirituais e mediúnicas para
estas energias que nos agridem. Não é
tão difícil detectar. Nos sentimos irritados
ou melancólicos sem motivo, nos sentimos
agredidos por outras pessoas sem razão,
perdemos o poder de concentração e somos
tomados, às vezes, por dores de cabeça tudo isso sem uma razão palpável.
Estamos “magiados”, “demandados”,
“obsediados”, “macumbados”, “enfeitiçados”, “mandingados”... com uma carga de
energia negativa e muitas vezes é preciso
mais que um bom pensamento, mais que
uma reza, mais que uma vibração positiva
para: “quebrar”, “cortar”, “anular”, “esgotar”, “purificar”, “paralisar”, “neutralizar”,
“diluir”, “decantar”, “desmagnetizar”, “de­
sa­gregar” e “encaminhar”. É preciso muitas
vezes uma prática de Magia Divina, uma
atuação mágica, um processo de ação
direta e incisiva, ligado às divindades por
meio de chaves de força, poder e mistérios
que transcendem o que podemos fazer de
“mãos vazias”.
Entre outras definições, Magia Divina é
um contato direto e ativo com os Mistérios
de Deus, é a Arte de Invocar Poderes e
Mistérios em auxilio de nossas necessidades de acordo com nosso merecimento. O
Mundo e a Realidade Mágica estão a nossa
disposição para agirmos como realizadores
e ferramentas auxiliares das divindades,
amparados por mestres de magia no astral.
Todos são chamados, e escolhidos são os
que se dedicam a este estudo.
de 70 e que serve praticamente de base para
quase todas as teorias da Física.
Não é de hoje, o desejo do homem em
buscar as respostas para as perguntas: “De
onde viemos?” ou “Para onde iremos?”. Por
mais que se procure, a cada nova descoberta
percebe-se que menos ainda se sabe sobre a
Criação. Enquanto ele não aceitar a existência
de uma Imanência Divina, esta caminhada
será árdua e solitária. Até mesmo para
Einstein que foi um dos maiores cientistas
de todos os tempos e que possuía toda uma
filosofia própria em se tratando de religião, ele
partia do princípio que “Ciência sem religião é
manca. Religião sem ciência é cega”.
Desde 1993, através do Pai Rubens Saraceni, o plano superior já havia aberto no
plano material por meio dos livros Gênese de
Umbanda Sagrada e Orixás Ancestrais que a
imanência divina está em tudo e em todos,
sendo proveniente dos Fatores de Deus, fatores estes emanados ininterruptamente por
Ele e regidos pelos nossos Sagrados Orixás.
Tudo que existe foi criado de agregação
em agregação. Dos inúmeros Fatores de
Deus, e em virtude da recente descoberta,
comentarei acerca de três destes fatores e
que estão diretamente envolvidos, são eles:
Oxum/Oxumaré: Fator Agregador
(FA) permite que as partículas afins unam-se
formando coisas novas;
Ogum/Iansã: Fator Ordenador (FO)
regula o que está sendo formado, permitindo que estas uniões só ocorram se forem
de forma equilibrada;
Obaluaiê/Nanã: Fator Evolutivo (FE)
cria condições necessárias para que coisas
novas formem-se de maneira ordenada.
Vejamos a atuação destes Fatores
de Deus do micro até o macro:
Como pode ser observado, nem todos
os elementos unem-se uns ao outros e
mesmo aqueles que assim o fazem seguem
uma ordem pré-estabelecida, desde que
haja condições para que isto aconteça.
Os mesmos fatores que formam os
quarks fazem com que se mantenham
unidos formando os prótons e os nêutrons,
que da mesma maneira formam o núcleo
atômico, que origina os átomos que por sua
vez ligam-se uns aos outros para adquirem
estabilidade, formando as moléculas que
ainda assim se mantém atraídas umas às
outras por meio das forças intermoleculares.
A Criação Divina é perfeita desde
a menor das partículas até a maior das
galáxias e quanto mais cedo o homem se
der conta que Ciência e Religião devem
caminhar lado a lado, maior será o salto
nesta nossa longa jornada de retorno ao
Divino Criador Olorum.
Jornal de Umbanda Sagrada - Julho/2012
Página -7
A
gni é a Divindade do Fogo. Em
várias culturas, desde os tempos
mais remotos, Agni representa a
força do elemento fogo no universo,
nos seus diversos níveis. É a energia
que transmuta, transforma, consome,
abrasa, queima, incandesce, aquece,
potencializa, gradua, energiza, equilibra, metaboliza. Na Umbanda, Xangô
e Egunitá são as representações polarizadas de Agni; são o casal de Orixás da
linha da Justiça, que tem como elemento o fogo, por isso de natureza ígnea.
No corpo energético, os Chakras
também estão relacionados a cada uma
das linhas da Umbanda. A linha ígnea,
de Xangô, está justamente ligada ao
chakra umbilical, que governa todo o
aparelho digestivo. Essa informação
é mesma trazida pela cultura indiana.
No Ayurveda, a medicina praticada
há cerca de cinco mil anos na Índia,
Agni é a energia do fogo em todos os
reinos da natureza. No corpo humano,
Agni é responsável pelo metabolismo,
na digestão de enzimas, quebra do
alimento, absorção e assimilação da
comida, manutenção da nutrição dos
tecidos e força do sistema imunológico.
Agni sustenta a vida e a vitalidade.
A energia do fogo atua em nosso
corpo desde a ingestão do alimento,
O
cérebro físico é aparelho de complicada estrutura. Constitui-se de
células emissoras e receptoras,
que servem nos mais diversos centros
mentais, reguladores da vida orgânica.
Imantam-se, dentro dele, poderosas
correntes magnéticas, a flutuarem
sobre o líquido cérebro-espinhal, como
a engrenagem de um motor em óleo
adequado, produzindo vibrações elétricas com a frequência de dez a vinte
por segundo. Daí parte infinidade de
ordens, endereçadas ao sistema nervoso, ao aparelhamento endocrínico e
aos órgãos diversos.
O cérebro, porém, tal qual é conhe-
Agni é quem consome (ou tenta
consumir) as toxinas ingeridas numa
alimentação inadequada, com muita
comida processada, enlatada, congelada, cheia de conservantes e produtos
químicos. Alimentos gordurosos e pesados, como queijos, carnes, frituras,
embutidos e chocolate, são os maiores
causadores de bloqueios no processo
metabólico, essencial para a manutenção da vida.
Um dos textos clássicos do Ayurveda, o Characa Samhita, diz: “O tempo de
vida, a saúde, a imunidade, a energia,
o metabolismo, a complexão, a força,
o entusiasmo, o brilho e o ar vital (prana), tudo isso depende de Agni.
Alguém vive uma longa vida se
seu Agni estiver funcionando
apropriadamente, fica doente se
seu Agni se desregrar, ou morre
se seu Agni se extinguir.” Ainda
segundo o Characa, a energia
sutil de Agni transforma o que
consumimos em consciência
para as células.
Agni é quem nos aquece e
dá calor à criação. É a energia
que permite que enxerguemos
e possamos distinguir as cores.
Uma força que também atua por
meio de Agni no corpo é a de
Sadhaka Pitta, responsável pelo desejo,
direção, discriminação, inteligência,
contentamento, motivação, autoconfiança, memória, equilíbrio emocional
e até espiritualidade. O fogo é o que
nos dá vontade de viver!
Na Umbanda, Rubens Saraceni, no
texto “As funções dos Orixás na Criação
Divina”, descreve entre as funções do
Orixá Xangô, a “de dar a cada coisa
criada a sua temperatura ideal, que
a distingue e a preserva para que
não sofra alterações em todos os
seus outros estados. No nível
macrocósmico, sua atuação
determina a temperatura dos corpos
celestes e, no microcosmos, determina
a de cada partícula e de cada substância. Já em nós, sua ação graduadora
determina a temperatura média que
nos mantém vivos, assim como todos
os seres pertencentes a outras espécies
animadas. Em nível de substâncias, é
seu fator graduador que determina a
temperatura ideal para as sólidas, as
líquidas e as gasosas, que, se forem alteradas, retira-as de suas temperaturas
ideais e altera suas qualidades”. O que
não é isso, se não a sua função ígnea,
a função de Agni na criação?
O poder dos Orixás é o poder das
forças das natureza, e Agni é uma delas.
Sua representação maior é o sol, astro
regente da vida. Não há fotossíntese
sem o sol, não há alimento ou calor na
superfície do planeta sem ele. Acordamos, digerimos, somos mais produtivos
com a luz do sol. Até nosso humor
depende do astro rei, ou não é verdade
que vários dias seguidos de chuva nos
deixam tristes e sem vontade pra nada?
Agni é essencial para vida, dentro
e fora de nós. Pai Xangô e mãe Egunitá
são o poder do fogo na Umbanda. Mas
essa energia também está presente no
mistério do Orixá Pombagira. Não há
desejo, vontade, ou paixão, sem fogo.
Quem nunca ouviu a expressão: “O
fogo das paixões”?Pombagira é justamente conhecida por ser “fogosa”, não
de uma forma maledicente, mas como
aquela que nos instiga e impulsiona
à vida. O fogo de Pombagira nos faz
querer ser melhores, buscar novos
projetos, trabalhar, amar e ser amados;
sem vontade, nem saímos da cama pela
manhã! Essa função é de Pombagira.
E se ela é quem nos traz essa
vontade de viver, Xangô e Egunitá são
aqueles que nos trazem força de lutar
pelo que é justo, de equilibrar nossas
vidas, sentimentos e emoções. Afinal,
Agni é o fogo que aquece nossas almas
na busca do amor, do conhecimento, da
lei, da justiça, da evolução, na geração
de uma vida mais feliz, no encontro da
fé que dá sentido ao existir.
cido na Terra, representa a parte visível
do centro perispiritual da mente, ainda
imponderável à ciência comum, no qual
se processa a elaboração do pensamento, que escapa à conceituação humana.
Referimo-nos a semelhante quadro para comentar a necessidade da
cooperação do servidor mediúnico, ao
intercâmbio entre os dois planos, visível
e invisível. A tese do animismo, não obstante respeitável, pelas excelentes intenções que a inspiraram, muita vez desencoraja os companheiros, chamados
a testemunhos de serviço, no ministério
da verdade e do bem. Os investigadores
rigoristas não favorecem o esforço dos
médiuns bem intencionados; na maioria
das ocasiões destroem-lhes os germes
de boa vontade e realização, com as
suas exigências particularistas, no
capítulo da minudência, da gramática,
da adivinhação.
A organização mediúnica, entretanto, como as demais edificações
elevadas, não se improvisa no caminho
da vida. E o médium não é uma inteligência ou uma consciência anulada
nas exteriorizações fenomênicas da
comunicação entre as duas esferas.
Ainda no chamado sonambulismo puro,
no transe completo e nas hipnoses mais
profundas, a colaboração dele será
manifesta e indispensável. A energia
da usina longínqua precisa do filamento da lâmpada, em que se manifesta,
produzindo luz e calor. O artista, para
arrancar a melodia perfeita, necessita
de cordas afinadas firmes no violino que
lhe empresta o concurso na demonstração musical.
A mensagem do cantor ou do
político requer o aparelho de recepção
para ser ouvida a distância. Exige a
lâmpada características especializadas
na fabricação, o violino requisita grande
experiência e cuidado de manufatura,
e o receptor radiofônico pede extensa
cópia de material elétrico para atender
à finalidade que lhe é própria.
Se em semelhantes serviços de
transmissão, à base de matéria comum,
há imperativos de técnicos e organização, como improvisar um mecanismo
mediúnico, no qual a base de matéria
viva associada a elementos espirituais,
ainda imponderáveis à ciência humana,
exige a construção da vontade com os
valores da cooperação?
Edificar a mediunidade constitui
uma obra digna do esforço aliado à
perseverança no espaço e no tempo.
Um habitante de esfera diferente necessita valer-se dos recursos que lhe
oferece o cooperado identificado com
o círculo, onde pretende fazer-se sentir.
Trata-se de imposição vulgar nas pró-
prias relações entre países terrestres, de
cultura diversa. O brasileiro que precise
conduzir certa mensagem à Inglaterra,
desprovido de contato anterior com a
vida britânica, de modo algum dispensará o intérprete e esse intermediário
para cumprir a tarefa deve preparar-se
devidamente.
Adaptar-se uma entidade desencarnada ao cérebro, ao sistema nervoso e
aos núcleos glandulares do companheiro encarnado, ajustando peças biológicas e eliminando resistências celulares,
sem nos referirmos aos processos
mentais, inacessíveis à compreensão
atual dos fenômenos, não é operação
matemática que se efetue através dos
cálculos de alguns instantes. É organização paciente, requisitando muito
concurso e devotamento por parte dos
amigos em serviço na Crosta Planetária.
E, assim afirmando, convidamos os
colaboradores sinceros do Espiritismo
Evangélico a dedicarem maior atenção
à chamada mediunidade consciente, dentro da qual o intermediário é
compelido a guardar suas verdadeiras
noções de responsabilidade no dever
a cumprir. Cultive cada trabalhador o
seu campo de meditação, educando a
mente indisciplinada e enriquecendo os
seus próprios valores, nos domínios do
conhecimento, multiplicando as afinida-
des com a esfera superior e observará
a extensão dos tesouros de serviço
que poderá movimentar a benefício de
seus irmãos e de si mesmo. Sobretudo
ninguém se engane relativamente ao
mecanismo absoluto em matéria de mediunidade. Todo intérprete da espiritualidade, consciente ou não, no decurso
dos processos psíquicos, é obrigado a
cooperar, fornecendo alguma coisa de
si próprio, segundo as características
que lhes são peculiares, porquanto
se existem faculdades semelhantes,
não encontramos duas mediunidades
absolutamente iguais.
Lembremo-nos de que não nos
achamos empenhados em edificações
exteriores, onde a forma deva sacrificar
a essência e onde a letra asfixie o espírito, e sim na construção de um mundo
melhor, nos círculos de experiência para
a vida eterna. Guarde cada colaborador
do Espiritismo Cristão a consciência, a
responsabilidade e o espírito de serviço,
à maneira de riquezas celestes que é
necessário valorizar e multiplicar. Não
nos esqueçamos de que, segundo a profecia, através dos canais mediúnicos, o
Senhor está derramando a sua luz sobre
a carne, mas que é preciso purificar o
vaso carnal e enriquecer a mente, a fim
de que o homem terrestre seja, de fato,
o intérprete fiel da divina luz.
até a transformação dos nutrientes em
tecidos. Um processo que começa na
boca e termina na produção dos tecidos
reprodutivos, passando pelo plasma,
saliva, glóbulos vermelhos, gordura,
músculos, cartilagem, ossos e tecido
nervoso.
Jornal de Umbanda Sagrada - Julho/2012
Página -8
P
or diversas vezes, frente à diferentes
ati­tu­des, lembro-me que uma das mi­
nhas primeiras dúvidas foi: “Qual a
me­lhor maneira para adentrar e permanecer
em um centro/terreiro de umbanda? O que
devo portar? O que devo falar? Vou vestido
com roupas normais ou todo de branco? As
mu­lheres podem ou não usar maquiagem?
Cruzar os braços é errado?”
O primeiro passo para entendermos o
com­portamento dentro de um terreiro é ter
a consciência que estamos em um espaço
Sagrado onde Deus se faz presente durante
todo o tempo. Conscientes disso, conseguimos
sanar muitas de nossas dúvidas.
Como em todo espaço religioso, temos
que nos preocupar com as nossas vestimentas.
Para as mulheres, por exemplo, sugiro evitar
roupas decotadas, transparentes e apertadas
como short, bermuda, mini blusa, camiseta
regata etc. É um local de recolhimento espiritual e por isso, exige trajes adequados para
um ambiente religioso. Para os homens evitar
bonés, regatas e roupas coladas, é uma forma
de respeito. Você que está indo visitar um
templo, vá com sua roupa do dia a dia. Aquele
que faz parte da assistência (visitantes), não
é necessário comparecer com roupas brancas,
a não ser que seja alguma determinação dos
dirigentes da casa ou em dias especiais que se-
rão avisados previamente.
Assim como em todo
âmbito social, a higiene
é indispensável. Não há
nenhum problema em nos
arrumarmos e irmos bem
vestidos aos espaços religiosos desde que tenhamos em mente o nosso
objetivo: O contato com o
Sagrado.
Durante o contato com
Deus, não são exigidos
utensílios pessoais. Sendo
todos eles dispensáveis
dentro do âmbito religioso. Assim, evite portar
utensílios desnecessários
e lembre-se de deixar aparelhos sonoros e celulares
desligados ou no modo
silencioso.
“O Silêncio é uma prece”. Procure manterse em silêncio antes, durante e após os trabalhos, enquanto permanecer dentro do templo.
Mantenha-se em sintonia consigo mesmo,
concentre-se. Dedique minutos de silêncio
para sua meditação e lembre-se: a espiritualidade inicia as suas atividades bem antes do
começo dos trabalhos. Em diversos terreiros
é aconselhado não cruzar
os braços, mãos ou pernas
evitando o cruzamento de
energias, prestar atenção
às dicas dos espaços sagrados é um precioso conselho. Porém, antes de nos
atentarmos à cruzamentos de braços e pernas,
descruzemos os nossos
corações contra quaisquer
pré-conceitos que acercam
nossas mentes bem como
pensamentos que destoam
de um ambiente sagrado.
Para finalizar, tenha
em mente suas necessidades. Concentre-se em seu
pedido e esteja preparado
para, ao ser chamado, ser
claro ao guia espiritual ou
entidade que lhe atender.
Que Pai Oxalá continue vos abençoando.
Saravá a Umbanda.
Para mais informações sobre a doutrina
ritualística da Umbanda, indicamos o livro
“Manual doutrinário, ritualístico e comportamental
umbandista” – de Lurdes de Campos Vieira supervisionado por Rubens Saraceni. - Editora Madras.
USP confirma eficácia do “Passe Magnético”
U
m estudo desenvolvido recentemente
pela USP (Universidade de São Paulo), em
conjunto com a Unifesp
(Universidade Federal de
São Paulo), comprova que
a energia liberada pelas
mãos tem o poder de curar
qualquer tipo de mal estar.
O trabalho foi elaborado devido às técnicas
manuais já conhecidas na
sociedade, caso do Johrei,
utilizada pela Igreja Messiânica do Brasil e ao mesmo
tempo semelhante à de
religiões como o Espiritismo, que pratica o
chamado “passe”.
Todo o processo de desenvolvimento
dessa pesquisa nasceu em 2000, como tema
de mestrado do pesquisador Ricardo Monezi,
na Faculdade de Medicina da USP. Ele teve
a iniciativa de investigar quais seriam os
possíveis efeitos da prática de imposição das
mãos. “Este interesse veio de uma vivência
própria, onde o Reiki (técnica) já havia me
ajudado, na adolescência, a sair de uma crise
de depressão”, afirmou Monezi, que hoje é
pesquisador da Unifesp.
Segundo o cientista, durante seu mestrado
foi investigado os efeitos da imposição em
camundongos, nos quais foi possível observar
um notável ganho de potencial das células de
defesa contra células que ficam os tumores.
“Agora, no meu doutorado que está sendo
finalizado na Unifesp, estudamos não apenas
os efeitos fisiológicos, mas também os psicológicos”, completou.
A constatação no estudo de que a impo-
sição de mãos libera energia
capaz de produzir bem-estar foi
possível porque a ciência atual
ainda não possui uma precisão
exata sobre esse efeitos. “A
ciência chama estas energias de
‘energias sutis’, e também considera que o espaço onde elas
estão inseridas esteja próximo
às frequências eletromagnéticas de baixo nível”, explicou.
As sensações proporcionadas por essas práticas analisadas por Monezi foram a
redução da percepção de tensão, do stress e de sintomas
relacionados a ansiedade e
C
depressão. “O interessante é que este tipo de
imposição oferece a sensação de relaxamento
e plenitude. E além de garantir mais energia
e disposição”.
Neste estudo do mestrado foram utilizados
60 ratos. Já no doutorado foram avaliados 44
idosos com queixas de stress.
O processo de desenvolvimento para realizar este doutorado foi finalizado no primeiro
semestre do ano passado. Mas a Unifesp está
prestes a iniciar novas investigações a respeito
dos efeitos do Reiki e práticas semelhantes a
partir de abril deste ano!
Fonte: http://www.rac.com.br/projetos-rac/correioescola/107097/2011/11/25...
Postado por Miguel Galli às 23:36
Fonte: Monica Heymann Fedele
hico Xavier, desde moço ia a S. Paulo,
para tratamento de seu olho doente.
Certa vez, estava com o Dr. Nabir, oftalmologista, e o médico fez uma pergunta:
“Chico, é verdade mesmo que você vê os
espíritos”? Chico diz “sim”.
E o médico fala “mas como você pode
ver os espíritos com um olho tão ruim que
você tem”? Chico explica ao médico que ele
vê, não com os olhos da carne, mas com os
olhos da alma. E que ele ainda são tinha
obtido conhecimento para entender isso.
O médico, então perguntou: “Se você vê
mesmo os espíritos, me diga, tem espíritos
aqui no consultório”?
É
um DEUS que não aceita compactuar com injustiças
humanas. Não propaga o desamor ou o preconceito.
Não incita, não influência. Não prende, não escraviza.
Não é cúmplice de alpinismo sócio-financeiro.
Não se esquece, mas perdoa, pois é o DEUS da compaixão.
É simples como somente DEUS poderia ser,
é um DEUS MATERNAL, que acolhe seus filhos em seu seio e
os aproxima de seu coração, o chamamos de PAI,
mas também poderíamos chamá-lo de MÃE.
Talvez fosse assim, ainda mais correto.
O DEUS em que acreditamos está acima das religiões,
olha para todos indistintamente, não tem nome, nem rosto.
O DEUS em que acreditamos não tem forma,
mas se tivesse, não seria a de um REI TIRANO,
e sim um DEUS que anda descalço que mal toca o chão,
que olha para baixo, não para o alto.
Que abre os braços, não cerra os punhos.
O DEUS de ricos e pobres , sacerdotes e criminosos ,
santas e prostitutas. A austeridade e a alegria.
A igualdade e o AMOR INCONDICIONAL.
O DEUS em que acreditamos está no espaço, na relva,
nas folhas, nas águas, nas montanhas, no mar
e é tão grandioso como o DEUS cultuado em
luxuosos palácios chamados IGREJAS E TEMPLOS.
O DEUS em que cremos, nos ensina a ser guerreiros,
mas detecta a honestidade de nossos atos.
O DEUS em que acreditamos não distribui culpas, ou pecados.
Para o DEUS em que acreditamos
mais do que aquilo que falamos, vale aquilo que fazemos;
mais do que aquilo que fazemos, vale aquilo que sentimos;
mais ainda do que aquilo que sentimos,
vale o que realmente carregamos dentro de nossos corações.
É UM DEUS SIMPLES. Discreto, feliz e otimista.
Cito seu Santo Nome, mas NÃO FALO em Seu Nome,
simplesmente por que a Voz de Deus
não ecoa pela boca do homem,
ela ecoa no coração e se reflete em ações.
E assim Ele me sorri.
A nossa luta é para que este sorriso
não se apague de nossas vidas.
E Chico diz: “Sim, desde que cheguei
vi espíritos aqui. E tem um espírito que é
também médico oftalmologista que diz que
ele foi encaminhado pela espiritualidade para
ajudá-lo em seu trabalho, pois o senhor tem
ajudado muita gente aqui”.
E o médico curioso quis saber, e qual
o seu nome. Chico disse: “É um nome
cumprido e difícil, diz ser o dr. Senobelini de
Barros Serra.”
O médico, ao ouvir isso, ficou emocionado e disse: “Chico, ele foi meu professor
Texto adaptado de texto de Rubem Alves,
Chico Xavier e na Teologia de Umbanda.
na faculdade de Medicina de São José do
Rio Preto,” e Chico nada sabia de sua vida
anterior, nem onde havia estudado, quanto
mais o nome de um de seus professores.
Podemos ver aí que a espiritualidade
participa ajudando o trabalho que fazemos,
independente da religião, quando este trabalho oferece ajuda à sociedade, promove
o bem, o alívio, o progresso, e tem nossa
sinceridade e boa intenção.
Além do que, o fato prova a existência
dos espíritos e a imortalidade da alma.
(Pesquisa, Redação do Arauto, [email protected]) TV Londrina, Núcleo Espírita
Universitário, 02/10/2004. Quadro” Um minuto com Chico Xavier “- José Antonio V. de Paula.
Jornal de Umbanda Sagrada - Julho/2012
Página -9
Curso de Atabaque
(Curimba) Toque e Canto
TAMBOR DE ORIXÁ
Babilônia e pelo Egito. Cores, metais, pedras,
plantas, perfumes e animais foram ligados
a cada signo, e claro, os quatro Elementos,
terra, água, fogo e ar que para os ciganos
mostram as características de cada pessoa.
Os ciganos, como todos os povos místicos, levam a sério a astrologia.Procuraram
conhecer as leis dos céus e suas regras. Os
ciganos, os caldeus, os magos e pensadores
antigos buscavam encontrar respostas para
usar em seu próprio beneficio. Os Ciganos
usam até hoje estes conhecimentos da Astrologia nas suas negociações, nos Oráculos
e claro, nos seus Rituais.
Os Ciganos não vivem e não fazem
nada sem olhar para o Céu e ver como está
Lua. Cada fase é indicada para resolução de
um problema, de uma doença, enfim, para
tudo os Ciganos usam os conhecimentos de
Astrologia e dos quatro Elementos.
Os ciganos chamam a constelação do
hemisfério norte de Caçarola até hoje. Na
Idade Média e para os ciganos kalderach, ela
se chama a Carruagem. Os antigos gregos
O
s ciganos, como todos os povos da
Terra, amam a Deus. E através da
observação das estrelas criaram sua
astrologia pouco ou nada divulgada aqui no
Ocidente. Como a astrologia dos caldeus, a
dos ciganos tem também doze signos. Cada
um deles tem suas características, planetas
regentes, influências e lendas.
Não nasceu no entanto de Cláudio Ptolomeu, que criou enquanto trabalhava na
famosa Biblioteca de Alexandria.
Foi criada pelos kakus, (feiticei­ros)
ciganos em suas caminhadas pe­las estradas
banhadas de luar e pe­las lendas vindas da Índia e também das passagens deste povo pela
a chamaram Ursa Maior. Assim, os nomes
para as constelações e os signos zodiacais
podem mudar de povo para povo.
Desde os tempos antigos que cada um
dos 12 signos está ligado a uma parte do
corpo. O primeiro signo, Áries/Punhal, está
associado à cabeça e o último signo, Peixes/
Capela, está ligado aos pés. Os outros signos ligam-se a outras partes do corpo. Nos
tempos primitivos, a astrologia estava ligada
à medicina, principalmente aos humores.
A astrologia para os ciganos mostra de
forma simples o seu temperamento, e o
seu caráter. Este temperamento determina
o tipo de doenças que o homem irá desenvolver ao longo de sua vida, as chamadas
pré-disposições.
A Astrologia Cigana hoje é estudada
como um caminho de auto conhecimento,
para entender os bloqueios que nós geramos, as pré-disposições que trazemos. Com
as estas informações compreendemos à
nós e o próximo, gerando relacionamentos
harmoniosos nas nossas vidas.
Com Severino Sena, há 14 anos formando Ogãs e Instrutores.
Novas Turmas! homens e mulheres!!!
Esta é a sua oportunidade de aprender canto e toque na Umbanda, para Guias e Orixás!!!
sem taxa de matrícula: Toques: Nagô,
Ijexá, Angola, Congo e Barra Vento
SEGUNDAS-Feiras, das 19h20 às 22h30
CEIE - Centro de Est. Inic. Evolução
Pça Joaquim Alves, 1 - Penha - SP
Sextas, AS 19h00 e SÁBADOS, AS 9H00
Instituto sete porteiras do brasil
Av. Tiradentes, 1290 - Metrô Armênia
Adquira o CD “Umbanda canta para
as Yabás Obá, Oyá e Egunitá”
Informações: 3984-0181/9622-7909
www.tambordeorixá.net.br
[email protected]
[email protected]
Escola de Baralho Cigano
verbo não se faça veículo para a influência
das trevas.
Psicografia - Escreva com as entidades domiciliadas fora do mundo físico, mas
habitue-se a escrever em benefício da paz
e da edificação dos semelhantes, impedindo que a sua inteligência se faça canal de
perturbação.
Materialização - Dê corpo às formações do plano extrafísico; entretanto, acima
de tudo, concretize as boas obras.
Curas - Aplique passes e outros processos curativos, em favor dos enfermos;
no entanto, conserve as suas mãos na execução dos deveres e tarefas que o Senhor
lhe confiou.
Transportes - Colabore com os seus
recursos psíquicos, trazendo através do
transporte os objetos sem toque humano,
Intuição - Exerça a faculdade da percepção clara e imediata, mas, para ampliarlhe a área de ação, procure alimentar bons
pensamentos de maneira constante.
Clarividência - Agradeça a possibilidade de ver no Plano Espiritual; no entanto,
no esforço do dia a dia, detenha-se no lado
bom das situações e das pessoas, para que
os seus recursos não se comprometam
no mal.
Clariaudiência - Regozije-se por escutar os desencarnados; todavia, aprenda a
ouvir no cotidiano para construir a felicidade
do próximo, defendendo-se contra a queda
nas armadilhas da sombra.
Psicofonia - Empreste suas forças
para que os Espíritos falem com os homens;
contudo, na experiência comum, selecione
palavras e maneiras, afim de que o seu
Erveiro
da
Jurema
Templo Escola “Ventos
de
Aruanda”
Cursos Ministrados por Adriano Camargo
• Curso de Ervas: Manipulação Ritualística 1, 2, 3, 4 e 5;
• Ervas na Umbanda;
• Magia Divina das Sete Chamas;
• Magia Divina das Sete Pedras;
• Magia Divina das Sete Ervas;
• Magia Divina das Sete Raios;
• Teologia de Umbanda; • Sacerdócio de Umbanda.
Informações e Inscrições:
Av. Senador Vergueiro, 4362 - Sl. 2
Rudge Ramos - São Bernardo do Campo
(11) 4177-1178
www. ventosdearuanda.com.br
mas carregue a caridade consigo para que
ela funcione, onde você estiver.
Premonição - Rejubile-se com a responsabilidade de prever acontecimentos;
todavia, busque sentir, pensar e realizar o
melhor ao seu alcance, na movimentação
de cada dia, para que a sua conversa não
se transforme em trombeta de pessimismo
e destruição.
Mediunidade em geral - Qualquer
mediunidade serve a fim de cooperar no
parque de fenômenos para demonstrações da existência do Espírito, mas não se
esqueça de que a condução dos valores
mediúnicos, para o bem ou para o mal,
é assunto que está em você e depende
de você em qualquer circunstância e em
qualquer lugar.
Templo de Doutrina Umbandista
Pai Oxalá
e
Pai Ogum
Magia DIVINA dAS SETE PEDRAS SAGRADAS
SEGUNDA-Feira: Das 20h00 às 22h00
Sacerdócio de umbanda
Terça-Feira: Das 20h00 às 22h00
desenvolvimento mediúnico
QUINTA-Feira: Das 20h00 às 22h00
sábado: Das 14h00 às 16h00
Magia DIVINA dAS SETE ERVAS SAGRADAS
sábado: Das 10h00 às 12h00
Rua Tietê, 600 - Vila Vivaldi
Rudge Ramos - S.B. do Campo
Tel. (11) 4365-1108 - à partir das 13h00
Carmem Romani Sunacai
Formando turma:
Curso de Baralho Cigano
no Templo da Luz Dourada
( 2302-4087
Início: 24 de Junho
2292-8296 / 7874-1060
Cursos ministrados pela Professora
Rose de Souza
http://carmemromani.com/
Página -10
Jornal de Umbanda Sagrada - Julho/2012
Jornal de Umbanda Sagrada - Julho/2012
Página -11
P
reparar seu próprio banho, sua defumação, fazer um benzimento em si
mesmo, requer na prática, boa vontade, bom senso, uma pitadinha mínima que
seja de esperança que venha colada na Fé,
no desejo de realizar o bem para si, para
o semelhante, para a comunidade, para o
universo, e uma boa dose de coragem.
Coragem de vencer a preguiça, o desanimo, a fraqueza que acompanha e é resultado das obsessões espirituais, as atuações
negativas e nossos próprios encontros com
nossa realidade interior.
Nós seres humanos tentamos o tempo
todo encontrar desculpas para nossas dificuldades. Tentamos encontrar o culpado
do lado de fora, assim como aquela pessoa
que ao manobrar o carro numa rua, bate
a traseira do veículo na lixeira instalada na
calçada, amassa os dois, gerando assim um
prejuízo, mas, não contente, ainda desce e
chuta a lixeira, como se ela, metal inerte,
fosse a culpada da barbeiragem.
Resultado: dois dedos do pé quebrados,
e o prejuízo do amassado, que inicialmente
não era tão grande assim, fica bem maior.
Esse é um exemplo de que encarar as
dificuldades de frente acaba saindo mais
barato, mais rápido e melhor resolvido.
Reconhecer as dificuldades próprias e
não arrumar desculpas é um grande começo
para um bom ritual.
Escreva em algum lugar que possa ficar
visível para você: “SEM DESCULPAS”!
Leve isso como meta.
Na hora de buscar algum culpado, reflita.
Tenha certeza que esse primeiro ritual,
de acreditar que pode viver sem desculpas
para si mesmo, é um excelente caminho
para dominar os demônios internos. Isso
mesmo, essas entidades míticas tão clamadas por alguns religiosos em seus calorosos
cultos, podem viver em nossas mentes
inconscientes. É como aquela “força de
costume”, aquele comodismo onde nosso
mental adormecido se encaixa e desenvolve
sistemas de proteção para quando a ação é
diferente do cotidiano.
A mente reage contra o que não é cos­
tumeiro. Acostume-se ao ostracismo e à
preguiça e verá que a cada dia fica mais difícil
sair da situação. E quando tentar, sentirá algo
a impeli-lo ao contrário. Muitos atribuirão isso
a fatores externos...
“Será que tem algum feitiço feito contra
mim”? “Quem será que não quer que eu faça
esse banho de ervas”? “Me senti mal só de
pensar em rezar”...
Já atribuindo tudo isso a alguma entida-
de mítica... De acordo com a expressão
de H.P. Blavatsky:
“A mente é boa
serva, mas cruel senhor.”
E nós dizemos:
“’A própria mente
cria oposições aos
esforços para dominá-la.”
Nesse caso, dominar a mente é crer em
si mesmo, na magia, no poder transformador que o ritual, a reza, o benzimento pode
trazer. Crer em Deus Nosso Pai Criador, como
a verdadeira fonte de tudo e ao invocá-Lo,
crer realmente em seu Poder Divino e Suas
Forças Naturais, manifestadas em nosso
meio através da simplicidade da natureza
de elementos e da natureza humana, em
suas nuances, tons, cores e formas, e de
sentimentos positivos e negativos.
É manter o foco, a atenção, a perseverança naquilo que é o objetivo da magia
ritual.
A facilidade, por exemplo, de sentar-se
à frente do computador e encontrar tudo
nos sites de busca, nos torna um tanto
acomodados. É necessária uma real vontade
de melhorar para sair do lugar comum, sair
desse comodismo e ir à luta.
A vontade, por menor
que seja, para no mínimo
sair do lugar comum e levantar da cama ou do sofá.
Com isso, esses recursos
da depressão espiritual vão
diminuindo e dando lugar
a uma sensação ótima de
plenitude por realizar algo
de bom para si mesmo.
Aos que conseguem
vencer essa primeira barreira, fica o gostinho
da vitória e o sentimento de – “Porque não
fiz isso antes”?
Um ritual de limpeza energética, um
banho de ervas, por exemplo, sem dúvida
nenhuma poderá ajudar a tirar a pessoa
de um estado de obsessão espiritual que a
impede de enxergar as oportunidades que
estão positivamente no seu caminho.
Mas a vontade de sair da situação deve
permitir esse processo ritual.
Acredite que pode e poderá, acredite
que não pode e não poderá. Das duas
formas você estará certo. Escolha o que é
melhor para você.
Entenda isso e sua mente terá dado o
primeiro passo para que os rituais sejam
proveitosos e plenos em sua vida.
Contatos: [email protected].
br
Cipó Caboclo - Davila rugosa Poir
E
rva cuja denominação já remete ao uso ritualístico.
Os caboclos estão presentes nas várias manifestações
culturais religiosas brasileiras e são a base da Umbanda,
basta lembrarmos a manifestação do Sr. Caboclo das
7 Encruzilhadas no seu médium Zélio de Moraes, na
fundação ou anúncio dessa religião.
Essa erva, encontrada nas matas e cerrados é bastante utilizada pelos filhos de Oxóssi
nas suas iniciações, por sua característica expansora e sua forma de crescimento rápido e
seguro, agarrado nas árvores mesmo. Sua aparência forte, de encorpado marrom escuro
e áspero ao toque dão-lhe a visão de força e certeza.
É uma potente equilibradora que proporciona pé no chão, firmeza de propósito, concentração e foco, quando utilizada em banhos e defumações.
Pode ser usado um pedacinho de cipó caboclo junto ao corpo, num colar ou guia, para
que crie um campo vibratório que remeta a segurança, direção e proteção.
Sinônimos botânicos: Davila americana DC.
Sinônimos populares: cipó de caboclo, folha de lixa, sambaíba
Indicações ritualísticas: Concentração, firmeza de propósito, indicado para
quem precisa se concentrar em algo
Ação (verbos): concentrar, expandir e direcionar
Cor energética: marrom avermelhado
Orixás principais: Obá, Oxóssi e Iansã
CASA 7 LINHAS
Artigos Religiosos, Velas,
Defumadores, Imagens, etc ...
( (14) 3232-3876
Rua Gerson França, 2-28
Centro, Bauru - SP
Texto extraído do livro “Rituais com Ervas –
Banhos, defumações e benzimentos” de Adriano Camargo
CASA SÃO BENEDITO
Sob
nova
direção
(
O mais completo
estoque
de Artigos religiosos
(14) 3223-2552
Av. Rodrigues Alves, 3-60, Centro, Bauru
T
oda pessoa não suficientemente realizada em si mesma tem
a instintiva tendência de falar mal dos outros. Qual a razão
última dessa mania de maledicência? É um complexo de
inferioridade unido a um desejo de superioridade. Diminuir o valor
dos outros dá-nos a grata ilusão de aumentar o nosso valor próprio.
A imensa maioria dos homens não está em condições de medir
o seu valor por si mesmo. Necessita medir o seu próprio valor pelo
desvalor dos outros. Esses homens julgam necessário apagar as
luzes alheias a fim de fazerem brilhar mais intensamente a sua
própria luz.
São como vagalumes que não podem luzir senão por entre as
trevas da noite, porque a luz das suas lanternas fosfóreas é muito
fraca. Quem tem bastante luz própria não necessita apagar ou
diminuir as luzes dos outros para poder brilhar. Quem tem valor
real em si mesmo não necessita medir o seu valor pelo desvalor dos
outros. Quem tem vigorosa saúde espiritual não necessita chamar
de doentes os outros para gozar a consciência da saúde própria.
As nossas reuniões sociais, os nossos bate-papos são, em
geral, academias de maledicência. Falar mal das pessoas, das
coisas alheias é um prazer tão sutil e sedutor – algo parecido com
whisky, gin ou cocaína – que uma pessoa de saúde moral precária
facilmente sucumbe a essa epidemia.
A palavra é instrumento valioso para o intercâmbio entre os
homens. Ela, porém, nem sempre tem sido utilizada devidamente.
Poucos são os homens que se valem desse precioso recurso
para construir esperanças, balsamizar dores e traçar rotas seguras.
Fala-se muito por falar, para “matar tempo”. A palavra, não
poucas vezes, converte-se em estilete da impiedade, em lâmina
da maledicência e em bisturi da revolta.
Semelhantes a gotas de luz, as boas palavras dirigem conflitos e
resolvem dificuldades. Falando, espíritos missionários reformularam
os alicerces do pensamento humano.
Guerras e planos de paz sofrem a poderosa influência da palavra. Há quem pronuncie palavras doces, com lábios encharcados
pelo fel. Há aqueles que falam meigamente, cheios de ira e ódio.
São enfermos em demorado processo de reajuste. Portanto, cabe
às pessoas lúcidas e de bom senso não dar ensejo para que o
veneno da maledicência se alastre, infelicitando e destruindo vidas.
Pense nisso!
Desculpemos a fragilidade alheia, lembrando-nos das nossas
próprias fraquezas. Evitemos a censura.
A maledicência começa na palavra do reprove inoportuno.
Se desejamos educar, reparar erros, não os abordemos estando
o responsável ausente. Toda a palavra torpe, como qualquer censura contumaz, faz-se hábito negativo que culmina por envilecer
o caráter de quem com isso se compraz.
Enriqueçamos o coração de amor e banhemos a mente com as
luzes da misericórdia divina. Porque, de acordo com o Evangelho
de Lucas, “a boca fala do que está cheio o coração”.
(Texto extraído do livro “A Essência da Amizade” –
Humberto Rohden – Editora Martin Claret)
Nossa
capa:
Reprodução
parcial
de Monk I.
Creation, do artista americano
Leon Kubasski,
óleo sobre tela
98x63 cm
Página -12
Jornal de Umbanda Sagrada - Julho/2012

Documentos relacionados