Apresentação do PowerPoint - Evolvedoc

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Apresentação do PowerPoint - Evolvedoc
UTILIZAÇÃO DE PASSIVO AMBIENTAL COMO SUBSTRATO EM TELHADOS VERDES
Alessandra Crispim¹; Diego Rossi²; Fernanda Posch³; Gláucia Mota⁴; Jussanã Milograna⁵, Paula C. Silva6.
1.Tecnóloga em Construção de Edifícios, Mestranda em Processos Sustentáveis, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás – IFG, Rua 75, nº 46, St Central, Goiânia - GO, CEP 74055-110,
[email protected].
2.Graduando em Tecnologia de Construção de Edifícios, IFG, Rua 75, nº 46, St Central, Goiânia - GO, CEP 74055-110, [email protected].
3.Engenheira Civil, Doutora em Ciências Ambientais, docente no IFG, Rua 75, nº 46, St Central, Goiânia - GO, CEP 74055-110, [email protected].
4.Tecnóloga em Construção de Edifícios, Graduanda em Engenharia Civil, IFG, Rua 75, nº 46, St Central, Goiânia - GO, CEP 74055-110, [email protected].
5.Engenheira Civil, Doutora em Tecnologia Ambiental e Recursos Hídricos, docente no IFG, Rua 75, nº 46, St Central, Goiânia - GO, CEP 74055-110, [email protected].
6.Advogada. Pós-graduanda em Políticas e Gestão da Educação Profissional e Tecnológica. IFG, Rua 75, nº 46, St Central, Goiânia - GO, CEP 74055-110, [email protected].
1. Introdução e Justificativa
2. Objetivos
3. Metodologia
Medição da água
armazenada
Leitura do
registro do
pluviógrafo
Registro de dados
da precipitação
pelo pluviógrafo
Figura 2 – Metodologia
45
Evento 8
Evento 9
40
Evento 11
35
30
25
Evento 6
Evento 2
Evento 1
Evento 4
Evento 3
20
15
Evento 10
Evento 5
Evento 7
10
07/04/2015
05/04/2015
03/04/2015
01/04/2015
30/03/2015
28/03/2015
26/03/2015
24/03/2015
22/03/2015
20/03/2015
18/03/2015
16/03/2015
14/03/2015
12/03/2015
10/03/2015
08/03/2015
06/03/2015
04/03/2015
02/03/2015
28/02/2015
26/02/2015
24/02/2015
22/02/2015
20/02/2015
18/02/2015
16/02/2015
14/02/2015
12/02/2015
10/02/2015
08/02/2015
06/02/2015
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Data do monitoramento
Figura 3 – Chuva diária acumulada e eventos escolhidos
4. Resultados
Montagem de aparato experimental com oito canteiros contendo os seguintes substratos:
Terra Preta Comum (TPC) e Terra Preta com lodo de ETE (TPLE); e as seguinte espécies:
Catharanthus roseus (boa-noite), Lantana camara (lantana, verbena ou camará) Arachis
repens, (grama amendoim) e Torenia fournieri (torênia ou amor-perfeito-de-verão); conforme
Figura 1.
Lantana camara
A água excedente
é armazenada em
bombonas
5
•Contribuir com os sistemas de drenagem urbana;
•Contribuir com a destinação dos passivos ambientais oriundos de ETE;
•Apresentar alternativa de destinação do lodo de ETE como Substrato em Telhado Verde;
•Verificar a influência de diferentes tipos de plantas na eficiência do Telhado Verde com lodo
de ETE;
Catharanthus roseus
Infiltração de
água pelos
canteiros
Chuva nos
canteiros
Quantidade de chuva (mm)
O crescimento desordenado do meio urbano, incentivado pelo adensamento
populacional, contribui para a impermeabilização de extensas áreas construídas e estimula
danos expressivos ao sistema de drenagem que deve ser eficiente, não degradar os leitos de
rios e várzeas e nem a qualidade das águas urbanas, o que constitui um desafio para
gestores.
Ohnuma et al. (2013) reforçam que além dos efeitos dos telhados verdes no retardo do
escoamento superficial das águas pluviais, esses sistemas apresentam benefícios associados
a questões climáticas locais e de conforto do ambiente interno.
O uso de lodo de ETE como substrato na montagem deste sistema justifica-se pela
tentativa de reciclagem e destinação apropriada da matéria orgânica urbana residual
(CANELLAS et al, 2001). Visto que, segundo o Sistema Nacional de Informações sobre
Saneamento - SNIS (2014) no Brasil, em 2013, o volume de esgoto tratado chegou a 3,624
bilhões de m³ que, impreterivelmente gera algum tipo de lodo.
Em busca de uma alternativa técnica que viesse a contribuir com os atuais sistemas de
drenagem urbana e com a destinação sustentável dos passivos ambientais oriundos do
tratamento de esgoto sanitário, avaliou-se a utilização do lodo de ETE como substrato para
implantação de um telhado verde. Foi verificada a influência de plantas diferentes cultivadas
em substratos distintos e mensuradas as suas contribuições com o sistema de drenagem
pluvial urbano, por meio da sua utilização em cobertura verde.
Arachis repens
Os canteiros que utilizaram o substrato TP escoaram 37% e os canteiros que continham
substrato TPLE escoaram 43% da água precipitada. O percentual de escoamento em cada
conjunto planta/substrato é apresentado na Figura 3. A diferença entre os volumes
escoados através dos substratos utilizados apresentou uma variação total inferior a 10%.
Torenia fournieri
Figura 4 – Índice de escoamento por conjunto estudado
5. Considerações Finais
Figura 1 – Tipos de plantas e Aparato
experimental
Monitoramento das precipitações pluviométricas, ocorrido no período de fevereiro a abril
de 2015, por meio de pluviógrafo, modelo RG3-M (ONSET), com precisão de 0,2mm,
programado para leituras automáticas em intervalos de um minuto. Cujos dados foram
convalidados com a estação meteorológica código OMM 83423 do Instituto Nacional de
Meteorologia – INMET, localizada a, aproximadamente, 600 metros do experimento. As
medições foram realizadas conforme esquematização demonstrada na Figura 2.
Foram selecionados onze eventos que melhor representaram o período total de
monitoramento. A seleção foi baseada em: volume chuva superior a 10 mm e em que a
coleta dos dados foi realizada em menos de 24 horas após o término do evento chuvoso
(Figura 3).
Em relação aos substratos sugeridos, percebe-se que a diferença entre eles apresenta
uma variação total menor que 10%. A deposição do lodo de ETE em aterro nada contribui
para um meio ambiente sustentável, enquanto uma destinação como substrato de plantas,
tanto em jardins, como em telhados verdes, trará uma contribuição ao meio ambiente e
uma destinação correta dos dejetos. Portanto, é viável a utilização do lodo de ETE para o
sistema proposto.
Os resultados mostraram que todas as quatro espécies de plantas utilizadas neste estudo
podem ser indicadas para a composição de um telhado verde, pois as suas contribuições no
alívio do sistema de galerias pluviais são evidentes. Deste modo, ao optar pela espécie
menos eficiente, neste caso, o conjunto grama amendoim (Arachis repens) com substrato
lodo de ETE + terra preta, já se alcançaria uma redução de cerca de 44% do volume de
chuva a ser escoado.
Verifica-se ainda que, dentre as plantas utilizadas neste experimento, a que apresentou
menor índice de escoamento, foi a boa noite (Catharanthus roseus), com cerca de 74% de
infiltração, independente do substrato, sendo assim a mais indicada para plantio.
6. Referências Bibliográficas
CANELLAS, L P.; SANTOS, G. A.; RUMJANEK,V. M.; MORAES,A. A.;GURIDI, F. -Distribuição da matéria orgânica e características de ácidos húmicos em solos com adição de resíduos de origem urbana. v. 36, n. 12, p. 1529-1538.
Pesquisa Agropecuária Brasileira Brasília: dez/ 2001.
HENRY, A.; FRASCARIA-LACOSTE, N - The green roof dilemma - Discussion of Francis and Lorimer. Vol.104, pp.91-92 CIDADE: Journal of Environmental Management, Aug/2012.
OHNUMA JÚNIOR, A. A.; ALMEIDA NETO, P.; MENDIONDO, EDUARDO MARIO. Análise da Retenção Hídrica em Telhados Verdes a Partir da Eficiência do Coeficiente de Escoamento. Revista Brasileira de Recursos Hídricos, v. 19,
p. 41-52, 2014.
ROCHA, A. L. C. L - Higienização de lodo anaeróbio de esgoto por meio alcalino estudo de caso da ETE lages – Aparecida de Goiânia – GO, Goiânia, 2009.
SNIS. Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento. Disponível em: <http://www.snis.gov.br>. Acesso em 30/mai/2009.
STOVIN, V.; POË, S.; BERRETTA, C - A modelling study of long term green roof retention performance. Vol.131, pp.206-215, CIDADE: Journal of Environmental Management, 2013,
VON SPERLING, M. V.; ANDREOLI, C. V. - Lodos de esgotos: tratamento e disposição final. Cap. 1, p. 13-16. .Belo Horizonte: Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da UFMG, 2001.