Santo Amador e Sobral da Adiça
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Santo Amador e Sobral da Adiça
Informações - Curiosidades A PLANÍCIE 1 de Dezembro 2008 Crónica Cinema em Moura Registo no ICS n.º 107622 QUINZENÁRIO DA REGIÃO DE MOURA 2 dedos de conversa DIRECTOR MANUEL CORREIA C. Prof. N.º 3730 ADMINISTRAÇÃO Por: Manuel Correia Cine-Teatro Caridade E a barragem aqui tão perto!.... DAVID MIGUEL M. ALBINO JOSÉ MANUEL ALBARDEIRO REDACÇÃO JOSÉ ALBARDEIRO - C. Prof. N.º 4489 DAVID ALBINO - C. Prof. N.º 5999 ANTÓNIO PICA - C. Prof. N.º 7879 SARA INFANTE, VERA PEREIRA P RUI CONCEIÇÃO FOTOGRAFIA ANTÓNIO DIMAS DEPARTAMENTO ADMINISTRATIVO E COMERCIAL MARIANA RICO COLABORADORES AMILCAR MOURÃO, ÁLVARO AZEDO, SANTIAGO MACIAS, JORGE VALENTE, VALDEMIRO CORREIA, JOSÉ CHAPARRO, OLHOS DE LINCE DESTRUIR DEPOIS DE LER De 05 a 07 Dezembro 2008 Sexta-Feira às 21:15h Sábado às 21:15h Domingo às 16h e 21:15h De 12 a 14 Dezembro 2008 Sexta-Feira às 21:15h Sábado às 21:15h Domingo às 16h e 21:15h JOÃO SOCORRO, JOÃO RAMOS, FLAVIO MACHADO, ANTÓNIO GALVÃO, MARIA JOSÉ GROU, NUNO GARCIA E JOSÉ OLIVEIRA REDACÇÃO e ADMINISTRAÇÃO R. Santana e Costa, 18 r/c esq. Telefs.:285 251 730 /285 252 734 Fax: 285 252 440 - 7860 MOURA E-MAIL: [email protected] [email protected] informaçã[email protected] COMPOSIÇÃO e PAGINAÇÃO A PLANÍCIE Farmácias de Serviço Impressão: CORAZE - Oliveira de Azemeis PREÇO DA ASSINATURA Anual — 15,00 euros Nacional Anual — 18,00 euros Estrangeiro TIRAGEM: 3.000 Exemplares PROPRIEDADE E EDIÇÃO S. E. B. - SOCIEDADE EDITORIAL BÉTICA, LDA. - Nº Contribuinte: 501 436 863 DETENTORES DO CAPITAL DA EMPRESA José Manuel Albardeiro (25%) Nataniel Pedro DIAS 04 - 08 - 12 Rodrigues « 01 - 05 - 09 - 13 Faria « 02 - 06 - 10 - 14 Ferreira da Costa « 03 - 07 - 11 - 15 David Albino (25%) Herdeiros de Miguel Nuno (50%) MEMBRO DA NOTA: Obedecendo criteriosamente ao calendário elaborado pela Associação Nacional de Farmácias Moura há 54 anos Galeria de Recordações PELO MUNICÍPIO AVISO PÚBLICO - Aprovar os autos de recepção provisória das empreitadas de construção do empedramento das E.M. de Póvoa de S. Miguel a Mourão (3ª fase) (...) - Dar cumprimento a uma deliberação tomada há muitos anos pela Câmara Municipal, sobre a denominação do Jardim Público, fazendo colocar no mesmo Jardim uma placa com o nome do falecido Presidente da Câmara, Doutor Santiago. Por informação colhida junto do Exmº Sr. Sub-Delegado de Saúde, sabemos que existem na Vila vários casos de febre tifóide. Não, é, pois, demasiado insistir ma necessidade imperiosa de ferver as águas que se bebem, quer elas sejam das TRÊS BICAS, SANTA COMBA ou do ABASTECIMENTO PÚBLICO (...) In “A Planície” – 1 de Dezembro de 1954 Pub. ASSOCIAÇÃO DA IMPRENSA NÃO-DIÁRIA arece-me que a barragem de Alqueva, a um passinho de nós, se nos vai escapando. Pelo menos é com essa impressão que regresso a casa, após uma daquelas voltinhas de Domingo, em que farto do sofá, do computador, do telecomando que vagueou ao acaso por todos os canais, do livro posto de lado por falta de concentração, entediado, cansado de não fazer nada, como única esperança de libertação surge a ideia de sair. E aí começa o dilema. Pois, mas para aonde vou eu? Para a rua? Não. Isso faço eu todos os dias. Depois o mal da cidades pequenas. Sempre as mesmas coisas, as mesmas caras. A gente quase sabe quem vai encontrar pelo caminho. Depois o boa tarde para aqui, o boa tarde para ali, o como está passou bem, o vamos indo, o assim assim, desgasta, enfastia. Por amor de Deus vos peço, que este meu desabafo não seja levado como um atitude de insociabilidade ou desrespeito para com os meus conterrâneos. Muito simplesmente, e nisso temos de convir, não é exactamente a rotina mais adequada para quem procura desopilar. É que entre cumprimentos, saudações, paragens e arranques um homem torna a casa com a mesma disposição de espírito ou pior um pouco. E então uma voltinha pelo campo? Espairecer, comungar com a natureza, sentir um pouco de paz e tranquilidade? E os campos estão tão bonitos nesta altura do ano! Boa ideia! E como a agulha da bússola indica o norte, todos os caminhos vão dar à barragem. E como eu muita gente em jeito de romaria, passeios de libertação, olhos postos nas águas mansas e tranquilas na enorme albufeira que se estende e perder de vista. De que fogem? Que procuram? Que fantasmas pretendem afogar no imenso lago? Eis um desafio ao qual poucas vezes resisto. Talvez por isso, muitas vezes, abstraio-me da paisagem idílica e a minha atenção recai nas pessoas que por ali andam. Gosto de fantasiar, inventar histórias e tentar desvendar o que lhes vai na alma. Vejo o par de namorados. Namorados não. Agora já não se usa o termo. Não namoram... andam, curtem. Seja como for, dêem-lhe o nome que quiserem, certo é que mãos dadas e pela maneira como se olham embevecidos, aposto que nas suas juras de amor, nos seus planos de vida futura, não entram estruturas, infra-estruturas, processos de rega, irrigação, complexos turísticos e outros problemas complicados. A linguagem dos corações apaixonados é muito mais simplificada. No início não cabem cifras. Só mais tarde se verão confrontados com o tal amor e a cabana. Atrás deles, uns velhotes, rostos marcados pelas agruras da vida, encostados ao paredão quedam-se silenciosos. Pudesse eu entrar em suas mentes! Extrair-lhes os sentimentos mais íntimos! Observoos e entendo-os. Nada do que ali está lhes diz respeito ou pertence. Nada. Nem a saúde, o vigor, a esperança, a alegria e a vivacidade. Tudo isso faz parte do passado. Aqui estou no paredão, precisamente no local em que alguém escreveu a frase, não muito ortodoxa “CONSTRUAM-ME PORRA!” como forma de protesto por as obras se encontrarem paradas. Pois bem, agora é uma realidade. Ali está ela, a um passinho de Moura, majestosa, altaneira, dominando a planície alentejana. Porém, perdoem-me o pessimismo, mas já lá dizia Francois Truffaut “Um pessimista é um optimista com experiência” não estará a fugir-nos? Para quem tenha dúvidas, colocando de lado tudo o que se anuncia e promete bastará, tão somente, reparar nas vias de acesso que ligam a barragem a Évora, largas, bem tratadas, projectadas para o futuro e depois sentir a diferença, quando toma a estrada de Amareleja rumo a Moura. Sinto que serão desnecessárias palavras. Os poucos quilómetros a percorrer, a curta distância a vencer, amplia-se, ganha uma maior dimensão como se a barragem estivesse a distanciar-se, a escapulirse. E a barragem aqui tão perto!... Pub. Pub. Notícias 1 de Dezembro 2008 Recordando... Memórias de Manuel Loendrêro A gente iamos à frente do campeonato, em par da enquipa dos Pisanitos. Já tinhamos ido jogar ó campo delis e tinhamos empatado duas a duas. A gente agora, queriame-sos apanhar no nosso campo, ganhar-lo jogo, e acertarmos contas por causa das caneladas qu’eles tinhom dado na gente. Chigô o dia do jogo. Condo ê m’alevanti de manheim, fazia um charôco… Buh! Que rejeza tã má! A minha Bia até s’admirô comé quê ia jogari com um fri daqueles. Mas ê disse-le logo que nã tinha nada a ver com isso. À hora do jogo começar, (já lá tinhamos a bola e tudo), aparece um moiral a passar por o mei do campo com um rabanho de cabras qu’ia pá pastage. O Zei Alacrau, qu’era o capitã d’enquipa, foi dezer ó home que se despachasse. O home disse si senhor, mas o pior é cas cabras começarom a estercar no mei do campo. O Zei, foi-se por o home e disse-le pra qué que seri a aquilo. - Atão o qué que quer? Os bichos estercom onde calha – disse o otrô. - Ah! Estercom onde calha? – Taruz! O Zei arreô uma azevia no focinho do home. Ele tameim nã era bom das orelhas, dêtô-se às goelas do Zei. Ê ia a separá-los, mas o Cara de Cinoira disse-me: - Dêxa lá as criaturas entenderem-se, homem! - Atão e condo é que começa o jogo? Boum, a gente távamos conversando, e o Zei e o ôtro esfatachando-se. Separáme-sos, e o home foi-se embora. Saímos a gente. Ê di a bola pó Cara de Cinoira qu’atrasô pó Toíca. Mas há um dos Pisanitos cu desarma e começa a fugiri. A gente cercáme-so logo, e eli só pôde dar uma biquêrada na bola lá pá magana da mana. Ma com o vento, a bola desviô-se e foi pá nossa baliza; até nem ia com força, o Toi Mariano podia apanhá-la beim. Mas aquele baboso, embicô numa pedra, estendê-se, e a bola entrô na baliza. Logo no premê minuto 1 – 0. Eh carafo! Ficámos más enquetados! Pusemes-se a jogar ôtra vez, ma nã sei o qu’é cagente tinha, cus dos Pisanitos tirarom-nos a bola, e tiveram ali um podaço mangando com a gente. Com’gente já nã le conseguiamos tirar a bola a beim, começámos a dar foerada. O árbitro que vinha da Horta da Vargem, marcô falta contrá gente, mêmo ó pei da nossa ária. Eles marcarom directo, e condo o Toi se vai alançar pra apanhar a bola, pisa o cordão da bota e bate com os dentes no chão, enconto a bola entra pra dentro. 2 – 0. - Atão mas o qué que tu tens hoji homem! Parece que tás piado! Disse-le o Zei Alacrau que tava pió que pólvra. Pusemes-se a jogar ôtra veiz, ma nã conseguiamos fazê nada de jêto. Dai a podaço, os dos Pisanitos ôtra veiz com a bola. À entrada do nosso mei campo, o Zei Alacrau, candava com as ventas mei torcidas de ter andado à punhada com o Moiral das cabras, dê uma pupinada nas canelas do ôtro, estendêu logo aleim. Falta contrá gente. Os ôtros, fiando-se cu nosso guarda-redes era franganêro, (que nã era), mandarom uma apêjoada lá de longi. O Toi, mandô-se pó sítio certo, mas a bola batê numa pedra, e pulô pó ôtro lado. 3 – 0. - Ê assim, derrisco-me de sócio – Gritô um lá no mei do público. Távamos todos chamando nomes ó Toi Mariano, condo o Cara de Cinoira diz assim; O homem nã teve culpa, conho! Vamos mas é acalmar e jogar beim! Acalmamesse, e levámos a bola pó mei campo. Agora é qu’ia sêri! (Continua) A PLANÍCIE “Abram-se lá essas portas” Novo trabalho do Grupo Coral e Etnográfico do Ateneu Mourense Zé Quim e Zé Mira, elementos que integram este Grupo Coral, estiveram no programa “Meio Regional” da Rádio Planície. O tema da conversa incidiu naturalmente no seu novo trabalho, constituído por uma recolha de músicas tradicionais de cânticos ao Menino e as Janeiras. Por arraste, não fosse essa a sua grande paixão, falaram do Grupo, da necessidade de preservar e divulgar o cante alentejano. “ “Abram-se lá essas portas” é o título do nosso trabalho, dedicado essencialmente ao cântico ao Menino, às Janeiras e aos Reis. As principais modas são dirigidas ao Menino, por serem mais sugestivas e também de maior impacto aqui em Moura. Queríamos frisar que as tonalidades, as entradas e a melodia são totalmente diferentes das características que marcam o cante alentejano em si, o cante normal que toda a gente conhece. Este trabalho discográfico é uma recolha de músicas de Natal, fundamentalmente Cânticos ao Menino. Embora por cá haja a tradição do Cântico ao Menino, não existiam, contudo, modas nossas, genuínas de Moura, pelo que tivemos de as ir buscar a outro lado. Já tínhamos uma moda ao Menino que cantávamos, porém isto começou tudo com os concertos de Natal organizados pela Junta de Freguesia de Santo Agostinho. Começámos a criar-lhe o gosto, a evoluir, à medida que sentíamos aumentar o interesse das pessoas, a Igreja cheia de gente, abarcando diferentes sensibilidades. Ora esses concertos fizeram com que nos dedicasse-mos um pouco aos Cânticos de Natal, que são de uma riqueza musical excepcional, muitos difíceis de cantar, na verdade. A recolha foi feita em Pêro Guarda, Figueira de Cavaleiros, Messejana, Safara, Barrancos e Vila Nova de S. Bento. Há também uma moda “Cantai ao Menino” cedida por uma senhora de Moura, a Elisa Garraz, a quem agradecemos imenso. Depois temos outro género, que se cantavam na nossa meninice, como o “Olhei para o céu, estava estrelado”, mas cantado com vozes masculinas, e está excepcional. Só temos uma Janeira, que fomos buscar a Vila Nova de S. Bento; estávamos a pensar incluir uma de St. Aleixo da Restauração, mas era muito difícil de cantar, não conseguimos entrar com ela. Mas um dia vamos lá… por ora não tivemos tempo. Este trabalho demorou um ano e tal; a recolha das letras, das músicas, o ouvir as músicas, os ensaios, isto alternado com as actuações normais do grupo... tornou-se extremamente complicado. Somos suspeitos ao afirmá-lo, mas trata-se de um trabalho interessante, e que saibamos somos o único Grupo que gravou um CD dedicado a um único tema, neste caso, à quadra natalícia. Importante também referir que o trabalho é feito só com pessoal de Moura - o nosso amigo Jorge Sales fez a gravação, a nível fotográfico o Carlos Ferreira e o Rui, e o Miguel na parte da montagem e composição – em suma, aí está um trabalho que nos orgulha a todos. O CD vai estar disponível no Natal, vende-se de um modo geral aqui na cidade, mas amos fazer uma venda (quase) directa.” “Primeiro o Local” Santo Amador e Sobral da Adiça Amareleja Feira da vinha e do vinho Decorre entre 5 e 8 de Dezembro, a VII Feira da Vinha e do Vinho de Amareleja, que conta este ano com um vasto programa visando promover o vinho da região e as potencialidades desta vila. Deixamos-lhe o programa completo da edição deste ano. VII Feira da Vinha e do Vinho de Amareleja Programa: 5 Dezembro 19:00 – Sessão de Inauguração da Feira 20:00 – Actuação do Grupo Coral da Sociedade Recreativa de Amareleja 6 Dezembro 10:00 – Transmissão em directo do programa da Rádio Planície “Nunca Mais é Sábado” 17:00 – Concerto pela Banda da Sociedade Filarmónica União Musical Amarelejense 18:00 – Colóquio: “O VINHO: do que parece ao que é” “Eficácia no design de rótulos de vinho”, com a presença do designer Luís Moreira – TVM Designers, Professor-adjunto do Instituto Politécnico de Tomar.“Gostos e Cores, discutem-se – o que é um bom vinho”, com a presença de Tomás Caldeira Cabral, formador na área do Marketing de Vinhos. 22:00 – Actuação do Grupo Musical BALLANTINES 7 Dezembro 15:00 – Actuação do Grupo de Teatro da Escola Básica Integrada de Amareleja, com a peça “O Vinho”. 17:00 – Actuação dos Grupos: Coral Masculino da Casa do Povo de Amareleja Coral Feminino Espigas Douradas 22:00 – Actuação do Grupo de Música Popular ARDILA 8 Dezembro 17:00 – Actuação do Organista ROBERTO CARLOS A Câmara Municipal de Moura realiza mais uma iniciativa Primeiro, o Local, desta vez em Santo Amador e Sobral da Adiça. Esta acção de descentralização, a decorrer entre 3 e 12 de Dezembro, trata-se de uma iniciativa de proximidade em que o executivo da autarquia procura saber quais os problemas das freguesias e das suas popula-ções, para tentar melhorar a qualidade de vida das pessoas e o funcionamento das instituições. Como tal, a Câmara de Moura vai realizar reuniões com as juntas e assembleias de freguesia de ambas as freguesias, com colectividades e associações e com os trabalhadores da autar-quia naquelas localidades. Realizar-se-ão também iniciativas temáticas, nomeadamente, uma sobre a saúde, a realizar em Santo Amador, e outra sobre a água e o regadio, que terá lugar em Sobral da Adiça. Este ano, a Câmara de Moura está também a promover homenagens aos ofícios tradicionais, como forma de reconhecer o importante papel de mulheres e homens na construção da sociedade, por terem exercido estas profissõe s. Primeiro, o Local em Santo Amador e Sobral da Adiça Programa: 3 Dezembro 15:00 – Reunião com as Juntas de Freguesia no Sobral da Adiça 18:00 – Reunião da Câmara no Sobral da Adiça 19:00 – Reunião com associações da freguesia do Sobral da Adiça 20:00 – Jantar com jovens do Sobral da Adiça 5 Dezembro 14:00 – Reunião com trabalhadores da Câmara na freguesia do Sobral da Adiça 15:00 – Reunião com trabalhadores da Câmara na freguesia de Santo Amador 16:00 – Iniciativa temática em Santo Amador: visita ao Posto de Saúde 17:00 – Iniciativa temática em Santo Amador: Debate sobre as Freguesias Rurais 19:00 – Reunião com associações da freguesia de Santo Amador 20:00 – Jantar com jovens de Santo Amador 10 Dezembro 21:00 – Reunião com a Junta e Assembleia de Freguesia de Santo Amador 11 Dezembro 15:00 – Visita à prospecção mineira no Sobral da Adiça 17:00 – Debate sobre o Aquífero e o regadio no Sobral da Adiça 19:00 – Homenagem aos ofícios tradicionais no Sobral da Adiça 21:00 – Reunião com a Junta e Assembleia de Freguesia do Sobral da Adiça 12 Dezembro 19:00 – Homenagem aos ofícios tradicionais em Santo Amador 21:00 – Reunião da Assembleia Municipal em Santo Amador Reportagem e Informação A PLANÍCIE 1 de Dezembro 2008 Tomada de posse da Direcção da Turismo do Alentejo T eve lugar no dia 27 de Novembro a tomada de posse da Direcção da Turismo do Alentejo. Ceia da Silva, presidente da Direcção da Turismo do Alentejo, desde segunda-feira, dia em que se realizaram as eleições, fala sobre os objectivos da primeira Direcção, destacando quatro grandes eixos orientadores do plano de acção desta entidade. “…o 1º eixo refere-se aos produtos de mercado e marcas turísticas do Alentejo…”, com o lançamento de novos produtos turísticos. No eixo 2 “…modelos participativos e parcerias estratégicas…”, Ceia da Silva refere que será criado um Observatório Turismo do Alentejo, a criação de uma plataforma para a formação à distância para quadros e operacionais do turismo, a intensificação de operações de cooperação com a agência regional de promoção turística do Alentejo e o lançamento de uma política regional de sensibilização para a cultura turística. A criação de um Gabinete de apoio ao investimento de iniciativas turísticas e a definição de uma política de empreendedorismo nos negócios turísticos do Alentejo, são as acções que definem o eixo três “…e não menos importante, a área do investimento, empreendedorismo e negócios turísticos…”. Já no eixo 4 “…o eixo de governâncias, centralidade de turismo no Alentejo…”, o presidente da direcção da Turismo do Alentejo avançou que está previsto o lançamento de um concurso para um plano estratégico do turismo no Alentejo, a criação de um concelho estratégico regional e um fórum de competitividade e de turismo no Alentejo a realizar todos os anos a nível regional. Para além de todas estas acções, Ceia da Silva mencionou o desenvolvimento de 4 iniciativas, além do Alentejo Turismo 2015, nomeadamente, o Alentejo Global, o Alentejo Verde (vai ter lugar um fórum em Beja, no dia 18, para discutir esta questão), o Alentejo DOP e o Touring Alentejo. Quando confrontado com o comunicado de imprensa do PCP, em que os comunistas apelam agora à participação das autarquias na Entidade Regional de Turismo e sugerem a integração de eleitos do PCP e da CDU na direcção da Turismo do Alentejo, com funções executivas e assumpção da Vicepresidência nos dois pólos turísticos da região, Ceia da Silva continua a não querer falar em questões políticopartidárias, mas diz-se satisfeito com a adesão de todos os municípios, que o fizeram até ao momento e que poderão vir a fazê-lo “…eu estou satisfeito com a adesão de todos os municípios, que se venha a verificar, à Turismo do Alentejo…”. Ceia da Silva frisou ainda que “…quanto à questão dos Pólos [turísticos] (…), penso que, pelo conhecimento que tenho, que essa matéria está a ser tratada…”. Entrevista com José Soeiro, deputado do PCP por Beja, na Assembleia da República Distrito de Beja a marcar passo... Em entrevista concedida à Rádio Planície, no programa “Meio Regional”, José Soeiro, lança um olhar crítico sobre os principais problemas que afectam o distrito e estrangulam o seu desenvolvimento. Jornal Planície - Como vê os atrasos generalizados nos projectos estruturantes da região? José Soeiro – É com preocupação, que vemos alguns projectos importantes marcarem passo e pouca atenção em relação a outros. O Aeroporto Internacional de Beja (AIB) devia estar inaugurado, naturalmente há uma derrapagem justificada, e portanto nada tem a ver com a Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja (EDAB), mas mesmo se estiver concluído em Março de 2009, seremos confrontados com um problema que é da responsabilidade do Poder Central, que são as acessibilidades. Vamos ter um aeroporto a funcionar e não vamos ter IP8, IP2, IC27, isto é, as principais acessibilidades continuam no papel, e as outras, as secundárias, podemos dizer que são, regra geral, muito más. Há um investimento a fazer na melhoria das nossas estradas; aliás, aqui no concelho temos algumas num estado lamentável, e o poder central não pode remir-se das suas responsabilidades e deve avançar o mais rapidamente possível para recuperar esse atraso. Depois quanto ao aeroporto há outro problema. Neste momento devia estar claramente definido o modelo de gestão e a entidade gestora, e o silêncio deste Governo quanto a esta matéria é preocupante, porque há entidades e empresas interessadas em negociar condições de utilização do aeroporto, o que significa desde logo postos de trabalho, e melhor remunerados que o geral. A EDAB não está mandatada para poder firmar esses negócios e não há até agora nenhuma entidade para a substituir. Também aqui o poder central manifesta uma verdadeira falta de vontade. (…) O Aeroporto tem excelentes condições de competitividade, com qualquer aeroporto da Península; estamos a perder oportunidades de trazer investidores; coisa que tanta falta aqui faz. Quanto ao IP8, temos reivindicado que o IP8 fosse em perfil de auto-estrada de Sines até Ficalho. (…) Estou à espera que mostrem os estudos nos quais se baseiam para construir apenas duas vias, que mostrem que quatro pistas não seria viável. (…) Fazer um IP8 sobre a actual estrada, não é viável no futuro. JP - Na sua opinião, quais as áreas em que deveríamos apostar? JS - A margem esquerda tem muitas potencialidades, nomeadamente agrícolas – olival e vinha sobretudo – e potencialidades turísticas, com muitos empresários, inclusive espanhóis, interessados em investir aqui. (…) A exposição solar e o clima são fantásticos, o que permite apostar nos clusters da aeronáutica e das energias renováveis, e temos um território em termos de natureza bem preservado. O Governo não olha para o distrito de modo a aproveitar todas as potencialidades, aliás o que é visível nas verbas do PIDDAC para 2009, o pior de que há memória. É um orçamento que deita por terra todas as preocupações do Governo com o interior e com as áreas deprimidas. A aposta na agricultura, na modernização eléctrica, na electrificação das explorações agrícolas, seriam factores de combate à desertificação (…) bem como não só a chegada da água para regadio, mas também o seu aproveitamento, que são duas coisas que o Sr. Ministro confunde. Temos padrões de qualidade elevadíssimos, quer nos vinhos quer nos azeites, (…), é com agrado que vejo a aposta da Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos na duplicação do olival, e penso que é necessário ultrapassar alguns constrangimentos que foram impostos aos agricultores sem contrapartidas, concretamente as Rede Natura. Pensamos que há muitas coisas a rever em matéria de política agrícola. JP - Como vê a vinda dos agricultores espanhóis para Portugal? JS - Em matéria de agricultura, há que considerar a vontade de ser agricultor, e a todos os que tiverem vontade o Governo deve disponibilizar as ajudas necessárias para fazerem agricultura, e que lhes garanta o sustento justo para si e para o seu agregado familiar, o que muitas vezes não se verifica. Quanto à vinda de empresários espanhóis ou de outra naturalidade, pensamos que é pena que não haja os apoios que permitam aos agricultores portugueses manter as suas explorações e rentabilizá-las, e para isso o Estado, para além do apoio técnico financeiro tem o apoio e o incentivo à agricultura. Nós temos tido um Governo que desincentivou a agricultura; apostou muito nos pagamentos para não se produzir e pouco nos pagamentos para se produzir, por isso é que temos hoje um País que importa mais de 70% dos produtos agro-alimentares que consumimos. JP - E em relação às cotas de produção impostas pela União Europeia? JS - O que temos tido são sucessivos Governos, que em negociações com a Europa preocuparam-se muito mais em arranjar uns tostões, abdicando da nossa capacidade produtiva, do que propriamente em defender a nossa agricultura. Hoje o que temos é o quê? As ajudas vão desaparecendo e vamos tendo, cada vez mais, dependência agro-alimentar do exterior. JP - E agora que estamos à beira de uma crise alimentar, com os preços a subir em flecha… JS - O risco é suceder-nos como à Islândia, que abandonou aquilo que sabia fazer e é hoje um país falido. Teve um grande nível de vida, mas era um nível especulativo. Nós não podemos abandonar sectores estratégicos, como são a agricultura, as pescas, e naturalmente também alguma indústria que temos, que precisamos de preservar, modernizando-a. Não é dando milhões, que por vezes se perdem, que não são canalizados para a modernização do tecido produtivo. Precisamos diversificar a nossa base económica, e nós aqui no Alentejo falamos de agricultura, falamos de turismo e de projectos inovadores como são estes aqui, mas que não sejamos apenas um território para implementar painéis. Era importante que trouxéssemos para aqui também centros de investigação associados, e indústrias associadas, porque é isso que cria mais-valias. Nesse aspecto, acho que a Câmara Municipal de Moura, com a questão da Central Solar, de procurar contrapartidas, designadamente com a garantia de indústrias, é um exemplo de que é possível fazer coisas mas que o Poder Central podia fazer mais. Veja o turismo; temos aqui o Convento do Carmo que esteve, como todos sabemos, abandonado e continua agora numa situação de procura de soluções, e que estava a cair. O património é de todos, não apenas deste ou daquele, e o Ministério das Finanças levou anos, antes de conceder à Câmara a possibilidade de pegar naquele espaço e transformá-lo em qualquer coisa para a cidade. A Câmara ainda teve de assumir responsabilidades, que não deveriam ser exigidas por parte do Ministério das Finanças, que devia era ter agradecido a autarquia local o facto de assumir o projecto e a sua vontade de fazer dali um projecto relevante para a cidade de Moura (…). Mas há inúmeros casos assim. Não resolvem nem deixam resolver. Por vezes nós, cidadãos, esquecemo-nos que o património público é de todos, não é dos ministros, não é dos governos, ou dos dirigentes, mas do povo português, e os governantes estão lá para gerir o que é nosso, têm de nos prestar contas. Em democracia mudam-se os governos e se não governam bem têm de sair. (…) JP - Quanto a má governação, as ajudas aos agricultores ainda não foram pagas… JS - Os sucessivos governos, ora PS ora PSD têm mantido uma linha, que ao invés de resolver os problemas, tem levado à delapidação de milhares de milhões de euros que vieram da Europa. Nós vamos no quarto Quadro Comunitário de Apoio, agora chamado QREN, que devia já estar há um ano a servir o desenvolvimento do País, e por motivos claramente de concentrar verbas no ano de 2009, que é um ano de eleições, sacrificou-se Reportagem e Informação 1 de Dezembro 2008 A PLANÍCIE o investimento durante todo o ano de 2008. Não se promoveram as candidaturas necessárias, há regulamentos que ainda não foram clarificados, há dificuldades ainda dos diferentes agentes saberem com o que podem contar para poderem apresentar as candidaturas. São feitas, em alguns casos, exigências pura e simplesmente inaceitáveis, e que contrariam inclusivamente regras que podiam ser adoptadas. Por vezes invoca-se a Comunidade Europeia, mas ela permite que sejam adiantadas verbas para projectos e os diferentes agentes não tenham de andar a pedir empréstimos à banca, e depois o Estado atrase os pagamentos, não pague juros e aqueles que quiseram investir e recorreram á banca tenham de pagar juros. Isto está tudo mal, é uma coisa que tem de ser corrigida. Vamos agora ver se a crise financeira é suficiente para perceberem, que há toda a vantagem em garantir liquidez nas empresas e em fazer das empresas o centro da recuperação e do desenvolvimento do País, e não da especulação bolsista e imobiliária. JP - Foram prometidas contrapartidas a nível de infra-estruturas turísticas para as zonas afectadas pelo enchimento da barragem de Alqueva, que ainda não foram criadas… JS - Em relação ao turismo, temos chamado a atenção para duas coisas distintas. Uma é o desenvolvimento do turismo que precisa de infraestruturas, designadamente hotéis, alojamentos, melhorias ao nível da restauração, investimentos na área da cultura, do património cultural, da preservação do meio ambiente, e ter presente que o nosso tecido empresarial é regra geral, composto por micro, pequenos e médios empresários. A verdade é que temos visto o Governo falar muito em turismo, mas apostado muito mais na vertente imobiliária, uma das causas da crise que estamos a viver agora, e a componente turística é a cereja para fazer passar a componente imobiliária, e é uma má aposta. (…) Deveriam ser apoiados projectos pequenos e médios, com a mesma destreza que se apoiam os grandes. Se eu quiser fazer um agro-turismo ou um turismo rural não me são dadas facilidades. Invocam-se todos os argumentos para o impedir, e depois os tais PIN, que às vezes não passam de projectos imobiliários, para transferir terrenos agrícolas ou da reserva ecológica para urbanos, com uma inflação enorme, sem que o Estado tire dai mais-valias. Temos visto projectos muito interessantes nascerem aqui no Alentejo, que deveriam ser apoiados e incentivados, pois fazem surgir à sua volta serviços e criam postos de trabalho, vivificando as aldeias. (…) Dizia-se que se queria reduzir as regiões de turismo existentes, que eram uma emanação das autarquias. Tínhamos aqui no Alentejo, quatro regiões de turismo a operar, Estas associações criaram uma estrutura de todo o Alentejo, a Associação de Regiões de Turismo do Alentejo (ARTA), mas o que é facto é que o Governo, administrativamente, contra a vontade das autarquias, apoderou-se deste sector, foi o que fez. Transferiu na prática todo o poder para o Turismo de Portugal, criou entidades regionais de turismo com conflitos desnecessários e acabou por criar uma entidade regional de turismo que não representa o Alentejo. Depois criou uma para Alqueva, outra para o Litoral Alentejano, isto é, as zonas que podem e devem contribuir para a coesão do território são isoladas; há naturalmente muitos interesses aqui em jogo, não nos parece que isto seja uma linha correcta de desenvolvimento turístico da região no plano turístico. (…) O orçamento atribui menos verbas para estas entidades, do que atribuía antes para as regiões de turismo. Não sei como é que o Governo vai fazer mais e melhor com menos recursos. (…) Não me parece que de facto estejam muito preocupados com o turismo, parece haver outras preocupações. Esta entrevista pode ser ouvida na íntegra em www.radioplanicie.com Moura – Campanha de azeitona com boas expectativas D e acordo com as previsões agrícolas do Instituto Nacional de Estatística, referentes a Outubro, a preparação dos terrenos para as lavouras e sementeiras das próximas culturas de Outono – Inverno, ficou condicionada pela falta de humidade do solo, factor que provocou um atraso considerável das sementeiras. O INE estima uma quebra na ordem dos 10% na produção do vinho, face ao ano anterior, e acrescenta que as perspectivas de comercialização são boas, já que este é o segundo ano consecutivo de baixas produções, pelo que as existências em stock são praticamente nulas. Quanto à produção de azeitona de mesa e de azeitona para azeite, o INE estima que deverá ocorrer um crescimento de 5%, comparativamente a 2007. Manuel Fialho, da Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos, refere que a campanha em Moura está a correr bem, existindo a expectativa do valor deste ano ser superior ao do ano passado “…em Moura está a correr bem [a campanha] (…). Eu acredito que a campanha se cifrará por algum valor superior ao volume do ano passado…”. Manuel Fialho acrescentou ainda que apesar da falta da chuva, que tem dificultado a extracção do azeite, já que as azeitonas chegam um pouco mirradas, esse problema “…não é nada que não consigamos resolver…”. Moura - Remodelação da rede de águas 20 Milhões de litros de água poupados por mês Estão em fase de conclusão as intervenções de renovação das redes de saneamento na cidade de Moura. As obras, que custaram ao município mais de dois milhões de euros, incluíram trabalhos de renovação urbana em várias artérias da cidade. Em declarações à Planície, Santiago Macias, vereador da autarquia, falounos dos efeitos práticos deste investimento que já se estão a fazer sentir, com impactos do ponto de vista ambiental e diminuição de forma radical nas roturas que frequentemente sucediam traduzindo na prática a eliminação das perdas que se registavam ao nível do subsolo. As medições efectuadas desde o passado mês de Agosto, demonstram que se estão a gastar menos 20 milhões de litros de água por mês. Esta diminuição do esforço de captação permite, também, uma correcta gestão do aquífero que abastece a sede do concelho. O vereador mostrou-se satisfeito com estes resultados, referindo que “…estamos a falar em mais de 2 milhões de euros [de investimento] que têm uma tradução concreta e extremamente positiva em termos de poupança na captação da água…”. Santiago Macias revelou ainda, que está a decorrer o processo de adjudicação, através da AMALGA - Associação de Municípios Alentejanos para a Gestão do Ambiente, da conduta que irá abastecer todo o concelho de Moura, a partir da Fonte da Telha, um investimento previsto na ordem dos dois milhões e quinhentos mil euros. A autarquia tem em fase de lançamento o concurso para a renovação da rede de saneamento do Sobral da Adiça, com um custo final previsto de oitocentos mil euros. A autarquia mourense procura cumprir a principal prioridade no actual mandato - o abastecimento de água às populações. Reportagem e Informação A PLANÍCIE 1 de Dezembro 2008 Presidente da Freguesia de Santo Agostinho ÁlvaroAzedo E m entrevista concedida à Planície, Álvaro Azedo, presidente da Concelhia do Partido Socialista e presidente da Freguesia de St. Agostinho, assume candidatar-se a novo mandato. Além disso faz um balanço às actividades desenvolvidas, fala-nos dos projectos para o próximo ano e, inevitavelmente, a sua análise recai nas actividades do executivo camarário e, indo um pouco mais longe, revela quais as apostas caso o Partido Socialista vencesse as eleições autárquicas de 2009. Jornal A Planície - Qual o balanço da actividade deste ano que está quase a terminar? Álvaro Azedo - O ano de 2008 foi um ano importante. Apostámos nos mais desfavorecidos da Freguesia, acima de tudo os idosos, e o CREATI, que é um centro de recursos para a 3ª idade, para a educação e o associativismo, que no fundo visa proporcionar mais algumas condições a essas pessoas. A nível do associativismo disponibilizamos alguns meios, para que possam desenvolver a sua actividade normal. No que toca à educação, para além do que já fazemos no âmbito do Protocolo que temos com a Câmara e daquilo que é a nossa vontade em direcção às escolas, temos a 3ª idade. Ao longo do ano vimos reparando em algumas situações de extrema carência, e penso que é importante que a Freguesia, com o seu pequeno contributo esteja realmente à altura desse grande desafio que é minimizar os problemas que as pessoas sentem, reparando uma janela, colocando um vidro, mudando uma instalação eléctrica, enfim, todos esses pequenos trabalhos que nós temos vindo a fazer nas casas dos nossos aposentados. Ora tudo isto acaba por ser importante, na medida em que contribui para elevar a auto-estima e o bem estar das pessoas, facto que nos deixa muito satisfeitos. J. P. - Sente que as dificuldades dos idosos se têm acentuado relativamente ao ano passado? A.A..- As pessoas que vivem de uma pensão social de trinta e poucos contos, que têm de comprar medicamentos, vestir-se, pagar a renda de casa, alimentar-se e fazer a sua vida normal… nós, que temos uma vida mediana, que temos os nossos vencimentos, sentimos dificuldades no nosso dia-a-dia, o que dizer de pessoas com reformas baixíssimas? Não é fácil, e é pensando nessas coisas todas que nós queremos estar mais interventivos, mais próximos dessa franja da nossa sociedade, e o concelho de Moura é um concelho muito envelhecido. J. P. - Daí esta aposta na 3ª idade? A.A. - Sim. Não só temos os passeios, o CREATI, mas também este ano escolhemos um conjunto de pessoas e de famílias que vivem com dificuldades, e com a ajuda de uma empresa vamos levar-lhes alguns cabazes de Natal com bens alimentares, para que o Natal seja realmente mais preenchido. Temos 10 a 15 famílias que vamos apoiar este ano, tal como temos vindo a fazer, mas que agora entendemos fazer um esforço maior. É nas alturas difíceis que as autarquias se têm de chegar à frente e ter capacidade para ajudar mais. J. P. - Porque são o órgão que está mais próximo, que melhor conhece os seus problemas e dificuldades? A. A. - As pessoas entram-nos pela porta, contam-nos os seus problemas, e os eleitos e funcionários da Junta estão em contacto com elas todos os dias, e temos de entender que não podemos ficar alheados destes problemas. Temos um papel importante a cumprir na nossa Freguesia, na nossa cidade e no nosso concelho. Analisando estes problemas temos de ir, de certa forma, ao encontro destas necessidades, e não tenho dúvidas disso, a Junta de Freguesia de Santo Agostinho está muito próxima das pessoas. Quer os estudantes que nos procuram para que os ajudemos a colocar em prática algum projecto escolar, quer pessoas para que as ajudemos a resolver os problemas que têm no seu bairro, quer os idosos que vêm ter connosco para nos dizer que têm problemas em casa, e logo o CREATI aparece para tentar minimizar essas dificuldades. J. P. - E quanto a projectos para 2009? A. A. - Posso falar por exemplo que vamos continuar a oferecer os livros escolares aos alunos do 1º ano do 1º ciclo, que foi uma iniciativa muito bem recebida pelos pais. Vamos ter o Kit bebé, uma forma de apoiar as famílias; todos os agregados que tiverem crianças a nascer a partir de dia 1 de Janeiro, basta apresentarem o registo de nascimento na Junta de Freguesia e nós, em parceria com as farmácias de Moura – já aderiram a Ferreira da Costa, a Faria e a Rodrigues – que se envolveram logo de uma forma muito apaixonada - vamos levar a casa destes pais e mães uma lembrança, ou seja, os bens de primeira necessidade para os cuidados dos bebés. Penso que numa altura em que há muitas medidas para estimular a natalidade, não é que isto tenha… J. P. Um peso significativo? ... A. A. - Somos uma Freguesia, não somos uma Câmara Municipal, mas é uma forma de dizer que estamos com estas famílias, queremos dar as boas vindas a estas crianças e levar qualquer coisa útil às pessoas. Para além disto, e de todas as actividades que as pessoas já conhecem, aderimos à micro-geração. A Junta de Freguesia vai apostar forte nesta iniciativa instalando o sistema. Futuramente será um consumidor/produtor de energia. Vamos usar o nosso telhado para produzir energia limpa, temos de ir ao encontro daquilo que são as necessidades do País, de uma forma quase minimalista, e se outras entidades e empresas nos seguirem, podemos tornar-nos quase autosuficientes. J. P. - A região é privilegiada para a geração fotoeléctrica? A. A. - É, e veja bem, temos a central de Pedrogão e de Alqueva, um contributo importante para que não estejamos tão dependentes do exterior. Por isso e porque a Lógica, a empresa parceria nesta iniciativa, nos incentivou, era uma coisa que já queríamos há muito tempo. Como recebemos tantos turistas e visitantes em Moura, porque não levar “Ainda tenho muito para dar à Freguesia” as pessoas a passear nos nossos caminhos de bicicleta ou a pé? Temos um projecto que desenvolvemos com os alunos da Escola Secundária de Moura, que consiste em passeios de BTT à volta da nossa região, que tem coisas lindíssimas, que queremos privilegiar, e levar as pessoas a conhecer. Estabelecemos uma parceria interessante com o Grupo de Teatro da Moura Encantada; vamos recordar os antigos chás dançantes que a geração dos nossos avós faziam. Eles propuseram-nos esta iniciativa, vamos trabalhar nisso, fazer com que as tardes de sábado ou domingo sejam mais divertidas, que as pessoas saiam de casa, conversem e confraternizem, isso é importante. J. P. - E em termos de infraestruturas, há algo a salientar? A. A. - Sabe que as juntas urbanas não têm as mesmas competências que as freguesias rurais, nem em ternos de delegação de competências, nem a outros níveis. Estamos na expectativa quanto ao projecto do edifício dos Quartéis, pois queríamos lá ter um espaço de artesanato vivo, ceder aquele espaço a alguns artesãos de Moura de forma gratuita, àqueles que têm menos condições para se instalarem, para que ali pudessem trabalhar diariamente, fazer as suas peças e comercializá-las. (…) O orçamento é sempre magro, temos de ter noção do que representamos em termos de orçamento: 122 mil euros, este ano tivemos um incremento de 5%. Pagar contribuições ao Estado, consumíveis, vencimentos, o dinheiro aplicado nos estabelecimentos de ensino… Por isso é que as Juntas são exemplares na forma como gerem o dinheiro. Como têm orçamentos muito magros conseguem gerir e aplicar muito bem as verbas. (…) O espaço JUNTANET foi o 1º espaço Internet do Concelho de Moura, e hoje está lá, tem formação, é um espaço animado durante o dia, e temos lá ateliers durante as férias. J. P. - Vai candidatar-se à Junta de St. Agostinho? A. A. - Vou. Vou porque sinto que ainda tenho muito para dar à Freguesia. Há promessas das quais nós não podemos fugir, e eu fiz uma promessa que vou cumprir, logicamente, que é de me candidatar. Quero continuar a servir os mourenses fazendo aquilo que penso que sei fazer bem, e temos tido um trabalho muito positivo junto das pessoas. Temos uma equipa de gente muito boa e válida, desde o executivo á Assembleia de Freguesia, e quando digo equipa, não estou a falar das pessoas do partido socialista, estou a falar de todos. Julgo que a grande riqueza da Freguesia de St. Agostinho é ter muita gente que não sendo socialista, não tendo alguns sequer cor partidária, trabalham connosco, e penso que tem sido um exemplo para o concelho. (…) Quero ser candidato do partido Socialista, vou ser candidato do partido Socialista nas próximas autárquicas para a freguesia de St. Agostinho, e vamos continuar a apostar em pessoas jovens para colaborarem connosco, para nos ajudar, e vamos continuar a pedir às pessoas para se envolverem nesta tarefa, neste trabalho. (…) 1 de Dezembro 2008 Reportagem e Informação A PLANÍCIE e da Concelhia do PS de Moura J. P. - Já foi escolhido o candidato à Câmara de Moura? A. A. - Lá por termos tido o Congresso recentemente, não paramos de preparar o próximo ano. Temos legislativas, temos europeias e temos autárquicas, que no fundo são as que mais dizem à nossa população. Temos vindo a trabalhar com cuidado, ouvindo muitas pessoas de uma forma serena, porque o concelho de Moura é para nós uma questão muito séria. Ter a melhor equipa possível para que as pessoas se possam rever nos candidatos do partido socialista é a nossa grande missão. J. P. - E já se sabe quem serão as pessoas que vão constituir essa equipa? A. A. - Todos os dias pensamos nas pessoas que irão servir o partido Socialista e nessa equipa à Câmara de Moura, à Assembleia Municipal e de Freguesia, e às Juntas. O Presidente da Concelhia tem nomes na cabeça, o militante A tem nomes na cabeça, a mais comum pessoa que se cruza connosco na rua tem nomes na cabeça. Todos nós temos com certeza de avaliar o que é melhor para este concelho, mas se pensa que lhe vou dizer já nomes está muito enganada (risos), de forma nenhuma (…) Têm de ser pessoas que metam o seu concelho à frente de tudo o resto. Moura não pode ser um cacique político. J. P. - Como vê a actividade da autarquia neste ano de 2008? A. A. - A rede de águas é uma obra essencial para este concelho, agora a questão da água tem de ser vista também a montante, e hoje estaríamos com o problema no seu todo muito mais resolvido se os municípios do Partido Comunista tivessem abraçado o projecto que envolve as águas de Portugal, e hoje, por uma razão meramente ideológica continuamos afastados desse grande objectivo; estamos muito mais atrasados que outros municípios porque há uma questão ideológica. Este investimento que se está a fazer nas ruas da cidade é importantíssimo e sou a primeira pessoa a valorizá-lo, agora, penso que temos a obrigação de fazer as coisas bem e por isso retenho que cabe a um autarca que ama verdadeiramente a sua terra, o papel de colocar o seu município à frente do partido que servem, por muito que goste do seu partido e por muito bem que se sinta na pele de militante. Sinto que a este nível os interesses do concelho, não têm sido defendidos. Quanto à escola da Porta Nova, o parecer do presidente da Junta, e mesmo quando ainda não o era… quando emitimos um parecer onde sublinhávamos que era preciso falar com as pessoas, e penso que a Câmara não fez esse trabalho convenientemente, muito pelo contrário. Na primeira reunião que se fez, à Porta da Escola, a Junta de Freguesia não foi convidada. Só quando as coisas começaram a correr francamente mal é que a Câmara a correr, neste caso o sr. Presidente, nos convocou para uma reunião e trouxe-nos, de chofre, um projecto. Reuni com o Sr. Ramos e vi que era muito difícil, porque a Câmara queria que nós disséssemos naquele momento que apoiávamos o projecto, e nós dissemos “espera lá” e apresentámos propostas. Vou ser muito sincero, por muito que gostemos das nossas crianças, aquela zona da cidade não merecia o tratamento de que foi alvo, e podíamos com um parque escolar novo ter resolvido por completo os problemas sem destruir uma zona importante da nossa cidade. O que é que nós sacrificamos com isto tudo? E depois de ser inaugurada vamos ver como as coisas correm. Há municípios que têm parques escolares lindíssimos e muito funcionais. Em Moura, então se temos festas disto, daquilo e do outro, não temos para aplicar num parque escolar novo, moderno, capaz de servir bem as nossas crianças e a comunidade escolar mourense? Desculpe mas temos. Em que é que a Escola do Fojo ficou melhor? Temos salas de aula que pouco mudaram, que continuam com piso de tacos. Se o Sr. Presidente da Câmara estivesse aqui a ouvir esta conversa diria “lá está este indivíduo com a conversa do bota-abaixo”, mas é verdade. Ainda não há muito tempo estava eu a trabalhar e ligaram-me a dizer que havia uma inundação na escola, que as traseiras da escola estavam inundadas. (…) O empreiteiro já havia avisado que se não subíssemos o piso quase um metro, iria inundar com frequência. Nos elencamos um conjunto de problemas e avançamos um conjunto de soluções, o que é certo é que as coisas continuam na mesma. Às vezes mais vale fazer um sacrifício maior em prol daquilo que é realmente importante, e se a Câmara tiver de se endividar que se endivide, que se endivide muito, mas deixando trabalho bem feito. É isso que as pessoas nos exigem. Em relação ao parque de feiras é compreensível que esteja agora melhor. Foi feito ali um investimento importante, o que eu me pergunto é se por exemplo a forma como criaram as boxes foi de encontro às necessidades dos feirantes que são uma parte importante do parque, das feiras e mercados. Numa Câmara que diz que fala muito com as pessoas, que é dialogante, penso que fala mas não ouve. (…) E continuamos ali com um problema por resolver; há quem lhe chame asa delta, mamarracho, ou parque de leilão de gado. Então aquela obra vai ficar assim? Não pode! A Câmara tem de se responsabilizar, não pode vir dizer que houve financiamento para aquela parte da obra e agora aquilo fica assim? Aquele espaço foi começado, está neste momento parado, mas tem de ser terminado, e se não for esta Câmara terá de ser a do partido Socialista no próximo mandato, com toda a certeza. J.P. - Está muito optimista! ... A. A. - Não é optimismo. Acho que s pessoas têm de ser muito directas na forma como abordam as coisas e as questões, e acho que este município precisa muito do partido socialista neste momento. J. P. - Caso o PS vencesse, quais seriam as primeiras medidas? A. A. - Do ponto de vista organizacional, a primeira medida seria uma auditoria àquelas contas. Quem cair naquela Câmara precisa de saber porque é que há fornecedores que não querem trabalhar com a Câmara, porque é que paga tarde e a más horas e qual é a situação real. É preciso perceber em termo de trabalho e de procedimentos, que as pessoas saibam com que linhas é que se cozem a partir do momento em que tomam a Câmara Municipal. Depois falar com todas as pessoas a quem devemos e começar a pagar. Os compromissos são Candidatos à Câmara? Por ora mantém-se o segredo. As críticas e propostas é que são muitas! terreno íngreme onde diz que o vai colocar. Isto é brincar connosco, e não é só a questão dos fundos que é importante, é a promoção do concelho lá fora, porque pertencer a duas entidades ligadas ao turismo como estas é de todo importante, porque temos mais capacidade para nos promovermos, capacidade financeira para fazermos coisas. O que se está a passar é que o Sr. Presidente, mais uma vez, tal como se passou com a questão da água, mostrou uma posição ideológica, porque o partido não quer. Eu estava á espera que o partido comunista viesse com outro tipo de discurso, mas virem dizer que o PS não quer municípios comunistas na entidade de turismo, por amor de Deus…. (…) Não tenho a menor dúvida que os municípios do partido comunista se vão associar. mais tarde ou mais cedo. J. P. - Nesta entidade ou numa outra, com um outro modelo de gestão? A. A. - Vão-se associar, estou certo disso. Em relação à área de turismo, não percebo porque é que Beja, ficando com a entidade lá sediada disse que não queria, alguma coisa vai mal. Temos em Moura um manancial de oportunidades que este organismo nos oferece, e a CM não quer? Parece que estamos muito bem, muitos cheios de dinheiro e podemos só por nós fazer muita coisa. As coisas não funcionam assim. Estes organismos, acima de tudo, têm uma grande vantagem: fazem com que os organismos congreguem esforços e tenham uma política comum para servir as populações e as empresas. para cumprir; eu trabalho numa Junta e não devemos um “tusto” a ninguém. É verdade que as Câmaras os têm numa a dimensão gigantesca em relação a nós, mas as autarquias também têm de ter compromissos em relação às pessoas. Passamos a vida a dizer que queremos apoiar o comércio local os nossos comerciantes e empresários, mas depois são os primeiros a serem castigados porque lhes pagam tarde. É preciso que haja uma política de juventude neste município que não existe, e não é só festas, embora sejam importantes para a miudagem, mas falamos de uma política na área da saúde, da habitação e do emprego. E conseguiremos ajudar criando urbanizações com apartamentos a preços mais competitivos. (…) A Câmara durante muito tempo deixou de construir e isso não pode ser, tem de ser invertido. J. P. - E relativamente a projectos estruturantes? A. A. - (…) Moura não pode continuar longe de Alqueva. Penso que está mais distante do que qualquer outro município na forma como se envolve com o empreendimento. Se queremos mais investimento aqui, mais turismo e mais-valias para os agricultores, temos de tomar medidas. Quanto ao turismo penso que é escandaloso, as últimas machadadas então, mostram bem o que o presidente da Câmara de Moura pensa sobre a matéria. Falo das áreas de turismo. Não tem discussão possível esteja quem estiver no Governo deste país, mas é sempre de aderir. O presidente da Câmara vem dizer “conseguimos estabelecer uma política de turismo mesmo sem recurso a esses fundos”, e eu posso perguntar, mas que política? Um presidente de Câmara que nem conseguiu construir um parque de campismo! A única coisa que tem é um Notícias A PLANÍCIE 1 de Dezembro 2008 Turismo e Educação Temas quentes... A não adesão das autarquias comunistas às Entidades Regionais de Turismo, e as recentes greves e protestos dos professores e alunos, foram os temas abordados no programa de debate político da Rádio Planície “Pontos de Vista”. Rui Apolinário (PS) Simão Janeiro (PSD) e João Ramos (CDU) estiveram presentes e disseram de sua justiça. Rui Apolinário Educação - Julgo que a greve em Moura é um reflexo da onda nacional do que é a actualidade do País, onde os alunos reivindicavam alterações ao estatuto do aluno, concretamente o regime de faltas justificadas e injustificadas, provas de acesso ao ensino superior e educação sexual. No caso dos exames para aferição de conhecimentos em caso de faltas, houve um claro retrocesso do Ministério da Educação e ficaram desobrigados dessa prova os alunos que tenham faltas justificadas, o que demonstra à partida alguma capacidade de inflectir neste processo, numa altura em que se fala na face mais “arrogante” da tutela, esta medida equilibra um pouco a situação. Com diálogo, com muita conversa, é possível chegar a uma plataforma de entendimento. Quanto à educação sexual, a minha opinião pessoal é que deveria fazer parte dos currículos, e julgo que também aqui se pode ainda chegar a um entendimento. Outra das situações que tem gerado esta polémica são as provas de acesso ao ensino universitário, que desde ao longo dos tempos não tem sido pacífico, é quase histórico, mas que a procura de um modelo ideal leva-nos a este experimentalismo. Se no regime de faltas se deu um recuo do Governo, logo um avanço nas negociações, no acesso ao ensino superior é mais difícil chegar a um consenso. Dizer-se que um recuo não é uma cedência, que não está dentro de uma plataforma de entendimento… Eu entendo que são plataformas negociais e não de recuo ou avanço. Não podemos ser fundamentalista, o Ministério tem um modelo para aplicar, mas a Ministra já disse que é um modelo aberto, passível de alterações. Tem havido uma ronda invisível de diálogo com os professores, mas que não tem sido mediatizado, ao contrário das movimentações da FENPROF. O que temos visto efectivamente é um sindicato, que se pretende representativo dos professores, a abandonar uma reunião que pretendia ser de entendimento. Num estado democrático, não se percebe que um sindicato abandone uma reunião ao fim de vinte minutos, nem concebo que os professores concordem com isto. Parece que nesta matéria a agenda do Governo nada tem a ver com a agenda dos sindicatos, o Governo tenta promover o diálogo, os sindicatos agendam manifestações. Não queria comentar a suspensão da avaliação nas escolas de Moura, porque hoje foi agendado um concelho de ministros extraordinário e penso que houve importantes avanços nesta matéria. O partido socialista é um partido de reformas. Este é, sem sombra de dúvida o Governo mais renovador desde o 25 de Abril, e as reformas custam, tal como esta está a custar. Apelo à serenidade e à calma das pessoas e dos professores; o Governo é dialogante, vai haver cedências, mas o modelo é para manter e aplicar. É possível delegar num professor titular a avaliação de desempenho, não é um caso omisso. Este é um modelo que reconhece o mérito e a excelência, nos parâmetros haverá aspectos a limar. Turismo – A posição do PS é clara nesta matéria, penso que é sempre de aderir, é claro, e congratulo-me coma adesão das Câmaras de Beja e de Aljustrel. A sede da entidade ficará situada em Beja e a incongruência das incongruências seria a Câmara de Beja não aderir à Entidade Regional de Turismo. Deixo o apelo ao nosso presidente de Câmara para aderir a esta iniciativa que é importantíssima ao nível dos financiamentos e da unificação do turismo do Alentejo. Tínhamos as regiões de turismo muito dispersas territorialmente e municípios relativamente próximos geograficamente, que um fazia parte de regiões de turismo diferentes. Esta entidade vem dizer claramente, que o recurso ao financiamento é apenas concedido aos municípios que aderiam e no órgão deliberativo está assegurado aos municípios 50% da representatividade na assembleiageral; penso que se trata claramente de uma mais-valia. Se está a haver esta abertura dos municípios comunistas, não me espanta que a Câmara de Moura entre nesta rota que penso que é a adequada. Funciona sempre como uma mais-valia a nível de financiamento para projectos. Uma Câmara Municipal, que não consegue construir um parque de campismo, não tem, obviamente, legitimidade para falar que a Câmara tem meios próprios par promover o turismo. Nós vamos ter um Pólo em Alqueva e aí o papel da Câmara de Moura poderá ser importantíssimo no sentido de puxar para si mais-valias, porque a Câmara de Reguengos está ávida de poder controlar esta questão do Pólo de Alqueva. Penso que era de vital importância estarmos presentes no órgão deliberativo para combater, no bom sentido, posições com outros municípios. Simão Janeiro Educação - Julgo que o ensino em Portugal não vai bem, vive-se um ambiente crispado que se tem vindo a agravar com os professores e com os alunos. Recorde-se uma citação infeliz da Ministra que diz “perdi os professores, mas ganhei a população”, que é sintomática da forma de gerir a educação no nosso País. Esta revogação da Lei por despacho, não deixa de ser estranha. Como é que uma Lei da Assembleia da República é alterada por um simples despacho? Penso que tem a ver com questões eleitorais. O PSD sempre foi contra o acabar com a diferenciação da natureza das faltas, o tratamento por igual causaria alguma crispação, como se veio a verificar. O Estatuto do aluno diz que se deve fazer uma prova, que este despacho não vem revogar, mas não tem uma função sancionatória, é penas indicativa e de diagnóstico para o professor. Penso que há um grande desnorte no Ministério da Educação. Não sei que PS é este, renovador. Esta é uma reforma pouco perceptível, em termos do que se pretende com esta arrogância com os agentes da educação, o que se pretende com esta reforma. Esta reforma apenas tem vindo a perturbar a harmonia da classe e a fomentar a crispação entre professores. Este modelo não tem pernas para andar, por onde se comece a dialogar, as reformas não se fazem contra quem pretendem atingir. Os professores não vão as manifestações por via dos sindicatos. Os professores da escola secundária não estão disponíveis para seguir este modelo, e não estou a falar do Conselho de Administração, mas dos próprios professores. E considero que os sindicatos em democracia são representativos, são parceiros. Penso que os professores, não têm medo da avaliação, mas há parâmetros a avaliar – a minha forma de explicar a matéria, de dar aulas, de levar à aprendizagem. Não posso ser avaliado pelas desistências dos alunos, do abandono escolar, não posso aceitar um modelo de avaliação que assente no resultado dos exames dos alunos, pois há disciplinas que não são sujeitas a exame, e não posso aceitar ser avaliado por um professor de outra área de ensino. São propostas inaceitáveis, nem sequer têm base de discussão. Este modelo de avaliação é tão “de mérito e excelência” que tem honras de Gato Fedorento. Quando as coisas não prestam há que as deitar fora, é o que se deve fazer com este modelo de adesão. Turismo - Estas entidades regionais vêm congregar as diferentes áreas, e o decreto-lei que as criou tem uma norma revogatória como poucos documentos legais têm. Dá a ideia que é para facilitar a compreensão da questão do turismo. Este documento vem criar dois pólos: o Pólo Alqueva que inclui o Concelho de Moura. Sei que a Câmara de Moura vai aderir, é uma questão de tempo, porque estas questões não se podem decidir por rearranjo de lugares, de A aqui, ou B ali, ou quem é que fica ou não como de vogal efectivo; as coisas têm uma profundidade maior, e só o facto de não se ter acesso a determinados programas estruturais e financiamentos, é, por si só, determinante. Não penso que o presidente da Câmara de Moura queira ver o seu concelho prejudicado; acredito que haja um período reivindicativo de levar a água ao seu moinho. O que é preciso é desenvolver o turismo nas regiões, tornar os espaços atractivos, mas é incipiente. Há tempos colocou-se a questão das Aldeias Ribeirinhas, agora há a expectativa dos PIN, mas o turismo tem de ser tratado de forma mais equilibrada e efectiva, o que lamento não ter ainda acontecido. Dá-me a ideia que até aqui estas estruturas eram mais para fazer umas organizações, umas feiras, participarem nuns certames, e depois Turismo: Os autarcas comunistas alegam que lhes foi impedida a participação na constituição da Comissão Instaladora da Turismo do Alentejo, entidade recém-criada, que veio substituir a Região de Turismo. O Presidente da Câmara Municipal de Moura tece fortes censuras ao modo como foram projectadas as áreas de turismo, e desvaloriza a sua possível contribuição, afirmando que “Consideramos e somos muito críticos relativamente à forma como todo o processo foi constituído (…), a forma absolutamente centralista e arbitrária como está feita a lei de constituição das Regiões de Turismo. (…) Não é o facto de estarmos ou não incluídos numa Entidade Regional que diminui a nossa capacidade de intervenção (ao nível dos projectos turísticos) O Partido Socialista considera negativo, que as autarquias comunistas, não tenham aderido logo à partida, acusando os presidentes das Câmaras Comunistas de seguirem posições ideológicas, preterindo os interesses dos concelhos que lideram. O presidente da Federação do Baixo Alentejo considera que “algumas dessas pessoas que não querem aderir são aquelas que se estão sempre a queixar de que não há nada, e depois quando há, voltam-lhe as costas”. Entretanto, no passado dia 20 de Novembro, depois de uma série de negociações entre as partes, a Câmara de Beja equacionou a possibilidade de aderir, alegando que “mudou a atitude das pessoas que estão nesta entidade”, seguiu-se-lhe o presidente da Câmara de Aljustrel. As restantes Câmaras Comunistas deverão tomar posições semelhantes, depois das negociações que permitiram integrar José Godinho, o presidente da Câmara de Aljustrel, na lista liderada por Ceia da Silva, único candidato à direcção da Turismo do Alentejo. Educação: Na educação, o regime de avaliação dos professores tem mobilizado docentes em greves e manifestações, em números de que não há memória. As escolas de Moura encontram-se a suspender o processo. Já os estudantes manifestam-se contra o regime de faltas, que equipara faltas justificadas e não justificadas e obriga à realização de um exame para avaliar os conhecimentos, contra a ausência de aulas de educação sexual e contra o método usado para abrir as portas ao ensino superior. Enquanto decorria este programa, realizava-se uma assembleia extraordinária, que resultou na redução da carga burocrática do regime de avaliação dos professores, entre as medidas mais significativas. esvai-se tudo em panfletos e informação. Acho que temos de mudar a atitude. João Ramos Educação - Acho que é significativa a questão da mobilização dos alunos em torno de algo que eles consideram justo. Não nos podemos esquecer que as escolas devem ser espaços de aprendizagem e formação cívica, e às vezes cai-se no estímulo de tornar a escola apolítica. Esta manifestação espontânea é interessante e de assinalar. Não sou jurista, mas intriga-me como é que um despacho da ministra altera uma lei da Assembleia da República, mas o mais pertinente é que este despacho, este recuar, parece muito mais uma afronta à luta dos professores, que vem assim dizer que está disponível para recuar, mas não quanto à avaliação dos professores. O professor Santana Castilho, um crítico quanto às reformas do Ministério da Educação dizia outro dia na televisão que a Ministra tem mais medo de dois cestos de ovos, do que de 120 mil professores. Os sindicatos têm o peso que têm, de 130 e tal mil, cerca de 100 mil estão sindicalizados, mas é o mau estar que está a mobilizar a classe. A FENPROF defende uma coisa, a Ministra defende outra, ao fim de meia hora perceberam que não havia entendimento possível, o sindicato esteve na reunião a fazer o que tinha de fazer. o que devia ser reflectido é o que é a escola e para que serve a escola e a avaliação. Para que é que tudo isto serve? Terá de haver avaliação, mas quando esta ocupa tanto tempo deixa de ser avaliação para passar a ser uma actividade em si, isto é que não está correcto neste modelo. Estamos a avaliar os professores com base em critérios que não dependem directamente deles. Na questão dos rankings das escolas, como comparar o que não é comparável? As escolas privadas não têm os alunos problemáticos que têm as públicas, têm recursos que não são dados às públicas. O facto do antigo modelo de avaliação ser mau não faz deste bom. No Portal da Educação, há uma secção de perguntas e respostas, e para a questão “É possível desburocratizar o processo de avaliação?”, a resposta é “O modelo de avaliação definido não é burocrático”. Posteriormente Maria de Lurdes Rodrigues veio falar de alterações para minimizar os tempos necessários e desburocratizar. As reformas custam, mas pelos vistos não custam a todos de igual modo. Turismo - Algum argumento para a criação destas entidades que possa fazer sentido noutras regiões do país aqui não faz, que é a dispersão do número de regiões de turismo. O Alentejo já tinha conseguido organizar-se mais ou menos através da ARTA e da Associação das Regiões de Turismo e em termos profissionais era tratado como um todo, e com resultados positivos. As autarquias comunistas entenderam que tinham de marcar posição, para alterar o conteúdo e a forma deste processo. As regiões de turismo foram criadas pelas autarquias a que se juntaram uma série de entidades locais e regionais, para resolver e dar respostas à questão do turismo. O Governo resolveu através de um documento extinguir as regiões de turismo sem ao menos as ouvirem. Em todo o País os antigos presidentes dessas associações passaram a integrar as recém-criadas entidades, à excepção do Alentejo, o que se afigura ao PCP como discriminação e tentativa de afastamento do PCP desse órgão. Os municípios foram afastados do processo de definição da região, não foram envolvidos no processo nem na direcção. Parece-me que a posição foi a correcta, porque levou a renegociações. Quanto à forma, há que reflectir a existência de vários pólos afastados das entidades de turismo, pólos onde há projectos PIN propriedade de grandes multinacionais. Há separação nas entidades de uma coisa e de outra. A restrição aos financiamentos apenas às Câmaras que quisessem aderir também é uma forma de pressão, não sei se é um jogo muito limpo. Relativamente a questões ideológicas, o PS é que parece poder ser acusado de seguidismo. Veja-se o caso de Ceia da Silva, deputado do PS e presidente da federação do PSA de Portalegre. Para acusar os outros de porem ideologias à frente dos interesses da população, é preciso ter lata. 1 Dezembro 2008 Reportagem & Notícias A PLANÍCIE Está colmatada uma lacuna que se fazia sentir naquela vila. “ O Bem-Me-Quer” com capacidade para 56 crianças, além do apoio às famílias, vem contribuir para a diminuição do desemprego, na medida em que garante 19 postos de trabalho. Trata-se de uma iniciativa coroada de êxito, promovida pela Moura Salúquia – Associação de mulheres do Concelho de Moura. AMARELEJA JÁ TEM CRECHE C onforme oportunamente informámos, no passado dia 14 de Novembro, a Moura Salúquia – Associação de Mulheres do Concelho de Moura, inaugurou a creche “O BemMe-Quer”, em Amareleja. A cerimónia contou com as presenças de Vieira da Silva, ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, e de José Maria Pós-de-Mina, presidente da Câmara Municipal de Moura. Ana Benedita, presidente da Associação de Mulheres do Concelho de Moura, explicou que neste projecto, além da participação da Associação, “…tivemos o apoio da Segurança Social, da Câmara Municipal de Moura, da Junta de Freguesia de Amareleja…”, além dos fundos do Programa PARES. Com capacidade para 56 crianças, o novo equipamento será uma importante valência no apoio à família e à infância, contribuindo também para a diminuição do desemprego, com a criação de 19 postos de trabalho. A creche foi instalada numa antiga escola e possui quatro salas de actividade, dois berçários e uma sala polivalente. O ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, Viera da Silva, fez também questão de frisar a importância deste equipamento, explicando que o Governo tem como projecto e ambição “...reforçar a rede de equipamentos sociais (…) o que tem que ser construída a partir de uma confluência de esforços por parte do Governo, das autarquias e das instituições de solidariedade…”. Ana Benedita adiantou ainda, que está também prevista a construção de uma creche em Moura, existindo já o terreno para a realização do projecto “…nós para Moura temos um projecto muito bonito já feito, temos o terreno…”, faltando agora o financiamento para a execução da obra. “…o Alentejo (…) vai afirmar-se como uma das regiões mais dinâmicas do nosso País…”, Vieira da Silva, Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, em declarações à Planície. 1 Milhão de Euros de apoio social para o distrito de Beja Desemprego não diminui Durante a sua visita de trabalho ao distrito de Beja, onde esteve também presente na inauguração da creche em Amareleja, o Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, Vieira da Silva, entregou os 9 Despachos de atribuição de subsídio ao abrigo da Medida de Apoio à Segurança dos Equipamentos Sociais (MASES), no distrito. A iniciativa destinou um apoio público de cerca de 770 mil euros, num investimento total na ordem do milhão de euros, abrangendo um universo de 9 Instituições Particulares de Solidariedade Social e 927 utentes do distrito. O objectivo prioritário do MASES passa pela concessão de apoio financeiro para a realização de obras em estabelecimentos de apoio social, quando se verifique a necessidade de adaptação das instalações e substituição de materiais e equipamentos. Este investimento público procura contribuir para a melhoria contínua dos níveis de segurança dos equipamentos sociais e dos respectivos utentes, elevando assim os seus níveis de conforto e bem-estar. Ainda durante a sua passagem pelo concelho de Moura, para a inauguração da creche em Amareleja, o Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, Vieira da Silva, em declarações à Planície, falou sobre a questão do desemprego. Embora se tenha vindo a registar um decréscimo do desemprego em Portugal, o Ministro adiantou que “…infelizmente a crise internacional que estamos a viver, não nos permite ter a mesma ambição, não nos permite pensar que essa diminuição que estávamos a ter (…) possa continuar…”. Vieira da Silva acredita que a solução passa por “…apoiar as empresas, apoiar o investimento…”, para que se possam criar postos de trabalho. “…o Alentejo (…) vai afirmar-se como uma das regiões mais dinâmicas do nosso País…”, Vieira da Silva, Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, em declarações à Planície. Vieira da Silva abordou ainda a questão do desenvolvimento da região alentejana. Apontando os projectos que se têm vindo a desenvolver no Alentejo, como o Alqueva e a nova agricultura que daí advém, a ligação da região com o litoral e com Espanha e o aparecimento de novas indústrias, o Ministro tem “…a convicção profunda que o Alentejo vai sair de um ciclo, que foi demasiado longo de estagnação, e vai afirmar-se como uma das regiões mais dinâmicas do nosso país…”. a pensar que foi devido a essas condições que ele ocorreu…”. As obras de remodelação da Escola da Porta Nova devem então, cumprir o prazo previsto pela autarquia. A interrupção do Natal, conforme o previsto, será aproveitada para a mudança, de modo a que os alunos iniciem o 2º período, já naquele estabelecimento escolar. Escola da Porta Nova Mudança ainda nas férias do Natal A menos de um mês da previsão do final das obras de remodelação da Escola da Porta Nova, Maria José Fialho, vereadora da Câmara Municipal de Moura, mostra-se muito optimista, revelando que está tudo no bom caminho para que o prazo seja cumprido “…até à data, esperamos concluir a tempo e horas, como tínhamos previsto, no sentido de se poder fazer a mudança ainda nas férias do Natal…”. Questionada sobre a possibilidade de o prazo não ser cumprido, Maria José Fialho afirmou que “…nem sequer ponho ainda essa hipótese…”, já que, explicou, o empreiteiro deverá concluir os trabalhos dentro de pouco tempo, e a chegada do novo mobiliário e de equipamentos para o exterior, também deverá chegar brevemente. Quanto ao facto de as aulas estarem a funcionar provisoriamente, no antigo Externato de Nossa Senhora do Carmo, e que de princípio mereceu a contestação de alguns encarregados de educação, adiantou que, apesar de as condições não serem as melhores e desejadas, “…até à data não nos chegou nenhuma informação de algum incidente, que possa levar Opinião - Informação A PLANÍCIE Artigo Artigo Por: Amilcar Mourão o p i n i ã o o A Educação versus PC Magalhães P i n i ã o A o fazer a pergunta - Está o concelho de Moura preparado para enfrentar os desafios da nova conjuntura económica que vai surgir em 2009 e 2010? Infelizmente a resposta é imediata - Não está! A inércia e incapacidade do poder local, leia-se Câmara Municipal de Moura, e a sua subserviência ás directrizes do Partido Comunista não permitiram o desenvolvimento económico e social do concelho. Senão vejamos alguns exemplos: - A qualidade do sistema de abastecimento de água ao concelho, especialmente nas freguesias rurais, tem vindo a deteriorar-se nos últimos anos. A responsabilidade é única e exclusivamente da Câmara por recusar sistematicamente um sistema de parceria com o estado na gestão da água. Resultado – chegamos ao verão e o cheiro da água quando abrimos as torneiras das nossas casas é nauseabundo. Infelizmente no próximo verão o problema irá manter-se - A incapacidade negocial da câmara para atrair projectos de investimento públicos e privados no concelho é preocupante. A situação da Contenda continua por resolver, na questão da saúde e das grandes redes viárias acontece o mesmo e o investimento privado relevante no concelho tem sido nulo. É evidente que a Câmara vai referir o grande investimento da Central Fotovoltaica, grande bandeira do executivo dos últimos anos, e onde muito investimento municipal foi feito. Neste caso seria muito importante que a Câmara apresenta-se o deve e haver deste projecto. Qual o investimento global da autarquia no mesmo? E qual a receita final da venda? Só desta forma poderemos avaliar com clareza esta aposta no concelho. Até lá mantenho a mesma posição que sempre assumi na Assembleia Municipal – Estou pronto para aplaudir se foi rentável e para criticar duramente se deu prejuízo à Câmara. Estamos a falar de um projecto que no futuro poucos postos de trabalho vai criar e onde o executivo, para além do investimento financeiro, investiu muitos recursos humanos que poderiam ter sido canalizados para outros projectos de criação de valor para a população. - No Turismo pouco temos beneficiado com o Alqueva e mais uma vez no passado recente a Câmara se coloca à margem do novo modelo de gestão do mesmo para o Alentejo. As únicas razões que encontro prendem-se com os interesses do partido comunista em manter maquinas ineficientes e burocráticas mas onde tinha a sua gestão. Ou seja em seu beneficio próprio e não da população e do desenvolvimento económico da região. É por estas razões e por muitas mais que poderiam ser referenciadas que a minha resposta é imediata. O concelho de Moura está muito frágil para enfrentar o futuro. Mas tenho a certeza que o Concelho tem recursos naturais e humanos para se desenvolver no futuro. O Concelho de Moura merece muito mais! Que 2009, apesar da crise internacional, seja um ano de viragem no concelho de Moura! Por: Santiago Macias Avenida da Salúquia, n.º 34 o p i n i ã o No meio da claque F p Moura e os desafios do futuro ara tentar garantir uma escola mais interessante e fazer alguma coisa que remotamente se pareça com a revolução tecnológica prometida por Sócrates o governo inventou o PC Magalhães que tem sido apresentado com toda a pompa e circunstância embora pelo que se sabe nalguns casos depois das fotografias e das televisões, os portáteis voltam para trás em lugar de serem distribuídos às crianças, vá lá saber-se porquê ou até podemos imaginar… A ideia, no abstracto até me parece muito simpática e meritória, tal como as avaliações dos professores, o pior é quando vamos à prática. As reformas do sistema educativo tem sido das políticas mais contestadas deste governo, em especial o regime de avaliação e de progressão na carreira dos professores e essa contestação deu frutos. O recente retrocesso do Governo na política de educação é um sinal bem claro de eleitoralismo e de fraca convicção, digo isto porque se peso dos resultados dos alunos na avaliação dos professores era absolutamente absurdo e os professores tinham toda a razão para protestar este assunto entre outros relacionados com o processo de avaliação, agora, depois do recuo da Ministra, os resultados dos alunos passaram a não ter peso nenhum, o que também não me parece correcto, afinal esse é o output do trabalho do professor, mas o professor é também avaliador, deve, portanto existir um equilíbrio que sustente a sua prestação nesta dupla função, como se costuma dizer, nem tudo, nem nada. De igual modo, as faltas dos alunos estavam sobrevalorizadas, isto é dado um conjunto de faltas, mesmo por motivos justificados, teriam de fazer uma avaliação para determinar se poderiam continuar, depois dos protestos, se forem justificadas já nada acontece, ora bem, pergunto-me se um aluno que falte um ano inteiro por razões justificadas, problema grave de saúde, por exemplo, está em condições de passar de ano? Mais uma vez do oito para o oitenta, ou o inverso. No meio de toda esta confusão, com despachos a interpretar leis, o que é inconstitucional, digase de passagem, de avanços e recuos, de garantias que o sistema de avaliação vai continuar e a seguir é retirado no seus pontos essenciais, parece-me que a única coisa que este governo está a fazer realmente dedicada aos mais novos é o Portátil Magalhães, mas mesmo aqui era conveniente que fosse uma máquina melhor, porque é mesmo e só para principiar, diria de 2 a 3 meses, depois já não tem características para manter o interesse dos alunos por incapacidade funcional. Enfim, isto já não é um problema de software…é mesmo de hardware. Artigo 1 de Dezembro 2008 oi no fim de Inverno de 2005. O meu tempo na Universidade de Lyon aproximava-se depressa do fim. O Professor Guichard marcara-me um último encontro para a tarde dessa terça-feira, dia 8 de Março. A conversa foi breve, concluída com um imperativo “isto está feito, você entrega a tese em meados de Maio e marca-se já a defesa. Le 10 juin, ça vous va?”. Achei graça à coincidência e disse-lhe que sim, que remédio tinha eu. Conversa acabada e “à demain”. O resto do dia não prometia nada de bom. Sozinho em Lyon, um frio de rachar, o vento dos Alpes a gelar as margens do Ródano, as horas a rolarem mais devagar que um caracol. E eis que dou comigo, chateadíssimo, sentado à janela de um bar da Place Carnot, uma garrafa de Cotes du Rhône já lá vai, não tarda outra vem a caminho. Eis que passa uma turba alemã aos urros, bandeiras verdes e brancas. Olá, que é isto? Os oitavos de final da Liga dos Campeões: Lyon-Werder Bremen, esclarece, diligente, o empregado. Decisão rápida, vou à bola. Saio porta fora a caminho do estádio. Aí chegado, cometo dois erros trágicos: peço o bilhete em francês, sem sotaque alemão, e compro uma entrada das mais baratinhas. E assim dou comigo, cinco minutos depois, no meio dos Juve Lyon ou dos Diabos Vermelhos de Lyon. Eram todos loucos furiosos. Berravam como possessos, vá lá saber-se porquê, e saltavam ritmadamente e cantavam e, meu Deus, ainda faltava meia-hora para o jogo começar. Organizadinhos, dão-me um papelinho com as palavras de ordem do dia e outro papelinho colorido para agitar à entrada da equipa. Passam-me pela cabeça ideias angustiosas: eu nem o nome do treinador sabia e conhecia vagamente o nome de dois ou três jogadores. Alguém me faz uma pergunta sobre quem ia jogar à direita e já não tive tempo de responder porque a equipa entrou em campo e durante quase duas horas a malta à minha volta gritou desesperadamente. E eu com eles, porque quem não mija em companhia ou é espião ou é ladrão. À meia-hora o Olympique Lyonnais já ganhava 3-0. Do mal o menos, o povo estava feliz. Braços ao ar, primeiro, a ola à mexicana, depois, mais palavras de ordem, logo a seguir. Mais um par de golos e a conta já vai em 5-2. Juninho, JU-NI-NHÔ, gritavam os franceses, mas “putain, bordel”, o raio do brasileiro não há meio de marcar. Marcam Wiltord e, no fim, Berthod. 7-2! uma sova de todo o tamanho nos boches. No meio da claque trocam-se sinais cúmplices. Um grandalhão dá-me uma palmada nas costas, “c’est fait mon ami” berrava o gajo, e eu fingia um sinceríssimo contentamento. Voltei, feliz e exausto, ao hotel. No dia seguinte, um desconfiado e divertido Prof. Guichard ouviu a narrativa da incursão no Stade de Gerland. À hora de almoço fui olhado pelos colegas do departamento com curiosidade zoológica. Percebi depois que ir ao futebol no meio da claque não faz parte do cardápio académico francês. A minha carreira universitária não seria, contudo, prejudicada pela façanha. O Lyon baqueou nos quartos-de-final às mãos do PSV. O Liverpool viria a sagrar-se campeão europeu nesse ano. Manuel Bio Membro Assembleia Municipal de Moura InfoAutarquia 1 de Dezembro 2008 A PLANÍCIE Página da responsabilidade da Câmara Municipal de Moura Rede Concelhia de Bibliotecas Bom exemplo de um projecto pioneiro O concelho de Moura foi pioneiro a nível nacional, na criação da Rede de Bibliotecas Escolares. Para desenvolver a Rede de Bibliotecas Escolares e, simultaneamente, a Rede Municipal de Bibliotecas, a Câmara Municipal de Moura criou três bibliotecas escolares e municipais em Safara, Santo Aleixo da Restauração e Póvoa de S. Miguel, que funcionam com total disponibilidade para as escolas onde se encontram e, no período da tarde, estão abertas a toda a comunidade assumindo o seu papel de biblioteca pública. Em Amareleja, Sobral da Adiça e Santo Amador foram criados pólos da Biblioteca Municipal, que cumprem também o seu papel de bibliotecas escolares no período em que decorrem as aulas. Além dos livros, cada uma delas disponibiliza jornais e revistas, serviço de Internet e CD’s, entre outros serviços. A Rede permite colocar à disposição de todos os interessados, via Internet, os fundos documentais de todas as bibliotecas envolvidas num único catálogo “on-line”. Desta forma, poderá ser feita a pesquisa em qualquer uma das unidades da Rede, sendo indicada a existência dos documentos, a sua localização e disponibilidade. O empréstimo dos documentos pode ser feito localmente ou através do sistema de empréstimo inter-bibliotecas. Em rede estão também as bibliotecas da Escola Secundária de Moura, Escola Básica 2+3 de Moura, Escola Básica e Integrada de Amareleja e a Escola Profissional de Moura. Pólo da Biblioteca de Póvoa de S. Miguel - Inauguração Biblioteca Municipal de Moura Pólo da Biblioteca de Amareleja Polo da Biblioteca de Santo Amador Pólo da Biblioteca de Safara - Inauguração Novo Pólo da Biblioteca em Sobral da Adiça Pólo da Biblioteca de Santo Aleixo da Restauração Inauguração Parceiros da rede assinaram o protocolo de colaboração No dia 27 de Outubro (Dia Internacional das Bibliotecas Escolares), foi assinado um protocolo de colaboração entre a Câmara Municipal de Moura, a Rede Nacional de Bibliotecas Escolares, a Escola Profissional de Moura, EBI de Amareleja, a EB 2+3 de Moura e a Escola Secundária com 3.º Ciclo de Moura, relativo à Rede Concelhia de Bibliotecas. Assinatura do protocolo da Rede Este acto contou com a presença da Coordenadora Nacional da Rede de Bibliotecas Escolares, Teresa Calçada, que realçou a importância do protocolo, o qual formaliza: “o bom trabalho já no terreno”, e que tem vindo a ser desenvolvido pela Biblioteca Municipal de Moura, em conjunto com as escolas, na implementação da Rede Concelhia de Bibliotecas Escolares. De acordo com aquela responsável: “o concelho de Moura tem sido apontado em fóruns nacionais e internacionais com um bom exemplo do êxito do projecto das redes concelhias de bibliotecas”. Informação A PLANÍCIE 1 de Dezembro 2008 Informação do Concelho de Moura CRER – CRIAÇÃO DE EMPRESAS EM ESPAÇO RURAL No próximo dia 3 de Dezembro, decorre no CineTeatro Caridade, em Moura, o workshop final do projecto CRER - Criação de Empresas em Espaço Rural. O CRER é um projecto promovido pela ADRIMAG em parceria com entidades locais e regionais, co-financiado pela Iniciativa Comunitária EQUAL, que tem como principal resultado a criação de uma metodologia de apoio ao empreendedor, desde a ideia de negócio, até à criação da empresa, permitindo ao empreendedor testar e experimentar uma ideia de negócio, sem a criação formal da empresa. Esta metodologia resulta da apropriação de diversas iniciativas europeias e nacionais e pode ser disseminada para entidades que prestem apoio à criação de empresas e empreendedorismo. Este evento é organizado pela parceria local constituída pela ADCMoura – Associação para o Desenvolvimento do Concelho de Moura, Câmara Municipal de Moura e ADRIMAG – Associação de Desenvolvimento Rural Integrado das Serras de Montemuro, Arada e Gralheira. PROGRAMA 09h30 – Recepção dos participantes 10h00 – Sessão de Abertura ADRIMAG - João Carlos Pinho, Coordenador Câmara Municipal de Moura – Santiago Macias, VicePresidente Gabinete de Gestão do EQUAL - Maria João Spencer 10h30 – Apresentação dos resultados do CRER ADRIMAG – Susana Martins, Gestora do Projecto 11h00 – Coffee Break 11h20 – Resultados de Disseminação do CRER Papel da entidade apropriadora no contexto regional; razões da apropriação da metodologia do CRER forma de apropriação da metodologia, resultados da apropriação, vantagens e benefícios para a entidade apropriadora Moderador – João Carlos Pinho, ADRIMAG Experiência da apropriação da AEVA/EPA - Jorge Castro, Director da AEVA/EPA Experiência da apropriação do CRIA/UALg - João Amaro, Coordenador do CRIA Experiência da Apropriação da ADCMoura/CMMoura – Maria Clara Lourenço, Presidente da Direcção da ADCMoura 12h20 – Debate 13h00 – Almoço 14h30 – Recomendações políticas: Apresentação do documento CRER: Metodologia de Apoio à Criação d e Empresas - resultados, soluções e recomendações 15h00 - Lançamento da Rede CRER e Assinatura do Protocolo de Rede 15h30 - Assinatura de Memorando de Entendimento do CAEE 16h00 - Vinho de Honra com produtos de região de Moura Informações e inscrições: 285254931 ou [email protected] WWW.R4E.EU No passado dia 17 de Novembro, no âmbito do evento “Recursos para o empreendedorismo – Soluções de Inovação Social”, que decorreu no Centro de Reuniões da FIL, em Lisboa, foi apresentado o portal on-line www.r4e.eu, um projecto que nasce no âmbito das redes de cooperação criadas ao abrigo da Iniciativa Comunitária EQUAL, como corolário da vontade da Rede Temática 4, “Criação de Empresas”, em capitalizar a experiência e a aprendizagem geradas pelos mais variados projectos de estímulo à criação de empresas e ao empreendedorismo, que decorreram nos últimos anos em território nacional. Trata-se de uma plataforma de partilha de recursos (metodologias e ferramentas compilados e sistematizados) para a promoção do empreendedorismo, em áreas como a educação e sensibilização, o apoio e consolidação de empresas e a estratégia territorial, tendo por objectivos estimular a cooperação e a troca de experiências e práticas desenvolvidas na área do empreendedorismo; disseminar iniciativas e projectos na área do empreendedorismo; mobilizar e influenciar actores para a promoção do empreendedorismo. ACIDI JUNTO DAS COMUNIDADES No dia 13 de Novembro, o Alto Comissariado para a Imigração e o Diálogo Intercultural - ACIDI veio visitar o nosso concelho. Esta iniciativa inscreve-se numa preocupação de proximidade com as comunidades, com o intuito de criar/ agilizar mecanismos de integração de comunidades marginalizadas da sociedade. Durante os dois dias de visita dedicada à zona envolvente de Beja, o ACIDI, nomeadamente a sua representante, a Sra. Alta Comissária Rosário Farmhouse, os representantes do Gabinete de Apoio às Comunidades Ciganas – GACI e os coordenadores nacional e regional do Programa Escolhas puderam visitar várias comunidades, todas locais de intervenção sócio-educativa (Bairros das Pedreiras e da Esperança em Beja, Pias e Sobral da Adiça). No concelho de Moura, o ACIDI escolheu para a sua visita a comunidade cigana do Sobral da Adiça. Esta comunidade está a ser acompanhada pelo projecto Encontros há já 2 anos, através de mediação com as instituições, actividades de inclusão escolar, ocupação de tempos livres das crianças durante as férias… Deste trabalho resulta uma grande proximidade entre a comunidade e a equipa técnica do projecto e a compreensão mútua dos diferentes interesses. Atento a esta relação de confiança construída, o ACIDI reconheceu a necessidade de reforçar o trabalho desenvolvido, e mostrou-se particularmente sensível à questão da escolaridade. START – EDUCAÇÃO PARA O EMPREENDEDORISMO O projecto START continua no processo de disseminação das metodologias Balanço de Competências-chave para o Empreendedorismo e Clube Mais – Educação para o Empreendedorismo, com a realização de cursos de Formação de Facilitadores de Empreendedorismo, cujos objectivos são clarificar o conceito de empreendedorismo e a importância das competências empreendedoras, trabalhar a educação para o empreendedorismo através de metodologias participativas, aplicar as metodologias START no contexto profissional dos participantes. Foram já realizados três cursos, em Évora, Serpa e Faro, estando mais dois previstos para Faro, em horário pós-laboral. Outra das actividades é a participação em seminários de divulgação, já realizados em Moura (no âmbito do Festival 7Vidas), em Cuba (no âmbito da Feira de S. Martinho) e em Lisboa (nos dias 5 e 17 de Novembro no Centro de Reuniões da FIL, no âmbito de eventos de promoção de ferramentas inovadoras de educação para o empreendedorismo). Notícias - Informação 1 de Dezembro 2008 Jornal “A Planície” Nº 667 de 1/12/2008 39 Casos no Núcleo de Atendimento às Vítimas de Violência Doméstica do distrito de Beja. Rectificação de Extractos Rectifica-se publicações dos extractos publicados nos exemplares n.ºs 664 e 666 dos dias 15 de Outubro e 15 de Novembro. Onde se lê: «Maria Susana da Costa Jorge» deve ler-se: «Marta Susana da Costa Jorge». Jornal “A Planície” Nº 667 de 1/12/2008 Associação dos Bombeiros Voluntários de Moura Violência Doméstica no Distrito CONVOCATÓRIA CONFORME o Artigo 24º dos Estatutos da Associação, convoco os sócios, para a Assembleia Geral Ordinária a realizar no dia 19 de Dezembro de 2008, pelas 20 Horas, na Sede da Associação, com a seguinte ordem de trabalhos: Ponto Um – Apreciação e eventual aprovação da 2ª revisão ao Orçamento do ano de 2008. Ponto Dois – Apreciação e eventual aprovação do Orçamento Inicial para o ano de 2009. Ponto Três – Outros assuntos de interesse da Associação. Nota: - de acordo com o Artigo 27º Ponto 1, dos Estatutos, se à hora marcada não estiver presente o número legal de sócios, a Assembleia funcionará meia hora mais tarde, com qualquer número de sócios, sendo válidas as suas decisões. Moura, 26 de Novembro de 2008 O Presidente da Assembleia Geral Francisco de Aragão Baixinho Cravo Jornal “A Planície” Nº 667 de 1/12/2008 S.O.S. dos Animais CONVOCATÓRIA A Associação S. O. S. dos Animais de Moura, convoca os sues Associados para as Assembleias Gerais a realizar no dia 6 de Dezembro, pelas 14 horas, na Associação dos Reformados, Pensionistas e Idosos do Concelho de Moura, sita na Avenida do Carmo nº 3, com os seguintes horários de trabalhos: ASSEMBLEIA ORDINÁRIA Período: das 14 às 15 horas Ordem de trabalhos: 1. Informação geral sobre a Associação 2. Esclarecimentos a Associados ASSEMBLEIA ELEITORAL Período: das 15 às 16 horas 1. Apresentação dos Candidatos 2. Eleição 3. Contagem dos votos e informação do resultado Das 16 às 17 horas, será servido aos presentes um Porto de Honra ASSEMBLEIA DE TOMADA DE POSSE Período: das 17 às 17,30 horas Ordem de trabalhos: 1. Assinatura da Tomada de Posse pelos Eleitos A Presidente da Assembleia Geral Dolores Maria Infante Rodrigues Jornal “A Planície” Nº 667 de 1/12/2008 Comoiprel Cooperativa Mourense de Interesse Público de Responsabilidade Limitada Convocatória Assembleia Geral – Reunião Ordinária De acordo com o Artigo 57º do Código Cooperativo, convocam-se os membros da Assembleia Geral da Comoiprel – Cooperativa Mourense de Interesse Público de Responsabilidade Limitada, para reunião ordinária a realizarse no dia 18 de Dezembro de 2008, pelas 18 horas no Auditório desta Cooperativa, com a seguinte Ordem de Trabalhos: 1. Apresentação do Plano de Actividades e Orçamento para o ano de 2009; 2. Outros assuntos. Moura, 18 de Novembro de 2008 A Presidente da Assembleia Geral Prof. Maria do Céu Rato Santa Maria Gonçalves A PLANÍCIE A funcionar desde o dia 1 de Abril, o Núcleo de Atendimento às Vítimas de Violência Doméstica já acompanhou 39 processos, dos quais 36 são mulheres. Com idades que variam entre 25 e 81 anos, umas têm cursos superiores, enquanto outras pertencem a extractos sociais mais desfavorecidos, uma situação que Nuno Poiares, comissário da Polícia de Segurança Pública de Beja, uma das entidades parceiras do Núcleo, considera “…um problema que nos confirma a ideia de que este é um problema transversal…”. Sobre os agressores, o Comissário refere que são na maioria o cônjuge e, acrescenta, “…este tipo de agressão passa muito pela agressão física, mas também, e sobretudo, pela agressão psicológica…”. Combate à violência doméstica O Governo aprovou uma proposta para reforçar o combate à violência doméstica, prevendo a possibilidade de o agressor ser detido fora de flagrante delito e a utilização de meios electrónicos para controlo à distância dos arguidos. Jorge Lacão, secre- tário de Estado da Presidência, afirmou que o diploma que estabelece um novo regime jurídico aplicável à prevenção da violência doméstica foi aprovado na generalidade, sendo agora colocado em audição pública. Além disso, fez também questão de frisar que este diploma concede às vítimas uma protecção mais consistente. Para o reforço da cooperação entre a sociedade civil e os poderes públicos, o diploma pretende estabelecer uma rede nacional de apoio às vítimas de violência doméstica. Esta rede incorpora as casas de abrigo, os centros de atendimento e os centros de atendimento especializados, núcleos e grupos de ajuda mútua. Com este novo modelo, pretende-se que a rede se articule com as estruturas de atendimento às vítimas existentes no âmbito dos órgãos de polícia criminal e co-envolvendo, na medida do possível, autarquias locais, face aos ganhos de eficiência que as estruturas de proximi-dade potenciam. Subcomissão de Igualdade de Oportunidades e Família em Moura A Subcomissão de Igualdade de Oportunidades e Família esteve no Sobral da Adiça e em Moura, visitando também Reguengos de Monsaraz e Beja. Esta deslocação teve a finalidade de permitir a apreciação, in loco, da realidade aí vivida pela comunidade de portugueses ciganos e surge na sequência do vasto conjunto de audições a associações, entidades e investigadores com marcada intervenção nesta área, bem como representantes de autarquias, da segurança social, das direcções regionais de educação e do Alto Comissariado para a Imigração e o Diálogo Intercultural. Com estas visitas, a Subcomissão de Igualdade de Oportunidades e Família pretende reunir um conjunto de informações e conhecimentos, os quais consubstanciarão um relatório a apresentar proximamente em acto público, que poderá servir como elemento de trabalho para a elaboração de futuras iniciativas legislativas e políticas relativas a esta comunidade. Amareleja - Escola Básica Integrada “Livre de Tabaco” N a sequência de um projecto pioneiro a nível nacional, que envolve os serviços regionais de saúde, educação e juventude, quatro escolas básicas do 3º ciclo do Alentejo vão ficar “livres de tabaco”. O projecto abrange as escolas básicas integradas de Amareleja (Beja), Arronches (Portalegre), Malagueira (Évora) e Vasco da Gama (Sines). Intitulado “Escolas Livres de Tabaco 2008 / 2010”, o projecto mobiliza a Administração Regional de Saúde, as direcções regionais de Educação e o Instituto Português da Juventude, cujo protocolo foi assinado ontem no Governo Civil de Évora. De acordo com o Director Regional de Educação do Alentejo, José Verdasca, o objectivo desta iniciativa passa por uma sensibilização para o não consumo do tabaco, envolvendo os jovens em trabalhos e práticas que demonstrem os malefícios do tabaco, a apresentar no final do ano lectivo. Os melhores serão premiados com estadias em Pousadas da Juventude. Rastreios na Escola Secundária de Moura Os alunos do 12.º C da Escola Secundária de Moura, em parceria com os alunos da Faculdade de Medicina de Lisboa, promoveram uma iniciativa, para assinalar o Dia Mundial da Diabetes. Durante todo o dia foram realizados na Sala de Convívio da Escola Secundária, rastreios gratuitos de glicemia, Índice de Massa Corporal e Tensão Arterial, enquanto decorria, simultaneamente, uma recolha de Sangue. Este dia foi criado em 1991, pela Internacional Diabetes Federation (IDF) em parceria com a Organização Mundial da Saúde(OMS), em resposta ao aumento do interesse em torno da diabetes no Mundo. A data foi escolhida devido ao nascimento do cientista Frederick Banting que, em parceria com Charles Best, foi responsável pela descoberta da insulina, em Outubro de 1921. Dois anos mais tarde, Banting recebia o Prémio Nobel de Medicina por esta descoberta e pela aplicação da insulina no tratamento das pessoas com diabetes. Informação A PLANÍCIE 1 de Dezembro 2008 Pub. FOGO PEGA EM CHAMINÉ E DEIXA FAMILIA SEM CASA AGRADECIMENTO Não espere mais, mande limpar a sua lareira, salamandra ou recuperador de calor Joaquim Prates Quintas VENDE-SE CASA Na Rua da Romeira, com casa de entrada, corredor, casa de banho, 4 quartos, cozinha com chaminé, estilo alentejano, varanda e quintal com poço. Contacto: 967772494 - MOURA Pub. ALMOÇO DE CONFRATERNIZAÇÃO ANTIGOS ALUNOS DO EXTERNATO JÚLIO DINIS (COLÉGIO DE D. JACINTA OLIVEIRA) Os antigos alunos pretendem realizar um almoço de confraternização e homenagem à sua antiga Professora D. Jacinta, no dia 21 de Dezembro de 2008 (Domingo) no Restaurante “O Celeiro) em Moura, pelas 12:30 H. Informações e marcações pelos Tlm: 965 164 280 – 961 220 752 – 917 665 051 VENDE-SE CASA Com 3 quartos; sala c/ lareira; cozinha equipada c/ electrodomésticos; despensa; 2WC; sótão e terraço (na Salúquia). BOM PREÇO TRATA O PRÓPRIO Contactar: 964 687 757 0041218031772 Telef: 212 030 359 Telm: 914 248 097 Faleceu em 15-11-2008 Esposa, filhos, genro, nora, neto e irmãs na impossibilidade de o fazer pessoalmente, vêm por este meio agradecer a todos que acompanharam à última morada o seu ente querido ou que, por qualquer outra forma, se solidarizaram com a sua dor. Funerária Salúquia Jornal “A PLANÍCIE” online ALUGA-SE ARMAZÉM GARAGÉM Com 98 m2 em bom local de Moura. Contacto: 968 387 662 ou 914 069 251 www.radioplanicie.com AGRADECIMENTO AGRADECIMENTO AGRADECIMENTO Adélia Correia Baião Maria da Conceição Moita Eugénio Branco Cachopo Faleceu em 19-11-2008 Filha, genro, netos e irmãos vêm por este meio agradecer a todos que acompanharam à última morada o seu ente querido ou que, por qualquer outra forma, se associaram à sua dor. Funerária Salúquia Pub. FUNERÁRIA SALÚQUIA Trata de Funerais e Trasladações Faleceu em 20-11-2008 Faleceu em 22-11-2008 . Filha, genro, netos e bisnetos agradecem muito reconhecidamente, a todos que lhes testemunharam o seu pesar pela perda do seu ente querido. Funerária Salúquia AGRADECIMENTO Esposa, filhos, noras, genros e netos vêm por este meio agradecer a todos que os acompanharam em momento tão doloroso de suas vidas. Funerária Salúquia AGRADECIMENTO Maria do Carmo dos Santos Pica Campaniço Mariana Ribeiro Caldeira Flores Artificiais Artigos religiosos Faleceu em 11-11-2008 De: Joaquim Molho & Filhos, Lda. CONTACTOS: Telems. 932 264 188 - 932 083 391 - 968 489 102 Zona Industrial - Lote 16 7860 MOURA Esposo, filhos, pais, irmão, nora e restante família vêm, desta forma, agradecer a todos os que os acompanharam em momento tão doloroso ou que de qualquer outra forma manifestaram o seu pesar, pela perda do seu ente querido. Agradece ainda, o esposo, de forma particular, ao Conselho Executivo da Escola Secundária de Moura, à encarregada do pessoal não docente, pessoal docente e não docente e ainda ao Dr. Vasco Barreto e ao Dr. Mário Caldeira, a forma humana, compreensiva, carinhosa e tolerante que demonstraram em relação à situação em apreço. Pub. Os netos, bisnetos, sobrinhos e demais família agradecem a todos aqueles que, com a sua presença no funeral ou por qualquer outra forma lhes manifestaram o seu pesar pelo falecimento da sua querida familiar. Funerária Mourense Funerária Salúquia Pub. 28/12/1906 – 04/11/2008 Pub. » « Agora ao seu dispôr na Travessa dos Fiéis, N.º 4 R/chão. De Sábado a Quarta-feira, das 9h00 às 20h00. 7860-193 Moura Notícias - Informação 1 de Dezembro 2008 A PLANÍCIE Desporto Iª Divisão Distrital Iª Divisão Distrital Classificação 7ª Jornada Aldenovense, 2 – Despertar, 1 Serpa, 1 – Piense, 2 Vasco da Gama, 0 – Moura, 1 Almodôvar, 0 – São Marcos, 2 D. Beja, 2 – Cabeça Gorda, 0 Barrancos, 1 – Ferreirense, 0 Milfontes, 2 – Odemirense, 1 Distrital de Juniores 5ª Jornada Almodôvar, 6 – Aljustrelense, 0 Bº Conceição, 0 – Santo Aleixo, 2 Piense, 0 – Despertar, 3 Serpa, 4 – Aldenovense, 0 Castrense, 3 – Odemirense, 1 D. Beja, 3 – Moura, 1 Santo Aleixo é 2º com 12 pontos Moura é 12º e ainda não pontuou Campeonato Inatel Série A Sobral da Adiça é 9º com 3 pontos Selecção Nacional sub-17 joga em Moura Serie F Taça Distrital 9ª Jornada Juv. Évora, 0 – Despertar, 5 Imortal, 1 – Lus. Évora, 0 Louletano, 1 – V. Setúbal, 2 Aljustrelense, 0 – Olhanense, 5 Moura, 3 – Lagoa, 1 U. Montemor, 1 – Int. Almancil, 1 3ª Jornada Milfontes, 4 – Alvito, 1 Alvito, 1 – Serpa, 7 Aljustrelense, 4 – Guadiana, 1 D. Beja, 0 – Moura, 1 10ª Jornada Despertar, 5 Aljustrelense, 1 Juv. Évora, 1 – Lus. Évora, 3 V. Setúbal, 2 – U.Montemor, 0 Olhanense, 2 – Louletano, 0 Lagoa, 0 – Imortal, 10 Int. Almancil, o – Moura, 0 Moura é 1º com 9 pontos Moura é 5º com 17 pontos Distrital de Juvenis 3ª Jornada A do Pinto, 1 – Louredense, 3 Trindade, 6 – Mombeja, 0 Faro do Alentejo, 1 – São Matias, 0 Trigaches, 3 – Santa Vitória, 1 Quintos, 0 – Sobral da Adiça, 1 Resultados Nacional de Iniciados 1ª Eliminatória São Domingos, 0 – Sta Clara a Nova, 2 Vasco da Gama, 3 – Salvadense, 5 (pen) Milfontes, 2 – Almodôvar, 0 Despertar, 3 – Bº Conceição, 0 Messejanense, 1 – Ferreirense, 0 (a.p.) Cabeça Gorda, 4 – Sanluizense, 2 (a.p.) Renascente, 0 – Moura, 5 Aldenovense, 5 – Negrilhos, 1 D. Beja, 2 – Serpa, 0 Guadiana, 3 – Odemirense, 2 (a.p.) Panóias, 0 – São Marcos, 2 Alvorada, 2 – Rosairense, 4 Alvito, 0 – Barrancos, 2 Piense, 1 – Ourique, 0 Waypoint Trail Challenge em Moura Moura Volei Clube Inicia temporada T A s selecções nacionais sub-17 de Portugal e Dinamarca defrontam-se em Moura, no dia 2 de Dezembro, num jogo particular. A formação dinamarquesa chegou a Beja no dia 30 de Novembro, ficando instalada, tal como a formação portuguesa, no BejaParque Hotel. No dia 1 de Dezembro, a Dinamarca faz o seu primeiro treino no Complexo Desportivo Fernando Mamede. No dia 2 disputa-se o jogo em Moura e no dia 4 realiza-se a segunda e última partida entre as duas formações, no relvado Fernando Mamede, em Beja. Jornal “A Planície” Nº 667 de 1/12/2008 CÂMARA MUNICIPAL DE MOURA O s Juvenis do Moura Volei Clube iniciaram a temporada 2008/2009, jogando contra o Benfica, no pavilhão nº2 da Luz. Em declarações à Planície, Rui Pinto, vice-presidente do Clube, revelou os objectivos para esta nova época “…apontamos como grandes objectivos a manutenção do trabalho que temos realizado ao longo dos últimos anos…”. Quanto a metas estabelecidas para os diferentes escalões do clube é intenção “…levar as equipas de iniciados e juvenis a umas fases mais adiantadas do campeonato. Nos seniores o objectivo é a manutenção…”. Continuar o trabalho que tem sido desenvolvido até aqui, proporcionando a prática desportiva do voleibol na cidade de Moura, é o principal anseio do Moura Volei Clube, assegura Rui Pinto. eve lugar em Moura a 5ª a última etapa do Waypoint Trail Challenge, Troféu de Navegação para motos rail. A prova teve início no Castelo de Moura e pretendeu dar a conhecer também os vencedores do 1º troféu do Waypoint Trail Challenge. Esta última prova foi realizada em colaboração com o Moto Clube de Moura e acontece num tipo de paisagem muito diferente das anteriores, com caminhos excelentes para que os participantes desfrutassem ao máximo das suas trails, levando-os a conhecer melhor a cultura e história da região. A prova contou com dois participantes muito especiais, Pedro Bianchi Prata e João Rolo que aproveitaram andar com as suas motos do Dakar. Jornal “A Planície” Nº 667 de 1/12/2008 AVISO Versão Final da Proposta do Plano de Pormenor da Unidade de Planeamento (UP2) da cidade de Moura JOSÉ MARIA PRAZERES PÓS DE MINA, Presidente da Câmara Municipal de Moura: Torna público que, a Assembleia Municipal de Moura, deliberou em 26 de Setembro de 2008, aprovar a proposta do Plano de Pormenor para a Unidade de Planeamento 2 (UP 2) da cidade de Moura. A elaboração do Plano de Pormenor decorreu nos termos do Decreto – Lei nº 380/99 de 22 de Setembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto – Lei nº 316/2007, de 19 de Setembro. O Plano de Pormenor para a UP 2 desenvolve e concretiza uma proposta de organização do espaço para uma área de expansão urbana da cidade de Moura, prevendo um conjunto de usos e de parâmetros urbanísticos que permitam operacionalizar as unidades de execução, não se reflectindo na necessidade de realizar relatório ambiental. Assim, nos termos e para efeitos do disposto na alínea d) do nº 4 do artigo 148º do Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial, remete-se para publicação na II série do Diário da República o Plano de Pormenor da UP2 de Moura, constituído pelo regulamento, planta de implantação e planta de condicionantes. Para constar e devidos efeitos se publica o presente Aviso e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares públicos do costume, nos jornais, site da Câmara e Boletim Municipal. Paços do Município de Moura, 14 de Novembro de 2008 O Presidente da Câmara Municipal José Maria Prazeres Pós de MIna CRÉDITO AGRÍCOLA - GUADIANA INTERIOR CONVOCATÓRIA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA Nos termos da Lei e ao abrigo do disposto no nº2 do Artº 22º, dos Estatutos, convoco todos os associados da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Guadiana Interior, C.R.L., a reunirem-se em Assembleia Geral, no próximo dia 18 de DEZEMBRO DE 2008, PELAS 17.00 HORAS, na Sede Social da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Guadiana Interior, à Rua das Terçarias, em Moura, com a seguinte: ORDEM DE TRABALHOS - Apresentação, discussão e votação do Plano de Actividades e Orçamento para o ano de 2009, bem como do respectivo Parecer do Conselho Fiscal; - Discussão de outros assuntos que sejam do interesse da CCAM. - O Plano de Actividades e Orçamento e Parecer do Conselho Fiscal referentes ao ano de 2009, estarão à disposição dos associados na sede da Caixa Agrícola, às horas normais de expediente, durante os quinze dias que antecedem a Assembleia Geral. Nota: Se à hora marcada não estiverem presentes o número suficiente de associados, a Assembleia reunirá, com qualquer número, uma hora depois, conforme estipulado no nº2 do Art.º 25º dos Estatutos. Moura, 24 de Novembro de 2008 O Presidente da Mesa da Assembleia Geral (Dr. Carlos Monteiro Vaz) Notícias - Curiosidades A PLANÍCIE 1 de Dezembro 2008 Freguesia de Santo Agostinho Nota Quinzenal “Prémio Mourense do Ano” A figura da quinzena P ara os que pensam, que esta secção serve apenas para criticar e apontar defeitos sentir-se-ão defraudados. É que desta vez estamos aqui para aplaudir. Na quinzena passada, a Moura Salúquia – Associação de Mulheres do Concelho de Moura – inaugurava em Amareleja, uma creche “O BemMe-Quer”. Com a capacidade para 56 crianças, fica assim colmatada uma lacuna que vinha há muito a sentir-se naquela vila, assumindo um papel de relevo, na medida em que para lá do apoio às famílias, o que já por si constitui uma nota de peso, ainda por cima garantirá 19 postos de trabalho. Ana Benedita Ramos, à frente da Associação de Mulheres do Concelho de Moura, tem sem dúvidas nenhumas, vindo a desenvolver um trabalho a todos os títulos meritório. Só por si, a criação da Moura Salúquia – Associação de Mulheres do Concelho de Moura – reflecte um trabalho de dimensões relevantes, que não se repercute, não se exibe ostensivamente, mas que se pratica na sombra a acolher e encaminhar vítimas da violência doméstica, que ali acorrem, desprotegidas e desamparadas. Dramas, tragédias, não de telenovelas, mas estas, sim, bem reais. Mas a Benedita vai ainda mais longe. A “sua” Associação de Mulheres, pela qual ela se bate, acaba de fundar uma creche em Amareleja e anuncia uma outra desta vez, na cidade de Moura. Evidentemente que não podemos esquecer o papel fundamental desempenhado pela autarquia e por outras instituições estatais, porém se à frente, não houvesse uma lutadora disposta a impor os seus ideais, tudo seria em vão. Discretamente, sem jactâncias, com humildade, mas também com muita persistência, coragem e tenacidade e, sobretudo, muito amor, só assim as obras nascem. E elas estão aí, impõem-se e falam por si. Por isso, sem desprimor para ninguém, elegemos Ana Benedita a figura da quinzena. A Freguesia de Santo Agostinho deliberou atribuir o “Prémio Mourense do Ano” ExAequo, a Francisco Canudo Godinho e a António José Pé Curto Ramos, este último já falecido, o que deixa perceber as dificuldades sentidas pelo júri, ante as duas propostas apresentadas. Na verdade, estamos perante dois mourenses que se destacaram, embora de formas diversas, na sua entrega ao serviço da comunidade, honrando a terra que lhes serviu de berço. Falando dos dois homenageados, lembramos que Francisco Canudo Godinho exerceu durante 42 anos a profissão de Enfermeiro em Moura, sempre ao dispor de quem quer que fosse, a qualquer hora do dia ou noite, demonstrando as suas qualidades humanas. Além disso, foi um dos fundadores da Associação dos Bombeiros Voluntários, onde sem receber qualquer honorário desempenhou as funções de Histórias em 100 Palavras Momentos de Glória O artista, há bastante tempo que estava apaixonado pela Julieta, antiga colega de curso, que não seguiu carreira, simplesmente porque preferiu o mundo da Moda, onde mostrava a sua deslumbrante beleza. Nessa noite seguiu-a como de costume até à sua casa e, nunca esperando que ela lhe desse importância, o milagre aconteceu: Julieta puxou-o para si e beijou-o com sofreguedora sensualidade… Não podia acreditar, correu eufórico a caminho da janela do sétimo andar e, atirou-se no espaço como um Arcanjo flamejante. Lá em baixo, no fundo da rua, um jorro de sangue correu lentamente no sentido da sarjeta. Ilustração e texto de António Galvão enfermeiro, condutor e mecânico. Assinale-se a sua passagem pelo antigo Dispensário – Assistência Nacional aos Tuberculosos e Segurança Social na Casa do Povo, onde sempre se distinguiu pelas suas qualidades morais. António José Pé-Curto Ramos, de sorriso jovial e cativante, tornou-se uma das personalidades mais respeitadas e queridas da cidade de Moura. Funcionário das Finanças, viria a ser como presidente da Freguesia de Santo Agostinho, que a sua faceta humanista mais se viria a realçar, pelo amor dedicado à sua terra e pela forma como soube conquistar amigos de todos os quadrantes políticos. Infelizmente, já não está entre nós, pelo que o prémio será entregue a título póstumo. Os Galardões serão entregues no próximo dia 12 de Dezembro, numa cerimónia a realizar no Restaurante “O Celeiro” durante Jantar de Natal da Freguesia de Santo Agostinho.