noticias apícolas

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noticias apícolas
SETEMBRO 201 3
Edição Mensal
Ano I Nº--3
Proprietário e Editor - Urbano Almeida Rosa
Diretor - Miguel Maia Sub Diretor - Octávio Rodrigues
Diretores Adjuntos - António Hermenegildo - Eduardo Gomes - Francisco Rogão - Virgilio Bastos
Telefone: 938633120 ­­­­­­ Mortágua
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Assinatura: Online ­ Gratuita
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Site:
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Composição e Informatica :::: Plataforma: as-abelhas.com :::: Esta publicação tem direitos de autor
NOTICIAS APÍCOLAS
Inovador sistema de monitorização
de colmeias
Pagina Nº4
INDICE
Pág.1 Noticias apicolas
Estatuto editorial
Pág.2 Vespa velutina
Pág.3 Por que não dar mel as crianças
Pág.4 No rasto... ...de um seguro para colmeias
Inovador sistema de monitorização de
Pág.5 Colmeias
Pág.6 Reportagem (lagar de cera)
Pág.7 Reportagem (lagar de cera)
Pág.8 O mel e a saúde
Mel na culinária
Pág.9 Eventos
Pág.1 0 Eventos/classificados
Sue Susan Cobey
( Artigo na próxima edição )
Investigadora com experiência reconhecida na criação de abelhas desde há 30 anos
A sua actividade inclui o desenvolvimento de técnicas e equipamentos para a
inseminação artificial de abelhas
Na Universidade de Ohio dirige departamento de “Honey bee research “ que
acompanha estudos de graduação e pós-graduação.
Desenvolve uma investigação focada na inseminação artificial de rainhas tendo em
conta a seleção de rainhas cujo comportamento inclui a resistência a pestes e doenças
E sua experiencia é partilhada em conferências, seminários , para audiências cientificas
e públicas
A sua actividade e experiência, inclui:
Suplemento:
Fórum Nacional da Apicultura
Estatuto Editorial
1º
O Jornal as-abelhas é uma publicação on-line que visa
oferecer uma informação completa sobre a actividade
apícola desenvolvida em Portugal assim como no
estrangeiro. Qualquer publicidade ou informação/
publicitação de eventos é temática relacionada com a
actividade do jornal.
2º
O Jornal as-abelhas visa a contribuição na divulgação
apícola nacional, relevando a investigação e praticas
apícolas de qualidade que se produz no país e no Mundo.
3º
O Jornal as-abelhas acolhe toda a informação relevante,
junto dos apicultores, universidades, unidades de
investigação e indústria e dará cobertura a notícias de
todas as áreas apícolas e de natureza ambienta l.
4º
O Jornal as-abelhas assegura a divulgação de eventos
apícolas, sob a forma de agenda, desde que
disponibilizados pelos seus organizadores, em tempo
oportuno, que se realizem em Portugal e no estrangeiro.
5º
O Jornal as-abelhas propõe-se fazer edição mensal e
abre as suas páginas electrónicas aos trabalhos
produzidos pelos seus colaboradores, apicultores,
entusiastas, incluindo a comunidade científica em qualquer
•
Consultora mundial de apicultura e inseminação artificial
•
Treino de apicultores e cientistas na inseminação artificial e criação
de rainhas
•
Desenvolvimento e monitorização desde 1 981 do “New World
Carniolan Closed Population Breeding
•
Estudos genéticos das abelhas .
Autoridade Reconhecida Mundialmente
no campo das técnicas de inseminação
inseminação artificial e desenvolvimento de equipamentos
experiência professional desenvolve-se:
University of California, Davis
Washington State University
Ohio State University, Columbus, Ohio
Honey Bee Insemination Service
Vaca Valley Apiaries, Vacaville, CA
Drª Ana Carvalho
parte do mundo.
6º
O Jornal as-abelhas é independente dos poderes político, económico e religioso.
7º
O Jornal as-abelhas quer contribuir para a divulgação de artigos técnicos e práticos sobre a actividade
apícola quando assim o entendam.
8º
O Jornal as-abelhas respeita a Constituição da República Portuguesa e todas as demais leis dos órgãos
legislativos, nacionais e europeus, nomeadamente as que se enquadram nos direitos e obrigações da Lei
de Imprensa e do Código Deontológico dos Jornalistas.
9º
O Jornal as-abelhas tem um âmbito nacional garantindo a sua difusão internacional através da Internet.
Mortágua
Assinatura
Pagina Nº1
SETEMBRO 201 3
VESPA VELUTINA
Sobre vespasL
Neste fim do Verão de 201 3, muitos
apicultores estão surpreendidos pela
quantidade significativa de vespas em frente
às colmeias dos seus apiários. Este fato
está relacionado com dois fatores: 1 ) as
condições de temperatura e humidade
ideias para o desenvolvimento dos seus
ninhos primários e posterior desenvolvimento de ninhos secundários e; 2) a
evolução crescente e concentrada da Vespa
velutina, uma espécie exótica, no nosso
território, em particular no norte de Portugal
(Grosso e Maia, 201 2).
Em todo o mundo existe uma diversidade de
espécies de vespas (figura 1 ),
principalmente localizadas no sudoeste
asiático. De referir, que a V. crabro é
autóctone da Europa Ocidental e
naturalizada nos Estados Unidos da
América. Também é de referir a V. orientalis
(não indicada na figura 1 ) natural da Europa
oriental e Médio Oriente. Nesta figura é de
realçar as diferenças entre a V. crabro (nº
1 8) e a V. velutina (nº 1 9).
As espécies não - nativas ou exóticas, tal
como a V. velutina, são aquelas que tenham
sido
deslocadas
(acidental
ou
deliberadamente) para fora do seu habitat
natural pela atividade humana. As espécies
exóticas são classificadas como invasoras
quando sua presença tem consequências
negativas na biodiversidade, impactos
negativos sobre a saúde humana, danos às
infraestruturas, danos à produção de
alimentos, danos negativos nas produções
animal (aquicultura e apicultura) e nos
stocks de madeira, nas áreas em que foram
introduzidas. No caso da V. velutina, a sua
entrada em Portugal pode ter sido realizada
através do transporte de madeiras oriundas
de França. Este transporte provavelmente
abrigava vespas fundadoras (já fecundadas)
que facilmente se disseminaram pelas
florestas e bosques do nosso país. Devido à
dificuldade de serem identificados os seus
ninhos primários do tamanho de uma bola
de ténis (figura 2) e também os seus ninhos
secundários, alojados na copa de árvores
de folha caduca e outras (pinheiros,
oliveiras), a sua dispersão no norte de
Portugal foi facilitada.
Este comportamento de paragem em frente
às colmeias tem como consequência a
paralisação das abelhas em frente à
colmeia com uma diminuição da entrada de
alimento (Figura 3).
Figura 3
Como o ataque das vespas tem um período
de tempo que pode ir de agosto até outubro,
a “hibernação” de inverno e o arranque
primaveril da colónia podem ficar
comprometidos. Outro impacto negativo na
gestão do apiário tem a haver com o facto
de no litoral tipicamente com temperaturas
amenas, onde a floração da Calluna vulgaris
(agosto - setembro) e do Eucalyptus
globulus são contínuas, a produção de
rainhas (agosto – setembro) é uma prática
que pode deixar de fazer sentido devido à
predação da velutina durante o voo nupcial
da rainha.
Procurando dimensionar o problema V.
velutina.
Figura 2. Ninho primário construído no interior de
uma colmeia (Nogueira, Viana do Castelo)
Após 3 anos, de uma invasão silenciosa e
sem inimigos biológicos e humanos, alguns
apicultores deparam-se actualmente com
elevadas densidades de velutinas nos seus
apiários.
Figura 1 .
Diferentes espécies de vespas (Adaptado de Kim et
al., (2006)). 1 3 V. analis parallela, 1 4 V. mandarinia,
1 5 V. ducalis, 1 6 V. dybowskii, 1 7 V. crabro flavo
fasciata, 1 8 V. crabro crabro niformis, 1 9 V. velutina
nigrithorax, 20 V. simillima simillima e 21 V. simillima
xanthoptera.
Clik Aqui:
http://apismaia.blogs.sapo.pt/
Diferenças comportamentais entre a V.
Crabro (europeia) e a V. Velutina
(asiática) na predação de abelhas
melífera.
Enquanto a V. crabro tem uma estratégia de
ataque rápido e inconstante, a V. velutina
espera pacientemente o regresso das
abelhas carregadas de pólen e néctar em
frente às colmeias. Outra diferença
significativa é que enquanto a V. crabro
anda de colmeia em colmeia ao longo do
apiário e num curto espaço de tempo, a V.
velutina espera pacientemente a chegada
de obreiras em redor de 2 a 3 colmeias.
Este comportamento “velutino” é deveras
nefasto para pequenos apicultores com 2 a
5 colmeias por apiário, pois a intensidade
de velutinas em frente a um reduzido
número de colmeias poderá ser
avassalador.
Em algumas zonas do país (concelho de
Viana do Castelo, Vila Verde e Barcelos)
existem situações particulares de desespero
por parte dos apicultores pela densidade
elevada de velutinas nos seus apiários. É
evidente que a opinião sobre a quantidade
de vespas em frente às nossas colmeias
pode variar de apicultor para apicultor.
Neste caso poderemos fazer um teste
quantitativo à chegada do nosso apiário (±
1 0 colmeias): se no espaço de 1 minuto não
observarmos mais de 2-5 vespas,
possivelmente as consequências negativas
serão diminutas. Quando observamos mais
de 1 0 vespas e todas elas em cada colmeia,
as consequências negativas para a
sanidade e vitalidade da colónia poderão
ser importantes.
Se
observarmos
quantidades bastante superiores de
velutinas e mais de uma em cada
colmeia^o melhor é mudar as colmeias do
apiário!!!.
O combate à V. Velutina
A diminuição do impacto da predação sobre
as nossas abelhas está a fazer-se com a
colocação de armadilhas. A colocação de
isco nas armadilhas, designadamente uma
parte de cerveja e igual parte de vinho
branco com um pouco de groselha, tem sido
a receita generalizada e aceite por boa
parte dos apicultores (figura 4).
(Continua pag Nº3)
Pagina Nº2
SETEMBRO- 201 3
(Continuação pag Nº2)
No entanto, do “feed-back” recebido por
alguns apicultores, é referido alguma falta
de eficácia desta fórmula na atração de
vespas.
No entanto,
após um determinado
espaço de
tempo (que
depende da
distância entre o apiário
e o(s) ninho
(s)), a predação sobre
as abelhas
reinicia-se, o
que leva ao
desanimo do
apicultor.Até
outubro / novembro poderemos observar a V.
velutina nos
n/ apiários
e em fevereiro (conforme as temperaturas)
Figura 4 poderemos preparar e colocar as nossas A maioria dos pediatras são contra a entrada
Outras receitas como por exemplo água armadilhas nos apiários com a finalidade de do mel na dieta de crianças menores de 1
ano, devido, ao perigo de existência de uma
com mel fermentado têm recebido alguma capturar as fundadoras de novas colónias.
bactéria chamada, Clostridium botulinum.
aceitação por parte dos apicultores. Na Bibliografia
A ingestão desta bactéria origina a doença
questão da eficácia do isco é necessário GROSSO & SILVA, J M; MAIA, M; (201 2)
do Botulismo.
perceber que as vespas também Vespa velutina Lepeletier, 1 836
O botulismo é uma doença neuroparalítica
necessitam de alimento açucarado que (Hymenoptera, Vespidae), new species for
podendo ser
podem ir buscar a uma diversidade de Portugal. Arquivos Entomolóxicos, (6): 53-54 grave, não contagiosa,
transmitida
de
várias
formas
diferentes,
flores e melada. Ora uma possível .
através da ingestão de alimentos
explicação para a maior ou menor eficácia KIM, J-K; CHOI, M; MOON, T-Y (2006)
contaminados, ferimentos e acidentalmente.
do isco colocado nas armadilhas poderá ser Occurrence of Vespa velutina Lepeletier
O botulismo pode assumir as seguintes
a quantidade e qualidade de flora em redor from Korea, and a revised key for Korean
formas: botulismo alimentar, botulismo por
dos nossos apiários que produzem néctar. Vespa species (Hymenoptera: Vespidae)
ferimentos, botulismo intestinal e outras
Ou seja: se em redor do nosso apiário Entomological Research (36): 11 2 –11 5.
formas (acidental).
existem flores com produção de néctar, a
Eng. Miguel Maia Esta bactéria liberta uma toxina ao longo do
eficácia das nossas armadilhas será menor,
seu crescimento, provocando uma
se o néctar é escasso então a
intoxicação alimentar em crianças com
probabilidade de eficácia das armadilhas
idade inferior a 1 ano. Seus esporos
aumentará. Outro fator a ter em conta: as
resistem a temperaturas de 1 20° C por 1 5
meladas. Se existem meladas as vespas
minutos.As bactérias do botulismo são
consomem-nas em detrimento dos iscos
comuns na natureza, mas são mortas pelo
colocados nas armadilhas, no entanto, se
oxigénio. As bactérias, portanto, formam
chover, as meladas são arrastadas e a
esporos que as protegem do oxigénio, e
tendência para as vespas procurarem os
esses esporos são activados assim que
hidratos de carbono do isco aumenta. Uma
entram em ambientes livres de oxigénio.
outra questão levantada pelos apicultores Clik Aqui: http://www.feyce.com
refere-se à colocação das armadilhas nos
Estes esporos podem ser encontrados em
apiários. Resposta: não existe uma fórmula
produtos agrícolas como legumes, vegetais,
ideal. Somente a experiência de campo o Por que não dar mel às crianças
mel, vísceras de crustceos e no intestino de
poderá dizer como também o
menores de 1 ano?
comportamento das vespas. Pela minha Alguns meses após o nascimento do meu mamíferos e peixes.
experiência a colocação de armadilhas segundo filho e com a entrada do Outono, O botulismo intestinal, resulta da ingestão
debaixo das colmeias tem sido os dias começaram a ficar frios. Em de esporos presentes no alimento, seguida
interessante, contrário da colocação de consequência, apareceram as constipações, da fixação e multiplicação do agente no
armadilhas entre colmeias (embora alguns nariz entupido, mal estar, olhos ambiente intestinal, onde ocorre a produção
e absorção de toxina. A ausência da
apicultores tenham afirmado da sua lacrimejantes, noites sem dormir^
eficácia). Outra técnica utilizada pelos Começa a pairar o desespero. Uma mãe microbiota de protecção permite a
apicultores é a utilização de vários habituada a comer e dar mel ao seu filho germinação de esporos e a produção de
utensílios para matar diretamente as mais velho e marido^ “Por que não lhe dar toxina na luz intestinal. Ocorre com maior
vespas (figura 5). Esta técnica poderá ser uma colherzinha de mel? Com certeza ficará frequência em crianças de 3 a 26 semanas,
e por isso foi inicialmente denominado de
eficaz durante algum tempo, pois, após a menos entupido, logo sentir-se-á melhor!”
eliminação das vespas, as obreiras de Após conversa com alguns amigos, e de botulismo infantil (Guia de vigilância
imediato iniciam a sua colheita de algumas opiniões (negativas e positivas), lá epidemiológica, 2005).
(Continua pag Nº4)
alimentos.
fui pesquisar^
Pagina Nº3
(Continuação pag Nº3)
No rastoL L de um Seguro
para Colmeias
As abelhas costumam colectar os esporos
de botulismo enquanto colectam o néctar, e P ossuir bens ao luar é estar sujeito a riscos
os misturam ao mel. A maioria das pessoas e a alguns amargos de boca inesperáveis.
sem problemas relacionados com a flora Nesta óptica, procuramos indagar quais as
alternativas que possam minimizar alguns
destes indesejáveis imprevistos.
Dos nossos arquivos consta que já em 1 989
a Companhia de Seguros Préservatrice
Foncière Assurances oferecia, em Portugal,
uma apólice de seguro para colmeias contra
roubo, incêndio e vandalismo garantindo um
capital de 1 5.000$00 ( 75€ ) por unidade e
responsabilidade civil de 1 000.000$00, pelo
valor de 1 65$00 ( € 0,825 ) por colmeia.
Procurando esta seguradora, foi-nos dada a
informação de que passou a sua carteira de
apólices em território nacional para a
Sociedade Portuguesa de Seguros em 1 996.
intestinal e com um sistema imunológico
saudável, o consumo desses esporos nos
alimentos não gera qualquer tipo de
problema para a saúde. Os bebés ainda não
possuem essas defesas. Quando um bebé
come mel, os esporos encontram-se em um
intestino livre de oxigénio e entram em
acção, produzindo a toxina dentro do bebé.
A toxina botulínica invade as células
nervosas estimulantes no lugar em que elas
se encontram com as fibras musculares,
bloqueando essa ligação para que nenhum Esta última fundiu-se com a Portugal
sinal consiga passar. O resultado é a Previdente em 1 999, nascendo desta fusão a
paralisia, e em casos graves, imobiliza o Allianz Portugal, pertencendo ao Grupo
paciente completamente podendo levá-lo à Allianz do qual o BPI é um dos seus
accionistas.
morte.
Os sintomas nas crianças, variam de Do contacto com a Seguradora Allianz houve
quadros com constipação leve ao síndrome a informação de que nas apólices que
de morte súbita. Manifesta-se inicialmente possuem actualmente direccionadas para o
por constipação e irritabilidade, seguidos de sector primário não têm qualquer
sinais neurológicos, caracterizados por especificidade para o sector apícola.
dificuldade de controle dos movimentos da O risco de incêndio nos colmeais é uma reacabeça, sucção fraca, disfagia, choro fraco, lidade a não descurar.
hipoactividade e paralisias bilaterais Da nossa investigação resultou a informação
descendestes, que podem progredir para cedida pelo Banco Crédito Agrícola que o
mesmo apresenta um seguro para colmeias
complicações respiratórias.
Portanto^ mais vale prevenir que contra incêndios, temporais e cataclismos
naturais, excluindo desta apólice o furto e o
remediar!!!
vandalismo.
Eng.ª Mónica Lopes
Embora este seguro esteja muito aquém do
Associação de Produtores Florestais
desejável, quaisquer informações adicionais
de Montemuro e Paiva
estão ao alcance duma simples chamada
telefónica para este banco.
A apicultura nacional cada vez terá maior
peso no sector primário, esperamos que o
Ministério da Agricultura e os operadores
seguradores comecem a olhar este sector
com maior interesse. No entanto, nossa
busca continua^
Por: Julio Salvado
SETEMBRO 201 3
Inovador sistema de monitorização
de colmeias
Amaro Farinha, com formação académica e
experiência profissional na área de
informática e, também entusiasta do
maravilhoso mundo das abelhas. Está a
idealizar um sistema de monitorização.
“O sistema que fiz regista a temperatura e
humidade ambientes dentro do ninho, bem
como o peso da colmeia. Regista também a
temperatura e humidade ambiente (no
exterior), e temperatura do microcontrolador
e carga da bateria”.
“Basicamente o coração do sistema é
contituido pelo microcontrolador arduino,
com um módulo GSM para envio de dados,
um módulo de datalogging com Cartão SD e
RTC (Real Time Clock) e alimentado por
uma bateria. São também usados sensores
de temperatura digitais OneWire, sensores
de humidade e balanças modificadas para
poderem ser lidas pelo microcontrolador”.
“Queria que tivesse o mínimo impacto nos
enxames. Sei que as abelhas são muito
sensíveis
a
electromagnetismo
e
eletricidade. Por isso os dados são
registados de 5 em 5 minutos e guardados
no cartão SD até ao seu envio. Esta
operação demora apenas alguns segundos.
Só durante estes segundos é que passa
alguma corrente pelos sensores e depois
esta é desligada, portanto como se não
houvesse nada eletronico dentro da
colmeia.
. O microcontrolador com o GSM está
afastado pelo menos 1 5 metros das
colmeias, de forma a emissão de dados que
é feita de 30 em 30 minutos também
incomodar ao mínimo as colmeias”.
“Existem muitas possibilidade que a partir
daqui se podem trabalhar, como por
exemplo a geração de alertas por email ou
mesmo sms, ligação de outros sensores,
etc. O que parecia o fim está-se a revelar
poder ser o inicio de outras fases e
evolução. Só o futuro o dirá”.
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Pagina Nº 4
Reportagem
Lagar de Cera de Felgueiras ­ uma viagem ao passado
Reportagem
SETEMBRO 201 3
água e uma interessante cheminé.
A importância dos produtos da colmeia na economia
É notório o valor dado pelo Homem ao longo da História às abelhas.
Na verdade, é o principal meio de polinização das plantas que nos
alimentam, produzem o mel, o pólen, a geleia real, o própolis e a
cera.
A cera de abelha
A cera de abelha é, como referimos, um dos diversos produtos
produzidos na colmeia. Esta tarefa é realizada por abelhas com a
idade compreendida entre os 1 2 e os 1 8 dias e conhecidas por
“abelhas operárias”. São quatro pares de glândulas ceríferas
localizadas na parte ventral do abdómen, cuja finalidade é a
construção de uma estrutura, seja para armazenamento de É, e sempre foi, um lagar comunitário e tem vindo a merecer obras
de conservação e restauro, apoiadas por entidades estatais e
alimento ou, de reprodução da própria colónia.
comunitárias.
A cera de abelha é essencialmente composta de ácidos orgânicos,
hidrocarbonetos, álcoois, minerais, outros componentes orgânicos e Durante uma recente visita a Felgueiras, a casa do casal, nossos
Amigos, D. Alzira e Sr. Alves, fomos brindados com uma já, diga-se
água.
adiada, visita ao Lagar de Cera, tendo como cicerone, seu primo,
A cera de abelha considerada mais pura é a proveniente dos Sr. Acácio Mendes.
opérculos.
Felgueiras
Acácio Mendes
Fabricante de velas da Freguesia de Felgueiras, pessoa muito
culta, interessada e experiente que foi introduzindo, ao longo do
tempo, modificações no lagar de cera com o escopo de
simplificação do manuseamento, eficiência e eficácia no tratamento
da cera.
Com uma vida bem vivida e recheada de experiências. Reconhece
que na juventude foi um pouco “bardino”. Além de ter sido
contrabandista, modo de vida de muitos habitantes de zonas
transfronteiriças, teve duas escolas que o marcaram; a tropa – rádio
telegrafista na Póvoa de Varzim, que lhe proporcionou a prática de
muitas transacções com os produtos que levava da “terra” e, a
emigração em 1 968 para França, onde laborou numa das fábricas
da “Citroen” mas que só chegou a cumprir quinze dias de contrato,
por ter chegado à conclusão que lá “trabalhava-se muito”.
De regresso a Portugal “virou-se” definitivamente para o negócio do
mel e da cera chegando, nesse mesmo ano, a vender vinte e oito
toneladas de mel para as fábricas “A Favorita”, em Lisboa e a
fábrica “Triunfo” em Coimbra. Ainda comprou duas toneladas de mel
Quase se perde no tempo o início de actividade comercial na nas Mós e em Seixas (ambas em Vila Nova de Foz Côa) que
vendeu a uma drogaria em Lisboa. O transporte na altura custava
Freguesia de Felgueiras.
50 centavos por quilograma, em camiões, para Lisboa e, no
Felgueiras, é uma aldeia do concelho de Torre de Moncorvo, no regresso os mesmos camiões vinham novamente carregados de
Nordeste Transmontano situada na parte sul, da Serra do cimento e cal hidráulica, da fábrica Sécil, para comercializar nas
povoações circundantes. A partir daí “a bardinagem acabou”.
Reboredo.
Desde cedo, os seus habitantes promoveram e desenvolveram
artes e ofícios, tais como, ferreiros, ferradores, latoeiros, cereeiros,
moleiros, etc. com um notável sentimento de entreajuda e na "torna
geira" que marca o “modus vivendi” destas gentes ao longo de
gerações, sobressaindo, ainda as eiras comunitárias, os moinhos de
rodízio, construídos ao longo da Ribeira de Santa Marinha, cujas
águas desaguam no Rio Douro, palheiros e, lagar de cera,
relevantes dum expoente máximo do comunitarismo.
Contudo, afirma que, frequenta o lagar de cera, praticamente desde
que nasceu. Já lá laborava o seu pai (nascido em 1 902) bem como,
já lá tinha trabalhado o avô e muitos dos seus familiares. Na sua
fase de adolescente havia na aldeia cerca de 460 fogos habitados
por 1 200 habitantes.
O Lagar de Cera, segundo Acácio Mendes terá cerca de 300 anos
de laboração. Possuía as licenças necessárias e os seus
utilizadores pagavam uma quota-parte às “Finanças”. Começou por
pagar 1 2$00 por ano e foi sócio do Grémio de Moncorvo a quem
Lagar da Cera de Felgueiras
É considerado por muitos um monumento raro da arqueologia pagava 1 $00/ano.
industrial e único deste tipo na Europa.
Trata-se de uma edificação, simples, construída em xisto, pedra Comprava a cera ao quilograma e muitas das vezes não a pagava
nativa da zona, com a forma quadrada, com telhado de uma só em dinheiro porque a trocava por velas,
(Continua pag Nº6)
Pagina Nº 5
SETEMBRO 201 3
(Continuação pag Nº5)
feitas por si e seus familiares, que transportava nos alforges do
“macho” (mulo). Assim procedia mesmo nas grandes quintas,
Quinta de Ventozelo, Quinta do Facho, Quinta da Veiga, Quinta da
Canameira, Quinta do Chão D’Ordem, entre outras, pois as velas
também eram muito procuradas para as capelas e para as próprias
habitações.
O Lagar de Cera (funcionamento)
Uma viga em negrilho com cerca de 1 00 anos, trazida de um outro
lagar já substituiu a original. Esta viga é “movimentada” no sentido
ascendente/descendente por um “fuso” com a ajuda de uma
“concha”. Tudo isto tendo por base uma pedra em granito de
aproximadamente uma tonelada de peso. Todo o conjunto é
movimentado, em rotação do fuso e pedra, com a ajuda de um ferro
e manobrada apenas por uma só pessoa.
Depois de percorrer as aldeias negociando cera e mel que os
transportava através de “machos” (os mulos), carregados com dois
“latos” em cada um
ou, com alforges, directamente
para o lagar de cera. Quando
andava muito distante, entregava
a “mercadoria” num “posto”,
muitas vezes o taberneiro da
zona, onde passasse a “carreira”
(transportadora) que levasse a
mercadoria para Moncorvo ou
Felgueiras.
Touça, Teja, Santo Amaro, Freixo
de Numão, Fonte longa, Chãs,
Santa
Maria,
no
Verão
atravessava o Rio Côa para
Castelo Melhor, Orgal, Almendra,
Vale de Afonsinho, Vilar de
Amargo, Figueira de Castelo
Rodrigo e margem do Rio
Águeda (Douro), Pestana, Vale
de Pereiro, Muxagata, Vale de
Canelas, Alvite, Poço do Canto,
Vale de Porco, Cedovim, Soutelo,
Ervedosa, Pinhão, Quinta do Cachão, Quinta da Soalheira,
Tabuaço, Espinhosa, Trevões, Penedono, Beselga onde eram feitas
as ceiras que trazia para o lagar. Vale Figueira, Vale da Vila,
Vilarouco, Espinho, Casais Novos, Ervedosa, Castanheira, Valongo,
São João da Pesqueira, Nagoselo, Santo Amaro, Mós, Seixas.
Mirandela, Macedo de Cavaleiros, Chaves, Bragança, um infindável
número de povoados e de quintas, que hoje reconhece se andasse
de veículo automóvel face à mais fácil acessibilidade, estaria mais
próximo da concorrência, pelo que, a opção da utilização de
animais, permitiu-lhe ir a locais inacessíveis a qualquer viatura da
época. Em cada alforge conseguia transportar à volta de 1 00 Kgs
de cera ou de mel.
E quando se cruzava com outro cereeiro numa dessas terras?
“Fazíamos o negócio na mesma e dividíamos pelos dois.”
Para além da comunidade cereeira de Felgueiras, havia um
concorrente, mais para sul, Álvaro Amado em Cogula, Trancoso.
Chegado o carregamento da cera era colocada numa caldeira de
ferro, forrada a pedra de granito
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(Continua pag Nº7)
Pagina Nº 6
SETEMBRO 201 3
(Continuação pag Nº6)
E era aquecida através de fogueira, a lenha, na parte inferior.
O Mel e a Saúde
(Continuação do numero anterior)
Nas outras áreas:
A caldeira ficava cheia de água até quase ao rebordo.
2 - O mel e a tosse :
Vários medicamentos , incluindo o mel são usados
para alívio dos sintomas da tosse.
Um estudo comparativo efectuado em crianças dos 2 aos 1 8 anos
com infecções do tracto respiratório superior, comparou o mel e um
anti-tússico específico de acção central (dextrometorfano) com um
grupo de controlo sem tratamento sintomático.
O estudo mostrou que o mel foi tão eficaz como o dextrometorfano,
em reduzir a frequência e a intensidade da tosse, assim como em
melhorar a qualidade do sono nas crianças.
3 - O mel, as diarreias e a rehidratação oral nas gastroenterites:
O mel reduz a duração da diarreia bacteriana e não prolonga a
duração da diarreia não bacteriana.
Pode ser usado com segurança como substituto da glicose na
rehidratação oral, adjuvada por electrólitos (sal), promovendo a
rehidratação e a rapidez de recuperação dos vómitos e da diarreia.
Além disso pelo seu efeito antibacteriano e prebiótico, impede o
desenvolvimento de bactérias patogénicas intestinais, quando
ingerido em concentrações acima dos 40%.
4 - Efeito laxante :
Na obstipação , pelo seu teor em oligossacáridos e provavelmente
pela frutose, em doses de 1 00 g /dia, o mel tem um efeito laxa
Depois da água entrar em ebulição, era adicionada a cera para
5 - Protector gástrico :
“cozer”. Após ser bem cozida era colocada num “esparto”,
Em úlceras induzidas em ratos com ácido salicílico, o mel revelou
eficácia idêntica à cimetidina na cicatrização dessas úlcerasEm
outros ensaios obtiveram-se resultados idênticos com quantidades
de mel de 2,5 g/kg de peso corporal, tanto com méis monoflorais
como multiflorais, por um mecanismo que envolve, a nível do
estômago, a libertação de substâncias protectora (pepsinogéneo)
Quando associado ao sucralfato, há potenciação do efeito protector
deste , clinicamente relevante para o tratamento da úlcera péptica
em doentes com Helicobacter pylori positivos, uma vez que este é
sensível a concentrações osmóticas de carbohidratos.
em forma de ceira feita na freguesia de Beselga (Penedono).
De seguida era colocada na “broca”
6 - Na diabetes :
O mel tem um efeito hipoglicemiante e melhora a dislipidémia da
diabetes , pela sua riqueza em oligossacáridos e pelo seu efeito a
nível do intestino.
Em estudos em animais, no controlo da diabetes tipo II com
metformina e glibenclamida, a adição de mel à dieta, conseguiu
melhorar os resultados no controlo da glicose e da frutosamina, que
atingiram níveis mais baixos que com os antidiabéticos orais
isolados.
O mel parece melhorar o controlo glicémico e o perfil metabólico.
No entanto, embora haja melhoria do perfil lipídico em diabéticos do
tipo II, com descidas do colesterol total, LDL, e triglicéridos e subida
dos HDL, os níveis de hemoglobina glicada aumentam
significativamente, pelo que o seu consumo não é recomendado a
diabéticos.
7 – Nas dislipidémias :
Nos indivíduos com dislipidémia a ingestão regular de mel reduz o
colesterol total (8%), os LDL (1 0%) e triglicéridos e eleva
A cera escorria pelos orifícios. Porém, entre esses orifícios e o ligeiramente os HDL.
“esparto” colocava-se uma fiada de paus redondos, e, por cima
destes, uma corda de sisal e só depois era colocado o “esparto”.
8 – No rim e na hipertensão :
A finalidade dos paus e da corda era de facilitar a ulterior retirada O mel reduz a actividade do glutatião transferase e da catalase ,
do "esparto".
Octávio Rodrigues e Ana Carvalho reduzindo a pressão arterial sistólica pela melhoria do stress
oxidativo a nível do rim , na hipertensão essencial.
(Continua na proxima edição)
Pagina Nº7
SETEMBRO 201 3
(Continuação pag Nº7)
9 – Nas doenças cardíacas :
O mel é rico em compostos fenólicos, cada vez mais populares
como anti-oxidantes naturais – quercetina, ácido cafeico, canferol,
galangina e outros que têm sido promissores no tratamento de
doenças cardiovasculares
Diversoa estudos epidemiológicos demonstram que o consumo
regular de compostos fenólicos reduz o risco de doenças
cardiovasculares.
Na doença coronária, os efeitos protectores dos compostos
fenólicos são essencialmente antitrombóticos, anti-isquémicos, antioxidantes e vasodilatadores.
Os flavonoides parecem diminuir o risco de doença coronária por
três mecanismos diferentes:
- melhorando a vasodilatação coronária
- diminuindo a agregação plaquetária
- evitando a oxidação das LDL
Vários estudos mostram que uma dieta continuada rica em
quercetina, baixa a pressão arterial e reduz a disrupção endotelial
em modelos animais hipertensos.
Outro flavonoide, a acacetina, parece ter um efeito altamente
selectivo na fibrilhação auricular, ao prolongar o período refractário
efectivo da aurícula, sendo promissor neste campo.
O ácido cafeico, composto existente no mel e no própolis, reduz a
frequência cardíaca e a pressão arterial.
O canferol tem um efeito benéfico na reperfusão do miocárdio após
isquémia independentemente da sua acção anti-oxidante.
que deverá estabelecer com ele. Nesta área, mais do que em
outras, conhecer a origem do produto, é fundamental como garantia
da qualidade do mesmo.
Para uso médico profissional, põe-se o problema da certificação e
homologação, tanto do processamento como da sua actividade
biológica.
Estes processos de homologação são sempre extremamente
burocratizados e morosos, assim como economicamente pesados,
o que poderá explicar a diminuta existência de marcas comerciais
de preparados de mel, homologados para tratamentos médicos, no
nosso país.
Dr. António Hermenegildo
MEL NA CULINARIA
RECEITA DE BARRA DE CEREJA COM MEL
1 /2
1 /2
3
1
6
INGREDIENTES:
Chávena de mel
Chávena de cerejas secas
Colheres de sopa de flocos de
coco adoçado.
Chávena de amêndoas cruas
inteiras.
Dátiles (sem caroço)
MODO
1 0 – Na radiação / radioterapia :
Em estudos humanos controlados, o mel mostrou ser eficaz na
PREPARAÇÃO
protecção dos efeitos da radiação usada em tratamentos da região
oro-facial, melhorando a dor e qualidade de vida dos pacientes
submetidos a estes tratamentos com uma redução em cerca de
Num liquidificador de alta potencia, misturar o mel, cerejas o coco,
80% das lesões da mucosa.
amêndoas e dátiles. Misturar em alta velocidade e mexer quando
necessário. Pulverizar um prato com antiaderente spay de cozinha.
11 – O mel faz mal aos dentes ?
O Estreptococo mutans é o principal responsável pela cárie Coloque a sua mistura na assadeira e achate as barras com um
pedaço de plástico por cima para evitar que grudem. Leve à
dentária, sendo inibido especificamente pelo mel.
A contagem salivar do número destas bactérias, baixa após uma geladeira por duas horas. Corte em barras e bom apetite.
hora da administração de mel.
Maria Antónia Clara
Assim a ingestão de mel, reduz o número de bactérias causadoras
Apicultora em Vendas Novas, Distrito de Évora
de cárie dentária, ao contrário do que acontece com o açúcar
e-mail: [email protected]
refinado ou com outros doces.
facebook: amigos da " loja do Chafariz
1 2 – Futuro :
Estudos” in vitro” mostram que alguns compostos do mel –
flavonoides , essencialmente a crisina, têm um efeito modulador
celular , inibindo células cancerígenas.
Os estudos mostram um efeito global hepatoprotector e
quimiopreventivo, na mediação da apoptose durante a hepatocarcinogénese precoce.
Estudos similares efectuados em células renais mostram que o mel
pode provocar morte celular em células do carcinoma do rim.
1 3 – Precauções :
O mel é um produto natural, recolhido pelas abelhas nas plantas.
Algumas plantas são tóxicas, podendo os seus alcalóides estar
presentes no mel e, embora raros , os casos de intoxicação podem
existir. Algumas espécies vegetais, como os rododendros são
extremamente tóxicas.
É por isso de toda a conveniência conhecer bem a origem floral do
mel a utilizar e ter em atenção a existência de contaminantes
ambientais.
Neste campo, é de todo o interesse do consumidor conhecer o produtor. A melhor garantia de qualidade que o consumidor pode ter, é
o conhecimento pessoal do apicultor e uma relação de proximidade
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colaboração.
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Especial: XIV Fórum Nacional de Apicultura
SETEMBRO 201 3
Especial Nº1
Especial: XIV Fórum Nacional de Apicultura
SETEMBRO 201 3
A Melgarbe-Associação de Apicultores do Sotavento Algarvio, em colaboração com a Federação
Nacional de Apicultores de Portugal, Direção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve e
Câmara Municipal de Tavira na organização do XIV Fórum Nacional de Apicultura e da XII Feira
Nacional do Mel, promoverá os seguintes eventos:
Especial Nº2
Especial: XIV Fórum Nacional de Apicultura
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Especial Nº3

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