investigação da atividade antimutagênica do fitoterápico garcínia
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investigação da atividade antimutagênica do fitoterápico garcínia
INVESTIGAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMUTAGÊNICA DO FITOTERÁPICO GARCÍNIA ( Garcinia cambogia), CONTROLADOR DA OBESIDADE, EM RATOS WISTAR. Lúcia Jacovozzi Rosada1; Suzi Mara Polido; Rosinete Gonçalves Mariucci;Veronica Elisa Pimenta Vicentini. RESUMO O número de indivíduos com sobrepeso e obesidade está aumentando, a ponto de superar o número de mortes por doenças infecto-contagiosas, atingindo todas as camadas sociais, tornando-se um problema de saúde pública. A obesidade, que hoje atinge milhares de pessoas em todo mundo, é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, decorrente de vários fatores como queda do metabolismo, fatores genéticos, hormonais e até ambientais. Independente dessas diversas causas é necessário entender-se que a obesidade é um desequilíbrio entre o que se ingere e o que se gasta de energia. Uma forma alternativa de tratamento para esta doença é a utilização do extrato da Garcínia (Garcinia cambogia), que é uma planta originária do sul da Ásia e pertence a família Clusiaceae. Sua ação é devido ao ácido hidroxicítrico, que é um inibidor da enzima citrato liase, causando um aumento do armazenamento de glicose no fígado. Com isso, aparece a sensação de saciedade diminuindo a vontade de comer doces. O genoma de todos os organismos é determinado por uma ordem específica de nucleotídeos na molécula de DNA. Este, não é uma molécula estática, freqüentemente suas bases estão expostas a agentes naturais ou artificiais que provocam modificações na sua estrutura ou composição química. O termo mutação refere-se a qualquer modificação súbita e hereditária no conjunto gênico de um organismo que não é explicável pela recombinação da variabilidade genética preexistente, ou seja, uma mutação consiste em toda alteração do material genético que não resulta dos processos de segregação ou recombinação, capaz de influenciar ou não a atividade normal da unidade genética onde ocorreu. As mutações podem ocorrer em qualquer célula e em qualquer estágio do ciclo celular. No entanto, somente aquelas que ocorrem em células germinativas é que serão transmitidas à descendência. Quando não é letal para a própria célula, a mutação pode propagar-se pelo corpo em crescimento (mutação somática). A ocorrência de mutação pode ser aumentada pelo tratamento com determinados compostos denominados mutagênicos e as modificações que eles causam, são as mutações induzidas. Muitos mutagênicos atuam diretamente no DNA devido a sua capacidade de atuar em uma determinada base ou de se incorporar à cadeia polinucleotídica como uma base. A existência de mutágenos implica na existência de antimutágenos. Os inibidores que reduzem a freqüência de mutações espontâneas ou induzidas, indiferentemente dos processos envolvidos, são chamados de antimutágenos. Os antimutágenos podem ser classificados como desmutágenos e bio-antimutágenos. Os desmutagenicos são aqueles agentes que inativam os mutágenos por interação direta ou indireta com estas substâncias, ou podem ser absorvidos por constituintes de alto peso molecular, como as fibras. Substâncias bio-antimutagênicas são ativas em nível celular por interferirem em processos endógenos, que aumentam a eficiência dos mecanismos de reparo. O tratamento com os agentes mutagênicos (que induzem as mutações), e com os antimutagênicos (que podem inibir o aparecimento de lesões no DNA) pode ocorrer simultaneamente ou em momentos diferentes, por meio de pré/ ou pós-tratamentos, em qualquer sistema-teste. Quando um agente antimutagênico é usado em um pré-tratamento ou tratamento simultâneo, pode atuar como um agente desmutagênico. Já, um agente antimutagênico atuando no pós-tratamento, funciona como Mestranda em Genética e Melhoramento. Universidade Estadual de Maringá, (44) 32614687, e-mail: [email protected]. um agente bio-antimutagênico, que está associado ao mecanismo de reparo das mutações. Assim, torna-se necessário salientar a importância da descoberta de substâncias com atividade antimutagênica e anticarcinogênica, uma vez que estas poderão servir como preventivas em se tratando de mutações. No presente trabalho, temos o objetivo de investigar a atividade antimutagênica da Garcínia, em relação ao clastogênico Ciclofosfamida (1,5mg CLO/1mL água/100g p.c., via i.p. por 24h). Foram utilizados neste experimento como sistema-teste a medula óssea de ratos Wistar (Rattus norvegicus), tratados com o fitoterápico Garcínia (1,5mg GV/1mL água/100g p.c.), por tratamento agudo (24h) via gavagem e mais três tipos de tratamentos: GAR + CLO (Tratamento Simultâneo), GAR (Pré-Tratamento-2h) + CLO e CLO + GAR (Pós-Tratamento-2h), com sacrifício após 24 ou 26h. Foi feito um controle negativo com água (1mL água/100g p.c.), por 24h, via gavagem. Foram utilizados seis ratos, sendo três machos e três fêmeas para cada grupo controle e tratamento, onde foram analisadas 100 metáfases de cada rato para a verificação de alterações cromossômicas, totalizando 600 metáfases por grupo. O índice mitótico foi calculado analisando 5.000 células por sexo, totalizando 10.000 células por grupo controle e tratamento. De acordo com os resultados obtidos, a Garcínia apresentou um efeito desmutagênico protegendo as células contra os danos da ciclofosfamida nos tratamentos Pré- e Simultâneo pois, diminuiu drasticamente o número de alterações cromossômicas, quando comparado com o resultado do tratamento feito somente com a ciclofosfamida. Não podemos deixar de considerar um leve efeito bio-antimutagênico no Pós-tratamento. Não podemos, no entanto, extrapolar uma conclusão obtida com exposição com animais de laboratório, para situações de exposição humana, já que uma determinada substância pode apresentar resultados diferentes em diferentes sistemas-teste, pois fatores como composição étnica, dieta, estado nutricional, tensões e infecções podem ser relevantes na resposta do organismo. Na extrapolação de um sistema-teste para outro é importante ter-se em mente as limitações de cada um dos sistemas. Cuidados estes que sempre consideramos ao trabalhar com um sistema animal tratado “in vivo”. Palavras-chave: Garcínia; Antimutagenicidade; Planta Medicinal.
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