Santo Amador e Sobral da Adiça

Transcrição

Santo Amador e Sobral da Adiça
Informações - Curiosidades
A PLANÍCIE
1 de Dezembro 2008
Crónica
Cinema em Moura
Registo no ICS n.º 107622
QUINZENÁRIO
DA REGIÃO DE MOURA
2 dedos de conversa
DIRECTOR
MANUEL CORREIA
C. Prof. N.º 3730
ADMINISTRAÇÃO
Por: Manuel Correia
Cine-Teatro Caridade
E a barragem
aqui tão perto!....
DAVID MIGUEL M. ALBINO
JOSÉ MANUEL ALBARDEIRO
REDACÇÃO
JOSÉ ALBARDEIRO - C. Prof. N.º 4489
DAVID ALBINO - C. Prof. N.º 5999
ANTÓNIO PICA - C. Prof. N.º 7879
SARA INFANTE, VERA PEREIRA
P
RUI CONCEIÇÃO
FOTOGRAFIA
ANTÓNIO DIMAS
DEPARTAMENTO
ADMINISTRATIVO E COMERCIAL
MARIANA RICO
COLABORADORES
AMILCAR MOURÃO, ÁLVARO AZEDO,
SANTIAGO MACIAS, JORGE VALENTE,
VALDEMIRO CORREIA, JOSÉ CHAPARRO,
OLHOS DE LINCE
DESTRUIR DEPOIS
DE LER
De 05 a 07 Dezembro 2008
Sexta-Feira às 21:15h
Sábado às 21:15h
Domingo às 16h e 21:15h
De 12 a 14 Dezembro 2008
Sexta-Feira às 21:15h
Sábado às 21:15h
Domingo às 16h e 21:15h
JOÃO SOCORRO, JOÃO RAMOS, FLAVIO
MACHADO, ANTÓNIO GALVÃO, MARIA JOSÉ
GROU, NUNO GARCIA E JOSÉ OLIVEIRA
REDACÇÃO e ADMINISTRAÇÃO
R. Santana e Costa, 18 r/c esq.
Telefs.:285 251 730 /285 252 734
Fax: 285 252 440 - 7860 MOURA
E-MAIL: [email protected]
[email protected]
informaçã[email protected]
COMPOSIÇÃO e PAGINAÇÃO
A PLANÍCIE
Farmácias de Serviço
Impressão: CORAZE - Oliveira de Azemeis
PREÇO DA ASSINATURA
Anual — 15,00 euros Nacional
Anual — 18,00 euros Estrangeiro
TIRAGEM: 3.000 Exemplares
PROPRIEDADE E EDIÇÃO
S. E. B. - SOCIEDADE EDITORIAL BÉTICA,
LDA. - Nº Contribuinte: 501 436 863
DETENTORES DO CAPITAL
DA EMPRESA
José Manuel Albardeiro (25%)
Nataniel Pedro
DIAS
04 - 08 - 12
Rodrigues
«
01 - 05 - 09 - 13
Faria
«
02 - 06 - 10 - 14
Ferreira da Costa
«
03 - 07 - 11 - 15
David Albino (25%)
Herdeiros de Miguel Nuno (50%)
MEMBRO DA
NOTA: Obedecendo criteriosamente ao calendário elaborado pela Associação Nacional de Farmácias
Moura há 54 anos
Galeria de Recordações
PELO MUNICÍPIO
AVISO PÚBLICO
- Aprovar os autos de recepção
provisória das empreitadas de
construção do empedramento das E.M.
de Póvoa de S. Miguel a Mourão (3ª
fase) (...)
- Dar cumprimento a uma deliberação
tomada há muitos anos pela Câmara
Municipal, sobre a denominação do
Jardim Público, fazendo colocar no
mesmo Jardim uma placa com o nome
do falecido Presidente da Câmara,
Doutor Santiago.
Por informação colhida junto do Exmº
Sr. Sub-Delegado de Saúde, sabemos
que existem na Vila vários casos de
febre tifóide. Não, é, pois, demasiado
insistir ma necessidade imperiosa de
ferver as águas que se bebem, quer
elas sejam das TRÊS BICAS, SANTA
COMBA ou do ABASTECIMENTO
PÚBLICO (...)
In “A Planície” – 1 de Dezembro de 1954
Pub.
ASSOCIAÇÃO DA IMPRENSA
NÃO-DIÁRIA
arece-me que a barragem de Alqueva, a um passinho de nós,
se nos vai escapando. Pelo menos é com essa impressão que
regresso a casa, após uma daquelas voltinhas de Domingo,
em que farto do sofá, do computador, do telecomando que vagueou ao
acaso por todos os canais, do livro posto de lado por falta de
concentração, entediado, cansado de não fazer nada, como única
esperança de libertação surge a ideia de sair.
E aí começa o dilema. Pois, mas para aonde vou eu? Para a rua?
Não. Isso faço eu todos os dias. Depois o mal da cidades pequenas.
Sempre as mesmas coisas, as mesmas caras. A gente quase sabe
quem vai encontrar pelo caminho. Depois o boa tarde para aqui, o boa
tarde para ali, o como está passou bem, o vamos indo, o assim assim,
desgasta, enfastia. Por amor de Deus vos peço, que este meu
desabafo não seja levado como um atitude de insociabilidade ou
desrespeito para com os meus conterrâneos. Muito simplesmente, e
nisso temos de convir, não é exactamente a rotina mais adequada
para quem procura desopilar. É que entre cumprimentos, saudações,
paragens e arranques um homem torna a casa com a mesma
disposição de espírito ou pior um pouco.
E então uma voltinha pelo campo? Espairecer, comungar com a
natureza, sentir um pouco de paz e tranquilidade? E os campos estão
tão bonitos nesta altura do ano!
Boa ideia! E como a agulha da bússola indica o norte, todos os
caminhos vão dar à barragem. E como eu muita gente em jeito de
romaria, passeios de libertação, olhos postos nas águas mansas e
tranquilas na enorme albufeira que se estende e perder de vista.
De que fogem? Que procuram? Que fantasmas pretendem afogar
no imenso lago? Eis um desafio ao qual poucas vezes resisto. Talvez
por isso, muitas vezes, abstraio-me da paisagem idílica e a minha
atenção recai nas pessoas que por ali andam. Gosto de fantasiar,
inventar histórias e tentar desvendar o que lhes vai na alma.
Vejo o par de namorados. Namorados não. Agora já não se usa o
termo. Não namoram... andam, curtem. Seja como for, dêem-lhe o
nome que quiserem, certo é que mãos dadas e pela maneira como se
olham embevecidos, aposto que nas suas juras de amor, nos seus
planos de vida futura, não entram estruturas, infra-estruturas,
processos de rega, irrigação, complexos turísticos e outros problemas
complicados. A linguagem dos corações apaixonados é muito mais
simplificada. No início não cabem cifras. Só mais tarde se verão
confrontados com o tal amor e a cabana.
Atrás deles, uns velhotes, rostos marcados pelas agruras da vida,
encostados ao paredão quedam-se silenciosos. Pudesse eu entrar
em suas mentes! Extrair-lhes os sentimentos mais íntimos! Observoos e entendo-os. Nada do que ali está lhes diz respeito ou pertence.
Nada. Nem a saúde, o vigor, a esperança, a alegria e a vivacidade.
Tudo isso faz parte do passado.
Aqui estou no paredão, precisamente no local em que alguém
escreveu a frase, não muito ortodoxa “CONSTRUAM-ME PORRA!” como
forma de protesto por as obras se encontrarem paradas.
Pois bem, agora é uma realidade. Ali está ela, a um passinho de
Moura, majestosa, altaneira, dominando a planície alentejana. Porém,
perdoem-me o pessimismo, mas já lá dizia Francois Truffaut “Um
pessimista é um optimista com experiência” não estará a fugir-nos?
Para quem tenha dúvidas, colocando de lado tudo o que se anuncia e
promete bastará, tão somente, reparar nas vias de acesso que ligam
a barragem a Évora, largas, bem tratadas, projectadas para o futuro e
depois sentir a diferença, quando toma a estrada de Amareleja rumo a
Moura.
Sinto que serão desnecessárias palavras. Os poucos quilómetros
a percorrer, a curta distância a vencer, amplia-se, ganha uma maior
dimensão como se a barragem estivesse a distanciar-se, a escapulirse.
E a barragem aqui tão perto!...
Pub.
Pub.
Notícias
1 de Dezembro 2008
Recordando...
Memórias de Manuel
Loendrêro
A gente iamos à frente do campeonato, em par da enquipa dos Pisanitos.
Já tinhamos ido jogar ó campo delis e tinhamos empatado duas a duas. A
gente agora, queriame-sos apanhar no nosso campo, ganhar-lo jogo, e
acertarmos contas por causa das caneladas qu’eles tinhom dado na gente.
Chigô o dia do jogo. Condo ê m’alevanti de manheim, fazia um charôco… Buh!
Que rejeza tã má! A minha Bia até s’admirô comé quê ia jogari com um fri
daqueles. Mas ê disse-le logo que nã tinha nada a ver com isso. À hora do
jogo começar, (já lá tinhamos a bola e tudo), aparece um moiral a passar por
o mei do campo com um rabanho de cabras qu’ia pá pastage. O Zei Alacrau,
qu’era o capitã d’enquipa, foi dezer ó home que se despachasse. O home
disse si senhor, mas o pior é cas cabras começarom a estercar no mei do
campo.
O Zei, foi-se por o home e disse-le pra qué que seri a aquilo.
- Atão o qué que quer?
Os bichos estercom onde calha – disse o otrô.
- Ah! Estercom onde calha? – Taruz! O Zei arreô uma azevia no focinho do
home.
Ele tameim nã era bom das orelhas, dêtô-se às goelas do Zei. Ê ia a
separá-los, mas o Cara de Cinoira disse-me:
- Dêxa lá as criaturas entenderem-se, homem!
- Atão e condo é que começa o jogo?
Boum, a gente távamos conversando, e o Zei e o ôtro esfatachando-se.
Separáme-sos, e o home foi-se embora.
Saímos a gente. Ê di a bola pó Cara de Cinoira qu’atrasô pó Toíca. Mas há
um dos Pisanitos cu desarma e começa a fugiri. A gente cercáme-so logo, e
eli só pôde dar uma biquêrada na bola lá pá magana da mana. Ma com o
vento, a bola desviô-se e foi pá nossa baliza; até nem ia com força, o Toi
Mariano podia apanhá-la beim. Mas aquele baboso, embicô numa pedra,
estendê-se, e a bola entrô na baliza. Logo no premê minuto 1 – 0. Eh carafo!
Ficámos más enquetados! Pusemes-se a jogar ôtra vez, ma nã sei o qu’é
cagente tinha, cus dos Pisanitos tirarom-nos a bola, e tiveram ali um podaço
mangando com a gente. Com’gente já nã le conseguiamos tirar a bola a beim,
começámos a dar foerada. O árbitro que vinha da Horta da Vargem, marcô
falta contrá gente, mêmo ó pei da nossa ária. Eles marcarom directo, e condo
o Toi se vai alançar pra apanhar a bola, pisa o cordão da bota e bate com os
dentes no chão, enconto a bola entra pra dentro. 2 – 0.
- Atão mas o qué que tu tens hoji homem! Parece que tás piado!
Disse-le o Zei Alacrau que tava pió que pólvra. Pusemes-se a jogar ôtra
veiz, ma nã conseguiamos fazê nada de jêto. Dai a podaço, os dos Pisanitos
ôtra veiz com a bola. À entrada do nosso mei campo, o Zei Alacrau, candava
com as ventas mei torcidas de ter andado à punhada com o Moiral das
cabras, dê uma pupinada nas canelas do ôtro, estendêu logo aleim. Falta
contrá gente. Os ôtros, fiando-se cu nosso guarda-redes era franganêro,
(que nã era), mandarom uma apêjoada lá de longi. O Toi, mandô-se pó sítio
certo, mas a bola batê numa pedra, e pulô pó ôtro lado. 3 – 0.
- Ê assim, derrisco-me de sócio – Gritô um lá no mei do público. Távamos
todos chamando nomes ó Toi Mariano, condo o Cara de Cinoira diz assim; O
homem nã teve culpa, conho! Vamos mas é acalmar e jogar beim! Acalmamesse, e levámos a bola pó mei campo. Agora é qu’ia sêri!
(Continua)
A PLANÍCIE
“Abram-se lá essas portas”
Novo trabalho do Grupo Coral e Etnográfico do Ateneu Mourense
Zé Quim e Zé Mira, elementos
que integram este Grupo Coral,
estiveram no programa “Meio
Regional” da Rádio Planície. O
tema
da
conversa
incidiu
naturalmente no seu novo
trabalho, constituído por uma
recolha de músicas tradicionais
de cânticos ao Menino e as
Janeiras. Por arraste, não fosse
essa a sua grande paixão, falaram
do Grupo, da necessidade de
preservar e divulgar o cante
alentejano.
“ “Abram-se lá essas portas” é o
título do nosso trabalho, dedicado
essencialmente ao cântico ao Menino,
às Janeiras e aos Reis. As principais
modas são dirigidas ao Menino, por
serem mais sugestivas e também de
maior impacto aqui em Moura.
Queríamos frisar que as tonalidades,
as entradas e a melodia são totalmente
diferentes das características que
marcam o cante alentejano em si, o
cante normal que toda a gente
conhece.
Este trabalho discográfico é uma
recolha de músicas de Natal,
fundamentalmente Cânticos ao
Menino. Embora por cá haja a tradição
do Cântico ao Menino, não existiam,
contudo, modas nossas, genuínas de
Moura, pelo que tivemos de as ir
buscar a outro lado.
Já tínhamos uma moda ao Menino
que cantávamos, porém isto começou
tudo com os concertos de Natal
organizados pela Junta de Freguesia
de Santo Agostinho. Começámos a
criar-lhe o gosto, a evoluir, à medida
que sentíamos aumentar o interesse
das pessoas, a Igreja cheia de gente,
abarcando diferentes sensibilidades.
Ora esses concertos fizeram com que
nos dedicasse-mos um pouco aos
Cânticos de Natal, que são de uma
riqueza musical excepcional, muitos
difíceis de cantar, na verdade.
A recolha foi feita em Pêro Guarda,
Figueira de Cavaleiros, Messejana,
Safara, Barrancos e Vila Nova de S.
Bento. Há também uma moda “Cantai
ao Menino” cedida por uma senhora
de Moura, a Elisa Garraz, a quem
agradecemos imenso. Depois temos
outro género, que se cantavam na
nossa meninice, como o “Olhei para o
céu, estava estrelado”, mas cantado
com vozes masculinas, e está
excepcional.
Só temos uma Janeira, que fomos
buscar a Vila Nova de S. Bento;
estávamos a pensar incluir uma de St.
Aleixo da Restauração, mas era muito
difícil de cantar, não conseguimos
entrar com ela. Mas um dia vamos lá…
por ora não tivemos tempo. Este
trabalho demorou um ano e tal; a
recolha das letras, das músicas, o
ouvir as músicas, os ensaios, isto
alternado com as actuações normais
do grupo... tornou-se extremamente
complicado.
Somos suspeitos ao afirmá-lo, mas
trata-se de um trabalho interessante,
e que saibamos somos o único Grupo
que gravou um CD dedicado a um único
tema, neste caso, à quadra natalícia.
Importante também referir que o
trabalho é feito só com pessoal de
Moura - o nosso amigo Jorge Sales
fez a gravação, a nível fotográfico o
Carlos Ferreira e o Rui, e o Miguel na
parte da montagem e composição –
em suma, aí está um trabalho que nos
orgulha a todos. O CD vai estar
disponível no Natal, vende-se de um
modo geral aqui na cidade, mas amos
fazer uma venda (quase) directa.”
“Primeiro o Local”
Santo Amador e Sobral da Adiça
Amareleja
Feira da vinha e do vinho
Decorre entre 5 e 8 de Dezembro, a VII Feira da Vinha e do Vinho de
Amareleja, que conta este ano com um vasto programa visando promover o
vinho da região e as potencialidades desta vila. Deixamos-lhe o programa
completo da edição deste ano.
VII Feira da Vinha e do Vinho de Amareleja
Programa:
5 Dezembro
19:00 – Sessão de Inauguração da Feira
20:00 – Actuação do Grupo Coral da Sociedade Recreativa de Amareleja
6 Dezembro
10:00 – Transmissão em directo do programa da Rádio Planície “Nunca
Mais é Sábado”
17:00 – Concerto pela Banda da Sociedade Filarmónica União Musical
Amarelejense
18:00 – Colóquio: “O VINHO: do que parece ao que é”
“Eficácia no design de rótulos de vinho”, com a presença do designer Luís
Moreira – TVM Designers, Professor-adjunto do Instituto Politécnico de
Tomar.“Gostos e Cores, discutem-se – o que é um bom vinho”, com a
presença de Tomás Caldeira Cabral, formador na área do Marketing de
Vinhos.
22:00 – Actuação do Grupo Musical BALLANTINES
7 Dezembro
15:00 – Actuação do Grupo de Teatro da Escola Básica Integrada de
Amareleja, com a
peça “O Vinho”.
17:00 – Actuação dos Grupos:
Coral Masculino da Casa do Povo de Amareleja
Coral Feminino Espigas Douradas
22:00 – Actuação do Grupo de Música Popular ARDILA
8 Dezembro
17:00 – Actuação do Organista ROBERTO CARLOS
A
Câmara Municipal de Moura
realiza mais uma iniciativa
Primeiro, o Local, desta vez em
Santo Amador e Sobral da Adiça. Esta
acção de descentralização, a decorrer
entre 3 e 12 de Dezembro, trata-se de
uma iniciativa de proximidade em que
o executivo da autarquia procura saber
quais os problemas das freguesias e
das suas popula-ções, para tentar
melhorar a qualidade de vida das
pessoas e o funcionamento das
instituições. Como tal, a Câmara de
Moura vai realizar reuniões com as
juntas e assembleias de freguesia de
ambas
as
freguesias,
com
colectividades e associações e com
os trabalhadores da autar-quia
naquelas localidades. Realizar-se-ão
também iniciativas temáticas,
nomeadamente, uma sobre a saúde, a
realizar em Santo Amador, e outra
sobre a água e o regadio, que terá
lugar em Sobral da Adiça. Este ano, a
Câmara de Moura está também a
promover homenagens aos ofícios
tradicionais, como forma de
reconhecer o importante papel de
mulheres e homens na construção da
sociedade, por terem exercido estas
profissõe s.
Primeiro, o Local em Santo Amador e Sobral da Adiça
Programa:
3 Dezembro
15:00 – Reunião com as Juntas de Freguesia no Sobral da Adiça
18:00 – Reunião da Câmara no Sobral da Adiça
19:00 – Reunião com associações da freguesia do Sobral da Adiça
20:00 – Jantar com jovens do Sobral da Adiça
5 Dezembro
14:00 – Reunião com trabalhadores da Câmara na freguesia do Sobral da
Adiça
15:00 – Reunião com trabalhadores da Câmara na freguesia de Santo
Amador
16:00 – Iniciativa temática em Santo Amador: visita ao Posto de Saúde
17:00 – Iniciativa temática em Santo Amador: Debate sobre as Freguesias
Rurais
19:00 – Reunião com associações da freguesia de Santo Amador
20:00 – Jantar com jovens de Santo Amador
10 Dezembro
21:00 – Reunião com a Junta e Assembleia de Freguesia de Santo Amador
11 Dezembro
15:00 – Visita à prospecção mineira no Sobral da Adiça
17:00 – Debate sobre o Aquífero e o regadio no Sobral da Adiça
19:00 – Homenagem aos ofícios tradicionais no Sobral da Adiça
21:00 – Reunião com a Junta e Assembleia de Freguesia do Sobral da Adiça
12 Dezembro
19:00 – Homenagem aos ofícios tradicionais em Santo Amador
21:00 – Reunião da Assembleia Municipal em Santo Amador
Reportagem e Informação
A PLANÍCIE
1 de Dezembro 2008
Tomada de posse da Direcção da Turismo do Alentejo
T
eve lugar no dia 27 de
Novembro a tomada de
posse da Direcção da
Turismo do Alentejo. Ceia da
Silva, presidente da Direcção da
Turismo do Alentejo, desde
segunda-feira, dia em que se
realizaram as eleições, fala
sobre os objectivos da primeira
Direcção, destacando quatro
grandes eixos orientadores do
plano de acção desta entidade.
“…o 1º eixo refere-se aos
produtos de mercado e marcas
turísticas do Alentejo…”, com o
lançamento de novos produtos
turísticos. No eixo 2 “…modelos
participativos e parcerias
estratégicas…”, Ceia da Silva
refere que será criado um
Observatório Turismo do
Alentejo, a criação de uma
plataforma para a formação à
distância para quadros e
operacionais do turismo, a
intensificação de operações de
cooperação com a agência
regional de promoção turística
do Alentejo e o lançamento de
uma política regional de
sensibilização para a cultura
turística. A criação de um
Gabinete de apoio ao
investimento de iniciativas
turísticas e a definição de uma
política de empreendedorismo
nos negócios turísticos do
Alentejo, são as acções que
definem o eixo três “…e não
menos importante, a área do
investimento, empreendedorismo e negócios turísticos…”.
Já no eixo 4 “…o eixo de
governâncias, centralidade de
turismo no Alentejo…”, o
presidente da direcção da
Turismo do Alentejo avançou
que está previsto o lançamento
de um concurso para um plano
estratégico do turismo no
Alentejo, a criação de um
concelho estratégico regional e
um fórum de competitividade e
de turismo no Alentejo a realizar
todos os anos a nível regional.
Para além de todas estas
acções, Ceia da Silva
mencionou o desenvolvimento
de 4 iniciativas, além do Alentejo
Turismo 2015, nomeadamente,
o Alentejo Global, o Alentejo
Verde (vai ter lugar um fórum
em Beja, no dia 18, para discutir
esta questão), o Alentejo DOP
e o Touring Alentejo.
Quando confrontado com o
comunicado de imprensa do
PCP, em que os comunistas
apelam agora à participação
das autarquias na Entidade
Regional de Turismo e sugerem
a integração de eleitos do PCP
e da CDU na direcção da
Turismo do Alentejo, com
funções
executivas
e
assumpção
da
Vicepresidência nos dois pólos
turísticos da região, Ceia da
Silva continua a não querer
falar em questões políticopartidárias,
mas
diz-se
satisfeito com a adesão de
todos os municípios, que o
fizeram até ao momento e que
poderão vir a fazê-lo “…eu
estou satisfeito com a adesão
de todos os municípios, que se
venha a verificar, à Turismo do
Alentejo…”. Ceia da Silva frisou
ainda que “…quanto à questão
dos Pólos [turísticos] (…),
penso que, pelo conhecimento
que tenho, que essa matéria
está a ser tratada…”.
Entrevista com José Soeiro, deputado do PCP por Beja, na Assembleia da República
Distrito
de Beja
a marcar passo...
Em entrevista concedida à Rádio
Planície, no programa “Meio Regional”,
José Soeiro, lança um olhar crítico
sobre os principais problemas que
afectam o distrito e estrangulam o seu
desenvolvimento.
Jornal Planície - Como vê os atrasos generalizados nos
projectos estruturantes da região?
José Soeiro – É com preocupação, que vemos alguns
projectos importantes marcarem passo e pouca atenção em
relação a outros.
O Aeroporto Internacional de Beja (AIB) devia estar inaugurado,
naturalmente há uma derrapagem justificada, e portanto nada tem
a ver com a Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja
(EDAB), mas mesmo se estiver concluído em Março de 2009,
seremos confrontados com um problema que é da
responsabilidade do Poder Central, que são as acessibilidades.
Vamos ter um aeroporto a funcionar e não vamos ter IP8, IP2,
IC27, isto é, as principais acessibilidades continuam no papel, e
as outras, as secundárias, podemos dizer que são, regra geral,
muito más. Há um investimento a fazer na melhoria das nossas
estradas; aliás, aqui no concelho temos algumas num estado
lamentável, e o poder central não pode remir-se das suas
responsabilidades e deve avançar o mais rapidamente possível
para recuperar esse atraso.
Depois quanto ao aeroporto há outro problema. Neste momento
devia estar claramente definido o modelo de gestão e a entidade
gestora, e o silêncio deste Governo quanto a esta matéria é
preocupante, porque há entidades e empresas interessadas em
negociar condições de utilização do aeroporto, o que significa
desde logo postos de trabalho, e melhor remunerados que o geral.
A EDAB não está mandatada para poder firmar esses negócios e
não há até agora nenhuma entidade para a substituir. Também
aqui o poder central manifesta uma verdadeira falta de vontade.
(…) O Aeroporto tem excelentes condições de competitividade,
com qualquer aeroporto da Península; estamos a perder
oportunidades de trazer investidores; coisa que tanta falta aqui
faz.
Quanto ao IP8, temos reivindicado que o IP8 fosse em perfil de
auto-estrada de Sines até Ficalho. (…) Estou à espera que mostrem
os estudos nos quais se baseiam para construir apenas duas
vias, que mostrem que quatro pistas não seria viável. (…) Fazer
um IP8 sobre a actual estrada, não é viável no futuro.
JP - Na sua opinião, quais as áreas em que deveríamos
apostar?
JS - A margem esquerda tem muitas potencialidades,
nomeadamente agrícolas – olival e vinha sobretudo – e
potencialidades turísticas, com muitos empresários, inclusive
espanhóis, interessados em investir aqui. (…) A exposição solar
e o clima são fantásticos, o que permite apostar nos clusters da
aeronáutica e das energias renováveis, e temos um território em
termos de natureza bem preservado.
O Governo não olha para o distrito de modo a aproveitar todas
as potencialidades, aliás o que é visível nas verbas do PIDDAC
para 2009, o pior de que há memória. É um orçamento que deita
por terra todas as preocupações do Governo com o interior e com
as áreas deprimidas. A aposta na agricultura, na modernização
eléctrica, na electrificação das explorações agrícolas, seriam
factores de combate à desertificação (…) bem como não só a
chegada da água para regadio, mas também o seu aproveitamento,
que são duas coisas que o Sr. Ministro confunde.
Temos padrões de qualidade elevadíssimos, quer nos vinhos
quer nos azeites, (…), é com agrado que vejo a aposta da
Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos na duplicação do
olival, e penso que é necessário ultrapassar alguns
constrangimentos que foram impostos aos agricultores sem
contrapartidas, concretamente as Rede Natura. Pensamos que
há muitas coisas a rever em matéria de política agrícola.
JP - Como vê a vinda dos agricultores espanhóis para
Portugal?
JS - Em matéria de agricultura, há que considerar a vontade de
ser agricultor, e a todos os que tiverem vontade o Governo deve
disponibilizar as ajudas necessárias para fazerem agricultura, e
que lhes garanta o sustento justo para si e para o seu agregado
familiar, o que muitas vezes não se verifica. Quanto à vinda de
empresários espanhóis ou de outra naturalidade, pensamos que
é pena que não haja os apoios que permitam aos agricultores
portugueses manter as suas explorações e rentabilizá-las, e para
isso o Estado, para além do apoio técnico financeiro tem o apoio e
o incentivo à agricultura.
Nós temos tido um Governo que desincentivou a agricultura;
apostou muito nos pagamentos para não se produzir e pouco nos
pagamentos para se produzir, por isso é que temos hoje um País
que importa mais de 70% dos produtos agro-alimentares que
consumimos.
JP - E em relação às cotas de produção impostas pela
União Europeia?
JS - O que temos tido são sucessivos Governos, que em
negociações com a Europa preocuparam-se muito mais em arranjar
uns tostões, abdicando da nossa capacidade produtiva, do que
propriamente em defender a nossa agricultura. Hoje o que temos
é o quê? As ajudas vão desaparecendo e vamos tendo, cada vez
mais, dependência agro-alimentar do exterior.
JP - E agora que estamos à beira de uma crise alimentar,
com os preços a subir em flecha…
JS - O risco é suceder-nos como à Islândia, que abandonou
aquilo que sabia fazer e é hoje um país falido. Teve um grande
nível de vida, mas era um nível especulativo.
Nós não podemos abandonar sectores estratégicos, como são
a agricultura, as pescas, e naturalmente também alguma indústria
que temos, que precisamos de preservar, modernizando-a. Não é
dando milhões, que por vezes se perdem, que não são canalizados
para a modernização do tecido produtivo. Precisamos diversificar
a nossa base económica, e nós aqui no Alentejo falamos de
agricultura, falamos de turismo e de projectos inovadores como
são estes aqui, mas que não sejamos apenas um território para
implementar painéis. Era importante que trouxéssemos para aqui
também centros de investigação associados, e indústrias
associadas, porque é isso que cria mais-valias. Nesse aspecto,
acho que a Câmara Municipal de Moura, com a questão da Central
Solar, de procurar contrapartidas, designadamente com a garantia
de indústrias, é um exemplo de que é possível fazer coisas mas
que o Poder Central podia fazer mais.
Veja o turismo; temos aqui o Convento do Carmo que esteve,
como todos sabemos, abandonado e continua agora numa situação
de procura de soluções, e que estava a cair. O património é de
todos, não apenas deste ou daquele, e o Ministério das Finanças
levou anos, antes de conceder à Câmara a possibilidade de pegar
naquele espaço e transformá-lo em qualquer coisa para a cidade.
A Câmara ainda teve de assumir responsabilidades, que não
deveriam ser exigidas por parte do Ministério das Finanças, que
devia era ter agradecido a autarquia local o facto de assumir o
projecto e a sua vontade de fazer dali um projecto relevante para
a cidade de Moura (…). Mas há inúmeros casos assim. Não
resolvem nem deixam resolver. Por vezes nós, cidadãos,
esquecemo-nos que o património público é de todos, não é dos
ministros, não é dos governos, ou dos dirigentes, mas do povo
português, e os governantes estão lá para gerir o que é nosso,
têm de nos prestar contas. Em democracia mudam-se os governos
e se não governam bem têm de sair. (…)
JP - Quanto a má governação, as ajudas aos agricultores
ainda não foram pagas…
JS - Os sucessivos governos, ora PS ora PSD têm mantido
uma linha, que ao invés de resolver os problemas, tem levado à
delapidação de milhares de milhões de euros que vieram da Europa.
Nós vamos no quarto Quadro Comunitário de Apoio, agora
chamado QREN, que devia já estar há um ano a servir o
desenvolvimento do País, e por motivos claramente de concentrar
verbas no ano de 2009, que é um ano de eleições, sacrificou-se
Reportagem e Informação
1 de Dezembro 2008
A PLANÍCIE
o investimento durante todo o ano de 2008. Não
se promoveram as candidaturas necessárias,
há regulamentos que ainda não foram
clarificados, há dificuldades ainda dos diferentes
agentes saberem com o que podem contar para
poderem apresentar as candidaturas. São feitas,
em alguns casos, exigências pura e
simplesmente inaceitáveis, e que contrariam
inclusivamente regras que podiam ser
adoptadas. Por vezes invoca-se a Comunidade
Europeia, mas ela permite que sejam adiantadas
verbas para projectos e os diferentes agentes
não tenham de andar a pedir empréstimos à
banca, e depois o Estado atrase os pagamentos,
não pague juros e aqueles que quiseram investir
e recorreram á banca tenham de pagar juros.
Isto está tudo mal, é uma coisa que tem de ser
corrigida.
Vamos agora ver se a crise financeira é
suficiente para perceberem, que há toda a
vantagem em garantir liquidez nas empresas e
em fazer das empresas o centro da recuperação
e do desenvolvimento do País, e não da
especulação bolsista e imobiliária.
JP - Foram prometidas contrapartidas a
nível de infra-estruturas turísticas para as
zonas afectadas pelo enchimento da
barragem de Alqueva, que ainda não foram
criadas…
JS - Em relação ao turismo, temos chamado a
atenção para duas coisas distintas. Uma é o
desenvolvimento do turismo que precisa de infraestruturas, designadamente hotéis, alojamentos,
melhorias ao nível da restauração, investimentos
na área da cultura, do património cultural, da
preservação do meio ambiente, e ter presente
que o nosso tecido empresarial é regra geral,
composto por micro, pequenos e médios
empresários. A verdade é que temos visto o
Governo falar muito em turismo, mas apostado
muito mais na vertente imobiliária, uma das causas
da crise que estamos a viver agora, e a
componente turística é a cereja para fazer passar
a componente imobiliária, e é uma má aposta.
(…) Deveriam ser apoiados projectos pequenos
e médios, com a mesma destreza que se apoiam
os grandes. Se eu quiser fazer um agro-turismo
ou um turismo rural não me são dadas facilidades.
Invocam-se todos os argumentos para o impedir,
e depois os tais PIN, que às vezes não passam
de projectos imobiliários, para transferir terrenos
agrícolas ou da reserva ecológica para urbanos,
com uma inflação enorme, sem que o Estado tire
dai mais-valias.
Temos visto projectos muito interessantes
nascerem aqui no Alentejo, que deveriam ser
apoiados e incentivados, pois fazem surgir à sua
volta serviços e criam postos de trabalho,
vivificando as aldeias. (…)
Dizia-se que se queria reduzir as regiões de
turismo existentes, que eram uma emanação das
autarquias. Tínhamos aqui no Alentejo, quatro
regiões de turismo a operar, Estas associações
criaram uma estrutura de todo o Alentejo, a
Associação de Regiões de Turismo do Alentejo
(ARTA), mas o que é facto é que o Governo,
administrativamente, contra a vontade das
autarquias, apoderou-se deste sector, foi o que
fez. Transferiu na prática todo o poder para o
Turismo de Portugal, criou entidades regionais
de turismo com conflitos desnecessários e
acabou por criar uma entidade regional de turismo
que não representa o Alentejo. Depois criou uma
para Alqueva, outra para o Litoral Alentejano,
isto é, as zonas que podem e devem contribuir
para a coesão do território são isoladas; há
naturalmente muitos interesses aqui em jogo, não
nos parece que isto seja uma linha correcta de
desenvolvimento turístico da região no plano
turístico. (…)
O orçamento atribui menos verbas para estas
entidades, do que atribuía antes para as regiões
de turismo. Não sei como é que o Governo vai
fazer mais e melhor com menos recursos. (…)
Não me parece que de facto estejam muito
preocupados com o turismo, parece haver outras
preocupações.
Esta entrevista pode ser ouvida na íntegra em www.radioplanicie.com
Moura – Campanha de azeitona com boas expectativas
D
e acordo com as previsões
agrícolas do Instituto Nacional
de Estatística, referentes a
Outubro, a preparação dos terrenos
para as lavouras e sementeiras das
próximas culturas de Outono – Inverno,
ficou condicionada pela falta de
humidade do solo, factor que provocou
um atraso considerável das sementeiras. O INE estima uma quebra na
ordem dos 10% na produção do vinho,
face ao ano anterior, e acrescenta que
as perspectivas de comercialização
são boas, já que este é o segundo
ano consecutivo de baixas produções, pelo que as existências em stock
são praticamente nulas. Quanto à
produção de azeitona de mesa e de
azeitona para azeite, o INE estima que
deverá ocorrer um crescimento de 5%,
comparativamente a 2007. Manuel
Fialho, da Cooperativa Agrícola de
Moura e Barrancos, refere que a
campanha em Moura está a correr bem,
existindo a expectativa do valor deste
ano ser superior ao do ano passado
“…em Moura está a correr bem [a
campanha] (…). Eu acredito que a
campanha se cifrará por algum valor
superior ao volume do ano passado…”. Manuel Fialho acrescentou
ainda que apesar da falta da chuva,
que tem dificultado a extracção do
azeite, já que as azeitonas chegam
um pouco mirradas, esse problema
“…não é nada que não consigamos
resolver…”.
Moura - Remodelação da rede de águas
20 Milhões de litros de água poupados por mês
Estão em fase de conclusão as intervenções
de renovação das redes de saneamento na
cidade de Moura. As obras, que custaram ao
município mais de dois milhões de euros, incluíram
trabalhos de renovação urbana em várias
artérias da cidade. Em declarações à Planície,
Santiago Macias, vereador da autarquia, falounos dos efeitos práticos deste investimento que
já se estão a fazer sentir, com impactos do ponto
de vista ambiental e diminuição de forma radical
nas roturas que frequentemente sucediam
traduzindo na prática a eliminação das perdas
que se registavam ao nível do subsolo. As
medições efectuadas desde o passado mês de
Agosto, demonstram que se estão a gastar
menos 20 milhões de litros de água por mês.
Esta diminuição do esforço de captação permite,
também, uma correcta gestão do aquífero que
abastece a sede do concelho. O vereador
mostrou-se satisfeito com estes resultados,
referindo que “…estamos a falar em mais de 2
milhões de euros [de investimento] que têm uma
tradução concreta e extremamente positiva em
termos de poupança na captação da água…”.
Santiago Macias revelou ainda, que está a
decorrer o processo de adjudicação, através da
AMALGA - Associação de Municípios Alentejanos
para a Gestão do Ambiente, da conduta que irá
abastecer todo o concelho de Moura, a partir da
Fonte da Telha, um investimento previsto na
ordem dos dois milhões e quinhentos mil euros. A
autarquia tem em fase de lançamento o concurso
para a renovação da rede de saneamento do
Sobral da Adiça, com um custo final previsto de
oitocentos mil euros. A autarquia mourense
procura cumprir a principal prioridade no actual
mandato - o abastecimento de água às
populações.
Reportagem e Informação
A PLANÍCIE
1 de Dezembro 2008
Presidente da Freguesia de Santo Agostinho
ÁlvaroAzedo
E
m entrevista concedida à Planície, Álvaro Azedo, presidente
da Concelhia do Partido Socialista e presidente da Freguesia
de St. Agostinho, assume candidatar-se a novo mandato.
Além disso faz um balanço às actividades desenvolvidas, fala-nos
dos projectos para o próximo ano e, inevitavelmente, a sua análise
recai nas actividades do executivo camarário e, indo um pouco
mais longe, revela quais as apostas caso o Partido Socialista
vencesse as eleições autárquicas de 2009.
Jornal A Planície - Qual o
balanço da actividade deste ano
que está quase a terminar?
Álvaro Azedo - O ano de 2008 foi
um ano importante. Apostámos nos
mais desfavorecidos da Freguesia,
acima de tudo os idosos, e o CREATI,
que é um centro de recursos para a 3ª
idade, para a educação e o
associativismo, que no fundo visa
proporcionar mais algumas condições
a essas pessoas. A nível do
associativismo disponibilizamos alguns
meios, para que possam desenvolver
a sua actividade normal. No que toca
à educação, para além do que já
fazemos no âmbito do Protocolo que
temos com a Câmara e daquilo que é a
nossa vontade em direcção às
escolas, temos a 3ª idade. Ao longo
do ano vimos reparando em algumas
situações de extrema carência, e
penso que é importante que a
Freguesia, com o seu pequeno
contributo esteja realmente à altura
desse grande desafio que é minimizar
os problemas que as pessoas sentem,
reparando uma janela, colocando um
vidro, mudando uma instalação
eléctrica, enfim, todos esses
pequenos trabalhos que nós temos
vindo a fazer nas casas dos nossos
aposentados. Ora tudo isto acaba por
ser importante, na medida em que
contribui para elevar a auto-estima e o
bem estar das pessoas, facto que nos
deixa muito satisfeitos.
J. P. - Sente que as dificuldades
dos idosos se têm acentuado
relativamente ao ano passado?
A.A..- As pessoas que vivem de
uma pensão social de trinta e poucos
contos, que têm de comprar
medicamentos, vestir-se, pagar a
renda de casa, alimentar-se e fazer a
sua vida normal… nós, que temos uma
vida mediana, que temos os nossos
vencimentos, sentimos dificuldades no
nosso dia-a-dia, o que dizer de
pessoas com reformas baixíssimas?
Não é fácil, e é pensando nessas
coisas todas que nós queremos estar
mais interventivos, mais próximos
dessa franja da nossa sociedade, e o
concelho de Moura é um concelho
muito envelhecido.
J. P. - Daí esta aposta na 3ª
idade?
A.A. - Sim. Não só temos os
passeios, o CREATI, mas também este
ano escolhemos um conjunto de
pessoas e de famílias que vivem com
dificuldades, e com a ajuda de uma
empresa vamos levar-lhes alguns
cabazes de Natal com bens
alimentares, para que o Natal seja
realmente mais preenchido. Temos 10
a 15 famílias que vamos apoiar este
ano, tal como temos vindo a fazer, mas
que agora entendemos fazer um
esforço maior. É nas alturas difíceis
que as autarquias se têm de chegar à
frente e ter capacidade para ajudar
mais.
J. P. - Porque são o órgão que
está mais próximo, que melhor
conhece os seus problemas e
dificuldades?
A. A. - As pessoas entram-nos pela
porta, contam-nos os seus problemas,
e os eleitos e funcionários da Junta
estão em contacto com elas todos os
dias, e temos de entender que não
podemos ficar alheados destes
problemas. Temos um papel importante
a cumprir na nossa Freguesia, na
nossa cidade e no nosso concelho.
Analisando estes problemas temos de
ir, de certa forma, ao encontro destas
necessidades, e não tenho dúvidas
disso, a Junta de Freguesia de Santo
Agostinho está muito próxima das
pessoas. Quer os estudantes que nos
procuram para que os ajudemos a
colocar em prática algum projecto
escolar, quer pessoas para que as
ajudemos a resolver os problemas que
têm no seu bairro, quer os idosos que
vêm ter connosco para nos dizer que
têm problemas em casa, e logo o
CREATI aparece para tentar minimizar
essas dificuldades.
J. P. - E quanto a projectos para
2009?
A. A. - Posso falar por exemplo que
vamos continuar a oferecer os livros
escolares aos alunos do 1º ano do 1º
ciclo, que foi uma iniciativa muito bem
recebida pelos pais.
Vamos ter o Kit bebé, uma forma
de apoiar as famílias; todos os
agregados que tiverem crianças a
nascer a partir de dia 1 de Janeiro,
basta apresentarem o registo de
nascimento na Junta de Freguesia e
nós, em parceria com as farmácias de
Moura – já aderiram a Ferreira da Costa,
a Faria e a Rodrigues – que se
envolveram logo de uma forma muito
apaixonada - vamos levar a casa
destes pais e mães uma lembrança,
ou seja, os bens de primeira
necessidade para os cuidados dos
bebés. Penso que numa altura em que
há muitas medidas para estimular a
natalidade, não é que isto tenha…
J. P. Um peso significativo? ...
A. A. - Somos uma Freguesia, não
somos uma Câmara Municipal, mas é
uma forma de dizer que estamos com
estas famílias, queremos dar as boas
vindas a estas crianças e levar
qualquer coisa útil às pessoas. Para
além disto, e de todas as actividades
que as pessoas já conhecem,
aderimos à micro-geração.
A Junta de Freguesia vai apostar
forte nesta iniciativa instalando o
sistema. Futuramente será um
consumidor/produtor de energia.
Vamos usar o nosso telhado para
produzir energia limpa, temos de ir ao
encontro daquilo que são as
necessidades do País, de uma forma
quase minimalista, e se outras
entidades e empresas nos seguirem,
podemos tornar-nos quase autosuficientes.
J. P. - A região é privilegiada
para a geração fotoeléctrica?
A. A. - É, e veja bem, temos a
central de Pedrogão e de Alqueva, um
contributo importante para que não
estejamos tão dependentes do
exterior. Por isso e porque a Lógica, a
empresa parceria nesta iniciativa, nos
incentivou, era uma coisa que já
queríamos há muito tempo.
Como recebemos tantos turistas e
visitantes em Moura, porque não levar
“Ainda tenho
muito
para dar à
Freguesia”
as pessoas a passear nos nossos
caminhos de bicicleta ou a pé? Temos
um projecto que desenvolvemos com
os alunos da Escola Secundária de
Moura, que consiste em passeios de
BTT à volta da nossa região, que tem
coisas lindíssimas, que queremos
privilegiar, e levar as pessoas a
conhecer.
Estabelecemos uma parceria
interessante com o Grupo de Teatro
da Moura Encantada; vamos recordar
os antigos chás dançantes que a
geração dos nossos avós faziam. Eles
propuseram-nos esta iniciativa, vamos
trabalhar nisso, fazer com que as
tardes de sábado ou domingo sejam
mais divertidas, que as pessoas saiam
de casa, conversem e confraternizem,
isso é importante.
J. P. - E em termos de infraestruturas, há algo a salientar?
A. A. - Sabe que as juntas urbanas
não têm as mesmas competências que
as freguesias rurais, nem em ternos
de delegação de competências, nem
a outros níveis.
Estamos na expectativa quanto ao
projecto do edifício dos Quartéis, pois
queríamos lá ter um espaço de
artesanato vivo, ceder aquele espaço
a alguns artesãos de Moura de forma
gratuita, àqueles que têm menos
condições para se instalarem, para
que
ali
pudessem
trabalhar
diariamente, fazer as suas peças e
comercializá-las.
(…) O orçamento é sempre magro,
temos de ter noção do que
representamos em termos de
orçamento: 122 mil euros, este ano
tivemos um incremento de 5%. Pagar
contribuições ao Estado, consumíveis,
vencimentos, o dinheiro aplicado nos
estabelecimentos de ensino… Por isso
é que as Juntas são exemplares na
forma como gerem o dinheiro. Como
têm orçamentos muito magros
conseguem gerir e aplicar muito bem
as verbas. (…)
O espaço JUNTANET foi o 1º
espaço Internet do Concelho de Moura,
e hoje está lá, tem formação, é um
espaço animado durante o dia, e temos
lá ateliers durante as férias.
J. P. - Vai candidatar-se à Junta
de St. Agostinho?
A. A. - Vou. Vou porque sinto que
ainda tenho muito para dar à Freguesia.
Há promessas das quais nós não
podemos fugir, e eu fiz uma promessa
que vou cumprir, logicamente, que é
de me candidatar. Quero continuar a
servir os mourenses fazendo aquilo
que penso que sei fazer bem, e temos
tido um trabalho muito positivo junto
das pessoas. Temos uma equipa de
gente muito boa e válida, desde o
executivo á Assembleia de Freguesia,
e quando digo equipa, não estou a falar
das pessoas do partido socialista,
estou a falar de todos. Julgo que a
grande riqueza da Freguesia de St.
Agostinho é ter muita gente que não
sendo socialista, não tendo alguns
sequer cor partidária, trabalham
connosco, e penso que tem sido um
exemplo para o concelho. (…) Quero
ser candidato do partido Socialista,
vou ser candidato do partido Socialista
nas próximas autárquicas para a
freguesia de St. Agostinho, e vamos
continuar a apostar em pessoas
jovens para colaborarem connosco,
para nos ajudar, e vamos continuar a
pedir às pessoas para se envolverem
nesta tarefa, neste trabalho. (…)
1 de Dezembro 2008
Reportagem e Informação
A PLANÍCIE
e da Concelhia do PS de Moura
J. P. - Já foi escolhido o candidato à Câmara de Moura?
A. A. - Lá por termos tido o Congresso recentemente, não paramos de
preparar o próximo ano. Temos legislativas, temos europeias e temos
autárquicas, que no fundo são as que mais dizem à nossa população. Temos
vindo a trabalhar com cuidado, ouvindo muitas pessoas de uma forma serena,
porque o concelho de Moura é para nós uma questão muito séria. Ter a melhor
equipa possível para que as pessoas se possam rever nos candidatos do
partido socialista é a nossa grande missão.
J. P. - E já se sabe quem serão as pessoas que vão constituir essa
equipa?
A. A. - Todos os dias pensamos nas pessoas que irão servir o partido
Socialista e nessa equipa à Câmara de Moura, à Assembleia Municipal e de
Freguesia, e às Juntas. O Presidente da Concelhia tem nomes na cabeça, o
militante A tem nomes na cabeça, a mais comum pessoa que se cruza connosco
na rua tem nomes na cabeça. Todos nós temos com certeza de avaliar o que é
melhor para este concelho, mas se pensa que lhe vou dizer já nomes está muito
enganada (risos), de forma nenhuma (…) Têm de ser pessoas que metam o seu
concelho à frente de tudo o resto. Moura não pode ser um cacique político.
J. P. - Como vê a actividade da autarquia neste ano de 2008?
A. A. - A rede de águas é uma obra essencial para este concelho, agora a
questão da água tem de ser vista também a montante, e hoje estaríamos com o
problema no seu todo muito mais resolvido se os municípios do Partido Comunista
tivessem abraçado o projecto que envolve as águas de Portugal, e hoje, por
uma razão meramente ideológica continuamos afastados desse grande objectivo;
estamos muito mais atrasados que outros municípios porque há uma questão
ideológica.
Este investimento que se está a fazer nas ruas da cidade é importantíssimo
e sou a primeira pessoa a valorizá-lo, agora, penso que temos a obrigação de
fazer as coisas bem e por isso retenho que cabe a um autarca que ama
verdadeiramente a sua terra, o papel de colocar o seu município à frente do
partido que servem, por muito que goste do seu partido e por muito bem que se
sinta na pele de militante. Sinto que a este nível os interesses do concelho, não
têm sido defendidos.
Quanto à escola da Porta Nova, o parecer do presidente da Junta, e mesmo
quando ainda não o era… quando emitimos um parecer onde sublinhávamos
que era preciso falar com as pessoas, e penso que a Câmara não fez esse
trabalho convenientemente, muito pelo contrário. Na primeira reunião que se
fez, à Porta da Escola, a Junta de Freguesia não foi convidada. Só quando as
coisas começaram a correr francamente mal é que a Câmara a correr, neste
caso o sr. Presidente, nos convocou para uma reunião e trouxe-nos, de chofre,
um projecto. Reuni com o Sr. Ramos e vi que era muito difícil, porque a Câmara
queria que nós disséssemos naquele momento que apoiávamos o projecto, e
nós dissemos “espera lá” e apresentámos propostas. Vou ser muito sincero,
por muito que gostemos das nossas crianças, aquela zona da cidade não
merecia o tratamento de que foi alvo, e podíamos com um parque escolar novo
ter resolvido por completo os problemas sem destruir uma zona importante da
nossa cidade. O que é que nós sacrificamos com isto tudo? E depois de ser
inaugurada vamos ver como as coisas correm.
Há municípios que têm parques escolares lindíssimos e muito funcionais. Em
Moura, então se temos festas disto, daquilo e do outro, não temos para aplicar
num parque escolar novo, moderno, capaz de servir bem as nossas crianças e
a comunidade escolar mourense? Desculpe mas temos. Em que é que a Escola
do Fojo ficou melhor? Temos salas de aula que pouco mudaram, que continuam
com piso de tacos. Se o Sr. Presidente da Câmara estivesse aqui a ouvir esta
conversa diria “lá está este indivíduo com a conversa do bota-abaixo”, mas é
verdade.
Ainda não há muito tempo estava eu a trabalhar e ligaram-me a dizer que
havia uma inundação na escola, que as traseiras da escola estavam inundadas.
(…) O empreiteiro já havia avisado que se não subíssemos o piso quase um
metro, iria inundar com frequência. Nos elencamos um conjunto de problemas e
avançamos um conjunto de soluções, o que é certo é que as coisas continuam
na mesma. Às vezes mais vale fazer um sacrifício maior em prol daquilo que é
realmente importante, e se a Câmara tiver de se endividar que se endivide, que
se endivide muito, mas deixando trabalho bem feito. É isso que as pessoas nos
exigem.
Em relação ao parque de feiras é compreensível que esteja agora melhor. Foi
feito ali um investimento importante, o que eu me pergunto é se por exemplo a
forma como criaram as boxes foi de encontro às necessidades dos feirantes
que são uma parte importante do parque, das feiras e mercados. Numa Câmara
que diz que fala muito com as pessoas, que é dialogante, penso que fala mas
não ouve. (…)
E continuamos ali com um problema por resolver; há quem lhe chame asa
delta, mamarracho, ou parque de leilão de gado. Então aquela obra vai ficar
assim? Não pode! A Câmara tem de se responsabilizar, não pode vir dizer que
houve financiamento para aquela parte da obra e agora aquilo fica assim?
Aquele espaço foi começado, está neste momento parado, mas tem de ser
terminado, e se não for esta Câmara terá de ser a do partido Socialista no
próximo mandato, com toda a certeza.
J.P. - Está muito optimista! ...
A. A. - Não é optimismo. Acho que s pessoas têm de ser muito directas na
forma como abordam as coisas e as questões, e acho que este município
precisa muito do partido socialista neste momento.
J. P. - Caso o PS vencesse, quais seriam as primeiras medidas?
A. A. - Do ponto de vista organizacional, a primeira medida seria uma auditoria
àquelas contas. Quem cair naquela Câmara precisa de saber porque é que há
fornecedores que não querem trabalhar com a Câmara, porque é que paga
tarde e a más horas e qual é a situação real. É preciso perceber em termo de
trabalho e de procedimentos, que as pessoas saibam com que linhas é que se
cozem a partir do momento em que tomam a Câmara Municipal. Depois falar com
todas as pessoas a quem devemos e começar a pagar. Os compromissos são
Candidatos à Câmara? Por
ora mantém-se o segredo.
As críticas e propostas é
que são muitas!
terreno íngreme onde diz que o vai
colocar. Isto é brincar connosco, e não
é só a questão dos fundos que é
importante, é a promoção do concelho
lá fora, porque pertencer a duas
entidades ligadas ao turismo como
estas é de todo importante, porque
temos mais capacidade para nos
promovermos, capacidade financeira
para fazermos coisas.
O que se está a passar é que o Sr.
Presidente, mais uma vez, tal como se
passou com a questão da água,
mostrou uma posição ideológica,
porque o partido não quer. Eu estava
á espera que o partido comunista
viesse com outro tipo de discurso, mas
virem dizer que o PS não quer
municípios comunistas na entidade de
turismo, por amor de Deus…. (…) Não
tenho a menor dúvida que os
municípios do partido comunista se vão
associar. mais tarde ou mais cedo.
J. P. - Nesta entidade ou numa
outra, com um outro modelo de
gestão?
A. A. - Vão-se associar, estou
certo disso. Em relação à área de
turismo, não percebo porque é que
Beja, ficando com a entidade lá sediada
disse que não queria, alguma coisa
vai mal. Temos em Moura um manancial
de oportunidades que este organismo
nos oferece, e a CM não quer? Parece
que estamos muito bem, muitos cheios
de dinheiro e podemos só por nós fazer
muita coisa. As coisas não funcionam
assim. Estes organismos, acima de
tudo, têm uma grande vantagem:
fazem com que os organismos
congreguem esforços e tenham uma
política comum para servir as
populações e as empresas.
para cumprir; eu trabalho numa Junta e não devemos um “tusto” a ninguém. É
verdade que as Câmaras os têm numa a dimensão gigantesca em relação a
nós, mas as autarquias também têm de ter compromissos em relação às pessoas.
Passamos a vida a dizer que queremos
apoiar o comércio local os nossos
comerciantes e empresários, mas
depois são os primeiros a serem
castigados porque lhes pagam tarde.
É preciso que haja uma política de
juventude neste município que não
existe, e não é só festas, embora
sejam importantes para a miudagem,
mas falamos de uma política na área
da saúde, da habitação e do emprego.
E conseguiremos ajudar criando
urbanizações com apartamentos a
preços mais competitivos. (…) A
Câmara durante muito tempo deixou
de construir e isso não pode ser, tem
de ser invertido.
J. P. - E relativamente a
projectos estruturantes?
A. A. - (…) Moura não pode
continuar longe de Alqueva. Penso que
está mais distante do que qualquer
outro município na forma como se
envolve com o empreendimento. Se
queremos mais investimento aqui, mais
turismo e mais-valias para os
agricultores, temos de tomar medidas.
Quanto ao turismo penso que é
escandaloso, as últimas machadadas
então, mostram bem o que o presidente
da Câmara de Moura pensa sobre a
matéria.
Falo das áreas de turismo. Não tem
discussão possível esteja quem
estiver no Governo deste país, mas é
sempre de aderir. O presidente da
Câmara vem dizer “conseguimos
estabelecer uma política de turismo
mesmo sem recurso a esses fundos”,
e eu posso perguntar, mas que
política?
Um presidente de Câmara que nem
conseguiu construir um parque de
campismo! A única coisa que tem é um
Notícias
A PLANÍCIE
1 de Dezembro 2008
Turismo e Educação
Temas quentes...
A não adesão das autarquias
comunistas às Entidades
Regionais de Turismo, e as
recentes greves e protestos
dos professores e alunos,
foram os temas abordados no
programa de debate político da
Rádio Planície “Pontos de
Vista”. Rui Apolinário (PS)
Simão Janeiro (PSD) e João
Ramos (CDU) estiveram
presentes e disseram de sua
justiça.
Rui Apolinário
Educação - Julgo que a greve
em Moura é um reflexo da onda
nacional do que é a actualidade do País,
onde os alunos reivindicavam
alterações ao estatuto do aluno,
concretamente o regime de faltas
justificadas e injustificadas, provas de
acesso ao ensino superior e
educação sexual.
No caso dos exames para aferição
de conhecimentos em caso de faltas,
houve um claro retrocesso do
Ministério da Educação e ficaram
desobrigados dessa prova os alunos
que tenham faltas justificadas, o que
demonstra à partida alguma
capacidade de inflectir neste
processo, numa altura em que se fala
na face mais “arrogante” da tutela, esta
medida equilibra um pouco a situação.
Com diálogo, com muita conversa, é
possível chegar a uma plataforma de
entendimento.
Quanto à educação sexual, a minha
opinião pessoal é que deveria fazer
parte dos currículos, e julgo que
também aqui se pode ainda chegar a
um entendimento. Outra das situações
que tem gerado esta polémica são as
provas de acesso ao ensino
universitário, que desde ao longo dos
tempos não tem sido pacífico, é quase
histórico, mas que a procura de um
modelo ideal leva-nos a este
experimentalismo. Se no regime de
faltas se deu um recuo do Governo,
logo um avanço nas negociações, no
acesso ao ensino superior é mais
difícil chegar a um consenso.
Dizer-se que um recuo não é uma
cedência, que não está dentro de uma
plataforma de entendimento… Eu
entendo que são plataformas
negociais e não de recuo ou avanço.
Não podemos ser fundamentalista, o
Ministério tem um modelo para aplicar,
mas a Ministra já disse que é um
modelo aberto, passível de alterações.
Tem havido uma ronda invisível de
diálogo com os professores, mas que
não tem sido mediatizado, ao contrário
das movimentações da FENPROF.
O
que
temos
visto
efectivamente é um sindicato,
que se pretende representativo
dos professores, a abandonar
uma reunião que pretendia ser de
entendimento.
Num
estado
democrático, não se percebe que
um sindicato abandone uma
reunião ao fim de vinte minutos,
nem
concebo
que
os
professores concordem com
isto. Parece que nesta matéria a
agenda do Governo nada tem a ver
com a agenda dos sindicatos, o
Governo tenta promover o
diálogo, os sindicatos agendam
manifestações.
Não queria comentar a suspensão
da avaliação nas escolas de Moura,
porque hoje foi agendado um concelho
de ministros extraordinário e penso
que houve importantes avanços nesta
matéria.
O partido socialista é um partido de
reformas. Este é, sem sombra de
dúvida o Governo mais renovador
desde o 25 de Abril, e as reformas
custam, tal como esta está a custar.
Apelo à serenidade e à calma das
pessoas e dos professores; o
Governo é dialogante, vai haver
cedências, mas o modelo é para
manter e aplicar. É possível delegar
num professor titular a avaliação de
desempenho, não é um caso omisso.
Este é um modelo que reconhece o
mérito e a excelência, nos parâmetros
haverá aspectos a limar.
Turismo – A posição do PS é
clara nesta matéria, penso que é
sempre de aderir, é claro, e
congratulo-me coma adesão das
Câmaras de Beja e de Aljustrel. A
sede da entidade ficará situada
em Beja e a incongruência das
incongruências seria a Câmara de
Beja não aderir à Entidade Regional
de Turismo.
Deixo o apelo ao nosso presidente
de Câmara para aderir a esta iniciativa
que é importantíssima ao nível dos
financiamentos e da unificação do
turismo do Alentejo. Tínhamos as
regiões de turismo muito dispersas
territorialmente
e
municípios
relativamente
próximos
geograficamente, que um fazia parte
de regiões de turismo diferentes.
Esta entidade vem dizer claramente,
que o recurso ao financiamento é
apenas concedido aos municípios que
aderiam e no órgão deliberativo está
assegurado aos municípios 50% da
representatividade na assembleiageral; penso que se trata claramente
de uma mais-valia.
Se está a haver esta abertura
dos municípios comunistas, não
me espanta que a Câmara de
Moura entre nesta rota que penso
que é a adequada. Funciona
sempre como uma mais-valia a
nível de financiamento para
projectos.
Uma Câmara Municipal, que não
consegue construir um parque de
campismo, não tem, obviamente,
legitimidade para falar que a Câmara
tem meios próprios par promover o
turismo.
Nós vamos ter um Pólo em
Alqueva e aí o papel da Câmara
de
Moura
poderá
ser
importantíssimo no sentido de
puxar para si mais-valias, porque
a Câmara de Reguengos está
ávida de poder controlar esta
questão do Pólo de Alqueva.
Penso
que
era
de
vital
importância estarmos presentes
no órgão deliberativo para
combater, no bom sentido,
posições com outros municípios.
Simão Janeiro
Educação - Julgo que o ensino
em Portugal não vai bem, vive-se um
ambiente crispado que se tem vindo a
agravar com os professores e com
os alunos. Recorde-se uma citação
infeliz da Ministra que diz “perdi os
professores,
mas
ganhei
a
população”, que é sintomática da forma
de gerir a educação no nosso País.
Esta revogação da Lei por
despacho, não deixa de ser estranha.
Como é que uma Lei da Assembleia da
República é alterada por um simples
despacho? Penso que tem a ver com
questões eleitorais.
O PSD sempre foi contra o acabar
com a diferenciação da natureza das
faltas, o tratamento por igual causaria
alguma crispação, como se veio a
verificar. O Estatuto do aluno diz que
se deve fazer uma prova, que este
despacho não vem revogar, mas não
tem uma função sancionatória, é
penas indicativa e de diagnóstico para
o professor.
Penso que há um grande
desnorte no Ministério da
Educação.
Não sei que PS é este,
renovador. Esta é uma reforma
pouco perceptível, em termos do
que se pretende com esta
arrogância com os agentes da
educação, o que se pretende com
esta reforma.
Esta reforma apenas tem vindo a
perturbar a harmonia da classe e a
fomentar
a
crispação
entre
professores. Este modelo não tem
pernas para andar, por onde se
comece a dialogar, as reformas não
se fazem contra quem pretendem
atingir. Os professores não vão as
manifestações por via dos sindicatos.
Os professores da escola
secundária não estão disponíveis para
seguir este modelo, e não estou a falar
do Conselho de Administração, mas
dos próprios professores. E considero
que os sindicatos em democracia são
representativos, são parceiros.
Penso que os professores, não têm
medo da avaliação, mas há parâmetros
a avaliar – a minha forma de explicar a
matéria, de dar aulas, de levar à
aprendizagem. Não posso ser avaliado
pelas desistências dos alunos, do
abandono escolar, não posso aceitar
um modelo de avaliação que assente
no resultado dos exames dos alunos,
pois há disciplinas que não são sujeitas
a exame, e não posso aceitar ser
avaliado por um professor de outra
área de ensino. São propostas
inaceitáveis, nem sequer têm base de
discussão.
Este modelo de avaliação é tão “de
mérito e excelência” que tem
honras de Gato Fedorento.
Quando as coisas não prestam há
que as deitar fora, é o que se deve
fazer com este modelo de
adesão.
Turismo - Estas entidades
regionais vêm congregar as diferentes
áreas, e o decreto-lei que as criou tem
uma norma revogatória como poucos
documentos legais têm. Dá a ideia que
é para facilitar a compreensão da
questão do turismo. Este documento
vem criar dois pólos: o Pólo Alqueva
que inclui o Concelho de Moura. Sei
que a Câmara de Moura vai aderir,
é uma questão de tempo, porque
estas questões não se podem
decidir por rearranjo de lugares,
de A aqui, ou B ali, ou quem é que
fica ou não como de vogal
efectivo; as coisas têm uma
profundidade maior, e só o facto
de não se ter acesso a
determinados
programas
estruturais e financiamentos, é,
por si só, determinante.
Não penso que o presidente da
Câmara de Moura queira ver o seu
concelho prejudicado; acredito
que
haja
um
período
reivindicativo de levar a água ao
seu moinho.
O que é preciso é desenvolver o
turismo nas regiões, tornar os espaços
atractivos, mas é incipiente. Há tempos
colocou-se a questão das Aldeias
Ribeirinhas, agora há a expectativa
dos PIN, mas o turismo tem de ser
tratado de forma mais equilibrada e
efectiva, o que lamento não ter ainda
acontecido. Dá-me a ideia que até aqui
estas estruturas eram mais para fazer
umas organizações, umas feiras,
participarem nuns certames, e depois
Turismo: Os autarcas comunistas alegam que lhes foi impedida a participação na
constituição da Comissão Instaladora da Turismo do Alentejo, entidade recém-criada, que
veio substituir a Região de Turismo. O Presidente da Câmara Municipal de Moura tece
fortes censuras ao modo como foram projectadas as áreas de turismo, e desvaloriza a
sua possível contribuição, afirmando que “Consideramos e somos muito críticos
relativamente à forma como todo o processo foi constituído (…), a forma absolutamente
centralista e arbitrária como está feita a lei de constituição das Regiões de Turismo. (…)
Não é o facto de estarmos ou não incluídos numa Entidade Regional que diminui a nossa
capacidade de intervenção (ao nível dos projectos turísticos)
O Partido Socialista considera negativo, que as autarquias comunistas, não tenham
aderido logo à partida, acusando os presidentes das Câmaras Comunistas de seguirem
posições ideológicas, preterindo os interesses dos concelhos que lideram. O presidente
da Federação do Baixo Alentejo considera que “algumas dessas pessoas que não querem
aderir são aquelas que se estão sempre a queixar de que não há nada, e depois quando
há, voltam-lhe as costas”.
Entretanto, no passado dia 20 de Novembro, depois de uma série de negociações entre
as partes, a Câmara de Beja equacionou a possibilidade de aderir, alegando que “mudou
a atitude das pessoas que estão nesta entidade”, seguiu-se-lhe o presidente da Câmara
de Aljustrel. As restantes Câmaras Comunistas deverão tomar posições semelhantes,
depois das negociações que permitiram integrar José Godinho, o presidente da Câmara
de Aljustrel, na lista liderada por Ceia da Silva, único candidato à direcção da Turismo do
Alentejo.
Educação: Na educação, o regime de avaliação dos professores tem mobilizado
docentes em greves e manifestações, em números de que não há memória. As escolas
de Moura encontram-se a suspender o processo.
Já os estudantes manifestam-se contra o regime de faltas, que equipara faltas justificadas
e não justificadas e obriga à realização de um exame para avaliar os conhecimentos,
contra a ausência de aulas de educação sexual e contra o método usado para abrir as
portas ao ensino superior.
Enquanto decorria este programa, realizava-se uma assembleia extraordinária,
que resultou na redução da carga burocrática do regime de avaliação dos
professores, entre as medidas mais significativas.
esvai-se tudo em panfletos e
informação. Acho que temos de mudar
a atitude.
João Ramos
Educação - Acho que é
significativa a questão da mobilização
dos alunos em torno de algo que eles
consideram justo. Não nos podemos
esquecer que as escolas devem ser
espaços de aprendizagem e formação
cívica, e às vezes cai-se no estímulo
de tornar a escola apolítica. Esta
manifestação
espontânea
é
interessante e de assinalar.
Não sou jurista, mas intriga-me
como é que um despacho da ministra
altera uma lei da Assembleia da
República, mas o mais pertinente é que
este despacho, este recuar, parece
muito mais uma afronta à luta dos
professores, que vem assim dizer que
está disponível para recuar, mas não
quanto à avaliação dos professores.
O professor Santana Castilho, um
crítico quanto às reformas do Ministério
da Educação dizia outro dia na
televisão que a Ministra tem mais medo
de dois cestos de ovos, do que de
120 mil professores.
Os sindicatos têm o peso que têm, de
130 e tal mil, cerca de 100 mil estão
sindicalizados, mas é o mau estar que
está a mobilizar a classe. A FENPROF
defende uma coisa, a Ministra defende
outra, ao fim de meia hora perceberam
que não havia entendimento possível,
o sindicato esteve na reunião a fazer
o que tinha de fazer.
o que devia ser reflectido é o que é
a escola e para que serve a escola e
a avaliação. Para que é que tudo isto
serve? Terá de haver avaliação,
mas quando esta ocupa tanto
tempo deixa de ser avaliação para
passar a ser uma actividade em
si, isto é que não está correcto
neste modelo. Estamos a avaliar
os professores com base em
critérios que não dependem
directamente deles.
Na questão dos rankings das
escolas, como comparar o que não é
comparável? As escolas privadas não
têm os alunos problemáticos que têm
as públicas, têm recursos que não são
dados às públicas.
O facto do antigo modelo de
avaliação ser mau não faz deste
bom.
No Portal da Educação, há uma
secção de perguntas e respostas, e
para a questão “É possível
desburocratizar o processo de
avaliação?”, a resposta é “O modelo
de avaliação definido não é
burocrático”. Posteriormente Maria de
Lurdes Rodrigues veio falar de
alterações para minimizar os tempos
necessários e desburocratizar. As
reformas custam, mas pelos vistos
não custam a todos de igual modo.
Turismo - Algum argumento para
a criação destas entidades que possa
fazer sentido noutras regiões do país
aqui não faz, que é a dispersão do
número de regiões de turismo. O
Alentejo já tinha conseguido
organizar-se mais ou menos
através da ARTA e da Associação
das Regiões de Turismo e em
termos profissionais era tratado
como um todo, e com resultados
positivos.
As
autarquias
comunistas
entenderam que tinham de marcar
posição, para alterar o conteúdo e a
forma deste processo. As regiões de
turismo foram criadas pelas autarquias
a que se juntaram uma série de
entidades locais e regionais, para
resolver e dar respostas à questão
do turismo. O Governo resolveu
através de um documento
extinguir as regiões de turismo
sem ao menos as ouvirem. Em
todo o País os antigos presidentes dessas associações passaram a integrar as recém-criadas
entidades, à excepção do Alentejo, o que se afigura ao PCP
como discriminação e tentativa de
afastamento do PCP desse órgão.
Os municípios foram afastados do
processo de definição da região, não
foram envolvidos no processo nem na
direcção. Parece-me que a posição foi
a correcta, porque levou a
renegociações.
Quanto à forma, há que reflectir a
existência de vários pólos afastados
das entidades de turismo, pólos onde
há projectos PIN propriedade de
grandes multinacionais. Há separação
nas entidades de uma coisa e de outra.
A restrição aos financiamentos
apenas
às
Câmaras
que
quisessem aderir também é uma
forma de pressão, não sei se é
um jogo muito limpo.
Relativamente a questões
ideológicas, o PS é que parece
poder ser acusado de seguidismo. Veja-se o caso de Ceia da
Silva, deputado do PS e
presidente da federação do PSA
de Portalegre. Para acusar os
outros de porem ideologias à
frente
dos
interesses
da
população, é preciso ter lata.
1 Dezembro 2008
Reportagem & Notícias
A PLANÍCIE
Está colmatada uma lacuna que se fazia sentir naquela vila. “ O Bem-Me-Quer” com capacidade para 56 crianças, além do apoio às famílias, vem contribuir para a diminuição
do desemprego, na medida em que garante 19 postos de trabalho. Trata-se de uma iniciativa coroada de êxito, promovida pela Moura Salúquia – Associação de mulheres do
Concelho de Moura.
AMARELEJA JÁ TEM CRECHE
C
onforme oportunamente informámos, no
passado dia 14 de Novembro, a Moura
Salúquia – Associação de Mulheres do
Concelho de Moura, inaugurou a creche “O BemMe-Quer”, em Amareleja. A cerimónia contou com
as presenças de Vieira da Silva, ministro do
Trabalho e da Solidariedade Social, e de José
Maria Pós-de-Mina, presidente da Câmara
Municipal de Moura.
Ana Benedita, presidente da Associação de
Mulheres do Concelho de Moura, explicou que
neste projecto, além da participação da
Associação, “…tivemos o apoio da Segurança
Social, da Câmara Municipal de Moura, da Junta
de Freguesia de Amareleja…”, além dos fundos
do Programa PARES. Com capacidade para 56
crianças, o novo equipamento será uma
importante valência no apoio à família e à infância,
contribuindo também para a diminuição do
desemprego, com a criação de 19 postos de
trabalho. A creche foi instalada numa antiga
escola e possui quatro salas de actividade, dois
berçários e uma sala polivalente.
O ministro do Trabalho e da Solidariedade
Social, Viera da Silva, fez também questão de
frisar a importância deste equipamento,
explicando que o Governo tem como projecto e
ambição “...reforçar a rede de equipamentos
sociais (…) o que tem que ser construída a partir
de uma confluência de esforços por parte do
Governo, das autarquias e das instituições de
solidariedade…”.
Ana Benedita adiantou ainda, que está também
prevista a construção de uma creche em Moura,
existindo já o terreno para a realização do
projecto “…nós para Moura temos um projecto
muito bonito já feito, temos o terreno…”, faltando
agora o financiamento para a execução da obra.
“…o Alentejo (…) vai afirmar-se como uma das regiões mais dinâmicas do nosso País…”,
Vieira da Silva, Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, em declarações à Planície.
1 Milhão de Euros de apoio social
para o distrito de Beja
Desemprego não diminui
Durante a sua visita de trabalho ao distrito de
Beja, onde esteve também presente na
inauguração da creche em Amareleja, o Ministro
do Trabalho e da Solidariedade Social, Vieira da
Silva, entregou os 9 Despachos de atribuição
de subsídio ao abrigo da Medida de Apoio à
Segurança dos Equipamentos Sociais (MASES),
no distrito. A iniciativa destinou um apoio público
de cerca de 770 mil euros, num investimento
total na ordem do milhão de euros, abrangendo
um universo de 9 Instituições Particulares de
Solidariedade Social e 927 utentes do distrito. O
objectivo prioritário do MASES passa pela
concessão de apoio financeiro para a
realização de obras em estabelecimentos de
apoio social, quando se verifique a necessidade
de adaptação das instalações e substituição de
materiais e equipamentos. Este investimento
público procura contribuir para a melhoria
contínua dos níveis de segurança dos
equipamentos sociais e dos respectivos utentes,
elevando assim os seus níveis de conforto e
bem-estar.
Ainda durante a sua passagem pelo concelho
de Moura, para a inauguração da creche em
Amareleja, o Ministro do Trabalho e da
Solidariedade Social, Vieira da Silva, em
declarações à Planície, falou sobre a questão do
desemprego. Embora se tenha vindo a registar
um decréscimo do desemprego em Portugal, o
Ministro adiantou que “…infelizmente a crise
internacional que estamos a viver, não nos permite
ter a mesma ambição, não nos permite pensar
que essa diminuição que estávamos a ter (…)
possa continuar…”. Vieira da Silva acredita que
a solução passa por “…apoiar as empresas,
apoiar o investimento…”, para que se possam
criar postos de trabalho.
“…o Alentejo (…) vai afirmar-se como uma
das regiões mais dinâmicas do nosso País…”,
Vieira da Silva, Ministro do Trabalho e da
Solidariedade Social, em declarações à Planície.
Vieira da Silva abordou ainda a questão do
desenvolvimento da região alentejana. Apontando
os projectos que se têm vindo a desenvolver no
Alentejo, como o Alqueva e a nova agricultura
que daí advém, a ligação da região com o litoral e
com Espanha e o aparecimento de novas
indústrias, o Ministro tem “…a convicção
profunda que o Alentejo vai sair de um ciclo, que
foi demasiado longo de estagnação, e vai
afirmar-se como uma das regiões mais dinâmicas
do nosso país…”.
a pensar que foi devido a essas condições que
ele ocorreu…”.
As obras de remodelação da Escola da Porta
Nova devem então, cumprir o prazo previsto
pela autarquia. A interrupção do Natal, conforme
o previsto, será aproveitada para a mudança, de
modo a que os alunos iniciem o 2º período, já
naquele estabelecimento escolar.
Escola da Porta Nova
Mudança ainda nas férias do Natal
A
menos de um mês da previsão
do final das obras de remodelação
da Escola da Porta Nova, Maria
José Fialho, vereadora da Câmara Municipal
de Moura, mostra-se muito optimista,
revelando que está tudo no bom caminho
para que o prazo seja cumprido “…até à
data, esperamos concluir a tempo e horas,
como tínhamos previsto, no sentido de se
poder fazer a mudança ainda nas férias do
Natal…”.
Questionada sobre a possibilidade de o prazo
não ser cumprido, Maria José Fialho afirmou que
“…nem sequer ponho ainda essa hipótese…”, já
que, explicou, o empreiteiro deverá concluir os
trabalhos dentro de pouco tempo, e a chegada
do novo mobiliário e de equipamentos para o
exterior, também deverá chegar brevemente.
Quanto ao facto de as aulas estarem a
funcionar provisoriamente, no antigo Externato
de Nossa Senhora do Carmo, e que de princípio
mereceu a contestação de alguns encarregados
de educação, adiantou que, apesar de as
condições não serem as melhores e desejadas,
“…até à data não nos chegou nenhuma
informação de algum incidente, que possa levar
Opinião - Informação
A PLANÍCIE
Artigo
Artigo
Por: Amilcar Mourão
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A Educação versus PC Magalhães
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A
o fazer a pergunta - Está o concelho de Moura preparado para enfrentar os desafios da
nova conjuntura económica que vai surgir em 2009 e 2010? Infelizmente a resposta é
imediata - Não está!
A inércia e incapacidade do poder local, leia-se Câmara Municipal de Moura, e a sua subserviência
ás directrizes do Partido Comunista não permitiram o desenvolvimento económico e social do concelho.
Senão vejamos alguns exemplos:
- A qualidade do sistema de abastecimento de água ao concelho, especialmente nas freguesias
rurais, tem vindo a deteriorar-se nos últimos anos. A responsabilidade é única e exclusivamente da
Câmara por recusar sistematicamente um sistema de parceria com o estado na gestão da água.
Resultado – chegamos ao verão e o cheiro da água quando abrimos as torneiras das nossas casas
é nauseabundo. Infelizmente no próximo verão o problema irá manter-se
- A incapacidade negocial da câmara para atrair projectos de investimento públicos e privados no
concelho é preocupante. A situação da Contenda continua por resolver, na questão da saúde e das
grandes redes viárias acontece o mesmo e o investimento privado relevante no concelho tem sido
nulo. É evidente que a Câmara vai referir o grande investimento da Central Fotovoltaica, grande
bandeira do executivo dos últimos anos, e onde muito investimento municipal foi feito. Neste caso
seria muito importante que a Câmara apresenta-se o deve e haver deste projecto. Qual o investimento
global da autarquia no mesmo? E qual a receita final da venda? Só desta forma poderemos avaliar
com clareza esta aposta no concelho. Até lá mantenho a mesma posição que sempre assumi na
Assembleia Municipal – Estou pronto para aplaudir se foi rentável e para criticar duramente se deu
prejuízo à Câmara. Estamos a falar de um projecto que no futuro poucos postos de trabalho vai criar
e onde o executivo, para além do investimento financeiro, investiu muitos recursos humanos que
poderiam ter sido canalizados para outros projectos de criação de valor para a população.
- No Turismo pouco temos beneficiado com o Alqueva e mais uma vez no passado recente a
Câmara se coloca à margem do novo modelo de gestão do mesmo para o Alentejo. As únicas razões
que encontro prendem-se com os interesses do partido comunista em manter maquinas ineficientes
e burocráticas mas onde tinha a sua gestão. Ou seja em seu beneficio próprio e não da população
e do desenvolvimento económico da região.
É por estas razões e por muitas mais que poderiam ser referenciadas que a minha resposta é
imediata. O concelho de Moura está muito frágil para enfrentar o futuro. Mas tenho a certeza que o
Concelho tem recursos naturais e humanos para se desenvolver no futuro. O Concelho de Moura
merece muito mais!
Que 2009, apesar da crise internacional, seja um ano de viragem no concelho de Moura!
Por: Santiago Macias
Avenida da Salúquia, n.º 34
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No meio da claque
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Moura e os desafios do futuro
ara tentar garantir uma escola mais interessante e fazer alguma coisa que remotamente se
pareça com a revolução tecnológica prometida por Sócrates o governo inventou o PC Magalhães
que tem sido apresentado com toda a pompa e circunstância embora pelo que se sabe
nalguns casos depois das fotografias e das televisões, os portáteis voltam para trás em lugar de
serem distribuídos às crianças, vá lá saber-se porquê ou até podemos imaginar…
A ideia, no abstracto até me parece muito simpática e meritória, tal como as avaliações dos
professores, o pior é quando vamos à prática.
As reformas do sistema educativo tem sido das políticas mais contestadas deste governo, em
especial o regime de avaliação e de progressão na carreira dos professores e essa contestação
deu frutos. O recente retrocesso do Governo na política de educação é um sinal bem claro de
eleitoralismo e de fraca convicção, digo isto porque se peso dos resultados dos alunos na avaliação
dos professores era absolutamente absurdo e os professores tinham toda a razão para protestar
este assunto entre outros relacionados com o processo de avaliação, agora, depois do recuo da
Ministra, os resultados dos alunos passaram a não ter peso nenhum, o que também não me parece
correcto, afinal esse é o output do trabalho do professor, mas o professor é também avaliador, deve,
portanto existir um equilíbrio que sustente a sua prestação nesta dupla função, como se costuma
dizer, nem tudo, nem nada.
De igual modo, as faltas dos alunos estavam sobrevalorizadas, isto é dado um conjunto de faltas,
mesmo por motivos justificados, teriam de fazer uma avaliação para determinar se poderiam continuar,
depois dos protestos, se forem justificadas já nada acontece, ora bem, pergunto-me se um aluno
que falte um ano inteiro por razões justificadas, problema grave de saúde, por exemplo, está em
condições de passar de ano? Mais uma vez do oito para o oitenta, ou o inverso.
No meio de toda esta confusão, com despachos a interpretar leis, o que é inconstitucional, digase de passagem, de avanços e recuos, de garantias que o sistema de avaliação vai continuar e a
seguir é retirado no seus pontos essenciais, parece-me que a única coisa que este governo está a
fazer realmente dedicada aos mais novos é o Portátil Magalhães, mas mesmo aqui era conveniente
que fosse uma máquina melhor, porque é mesmo e só para principiar, diria de 2 a 3 meses, depois já
não tem características para manter o interesse dos alunos por incapacidade funcional.
Enfim, isto já não é um problema de software…é mesmo de hardware.
Artigo
1 de Dezembro 2008
oi no fim de Inverno de 2005. O meu tempo na Universidade de Lyon aproximava-se depressa
do fim. O Professor Guichard marcara-me um último encontro para a tarde dessa terça-feira,
dia 8 de Março. A conversa foi breve, concluída com um imperativo “isto está feito, você
entrega a tese em meados de Maio e marca-se já a defesa. Le 10 juin, ça vous va?”. Achei graça à
coincidência e disse-lhe que sim, que remédio tinha eu. Conversa acabada e “à demain”.
O resto do dia não prometia nada de bom. Sozinho em Lyon, um frio de rachar, o vento dos Alpes a
gelar as margens do Ródano, as horas a rolarem mais devagar que um caracol. E eis que dou
comigo, chateadíssimo, sentado à janela de um bar da Place Carnot, uma garrafa de Cotes du Rhône
já lá vai, não tarda outra vem a caminho. Eis que passa uma turba alemã aos urros, bandeiras verdes
e brancas. Olá, que é isto? Os oitavos de final da Liga dos Campeões: Lyon-Werder Bremen,
esclarece, diligente, o empregado. Decisão rápida, vou à bola. Saio porta fora a caminho do estádio.
Aí chegado, cometo dois erros trágicos: peço o bilhete em francês, sem sotaque alemão, e compro
uma entrada das mais baratinhas. E assim dou comigo, cinco minutos depois, no meio dos Juve Lyon
ou dos Diabos Vermelhos de Lyon. Eram todos loucos furiosos. Berravam como possessos, vá lá
saber-se porquê, e saltavam ritmadamente e cantavam e, meu Deus, ainda faltava meia-hora para o
jogo começar. Organizadinhos, dão-me um papelinho com as palavras de ordem do dia e outro
papelinho colorido para agitar à entrada da equipa. Passam-me pela cabeça ideias angustiosas: eu
nem o nome do treinador sabia e conhecia vagamente o nome de dois ou três jogadores. Alguém me
faz uma pergunta sobre quem ia jogar à direita e já não tive tempo de responder porque a equipa
entrou em campo e durante quase duas horas a malta à minha volta gritou desesperadamente. E eu
com eles, porque quem não mija em companhia ou é espião ou é ladrão. À meia-hora o Olympique
Lyonnais já ganhava 3-0. Do mal o menos, o povo estava feliz. Braços ao ar, primeiro, a ola à
mexicana, depois, mais palavras de ordem, logo a seguir. Mais um par de golos e a conta já vai em
5-2. Juninho, JU-NI-NHÔ, gritavam os franceses, mas “putain, bordel”, o raio do brasileiro não há
meio de marcar. Marcam Wiltord e, no fim, Berthod. 7-2! uma sova de todo o tamanho nos boches. No
meio da claque trocam-se sinais cúmplices. Um grandalhão dá-me uma palmada nas costas, “c’est
fait mon ami” berrava o gajo, e eu fingia um sinceríssimo contentamento.
Voltei, feliz e exausto, ao hotel. No dia seguinte, um desconfiado e divertido Prof. Guichard ouviu
a narrativa da incursão no Stade de Gerland. À hora de almoço fui olhado pelos colegas do
departamento com curiosidade zoológica. Percebi depois que ir ao futebol no meio da claque não faz
parte do cardápio académico francês. A minha carreira universitária não seria, contudo, prejudicada
pela façanha.
O Lyon baqueou nos quartos-de-final às mãos do PSV. O Liverpool viria a sagrar-se campeão
europeu nesse ano.
Manuel Bio
Membro Assembleia Municipal de Moura
InfoAutarquia
1 de Dezembro 2008
A PLANÍCIE
Página da responsabilidade da Câmara Municipal de Moura
Rede Concelhia
de Bibliotecas
Bom exemplo de
um projecto
pioneiro
O concelho de Moura foi pioneiro a nível nacional, na criação
da Rede de Bibliotecas Escolares.
Para desenvolver a Rede de Bibliotecas Escolares e,
simultaneamente, a Rede Municipal de Bibliotecas, a Câmara
Municipal de Moura criou três bibliotecas escolares e municipais
em Safara, Santo Aleixo da Restauração e Póvoa de S. Miguel,
que funcionam com total disponibilidade para as escolas onde se
encontram e, no período da tarde, estão abertas a toda a
comunidade assumindo o seu papel de biblioteca pública.
Em Amareleja, Sobral da Adiça e Santo Amador foram criados
pólos da Biblioteca Municipal, que cumprem também o seu papel
de bibliotecas escolares no período em que decorrem as aulas.
Além dos livros, cada uma delas disponibiliza jornais e revistas,
serviço de Internet e CD’s, entre outros serviços.
A Rede permite colocar à disposição de todos os interessados,
via Internet, os fundos documentais de todas as bibliotecas
envolvidas num único catálogo “on-line”. Desta forma, poderá ser
feita a pesquisa em qualquer uma das unidades da Rede, sendo
indicada a existência dos documentos, a sua localização e
disponibilidade. O empréstimo dos documentos pode ser feito
localmente ou através do sistema de empréstimo inter-bibliotecas.
Em rede estão também as bibliotecas da Escola Secundária de
Moura, Escola Básica 2+3 de Moura, Escola Básica e Integrada de
Amareleja e a Escola Profissional de Moura.
Pólo da Biblioteca de Póvoa de S. Miguel - Inauguração
Biblioteca Municipal de Moura
Pólo da Biblioteca de Amareleja
Polo da Biblioteca de Santo Amador
Pólo da Biblioteca de Safara - Inauguração
Novo Pólo da Biblioteca em Sobral da Adiça
Pólo da Biblioteca de Santo Aleixo da Restauração Inauguração
Parceiros da rede assinaram o protocolo de colaboração
No dia 27 de Outubro
(Dia Internacional das
Bibliotecas Escolares), foi
assinado um protocolo de
colaboração entre a
Câmara Municipal de
Moura, a Rede Nacional de
Bibliotecas Escolares, a
Escola Profissional de
Moura, EBI de Amareleja,
a EB 2+3 de Moura e a
Escola Secundária com
3.º Ciclo de Moura, relativo
à Rede Concelhia de
Bibliotecas.
Assinatura do protocolo da Rede
Este acto contou com a
presença da Coordenadora Nacional da Rede de
Bibliotecas Escolares,
Teresa Calçada, que
realçou a importância do
protocolo, o qual formaliza: “o bom trabalho já no
terreno”, e que tem vindo
a ser desenvolvido pela
Biblioteca Municipal de
Moura, em conjunto com
as escolas, na implementação da Rede Concelhia
de Bibliotecas Escolares.
De acordo com aquela
responsável: “o concelho
de Moura tem sido
apontado em fóruns
nacionais e internacionais com um bom
exemplo do êxito do
projecto das redes
concelhias de bibliotecas”.
Informação
A PLANÍCIE
1 de Dezembro 2008
Informação do Concelho de Moura
CRER – CRIAÇÃO DE
EMPRESAS EM ESPAÇO
RURAL
No próximo dia 3 de Dezembro, decorre no CineTeatro Caridade, em Moura, o workshop final do projecto
CRER - Criação de Empresas em Espaço Rural. O
CRER é um projecto promovido pela ADRIMAG em
parceria com entidades locais e regionais, co-financiado
pela Iniciativa Comunitária EQUAL, que tem como
principal resultado a criação de uma metodologia de
apoio ao empreendedor, desde a ideia de negócio, até
à criação da empresa, permitindo ao empreendedor
testar e experimentar uma ideia de negócio, sem a
criação formal da empresa. Esta metodologia resulta
da apropriação de diversas iniciativas europeias e
nacionais e pode ser disseminada para entidades que
prestem apoio à criação de empresas e
empreendedorismo.
Este evento é organizado pela parceria local
constituída pela ADCMoura – Associação para o
Desenvolvimento do Concelho de Moura, Câmara
Municipal de Moura e ADRIMAG – Associação de
Desenvolvimento Rural Integrado das Serras de
Montemuro, Arada e Gralheira.
PROGRAMA
09h30 – Recepção dos participantes
10h00 – Sessão de Abertura
ADRIMAG - João Carlos Pinho, Coordenador
Câmara Municipal de Moura – Santiago Macias, VicePresidente
Gabinete de Gestão do EQUAL - Maria João Spencer
10h30 – Apresentação dos resultados do CRER
ADRIMAG – Susana Martins, Gestora do Projecto
11h00 – Coffee Break
11h20 – Resultados de Disseminação do CRER
Papel da entidade apropriadora no contexto regional;
razões da apropriação da metodologia do CRER
forma de apropriação da metodologia, resultados da
apropriação, vantagens e benefícios para a entidade
apropriadora
Moderador – João Carlos Pinho, ADRIMAG
Experiência da apropriação da AEVA/EPA - Jorge
Castro, Director da AEVA/EPA
Experiência da apropriação do CRIA/UALg - João
Amaro, Coordenador do CRIA
Experiência da Apropriação da ADCMoura/CMMoura
– Maria Clara Lourenço, Presidente da Direcção da
ADCMoura
12h20 – Debate
13h00 – Almoço
14h30 – Recomendações políticas: Apresentação do
documento CRER: Metodologia de Apoio à Criação d
e Empresas - resultados, soluções e recomendações
15h00 - Lançamento da Rede CRER e Assinatura do
Protocolo de Rede
15h30 - Assinatura de Memorando de Entendimento
do CAEE
16h00 - Vinho de Honra com produtos de região de
Moura
Informações e inscrições: 285254931 ou
[email protected]
WWW.R4E.EU
No passado dia 17 de Novembro, no âmbito do evento
“Recursos para o empreendedorismo – Soluções de
Inovação Social”, que decorreu no Centro de Reuniões
da FIL, em Lisboa, foi apresentado o portal on-line
www.r4e.eu, um projecto que nasce no âmbito das redes
de cooperação criadas ao abrigo da Iniciativa
Comunitária EQUAL, como corolário da vontade da Rede
Temática 4, “Criação de Empresas”, em capitalizar a
experiência e a aprendizagem geradas pelos mais
variados projectos de estímulo à criação de empresas
e ao empreendedorismo, que decorreram nos últimos
anos em território nacional.
Trata-se de uma plataforma de partilha de recursos
(metodologias e ferramentas compilados e sistematizados) para a promoção do empreendedorismo, em
áreas como a educação e sensibilização, o apoio e
consolidação de empresas e a estratégia territorial,
tendo por objectivos estimular a cooperação e a troca
de experiências e práticas desenvolvidas na área do
empreendedorismo; disseminar iniciativas e projectos
na área do empreendedorismo; mobilizar e influenciar
actores para a promoção do empreendedorismo.
ACIDI JUNTO DAS
COMUNIDADES
No dia 13 de Novembro, o Alto Comissariado para a
Imigração e o Diálogo Intercultural - ACIDI veio visitar o
nosso concelho.
Esta iniciativa inscreve-se numa preocupação de
proximidade com as comunidades, com o intuito de criar/
agilizar mecanismos de integração de comunidades
marginalizadas da sociedade.
Durante os dois dias de visita dedicada à zona
envolvente de Beja, o ACIDI, nomeadamente a sua
representante, a Sra. Alta Comissária Rosário
Farmhouse, os representantes do Gabinete de Apoio
às Comunidades Ciganas – GACI e os coordenadores
nacional e regional do Programa Escolhas puderam
visitar várias comunidades, todas locais de intervenção
sócio-educativa (Bairros das Pedreiras e da Esperança
em Beja, Pias e Sobral da Adiça).
No concelho de Moura, o ACIDI escolheu para a sua
visita a comunidade cigana do Sobral da Adiça. Esta
comunidade está a ser acompanhada pelo projecto
Encontros há já 2 anos, através de mediação com as
instituições, actividades de inclusão escolar, ocupação
de tempos livres das crianças durante as férias…
Deste trabalho resulta uma grande proximidade entre
a comunidade e a equipa técnica do projecto e a
compreensão mútua dos diferentes interesses. Atento
a esta relação de confiança construída, o ACIDI
reconheceu a necessidade de reforçar o trabalho
desenvolvido, e mostrou-se particularmente sensível à
questão da escolaridade.
START – EDUCAÇÃO PARA O
EMPREENDEDORISMO
O projecto START continua no processo de
disseminação das metodologias Balanço de
Competências-chave para o Empreendedorismo e Clube
Mais – Educação para o Empreendedorismo, com a
realização de cursos de Formação de Facilitadores de
Empreendedorismo, cujos objectivos são clarificar o
conceito de empreendedorismo e a importância das
competências empreendedoras, trabalhar a educação
para o empreendedorismo através de metodologias
participativas, aplicar as metodologias START no
contexto profissional dos participantes. Foram já
realizados três cursos, em Évora, Serpa e Faro, estando
mais dois previstos para Faro, em horário pós-laboral.
Outra das actividades é a participação em seminários
de divulgação, já realizados em Moura (no âmbito do
Festival 7Vidas), em Cuba (no âmbito da Feira de S.
Martinho) e em Lisboa (nos dias 5 e 17 de Novembro no
Centro de Reuniões da FIL, no âmbito de eventos de
promoção de ferramentas inovadoras de educação para
o empreendedorismo).
Notícias - Informação
1 de Dezembro 2008
Jornal “A Planície” Nº 667 de 1/12/2008
39 Casos no Núcleo de Atendimento às Vítimas de Violência Doméstica do distrito de Beja.
Rectificação de Extractos
Rectifica-se publicações dos extractos publicados nos
exemplares n.ºs 664 e 666 dos dias 15 de Outubro e 15 de
Novembro.
Onde se lê: «Maria Susana da Costa Jorge» deve ler-se:
«Marta Susana da Costa Jorge».
Jornal “A Planície” Nº 667 de 1/12/2008
Associação dos Bombeiros
Voluntários de Moura
Violência
Doméstica
no Distrito
CONVOCATÓRIA
CONFORME o Artigo 24º dos Estatutos da Associação, convoco
os sócios, para a Assembleia Geral Ordinária a realizar no
dia 19 de Dezembro de 2008, pelas 20 Horas, na Sede da
Associação, com a seguinte ordem de trabalhos:
Ponto Um – Apreciação e eventual aprovação da 2ª revisão
ao Orçamento do ano de 2008.
Ponto Dois – Apreciação e eventual aprovação do
Orçamento Inicial para o ano de 2009.
Ponto Três – Outros assuntos de interesse da Associação.
Nota: - de acordo com o Artigo 27º Ponto 1, dos Estatutos,
se à hora marcada não estiver presente o número legal de
sócios, a Assembleia funcionará meia hora mais tarde, com
qualquer número de sócios, sendo válidas as suas decisões.
Moura, 26 de Novembro de 2008
O Presidente da Assembleia Geral
Francisco de Aragão Baixinho Cravo
Jornal “A Planície” Nº 667 de 1/12/2008
S.O.S. dos Animais
CONVOCATÓRIA
A Associação S. O. S. dos Animais de Moura, convoca os
sues Associados para as Assembleias Gerais a realizar no
dia 6 de Dezembro, pelas 14 horas, na Associação dos
Reformados, Pensionistas e Idosos do Concelho de
Moura, sita na Avenida do Carmo nº 3, com os seguintes
horários de trabalhos:
ASSEMBLEIA ORDINÁRIA
Período: das 14 às 15 horas
Ordem de trabalhos:
1.
Informação geral sobre a Associação
2.
Esclarecimentos a Associados
ASSEMBLEIA ELEITORAL
Período: das 15 às 16 horas
1.
Apresentação dos Candidatos
2.
Eleição
3.
Contagem dos votos e informação do
resultado
Das 16 às 17 horas, será servido aos presentes um
Porto de Honra
ASSEMBLEIA DE TOMADA DE POSSE
Período: das 17 às 17,30 horas
Ordem de trabalhos:
1.
Assinatura da Tomada de Posse pelos
Eleitos
A Presidente da Assembleia Geral
Dolores Maria Infante Rodrigues
Jornal “A Planície” Nº 667 de 1/12/2008
Comoiprel
Cooperativa Mourense de Interesse
Público de Responsabilidade Limitada
Convocatória
Assembleia Geral – Reunião Ordinária
De acordo com o Artigo 57º do Código Cooperativo,
convocam-se os membros da Assembleia Geral da
Comoiprel – Cooperativa Mourense de Interesse Público de
Responsabilidade Limitada, para reunião ordinária a realizarse no dia 18 de Dezembro de 2008, pelas 18 horas no
Auditório desta Cooperativa, com a seguinte Ordem de
Trabalhos:
1. Apresentação do Plano de Actividades e
Orçamento para o ano de 2009;
2. Outros assuntos.
Moura, 18 de Novembro de 2008
A Presidente da Assembleia Geral
Prof. Maria do Céu Rato Santa Maria Gonçalves
A PLANÍCIE
A
funcionar desde o dia 1
de Abril, o Núcleo de
Atendimento às Vítimas
de Violência Doméstica já
acompanhou 39 processos, dos
quais 36 são mulheres. Com
idades que variam entre 25 e
81 anos, umas têm cursos
superiores, enquanto outras
pertencem a extractos sociais
mais desfavorecidos, uma
situação que Nuno Poiares,
comissário da Polícia de
Segurança Pública de Beja, uma
das entidades parceiras do
Núcleo, considera “…um
problema que nos confirma a
ideia de que este é um problema
transversal…”. Sobre os
agressores, o Comissário
refere que são na maioria o
cônjuge e, acrescenta, “…este
tipo de agressão passa muito
pela agressão física, mas
também, e sobretudo, pela
agressão psicológica…”.
Combate à violência doméstica
O Governo aprovou uma
proposta para reforçar o
combate à violência doméstica,
prevendo a possibilidade de o
agressor ser detido fora de
flagrante delito e a utilização de
meios electrónicos para
controlo à distância dos
arguidos. Jorge Lacão, secre-
tário de Estado da Presidência,
afirmou que o diploma que
estabelece um novo regime
jurídico aplicável à prevenção
da violência doméstica foi
aprovado na generalidade,
sendo agora colocado em
audição pública. Além disso, fez
também questão de frisar que
este diploma concede às vítimas
uma protecção mais consistente. Para o reforço da
cooperação entre a sociedade
civil e os poderes públicos, o
diploma pretende estabelecer
uma rede nacional de apoio às
vítimas de violência doméstica.
Esta rede incorpora as casas
de abrigo, os centros de
atendimento e os centros de
atendimento especializados,
núcleos e grupos de ajuda
mútua. Com este novo modelo,
pretende-se que a rede se
articule com as estruturas de
atendimento às vítimas existentes no âmbito dos órgãos de
polícia criminal e co-envolvendo, na medida do possível,
autarquias locais, face aos
ganhos de eficiência que as
estruturas de proximi-dade
potenciam.
Subcomissão de Igualdade de Oportunidades e Família em Moura
A
Subcomissão de Igualdade de Oportunidades e Família
esteve no Sobral da Adiça e em Moura, visitando também
Reguengos de Monsaraz e Beja. Esta deslocação teve a
finalidade de permitir a apreciação, in loco, da realidade aí vivida
pela comunidade de portugueses ciganos e surge na sequência
do vasto conjunto de audições a associações, entidades e
investigadores com marcada intervenção nesta área, bem como
representantes de autarquias, da segurança social, das direcções
regionais de educação e do Alto Comissariado para a Imigração
e o Diálogo Intercultural. Com estas visitas, a Subcomissão de
Igualdade de Oportunidades e Família pretende reunir um conjunto
de informações e conhecimentos, os quais consubstanciarão
um relatório a apresentar proximamente em acto público, que
poderá servir como elemento de trabalho para a elaboração de
futuras iniciativas legislativas e políticas relativas a esta
comunidade.
Amareleja - Escola Básica Integrada
“Livre de Tabaco”
N
a sequência de um
projecto pioneiro a nível
nacional, que envolve
os serviços regionais de saúde,
educação e juventude, quatro
escolas básicas do 3º ciclo do
Alentejo vão ficar “livres de
tabaco”. O projecto abrange as
escolas básicas integradas de
Amareleja (Beja), Arronches
(Portalegre), Malagueira (Évora)
e Vasco da Gama (Sines).
Intitulado “Escolas Livres de
Tabaco 2008 / 2010”, o projecto
mobiliza a Administração
Regional de Saúde, as direcções regionais de Educação e
o Instituto Português da
Juventude, cujo protocolo foi
assinado ontem no Governo
Civil de Évora. De acordo com o
Director Regional de Educação
do Alentejo, José Verdasca, o
objectivo desta iniciativa passa
por uma sensibilização para o
não consumo do tabaco,
envolvendo os jovens em
trabalhos e práticas que
demonstrem os malefícios do
tabaco, a apresentar no final do
ano lectivo. Os melhores serão
premiados com estadias em
Pousadas da Juventude.
Rastreios na Escola Secundária de Moura
Os alunos do 12.º C da
Escola Secundária de Moura,
em parceria com os alunos da
Faculdade de Medicina de
Lisboa, promoveram uma
iniciativa, para assinalar o Dia
Mundial da Diabetes. Durante
todo o dia foram realizados na
Sala de Convívio da Escola
Secundária, rastreios gratuitos
de glicemia, Índice de Massa
Corporal e Tensão Arterial,
enquanto decorria, simultaneamente, uma recolha de Sangue.
Este dia foi criado em 1991,
pela Internacional Diabetes Federation (IDF) em parceria com
a Organização Mundial da
Saúde(OMS), em resposta ao
aumento do interesse em torno
da diabetes no Mundo. A data
foi escolhida devido ao nascimento do cientista Frederick
Banting que, em parceria com
Charles Best, foi responsável
pela descoberta da insulina, em
Outubro de 1921. Dois anos
mais tarde, Banting recebia o
Prémio Nobel de Medicina por
esta descoberta e pela
aplicação da insulina no
tratamento das pessoas com
diabetes.
Informação
A PLANÍCIE
1 de Dezembro 2008
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Faleceu em 15-11-2008
Esposa, filhos, genro, nora, neto
e irmãs na impossibilidade de o fazer
pessoalmente, vêm por este meio
agradecer a todos que acompanharam à última morada o seu ente
querido ou que, por qualquer outra
forma, se solidarizaram com a sua
dor.
Funerária Salúquia
Jornal “A PLANÍCIE” online
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AGRADECIMENTO
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Maria da Conceição
Moita
Eugénio Branco
Cachopo
Faleceu em 19-11-2008
Filha, genro, netos e irmãos vêm
por este meio agradecer a todos
que acompanharam à última
morada o seu ente querido ou que,
por qualquer outra forma, se
associaram à sua dor.
Funerária Salúquia
Pub.
FUNERÁRIA SALÚQUIA
Trata de Funerais
e Trasladações
Faleceu em 20-11-2008
Faleceu em 22-11-2008
.
Filha,
genro, netos e bisnetos
agradecem muito reconhecidamente, a todos que lhes testemunharam
o seu pesar pela perda do seu ente
querido.
Funerária Salúquia
AGRADECIMENTO
Esposa, filhos, noras, genros e
netos vêm por este meio agradecer
a todos que os acompanharam em
momento tão doloroso de suas
vidas.
Funerária Salúquia
AGRADECIMENTO
Maria do Carmo
dos Santos
Pica Campaniço
Mariana Ribeiro
Caldeira
Flores Artificiais
Artigos religiosos
Faleceu em 11-11-2008
De: Joaquim Molho & Filhos, Lda.
CONTACTOS:
Telems. 932 264 188 - 932 083 391 - 968 489 102
Zona Industrial - Lote 16
7860 MOURA
Esposo, filhos, pais, irmão, nora e restante família vêm, desta forma,
agradecer a todos os que os acompanharam em momento tão doloroso
ou que de qualquer outra forma manifestaram o seu pesar, pela perda do
seu ente querido. Agradece ainda, o esposo, de forma particular, ao
Conselho Executivo da Escola Secundária de Moura, à encarregada do
pessoal não docente, pessoal docente e não docente e ainda ao Dr.
Vasco Barreto e ao Dr. Mário Caldeira, a forma humana, compreensiva,
carinhosa e tolerante que demonstraram em relação à situação em apreço.
Pub.
Os netos, bisnetos, sobrinhos e
demais família agradecem a todos
aqueles que, com a sua presença
no funeral ou por qualquer outra
forma lhes manifestaram o seu
pesar pelo falecimento da sua
querida familiar.
Funerária Mourense
Funerária Salúquia
Pub.
28/12/1906 – 04/11/2008
Pub.
»
«
Agora ao seu dispôr
na Travessa dos Fiéis,
N.º 4 R/chão.
De Sábado a Quarta-feira,
das 9h00 às 20h00.
7860-193 Moura
Notícias - Informação
1 de Dezembro 2008
A PLANÍCIE
Desporto
Iª Divisão Distrital
Iª Divisão Distrital
Classificação
7ª Jornada
Aldenovense, 2 – Despertar, 1
Serpa, 1 – Piense, 2
Vasco da Gama, 0 – Moura, 1
Almodôvar, 0 – São Marcos, 2
D. Beja, 2 – Cabeça Gorda, 0
Barrancos, 1 – Ferreirense, 0
Milfontes, 2 – Odemirense, 1
Distrital de Juniores
5ª Jornada
Almodôvar, 6 – Aljustrelense, 0
Bº Conceição, 0 – Santo Aleixo, 2
Piense, 0 – Despertar, 3
Serpa, 4 – Aldenovense, 0
Castrense, 3 – Odemirense, 1
D. Beja, 3 – Moura, 1
Santo Aleixo é 2º com 12 pontos
Moura é 12º e ainda não pontuou
Campeonato Inatel
Série A
Sobral da Adiça é 9º com 3 pontos
Selecção Nacional
sub-17 joga em Moura
Serie F
Taça Distrital
9ª Jornada
Juv. Évora, 0 – Despertar, 5
Imortal, 1 – Lus. Évora, 0
Louletano, 1 – V. Setúbal, 2
Aljustrelense, 0 – Olhanense, 5
Moura, 3 – Lagoa, 1
U. Montemor, 1 – Int. Almancil, 1
3ª Jornada
Milfontes, 4 – Alvito, 1
Alvito, 1 – Serpa, 7
Aljustrelense, 4 – Guadiana, 1
D. Beja, 0 – Moura, 1
10ª Jornada
Despertar, 5 Aljustrelense, 1
Juv. Évora, 1 – Lus. Évora, 3
V. Setúbal, 2 – U.Montemor, 0
Olhanense, 2 – Louletano, 0
Lagoa, 0 – Imortal, 10
Int. Almancil, o – Moura, 0
Moura é 1º com 9 pontos
Moura é 5º com 17 pontos
Distrital de Juvenis
3ª Jornada
A do Pinto, 1 – Louredense, 3
Trindade, 6 – Mombeja, 0
Faro do Alentejo, 1 – São Matias, 0
Trigaches, 3 – Santa Vitória, 1
Quintos, 0 – Sobral da Adiça, 1
Resultados
Nacional de Iniciados
1ª Eliminatória
São Domingos, 0 – Sta Clara a Nova, 2
Vasco da Gama, 3 – Salvadense, 5 (pen)
Milfontes, 2 – Almodôvar, 0
Despertar, 3 – Bº Conceição, 0
Messejanense, 1 – Ferreirense, 0 (a.p.)
Cabeça Gorda, 4 – Sanluizense, 2 (a.p.)
Renascente, 0 – Moura, 5
Aldenovense, 5 – Negrilhos, 1
D. Beja, 2 – Serpa, 0
Guadiana, 3 – Odemirense, 2 (a.p.)
Panóias, 0 – São Marcos, 2
Alvorada, 2 – Rosairense, 4
Alvito, 0 – Barrancos, 2
Piense, 1 – Ourique, 0
Waypoint
Trail
Challenge em
Moura
Moura Volei Clube
Inicia temporada
T
A
s selecções nacionais sub-17
de Portugal e Dinamarca
defrontam-se em Moura, no dia
2 de Dezembro, num jogo particular. A
formação dinamarquesa chegou a Beja
no dia 30 de Novembro, ficando
instalada, tal como a formação
portuguesa, no BejaParque Hotel. No
dia 1 de Dezembro, a Dinamarca faz o
seu primeiro treino no Complexo
Desportivo Fernando Mamede. No dia
2 disputa-se o jogo em Moura e no dia
4 realiza-se a segunda e última partida
entre as duas formações, no relvado
Fernando Mamede, em Beja.
Jornal “A Planície” Nº 667 de 1/12/2008
CÂMARA MUNICIPAL DE MOURA
O
s Juvenis do Moura Volei Clube iniciaram a temporada 2008/2009, jogando
contra o Benfica, no pavilhão nº2 da Luz. Em declarações à Planície,
Rui Pinto, vice-presidente do Clube, revelou os objectivos para esta
nova época “…apontamos como grandes objectivos a manutenção do trabalho
que temos realizado ao longo dos últimos anos…”. Quanto a metas estabelecidas
para os diferentes escalões do clube é intenção “…levar as equipas de iniciados
e juvenis a umas fases mais adiantadas do campeonato. Nos seniores o objectivo
é a manutenção…”. Continuar o trabalho que tem sido desenvolvido até aqui,
proporcionando a prática desportiva do voleibol na cidade de Moura, é o principal
anseio do Moura Volei Clube, assegura Rui Pinto.
eve lugar em Moura a 5ª a última
etapa do Waypoint Trail
Challenge, Troféu de Navegação
para motos rail. A prova teve início no
Castelo de Moura e pretendeu dar a
conhecer também os vencedores do
1º troféu do Waypoint Trail Challenge.
Esta última prova foi realizada em
colaboração com o Moto Clube de
Moura e acontece num tipo de
paisagem muito diferente das
anteriores, com caminhos excelentes
para que os participantes desfrutassem
ao máximo das suas trails, levando-os
a conhecer melhor a cultura e história
da região. A prova contou com dois
participantes muito especiais, Pedro
Bianchi Prata e João Rolo que
aproveitaram andar com as suas motos
do Dakar.
Jornal “A Planície” Nº 667 de 1/12/2008
AVISO
Versão Final da Proposta do Plano de Pormenor da Unidade de
Planeamento (UP2) da cidade de Moura
JOSÉ MARIA PRAZERES PÓS DE MINA, Presidente da Câmara Municipal de
Moura:
Torna público que, a Assembleia Municipal de Moura, deliberou em 26 de
Setembro de 2008, aprovar a proposta do Plano de Pormenor para a Unidade
de Planeamento 2 (UP 2) da cidade de Moura.
A elaboração do Plano de Pormenor decorreu nos termos do Decreto – Lei nº
380/99 de 22 de Setembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto –
Lei nº 316/2007, de 19 de Setembro. O Plano de Pormenor para a UP 2
desenvolve e concretiza uma proposta de organização do espaço para uma
área de expansão urbana da cidade de Moura, prevendo um conjunto de
usos e de parâmetros urbanísticos que permitam operacionalizar as unidades
de execução, não se reflectindo na necessidade de realizar relatório
ambiental.
Assim, nos termos e para efeitos do disposto na alínea d) do nº 4 do artigo
148º do Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial, remete-se
para publicação na II série do Diário da República o Plano de Pormenor da UP2
de Moura, constituído pelo regulamento, planta de implantação e planta de
condicionantes.
Para constar e devidos efeitos se publica o presente Aviso e outros de igual
teor que vão ser afixados nos lugares públicos do costume, nos jornais, site
da Câmara e Boletim Municipal.
Paços do Município de Moura, 14 de Novembro de 2008
O Presidente da Câmara Municipal
José Maria Prazeres Pós de MIna
CRÉDITO AGRÍCOLA - GUADIANA INTERIOR
CONVOCATÓRIA
ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA
Nos termos da Lei e ao abrigo do disposto no nº2 do Artº 22º, dos Estatutos, convoco todos os associados da Caixa
de Crédito Agrícola Mútuo do Guadiana Interior, C.R.L., a reunirem-se em Assembleia Geral, no próximo dia 18 de
DEZEMBRO DE 2008, PELAS 17.00 HORAS, na Sede Social da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Guadiana Interior,
à Rua das Terçarias, em Moura, com a seguinte:
ORDEM DE TRABALHOS
- Apresentação, discussão e votação do Plano de Actividades e Orçamento para o ano de 2009, bem como do
respectivo Parecer do Conselho Fiscal;
- Discussão de outros assuntos que sejam do interesse da CCAM.
- O Plano de Actividades e Orçamento e Parecer do Conselho Fiscal referentes ao ano de 2009, estarão à disposição
dos associados na sede da Caixa Agrícola, às horas normais de expediente, durante os quinze dias que antecedem
a Assembleia Geral.
Nota:
Se à hora marcada não estiverem presentes o número suficiente de associados, a Assembleia reunirá, com qualquer
número, uma hora depois, conforme estipulado no nº2 do Art.º 25º dos Estatutos.
Moura, 24 de Novembro de 2008
O Presidente da Mesa da Assembleia Geral
(Dr. Carlos Monteiro Vaz)
Notícias - Curiosidades
A PLANÍCIE
1 de Dezembro 2008
Freguesia de Santo Agostinho
Nota Quinzenal
“Prémio Mourense do Ano”
A figura da
quinzena
P
ara os que pensam, que esta secção
serve apenas para criticar e apontar
defeitos sentir-se-ão defraudados. É que
desta vez estamos aqui para aplaudir. Na
quinzena passada, a Moura Salúquia –
Associação de Mulheres do Concelho de Moura
– inaugurava em Amareleja, uma creche “O BemMe-Quer”. Com a capacidade para 56 crianças,
fica assim colmatada uma lacuna que vinha há
muito a sentir-se naquela vila, assumindo um papel
de relevo, na medida em que para lá do apoio às
famílias, o que já por si constitui uma nota de
peso, ainda por cima garantirá 19 postos de
trabalho. Ana Benedita Ramos, à frente da
Associação de Mulheres do Concelho de Moura,
tem sem dúvidas nenhumas, vindo a desenvolver
um trabalho a todos os títulos meritório. Só por si,
a criação da Moura Salúquia – Associação de
Mulheres do Concelho de Moura – reflecte um
trabalho de dimensões relevantes, que não se
repercute, não se exibe ostensivamente, mas
que se pratica na sombra a acolher e encaminhar
vítimas da violência doméstica, que ali acorrem,
desprotegidas e desamparadas. Dramas,
tragédias, não de telenovelas, mas estas, sim,
bem reais. Mas a Benedita vai ainda mais longe.
A “sua” Associação de Mulheres, pela qual ela
se bate, acaba de fundar uma creche em
Amareleja e anuncia uma outra desta vez, na
cidade de Moura. Evidentemente que não
podemos esquecer o papel fundamental
desempenhado pela autarquia e por outras
instituições estatais, porém se à frente, não
houvesse uma lutadora disposta a impor os seus
ideais, tudo seria em vão. Discretamente, sem
jactâncias, com humildade, mas também com muita
persistência, coragem e tenacidade e, sobretudo,
muito amor, só assim as obras nascem. E elas
estão aí, impõem-se e falam por si. Por isso, sem
desprimor para ninguém, elegemos Ana Benedita
a figura da quinzena.
A
Freguesia de Santo Agostinho deliberou
atribuir o “Prémio Mourense do Ano” ExAequo, a Francisco Canudo Godinho e a
António José Pé Curto Ramos, este último já
falecido, o que deixa perceber as dificuldades
sentidas pelo júri, ante as duas propostas
apresentadas. Na verdade, estamos perante dois
mourenses que se destacaram, embora de
formas diversas, na sua entrega ao serviço da
comunidade, honrando a terra que lhes serviu
de berço.
Falando dos dois homenageados, lembramos que
Francisco Canudo Godinho exerceu durante 42
anos a profissão de Enfermeiro em Moura,
sempre ao dispor de quem quer que fosse, a
qualquer hora do dia ou noite, demonstrando as
suas qualidades humanas. Além disso, foi um
dos fundadores da Associação dos Bombeiros
Voluntários, onde sem receber qualquer
honorário desempenhou as funções de
Histórias em 100 Palavras
Momentos de Glória
O artista, há bastante tempo que estava
apaixonado pela Julieta, antiga colega de curso,
que não seguiu carreira, simplesmente porque
preferiu o mundo da Moda, onde mostrava a sua
deslumbrante beleza.
Nessa noite seguiu-a como de costume até
à sua casa e, nunca esperando que ela lhe
desse importância, o milagre aconteceu:
Julieta puxou-o para si e beijou-o com
sofreguedora sensualidade…
Não podia acreditar, correu eufórico a
caminho da janela do sétimo andar e, atirou-se
no espaço como um Arcanjo flamejante.
Lá em baixo, no fundo da rua, um jorro de
sangue correu lentamente no sentido da sarjeta.
Ilustração e texto de António Galvão
enfermeiro, condutor e mecânico. Assinale-se a
sua passagem pelo antigo Dispensário –
Assistência Nacional aos Tuberculosos e
Segurança Social na Casa do Povo, onde sempre
se distinguiu pelas suas qualidades morais.
António José Pé-Curto Ramos, de sorriso jovial e
cativante, tornou-se uma das personalidades
mais respeitadas e queridas da cidade de Moura.
Funcionário das Finanças, viria a ser como
presidente da Freguesia de Santo Agostinho, que
a sua faceta humanista mais se viria a realçar,
pelo amor dedicado à sua terra e pela forma
como soube conquistar amigos de todos os
quadrantes políticos. Infelizmente, já não está
entre nós, pelo que o prémio será entregue a
título póstumo.
Os Galardões serão entregues no próximo dia
12 de Dezembro, numa cerimónia a realizar no
Restaurante “O Celeiro” durante Jantar de Natal
da Freguesia de Santo Agostinho.

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