Time de Resposta Rápida

Transcrição

Kit inicial:
Time de Resposta Rápida
Como fazer
Uma iniciativa nacional liderada pelo IHI, a campanha “5 Milhões de vidas” visa melhorar a qualidade da
assistência à saúde nos EUA através da prevenção da ocorrência de 5 milhões de incidentes entre
Dezembro de 2006 e Dezembro de 2008. Os guias “ Como fazer” desta Campanha são desenhados para
partilhar as melhoras práticas nas áreas de relevância para as organizações participantes. Para mais
informações e materiais adicionais, acesse www.ihi.org/IHI/Programs/Campaign
Este guia é dedicado à memória de. David R. Calkins,, MPP ( 27 de Maio de 1948 – 7 de Abril de 2006) –Médico,
professor, colega e amigo – fundamental para o desenvolvimento da base científica desta Campanha, David
dedicou-se a garantir o embasamento clínico de seu trabalho, além de personificar o espírito de otimismo e
aprendizado da campanha. Seu comprometimento incansável e inestimáveis contribuições serão fonte de eterna
inspiração para todos nós.
.
Copyright © 2008 Institute for Healthcare Improvement
Todos os direitos reservados.. Cópias destes materias são autorizadas somente para fins educacionais,
não lucrativos, contanto que não haja alteração do conteúdo, e que o crédito pela autoria seja dado ao IHI..
É vedada a reprodução destes materiais para fins comerciais ou lucrativos, bem como sua re-publicação
sob quaisquer circunstãncias, sem autorização por escrito do Institute for Healthcare Improvement.
Como citar este material: ( Versão original em inglês)
5 Million Lives Campaign. Getting Started Kit: Rapid Response Team How-to Guide. Cambridge, MA:
Institute for Healthcare Improvement; 2008. (Available at www.ihi.org)
5 Million Lives Campaign
Como fazer: Time de Resposta Rápida
The Institute for Healthcare Improvement (IHI) é uma organização sem fins
lucrativos que visa melhorar a assistência à saúde em todo o mundo. O IHI ajuda a
acelerar mudanças cultivando e colocando em práticas idéias promissoras de
melhoria nos cuidados ao paciente. Milhares de prestadores de serviços de saúde
participam do trabalho inovador do IHI.
Patrocinadores da Campanha
A Campanha “5 Milhões de Vidas” tornou-se possível através da liderança e
generoso apoio dos planos de saúde “America’s Blue Cross” e “Blue Shield” . O
IHI também agradece aos seguintes patrocinadores: “Cardinal Health
Foundation”, “Blue Shield of California Foundation”, “Rx Foundation”, “Aetna
Foundation”, “Baxter International, Inc.”, “The Colorado Trust”, e “Abbott Fund”.
A presente iniciativa baseia-se no trabalho iniciado pela “ 100,000 Lives
Campaign” patrocinada pela Blue Cross Blue Shield of Massachusetts, Cardinal
Health Foundation, Rx Foundation, Gordon and Betty Moore Foundation,
Colorado Trust, Blue Shield of California Foundation, Robert Wood Johnson
Foundation, Baxter International, Inc., Leeds Family, e David Calkins Memorial
Fund.
2
Parceiro Científico
A Sociedade de Medicina Intensiva (Society of Critical Care Medicine) atuou
generosamente como parceiro científico e acessor em nosso trabalho nesta
intervenção.
3
Monitoramento Precoce e Sistema de Resposta
Nos hospitais a paradas cardíaca geralmente são precedidas por sinais
perceptíveis de deterioração, normalmente, de 6 a 8 horas antes da parada
ocorrer. O reconhecimento precoce desses sinais e o pronto atendimento podem
reduzir a mortalidade em pacientes hospitalizados.
O que é um Time de Resposta Rápida?
Um Time de Resposta Rápida – conhecido por alguns como Time de
Emergência Médica (Medical Emergency Team -MET) – é um time de
profissionais que levam expertise em cuidados críticos/intensivos à beira do leito
do paciente (ou onde for necessário).
Por que precisamos do Time de Resposta Rápida?
Todos os dias pessoas morrem desnecessariamente nos hospitais.
Provavelmente cada médico possa fornecer um exemplo de um paciente que,
retrospectivamente, não deveria ter evoluído a óbito durante a internação. O
objetivo é apagar a “faísca” antes que se torne um incêndio.
O que é um Sistema de Score para Alerta Precoce (Early Warning
Scoring System-EWSS)
Além do Time de Resposta Rápida, alguns hospitais foram pioneiros na
utilização de sistemas de score para alerta precoce de modo a identificar de
maneira segura e eficaz pacientes apresentando problemas, desencadeando
assim resposta apropriada e vital. Sistemas de Score efetivos têm dois
elementos essenciais:
•
Utilização de observações e indicadores fisiológicos rotineiros na
identificação de pacientes de risco, onde quer que o paciente esteja.
4
Membros do time com conhecimento, habilidade e experiência
apropriados devem responder prontamente assim que o paciente é
identificado.
Instabilidade Clínica antes da Parada
Vários estudos demonstraram que os pacientes frequentemente exibem sinais e
sintomas de instabilidade fisiológica por algum período de tempo antes de uma
parada cardíaca:
70% (45/64) dos pacientes apresentam evidências de deterioração
respiratória nas 8 horas que antecedem a parada.
Schein RM, Hazday N, Pena M, et al. Clinical antecedents to in-hospital cardiopulmonary
arrest. Chest. 1990;98:1388-1392.
66% (99/150) dos pacientes apresentam sinais e sintomas anormais em
até 6 horas antes da parada, sendo o médico notificado somente em 25%
(25/99) dos casos.
Franklin C, Mathew J. Developing strategies to prevent in hospital cardiac arrest:
analyzing responses of physicians and nurses in the hours before the event. Crit Care
Med. 1994;22(2):244-247.

Seis anormalidades clínicas mostraram-se independentemente
associadas ao aumento do risco de mortalidade; diminuição no nível de
consciência, inconsciência, hipóxia e taquipnéia. Dentro desses eventos,
os mais comuns foram hipóxia (51% dos eventos) e hipotensão (17%).
Buist M, Bernard S, Nguyen TV, Moore G, Anderson J. Association between clinically
abnormal observations and subsequent in-hospital mortality: a prospective study.
Resuscitation. 2004;62(2):137-141.
O Artigo de Franklin indentificou vários sinais de alerta presentes dentro das 6
horas que antecedem a parada:
•
PAM <70, >130 mmHg
•
Freqüência cardíaca <45, >125 por minuto
5
•
Frequência respiratória <10, >30 por minuto
•
Dor torácica
•
Alteração do nível de consciência
6
Que diferença um Time de Resposta Rápida pode fazer?
Que diferença faz ?
Depois
Antes
No de paradas
63
22
RRR 65% P=0.001
Óbitos por parada
37
16
RRR 56% P=0.005
No de dias de UTI pós
parada
163
33
RRR 80% P=0.001
No de dias de internação
pós parada
1363
159
RRR 88% P=0.001
Mortalidade pctes
internados
302
222
RRR 26% P=0.004
Bellomo R, Goldsmith D, Uchino S, et al. A prospective before-and-after
trial of a medical emergency team. Medical Journal of Australia.
2003;179(6):283-287.

50% de redução das paradas cardíacas fora da Unidade de Terapia
Intensiva
Buist MD, Moore GE, Bernard SA, Waxman BP, Anderson JN, Nguyen TV. Effects of a
medical emergency team on reduction of incidence of and mortality from unexpected cardiac
arrests in hospital: preliminary study. BMJ. 2002;324:387-390.
Redução das transferências pós operatórias de emergência para Unidade
de Terapia Intensiva (58%) e óbitos (37%)
Bellomo R, Goldsmith D, Uchino S, et al. Prospective controlled trial of effect of medical
emergency team on postoperative morbidity and mortality rates. Crit Care Med.
2004;32:916-921.
Redução de paradas cardíacas prévias à transferência para a Unidade de
Terapia Intensiva (4 % vs. 30 %)
Goldhill DR, Worthington L, Mulcahy A, Tarling M, Sumner A. The patient-at-risk team:
identifying and managing seriously ill ward patients. Anesthesia. 1999;54(9):853-860.
17% de redução na incidência de parada cardiorespiratória (6.5 vs 5.4)
por 1000 internações.
7
DeVita MA, Braithwaite RS, Mahidhara R, Stuart S, Foraida M, Simmons RL. Use of
medical emergency team responses to reduce hospital cardiopulmonary arrests. Qual
Saf health care. 2004;13(4):251-254.
8
Exemplo de Resultados
Este gráfico representa os resultados de um hospital após a implementação do
Time de Reposta Rápida. Trata-se de um hospital comunitário, sem atividades
de ensino, com 750 leitos; cujo Time de Resposta Rápida é constituído por
uma enfermeira intensivista e um fisioterapeuta respiratório com experiência em
cuidados críticos/intensivos.Observa-se uma redução de 23% em sua taxa
global de eventos por 1.000 altas
Eventos
porper1000
Altas
Hospital Codes
1000 Discharges
(u-chart)
30.0
UCL
20.0
Average
15.0
23% redução
10.0
Oct-04
Jul-04
Sep-04
Jun-04
Aug-04
Apr-04
May-04
Jan-04
Feb-04
Mar-04
Oct-03
Dec-03
Nov-03
Jul-03
Sep-03
Jun-03
Aug-03
Apr-03
May-03
Jan-03
Feb-03
LCL
Mar-03
Oct-02
Dec-02
Nov-02
Jul-02
Sep-02
Jun-02
Jan-02
Feb-02
Mar-02
0.0
Apr-02
5.0
Aug-02
Implementação do Time
de Resposta Rápida em
Agosot 2003
May-02
Eventos por 1000 altas
25.0
(u-chart)
A mesma organização observou uma redução de 44% nos eventos ocorridos
fora da Unidade de Terapia Intensiva. A explicação provável para esta
observação é que os pacientes estavam sendo identificados antes da parada
cardíaca, não gerando, portanto nenhum evento, ou eram transferidos para a
Unidade de Terapia Intensiva antes da ocorrência da parada..
9
Hospital
Codes O
utside
Eventos
fora
daICU
UTI
40
Numéro de eventos
35
30
25
44 % redução
20
15
10
Time de Resposta
rápida Implementado
em Agosto de 2003
5
Sep-04
Oct-04
Jul-04
Aug-04
Jun-04
Apr-04
May-04
Mar-04
Jan-04
Feb-04
Dec-03
Oct-03
Nov-03
Sep-03
Jul-03
Aug-03
Jun-03
Apr-03
May-03
Mar-03
Jan-03
Feb-03
Dec-02
Oct-02
Nov-02
0
Este mesmo hospital observou ainda uma elevação de 48% na porcentagem de
pacientes que apresentaram eventos, sobrevivendo até a alta. Novamente
formulou-se a hipótese de que os eventos ocorriam em um ambiente de
terapia intensiva, aumentando portanto sua chance de sobrevida
Porcentagem de Pacientes –
Percent of Coded Patients Surviving at Discharge
Evento vivos na alta
40%
(p-chart)
UCL
Time de Resposta
Rápida implementado
em Agosto 2003
35%
30%
Média
Porcentagem
25%
20%
48 % aumento
15%
10%
LCL
5%
Average
Oct-04
Jul-04
Sep-04
Aug-04
Jun-04
Apr-04
Mar-04
May-04
Feb-04
Jan-04
Dec-03
Nov-03
Oct-03
Sep-03
Jul-03
A
Aug-03
Jun-03
Apr-03
Mar-03
May-03
Feb-03
Jan-03
Dec-02
Oct-02
Nov-02
Jul-02
P
Sep-02
Aug-02
Jun-02
Apr-02
May-02
Jan-02
Feb-02
Mar-02
0%
A
Outra organização, um pequeno hospital comunitário, sem atividades de ensino,
com média diária de 225 pacientes, observou resultados similares em sua
redução global de eventos por 1.000 altas.
10
Eventos por 1000 Altas
Como desenvolver um Sistema de Score para Alerta Precoce
O sistema de score para alerta precoce pode melhorar a identificação de
pacientes de risco que estão fora do ambiente de Terapia Intensiva. Este
sistema consiste em métodos simples e práticos de utilização de indicadores
fisiológicos rotineiros para identificação de pacientes de risco. Facilita também o
rápido atendimento a todos estes pacientes por equipes com habilidades,
conhecimento e experiência adequados.
Goldhill DR, McNarry AF, Mandersloot G and McGinley A. A physiologically-based early warning
score for ward patients: the association between score and outcome. Anaesthesia. 2005
Jun;60(6):547-553.
As organizações desenvolveram uma série de modelos de sistemas de score
para alerta precoce. O sistema básico utiliza a observação periódica de sinais
vitais selecionados. Sempre que um ou mais parâmetros apresentarem valores
extremos, ações pré definidas devem ser tomadas, com, por exemplo, acionar o
Time de Resposta Rápida.
Aqui estão amostras de critérios clínicos para um Sistema de Score para Alerta
Precoce:
11
•
Preocupação do staff com o paciente
•
Alteração súbita na freqüência cardíaca <40 ou >130 bpm

Alteração súbita na pressão arterial sistólica <90 mmHg

Alteração subida na freqüência respiratória <8 ou >28 por minuto ou
comprometimento de via aérea

Alteração súbita na saturação <90% apesar da suplementação com O2

Alteração súbita de nível de consciência.

Alteração súbita do débito urinário para <50 ml em 4 horas
Eis outro exemplo de sistema de score desenvolvido por Barking, Havering e
Redbridge NHS Trust S.E.C.S. (Sistema para Avaliação de Pacientes
Gravemente Enfermos - System for Evaluating Critically Sick), no qual a
resposta é desencadeada pela presença de 2 ou mais critérios fora dos limites
estabelecidos:
Pressão Arterial Sistólica
<101
>200
Frequência Respiratória
<9
>20
Freqüência Cardíaca
<51
>110
Saturação (Ar ambiente)
<90%
Débito urinário
<1ml/kg/2 horas
Nível de Consciência
Não totalmente alerta
Se um paciente preenche dois ou mais critérios acima ou se você
está preocupado com a condição dele/dela, bipe o residente da
internação e o Time de Resposta Rápida.
Ambos DEVEM reavaliavar o paciente dentro de trinta minutos.
12
O sistema de score para alerta precoce desenvolvido pelo hospital Luton and
Dunstable Hospital NHS Trust no Reino Unido utiliza um gráfico codificado por
cores que facilita a identificação de quando se deve chamar ajuda.Sempre que
qualquer um dos sinaisv vitais que estão sendo registrados atingir a zona
vermelha, a enfermeira deve solicitar ajuda.
Outro sistema um pouco mais complexo, também baseado na observação de
sinais vitais pré selecionados, diferencia-se dos anteriores por pontuar toda a
avaliação. Se o score obtido estiver fora do limite pré estabelecido, desencadeiase determinada ação (ex: chamar o Time de Resposta Rápida)
Como Implementar o Time de Resposta Rápida
Antes de testar e implementar o Time de Resposta Rápida, as organizações
devem considerar o seguinte:
•
Envolver a alta administração.
•
Determinar a melhor estrutura para o Time de Resposta Rápida.
•
Estabelecer critérios para a chamada do Time de Resposta Rápida.
•
Estabelecer um processo simples para a chamada do Time de Resposta
Rápida.
•
Fornecer educação continuada e treinamento.
•
Utilizar ferramentas padronizadas.
•
Estabelecer mecanismos de feedback.
•
Medir eficácia.
> Envolver a alta administração
Engajamento das altas lideranças do hospital, tanto executivas, quanto médicas.
ex.: “Nós vamos fazer isso; isso é importante e é a coisa certa para ser feita para
os nosso pacientes”.
13
Tornar a instauração do Time de Resposta Rápida um compromisso
institucional explícito.
Prover educação para o corpo clínico sobre os benefícios do Time de
Resposta Rápida, desmistificando-o.
Divulgar e disseminar mensagem de muito clara e impactante
proveniente da alta direção.
> Determinar a melhor estrutura para o Time de Resposta Rápida
Como será composto? Por quais profissionais?Nossa experiência mostra que
modelos múltiplos funcionaram bem, incluindo o seguinte:
Enfermeira intensivista e Fisoterapêuta Respiratório
Enfermeira intensivista , Fisoterapêuta Respiratório , Médico
Intensivista ou Hospitalista
Enfermeira intensivista , Fisoterapêuta Respiratório , Médico
Intensivista, Médico Residente
Enfermeira Intensivista, Fisoterapêuta Respiratório e Médico
Assistente
Enfermeira de pronto antendiment ou unidade de terapia intensiva
Selecione cuidadosamente cada membro (médico, enfermeira, fisioterapeuta) do
Time de Resposta Rápida. O membro médico do Time deve ser respeitado tanto
pela enfermagem, quanto pelos demais membros do corpo clínico, além de ser
reconhecido por suas habilidades de comunicação e trabalho em equipe... Em
todos os modelos, os membros do Time apresentam 4 características básicas:
Os membros do timetêm que estar disponíveis e responder
imediatamente quando chamados.
Eles devem estar no local e acessíveis.
Eles devem possuir as habilidades necessárias em cuidados
críticos para a correta avaliação e resposta aos chamados.
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Eles devem responder a toda e qualquer chamada com um sorriso
no rosto e uma frase na ponta da língua: “Obrigada por chamar.
Como posso ajudar? ”.
As instituições devem examinar seus atuais recursos e cultura ao escolherem
escolhem os membros do Time de Resposta Rápida, além de aproveitar
relações e padrões de prática já existentes. Ex.: Programa de hospitalistas,
escala de cobertura de intensivista inferior a 24 X 7, staff da Unidade de Terapia
Intensiva , disponibilidade de fisioterapeutas respiratórios, etc. O staff deve
sentir –se confortável o suficiente para acionar o Time de Resposta Rápida.
Cuidados devem ser tomados na escolha dos membros do Time. Os membros
do Time de Resposta Rápida devem estar dispostos a auxiliar e ensinar todos os
níveis do staff. Todas as chamadas feitas para o Time de Resposta Rápida
obrigatoriamente têm que ser respondidas com o mesmo senso de urgência de
uma parada cardíaca. As instituições devem adotar planos de contingência para
manter a cobertura quando o time estiver atendendo um chamado.
O Time de Resposta Rápida deve auxiliar os membros do staff na avaliação,
estabilização e organização de informações sobre o paciente para serem
transmitidas ao médico assistente. Os membros do Time de Resposta Rápida
também assumem o papel de educadores e suporte ao staff.Inicialmente as
instituições podem temer que a introdução do Time de Resposta Rápida resulte
em redução das habilidades clínicas das equipes não pertencentes às Unidades
de Terapia Intensiva; quando na verdade, ocorre justamente o oposto. Em seu
papel como educadores, a enfermagem do Time de Resposta Rápida tem a
oportunidade única de educar as equipes assistenciais sempre que atender a
um chamado, juntando as várias informações clínicas.
> Estabelecer critérios para a chamada do Time de Resposta Rápida.
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Cada organização deve estabelecer critérios para acionamento do Time de
Resposta Rápida, além de treinar e educar o staff . Exemplos de critérios
incluem:
•
Preocupação do staff com o paciente
•
Alteração súbita de freqüência cardíaca <40 ou >130 bpm

Alteração súbita da pressão arteiral sistólica <90 mmHg

Alteração súbita de freqüência respiratória<8 ou >28 por minuto ou via
aérea comprometida.

Alteração súbita da saturação de <90% apesar de suplementação
adicional de O2

Alteração súbita do nível de consciência.

Alteração súbita no débito urinário para <50 ml em 4 horas
A educação e treinamento do staff sobre os critérios para acionamento do Time
de Resposta Rápida é fundamental, devendo incluir não apenas o detalhamento
sobre os mesmos, mas também o encorajamento do staff a acionar o Time de
Resposta Rápida frente a uma simples “preocupação com o paciente”, mesmo
na ausência de qualquer critério clínico.
Sugestão: Após a implementação de testes piloto para o Time de Resposta
Rápida garanta o treinamento sobre os critérios a todos os funcionários,
incluindo aqueles da radiologia, endoscopia e etc.
> Estabelecer procedimentos simples para o acionamento do Time de
Resposta Rápida
A pronta notificação do time é um evento crucial, devendo, portanto, ser
confiável, O procedimento deve ser simples, fácil de ser lembrado e
preferencialmente “um único número”.
As instituições podem escolher dentre vários métodos:
16
Campainha a beira do leito (apesar de ser um método confiável,
pode requerer presença adicional e desnecessária de membro do
staff no quarto do paciente.)
Bip / Pager (a cobertura do sistema de bip deve ser diuturna,
compatível com as trocas de plantão)
Telefone celular para comunicação imediata com o Time de
Resposta Rápida.
> Promover educação e treinamento
Corpo Clínico: Educar os profissionais médicos sobre os benefícios da
implantação do time de Resposta Rápida, desmistificando conceitos.
Benefícios:

Avaliação diuturna (24X7) rápida e eficaz do paciente crítico

Comunicação clara e concisa através da utilização da
metodologia SBAR (Situation, Background, Assessment,
Recommendation). (Situação, Background,Avaliação e
Recomendação)

Associação entre menos eventos e menor mortalidade.

Reforço da Cultura de Segurança do paciente
(Oportunidades de Melhoria, Aprimoramento das
habilidades clínicas , Detecção e resposta precoce a
pacientes em deterioração clínica).
Mitos:

O Time de Resposta Rápida não tem a intenção de
substituir a pronta consulta com o médico assistente quando
necessário, e sim otimizar o atendimento a pacientes
apresentando instabilidade clínica. Deve-se tomar o
cuidado de incluir o médico assistente durante a atuação do
Time de Resposta Rápida.
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Membros do Time de Resposta Rápida: Os membros do Time de Resposta
Rápida devem receber educação e treinamento juntos. O treinamento inclui o
seguinte:

Treinamento em ACLS conforme necessidade. A maioria
dos enfermeiros e fisioterapeutas especializados em terapia
intensiva, provavelmente já tem este treinamento. As
instituições devem estabelecer quais protocolos o Time de
Resposta Rápida terá disponível para atender aos
chamados.

Método SBAR (Situation, Background, Assessment,
Recomendation) (Situação, Background, Avaliação e
Recomendação) de comunicação sobre as condições do
paciente (detalhes disponíveis no site www.ihi.org)

Habilidades de comunicação, incluindo resposta em tom
amigável, mas ao mesmo tempo profissional (“Obrigada por
ligar, como posso ajudar”?)

Atender às expectativas, incluindo pronta resposta (ex:
dentro de 5 minutos do recebimento do chamado); prover
feedback de caráter educativo e não punitivo/julgamento
para a pessoa que acionou o time.

Equipe de enfermagem: Os profissionais de enfermagem devem receber
educação e treinamento sobre os seguintes itens:

O responsável pelo acionamento do Time de Resposta
Rápida é um membor chave da equipe de enfermagem.

A função do Time de Resposta Rápida não é assumir o
cuidado com o paciente; e sim levar cuidados críticos à
beira do leito.

Critérios, procedimentos e metodologia de acionamento e
notificção do Time.
18

Habilidades em comunicação e trabalho em grupo –
utilização do SBAR, adequação das declarações, e
aptidões críticas de linguagem .

Expectativas em relação aos chamados – Chamar o Time
de Resposta Rápida mesmo se estiver em dúvida (“Se você
está preocupado, nós também estamos”)

Os profissionais, tanto do Time de Resposta Rápida, quanto
responsáveis pelo seu acionamento, devem manter o foco
no paciente. Esta não é hora para críticas ou julgamento.

Disponibilizar prontamente para o Time de Resposta Rápida
informações sobre o paciente, como prontuário,
medicamentos administrados, avaliações prévias, etc...
O treinamento da equipe de enfermagem pode assumir a forma de um “show
itinerante” em cada unidade, seja quando se juntarem ao piloto, ou no início.
Gerentes de enfermagem e educadores podem desejar reunir toda a equipe e
discutir um evento crítico que “poderia ter acontecido durante a noite passada
naquela unidade”. Explicar brevemente como o Time de Resposta Rápida
poderia ter auxiliado a equipe e prevenido a ocorrência do evento pode acelerar
o processo de aprendizagem.
> Utilizar Ferramentas Padronizadas.
Ferramentas essenciais para Times de Resposta Rápida estão disponíveis; não
é preciso reinventar a roda. (Você pode fazer o download de “Rapid Response
Team Record” no www.IHI.org.)
19
Comunicação
e Documentação

SBAR Incorporado
Registrar as
intervenções e as
razões para o
chamado
Use dados para
direcionar programas
educacionais
A técnica de comunicação SBAR pode ser incorporada ao processo através de
sua inclusão nos formulários de registro. O time pode utilizar este formulário
para registrar e organizar informações sobre a condição dos pacientes antes de
chamar o médico. Deve também conter informações sobre as razões de
acionamento do Time de Resposta Rápida, bem como os tipos de intervenções
que foram necessárias e feedback. Estas informações podem ser utilizados para
propósitos de planejamento, além de nortear programas educacionais para
equipe de enfermagem e corpo clínico.
> Estabeleça mecanismos de feedback.
Feedback sobre os resultados obtidos com o paciente.
20
Procurar por lições amplamente aprendidas no hospitais.
Utilização dos dados para nortear programas educacionais.
Compartilhar as histórias de sucesso.
É muito importante criar mecanismos de feedback para estimular as equipes a
compreenderem o papel do Time de Resposta Rápida e seus benefícios.
Particularmente durante os estágios iniciais do estabelecimento do time, as
instituições acham útil relatar histórias de pacientes que foram resgatados pelo
time. Essas histórias são úteis na obtenção de suporte não apenas para o time ,
mas também para todo o processo.
21
> Medição de eficácia.
Utilize estas três medidas chaves para avaliação da eficácia do Time de
Resposta Rápida:
Eventos por 1.000 altas
Eventos fora da Unidade de Terapia Intensiva (UTI)
Utilização do Time de Resposta Rápida
(Consultar Apêndice B para informações detalhadas sobre os indicadores
desta intervenção.)
As instituições podem desejar coletar dados adicionais, como transferências
para a Unidade de Terapia Intensiva, satisfação da equipe com o Time de
Resposta Rápida, porcentagem de pacientes apresentando eventos que
sobreviveram até a alta, além de outros dados sobre a cultura da segurança.
As instituições devem analisar os dados do Time de Resposta Rápida com foco
na identificação de lições aprendidas, padrões e tendências, por exemplo,
intercorrências respiratórias relacionadas ao uso de narcóticos. As informações
obtidas através do acionamento do Time de Resposta rápida também podem ser
utilizadas na identificação de falhas do sistema, como por exemplo,
reconhecimento, planejamento e comunicação das mesmas.
22
Utilizando o Modelo para Melhoria
A fim de impulsionar este projeto o IHI recomenda a utilização do Modelo para
Melhoria. Desenvolvido por Associates in Process Improvement, o Modelo para
Melhoria é uma ferramenta simples, mas poderosa para a aceleração da
melhoria, que tem sido utilizada com sucesso por centenas de instituições de
saúde para aprimorar diferentes processos e resultados .
O modelo é dividido em duas partes:
Três questões fundamentais que guiam os times de melhoria para: 1)
Definção clara do escopo, 2) Estabelecimento de indicadores (para
avaliar se as mudanças estão resultando em melhorias), e 3) Identificação
de melhores práticas (mudanças que provavelmente resultarão em
melhorias)
O ciclo Plan (Planejamento)- Do (Realização) – Study (Avaliação)- Act
(Ação) (PDSA) para condução de testes em pequena escala para
mudanças em ambientes reais de trabalho —através do planejamento de
um teste, sua execução, avaliação dos resultados e tomada de ações
baseadas naquilo que foi aprendido. Trata-se de um método científico de
aprendizado orientado por ações.
Implementação: Depois de testar uma alteração em pequena escala, aprender
com cada teste e refiná-la através de vários ciclos PDSA, o time pode
implementar esta alteração em uma escala mais ampla – por exemplo, para
toda uma população piloto ou unidade.
Disseminação: Depois da implementação bem sucedida de um alteração ou de
um pacote de alterações para toda um população piloto ou unidade, o time pode
disseminar estas alterações para outros setores da mesma organização, ou
outras organizações.
23
Você pode aprender mais sobre o Modelo de Melhoria acessando www.IHI.org
24
PDSA PLANILHA
CICLO: 1
DATA:
10/06/05
Projeto: Time de Resposta Rápida (RRT)
Act
Plan
Study
Do
Objetico deste Ciclo PDSA:
Estabecer um mecanismo simples e fácil para a acionamento do
Time de Resposta Rápida (RRT).
PLANEJAMENTO(Plan):
Questões: O sistema atual de alarme será suficiente para acionar todos os três membros do
Time de Resposta Rápida (TRR) ?
Hipótese: A função “página de grupo” pode acionar imediatamente todos os três membros de uma
vez só.
Planejamento da alteração ou do teste-quem, o que, quando, onde:
Jane irá “bipar” com um único número, três pessoas que estão na “página do grupo”.
Kathy irá conduzir 5 testes no andar piloto (4 Leste) antes da próxima semana.
Planejamento para a coleta de dados-quem, o que, quando, onde:
Kathy irá realizar os testes 5 vezes durante vários plantões, até a reunião da próxima Terça. Ela vai
anotar tempo, respostas e relata-los na próxima reunião.
REALIZAÇÃO(Do): Implementar a alteração ou o teste. Coletar dados e começar a análise.
Avaliação(Study): Concluir a análise dos dados: Como os resultados deste ciclo
confirmam ou não as hipóteses feitas anteriormente? Resuma o conhecimento adquirido
após este ciclo:
Foram realizados cinco testes do sistema de alarme durante vários dias, em horários diferentes. Os
resultados de cada um deles estão abaixo:
1- Resposta de todos os três membros, com sua presença em um quarto da ala 4 Leste dentro
dentro de 8 minutos. Todos receberam o alerta.
2- Chamada feita as 4h15pm, porém os responsáveis chegaram ao quarto na ala 4 Leste em
19, 23 e 25 minutos após o chamado. A checagem dos bipes,revelou que a o alerta foi
recebido às 4:23, pois provavelmente ficou retido no sistema (congestionamento de
chamados).
de 4 minutos. Todos receberam o alerta.
de 4 minutos. Todos receberam o alerta.
5- Resposta de 2 membros dentro de 5 minutos. O fisioterapeuta respiratório nunca
compareceu ao quarto 469 (30 minutos). Aproximadamente 1 hora depois, Kathy bipou-o,
conseguindo finalmente encontra-lo.
AÇÃO(Act): Listar ações a serem tomadas frente ao resultado deste ciclo:
Testar o sistema de Campainha à beira do leito
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Plenejar o próximo ciclo (adaptar mudanças, planejar outro teste, implementar o ciclo ?)
Após conversar com os membros do TRR e com a equipe do andar pilot (4 Leste),, Kathy irá
conduzir 5 testes utilizando o sistema de Campainha à beira do leito.
Exemplos adicionais de planilhas de PDSA para o Time de Resposta Rápida estão disponível no
site:www.ihi.org.
26
Dicas e Truques: Time de Resposta Rápida
Mais de 3.000 hospitais em todo o Estados Unidos têm trabalhado duro para implementar as
intervenções de Camapanha. Aqui estão algumas “Dicas e Truques” para testes e
implementações bem sucedidas de cada intervenção, obtidas a partir de visitas de campo,
conferências telefônicas e grupos de discussão no IHI.org.
Dicas iniciais :

Seja tolerante com “Alarmes Falsos”. A equipe deve ser cumprimentada por acionar o Time de
Resposta Rápida, mesmo que após avaliação, a condição do paciente não justifique o
acionamento.

Converse bastante – agora e sempre. Comunicação, comunicação e comunicação! Nunca é
demais! Principalmente no começo do processo, converse muito com as equipes. Seja
sistemático e incansável em sua comunicação. Não subestime o impacto do compartilhamento
das histórias do Time de Resposta Rápida com as equipes médicas e de enfermagem.

Implemente o processo em uma unidade piloto, assim será possível testar os mecanismos de
registro e follow-up

Simule chamados ao Time de Resposta Rápida durante o teste piloto com o intuito de avaliar os
procedimentos operacionais, além de discutir com a equipe planos de contingência e atribuições
antes da plena implementação.

Permita ao Time de Resposta Rápida testar e editar as ferramentas de documentação, pois ele
poderá elaborar um formulário simples e fácil de ser completado, aumentando assim a adesão
ao seu preenchimento completo.

Desenvolva e estimule a interação do Time de Resposta Rápida com as demais equipes do
hospital-por exemplo, visitas de seguimento a pacientes ainda internados em alas clínicocirúrgicas, reuniões elucidativas após os chamados, etc.

Encoraje o staff do Time de Resposta Rápida a estabelecer mecanismos que garantam a
disponibilidade das ferramentas de registro, protocolos e recursos em cada chamado. Por
exemplo, algumas equipes utilizam uma pasta colorida contendo toda a documentação,
protocolos e recursos, tais como guidelines do ACLS, telefones importantes, relação de médicos
por hierarquia,etc...
Veja próxima página para dicas sobre oportunidades futuras para o Time de Resposta Rápida.
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Dicas de futuras oportunidades para o Time de Resposta Rápida (RTT):

Dados do Time de Resposta Rápida são ricos em oportunidades para melhoria do sistema;
incrementando assim a assistência a todos os pacientes da instituição. Durante a revisão dos
dados, os esforços devem ser concentrados na identificação de falhas od sistema. “Falhas no
resgate” podem incluir as seguintes oportunidades:
•
Falha de reconhecimento: Ausência de identificação pela equipe assistencial da
deterioração de sinais vitais ao longo do tempo
•
Falha de comunicação: Retardo na resposta médica ao chamado ; comunicação
inadequada entre membros da equipe assistencial.
•
Falha no planejamento: Deterioração do paciente nas Unidades de Emergência e
Recuperação Pós Anestésica enquanto aguarda por um leito de internação.

Desenvolvimento de um Sistema de Score para Alerta Precoce. Utilize procedimentos rotineiros
para registro de sinais vitais. Desenvolva recursos visuais para lembrar/alertar a equipe a
completar o score para Alerta Precoce de todos os pacientes que apresentarem alterações
súbitas de freqüência cardíaca e/ou respiratória, e pressão arterial. Utilize o score para acionar o
Time de resposta Rápida caso necessário.

Implementção de procedimentos que garantam a utilização, por todos os membros do staff, do
Sistema de Score para Alerta Precoce. Utilze aqueles que já estejam em prática- revise os
procedimentos de registro de sinais vitais ; por exemplo, a equipe assistencial avalia e registra
os sinais vitais de cada paciente? Se sim, experimente utilizar recursos/lembretes visuais para
sinalizar deterioração precoce, tais como gráficos coloridos. Esta ferramenta de codificação
gráfica pode alertar visualmente o membro da equipe assistencial para agir, notificando a
enfermeira da unidade, que após completar o score, acionará ou não o Time de Resposta
Rápida.

Expandir a “Base de Referência”. Após a implementação do Time de Resposta Rápida (TRR)
em unidades assistenciais tradicionais , amplie a cobertura para todas as áreas do hospital..
Treine e oriente os profissionais do setor de diagnóstico e áreas de circulação do hospital a
acionarem o Time de Resposta Rápida sempre que preocupados com o paciente.

Envolva os familares no processo, pois eles,geralmente, percebem mais facilmente alterações
sutis na condição do paciente. Pode ser necessário o desenvolvimento de um sistema para
permitir que a família acione o Time de Resposta Rápida em casos de alterações graves no
estado do paciente.
Conte a história “cada chance que você tiver”. Utilize dados para motivar o staff e manter a alta
administração envolvida. Compartilhe e encoraje as equipes assistenciais a tomarem conhecimento
28
apesar dos chamados ao Time de Resposta Rápida estarem aumentando, os eventos estão
diminuindo. Estabeleça procedimentos para informar regularmente, pelo menos uma vez ao mês, os
profissionais da “linha de frente”.Algumas oportunidades incluem: Colocar dados em locais acessível e
de fácil visualização ao staff da “linha de frente” ,publicar histórias de pacientes e oportunidades de
melhoria de processo identificadas, além de alterações postas em prática.
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Perguntas Freqüentes: Time de Resposta Rápida
Qual o período típico de funcionamento do Time de Resposta Rápida?
Idealmente, 24 horas por dia, 7 dias por semana. Alguns têm começado com períodos ou
dias da semana que apresentam mais “oportunidades” (parecem mais “propícios” aos
eventos), como das 19h às 7h, por exemplo; mas rapidamente, compreendem que há
chances de eventos em todos os locais. Um bom exercício é revisar os últimos 20 eventos do
hospital , analisando as horas do dia e os dias da semana .Comece por onde as tendências
tenham sido identificadas (se é que há alguma).
Quantos chamdos deve-se esperar em um dia de operação?
Quanto mais chamados o Time de Resposta Rápida (TRR) receber, maior o impacto nos
eventos e nas taxas de mortalidade. O IHI tem observado que hospitais com 20-25
chamados/1000 altas, apresentam diminuição da taxa global de mortalidade.
Quando o Time sai de cena? Sob demanda?
Isso realmente depende do paciente e do modelo escolhido pela instituição.. Por exemplo, se
há médicos no Time de Resposta Rápida, como no UPMC ou em NY, então eles devem sair
após a intervenção inicial. Por outro lado, se o Time for constituído apenas por enfermeiro e
fisioterapeuta, então um de seus integrantes deve permancer com o paciente até sua
transferência para a Unidade de Terapia Intensiva. A maioria dos Times tem avaliado a
duração dos chamados, e a média aproximada é de 20-30 minutos .
Quais os planos de contingência para os casos de múltiplas prioridades?
Novamente, avalie a instituição e seus recursos. Por exemplo, se o Time é liderado pelo
supervisor do andar, então o Time de Resposta Rápida e o paciente têm que ,
obrigatoriamente,serem a prioridade.Assim, o plano de contingência deve contemplar outro
profissional para assumir o lugar do supervisor, enquanto ele estiver com o paciente. Os
membros do Time devem poder contar com cobertura de suas funções para poderem prestar
a assistência necessária aos pacientes. Se houver atrasos ou a equipe de enfermagem não
ajudar porque está “muito ocupada”, não haverá outro chamado. Nos casos de ocorrência
simultânea de dois chamados, um membro do Time permance e avalia um paciente,
enquanto o outro integrante avalia o segundo; ambos então se comunicam e definem as
prioridades.
30
Em que ponto o Time de Resposta Rápida identifica um evento?
Nos casos de parada cardíaca/respiratória, ou quando o Time de Resposta Rápida precisa de
assistência adicional para atender o paciente.
Perguntas Frequentes: Continuação
Nós estamos considerando implementar algumas ações pró-ativas para identificar
pacientes em risco antes de acionar o Time de Resposta Rápida por exemplo, visitas
às unidades, perguntando à enfermeira responsável qual(is) o(s) paciente(s) mais
graves), os quais seriam, então, avaliados pelo Time de Resposta Rápida. Alguém já
tentou esta abordagem pró ativa? Se sim, foi bem sucedida?
Pensamentos Incríveis! Posso afirmar que vários hospitais perceberam que uma aboradagem
pró ativa na identificação dos pacientes de risco, pode realmente reforçar a implantação de
cultura de mudanças.
Aqui estão algumas idéias que estão sendo utilizadas:
•
Desenvolver um Sistema de Score para Alerta Precoce. Esse sistema, informatizado ou
manual, pode auxiliar na identificação precoce de pacientes em deterioração clínica, e
priorização dos atentimentos pelo Time de Resposta Rápida (TRR). Uma vez que os
critérios para acionamento do TRR estão bem estabelecidos, exclui-se o “achômetro” do
processo, e o TRR é acionado automaticamente.
•
Visita às unidades de internação abordando as equipes assistenciais:“Conte-me sobre
seu paciente mais grave”.
•
Participar das passagens de plantão para identificar os pacientes de risco,
incrementando assim a segurança.
•
Interagir com outros departamentos para identificação dos riscos.Por exemplo: reunir-se
com a Radiologia para discutir pacientes de risco, ou com os quais eles possam estar
preocupados, etc.
•
Treinamento e educação continuada aos profissionais que rotineiramente visitam os
pacientes.
•
Reforçar interação com o laboratório clínico para a discussão de oportunidades para
indentificação de pacientes de risco (ex: elevação de troponina ou outros valores
críticos).
•
Realizar reuniões (debriefing) após cada chamado.. Por exemplo, poucos dias após
31
cada chamado ao TRR, comparecer à unidade, (espera-se a presença de quem acionou
o TRR ),reunir 4 ou 5 membros do staff e comentar por aproximadamente 5 minutos
sobre o ocorrido, como foi identificada a necessidade de acionar o TRR, quais
intervenções foram realizadas, e como o paciente evoluiu. Isso irá encorajar o
responsável pelo chamado, além de exemplificar aos demais que não há problemas em
acionar o TRR, além de lhes esclarecer sobre os resultados do paciente e da ação do
Time. .
•
Existem algumas ferramentas tecnológicas sendo utilizadas, e alguns serviços
realizaram alterações nos formulários de registro de sinais vitais, de modo a indicar
situações críticas (perigo). Por exemplo, alteração dos gráficos de registro incluindo
grandes linhas vermelhas para alertar visualmente sobre a deterioração de pacientesalém de lembretes – chame se a PA estiver “no vermelho”.
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Peruntas Freqüentes: Continuação
Estamos começando a implementação do Time de Resposta Rápida(TRR), e temos
algumas preocupações com seus integrantes. Quais dicas você tem sobre os membros
do TRR?
Algumas observações e sugestões:
Na maioria dos times, os membros que o compôem têm funções regulares. O ponto
fundamental é que estas funções devem ser muito bem planejadas e elaboradas. Por
exemplo: se a enfermeira da Unidade de Terapia Intensiva é membro do TRR, então ela deve
ser responsável pelo menor número de pacientes em sua unidade- talvez aqueles que
estejam sendo transferidos para outros setores, leitos ociosos,etc . . Os demais membros da
equipe de enfermagem desta unidade, devem saber que aquele profissional é membro do
TRR, assim poderão propiciar cobertura sempre que ela estiver atendendo a um
chamado,cujo tempo médio é 30 minutos.
Os membros do TRR geralmente deixam suas funções regulares em casos de “Código/Alerta
Azul), tradicionalmente por muito mais do que 30 minutos. O acionamento do TRR nestes
casos pode evitar que o paciente seja transferido para a Unidade de Terapia Intensiva, ou em
casos inevitáveis, esta transferência ocorreria em condições menos grave do que se
esperasse pela deterioração do paciente. O acionamento do TRR tem impacto direto na
eficiência do fluxo de pacientes de/para as Unidades de Terapia Intensiva..
Algumas idéias para ajudar nas preocupações com os membros do TRR: 1) Comece em
uma unidade piloto, e 2) Realize chamdos simulados Iniciando em uma unidade piloto,
ambas (piloto e UTI) podem trabalhar os erros operacionais, geralmente frustantes do início
do processo. A implementação inicial em uma unidade piloto permite o desenvolvimento
de procedimentos adequados para acionamento, resposta , documentação e seguimento das
ações do TRR.
Eu também incentivo as instituições a realizarem chamadas simuladas durante o piloto. (Isso
é feito acionando-se o TRR de um quarto vazio). Quando a equipe chegar, discuta
brevemente ( no máximo 10 minutos)o tempo que demoraram a responder, e “o que tiveram
que fazer para chegar “. Estes simulados e discussões auxiliam o TRR a perceber as
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necessidades de estabelecimento de funções e elaboração de planos de contingência.
Geralmente as instituições atribuem ao “supervisor da unidade” ou outro profissional a função
de dar cobertura a área que o TRR está deixando, por exemplo, a Unidade de Terapia
Intensiva,durante a chamada..
Perguntas Freqüentes: Continuação
Você pode estimar quando tempo leva a coleta de dados?
Os dados podem ser coletados de várias maneiras. O processo deve incluir poucos, simples
e diferentes elementos, que levam pouco tempo para serem coletados. Eu trabalhei com um
profissional que alimetava os dados, os quais eu revisava semanalmente. Uma vez bem
estabelecido o processo, eu levava aproximadamente 2 horas por semana para revisar os
chamados, avaliar tendências e distribuir as informações sobre os reusltados para as
unidades. Outros têm utilizado gestão de casos e/ou recursos preexistentes do Escritório da
Qualidade para auxiliar na coleta de dados.
Como é a comunicação com o médico assistente do paciente? Qual a documentação
necessária?
Este deve ser um procedimento a ser decidido em conjunto com o corpo clínico da instituição.
Algumas instituições optam por acionar o médico assistente simultâneamente ao TRR, a fim de
alertá-lo imediatamente sobre possíveis preocupações. Outras preferem alertar o médico
assistente somente após completar a avaliação inicial do TRR Deve-se tomar o cuidado de
garantir a inclusão do médico assistente no evento que ocasionou o acionamento do TRR.
Estou procurando por hospitais que tenham instituído mecanismos de acionamento do
TRR tanto pelos familiares, quanto pelo staff.
Existem alguns hospitais bem sucedidosna implementação de TRR se iniciando com a
Condição H ou permitindo e até encorajando os familiares a utilizarem o TRR. Dois hospitais
com vários meses de experiência neste assunto são UPMC Shadyside em Pittsburgh, PA, e
Franklin Square Hospital em Baltimore, MD.
Apesar de pouco membros da equipe argumentarem de que os familiares não “conhecem o
paciente melhor”, pode ser complicado liberar o acionamento do TRR para os familiares.
Comece com uma unidade piloto, prepare a equipe, conte histórias de resgate e garanta a
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equipe que o ambiente é seguro. Os familiares só podem aprimorar o cuidado que é dado ao
paciente..
Existem alguns ótimos instrumentos de orientação aos familiares no website do IHI, sob a
denominação “Materiais” na área da Campanha destinada a cada intervenção. Também há
outras excelentes ferramentas para Time de Resposta Rápida (Condition H) no site do
Patient Safety Group .
Perguntas Freqüentes: Continuação
Quais são as diferenças entre os Times de Resposta Rápida (TRR) que contém
membros médicos e aqueles que não tem? Eu presumo que eles atuem de maneira
distinta.
Há vários modelos por aí:com e sem médicos. O TRR deve ser capaz de responder a
qualquer um que chame por ajuda. O TRR deve se responsabilizar pelo treinamento de todo
o staff do hospital a chamar por ajuda sempre que um paciente apresentar alterações que
possam levar a uma evento catastrófico. Na minha opinião a diferença é:
TRR com médico: Após a avaliação o médico pode orientar imediatamente as ações
necessárias
TRR sem médico: Após avaliação do paciente, a enfermeira intensivista ou outro membro da
equipe deve ter a habilidade e o acesso para imediatamente providenciar o que o paciente
necessita. Isto por ser através do acionamento do médico assistente para orientação,
protocolos, guidelines de emergência,etc...
Qual é a documentação exigida?
Os instrumentos de registro devem ser concisos e fáceis de serem completados. Muitos
incluem ferramentas de comunição (como o SBAR – Situation , Background, Assessment and
Recommendation) ( Situação, Background, Avaliação e Recomendação) para auxilar no
processo.
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Você tem alguma pergunta para Kathy Duncan, nossa especialista em Time
de Resposta Rápida? Envie-a pelo Rapid Response Team web discussion.
Procurando conselhos de outras organizações parecidas com a sua?
Pergunte a um “Mentor Hospital” (Hospitais de referência para
determinada intervenção)! As instituições listadas com “Campaign Mentor
Hospitals” se ofereceram a apoiar, orientar , oferecer expertise clínica e
dicas para hospitais procurando ajuda em seus esforçoes de
implementação.
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Apêndice A: Indicadores recomendados para esta Intervenção
Os seguintes indicadores são relevantes para esta intervenção. A Campanha
recomenda a utilização de alguns ou todos, conforme necessário para
acompanhamento do progresso do trabalho nesta área. Os seguintes conselhos
são oferecidos para a seleção dos indicadores:
1. Sempre que possível, utilize indicadores que já estão sendo coletados
para outros programas.
2. A escolha dos indicadores deve levar em consideração a utilidade dos
resultados por ele fornecidos, e os recursos necessários para obtê-los.
Tente maximizar o primeiro e minimizar o segundo.
3. Tente incluir em seu sistema de medição, tanto indicadores de
desempenho, quanto de resultados.
4. Você pode utilizar indicadores não listados aqui, ou ainda alterar os
abaixo descritos de modo a adequá-los ao seu ambiente de trabalho;
entretanto, esteja ciente de que tais alterações podem limitar a
comparação dos resultados com outras instituições. (Hospitais que
utilizam indicadores diferentes ou modificados não deverão submeter
estes dados ao IHI.)
5. Lembrar que a divulgação dos indicadores pelo hospital é uma ótima
maneira de motivar os times e informá-los sobre os progressos. Tente
incluir indicadores que seu time ache significativos, e que os deixem
felizes e orgulhosos.
Indicadores de Desempenho:
Utilização do Time de Resposta Rápida
Propriedade: IHI
ID do Proprietário: N/A
Informação sobre o indicador:: [Campaign MIF]
Comentários:
• Este indicador é o mesmo utilizado na “Campanha 100,000 Vidas”.
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Indicadores de Resultado(s):
Eventos por 1000 Altas
Propriedade: IHI
Comentários:
Porcentagem de Eventos fora da Unidade de Terapia Intensiva
Propriedade: IHI
Comentários:
Alinhamento com Outros Conjuntos de Indicadores:
Não há menção à utilização destes indicadores em outras fontes pertinentes.
Nota do tradutor:
O termo EVENTO está sendo utilizado para tradução de CODE, e referese aos eventos positivos, ou seja, aos pacientes requerendo ressuciatação
cardiopulmonar e/ou intubação.
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