Linhas de Orientação

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Linhas de Orientação
Sector das Telecomunicações
Linhas de orientação em tempos de reestruturação
EUROPEAN
COMMISSION
Disclaimer
Esta publicação foi co-financiada pela União Europeia através do Programa para o
Emprego e a Solidariedade Social - PROGRESS (2007-2013).
Este programa é implementado pela Comissão Europeia.
Foi instituído para apoiar financeiramente a implementação dos objetivos da União
Europeia nas áreas do emprego, assuntos sociais e igualdade de oportunidades,
contribuindo para alcançar os objetivos a Estratégia Europeia 2020 naquelas matérias.
Este Programa de 7 anos destina-se a todos os stakeholders com um papel ativo no
desenvolvimento apropriado de politicas efetivas para o emprego e legislação social
na UE-27, EFTA-EEA e países candidatos e pré-candidatos à UE.
Para mais informações: http://ec.europa.eu/progress
"A Informação contida nesta publicação não reflete necessariamente a posição ou
opinião da Comissão Europeia e é da inteira responsabilidade do SINTTAV".
SINTTAV
Linhas de orientação em tempos de reestruturação
Sector das Telecomunicações
Linhas de orientação em tempos de reestruturação
1.INTRODUÇÃO
O sector de telecomunicações tem sido caracterizado por mudanças rápidas em
termos de estrutura de negócios, da procura e da oferta, com novas tecnologias
(dispositivos móveis e portáteis de Internet e redes de fibra ótica), constituindo a
liberalização do comércio, a globalização, desregulamentação e privatização fatores
importantes de convergência. A rapidez da inovação, os novos serviços e produtos, o
surgimento de novos meios de comunicação e redes sociais, colocam novos desafios e
exigem uma mudança de estratégia das empresas com impactos sobre o emprego, as
novas profissões, as novas competências e aptidões e em geral na maneira como as
pessoas irão trabalhar e viver no futuro.
Sindicatos e trabalhadores tem sido confrontados com a globalização, a
reestruturação permanente, flexibilidade, mobilidade, adaptação a novos métodos de
trabalho, mudanças de qualificações, habilitações, ações educativas e de formação.
O SINTTAV sentiu que os sindicatos e representantes dos trabalhadores,
necessitam de, com o apoio de um conjunto de linhas de orientação, estar melhor
preparados para responder aos desafios acima descritos e, consequentemente, estar
numa posição de pôr em prática mecanismos e ferramentas necessárias para melhor
representar não apenas os interesses dos trabalhadores, mas também para mostrar à
nova força laboral que os sindicatos são um parceiro fundamental para a mudança e
para garantir a longo prazo, o sucesso sustentável e o progresso da empresa.
Estas Linhas de orientação que estão incluídas em 6 Capítulos diferentes não
pretendem de forma alguma ser um "modelo único de solução que se aplica a todas as
situações”. Foram desenvolvidas, com o intuito de acrescentarem valor a instrumentos
existentes, como legislação nacional ou acordos coletivos. Além disso, as linhas de
orientação aqui descritas, visam ser uma ferramenta que tem em conta a natureza de
permanente mutação mundial do sector de telecomunicações, o seu desenvolvimento
tecnológico e inovação permanente. A este respeito as Linhas de Orientação não
podendo ser uma descrição exaustiva e pormenorizada de todas as situações existentes
e consequentemente não só não são como não poderiam ser a resposta a todos os
desafios que as organizações sindicais e os trabalhadores enfrentam diariamente.
Em resumo, estas Linhas de Orientação devem ser entendidas como uma
ferramenta de apoio adicional para os sindicatos e representantes sindicais lidarem
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com um dos ambientes mais difíceis em termos de uma industria em permanente
mudança.
O SINTTAV gostaria de aproveitar esta oportunidade para agradecer aos
seguintes sindicatos pela sua empenhada participação neste projeto:
BG
- SINDFEDS
Trade Federation of Communications of Bulgaria
EE
- ESAL
Estonian Communication and Service Workers
EI
- CWU
Communications Workers Union
EL
- OME
OTE
ES
- CC.OO
Comissiones Obreras
- UGT
Union General de Trabajadores
CY
- EPOET
DE
- VER.DI
FR
- CGT
FAPT
- CFDT
F3C
HU
IT
Telecommunications Trade Union
- SLC
LT
CGIL
Lithuanian Communications Workers Trade Union
LV
- LSAB
Latvian Telecommunications and Post Office Workers’ Trade Union
MT
- GWU
General Workers Union
NO
- EL & IT
Workers Union
PT
- SINTTAV
Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e do Audiovisual
PL
- SOLIDARANOSC Telecom
RO
- FRST
Romtelecom
O SINTTAV incentiva os Sindicatos a usarem as Linhas de Orientação abaixo, a
sugerirem eventuais alterações e a apresentarem ao SINTTAV propostas sobre o que é
necessário alterar, adaptar ou melhorar.. Este documento deverá ser encarado como
um "documento vivo", que visa melhorar as condições laborais na nossa indústria global
de telecomunicações.
Manuel Gonçalves
Presidente do SINTTAV
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Linhas de Orientação
As
Linhas de Orientação que aqui se apresentam, foram concebidas para ser
enquadradas em 6 Capítulos diferentes. Os Capítulos identificados são, em suma, as
áreas
que entendemos como fundamentais para os sindicatos e os representantes
sindicais seguirem quando se envolvem em processos de negociação ou diálogo social
com as empresas.
ANÁLISE
1. Linha de Orientação
Certifique-se de que entende claramente o ambiente em que o seu Sindicato opera
Antes de iniciar um processo de diálogo com a empresa, é importante entender de forma
clara a natureza e o ambiente em que o sindicato e a empresa operam. Pode tratar-se
de uma questão de natureza legal, política ou económica. Pode por exemplo fazer toda
a diferença , se se está a lidar com uma questão que tem um impacto nacional e local
ou se os impactos das operações em questão terão repercussões na empresa a nível
global. Também é importante avaliar se o ambiente político no momento em que entra
em conversações com a empresa é estável ou instável ou se a situação económica da
empresa é boa ou má.
2. Linha de Orientação
Avalie e entenda as suas forças e fraquezas
Para se envolver num processo de diálogo bem sucedido é importante que identifique
claramente os seus pontos fortes e os seus pontos fracos. Isso é fundamental para
decidir sobre o melhor plano e estratégia a adotar. Convirá mencionar que a atitude dos
seus “adversários” será adotada em função da perceção que tiverem sobre os seus
pontos fortes ou fracos.
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3. Linha de Orientação
Forme uma equipa competente e qualificada
É da maior importância que a outra parte perceba que está perante um comité de
negociação qualificado e conhecedor profundo do assunto em questão. Isto levará a
um diálogo credível e respeitável. Mais: isso traduzir-se-á num acréscimo de confiança
por parte dos sócios do seu Sindicato.
ESTRATÉGIA
4. Linha de Orientação
Defina uma estratégia clara e torne-a percetível para os sócios do seu Sindicato.
Iniciar um processo de diálogo sem objetivos estratégicos claros e definidos seria um
desperdício de tempo e de recursos, que
levaria
ao fracasso. Além disso, teria
implicações nos seus sócios (é bom lembrar que não se podem perder sócios do
Sindicato), na credibilidade do Sindicato (tanto por parte de stakeholders externos como
da própria empresa). É portanto, crucial certificar-se que tem uma boa estratégia que
seus sócios consigam entender, aprovar e apoiar plenamente.
5. Linha de Orientação
Certifique-se de que tem fortes aliados do seu lado
Num ambiente globalizado, o sucesso depende muito da forma como o Sindicato
desenvolver a sua estratégia, tanto a nível nacional como internacional. Tal estratégia
de desenvolvimento pode incluir o envolvimento não só de outros parceiros sindicais,
mas também de outros tipos de parcerias, como, Organizações Não Governamentais
(ONGs), políticos, etc. Alargar a sua orientação estratégica irá certamente ajudar a
melhor alcançar os resultados pré-definidos.
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COMUNICAÇÃO
6. Linha de Orientação
Desenvolva uma boa estratégia de comunicação
É importantíssimo ter uma boa estratégia de comunicação . A comunicação deve ser
simples, direta, oportuna, fiável, clara e de fácil compreensão. Além disso a comunicação
desempenha um papel fundamental na estratégia de mobilização e união.
Portanto, uma equipa de comunicação forte e competente é fundamental para assegurar
uma forte ligação com as bases dos associados mas também com stakeholders
externos. Todos os apoios são necessários e o sindicato precisa de todos os apoios
possíveis.
7. Linha de Orientação
Faça reivindicações claras, justas e compreensíveis para os que pretende abordar
É muito importante que a sua mensagem seja clara e razoável, de modo a evitar
armadilhas e consequentemente perdas de apoio. Cair em armadilhas exigirá maior
esforço e recursos adicionais.
8. Linha de Orientação
Defina claramente o objetivo do diálogo e quais as metas a alcançar
Nenhum processo deve começar sem uma agenda clara, definida
e com objetivos
claros. Os associados precisam de entender claramente o que se pretende alcançar e
estar em total concordância com as reivindicações apresentadas. A sua mensagem
deverá ser o mais clara e o mais forte possível, para que os seus intuitos e objetivos
sejam claramente compreendidos.
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ATITUDE
9. Linha de Orientação
Seja flexível, mas claro e firme
O diálogo deve conduzir
ao sucesso. Flexibilidade, mas clareza e firmeza são os
fundamentos de um bom resultado. Afinal, Sucesso é o que se pretende a alcançar. Não
é?
10. Linha de Orientação
Esteja preparado para imprevistos e reveses – defina um PLANO B
O mundo em que hoje vivemos representa um desafio constante. Quando surgem
imprevistos e contratempos, não desista. Certifique-se de que tem um plano B, C ou D.
Esteja sempre ciente de que poderá vir a perder o apoio daqueles que nunca pensou
que fossem capazes de lhe retirar . Deverá estar sempre preparado para convencê-los a
voltarem a apoiá-lo.
11. Linha de Orientação
Acredite e nunca desista.
Acreditar e fazer os outros acreditarem no que está a fazer é fundamental para o
sucesso. Não desista nem nunca mostre aos seus associados receio de não alcançar o
sucesso. Esta é uma corrida "para o topo". Todos os seus passos têm de ser seguros e
fortes.
12. Linha de Orientação
Faça o que fizer: Seja sério, honesto, fiável e respeitável
Para ser bem sucedido é preciso ter sempre em mente estas qualidades. Certifique-se e
assegure-se de que cumpre e respeita as regras. Nunca maltrate ou desrespeite o seu
opositor. Seja credível e respeitoso em tudo o que faz.
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COMPROMISSO/REDE
13. Linha de Orientação
Qualifique e profissionalize a sua equipa
No mundo em permanente desafio em que hoje vivemos, é extremamente importante ter
equipas qualificadas. Isso trará credibilidade à sua organização/sindicato e irá não só
aumentar o nível de confiança no seu Sindicato mas também mobilizar seus associados.
Além disso, passará a ser encarado com respeito pelo
adversário ou contraparte.
Portanto, investir na formação e educação da sua equipa
representa um ativo
importante para o Sindicato. Caso não disponha de pessoas qualificadas e profissionais
não improvise. Pense seriamente sobre o como envolver profissionais na organização.
14. Linha de Orientação
Una e mantenha-se forte
No mundo de hoje manter as pessoas lado-a-lado não é fácil. É fundamental manter
seus associados
e a sua equipa unidos, fortes e mobilizados. Isso só pode ser
alcançado se eles acreditarem profundamente em si e no que a sua pessoa representa
para eles.
15. Linha de Orientação
Mobilise
Mantenha todos unidos consigo e a seu lado. Mostre liderança. Isso vai mostrar ao
adversário a sua força. Mostrando que os seus associados estão do seu lado, que o
apoiam
incondicionalmente e que as suas exigências são claramente entendidas e
apoiadas.
16. Linha de Orientação
Atue global e use o poder da sua rede global
Os métodos tradicionais já não são suficientes. É preciso entender que os limites são
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cada vez mais ténues e que o sucesso depende de o seu Sindicato ser ou não forte. A
sua maior força é a sua rede global. Certifique-se de que tem uma boa rede. Isso
possibilitará um melhor posicionamento tanto pessoal como da própria organização.
Junte-se àqueles que acrescentam valor à sua organização.
17. Linha de Orientação
Sindicalize, sindicalize, Sindicalize
A sua maior força são os seus associados e o nível de sindicalização. Portanto, colocar e
envidar
esforços na sindicalização e recrutamento será fundamental. O sector de
telecomunicações está em mudança permanente. É preciso entender esse fenómeno e
sindicalizar para lá dos limites tradicionais. Sem massa associativa, passará a ser visto
como irrelevante.
SIGA AS BOAS PRÁTICAS
18. Linha de Orientação
Aprenda com os outros
Esteja ciente do que aconteceu em outras situações e noutras empresas. Pode sempre
aprender
algo que o ajudará a si e ao seu processo de diálogo. Estar a par das
"Melhores práticas" é sempre uma boa ajuda para fazer progressos.
19. Linha de Orientação
Siga o ditado: "todos podem fazer coisas simples. Mas coisas difíceis só as
pessoas especiais pode alcançar. "
Este ditado não necessita de explicação. Certifique-se de que é “especial” e que todos
aqueles que o apoiam também o consideram como o único que pode servir os seus
interesses. Liderança é o caminho para o sucesso.
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“A Restruturação do Sector das Telecomunicações:
Desenvolvimento de Boas Praticas e Linhas de Ação
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Novembro 2012
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