Tragédia em Santa Maria: incêndio na boate Kiss mata mais de 230

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Tragédia em Santa Maria: incêndio na boate Kiss mata mais de 230
JS - Fevereiro de 2013 - Página 6
A
Tragédia em Santa Maria: incêndio na boate Kiss mata
mais de 230 pessoas a maioria jovens estudantes da UFSM
cidade de Santa
Maria, localizada
na região central
do RS, a 330 km de Porto Alegre, não é mais a mesma
desde a madrugada do dia
27 do mês passado, depois
do incêndio na boate Kiss.
Horror, tragédia, desespero
e dor. Gaúchos e brasileiros choram a morte de 238
pessoas (125 rapazes e 113
moças), número que poderá
aumentar, pois até o fechamento desta edição do JORNAL DO SINTÁXI mais
de 80 continuavam internadas em diversos hospitais da
capital e do interior, muitas
em estado gravíssimo.
Irresponsabilidade
dos integrantes da banda
Gurizada Fandangueira que
acenderam um dispositivo
de fogo impróprio para ambientes fechados. O fogo atingiu o teto da casa noturna
se alastrando na espuma usada como isolante acústico.
O material é inflamável e a combustão liberou
Segurando a bandeira do Brasil policial militar faz uma oração em memória dos jovens que morreram no incêndio
Divulgação/Wilson Dias/Agência Brasil
cianeto, gás tóxico, o mesmo utilizado nos campos de
extermínio nazistas durante
a Segunda Guerra Mundial.
Por isso a maioria dos jovens que estavam na boate
Kiss morreram por asfixia,
os demais queimados ou es-
magados.
A maioria das vítimas
eram estudantes da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), oriundos de
diferentes municípios gaúchos.
Seus corpos foram le-
vados ao Centro Desportivo
Municipal, onde os familiares tiveram a triste missão
do reconhecimento.
Dor, sofrimento e desespero de pais, avós, tios,
irmãos, namorados, noivos,
amigos e colegas. Uma ce-
na horrível que comoveu
o Brasil e o mundo. Santa
Maria da Boca do Monte,
foi descoberta, não por ser
o “Coração do Rio Grande
do Sul”, mas por ser o palco
de uma tragédia que ceifou a
vida de mais de 200 jovens
entre 18 e 24 anos de idade.
As investigações apontam para uma sucessão
de erros cometidos desde a
liberação do alvará de funcionamento da boate Kiss,
passando pela reforma do
prédio com o uso de material inflamável, extintores de
incêndio sem carga, falta de
sinalização adequada para
saídas de emergência - aliás
só havia uma -, despreparo
dos seguranças e funcionários da casa noturna que não
sabiam como agir no momento do incêndio, superlotação e falta do Plano de
Prevenção e Combate a Incêndio (PPCI).
Uma tragédia horrível
que nunca mais será esquecida por ninguém.

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