avaliação da aprendizagem em ambientes de educação a distância

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avaliação da aprendizagem em ambientes de educação a distância
CENTRO UNIVERSITÁRIO FEEVALE
FACULDADE DE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO
AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM EM AMBIENTES DE
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
por
Henrique Immig
Monografia apresentada à Faculdade de Ciência da
Computação do Centro Universitário FEEVALE, para
obtenção do título de Bacharel em Ciência da Computação.
Orientador: Professor Luís Fernando Garcia
Novo Hamburgo, Junho de 2002
DEDICATÓRIA
Aos meus pais, José e Lúcia, principalmente a minha mãe que tanto me
apoiou durante esta caminhada.
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar gostaria de agradecer a Deus. Novamente agradecer aos
meus
pais,
por
estarem
ao
meu
lado
sempre
quando
precisei,
e
principalmente nos momentos mais difíceis me apoiarem e me incentivarem.
Também agradeço a meu irmão e minha cunhada pelo incentivo e ajuda que
tive.
Com muito carinho agradeço a minha namorada Alessandra que nesta fase
final
me
incentivou
muito
e
principalmente
foi
muito
compreensiva
quando
não podia dar a devida atenção a ela. É nas dificuldades que conhecemos
e
reconhecemos
as
pessoas,
meu
muito
obrigado
Ale,
te
adoro!
Agradeço ainda a todos aqueles, amigos, colegas de trabalho ou de aula
que durante este período estiveram ao meu lado me incentivendo de alguma
maneira.
E finalmente agradeço ao Prof.MSc Luis Fernando Fortes Garcia, pela
ajuda e incentivo no desenrolar deste trabalho, muito obrigado.
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS ..............................................................................................................6
LISTA DE TABELAS ..............................................................................................................7
RESUMO ..................................................................................................................................8
ABSTRACT...............................................................................................................................9
1
INTRODUÇÃO...........................................................................................................10
2
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA.....................................................................................13
2.1 EVOLUÇÃO DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA ........................................................................ 15
3
AVALIAÇÃO DO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM............................17
3.1 EVOLUÇÃO DA AVALIAÇÃO ............................................................................................ 19
3.2 CONCEITOS DE AVALIAÇÃO ........................................................................................... 21
3.3 FUNÇÕES , M ODALIDADES , PROPÓSITOS E OBJETIVOS DA AVALIAÇÃO ....................... 23
3.4 TAXIONOMIA .................................................................................................................. 25
3.5 TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO .................................................................. 27
3.5.1 Testagem.............................................................................................................. 30
3.5.2 Questões dissertativas ........................................................................................ 32
3.5.3 A técnica da observação e a sociométrica.......................................................... 33
3.5.4 Auto-Avaliação..................................................................................................... 34
3.5.5 Características de um instrumento de medida ................................................... 37
4
AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA....................................................40
4.1 CARACTERÍSTICAS DA AVALIAÇÃO ................................................................................ 40
4.2 CONFIABILIDADE DA AVALIAÇÃO ................................................................................... 43
5
FERRAMENTAS DE AVALIAÇÃO EXISTENTES .............................................45
5.1 CYBERQ......................................................................................................................... 45
5.2 CARNEGIE M ELLON UNIVERSITY.................................................................................... 48
5.3 WEBCT.......................................................................................................................... 51
5.4 TOPCLASS ..................................................................................................................... 54
5.5 CLASSNET ..................................................................................................................... 56
5.6 AULANET ....................................................................................................................... 58
6
WIDELEARNER........................................................................................................61
6.1 O MODELO DE COMPONENTES NO WIDELEARNER E SUA IMPLEMENTAÇÃO ..................... 62
7
MODELO DE AVALIAÇÃO PROPOSTO ............................................................67
7.1 FERRAMENTAS PARA DESENVOLVIMENTO DO MÓDULO DE AVALIAÇÃO ......................... 68
7.2 PROTOTIPAÇÃO ............................................................................................................. 69
7.3 ESTRUTURA DO MÓDULO DE AVALIAÇÃO ....................................................................... 70
7.3.1 Composição dos elementos ................................................................................. 72
7.4 IMPLEMENTAÇÃO DO PROTÓTIPO .................................................................................. 93
8
TRABALHOS FUTUROS.........................................................................................95
9
CONCLUSÃO.............................................................................................................96
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...............................................................................97
ANEXO 1 – MODELO DE DADOS ENTIDADE-RELACIONAMENTO ................ 100
ANEXO 2 – DICIONÁRIO DE DADOS ......................................................................... 101
ANEXO 3 - CÓDIGO FONTE ......................................................................................... 102
6
LISTA DE FIGURAS
Figura 7.1 – Tela dos cursos cadastrados.......................................................................................................... 71
Figura 7.2 – Tela dos cursos autorizados para o aluno .................................................................................. 72
Figura 7.3 – Tela dos tipos de avaliações existentes ....................................................................................... 73
Figura 7.4 – Tela das provas dissertativas cadastradas ................................................................................. 73
Figura 7.5 – Tela de manutenção da prova dissertativa ................................................................................. 74
Figura 7.6 – Tela de manutenção das questões da prova dissertativa ......................................................... 75
Figura 7.7 – Tela das provas objetivas cadastradas........................................................................................ 76
Figura 7.8 – Tela de manutenção da prova objetiva........................................................................................ 76
Figura 7.9 – Tela de manutenção das questões da prova objetiva................................................................ 77
Figura 7.10 – Tela das auto-avaliações cadastradas...................................................................................... 78
Figura 7.11 – Tela de manutenção das auto-avaliações................................................................................. 79
Figura 7.12 – Tela de manutenção das questões da auto-avaliação............................................................ 79
Figura 7.13 – Tela das questões dissertativas aplicadas em uma prova...................................................... 81
Figura 7.14 – Tela das respostas dos alunos de uma questão dissertativa ................................................. 81
Figura 7.15 – Tela das avaliações válidas......................................................................................................... 82
Figura 7.16 – Tela da prova dissertativa ........................................................................................................... 83
Figura 7.17 – Tela da prova objetiva.................................................................................................................. 83
Figura 7.18 – Tela da auto-avaliação ................................................................................................................ 84
Figura 7.19 – Tela das opções de configuração das avaliações ................................................................... 85
Figura 7.20 – Tela dos níveis de avaliações cadastrados............................................................................... 86
Figura 7.21 – Tela de manutenção dos níveis de avaliações ......................................................................... 86
Figura 7.22 – Tela dos agrupamentos de níveis de avaliações cadastrados .............................................. 87
Figura 7.23 – Tela de manutenção dos agrupamentos de níveis de avaliações ......................................... 88
Figura 7.24 – Representação gráfica do modelo de avaliação definido ..................................................... 91
Figura 7.25 – Representação gráfica do modelo de avaliação definido ..................................................... 93
7
LISTA DE TABELAS
Tabela 2.1 – Classificação em função do tipo de comunicação predominante entre professores e alunos
[PIM 01]:................................................................................................................................................................... 14
Tabela 3.1 – Técnicas e instrumentos de avaliação segundo Suzana Cols e Maria Martí citado em [HAY
00] p.56:.................................................................................................................................................................... 27
Tabela 3.2 - Técnicas e instrumentos de avaliação segundo Oyara Petersen Esteves citado em [HAY 00]
p.57:............................................................................................................................................................................ 28
Tabela 3.3 – Técnicas e instrumentos de avaliação segundo Zélia Mediano citado em [HAY 00] p.58:29
Tabela 3.4 – Vantagens e desvantagens das técnicas de avaliação ............................................................. 36
Tabela 5.1 - Comparação dos sistemas de avaliação....................................................................................... 60
Tabela 7.1 – Exemplo de notas obtidas através dos instrumentos de avaliações....................................... 90
8
RESUMO
Este trabalho faz considerações sobre a educação a distância falando sobre sua
evolução e alguns conceitos.
A avaliação do processo ensino-aprendizagem é um processo complexo e
dependente dos seus componentes e instrumentos utilizados para se chegar a uma avaliação.
O professor e seus alunos são elementos que estão em lados diferentes do processo de
aprendizagem porém sempre trabalhando juntos para se chegar ao melhor resultado. E é com
o objetivo de se alcançar o melhor resultado de aprendizagem é que se tem a avaliação.
A avaliação na educação a distância deve atender a algumas características, e
principalmente, ser planejada em função de seus objetivos. Dessa forma espera-se alcançar
uma avaliação de qualidade, dando feedback aos alunos e ao professor.
Com a comparação de sistemas de avaliação utilizados em ambientes de
educação a distância, serão definidos critérios de avaliação bem como uma estrutura capaz
de organizar e representar os resultados obtidos através destes critérios de avaliação.
Os critérios definidos para avaliação são provas dissertativas, provas objetivas e
auto-avaliação. Uma característica importante do modelo de avaliação é que ele tem uma
grande capacidade de se adequar ou adaptar a diferentes modelos de avaliações existentes.
Os critérios de avaliações podem ser utilizados conforme o professor achar necessário e
quantas vezes for preciso, já que a estrutura que comporta os resultados da avaliação é
dinâmica e comporta o uso indiscriminado destes critérios, desde que bem configurados.
9
ABSTRACT
This work makes considerations about the distance education, showing its
evolution and some concepts.
The assessment of the teaching-apprenticeship process is a complex process and
dependent of the its components and instruments utilized to reach an evaluation. The teacher
and his students are elements that are in different sides of the teaching-apprenticeship
process, but always working together to reach the best result. And the assessment is made
with the objective to take the best result of apprenticeship.
The assessment in the distance education must answer some features, and
mainly, be projected in function of its objectives. In this way, we expected to reach one
qualified assessment, giving feedback for the students and teachers.
With the system assessment comparisons utilized in
distance education
environment , will be defined assessment criteria, like a structure able to organize and to
represent results gave through these criterions of assessment.
The defined criteria for assessment are dissertation experiment, objectives
experiment and self-assessment. One important feature of the assessment model is that it has a
big capacity of
adapting in different assessment models in existence. The criteria of the
assessments can be utilized according the teacher misses and how many times it is necessary,
once the structure that comport the results of the assessment are dynamic and comport the use
these criteria , once it is well setup.
10
1
INTRODUÇÃO
A avaliação dos alunos visando verificar a aprendizagem sempre foi um dos
principais desafios do professor. Para verificar o nível de aprendizagem dos alunos em aulas
presenciais, além dos mecanismos formais, como testes, trabalhos e exercícios, os professores
utilizam também alguns mecanismos complementares, como a observação da expressão facial
do aluno, a participação em aula e perguntas dirigidas aos alunos. Desta forma, o professor
poderá fazer ajustes aos seus procedimentos de ensino, por exemplo, diminuindo ou
aumentando o ritmo da aula, fazendo revisões e passando material complementar [HAC 99]
[HAY 00].
Na educação a distância, os procedimentos formais são mais utilizados que os
procedimentos complementares, os quais na maioria das vezes nem são utilizados. Uma
avaliação poderia se tornar mais completa e abrangente se os professores fizessem uso de
procedimentos complementares além dos procedimentos formais. Um dos fatores para que os
procedimentos complementares não estejam sendo utilizados em ambientes de educação a
distância é o fato de que os professores não estão plenamente munidos de ferramentas que
possam ajudá-los nesta tarefa, a avaliação do processo ensino-aprendizagem. Outro fator
importante a ser destacado, é o fato de que os professores acabam se acomodando ao utilizar
procedimentos formais e acreditando que estes, para a avaliação, são suficientes e desta
forma não havendo necessidade de buscar complementos para julgar se o aluno obteve um
resultado esperado ou não [DIR 98].
11
Com o advento da internet e principalmente com a grande influência atual que ela
representa no meio sócio-econômico e no meio educacional, cresce a variedade de sistemas e
ferramentas voltadas para os ambientes de educação a distância. Pois o ambiente de
educação a distância não é apenas utilizado nas escolas de nível básico, médio e superior, é
também utilizado em cursos oferecido por empresas particulares especializadas em
treinamento. Com essa crescente demanda no meio educacional a distância, foram
desenvolvidos ferramentas que devem incentivar os professores a usarem também os
procedimentos informais na hora de se avaliar os alunos, sem que traga um aumento
considerável nas suas atividades docentes, e principalmente dar um embasamento maior ao
professor para ter o acompanhamento dos alunos e tomar as devidas atitudes para avaliar o
aluno ou ainda rever seus procedimentos ou forma de ensino adotados [HAC 00].
A cada dia que passa a educação a distância ganha força pelos seus pontos
positivos e vantagens sobre o ensino tradicional. Porém a avaliação do processo ensinoaprendizagem hoje é o grande entrave para que a educação a distância deslanche como
método de educação [RIT 00]. Dessa forma a avaliação do processo ensino-aprendizagem
tem um papel fundamental neste meio. É um fator considerado crítico na questão de
credibilidade para o sucesso dos ambientes de educação a distância.
E assim como a educação a distância se fortalece pelos seus formatos no ensino
inovador é importante que a avaliação do processo ensino-aprendizagem também ofereça
algo que seja inovador, mesmo que seja apenas considerado como uma avaliação do
processo ensino-aprendizagem complementar, aquela que se utiliza de procedimentos
complementares.
Com isso o presente trabalho tem como objetivo qualificar, definir, modelar e
implementar critérios de avaliação em ambientes de educação a distância bem como uma
estrutura capaz de organizar e representar os resultados obtidos através destes critérios de
avaliação.
Visando atender a este objetivo, este trabalho se apresenta da seguinte forma:
12
?? O capítulo 2 abordará a educação a distância. Será apresentando a
importância do seu uso, suas vantagens e desvantagens, conceitos e
definições , considerações, um histórico da evolução e ainda previsões da
educação a distância;
?? O capítulo 3 abordará a avaliação do processo ensino-aprendizagem. Neste
capítulo serão apresentados algumas considerações, a evolução , conceitos,
funções, modalidades, propósitos e objetivos da avaliação. Também será
apresentado o esquema classificatório de objetivos educacionais definido
como taxionomia. Em seguida será mostrado técnicas e instrumentos de
avaliação existentes e suas características bem como suas vantagens e
desvantagens.
?? O capítulo 4 abordará algumas considerações, planejamento e características
da avaliação do processo ensino-aprendizagem voltado para a educação a
distância.
?? O capítulo 5 abordará ferramentas utilizadas para a avaliação do processo
ensino-aprendizagem em ambientes de educação a distância conceituados
utilizando as mais diversas metodologias para avaliação.
?? O capítulo 6 abordará o ambiente de educação a distância Widelearner. Será
apresentado o seu projeto, implementação e ferramentas utilizadas para o
desenvolvimento. Dentro disso são apresentados os componentes definidos,
as características do ambiente, os usuários, as permissões e as ferramentas
disponíveis para uso no ambiente.
?? O capítulo 7 abordará os instrumentos de avaliação definidos e prototipados
bem como a sua implementação.
Complementando o trabalho, será apresentado o capítulo 8 como conclusão,
capítulo 9 como os trabalhos futuros e em seguida os anexos do trabalho, que
contém a modelagem de dados e o código fonte do sistema.
13
2
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
A educação a distância evolui constantemente devido a influência de seus meios,
suas características e suas necessidades. O desenvolvimento da educação a distância tem sua
construção fundamentalmente identificada nas características pertinentes a cada modalidade
de ensino ou treinamento a que se pretende utilizá-lo, ou seja, o desenvolvimento da educação
a distância tem como característica a maneira com que é utilizado o espaço, com o fim de
gerar, promover e implementar situações e condições de aprendizagem.
O método de educação a distância difere na essência do método tradicional de
educação, no que diz respeito a relação docente-discente. O papel de ensinar do professor e
de aprender do aluno mudam diante da situação que eles se encontram perante um ambiente
de educação a distância. Que é de compartilhar o meio educacional em tempos e espaços
diferentes , bem diferente do método tradicional de ensino, onde os professores e alunos
compartilham ao mesmo tempo o “mesmo” espaço reservado a eles [LIT 00].
É importante antes de mais nada que seja frisado a diferença que há entre os
termos Educação a distância
e Ensino a distância , freqüentemente empregados como
sinônimos. Pois as diferenças entre um e outro são consideráveis. O termo ensino é menos
abrangente está inciso no conceito educacional. O ensino vem de encontro com as atividades
que são exercidas para que o aluno assimile e adquira o conhecimento. A educação é mais
abrangente tem haver com o exercício educativo, onde os elementos da educação , alunos ,
professores e ambientes utilizados estão correlacionados fazendo parte do processo ensino-
14
aprendizagem. É o processo onde faz com que o indivíduo evolua pessoalmente, socialmente
e estruturalmente [EDU 01].
Na tabela abaixo foram classificados modelos de educação a distância onde é
mostrada a função dos alunos e professores na comunicação em um ambiente educacional.
Tabela 2.1 – Classificação em função do tipo de comunicação predominante entre professores e alunos
[PIM 01]:
1.Difusão: Professor estabelece comunicação com aluno mas não
existe a comunicação do aluno para o professor (não existe interação). Ex:
Cursos televisionados, livros, tutoriais em rede, etc.
2.Tutoração: Ocorre a interação, contudo, a comunicação é predominantemente
no sentido do professor para o aluno. A comunicação no sentido inverso, do aluno para o
professor, é ocasional e exporádica. Ex: Explicação de um conteúdo (a ênfase é dado na
comunicação do professor para o aluno, embora possam existir algumas poucas
interrupções para o aluno esclarecer alguma dúvida); cursos via Internet onde a ênfase é a
leitura de material didático, embora o aluno possa enviar algumas poucas mensagens por
correio-eletrônico.
3.Moderação: A comunicação entre professor e aluno é
equilibrada. Não existe (ou existe pouca) predominação de ambas as partes. Ex:
Algumas aulas particulares, diálogos, etc.
4.Orientação: A comunicação é predominantemente do aluno para
o professor. Ex: Orientação de testes e trabalhos científicos; casos onde o
professor precisa compreender o aluno (que comunica-se mais) para só então
poder orientar ou tirar uma dúvida específica (professor comunica-se menos).
5.Participação (ou Colaboração): A interação entre professor e
aluno pode seguir qualquer modelo acima - a diferença consiste na existência de
interação propositada e incentivada entre os alunos. Esta interação não é vista
como “algo ruim” ou ineficiente, embora a participação de todos não seja
obrigatória, não exista comprometimento. Ex: Debates.
6.Cooperação: Cada participante compartilha informações
aprendidas, trocam idéias e alinham esforços para estudar algo em comum. A
interação é equilibrada e contínua, existe comprometimento, não existe a clara
distinção entre “professor” e “aluno”. Ex: Grupo de estudo.
7.Auto-instrução: O próprio indivíduo é responsável pela sua
instrução. A ênfase está no controle autônomo de seu estudo – objetivos,
planejamento e outras estratégias são estabelecidas pelo próprio aprendiz. Ex: O
desenvolvimento de uma pesquisa, o trabalho de um cientista, o estudo através de
materiais encontrados e selecionados a partir de uma busca na Web etc.
15
2.1 EVOLUÇÃO DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
O início da Educação a distância data do século XIX, onde instituições
particulares nos Estados Unidos e na Europa faziam cursos por correspondências. Contudo,
este formato estava muito limitado ao ensinar, devido a pobreza acadêmica que os materiais
impressos tinham. Além do mais a maioria das pessoas que participavam destes cursos eram
aquelas que buscavam uma outra chance no ensino, por já terem tido problemas anteriores na
educação. Isso tudo gerou uma conseqüência negativa quando se falava em novas propostas
para a educação a distância [LIT 00].
Somente em meados dos anos 60 que a educação a distância conseguiu
deslanchar como método educacional. Isto aconteceu quando fora criado universidades para
concorrer com o ensino presencial. As universidades que se destacaram nesta época foram a
Universidade de Wisconsin dos Estados Unidos, a Universidade Open university da
Alemanha e a UNED da Espanha, que teve grande participação de alunos latinos-americanos
em seus cursos de pós graduação [LIT 00]. Estas duas últimas universidades ainda hoje
exercem forte influência nos rumos da educação a distância , principalmente a UNED que tem
como um dos seus principais colaboradores um dos maiores nomes da educação a distância
mundial, Lorenzo Garcia Aretio [EDU 01].
No Brasil, a educação a distância também data do século XIX, baseada
principalmente por correspondências. Devido à pouca importância e a forma com que ela era
distribuída, pelos correios, a educação a distância recebeu muito pouco incentivo, dessa
forma demorando a tomar o seu passo para ser desenvolvida como em outros países
desenvolvidos. Hoje em dia a situação da educação a distância já melhorou muito. Porém este
fato é devido fundamentalmente as tecnologias existentes que facilitam o desenvolvimento dela
com resultados mais eficientes atendendo um público bem maior, mais rápido e também na
disponibilidade do interessado [ALV 94]. Mas mesmo assim a educação a distância ainda
sofre uma certa resistência política quanto a sua utilização como método educacional. Os
fatores que contribuem para esta resistência são a a falta de cuidado e critérios no
credenciamento das instituições interessadas e a facilidade com que poderia ser conseguido
um diploma ou certificado, fazendo assim com que a educação a distância perca seu crédito
16
diante da sociedade. Mas não são estes obstáculos que devem parar o processo de
desenvolvimento da educação a distância no Brasil [NIS 99].
A educação a distância pode atuar nos seguintes campos da educação [SIN 01]:
?? Na democratização do saber: é fortemente apoiada na educação formal,
sendo que esta deve ter a condição mínima de oferecer a devida estrutura de
acesso à cultura e informação a milhões de pessoas;
?? Formação e capacitação profissional: campo importante da educação a
distância , pois é local onde habilitam profissionais de diversas áreas. Dessa
forma projetos voltadas a áreas importantes recebem incentivo e apoio da
sociedade pela sua importância;
?? Formação e capacitação profissional: campo importante da educação a
distância , pois é local onde habilitam profissionais de diversas áreas. Dessa
forma projetos voltadas a áreas importantes recebem incentivo e apoio da
sociedade pela sua importância;
?? Capacitação e atualização de professores: é outro campo que merece
destaque devido estar voltado aos professores já que são eles os
responsáveis pelo ensino e formação de nossos cidadãos. Além de capacitar
os professores é necessário que se façam programas para a promoção dos
professores junto daqueles órgãos que fazem parte do contexto educacional;
?? Educação aberta e continuada: faz com que a educação seja expandida a
todos os horizontes. Tem um alcance geográfico e social gigantesco. Com
isso uma boa formação cultural é alcançada por aquelas pessoas menos
possibilitadas de freqüentarem as instituições formais de ensino;
?? Educação para a cidadania: fazer com que obrigações cívicas por lei sejam
levadas até a educação a distância dando a oportunidade aos cidadãos
tomarem participação e conscientização do processo;
17
3
AVALIAÇÃO DO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
As experiências confirmam que, quando o aluno recebe imediata informação
sobre os resultados da avaliação, existe uma tendência a melhorar a aprendizagem. Em uma
experiência realizada com 59 alunos, que foram divididos em três grupos. A todos eles foram
dadas as mesmas atividades para aprendizagem de uma habilidade motora. O primeiro grupo
- chamado grupo de controle - não recebeu nenhuma informação acerca do progresso
alcançado depois de cada prática. O segundo recebeu apenas algumas informações sobre seu
rendimento. O terceiro teve conhecimento completo de seus erros e acertos. O resultado foi
que o terceiro grupo apresentou uma aprendizagem mais eficiente, isto é, um rendimento
maior, em menor tempo [ALB 95].
?? Do ponto de vista docente:
?? Permite ao professor verificar e julgar se o rendimento dos alunos foi
satisfatório atendendo os objetivos propostos, que é o nível de
conhecimento e habilidades a ser adquirido;
?? Permite avaliar os resultados do ensino. Cabendo ao professor avaliar se
os métodos e formatos de apresentação do material foram empregados
de forma correta e de fácil entendimento [HAY 00];
?? Do ponto de vista discente:
18
?? O aluno também enxerga a avaliação como uma chance de aprender
usando a avaliação como orientação se ele está indo bem ou mal na
construção de seu conhecimento, e principalmente aonde ele está
falhando, dando a oportunidade de orientação na busca do
conhecimento. Dessa forma quebrando um paradigma que a avaliação
serve apenas para julga-lo se ele alcançou um objetivo classificatório pré
estabelecido ou não [HAC 00];
?? A mudança no comportamento do aluno quanto a consciência da sua
relação com o processo ensino-aprendizagem. Cabe a ele a
responsabilidade de buscar a sua formação de novos conhecimentos,
mudança de atitude e geração de habilidades. Enquanto no ensino
presencial esta responsabilidade fica mais percebida pelo professor
[HAY 00].
Se considerarmos os fatores acima citados, é na eficiência da avaliação do
processo ensino-aprendizagem, que a avaliação do rendimento do aluno e a orientação do
professor proporciona um melhor controle, ajuste e melhoria dos métodos e formatos
empregados no ambiente de educação a distância. Fazendo assim com que o ambiente de
educação a distância seja certificado de que através da avaliação do rendimento dos alunos,
eles estejam preparados tão bem ou quanto melhor do que aqueles que passaram pelo mesmo
curso , mas em outra modalidade educacional. E consequentemente os cursos terão respaldo
e serão considerados sérios, aumentando a sua credibilidade diante de outras modalidades
educacionais existentes, como a do ensino presencial [NEA 01].
Não é possível se ter um ambiente de educação a distância sem se ter uma
ferramenta capaz de avaliar os alunos que participarão do curso ou aula a que serão
submetidos, já que a avaliação está diretamente relacionada com o rendimento do aluno ou o
processo de ensino-aprendizagem. E o processo ensino-aprendizagem é parte de um ciclo
fundamental na construção do conhecimento dos alunos. Pois a avaliação faz parte deste ciclo
como um elemento sistemático de correção de falhas, auxiliando o professor a corrigir e
melhorar o seu processo de ensino e auxiliando o aluno a perceber e rever onde está falhando
19
e assim tomar um reforço onde for necessário. Caso o professor perceba dificuldades gerais
no aprendizado dos alunos ele deve rever se não houve falhas ou carências no método de
ensino utilizado e aí tomar as devida atitudes para melhorar e aperfeiçoar o processo de
ensino-aprendizagem [HAC 00].
3.1 EVOLUÇÃO DA AVALIAÇÃO
Na década de 40, o termo avaliar era utilizado como sinônimo do termo medir ou
mensurar. Porém com a evolução da educação essa abordagem educacional que relacionava
avaliação com mensuração, tornou-se mais transparente deixando claro a limitação do termo
mensurar. Pois nem todos os aspectos envolvidos com aprendizagem podem ser medidos em
um ambiente educacional, principalmente aqueles informais [HAY 00].
No início dos anos 60 o termo avaliação reapareceu no cenário educacional
ganhando novas dimensões. Este fato ocorreu devido a grupos de estudo organizados nos
Estados Unidos com o propósito de elaborar e avaliar novos programas educacionais. Nesse
época o termo avaliar recebeu o enfoque na área do currículo escolar e somente mais tarde
que veio à enfocar o processo de ensino-aprendizagem [HAY 00].
No meio educacional os termos testar, medir e Avaliar são amplamente utilizados
e muitos vezes confundidos por serem considerados sinônimos. Essa confusão ou distorção é
devido ao fato de que estes termos se completam e estão interligados mas com amplitudes
diferentes. O termo testar tem menor abrangência pois o seu formato, que normalmente é feito
através de testes é apenas uma das formas de medição. Enquanto isso o termo avaliar é o
mais abrangente deles, pois além dele fazer uso de instrumentos que levantam dados
quantitativos ele também faz uso de instrumentos qualitativos [HAY 00]. Um exemplo para
entender melhor a amplitude de cada termo é o caso da aplicação de um teste em uma sala de
aula. Neste caso o professor está fazendo uso de um teste que é apenas um dos formatos de
medição do processo ensino-aprendizagem. Com as notas obtidas ele pode comparar com
notas anteriores para averiguar se houve ou não uma melhora no rendimento do aluno, dessa
forma o professor está fazendo uma avaliação.
20
Atualmente, a avaliação de aproveitamento estabelece uma importância maior
dos aspectos quantitativos sobre os qualitativos. Avaliar qualitativamente significa valer-se não
apenas de dados puramente quantificáveis, que podem ser medidos e observados através de
testes escritos e orais, mas significa utilizar esses dados dentro de um quadro mais amplo,
enriquecido pelo envolvimento, comprometimento e experiência do professor que avalia. Este
julgamento torna-se mais global e profundo, no qual o aluno é visto como um todo. Nesta
avaliação, o aluno não é colocado numa escala, mas numa determinada situação em relação
às expectativas do professor e também dele mesmo [ALB 95].
Avaliar desta forma, ou seja, qualitativamente, não é tarefa fácil. O professor
deixa de ser mero coletor de dados quantificáveis e torna-se alguém que utiliza sua
experiência, sua visão, interpretando os fatos dentro de um quadro referencial de valores que
fundamentam sua postura como educador. Este quadro referencial de valores pode ser
estabelecido a partir de experiências, reflexões, estudos, análise de todos os professores, para
que os julgamentos feitos por eles sejam correntes e levem a uma situação mais justa para o
aluno [ALB 95].
Uma consideração importante a se fazer em relação aos testes é que o seu
resultado pode estar relacionado a forma com que o instrumento utilizado para medir foi
apresentado. Isto é, como foram elaboradas e apresentadas as questões de um teste, se elas
estão bem claras, específicas e compreensíveis, dessa forma auxiliando o aluno na
compreensão da questão. Como a medição é um processo quantitativo, que mede a
circunstância, os erros podem ser vistos como uma forma negativa a proposição de se
incentivar o aluno. Enquanto a avaliação é um processo essencialmente qualitativo, e que vai
de encontro aos objetivos pré-estabelecidos respeitando padrões e critérios definidos, ela é
um elemento formativo pois serve como fator de incentivo e de evolução [NEA 01].
21
3.2 CONCEITOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação do processo ensino-aprendizagem foi conceituada de várias formas.
Vejamos como importantes estudiosos do assunto conceituam a avaliação do processo diante
de cada postura filosófica adotada:
Segundo Ralph Taylor citado em [HAY 00] diz que :
?? “o processo de avaliação consiste essencialmente em determinar em que
medida os objetivos educacionais estão sendo realmente alcançados pelo
programa do currículo e do ensino;
?? Como os objetivos educacionais são essencialmente mudanças em seres
humanos, ou seja, os objetivos visados consistem em produzir certas
modificações desejáveis nos padrões de comportamento do estudante. A
avaliação é o processo mediante o qual se determina o grau em que essas
mudanças de comportamento estão realmente ocorrendo.”
A definição apresentada por Taylor é voltada ao caráter funcional da avaliação,
pois ela acontece em função dos objetivos pré-estabelecidos no ambiente de ensino. No
outro ponto ele faz uma consideração para a mudança de comportamento, falando da
necessidade do uso de todos os instrumentos para avaliação existentes.
Segundo Michael Scriven citado em [HAY 00] diz que “avaliação é uma
atividade metodológica que consiste na coleta e na combinação de dados relativos ao
desempenho, usando um conjunto ponderado de escalas e critérios que leve a classificações
comparativas ou numéricas, e na justaposição: a) dos instrumentos e coleta de dados; b) nas
ponderações; c) da seleção de critérios”.
Segundo Scriven além de avaliar se os objetivos estabelecidos foram alcançados,
é importante que se avalie os objetivos propriamente elaborados e ainda avaliar outros
acontecimentos que tenham conseqüências não previstas.
22
Segundo Daniel Stufflebeam citado em [HAY 00] diz que “a avaliação é o
processo de delinear, obter e fornecer informações úteis para o julgamento de decisões
alternativas”.
No conceito de Stufflebeam, ele condiciona a avaliação ao processo de definição
,busca e fornecimento de informações importantes e necessárias para a avaliação. Dando um
destaque que estas informações estão altamente ligadas ao processo de tomada de decisão.
Segundo Bloom, Hastings e Madaus citado em [HAY 00] dizem que:
?? “A avaliação é um método de coleta e de processamento dos dados
necessários à melhoria da aprendizagem e do ensino;
?? A avaliação inclui uma grande variedade de dados, superior ao rotineiro
exame escrito final;
?? A avaliação auxilia no esclarecimento das metas e dos objetivos educacionais
importantes e consiste num processo de determinação de medida em que o
desenvolvimento do aluno está se processando da maneira desejada;
?? A avaliação é um sistema de controle de qualidade pelo qual se pode
determinar, a cada passo do processo ensino-aprendizagem, se este está
sendo eficaz ou não; e caso não esteja, indica que mudanças devem ser feitas
a fim de assegurar sua eficácia antes que seja tarde de mais;
?? Finalmente, a avaliação é um instrumento na prática educacional que permite
certificar se os procedimentos alternativos são igualmente eficazes na
consecução de uma série de objetivos educacionais”.
Bloom, Hastings e Madaus em sua abordagem citam que a avaliação é um
instrumento ou método utilizado no processo de ensino aprendizagem como meio e não fim
processual de um processo onde tem por função o controle de qualidade. Dessa forma a
avaliação é utilizada para aperfeiçoar o processo ensino-aprendizagem.
23
Diante das definições acima citadas, a avaliação foi caracterizada sobre quatro
aspectos em comum para atender os princípios básicos de uma avaliação [HAY 00]:
?? “A avaliação é um processo contínuo e sistemático”: a avaliação deve
acontecer sempre que necessário de acordo com os objetivos estabelecidos
ao ambiente. O feedback é um fator importante para que os elementos, aluno
e professor, do processo ensino-aprendizagem possam ter a oportunidade de
rever suas funções no processo para melhorar a sua participação e alcançar
os objetivos esperados.
?? “A avaliação é funcional”: isto quer dizer que a avaliação acontece em
função dos objetivos, ela serve para verificar se estão sendo alcançados os
objetivos estabelecidos no processo ensino-aprendizagem. É por isso que a
avaliação está condicionada aos objetivos.
?? “A avaliação é orientadora”: a avaliação não deve ser apenas classificatória,
mas o mais importante é que ela sirva para orientar e direcionar o aluno na
busca do conhecimento, mudança de atitudes e comportamento. Mostrando
a ele seus acertos e erros não para penaliza-lo, mas sim para orienta-lo no
processo de aprendizagem.
?? “A avaliação é integral”: A avaliação considera todo o comportamento do
aluno, faz considerações a sua personalidade, atos, circunstâncias, e
desenvoltura a que ele é submetido e não apenas pelo seu domínio de
conhecimento adquirido no processo ensino–aprendizagem.
3.3 F UNÇÕES , MODALIDADES , P ROPÓSITOS E OBJETIVOS DA AVALIAÇÃO
O avaliação do processo ensino-aprendizagem tem como objetivo verificar o
nível de aprendizagem dos alunos. Esta avaliação está dividida em três funções e três
modalidades de avaliações com propósitos distintos. Fazendo uma relação das funções,
modalidades e propósitos é definido que [HAY 00]:
24
?? A avaliação diagnóstica, tem como função diagnosticar, é aquela avaliação
feita no início de um curso. Ela verifica a carência de presença de
conhecimentos, habilidades necessárias para adquirir novos conhecimentos.
Ela também serve para encontrar problemas de aprendizado buscando suas
causas.
?? A avaliação formativa, tem como função controlar, esta é uma avaliação que
é feita durante o curso. Ela serve para verificar se os alunos estão atingindo
os objetivos estabelecidos. Com isso evita-se de seguir adiante sem o aluno
estar devidamente apto a prosseguir , podendo acarretar em maiores
problemas mais adiante. Esta modalidade também tem a função orientadora,
pois é nela que o aluno conhece seus erros e acertos e busca o estímulo
necessário para um estudo sistemático. Esta modalidade tem uma função
muito importante no processo de ensino aprendizagem, pois ela fornece o
feedback a alunos e professores como está o nível de aprendizagem do aluno
e com isso permiti que se faça um controle de qualidade de cada ciclo do
processo ensino-aprendizagem.
?? A avaliação somativa é aquela que tem a função de classificar um aluno. Ela
faz com que o aluno seja classificado conforme níveis de aprendizagem préestabelecidos para classificar o aluno com a finalidade de promoção.
O ser humano em tudo que faz está determinado a objetivos. Da mesma forma,
na educação, o processo ensino-aprendizagem acontece para se alcançar objetivos. Por isso
quando avaliamos o processo ensino-aprendizagem, é dito que a avaliação é funcional, já que
ela se realiza em função de objetivos. É extremamente importante que os objetivos sejam
colocados de forma clara e precisa. O professor por exemplo precisa saber o que ele
pretende alcançar quando entra na sala de aula. Ele também precisa saber o que ele deve
fazer para que os alunos alcancem seus objetivos. É por isso que é dito que a avaliação é feita
em cima dos objetivos propostos, pois como poderia se avaliar algo que não estava dentro da
meta [HAY 00].
25
3.4 TAXIONOMIA
Para o professor organizar objetivos de mudança de comportamento úteis e
relevantes ao meio educacional ele pode fazer uso de esquemas classificatórios de objetivos
educacionais. Um dos esquemas classificatórios de objetivos educacionais mais conhecido e
utilizado é a Taxionomia elaborada por Benjamim S. Bloom e seus colaboradores. A sua idéia
basicamente está na organização de categorias em uma ordem hierárquica. A taxionomia
categoriza e ordena os comportamentos esperados através dos resultados de uma
aprendizagem.
A taxionomia tem como função especificar os propósitos de um processo
educativo, colocando os objetivos classificados e organizados em categorias hierárquicas.
Para que esta função seja útil deve ser estabelecida uma linguagem comum aos educadores e
uma forma de comunicação dos objetivos compreensível por todos. Dessa forma obtemos da
taxionomia uma função orientadora, possibilitando ao professor a classificação e definição de
comportamentos dos alunos.
A taxionomia é basicamente caracterizada pela sua organização dos objetivos
educacionais em categorias de comportamentos. Cada categoria pode ter outras
subcategorias. A hierarquização destas categorias segue conforme o sua ordem, do mais
simples e concreto para o mais complexo e abstrato. O conjunto de categorias formam três
domínios, cognitivo, afetivo e psicomotor, que são apresentados abaixo.
O domínio cognitivo é subdividido em seis grupos:
?? Conhecimento: é baseado em recordar ou lembrar uma informação aprendida,
do tipo conhecimento de terminologias empregadas, convenções ou teorias.
A avaliação verifica a capacidade do aluno reter e lembrar ou reconhecer o
que foi ensinado;
?? Compreensão: é a capacidade que o aluno tem de raciocinar para entender ou
aprender a qualidade dos dados que envolvem uma informação. Aqui a
avaliação verifica a capacidade de interpretação e explicação;
26
?? Aplicação: é o uso da informação compreendida para aplicar em situações
novas. A diferença do conhecimento de compreensão é que aqui se faz uma
reestruturação dos elementos formadores da informação para uma nova
aplicação. A avaliação verifica a capacidade de adaptação e reestruturação
de uma informação;
?? Análise: a informação deve ser decomposta e assim relacionar e compreender
a sua formação e organização. A avaliação percebe a capacidade de
produção convergente;
?? Síntese: é a capacidade de compor uma nova informação sobre o
conhecimento de análise. A avaliação verifica a capacidade criativa e
produtiva;
?? Avaliação: é o julgamento da importância de uma informação para atender a
determinadas normas e critérios. Aqui a avaliação verifica todos as outras
categorias.
O domínio afetivo é dividido em 5 grupos:
?? Acolhimento ou atenção: é a ação natural do aluno em prestar atenção a um
estímulo do professor;
?? Resposta: além do aluno prestar atenção em uma determinada atividade, aqui
ele precisa reagir a ela de forma a demonstrar a sua motivação e atenção;
?? Valorização: é a estima, apreciação ou valorização da atividade ou fenômeno
que está sendo colocado ao aluno como objeto de estudo;
?? Organização: a combinação de valores leva o indivíduo a mudança de filosofia
de vida. É onde os resultados da aprendizagem fazem com que o aluno
compare, avalie, relacione e sintetize valores;
?? Caracterização de um valor ou complexo de valores: é onde os valores já
estão definidos e o indivíduo age conforme os valores são dispostos no
27
sistema, isso faz com que ele siga os comportamentos orientados por um
sistema de valores.
O domínio psicomotor inclui aquelas atividades onde o aluno é estimulado a
utilizar sua capacidade física. Inclui os objetivos que focam habilidades musculares e motoras,
como futebol, voleibol, natação, digitação e outras práticas que necessitem e dependem de
empenho do corpo para o sucesso da atividade [HAY 00].
3.5 TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
Diante das diversas técnicas e instrumentos de avaliação existentes, serão
mostradas algumas formas que elas podem ser classificadas. Estas classificações,
normalmente, são definidas considerando a forma com que se coleta os dados para a
avaliação.
Abaixo serão apresentados três classificações que foram adotadas por
educadoras e estudiosas da avaliação educacional [HAY 00]:
Tabela 3.1 – Técnicas e instrumentos de avaliação segundo Suzana Cols e Maria Martí citado em [HAY
00] p.56:
Técnicas
1.Aplicação de provas
Instrumentos
1.1 Prova Oral
1.2 Prova escrita
2.Observação
1.2.1
Dissertativa
1.2.2
Objetiva
-
Informal ou construída pelo professor
-
Teste padronizado
2.1 Registro anedotário
2.2 Lista de controle ou categorias
2.3 Escala de classificação
3.Auto-Avaliação
3.1Inventário
4.Técnica Societária
4.1 Sociograma
Observações
As autoras usam o
termo “teste”apenas
para denominar aquele
que é padronizado.
28
Tabela 3.2 - Técnicas e instrumentos de avaliação segundo Oyara Petersen Esteves citado em [HAY 00]
p.57:
Técnicas
1.Testagem
(aplicação de
testes)
Instrumentos
1.1 Prova Objetiva ou teste construído
pelo professor
Observações
A autora reserva o termo “prova
objetiva” apenas para designar teste
elaborado pelo professor
1.2 Teste estandartizado ou padronizado Divide-se em quatro grupos:
2.Aplicação de
2.1 Prova de dissertação
provas subjetivas 2.2 Exame Oral
1.2.1
Teste de inteligência
1.2.2
Teste de aptidão
1.2.3
Teste de personalidade
1.2.4
Teste de escolaridade ou
conhecimentos
A autora esclarece que a “distinção
entre testes objetivos e subjetivos é
mais uma questão de grau do que de
qualidade propriamente dita. Nenhum
teste é completamente subjetivo.
Alguns são mais objetivos, variando
entre eles o grau de objetividade”.
3.Auto-Avaliação 3.1Questionário de Auto-Avaliação
4.Avaliação
4.1 Sociograma
recíproca das
crianças: técnicas
sociométrica
5.Observação
5.1 Anedotário
5.2 Ficha Cumulativa
5.3 Roteiro de entrevista
5.4 Roteiro de visita à casa do aluno
6.Estudo de caso 6.1 No estudo de caso, todas as
técnicas e instrumentos mencionados
acima devem ser utilizados para obter o
maior número possível de informações
De acordo com Esteves, o professor
pode realizar uma observação dos
trabalhos do aluno, então, fazer uma
observação direta do seu
comportamento. A observação pode
ser casual ou sistemática.
“Consiste em uma análise cuidadosa e
completa das condições da vida da
criança”. O estudo de caso é
realizado quando o aluno apresenta
maiores dificuldades de ajustamento,
e por isso precisa de atenção mais
demorada e encaminhamento para
clínica médica ou psicológica.
29
Tabela 3.3 – Técnicas e instrumentos de avaliação segundo Zélia Mediano citado em [HAY 00] p.58:
Técnicas
Instrumentos
Observações
1.Observação 1.1 Anedotário
1.2 Lista de checagem
1.3 Escala de classificação
2.Inquirição
2.1 Questionário
2.1.1 Inventário
2.1.2 Escala de atitudes
A entrevista é um processo de obter
informações. “É ao roteiro de uma
entrevista que podemos chamar de
instrumento de avaliação”(p.43).
2.2 Roteiro de entrevistas
2.3 Sociograma
3.Testagem
3.1 Teste construído pelo professor
3.2 Teste padronizado
3.2.1 teste de aproveitamento
3.2.2 Teste de aptidão
3.2.3 Teste de personalidade e
interesse
4.Técnica
Societária
A autora inclui o teste de inteligência na
categoria dos testes de aptidão: “Um tipo
especial de teste de aptidão é o teste de
inteligência, que visa medir a habilidade
mental ou habilidade geral para
aprender”(p.43).
4.1 Sociograma
É constatado que existe uma grande variedade de instrumentos que o professor
tem a sua disposição para avaliar o desempenho do aluno, em função dos objetivos
estabelecidos. Não basta utilizar um instrumento de medida sem considerar se ele resulta em
dados que condizem uma realidade apreciada. Para isso, devemos considerar dois
importantes aspectos, definir bem o que queremos avaliar e selecionar um instrumento que
melhor possa atender a coleta dos dados para atender o objetivo que se deseja alcançar
[HAY 00].
A seleção das técnicas e instrumentos de avaliação estão condicionadas a
natureza da área de estudo ou do componente curricular, dos objetivos pretendidos como por
exemplo informações , habilidades, atitudes e aplicação dos conhecimentos e também das
condições de tempo do professor e do número de alunos. Junto destas exigências, ainda, as
técnicas e instrumentos de avaliação devem se adequar aos métodos e procedimentos usados
naquele ambiente de ensino.
30
Para um exemplo prático da seleção das técnicas e instrumentos, vejamos a
seguinte situação: digamos que um professor precise avaliar uma unidade estudada sobre os
rios do Brasil em geografia. Com base na taxionomia de Bloom, o professor estabelece alguns
objetivos cognitivos dentro das categorias de conhecimento, compreensão e síntese. Para
verificar se os objetivos foram atendidos nas categorias de conhecimento e compreensão, foi
escolhida a técnica de testagem, sendo aplicado o instrumento de provas objetivas para ela.
Para avaliar a capacidade de síntese o professor selecionou o instrumento de provas
dissertativas. Outro técnica utilizada foi o registro de observações das atividades em grupo
para medir o objetivo afetivo que está relacionado a interesses e atitudes. E ainda foi utilizado
a técnica de auto-avaliação, permitindo que o aluno analise a sua participação e o resultado
obtido do seu empenho.
3.5.1 Testagem
O teste é o instrumento de avaliação que apresenta maior precisão nas
informações obtidas, além de atender o critério de objetividade, que faz com que o
examinador das questões na possa valorizar as repostas de forma diferente, já que elas foram
previstas na elaboração do teste.
Um teste pode ser construído pelo professor quando suas questões são
elaboradas conforme o conteúdo e os objetivos propostos. De outra forma, o teste pode ser
padronizado, que é quando é organizado e elaborado perante testes e medidas que foram
experimentados em grupos de controle. A vantagem do teste padronizado é que ele possui
normas
e tabelas que facilitam a interpretação de seus resultados. Dentro dos testes
padronizados existem três tipos de testes, os testes de aptidão que medem as habilidades,
como habilidades mecânica, línguas ou música, os testes de personalidade e interesse
verificam a capacidade intelectual, interesses, atitudes e formas de reação com o ambiente,
demonstrando a sua personalidade e por último temos os testes de aproveitamento ou de
escolaridade , que são aqueles que medem se o aluno assimilou e adquiriu um determinado
conhecimento como resultado do ensino [HAY 00].
31
Provas Objetivas
O fato da prova se chamar “objetiva”, não é pela maneira de como são dadas as
respostas mas sim pelo processo de computação de escores utilizado. O principal elemento
da questão de uma prova é a sua natureza, pois é na validade dela que os resultados
demonstram uma boa amostragem das habilidades e conhecimentos do conteúdo aplicado.
Para que isto ocorra da melhorar maneira possível é bom que ela seja elaborada, organizada e
orientada da seguinte forma:
?? as questões devem ser elaboradas a partir de problemas relevantes vistos em
aula;
?? as questões devem ter seu nível de dificuldade adaptadas ao nível da classe ;
?? a elaboração das questões deve ser discriminativa ao que foi estudado, ou
seja os itens não podem ser nem tão fáceis e nem tão difíceis de forma a não
representar o que foi apreendido;
?? as questões devem ser elaboradas com uma linguagem clara, objetiva e
sucinta fazendo com que a questão seja compreensível e evitando assim
ambigüidades;
?? colocar instruções e ou exemplos dos tipos de categorias(resposta curta,
lacuna, certo/errado, acasalamento ou combinação e múltipla escolha)
selecionados, de forma a orientar e familiarizar o aluno com as questões
aplicadas;
?? não copiar literalmente o que foi aplicado em aula ou ainda de outra fonte de
consulta como livros ou manuais disponibilizados para estudo;
?? colocar a disposição das questões em ordem de dificuldade crescente,
apresentando primeiro as questões mais fáceis e depois as mais difíceis;
32
?? agrupar as questões conforme o tipo de categoria utilizado e o mesmo
conteúdo;
?? evitar os indícios da resposta da questão em uma outra questão.
Outras considerações a serem feitas sobre uma prova objetiva é que na sua
aplicação é bom que se informe o aluno dela com antecedência falando do tipo a ser utilizado,
dando assim condições para ele se preparar e não ser pego de surpresa. Outra fator a ser
considerado é que deve ser dado o tempo apropriado para responder as questões , pois os
testes visam certificar o nível de aprendizado e não a velocidade com que se responde as
questões.
No que diz respeito a análise dos resultados é bom que além de apresentar uma
nota o professor comente o resultado de maneira a demonstrar aonde os alunos estão indo
melhorar e aonde eles devem melhorar. Isto também serve para que o professor planeje e
organize o trabalho de recuperação do conteúdo aonde não foi atingido um bom resultado de
aproveitamento. Além disso o professor deve fazer uso do resultado de acertos e erros para
verificar se a construção do teste não estava com falhas [HAY 00].
3.5.2 Questões dissertativas
As provas de dissertação são aquelas onde o aluno é colocado a responder uma
ou mais questões com suas próprias palavras. Está técnica de avaliação avalia algumas
habilidades intelectuais do aluno através da sua expressão, que é a capacidade de expressar
tudo aquilo definido nas seis categorias do domínio cognitivo especificadas por Benjamim S.
Boom na sua definição de Taxionomia.
As questões que formam uma prova podem ser divididas em três categorias. A
categoria mais comum é aquela de perguntas objetivas que exigem como resposta a
lembrança de algum fato ou dado específico, como nomes, datas ou locais, que para a sua
formulação são usadas expressões como “o que; quem; quando; qual; e onde”. Outra
categoria é aquela que exige uma resposta curta porém não tão objetiva, ou seja mais
33
elaborada e consistente, que para a sua formulação são usadas expressões como “relacione,
enumere e defina”. E por último se tem a categoria onde se exige uma resposta complexa,
consistente e de extensão variável, que para a sua formulação são usadas expressões como
“descreva, explique, resuma, compare, analise e interprete”.
A prova dissertativa é defendida por alguns autores como sendo uma avaliação
em que o aluno torna o seu estudo ou preparo para a avaliação mais útil e proveitoso para a
sua aprendizagem e construção de seu conhecimento.
Para uma boa formulação de questões dissertativas é recomendado que elas
sejam planejadas com antecedência, que elas atendam os objetivos educacionais propostos,
que os itens estejam colocados de forma clara e exata, de maneira que o aluno interprete a
pergunta para saber o que exatamente responder, que as questões estejam formuladas de
acordo com o tempo disponível para a realização da prova e que não sejam utilizadas
questões onde o aluno escolha o que ele deseja responder.
Como a prova dissertativa é uma técnica de avaliação de baixa fidedignidade,
pois é uma técnica onde as respostas são subjetivas e ainda por cima estão sujeitas à
avaliação por valores do professor são sugeridas alguns procedimentos como elaborar uma
resposta padrão para cada questão, corrigir a mesma questão e não prova por prova e
manter o anonimato do autor das repostas para não haver nenhum tipo de influência na
valorização da resposta [HAY 00].
3.5.3 A técnica da observação e a sociométrica
A técnica de observação é uma técnica de avaliação utilizada para conhecer o
comportamento do aluno. Esta técnica permite ao professor identificar as dificuldades de um
aluno e avaliar o seu desempenho nas atividades propostas. Aqui o aluno não é avaliado
apenas pelo seu aproveitamento e dificuldades de aprendizagem, mas também pela sua
adaptação e participação pessoal e social nas atividades propostas.
34
A observação como técnica de avaliação talvez seja a técnica mais adequada
para medir aspectos pessoais e sociais que não são possíveis de serem percebidos em outras
técnicas de avaliação como as provas. Isso faz com que os aspectos avaliados na observação
façam da técnica de observação uma técnica importante na escola atual, já que a escola atual
também visa o acompanhamento e desenvolvimento do comportamento do aluno não apenas
no relacionamento social mas na forma de busca do conhecimento.
A técnica sociométrica é voltada para o trabalho em grupo. Na escola é formado
um grupo social, onde existe a relação aluno para aluno, aluno para professor e vice-versa, e
é nesta situação que os alunos formam hábitos e atitudes. É através do diálogo nesse
relacionamento que acontecem a troca e o surgimento de idéias e informações pertinentes aos
objetivos educacionais propostos. Além dessa técnica contribuir para a formação do
conhecimento cognitivo, ajuda o aluno a fundamentalmente pensar em grupo, fazendo ele
pensar, planejar, expressar, cooperar, dividir, aceitar as idéias num formato de grupo e não
individual, trazendo benefícios diretos para si como a aceitação social de um indivíduo pelo
seu bom relacionamento e comportamento [HAY 00].
3.5.4 Auto-Avaliação
A avaliação em geral pretende verificar o desenvolvimento das atitudes,
habilidades, interesses, aptidões, e conhecimento adquirido pelo aluno. Além de verificar, a
avaliação serve para orientar o aluno e o professor para que se melhore o processo de
ensino-aprendizagem. Na auto-avaliação o aluno tem o papel de verificar e apontar os seus
pontos fortes e fracos. O professor tem a função de orientar o aluno alertando a ele a
importância de se responder as questões de uma forma máximo sincera possível e
principalmente de uma forma crítica e responsável.
O aluno conscientizado da importância de uma auto-avaliação, traz muito mais do
que apenas uma avaliação do processo ensino-aprendizagem, atende também um dos
principais objetivos do processo de educação , que é desenvolver o senso de
35
responsabilidade e espírito crítico. Se esse é um dos objetivos educacionais , devemos ter
instrumentos que deêm a oportunidade para que isso seja realizado [HAY 00].
A auto-avaliação também pode ajudar no ajustamento do comportamento
pessoal e social do aluno, pois colocando questões bem elaboradas podem questioná-lo de
forma que ele próprio não havia feito antes sobre seus atos.
As questões elaboradas para serem respondidas na auto-avaliação são chamadas
de lista de verificação. O teor das questões envolvem aspectos a serem analisados como
aproveitamento nos estudos, comportamento, relacionamento, participação, atitudes,
habilidades, interesses e preferências. Além da lista de verificação pode ser proposto ao aluno
fazer algum comentário aberto sobre a auto-avaliação. O tipo de resposta varia, pode ser
apenas negando ou afirmando uma questão, ou ainda dando uma escala de valores
representando níveis de alcance para a questão como péssimo, insatisfatório, regular,
satisfatório, excelente, que corresponde a uma escala de 0-25-50-75-100 por cento da
questão a ser respondida.
36
Vejamos abaixo uma tabela de vantagens e desvantagens das técnicas de
avaliação:
Tabela 3.4 – Vantagens e desvantagens das técnicas de avaliação
Técnicas de
avaliação
Testagem
Vantagens
Desvantagens
-avalia vários objetivos ao mesmo tempo;
-elaboração difícil e demorada;
-julgamento objetivo e rápido;
-não avaliam as atividades de
-limita ao conhecimento adquirido, ignorando expressão;
outros fatores pessoais do aluno;
-restringem as respostas dos
-resultados eficientes para tratamentos alunos;
estatísticos.
Questões
dissertativas
-facilitam a “cola”.
-pode ser facilmente organizada;
-não abrangem todos os aspectos
-possibilita verificar a capacidade reflexiva do relevantes estudados;
aluno;
-não anula a subjetividade;
-permite verificar a organização e expressão -sua correção exige tempo, e
das idéias de forma clara e correta por escrito. pode ser comparativa.
Inquirição
-no que diz respeito a prova oral, avalia a -oferece uma amostra reduzida do
capacidade crítica e reflexiva do estudante.
conhecimento;
-influência dos atributos pessoais;
-requer muito tempo;
-julgamento imediato;
-não há igualdade de questões.
Observação e a -avalia mudança de conduta e comportamento -subjetividade das ações.
Técnica
pessoal com o conhecimento adquirido;
Sociométrica
-avalia a participação, interesse e aptidão
operacional para determinadas tarefas.
Auto-Avaliação -quando bem orientado, produz um bom -conveniência das repostas do
resultado das dificuldades e facilidades do aluno podem distorcer os
aluno na aprendizagem, seja por parte dele ou resultados.
do meio de ensino;
-participação
aprendizagem;
no
processo
-conscientização de seus atos.
ensino-
37
3.5.5 Características de um instrumento de medida
Como a avaliação é o resultado obtido de medições e comparações do processo
ensino-aprendizagem, é preciso que estas medições sejam confiáveis. Sendo assim é
imprescindível que os instrumentos de medidas sejam confiáveis já que são através deles que
os alunos são julgados. Os requisitos básicos para o julgamento da qualidade de um
instrumento de medida são a validade e fidedignidade ou precisão. Além desses ainda existem
atributos secundários como a objetividade e usabilidade ou praticidade.
Validade de um instrumento de medida
A validade de um instrumento de medida gira em torno da precisão que ele mede
o que se propões a verificar. De outra forma, é dito que a validade do instrumento também é
verificada através de seu grau ou extensão em que o instrumento mede o fenômeno ou
dimensão que constituem seu objetivo. O instrumento pode ser válido para determinados fins
e grupos, mas não para outros. Por isso é dito que a validade da medida é a adequação de
um instrumento aos seus objetivos. A validade de instrumento pode ser vista sobre quatro
aspectos [HAY 00]:
?? Validade de conteúdo ou curricular: é aquela que refere-se ao grau de
concordância entre o instrumento de medida e os objetivos e conteúdos do
plano de ensino;
?? Validade de construto: é aquela que encontramos em testes psicológicos e
fornece informações sobre um indivíduo como traços ou características de
sua personalidade, ou ainda inteligência, aptidão e interesse.
?? Validade concorrente: esta validade é aplicada em comparações de resultados
de dois testes por exemplo, sendo que o outro teste utiliza outro critério de
conduta, mas verifica o mesmo desempenho.
?? Validade preditiva: é semelhante a validade concorrente, porém os resultados
das medidas servem para projetar um futuro desempenho em determinada
área.
38
Fidedignidade de um instrumento de medida
É a estabilidade dos resultados que o instrumento propõe a gerar com a sua
utilização. Um instrumento é fidedigno quando a margem de erro do processo de medida gira
em torno das variações do valor verdadeiro. Dessa forma se um teste for aplicado novamente
ele deve Ter um resultado muito semelhante ao aplicado anteriormente. Para fazer esta
averiguação basta compara os resultados obtidos em situações semelhantes ou aplicações
sucessivas. Se um determinado teste tivesse baixa fidedignidade como o professor poderia
utiliza-lo se ele não corresponde com o compromisso de oferece um resultado consistente
com os objetivos propostos [HAY 00].
Objetividade de um instrumento de medida
A objetividade de um instrumento de medida é fundamental para reduzir ou até
eliminar a subjetividade de um avaliador, já que o seu ponto de vista pode afetar no resultado.
A objetividade pode ser mais ou menos objetiva conforme o conteúdo desenvolvido em aula,
por isso se diz que a objetividade está voltada para uma questão de grau, onde poucos testes
são totalmente objetivos ou subjetivos, a talvez até nenhum se enquadre em sua totalidade.
Os testes padronizados são considerados mais objetivos que aqueles elaborados
pelo professor, e estes por sua vez mais objetivos que as provas dissertativas. Para um teste
elaborado pelo professor se tornar o máximo objetivo possível é preciso que ele apresente as
questões de forma clara e precisa, solicite respostas precisas e organize o gabarito antes da
correção [HAY 00].
Usabilidade de um instrumento de medida
A usabilidade do instrumento está voltada para os aspectos de como o tempo,
custo, facilidade de aplicação, e a computação e interpretação dos resultados serão
propostos. Ou seja, a usabilidade é a praticidade da aplicação, correção e interpretação do
teste. É importante que um teste seja de fácil compreensão , para que não ocorra equívocos
39
ou distorções na interpretação da questão e dessa forma tornar mais simples a sua
interpretação [HAY 00].
40
4
AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
A avaliação do processo ensino-aprendizagem é um importante fator para
aceitação e sucesso de um ambiente de educação a distância. A avaliação em ambientes de
educação a distância é muito mais crítica do que a avaliação do modelo educacional
presencial. Na educação a distância todo o processo de avaliação deve ser muito bem
planejado. Este planejamento exige que seja previsto e antecipado todas as possíveis ações
realizadas pelos componentes do ambiente, sejam eles alunos, material didático utilizado ou
professores [NEA 01].
Quando se planeja uma avaliação em um ambiente de educação a distância, é
importante que se considere todos os aspectos do processo ensino-aprendizagem. O
resultado da avaliação deve permitir além de conclusões referentes ao aluno, como a sua
evolução e qualificação na busca do conhecimento como também permitir àqueles que
elaboraram o conteúdo pedagógico tomar decisões quanto a continuidade ou por alterações
do material utilizado nas aulas.
4.1 CARACTERÍSTICAS DA AVALIAÇÃO
A avaliação está condicionada diretamente a construção do ambiente de
educação a distância. Um ambiente de educação a distância deve ser construído pensando
41
nos seus objetivos, para que quando uma avaliação não alcançar os objetivos , possa ser feito
os devidos ajustes nos objetivos de forma sistemática.
O professor consciencioso, quando entra numa sala de aula, geralmente sabe o
que pretende conseguir, isto é, ao iniciar seu trabalho, ele já tem em mente, ainda que de
maneira implícita, os objetivos a serem atingidos. Ele sabe que, se desenvolver um trabalho
sem ter um alvo definido, corre o risco de fracassar, assim como um barco sem rumo corre o
perigo de perder-se em alto-mar. Mas não basta apenas ter uma vaga noção dos objetivos. É
preciso explicitá-los, isto é, especificá-los de forma clara e precisa, para que eles possam
realmente orientar e direcionar as atividades de ensino-aprendizagem, contribuindo para a sua
eficácia.
A elaboração do plano de ensino e a definição de objetivos tornou-se importante
sobretudo a partir da ampliação do conceito de aprendizagem, pois, atualmente, aprender é
considerado algo mais do que a simples memorização de informações. A formulação de
objetivos de ensino consiste na definição de todos os comportamentos que podem modificarse como resultado da aprendizagem.
A avaliação, para ser considerada válida, deve ser realizada em função dos
objetivos previstos, pois, do contrário, o professor poderá obter muitos dados isolados, mas
de pouco valor para determinar o que cada aluno realmente aprendeu. É a partir da
formulação dos objetivos, que vão nortear o processo ensino-aprendizagem, que se define o
que e como julgar, ou seja, o que e como avaliar. É por isso que normalmente se diz que o
processo de avaliação começa com a definição dos objetivos [HAY 00].
Para isso a avaliação em um ambiente de educação a distância deve atender a
algumas características [VIA 98]:
?? aberta: fazer uso apropriado das mídias existentes, utilizando o maior número
delas possível. O universo de tecnologias disponíveis para serem utilizados no
desenvolvimento de ambientes de educação a distância é vasto. Para
apresentação do material didático podemos utilizar HTML, Java, Java Script,
VBScript, PHP. Para armazenar o material didático ou mesmo informações
42
geradas pelo sistema apara serem utilizadas para avaliação podemos utilizar
bancos de dados como o Oracle, PostGre SQL, Sybase, Interbase,
MySQL. Com estas tecnologias é possível elaborar ferramentas para serem
utilizados em ambientes de educação a distância. Estas ferramentas podem
ser do tipo chat, fórum, newsgroup , gerenciador de caixa postal, sites com o
conteúdo pedagógico ;
?? disponível: o aluno pode utilizar os meios a qualquer instante que sentir
necessidade. Este é um grande diferencial para o ensino tradicional que
precisa reunir todos os alunos numa mesma hora e no mesmo local para que
o professor possa ensinar. Na educação a distância o aluno participa a hora
que tiver disponibilidade, podendo fazer isso a qualquer hora do dia e não é
preciso a participação de outros alunos ou professor na mesma hora e local;
?? preescritiva ou corretiva: o aluno deve receber suporte nos seus erros para
encontrar as respostas corretas. Através da própria alternativa correta ou
fornecendo informações e indicações dos materiais que disponibilizam a
informação pertinente a resposta. Dessa forma o aluno tem um feedback
imediato do resultado da sua ação. E com indicações de material com o
conteúdo referente a resposta fazem com que o aluno seja motivado a
participar mais do processo ensino-aprendizagem
[ALB 95];
?? docente: além de classificar o aluno é importante que se alcance o instante de
aprendizagem em que o aluno se encontra , para dar o prosseguimento e
busca dos objetivos almejados no curso. O professor tem na avaliação uma
ferramenta para saber até que ponto da aprendizagem os alunos já foram.
Dessa forma ele sabe da onde continuar ou aonde recomeçar para se
alcançar os objetivos esperados.
Assim como a Educação a Distância não tem uma teoria própria definida, na
avaliação a distância o que tem-se são correntes de trabalho. Para muitos professores a
escolha da forma de se avaliar baseia-se nos seus objetivos, capacidade das ferramentas e as
43
circunstâncias da classe. Os instrutores não estão criando novas formas de avaliação, mas
usam os modelos de avaliação utilizados na aula presencial [DIR 98].
4.2 CONFIABILIDADE DA AVALIAÇÃO
Além do processo de avaliação no ensino presencial ser um processo complexo
e subjetivo ele ainda corre riscos de fraudes a plágio na utilização dos instrumentos de
avaliação. Na avaliação em ambientes de educação a distância não é diferente. Caso a
avaliação seja feita a distância, é muito difícil se ter o controle e a certeza da autenticidade da
autoria dos dados que são utilizados para ser feita a avaliação. Quando se faz uma avaliação a
distância em que não haja nenhum tipo de fiscalização se espera apenas que o aluno participe
das atividades ou avaliações propostas com maturidade, evitando qualquer tipo de auxílio não
permitido, fazendo assim com que as atividades e avaliações sejam válidas e de boa qualidade
[BIC 00]. Considerando as oportunidades de plágio ou fraude nas avaliações, os resultados
da avaliação presencial são mais confiáveis do que os resultados da avaliação a distância,
muito embora nos dois casos podem acontecer o plágio ou fraude, porém a avaliação a
distância está mais suscetível a isto [CAV 02].
A utilização de ambientes de educação a distância já é aceita como forma de
educação pelos órgãos legais e competentes. Quanto a avaliação a distância ainda sofre
restrições para ser utilizada em ambientes de educação a distância. A avaliação até pode ser
feita através de meios que não sejam os convencionais, que são aqueles em que o aluno é
submetido a provas online pela internet. Contudo esta forma de avaliação não é considerada
totalmente a distância devido ao fato que elas devem ser feitas de maneira presencial, em
laboratórios ou computadores que estejam devidamente seguros e sob fiscalização humana,
assim como no ensino convencional, onde o aluno está sobre a mira dos olhos do professor
ou outro tipo de fiscal para que não haja nenhum tipo de fraude ou mesmo o plágio.
Não existe um modelo de avaliação padrão definido para ambientes de educação
a distância, da mesma forma como que não existe um modelo padrão para ambientes de
educação a distância. Apesar de não existirem padrões definidos a avaliação deve respeitar as
44
exigências legais dos orgãos competentes que regem os estatutos da educação. Conforme
legislação que vigora desde o ano de 1998, o MEC exige que toda a avaliação seja realizada
de forma presencial, independente da forma, seja ela a distância ou não. Dessa forma a
avaliação se torna um importante aspecto a ser considerado em projetos de educação a
distância em que se almeje executar uma avaliação que seja considerada legal pelos orgãos
competentes [FRE 99].
O único centro de treinamento autorizado pela Oracle no Rio grande do Sul, a
Fontoura Education, disponibiliza provas para certificação da Oracle, sendo elas feitas em
três centros de treinamento em Porto Alegre, Processor, Sisnema e Quator. As provas
realizadas são on-line porém devem ser feitas nas instalações dos centros de treinamento. As
provas são disponibilizadas pela internet porém somente podem ser feitas nos centros de
treinamento e não se pode utilizar qualquer forma de consulta. Estes centros de treinamento
são credenciados para a aplicação de provas de certificação justamente por serem
considerados sérios. [FON 02].
45
5
FERRAMENTAS DE AVALIAÇÃO EXISTENTES
Hoje diversas instituições que desenvolvem sistemas de educação a distância,
tomam como base padrões e metodologias utilizados em sistemas de educação a distância
famosos e aceitos no meio. Dentre os inúmeros sistemas disponíveis na Web, foram
selecionados seis sistemas de aprendizagem, exibindo como cada um aborda a avaliação do
processo ensino-aprendizagem do aluno a distância, e os mecanismos utilizados neste
processo.
5.1 CYBERQ
É um sistema de avaliação, desenvolvido pelo grupo Apollo da InterEd [TUC
95], tendo por base um modelo conceitual que pode ser adaptado as plataformas Windows e
Unix, gerenciando um conjunto de atividades (das mais básicas as mais complexas), através
de um software instalado em um servidor que realiza todo o gerenciamento. O sistema
funciona de forma transparente tanto para alunos como para professores, automatizando a
administração de questões para avaliar a estrutura acadêmica, conteúdo, processo e
resultados. Estas questões podem ser aleatórias ou apresentadas quando se chega a alguns
pontos definidos. Por exemplo, uma avaliação de 3 minutos pode ser disparada quando o
aluno completa uma lição ou a primeira vez na semana em que ele acessa o sistema.
46
Através do CyberQ tem-se a implementação de uma estratégia de avaliação
multi-característica e multi-método de vários alunos e em diferentes níveis, agregando um
grande número de informações para avaliações futuras. Possui um baixo custo por unidade.
Os componentes funcionais deste sistema são:
?? Software de monitoramento de transações: é o responsável por controlar o
movimento eletrônico das informações, registrando proporção da entrada e
saída de bytes no sentido:
?? professor ? estudante;
?? estudante ? professor
?? estudante ? grupo de trabalho.
Apresentando a quantidade de informações trocadas. Destes dados são
extraídas informações como o tempo de resposta em consultas, o quanto um
aluno está participando das aulas, etc. Aqui as informações são tratadas de
forma comparativa. Quando tem-se grupos de trabalho, pode-se perceber a
funcionalidade do mesmo;
?? Software de Análise Sintática: a análise sintática do que os alunos escrevem,
pode ser feita através do uso dos índices Fleisch, em que sílabas, palavras e
comprimento de sentenças são contados. Uma estratégia muito usada é a
combinação dos dados acima e sistemas inteligentes baseados em regras,
combinados com técnicas avançadas de análise de sentenças para definir o
estilo de cada estudante, podendo-se definir com tempo e exemplos
suficientes, o progresso acadêmico;
?? Análise de Comentário: as informações são armazenadas usando a própria
semântica do aluno, sendo registradas para avaliar o nível de instrução do
aluno, do curso, do ambiente de aprendizado e os serviços de suporte;
?? Análise de Predicado: aqui os textos são agrupados com relação ao seu
significado. O caminho mais simples para conduzir este tipo de avaliação, é
47
verificar a freqüência do uso de termos descritivos, aplicativos e analíticos.
Estas tabelas são examinadas de acordo com as diferenças entre o nível dos
cursos e os seus domínios;
?? Software de Avaliação Adaptável: outra maneira de se medir é através de
perguntas feitas aos alunos durante o decorrer do curso. Umas são feitas
quando se acessa o sistema, outras feitas quando se alcança um ponto
determinado. O estudante poderá, em muitos casos, "passar" a questão,
sabendo que isto aumentará o peso da avaliação nas questões subsequentes.
Isto permite ao aluno adaptar melhor sua atividade discente a outras
atividades do dia. Entretanto, algumas questões tem que ser respondidas na
hora e sem consulta, enquanto que em outras pode-se consultar o material.
Esta avaliação inclui:
?? realização dos objetivos de aprendizado do curso;
?? cumprimento do alvo educacional do estudante;
?? crescimento e disposição afetiva do estudante;
?? satisfação do estudante com relação à instrução, curso e ambiente de
aprendizado;
?? avaliação da faculdade com relação à instrução, curso e ambiente de
aprendizado.
?? Software de Suporte a decisão e disseminação de informações;
?? Sistema de relação de normas e nível: registro de como o aluno deverá se
comportar e responder;
?? Sistemas de Banco de Dados e Data Warehousing;
?? Relatórios da evolução e utilização do sistema.
48
Através destes componentes, o CyberQ proporciona uma avaliação mais
abrangente, procurando dar um feedback ao aluno mesmo para as questões discursivas.
5.2 CARNEGIE MELLON UNIVERSITY
O modelo desenvolvido pela Carnegie Mellon University [BRU 97] ,considera a
avaliação importante para o estudante, pois é vista de forma a estimular o aprendizado,
verificando suas habilidades e dando-lhe o feedback necessário. Os resultados de avaliações
são a única maneira de monitorar as classes a distância e de adaptar uma aula ao aluno.
O Sistema é baseado em um Banco de Dados (Oracle V7), onde é armazenado
todo o conteúdo do curso, através de informações declarativas, e processadas por um
sistema genérico. Pelo fato de ter-se todo o conteúdo representado no BD, o registro dos
passos do aluno também estar no BD, e a entrega ser feita pelo sistema (Internet), o processo
de avaliação fica bem mais fácil. A interface Web do sistema com o banco de dados é feita
pelo Oracle Web Server.
49
Figura 5.1 - Estrutura do Curso Carnegie Mellon
Este modelo apresenta um sistema de segurança e autenticação na rede, sendo
esta segurança feita com transações SSL Web e a autenticação com Kerberos login. O aluno
deve possuir conexão à Internet e um Web browser instalado em seu computador.
As principais informações contidas no banco de dados deste modelo incluem:
?? Pessoas: informações dos alunos e professores, independente do curso em
que estão;
50
?? Cursos: informações do curso, como a sua programação, os alunos inscritos
e os professores;
?? Conteúdo: são as questões, respostas, material de aprendizado, tutoriais,
avaliações, podendo ser compartilhado por vários cursos;
?? Modelo do Curso: descrição dos módulos que farão parte do curso, bem
como o conteúdo de cada módulo;
?? Instâncias do Curso: seleção de um modelo de curso e associação com
pessoas e informações de registro;
?? Registro de estudante: informações sobre o progresso do aluno no curso;
?? Mídia: arquivos de mídia, HTML, gráficos, programas, usados pelo sistema
ou cursos;
?? HTML: páginas geradas dinamicamente e que serão enviadas aos alunos.
O modelo da Carnegie Mellon University possui uma infra-estrutura centrada no
estudante, propiciando tanto a entrega do material do curso, como o seu gerenciamento
baseado na Web. Além dos tradicionais hipertextos e outras mídias, o sistema gera conteúdos
personalizados (avaliações, feedback) para cada aluno, e registra todo o caminho que o aluno
fizer durante o curso, obrigando a cumprir as políticas do curso (pré-requisitos, restrições de
limite de tempo e momento para exames). O sistema suporta um grande número de alunos e
de cursos.
Cada curso possui um número de características específicas para representar e
processar a avaliação. Por exemplo, o sistema pode gerar um exame personalizado baseado
em um número de diferentes critérios e parâmetros, incluindo os trabalhos já realizados pelo
aluno, bem como seus resultados. A correção é feita automaticamente ou posteriormente pelo
professor, caso seja necessário, e o seu resultado (detalhado e personalizado) é enviado para
o aluno.
51
Com relação à utilização do sistema pelo aluno, cada vez que ele acessa o Banco
de Dados para uma determinada unidade, registra-se o momento do acesso, bem como a
duração deste acesso.
5.3 WEBCT
O WebCT [GOL 97] é uma ferramenta que propicia a criação de sofisticados
ambientes educacionais baseados na Web, podendo ser usada para criar desde cursos online até a divulgação de material suplementar para algum curso.
Este sistema foi desenvolvido em PERL sobre a plataforma UNIX, possuindo
cerca de 40.000 linhas de código, sendo utilizado por mais de 500 instituições, incluindo a
University of British Columbia, com aproximadamente 140 cursos. Este sistema pode ser
dividido sob três aspectos:
?? Ferramenta de apresentação: permite ao projetista do curso definir o lay-out,
cor, textos, contadores, para as páginas do curso;
?? Conjunto de ferramentas do estudante;
?? Conjunto de ferramentas do Administrador.
Para o estudante são disponibilizadas as ferramentas de comunicação disponíveis
na Internet como as listas de discussão, correio eletrônico e salas de chat, sendo que das seis
salas de chat existentes, quatro têm suas conversas registradas em um Banco de Dados, para
que se possa monitorar a conversação e a participação dos alunos.
As questões de múltipla-escolha podem ser colocadas em algumas páginas do
curso, e uma explicação é anexada indicando porque a resposta estava incorreta ou dando
informações adicionais. Também tem-se a opção de perguntas on-line, que são feitas
enquanto o aluno está acessando o curso, devendo a resposta ser dada de pronto, ou seja,
sempre é dado um feedback imediato ao aluno. Cada aluno tem acesso as notas que recebeu
52
em todas as atividades já realizadas. Existe, também, uma área para a apresentação do
projeto desenvolvido em grupo, que pode ser visualizada por todos os integrantes do curso.
As ferramentas de Administração são utilizadas para auxiliar na entrega,
manutenção e desenvolvimento do material do curso. Pode-se destacar o acesso à
informações sobre do progresso dos alunos, estas informações são obtidas nas seguintes
páginas:
?? Página resumo: apresenta os estudante (nome completo e identificador de
login no sistema), e informações sobre a data do primeiro acesso, o último
acesso e o número total de acessos;
?? Perfil do estudante: aqui além das informações da página de resumo e do título
da última página visitada pelo aluno, tem-se também informações adicionais e
mais detalhadas do aluno. Tem-se acesso a três tipos de páginas:
?? Distribuição do acesso: tipo de acesso que o aluno tem feito,
apresentando um valor e o percentual do tempo gasto com acesso a:
conteúdo do curso, glossário, objetivos da aprendizagem, referências
externas, anotações em sua página, questões, listas de discussão e
leitura das mensagens, mensagens e respostas enviadas;
?? Número de páginas acessadas: número de páginas que o aluno
acessou em relação ao número total de páginas que deverá acessar;
?? Histórico das páginas visitadas: páginas que foram acessadas pelo
aluno, bem como o tempo gasto em cada acesso. Desta forma podese perceber as páginas em que o aluno gasta mais tempo;
?? Página de uso: relaciona o uso de cada componente do curso, apresentando o
número de acessos, tempo total e médio que os alunos gastaram acessando o
componente, bem como mensagens enviadas.
53
Figura 5.2 - Tela de distribuição do acesso do WebCT
Através de ações simples, pode-se modificar a indexação das tabelas, sendo que
os resultados destas consultas podem ser copiados para uma área de trabalho e serem
reaproveitados em outro componente, como por exemplo no serviço de e-mail.
Existe também um Banco de Dados de questões, onde as questões são
armazenadas e agrupadas por tópicos. Podem ser questões do tipo: verdadeiro/falso,
múltipla-escolha, combinação, preencher espaço em branco ou resposta curta. Todas têm
54
feedback imediato indicando a resposta correta e alguma informação extra, menos a resposta
curta que possui um modelo de correção aproximado, onde inclui-se o que é correto/errado.
É mantido um histórico da performance dos alunos em cada questão, para saber as questões
onde os alunos apresentam maior dificuldade.
Todo acesso ao WebCT é controlado pelo nome do usuário e senha. Pode-se
também definir importância para cada atividade, permitindo assim que o conceito final seja
gerado automaticamente. O projetista define os campos do Banco de Dados que interessam e
o peso de cada um.
5.4 TOPCLASS
TopClass, foi desenvolvido pela WBT Systems, sendo um poderoso mecanismo
para gerenciamento virtual de classes (cursos), levando em consideração todos os aspectos
relativos ao conteúdo, gerenciamento e entrega do material [LEN 98], sendo um sistema que
trabalha sob a Internet ou Intranet. É usado por várias instituições, entre elas destaca-se a
University of New York (SUNY).
O Sistema é composto de um servidor que possui um Banco de Dados
Orientado a Objeto, onde estão armazenadas todas as informações dos usuários, conteúdo e
classes, bem como o serviço de servidor Web. A segurança é feita através de transações
SSL.
A migração de uma plataforma para outra é feita simplesmente pela transferência
de um servidor para outro, sem qualquer conversão. Os alunos e instrutores são agrupados
em classes, podendo participar em mais de uma classe.
55
Figura 5.3 - Tela do TopClass
O TopClass inclui componentes como:
?? Ferramentas de colaboração: o aluno pode enviar mensagens para o
professor enquanto acessa o curso, o professor receberá a mensagem, bem
como a indicação do ponto exato do curso onde o aluno estava quando
enviou a mensagem. Também possui listas de discussão em vários níveis, sala
especial de avisos;
?? Barra de navegação: toda página contém uma barra de navegação, da qual o
aluno poderá enviar e-mail;
?? Conhecimento da situação do aluno: para cada usuário, o sistema registra as
páginas lidas, não lidas e as novas páginas colocadas no sistema, bem como
as mensagens enviadas/recebidas. Assim, o aluno saberá facilmente que
material deve rever, que material é novo, e o professor saberá como está o
progresso do aluno no curso, no que se refere ao acesso e ao conteúdo do
mesmo;
56
?? Ambiente para a construção de cursos: o professor poderá montar seu curso,
tendo apenas um Web browser, ou importar de algum software existente
(Word, PowerPoint, FrontPage, etc) para o TopClass. Os cursos são
compostos por Units of Learning Material (ULM’s), que podem ser páginas,
exercícios ou outras ULM’s. Os cursos podem ser remodelados sempre que
necessário, pois o sistema garante a sua consistência, assim como uma ULM
pode ser usada por mais de um curso;
?? Testes e exercícios: TopClass permite que o professor crie testes e exercícios
que serão corrigidos pelo professor ou automaticamente pelo sistema. Com
base no resultado do aluno, o sistema tomará algumas ações, como por
exemplo passar material extra para o aluno que não se saiu bem, assim como
comunicar ao professor;
?? Segurança: o aluno só terá acesso ao material, grupos de discussão e
anúncios que forem direcionados a classe que ele pertence. A verificação dos
direitos de acesso é feita para cada objeto, proporcionando um poderoso
controle de acesso, permitindo inclusive, diferentes tipos de acesso a um
objeto.
5.5 CLASSNET
Classnet [GOR 96] é uma ferramenta que proporciona automatizar
funcionalidades administrativas para cursos através da Internet. Professores, alunos e
administradores, interagem com esta ferramenta apenas usando um Web browser, e desta
forma poderão organizar e ter acesso às informações da sua classe, pois o Classnet é quem
faz a ligação entre o Banco de Dados e o browser.
Ele consiste em quatro objetos:
?? Requisição: é o primeiro a ser criado quando o servidor HTTP chama o
ClassNet. Este objeto cria então um novo formulário, contendo os campos
57
para a identificação do usuário: nome, senha, classe e nome da página. Este
último contém o valor que identifica a requisição do aluno ao Classnet;
?? Classe: verifica se o aluno pertence a classe, para poder registrar-se e
criar/remover classes do BD (para administradores);
?? Tarefa: as tarefas são formulários onde o professor cria testes, trabalhos e
perguntas.
Estas
podem
ser
do
tipo
múltipla-escolha
(incluindo
Verdadeiro/Falso), respostas-curtas (incluindo preencher espaços em
branco) e discursivas (onde o aluno discorre sobre algo). Os dois primeiros
tipos possuem feedback imediato. Para cada tarefa, o professor define
também a data de vencimento, uma chave para o aluno poder acessar após o
vencimento, o peso de cada questão, a nota geral, os valores válidos, etc. Os
resultados são armazenados no BD;
?? Membros da Classe: os tipos de usuários que uma classe pode ter são o
professor, aluno e proctor. O primeiro pode registrar uma classe (com
aprovação do Administrador), manipular (incluir, modificar e eliminar) alunos
e tarefas, ver os relatórios referente as tarefas. Os alunos podem submeter
tarefas, registrar sua entrada, ver suas notas e responder ao professor. O
proctor é quem verifica os alunos que enviaram/acessaram os testes,
monitorando o seu desenvolvimento.
Pode-se destacar como características do ClassNet:
?? integração com materiais já existentes;
?? independência da estrutura do curso;
?? separação do conteúdo do curso e o seu gerenciamento;
?? liberação do professor para preocupar-se com o ensino;
?? acesso imediato e privado do aluno a tarefas e notas;
58
O sistema também possui mecanismos de listas de discussão, salas de chat e email. As informações trocadas são armazenadas para futuras avaliações.
5.6 AULANET
O AulaNet é um ambiente de aprendizagem cooperativo baseado na Web,
desenvolvido no Laboratório de Engenharia de Software (LES) do Departamento de
Informática da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), para a criação e
assistência de cursos à distância sobre os mais variados assuntos [LUC 97].
Os cursos do AulaNet baseiam-se nas seguintes premissas:
?? o autor do curso não precisa ser um especialista em Internet;
?? os cursos criados devem buscar grande capacidade de interatividade, a fim
de atrair maior participação do aluno no processo de aprendizado;
?? os recursos oferecidos para a criação dos cursos devem corresponder aos
de uma sala de aula convencional, acrescidos de outros normalmente
disponíveis no ambiente Web;
?? os professores devem selecionar os mecanismos que utilizarão no curso.
A comunicação entre professor e aluno, e entre alunos-alunos, é realizada através
dos seguintes mecanismos:
?? contato com o professor: permite a comunicação assíncrona com o
professor;
?? grupo de discussão: é a lista de discussão do curso, permite que as
mensagens sejam armazenadas para futuras consultas;
?? grupo de interesse: permite a discussão encadeada sobre um assunto
específico, como em ferramentas de Newsgroups;
59
?? debate: permite a comunicação síncrona, puramente textual.
O AulaNet oferece três métodos de avaliação: prova, trabalho e exercício.
Através de exercícios e trabalhos, os alunos podem debater, criar projetos e compartilhar
experiências, isto é, participar ativamente do processo de aprendizado. Através de provas, o
professor pode fazer a avaliação formativa do processo de aprendizagem, enfatizando a
importância dos aspectos cognitivos da aprendizagem.
As provas são controladas por uma ferramenta de criação e correção automática
desenvolvida no LES, chamada Quest. Os objetivos do Quest são auxiliar o professor na
criação de provas, dar feedback aos alunos e gerar relatórios para o professor, pois estes
relatórios são importantes para que o professor seja capaz de avaliar o quanto os alunos
aprenderam e o seu relacionamento com os objetivos do processo de aprendizagem.
Figura 5.4 – Ambiente de educação a distância Aulanet
Como pode-se observar através deste levantamento, o número de mecanismos
de avaliação disponíveis, em alguns sistemas atualmente é bastante diverso, evidenciando
preocupação em promover uma avaliação que não esteja restrita a provas, mas que esta
avaliação se realize através de outras formas, utilizando as tecnologias disponíveis na WEB
hoje. A tabela a seguir, apresenta os mecanismos de avaliação utilizados em cada um dos
sistemas descritos neste capítulo.
60
Tabela 5.1 - Comparação dos sistemas de avaliação
Mecanismos de avaliação
CyberQ
Carnegie WebCT
TopClass
ClassNet AulaNet
Testes via Web
X
X
X
X
X
X
Sistema de Rastreamento
X
X
X
X
Sistema de análise de textos
X
Testes Web adaptáveis
X
Trabalhos via Web
X
X
X
X
Testes personalizados
X
Registro de informações
trocadas em Chats
X
X
Registro de informações
trocadas em listas
X
X
Registro de informações
trocadas em e-mail
Registro dos exercícios
X
X
X
X
X
X
X
X
61
6
WIDELEARNER
O Ambiente de educação a distância Widelearner foi inicialmente desenvolvido
como parte integrante de um trabalho de conclusão do curso de ciência da computação [SAR
00]. Atualmente ele é utilizado como ambiente de educação a distância pelo Centro
Universitário Feevale de Novo Hamburgo-RS. O ambiente pode ser visitado por qualquer
pessoa e está disponível pela internet em http://ead.feevale.br .
Uma característica muito forte do ambiente é que ele atende a todos os requisitos
de software livre, pois tanto no seu desenvolvimento como na sua distribuição foram adotadas
políticas de software livre, que são aquelas onde o software é distribuído sem a necessidade
de pagamento de licenças para a sua utilização e ainda, o código fonte está a disposição de
quem quiser melhorar ou adaptar funcionalidades ao software. O ambiente é considerado
multiplataforma devido a possibilidade de adaptação em outros sistemas operacionais que
utilizam plataformas Unix e as mais diversas versões do sistema operacional Windows(9x,
NT, ME e XP). O ambiente pode ser executado em qualquer web browser sem causar erros
na carga das páginas de internet devido ao seu projeto não ter comandos proprietários,
aqueles específicos ao um determinado web browser.
As ferramentas utilizadas para o desenvolvimento do ambiente são as seguintes:
?? Sistema operacional : foi utilizado o sistema operacional freeware de
plataforma Unix, chamado de Linux, encontrado no pacote Conectiva Linux
4.2 Server;
62
?? Servidor WWW : foi utilizado um servidor WWW freeware chamado
Apache Web Server v.1.3.9 por estar disponível em diversas plataformas;
?? Servidor de banco de dados: foi utilizado o banco de dados freeware
postgreSQL por ser de livre distribuição e multiplataforma e atender outras
exigências de um bom banco de dados com suporte a transações que outro
concorrentes forte não tinha, como o MySQL;
?? Servidor de correio eletrônico: foi utilizado o sendmail por este já
acompanhar o sistema operacional Linux;
?? Linguagens: foi utilizado o HTML para a construção das páginas, o
JavaScript para fazer consistências de entradas no lado do cliente ou seja no
browser e o PHP como a linguagem que monta a página HTML e ainda faz
os comandos DML do lado do servidor.
?? Utilitários: foi utilizado o Keditor como editor de HTML, o Gimp como
editor de imagens e o Netscape Communicator 4.7 como browser, todos
utilitários freeware.
6.1 O MODELO DE COMPONENTES NO WIDELEARNER E SUA IMPLEMENTAÇÃO
O modelo de componentes definido no Widelearner baseou-se nos nove
componentes definidos pelo Dr. Sérgio Crespo, vejamos como foram definidos para o
Widelearner [SAR 00]:
?? Idioma: a interface estará disponível em outros idiomas além do português.
Na implementação foi prontificada a sua estrutura porém não implementada;
?? Atores: são os tipos de usuários que freqüentam o ambiente, como
Administrador, Professor e aluno. E cada usuário recebe uma autorização do
administrador para a utilização apropriada que tiver, conforme status definido
para ele. Na implementação os tipos de usuários são os mesmos sendo que
foram criados 6 níveis de permissão para eles;
63
?? Grupos: os usuários podem ser dispostos em grupos distintos, fazendo com
que estejam veiculados a determinado assunto e permita um melhor trabalho
em conjunto. Na implementação fora criado as turmas que são a
representação dos componentes aluno/curso;
?? Interface: permite a alteração do front-end do ambiente. Na implementação
foi feita apenas a disponibilização dinâmica de links conforme o tipo de
usuário autenticado;
?? Cursos: permite a manutenção de cursos. Na implementação professores
autorizados e administradores podem fazer a manutenção dos cursos;
?? Estrutura Navegacional: a interface pode ser adaptada pelo usuário. Na
implementação foi feita apenas a disponibilização dinâmica de links conforme
o tipo de usuário autenticado;
?? Instituições e Departamentos: os cursos poderão ser divididos em setores e
possuírem pré-requisitos para sua utilização conforme política da instituição.
Na implementação foi disponibilizado uma opção em “configurações” que
permiti a classificação dos cursos em áreas;
?? Serviços: são os serviços disponibilizados pelo ambiente como servidor Web
e E-mail. Na implementação o web server e e-mail foram amplamente
utilizados pois o primeiro é parte essencial do ambiente já que é nele que o
ambiente é executado e o segundo foi utilizado para comunicações em geral
com o usuário;
?? Documentos: são os formatos em que o material didático estará disponível,
como textos, apresentações, páginas web e vídeos. Na implementação os
documentos são selecionados durante a criação do curso.
No momento em que uma pessoa entra no ambiente Widelearner ela é recebida
como um usuário do tipo visitante que não possui grandes privilégios além de fazer algumas
consultas. A partir desse momento o usuário pode pedir para fazer um cadastro ou fazer uma
64
autenticação uma vez já cadastrado, a não ser que seja o administrador que já é um usuário
nativo do ambiente. Uma vez requerida a autenticação no ambiente, é feito uma busca no
cadastro de usuários para verificar se o usuário é válido e a senha corresponde ao seu
usuário. Junto desses dados é buscado ainda o tipo de usuário e o nível de autenticação que
ele possui para utilizar o ambiente. Este tipo de usuário é dividido em três tipos, alunos,
professores e o administrador. A relação de tipo de usuário e permissão disponibiliza
determinadas funcionalidades conforme definidas em seu projeto e elas estão dispostas da
seguinte forma:
Figura 6.1 – Tela de autenticação do Widelearner
?? Visitante: é o nível padrão a todos os usuários quando do acesso inicial no
ambiente. As opções disponíveis são o cadastro como aluno ou professor, a
consulta da descrição dos cursos cadastrados, a consulta do nome dos
professores cadastrados, o download de programas e a consulta da equipe.
?? Administrador: é o nível de permissão máximo que um usuário pode possuir.
Possui todas as funcionalidades do sistema. Pode fazer a consulta e
manutenção dos alunos, professores e cursos além de ele ser responsável por
tornar um aluno ou professor autorizado a utilizar o ambiente. O
65
administrador também é responsável por fazer a manutenção das tabelas
complementares do sistema como o cadastro de países, estados, cidades,
áreas, idiomas, mala direta e configurações;
?? Aluno não-autorizado: é o nível após um usuário se cadastrar como aluno
mas que ainda não recebeu a autorização do administrador para efetuar
matrículas no curso. A única opção disponível é a manutenção dos seus
dados cadastrais;
?? Professor não-autorizado: é o nível após um usuário se cadastrar como
professor mas que ainda não recebeu a autorização do administrador para
fazer a manutenção de seus próprios cursos. A única opção disponível é a
manutenção dos seus dados cadastrais;
?? Aluno autorizado: é o nível onde o usuário, cadastrado como aluno, recebe a
autorização do administrador para efetuar matrículas no curso. Portanto aqui
o aluno agrega a opção de poder efetuar a matrícula no curso;
?? Professor autorizado: é o nível onde o usuário, cadastrado como professor,
recebe a autorização do administrador para fazer a manutenção de seus
próprios cursos. Portanto aqui o professor agrega a opção de fazer a
manutenção de seus próprios cursos.
66
Figura 6.2 – Tela do usuário autenticado no Widelearner
No protótipo do ambiente ele fazia uso de variáveis sessions para salvar dados
que futuramente fossem necessários acessar sem a necessidade de ser feita uma nova busca
na base de dados daqueles dados. Devido a alguns
problemas com estas variáveis foi
utilizado o recurso de cookies, que diferentes das variáveis que são mantidas em memória os
cookies são mantidos em um arquivo físico no disco rígido do micro onde está sendo usado o
ambiente widelearner. Estas cookies guardam dados do perfil de um usuário, a especificação
de uma estrutura de diretórios, o período de vida para os cookies, string’s de conexão e
valores que necessitem ser utilizados em mais que uma página na mesma sessão.
O projeto inicial do Widelearner oferece a oportunidade de se utilizar várias
ferramentas para uso no desenvolvimento do curso, porém apenas uma foi desenvolvida na
sua implementação, que fora o WWW. Atualmente o ambiente possui novas ferramentas, que
foram definidas já no projeto inicial como o Chat, Forum, upload de trabalhos e o download
de material didático.
67
7
MODELO DE AVALIAÇÃO PROPOSTO
Um processo de avaliação não deve apenas medir o aproveitamento do aluno,
verificando apenas se ele adquiriu e assimilou novos conhecimentos. Além de medir o
aproveitamento a avaliação deve ser feita e encarada pelo aluno como oportunidade que ele
tem de ser analisado e considerado pelo seu comportamento. É importante que o aluno seja
avaliado pela sua participação, interesse, aptidão, responsabilidade e forma com que busca
adquirir novos conhecimentos. Pois estes fatores são fatores determinantes para o ingresso e
participação em um meio social, demonstrado inclusive aspectos de sua personalidade. A fato
do aluno ser avaliado por estes fatores faz disso uma motivação a mais para ele se envolver
com o processo educacional. Outro aspecto importante da avaliação no processo ensinoaprendizagem, por parte do aluno, é que a avaliação deve gerar informações capazes de
contribuir e orientar o aluno para aperfeiçoar sua participação do processo educacional; e por
parte do professor a avaliação deve gerar informações que dêem suporte a ele capazes de
corrigir possíveis falhas nas técnicas de avaliação bem como orientar o professor na melhora
das técnicas utilizadas para avaliação [HAY 00][HAC 00].
No capítulo três deste trabalho foram classificadas e explicadas as técnicas de
avaliação e os instrumentos utilizados por cada técnica para alcançar os resultados esperados
por cada técnica. A avaliação é um processo que deve ser pensado e executado
fundamentalmente em seus objetivos. No mesmo capítulo foi feita a referência a Taxionomia,
que é um esquema classificatório dos objetivos educacionais elaborado por Benjamim S.
Bloom e seus colaboradores [HAY 00]. Este esquema dá ao professor a estrutura necessária
68
para que ele selecione a técnica e o instrumento que melhor lhe convier para avaliar se o aluno
está alcançando os objetivos educacionais pré-estabelecidos, bem como elaborar e organizar
o conteúdo do instrumento a ser utilizado na avaliação no processo ensino-aprendizagem.
7.1 F ERRAMENTAS PARA DESENVOLVIMENTO DO MÓDULO DE AVALIAÇÃO
As ferramentas utilizadas para o desenvolvimento do módulo de avaliação são
todas ferramentas de livre distribuição e que tem o seu código aberto, sendo elas
apresentadas da seguinte maneira:
?? Sistema operacional : foi utilizado o sistema operacional freeware de
plataforma Unix, chamado de Linux, encontrado no pacote Conectiva Linux
7 Server;
?? Servidor WWW : foi utilizado um servidor WWW freeware chamado
Apache Web Server v.1.3.9 por estar disponível em diversas plataformas;
?? Servidor de banco de dados: foi utilizado o banco de dados freeware
postgreSQL 7 por ser de livre distribuição e multiplataforma e atender outras
exigências de um bom banco de dados com suporte a transações;
?? Linguagens: foi utilizado o HTML para a construção das páginas, o
JavaScript para fazer consistências de entradas no lado do cliente ou seja no
Web browser e o PHP como a linguagem que monta a página HTML e ainda
faz os comandos DML do lado do servidor.
Outro fator importante para a utilização destas ferramentas é que são ferramentas
utilizadas no desenvolvimento do ambiente de educação a distância Widelearner. Foi ainda
utilizado os programas PHP Editor, como editor PHP, Javascript e HTML e o emulador de
terminal PUTTY.exe para emular terminais no sistema operacional Linux. Estes dois últimos
programas são executados sobre o sistema operacional Winsows NT 4.0.
69
7.2 P ROTOTIPAÇÃO
Com as técnicas e instrumentos de avaliação devidamente estudadas foram
selecionados alguns instrumentos de avaliação para serem implementados neste módulo de
avaliação do processo ensino-aprendizagem. Este módulo de avaliação está sendo projetado
para ser utilizado no ambiente de educação a distância Widelearner, mas convêm aqui
enfatizar que o módulo está bem modularizado e independente da estrutura implementada no
Widelearner, fazendo do módulo aqui definido e implementado de fácil adaptação em outro
ambiente de educação a distância desde que este tenha utilizado no seu desenvolvimento as
mesmas ferramentas utilizadas no módulo de avaliação.
Portanto as técnicas e instrumentos de avaliação que foram selecionadas e
estarão disponíveis ao professor para uso na avaliação do processo ensino-aprendizagem
conforme a sua necessidade são as seguintes:
?? Testagem: esta técnica permite ao professor verificar de uma forma objetiva
a aquisição de novos conhecimentos. Atendendo assim aos objetivos do
domínio cognitivo da taxionomia definidos no subcapítulo 3.4. E para fazer
uso desta técnica na avaliação foi selecionado para a implementação o uso
do instrumento de avaliação chamado aqui de provas objetivas. As provas
objetivas podem ser formuladas e apresentadas de diferentes maneiras,
porém na implementação será apenas utilizado o método da múltipla escolha,
método este que é muito utilizado para prestação de vestibular para ingresso
na faculdade;
?? Questões dissertativas: esta técnica permite ao professor verificar de uma
forma subjetiva a aquisição de novos conhecimentos. A principal
característica desta técnica é a forma pela qual o aluno se expressa para dar
a reposta diferente da prova objetiva onde ele seleciona uma única resposta
daquelas propostas. Esta técnica também atende aos objetivos do domínio
cognitivo da taxionomia. E para fazer uso desta técnica na avaliação foi
selecionado para a implementação o uso do instrumento de avaliação
chamado aqui de provas dissertativas.;
70
?? Auto-avaliação: esta técnica permite ao aluno apontar seus pontos fortes e
fracos, sejam eles na busca do conhecimento ou no seu comportamento. Esta
técnica atende principalmente aos objetivos do domínio afetivo da
taxionomia. E para fazer uso desta técnica na avaliação foi selecionado para a
implementação o uso do instrumento de avaliação chamado aqui de autoavaliação.
7.3 ESTRUTURA DO MÓDULO DE AVALIAÇÃO
De uma forma bem prática podemos dizer que os professores utilizam
instrumentos de avaliação para fazer uma apreciação e verificação dos objetivos préestabelecidos a serem alcançados por um aluno em um determinado curso ou disciplina em
um determinado período letivo. Nesta afirmação está contido todos os elementos que
compõem o módulo de avaliação, destacando-os, eles ficam representados da seguinte forma:
?? Aluno: é o elemento que é submetido a avaliação ou reavaliação dos
objetivos pré-estabelecidos pelo professor a um determinado curso ou
disciplina;
?? Professor: é o elemento que elabora um instrumento de avaliação;
?? Curso: é o elemento que suporta a integração de todos os outros elementos;
?? Instrumento de avaliação: é o elemento que representa a ferramenta utilizada
pelo professor para avaliar os objetivos pré-estabelecidos por ele;
?? Objetivos pré-estabelecidos: é a valorização que cada instrumento de
avaliação pode assumir perante a avaliação final. Ela é definida perante uma
escala de valores de amplitude de 0 a 100 pontos não fracionáveis;
?? Avaliação Final: é o elemento que representa o resultado final das avaliações
feitas em um período letivo
Como alguns elementos aqui definidos estão definidos, estruturados e
operacionais no modelo de dados definidos no Widelearner, não houve a necessidade de criar
71
estruturas duplicadas para eles, já que o módulo de avaliação está sendo acoplado ao
Widelearner. E é o Widelearner o responsável por autenticar e tratar as devidas permissões
para cada tipo de usuário. Os elementos aqui definidos como aluno e professor fazem parte
do componente definido como atores, e o elemento curso compõe o elemento cursos no
Widelearner. Operacionalmente o componente atores é chamado de usuário, e o usuário
pode ser de três tipos, aluno, professor e administrador. Enquanto o componente cursos é
chamado de curso.
Após o usuário autenticar no ambiente, ele tem acesso a uma lista de cursos que
ele pode utilizar conforme a sua permissão para o ambiente. Na figura abaixo o usuário
autenticado é o Administrador, e ele tem acesso a todos os cursos cadastrados, enquanto o
professor tem acesso apenas ao seu.
Figura 7.1 – Tela dos cursos cadastrados
Enquanto isso o aluno pode acessar apenas aqueles cursos onde está matriculado
e autorizado.
72
Figura 7.2 – Tela dos cursos autorizados para o aluno
7.3.1 Composição dos elementos
Os elementos que compõe o módulo de avaliação estão compostos da seguinte
maneira:
Objetivos pré-estabelecidos
Os objetivos pré-estabelecidos são os objetivos que o professor define para que
um aluno alcance e seja aprovado num determinado curso em que ele participa. Para que o
aluno seja aprovado ele precisa atingir o objetivo mínimo caso contrário ele está sujeito a ser
reprovado ou reavaliado. Os objetivos aqui definidos estão representados por um formato
quantitativo, ou seja por valores numéricos. O domínio destes valores está representado pelos
extremos de no mínimo 0 e no máximo 100 pontos. Os intervalos deste domínio não
assumirão partes fracionais como 60,5 pontos, somente será representado por partes inteiras
como 60 ou 61 pontos obtidos. Portanto a escala de valores que representam os objetivos
em que o aluno será submetido será de 0 a 100 pontos.
73
Instrumentos de avaliação na elaboração pelo professor
Para os Instrumentos de avaliação foram definidos 3 tipos, sendo eles as Provas
Dissertativas, Provas Objetivas e Auto-Avaliação.
Figura 7.3 – Tela dos tipos de avaliações existentes
A Prova Dissertativa está composta pela seguinte estrutura:
Figura 7.4 – Tela das provas dissertativas cadastradas
74
Figura 7.5 – Tela de manutenção da prova dissertativa
?? Data Inicial: é o dia em que a prova é disponibilizada no ambiente para que o
aluno responda as suas questões;
?? Data Final: é o dia em que a prova é indisponibilizada para o aluno;
?? Descrição: é uma descrição sucinta do que é prova;
?? Validade: é um “flag” que faz com que a prova seja aceita ou não nos
cálculos da avaliação final. A prova pode até ser respondida pelos alunos
porém não será considerada seus valores para efeito de avaliação. Os
valores que o flag pode assumir é “S” para que a prova seja aceita, ou “N”
para que não seja aceita;
?? Peso: peso é o percentual, que assume valores de 0 a 100, em partes
inteiras, no qual o instrumento representa junto a todos os outros
instrumentos dentro de um determinado nível de avaliação. O percentual
deste instrumento somado ao percentual dos outros instrumentos
cadastrados no mesmo nível devem corresponder a um total de 100 pontos.
Nível de avaliação será detalhado mais abaixo;
75
Figura 7.6 – Tela de manutenção das questões da prova dissertativa
?? Questões: as questões são as questões subjetivas em que o aluno é
submetido para ser avaliado. Elas estão compostas pela seguinte estrutura:
?? Questão: é a pergunta que o aluno está sendo submetido;
?? Validade: é um “flag” que faz com que a questão seja aceita ou não nos
cálculos de pontuação da prova, ou ainda, o flag pode fazer com que a
questão seja ou não apresentada para o aluno na hora que ele for
submetido a prova. Os valores que o flag pode assumir é “S” para que a
questão seja aceita, ou “N” para que não seja aceita;
?? Seqüencia de apresentação: é a seqüencia ou ordenação em que as
questões são exibidas para o aluno na hora de responder. Conforme
visto no capítulo 3 é importante que as questões estejam ordenadas em
ordem crescente de dificuldade, da mais fácil para a mais difícil, ou
ainda, elas estejam agrupadas conforme o assunto;
?? Peso: é o peso percentual, que assume valores de 0 a 100, em partes
inteiras, que cada questão assume junto das outras para compor um total
de 100.
76
A Prova Objetiva tem a mesma composição que a Prova Dissertativa, vejamos
como ela se apresenta:
Figura 7.7 – Tela das provas objetivas cadastradas
Figura 7.8 – Tela de manutenção da prova objetiva
Vejamos como estão estruturadas as suas questões:
77
Figura 7.9 – Tela de manutenção das questões da prova objetiva
?? Questões: são questões objetivas em que o aluno é submetido para ser
avaliado. Elas estão compostas pela seguinte estrutura:
?? Questão: é a pergunta que o aluno está sendo submetido;
?? Opções de resposta: são 5 alternativas que são disponibilizadas para o
aluno selecionar como alternativa correta, sendo que apenas uma delas é
a correta;
?? Resposta: é a alternativa correta;
?? Validade: é um “flag” que faz com que a questão seja aceita ou não nos
cálculos de pontuação da prova, ou ainda, o flag pode fazer com que a
questão seja ou não apresentada para o aluno na hora que ele for
submetido a prova. Os valores que o flag pode assumir é “S” para que a
questão seja aceita, ou “N” para que não seja aceita;
78
?? Seqüencia de apresentação: é a seqüencia ou ordenação em que as
questões são exibidas para o aluno na hora de responder. Conforme
visto no capítulo 3 é importante que as questões estejam ordenadas em
ordem crescente de dificuldade, da mais fácil para a mais difícil, ou
ainda, elas estejam agrupadas conforme o assunto;
?? Peso: é o peso percentual, que assume valores de 0 a 100, em partes
inteiras, que cada questão assume junto das outras para compor um total
de 100.
Na Auto-avaliação o aluno tem a oportunidade de responder um comentário
referente a sua auto-avaliação que não fará parte da avaliação e não fica a cargo do professor
a sua elaboração, pois ela será apresentada estaticamente em todas as auto-avaliações que
forem realizadas. O comentário dos alunos dá a oportunidade ao professor fazer uma análise
da conduta do comportamento dos alunos ou o que eles pensam sobre o processo ensinoaprendizagem. A Auto-avaliação tem a mesma composição que a Prova Dissertativa, vejamos
como ela se apresenta:
Figura 7.10 – Tela das auto-avaliações cadastradas
79
Figura 7.11 – Tela de manutenção das auto-avaliações
Vejamos de que forma as questões estão estruturadas:
Figura 7.12 – Tela de manutenção das questões da auto-avaliação
?? Questões: são as questões que o aluno é submetido para ser avaliado. Elas
estão compostas pela seguinte estrutura:
80
?? Questão: é a questão que o aluno está sendo submetido. A resposta tem
5 alternativas que representam níveis de alcance para a questão como
péssimo, insatisfatório, regular, satisfatório, excelente, que correspondem
respectivamente a uma escala de 0-25-50-75-100 por cento da questão
a ser respondida;
?? Validade: é um “flag” que faz com que a questão seja aceita ou não nos
cálculos de pontuação da auto-avaliação, ou ainda, o flag pode fazer
com que a questão seja ou não apresentada para o aluno na hora que
ele for submetido a auto-avaliação. Os valores que o flag pode assumir é
“S” para que a questão seja aceita, ou “N” para que não seja aceita;
?? Seqüencia de apresentação: é a seqüencia ou ordenação em que as
questões são exibidas para o aluno na hora de responder;
?? Peso: é o peso percentual, que assume valores de 0 a 100, em partes
inteiras, que cada questão assume junto das outras para compor um total
de 100.
Instrumentos de avaliação na correção pelo professor
Após o professor elaborar os instrumentos de avaliação , eles serão
disponibilizados aos alunos conforme suas regras para tal ação. Uma vez disponíveis os
instrumentos, os alunos irão utiliza-los para futuramente serem apreciados pelos professores e
dessa forma os alunos serem avaliados. Os 3 instrumentos de avaliação citados anteriormente
são apreciados de diferentes maneiras, vejamos:
?? Provas dissertativas: as questões respondidas serão apresentadas ao
professor uma a uma de todos os alunos para que seja avaliado o conteúdo
conforme critério por ele definido. Assim o professor informará uma nota
percentual de 0 a 100 conforme o professor achar conveniente com a
qualidade da resposta à questão. O autoria das respostas será mantida em
sigilo e elas serão apresentadas todas juntas conforme critérios para boa
elaboração de provas dissertativas definidas no capítulo 3 deste trabalho. Por
81
exemplo será exibida a questão de número 1 de todos os alunos em
seqüencia aleatória para serem apreciadas, sem o nome do aluno
identificando a quem pertence a resposta;
Figura 7.13 – Tela das questões dissertativas aplicadas em uma prova
Figura 7.14 – Tela das respostas dos alunos de uma questão dissertativa
82
?? Provas Objetivas: como a resposta das questões que formam a prova já
são definidas na sua elaboração, não há a necessidade do professor fazer
nenhum tipo de correção;
?? Auto-avaliação: como a resposta para as questões que formam a autoavaliação não exigem nenhum tipo de conferência, então também não a
necessidade do professor verificar as respostas.
Instrumentos de avaliação no seu uso pelo aluno
A partir do momento que o instrumento de avaliação estiver disponível para o
aluno na internet ele poderá fazer uso dele. Instrumentos como as provas e a auto-avaliação
poderão ser utilizados uma vez só.
Figura 7.15 – Tela das avaliações válidas
?? Provas dissertativas: a cada questão que o aluno for submetido ele deve
dar uma resposta dissertativa. Não há um gabarito da prova devido a sua
subjetividade;
83
Figura 7.16 – Tela da prova dissertativa
?? Provas Objetivas: a cada questão que o aluno for submetido ele deve
selecionar uma das 5 alternativas como resposta a questão, que ele acredita
ser a correta;
Figura 7.17 – Tela da prova objetiva
84
?? Auto-avaliação: a cada questão que o aluno for submetido ele deve
selecionar uma alternativa a qual ele acredita estar mais próxima da sua
realidade, A escala de opções está identificada por péssimo, insatisfatório,
regular, satisfatório e excelente.
Figura 7.18 – Tela da auto-avaliação
Avaliação final
A avaliação final de um período letivo verifica se o aluno atingiu ou não o objetivo
final proposto pelo professor ou instituição para o curso ou disciplina ministrado. Durante este
período os instrumentos de avaliação podem ser usados para avaliar ou reavaliar os alunos.
Os instrumentos podem ser usados de forma indiscriminada conforme o professor ou a
instituição achar necessário. Sendo assim é preciso que se crie uma estrutura capaz de
organizar o uso destes instrumentos conforme for atribuída a importância(peso do instrumento
em comparação aos outros utilizados naquele nível de avaliação) do instrumento ser utilizado
para elaborar o resultado final ou parcial de uma avaliação quantitativa, que é a forma com
que cada instrumento representa o resultado da avaliação feito pelo instrumento.
Portanto, considerando a relação de peso da nota no instrumento e período a
que ele será utilizado, foram criados três elementos. Estes três elementos obedecem fielmente
85
a uma hierarquia de domínio, pois um está abaixo do outro e dentro do outro. Eles serão
chamados aqui de avaliações, níveis de avaliações e agrupamentos de níveis de avaliações. Da
mesma forma como foram citados aqui eles obedecem a hierarquia de domínio sendo o
primeiro mais específico. Vejamos como eles estão representados e relacionados:
Figura 7.19 – Tela das opções de configuração das avaliações
?? Avaliações: são os instrumentos de avaliações disponíveis para serem
elaborados pelo professor. Lembrando que cada instrumento pode ter um
peso de amplitude de 0 a 100 pontos. Este peso deve ser somado a todos os
outros pesos dos instrumentos que forem utilizados dentro do mesmo nível de
avaliação a ponto de serem somados e totalizarem em 100 pontos;
?? Níveis de avaliações: é composto por uma descrição do nível das
avaliações, a data final para que as avaliações sejam feitas e um peso que
respeita aquela amplitude de 0 a 100 pontos. A mesma relação que as
avaliações tem com os níveis de avaliações, os níveis de avaliações tem com
os agrupamentos de níveis de avaliações. Ou seja pode haver vários níveis de
avaliações dentro de um agrupamento de níveis de avaliações. E, a soma de
86
todos os pesos dos níveis de avaliações cadastrados para um agrupamento
devem totalizar 100 pontos;
Figura 7.20 – Tela dos níveis de avaliações cadastrados
Figura 7.21 – Tela de manutenção dos níveis de avaliações
?? Agrupamento de níveis de avaliações: é composto por uma descrição do
agrupamento, a data final para que as avaliações sejam feitas, uma nota
87
mínima que correspondente ao objetivo mínimo a ser alcançado pelos alunos
no curso e um flag que indica se o último agrupamento deve considerar a nota
obtida no agrupamento anterior para ser somada a nota do último
agrupamento e ser feita uma média delas ou senão somente considerar a nota
do último agrupamento. A reavaliação ao último agrupamento somente será
necessária caso a nota mínima do agrupamento anterior não tenha sido
atingida pelo aluno. Portanto o aluno pode ser reprovado ou ser colocado à
uma reavaliação que aqui corresponde ao último agrupamento de níveis de
avaliações.
Figura 7.22 – Tela dos agrupamentos de níveis de avaliações cadastrados
88
Figura 7.23 – Tela de manutenção dos agrupamentos de níveis de avaliações
O modelo aqui definido é bastante flexível a qualquer tipo de avaliação por
números quantitativos que representem o resultado dos instrumentos utilizados para se chegar
a uma avaliação.
Para colocar um exemplo prático de avaliação, utilizando o modelo aqui
definido, será adotado o sistema de avaliação do Centro Universitário Feevale.
Exemplo:
Para a elaboração da avaliação final será utilizado dois agrupamentos, que serão
chamados de AGR1 e AGR2. Dentro do AGR1 serão criados dois níveis de avaliações que
serão chamados de NIV1 e NIV2. E dentro do AGR2 será criado o nível de avaliação
chamado NIV3. O NIV1 e NIV2 terão peso de 50 porcento cada. Caso os instrumentos de
avaliação que serão apresentados abaixo e que compõe os níveis de avaliações NIV1 e
NIV2 somem um total maior ou igual a 70 pontos o aluno não será submetido a uma
reavaliação que aqui é representada pelo agrupamento AGR2. O valor mínimo de 70 pontos
representa o objetivo estabelecido pelo professor para o agrupamento AGR1. Caso este
objetivo não seja alcançado o aluno é submetido a reavaliação do agrupamento AGR2. Neste
caso o professor estabeleceu que o novo objetivo previsto seria alcançar 50 pontos, porém
89
estes 50 pontos devem ser conseguidos pela média dos pontos do agrupamento AGR1 e
AGR2.
Serão utilizados cinco instrumentos de avaliação nos níveis de avaliações:
No nível de avaliação NIV1 será utilizado:
?? Uma prova dissertativa, que será referenciada como PDS1 de 10 questões,
sendo que cada uma eqüivale a 10 pontos, totalizando assim 100 pontos. O
peso de PDS1 é de 70 porcento para o NIV1;
?? Um trabalho definido pelo professor, referenciado aqui como POB1. E o
peso de POB1 é de 30 porcento para o NIV1.
No nível de avaliação NIV2 será utilizado:
?? Uma prova dissertativa, que será referenciada como PDS2 de 10 questões,
sendo que cada uma eqüivale a 10 pontos, totalizando assim 100 pontos. O
peso de PDS2 é de 80 porcento para o NIV2;
?? Uma auto-avaliação elaborada pelo professor, referenciado aqui como
AUT1. E o peso de AUT1 é de 20 porcento para o NIV2.
No nível de avaliação NIV3 será utilizado:
?? Uma prova dissertativa, que será referenciada como POB2 de 10 questões,
sendo que cada uma eqüivale a 10 pontos, totalizando assim 100 pontos. O
peso de POB3 é de 100 porcento para o NIV3;
A fórmula:
Nota NIV1 = ((PDS1*70%)+(POB1*30%))*50%;
Nota NIV2 = ((PDS2*80%)+(AUT1*20%))*50%;
Nota NIV3 = (POB2*100%)*100%;
Nota AGR1 = NIV1 + NIV2;
90
Nota AGR2 = NIV3;
Se AGR1 for maior que 70 pontos então o aluno está aprovado. Senão é preciso
que o aluno atinja mais que 50 pontos através da fórmula ( (AGR1 + AGR2) / 2).
Vejamos na tabela abaixo como ficaria a situação de alguns alunos segundo as
notas alcançadas nas avaliações:
Tabela 7.1 – Exemplo de notas obtidas através dos instrumentos de avaliações
Alunos/Instrumentos
PDS1
POB1
PDS2
AUT1
POB2
Situação
Aluno A
80
70
60
75
60
65 (Aprovado)
Aluno B
80
80
70
70
Aluno C
50
70
30
60
75 (Aprovado)
40
43(Reprovado)
Para facilitar o entendimento das regras e do domínio de cada parte da avaliação
como um todo vejamos uma demonstração gráfica de todos os elementos citados no exemplo
acima:
91
AGR1
AGR2
NIV1
PDS1
NIV3
POB1
POB2
NIV2
PDS2
AUT1
Figura 7.24 – Representação gráfica do modelo de avaliação definido
Permissões dos usuários
Seguindo o modelo de atores do ambiente de educação a distância Widelearner,
vejamos como fica as permissões dos usuários para utilizar o módulo de avaliação:
?? Visitante: este usuário não possui acesso ao módulo de avaliação;
?? Administrador: tem acesso ao esquema de avaliação de todos os cursos. Ele
pode fazer a manutenção dos instrumentos de avaliação, bem como a
92
manutenção dos níveis de avaliações e agrupamentos de níveis de avaliação.
Além disso ele ainda pode consultar as notas dos alunos e avaliar os alunos
que fizeram uso dos instrumentos de avaliação;
?? Aluno não-autorizado: este usuário não possui acesso ao módulo de
avaliação, até que ele seja autorizado pelo Administrador;
?? Professor não-autorizado: este usuário não possui acesso ao módulo de
avaliação, até que ele seja autorizado pelo Administrador;
?? Aluno autorizado: é o nível onde o usuário está autorizado a utilizar os
instrumentos de avaliação para ser avaliado. E além disso ele pode consultar
as suas notas de avaliações que ele participara;
?? Professor autorizado: tem acesso ao esquema de avaliação do curso em que
ele está autorizado a utilizar. Ele pode fazer a manutenção dos instrumentos
de avaliação, bem como a manutenção dos níveis de avaliações e
agrupamentos de níveis de avaliação. Além disso ele ainda pode consultar as
notas dos alunos e avaliar os alunos que fizeram uso dos instrumentos de
avaliação.
Consultas dos usuários
Todos os usuários poderão fazer um acompanhamento da evolução das notas
obtidas pelos alunos. O professor e o administrador do ambiente poderão consultar as notas
obtidas de todos os alunos de um determinado curso, enquanto os alunos poderão ver apenas
as notas referente a sua avaliação no curso.
93
Figura 7.25 – Representação gráfica do modelo de avaliação definido
7.4 IMPLEMENTAÇÃO DO PROTÓTIPO
Após a concepção do módulo de avaliação foi criado a estrutura física do
projeto a ser implementado. O local escolhido para desenvolvimento do protótipo foi o
laboratório do Núcleo de Educação a Distância da Feevale (NEAD). O fator preponderante
para esta decisão é devido ao fato dos programas fontes do Widelearner não poderem ser
distribuídos e pelo fato de Ter uma estrutura operacional instalada e estável. Com isso criouse a base de dados no servidor Linux backup do laboratório. A base de dados se chama “
avaliação”.
Uma vez criada a base de dados , foi utilizado o comando pg_dump para
exportar a estrutura física das tabelas do módulo de avaliação bem como os dados e a
estrutura da base de dados de desenvolvimento do Widelearner.
Com a base de dados instalada, deu-se início ao desenvolvimento. As
dificuldades iniciais no desenvolvimento foram imensas, devido ao fato de não ter nenhuma
familiaridade com as ferramentas a serem utilizadas, pois jamais havia utilizado nenhuma delas
antes. Fato este já esperado, pois esta questão vinha de encontro a um dos meus objetivos
94
pessoais para fazer este trabalho, que era de aprender novas tecnologias e me familiarizar com
o ambiente de desenvolvimento para internet.
Uma preocupação constante com o desenvolvimento do protótipo era com a
otimização do ambiente. Para isso procurou-se deixar o fonte dos programas o menor
possível combinando comandos SQL otimizados que retornassem o menor volume de dados,
e sempre que possível fazer o processamento ou agrupamento dos dados no servidor do
banco de dados.
95
8
TRABALHOS FUTUROS
O módulo de avaliação aqui desenvolvido é de livre distribuição assim como as
ferramentas utilizadas para o seu desenvolvimento. Dessa forma ele ainda poderá sofrer
algumas alterações em sua implementação inicial devido a algumas necessidades para se
tornar totalmente operacional, como ajustes na consistência dos campos e fazer a verificação
da existência de dados que são necessários para seguir na inclusão de uma outra tabela.
Como na maioria das ferramentas de avaliação existem mecanismos de avaliação
que fazem rastreamento da navegação do aluno nas páginas WEB e por ser uma instrumento
de avaliação bem interessante capaz de trazer informações bastante úteis para a técnica de
avaliação da observação é interessante que se faça o projeto deste mecanismo sobre o
ambiente de educação a distância, pois de muito depende da estrutura do ambiente, já que é
ele que vai coletar os dados necessários, como o log das páginas visitadas pelos alunos. As
informações geradas podem ser justamente para ver por onde o aluno está passando, a
seqüencia das visitas e o tempo de permanência. Com estas informações em mãos o
professor poderá fazer a sua análise utilizando a técnica da observação além de orientar o
aluno qual a melhor forma de uso do ambiente.
Outra ferramenta de avaliação que atende a técnica de avaliação da observação
e é amplamente utilizada nas avaliações de ambiente de educação a distância são o controle
de mensagens trocadas via e-mail, chat e forum. Por isso faz-se necessário da elaboração de
um instrumento capaz de avaliar quantitativamente a qualidade das mensagens trocadas entre
alunos para alunos e alunos para professor.
96
9
CONCLUSÃO
A avaliação do processo ensino-aprendizagem é essencial para ambientes de
educação a distância, pois a avaliação é um fator considerado importante para a credibilidade
e seriedade dos ambientes de educação a distância. É a avaliação que verifica o desempenho
do aluno e pode contribuir para a melhoria do ambiente através de informações fornecidas
pelas avaliações.
Como a avaliação deve ser planejada em função dos objetivos é importante que
o ambiente de educação a distância esteja muito bem estruturado de modo que as atividades
desenvolvidas atendam aquilo que esteja sendo proposto a ser avaliado. É importante que o
ambiente tenha as atividades organizadas e estruturadas de tal forma que haja um vínculo ou
uma relação de cada atividade ou parte dela com o instrumento ou parte dele de modo que
avaliação reflita especificamente o que foi avaliado. Com essa relação é possível se ter
informações que demonstrem a relação de rendimento da atividade com a relação da
participação ou não da atividade proposta para o currículo. Através de estatísticas é possível
gerar informações sobre o tipo de atividade, ou até o tipo de mídia utilizado em uma
determinada atividade que está propiciando um melhor rendimento ou não por parte do aluno.
97
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[ALB 95]ALBUQUERQUE, Ivanise Maciel de, et al. Avaliação no processo ensino
aprendizagem – Abordagem e tendência na escola de 1o e 2o Graus.
Monografia, Curso de Especialização em Planejamento Educacional. Fortaleza,
CE.
1995.
75
págs.
Disponível
por
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100
ANEXO 1 – MODELO DE DADOS ENTIDADERELACIONAMENTO
101
ANEXO 2 – DICIONÁRIO DE DADOS
102
ANEXO 3 - CÓDIGO FONTE

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