2007 Informativo Educacional de Missões Internacionais

Transcrição

2007 Informativo Educacional de Missões Internacionais
Informativo Educacional de Missões Internacionais
Volume XXI: 2007
Missões Nazarenas Internacionais
Igreja do Nazareno
6401 The Paseo
Kansas City, MO 64131
Estados Unidos da América
Daniel Ketchum
Director Geral de Missões Nazarenas Internacionais
Lorie Beckum
Editora
Melinda Wolf Miller
Editora Assistente
Créditos de Leitura de Livros
Cada grupo na igreja que use regularmente o Informativo Educacional de Missões Internacionais
receberá 25 créditos de leitura em cada ano. Um grupo pode ser uma reunião, uma classe da Escola
Dominical, uma reunião de toda a igreja, uma reunião fora da igreja, um grupo de jovens, ou um grupo
de crianças.
As Escrituras citadas nas lições, a não ser quando indicado de outra forma, são de A Bíblia Sagrada, traduzida
em Português por João Ferreira de Almeida, Edição Revista e Corrigida Internacional, Sociedades Bíblicas
Unidas e Africa Nazarene Publications, Republic of South Africa, 2000. São reservados todos os direitos de
autor.
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As traduções do Jornal IEMI estão agora disponíveis online, para
impressão ou download, gratuitamente em:
www.nazarenemissions.org/imej
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ÍNDICE
CURRÍCULO PARA JOVENS E ADULTOS
SUGESTÕES PARA AS LIÇÕES DE JOVENS ................................................................................... 4
SUGESTÕES PARA PERGUNTAS DE DISCUSSÃO ........................................................................ 5
Missões Fora do Comum
Lição 1: A Família da Igreja Apoia os Missionários ............................................................. 6
Lição 2: A Herança da Família Hetrick ................................................................................. 9
Lição 3: Crianças e Jovens – A Futura Família Missionária ............................................... 15
Lição 4: Os Zurchers e Fosnaughs – Uma Família Missionária Especial ........................... 19
Lição 5: Os Filhos de Missionários Também São Família Missionária! ............................. 24
Lição 6: Os Manns – Uma Família Virada Para Missões .................................................... 28
Lição 7: A Família Missionária Rich ................................................................................... 34
Lição 8: A Família – Apoiantes Vitais de Missões ............................................................. 38
Lição 9: A Família McCroskey – Chamada Para Missões .................................................. 42
Lição 10: Os Missionários São Família Uns dos Outros ....................................................... 47
Lição 11: A Família Fernandez – Dois Irmãos da Argentina ................................................ 53
Lição 12: A Família Ketchum – Líderes Orientados Por Deus ............................................. 56
CURRÍCULO PARA CRIANÇAS
Região de África
Lição 1: África ..................................................................................................................... 64
Lição 2: Cabo Verde ............................................................................................................ 66
Lição 3: Swazilândia ............................................................................................................ 70
Lição
Lição
Lição
4: Zâmbia ................................................................................................................... 73
5: Quénia .................................................................................................................... 76
6: Etiópia .................................................................................................................... 79
Lição
Lição
Lição
7: Uganda ................................................................................................................... 81
8: Costa do Marfim .................................................................................................... 84
9: Benim .................................................................................................................... 86
Lição 10: África do Sul .......................................................................................................... 89
Lição 11: Moçambique .......................................................................................................... 91
Lição 12: Madagascar ............................................................................................................ 94
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SUGESTÕES PARA AS LIÇÕES DE JOVENS
Se a sua igreja tem lições de missões para jovens separadas dos adultos, use o material das lições para
adultos. Seja criativo em adaptar o material destas lições de forma a satisfazer as necessidades dos
jovens. Lembre-se, a educação missionária é uma maneira importante de ajudar a treinar os nossos
jovens.
AQUI ESTÃO ALGUMAS IDEIAS PARA O PLANEAMENTO DAS
LIÇÕES DE MISSÕES PARA JOVENS:
•
Tente envolver o maior número possível de jovens. Quantos mais pedir para participar, mais
participação e interesse irá criar. Se possível, envolva todos os jovens.
•
Distribua os papéis a serem aprendidos com uma semana ou mais de antecedência. Encoraje os
participantes a prepararem-se bem e a fazerem o melhor para Deus. Papéis memorizados são
mais efectivos do que lidos em voz alta. No entanto, é melhor pedir aos jovens que os leiam do
que não participarem de nenhuma forma.
•
Peça àqueles que possuem talentos musicais para prepararem números especiais, tocando e
dirigindo a música. Ajude-os a encontrar e a aprender canções apropriadas.
•
Peça aos jovens para fazerem, ou ajudarem a fazer, artigos especiais necessários para as lições.
Estes podem ser compartilhados com os adultos, ou também usados para reuniões de jovens.
•
Peça a alguns jovens que ajudem a promover as reuniões de missões, fazendo cartazes ou
criando outros tipos de propaganda.
•
Peça a um ou dois jovens, em cada mês, que prepare a apresentação de um missionário. Eles
devem usar adornos e roupas apropriadas, se possível. Os jovens também podem ministrar a
apresentação de um missionário para adultos e crianças. As histórias do missionário podem ser
contadas como se o próprio estivesse a falar.
•
Faça revisões regulares do conteúdo das lições. Por exemplo, lembre os jovens todos os meses
do missionário, ou tópico, estudado na lição anterior. Se isso for feito todos os meses, será mais
fácil para eles se lembrarem do que foi estudado. No final do ano dê um questionário sobre
todos os missionários e tópicos. Faça uma competição entre duas equipas.
•
Dê aos jovens os pedidos de oração com antecedência. Isto ajuda-os a pensar sobre o que dizer.
Para jovens que não se sintam confiantes a orar em voz alta, encoraje-os a escrever e a ler as
suas orações.
Lembre-se que muitos missionários sentiram a sua chamada pela primeira vez,
quando eram crianças ou jovens.
Deixe que o Espírito Santo use estas lições para trabalhar nos corações dos seus jovens.
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PERGUNTAS DE DISCUSSÃO SUGERIDAS PARA CADA LIÇÃO
Estas perguntas podem ser usadas como parte das lições de adultos. Adapte-as aos jovens, se achar
necessário.
Lição 1: Que planos se podem fazer para dar as boas-vindas ao missionário de regresso a casa? Para
além das necessidades físicas, de segurança e de ministério, que outras necessidades se devem
mencionar quando oramos pelos nossos missionários?
Lição 2: O testemunho da fidelidade e ministério de John e Sandra face a uma perda tremenda é
inspirador. Alguém quer compartilhar como o exemplo deles o inspirou? As crianças estão a observar
as nossas vidas. Como podemos ser modelos de fidelidade e sacrifício relacionados com a causa do
evangelismo do mundo?
Lição 3: O que podemos fazer para criar um ambiente no qual as crianças possam ouvir e seguir a
chamada de Deus? Faça uma lista dos modos como podemos assegurar às crianças que levamos muito
a sério a possibilidade da chamada delas para as missões. Como podemos alimentar a sua chamada?
Quem é o Coordenador de Chamada Missionária na sua igreja?
Lição 4: Conhece alguns pais de missionários que vivam agora longe dos filhos? Como pode você
mostrar interesse por eles e pelas suas famílias? De que forma responderia se Deus chamasse um dos
seus filhos ou netos para ser missionário?
Lição 5: De que forma acha que a sua vida seria diferente se tivesse sido criado numa outra cultura?
Fale sobre como o seu grupo na igreja poderia ajudar a “preencher a lacuna” entre as vantagens e
desvantagens da vida de um filho de missionário que você conheça.
Lição 6: Qual é o valor das parcerias missionárias? De que forma pode a sua igreja local envolver-se
numa parceria missionária? Diga nomes de missionários que poderíamos contactar para uma parceria?
Lição 7: Quais são as acções dos pais que podem influenciar as decisões espirituais dos filhos? Acha
que alguns pais têm medo que os seus filhos possam ser chamados como missionários ou para o
serviço cristão? Porquê e por que não?
Lição 8: Se os seus parentes fossem missionários, que tradições da família eles iriam sentir falta? O
que poderia a sua família fazer para apoiar os seus membros missionários? O que poderia fazer a nossa
igreja durante este mês?
Lição 9: Que sacrifícios fazem os missionários quando respondem à chamada de Deus para o serviço
missionário? Será o compromisso do missionário com a chamada de Deus diferente do nosso? Porquê
e por que não?
Lição 10: Faça de conta que você é um missionário e que um novo missionário solteiro é enviado para
a sua área. O que acha que essa pessoa iria esperar de si? O que iria fazer para ajudar essa pessoa a
adaptar-se à sua nova tarefa?
Lição 11: Por que é importante dar poder aos nacionais em outras áreas do mundo? Fale sobre a forma
como as “gerações” fiéis influenciam a nossa caminhada com Deus.
Lição 12: Por que é importante que os missionários sejam líderes-servos? De que forma podem os
membros da nossa igreja ser líderes-servos?
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LIÇÃO 1: A FAMÍLIA DA IGREJA APOIA OS
MISSIONÁRIOS
Rosanne Bolerjack
OBJECTIVO
Aprender como as Igrejas do Nazareno locais podem, a partir das suas próprias congregações, dar
apoio físico, emocional, financeiro e de oração aos missionários.
INFORMAÇÃO DA LIÇÃO
Introdução
A Palavra de Deus ensina-nos que as congregações locais devem dar ajuda prática aos
missionários. O Novo Testamento manda-nos oferecer orações, apoio financeiro e força emocional aos
missionários. O apóstolo Paulo, um missionário do Novo Testamento, pediu à sua família cristã na
cidade de Roma para o ajudar. “E rogo-vos, irmãos, por nosso Senhor Jesus Cristo, e pelo amor do
Espírito, que combatais comigo nas vossas orações, por mim, a Deus.” (Romanos 15:30, Almeida)
Paulo falou sobre o seu relacionamento de “parceria” e agradeceu-lhes. “Fizestes bem em tomar parte
na minha aflição. ... Porque, também, uma e outra vez me mandastes o necessário. ... Bastante tenho
recebido ... o que da vossa parte me foi enviado.” (Filipenses 4:14, 16, 18, Almeida)
As congregações locais da Igreja do Nazareno têm a oportunidade de dar esperança e ajuda aos
missionários das suas cidades que respondem à chamada de Deus de “ir por todo o mundo”. O
programa E.L.O.S. de MNI (Envolvimento, Lembrança, Oração, Suporte) também oferece uma
oportunidade excelente para as congregações “adoptarem” missionários na família da sua igreja. As
igrejas fazem parcerias com os missionários. Elas encorajam e ajudam a família missionária. Desta forma,
elas ajudam a espalhar as Boas Novas de Jesus até aos confins da terra.
Existem actualmente (2006) 1,4 milhões de membros da Igreja do Nazareno. As igrejas locais
são 13.672. Temos 801 missionários nazarenos, incluindo os Corpos Missionários (antigos Nazarenos
Em Serviço Voluntário) e os fazedores de tendas, em 150 área mundiais que ouvem o Evangelho
através dos ministérios da Igreja do Nazareno.
A Bíblia diz ...
Cinco passagens bíblicas ensinam sobre a importância de ajudar as pessoas no ministério:
• Filipenses 1:4b-5, Almeida: “[Faço] sempre oração por vós, em todas as minhas súplicas,
pela vossa cooperação no evangelho, desde o primeiro dia até agora.”
• Actos 13:2b-3, Almeida: “Disse o Espírito Santo: ‘Apartai-me Barnabé e Saulo para a obra
a que os tenho chamado.’ Então, jejuando e orando, e pondo sobre eles as mãos, os
despediram.”
• Actos 18:27a, Almeida: “Querendo ele passar à Acaia o animaram os irmãos, e escreveram
aos discípulos que o recebessem.”
• Mateus 7:12, Almeida: “Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazeilho também vós porque esta é a lei e os profetas.”
• Filémon 1:7a, Almeida: “Tive grande gozo e consolação do teu amor.”
Miss Rose Handloser – Missionária Amadurecida, Aposentada
Os amigos na pequena igreja de Delaware cuidaram de Rose quando ela esteve no hospital.
Encorajaram-na e oraram por ela. No final da sua estadia hospitalar, Rose anunciou: “Eu sou
nazarena!”
A tia Janey influenciou Rose para que ela fosse para o Colégio Nazareno Oriental, onde tinha
aceite a Cristo. Depois da graduação, Rose leccionou numa escola até que Deus a chamou para
missões. Rose esperou quatro anos pela sua primeira tarefa missionária, e depois foi para o Transvaal,
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em África. Deus usou uma pequena congregação nazarena para mudar a vida de uma jovem e as de
vários homens, mulheres e crianças com quem ela trabalhou em África.
Na viagem de avião para África, em 1962, Rose abriu e leu os cartões que a sua família da Igreja
do Nazareno lhe tinha dado. Recordou o culto de despedida e as ofertas em dinheiro, as cartas de
encorajamento, os postais de aniversário e as orações. Estas coisas tinham tanto valor para ela no
tempo em que escrevia e traduzia o currículo de literatura de santidade para 13 línguas diferentes.
Durante a primeira viagem de divulgação missionária, a igreja tinha uma festa de boas-vindas
preparada para ela. As jovens da igreja levaram-na a jantar fora e compráram-lhe um vestido novo.
Mais tarde, noutra viagem de divulgação missionária, Rose ficou cheia de alegria quando um leigo
nazareno fez o depósito inicial para a compra de um carro novo para ela.
Em 1988, Rose ficou encantada quando nazarenos de Delaware foram visitá-la a Joanesburgo,
na África do Sul. Durante duas semanas, eles foram com ela nas suas tarefas ministeriais e
participaram em actividades de adoração e educação. Quando Rose voltou para casa, para uma curta
viagem de divulgação missionária, dois anos antes da sua aposentação em 1991, o mesmo casal
nazareno levou-a a jantar fora e fizeram o seguinte anúncio: Eles iriam pagar e construir uma casa para
ela viver os seus anos de aposentação!
Quando chegou o dia da mudança, houve voluntários nazarenos que rechearam a casa com
novas máquinas, mobília, utensílios de cozinha e quadros para as paredes. Ofertas em artigos de
mercearia encheram os armários. Os membros da igreja local construíram uma rampa desde a entrada
até à porta lateral. Rose e a sua cadeira de rodas podiam entrar!
Um dos membros da igreja, Ellen Bradley, cuidou de Rose durante dois meses, depois da doença
e das operações. A junta da igreja continua a pagar a Rose o mês de salário quer ela esteja capaz ou
não de fazer as suas 18 horas de trabalho semanais no escritório da igreja. Os amigos da igreja faziam
de tudo para visitar e ajudar a senhora. Normalmente são recompensados com uma fatia das suas
famosas tartes.
A última adição na sua vida foi uma carrinha com elevador hidráulico que uma família nazarena
da igreja local a ajudou a comprar. Esta é uma verdadeira história de amor: uma Igreja do Nazareno
em Delaware cuida e mostra o seu amor por Jesus e pela senhora.
David e Denise – Novos Missionários
David e Denise (nomes fictícios) deixaram a Costa Leste dos Estados Unidos num dia de
inverno. Deus tinha colocado um sonho no seu coração de iniciarem a sua viagem missionária. Os
amigos tinham caminhado com eles nesta jornada de vida. Tinham-nos rodeado num altar de
compromisso, numa das reuniões do Distrito. Os membros da sua igreja local oraram, choraram e
encorajaram-nos a um serviço de dedicação à vontade de Deus. Os membros da igreja local e os
conselhos distritais de MNI e da JNI ofereceram a ida ao Congresso Nazareno de Jovens a um dos
seus filhos. O dinheiro foi obtido através de um leilão. O produto do leilão providenciou um camião,
atrelado e trabalhadores para carregarem e transportarem os seus haveres através do país – sem custos
adicionais. A família do seu pastor ofereceu espaço lá em casa para armazenar tudo o que eles não
puderam levar consigo.
A filha mais velha, quase noiva, fez planos para se matricular num colégio e trabalhar nos
Estados Unidos, enquanto os pais e irmãos íam para o Médio Oriente. Uma família da igreja convidoua para viver com eles até ao casamento no Verão. Os amigos da igreja ajudaram-nos a empacotar as
coisas, a escolher e a limpar tudo para poderem deixar a casa.
Muitos actos de bondade e atenção continuaram depois do casamento da filha e da chegada
deles ao Médio Oriente. “Acção de Graças Numa Caixa” chegou da sua Igreja E.L.O.S. pelo correio,
juntamente com cassetes vídeo de musicais de Natal e Páscoa, com os solos da filha. E-mails, cartas,
postais e prendas de aniversário continuaram a abençoar esta família missionária numa área ce acesso
criativo e seus amigos nazarenos que vivem nos Estados Unidos.
DeLyna Herren – Missionária de Carreira
DeLyna Herren está agora no seu quarto termo como missionária. Ela obteve o diploma em
Matemática através Universidade Nazarena Sulista. Isto ajuda-a nas suas responsabilidades como
Tesoureira da Região de África e da Área da África Ocidental. As orações, investimentos financeiros e
apoio emocional da Igreja do Nazareno em Gallup, no Novo México, encorajaram-na nas suas
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aventuras missionárias. Antes de partir para África, em 1997, a igreja local organizou uma festa e
ofereceu-lhe uma toalha, individuais, utensílios de cozinha, talheres e pratos para ela levar consigo. A
congregação orou regularmente por ela nos cultos de adoração, classes de Escola Dominical e grupos
de estudo bíblico. Enviaram-lhe postais, cartas e bilhetes de encorajamento. Os seus e-mails e pedidos
de oração eram sempre impressos e afixados no quadro de anúncios de MNI.
A família da sua igreja local fez-lhe muitas coisas boas. Uma mãe e filha deram a DeLyna um
catálogo de roupa. As instruções foram: “Escolhe o que quiseres. Nós queremos oferecer-te uns
vestidos.” Aqueles vestidos de Verão foram uma ajuda especial e necessária para a nova tarefa de
DeLyna na Costa do Marfim, onde as estações são “quente, mais quente e a escaldar”. Num ano, os
nazarenos de Gallup pediram a DeLyna para ser a oradora no seu fim de semana de Promessa de Fé.
Ela foi surpreendida com uma festa de aniversário. Quando a avó de DeLyna veio viver com a família,
o quarto de hóspedes da casa pastoral tornou-se no lar de DeLyna durante os meses que ela viveu em
Gallup na viagem de divulgação missionária.
DeLyna está segura de que a oração intercessória de indivíduos e as orações pastorais durante os
cultos de adoração a trouxeram de volta sã e salva, quando os missionários foram evacuados da Costa
do Marfim, devido à agitação política em 2004. DeLyna é actualmente missionária no Senegal, na
África Ocidental.
IDEIA PARA APRESENTAÇÃO: “PÉS SUAVES”
Prepare e Apresente
Opção 1: “Pés Suaves”
Baseado em Isaías 52:7, construa a lição ao redor do tema sobre “sapatos”. “Quão suaves são,
sobre os montes, os pés do que anuncia as boas novas, que faz ouvir a paz, que anuncia o bem, que faz
ouvir a salvação, que diz a Sião: O teu Deus reina!” (Almeida)
Ideia 1 de Sapato. Cole fotos gigantes de pés/sapatos em cartazes individuais. As fotos devem
mostrar sapatos/pés que participam em várias actividades representativas do trabalho destas três
famílias missionárias: andar, correr, descansar sob uma secretária, sentada à mesa, esperando numa
paragem de autocarro, de pé numa multidão de crianças, atrás de um pódio ou púlpito, etc. Os cartazes
podem ser recortados em vários tamanhos de sapatos/pés. Disponha as fotos apropriadas em cavaletes
à medida que são contadas as histórias dos missionários. Pode ser feita uma exposição semelhante em
PowerPoint.
Ideia 2 de Sapato. Os parágrafos das histórias das três famílias missionárias e as citações
bíblicas podem ser atadas a sapatos de sair, sandálias, botas de trabalho, chinelos ou outro tipo de
sapatos e exibidos numa prateleira, numa árvore de sapatos, sobre um organizador de sapatos de porta,
ou sobre uma mesa. Seria especialmente significativo escolher sapatos que representem as tarefas
ministeriais ou os climas onde vivem as três famílias missionárias. Pode distribuir as leituras bíblicas
uma semana antes do culto missionário ou dar a oportunidade a voluntários de lerem os versículos
bíblicos em voz alta diante do grupo.
Variação: Pode ser exibido um sapato de cada par; o sapato correspondente seria distribuído a
quem vai ler a introdução, as leituras bíblicas, ou as informações sobre os missionários. À medida que
cada facto é lido, o sapato correspondente iria fazer o par na prateleira, organizador ou mesa da frente.
Haveria uma faixa sobre os sapatos, dizendo: “Suaves Pés ao Redor do Mundo” ou “Pés Que
Anunciam o Evangelho da Paz”. Ore por cada uma das três famílias missionárias depois de todas as
declarações terem sido lidas.
Na introdução da lição, leia Isaías 52:7. Depois diga: “Hoje vamos ouvir como algumas
congregações nazarenas fizeram contribuições significativas nas vidas de missionários a partir das
suas igrejas locais.”
A introdução ou leituras bíblicas podem ser atadas a caixas de sapatos ou às tampas espalhadas
sobre uma mesa ou um banco colocado lá na frente. Pessoas voluntárias podem ler cada uma das
declarações. As leituras podem ser mais eficazes se forem feitas incorporadas entre as outras partes da
lição (ex.: entre os cânticos, depois do devocional, antes do ofertório, etc.).
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Levante a oferta num par de sapatos novos e em caixas de sapatos.
Opção 2: “Lição em Caixas dos Correios”
Baseado no exemplo de ajuda dado ao Apóstolo Paulo pelos seus amigos de Filipos, esta lição
está construída sobre o tema correios/postais. “Porque, também, uma e outra vez me mandastes o
necessário” (Filipenses 4:16, Almeida).
Explique que enviar mensagens, presentes especiais e recordar as ocasiões importantes são
expressões de apoio e encorajamento para os missionários oriundos da nossa igreja local.
Disponha um monitor de computador e várias caixas dos correios, envelopes de vários tamanhos
e postais para várias ocasiões sobre uma mesa à vista de todos. Peça a voluntários que mostrem um
objecto retirado de cada contentor representando uma comunicação ou presentes recebidos por um dos
missionários da lição (veja os exemplos em baixo). Antes da reunião, imprima uma frase ou pequeno
parágrafo da lição sobre os vários itens em cada caixa. Peça ao líder ou ao voluntário para ler em voz
alta a frase ou pequeno parágrafo.
Rose Handloser: Postal de Páscoa; cupão de oferta de um jantar num restaurante; vestido novo;
mala, cheque; tijolos para a rampa.
Família missionária no Médio Oriente: Caixa com livros escolares; cheque/carta de bolsa de
estudos; artigos para o Dia de Acção de Graças; cassete vídeo de Natal/Acção de Graças; e-mails.
DeLyna Herren: Caixa com individuais; guardanapos; artigos de cozinha; boletim de Domingo/
programa do Culto de Louvor; postal de encorajamento; catálogo de roupas; dois vestidos.
Nota: As crianças e os adolescentes apreciam ser eles a retirar os objectos de cada caixa.
Variação: Coloque os objectos debaixo das cadeiras da sala utilizada para a lição. À medida que
as pessoas retiram os artigos, lêem a informação. O apresentador da lição adiciona informação
suplementar à medida que for sendo necessária para preencher a história sobre cada um dos
missionários.
CHAMADA À ACÇÃO
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Adquira, escolha e empacote presentes de surpresa para os missionários oriundos da sua igreja
local ou do programa E.L.O.S., a fim de celebrar um feriado.
Envie flores como presente para os pais ou filhos universitários/adultos dos seus missionários.
Peça ao seu pastor para incluir a sua família E.L.O.S. nos tempos especiais de oração.
Quando um missionário regressa a casa temporariamente, ofereça-lhe um cesto cheio de cartões,
cheques-oferta, certificados e cupões que possam ser descontados em lojas, restaurantes,
cabeleireiros, bombas de gasolina, supermercados, livrarias, boutiques, etc.
Organize uma festa de boas-vindas para os missionários que regressam a casa temporariamente.
Providencie umas férias de fim-de-semana para um missionário, um casal, ou família de
regresso temporário a casa.
Providencie um carro e/ou casa para um missionário de regresso temporário a casa.
LIÇÃO 2: A HERANÇA DA FAMÍLIA HETRICK
Ellen Decker
OBJECTIVO
Ver como uma família missionária serviu de modelo para o evangelismo mundial na sua terra natal e
aprender sobre a sua jornada de fé que causou impacto no mundo através do sacrifício e das missões.
INFORMAÇÃO DA LIÇÃO
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Introdução
A Herança Hetrick. O Rev. Paul e a D. Mae (Thompson) Hetrick Sénior serviram a Igreja do
Nazareno como missionários de 1945 a 1979. Trinta e três anos foram passados em África, o último
ano nas Ilhas Leeward. Três dos seus quatro filhos nasceram no continente africano, e três deles
regressaram para servir também como missionários.
Paul Jr., o mais velho, serviu na Swazilândia durante 10 anos como missionário entre o povo com o
qual ele foi educado.
Ruth casou com David Penn, filhos de Joe e Ellen Penn, missionários nazarenos em África, e neto de
Joe e Susan Penn, também missionários nazarenos. Desde 1825 que todas as gerações Penn têm sido
pregadoras. Ruth e David iniciaram o seu ministério em 1971, e pastoreiam em Hesperia, na
California, desde 1989.
Sandra e John Estey serviram na África do Sul e na Swazilândia durante 21 anos. O seu ministério
ficou lado a lado com o de seus pais, criando uma circunstância pouco usual de duas gerações na Área
da África do Sul ao mesmo tempo.
Karen e Ramby Campbell foram missionários no Malawi e na África do Sul de 1996 a 2004.
A família Hetrick investiu um total de 73 anos de ministério em missões. O seu legado é uma
colheita de santidade e de esperança.
Vida Familiar. O Rev. Paul Hetrick Sr. reflecte: “Basicamente, a nossa família tinha uma vida
familiar normal, só que era em África, não na América. À medida que os nossos filhos íam crescendo
íam reconhecendo as razões pelas quais estávamos lá. Eles acabaram por amar o povo africano
profundamente, o que provavelmente os ajudou a prepararem-se para o serviço missionário e de
ministério mais tarde. Cada vez que ouvíamos que um dos nossos filhos tinha sido chamado para o
serviço missionário, ajudávamo-los e ficávamos muito felizes. E se o Senhor chamar algum dos nossos
netos para servir como missionários, eu diria no meu coração e na minha alma, ‘Amém!’.”
A Família Campbell
Impacto dos Pais. “O compromisso dos meus pais para com o trabalho e a salvação de almas para
Cristo causou um impacto duradouro em mim desde criança”, diz Karen. “A família missionária foi
outro impacto enorme na minha vida. Recordo-me do som dos tambores para a adoração de demónios
durante a noite, contrastando com a paz e a integridade da comunidade missionária.”
Karem conheceu Ramby Campbell no Colégio Nazareno Oriental (CNO) e casaram-se em 1980.
Quando visitaram a Swazilândia em 1981, Ramby ouviu o cântico “Conta-me a História de Cristo” na
língua manzini. Então, o Senhor falou com ele sobre estar directamente envolvido em levar a história
de Cristo a pessoas de outras culturas. Para Karen, o momento veio quando estava a visitar os pais no
seu último ano como missionários e servindo nas Ilhas Leeward. “Lembro-me de estar numa poeirenta
estrada de terra batida olhando para um grande conjunto de cabanas. Foi quando disse a Deus que
estava disposta a fazer o que Ele me pedísse para levar a Sua esperança às pessoas.”
Tempos Difíceis, Tempos Felizes. Depois da graduação de Ramby, do Seminário Teológico
Nazareno, os Campbells ficaram entusiasmados quando abriu uma vaga em África para eles, em 1996.
Karen compartilha: “Apesar do Malawi ser um país novo para mim, era um país africano. Dormi bem
desde a primeira noite e logo reconhecemos que havia grandes vantagens no facto de eu ter sido criada
em algumas áreas bem primitivas no Sudeste africano.”
Os Campbells amaram os alunos do Colégio Bíblico Nazareno (CBN) onde Ramby foi reitor. O
povo do Malawi era carinhoso e amigável para os novos missionários. Contudo, em breve os
Campbells enfrentaram um grande inimigo – a malária. Ramby adoeceu com malária vez após vez.
Karen e Ramby perguntavam porque Deus os tinha levado a amar o povo do Malawi apenas para
serem incapazes de continuar a ministrar devido à repetição da doença. Pouco antes de abandonarem o
país, um dos alunos disse a Ramby: “Deus trouxe-o aqui para fazer uma coisa. Acredito que o senhor
cumpriu essa tarefa porque o CBN hoje é um lugar melhor devido à sua presença.” Aquele jovem foi
uma resposta à oração.
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Ramby, Karen e os seus dois filhos, Justin e Kendra, foram recolocados em Joanesburgo, na
África do Sul, em 1998. Lá, Ramby serviu como Director da Educação por Extensão na Área do Sul
de África. Enquanto trabalhava para treinar pastores que ocupassem os púlpitos vazios no Botswana,
na Namíbia, no Lesoto e na África do Sul, Ramby ajudou a tornar conhecidas as necessidades
tremendas de livros teológicos, estudos bíblicos, professores a curto e a longo prazo e bolsas de estudo
para pastores que desejem aprender mas que não têm dinheiro. Os Campbells serviram até que um
africano teve capacidade para assumir a liderança da educação por extensão, em 2004. Ramby e
Karen, então, aceitaram um trabalho com a organização “Alimenta as Crianças”, no Quénia,
continuando o legado ministerial da família em África.
A Família Estey
Herança, Humor e Dificuldades. Sandra Hetrick cresceu a falar uma mistura de Inglês e Zulu. Uma
das maiores influências foi a consistência em viver uma vida de santidade. A oração tomava uma
grande parte da sua vida e da vida da família. A família era constantemente lembrada a estar no centro
da vontade de Deus. Sandra recorda-se de fazer coisas divertidas, como escrever numa tartaruga: “Se
me encontrar devolva-me a (nome de um médico nazareno) para uma recompensa.” Um rapaz swazi
encontrou a tartaruga e, para receber a recompensa, levou-a ao médico que ficou muito confuso Na
escola, Sandra era excelente no basquetebol, na natação, no tenis e no atletismo. Quando estava no
sétimo ano, desenvolveu um amor pelas crianças que duraria toda a vida.
Contudo, houve tempos de dificuldades. Durante o apartheid na África do Sul (a política de
segregação), Sandra lembra-se dos seus pais arriscarem ser presos por “esconderem” pastores
africanos em sua casa para convívio e oração. Com a idade de 10 anos, Sandra disse adeus ao seu
irmão, Paul, que durante sete anos permaneceu nos Estados Unidos no final de um regresso temporário
a casa (divulgação missionária). Na próxima vez que o viu, ele já era um estudante universitário
graduado, casado, pai, pastor, piloto e um “desconhecido” completo. Entretanto, em África, Sandra foi
para uma escola interna durante três a seis meses de cada vez. Por vezes, Sandra lutava por tentar se
encaixar em duas culturas. Ela descreveu o seu único ano na Escola Secundária na América e disse:
“Não tinha alicerces para construir um relacionamento com os outros adolescentes. Era como chegar
vinda de um planeta diferente. Eu não me importava de tirar ou matar uma cobra no quintal deles, mas
pensar em conduzir um carro pela auto-estrada aterrorizava-me!” Não obstante, Sandra tem uma
atitude positiva quando se recorda da sua infância. “Até hoje, quando penso em missionário vejo
sorrisos e ouço orações.”
Santidade e Romance do Coração. Em 1966, Sandra deixou a sua terra africana para estudar no
Colégio Nazareno Oriental. “Tinha saudades de África. As comidas africanas, o cheiro da terra, os
risos, as línguas, o espírito, todo o estilo de vida, a alma africana queimava profundamente no meu
coração”, recorda-se. O reavivamento de 1967 no CNO foi um ponto de viragem importante na vida
de Sandra. No altar de oração, rendeu o seu desejo de voltar a África. Sobre essa rendição dolorosa e
em lágrimas, Sandra compartilha: “A paz tornou-se minha. Apesar de ninguém que orava comigo
pudesse compreender a minha desolação por ter de ficar nos Estados Unidos, sabia que tinha colocado
a minha herança, a casa, os amigos e toda a minha zona de conforto no altar e rendido tudo a Cristo.”
Sandra apaixonou-se e casou com John Estey, em 1968. John recebeu dois diplomas em
Educação e em Psicologia, em 1973, e Sandra completou o diploma em Educação, em 1974.
Infelizmente, nesse mesmo ano, eles perderam dois filhos devido a aborto espontâneo. Quando lhes foi
pedido que fossem tomar conta de filhos de missionários nazarenos durante 1 ano, os Esteys
alegremente disseram “sim” e foram para a África do Sul em 1975. Mal eles sabiam que 1 ano iria se
tornar em 21 anos de serviço como missionários em África. Durante esses anos serviram bem em
posições administrativas e como professores. John desenvolveu um colégio técnico e foi
Superintendente Distrital durante um ano. Sandra desenvolveu duas escolas da pré-primária. De forma
heróica, eles viveram toda a transição do apartheid para a democracia na África do Sul, ouvindo
frequentemente gritos e tiros perto da sua casa missionária. Sandra diz: “A minha herança espiritual
foi o único factor inabalável em toda a minha vida.”
Desgosto. Foi um dia feliz quando o John Jr. (J.J.) nasceu, a 5 de Janeiro de 1976, na África do Sul. O
segundo rapaz. Mark, nasceu na Swazilândia, a 8 de Dezembro de 1977. Cinco semanas depois de
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Mark ter nascido, J.J. ficou terrivelmente doente. John atravessou logo a fronteira com J.J. para o levar
a um especialista na África do Sul, enquanto Sandra ficou na Swazilândia a tratar da documentação
para que Mark fosse adicionado ao seu passaporte. No dia seguinte, quando Sandra e John chegaram
ao hospital, J.J. já tinha sido operado para remoção de um tumor canceroso no rim e recebido a sua
primeira dose de quimioterapia.
Sentados junto à cama de J.J. e tentando compreender a gravidade da sua condição, John foi
chamado para ir ao escritório da administração do hospital, onde foi informado que os cuidados
adicionais a serem ministrados a J.J. não continuariam sem um depósito de 500 dólares. Sandra
reflecte: “Naquela altura, ganhávamos 450 dólares por mês. Não sabíamos o que fazer. Informámos o
Director de Área sobre a nossa necessidade. Dentro de algumas horas, eles poderam enviar-nos
dinheiro do fundo missionário de emergência. Ficámos tão gratos a Deus pelas pessoas que pagam os
seus orçamentos para missões!”
Sandra tinha saído à pressa da Swazilândia com um recém nascido, que quase nem tinha roupas
com ela. No tempo perfeito de Deus, chegou uma caixa E.L.O.S. Sandra diz: “Irei sempre lembrar-me
do alívio e do agradecimento profundo que senti com a chegada daqueles artigos. Na caixa estava uma
saia traçada castanha com uma blusa a condizer. Essa foi a minha roupa nas semanas seguintes, à
medida que nos sentávamos dia após dia num hospital longe de casa.”
Segura nos Seus Braços. Um dia foi-lhes dito que J.J, tinha apenas alguns meses de vida. Sandra
passou horas a falar com Deus. Fez uma lista de cada milagre bíblico que se lembrou. Deus tinha
criado o J.J., certamente que o podia curar. Na escuridão da noite, ela orava e chorava: “Se for a Tua
vontade, passa de mim este cálice.” Depois, com um coração aberto e rendido, ela orou: “Porém, não
seja feita a minha vontade mas sim a Tua.” Ela acrescenta: “Já não me lembro durante quanto tempo o
Senhor e eu falámos naquela noite, mas lembro-me de uma calma maravilhosa e profunda e de uma
paz muito verdadeira.”
10 dias depois de terem ouvido as más notícias do médico, os Esteys estavam num avião a
caminho dos Estados Unidos. Queriam que J.J. visse os avós e a família que nunca tinha conhecido.
Cinco meses mais tarde, a 5 de Março de 1979, J.J. partiu para estar com Jesus. Quando John estava a
escolher a pedra para a campa, o vendedor disse inesperadamente: “Tenho uma peça em mármore que
ninguém quer. Veio da África do Sul.” John respondeu: “O meu filho nasceu e viveu na África do Sul,
fico com ela!” Naquele instante, John sentiu a presença de Deus. “Numa hora muito negra, Deus
entrou na minha experiência humana e recordou-me que Ele não falha, nem nos esquece.” Sandra
recorda: “Quando olhei para o rosto do meu menino pela última vez, pensei: ‘Como vou sobreviver?
Nunca mais vou voltar a ver o seu rosto aqui na Terra!’ Mal tinha acabado de ter estes pensamentos,
quando o organista começou a tocar “Porque Ele Vive”. As palavras importantes daquele cântico
vieram à minha mente: ‘crêr no amanhã’ ... ‘temor não há’ ... ‘o futuro estás nas Suas mãos’. Naquele
momento, senti-me segura – bem segura – nos braços de Deus.”
Cura e Céu. Neal Estey nasceu a 1 de Abril de 1980. Quando tinha 18 meses de idade, os médicos
diagnosticaram que ele não iria crescer mais que 1,22 metros de altura. Um ano mais tarde, o médicos
ficaram chocados ao descobrir um tumor maligno. Este câncro em particular é tão raro que o
prognóstico de Neal foi “reservado”, mas o tempo tem provado o sucesso do seu tratamento.
Em 1983, Sandra levou Mark ao hospital para uma pequena correcção na direcção dos olhos.
Em vez disso, o diagnóstico de Mark revelou que a sua visão central estava permanentemente
destruída. Enquanto o médico explicava as notícias tristes a Sandra, parou subitamente e disse: “A
senhora está a aguentar isto muito bem.” Sandra explicou que a Igreja do Nazareno tinha uma linha de
oração. Explicou-lhe como funciona e disse: “Enquanto o senhor esteve a operar o Mark, centenas se
não milhares de pessoas ao redor do mundo estiveram a orar por ele, por mim e por si.” Os olhos do
médico ficaram molhados à medida que o Espírito do Senhor e o testemunho daquelas orações lhe
ministravam. Nunca duvide do poder da oração. Milagrosamente, dentro de um ano, a “visão
permanentemente destruída” de Mark tinha regressado completamente.
Infelizmente, o câncro atingiu a família Estey pela terceira vez em 1986. Mark tinha um temor
cerebral. Depois da cirurgia, da quimioterapia e da radiação, os médicos na África do Sul
recomendaram que Mark procurasse tratamento em Boston, Massachussets. Sandra e os rapazes
voaram imediatamente para Boston, e John ficou para encerrar assuntos pessoais e negócios da
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missão. Contudo, o hospital de Boston recusou o tratamento sem a presença de John. Sandra telefonou
ao Dr. Robert Scott, Director da Missão Mundial naquela época. Explicou-lhe que eles não tinham
fundos para o vôo e ela não tinha a certeza qual era a política da missão naquelas circunstâncias. O Dr.
Scott respondeu: “Sandra, nestas ocasiões temos de nos guiar pela compaixão, não pelas políticas. Diz
ao John para vir para Boston.” Sandra comenta: “Sei que os contabilistas provavelmente se encolhem
quando ouvem esta história de gastos não orçamentados, mas para nós ela realçou a fidelidade do povo
de Deus que dá para o evangelismo mundial e o apoio missionário.”
Seis semanas depois, os médicos em Boston reconheceram que não podiam ajudar o Mark,
então os Esteys regressaram a casa em África. A família missionária e a família Xhosa rodearam os
Esteys de carinho. O câncro de Mark era muito doloroso. “A dor era tão forte que Mark não suportava
que o tocassem”, recorda-se Sandra vivamente. “Lembro-me de estar sentada perto dele desejando
poder absorver a dor dele. Se eu pudesse sofrer por ele para que ele não a tivesse de suportar.
Compreendi, de uma nova forma, sobre a morte de Cristo por nós e o carregar com a nossa dor. Como
eu desejava poder fazer isso pelo meu menino.”
Em Dezembro de 1986, à medida que Mark ía para os braços de Jesus, os seus bons amigos
Norman e Carol Zurcher cantavam baixinho, “Jesus me ama .... os meninos Lhe pertencem”. Sandra
pensa: “Naquelas palavras de conforto, podia ver o Mark a saltar do seu estado paralisado para os
braços de Jesus, cheio de alegria ao ver o seu irmão J.J.”
Esperança. Em 1996, tanto John como Sandra foram ordenados enquanto estavam em divulgação
missionária. Nesse mesmo ano, encontrou-se em Neal uma mole cancerosa em estado avançado e
numerosas moles pré-cancerígenas, que foram removidas. Os Esteys tiveram de tomar a dolorosa
decisão de deixar a sua carreira missionária para que Neal pudesse ser observado medicamente em
Boston a cada três meses. Apesar de Neal também ter desenvolvido o mesmo problema de visão que o
seu irmão, Mark, e estar completamente cego de um olho, a sua saúde permanece boa. Neal agora é
aluno graduado do CNO, estagiário em leis, dando especial atenção aos direitos humanos internacioais, e tem quase 1,83 metros de altura. Ama ao Senhor e tem uma terna compaixão pelos outros e um
bom senso de humor.
John faz parte do pessoal administrativo do Colégio Nazareno Oriental. Sandra é assistente
social diplomada, com um Mestrado em Terapia Familiar. Juntos, os Esteys dão aulas sobre educação
parental na sua igreja local e são oradores missionários por todos os Estados Unidos.
Na África do Sul há uma igreja em honra de Mark Estey. Em Manzini, na Swazilândia, há um
santuário em honra de J.J. A igreja, chamada Água Viva, foi plantada em 1945 pelo avô de J.J., Paul
Hetrick Sr.
“Milagres de Deus”. Quando as pessoas ouvem a história dos missionários John e Sandra Estey e o
desgosto de terem enterrado dois filhos pequenos, fazem frequentemente esta pergunta: “Por que Deus
não fez um milagre?” Os Esteys respondem: “A nossa família está rodeada de milagres. Como acha
que a fé de Neal esteja tão forte depois dele ter visto o seu melhor amigo e único irmão ir de alegre
companheiro a inválido paralisado e à morte? Como acha que os elos do casamento tenham se
fortalecido através de dois abortos espontâneos, três cancros e duas mortes? Como acha que haja paz
nos nossos corações? Depois, considere o tremendo derramamento de amor, postais, flores e apoio de
amigos e desconhecidos. Como acha que as pessoas em África a quem nós íamos ministrar, nos
tenham elas próprias ministrado? Acima de tudo, como podemos dar ênfase ao milagre maravilhoso
do apoio fiel, incondicional de nazarenos ao redor do mundo, que se dão si mesmos em orações e
finanças, para que o reino de Deus possa avançar? O dinheiro deles apoiou um fundo de emergência
que atravessou o oceano e chegou às nossas vidas durante múltiplas crises. Houve ocasiões nos nossos
dias e noites em que nos sentávamos com os nossos filhos, ou ficávamos horas e horas nos hospitais à
espera do fim de cirurgias e do início de quimioterapias e de radiações, em que sentíamos simplesmente o poder da oração e o poder sustentador da graça de Deus através do Seu povo. Oh sim, estamos
rodeados de milagres!”
“Dele”. A família Hetrick serviu durante 73 anos na causa pelo evangelismo mundial, na Igreja do
Nazareno. Como pregadores, professores e administradores, muitas pessoas ouviram sobre Cristo e
têm sido abençoadas através dos seus ministérios missionários. Contudo, a “Herança Hetrick” mais
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poderosa desta família de duas gerações de missionários é a inabalável confiança em Deus. Eles são,
muito simplesmente, “Dele”.
Nota da Autora: Foi para mim um privilégio especial escrever esta lição. Eu fui filha de missionários
em África quando os Hetricks eram missionários lá, e vi em primeira mão o impacto que eles
causaram em prol do Reino. Karen Hetrick (Campbell) viveu com a nossa família na área de Boston,
durante vários meses, para terminar a Escola Secundária, enquanto os pais estavam em África. Mais
tarde, já adultas, as nossas famílias visitavam-se em África. Admiro tremendamente o John e a Sandra
Hetrick Estey. Quando era filha de missionários, vinda da África rural para Boston, lembro-me da
família deles chegar para jantar. O amor e carinho que tinham por J.J., muito doente naquela altura,
deixou uma impressão nesta adolescente egoísta. Lembro-me de estar sentada na Igreja do Nazareno
de Wollaston, em 1979, ouvindo o choro do coração destes jovens pais ao descreverem a presença de
Jesus enquanto o filho lhes morria nos braços. A triste dor causada pela perda era evidente, contudo, a
graça sustentadora de Deus era tão real! À medida que vou caminhando por águas profundas na vida,
tenho pensado no testemunho corajoso de John e Sandra Estey, que dizem: “Sabemos que Deus podia
ter curado J.J., mas vamos serví-Lo na mesma.” – Ellen Decker
IDEIA PARA APRESENTAÇÃO: “A HERANÇA DE HETRICK – UM
LIVRO DE MEMÓRIAS”
Prepare e Apresente
Esta apresentação tem como tema o álbum de memórias da família. Se possível, peça aos
apresentadores para vestiram roupas da época. O ambiente/sala pode ser decorado de forma simples ou
elaborada como desejar.
São necessárias três pessoas para a apresentação: um narrador e duas pessoas de idade,
representando Paul Sr. e Mae Hetrick (ou dois jovens representando pessoas de idade). De um lado da
plataforma, o homem está sentado numa cadeira de balouço. A mulher está no outro lado da
plataforma, talvez sentada numa pequena cama com um baú antigo e roupas antigas penduradas.
Podem ter um velho álbum de fotografias nas mãos, ou talvez um “jornal”; lêem a lição como se
estivesse num boletim de notícias nazarenas ou nas histórias da revista Outras Ovelhas (antiga revista
missionária da igreja, agora chamada Holiness Today). Adapte esta lição para a perspectiva de
pais/avós; os Hetricks contam a lição alternadamente.
Ofertório: Os recepcionistas, vestidos com roupas da época, recebem as ofertas em artigos
antigos, tais como bolsas, cestos, canecas de lata, tachos, etc.
Opção: “O Médico Está Cá – Terapia Familiar”
Esta lição é dada segundo o ponto de vista de Sandra Hetrick Estey, que vive em Boston. Ela é
uma assistente social diplomada, com um Mestrado em Terapia Familiar, especializada em
aconselhamento infantil e estabilidade familiar
Ambiente: Uma secretária com o dístico, “O Médico Está Cá”. Sandra senta-se atrás da secretária.
Estão 3 cadeiras em volta, como num escritório. Um grande cartaz de parede diz: “Terapia Familiar”.
Introdução: O apresentador compartilha a parte da lição intitulada “A Herança Hetrick” e depois
apresenta Sandra Hetrick Estey, dando nota à sua educação e experiência de vida (veja o parágrafo
acima).
Cena 1: Chega um homem com uma queixa de que ele acha que a sua família fez bem em se mudar
para (diga o nome da cidade), mas agora ele acha que teria sido melhor se tivesse ficado em (diga o
nome de uma cidade vizinha). Sandra compartilha com ele a parte da lição “Tempos Difíceis, Tempos
Felizes”.
Cena 2: Um pai e um adolescente entram e falam como necessitam de ajuda, porque em breve vão ser
separados por uma grande distância. Sandra compartilha a parte da lição “Herança, Humor e
Dificuldades”.
Cena 3: Entra um jovem e fala sobre as suas saudades de casa e pede ajuda a Sandra. Ela compartilha
a parte da lição “Santidade e Romance do Coração”.
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Cena 4: Entra uma pessoa segurando uma criança muito doente. Sandra compartilha a parte da lição
“Segura nos Seus Braços”.
Nota: Adicione outras cenas para representar as situações na vida dos Hetricks conforme o tempo
permitir.
Conclusão possível para a lição: Recorde o grupo de que Deus é o nosso Consolador. O profeta
Isaías disse que o próprio Jesus seria chamado, “Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da
Eternidade, Príncipe da Paz”. Compartilhe os “Milagres de Deus” e termine com um desafio de
deixarmos que Deus nos console para que possamos trazer glória a Deus até mesmo quando
encontramos as nossas tempestades pessoais.
CHAMADA À ACÇÃO
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Se vive perto de um Colégio, faça amizade com um filho de missionário que estude lá. Muitos
não têm para onde ir durante as férias. Abra-lhes a sua casa. Uma grande ideia de oferta é um
cartão telefónico para que eles possam telefonar à família no campo missionário.
Ore pelos missionários e suas famílias. Ore por sabedoria e protecção. Ore especialmente pelos
filhos e pelas suas opções de escola.
O ministério do filme JESUS está a ver milhares a chegar a Cristo por toda o continente
africano. Existe uma necessidade enorme de pastores treinados. Você pode se envolver através
da oração, de ofertas e do projecto especial do 90º Aniversário de MNI, Livros Para Pastores”.
São necessários também treinadores e professores de curto prazo.
Reconheça a dor única e a graça especial necessária àqueles que perderam filhos. Procure
alguém na sua igreja ou comunidade com sensibilidade e amor.
Já experimentou o sofrimento? Você nunca sabe quem é que está atento a ver a sua resposta às
tribulações. Permaneça firme na fé e peça a Deus para usar a sua situação para inspirar outros a
serem fiéis a Ele.
Forneça cartões, folhas de notas ou postais às crianças, jovens e adultos na sua igreja. Escreva
pequenas cartas de encorajamento aos filhos dos missionários da sua igreja local, distrito ou de
E.L.O.S. deixe que os filhos dos missionários saibam que a sua igreja ora por eles à medida que
eles enfrentam mudanças nas suas vidas.
LIÇÃO 3: CRIANÇAS E JOVENS – A FUTURA FAMÍLIA
MISSIONÁRIA
Robert Douglas
OBJECTIVO
Ser recordado da importância de um programa missionário para crianças e jovens, e de ser tutor de
crianças e jovens na sua chamada missionária.
INFORMAÇÃO DA LIÇÃO
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Introdução
300.000 participam nas actividades da Juventude Nazarena Internacional nas suas igrejas locais.
400.000 crianças e professores assistem à Escola Bíblica de Férias.
85% dos que aceitam a Cristo fazem-no entre as idades de 4 a 14 anos.
75% a 85% dos missionários são chamados por Deus durante a infância ou como jovens adultos.
Cinco citações de autoridades no desenvolvimento e comportamente de crianças:
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“Por altura dos três anos de idade, o cérebro da criança funciona duas vezes mais rápido que o
cérebro do pediatra. Durante este tempo, o cérebro está desenhado para a grande aprendizagem.”
Bryce E. Box
“Não podemos assumir que cada nova geração vá escolher a fé por obrigação para com a
geração anterior.” Jan Simonson Janham
Sempre que uma criança tem um conceito em particular reforçado ... é enviado um sinal ... tudo
o que os pais (ou professores) reforçarem tornar-se-á numa parte relativamente permanente das
memórias da criança.” Bryce E. Fox
“Mas Jesus, chamando-os a si, disse: Deixai vir a mim os meninos, e não os impeçais, porque
dos tais é o reino de Deus. Em verdade vos digo que, qualquer que não receber o reino de Deus
como menino, não entrará nele.” (Lucas 18:16-17, Almeida).
Educar e Motivar as Crianças e os Jovens
Quando pensamos nos programas das nossas crianças e jovens, precisamos fazer perguntas
verdadeiramente importantes:
Qual é o propósito/significado de um programa de crianças/jovens?
Onde e como se realiza um programa de crianças/jovens realmente com sucesso?
Como podemos medir o sucesso desses programas?
O Pai de Geoff: O menino de cinco anos ainda não tinha idade suficiente para assistir ao
rally missionário para crianças em idade da escola primária. Ele estava lá, sentado no último
banco, quieto a pintar, e ouviu um coro de crianças a cantar sobre seguir a Jesus. Levantou-se,
esforçando-se por ver os fantoches a contar uma história divertida sobre ouvir a voz de Deus.
Ele ouviu atentamente enquanto o missionário David Downs falou sobre as longas viagens de
comboio que o levaram a áreas da Coréia onde o Senhor o tinha dirigido para pregar. O menino
ouviu os alunos universitários a cantar, “Obrigado Por Dar ao Senhor”, em tributo aos anos de
serviço do missionário convidado.
“Mamã, podemos orar pelo missionário David? Pediu à noite ao ir para a cama. Fez várias
orações fervorosas durante os anos seguintes. E o cântico “Obrigado” permaneceu como o
favorito do agora futebolista entusiasta, de cabelo negro e 1,92 metros de altura. Passou as suas
últimas férias de Natal no ano passado no Peru, na sua primeira viagem de Trabalho &
Testemunho.
Enquanto os missionários são chamados por Deus, existem dons e habilitações que devem ser
desenvolvidos por um indivíduo que quer ser um missionário com sucesso. O processo de fazer um
missionário começa nos lares e nas igrejas dos jovens e das crianças.
A Chamada de Hugh Friberg: O pai do missionário Hugh Friberg recorda uma visita de
Louise Robinson Chapman, missionária na África (do Sul), à sua igreja e à sua casa: “Durante a
sua visita, ela ajudou as nossas crianças (a começarem a ter o sentido de chamada de Deus para
missões). ... A partir dessa altura, Hugh evidenciou uma chamada clara. ... Através dos anos de
crescimento, ele viu que nada se encaixava no seu padrão de vida que pudesse tirá-lo do serviço
missionário.” (Extraído de Your Sons and Daughters. Copyright 1986 pela Casa Nazarena de
Publicações, Kansas City, Mo. Usado com permissão. Todos os direitos reservados.)
Hugh e a sua esposa, Evelyn, têm sido missionários da Igreja do Nazareno há 35 anos em
África. E Hugh já esteve preso durante vários meses em Moçambique, durante a guerra civil de
1975-1976.
O livro clássico de J. Herbert Kane, The Making of a Missionary, dá ênfase à importância do
desenvolvimento espiritual daquele que é chamado por Deus. Kane ensina que só através do cultivo
das suas vidas espirituais, podem os missionários ser fiéis à sua chamada e aguentar os rigores do
campo missionário.
As seguintes linhas mestras extraídas do livro de Kane irão ajudar a desenvolver a consciência
espiritual nas vidas das crianças e da juventude, e prepará-las para ouvir e seguir a chamada de Deus
para as suas vidas.
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1. Ensiná-los a “Provar o Dom Celestial”
As lições de missões para as crianças e a juventude são frequentemente marcadas uma vez por
mês. Os adultos assistem mensalmente à “reunião missionária”. A ideia de que as missões são de
alguma forma um ministério da igreja, que está fora da adoração, que está separado da grande vida e
ministério da igreja , é uma ideia perigosa.
Portanto, a Superintendente Geral, Nina G. Gunter sugeriu o uso do termo “culto missionário”
em lugar de “reunião missionária” para manter o trabalho de missões no contexto do trabalho geral da
igreja. O programa missionário da igreja deve ter um terreno firme no evangelismo e no discipulado, e
ser incluído no corpo geral da vida da igreja.
A História de Chad: “Eu estava no altar a orar com um dos meus amigos quando compreendi
que necessitava orar por mim mesmo. Deslizei, encontrei o meu lugar e comecei a orar. Depois,
embora não fosse uma voz audível, ouvi Deus a falar bem dentro do meu ser, e disse: “Missões.” Eu
disse: “Deves estar a brincar!” No princípio, nem queria pensar sobre a chamada para missões, mas a
cada ano que passava ela tornava-se mais forte. Agora é quase tudo o que eu consigo pensar.”
(Extraído de Call Waiting. Copyright 2001 de Beacon Hill Press, Kansas City, Mo. Usado com
permissão da publicadora. Todo os direitos reservados.)
2. Ensiná-los a ser um “sacrifício em cheiro suave”
Efésios 5:2 ensina que o sacrifício de Jesus foi recebido “em cheiro suave”. E nisto, nós
devemos ser “imitadores de Cristo”. As ofertas queimadas do Velho Testamento eram completamente
consagradas – completamente queimadas – sobre o altar de sacrifício. Tal como Jesus, nós somos
chamados a entregar as nossas vidas. Embora Jesus tenha sido chamado para morrer como sacrifício,
nós somos chamados para oferecer os nossos corpos como “sacrifício vivo, santo e agradável a Deus”
(Romanos 12:1, Almeida). Devemos ensinar os nossos jovens e crianças a entregarem-se como ofertas
diante do Pai, como “sacrifício em cheiro suave”.
Paulo de novo usa a imagem do sacrifício em cheiro suave quando se refer às finanças que lhe
foram dadas pelos Filipenses. “Mas bastante tenho recebido, e tenho abundância; cheio estou, depois
que recebi ... o que da vossa parte me foi enviado, como cheiro de suavidade e sacrifício agradável e
aprazível a Deus” (4:18, Almeida). A mordomia missionária deve ser ensinada, porque torna possível
a tarefa missionária. Devemos ser modelos e depois encorajar as crianças e os jovens a estarem
envolvidos na mordomia das suas vidas.
Mrs. James Blume, mãe da missionária Mary Jetter, relembra a sua nova compreensão sobre a
importância de dar as nossas finanças e a nós próprios para o reino Deus. Depois de testemunhar o
serviço comissionado de sua filha e genro, ela explicou: “Naquela altura comecei a compreender do
que se tratava o Fundo Geral (Fundo de Evangelismo Mundial) e as ofertas missionárias especiais,
porque sabia então que os nossos próprios filhos seriam financiados pelo Fundo Geral (FEM).”
(Extraído de Your Sons and Daughters. Copyright 1986 da Casa Nazarena de Publicações, Kansas
City, Mo. Usado com permissão da publicadora. Todos os direitos reservados.)
3. Ensiná-los a “Tocar no coração de Deus”
Os especialistas em missões proclamam que as missões vêm directamente do coração de Deus.
Foi sempre o propósito de Deus entrar num relacionamento com a humanidade. As Escrituras mostram
um Deus que chora por causa da falta de fé do povo. Contudo, Ele foi tardio em se irar e fiel em
providenciar redenção.
Pedro escreveu: “O Senhor não retarda a Sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é
longânimo para convosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrependerse.” (II Pedro 3:9, Almeida). Deus, em Cristo Jesus, providenciou o Caminho para o arrependimento.
Contudo, na Sua sabedoria, Deus deixou com o Seu povo a tarefa de levar essa oferta, de levar as Boas
Novas ao mundo. “Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de
quem não ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem
enviados? (Romanos 10:14-15a, Almeida).
A Superintendente Geral Nina G. Gunter avisa repetidamente que ela crê que a maior ameaça à
tarefa da evangelização mundial neste século é a falta de sentido de fardo pelos perdidos. É a nossa
tarefa como ministros de crianças e jovens ligá-los à profunda compaixão de Deus, levá-los a tocar no
Seu próprio coração, compartilhar com o Criador o fardo por uma humanidade perdida.
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4. Ensiná-los a “Ter a Visão
Uma coisa é tocar no coração de Deus e sentir um peso pelos perdidos. Outra coisa, contudo, é
ver o âmbito da missão e torná-lo pessoal. Jesus disse aos Seus discípulos: “Levantai os vossos olhos,
e vede as terras, que já estão brancas para a ceifa” (João 4:35, Almeida). As Suas palavras são
verdadeiras hoje. Calcula-se que 80.000 pessoas morrem todos os dias e entram numa eternidade sem
Cristo. Damos às pessoas a oportunidade de escolherem o Céu quando tomamos a responsabilidade
que nos foi dada sobre o evangelismo. Compete-nos, a nós que provámos os dons celestiais, que
oferecemos as nossas vidas como sacrifício em cheiro suave, que tocámos no coração de Deus, abrir
os nossos olhos e ver os campos. Temos de compreender não só a necessidade, mas aceitar a
responsabilidade pessoal de participar na satisfação dessa necessidade. Tal como diz Romanos 10:1415, podemos ir ou podemos enviar, mas como cristãos devemos fazer uma coisa ou outra.
Devemos ouvir o conselho do Dr. Terry Read, missionário no Canadá. “Não pergunte: ‘O que
foi que fiz este ano pela causa das missões?’ Pergunte: ‘Quantas pessoas influenciei eu neste ano para
a causa das missões?’”
As crianças irão ter a visão das missões à medida que as inspiramos através da Palavra e das
nossas vidas fiéis. Elas vão querer estar envolvidas no trabalho missionário através da oração, de
projectos de serviços e projectos de actividade missionária.
5. Ensiná-los a “Ouvir a Chamada de Deus”
A medida final de sucesso de um programa missionário para crianças ou para a juventude é ver
jovens chamados para o serviço missionário a tempo integral. Como líderes espirituais e mentores,
devemos confrontar os ídolos da fama e da fortuna, os confortos e a ênfase na riqueza e no poder de
muitas culturas ocidentais e dos meios de comunicação social que tentam seduzir as nossas crianças
para vidas de sensualidade. Devemos ajudar a criar um ambiente que ajuda as crianças e a juventude a
ouvir, reconhecer e seguir a chamada de Deus para as suas vidas.
É um fenómeno bem conhecido que os filhos de ministros e missionários são frequentemente
chamados para o serviço cristão integral. Alguns cínicos dizem que isso é devido a eles estarem
condicionados para a resposta, que estão simplesmente a levar por diante o legado da família. Pode
ser, antes, que eles estejam a crescer num ambiente onde são capazes de ouvir a chamada de Deus.
Cresceram em lares e famílias que desvalorizam a fama e a riqueza e que promovem em seu lugar a fé.
Eles podem ter sido ensinados que o sucesso não é medido em termos de riqueza e influência, mas em
cumprir a vontade de Deus para as suas vidas no melhor das suas capacidades. Eles podem ter crescido
com o conhecimento e a compreensão de que a chamada de Deus não é só possível, mas que é possível
para eles.
Os filhos de ministros e missionários ouvem frequentemente a voz de Deus. Talvez a chamada
de Deus não seja ouvida em lares onde a abertura para Deus não é uma prioridade. Os especialistas em
pesquisa dizem-nos que a segunda melhor razão porque as pessoas com uma chamada não vão para o
campo missionário é a posição contrária da sua família à sua partida.
As crianças ouvem a chamada de Deus com mais facilidade por causa da acção dos adultos ao
seu redor. Nós, como adultos, devemos manter um ambiente – em casa bem como na igreja – onde a
chamada de Deus seja possível, seja ouvida, seja esperada e aceite. Para promover um tal ambiente
podemos observar o seguinte: Primeiro, envolvemos crianças e jovens completamente em todos os
aspectos do nosso programa missionário – educação, oferta, oração e serviço. Segundo, precisamos
levar muito a sério os seus anúncios de que sentem a chamada de Deus nas suas vidas. Celebre essa
chamada! Finalmente, ore por eles – constantemente e por nome.
IDEIA DE APRESENTAÇÃO: “ESTA É A MINHA HISTÓRIA”
Prepare e Apresente
Procure quatro oradores (um menino, um homem adulto, um rapaz adolescente e a mãe de uma
jovem adulta) para contar as histórias de Geoff, Hugh Friberg, Chad e a mãe da missionária Mary
Jetter. Depois de cada pessoa contar a sua história, leia (ou apresente em PowerPoint) um dos factos
da introdução ou citações incluídas no início da lição.
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Dê um breve resumo da informação da lição. Pôr os pontos chaves da lição no PowerPoint ou
numa folha para distribuir irá ajudar na apresentação.
Termine com uma caminhada de oração pela igreja e ao redor do perímetro da propriedade da
igreja. Tenha a certeza de que se entra nas salas para os bebés e nas salas das crianças e dos jovens.
Peça a Deus para cumprir a Sua promessa de “derramar o Seu Espírito sobre a descendência” (Isaías
44:3, Almeida) e de levantar missionários e outros líderes cristãos a tempo integral de entre as
crianças, jovens e adultos.
Opção – “Conheça o Seu Missionário” – Peça a um missionário (recentemente nomeado,
aposentado, de E.L.O.S. ou outro missionário temporariamente em casa) para compartilhar a história
da sua chamada de Deus para ser um missionário. Crianças, adolescentes e adultos irão todos gostar de
ouvir em primeira mão como Deus fez a Sua vontade conhecida a um missionário na vida real.
CHAMADA À ACÇÃO
•
•
•
Dê ao escritório do Departamento de Candidatos Globais em Kansas City, ao Coordenador
Distrital de Chamada Missionária e ao Coordenador Local de Chamada Missionária a informação sobre os contactos de crianças e jovens da sua igreja que tenham expressado uma possível
chamada para o campo missionário.
Ore – e faça uma lista das orações de outros – por essas crianças e jovens que expressaram uma
possível chamada para missões. Distribua cartões de oração com os nomes dessas crianças e
jovens.
Peça ao seu pastor ou Presidente Local de MNI que apresente à congregação as crianças e os
jovens da sua igreja que têm expressado uma possível chamada para o campo missionário. Peça
ao seu pastor ou presidente para oferecer uma oração de compromisso na altura da apresentação.
LIÇÃO 4: OS ZURCHERS E FOSNAUGHS – UMA FAMÍLIA
MISSIONÁRIA ESPECIAL
Carol Zurcher
OBJECTIVO
Compreender melhor como a atenção especial dos pais dada ao cristianismo global pode encorajar nos
filhos a chamada para missões e para o apoio missionário.
INFORMAÇÃO DA LIÇÃO
Introdução
Os Missionários Norman e Carol Zurcher
Carol Wiley, filha de um lavrador, foi chamada dramaticamente por Deus para ser uma
missionária quando tinha 13 anos de idade. Conheceu Norman Zurcher no Verão de 1953. Ele tinha
aceite, depois da graduação da Escola Secundária, a chamada para pregar. Sentindo que Deus os tinha
realmente unido para O servir como missionários, casaram-se em 1955 depois da graduação de
Norman da Universidade Nazarena de Olivet (UNO).
O jovem casal foi colocado na nomeação geral de 1955 para irem como missionários nazarenos.
Norman começou por pastorear uma Igreja do Nazareno e foi ordenado; nasceu Kay, a primeira filha.
Em Janeiro de 1959, a jovem família navegou para África três meses depois do bebé Robert Dale
(Bob) ter nascido. Janelle Renae nasceu em Joanesburgo, em 1961.
Crescendo na África do Sul, as três crianças Zurcher frequentavam uma escola em inglês mas
aprendiam o africânse como segunda língua. Kay e Bob graduaram-se na escola americana enquanto
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estiveram em casa temporariamente (divulgação missionária). Janelle matriculou-se na Escola
Secundária de Westridge (perto de Joanesburgo). Cada um deles graduou-se na UNO.
Deus deu estas promessas a Carol quando ela e Norman deixaram todos os seus três filhos nos
Estados Unidos, regressando a África sozinhos: “Assim diz o Senhor que te criou ... : Não temas ...
derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade, e a minha bênção sobre os teus descendentes”
(Isaías 44:2-3, Almeida). “E todos os teus filhos serão discípulos do Senhor; e a paz dos teus filhos
será abundante.” (Isaías 54:13, Almeida) Todos os três filhos casaram com conjuges maravilhosos e
deram aos Zurchers oito netos. A maior alegria de Carol é que todos eles servem ao Senhor.
Norman e Carol estavam em casa na África do Sul a ver o vídeo de sua filha, Janelle, e marido,
Lane, num culto de envio ao iniciarem um termo de serviço missionário na Papua Nova Guiné. O
organista começou a tocar “Há Prazer Em Servir a Cristo” e Carol sabia que as palavras eram verdade.
Ela sussurrou uma oração de agradecimento ao Céu: “Obrigado, Jesus. Há prazer em Te servir. As
nossas vidas e serviço estendem-se agora a toda a família.” Janelle e Lane (Fosnaugh) serviram dois
termos como missionários nazarenos na Papua Nova Guiné, um termo em Manila, nas Filipinas, e
regressaram novamente à Papua Nova Guiné.
Nos primeiros 26 anos na África do Sul, os Zurchers ensinaram no Colégio Bíblico Nazareno de
Rehoboth (agora Colégio Teológico Nazareno) e ajudaram a desenvolver os quatro distritos da Área
Trans África do Sul. Norman serviu como Superintendente Distrital, Director de Missão e Director de
Área. Ajudou a supervisionar e a construir 14 igrejas e casas pastorais e mais tarde serviu três anos
como reitor do CTN. Carol foi secretária do superintendente para a Área de África, Dr. W.C.
Esselstyn, durante cinco anos e angariou recursos para os conselhos distritais, organizou e dirigiu
Escolas Bíblicas de Férias e falou em reuniões e retiros de senhoras.
Em 1985, Norman foi nomeado como primeiro Director de Área do Sul da África, supervisionando o trabalho da Igreja do Nazareno na República da África do Sul, Botswana, Lesoto e
Namíbia. Carol e Norman realizaram seminários sobre casamento e relacionamentos familiares, e
Carol cuidou dos arquivos do correio do escritório regional. Também foi autora de três livros
missionários de MNI e co-autora de quatro.
Os Zurchers regressaram aos Estados Unidos em 1994 e, depois de uma torné de divulgação
missionária, Norman juntou-se ao pessoal de ministério na sua igreja “local” em Huntington, no
Indiana. Norman começou a ter problemas físicos no ano 2000. Os Zurchers fizeram a sua última
promessa de fé a 1 de Outubro e Norman pregou o seu último sermão a 15 de Outubro. Ao surgirem
complicações depois de uma operação aos pulmões, Deus levou Norman para “casa” no dia 26 de
Dezembro de 2000. Carol diz de Norman: “Ele fez mais nos seus 70 anos e meio de vida do que a
maioria das pessoas faria em 100 anos, e só a eternidade irá revelar o impacto da sua vida e ministério
tanto em África como na América. Foi um grande privilégio para mim ter sido a sua parceira de
casamento e ministério durante 45 anos e meio maravilhosos!”
Entrada no Diário de Carol Zurcher
Há quarenta anos, quando era uma menina de 13 anos, eu disse “sim” à chamada de Deus para
ser missionária em África. Não fazia ideia do que isso iria incluir. Alguém disse: “Quando se obedece
não se pergunta pelo resultado. Deixa-se o resultado com Deus.” Não vou fingir que é fácil estar
separada deles (Janelle e Lane). Mas tal como disse Earl Lee (antigo missionário nazareno): “Se não
consegues mudar a situação, entrega-a.” Uma vez que não há nada que eu possa fazer para mudar esta
separação, entrego-a a Deus. Ao fazer isso, uma paz incrível me envolveu. Senti um manto de oração a
envolver-nos. Esta separação é um resultado directo da nossa continuação em fazer a vontade de Deus
nas nossas vidas. Tenho de agradecer outra vez ao Senhor por todos os nossos filhos e os seus conjuges amarem e servirem a Deus. As nossas vidas e ministério estendem-se através deles. Nós obedecemos a Deus e ensinámos-lhes a obedecê-Lo também. Agora, não vou questionar a Sua liderança.”
Os Missionários Janelle e Lane Fosnaugh
Janelle Fosnaugh é a filha mais nova de Norman e Carol Zurcher. Ela e o marido, Lane, serviram como missionários na Papua Nova Guiné. Ela conta a sua história.
Era a última manhã de Domingo da minha família de
um termo de serviço missionário de quatro anos em África.
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Nota do Editor:
Em Novembro de 2005 (depois desta
lição ter sido escrita) Lane e Janelle
Fosnaugh deixaram o campo missionário. Responderam à chamada para
Lane ser o pastor principal da Igreja
do Nazareno de Northside, no Indiana.
Eu tinha 13 anos e estava triste por ser demasiado nova para ir com os meus irmãos a um Instituto de
Juventude Nazarena na Suíça. Se eu pudesse ir com eles! Certamente que Deus iria falar comigo lá!
No ano anterior, Deus tinha usado a mensagem de um Superintendente Geral visitante à Cidade do
Cabo pra tocar no meu coração. Eu estava pronta e disposta para seguir a vontade de Deus na minha
vida.
Agora, à medida que o organista tocava “Graça Excelsa”, uma mulher levantou-se e começou a
dançar e a contorcer-se na frente do altar. À medida que o jovem pastor indiano calma e suavemente
se aproximava dela, ela saltou para trás e começou a gritar-lhe mentiras e insultos. Quando ele disse o
nome de Jesus, ela guinchou, voltou-se bruscamente e correu pela coxia em direcção à porta. À
medida que a mulher endemoninhada fugia da igreja, compreendi pela primeira vez a imensidão do
trabalho para o qual Deus tinha chamado os meus pais. No meu coração sabia que eu também queria
levar a luz de Cristo às pessoas que vivem em trevas espirituais. Nessa noite escrevi no meu diário:
“Um dia vou ser missionária nazarena, aconteça o que acontecer!”
Ao crescer, observei as vidas dos meus pais missionários, Norman e Carol Zurcher. Eles eram
completamente dedicados a Cristo, derramando as suas vidas no ministério. Desenvolveram elos de
amor e respeito com pessoas de todas as raças numa época em que a África do Sul estava agitada com
o ódio racial e a amargura. O testemunho deles, e de homens e mulheres cujas vidas foram
transformadas por Cristo, causou um profundo impacto em mim. Vi que duas vidas completamente
dedicadas a Cristo podiam causar um impacto eterno nas vidas de muitos outros. Eu vi a Cristo.
Permaneci aberta a seguir a vontade de Deus para a minha vida à medida que me matriculei na
Universidade Nazarena de Olivet (UNO), mas sentia uma necessidade de que Deus confirmasse a
minha chamada para missões. Com a Sua direcção, escolhi estudar gestão e comunicação. Deus sabia
que eu precisava de treinamento. Entretanto, Lane tinha crescido na Igreja do Nazareno de Fort
Wayne, no Indiana. Depois de observar as vidas fiéis dos pais dele, ele entregou a sua vida a Cristo
ainda muito jovem. Conhecemo-nos em Olivet no Outono do nosso primeiro ano. Casámo-nos pouco
depois da graduação da universidade, em 1983.
Mudámo-nos para Fort Wayne, e durante os três anos seguintes apreciámos trabalhar em gestão,
dedicados a Deus e à nossa igreja, vivendo numa casa confortável e possuindo dois carros. No íntimo,
à medida que enfrentávamos um futuro centralizado na nossa própria felicidade e conforto,
começámos a perguntar: “Deus, é isto que Tu queres para as nossas vidas?” Mateus 16:25 (Almeida)
continuava na minha mente: “Porque, aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a
sua vida, por amor de mim, achá-la-á.” Lembrei-me do exemplo dos meus pais a “perderem” as suas
vidas no serviço missionário em África; o impacto eterno das suas vidas seria enorme.
Juntos Lane e eu começámos a orar: “Senhor, se existe algo diferente que Tu queres fazer com
as nossas vidas, por favor, mostra-nos. Se abrires a porta do ministério para nós, entraremos por ela
com alegria.” Aprendemos sobre a necessidade dos Corpos Missionários (Nazarenos Em Serviço
Voluntário) na Escola Indiana de Twin Wells (agora Escola Indiana Sun Valley) no noroeste do
Arizona. Concordámos em ir. Em 1987, vendemos a nossa casa e um dos carros e mudámo-nos para
Twin Wells, onde Lane serviu como administrador de gestão e eu trabalhei como bibliotecária e
tutora. Foi uma oportunidade maravilhosa de ministrar às preciosas crianças Navajo, muitas das quais
chegaram a conhecer a Cristo como Seu Salvador durante aquele ano.
Em Fevereiro de 1988, fomos designados como missionários nazarenos e enviados para o
Hospital Nazareno na Papua Nova Guiné (PNG). As nossas três filhas nasceram no hospital de Kudjip.
Lane tornou-se no administrador do hospital e trabalhou para treinar líderes nacionais nas áreas de
responsabilidade administrativa. À medida que realizávamos estudos bíblicos, ensinávamos no colégio
bíblico e em conferências, Deus chamou-nos para investirmos as nossas vidas no trabalho do
crescimento da igreja. Ele abriu-nos a porta para gastarmos três anos em estudos intensivos no
Seminário Teológico Nazareno da Ásia-Pacífico, nas Filipinas. Lane completou o seu Mestrado e foi
ordenado em 2001, e Deus abriu-nos a porta para regressarmos à PNG.
Lane trabalhou a partir do Escritório da Área Melanésia, dando atenção ao treinamento no
discipulado e ao desenvolvimento de liderança na PNG, nas Ilhas Salomão e Vanuatu. Ele tem o
privilégio de trabalhar ao lado de líderes nacionais, pastores, e superintendentes distritais, sendo
mentor e ajudando a equipá-los e a fortalecê-los nos seus ministérios. As suas responsabilidades
incluem voar para áreas montanhosas remotas e aterrar em pequenas pistas de relva, escalar caminhos
21
montanhosos, ou balouçar em estradas acidentadas de montanha por entre o mato. Outras viagens de
ministério levam-no a centros urbanos onde trabalha com profissionais.
Como esposa de missionário e como mãe, sou uma professora em casa. Também ajudei a
desenvolver um programa semanal de rádio para mulheres, produzido na língua Melanésia Pidgin, que
ajuda a ir ao encontro das necessidades específicas das mulheres na PNG. Quando era adolescente,
Deus deu-me a promessa que se encontra em Jeremias 29:11 (Almeida): “Porque eu bem sei os
pensamentos que penso de vós, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim
que esperais.” Tenho visto a promessa cumprida nas vidas de meus pais e na minha própria vida. Que
maravilhosa promessa de esperança nós temos para compartilhar com homens, mulheres e crianças de
cada nação em cada geração!
Uma carta escrita por Janelle Zurcher Fosnaugh a seus pais, Norman e Carol Zurcher,
na época da sua aposentação depois de 36 anos de serviço missionário na África do Sul:
Queridos pais,
Educar as nossas duas meninas levou-me a parar muitas vezes e a reflectir sobre a minha própria
infância. Numa época onde tantas pessoas estão a relembrar as suas infâncias conturbadas, sinto-me
afortunada por ter sido criada na nossa família. Nos meus anos de crescimento lá em África sem
dúvida que ficou na minha mente que vocês amam ao Senhor, amam-se um ao outro, amam os vossos
filhos e amam o povo de África.
Sabia que vocês amavam ao Senhor porque ...
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Escolheram Serví-Lo em África.
Refectiam a Cristo nas vossas vidas.
Queriam muito que outros O conhecessem.
Nunca nos deixaram faltar à igreja – nem mesmo nas férias!
Deram as vossas vidas para servir como Cristo serviu.
Puseram Cristo em primeiro lugar.
Sabia que vocês se amavam um ao outro porque ...
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Compartilhavam um relacionamento especial.
Eram grandes amigos.
Eram afectuosos.
Tiravam tempo para fazer coisas especiais juntos.
Apoiavam-se um ao outro no ministério.
Estavam totalmente comprometidos um com o outro.
Sabia que vocês amavam os filhos porque ...
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Tiraram tempo para construir memórias felizes para nós.
Tinham orgulho de nós.
Nos disciplinavam.
Nos levavam de carro para as actividades da igreja e da escola.
Nos encorajavam espiritualmente.
Nos amavam durante os duros anos da adolescência.
Nos escreviam com fidelidade, mesmo quando a resposta não chegava.
Assistiram às nossas graduações e casamentos, mesmo quando isso significava gastar as
preciosas economias para atravessar o oceano.
Sabia que vocês amavam o povo de África porque ...
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Investiram neles as vossas vidas.
Pregaram e compartilharam com o coração.
Choraram e oraram com eles ao redor do altar.
Construíram muitas e muitas igrejas e casas pastorais.
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Trabalharam horas intermináveis no escritório em benefício deles.
Os tratavam com respeito.
Os encorajavam e consolavam.
Eram seus amigos e sinceramente se interessavam por eles.
Perseveraram através de todas as mudanças e desafios da vida missionária e não desistiram.
IDÉIA DE APRESENTAÇÃO: “MEMÓRIAS DE MÃE/FILHA”
Prepare e Apresente
Crie uma área de descanso com dois cadeirões e uma mesa entre eles lá na frente. Coloque
fotografias de família e duas canecas de café sobre a mesa. Arrange artigos de África e da Papua Nova
Guiné sobre uma outra mesa, se possível.
Peça a uma mulher mais velha (que faça de Carol Zurcher) para se sentar num cadeirão e a uma
mulher mais nova (que faça de Janelle Fornaugh, a filha) para se sentar no outro cadeirão. Se tiver
uma missionária aposentada ou a mãe de uma missionária na sua igreja, peça-lhe para fazer de Carol.
O apresentador será o entrevistador, que se senta de um dos lados ou numa outra cadeira,
apresentando e entrevistando as duas mulheres. Ele/ela deve fazer perguntas tiradas do material da
lição que as ajude a contar as suas histórias – sobre as suas chamadas, serviço missionário, filhos, etc.
Perguntas possíveis:
1.
Pergunte a Carol o que disse a sua mãe na noite em que respondeu à chamada para África.
2.
Pergunte às duas quais têm sido as coisas mais difíceis sobre serem missionárias (separação
quando os filhos ficam nos Estados Unidos para estudar nas universidades e quando os netos
começam a nascer.)
3.
Pergunte a Janelle que influência teve sobre ela o compromisso de seus pais quando Deus a
chamou para ser missionária e enquanto ela serve como missionária.
4.
Pergunte a Carol como foi estar na África do Sul quando Lane e Janelle foram enviados para a
PNG e quando partiram para o campo missionário.
5.
Pergunte às duas que bênçãos têm tido na vida da sua família desde que obedeceram à chamada
de Deus.
Depois do tempo de pergunta & resposta, peça a “Janelle” ou a “Carol” para lerem em voz alta a carta
que Janelle escreveu aos seus pais (veja a parte final do conteúdo da lição).
Opção – “Aonde estou?”
Use a história de Janelle Fosnaugh para apontar num mapa do mundo todos os lugares onde ela
viveu. Exponha um grande mapa do mundo num lugar facilmente visto pela audiência.
Ao mencionar cada lugar onde Janelle já viveu (ex: África do Sul; Universidade Nazarena de
Olivet, no Illinois; Escola Indiana Sun Valley, no Arizona; Fort Wayne, no Indiana; Papua Nova
Guiné; Filipinas, etc.), ponha uma marca em cada lugar. À medida que fala sobre os seus filhos, conte
a história dos seus pais missionários, Norman e Carol Zurcher.
Variação: Imprima o nome de cada lugar em folhas de papel individuais e depois prenda-as ao
local apropriado no mapa ou ate uma fita colorida desde o local no mapa até à folha de papel.
CHAMADA À ACÇÃO
•
•
•
Ore pelas crianças e jovens na sua igreja que presentemente têm uma chamada para o serviço
missionário. Encoraje-os de todas as formas possíveis. Ore para que Deus chame também a
outros.
Ore por todos os jovens nas universidades que estão a preparar-se para o serviço missionário.
Ore para que Deus lhes dê o par indicado, se esta fôr a Sua vontade para eles.
Escreva ou envie um e-mail aos filhos de missionários que estão na universidade e cujos pais
estejam presentemente no campo missionário. Envie uma encomenda como demonstração de
carinho, um cartão telefónico, ou um cartão de oferta de descontos em lojas.
23
•
•
Encoraje as pessoas na sua igreja cujos filhos ou netos estejam agora a servir como
missionários.
Distribua papel de carta a cada pessoa na audiência; peça-lhes para escreverem uma breve
mensagem de agradecimento aos seus missionários de E.L.O.S. ou missionário oriundo da sua
igreja local. Expresse o apreço pela sua boa vontade em estarem separados das suas restantes
famílias a fim de responderem à chamada de Deus para as suas vidas. Envie as cartas todas
juntas dentro de um grande envelope ou de uma encomenda.
LIÇÃO 5: OS FILHOS DE MISSIONÁRIOS TAMBÉM SÃO
FAMÍLIA MISSIONÁRIA!
Judi Wiegman
OBJECTIVO
Compreender melhor o papel que os filhos de missionários desempenham na obediência à Grande
Comissão.
INFORMAÇÃO DA LIÇÃO
Introdução
Existem presentemente 204 filhos de missionários em idades inferiores à universitária. Os filhos
de missionários têm três famílias: a família nuclear, a restante família e a família missionária/igreja.
Muitos filhos de missionários são pessoas de terceira cultura. Eles crescem numa mistura de culturas,
passando a maior parte dos seus anos de formação em duas ou mais culturas. Os missionários tentam
dar aos filhos um sentido da sua cultura de “origem” através de livros, CDs, vídeos, DVDs e da
celebração de feriados da cultura para a qual possivelmente irão voltar quando forem jovens adultos.
Muitos filhos de terceira cultura, incluindo os filhos de missionários, têm de aprender a adaptarse a muitas perdas nas suas vidas: perda da cultura, estatus, estilo de vida, bens e relacionamentos.
Filhos de militares, de diplomatas no estrangeiro e homens de negócios internacionais também
enfrentam desafios semelhantes aos dos filhos de missionários.
Existem 60 filhos de missionários matriculados em colégios e universidades. Uma das
dificuldades de adaptação que os pais missionários enfrentam é deixar os seus filhos jovens adultos na
sua cultura original para obterem uma educação no ensino superior e/ou para casarem enquanto os pais
regressam ao campo missionário.
A educação é normalmente a única área mais difícil, na vida de uma família missionária, para os
pais resolverem para os seus filhos. Se as escolas locais não forem a melhor solução, o ensino em casa,
as escolas por correspondência e as escolas internas são as opções. Escolas internacionais ou para
filhos de missionários são uma escolha excelente.
Um dos eventos mais benéficos para um filho adulto de missionário é poder regressar ao país
onde viveu enquanto os seus pais servíam como missionários.
Uma Espreitadela na Vida de Um Filho de Missionário
Os filhos e filhas de missionários vão à escola, fazem jogos com os amigos, celebram feriados e
desenvolvem hobbies. Alguns filhos de missionários nasceram no país onde os pais servem, outros
mudaram-se para a cultura do ministério de seus pais quando eram crianças ou adolescentes. Quando
os adultos respondem à chamada para missões, isto tem um efeito profundo em todos os membros da
sua família. Porque os pais foram enviados para várias áreas mundiais, muitos filhos de missionários
encontram oportunidades pouco habituais de se envolverem no ministério juntamente com os pais, e
em muitos casos desenvolveram um ministério “pessoal” próprio. Parece excitante? Realmente pode
ser. Aventura e novos desafios podem ser os ingredientes habituais na vida de um filho de missionário.
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Esta lição é dedicada aos filhos de missionários: aqueles que vivem agora com os pais em
ambientes transculturais e antigos filhos de missionários que estão agora envolvidos em algum tipo de
esforço missionário. Estes jovens tiveram ricas experiências de vida que frequentemente os moldam
em seguidores fortes, eficazes de Jesus Cristo. Eles viajaram, dormiram em lugares estranhos,
comeram alimentos estranhos, ouviram línguas estranhas e intentaram tarefas estranhas nas suas curtas
vidas.
As histórias seguintes estão apresentadas de forma a que seja possível que as experiências de
vida dos filhos de missionários sejam compartilhadas como deliciosos prazeres nas jornadas das suas
vidas.
Danielle Schmelzenbach: Gelado Com Pedaços de Chocolate
Danielle é a filha adolescente de Harmon e Cindy Schmelzenbach. Danielle representa a quinta
geração de Schmelzenbachs que vivem no campo missionário. Os seus pais estão presentemente
designados para a Região da Ásia Pacífico, onde o pai é o comandante dos Ministérios Nazarenos
Marítimos, incluindo o Barco Fiji. Ela compartilha as suas aventuras missionárias com o irmão mais
novo, Quinton.
Danielle tem se envolvido no seu próprio ministério único com as crianças das Fiji. Ouçam a sua
história:
Já vivíamos há bastante tempo no Galileu antes de termos uma casa em terra. O meu irmão e eu
tínhamos de ser capazes de nadar uma volta completa ao redor do barco antes de termos permissão
para estar no convés sem os coletes salva-vidas.
Tenho tido muitas aventuras entusiasmantes na minha vida. Uma delas foi ajudar a Cheryl
Crouch a escrever o livro missionário para crianças “A Aventura do Barco Fiji”. Outra foi tirar
fotografias numa cerimónia onde um grande caixote de abastecimentos médicos foi entregue ao
hospital. Antes do evento terminar eu tinha 10 máquinas fotográficas para tirar fotografias específicas.
O envio dos meus pais para aqui causou realmente um impacto na minha vida. Já não sou a
mesma pessoa que seria na América. Uma coisa que compreendi foi que “nós não somos deste
mundo”. Pertencemos ao Céu.
Um dos maiores desafios para mim é a barreira da língua. Gosto muito de falar fijiano apesar de
algumas vezes a minha gramática imperfeita fazer de mim uma idiota. A língua é muito musical, por
isso o som vai mais longe na selva.
Quando os ciclones ameaçam a área, quando o meu pai está a viajar, ajudo a orar e a manter um
olho no tempo.
Porque uso um anel da pureza, que me foi dado pela minha mãe, fazem-me muitas perguntas. A
palavra espalhou-se sobre o seu significado, e outros reclamam o seu alto significado. Muitos dos
nossos padrões como família falam às pessoas aqui.
Uma vez assisti a um culto onde os pastores locais foram ordenados, e depois fui encharcada
pelas crianças, o que é um costume local do Ano Novo.
Desenvolvi um relacionamento próximo com uma menina chamada Vateria. Ela tem o sorriso
mais bonito que alguma vez vi. Gosta de ir comigo para todo o lado, senta-se comigo na igreja e
ajuda-me a aprender fijiano. Ela ouviu o evangelho. Espero que as histórias que eu lhe conto e o modo
como actuo reforcem o cristianismo para ela. Também tive a oportunidade de testemunhar aos turistas
que aqui vêm. Tento viver as minhas crenças cristãs de forma natural diante deles.
Gosto de ser filha de missionário! Gosto de ver como Deus actua para quebrar as barreiras
culturais e linguísticas. Uma das minhas maiores emoções foi no dia em que as crianças daqui
venceram o medo que tinham desta “estrangeira”. Nesse dia, todas elas se sentaram no meu colo e eu
senti-me muito feliz e “esmagada”!
Gosto de trabalhar com crianças e tenho muitas oportunidades nas ilhas exteriores. Conto
histórias, faço trabalhos manuais e jogos. Também me envolvi nuns princípios de aventuras tais como
ficar presa em lama negra, escalar encostas, saltar de rochas para o rio e aprender a abrir côcos!
É bom estar na crista do trabalho missionário aqui. Não tenho a certeza sobre o que Deus quer
que eu faça com a minha vida, mas sei que serei uma missionária.
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Kolene Hintz e Verne Ward IV também foram criados em lares missionários. Enquanto jovens
adultos cada um deles escolheu servir no Corpo Missionário (Nazarenos Em Serviço Voluntário).
Kolene Baty Hintz:
Kolene Hintz é filha de Duane e Sue Baty, anteriormente designados para as Filipinas. Duane
trabalha agora para o Departamento das Missões Mundiais, no Escritório de Voluntariado. De seguida
temos o testemunho de Kolene e as suas reflexões sobre a vida de filha de missionário.
Os meus pais foram para o campo missionário quando eu tinha cinco anos de idade. A minha
irmã e eu crescemos nas Filipinas. Pedi a Jesus para ser o meu Salvador quando estava no primeiro
ano da escola. Gostei de crescer nas Filipinas e de ser rodeada por outros missionários, “tios, tias e
primos”. Viver num país diferente dá uma perspectiva única sobre a vida. Ver os meus pais a caminhar
com o Senhor foi a minha maior influência.
Tive a oportunidade de participar no ministério desde muito nova. A minha mãe ensinava numa
classe de Escola Dominical, na nossa pequena igreja, e todas as crianças mais pequenas assistíam. A
minha irmã e eu podíamos ajudar nesse ministério ensinando às outras crianças as histórias bíblicas
que sabíamos. Durante o meu último ano nas Filipinas, os meus pais estavam a servir no Cambodia,
por isso fui para uma escola interna, na Academia da Fé, em Manila. Gostei da escola interna e de
poder visitar regularmente a leprosaria, onde íamos de duas em duas semanas. Havia sempre crianças
a quem podíamos ter a oportunidade de ministrar.
Matriculei-me na Universidade Nazarena de MidAmerica, em Olathe, no Kansas, e casei-me
com Rob Hintz. Durante o nosso segundo ano de casamento, ensinámos inglês na Coreia.
Actualmente, estamos de volta às Filipinas, e eu ensino o segundo ano na Academia da Fé enquanto
Rob frequenta o Seminário Teológico Nazareno da Ásia Pacífico, trabalhando no seu Mestrado em
divindade. Estamos cá como voluntários do Corpo Missionário, apesar do Rob ter um visto de
estudante. Temos muitas oportunidades de ministério aqui, onde as pessoas falam o tagalog, a língua
nacional, e o inglês. É fácil ministrar em inglês, mas estamos a tentar aprender o tagalog para que
possamos comunicar com aqueles que vivem fora da cidade.
A nossa igreja local está a preparar a plantação de uma igreja próximo de nós. Rob e eu iremos
assistir a essa nova congregação. Apesar de haver outras igrejas nas redondezas, Manila tem uma
densidade populacional tão elevada que mais igrejas são necessárias. A Igreja do Nazareno em Manila
está a tentar produzir igrejas auto-sustentadas e líderes nacionais fortes. As Filipinas são sobretudo
uma nação católica. A maioria das pessoas aqui são simpáticas e querem aumentar os seus
conhecimentos em inglês. Isto cria para nós oportunidades de testemunhar às pessoas. O meu marido e
eu temos planos de ir para missões. Apesar de ambos termos a Ásia no coração, iremos servir em
qualquer país para onde o Senhor nos chamar.
Verne Ward IV:
Verne Ward IV nasceu na América, mas cresceu na Papua Nova Guiné como filho de
missionário. Os pais, Verne e Natalie, têm quatro filhos. Verne Ward III foi escolhido como Director
da Região Ásia Pacífico, em 2004.
Verne IV está presentemente a trabalhar no escritório regional da Ásia Pacífico. Graduou-se na
Universidade Nazarena do Noroeste.
Verne tem podido ligar-se com as pessoas ao nível do coração. As suas experiências como filho
de missionário deram-lhe oportunidades de amar as pessoas, de ouvir as suas histórias, de rir com elas
e chorar com elas.
Verne aprendeu que a necessidade de dizer adeus às pessoas, como filho de missionário,
significa que o coração vai sentir-se como se fosse partir. A experiência de aprender a amar e a dizer
adeus agita-se na nossa vida e traz a bênção de valorizarmos a amizade.
Quando Verne se voluntariou para passar um Verão na Argentina, não falava espanhol e o
colega de quarto não falava inglês. Mesmo assim, Verne descobriu a grande alegria de saber que as
acções e o coração falam mais alto que as palavras. Ele aprendeu que a amizade desenvolvida durante
aquelas seis semanas pode saber bem se Deus for o Senhor da nossa vida.
Verne aprendeu a comer uma grande variedade de novas substâncias – insectos, plantas, animais
e aranhas. Aprendeu que alguns são bons e outros são ...
26
Verne descobriu que as pessoas na Argentina vivem quase sem nada. Elas escolhem se as suas
circunstâncias vão fazê-las responder com amargura ou com alegria e contentamento em Cristo.
Compreendeu que as pessoas podem ter muitas posses, mas que essas coisas terrenas podem também
produzir a amargura da inveja e da ganância.
O envolvimento de Verne na igreja local e no seminário trouxe muitas oportunidades para
conhecer as pessoas a um nível mais profundo. Aprendeu coisas sobre a cultura argentina que o turista
normal nunca tem a oportunidade de aprender.
Verne aprendeu que as diversas culturas podem tomar formas diferentes. A Papua Nova Guiné,
a terra da sua infância tinha uma população de 5 milhões de pessoas. Na Argentina, ele viveu numa
cidade com 10 milhões de habitantes!
Enquanto Verne trabalhou com produções multimedia na Argentina, ajudou a produzir histórias
verdadeiras sobre os cristãos no Peru. Muitos deles tinham perdido tudo numa tragédia, contudo Deus
tomou conta deles através daqueles tempos difíceis.
Verne sentiu que Deus lhe pedia que desse o seu Verão como voluntário no campo missionário.
Verne tinha de ter vontade de desistir do dinheiro que podia ter ganho durante os meses de Verão. Ele
tinha de confiar em Deus. Uma semana antes dele deixar a Argentina, Deus proveu os fundos
necessários para a sua viagem.
As Realidades da Vida Para um Filho de Missionário
A vida de um filho de missionário soa como uma vida de aventura e entusiasmo. Embora isso
possa ser verdade, os filhos de missionários vivem em circunstâncias pouco habituais. A sua
capacidade de ultrapassar as dificuldades e de demonstrar flexibilidade em situações de desafio afecta
o seu bem-estar. Os filhos de missionários podem ser isolados de outras pessoas que compartilham a
cultura original dos pais. Os filhos de missionários frequentemente perdem a oportunidade de
desenvolver laços familiares com os avós, tias, tios e primos. Por vezes, um filho de missionário deve
deixar os pais e irmãos durante várias semanas ou meses, a fim de ir para uma escola interna. Estes
assuntos de separação podem ser muito difíceis para as crianças e adultos nas famílias missionárias.
Outro tempo de separação ocorre quando os pais missionários regressam ao lugar de ministério,
depois da divulgação missionária em casa, e os filhos jovens adultos têm de ficar na cultura original
dos pais para continuar a sua educação (normalmente num colégio ou universidade). Não só deve um
filho de missionário adaptar-se à vida longe dos pais e da cultura onde passou a sua infância, o filho de
missionário por vezes sente como se tivesse sido atirado para um ambiente social desconhecido e
desconfortável. Os missionários veteranos, Don e Barbara Messer, pastores dos missionários
nazarenos na sede em Kansas City, tentam servir como ligação para famílias cujas vidas abrangem
muitas culturas. As palavras encorajadoras das Escrituras trazem conforto e esperança às mães e aos
pais missionários que erguem em oração e apoiam os filhos em tempos de mudança: “Fiel é o que vos
chama, o qual também o fará.” (I Tessalonicenses 5:24, Almeida)
IDEIA DE APRESENTAÇÃO: “DIZER A VERDADE”
Prepare e Apresente
Escolha um dos filhos de missionários da lição para centro de atenção. Um painel de três adultos
ou adolescentes mais velhos fará perguntas a outro painel de três filhos de missionários, um a um. Isso
pode ser feito de muitas maneiras diferentes. Apenas um dos adolescentes, que faz de filho de
missionário da lição, “diz a verdade”. Depois da última pergunta, cada adolescente declara: “Eu sou o
verdadeiro (nome do filho de missionário da lição).” No final do programa, cada adulto adivinha qual
dos adolescentes é o filho de missionário. O “verdadeiro” filho de missionário levanta-se.
Opção – “Pergunte ao Seu Filho de Missionário”
Se existir um filho de missionário na sua congregação, ou bastante perto da sua comunidade,
pergunte se é permitido entrevistá-lo e filmá-lo. Apresente a entrevista durante o tempo de educação
missionária na igreja. Isto irá ajudar um filho de missionário a fazer parte do seu culto missionário,
sem ter, contudo, o embaraço de aparecer diante de uma multidão.
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CHAMADA À ACÇÃO
•
•
•
•
Ore pelos filhos de missionários, especialmente por aqueles que têm de estar longe dos pais por
causa da escola.
Contacte Don Messer, pastor dos missionários no Departamento da Missão Mundial, na sede em
Kansas City. Descubra se a sua igreja, classe de Escola Dominical, ou grupo de estudo bíblico
pode “adoptar” um filho de missionário durante um ano. Envie correspondência, ore e dê apoio
emocional a esse filho de missionário. Se o filho de missionário vive perto, convide-o a assistir
ao culto na sua igreja, para um fim de semana, ou para um dia em que possam compartilhar a
história da sua vida. Em troca, a sua igreja compartilha presentes e/ou ofertas monetárias com o
filho de missionário.
“Adopte” um filho de missionário do seu colégio ou universidade nazarena regional, para um
próximo feriado. Ofereça ou ore pelo seu transporte até à sua cidade, ofereça alojamento com
uma das famílias da igreja, que o incluam nas suas actividades familiares para o feriado.Honre o
filho de missionário com orações, reconhecimento (e talvez presentes) nos cultos de Domingo.
Levante uma oferta a enviar para a sede, a Don e Barbara Messer, destinada ao Retiro Anual
Para Filhos de Missionários em Colégios e Universidades.
LIÇÃO 6: OS MANNS – UMA FAMÍLIA VIRADA PARA
MISSÕES
Wes Eby
OBJECTIVO
Apreciar melhor a importância dos computadores e da Internet na tarefa do evangelismo mundial.
INFORMAÇÃO SOBRE A LIÇÃO
A Herança de Mann
Edward e Cora Mann, que cresceram no Nordeste dos Estados Unidos, conheceram-se no
Colégio Nazareno Oriental (CNO). Edward ficou no CNO durante 40 anos, como aluno, professor e
reitor, até ser eleito Comissário de Educação para a Igreja do Nazareno.
Edward e Cora tiveram quatro filhos: Ed, Merritt, Bob e Dick. Cada um destes homens
envolveram-se em profissões significativas, juntamente com as suas esposas. Ed passou a maior parte
da sua carreira na educação superior cristã, na Universidade Nazarena de MidAmerica, na
Universidade Nazarena de Mount Vernon e no CNO. Merrittt trabalhou para a IBM em marketing.
Bob é médico e tem consultório no Texas. Dick ensinou química na Universidade de Maryland e na
Universidade de Boston, e agora é engenheiro numa das maiores empresas de desenvolvimento
informático.
Cada um dos irmãos Mann tem se envolvido com algum tipo de missões. Enquanto professor no
CNO, Ed foi instrumental na ida de alunos do colégio para trabalhar em orfanatos na Roménia, mesmo
antes de existir uma presença nazarena oficial no país. Depois de Jon e Margaret Scott terem sido
nomeados missionários para a Roménia, o CNO desenvolveu um programa semestral no estrangeiro
para os seus alunos. Durante vários anos, Ed Mann dirigiu este programa, orientando alunos de CNO e
de outros Colégios Nazarenos que viviam, estudavam e ministravam na Roménia.
A carreira missionária de Merritt encontra-se a seguir a esta secção.
Bob, médico, fez numerosas viagens ao estrangeiro em resposta a desastres mundiais. Foi muito
notável o seu trabalho com o povo Kurdo, a seguir à Guerra do Golfo, em 1990, e uma viagem à
Albânia para ministrar aos refugiados do Kosovo. Bob também planeou uma viagem de profissionais
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da medicina ao Ruanda, no seguimento da crise de meados dos anos 90 naquele país. Ele serve numa
junta de directores e dirige um programa médico para um ministério no centro degradado da cidade de
Arlington, no Texas.
Durante muitos anos, Dick supervisionou um ministério às famílias de jovens detidos do centro
degradado da cidade de Boston.
O MISSIONÁRIO MERRITT MANN
Influência Missionária
Os pais de Merritt amavam profundamente a Igreja do Nazareno e todos os seus ministérios.
Eles passaram esse mesmo amor pela igreja aos filhos. Ao crescer na comunidade do Colégio
Nazareno Oriental e na Igreja do Colégio, em Wollaston, no Massachusetts, Merritt sentiu que muitas
pessoas causaram um impacto na sua vida para missões.
Uma dessas pessoas foi Edith Cove, uma professora de música do CNO. “Ela não era apenas
uma excelente professora”, diz Merritt, “mas amava profundamente as missões e patrocinava o
capítulo missionário para os filhos dos professores. Outras duas pessoas do nosso grupo, Margaret
Goodnow Howard e Beth Goodnow Merki, serviram mais tarde como missionárias nazarenas.”
Della Boggs e Irma Koffel, missionárias a longo prazo, falavam frequentemente na Igreja do
Colégio. “Elas davam imagens de África que capturavam a minha imaginação enquanto criança”,
continua Merritt. “Também recordo da fidelidade dos meus pais orando pelos Hetricks e os Stockwells
nas nossas devoções familiares.”
Preparação Missionária
Merritt estudou matemática no CNO e assegurou um trabalho na IBM dois dias depois da sua
graduação. “A IBM foi uma grande companhia onde trabalhei”, diz ele. “Eles davam uma grande
atenção à família e tratavam os empregados como valiosos IBMs. Cedo aprendi que não trabalhava
para os gerentes; trabalhava com eles.”
Merritt teve o privilégio de trabalhar no Projecto Mercúrio, o primeiro programa para o “homem
no espaço” e pôde conhecer dois dos primeiros sete astronautas, Gus Grissom e Deke Slayton. Merritt
também trabalhou no primeiro sistema de reservas automáticas para companhias aéreas.
A maior parte da carreira de 32 anos de Merritt na IBM foi passada na área de Washington,
D.C., em marketing. “Esta foi uma tarefa que muito me satisfez”, diz ele, “porque gostava mesmo
trabalhar com os meus clientes.” Cedo na sua carreira, enquanto era solteiro, Merritt tinha uma tarefa
temporária de quatro meses em Cape Canaveral, na Florida. Enquanto frequentava a Igreja Central de
Orlando, o missionário Paul Orjala convidou Merritt para visitar o Haiti. “Agarrei a oportunidade”, diz
Merritt. “Foi uma experiência absolutamente incrível. Os missionários Paul e Mary Orjala e Harry e
Marion Rich eram anfitriões tremendos. Ainda tenho memórias vivas dos lugares, sons e cheiros.”
Merritt conheceu a esposa, Judy Andree, no CNO, não enquanto frequentava a escola. Depois da
graduação, ele regressou ao NCO num ano para actividades em casa. Com o encorajamento de um
amigo mútuo, Merritt e Judy tiveram o seu primeiro encontro. Casaram-se nove meses depois, em
1964. Têm dois filhos, Mark e Douglas.
Depois de Merritt se mudar para Washington, D.C., com a família, frequentavam a Primeira
Igreja de Washington, que tinha um forte programa missionário. Juntamente com muitos oradores
missionários, o pastor daquela época, Tom Nees, causou um impacto nos Manns por causa dos seus
esforços para alcançar as pessoas pobres.
Em 1991, Merritt teve a oportunidade de ter uma aposentação antecipada. Deus estava a montar
o palco para uma mudança dramática na vida e no futuro de Merritt.
Tarefa Missionária
Durante o Verão de 1990, o filho mais velho de Mann, Mark, visitou a antiga União Soviética
com a Vida Jovem, uma organização não-denominacional que trabalha com crianças e jovens. “Foi
uma experiência que lhe mudou a vida”, diz o pai. “Quando perguntei a Mark como era sair da sua
zona de conforto, ele sugeriu que talvez eu fosse gostar de fazer uma coisa semelhante.”
29
Seis meses mais tarde, Merritt participou numa reunião da Junta Geral, em Kansas City. Ouviu o
Franklin Cook, Director da Região Eurásia naquela época, falar sobre as oportunidades de ministério
na Europa de Leste e na União Soviética desde a queda do Muro de Berlim. “Enquanto ele falava”, diz
Merritt, “senti uma vontade esmagadora de falar com o Franklin sobre como poderia ajudar. Fiquei
entusiasmado quando ele disse que precisavam de ajuda na mudança de recursos “do Oeste para o
Leste”. Depois de um encontro com o Dr. Robert Scott, Director do Departamento da Missão Mundial
naquela época, voluntariei-me para servir por tempo indeterminado.”
A primeira tarefa de Merritt foi de coordenar os Ministérios Nazarenos de Compaixão (MNC)
para a Região Eurásia. Trabalhando com os missionários Hermann Gschwandtner, da Alemanha, eles
usaram os MNC para ajudar a abrir o trabalho da Igreja do Nazareno na Rússia, Ucrânia, Kazaquistão,
Roménia, Bulgária e Albânia.
Dois anos mais tarde, o Dr. Cook pediu a Merritt para desenvolver fundos para projectos
especiais, especialmente para a compra de edifícios nas cidades capitais nos novos países onde se
estava a entrar. Também em 1993, Louie Bustle, Director da Missão Mundial, pediu a Merritt para
aceitar uma tarefa especializada como missionário. “Este foi um reconhecimento maravilhoso do meu
trabalho”, diz Merritt, “apesar de não viver noutra cultura.”
O trabalho de Merritt incluiu o desenvolvimento de parcerias missionárias na região Eurásia.
Este novo conceito integra a vida de leigos de uma forma mais pessoal com os missionários e o campo
missionário. Os parceiros encontram-se regularmente (pelo menos uma vez por ano) com os líderes de
área para encontrar formas criativas de ajudar os missionários e os seus sonhos. Também recrutam
parceiros potenciais e levam-nos ao campo missionário em “viagens de visão”.
À medida que outras regiões da Missão Mundial começaram a notar o benefício das parcerias,
foi pedido a Merritt que desse início a este tipo de grupos para outras regiões. Presentemente, a maior
parte do trabalho de Merritt é treinar outros líderes em conceitos de parcerias. Porque a maior parte do
desenvolvimento de parcerias ocorre nos Estados Unidos, Merritt e Judy vivem em Boston. Ele viaja
pela América e para outros países à medida que as necessidades surgem. Apesar da tarefa
especializada de Merritt ser ainda para com a Região Eurásia, ele já viajou e trabalhou com todas as
seis regiões da Missão Mundial.
A esposa de Merritt, Judy, não tem contrato missionário. O plano original era de os Mann
mudarem-se para a Europa e para Judy ensinar Inglês como segunda língua, no Colégio Nazareno
Europeu. Quando esse plano não se concretizou, ela ficou nos Estados unidos, ensinando Inglês como
segunda língua no sistemas de escola pública.
“Judy tem dado apoio e acreditado no meu trabalho”, diz Merritt, “e deu-me capacidade para
viajar quando a necessidade surge.” Em certas ocasiões, ela pode viajar com o marido. Por vezes, ela
ajuda a montar o programa de Inglês como segunda língua para uso dos missionários no seu campo de
trabalho, uma vez que aprender inglês é uma grande prioridade em muitas partes do mundo.
Desafios e Recompensas Missionárias
“Um grande desafio”, diz Merritt, “tem sido adaptar-me a este trabalho para a igreja depois de
trabalhar durante tantos anos no mundo dos negócios. Estava acostumado ao ambiente de escritório
com a minha ‘equipa’ por perto”, admite. “Na minha tarefa missionária, tive de me adaptar a trabalhar
fora de casa com a minha ‘equipa’ em áreas remotas do mundo e em Kansas City. Por outro lado,
quando estou nos vários países com os nossos líderes nacionais e a minha equipa missionária, as
recompensas são grandes.”
Merritt diz que a sua recompensa como missionário tem três partes: (1) Ver as vidas
transformadas de líderes nacionais emergentes. “Conheço algumas destas pessoas há 12 anos”, diz
ele, “e é uma alegria vê-los crescer na fé e tornarem-se líderes na igreja.” (2) O privilégio de trabalhar
com outros missionários. “Os relacionamentos que se desenvolveram à medida que trabalhamos
juntos”, diz Merritt, “não podem ser medidos. Os nossos missionários são incríveis.” (3) A
capacidade de trazer outros leigos para um relacionamento mais próximo com a empresa da Missão
Mundial e de os ver a usar os dons dados por Deus a fim de ajudarem os nossos missionários. “Não só
estamos a trazer recursos necessários para o nosso programa missionário”, diz ele, “como estamos a
ajudar a realçar significativamente a visão mundial dos nossos parceiros.”
OS MISSIONÁRIOS DOUGLAS E JENNIFER MANN
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Influência Missionária
Douglas, normalmente chamado Doug, sente que a influência para missões não só veio dos pais
e avós do lado Mann, como veio da família da mãe. O seu avô materno, John Andree, era pastor e
filho de pastor. “Eles eram grandes apoiantes do esforço missionário da Igreja do Nazareno”, diz
Doug. “E as minhas avós, Mary Andree e Cora Mann, eram bem conhecidas pelos seus dons de
hospitalidade e eram rochas de apoio para os seus maridos.”
O irmão mais velho de Doug, Mark, esteve directamente envolvido em missões durante uns
anos. Em 1989, ele ofereceu-se como voluntário com os Jovens Em Missão (JEM) na Irlanda e
Irlanda do Norte. Em 1991, foi a Moscovo, na Rússia, com a Vida Jovem. Isto deu origem ao seu
regresso a Moscovo no ano seguinte com os JEM. Os missionários Chuck e Carla Sunberg pediram a
Mark para ficar durante mais um ano como membro do Corpo Missionário (Nazarenos Em Serviço
Voluntário).
Os avós maternos de Jennifer eram activos no movimento de santidade na Escócia, no início do
Século 20. Ele era um pregador leigo e tinha uma carrinha de livros cristãos vendendo Bíblias e
literatura cristã, enquanto ela dirigia um lar de crianças para adopção. Os avós paternos de Jennifer
estão aposentados do ministério na Igreja do Nazareno. “O meu avô serviu a igreja durante mais de
50 anos”, diz Jen, “com a minha avó ao seu lado.” Ambos estão envolvidos com as MNI até à
presente data. A avó foi a Presidente Distrital de MNI no Distrito Sul das Ilhas Britânicas, durante
quase 20 anos.
Os pais de Jen, Philip e Laura Weaterill também têm estado muito envolvidos em missões. O
pai assumiu a liderança distrital de MNI depois da mãe dele e tem servido durante 13 anos. Ele agora
serve no Conselho Geral de MNI, como representante da Região Eurásia. A mãe de Jen é uma
enfermeira aposentada. “Ela tem as pessoas no coração”, diz Jen. “Ela tem sido e continua a ser um
grande exemplo sobre como ministrar às pessoas de forma amorosa e carinhosa.”
Chamada e Preparação Missionária
A jornada de Doug ao campo missionário, diz ele, fou uma “jornada familiar”. Aceitou a Cristo
como Salvador com a idade de cinco anos. À medida que crescia, surgiam muitos factores que o
levavam a preparar-se para as missões: igrejas fortemente direccionadas para missões; o trabalho da
mãe com estudantes de todo o mundo; as viagens missionários do irmão; e a mudança de carreira do
pai para missões. Quando Doug teve a oportunidade de participar numa viagem missionária à Costa
Rica, com o Colégio Nazareno Oriental (CNO), em 1990, ele agarrou a oportunidade.
Depois da graduação, seguiu os passos do irmão na antiga União Soviética, com os JEM, em
1993. Depois, no ano seguinte (1993-94), foi para a Ucrânia como membro do Corpo Missionário
(Nazarenos Em Serviço Voluntário). Esta experiência na Ucrânia foi difícil para Doug. Quando os
missionários se ausentaram do trabalho, Doug viu-se como o único estrangeiro na Ucrânia a trabalhar
na igreja do Nazareno durante três meses. Ele admite que regressou a casa a pensar que nunca mais
faria uma coisa dessas.
De volta aos Estados Unidos, começou a sentir que Deus o chamava para o ministério a tempo
integral. Ele tinha conhecido Dana Walling em Moscovo, e Dana tinha-o convidado a trabalhar como
interno em desenvolvimento espiritual na Universidade Nazarena de Point Loma (UNPL). Durante os
próximos três anos, ele trabalhou para obter o grau de Mestrado em teologia. Durante estes anos na
UNPL, Doug teve a oportunidade de levar equipas de alunos em viagens missionárias à Rússia,
Zâmbia, Zimbabwe, México e ao centro degradado da cidade de Los Angeles. “Deus ajudou-me a
reflectir sobre as minhas experiências na Ucrânia através de muitas lentes diferentes”, diz Doug, “ao
me envolver com o ministério transcultural. Pouco a pouco, Deus começou a revelar-me que a minha
chamada era para missões.”
Jen, tal como o marido, tornou-se cristã quando era muito nova. “Tinha apenas quatro anos
quando pedi à minha mãe para orar comigo porque queria ter Jesus no meu coração”, diz ela. Os dois
casais de avós foram um apoio e encorajamento, orando consistentemente para que Deus a guiasse.
“De muitas formas”, diz ela, “os meus pais tiveram a maior influência na minha jornada em me tornar
numa missionária.” Enquanto o pai foi o Presidente Distrital de MNI, os pais receberam muitos
missionários em sua casa e Jen gostava de falar com eles sobre o seu trabalho. “O meu pai
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encorajava-me sempre a ler livros missionários e a ser um bichinho dos livros”, diz ela. “Adoro
livros!”
Jen sentiu a chamada de Deus para missões com a idade de sete anos. “Lembro-me de uma
missionária que ficou com a minha família”, diz ela, “que trabalhava como enfermeira na Papua Nova
Guiné. O nome dela era Ellen Syvret. Durante a semana em que ela ficou connosco, senti que Deus
queria que eu também fosse missionária. De quatro em quatro anos, quando ela visitava a nossa
família, senti o aumento da chamada de Deus para ser missionária.”
A preparação de Jen para o campo missionário tem durado a vida toda. Ela viajou da Grã
Bretanha aos Estados Unidos para três Assembleias Gerais. “Estes foram tempos em que realmente
comecei a compreender quão grande é o mundo e quantas nações existem que precisam ouvir sobre o
Evangelho.” Ela também assistiu a três Conferências Regionais da JNI – “conferências que causaram
um profundo impacto na minha vida”, diz ela. “Em cada situação, Deus revelou mais do Seu plano
para a minha vida.”
Jen tem participado, durante vários anos, em projectos de juventude para centros degradados
das cidades do Reino Unido. Enquanto estava na Escola Secundária, ela participou numa equipa de
JEM a Portugal durante dois anos. Eles trabalharam com crianças de rua em localidades ao redor de
Lisboa durante a manhã e faziam caminhadas de oração noutras comunidades durante a tarde.
Quando chegou a altura de escolher a universidade, ela inscreveu-se em enfermagem, sentindo
que Deus a dirigia para os cuidados de saúde comunitários. Durante o terceiro ano, ficou gravemente
doente o que a impediu de se graduar como enfermeira treinada. “Passei muitas horas a falar com
Deus e a perguntar se a minha chamada era real ou apenas um sonho de infância. Apesar das minhas
dúvidas, Deus confirmou vez após vez que o Seu plano era usar-me no ministério transcultural. Era
apenas duro compreender como, sem ser uma enfermeira treinada.”
Então, Deus revelou o Seu plano. Ele trouxe Doug, que era missionário na Roménia, para a
vida de Jen. “Quando nos apaixonámos”, diz ela, “Deus começou a aproximar-nos pelo mesmo
caminho. Estávamos a ser chamados para sermos uma parceria de ministério transcultural.”
Tarefa Missionária
Depois das experiências de Doug no voluntariado durante vários anos e sentindo uma chamada
para missões, ele inscreveu-se para uma designação missionária. Em 1998, foi designado para a
Roménia. Uma ligação interessante é o facto de que a Roménia ser o país onde o seu tio Ed tinha
levado alunos do CNO para trabalhar em orfanatos. Primeiro Doug trabalhou em Bucareste, a capital,
para ajudar a estabelecer o escritório de área. Durante os cinco anos em que foi missionário na
Roménia, foi Coordenador de Área da JNI e serviu no Conselho da JNI da Região Eurásia.
Depois de algumas mudanças de pessoal, foi pedido a Doug que ocupasse o papel de
Superintendente Distrital (SD). Durante os seus últimos dois anos, ele viu-se às voltas com as tarefas
de SD e de gerente da Área Sudeste da Europa. Com estas responsabilidades, Doug esteve envolvido
com a maior parte dos aspectos do desenvolvimento da igreja, incluindo a educação teológica,
plantação de igrejas, cuidado pastoral, planeamento estratégico e finanças.
Quando Doug e Jen ficaram noivos, ele tinha um contrato de missionário de carreira (global).
Mas as políticas da missão requeriam que ele se demitisse na data do seu casamento (20 de Julho de
2003). Os recém casados imediatamente se inscreveram para servir como casal missionário e
passaram um ano no ministério no Reino Unido.
Em 2004, os Manns receberam uma comissão como missionários internos no Peru. Depois de
passarem um semestre em Kansas City, em sessões de orientação da Missão Mundial e classes no
Seminário Teológico Nazareno, partiram para o Peru em Janeiro de 2005. Depois de oito meses a
aprender o Espanhol, Doug assumiu o papel de assistente do Director de Missão, Marlon King. Ele
serve como gerente do escritório e facilita o trabalho das finanças da área e da educação teológica.
Jen é a Coordenadora dos Ministérios de Compaixão da Área e ajuda com o trabalho administrativo.
Desafios e Recompensas Missionárias
Para Doug, um grande desafio tem sido manter o equilíbrio entre o que é importante –
relacionamentos com Deus, a família, a igreja, os amigos e os perdidos, bem como manter um estilo
de vida saudável. Enquanto servia na Roménia, ele viu-se a desempenhar mais funções do que uma
pessoa pode aguentar, ele admite. “Saber quando dizer não e saber como estabelecer prioridades nas
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actividades e oportunidades de ministério foi sempre um desafio”, diz Doug. “Não é fácil, mas é um
dever.”
Uma das grandes alegrias que Doug tem experimentado é estar a ser usado por Deus para
influenciar positivamente os jovens para o Reino. “Tive a oportunidade única como jovem
missionário e solteiro”, diz ele, “de estabelecer ligações com jovens adultos. Vi-os entregar as suas
vidas a Jesus e a comprometerem-se em O servir.”
Uma experiência que permanece na mente de Doug é o tempo em que ele e Roberta Bustin,
uma voluntária, foram a um estudo bíblico numa aldeia romena. Três das cinco pessoas que assistiram
naquela noite tornaram-se seguidores de Jesus Cristo. E nos últimos três anos, o pequeno grupo
cresceu até ser uma igreja.
“É entusiasmante ver as vidas das pessoas transformadas pelo amor e a graça do nosso Senhor”,
diz ele. “Tem sido entusiasmente ver igrejas plantadas por obreiros nacionais que se estão a tornar em
líderes com uma paixão em ganhar os perdidos para Cristo.”
IDEIA PARA APRESENTAÇÃO: “OVOS DE PÁSCOA ROMENOS”
Prepare e Apresente
Uma vez que a Roménia é famosa pelos belos ovos pintados à mão, use este facto como base da
sua lição. Esta lição pode ser planeada para a época da Páscoa.
Escolha breves partes da lição (2-3 frases cada) que quer apresentar. Faça cópias das partes,
dobre-as em pequenos quadrados e coloque-as dentro de ovos de Páscoa de plástico. Com um
marcador, escreva um número na parte exterior do ovo indicando a ordem das partes da lição.
Coloque os ovos num cesto.
Seleccione pessoas (que leiam bem) para escolherem um ovo no cesto. Depois diga: “Hoje nós
temos uma história nos nossos Ovos de Páscoa que vai nos contar sobre uma das nossas famílias
missionárias.” Peça à pessoa com o número 1 para a brir o ovo e ler em voz alta. Como apresentador
da lição, dê mais informação do que aquela que acabou de ser lida. (Nota: Uma vez que isto requer
que as pessoas leiam em voz alta sem terem visto antes as partes, é necessário que as partes sejam
curtas. Como apresentador da lição, você pode adicionar outra informação importante.) Continue da
mesma forma até todos os ovos terem sido abertos e lidos.
Aqui estão algumas ideias. Adicione as suas próprias ideias criativas.
•
Coloque cestos de ovos coloridos ao redor da sala para criar ambiente.
•
Faça um concurso de ovos de Páscoa pintados pelas crianças. Ofereça ovos de chocolate como
prémios.
•
Sirva pratos com “ovos” durante o lanche.
•
Use ovos em cartão como pratos de oferta.
Opção – “Uma Reunião da Família Mann”
Planeie uma Reunião da Família Mann para o centro de actividades da igreja ou sala de
convívio. Tome nota de todos os nomes dos membros da família mencionados na lição. Faça crachás
para cada um deles e coloque-os ao peito de outras tantas pessoas. (Nota: Se a congregação for
pequena, escolha nomes suficientes para todos representarem um membro da família Mann.)
Designe três pessoas para representar Merritt Mann, Doug Mann e Jen Mann. Faça cópias da
lição para cada um e peça-lhes para estudarem as partes e estarem preparados para contar as suas
histórias na “reunião”. Se não for prático ter três pessoas, use apenas uma ou duas.)
Planeie uma refeição agradável para todos. Organize uma refeição tradicional de farnel (cada
um traz uma comida/parte da refeição). Inclua alguns jogos, se desejar. Certifique-se de que planeia
actividades para as crianças e os jovens. Depois da refeição, peça às pessoas que representam as
partes de Merritt, Doug e Jen para contarem as suas histórias.
Seja criativo e faça disto uma atmosfera de reunião familiar divertida.
CHAMADA À ACÇÃO
33
•
•
•
•
•
Ore por Merritt Mann enquanto ele continua a dirigir o treinamento para parcerias missionárias
ao redor do mundo.
Ore por Doug e Jen Mann enquanto eles iniciam a sua tarefa missionária no Peru.
Escreva uma nota de encorajamento ou envie uma encomenda para:
Mr. Merritt Mann, 49 Mountain Ash Lane, Pembroke, MA 02359, USA.
Mr. Douglas e Jennifer Mann, Apartado 453, Callao 01, PERU
Escreva aos Manns e peça-lhes pedidos específicos de oração, prometendo orar por eles
fielmente todos os dias durante um mês.
Envie um conjunto de livros missionários a Doug e Jen Mann no Peru.
LIÇÃO 7: A FAMÍLIA MISSIONÁRIA RICH
Marion K. Rich
OBJECTIVO
Compreender melhor como a atenção intencional dos pais sobre o Cristianismo global causa impacto
na chamada para missões e no apoio missionário dos filhos.
INFORMAÇÃO SOBRE A LIÇÃO
Os Rich em Missão
O som estridente do telefone, durante a noite, assustou Harry e Marion Rich. O filho, Dwight,
estava a telefonar da reunião da Junta Geral, em Fevereiro de 1984. “Vamos para o Equador!”,
exclamou Dwight com entusiasmo. Ele e a sua esposa, Carolyn, tinham sido designados naquela
ocasião como missionários nazarenos. Harry and Marion ficaram completamente atordoados com a
escolha do país para onde Dwight e Carolyn foram designados, mas compartilharam o seu
entusiasmo. Depois dos parabéns e desejos de felicidades, desligaram o telefone e começaram a
processar as novidades.
Muitas perguntas passaram pelas mentes de Harry e Marion. Algumas foram expressas por eles,
outras não. Equador? Parecia ficar tão distante! Não era esse um país de expressão espanhola? Como
podiam enviar o Dwight para um país de expressão espanhola, quando ele já era fluente em francês e
criolo? Ele estava culturalmente adaptado ao povo do Haiti. Tinha crescido no Haiti desde os três
anos de idade até à sua ida para a universidade. Silenciosamente, pensava nas notícias dadas pelo
filho. O Senhor aproximou-se com um profundo sentido da Sua presença e recordou-lhes que eles
sempre Lhe dedicaram os filhos e sempre oraram para que a Sua vontade fosse feita nas suas vidas.
As palavras de um velho hino vieram às suas mentes: “Dá os teus filhos para levar a glória da
mensagem:”
O trabalho das missões sempre foi querido para Harry e Marion. No seu primeiro pastorado,
acabados de sair do colégio, eles promoveram um programa vivo para missões na nova igreja que
tinham plantado. Passados cinco anos a igreja estava estabelecida. Um dia, Harry chegou a casa
depois de visitar alguns membros e disse a Marion que precisava falar com ela.
“Tu sabes que quando fui salvo na Marinha dos Estados Unidos, a caminho de um baile”, disse
ele, “o Senhor mudou realmente a minha vida. Visitei 23 países diferentes onde o navio atracava. Mas
existe um pequeno país nas Caraíbas chamado Haiti. Nunca consegui esquecer as grande
necessidades que ali existem.”
Harry continuou a relatar a experiência de sentir a densidade das trevas e a superstição do país
enquanto ele andava em patrulha em terra. Os seus deveres eram manter a ordem entre os marinheiros
americanos que frequentavam os bares e as casas de má reputação. À noite, enquanto ele e o seu
companheiro de navio andavam pela escuridão, podiam ouvir o bater incessante dos tambores de
vudo. Quando regressou ao navio nessa noite, ajoelhou-se e orou: “Senhor, envia a Igreja do
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Nazareno a esta pequena ilha.” Ele não sonhava que um dia ele mesmo seria parte da resposta àquela
oração.
Harry Rich no Haiti
Depois da conversa de Harry com a esposa na casa pastoral, Harry e Marion imediatamente
enviaram a sua inscrição para o Departamento da Missão Mundial. Pouco depois, eles foram
chamados para as entrevistas e designados como missionários para o Haiti.
Em 1957, Harry, Marion e o filho de três anos, Dwight, navegavam no U.S.S. Panama Line
para Port-au-Prince, no Haiti. Era manhã cedo, quando o barco chegou ao porto de desembarque – um
desses dias de Outono de azul vivo, reluzente com o sol e as frescas brisas marinhas. Acharam que o
Haiti era uma ilha bonita, mas um país de contrastes. Por um lado, o Haiti é uma terra de beleza
magnífica, e por outro lado, uma terra de terrível pobreza. Viram as montanhas majestosas – verdes e
maravilhosas no seu ambiente tropical. Mas eles também viram pequenas crianças com estômagos
inchados de malnutrição, pessoas com farrapos e famílias vivendo em desespero. Em breve
aprenderam que mais de três quartos da população sofre constantemente de malária e de outras
doenças tropicais. A tuberculose, a SIDA e muitas outras doenças campeiam na ilha.
Durante os seus 14 anos no Haiti, os Rich experimentaram o charme da cultura com sabor
francês, viram as massas de rebentos de buganvílias e ouviram os tambores de vudo à noite. Amaram
o povo meigo e gentil e o seu notável espírito tenaz, as crianças com os grandes olhos escuros. E eles
sentiram-se amados também. Harry e Marion ensinavam na escola bíblica para treinar pastores e
visitavam Igrejas do Nazareno, pregando e realizando avivamentos. Harry supervisionava os
projectos de construção, fazia a manutenção dos veículos para estarem em boas condições e servia
como Director da Escola Bíblica e Superintendente do Campo.
Enquanto esteve no Haiti, nasceram-lhe duas filhas, Sharon e Vicki. Hoje, ambas são casadas
com ministros, ambas amam o trabalho de missões. Têm estado directamente envolvidas num
ambiente multicultural, enquanto viveram no Quebec, no Canadá, e também nas suas visitas a outros
países.
Pequenininho, Dwight rapidamente se adaptou ao Haiti, mas nalguns dias ele se sentia frustrado
por tantas pessoas falarem com ele em línguas que ele não compreendia. Um dia, sentou-se na
varanda do Instituto Americano-Haitiano onde Harry e Marion estavam a estudar o francês. Não
repararam que o professor passava por Dwight e lhe falava em francês. No seu desespero, Dwight
apontou o dedo ao professor e respondeu: “Cabeça de côco!” Umas semanas mais tarde, Harry e
Marion convidaram o professor para jantar. Ele menciou o comentário de Dwight e como ele se sentiu
insultado. Quando chegou a casa, o professor foi ver ao espelho a sua cabeça, virando-a em várias
direcções. Depois, começou a rir de si mesmo, compreendendo que ele estava incomodado com o
reparo de um menino de três anos.
Quando Dwight era um jovem adolescente, foi lhe pedido que escrevesse um artigo para uma
revista de jovens sobre a sua vida no campo missionário. Seguidamente, temos as impressões de
Dwight, com 14 anos de idade, ao crescer como filho de missionário.
“Vivo no Haiti, uma bonita ilha das Caraíbas. O Haiti é uma fascinante República Negra
habitada pelas pessoas mais amigáveis e bondosas do mundo. O francês é a língua oficial. Mas toda a
gente fala criolo. A cultura é muito primitiva. Durante o calor do início da tarde eu faço o trabalho de
casa, toco piano e passo tempo a ler.”
“Mas o tempo mais maravilhoso e entusiasmante do dia chega às quatro horas da tarde, quando
os alunos da escola bíblica começam o tempo de convívio. Vou para o campo jogar com os
estudantes. Em alguns meses o futebol é a moda e eu prefiro jogar futebol do que comer. Noutros
meses, o voleibol é o desporto popular e este também é um grande divertimento. Gosto de jogar com
os nossos alunos e fazemos muitas brincadeiras juntos.”
“De vez em quando, faço uma viagem de fim de semana com o meu pai às montanhas ou ao
interior a fim de visitar as nossas igrejas haitianas. Levamos o Jeep até onde ainda houver estrada,
depois montamos a cavalo e seguimos pelo caminho ingreme da montanha. Dormimos em casas
haitianas com chão em terra batida e telhados de colmo, e comemos comida haitiana. Às vezes, vou
na traseira da motorizada do meu pai e vamos para a planície às nossas igrejas. Isto é sempre
entusiasmante, especialmente ir pelos rios quando quase que nos enterramos nas poças de lama.
Falando de máquinas vibrantes – uma motorizada nas nossas estradas acidentadas é imbatível.”
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“Perguntas-me: ‘Tens uma vida normal?’ Talvez a minha vida seja algo diferente da vida nos
Estados Unidos. Mas eu devo dizer que há aventura e entusiasmo no campo missionário. Neste fim de
semana, um dos meu amigos americanos, de uma outra missão, está a planear acampar comigo.
Provavelmente vamos andar a pé, nadar e jogar à bola, ao tenis e ao ping-pong.”
“Sinto-me em casa no Haiti. Gosto de crescer aqui. Mas também sinto que sou um missionário
pelos meus próprios direitos. Gosto de ver as pessoas a converterem-se e a sair do vudo e do pecado
para servir a Cristo como Salvador. Gosto especialmente de ir à queima dos feitiços de vudo e depois
ver a transformação que Cristo faz nas vidas daqueles que O servem. Espero que a minha vida seja
um exemplo e um testemunho para Cristo não só na minha escola, mas diante do nosso povo
haitiano.”
Dwight tinha 14 anos quando sentiu pela primeira vez o desejo de pregar o evangelho. Aos 15
anos, enquanto estava em divulgação missionária a viver em Kansas City com a família, Dwight foi
com uma equipa IMPACTO de jovens a Brownsville, no Texas. À medida que trabalhava com as
crianças de expressão espanhola numa Escola Bíblica de Férias, sentiu que o Senhor queria que ele
fosse ministrar num ambiente transcultural.
Dwight Rich no Equador
Depois de completar a sua educação e ordenação, Dwight chegou a Quito, no Equador, com a
esposa, Carolyn, e o filho de dois anos de idade, Bryan. Tinham passado um ano a estudar a língua na
Costa Rica e estavam agora desejosos de começar a sua carreira missionária. Carolyn recebeu a
chamada para ser missionária quando era adolescente. A chamada de Deus tinha chegado enquanto
ela lia livros missionários escrito por Helen Temple. Depois da graduação da Escola Secundária,
Carolyn matriculou-se na Universidade Nazarena de MidAmerica, em Olathe, no Kansas. A sua
colega de quarto era uma filha de missionário que tinha nascido no Haiti – Sharon Rich. Durante as
visitas de fim de semana a casa de Sharon, Carolyn iniciou uma amizade com o irmão mais velho de
Sharon, Dwight. Em breve Carolyn e Dwight Rich estavam apaixonados. Sharon graduou-se na UNM
com os estudos de enfermagem completos, e Dwight continuou os estudos no Seminário Teológico
Nazareno. O casamento levou-os a trabalhar juntos, como equipa, com alvos semelhantes de ver
almas ganhas para o reino de Deus.
As Riquezas da Misericórdia de Deus
Dwight foi nomeado Superintendente para o Distrito Sierra no Equador, que consiste nas
regiões de montanha e de selva. Ajudava os pastores nacionais no crescimento de igreja, na procura
de possíveis locais de construção, na observação de áreas para um possível início de novas igrejas, e
pregava aos Domingo em qualquer igreja que estivesse a visitar.
Tudo isso mudou, no entanto, quando Dwight foi ferido gravemente num acidente de carro/
motorizada. Ele estava a viajar numa auto-estrada de Quito, na sua motorizada, um carro colocou-se
de repente à sua frente. Quando ele começou a buzinar e tentou fazer a ultrassagem, o condutor do
carro parou abruptamente e bloqueou-lhe a estrada. Ao tentar sair da frente do veículo, Dwight voou
4 a 6 metros por cima do carro. Quando ele aterrou, as duas pernas ficaram severamente quebradas.
Tentou levantar-se mas as pernas pareciam gelatina. Quando olhou para baixo pôde ver um osso saído
das calças. Ele tinha de estar na selva dentro de uma hora e a sua primeira reacção foi: “Espero que
eles ponham o gesso rapidamente para eu poder ir embora.” Dwight permaneceu consciente até
Carolyn chegar à sala de emergência do hospital e ele lhe entregou a sua carteira. Essa foi a última
coisa que ele recorda daquela semana.
A sua situação tornou-se bastante crítica. Dentro de 30 horas, ele começou a ter uma embolia de
gordura, em que a gordura do tutano do osso começou a entrar na corrente sanguínea, viajando dos
pulmões para o cérebro. Perdeu todas as faculdades mentais. Uma semana depois do acidente, os
médicos tentaram operar-lhe as pernas. Quando a pré-anestesia lhe foi ministrada, os seus sinais vitais
caíram perigosamente. Deram lhe uma injecção para fazer a contra-reacção e ele reviveu. Finalmente,
na semana seguinte foi possível fazer-se a tão necessária cirurgia. Dwight tem placas de aço nas duas
pernas, e depois de várias cirurgias e de uma longa recuperação, ele pode fazer tudo o que fazia antes
do acidente.
Esta foi a segunda vez que Deus curou as pernas de Dwight. Quando tinha apenas dois anos de
idade, foi atingido pela polio e não podia andar. Os pais ungiram-no com óleo e oraram por ele antes
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de o levarem para o Hospital Pediátrico em Boston. De novo, Deus deu a Dwight uma cura tão
completa que, ao crescer num clima tropical, teve uma recuperação a 100 porcento. Quando entrou
para o colégio, era um grande atleta de corta-mato durante quatro anos. Depois do acidente de
motorizada de Dwight, alguns nacionais ouviram o rumor de que ele iria ter de amputar as pernas.
Um jovem pastor disse: “Oh não, Deus devolveu-lhe as pernas quando ele era criança e teve polio, e
agora Deus não vai permitir que lhe cortem aquelas pernas.” Esse pastor tinha razão; Deus restaurou a
saúde a Dwight.
Dwight e Carolyn gostam muito do trabalho de missões, das pessoas e do país onde Deus e a
Igreja do Nazareno os enviou. Dwight serve agora como Director de Área Norte Andino, que consiste
no Equador, Venezuela e Colômbia. Os seus dois filhos, Bryan e Stefanie, gostaram muito de crescer
no campo missionário, no Equador. Ambos foram alunos do Colégio Nazareno de MidAmerica.
Bryan graduou-se em Maio de 2006 e sente uma chamada missionária na área de comunicações, e
Stefanie anseia trabalhar para o Senhor num ambiente internacional. Pode vir a existir três gerações
dos Rich em missões. O ditado é verdadeiro: “Deus nunca desperdiça uma vida consagrada.”
IDEIA PARA APRESENTAÇÃO: “UM SERÃO COM OS RICH NOS
TRÓPICOS”
Prepare e Apresente
Apresente a lição com três cenas, conforme descritas abaixo. As personagens são Harry Rich,
Dwight Rich e Carolyn Rich. (Nota: Na cena 1 pode entrar Marion em lugar de Harry.)
Tente criar uma atmosfera dos “trópicos” com palmeiras, flores, etc. O cenário pode ser tão
elaborado ou simples quanto desejar.
A informação pode ser apresentada de duas formas diferentes: (1) As personagens podem dar
elas próprias a informação da lição; ou (2) as personagens podem fazer mímica enquanto uma voz
fora do palco lê a informação através do sistema de som.
Cena 1: Harry (ou Marion) Rich, missionário aposentado, senta-se numa cadeira a ler a Bíblia.
Depois, fecha a Bíblia e começa a reflectir sobre as suas memórias.
Use a informação de “Os Rich em Missão” sobre a sua chamada para missões, e a primeira
parte de “Harry Rich no Haiti” sobre a chegada ao Haiti e as impressões do ministério lá.
Cena 2: Dwight, adolescente, sentado à frente de um computador a escrever o seu artigo para uma
revista de jovens.
Use a informação de “Os Rich em Missão” sobre como foram os dias de Dwight a crescer na
missão.
Cena 3: Carolyn, uma joven enfermeira, escreve no seu diário.
Use a informação de “Dwight Rich no Equador” sobre a educação de Carolyn e depois sobre as
duas intervenções cirurgicas com as pernas e a cura subsequente de Deus em “As Riquezas da
Misericórdia de Deus”.
Opção – “Ricas Reflexões”
Os três filhos dos Rich – Dwight, Sharon e Vicki – estão juntos numas férias. Enquanto bebem
chá (ou café) ao redor de uma mesa, vão relembrando os dias do seu crescimento no campo
missionário. (Nota: Dois dos irmãos podem iniciar esta conversa.)
1. Falem sobre o Haiti e sobre o seu amor pelo povo. Apesar da pobreza e da vida difícil do
povo haitiano, eles têm um bom sentido de humor e um espírito vibrante. Os seus cultos eram vivos
com a presença de Deus e a devoção do povo. Todos os três filhos gostavam de participar nos cultos.
2. Eles recordam a boa escola americana que frequentavam em Port-au-Prince e o excelente
fundamento de educação que receberam. Falam sobre as maravilhosas amizades que fizeram com os
filhos de missionários de outras missões e como a amizade dura através dos anos.
3. Apesar das suas actividades serem diferentes das actividades das crianças dos Estados
Unidos, eles tiveram muitas coisas divertidas: casas nas árvores para brincar, cavalos para montar,
natação, tenis e outros desportos. Nunca havia momentos de tédio.
4. Dwight dá ênfase à atenção intencional dos pais sobre o Cristianismo global que causou
impacto na sua chamada para o serviço cristão. Eles falam dos pais passarem tempo com eles,
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incluindo-os e envolvendo-os no trabalho. Isto fez com que as missões tomassem-se vida nos seus
corações e mentes.
5. Eles recordam a devoção de Harry e Marion ao Senhor, a manutenção do altar familiar com
uma oração diária, leitura da Bíblia e tempo para permitir que expressassem dúvidas ou problemas.
Eles falam da vida consistente dos pais e do seu amor por missões, que causou um grande impacto
neles enquanto filhos.
CHAMADA À ACÇÃO
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•
•
•
O maior envolvimento que alguém pode ter é orar regularmente pelos pedidos específicos dos
nossos missionários. Decore os nomes de vários por quem ora. Ore pelas suas famílias, saúde
protecção e trabalho.
Distribua marcadores atractivos de livros com os seguintes pedidos de oração referentes a esta
lição:
Ore pelo Campo Andino Norte: Equador, Venezuela e Colômbia.
Ore pela segurança de Dwight Rich, com as suas responsabilidades como Director de Área
Andino Norte.
Ore por Carolyn Rich e os múltiplos ministérios em que está envolvida na Área Andino Norte.
Ore por Bryan e Stefanie, filhos de Dwight e Carolyn, estudantes nos Estados Unidos.
Nota do Editor: Bryan graduou-se da Universidade Nazarena de MidAmerica e trabalha agora
para as Comunicações da Missão Mundial, na Sede Nazarena Internacional, em Kansas City, no
Missouri.
Ore para que Deus chame jovens hoje que sejam obedientes à Sua chamada para servir no
campo missionário.
LIÇÃO 8: A FAMÍLIA – APOIANTES VITAIS DA MISSÃO
Becky Hancock
OBJECTIVO
Compreender a importância da demais família em casa no apoio à família missionária no campo.
INFORMAÇÃO DA LIÇÃO
Introdução
A Papua Nova Guiné (PNG) é um país encantador do terceiro mundo, situado numa grande ilha
do Pacífico Sul, a Nordeste da Austrália. O clima na PNG é tropical com a sua beleza normalmente
rotulada como “paraíso”. A Papua Nova Guiné tem 800 línguas tribais, mas a língua oficial é o inglês.
A língua mais comum, usada no dia a dia, é o inglês pidgin, que é conhecida por todas as tribos. Por
causa do isolamento de muitas pessoas nas montanhas acidentadas, até meados do Século 20, a
cultura tem sido primitiva. As zonas rurais são ainda muito simples, mas as vilas e cidades têm-se
tornado mais avançadas culturalmente.
Os nazarenos têm trabalho missionário na PNG desde os anos 50. O Hospital Nazareno Kudjip
foi construído em 1967, e o ministério médico tem sido uma parte vital do nosso trabalho missionário
ali. O Dr. Jim e a D. Kathy Radcliffe estão lá como missionários desde 1985, onde ele trabalha como
cirurgião no hospital nazareno. Os Radcliffes têm seis filhos, com idades compreendidas entre os 6 e
os 24 anos.
Quando os Missionários Ficam Separados das Suas Famílias
A família missionária reúne-se na sala de estar durante o feriado. A ausência dos restantes
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membros da família é mesmo óbvia. Um profundo desejo de compartilhar conversas, refeições e
abraços com avós, filhos mais velhos e irmãos está preso dentro de cada coração. Para compensar a
ausência da família, outras famílias missionárias, visitantes e voluntários no campo missionário são
convidados a vir passar o dia. Os seus sorrisos, risos e presença ajudam a suportar a separação com os
entes queridos no país de origem.
Este é um cenário comum para a família Radcliffe, missionários na Papua Nova Guiné (PNG).
Às vezes, as linhas telefónicas estão operacionais e os membros da família distante podem falar com
o Dr. Jim e D. Kathy, ou com os seus seis filhos – Benjamin, Rebekah, Timothy, Priscilla, Josiah e
Lydia. Contudo, as 15 horas de diferença dificultam tais conversas. Os primos na América do Norte
estão prontos para conversar, depois de um longo dia de escola, mas os primos na PNG estão ainda na
cama a dormir.
Escolher presentes de aniversário ou de Natal pode ser um desafio para os dois lados do mundo.
Os planos têm de ser feitos com várias semanas de antecedência. Se uma encomenda grande ou
pesada tem de ser enviada para os Estados Unidos, a via mais económica é enviá-la por terra,
contudo, elas podem levar entre dois a seis meses a chegar ao seu destino! Encomendas leves são
escolhidas normalmente, porque podem ser enviadas via avião por um preço razoável. Pedidos por
catálogo ou por Internet são, por vezes, os mais práticos para os missionários enviarem para casa. O
clima do país para onde os presentes vão ser enviados é outra consideração a ter em conta. Não são
necessários casacos ou luvas num clima tropical como o da PNG, mas um chapéu-de-chuva é uma
necessidade básica de protecção da chuva e do sol. Artigos em pó, como gelatinas, pudins, misturas
para bolos e sumos são muito apreciados como presentes, uma vez que raramente estão disponíveis
nas lojas de países do terceiro mundo.
Quando Tim Radcliffe, de 17 anos, filho do missionário, fez anos, a tia Becky Hancock deu-lhe
presentes a escolher: “Queres 17 dólares ou um CD à tua escolha?” O dinheiro tinha de ser enviado
em dólares, mas não podia ser gasto na Papua Nova Guiné. Aqueles dólares teriam de ser trocados
por kina, a moeda da PNG. Idas às comprar por causa de CDs não são frequentes e é difícil encontrar
música americana. Por isso, Tim escreveu à tia Becky um e-mail pedindo uma banda sonora que
pudesse ser adicionada à sua crescente colecção.
Apesar dos programas americanos de televisão estarem normalmente disponíveis, os
missionários gostam de ter vídeos de eventos desportivos, espetáculos de TV e filmes. A maioria dos
missionários têm aparelhos de televisão, mas o seu uso está normalmente limitado ao uso de cassetes
de vídeo ou DVDs pré-gravados. Frequentemente, os avós de Tim enviam-lhe cassetes gravadas com
os jogos de futebol e de basquetebol das suas equipas favoritas. Os Radcliffes transformam num
evento familiar ou social a reunião para ver os grandes jogos. Apesar de poderem saber os resultados
finais através da Internet, ou perguntando à família no país de origem, tentam evitar isso. Aprenderam
a gostar de adiar a gratificação de ver a surpresa da vitória, através do vídeo enviado por correio
normal, que chega semanas depois! Por vezes, as famílias missionárias conseguem subscrever uma
programação via satélite vinda de um outro país.
Os relacionamentos entre os missionários e a sua família alargada tanto pode ser uma fonte de
grande bênção como de grande desafio. Para a maioria dos pais, tudo começou anos antes num altar
de dedicação, quando eles entregaram os filhos ao Senhor e aos Seus propósitos para as vidas deles.
Todos são afectados pelos anos de separação, mas os pais devem fazer o maior dos sacrifícios, uma
vez que irão perder tantos eventos significativos nas vidas dos filhos e dos netos.
Para alguns missionários a ansiedade da separação é agravada pelo fraco apoio dos pais no país
de origem. Se os pais de missionários não os libertam à vontade de Deus, isso pode se tornar num
obstáculo para seguirem livremente a sua chamada. Você pode imaginar o quão difícil é partir para o
campo missionário quando os pais levantam problemas, discutem e suplicam para que você não vá?
Podem ser criticados pela família alargada, principalmente pelos familiares que não são cristãos e que
não simpatizam com a sua chamada missionária. A sua falta de apoio é especialmente dolorosa e pode
ostracizar alguns das suas próprias famílias. Mas há montanhas de testemunhos de como Deus oferece
a Sua graça ilimitada e força a todos os Seus servos, preenchendo as lacunas a cada missionário que
necessita de apoio do corpo de Cristo.
A separação é inerente às vidas dos missionários e suas famílias. Uma das promessas da
Palavra de Deus que traz conforto, esperança e força aos missionários ao redor do mundo, encontra-se
nas palavras do missionário Paulo, o Apóstolo. Ele conclui sabiamente: “Porque estou certo de que,
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nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem
o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de
Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.” (Romanos 8:38-39, Almeida)
Quando os Missionários Recebem a Visita de Membros da Família Alargada
Todos os pais e irmãos de Jim e Kathy Radcliffe já viajaram até à PNG. Estar no local para
observar o estilo de vida, cultura e responsabilidades da família missionária muda radicalmente o
ponto de vista dos membros da família alargada. Conhecer as outras famílias missionárias e os
nacionais dá uma visão que as cartas, os e-mails e os telefonemas não podem dar. A nova perspectiva
também ajuda os familiares a saber como orar melhor pelos missionários no campo de trabalho.
A irmã de Kathy, Becky, já viajou à PNG duas vezes. Depois da sua primeira visita, Becky
escreveu um livro missionário, “Jesus Irá Restituir”, e depois usou os lucros da venda do livro para
pagar a viagem do marido e dos três filhos à PNG, durante duas semanas no Natal de 1998. Foi um
tempo maravilhoso de partilha de férias na estação missionária. A família Hancock participou nos
cânticos de Natal nas enfermarias do hospital, assistiu a vários convívios e festas de Natal com os
nacionais e a família missionária, dirigiu um retiro de enriquecimento matrimonial para os nacionais e
participou na adoração com três congregações diferentes na PNG. E enquanto estiveram lá, nasceu a
bebé Lydia Joy Ann Radcliffe! Kathy Radcliffe recorda: “A visita da família Hancock pelo Natal e a
chegada de Lydia são memórias preciosas. Os primos americanos puderam tornar-se amigos dos
filhos dos missionários. Quase toda a gente na estação missionária sabe quem é a família Hancock
porque eles interagiram com tantas pessoas. Eles foram uma bênção e um apoio incríveis para nós.”
Na noite anterior ao fim da visita de duas semanas, houve uma celebração conjunta do 25º
aniversário de casamento do Rev. Michael e D. Becky Hancock e da dedicação da recém nascida
Lydia. O Dr. Jim tinha sido enviado à cidade anteriormente a fim de procurar um presente de bodas
de prata. No armazém mais perto, a 30 minutos de distância de Mount Hagen, ele teve a alegre
surpresa de descobrir um solitário serviço de chá em miniatura e em prata que, segundo o
proprietário, estava na prateleira há já vários anos! Com os primos a participar na música e em
leituras especiais, a reunião da família foi um tempo de alegria. Katherine Hancock, de dezassete
anos, segurou na prima bebé e cantou com lágrimas a “Canção do Berço” que diz: “Olha só para esta
vida!”
A Igreja do Nazareno de Xenia, no Ohio, a igreja local de Kathy, enviou várias equipas de
Trabalho & Testemunho à PNG. O Tio Dave Beam (irmão de Kathy) e a sua filha Sarah foram à PNG
com uma dessas equipas, em 1997. Sarah inspirou os primos e outros filhos de missionários com o
seu entusiasmo e compaixão pelas crianças da PNG. Os relacionamentos com a família alargada são
aprofundados quando existem experiências compartilhadas com as vidas diárias dos missionários.
Também reforça o relacionamento da família missionária com os nacionais quando estes também
conhecem a família alargada dos missionários residentes.
Para a família Radcliffe, a “rainha” das visitas à PNG é a mãe de Kathy, Garnet Beam,
conhecida como “Avó Beam” para muitas pessoas da PNG. Desde que ficou viúva em 1996, a Srª
Beam tem ido à PNG como participante do Corpo Missionário (Nazarenos Em Serviço Voluntário)
em três alturas diferentes. Apesar dela estar no início dos seus 70 anos e ter severas dificuldades
auditivas, a energia da Avó Beam e o desejo de servir a Deus e ao Seu povo têm sido uma bênção.
Quando as Famílias Missionárias Regressam Para a Divulgação Missionária
Existem muitas circunstâncias que determinam como e quando os missionários podem passar
tempo com as suas famílias alargadas durante os dias de divulgação missionária. Quando se pergunta
ao Dr. Jim sobre os desafios que a sua família enfrenta durante a divulgação missionária, ele
responde: “As necessidades de alojamento e transporte são, por vezes, difíceis. Planos feitos pelos
pais ou filhos mais velhos sem ter em consideração os planos, necessidades e desejos da divulgação
missionária, podem às vezes ser difíceis.” Cada divulgação missionária traz escolhas tremendas à
medida que os missionários enfrentam uma montanha de decisões. Eles perguntam: “Onde vamos
morar? O que vamos fazer com o carro? Irá toda a nossa família viajar connosco aos cultos de
divulgação? O que vamos fazer em relação à escola dos filhos?”
As muitas esperanças dos familiares e dos amigos juntamente com as responsabilidades da
divulgação podem ser esmagadoras e difíceis para a família missionária. É importante que os
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familiares não sejam “possessivos” quanto ao tempo e às decisões, mas que ofereçam liberdade para
levar a cabo os planos e as responsabilidades da divulgação missionária.
Kathy recorda uma divulgação missionária, quando os filhos eram pequenos e houve uma
ocasião especial com os primos em casa da Avó Beam: “Os meninos estavam todos a ver as
fotografias da PNG à medida que nós criávamos a apresentação de slides para a nossa divulgação
missionária. Ben e Bekah, de 11 e 13 anos, tiveram a oportunidade de mostrar as fotos aos primos e
falar sobre a PNG. Os primos estavam verdadeiramente interessados em ouvir sobre o lugar e as
pessoas na vida missionária deles. Isto foi muito importante para eles e para nós enquanto pais.”
Para os filhos adolescentes de missionários regressarem periodicamente à América, há um
dilema transcultural. Na divulgação missionária, eles querem se relacionar com o grupo da sua idade,
mas às vezes não é fácil sentir-se à vontade com a juventude americana. Viver durante meses no
campo missionário com pouco ou nenhum entretenimento do país de origem, os filhos de
missionários não estão actualizados com a “cultura popular”. Uma vez que as sociedades
frequentemente defendem valores não-cristãos, é mesmo necessário que os pais missionários ajudem
os filhos adolescentes a evitar essas influências culturais. Essas boas escolhas, contudo, podem levar
os filhos de missionários a sentirem-se completamente estranhos ou que os outros adolescentes não
tenham qualquer interesse em ouvir sobre as suas vidas noutro país.
Os pais do Dr. Jim vivem em Mount Vernon, no Ohio, e a sua casa tem sido transformada num
abrigo durante a divulgação missionária, para filhos e netos. Kathy diz: “Penso que o tamanho da
nossa família mantém toda a gente atarefada com a vida, mas a nossa família tem dado acomodação e
tem sido graciosa. Idas às compras com as tias e tios são tempos especiais. Até mesmo a ajuda com
coisas tão simples como o transporte para o cabeleireiro é uma bênção quando a família missionária
regressa ao país de origem e procura ‘parecer bem’.”
Em Agosto de 2004, casou-se o primeiro filho dos missionários Radcliffe. Ben e Katherine
realizaram o seu casamento na capela das instalações da Universidade Nazarena de Mount Vernon.
Os Radcliffes chegaram a casa apenas duas semanas antes do casamento e sentiram que as coisas
estavam “controladas” por causa da ajuda da família. A avó Radcliffe tinha feito a maior parte da
preparação para o jantar de ensaio, que foi uma ocasião ao ar livre e ao estilo da PNG. Quando os
Radcliffes regressaram à PNG com o vídeo do casamento, a mostragem foi um “grande evento”. Só
havia lugares em pé, porque os missionários e os nacionais vieram partilhar da celebração do
casamento. Os nacionais expressaram o seu apreço pela forma como parte da sua cultura foi integrada
no culto e no jantar de ensaio – especialmente a cerimónia do “anel de flores” em que os membros da
família oram pelos novos noivos.
Quando os Filhos dos Missionários Regressam por Causa da Sua Educação Superior
A família no país de origem torna-se numa ponte importante quando os filhos dos missionários
deixam o campo missionário e regressam à terra natal dos pais, a fim de irem para a universidade.
Esta ocasião é frequentemente a separação mais difícl para a família núclear dos missionários e faz
com que os relacionamentos com a família alargada sejam cruciais.
Jim e Kathy têm sido diligentes em ajudar os filhos a fazer a transição à vida nos Estados
Unidos. A sua filha Bekah pôde assistir a um seminário de “regresso”, desenhado para ajudar os
filhos de missionários a ajustarem-se de novo à cultura americana. A UNMV tem sido “amiga dos
filhos de missionários” nas suas boas-vindas a estes adultos dotados e únicos. Muitos filhos de
missionários nazarenos têm escolhido frequentar a escola de Ohio e encontraram uma aceitação
carinhosa na comunidade universitária. Uma vez que os pais de Jim se aposentaram nesta mesma
comunidade, eles oferecem um “lar” durante os feriados e férias dos alunos universitários. Kathy
comentou que “comove-nos saber que a nossa família mantém a comunicação com os nossos filhos
universitários.”
IDEIA PARA APRESENTAÇÃO: “QUEM FALTA?”
Prepare e Apresente
Para apresentar a lição, dirija uma discussão de grupo usando as seguintes perguntas:
Que tradições são seguidas pela sua família?
Como se sente quando um membro da família não pode participar numa reunião familiar?
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Explique que a família dos missionários e eles próprios experimentam estes mesmos
sentimentos numa base regular. Sentem a falta das vidas dos seus familiares imediatos,
por causa da distância, e os missionários perdem as cerimónias de graduação, casamentos
e dedicações de bebés da família alargada.
Continue a discussão usando as seguintes perguntas:
Como podem as famílias dos missionários resolver estes problemas?
O que podem os missionários fazer em tais ocasiões?
Encoraje o seu grupo a pensar criativamente sobre estes assuntos. Diga-lhes para terem
em mente que as finanças podem entrar no quadro dependendo das ideias.
Continue a discussão:
O que podemos fazer como igreja local para ajudar as famílias dos missionários que
podem sentir falta dos que estão a servir noutra área do mundo?
Como pode o seu grupo fortalecer esses laços familiares quando o missionário está de
volta para a divulgação missionária?
Usando algumas das ideias do seu grupo, contacte a família dos seus missionários
E.L.O.S. Parta para a acção no fortalecimento dos laços familiares.
Opção – “Fotografias do Frigorífico”
Duas semanas antes do culto missionário: Escolha da informação da lição 5 ou 6 parágrafos (de
preferência histórias de actividades ou eventos). Faça cópias desses parágrafos para várias crianças
das classes da sua Escola Dominical ou da igreja. Distribua as cópias ou leia as histórias, e peça às
crianças que façam desenhos ilustrando as histórias. Tenha a certeza de que o nome e a idade de cada
criança estão escritos no desenho.
Use os desenhos das crianças como promoção, com as seguintes palavras: “Junte-se a nós no
culto missionário (data/hora) para as ‘Fotografias do Frigorífico’.”
Use os desenhos das crianças para apresentar a lição. Decore um quadro de metal ou caixa de
papelão para que se pareça com um frigorífico. As crianças podem trazer os seus desenhos, colocá-los
no “frigorífico” com fita-cola ou ímans, e descrever a história representada nos seus desenhos. (Faça
parcerias entre as crianças mais tímidas e as mais activas.) O apresentador da lição ajuda as crianças e
explica mais detalhadamente cada evento para que a audiência compreenda.
CHAMADA À ACÇÃO
•
•
•
Ore diariamente pelo menos por uma família missionária – talvez pelo seu missionário E.L.O.S.
ou de outro missionário que conheça pessoalmente. Peça a Deus que use a si e a outros para
lhes dar notícias de casa e fazê-los sentir amados e ligados.
Envie uma pequena encomenda para um missionário.
Peça a um parente de um missionário notícias actuais ou pedidos de oração pelos seus entes
queridos distantes. Acompanhe com oração e escreva a esses missionários.
LIÇÃO 9: A FAMÍLIA MCCROSKEY – CHAMADA PARA
MISSÕES
Virginia Baty
OBJECTIVO
Compreender melhor como a atenção especial dos pais dada ao Cristianismo global pode encorajar nos
filhos a chamada para missões e para o apoio missionário.
INFORMAÇÃO DA LIÇÃO
42
FACTOS
Indonésia
•
•
•
•
•
•
•
Localização: Uma nação composta por muitas ilhas, no Sudeste da Ásia, entre os oceanos
Pacífico e Índico, que é atravessada pela linha do equador.
Composta por 13.500 ilhas das quais 6.000 são habitadas. As ilhas maiores são Java, Borneo,
Celebes e Irian Ocidental.
A Indonésia, com os seus 240 milhões de habitantes, é a quarta maior nação na população
mundial.
Cidade Capital: Jakarta, com 12 milhões de habitantes.
Religiões: Muçulmanos, 88%; Protestantes, 5%; Católicos Romanos, 3%; outros 4%. A
Indonésia é a maior nação muçulmana do mundo.
Morreram 234.000 pessoas na Indonésia, como resultado do Tsunami de 2004; 114.000 são
dadas como desaparecidas. Juntamente com a distribuição de Pacotes de Auxílio nas Crises, a
ajuda na reconstrução de negócios e casas e a oferta de outro tipo de ajuda aos desalojados, os
nazarenos continuam a plantar novas igrejas nas áreas da Indonésia afectadas pelo tsunami.
Igreja do Nazareno (Estatísticas de 2004)
•
Ano de entrada: 1973.
•
Missionários: Bob e Rosa McCroskey; Larry e Phyllis West
•
Distrito: 4
•
Igrejas: 50, mais 57 missões.
•
Membros: 4.440
•
Ministros Ordenados: 48
•
Ministros Licenciados: 25
República das Filipinas
•
•
•
•
•
•
•
Localização: Um arquipélago composto por 7.000 ilhas, no Leste da Ásia, situado entre o Mar
das Filipinas e o Mar do Sul da China.
Tamanho: 186.406 km quadrados.
População: 87.857.470 habitantes.
Capital: Manila, 10 milhões de habitantes.
1,7 milhões de crianças vivem nas ruas das Filipinas.
Religiões: Católicos Romanos, 83%; Protestantes, 9%; Muçulmanos, 5%; outros, 3%.
Igreja do Nazareno (Estatísticas de 2004)
•
Ano de entrada: 1946.
•
Missionários: 11, incluindo David Phillips, Director de Área, e a esposa, Naomi.
•
Escritório Regional da Ásia Pacífico: situado em Manila. Verne Ward III, Director
Regional, com um grupo de 11 missionários.
•
Distritos: 11
•
Igrejas: 239, mais 19 missões.
•
Membros: 18.348
•
Ministros Ordenados: 140
•
Ministros Licenciados: 167
•
Três instituições educacionais nazarenas estão situadas nas Filipinas: o Seminário
Teológico da Ásia Pacífico; o Colégio Bíblico Nazareno de Luzon, e o Colégio Bíblico
Nazareno de Visayan.
Introdução
Deus disse-nos para pôr “estas minhas palavras no vosso coração e na vossa alma ... e ensinaias aos vossos filhos” (Deuteronómio 11:18a-19a, Almeida).
O Rev. Robert Sr. e a D. Tillie McCroskey serviram a Igreja do Nazareno como missionários
nas Filipinas por 33 anos. O filho e a nora, Rev. Robert Jr. e D Rosa McCroskey, servem agora como
missionários na Indonésia, com uma carreira de mais de 30 anos! Kent McCroskey, neto de Bob e
43
Tillie e filho de Bob e Rosa, trabalha no ministério leigo com a esposa, Aimee, na Primeira Igreja do
Nazareno de Tampa, na Florida. Estas três famílias oferecem apoio físico, emocional e de oração uns
aos outros.
Pais Missionários: Bob Sr. e Tillie
Bob Sr. nasceu em Steamboat Springs, no Colorado, onde o pai tinha uma herdade com uma
mina de carvão. O pai de Bob morreu novo e a mãe, com os cinco filhos, tomou o comboio para o
Sudeste do Kansas, onde permaneceu perto de membros da sua família, em Fredonia, no Kansas.
Bob conta sobre a sua chamada para ser um missionário. “Quando tinha cinco anos de idade, a
extremidade do meu dedo pulgar quase que foi cortada por um corta-relva manual. A minha mãe
levou-me ao médico para que o meu dedo fosse tratado e curado. Eram os anos da Depressão nos
Estados Unidos e a minha mãe lavava roupa para as pessoas afim de sustentar os cinco filhos. Agora,
com o meu pulgar ligado, puxei pelo avental da minha mãe e disse: “Mãe, vamos orar pelo meu
dedo.” Ela puxou pela corrente de um velho relógio para o fechar e, tomando a minha mão nas suas,
levou-me para a sala, que também servia de quarto de dormir. Ajoelhámo-nos junto à cama. Não sei o
que a minha mãe orou, mas ela disse-me que eu orei, “Ó Deus, faz de mim um missionário”, e Ele
assim fez. Para mim, tudo começou ajoelhado com a minha mãe.”
Tillie conta a história da sua chamada missionária. “A minha infância foi passada no Kansas
central, mas durante a minha adolescência, a minha família mudou-se para Fredonia, no Kansas. A
nossa família assistia a uma grande igreja branca no campo. Um missionário falou num culto a meio
da semana, e foi nessa noite que eu senti pela primeira vez Deus a falar-me sobre ser uma
missionária. Não interpretei aquilo como uma chamada naquela altura. O missionário estava a
aposentar-se e fez um apelo para que um casal o substituísse no seu campo missionário. Já não me
lembro do nome do campo, mas procurei naquela grande igreja casais que certamente se
apresentariam.Ninguém foi à frente. Pensei que gostaria de ir por aquela comprida coxia e dizer-lhe
que eu iria ser uma missionária, mas poderia fazer isso se ele tinha pedido um casal e eu era tão
jovem? Nessa noite, adormeci a chorar. Foi só quando atingi os 16 anos, e enquanto assistia a uma
convenção missionária, que disse ao Senhor que eu seria a Sua missionária.”
O Rev. Robert Sr. e a D. Tillie McCroskey serviram a Igreja do Nazareno como missionários
nas Filipinas durante 33 anos. As chamadas missionárias que receberam enquanto eram novos
mantiveram-nos durante uma longa carreira em missões. O impacto que eles causaram nas Filipinas,
bem como o de seus filhos, só pode ser medido em valores eternos.
Filho e Conjuge Missionários: Bob e Rosa
Bob McCroskey Jr. é um missionário de segunda geração. Quando tinha cerca de oito anos de
idade, a missionária Louise Robinson (Chapman) fez uma digreção pelo Distrito do Nebraska, onde
os pais dele, Bob Sr. e Tillie McCroskey, pastoreavam. Depois do culto missionário, naquela noite em
casa, Bob Jr. foi ao quarto dos pais. Tinha saído da cama para anunciar: “Esta noite, o Senhor
chamou-me para ser um missionário em África.” Bob Sr. e Tillie oraram com o filho, sabendo que
eles também estavam à espera do fim da sua própria preparação para serem missionários. Foi uma
noite muito especial!
Uns meses mais tarde, Dorothy Davis, também vinda de África, estava na igreja e em casa
deles. Quando ela partiu, o Bob Jr. disse de novo aos pais que o Senhor o tinha chamado para África.
Quando a família de Bob e Tillie foi designada para as Filipinas, em 1956, a primeira pergunta de
Bob Jr. foi: “Então, como é que vou para África?” Os McCroskeys séniores sentem que, uma vez que
eles também têm um fardo pelas missões nos seus pastorados, não era extraordinário que Bob Jr.
recebesse uma chamada missionária de Deus muito cedo na vida.
Bob Jr. passou a infância nas Filipinas, onde os pais foram missionários durante 33 anos.
Quando ele se graduou na escola secundária, na Academia da Fé em Manila, matriculou-se no
primeiro ano da Universidade das Filipinas e depois regressou aos Estados Unidos para terminar a sua
educação. Matriculou-se na Universidade Nazarena Sulista (UNS) e formou-se em religião. Uniu-se a
um dos órfeões escolares viajantes, chamados os Cruzados Missionários. O alvo principal deste grupo
era promover uma consciência e interesse por missões nas igrejas locais. Depois de ter estado no
órfeão durante um semestre, uma jovem chamada Rosa juntou-se ao grupo como pianista. Bob
prestou atenção a esta mulher com talentos especiais para a música.
44
Rosa cresceu em Bethany, na área de Oklahoma. Ela frequentou a escola pública de Bethany
durante os seus primeiros 12 anos. Durante o Verão, depois da graduação da escola secundária, Rosa
frequentou o Instituto Nazareno Internacional, realizado em Estes Park, Colorado. Certa noite, depois
de ouvir um missionário falar, ela sentiu definitivamente que Deus estava a dizer-lhe que um dia ela
estaria no trabalho cristão a tempo integral. Ela não sabia naquela altura se seria como esposa de um
pastor ou noutra área de serviço, mas ela disse “sim” ao Senhor no que Ele quisesse.
Rosa cresceu acreditando que desde que ela estivesse no centro da vontade de Deus, estaria
feliz. Uns meses depois do Instituto Internacional, ela conheceu o Bob. À medida que o
relacionamento entre eles se aprofundou, a possibilidade de ela vir a ser uma missionária, ao lado do
seu futuro marido, nem sequer foi um problema. Quando o Bob se graduou da UNS, em 1969,
casaram-se, compraram o seu primeiro carro e começaram o seu primeiro e único pastorado – tudo no
mesmo mês. No ano seguinte, Rosa graduou-se da UNS com um diploma em Piano de Concerto. Bob
e Rosa pastorearam uma pequena igreja cerca de 48 km a Norte de Bethany, numa vila chamada
Crescent, ficando lá durante seis anos antes de irem para a Indonésia, em 1975.
O Rev. Robert Jr. e Rosa McCroskey passaram os primeiros dois anos como missionários na
cidade de Bogar, estudando a língua indonésia com uma senhora viúva. Durante este tempo, nasceulhes a filha, Kara. Em Maio de 1977, a família mudou-se para a cidade central da ilha de Java,
Yogyakarta, a fim de abrir o trabalho da Igreja do Nazareno. O Seu filho, Kent, nasceu em 1978. Bob
e Rosa dizem que criar os filhos na Indonésia foi óptimo.
Quando as crianças McCroskeys chegaram à idade escolar, não existiam na cidade escolas em
inglês em que elas pudessem ser matriculadas. Assim, Rosa e outra esposa de missionário iniciaram
uma pequena escola. Rosa leccionou nesta escola durante oito anos, e os filhos fizeram a escolaridade
desde a pré-primária até ao quinto ano. Durante o sexto ano, eles frequentaram uma escola interna, de
segunda a sexta, stituada a duas horas de carro de casa. Depois começando com a escola secundária,
eles frequentaram uma escola interna em Penang, na Malásia, que foi uma excelente experiência para
eles.
Kara graduou-se na Universidade Nazarena Sulista, em 1999, com um diploma em Literatura
Inglesa e agora trabalha e mora em Austin, no Texas.
Kent graduou-se na UNS, em 2002, com um diploma em Sistema de Redes de Computadores.
Nesse Verão, ele casou-se com Aimee Coryell, de Tampa, na Florida. Aimee é assistente social
supervisora, instruindo mães recentes em alto risco, sobre como cuidar dos seus bebés. Kent, depois
de leccionar electrónica de computadores na escola secundária, durante dois anos, está agora a
trabalhar no controle do computador da Watkins Trucking Company. Ele e Aimee são activos na
Primeira Igreja de Tampa.
Tanto Kara como Kent têm memórias felizes dos seus anos de crescimento na Indonésia.
Gostavam de conviver com outras crianças, filhos de missionários, e tiveram boas experiências nas
escolas internas. Depois de regressarem aos Estados Unidos da América, para se matricularem na
universidade, tornou-se mais difícil estarem separados dos pais. Os McCroskeys acreditam que os
maiores sacrifícios que um missionário faz são os relacionados com os filhos.
Existem também algumas dificuldades para os filhos dos missionários. Quando regressam à
cultura social natural dos seus pais para receberem uma educação universitária, é por vezes difícil
para os outros jovens da sua idade se relacionarem com eles. Os estudantes universitários dos Estados
Unidos normalmente compreendem muito pouco do que se passa fora da sua própria cultura. Os
filhos de missionários frequentemente enfrentam dificuldades que outros estudantes universitários já
conquistaram, como por exemplo, começar a dirigir um carro aos 19 anos, tentar aprender como se
cuida de um carro, compreender sobre contas bancárias e como solicitar ajuda financeira do apoio
social universitário.
Ministério na Indonésia
Em 1983, Bob Jr. e Rosa deram início ao Colégio Bíblico Nazareno da Indonésia. Eles
continuam a leccionar e a viver a tempo integral nas instalações do colégio. Juntamente com um
grupo de professores indonésios, os McCroskeys leccionam a mais de 80 alunos por semestre. Bob
ensina teologia, história da igreja e doutrina. Rosa ensina todas as classes de inglês, bem como
música, que inclui liturgia e adoração, órfeão, órgão e aulas privadas de piano.
45
Os McCroskeys também supervisionam um programa de trabalho, que envolve alguns dos
alunos do colégio. Os alunos rapazes fazem artigos de artesanato em bambu. As meninas fazem
trabalhos delicados bordados à mão e em ponto cruz de toalhas de Natal, guardanapos, decorações de
parede, etc. Estes artigos são vendidos na cidade capital, Jakarta, a ex-patriotas – americanos,
europeus, japoneses, etc. – que vivem ali e que gostam de ter tais artigos à disposição. Por vezes,
também exportam os artigos em bambu para a distribuição nos Estados Unidos.
Nos últimos anos, Bob tem servido como Director da Área de Sealands, que inclui a Indonésia
e outros países do Pacífico Sul. Ele está quase a completar a sua dissertação para o Doutoramento em
ministério.
A maior parte do trabalho de Rosa, através dos anos, tem sido na área do louvor, trabalhando de
perto com a equipa de louvor da Igreja do Nazareno Filadelfia em Yogyakarta. Deste ministério, ela
conta-nos a seguinte história:
“Quando Danny Sunarno tinha sete anos de idade, comecei a dar-lhe aulas de piano, os seus
pais eram activos nos estudos bíblicos Navigator. O pai, homem de negócios naquela altura, era
proprietário de uma fábrica de decorações em madeira. Enquanto o pai se sentava na minha sala,
esperando que o filho terminasse a lição de piano, folheava as brochuras do nosso Colégio Bíblico
Nazareno. Nesta altura, senti o Senhor a chamá-lo para o ministério. Ele começou a fazer perguntas
sobre a nossa escola, e nós demos-lhe respostas muito leves, não compreendendo que ele estava
seriamente a considerar essa hipótese para si. Mas assim que o compreendemos, encorajámo-lo. Ele
inscreveu-se na escola bíblica, desistiu do negócio e abriu um pequeno grupo celular na sua casa. As
pessoas neste grupo eram todas comerciantes chineses que trabalhavam até tarde todos os dias, por
isso os estudos bíblicos começavam às onze horas da noite. Depois, o Sr. Sunarno levantava-se e ía
para a escola, onde assistía a todas as aulas. Quatro anos mais tarde, graduou-se.”
“Entretanto, eu ensinava a Danny o método comum de lição de piano de leituras de notas na
partitura. Ele desenvolvia-se bem. Mas durante os primeiros anos da escola secundária, ele assistiu a
um retiro de jovens. Quando chegou a hora de levantar a oferta, ele escreveu num papel que se o
Senhor lhe desse o dom de tocar piano de ouvido, ele iria usar esse talento para o Senhor. Ele colocou
o papel no prato de oferta. Quando regressou a casa vindo do retiro, sentou-se ao piano e começou a
tocar de ouvido, e tem feito isto desde então.”
“A igreja do Rev. Sunarno cresceu muito e teve sucesso. A congregação construiu um novo
santuário que tem uma fonte em cascata directamente para o batistério. O ministério de música de
Danny tem sido fundamental no crescimento da igreja e por todo o Distrito.”
“A mãe de Danny tem sido a minha melhor amiga durante todo o resto do tempo na Indonésia.
Temos idades próximas, uma bela amizade e trabalhamos bem juntas.”
IDEIA PARA APRESENTAÇÃO: “ORAÇÕES PIPOCA”
Prepare e Apresente
Orações “pipoca” são pequenas orações, feitas por muitas pessoas, uma após outra, num culto
de oração.
Conte como Robert Sr. foi chamado por Deus durante o tempo de oração com a mãe e como
Bob Jr. orou com os pais depois de sentir a chamada de Deus, quando era ainda criança.
Identifique os missionários E.L.O.S. da sua igreja local ou uma outra família/casal missionário
oriundo do seu Distrito ou Região. Divida a audiência em pequenos grupos e peça a cada grupo para
passarem cinco minutos em oração pelo seguinte, dando a cada indivíduo a oportunidade de fazer
uma curta oração “pipoca” em voz alta, se se sentirem confortáveis em o fazer:
•
Proteção para os missionários que viajam para os seus lugares de ministério.
•
Sabedoria na tomada de decisões familiares, por exemplo, as escolas dos filhos, os planos
de aposentação dos pais, etc.
•
Paz e conforto durante os tempos de solidão, especialmente durante os feriados, ocasiões
especiais, etc.
•
Criatividade na apresentação do evangelho aos amigos.
•
Saúde e bem-estar para a família dos missionários.
46
Variação: Imprima uma lista de pedidos de oração retirada da Chamada à Acção. Peça a indivíduos
que orem em voz alta por cada um deste pedidos de oração vindos da Indonésia.
Actividade: Saboreiem em grupo pipocas condimentadas. Antes, durante e depois de comerem
as pipocas peça a alguém (incluindo crianças e jovens) para fazer uma oração de uma frase por
um membro da família McCroskey ou da sua família E.L.O.S. Envie cartões juntamente com
pipocas para os missionários, dizendo: “Orámos por vocês hoje durante as nossas ‘Orações
Pipoca’ no nosso culto missionário.” Rev. e Sra. Robert McCroskey Sr., 2212 N. Mueller,
Bethany, OK 73008, USA.
Bob e Rosa McCroskey Jr., P.O. Box 1075, Yogyakarta, INDONESIA (Nota: Não utilize o
título Reverendo quando enviar correio além-mar.)
CHAMADA À ACÇÃO
Discuta sobre o que pode a sua igreja fazer para tornar mais fácil a vida dos missionários.
•
Escolha uma família missionária para encorajar, quando os filhos estão noutro país.
•
Se estiver perto de um filho de missionário, convide-o para a sua casa para uma refeição ou
ocasião especial.
•
Distribua cópias dos pedidos mais recentes da Linha de Mobilização à Oração de MNI, pelos
presentes na reunião missionária. Peça a voluntários para orarem por cada pedido individual.
Dêem as mãos ou reúnam-se ao redor do altar para uma oração final, dirigida pelo Presidente de
MNI ou pelo pastor. Recomende que cada pessoa use a lista de pedidos de oração como um
guia de oração diário para a semana seguinte. Imprima uma lista actualizada para a próxima
reunião missionária regular. Esteja preparado para dar graças a Deus pelas respostas que serão
recebidas.
Pedidos de Oração da Indonésia
•
Ore pelas igrejas na Indonésia, e pelas pessoas durante estes dias de perseguição religiosa
drástica.
Muitas pessoas nas outras ilhas estão a morrer por causa da fé, incluindo um amigo pessoal
dos McCroskeys, que morreu há alguns anos.
•
Ore para que Deus vá ao encontro das necessidades financeiras do povo indonésio.
•
Ore para que Deus cumpra a Sua vontade em pôr em ordem a casa política na Indonésia.
•
Ore para que neste tempo de grande incerteza e medo, Deus dê à Sua igreja uma ousadia santa
para proclamar o Seu nome e para que haja uma grande colheita de almas.
•
Ore pelos missionários quando ficam separados dos filhos.
LIÇÃO 10: OS MISSIONÁRIOS SÃO FAMÍLIA UNS DOS
OUTROS
Lynn DiDominicis e Wes Eby
OBJECTIVO
Mostrar como os missionários se apoiam uns aos outros, especialmente a missionários solteiros, e se
tornam numa “família” uns para com os outros.
INFORMAÇÃO DA LIÇÃO
FACTOS
Costa Rica
47
•
•
•
•
•
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•
•
•
•
•
Localização: Na América Central, entre o Mar das Caraíbas e o Oceano Pacífico. Os países
vizinhos são a Nicarágua, a Norte, e o Panamá, a Sul.
Tamanho: 32.186 km quadrados
População: 4,1 milhões de habitantes
Cidade Capital: San José, população de quase 1 milhão de pessoas.
Grupos étnicos: Europeus e mestiços, 94%; Negros, 3%; Outros, 3%.
Línguas: Espanhol (oficial), Inglês.
Religiões: Católica Romana (oficial), 76%; Protestante, 14%; Outras, 10%.
Clima: Tropical junto às linhas costeiras. No planalto interior, média de 1.219 metros, o clima é
temperado.
O governo é estável. Na América Central, a Costa Rica tem o mais elevado nível de vida, o
maior grau de instrução e a maior esperança de vida.
Existem 850 espécies de pássaros na Costa Rica, incluindo o belo Quetzal; 376 espécies de
répteis; e 10% das borboletas que existem no mundo.
Igreja do Nazareno (Estatísticas de 2004)
•
Ano de entrada: 1964, com ministros naturais da Nicarágua.
•
Missionários: 13, incluindo Ruben e Monica Fernandez (Presidente do Seminário) e Ruth
Cordova.
•
Distritos: 3
•
Igrejas: 35 (mais 4 missões)
•
Membros: 2.664
•
Ministros ordenados: 32
•
Ministros licenciados: 16
•
Seminário Nazareno das Américas
Introdução
Existem muitos missionários nazarenos solteiros a servir ao redor do mundo. Trabalhando em
muitas capacidades diferentes, eles são uma parte valiosa do programa missionário da igreja. Mas
para obedecerem a Deus, eles deixam as famílias e amigos para trás a fim de viverem numa outra área
mundial e noutra cultura. As adaptações são difíceis, por vezes perigosas, certamente desafiantes.
Uma vez que as famílias oferecem um sistema de apoio vital na vida diária, os missionários
solteiros dizem adeus a esse apoio. Frequentemente eles estão sós. Os outros missionários com quem
servem, tornam-se literalmente na sua família – pais adoptivos, irmãos, tias e tios. A família
missionária transforma-se realmente numa grande família.
Ruth Cordova é um bom exemplo de como a família missionária apoia e ajuda os seus colegas.
Ruth Cordova (Costa Rica)
A Dra. Ruth Cordova, conhecida pela sua “família” como a Ruthie, serve na Costa Rica, no
Seminário Nazareno das Américas. Ela está envolvida na educação teológica para toda a América
Latina, como professora a tempo integral de Bíblia, Teologia e Educação Pastoral e Cristã.
Ruthie cresceu em Chiclayo, no Peru. Os pais ainda vivem lá com os três irmãos dela, já
casados – dois irmãos, David e Daniel, e uma irmã, Rachel.
Ruthie seguiu uma carreira profissional como relações publicas. Mas Deus a chamou para o
ministério, ela frequentou o Seminário Nazareno das Américas e depois o Seminário Teológico
Nazareno, em Kansas City.
A Costa Rica, o lar de Ruthie por enquanto, foi assim chamada por Cristovão Colombo, quando
ali ancorou e viu a abundância de adornos em ouro usados pelos índios. O país foi colonizado
lentamente à medida que os espanhois conquistavam os índios, e a escravatura nunca se desenvolveu
na Costa Rica. Isto obrigou os colonizadores a fazer a maior parte do seu trabalho. O país era tão
pobre que até mesmo o Governador colonial tinha de ter uma herdade para sobreviver.
O Seminário Nazareno das Américas está situado a 30 minutos de San José, a capital. As
grandes instalações do seminário são muito atractivas. Era antigamente uma plantação de café e tem
muitas árvores, flores e plantas tropicais.
48
Como professora, Ruthie dá aulas na sua área desde a pré-graduação até ao nível de Mestrado.
Com a sua experiência em relações públicas, ela é também a principal relações públicas para o
Seminário e intérprete para convidados especiais e grupos que visitam a escola. Ela assiste à Primeira
Igreja do Nazareno de Barrio, no Distrito Central da Costa Rica, onde frequentemente prega,
oficializa os sacramentos, ensina na Escola Dominical e apresenta lições missionárias.
Ruth foi chamada para ser missionária quando era ainda adolescente e enquanto era líder de um
grupo de jovens. Ela diz que queria fazer mais pelos adolescentes, mas que se sentia inadequada. Ela
orou para que Deus enviasse alguém para ministrar à juventude. Deus respondeu que a resposta não
era enviar alguém mas chamá-la para o ministério. Desde aquele momento, diz ela, teve um peso pelo
ministério e Deus abriu-lhe as portas para obter uma educação.
Ruthie diz que os missionários tiveram uma grande influência na sua vida. Ela cresceu vendo
missionários na sua igreja e foi influenciada pela sua pregação e exemplo. “Eles ensinaram-me a
confiar no Senhor”, diz ela, “e acreditavam em mim. Ajudaram-me a obedecer à chamada de Deus e
apoiaram-me com oração e recursos.”
Agora, como missionária, Ruthie diz que os seus colegas missionários a apoiam abrindo-lhe as
suas casas e permitindo-lhe que seja parte da sua família. “Eles encorajam-me e cuidam de mim
quando estou doente”, diz ela. “Eles ajudaram-me quando me mudei. Lembram-se dos meus
aniversários, celebram as minhas proezas e mimam-me. Oram comigo em tempos de tristeza e crise.
Ouvem-me, riem-se comigo e dão-me amor e carinho incondicionais. Eles são verdadeiramente uma
família.”
Eis aqui uma história escrita por Ruthie depois de um tempo especial quando ela necessitava de
ajuda.
Fiz uma viagem à Nicarágua para ensinar dois cursos em duas cidades diferentes. A
segunda cidade não tinha bons restaurantes. Em vez disso, tinha vendedores de comidas e
bebidas pelas ruas. Os meus alunos saíam e traziam comida destes vendedores durante os
intervalos. Como cortesia, alguns do alunos traziam algo para mim. Não queria ser rude, por
isso aceitava e comia o que me traziam.
Quando cheguei a casa, comecei a sentir-me mal. Tinha febre e dores no estômago. Era
Domingo, por isso os meus amigos missionários estavam todos na igreja e depois íam almoçar
fora. Entretanto, eu estava tão doente. Não tinha comida no frigorífico. Também não tinha
medicamentos. Comecei a orar para que o Senhor me ajudasse e tocasse.
Depois de duas horas, comecei a perder as forças. Chamei uma das minhas amigas
missionárias, Tami, para ver se ela estava em casa. Pedi-lhe para vir ver-me. Não tinha a
certeza como ía sair da cama para atender à porta, porque não tinha forças suficientes para ficar
de pé. Talvez possa gatinhar, pensei.
Quando Tami chegou à minha casa e tocou à campainha, consegui chegar à porta.
Depois, comecei a chorar sem qualquer razão. Disse-lhe os meus sintomas e depois comecei a
tremer. Tami abraçou-me imediatamente e ajudou-me a deitar no sofá. Depois fez-me algumas
perguntas e chegou a um diagnóstico. Depois, foi comprar-me medicamentos e ao
supermercado comprar comida.
No dia seguinte, Tami veio ver como eu estava, e fez isto todos os dias. Muitas vezes,
telefonava-me até ter a certeza de que eu já estava outra vez bem. Tami é uma das minhas
amigas missionárias. Ela e outras fazem-me sentir feliz por saber que faço parte da sua família e
da família de Deus.
Eis aqui vários testemunhos de missionários solteiros sobre como os seus colegas têm sido a sua
“família”.
Heidi Bowes (Eurásia)
Sou uma missionária solteira que recebeu a chamada de Deus para ser uma missionária com a
idade de 25 anos. Nas últimas semanas, enquanto me preparava para ir para o meu primeiro trabalho
em África, tinha uma grande consciência dos amigos e da família que estava a deixar para trás. O
adeus foi repartido por várias semanas: um par de avós em Washington; os meus pais, a minha irmã e
amigos em Idaho; os outros avós, amigos e colega de quarto no Kansas. Cada grupo era uma
“família” para mim. Nunca me vou esquecer de ver o meu avô sentado numa cadeira, na sala de
49
jantar, quando lhe dei um abraço de adeus pela última vez. Ele tinha-me dito antes que aquela seria a
última vez que eu o iria ver, apesar de me ter recusado a acreditar nele.
Depois, entrei no avião e os “laços familiares” foram cortados. Quando cheguei a África, um
missionário estava à minha espera no aeroporto. Nos dias seguintes, vários missionários convidaramme para ir jantar às suas casas, durante a semana toda. Levaram-me às lojas e ensinaram-me a fazer as
compras de mercearias, mobília, etc. Ensinaram-me a conduzir o carro pelo lado esquerdo da estrada
e com uma caixa de mudanças! Conduziam-me ao escritório até que o meu carro ficou pronto e eu
sabia o caminho. Ensinaram-me dicas de segurança pessoal e sobrevivência e responderam a um
milhão das minhas perguntas.
Os filhos dos missionários eram tão receptivos como toda a gente. Quando me viram pela
primeira vez em África, vieram a correr ter comigo de braços abertos, a gritar: “Tia Heidi.” Se eu não
me firmasse estaria caída no chão com os abraços deles.
Apesar da tecnologia moderna, a comunicação com a minha família era limitada. Três semanas
depois de eu ter chegado, o meu pai telefonou-me. “O avô faleceu esta manhã”, disse ele. Enquanto
estive de luto, tentando aceitar as palavras que o avô me disse e ouvindo sobre o funeral noutro
continente, os missionários rodearam-me novamente com refeições, telefonemas, ombros para chorar
e compaixão genuina. Um deles disse: “Lamento imenso que tenha de experimentar tão cedo uma das
coisas mais difíceis de lidar como missionários.” Ele compreendeu a dor que até mesmo a minha
“verdadeira” família não podia.
Uns meses mais tarde, aconteceu um acidente. Estava com uma missionária apreciando o meu
aniversário no Oceano Índico. Terminei o dia com uma perna partida, ligamentos torcidos e joelho
magoado. Ela e a amiga levaram-me ao hospital (três visitas) e depois para casa dela nessa noite antes
de eu compreender a impossibilidade de tentar regressar à minha casa no quarto andar. Ela tornou-se
na minha enfermeira privada durante as primeiras 48 horas. Durante três semanas, uma outra família
missionária pediu-me para ficar com eles até poder voltar para casa. Tornei-me num membro oficial
daquela família de cinco pessoas, um cão, um gato, dois hamsters e três aquários cheios de peixes.
Outros missionários ajudaram com o transporte, entregas de trabalho, compras da mercearia, tarefas
simples em casa e outras coisas que surgiram durante a minha recuperação.
Depois, fui transferida para a Região da Eurásia com missionários diferentes. De novo, todos os
meus laços sociais e “familiares” foram cortados. Comecei de novo.
Aqui, (na Europa), os missionários têm necessidades diferentes, interagem de forma diferente e
divertem-se de forma diferente. Quando surgem os eventos principais, eles respondem uns para com
os outros com o mesmo carinho que a família missionária que encontrei em África. Quando um está
ferido ou fica doente, eles são sensíveis para verem se o indivíduo recebe um pouco de amor e
carinho. Quando saem de casa em viagem, sente-se-lhes a falta, pensa-se neles, ora-se por eles. São
amigos com quem se fala e se relaciona quando a sensação de ser estrangeiro neste trabalho
transcultural se torna real. Eles compreendem o que é ter saudades de casa, comidas favoritas,
feriados e tradições, eventos de igreja e tempos familiares. Aprendemos sobre os pontos fortes e
fracos uns dos outros. Aprendemos a trabalhar uns com os outros e a apreciar a forma como Deus nos
criou e nos juntou para um tempo como este. E quando um se vai embora, fica a perda.
Esta é a minha família – em três partes diferentes do mundo, assim parece. E é uma bênção!
Lisa Lehman (Tailândia)
A nossa família missionária da Área Sudeste da Ásia (ASA) é uma das equipas mais étnicas e
culturalmente diversas no mundo nazareno. Os nossos 17 missionários representam 9 nacionalidades.
Dentro deste número temos 7 casais, 3 dos quais têm casamentos transculturais e/ou bilíngues. Os 3
missionários solteiros têm todos culturas diferentes.
Quando reconheci pela primeira vez que Deus me estava a levar para a Tailândia, compreendi
que Ele estava a pedir-me que O servisse sozinha. Depois de muitas lágrimas de rendição, passei o
meu primeiro retiro de área a conhecer a Deus como meu marido. Gosto muito das praias mesmo que
as ondas tenham levado os meus castelos de areia de sonhos para o mar.
Durante o segundo e terceiro ano, comecei a sentir-me engolida pelo amor que me procurava,
fosse nas festas de aniversário da equipa missionária ou acompanhando-me em segurança pelo
movimentado trânsito de Bangkok. Nas Alturas em que me sentia mais isolada da minha terra natal,
50
Deus ofereceu-me abraços e mãos de ajuda, protectores e guerreiros de oração, que ouvem e riem.
Descobri qu apesar de ser só uma, nunca estou sozinha.
À medida que a nossa família ASA está a crescer, tenho mais mães e pais, irmãos e irmãs com
quem eu sei o que fazer. Mas nunca estou sozinha porque a Palavra de Deus é verdadeira: “Deus faz
que o solitário viva em família” (Salmo 68:6a, Almeida). E para que conste, sou agora oficialmente
“tia” dos filhos dos missionários.
Roxanne Alexander (Ucrânia)
Quando cheguei ao campo missionário, uma das “unidades” (Bob e Collen Skinner) estavam
em divulgação missionária. A outra “unidade” (Cliff e Heike Wright) receberam-me de braços
abertos. Eram duas horas da tarde em Kyiv e eu ainda estava a funcionar com a hora de Kansas City,
que era seis horas da manhã. Tinha deixado Kansas City no dia anterior e estava acordada há já quase
24 horas. Cliff não me cumprimentou no aeroporto, como levou ele próprio o meu carro de bagagem
e arrumou tudo na sua carrinha. Quando cheguei à minha nova casa, fui recebida por flores frescas e
um cartão de boas-vindas feito pelos Wrights. Cliff voltou mais tarde e convidou-me para jantar.
Durante a primeira semana, os Wrights alimentaram-me quase todas as noites. Como eu não
sabia onde ficavam as lojas e onde trocar o dinheiro, isto foi um grande alívio! Durante as duas
semanas seguintes, tentei orientar-me na minha nova “vizinhança”, e em breve eu estava a sentir-me
confortável no novo meio ambiente.
Cliff e Heike continuaram a incluir-me nas suas reuniões familiares. Eles faziam questão que eu
tivesse tudo o que necessitava. Isto marcou o tom para o meu novo lar e o meu novo trabalho. Se eu
tivesse sido “deixada” e abandonada, isso seria um sentimento de extrema solidão.
Tanto os Skinners como os Wrights continuaram a incluir-me como parte das suas famílias, nas
celebrações de aniversários, jantares familiares e ficaram à disposição para quando eu precisar de
alguém que me escute. Estamos cá uns pelos outros, 24 horas por dia, 7 dias por semana, e por vezes
isso acontece muito cedo de manhã ou muito tarde à noite. Tal como uma família biológica necessita
de muita graça, misericórdia e perdão uns pelos outros, também nós, família missionária, aprendemos
a dar uns aos outros graça, misericórdia e perdão que necessitamos.
Cindy Downing (Argentina)
Quando cheguei pela primeira vez ao campo missionário, mesmo depois de estudar espanhol,
os meus colegas missionários quiseram ter a certeza de que eu sabia onde comprar comida, quais as
melhores e piores marcas. Foram comigo à imigração. Isto foi uma grande coisa, porque demora um
dia inteiro sempre que vamos lá. Ajudaram-me com a tradução sempre que eu não compreendia
qualquer coisa. E não se riam das minhas tentativas de usar o espanhol. Também me mostraram onde
ir para me divertir e descontrair.
Sei que posso contar com a minha família missionária quando as coisas ficam difíceis. Posso
compartilhar com eles e ouvem-me sem me julgarem. Posso compartilhar os meus sucessos com eles
e alegram-se comigo. Estamos a aprender juntos esta cultura e somos capazes de compartilhar quando
temos um dia de choque cultural – e de compreender o que isso significa.
Eles compartilham os filhos comigo. Sinto falta dos meus sobrinhos nos Estados Unidos, mas
os filhos dos missionários deixam que eu brinque com eles, e eles também brincam comigo. Quando
as paredes do meu apartamento me apertam, posso ir a casa deles e ver televisão, jogar ou fazer
apenas uma visita.
Isto faz parte de como trabalhamos como família – apoiando-nos nos bons e nos maus
momentos. Isto é o que me ajuda a ficar no campo missionário. Mesmo com email, Messenger
Instantâneo e telefone, é difícil, por vezes, ter o apoio que necessito para continuar, especialmente na
qualidade de pessoa solteira. Mas tenho aqui a minha família missionária. Deus é tão bom que provê
para as nossas necessidades, e Ele usa formas diferentes para fazer isso. E uma dessas formas é
através da família missionária.
IDEIA PARA APRESENTAÇÃO: “SOBREVIVENTE MISSIONÁRIO”
Prepare e Apresente
51
Este jogo é um desafio. Comece com duas pessoas, de preferência solteiras. Peça-lhes para
tentarem sozinhas completar o desafio descrito abaixo, competindo uma contra a outra. Depois repita
o desafio, adicionando 5 a 7 pessoas a cada equipa de “família”. O propósito é ver que o desafio se
torna mais fácil de completar com a ajuda de muitos membros da “família” do que ficando sozinhos.
Divirta-se com ele!
Desafio:
•
•
•
Materiais necessários para duas equipas: 12 tijolos, 2 caixas, 10-16 colheres de sopa, 4 panelas
grandes, 2 delas cheias de água, 20 balões, 2 cadeiras.
Instale o desafio da seguinte forma:
•
Estação 1: 6 tijolos com 1 caixa a 6 metros de distância.
•
Estação 2: 1 panela com água, colheres de sopa, 1 panela vazia a 3 metros de distância.
•
Estação 3: 1 cadeira rodeada de balões.
Instrucções: De joelhos, carregue os tijolos um a um e coloque-os dentro da caixa. Depois,
encha a panela vazia com água, uma colher de cada vez. Depois, sente-se sobre 5 balões, um de
cada vez, e rebente-os.
No final do desafio, fale sobre como os missionários se apoiam uns aos outros, especialmente
aos solteiros, “adoptando-os” como membros da família. Dê exemplos tirados da lição.
Opção – “A Família de Deus”
Use o coro “A Família de Deus” como base da sua lição.
Peça a uma mulher que faça o papel de Ruth Cordova. Esta pessoa necessita estudar a história
de Ruth para que possa responder às perguntas com as suas próprias palavras.
Inicie a lição com a congregação entoando “A Família de Deus”. Depois apresente a convidada
especial, Ruth Cordova, convidando-a para chegar à frente e responder a algumas perguntas. Depois
de cada pergunta, a congregação repete o coro “A Família de Deus”.
1. Pergunta: A irmã é ministro da Igreja do Nazareno. Por favor, fale-nos do país onde está a
trabalhar (“Ruth” fala sobre a Costa Rica, incluindo algumas informações de Factos.)
2. Pergunta: Fale-nos sobre a sua família e onde nasceu. (“Ruth” fala sobre a sua vida no Peru
e sobre a sua família.)
3. Pergunta: Qual é a sua tarefa? Fale-nos sobre o seu trabalho? (“Ruth” fala sobre as suas
responsabilidades na Universidade Nazarena.)
4. Pergunta: Como é que os seus colegas missionários contituem uma família para si? (“Ruth”
compartilha sobre como os seus colegas missionários a têm ajudado e apoiado.)
Alternativa 1: Se tiver tempo, adicione um ou mais missionários à lição a fim de responder à quarta
pergunta.
Alternativa 2: Use apenas a quarta pergunta com todos os cinco missionários da lição.
TEMPO DE ORAÇÃO E DE ENVOLVIMENTO
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•
•
•
Ore pelos missionários solteiros desta lição. Ore por todos os missionários solteiros.
Ore pelos solteiros na sua família da igreja.
Planeie um Jantar de Domingo para a Família da Igreja. Encoraje as famílias a convidarem um
ou mais solteiros para uma refeição nesse dia.
Se a sua igreja tiver um missionário solteiro como vosso missionário E.L.O.S., ande a segunda
milha. Ajude essa pessoa a sentir-se especial.
Envie uma nota de encorajamento a Ruth Cordova. A morada é: Apartado Postal 3977-1000,
San Jose, COSTA RICA. Contacte o seu Presidente Distrital de MNI a fim de obter a morada
dos outros missionários da lição.
52
LIÇÃO 11: A FAMÍLIA FERNANDEZ – DOIS IRMÃOS DA
ARGENTINA
Judi Wiegman
OBJECTIVO
Compreender o impacto dos missionários e das ligações familiares no encorajamento das pessoas para
servirem ao Senhor em missões.
INFORMAÇÃO DA LIÇÃO
FACTOS
Argentina
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•
•
•
•
•
Localização: América do Sul. Rodeada pelo Chile, a Oeste; Bolívia e Paraguai, a Norte; Brasil
e Uruguai, a Nordeste; e o Oceano Atlântico, a Este.
Tamanho: Com mais de 1,6 milhões de km quadrados, é o oitavo maior país em todo o mundo.
População: Quase 40 milhões de habitantes. A Argentina tem a segunda maior população de
judeus nas Américas, com mais de 300.000 pessoas.
Cidade Capital: Buenos Aires, população de 13 milhões de habitantes, oitava maior cidade no
mundo.
Línguas: Espanhol (oficial), Inglês, Italiano, Alemão, Francês.
Religiões: Católico Romano (92%), oficial; Protestante, 2%; Judaica, 2%; outras, 4%. Está
registado que apenas 20% dos Católicos praticam a sua fé.
A criação de gado é uma das maiores industrias na Argentina, e o país é líder mundial na
produção de carne de vaca.
Igreja do Nazareno (Estatísticas de 2004):
•
Ano de entrada: 1909
•
Missionários: 19
•
Distritos: 12
•
Igrejas: 208, mais 15 missões
•
Membros: 9.675
•
Ministros Ordenados: 112
•
Ministros Licenciados: 139
Introdução – História da Igreja do Nazareno na Argentina
Um representante da Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira chegou à Argentina em 1806.
Eles foram os primeiros protestantes. Centenas de jovens rapazes assistiram a uma escola que usava a
Bíblia como texto principal.
Em 1909, os missionários Rev. Frank e Lula Fergunson chegaram à Argentina e começaram a
distribuir Bíblias. Eles tinham vendido a sua casa em Bowling Green, no Kentucky, pagaram a sua
própria viagem para a Argentina e, sem apoio de nenhuma igreja, começaram o trabalho. Mais tarde,
vieram Charles e Leona Miller. Os Fergunsons e os Millers alugaram uma pequena casa e anunciaram
os cultos. Naquela época, os dois casais eram missionários de outros grupos de missões. Oraram
juntos para que fossem aceites como missionários na Igreja do Nazareno, e as suas orações foram
respondidas. Em 1920, os primeiros sete nazarenos foram batizados e duas igrejas foram iniciadas.
Os Antecedentes da Família Fernandez
Em 1914, os Fergunsons começaram cultos numa das secções da cidade de Buenos Aires. Ali,
Juan e Emilia Comandu, que faziam mobiliário, converteram-se. Eles ofereceram a sua casa numa
outra parte da cidade para a realização de reuniões evangelísticas. Entre os vizinhos que chegaram,
encontrava-se a Sra. Josefa Rodriguez, uma imigrande de Espanha. Ela aceitou o Senhor num culto ao
53
ar livre e foi batizada em 1924. O filho de oito anos de idade, Felipe, foi à Escola Dominical. Quando
o professor lhe perguntou se ele queria que Jesus limpasse o seu coração, ele respondeu que sim.
Dentro de alguns meses, ele e sua mãe tinham trazido o pai e duas irmãs à igreja.
Felipe cresceu e casou-se com uma senhora nazarena chamada Ines Gonzalez. Juntos criaram
seis filhos, que constituíram todos famílias nazarenas que servem ao Senhor em ministérios
diferentes. Ruben e Carlos Fernandez são dois dos filhos de Felipe. Felipe morreu em 2004 deixando
um grande legado – 80 anos de fidelidade a Deus.
Alguma vez os Fergunsons imaginariam que, 80 anos depois, dois netos de D. Josefa seriam
misisonários globais na Igreja do Nazareno? Provavelmente não. Uma coisa que os Fergunson
fizeram foi permanecer fiéis. Eles amavam as famílias argentinas e foram para o país e se
sacrificaram por elas.
Alguma vez aquele professor de Escola Dominical imaginaria que os 6 filhos de Felipe e os
seus 14 netos iriam ser cristãos comprometidos na Igreja do Nazareno? Provavelmente não. Uma
coisa que ele fez foi permanecer fiel. Acreditava que valia a pena orar por aquele rapaz. Deus fez o
resto. Deus sempre faz o resto.
A História de Ruben e Monica Fernandez
O Dr. Ruben e Monica Fernandez são missionários globais da Igreja do Nazareno servindo na
Costa Rica. Ruben é Reitor (Presidente) do Seminário Nazareno das Américas, em San Jose. A
jornada deles até este lugar no ministério é tremenda, porque ilustra o valor das missões nazarenas.
Ruben conta a sua própria história.
Ruben
“Eu, Ruben, nasci num lar cristão em Buenos Aires, como terceira geração de nazarenos na
Argentina. Os meus avós e pais ensinaram-nos a amar ao Senhor, a amar os outros e a amar a nossa
igreja com todo o nosso coração. A minha infância desenvolveu-se num ambiente cristão,
influenciado especialmente pelo exemplo dado pelas vidas dos meus pais, da minha avó e dos meus
irmãos mais velhos. Quando eu tinha sete anos, no segundo ano da escola primária, foi-me
perguntado num questionário o que eu queria ser quando fosse grande. Sem dúvidas, respondi: “Um
pastor cristão.” Quando tinha a oportunidade de estar sozinho na igreja, subia ao púlpito e fingia que
era o pregador. Acredito que Deus me chamou quando eu era um rapaz pequeno.”
“Fui batizado em 1973, com a idade de 12 anos. Era sincero na minha convicção de salvação,
contudo, tinha várias lutas espirituais e tentações. Tinha aproximadamente 15 anos quando finalmente
assentei as coisas com Deus. Enquanto adolescente, fui assistente do professor e, por vezes, toda a
responsabilidade da classe caía sobre mim. Deus ajudou-me e fui capaz de fazer um bom trabalho. A
juventude da minha idade foi abençoada. Preguei o meu primeiro sermão aos 18 anos.”
“Mas eu queria fazer outras coisas com a minha vida, por isso também estudei medicina. Ainda
assim queria aprender mais do Senhor. Em 1979, inscrevi-me no Instituto Bíblico Nazareno, em
Buenos Aires. Durante esse tempo, Deus confirmou a Sua chamada que tinha feito quando eu era
criança. Algo dentro de mim me disse: “Esta vai ser a tua vida. Não procures outra coisa, não estudes
outra coisa, dedica-Me a tua vida.”
“Mais tarde, Deus deu-me uma namorada, Monica, que depois se tornou na minha esposa. Ela
também tinha uma chamada. Juntos temos ministrado a muitas pessoas há mais de 20 anos. Temos
dois filhos, Juan e Andres. Juan é um sénior na Universidade Nazarena de Mount Vernon, no Ohio
(EUA).”
“A Monica e eu temos visto crianças a aceitarem a Cristo, jovens a largarem as drogas, casais
se reconciliando e adultos a reafirmarem a sua fé. Ensinamo-los a tornarem-se pastores e líderes na
igreja. Tudo acontece através do trabalho do Espírito Santo. Estamos agradecidos aos primeiros
missionários que vieram ao nosso país e à nossa igreja, a Igreja do Nazareno.”
Monica
Uma imigrante chamada Rufina chegou a Buenos Aires, na Argentina, quando ainda era uma
pequena criança. A sua família, católicos devotos, vieram de Espanha, onde os protestantes eram
frequentemente perseguidos. Um dia, quando ela era adolescente, um homem bateu à porta deles.
Estava a vender Bíblias e a compartilhar o evangelho. Rufina não tratou o homem bem, mandando-o
54
embora da sua casa, dizendo: “Vá-se embora, não queremos ter aqui nada a ver com o evangelho.”
Esse homem, com os olhos bem postos nela, disse: “Um dia, a senhorita irá estar a pregar este mesmo
evangelho.”
Anos mais tarde, José, um homem jovem que distribuía leite na sua carroça, viu muitas pessoas
à porta de uma casa e aproximou-se para ver o que se passava. Uma mulher estava a pregar a Palavra
de Deus, e José parou para ouvir. No final do culto, ele recebeu a Jesus Cristo como seu Salvador
pessoal. O nome dessa mulher pregadora era Rufina, a mesma pessoa que tinha mandado embora o
vendedor de Bíblias, anos atrás. Ela estava transformada numa evangelista activa para a Aliança
Cristã Evangélica Missionária. José também foi chamado para o ministério e estudou no Instituto
Bíblico Nazareno, em Buenos Aires. De lá, enviou uma carta a Rufina pedindo-a em casamento. Ela
concordou, e eles tornaram-se um dos primeiros casais pastorais nazarenos na Argentina. José e
Rufina Armagno são os avós maternos de Monica.
Em 1921, em Buenos Aires, uma outra imigrante vinda de Espanha, chamada Pilar, estava a
viver uma vida muito triste. Os pais dela morreram. Ela tinha 15 anos e estava a viver com o padrasto
que a maltratava e tentava abusar dela. Pilar não tinha esperança para o futuro. Saiu de casa e dirigiuse para a linha do comboio. Na sua mente estava apenas um pensamento – pôr fim à vida e acabar
com o sofrimento. Mas, pela graça de Deus, um missionário nazareno estava a passar naquele lugar.
Ele apercebeu-se da situação e falou com a jovem. Levou-a para casa onde, juntamente com a esposa,
cuidaram dela e a amaram como se fosse sua filha. Esse missionário era Frank Fergunson. Alguns
anos mais tarde, Pilar conheceu um jovem imigrante italiano chamado Armando. Ele aceitou o
Senhor num culto nos lares. Eles casaram-se e iniciaram um lar cristão. Armando era trabalhador da
construção civil e construiu 14 igrejas para a Igreja do Nazareno na Argentina e no Uruguai.
Armando e Pilar Mastonardi são os avós paternos de Monica.
A História de Carlos e Noemi Fernandez
O Dr. Carlos e Noemi Fernandez são missionários globais da Igreja do Nazareno. Carlos é o
Superintendente Distrital de Espanha, servindo a Deus no país de onde vieram os seus antepassados.
Carlos conta a sua história.
“A minha esposa, Noemi Zani, e eu crescemos em famílias cristãs na Argentina, na Igreja do
Nazareno. Os pais de Noemi foram pastores numa Igreja do Nazareno durante quase 40 anos. As
nossas famílias conhecíam-se bem. Quando eu tinha 9 anos, fui salvo numa classe de Escola
Dominical, e com a idade de 12 anos consagrei a minha vida ao Senhor. O Senhor santificou o meu
coração e a partir de então a minha vida foi totalmente mudada.”
“Noemi foi salva quando tinha 9 anos com a pregação da missionária Dorothy Ahleman Noemi
e eu fomos chamados para o ministério quando ela tinha 12 anos e eu tinha 13 anos, num
acampamento onde vários missionários falaram. Vários anos mais tarde, já tinhamos 20 anos,
encontrámo-nos de novo na escola bíblica. E, então, decidimos casar. Fui ordenado em 1970. Durante
mais de 20 anos, servi como pastor bi-vocacional na Argentina. Servi quase 8 anos como pastor a
tempo integral em Phoenix, no Arizona (EUA). Recebi o meu Mestrado em ministério, através da
Universidade Nazarena de Point Loma e o meu Doutoramento através do Seminário Teológico
Nazareno.”
“Em 1995, Deus chamou-nos para o campo missionário. Desde aí, temos servido como
missionários e Director de Área do Cone Sul (Paraguai, Argentina, Chile e Uruguai). Em Novembro
de 2003, fui eleito como Superintendente do Distrito de Espanha. Desde então, temos andado a viajar
entre a Espanha e a Argentina. Temos três filhos adultos e quatro netos.”
“Estamos agradecidos ao Senhor por nos chamar e à Igreja do Nazareno por nos abrir as portas
para servir como missionários. Agradecemos a todos os missionários que foram à Argentina e
pregaram o evangelho. Somos produto do trabalho missionário.”
IDEIA PARA APRESENTAÇÃO: “HISTÓRIA DAS MISSÕES NA
ARGENTINA”
Prepare e Apresente
55
Uma vez que Ruben Fernandez é Reitor num seminário, apresente esta lição em Julho quando a
ênfase é sobre o ministério internacional e escolas bíblicas e seminários. Obtenha informação
actualizada sobre escolas bíblicas nazarenas e seminários no site na Internet em
<http://www.nazarene.org/iboe/mexandcen.html> Use essa informação com a lição.
Instale uma plataforma como se fosse uma sala de aula. Um “professor” apresenta a lição dando
a história das missões na Argentina e contando as histórias entusiasmantes dos irmãos Fernandez e
suas esposas. A audiência serve como alunos, ou vários “alunos” poderiam sentar na classe.
Esta seria uma boa oportunidade para apoiar o projecto “Livros Para Pastores – Ferramentas
Para o Ministério”.
Opção – “Uma Criança os Guiará”
Esta lição usa crianças que ilustram os primeiros anos em que os membros da família
Fernandez foram chamados para o ministério. As cenas seguintes podem ser pantomimadas enquanto
as correspondentes partes da lição são apresentadas:
Felipe Fernandez, 8 anos, e outras crianças sentam-se em semi-círculo ouvindo um professor de
Escola Dominical a dar a lição. O professor fecha o seu livro de lições e a Bíblia e
pergunta se alguma das crianças gostaria de aceitar a Cristo. Felipe ergue a mão, levantase e dirige-se ao professor. O professor coloca a mão no ombro de Felipe, o rapaz inclina
a cabeça e os dois oram. (Apresente os Antecedentes da Família Fernandez.)
Ruben Fernandez, 7 anos, senta-se numa carteira de escola. Depois de escrever algumas
palavras, levanta-se e leva o papel até à professora. Ela sorri e faz-lhe uma festa na
cabeça. Ele dá um grande sorriso, acena com a cabeça que “sim” e vai para o púlpito,
ficando em bicos de pés a fingir que prega. (Apresente a História de Ruben.)
Variação: Ruben, 18 anos, prega o seu primeiro sermão, de pé atrás do púlpito.
Uma jovem adolescente responde a quem bate à sua porta; um jovem oferece-lhe um folheto e
uma Bíblia. Ela, zangada, recusa a literatura e manda-o embora de forma rude.
(Apresente a História de Monica.)
Noemi, 9 anos, senta-se com muita atenção, ouvindo uma missionária que mostra imagens e
fala sobre o seu ministério. Quando ela pede às crianças para orar, Noemi vai à frente e
ajoelha-se para dar a sua vida ao serviço de Deus como missionária. (Apresente a
História de Carlos e Noemi.)
CHAMADA À ACÇÃO
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Patrocine uma festa de “gerações”. Peça à família da igreja para trazer crianças, pais e avós
para o culto e reconheça-os publicamente com um certificado ou um pequeno presente.
Faça planos específicos para evangelizar uma determinada área da sua vizinhança.
Peça a três ou mais pessoas para contactarem Juan Fernandez, na Universidade Nazarena de
Mount Vernon (800 Martinsburg Rd., Mount Vernon, Ohio 43050, USA), para o encorajar
enquanto estuda nos Estados Unidos. Se possível, peça a estudantes universitários ou aos
jovens para fazerem estes contactos.
Ore pelos três filhos adultos e pelos netos de Carlos e Noemi.
Ore e peça a Deus que continue a chamar crianças e adolescentes para as missões.
Envie notas de encorajamento a crianças, adolescentes e jovens adultos na sua área, que sentem
a chamada para as missões.
LIÇÃO 12: A FAMÍLIA KETCHUM – LÍDERES
ORIENTADOS POR DEUS
Wes Eby
OBJECTIVO
56
Aprender sobre os papéis da liderança missionária dos irmãos Daniel e Terry Ketchum e suas esposas
e sentir os seus “corações missionários”.
INFORMAÇÃO DA LIÇÃO
Introdução – FACTOS
Área Sul da Ásia
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Países: Índia, Sri Lanka, Nepal, Bangladesh e Paquistão.
A Índia é o segundo país mais populoso do mundo, com 1,1 biliões de habitantes. A população
da Índia é 3,5 mais que a dos Estados Unidos. Prevê-se que, pelo ano 2050, a Índia ultrapasse a
China como o país mais populoso do mundo.
O Bangladesh é o sexto país com maior densidade populacional em todo o mundo, com 2.734
habitantes por cada milha quadrada. Contudo, os primeiros 5 paises são muito pequenos.
Portanto, em milhas quadradas, o Bangladesh é 110 vezes maior que os outros cinco paises
juntos e 28 vezes maior em população.
O Bangladesh, outrora conhecido como Paquistão Oriental, declarou a sua independência em
1971. Anteriormente, o Paquistão Oriental e o Paquistão Ocidental estavam separados por cerca
de 1.610 km pelo território da Índia.
O Sri Lanka, antigo Ceilão, declarou a sua independência da Comunidade Britânica em 1948.
O Nepal é o único país no mundo que tem o hinduismo como religião oficial.
A Índia tem 16 línguas oficiais: Hindu, Inglês, Bangali, Telugu, Marathi, Tamil, Urdu, Gujarati,
Malayalam, Kannada, Oriya, Punjabi, Assamese, Kaxhmiri, Sindhi e Sanskrit.
Igreja do Nazareno (Estatísticas de 2004)
•
Ano de entrada na Índia: 1898, o primeiro país com missionários que se tornaram
nazarenos quando a denominação foi formada em 1908.
•
Ano de entrada no Bangladesh, 1992; no Paquistão, 1996; no Nepal, 1998; no Sri Lanka,
2000.
•
Membros: Índia, 42.155; Bangladesh, 5.739; Paquistão, 5.519; Nepal, 710; Sri Lanka,
405.
•
Igrejas: Índia, 631; Bangladesh, 172; Paquistão, 69; Nepal, 14; Sri Lanka, 7.
•
Missões igrejas não organizadas): Índia, 291; Paquistão, 21.
•
Em 2004, o Bangladesh organizou 64 igrejas e o Paquistão organizou 57.
•
As experiências missionárias são importantes na maturidade espiritual dos adolescentes.
Os Inícios da Família Ketchum
Winston e Merreta Ketchum serviram como pastores nazarenos durante 44 anos em cinco
estados americanos. A sua devoção ao Senhor, o seu amor por missões e os seus dons musicais foram
transmitidos aos seus três filhos – Daniel, Terry e Verle. Por duas vezes, Winston pôs de lado a sua
“aposentação” para servir como Director dos Ministérios com Adultos Séniores, até ao seu
falecimento em 2005.
Os rapazes Ketchum passaram a maior parte dos seus anos de crescimento em Olympia, no
estado de Washington (EUA). As memórias especiais incluem entreter os missionários em viagem de
divulgação e as orações familiares no altar pelos missionários na lista da revista devocional Come Ye
Apart.
Embora o trabalho missionário de Daniel e Terry seja o alvo desta lição, Verle também está
profundamente envolvido em missões. Ele serve como Presidente de MNI na Igreja de Olympia
Mountain View e no Conselho Distrital de MNI de Washington Pacífico, nos misnistérios de
compaixão.
DANIEL E CAROL KETCHUM
Sua Família
57
Daniel e Carol conheceram-se na Universidade Nazarena do Noroeste (UNN) e namoraram
durante todos os quatro anos. O seu amor em comum pela música serviu como um íman para os unir.
Ficaram noivos no último ano e casaram na época da graduação, na Igreja do Nazareno onde Daniel
estava a servir como assistente da juventude e música. Juntos, eles escreveram mais de 40 cânticos.
Carol cresceu num lar cristão com dois irmãos e uma irmã. O pai foi salvo num reavivamento
na Igreja do Nazareno apenas três anos antes de Carol nascer. “A sua conversão foi uma
transformação dramática”, diz ela. Mais tarde, os pais ajudaram a dar início à Igreja do Nazareno de
Quincy, estado de Washington (EUA).
Daniel e Carol têm dois filhos, Ryan e Cherie. Ryan e sua esposa, Angela, têm três meninas.
Ryan, que herdou os dotes musicais, foi líder de adoração na Igreja do Colégio de Nampa, no Idaho, e
agora serve na Universidade Nazarena do Noroeste. Cherie e o marido, Christopher Reiter, moram na
área de Kansas City, onde Chris frequenta o Seminário Teológico Nazareno (STN). Continuando a
tradição musical dos Ketchums, Cherie dirije o louvor na Missão de Auxílio em Kansas City. Tanto
Ryan como Cherie produziram CDs com a sua música.
Sua Educação e Ministério
Daniel e Carol graduaram-se na UNN, ele em religião e ela em educação primária. Daniel
também obteve o Mestrado em divindade através do STN e o Doutoramento em Formação Cristã
através da Universidade de Idaho.
Enquanto frequentava o STN, Daniel serviu como pessoal administrativo da Igreja do Nazareno
de Shawnee. Depois da sua graduação no STN, foi Director Editorial dos Ministério de Juventude
para a denominação, de 1974 a 1978. Durante os 22 anos seguintes, eles pastorearam em St. Louis;
Corvallis, no Oregon; e Nampa, no Idaho, na Igreja do Colégio.
O dom de Daniel para a liderança tem sido evidenciado na sua eleição como Presidente Geral
da JNI, como membro da Junta Geral e membro da Junta de Administradores da UNN.
Carol tem desempenhado papéis chaves no ministério do marido. Como parte da sua “equipa”
ministerial, ela investiu os seus dons de música, hospitalidade e oração no apoio ao marido.
Sua Chamada Para as Missões
O interesse de Daniel por missões começou na sua infância através dos seus pais piedosos e
orientados para missões. “Enquanto criança, eu amava as missões”, diz Daniel. “Gostava de entreter
os missionários em nossa casa e sempre desejei ser um missionário.”
“A chamada do Terry para ser um missionário causou um enorme impacto em mim”, diz
Daniel, “e apoiámos o Terry e a Kathie através do nosso ministério.” Quando Ryan e Cherie se
graduaram na Escola Secundária, Daniel e Carol levaram cada um deles ao Haiti numa viagem de
Trabalho & Testemunho. “Ligarmo-nos à família de Terry e ao campo missionário foi importante
para nós”, diz Daniel.
Contudo, Deus chamou Daniel para o ministério pastoral – não para as missões, e Daniel e
Carol estavam realizados a servir ao Senhor conforme Ele dirigia. Enquanto pastor da Igreja do
Colégio de Nampa, Daniel começou a sentir o acotovelar do Espírito em direcção a missões. “Segreda
apenas missões”, orou Daniel, “e eu obedecerei.”
Um fim de semana, ao ler sobre o trabalho do apóstolo Paulo como missionário, Daniel chegou
a esta parte da história: “E Paulo teve de noite uma visão, em que se apresentou um varão da
Macedónia, e lhe rogou, duzendo: Passa à Macedónia, e ajuda-nos.” (Actos 16:9, Almeida, ênfases
adicionadas.) Ao mesmo tempo, ele recebeu uma chamada do Dr. Franklin Cook, então Director da
Região Eurásia, convidando-o e a Carol para dirigir missionários e nacionais como director de duas
áreas: Mediterrâneo Ocidental e Sudeste da Europa. E um dos países atingiu Daniel como um raio –
Macedónia! Isto confirmava o acotovelar do Espírito.
Pouco tempo depois, Daniel e Carol estavam de joelhos, orando sobre a “chamada”.Ambos
choravam e pediam a Deus que revelasse a Sua vontade. Carol confessou que as suas lutas estavam
relacionadas com pessoas, possessões e posição. O filho estava a servir com eles na igreja. A mãe,
viúva, e os pais de Daniel estavam a viver perto dali. Eram donos de uma bela casa, cheia de grandes
recordações. Estavam a pastorear uma congregação em crescimento. Contudo, enquanto ela orava, o
Senhor disse: “Larga. Deixa estar.” E um a um, ela “deixou” estar até que tudo – pessoas, possessões
e posição – fosse entregue a Deus.
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Com 50 anos, tanto Carol como Daniel “largaram” e disseram “sim” a Deus. Em breve eles
estavam a caminho do campo missionário.
Sua Tarefa Missionária
Daniel e Carol chegaram à Europa no ano 2000 com a tarefa de Coordenador de Estratégia
Missionária (antigo Director de Área) para as áreas do Sudeste da Europa e Mediterrâneo Ocidental.
Esta grande área geográfica inclui países que vão desde os Açores a Oeste até à Turquia no Leste, e
ainda o Norte de África. Daniel foi responsável por dirigir os missionários e líderes nacionais nos 15
países onde a Igreja do Nazareno estava a ministrar. Daniel resume as suas responsabilidades com
esta declaração de propósito: “Desenvolver líderes e igrejas santas.”
Três anos depois, Daniel foi chamado por Deus e convidado pela igreja para assumir a mesma
posição na Área Sul da Ásia, incluindo a Índia, o Sri Lanka, o Nepal, o Bangladesh e o Paquistão.
“Ao aceitar esta tarefa”, diz Daniel, “largámos as nossas equipas e sonhos para a Europa, e fomos
compartilhar dos sofrimentos do povo no Sul da Ásia.” Durante dois anos, os Ketchums apreciaram
completamente este novo ministério, antes de Deus os chamar para um novo papel de liderança.
Sua Recompensa Ministerial
“A maior recompensa”, dizem os Ketchums, “é ajudar os líderes nacionais, tais como o Rev.
Sunil Dandge, a desenvolver e a assumir papéis de liderança na igreja.” Quando lhe foi pedido que se
mudasse para Calcutá, uma grande cidade de 13 milhões de habitantes, como Superintendente
Distrital, Sunil aceitou. Uma parte do sacrifício desta tarefa foi que Sunil e a esposa tiveram de enviar
os dois filhos para uma escola interna, que ficava a 24 horas de viagem de comboio. Com trabalho
árduo e a ajuda de Deus, Sunil organizou 200 igrejas em 10 anos. Recentemente, Sunil foi eleito para
servir como Reitor (Presidente) do Colégio Bíblico Nazareno do Sul da Ásia (CBNSA). A actual
inscrição de 1.100 alunos, representando cinco nações, é servida por 75 professores. Quando chega a
graduação, os alunos já cumpriram todos os requisitos para a ordenação. Com o aconselhamento
contínuo do Coordenador Regional de Educação, John Haines, espera-se que a inscrição no CBNSA
duplique em cinco anos.
“Outra recompensa”, dizem os Ketchums, “é observar a coragem audaz dos líderes nacionais
emergentes.” Daniel compartilha esta história sobre Kavi (o nome foi alterado a fim se proteger a sua
identidade), uma senhora na Índia. O pai dela tinha sido pastor nazareno numa cidade de três milhões
de habitantes conhecida pelos seus terroristas hindus radicais. Já com 70 anos, a saúde forçou-o a
aposentar-se, mas o Superintendente Distrital não conseguia encontrar ninguém que o substituísse.
Finalmente, o Superintendente disse a Kavi: “Agora é a tua vez.” Kavi respondeu que não tinha uma
chamada para pregar nem educação teológica. Mas o Superintendente contrapôs o seu argumento
com: “Tu és a pessoa melhor preparada e mais matura na congregação.” Kavi, por fim, concordou
tentar com a ajuda do Superintendente.
Certa noite, Kavi estava a dirigir um estudo bíblico numa casa. Quando ouviram uma agitação
lá fora, ela foi à porta. Viu uma multidão de radicais hindus exigindo que ela fechasse a igreja. Ela
permaneceu firme, dizendo: “Ouçam-me. Todas estas pessoas são cristãs por escolha própria.
Ninguém as forçou a serem cristãs. Nós não vamos sair. Vocês vão nos deixar em paz.”
A multidão começou a dirigir-se para Kavi. Ela saiu de casa e dirigiu-se à multidão. “Se vocês
vão levar alguém”, disse ela, “levem-me primeiro.” Lentamente, os membros da multidão, um por
um, começaram a ir embora. Kavi voltou para a casa e continuou o estudo bíblico, e as pessoas
alegraram-se no poder da oração.
Daniel relata que três decisões foram tomadas como resultado deste incidente. (1) Enquanto
Kavi permanece como pastora, outro pastor foi enviado para a mesma cidade para plantar outra igreja.
(2) Kavi inscreveu-se no Colégio Bíblico Nazareno do Sul da Ásia a fim de obter uma educação
teológica. (3) Uma equipa do Filme JESUS está a ser enviada à cidade para evangelizar.
Sua Nova Visão
Em Outubro de 2005, Daniel Ketchum foi eleito para servir a denominação como Director
Geral de Missões Nazarenas Internacionais (MNI), sucedendo à Drª Nina Gunter, que foi eleita
Superintendente Geral. Esta tarefa fala tanto da sua capacidade de liderança como do seu coração
para missões.
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Daniel é um homem de visão e gosta da oportunidade de lançar a visão. No seu trabalho como
missionário na Eurásia, ele desenvolveu uma “declaração de visão”:
A capacidade de fé dada por Deus
para ver algo com clareza
mesmo antes de ser realidade
e avançar com integridade
para esse alvo.
Daniel e Carol trabalham como equipa, e o seu trabalho tem uma grande prioridade na sua
agenda. Como líderes, eles vêem o desenvolvimento de relacionamentos com pessoas como uma
grande prioridade. Carol é parceira com o marido na oração e no cuidado para com todas as pessoas
com quem trabalham.
Um dos alvos do Dr. Ketchum como Director Geral de MNI é “amar, ouvir e aprender com a
equipa de MNI que já trabalha fielmente.” Ele deseja ajudar a guiar um movimento ungido pelo
Espírito, no qual as MNI e a Missão Mundial sejam parceiras dinâmicas no desenvolvimento
internacional de líderes e igrejas santas. Daniel crê firmemente que isto pode ser alcançado através do
envolvimento tanto com a “próxima geração” (crianças/jovens) como com a “actual geração”
(adultos) na consciência global, na oração, na dádiva para missões e nas experiências interactivas.
TERRY E KATHIE KETCHUM
Sua Família
Terry e Kathie começaram a namorar na Escola Secundária. “O Terry era de um espírito gentil,
humilde, um verdadeiro reflexo de Cristo”, diz Kathie. “Fui imediatamente atraída para ele como
pessoa e para a sua fé evidente.” O namoro levou ao noivado, e eles casaram durante os anos que
Terry passou na universidade.
Kathie cresceu numa família luterana alemã, a filha mais velha e a única menina dos cinco
filhos. Nos primeiros anos da adolescência, Kathie experimentou o trauma da morte de crianças na
sua família e igreja. Durante um funeral na Igreja Luterana, ela lutou com o conceito de um Deus
amoroso que permitia que as crianças morressem. Pediu-Lhe que lhe mostrasse se ainda existia algo
mais para “acreditar” do que aquilo que ela estava a experimentar. Deus respondeu à sua oração
trazendo Terry à sua vida.
Os Ketchums têm dois filhos, Scott e Brian. Scott e a esposa, Kassie, têm dois filhos. Brian
casou com Erin Browning, filha de Lindell e Kay Browning, missionários veteranos no Médio
Oriente.
Sua Chamada Para Missões
Terry recebeu uma chamada para missões na adolescência. Sob o ministério de seu pai, ele
ouviu muitos sermões sobre obedecer a Deus. “A influência do ministério de meu pai na minha vida e
a resposta de Deus são incalculáveis”, diz Terry. Juntamente com o facto de que numerosos
missionários falavam na sua igreja e ficavam em sua casa, as missões nunca estavam longe da sua
mente.
Como adolescente, Terry era membro da equipa distrital de juventude para o evangelismo.
Depois de um culto na Costa do Pacífico, o grupo regressou ao hotel e decidiu ir à praia apanhar o
que traz o mar. “Mas eu senti-me constrangido a ficar para trás “, diz Terry. “ O Senhor estava a tratar
comigo sobre uma chamada para missões. Nessa noite eu disse “sim” a Deus para o que Ele quisesse
e para onde Ele me levasse.” Terry terminou a Escola Secundária sabendo exactamente qual seria o
seu estudo na universidade.
A chamada de Kathie para missões não surgiu num momento em particular. “A minha chamada
foi uma abertura gradual do meu coração e espírito para este ministério vital”, diz ela. “Com o tempo,
eu fiquei sensibilizada para missões e senti que Deus queria usar-me desta forma.” Ao casar com
Terry, ela sabia que a sua vida estaria envolta com as missões.
Sua Educação e Ministério
Terry, tal como o seu irmão Daniel, fizeram o curso pré-seminário na UNN, e durante os seus
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quatro anos em Nampa serviu no pessoal administrativo da Igreja de Franklin Road. Kathie também
obteve o bacharelato na UNN, em educação primária.
Depois da graduação, Terry aceitou uma posição como administrativo na Igreja Central de
Vancouver, no estado de Washington. Uma semana depois dos Ketchums chegarem à igreja,
inexplicavelmente o pastor demitiu-se. Então a igreja chamou o pai de Terry, Winston Ketchum, para
ser o pastor responsável. “Que benção servir com o meu pai”, diz Terry. Durante esse período de três
anos ele foi ordenado, em 1976.
No ano seguinte, Terry e Kathie mudaram-se para Kansas City, a fim de Terry obter o seu
Mestrado em divindade no STN. “Tive o privilégio de estar sob o ensino missionário do Dr. Donald
Owens e do Dr. Paul Orjala”, diz Terry. Durante o tempo que estiveram no STN, Terry serviu como
administrativo na Igreja de Victory Hills, e Kathie foi professora numa escola. Terry também obteve
o Doutoramento em missiologia através da Universidade Internacional Trinity, em 1999.
Sua Tarefa Missionária
Enquanto estiveram em Kansas City, os Ketchums terminaram a sua inscrição para serem
missionários e anticipavam ir ao trabalho logo de seguida. “Imagine o nosso desapontamento”, diz
Terry, “quando a carta que recebemos dizia: ‘Terry e Kathie Ketchum designado para o estudo da
língua francesa.’ De volta à escola! Sem um país para onde ir. Apenas mais estudos. Mais
preparação.” Mas Terry adiciona rapidamente: “Agradeço a Deus pela sabedoria da nossa igreja em
nos mandar para a escola de línguas em França.”
Um ano mais tarde, os Ketchums mudaram-se para a Martinique, nas Índias Ocidentais
Francesas. “Que alegria foi trabalhar com o John e a Linda Seaman e a Brenda Gould”, diz Terry.
Durante seis anos nesta ilha das Caraíbas, Terry pastoreou e plantou igrejas, deu treinamento pastoral
e dirigiu o Instituto Bíblico, coordenou projectos de Trabalho & Testemunho, serviu como
Superintendente Distrital e fez a transição para o primeiro Superintendente Distrital nacional. Terry
também ajudou a desenvolver estratégias a expandir para Guadaloupe e Guiana Francesa.
Kathie diz que os anos passados na Martinique foram “os melhores anos das nossas vidas.” Ela
deu início ao ministério de mulheres, dirigiu os programas de EBF, organizou igrejas infantis, treinou
professores de Escola Dominical, ensinou órgão e traduziu as lições de MNI, juntamente com o ser
mãe e esposa.
Em 1988, os Ketchums foram então designados para o Haiti, um grande contraste com a
Martinique! Durante 12 anos no Haiti, os Ketchums viveram através de muitos governos diferentes,
golpes de estado, mudanças no pessoal missionário e durante os dias do embargo pagaram 30 dólares
por cerca de quatro litros de gasolina. O trabalho era semelhante ao da sua anterior tarefa missionária.
Terry foi Director de Missão durante 10 anos, testemunhou a expansão de 8 para 11 Distritos, cada
um com um Superintendente Distrital nacional. No Colégio Bíblico, ele foi professor, deão
académico e/ou Director. Os trabalhos de Kathie incluiram ser professora no Colégio Bíblico,
tesoureira da área, anfitriã missionária, o trabalho de tradução e lições de música.
Desde o ano 2000 que os Ketchums estão a trabalhar no Escritório Regional das Caraíbas, onde
assumiram responsabilidades de liderança adicionais. Terry é o Coordenador de Estratégia
Missionária para a Área Francesa e Coordenador Regional de Educação, trabalhando com quatro
instituições de educação superior. Kathie é Coordenadora Regional de Literatura e Coordenadora de
MNI Francês.
Suas Recompensas Ministeriais
Ver as pessoas a serem libertas do pecado e do poder de Satanás traz recompensa. Kathie
compartilha um incidente que aconteceu num culto de Quarta-feira à noite, na Martinique. Um
homem parecia estar muito nervoso e, à medida que o culto progredia, ele ficou cada vez mais
agitado. Contorcia-se e distraia toda a gente à sua volta. Terry levou-o para uma sala de aula onde o
homem começou a rasgar as suas roupas e a fazer ruídos estranhos. Terry e o pastor impuseram as
mãos sobre ele e oravam por libertação. Enquanto oravam, uma quietude santa encheu a sala. Deus
fez a Sua obra e libertou o homem dos demónios. Durantes meses as pessoas da igreja amaram e
discipularam o homem até ele mudar de cidade.
Ver as pessoas famintas da santidade de coração traz recompensa. Terry fala sobre uma
chamada ao altar que ele observou numa igreja do alto das montanhas haitianas. Um jovem queria
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responder ao convite de render tudo ao Senhor, mas a igreja estava muito cheia de pessoas e ele não
conseguia chegar à frente para orar. Não conseguia chegar à coxia. Subiu para cima de um banco à
sua frente e foi abrindo caminho por cima dos outros bancos. “Atrevo-me a dizer que o Senhor
satisfez a sua fome a caminho do altar”, diz Terry.
Ver as pessoas a fazer sacrifícios e a ajudarem-se a si mesmas traz recompensa. Terry relata a
seguinte história. “Fiz uma caminhada de duas horas e meia pelas montanhas com o Superintendente
Distrital, a convite de um pastor, para ver o que fazia o povo de Deus. Atravessei um rio a vau,
descalço, enquanto as rochas feriam a minha imagem de macho. As calças do meu fato ficaram
ensopadas. Calcei os sapatos bonitos e comecei a caminhada extenuante. Vi a luxuosa folhagem
tropical entrelaçada com árvores de mógono, bananeiras, coqueiros, hibiscos em flôr, árvores
escarlates com flores vermelho flamejante e milho plantado nas encostas íngremes. As bolhas nos
meus pés foram esquecidas à medida que apreciava a beleza deste santuário ao ar livre. Enquanto
coxeava para a igreja, cheia com mais de 200 nazarenos que cantavam e louvavam ao Senhor, a
camisa e o casaco estavam ensopados de suor.
“O Superintendente Distrital estava visivelmente comovido com o que viu. A última que ele
tinha ouvido era que a estrutura do edifício tinha sido destruída com uma ventania numa tespestade.
Havia escombros por todo o lado e a igreja tinha ficado numa desgraça para a comunidade. A
congregação pacientemente esperou por ajuda de uma equipa de Trabalho & Testemunho.”
“”As pessoas cansaram-se de esperar e começaram a reconstrução elas próprias. Não foi
recebido qualquer dinheiro nem do Distrito nem da Igreja Internacional. Não havia lojas de material
de construção, nem armazéns, fábrica de betão. Cada saco de cimento foi trazido dolorosamente à
cabeça, pelo mesmo trilho que eu tinha acabado de subir. Cada peça de madeira tinha sido tirada das
árvores à disposição e trazida para o local de construção. Cada litro de água para o betão e a
argamassa foram trazido pessoalmente. Cada tijolo foi colocado manualmente na igreja. A última
porta foi colocada nesse Domingo de manhã quando manquejei para dentro do santuário.”
“Com a construção das paredes da igreja, a fé das pessoas também aumentou. Elas estavam a
ter evidências da obra de Deus na sua comunidade. Três outras igrejas seguiram o seu exemplo e
começaram programas de construção. O povo de Deus estava a mover-se.”
“Não preciso dizer-lhe o quanto eu fui abençoado naquela manhã, pregando num fato suado,
com sapatos que esguinchavam água a cada passo. Estávamos todos ensopados com a presença do
Todo Poderoso – o Deus que cria alegria na tribulação. A faces radiantes e o espírito de
agradecimento ao Senhor romperam no meu espírito. Elas estavam abençoadas com um edifício que
irá passar no teste do tempo e será uma testemunha que dá fruto para a eternidade.”
IDEIA PARA APRESENTAÇÃO: “DOIS IRMÃOS”
Prepare e Apresente
Uma vez que Daniel e Terry Ketchum são irmãos, peça a dois homens que apresentem a lição.
Devem vestir-se com roupas idênticas, incluindo o penteado, óculos, etc. Devem vestir fatos a
condizer.
Alguém dá uma breve introdução extraída de “Os Inícios da Família Ketchum”. Depois Daniel
e Terry tomam cada um a sua parte da lição sobre si e sua esposa, alternando durante as cinco partes
da lição. Eles devem conhecer bem o material para que possam “conversar” em lugar de “ler”. Depois
alguém pode terminar a lição com a “nova visão” de Daniel e Carol.
Opção – “Conheça o Director Geral de MNI”
Apresente o Dr. Daniel Ketchum como o novo Director Geral de MNI. Peça a um importante
leigo e sua esposa para desempenharem os papéis dos Ketchums. Dê uma cópia da secção sobre
Daniel e Carol Ketchum com duas semanas de antecedência, a fim de que eles se sintam confortáveis
com o material da lição. Faça uma entrevista aos Ketchums. Eis aqui alguns exemplos de perguntas:
1. Daniel, fale-nos da sua família.
2. Carol, fale-nos de como vocês se conheceram e sobre os vossos filhos.
3. Daniel, Fale-nos sobre o seu ministério antes de se tornar num missionário.
4. Podem falar-nos das vossas chamadas para serem missionários?
5. Quais têm sido as vossas tarefas como missionários?
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6. Falem-nos sobre algumas das recompensas por serem missionários.
7. Daniel, qual é a sua visão para as MNI?
Alternativa 1: Monte uma entrevista como num programa de televisão. O cenário pode ser tão
simples ou elaborado como desejar. O entrevistador pode adicionar algum humor.
Alternativa 2: Monte uma entrevista como num noticiário de televisão. O jornalista pode ser
Louie Bustle, Director da Missão Mundial, ou Nina Gunter, Superintendente Geral e antiga Directora
Geral de MNI.
TEMPO DE ORAÇÃO E DE ENVOLVIMENTO
•
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Ore pelos adolescentes na sua igreja para que estejam abertos à voz de Deus.
Tire uma fotografia de cada adolescente e jovem da sua igreja. Antes do culto missionário,
coloque as fotos no quadro da igreja. Depois da apresentação da lição, peça aos adultos para
escolherem uma das fotos e orarem pela pessoa.
Levante uma oferta e planeie um levantamento de fundos para financiar uma experiência
missionária a um jovem.
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CURRÍCULO PARA CRIANÇAS
Região de África
LIÇÃO 1: ÁFRICA
OBJECTIVO DA LIÇÃO
Ajudar as crianças a compreender que África é um continente diverso com muitos jovens que têm
necessidades semelhantes às delas.
INFORMAÇÃO DE APOIO AOS PROFESSORES
FACTOS
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África é o segundo maior continente no mundo, com mais de 50 países.
O Monte Kilimanjaro é o ponto mais alto em África e tem sempre neve no seu pico.
O Deserto do Sahara é o maior do mundo, e está a expandir-se para Sul à razão de
aproximadamente 800 metros por mês.
Quatro dos cinco animais mais rápidos do mundo vivem em África: a chita, o gnu, o leão e a
gazela Thompson.
Existe uma colónia de pinguins bem desenvolvida na Costa Oeste do Sul de África.
O elefante africano é o maior mamífero do mundo e pode realmente voltar as páginas de um
livro com a tromba.
APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
Para decorar a sala, espalhe revistas, livros e cartazes para exemplificar a diversidade de África.
Inclua cenas rurais, modernas e tradicionais. Faça a decoração com tecidos, papéis e cestos ao estilo
africano. Instale um dossel ou uma tenda representando uma palhota. Peça às crianças para se
sentarem em tapetes. Tenha em consideração o tema de um safari. Use pratos e guardanapos com
animais pintados para servir os lanches. Tenha música africana. Nota: Tigres e ursos não são naturais
de África.
O centro desta lição é ter uma visão geral de África que ofereça relances da sua cultura e de
como o evangelho causa impacto nas crianças que ali vivem. Dê ênfase à passagem bíblica: “Eu sou a
luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida...” (João 8:12, Almeida).
Quando as crianças pensam em África, podem pensar apenas em animais e numa cultura
primitiva. É importante ajudar as crianças a compreender também os aspectos modernos de África.
Embora as tragédias em África posssam ser notícias sensacionais, também devem ser contadas as
histórias comuns, humanas do povo africano.
Esta lição oferece um alicerce sobre o qual iremos construir. Cada lição irá dar uma visão
rápida sobre um continente completamente diferente e sempre em mudança. A África é uma terra de
contrastes e semelhanças. É um lugar onde o plano de Deus para a salvação está a dissipar as trevas e
o desespero à medida que os cristãos compartilham o evangelho de esperança através de Jesus Cristo.
Pergunte: Em que pensam quando ouvem o nome África? Encoraje todos a participar.
Registe todas as respostas das crianças, quer estejam correctas ou não.
Depois das crianças terem compartilhado os seus pensamentos sobre África, leia a secção de
Factos situada na primeira parte da lição. Diga às crianças que elas vão aprender muitos mais factos
surpreendentes e interessantes sobre África ao longo do ano.
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Apresente um mapa do mundo e fale sobre a localização de África. Peça a voluntários para
dizer quantos quilómetros eles pensam que África tem de Norte a Sul e de Este a Oeste. Diga: A
África tem mais de 8.000 km de Norte a Sul e mais de 7.500 km de Este a Oeste, entre os pontos
mais distantes. É o segundo maior continente do mundo, com cerca de 19 milhões de
quilómetros quadrados. Compare isto com o tamanho do seu próprio país.
HISTÓRIA MISSIONÁRIA: “A Luz Brilha Sobre a Felicidade e a Bênção”
de Marilyn Willis Grider
Através da seguinte entrevista, aprenda sobre as vidas diárias de duas crianças africanas.
ENTREVISTADOR: Mais de metade das pessoas que vivem em África são crianças com menos de 15
anos. Hoje irão conhecer duas crianças que vos ajudarão a aprender sobre a vida em África. As
suas rotinas diárias são frequentemente diferentes das vossas.
BÊNÇÃO: Olá! Os pais africanos amam muitos os seus filhos e dão-lhes nomes para mostrar a sua
importância na família. Os meus pais sentiram-se tão abençoados por terem tido um filho, que
me chamaram Bênção. Vivo com a minha família numa aldeia. Os meus avós, tias, tios e
primos vivem perto. Ajuda muito ter uma grande família, porque há muitas tarefas a fazer.
Os meus primos e eu, levamos as vacas e as cabras da família a pastar durante o dia. Não
vamos à escola. Não existe uma escola por perto e há muito trabalho a fazer. Mesmo assim,
gostamos do nosso trabalho. Fazemos jogos enquanto os animais estão a comer. Contudo,
temos de tomar conta deles para que os animais não se afastem e se percam.
Também temos de prestar atenção aos animais selvagens. No ano passado, uma menina
escapou por pouco a um hipopótamo, quando estava a tirar água do rio. Isso foi mesmo
assustador!
FELICIDADE: Olá! A minha família ficou tão feliz quando eu nasci que me chamaram Felicidade.
Vivemos numa vila. Apesar das crianças não terem de ir à escola, eu vou. É um privilégio ir à
escola. A escola é cara e os alunos têm de estudar muito.
Também trabalho muito em casa. Tomo conta das crianças mais novas, ajudo a preparar
as refeições, trabalho na horta e fervo a água para garantia que é boa para se beber. Mas
também gosto de brincar com os meus amigos e de cantar no orfeão da igreja.
ENTREVISTADOR: Bênção e Felicidade moram em lugares diferentes, e as suas actividades diárias
são diferentes. Mas têm algumas coisas em comum. Têm medo do escuro. Bênção, conta-nos
por que tens medo do escuro.
BÊNÇÃO: Às vezes uma vaca ou uma cabra afastam-se. Antes de eu conseguir encontrar a vaca ou a
cabra, pode ficar escuro. É fácil ficar perdido no escuro. E pode estar lá um animal selvagem ou
um ladrão. (Ele arrepia-se.) Fico sempre contente em ver a fogueira perto da nossa palhota.
FELICIDADE: O Bênção tem razão. É assustador estar sozinho no escuro. Eu costumava ter medo do
escuro, mas a minha avó contou-me uma história africana sobre Jesus e a luz. Agora, já não
tenho mais tanto medo do escuro.
BÊNÇÃO: Oh, por favor, conta-nos a história.
FELICIDADE: A minha avó disse-me que cada pessoa nasce com uma espécie de vela dentro de si,
mas que não está acesa. Todas as pessoas devem procurar uma forma de acender o pavio da sua
vela enquanto estão vivas. Depois, quando morrem, podem ver a luz.
BÊNÇÃO: Sim, já ouvi uma história como essa.
FELICIDADE: A minha avó disse que a Bíblia fala-nos sobre a luz que precisamos. Em João 8:12,
Jesus disse: : “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da
vida.” Quando pedimos a Jesus para nos perdoar os pecados, Ele leva a escuridão do pecado e
da culpa e traz luz e paz às nossas vidas.
BÊNÇÃO: Estou a ver. Quando tenho Jesus como meu Amigo especial, nunca estou sozinho no
escuro.
ENTREVISTADOR: Certo. É claro que ainda tens de ter cuidado quando vais a certos lugares à noite,
mas não tens de ter medo do escuro. Jesus vai estar contigo onde quer que fores.
DISCUSSÃO DA HISTÓRIA
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Peça às crianças para compararem as vidas de Bênção e Felicidade com as suas próprias vidas.
Inclua a escola, a igreja, as tarefas de casa, a família e os medos. Discuta como o evangelho faz a
diferença nas vidas das crianças africanas e como pode fazer a diferença nas nossas próprias vidas.
Peça a dois jovens adolescentes para representarem Bênção (um rapaz) e Felicidade (uma
menina) e a um adulto para os entrevistar. Peça a estas pessoas para usarem roupas tradicionais
africanas, se possível.
Diga: João 8:12 diz-nos que Jesus é a luz do mundo, e que aqueles que seguirem a luz não
andarão em trevas. Há um ditado africano que diz: “Se te voltares para a luz, as sombras ficam
sempre atrás.” Hoje, nós vamos fazer um desenho para nos recordar que quando Jesus está nas
nossas vidas, as sombras ficam para trás.
Peça às crianças para fazerem isto à vez; sentarem-se numa cadeira situada entre um candeeiro
e a parede. Para cada criança, prenda uma folha de papel à parede com fita-cola e trace o perfil da
cabeça da criança. Peça às crianças para pintarem as suas folhas. Encoraje as crianças mais velhas
para adicionarem o versículo em João 8:12. Irá precisar de folhas grandes de papel branco, um
candeeiro lápis de cor, marcadores e Bíblias.
Faça um diário africano de oração a ser usado com cada lição sobre África. Irá precisar de: fio
de lã 30 cm de comprimento (3 por cada criança), tesouras, cola, lápis ou marcadores. Faça cópias do
mapa de África. Distribua pelas crianças as folhas de papel, os fios de lã e o mapa de África.Diga às
crianças para escreverem o título, África, no topo da capa dos seus diários de oração. Dê às crianças
a opção de incluírem João 8:12 no fundo da capa.
Mostre aos alunos como colocar as 12 folhas juntas, como passar os fios de lã pelos buracos e
como atar cada fio. Tenha a certeza de que cada aluno escreve o seu nome no diário. (Nota: Podem-se
segurar as folhas através de grampos.)
Fale sobre formas como os alunos podem incluir os pedidos e respostas nos seus diários, se os
levarem para casa. Ou explique como os diários irão ser usados na classe para todas as lições de
África. Dê as alunos a oportunidade de orar pelas crianças de África. Diga: Vamos orar para que as
crianças de África conheçam o amor de Deus e a Jesus, que morreu para que elas sejam
perdoadas dos seus pecados.
Distribua a Folha de Actividade Nº 1, As Muitas Faces de África. Dê às crianças vários minutos
para localizar e circular todas as faces de Bênção (rapaz) e Felicidade (menina). Ou, peça aos rapazes
para procurarem o Bênção e às meninas para procurarem a Felicidade. Diga aos alunos que eles irão
encontrar as duas crianças com roupas diferentes, dependendo da sua localização no desenho. Peça
aos alunos que digam o número de vezes que encontraram o Bênção (5) e a Felicidade (5).
Fale sobre as várias cenas de África – a moderna versus a tradicional; a rural versus a urbana;
os animais, as pessoas, as casas e os transportes. Compare as cenas com os lugares onde os seus
alunos moram. Deixe as crianças pintar as muitas cenas de África.
TEMPO DE ORAÇÃO
Encoraje as crianças a usar o seu diário de oração como guia durante o tempo de oração. Deixe
que voluntários compartilhem pedidos de oração pelas pessoas de África.
Sugestão de Oração: Pai Celestial, obrigado por ajudares as pessoas que vivem em trevas
espirituais a receber a luz do evangelho. Oramos para que as crianças em África experimentem
a luz da salvação e depois compartilhem as novidades sobre Jesus com os outros em África.
LIÇÃO 2: CABO VERDE
OBJECTIVO DA LIÇÃO
Esta lição irá ajudar as crianças a compreender que Deus chama pessoas de vários países para
servirem como missionários.
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INFORMAÇÃO DE APOIO AOS PROFESSORES
FACTOS:
•
•
•
•
•
•
Cabo Verde foi o primeiro país em África a ter a Igreja do Nazareno.
O sal e o peixe são dois recursos naturais importantes em Cabo Verde.
Cabo Verde é um conjunto de ilhas, 10 grandes e 8 pequenas. As pequenas ilhas são tão
pequeninas que nem vêm nos mapas.
As ilhas de Cabo Verde estão situadas no Oceano Atlântico, a cerca de 643 km a Oeste do
território africano. Existem vulcões em actividade nestas ilhas.
A língua principal em Cabo Verde é o português.
Diz-se que a ilha Brava tem a forma de um coração.
APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
Decore a sala de aula com motivos de pesca. Pendure redes pela sala, ou use-as para decorar o
quadro dos anúncios. Adicione peixes e conchas. Use papel ou tecido azul para criar um lago
temporário.
O centro desta lição é a história de Eugénio Duarte e como Deus o chamou como jovem
africano e o guiou para se tornar num líder missionário africano na Região de África.
Use a seguinte passagem bíblica: “Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens.”
(Mateus 4:19, Almeida)
Eugénio Duarte, um missionário africano de Cabo Verde, tornou-se cristão quando era criança.
Recebeu a sua chamada para pregar quando um missionário visitou a sua igreja local. Eugénio
preparou-se para servir a Deus ao frequentar um colégio bíblico. Tornou-se pastor, serviu como
Superintendente Distrital e eventualmente tornou-se num missionário nazareno.
Frequentemente Eugénio pensava por que Deus o tinha chamado a ele, um rapaz africano, para
ser missionário, enquanto a maioria dos missionários eram enviados apenas da Europa ou da
América. Eugénio é um bom exemplo de como Deus guia as crianças que são obedientes à sua
chamada.
Faça cinco cópias do formato de um peixe. Escreva um dos Factos (na Informação de Apoio
aos Professores) sobre Cabo Verde num dos lados do peixe e coloque um íman do outro lado. Ate um
pedaço de fio à ponta de um pau ou vara e um íman na outra ponta do fio para criar canas de pesca.
Antes das crianças chegarem, coloque todos os peixes, de face para baixo, no lago temporário (feito
de tecido ou papel azul). Se não houver ímans, use clips de papel nas canas de pesca e peça a um líder
para ficar atrás de uma parede ou cortina para atar o peixe.
A fim de que mais crianças possam participar: Separe alguns dos Factos; faça vários peixes
com o mesmo Facto; peça às crianças para porem o peixe de volta no lago depois de terem lido o
Facto; ou peça a algumas crianças para apanharem os peixes, mas que sejam outras a ler os Factos.
Diga: Durante esta lição, vocês vão aprender sobre um país de ilhas em África. Fica
situado no Oceano Atlântico, a cerca de 643 km a Oeste do território africano. O país chama-se
Cabo Verde. A pesca é muito importante para o povo neste país feito de ilhas. Hoje vamos
“pescar factos” sobre Cabo Verde.
Demonstre como as crianças devem usar as suas canas de pesca. Depois de cada peixe ter sido
pescado, deixe que uma criança leia em voz alta o Facto.
Diga: Hoje a nossa história fala sobre uma forma divertida como os professores registam a
assistência em Cabo Verde. Vamos ser como os cabo-verdianos. Quando eu disser o vosso nome,
recitem um dos vossos versículos favoritos. Por exemplo, se o meu nome fosse chamado, em vez de
dizer “estou aqui”, diria, “No princípio criou Deus os céus e a terra” (Génesis 1:1, Almeida). Se não
conseguirem pensar em nenhum versículo, podem dizer o título do vosso coro favorito.
Tenha a certeza de que as crianças compreendem as instruções antes de se registar a assistência.
Peça a um voluntário para demonstrar como se responde. Irá precisar de um livro de assistência.
Escreva os versículos favoritos e coloque-os nas paredes. Encoraje cada criança a dizer um versículo
67
diferente, ou deixe que as crianças sugiram versículos para as outras dizerem, ou digam os versículos
com um companheiro.
HISTÓRIA MISSIONÁRIA: “Um Missionário de África”
de Marylin Willis Grider
Diga: Hoje vamos aprender sobre Eugénio Duarte. Quando ele era um rapaz africano em
Cabo Verde, era obediente e disse “sim” à chamada de Deus para O servir.
“Eugénio, vamos!” chamou a irmã correndo em direcção à praia.
“Que queres?” replicou ele deitando a rede de pesca à água.
“Está na hora da Escola Dominical”, disse-lhe Madalena. Há vários meses atrás, pela primeira
vez, ela levou o Eugénio à Escola Dominical na Igreja Central do Nazareno. Ele tinha gostado, mas
normalmente estava tão ocupado a brincar com os amigos que se esquecia da hora.
“Já está na hora? Obrigado por me chamares. Não quero chegar tarde”, disse Eugénio.
“Vamos!” disse ele para os amigos. “Tenho um grande versículo esta semana!” Os rapazes sacudiram
a areia da roupa e dirigiram-se para a igreja.
O professor, Don António, tinha uma forma divertida de verificar a assistência em cada semana.
Em lugar de dizerem “estou aqui” quando os seus nomes eram chamados, as crianças respondiam
dizendo um versículo que tinham aprendido durante a semana.
Eugénio mal podia esperar pela sua vez. Finalmente, Don António disse: “Eugénio?”
Eugénio respondeu: “Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens.” (Mateus 4:19)
Depois da chamada, Don António pediu a Eugénio que dissesse por que o versículo era tão
especial para ele.
“Parece que o versículo foi escrito especialmente para pessoas que vivem em Cabo Verde”,
explicou o Eugénio. “Sabemos tudo sobre a pesca, tal como os discípulos. Mas Jesus chamou-os para
serem pescadores de homens em vez de pescadores de peixe.”
“Somos como os discípulos quando convidamos os nossos amigos à Escola Dominical e lhes
falamos sobre Jesus. Não é isso que Jesus quis dizer quando falou em ser pescadores de homens?”
“É verdade, Eugénio”, respondeu o professor. “Jesus quer que nós falemos Dele a outras
pessoas. Isso faz-me lembrar que tenho notícias entusiasmantes para compartilhar convosco. O que
chamas a uma pessoa que vai a outro país falar a outros sobre Deus e Seu Filho Jesus?”
Daniel acenou com a mão. “Eu sei!” exclamou.
“Diz-nos, Daniel”, disse Don António.
“Um missionário!” gritou o Daniel.
“Está correcto.” Don António sorriu. “Na próxima semana, um missionário vem visitar a nossa
igreja. Por isso convidem os vossos amigos para virem.”
No Domingo seguinte, os rapazes sentaram-se juntos e ouviram o missionário. Ele explicou
como uma pessoa pode pedir perdão a Deus pelos pecados.
Eugénio sentiu-se miserável. Nunca tinha pedido a Deus para perdoar os seus pecados.
Contudo, sentiu que Deus estava a chamá-lo para pregar as Boas Novas aos outros.
Apesar de Eugénio estar confuso, decidiu que não precisava compreender tudo para ser salvo.
“Preciso pedir a Deus agora que perdoe os meus pecados”, pensou ele.
Eugénio orou e tornou-se cristão. Contudo, não disse a ninguém acerca da sua chamada.
Decidiu esperar até compreender o que Deus queria. Passaram-se muitos anos até que Eugénio
compreendesse a sua chamada. Durante esses anos, Eugénio serviu a Deus de muitas formas. E Deus
preparou-o para o que haveria de vir.
Um dia, enquanto Eugénio orava sobre ser um engenheiro, ouviu uma voz dizendo: “Não quero
que tu sejas um engenheiro. Quero que tu sejas um ministro do evangelho.”
Eugénio ouviu e obedeceu a Deus. Em lugar de estudar engenharia, ele matriculou-se no
colégio bíblico para se preparar para o ministério. Eventualmente, ele tornou-se num líder missionário
na Região de África. Eugénio aprendeu que Deus prepara o caminho para aqueles que são obedientes
à Sua chamada.
DISCUSSÃO DA HISTÓRIA
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Pergunte às crianças se alguma vez sentiram Deus a falar com elas. Discuta sobre a resposta
que devemos dar quando Deus quer que façamos algo que pensamos que não conseguimos fazer.
Peça às crianças para dizerem formas como podem servir a Deus.
Distribua a Folha de Actividade Nº 2 pelas crianças, para um jogo da Ilha dos Detetives.
Aponte as 10 ilhas de Cabo Verde identificadas apenas por uma pista do desenho. Leia as instruções e
reveja a lista dos nomes das ilhas. Peça a voluntários para lerem os versículos bíblicos. Ajude as
crianças a encontrar as palavras chave e discuta como elas são usadas como pistas. Peça às crianças
para ligarem cada ilha ao seu nome, e depois escreverem o nome da ilha na linha ao lado. Deixe as
crianças pintar os mapas.
Palavras chave:
1.
Boa Vista. Resposta – Pescando com uma rede na praia. Esta é uma forma comum de pescar
em todo o país. “E Jesus, andando junto ao mar da Galileia, viu dois irmãos, Simão, chamado
Pedro, e André, os quais lançaram as redes ao mar, porque eram pescadores.” (Mateus 4:18,
Almeida)
2.
Brava. Resposta – Coração. Diz-se que a Brava tem a forma de um coração. “Porque, onde
estiver o vosso tesouro, ali estará, também, o vosso coração.” (Lucas 12:34, Almeida)
3.
Fogo. Resposta – Montanha. O Fogo é o ponto mais alto de Cabo Verde. “Quão suaves são,
sobre os montes, os pés do que anuncia as boas novas, que faz ouvir a paz, que anuncia o bem,
que faz ouvir a salvação, que diz a Sião: O teu Deus reina!” (Isaías 52:7. Almeida)
4.
Maio. Resposta – Lançando sementes. O milho é um dos alimentos comuns que cresce em
Cabo Verde. “Mas, o que foi semeado em boa terra é o que ouve e compreende a palavra; e dá
fruto, e um produz cem, outro sessenta, e outro trinta.” (Mateus 13:23, Almeida)
5.
Sal. Resposta – Sal. O sal é extraído nesta ilha. “Vós sois o sal da terra; e, se o sal for insípido,
com que se há-de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos
homens.” (Mateus 5:13, Almeida)
6.
Santo Antão. Resposta – Fruta. As bananas são um fruto comum que cresce em Cabo Verde.
“Pelos seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos
abrolhos?” (Mateus 7:16, Almeida)
7.
Santa Luzia. Resposta – Luz. Os faróis são construções importantes nas ilhas. “E ninguém,
acendendo uma candeia, a cobre com algum vaso, ou a põe debaixo da cama; mas põe-na no
velador, para que os que entram vejam a luz.” (Lucas 8:16, Almeida)
8.
Santiago. Resposta – Governo. Praia, a cidade capital de Cabo Verde, está situada em
Santiago. “Admoesto-te, pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões e
acções de graças, por todos os homens, pelos reis e por todos os que estão em eminência, para
que tenhamos uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade.” (I Timóteo 2:1-2,
Almeida)
9.
São Nicolau. Resposta – Pescando com um barco. Uma actividade comum nas ilhas, para
divertimento e subsistência. “E fizeram sinal aos companheiros que estavam no outro barco,
para que os fossem ajudar. E foram, e encheram ambos os barcos, de maneira tal que quase iam
a pique.” (Lucas 5:7, Almeida)
10. São Vicente. Resposta – Correr sem cair. É importante fazer isto quando se joga o desporto
nacional, o futebol. “Andando, não se embaraçarão os teus passos; e, se correres, não
tropeçarás.” (Provérbios 4:12, Almeida)
TEMPO DE ORAÇÃO
Peça às crianças para usarem os seus diários de oração enquanto se sentam em círculo para orar.
Peça a voluntários para compartilharem pedidos de oração. Encoraje cada criança a fazer uma oração
de uma frase por missionários como o Eugénio Duarte. Peça aos alunos para orar, para que as
crianças em Cabo Verde aprendam sobre o plano de Deus para a salvação e sejam obedientes à Sua
chamada.
69
LIÇÃO 3: SWAZILÂNDIA
OBJECTIVO DA LIÇÃO
Ajudar os alunos a compreender que Deus dá a todas as crianças talentos e habilidades únicas.
INFORMAÇÃO DE APOIO AOS PROFESSORES
As crianças de hoje vêem um mundo ideal. Têm uma visão simplista das acções e suas
consequências. Sabem que as suas acções afectam os outros. Aprendem muito novas a trabalhar com
colegas. Podem ocupar posições de liderança e defender aquilo que acreditam. Podem ter um impacto
positivo sobre os outros.
APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
FACTOS
•
•
•
•
•
•
•
O Verão na Swazilândia vai de Outubro a Fevereiro.
O inglês é a principal língua do governo e da educação.
As pessoas ficam muito perto umas das outras quando falam. A privacidade pessoal não é
considerada muito importante.
As crianças usam uniformes com cores específicas para representar a sua escola.
Usar a mão esquerda para comer, cumprimentar ou receber um presente é extremamente rude.
A tradicional palhota beehive encontrada na Swazilândia é feita de varas entrançadas para
formar um grande recinto e depois coberta por camadas de ervas entrançadas.
O siswati é também uma língua oficial. O siswati é normalmente usado em conversas informais.
APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
Crie um ambiente de sala de aula colocando as cadeiras e as mesas em filas. Exiba cartazes
educacionais (matemática, história, ciências, o alfabeto, etc.) ao redor da sala. Ou use o quadro de
anúncios para criar os seus próprios cartazes. Tenha um quadro branco ou negro disponível, ou crie
um colocando uma peça grande de papel preto ou verde na parede. Coloque uma pilha de lenha num
lugar visível. Algumas crianças na Swazilândia têm de trazer lenha para a escola todas as semanas. A
lenha é usada como fonte de energia para fazer o almoço na cozinha.
A educação não é tida como garantida na Swazilândia. A Igreja do Nazareno dirige muitas
escolas a fim de educar e compartilhar o evangelho com as crianças. O povo Swazi compreende que a
educação conduz a uma vida melhor. Contudo, muitas crianças com idade para isso não vão à escola
porque não é exigido e não é grátis. A Igreja do Nazareno abriu muitas escolas cristãs na Swazilândia.
As crianças aprendem a ler, a escrever e a pensar, mas também ouvem o evangelho. Os professores
cristãos ajudam os alunos a compreender que Deus os criou como indivíduos únicos
Escritura: “Pois possuíste os meus rins; estreteceste-me no ventre de minha mãe. Eu te louvarei,
porque de um modo terrível e tão maravilhoso fui formado; maravilhosas são as tuas obras, e a minha
alma o sabe muito bem.” (Salmo 139:13-14, Almeida)
Escreva “Verdadeiro” num lado do quadro e “Falso” no outro lado. Divida a sala ao meio
colocando sinais de “Verdadeiro” e “Falso” nas paredes. Diga: Hoje, quero descobrir o que sabem
sobre a Swazilândia e suas escolas. Quando eu ler uma frase, decidam se ela é verdadeira ou
falsa. Se pensam que é verdadeira fiquem de pé ao lado do sinal “Verdadeiro”. Se pensam que
70
falsa fiquem de pé ao lado do sinal “Falso”. Aqueles que derem a resposta errada vão se sentar.
Contem quantas respostas acertaram.
Frases:
1.
A Swazilândia está situada na parte Sul de África e tem fronteira com a África do Sul e
Moçambique. (VERDADEIRO)
2.
Usar a mão esquerda para comer, cumprimentar ou receber um presente é extremamente rude na
Swazilândia. (VERDADEIRO)
3.
O Verão na Swazilândia vai de Junho a Agosto. (FALSO – Vai de Outubro a Fevereiro)
4.
O inglês é a língua principal do governo e da educação. (VERDADEIRO)
5.
As crianças da escola usam uniformes com cores específicas para representar as suas escolas.
(VERDADEIRO)
6.
As palhotas tradicionais são chamadas palhotas beehive. (VERDADEIRO)
7.
A maioria das crianças na Swazilândia moram perto da escola. (FALSO – Muitas crianças têm
de andar vários quilómetros todos os dias.)
8.
Algumas escolas pedem que as crianças levem lenha para a escola todas as semanas.
(VERDADEIRO)
9.
A educação é grátis na Swazilândia. (FALSO)
10. As pessoas ficam muito perto umas das outras quando conversam. (VERDADEIRO)
Antes do início da aula, esconda os seguintes artigos escolares: lápis, marcadores, réguas, afialápis, borrachas, clips de papel, elásticos e pequenos toros de lenha.
Diga: A escola na Swazilândia pode ser muito diferente da vossa escola. Muitos alunos têm
de orar para frequentarem uma escola. Algumas famílias escolhem pagar a escola com couves,
ovos, galinhas, abóboras ou milho. A comida é usada para fazer os almoços dos alunos e
professores. Todas as escolas Swazis requerem que os alunos usem uniformes e aprendam inglês.
E a maioria das escolas permite que os alunos cantem músicas cristãs.
Embora haja diferenças, existem também algumas semelhanças. As crianças Swazis fazem
testes, vão a pé para a escola e têm férias de Primavera (normalmente em Setembro ou
Outubro). As crianças Swazis também precisam de artigos escolares. Muitos destes artigos são
como os que vocês usam na escola.
Divida a classe em equipas. Dê-lhes cinco minutos para fazer uma busca e encontrar os artigos
escolares. Quando a busca terminar, deixe que cada grupo mostre o que encontrou. Se a classe não fez
a actividade anterior, explique a necessidade de lenha como artigo escolar. Fale sobre outros artigos
escolares usados pelos seus alunos (computadores, calculadoras, furadores, tesouras, marcadores,
cola).
HISTÓRIA MISSIONÁRIA: “Sipho”
Diga: A história de hoje conta-nos como um rapaz africano se viu pela primeira vez como
uma criação única de Deus, tanto por fora como por dentro.
Estava ainda escuro, quando Sipho, um nome swazi comum para rapaz ou homem e significa
“Dom”, enrolou o seu cobertor e esteira. Colocou-se junto à parede da cabana feita de lama onde
morava na Swazilândia, em África. Sipho tinha de se despachar para chegar a tempo à Escola
Secundária Nazarena de Endzingeni.
A caminhada pelos trilhos de montanha levaria duas horas. Mas Sipho gostava de ir à escola.
Ele aprendia a ser cristão e a servir a Jesus.
Duas semanas antes, o missionário que ensina inglês deu um trabalho de casa a Sipho – um
trabalho escrito sobre algo importante que eles tenham visto. Mas o que Sipho viu na sua pequena
aldeia era o mesmo dia após dia. As mulheres a fazer as refeições (milhos partido, um alimento
comum para os swazis), vão ao rio buscar água, fazem fogueiras e transportam os bebés às costas.
Alguns homens caçam com setas e arcos, e outros homens têm empregos. Ao serão, todos se reúnem
em volta da fogueira para falar sobre os eventos do dia. Não havia nada de importante para escrever.
Depois de vários dias de oração e de pensar, Sipho começou a ficar preocupado. O trabalho era para
ser entregue em dois dias.
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No Sábado, tudo mudou. O pai de Sipho tinha planeado caminhar até à paragem de autocarro e
apanhar o autocarro para Mbabane, a maior cidade da Swazilândia. Tinha estado a poupar dinheiro
durante um ano para comprar mantimentos para a família. A grande viagem levava um dia inteiro.
Mas no Sábado de manhã, o pai de Sipho acordou sentindo-se doente. Para surpresa de Sipho, o pai
pediu-lhe que fosse à cidade em seu lugar! Sipho aceitou a responsabilidade com alegria. Afinal, ele
tinha 18 anos e terminava a escola secundária no final do ano. Talvez durante a viagem, visse alguma
coisa sobre o que escrever. Se tivesse mesmo sorte, talvez visse o rei.
O pai de Sipho disse-lhe o que comprar, para ter cuidado, e deu-lhe dinheiro. Quando Sipho
ficou pronto, caminhou pela longa estrada a fim de apanhar o autocarro. Ía tanta gente que algumas
pessoas tiveram de ficar em pé. Sipho foi pelo corredor e ficou de pé com os outros.
A viagem de autocarro foi hilariante e cheia de solavancos! Sipho viu as grandes e belas
montanhas da Swazilândia, rios serpenteantes, animais selvagens e domésticos, carros, bicicletas e
motorizadas.
“Talvez possa escrever o meu trabalho sobre estas coisas”, pensou Sipho. “Não. Vou continuar
a procurar algo mais importante.”
Finalmente o autocarro chegou à cidade de Mbabane. Em lugar de cabanas feitas de lama, havia
ruas e mais ruas de lojas cheias de coisas boas para as famílias Swazi. Sipho foi de loja em loja
comprar os mantimentos que a sua família precisava.
“Posso escrever o trabalho sobre as lojas?” perguntou Sipho a si mesmo. “Não. Vou continuar a
procurar algo mais importante. A maioria dos Swazis sabe destas coisas.”
Dentro em breve chegou a altura de carregar o pesado fardo dos mantimentos de volta para a
paragem de autocarro. Infelizmente, Sipho descobriu que não tinha encontrado nada sobre o que
escrever. Mas queria lembrar-se de tudo o que tinha visto. Ao voltar-se para olhar a cidade pela última
vez, viu um reflexo estranho na montra de uma loja. A montra era grande, ía desde o chão até ao
telhado. O reflexo era o dele próprio!
A família de Sipho não tinha janelas de vidro nem espelhos na sua cabana. Pela primeira vez na
vida, ele viu a sua própria imagem completa, dos pés à cabeça. Poisou o pesado fardo no passeio e
virou-se de um lado e do outro. Ficou a olhar para a sua imagem na montra da loja durante muito
tempo.
“Já sei sobre o que vou escrever!” exclamou Sipho. “Vou escrever sobre mim próprio.” Sipho
sentiu-se orgulhoso. Ele era um cristão por dentro e um bonito homem Swazi por fora.
Sipho descreveu cada detalhe da sua pessoa no trabalho. O título era: “Sipho”.
DISCUSSÃO DA HISTÓRIA
Diga: Sipho escreveu uma história sobre algo que ele viu e que teve um grande impacto
nele próprio. Existem muitas coisas no nosso mundo que influenciam a forma como nos sentimos
e pensamos, incluindo livros, filmes, música, televisão, internet, pais, amigos e jogos de vídeo.
Pensa em algo que tenhas visto ou ouvido e que tenha mudado a forma como pensas ou sentes.
Dê às crianças tempo para compartilhar. Se possível, compartilhe uma experiência pessoal sua
(um evento importante, um sucesso alcançado, uma resposta à oração, ou uma experiência traumática).
Peça às crianças que escrevam pequenas histórias ou façam desenhos que ilustrem os seus
pensamentos. Relembre às crianças para agradecer a Deus pelas boas influências nas suas vidas. Peçalhes para orarem pelos alunos na Swazilândia, para que aprendam mais sobre Deus e como são criados
à Sua imagem.
Leia à classe o Salmo 139:13-14. Diga: Deus fez cada um de nós especial e único. Vamos
fazer um contorno de cada um de vocês, como recordação de que Deus vos ama e vos tem dado
talentos e capacidades maravilhosos. Isto irá oferecer uma oportunidade de agradecer a Deus
pelo modo como Ele vos fez.
Coloque folhas grandes de papel de embrulho (papel castanho) no chão suficientes para que
cada criança se possa deitar sobre elas. Uma de cada vez, peça às crianças para se deitarem em cima da
sua folha de papel de embrulho. Desenhe o contorno de cada corpo com um lápis de cor.
Peça às crianças para escreverem o Salmo 139:14 no centro do seu contorno. Depois peça às
crianças para escreverem ou desenharem, dentro dos seus contornos, coisas que elas gostam sobre elas
próprias e coisas que fazem bem.
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À medida que as crianças se descrevem com palavras e desenhos, junte os seus comentários a
cada contorno das crianças. Encoraje-as salientando as suas qualidades que as tornam em indivíduos
únicos. Depois das crianças terem terminado, permita-lhes que compartilhem algumas das coisas que
têm nos contornos. Faça uma exposição com contornos reforçando a forma como Deus nos criou.
Diga: Quer estejas em África ou em qualquer outro país do mundo, Deus te ama e quer
que faças parte da Sua Família.
Diga: Uma vez que estamos a aprender sobre as escolas na Swazilândia, vou dar-vos um teste de
uma língua estrangeira. É para nos divertirmos! O teste inclui 10 palavras siswati. O siswati é uma das
línguas oficiais da Swazilândia. Tentem adivinhar o significado correcto de cada uma das palavras ou
frases siswati.
Distribua a Folha de Actividades Nº 3. Permita às crianças que verifiquem as suas respostas com
um companheiro antes de dizerem aos alunos as suas respostas:
1.
a, olá: Sawubona
2.
b, sim: Yebo
3.
b, Como está? Unjani?
4.
a, não: Cha (com um clique) Este clique é difícil, feito com a língua no céu na boca.
5.
a, avó: Gogo
6.
b, por favor: Ngiyacela (com um clique depois do primeiro “a”) Este clique é suave, feito com a
língua à frente dos dentes.
7.
a, eu amo-te: Ngiyakutsandza
8.
b, 1: Kunye
9.
a, estou bem: Ngikhoma
10. a, adeus: Sala kahle (Faça o som relaxando a língua e explindo ar por entre os dentes.
Fale sobre os desafios de aprender uma nova língua. Recorde os alunos de que os missionários
enfrentam estes desafios nos países onde servem.
TEMPO DE ORAÇÃO
Termine esta sessão pedindo às crianças que usem os seus jornais de oração. Peça às crianças para
escreverem pedidos de oração sobre a Swazilândia. Deixe que voluntários orem por cada um dos
pedidos.
LIÇÃO 4: ZÂMBIA
ALVO DA LIÇÃO
Informar as crianças sobre as formas como os Ministérios Nazarenos de Compaixão ajudam os órfãos
na Zâmbia que sofrem com a SIDA.
INFORMAÇÃO DE APOIO AOS PROFESSORES
FACTOS
•
•
•
•
•
•
A Zâmbia é chamada a “borboleta africana” por causa do seu formato.
Existem pelo menos 27 espécies de serpentes e várias centenas de espécies de borboletas na
Zâmbia.
A criação de crocodilos é comum na Zâmbia por causa da procura da sua carne e pele.
A grandiosa Cascata Vitória é uma das sete maravilhas naturais do mundo e tem quase 1,6 km
de comprimento.
A Zâmbia é um dos maiores produtores de cobre do mundo.
Um dos primeiro europeus a explorar a Zâmbia foi o missionário escocês, David Livingstone.
73
APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
Os amendoins são uma excelente fonte de proteínas e, na Zâmbia, as crianças gostam muito de
os comer. Por vezes, elas fazem manteiga de amendoim caseira esmagando os amendoins.
Quando as crianças chegarem à sala, tenha uma grande taça cheia de amendoins com casca
prontos para comer. Nota: Não esqueça de verificar com os pais quem, por acaso, seja alérgico ao
amendoim.
Os Ministérios Nazarenos de Compaixão estão a ajudar centenas de crianças órfãs e seus
benfeitores por toda a África, na crise contínua trazida pela pandemia da SIDA. Apesar da SIDA
afectar pessoas em todo o mundo, o problema é catastrófico em África. Muitos pais e mães morrem
com SIDA, deixando os filhos sem pais, sem casas e sem alimentos. Estas crianças são chamadas de
órfãos. As crianças órfãs são alimentadas e vestidas por benfeitores.
Os Ministérios Nazarenos de Compaixão (MNC) trabalham para ajudar os que sofrem. Os MNC
oferecem apoio aos benfeitores dando alimentos, ferramentas para trabalhar a terra e sementes para
plantar. Os MNC também oferecem máquinas de costura e gado, quando necessário. As estatísticas
mostram que os MNC têm ajudado milhares de benfeitores e órfãos.
Escritura: “Deixai os meninos, e não os estorveis de vir a mim; porque dos tais é o reino dos
céus.” (Mateus 19:14, Almeida)
Escreva os Factos (da Informação de Apoio aos Professores) em pequenos cartões. Faça duas ou
mais cópias de cada cartão. Antes da chegada dos alunos, esconda os cartões na sala.
Diga às crianças que irão aprender sobre um país chamado Zâmbia, começando por procurar
alguns cartões com Factos na sala. Diga a cada criança para procurar um cartão e depois procurar
outros alunos com o mesmo Facto no seu cartão. Peça a um voluntário de cada grupo para ler o facto.
Fale sobre os factos à medida que vão sendo lidos.
1.
Peça a uma criança para situar a Zâmbia num mapa de África. Saliente o formato da Zâmbia –
como uma borboleta.
2.
Peça a voluntários para compartilharem as suas experiências com serpentes ou borboletas.
Algumas crianças podem ter serpentes como animais de estimação ou coleccionar borboletas
3.
Pergunte às crianças se alguma vez viram um crorcodilo, comeram carne de crocodilo, ou viram
roupa feita de pele de crocodilo. (Os crocodilos encontram-se em África. Os jacarés encontramse nas Américas.)
4.
Diga aos alunos que a Cascata Vitória está situada na fronteira Sul da Zâmbia. Saliente as outras
seis maravilhas naturais do mundo: o Monte Everest no Nepal; o Grand Canyon no Arizona,
Estados Unidos; o Grande Recife de Coral na Austrália; as Luzes do Norte (Aurora Boreal); o
vulcão Paricutin no México; e o porto do Rio de Janeiro no Brasil.
5.
Peça aos alunos para mencionarem artigos feitos de cobre (jóias, moedas, cafeteiras, o fundo de
algumas panelas e canos de água).
Diga: Lusaka é a cidade capital da Zâmbia. Edwin K. Wissbroeker e sua família foram os
primeiros missionários da Igreja do Nazareno na Zâmbia, em 1958. Hoje, temos muitos
nazarenos espalhados por todo o país.
HISTÓRIA MISSIONÁRIA: “Nomsa”
de Joanie Doerr
Diga: Os Ministérios Nazarenos de Compaixão ajudaram um pastor e sua esposa a tomar
conta de Nomsa, uma órfã que viveu na Zâmbia.
Parabéns, Nomsa!” exclamou o reitor. “Tiveste a nota máxima a Matemática.”
Era a noite de entrega dos prémios na Escola Primária de Kaundra. A cerimónia era sempre
realizada no último dia de aulas, em Dezembro. Na Zâmbia, o ano escolar começa em Janeiro e
termina em Dezembro.
74
Quando Nomsa foi à frente para receber o seu certificado de honra, a audiência aplaudiu. Nomsa
sorriu e disse adeus rapidamente ao Pastor Matongo e à esposa, a Tia Mary. Quando Nomsa se sentou,
ouviu o nome da irmã a ser chamado e, mais tarde na programação, dois dos seus irmãos receberam
prémios pelo trabalho em Geografia e Ciência. Foi uma noite de celebração para Nomsa, quatro
irmãos, três irmãs e o Pastor Matongo e a Tia Mary.
Quando chegaram a casa, os irmãos fizeram uma pequena fogueira no quintal. A Tia Mary
trouxe uma grande panela com amendoins. O Pastor Matongo deu coca-colas a todos. A família
sentou-se à volta da fogueira a conversar.
“Pastor Matongo, por favor, fale-me outra vez sobre a minha mãe e o meu pai”, disse Nomsa.
Os olhos brilhavam à luz do fogo. “Gosto muito de ouvir essa história.”
Nomsa, com onze anos de idade, já fazia parte da família Matongo há sete anos. O pai tinha
morrido com pneumonia, quando Nomsa tinha um ano de idade. Seis meses mais tarde, a mãe de
Nomsa morreu com SIDA. Nomsa e dois dos irmãos foram morar com a avó, que era cristã. Ela
contava às crianças histórias sobre Jesus. Todos os Domingos íam à Igreja do Nazareno da cidade. O
Pastor Matongo e a Tia Mary visitavam frequentemente as crianças e a avó.
Os Matongo começaram a ficar preocupados com as crianças quando compreenderam que a avó
estava demasiado idosa para tomar conta delas. E a avó nunca tinha comida suficiente na sua pequena
horta para as alimentar. O Pastor Matongo e a esposa começaram a orar por Nomsa e seus dois irmãos.
Um dia, o Pastor Matongo teve uma visita dos Ministérios Nazarenos de Compaixão. O visitante
disse ao Pastor Matongo como é que a igreja podia ajudar Nomsa, seus irmãos e outros como eles, que
ficaram sem pais. Explicou que os Ministérios Nazarenos de Compaixão podiam oferecer sementes
para plantar nas hortas e ferramentas para cultivar grandes hortas cheias de vegetais. O visitante
também prometeu ajudar o pastor a comprar galinhas e algumas cabras.
Pouco depois, o Pastor Matongo e a esposa convidaram Nomsa e os dois irmãos para se
tornarem parte da sua família.
Durante os últimos sete anos, a família da igreja tem ajudado a tomar conta da grande horta, que
alimenta a família Matongo. Frequentemente os irmãos aceitavam também ofertas de alimentos e
roupas da família Matongo. As crianças foram muito amadas e apoiadas pela família da igreja, pelo
Pastor Matongo e pela Tia Mary.
O Pastor Matongo olhou para Nomsa e começou a contar a história. “O teu pai trabalhava numa
mina de cobre em Chingola. Um dia, encontrei-o quando chegava a casa do trabalho. Eu estava a
convidar pessoas para virem à igreja. Os teus dois irmãos foram os primeiros a sair da casa a correr. O
teu pai estendeu os braços e apanhou os dois. Depois surgiste tu, Nomsa. O teu pai pôs os dois rapazes
no chão, levantou-te e segurou-te no ar bem alto. Tu rias de alegria. O teu pai amava-te e aos teus
irmãos.”
O Pastor Matongo fez uma pausa e acrescentou: “A partir desse dia, o teu pai tornou-se no meu
melhor amigo.”
Durante um momento, tudo ficou em silêncio. Depois, a Tia Mary disse: “Está na hora de ir para
a cama.”O anúncio enviou as crianças a correr a galope para casa.
Mas antes que Nomsa deixasse a fogueira, virou-se para o Pastor Matonga e disse suavemente:
“Obrigado por ter contado a história. E obrigado por me deixar morar aqui consigo e com a Tia Mary.”
DISCUSSÃO DA HISTÓRIA
Peça às crianças que lhe digam como os MNC ajudaram o Pastor Matongo e a Tia Mary como
benfeitores (os MNC deram alimentos, ferramentas agrícolas, sementes, galinhas e cabras). De que
forma os MNC ajudaram Nomsa como órfã? (Os MNC ajudaram a encontrar casa, comida, roupas e
pessoas que a amam.)
Diga: Muitas crianças na Zâmbia perdem os pais devido a uma doença incurável chamada
SIDA. Por isso, outros membros da família ou amigos tornam-se nos benfeitores destas crianças,
por vezes sem terem muita coisa para dar. Os Ministrérios Nazarenos de Compaixão ajudam os
benfeitores abastecendo-os em algumas das suas necessidades diárias e ensinando-os a cultivar a
sua própria comida. Vocês podem ajudar as crianças como a Nomsa financiando os MNC.
Distribua a Folha de Actividade Nº 4. Diga às crianças que os cartões com MNC em fundo
mostram os artigos que eles fornecem aos benfeitores, e que os cartões com “TU” em fundo mostram
75
as formas como as crianças podem apoiar os MNC. Peça às crianças para recortarem os cartões,
baralhá-los e colocá-los virados para baixo sobre a mesa ou o chão. Deixe que as crianças descubram
os cartões pares.
Diga: Vamos jogar aos cartões pares para ajudar a lembrar das necessidades das crianças
na Zâmbia, as formas como os MNC ajudam os benfeitores e as formas como nós podemos
apoiar os MNC.
TEMPO DE ORAÇÃO
Peça às crianças para colorirem e recortarem uma imagem de uma borboleta, para depois as
colar nos seus jornais de oração sobre África. Reveja os Factos sobre a Zâmbia e a forma como os
Ministérios Nazarenos de Compaixão ajudam as crianças órfãs e seus benfeitores.
Leia Mateus 19:14. “Deixai os meninos, e não os estorveis de vir a mim; porque dos tais é o
reino dos céus.”
Termine com oração pelas crianças da Zâmbia.
LIÇÃO 5: QUÉNIA
ALVO DA LIÇÃO
Ajudar as crianças a saber que Deus tem um plano para as suas vidas e que pode chamar algumas
delas para servirem como missionários.
INFORMAÇÃO DE APOIO AOS PROFESSORES
FACTOS
•
•
•
•
•
•
Uma pessoa pode ficar de pé no Quénia com um pé de cada lado da linha do Equador.
A maioria dos quenianos não vive em palhotas. Moram em cidades.
No Quénia, pode-se fazer um safari para ver a vida selvagem, caçar grandes animais, observar
os pássaros, escalar montanhas e fazer mergulho.
O Quénia é a casa da maioria dos elefantes, girafas, antilopes e zebras de todo o mundo.
Os elefantes são os únicos animais que não conseguem saltar.
O crocodilo não consegue deitar a língua de fora. Não tem língua.
APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
Crie um cenário da selva. Construa palmeiras usando tubos de cartão para fazer o tronco. Cubra
o tronco com papel crepe castanho. Ate um guarda-chuva no topo e cubra-o com papel verde
recortado em forma de folhas de palmeira. Decore as paredes com ramos verdadeiros de árvores e
fotos de animais africanos, pessoas ou paisagens do país. Exiba artigos africanos para as crianças
tocarem, segurarem e examinarem. Algures na sala, pendure um grande cartaz com o versículo
bíblico em Marcos 15:16. Faça folhagem de palmeiras recortando formas ovais e com as pontas em
franja. Imprima um Facto em cada folha.
Ensine o versículo bíblico às crianças. “Porque eu bem sei que pensamentos que penso de vós”,
diz o Senhor, “pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que esperais.” (Jeremias 29:11,
Almeida)
O centro da lição é o Tim Eby, um missionário no Quénia, que foi chamado por Deus para
servir a outros de uma forma única. Deus não chama apenas adultos para o serviço missionário, Ele
chama crianças também. Rapazes e meninas que responderam à chamada de Deus para O servir, têm
permanecido fiéis à chamada durante toda a vida.
76
Enquanto ensina as crianças sobre o belo país do Quénia e seu povo, ajude as crianças a ficarem
alegres por aqueles que foram chamados para servir como missionários. Encoraje as crianças a
procurar a vontade de Deus para as suas vidas e a serem obedientes à Sua chamada para O servirem.
Diga: Jambo! É como as pessoas no Quénia dizem “olá”. Digam comigo. Jambo! Hoje, nós
vamos fazer uma viagem de faz de conta a um país que tem muitos missionários. O país é o
Quénia. Situa-se no continente africano.
Mostre onde fica o Quénia no mapa mundo e a distância entre o Quénia e o lugar onde as
crianças moram. Pergunte: Quantas horas vocês acham que demora a fazer uma viagem ao
Quénia? Contem as horas de vôo comigo. Rode as mãos no relógio enquanto conta cada hora com
as crianças.
Diga: Vamos aprender alguns Factos sobre o Quénia. Dê as folhas de palmeira a voluntários,
e peça-lhes para lerem os Factos. Diga às crianças que o matatu (palavra em swahili para autocarro) é
um tipo de transporte público. Os matatus normalmente transportam 10-30 passageiros. São pintados
com imagens coloridas de qualquer coisa que esteja na moda naquela altura. “Há sempre lugar para
mais um” é o lema do motorista do matatu. Os motoristas são famosos por conseguirem pôr dentro do
matatu pilhas de malas, comida, animais e pessoas.
HISTÓRIA MISSIONÁRIA: “Senhor, Estou a Ouvir”
de Tim Eby
Diga: A história de hoje fala sobre o missionário Tim Eby, que foi chamado para servir a
Deus como piloto missionário na África Oriental.
À medida que o pequeno avião chegou ao fim da faixa arrelvada, gritei para a minha irmã: “Isto
vai ser excelente!” Estava tão animado. Os meus pais missionários, a minha irmã e eu íamos de férias
para o litoral. Tinha 6 anos de idade e esta era a minha primeira viagem de avião.
Espreitei por cima do ombro do piloto e vi mexer nos comandos preparando-se para a
descolagem. De repente, o capitão libertou o travão e nós fomos aos solavancos pela pista de Kudjip,
na Papua Nova Guiné.
O meu estômago afundou-se à medida que subíamos acima das árvores, depois por cima da
estação missionária onde a minha família vivia, e depois por cima do vale. Os carros e as pessoas
pareciam pequenas formigas a correr. Passámos pelas belas montanhas, planámos por sobre as nuvens
e aterrámos em segurança no nosso destino.
“Que viagem!” exclamei.
Aos 9 anos de idade, tive outra grande experiência. Aceitei o Senhor Jesus como meu Salvador
na Igreja do Nazareno de Kudjip. Dois anos mais tarde, fui batizado num rio perto da nossa estação
missionária. Não faltou muito para eu sentir que Deus me chamava para O servir.
Com a autorização do meu pai, ensinei na classe de Escola Dominical das crianças, que eram
um pouco mais novas do que eu. Por vezes tocava guitarra e elas cantavam os coros. A maioria das
crianças não sabia ler. Por isso, contava-lhes histórias bíblicas usando os desenhos feitos pela minha
mãe. Uma vez que tinha nascido na Papua Nova Guiné, eu falava a língua delas. Isto fez com que
fosse fácil e divertido para mim ensiná-las. E eu queria que as crianças conhecessem o amor de Deus
e a Seu Filho, Jesus.
Aos 12 anos, a minha família regressou aos Estados Unidos para um ano de divulgação
missionária. Como membro do grupo de jovens em Covington, no Kentucky (EUA), aprendi mais
sobre o amor de Deus e fiz novos amigos. O Dave, o Frank e eu brincávamos juntos e orávamos
juntos. Certa noite, disse a Deus que estava pronto para O servir onde quer que fosse e fazer o que
quer que Ele quisesse. Ele encheu-me com o Seu Espírito Santo naquela noite.
Como aluno da Escola Secundária, comecei a pensar mais sobre o meu futuro. Amava a Deus e
gostava muito de voar! “Podia servir ao Senhor como piloto”, pensei. “Esse seria o melhor trabalho
que eu poderia ter.” Deus começou a mostrar-me que um dia eu seria um piloto missionário.
Para me preparar para este trabalho, matriculei-me no programa de treinamento de pilotos da
Universidade LeTourneau University, em Longview, no Texas. Trabalhei muito e Deus ajudou-me a
terminar o treino.
77
Quando conheci a Michelle Buess, aprendi que Deus também a tinha chamado para ser
missionária. Casei com ela e pedimos a Deus que nos ajudasse a nos preparar juntos para o trabalho
missionário. Deus respondeu às nossas orações.
Durante nove anos, voei como piloto comercial e trabalhei como mecânico. Então, a minha
esposa, eu e os nossos quatro filhos mudámo-nos para África. Tornei-me num piloto com a Igreja do
Nazareno, na África Oriental. Estava tão entusiasmado em começar o trabalho com a Aviação
Missionária Nazarena em Nairobi, no Quénia.
Voei para as áreas mais remotas da África para compartilhar o amor de Deus. Não foi fácil, mas
Deus deu-me uma promessa. “... os que esperam no Senhor renovarão as suas forças, subirão com
asas como águias: correrão, e não se cansarão; caminharão, e não se fatigarão.” (Isaías 40:31) Deus
me ajudou nas tempestades, nas aterragens difíceis e sempre que era desafiado pelas autoridades
governamentais. Estou grato por ter dado ouvidos a Deus e Lhe ter obedecido. Ele tinha um plano
maravilhoso para mim.
DISCUSSÃO DA HISTÓRIA
Diga às crianças que Deus tem planos para a vida de cada pessoa, e que Ele usa passos
importantes na chamada de alguém para ser um missionário. Diga: Quando o Tim Eby era rapaz,
não fazia a menor ideia de que Deus ía chamá-lo para ser um missionário. Exiba as seguintes
faixas para o quadro de anúncios, que são a lista das formas como Deus preparou o Tim para o serviço
missionário:
1.
Quando era muito jovem, Tim aceitou Jesus como seu Salvador.
2.
Tim era obediente a Deus.
3.
Deus deu a Tim o desejo de O servir e um amor pelos outros.
4.
Deus deu a Tim um interesse pela aviação.
5.
Deus ajudou o Tim a preparar-se para ser um piloto.
6.
Deus tornou possível que Tim servisse como piloto missionário em África.
Deus tinha os melhores planos para a vida de Tim, e Ele tem planos para ti também. Deus
sabe tudo sobre ti e sabe o que te faria feliz.
As crianças gostam muito de desenhar aviões. Distribua papel de desenho e peça às crianças que
desenhem a viagem de Tim para o Quénia. No quadro, escreva a lista das coisas a incluir nos
desenhos. (Aeroporto, o avião de Tim, terra, céu, árvores, flores o mapa do Quénia num dos lados do
desenho)
Peça às crianças mais velhas para fazerem um esquema de acção na parte inferior do desenho
usando os seis passos colocados no quadro: Salvação, obediência, desejo de servir a Deus e amar a
outros, interesse pela aviação, preparação, piloto missionário em África.
Encoraje as crianças a ouvir e a seguir os planos de Deus para as suas vidas. Normalmente, as
crianças querem fazer algo para Deus, mas podem não saber o que fazer ou como o fazer. Esta
actividade oferece uma oportunidade aos alunos de participarem num projecto de serviço.
Pergunte: Alguma vez quiseram fazer uma actividade de adulto, mas pensaram que eram
demasiado novos? Lembrem-se, o Tim Eby queria fazer algo “adulto” para Deus. Quando ele
pediu ao pai se podia ensinar na Escola Dominical, o pai disse “Sim”. Podem pensar em algo que
pudessem fazer para Deus? Poderiam levar bolos a um novo vizinho ou ajudar a fazer compras
para alguém já idoso? Peçam aos vossos pais para vos ajudarem com o transporte.
Com a informação dos alunos, faça uma lista de formas como as crianças podem ajudar os
outros. Peça a cada criança para escolher uma das ideias como um projecto. Distribua a Folha de
Actividade Nº 5. Leia-a e fale sobre ela, e depois peça aos alunos para preencherem os espaços com as
ideias de projecto que eles seleccionaram.
Lembre os alunos como as experiências de Tim Eby, tais como trabalhar com crianças na Escola
Dominical, o ajudaram mais tarde no campo missionário. Diga às crianças que as coisas que elas
fazem agora irão ajudá-las a servir a Deus no futuro. Peça às crianças para procurarem Jeremias 29:11
e para lerem juntas este versículo.
TEMPO DE ORAÇÃO
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Lembre às crianças que Deus trabalha através dos nossos missionários para ajudar as pessoas no
Quénia que estão perdidas e necessitadas. Peça às crianças para escreverem ou desenharem nos seus
jornais de oração. Ore especialmente pelas crianças no Quénia. Ore para que as pessoas no Quénia
venham a conhecer o amor de Deus nas suas vidas.
Encoraje as crianças a ouvir enquanto oram, deixando que Deus as guie segundo a Sua vontade,
e a responder à Sua chamada para O servir.
LIÇÃO 6: ETIÓPIA
OBJECTIVO DA LIÇÃO
Levar as crianças a ter consciência de que a maioria dos missionários têm de aprender outra língua a
fim de servirem noutro país.
INFORMAÇÃO DE APOIO AOS PROFESSORES
FACTOS:
•
•
•
•
•
•
A Etiópia é um país situado no território que é normalmente chamado o Corno de África.
Vendem-se pizzas, hamburguers e Pepsi-Cola na cidade capital, Addis Ababa.
Em Addis Ababa, pode-se fazer compras num dos maiores mercados ao ar livre em África, onde
se pode encontrar jóias, roupas, frutas, vegetais, e muito mais.
O Vale Great Rift, na Etiópia, é a morada de mais de 850 espécies diferentes de pássaros.
Existem mais de 80 línguas faladas na Etiópia.
Apesar da Etiópia ser um dos mais antigos países cristãos no mundo, mais de metade da
população hoje é muçulmana.
APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
Aprender outra língua pode ser um desafio e uma dificuldade para a família missionária, e por
vezes, afecta o modo como vivem noutro país. As pessoas que vêm de um país para viver noutro,
podem sentir o isolamento até conseguirem aprender a língua do novo país. Os nossos missionários
enfrentam uma situação semelhante quando se mudam para outro país. Por vezes, demora vários anos
a se adaptarem a uma cultura diferente e a aprender uma nova língua. O centro desta lição é a forma
como os missionários e seus filhos enfrentam o desafio de aprender a língua de uma cultura diferente.
Diga às crianças que a Etiópia é um belo país montanhoso, na África Oriental. Explique que a
Etiópia é um dos mais antigos países cristãos do mundo, no entanto, mais de metade da sua população
é muçulmana.
Leia os outros Factos. Diga: Os nossos missionários vão para países como a Etiópia, sabendo
pouco sobre o que vão encontrar. Contudo, estão dispostos a aprender e a se adaptar. Aprender
a língua é um dos maiores desafios que eles enfrentam. Leva tempo, esforço e paciência para ser
capaz de falar à vontade com as pessoas.
Para nos ajudar a compreender como os missionários aprendem uma nova língua, vamos
aprender a contar em árabe, uma das línguas que os etíopes usam.
À medida que vai dizendo os números na sua própria língua, escreva no quadro as palavras em
árabe. Peça às crianças para repetirem as palavras depois de si:
Um – Wahid; Dois – Ithinin; Três – Thalatha; Quatro – Arba’a; Cinco – Kamisa; Seis – Sita;
Sete – Saba’a; Oito – Thamania; Nove – Tisa’a; Dez – Ashara.
Distribua a Folha de Actividades Nº 6 pelas crianças e ensine-as a recortar os números na sua
língua e em árabe. Peça às crianças para baralharem as palavras e depois fazerem os pares dos
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números na sua língua e em árabe. Apague as palavras do quadro e peça aos alunos para baralharem
de novo as palavras e formarem novamente os pares. Pergunte que métodos eles usam para se
lembrarem das palavras.
HISTÓRIA MISSIONÁRIA: “Falando Sobre Jesus”
de LeCrecia M. Ali
Diga: Esta história é sobre uma família missionária e a forma como o aprender uma nova
língua causou um impacto nas suas vidas.
“Por que temos de nos mudar para um país do outro lado do mundo?” queixou-se Grant, o meu
irmão de oito anos. Tive de admitir, que embora fosse mais velho e estivesse entusiasmado por ser
filho de missionários, estava um pouco assustado.
“Bem”, começou o pai, “estamos a mudar para um lugar onde as pessoas não conhecem o Filho
de Deus, Jesus. Não sabem que Jesus veio para perdoar os nossos pecados e para falar às pessoas sobre
o amor de Deus.”
Grant empertigou-se. “Então vamos falar-lhes de Jesus?”
“Sim”, respondeu a mãe.
“Gosto muito de falar sobre Jesus. É a minha coisa favorita para fazer”, respondi.
“Emma, vamos ter de escolher as palavras com muito cuidado”, continuou a mãe, “porque
algumas pessoas não gostam que nós falemos de Jesus. Iremos compartilhar o amor de Deus através
das nossas acções mais do que através das nossas palavras, até Ele enviar alguém que ouça. Deus vai
ajudar-nos.”
Não tinha a certeza sobre a escolha das palavras certas, mas em breve esqueci as minhas
preocupações. E antes de dar por isso, estávamos a caminho.
Depois de uma longa viagem, chegámos a uma cidade cheia de aromas diferentes, paisagens e
sons. O Grant e eu depressa compreendemos que não conseguíamos compreender as pessoas!
Enquanto íamos de taxi para a nossa nova casa, o Grant perguntou: “O que estavam aquelas
pessoas a dizer?”
“Não tenho a certeza”, respondeu a mãe. “As pessoas estavam a falar em árabe. Temos de
aprender a língua delas.”
“O quê!” Grant e eu exclamamos.
O pai riu-se das nossas caras esquisitas. “Muitas pessoas aqui não falam inglês. Vamos aprender
a língua delas para poder falar com elas.”
“E falar-lhes de Jesus”, segredei ao Grant. Mas segredei demasiado alto.
Uma voz profunda vinda do lugar do motorista perguntou-me: “Vocês conhecem Jesus?”
Entrei em pânico ao lembrar o que a mãe tinha nos dito sobre escolhermos as nossas palavras
com muito cuidado. Grant e eu olhamos nervosos um para o outro.
O pai respondeu calmamente: “Sim. Conhecemos.”
O motorista ficou em silêncio. Depois disse: “O meu nome é Khalid. Bem-vindos ao meu país!”
Deixei sair um grande sorriso. Khalid falou o inglês muito bem. Ofereceu-se para ensinar árabe
ao pai. Em breve, eles estavam a falar como velhos amigos.
Quando chegámos à nossa nova casa, Khalid disse: “Amanhã mostro-vos a cidade. Irão
conhecer a minha esposa, Amina, e os meus filhos. E vocês irão comer conosco.”
“Espero que ele tenha um filho da minha idade que goste de jogar futebol”, disse Grant, ao dizer
adeus a Khalid.
Naquela noite, o pai orou: “Senhor, obrigado pela viagem em segurança e por um amigo para
nos ajudar num lugar pouco familiar. Ajuda-nos a aprender a língua árabe, para que possamos falar às
pessoas sobre Jesus. Dá-nos sabedoria para escolhermos as palavras certas e sabermos quando falar.”
Com risos, abraços e beijos, demos as boas noites e fomos dormir na nossa nova casa, sabendo
que Deus tomaria conta de nós.
Na manhã seguinte, Khalid levou-nos a conhecer a cidade e para sua casa para almoçar.
Grant ficou entusiasmado quando soube que Khalid tinha três filhos, não apenas um, que
gostavam muito de jogar futebol. Grant não conseguia compreender o que eles diziam, mas depressa
estavam a jogar futebol no quintal.
Uma das filhas de Khalid, Leila, tinha a minha idade. Depressa ficámos amigas.
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A mãe ajudou Amina a preparar o almoço. Amina estendeu uma toalha sobre o bonito tapete da
sala. Todos se sentaram no chão para comer.
“Isto é como um picnic”, disse Grant.
Concordei. “É como Jesus a alimentar 5.000 pessoas. Oh, não!” exclamei. Sabia que não tinha
escolhido as minhas palavras com cuidado.
Khalid olhou para Amina e acenou que sim com a cabeça.
Amina disse: “Eu tive um sonho. No meu sonho, uma jovem menina veio falar-me sobre o Jesus
que anseio conhecer.”
Khalid inclinou-se para o pai. “Por favor, fale-nos sobre Jesus! Temos estado há tanto tempo à
espera de alguém que venha contar-nos a verdade sobre Ele.”
DISCUSSÃO DA HISTÓRIA
Faça as seguintes perguntas:
1.
Se pudessem levar três coisas convosco para visitar um país onde não compreendessem a
língua, o que levariam? (Um dicionário, um amigo que conhecesse a língua, um livro de
imagens com os nomes dos artigos nas imagens)
2.
Faz de conta que estás num lugar onde as pessoas falam outra língua. Dá as direcções
para a tua casa sem falar. Como te sentes ao usar os gestos em lugar das palavras?
Diga: Se fossem para outro país, do que teriam mais medo? Encontrar um lugar para
ficar? Saber andar pelo país? Saber como e onde comprar comida? Saber como chamar um
táxi? Todas estas coisas dependem da capacidade da pessoa em falar a língua. Esta é a razão
porque aprender uma nova língua é tão importante. Os nossos missionários não podem falar de
Jesus às pessoas se não falarem a língua delas.
Diga às crianças: Enquanto os missionários aprendem uma nova língua, vão praticando ao
falar com as pessoas e ao fazer amigos. Actividades como convidar os vizinhos para jantar,
jogar, comer em restaurantes e ir às compras, dão aos missionários a oportunidade de falar
pessoalmente com as pessoas.
TEMPO DE ORAÇÃO
Lembre as crianças de que é importante para os missionários aprender a língua das pessoas a
quem servem. A língua é o canal para compartilhar o amor e Deus.
Peça às crianças para colorir, recortar e colar uma cruz nos seus jornais de oração como
recordação para orarem pelas pessoas na Etiópia. Peça a voluntários para orar pelos missionários que
aprendem novas línguas para poderem falar sobre Jesus.
LIÇÃO 7: UGANDA
OBJECTIVO DA LIÇÃO
Ajudar as crianças a compreender a importância de trabalharem juntas, de compartilharem o que Deus
lhes deu e de servirem a outros.
INFORMAÇÃO DE APOIO AOS PROFESSORES
FACTOS:
•
•
Um pequeno almoço típico pode incluir chá, pão, ovos e bananas fritas!
Um acepipe popular no Uganda são as formigas brancas ou gafanhotos sem asas, salteados e
fritos.
81
•
•
•
•
O Uganda é famoso pelos seus gorilas que vivem no Santuário dos Gorilas da Impenetrável
Floresta de Bwindi.
1,6 milhões de ugandeses vivem como refugiados. Este número é suficiente para encher 20
estádios de futebol profissional.
Em lugar de apontar com as mãos, por vezes, os ugandeses apontam com os lábios.
O Uganda é chamado a Pérola de África, por causa da sua História, geografia e população.
APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
Prepare a sala criando uma atmosfera de campo de refugiados. Coloque grandes caixas de
cartão na sala, representando os abrigos ou cabanas para famílias de refugiados. Coloque as caixas
todas juntas com o lado aberto para fora. Coloque oleados na parte de cima e “impermeabilize-os”.
Decore a sala desordenadamente com artigos tais como baldes, ferramentas e cadeiras. Dê à sala um
aspecto desarrumado.
Mais de um milhão de pessoas foram forçadas a sair das suas casas e a viver como refugiadas
no Uganda. Estas pessoas não conseguem ter vidas normais.
A maioria dos refugiados vive da comida e água trazidas para os campos pelos camiões de
auxílio. A maior preocupação dos refugiados é a sobrevivência. Os homens abandonam os campos
todos os dias à procura de empregos, as mulheres juntam lenha para cozinhar e as crianças mais
velhas tomam contas das mais novas.
Presentemente, existem Igrejas do Nazareno no Uganda que, juntamente com os missionários,
oferecem ajuda espiritual e material aos refugiados ugandeses.
Os cristãos são chamados a serem modelos da verdadeira vida comunitária, através da partilha,
do cuidado, do serviço e do amor pelos que estão à sua volta.
Diga: Quando os refugiados ficam num campo, devem imediatamente construir a sua
própria casa. As casas são construídas encostadas umas às outras, com quaisquer materiais que
se possam encontrar. As organizações de auxílio oferecem plásticos para cobrirem os telhados
de colmo e torna-los à prova de água.
Divida a classe em dois grupos. Deixe-os construir a casa para o seu grupo “familiar”, usando
os materiais que tenha conseguido arranjar. Diga às crianças que o grupo deve trabalhar em conjunto
para completar a tarefa.
Quando as crianças terminarem de construir as suas “casas”, fale sobre os medos e os desafios
que os refugiados têm. (Procurar comida, água e abastecimentos; trabalhar e viver com os outros;
incerteza quanto ao futuro) Diga às crianças que muitas crianças refugiadas têm de viver em campos
durante meses, por vezes anos, antes de voltarem a casa. Pergunte: Como acham que seria viver
longe de casa durante muito tempo?
HISTÓRIA MISSIONÁRIA: “Vivendo Num Campo de Refugiados no Uganda”
Paulo e Lukio, duas crianças refugiadas, são modelos da vida comunitária descrita em Actos
2:44-47.
“Paulo, vais ao poço?” chamou Lukio.
“Sim”, respondeu Paulo. “Anda!”
Paulo e Lukio eram da República Democrática do Congo. Quando o governo começou a
combater contra os soldados rebeldes perto da aldeia deles, as famílias dos rapazes fugiram para
salvar as suas vidas para um campo de refugiados perto do Uganda.
Cada família tinha construído uma cabana de duas divisões com telhado de colmo. As
organizações de auxílio ofereceram plásticos para cobrirem os telhados. Quando chovia, os pesados
plásticos escorriam a água da chuva, que era utilizada para cozinhar e beber. Viver neste campo era
difícil, mas era melhor que dormir no descampado.
Paulo e Lukio carregavam cada um o seu balde para obterem a porção diária de água para a
família.
82
“Tenho sede”, disse Lukio. “Trouxe a minha caneca de alumínio. Espero poder ter um pouco de
água extra para beber no regresso.”
“Eu também”, respondeu Paulo. “Ficarei contente quando as chuvas voltarem. Então,
poderemos ter mais que um balde de água por dia.”
À medida que Paulo e Lukio desciam pelo caminho de terra batida em direcção ao poço,
encontraram-se com outro rapaz. Ele tinha uma bola de “futebol” feita de trapos e cordéis atados
todos juntos. Os rapazes chutavam a bola de uns para os outros, fazendo de conta que eram jogadores
famosos.
Paulo e Lukio caminharam uma hora e meia antes de chegarem ao poço. Enquanto esperavam
na fila, alguém começou a cantar: “Aleluia! Jesus me salva.” Os rapazes juntaram-se ao cântico.
“Gosto desta música!” exclamou Paulo. “Ainda bem que o Pastor Orieno vem ao nosso campo
todas as semanas para dar um culto. Mal posso esperar para ouvir a história bíblica de amanhã.”
Depois de uma hora de espera, Paulo e Lukio receberam um balde cheio de água cada um. Mas
não havia água extra para beber. Os rapazes voltaram a casa com muito cuidado, tentando não
derramar nem uma gota da água preciosa. Finalmente, chegaram a casa de Lukio.
“Paulo, queres ir visitar o Yusufa mais tarde?” perguntou Lukio.
“Claro”, respondeu Paulo. “Venho ter contigo assim que veja que a mãe encontrou milho e a
minha irmã encontrou lenha.”
Paulo e a irmã chegaram a casa ao mesmo tempo. “Olha o que eu encontrei apenas a três milhas
daqui!” exclamou Provia. Carregava um fardo de lenha à cabeça.
“Óptimo”, respondeu Paulo. “Espero que a mãe volte depressa. Estou com fome e sede.”
Tinham passado mais de 24 horas desde que a família teve comida para comer e água para beber.
Finalmente, chegou a mãe.
“Esperei toda a tarde pela chegada dos camiões de comida. Recebi milho e feijões. Vamos
comer bem hoje à noite. Obrigado por teres trazido a água.”
“Mãe, posso ir visitar o Yusufa enquanto tu e a Provia preparam a nossa comida?”
“Sim, Paulo. Leva a minha caneca de água para o Yusufa, por favor. Eu sei que ele fica com
sede.”
Paulo decidiu que mais tarde ele iria dividir a sua caneca com a mãe.
Paulo e Lukio correram depressa para casa de Yusufa. Yusufa já era seu amigo antes de eles
terem fugido do país. Quando os rebeldes vieram, encontraram o Yusufa nas árvores perto da sua
aldeia. Uma vez que os rebeldes sabiam que muitos rapazes novos combatiam no exército, pensaram
que Yusufa era um deles. Decidiram fazer dele um exemplo para que outros rapazes não se unissem
ao exército. Cortaram-lhe as orelhas e o nariz. Depois, cortaram-lhe os dedos das mãos, para que
nunca pudesse disparar uma arma, apesar dele nunca ter servido no exército.
Paulo e Lukio ficaram tristes com o que aconteceu a Yusufa e gostavam muito de compartilhar
a água com ele. Paulo levou a caneca de água à boca de Yusufa e ajudou-o a beber.
“Obrigado, Paulo.”
“Vais amanhã ao culto connosco?” perguntou Lukio.
“Vem, por favor, Yusufa. Temos saudades tuas”, pediu o Paulo.
“Mas eu tenho um aspecto horrível. As pessoas vão-se rir de mim”, respondeu Yusufa.
“Nós ficamos contigo”, prometeu Paulo. “Vem, por favor.”
“Tenho tido saudades das histórias bíblicas e dos cânticos.”
“Ok”, disse Paulo. “Lukio e eu vimos buscar-te quando ouvirmos o sino tocar. Adeus. Dorme
bem.”
DISCUSSÃO DA HISTÓRIA
Pergunte às crianças como o Paulo e o Lukio foram modelos da vida cristã.
Antes da aula, prepare um percurso de obstáculos usando cones para contornar, sacos para pisar,
escadas para passar por debaixo e outros artigos que possam ser atravessados enquanto se transporta
uma caneca de alumínio cheia de água.
Diga: A água é um recurso valioso, especialmente num campo de refugiados. As pessoas
têm água dos poços, das organizações humanitárias ou recolhida da chuva quando surge. Os
refugiados não desperdiçam uma gota de água. Lembrem-se como O Paulo e o Lukio
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transportaram a água com muito cuidado de volta para o campo.Era a única água que iriam ter
para as suas famílias até ao próximo dia.
Hoje, vou dividir a classe em equipas e dar a cada uma caneca de alumínio cheia de água.
Esta é a única água que irão receber durante a classe. Mas antes da vossa equipa poder beber a
água, têm de viajar juntos através do percurso de obstáculos. Podem beber a água que sobejar
na vossa caneca.
Fale sobre as seguintes regras, depois vá para o percurso de obstáculos:
1.
Cada membro da equipa deve ter pelo menos uma das mãos na caneca de alumínio o
tempo todo.
2.
Os grupos têm de completar o percurso dentro do tempo destipulado.
3.
Os grupos têm de percorrer todos os obstáculos.
4.
Divida a classe em grupos, distribua as canecas de alumínio e encha-as com água. Deixe
cada grupo completar o percurso.
Diga: Quando as pessoas têm de fugir de casa por causa da violência e da guerra no país,
elas tornam-se em refugiadas. A maioria do refugiados são obrigados a fugir com pouco ou
nenhum tempo para reunir os seus pertences ou valores. Dão início a uma longa procura por um
novo lugar a que possam chamar lar. Por vezes têm de viajar centenas de quilômetros longe de
casa para estarem em segurança. Durante a viagem, têm de encontrar lugares para dormir,
comida para comer e abrigo do calor, da chuva e dos animais selvagens. Quando vivem num
campo de refugiados, a luta pela sobrevivência continua.
Distribua a Folha de Actividades Nº 7 e peça às crianças que completem o labirinto. Pergunte:
Se fossem obrigados a fugir de casa e pudessem levar apenas uma coisa convosco, o que seria? O
que acham que as crianças refugiadas sentem mais saudades?
TEMPO DE ORAÇÃO
Diga: Aprendemos muitos factos sobre o Uganda – alguns factos são divertidos, outros são
perturbadores. Enquanto oramos pelo Uganda, lembrem-se de orar pelas pessoas que foram
obrigadas a fugir de casa e a tornarem-se em refugiadas.
Para ajudar as crianças com os pedidos de oração pelo Uganda, peça-lhes que escrevam as
seguintes palavras no jornal de oração, como pedidos de oração: água, crianças, refugiados, dinheiro,
empregos, roupas, comida, família, segurança e casa.
LIÇÃO 8: COSTA DO MARFIM
ALVO DA LIÇÃO
Ajudar as crianças a compreender sobre a importância de falar às pessoas sobre Jesus e mostrar o Seu
amor.
INFORMAÇÃO DE APOIO AOS PROFESSORES
FACTOS:
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•
•
•
•
•
A Costa do Marfim situa-se na Costa Ocidental da “curva” de África.
Abidjan é a maior cidade portuária de toda a África Ocidental e está cheia de arranha-céus.
Caçar elefantes e vender o marfim dos dentes é hoje uma actividade ilegal na Costa do Marfim.
A Costa do Marfim é um dos maiores produtores mundiais de café e cacau.
Quase metade da população tem 14 anos de idade ou menos. A esperança de vida é de apenas 42
anos.
O primeiro missionário cristão, um padre católico, chegou às praias da Costa do Marfim apenas
há 100 anos. Os primeiros missionários nazarenos chegaram em 1987.
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APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
Crie uma atmosfera de “clínica”. Coloque um letreiro na porta da sala de aula dizendo: “BEMVINDO” “Centro de Saúde Memorial de Dr. Ron Farris”. Disponha as cadeiras em filas como numa
sala de espera. Coloque um lápis e uma folha de “presenças” sobre uma pequena mesa perto da porta.
Se possível, tenha uma maca montada com um pequeno cobertor dobrado num dos extremos. Para dar
mais efeito, ajudava muito se a pessoa que vai dar a lição se pudesse vestir com uma bata branca ou
outros acessórios de médico. À medida que as crianças entram, peça-lhes para assinar a folha e se
sentarem na “sala de espera”.
Os nazarenos na Costa do Marfim mostram o amor de Deus à medida que falam às pessoas
sobre Jesus no centro de saúde nazareno. Primeira de João 3:18 diz-nos que nós devemos amar com as
nossas acções e não apenas com as nossas palavras. Se os irmãos dizem uns aos outros que se amam,
mas discutem constantemente, ou se as crianças dizem que amam os pais, mas lhes desobedecem,
estão a mostrar amor através das palavras em lugar das acções. Devemos ter o cuidado de mostrar
amor através das nossas acções, quando falamos às pessoas sobre Jesus. Muitas vezes os missionários
compartilham o amor de Deus primeiro através das suas acções e depois com palavras.
HISTÓRIA MISSIONÁRIA: “Amor Transmitido!”
De Linda Seaman
Diga: Os nazarenos querem pregar e falar às pessoas sobre Jesus, mas também sabemos que
devemos mostrar o Seu amor. Hoje, a nossa história é sobre a nossa médica africana e nazarena,
Helene Kra.
“Está tanto calor!” Pensou a Drª Helene Kra consigo própria ao subir as escadas do Centro de
Saúde Memorial Dr. Ron Farris. O centro situa-se na bonita cidade de Abidjan.
O Pastor Maloula estava no centro e já tinha destrancado e subido a persiana pesada, larga, de
metal, que protegia a entrada.
A Drª Kra cumprimentou o restante pessoal com um amigável “Bounjour!” Ela agradeceu de
novo a Deus por todos os nazarenos de outros países, que deram do seu dinheiro, tempo e habilidades
para construir e abastecer com equipamento aquele centro. Como ela estava agradecida por ser parte
da família nazarena!
O Pastor Taki era o pastor da igreja ao lado do centro. Ele também era um enfermeiro com
experiência e tinha trabalhado fielmente no centro de saúde desde os primeiros dias.
A Drª Kra terminou de ajustar os instrumentos perto da mesa de exame. Orou rapidamente,
pedindo a Deus por força e sabedoria especiais. Ela podia ouvir o Pastor Maloula, líder da Igreja do
Nazareno do outro lado da cidade e gerente do centro, a começar a compartilhar a história de Jesus
com os doentes que esperavam ser atendidos por ela. Ela sabia que até mesmo nesta cidade moderna,
com mais de 3 milhões de habitantes, mais de metade da população sabia pouco ou nada sobre Jesus.
Em dias cheios de trabalho, como este, ela ficava contente em saber que os doentes na sala de espera
estariam a ouvir sobre o amor de Deus.
Voltou-se para a porta quando ouviu soluços de um bebé e viu o medo na cara da mãe. Ela sabia
imediatamente que este bebé precisava logo de ajuda.
O animal mais mortífero em África é um pequeno mosquito. Em África, milhares de crianças e
adultos morrem todos os dias de malária. A pessoa apanha malária devido à picada de um mosquito.
Felizmente, esta mãe, Fatou, já tinha ido antes ao centro de saúde. Conhecia os sintomas de
malária e tinha trazido logo o filho, Baya, à Drª Kra. Á medida que a doutora cuidadosamente o
examinava, sentia o calor da febre elevada. Sabia que ele também estava em perigo de desidratação.
A Drª Kra passou uma receita e acompanhou Fatou até à farmácia do centro para obter o
remédio contra a malária. Em breve Baya se sentiria melhor. Quando voltava ao seu gabinete, sentiu
que Fatou lhe tocava no braço.
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“Merci beaucoup (obrigado), Dr. Kra, por ter ajudado o Baya! Penso que irei à sua igreja no
próximo Domingo. Se Jesus é como a senhora, quero aprender mais sobre Ele. Vou deixar o Baya com
a minha mãe, mas os meus outros filhos podem vir comigo?”
“Mais oui (claro), Fatou! Temos classe para as crianças durante o nosso culto, e elas vão gostar
muito dos cânticos! Vou ficar à sua espera. Você pode sentar-se comigo!”
A Drª Kra regozijava enquanto regressava ao seu gabinete. Depois, pensou sobre a forma como
Deus trabalhou na sua vida. Um amigo falou-lhe sobre Jesus. O Dr. Farris apoiou o sonho dela em ser
médica. Membros da família nazarena pagaram o seu último ano na escola de medicina, quando os
fundos dela se esgotaram. Tinham-lhe falado sobre Jesus, e tinham-lhe mostrado o Seu amor de
muitas formas através de muitas pessoas diferentes. A Drª Kra disse a si mesma: “Esta é a razão
porque estamos aqui!”
DISCUSSÃO DA HISTÓRIA
Distribua a Folha de Actividades Nº 8. Peça às crianças para recortarem os cartões. Peça-lhes
para relatarem como a pessoa ou objecto se relaciona com a história, uma de cada vez. (As respostas
estão nos cartões.) Encoraje as crianças a levar os cartões para casa e a usá-los para contar a história à
família. Guarde-os em sacos de plástico.
Saliente que o centro de saúde trouxe dois tipos de esperança. As pessoas receberam cuidados de
saúde e a esperança de uma vida saudável. Também aprenderam sobre Jesus e a forma como ter um
relacionamento recto com Deus. Isto traz a esperança da vida eterna.
TEMPO DE ORAÇÃO E ENVOLVIMENTO
Peça às crianças para usarem os seus jornais de oração e adicionarem a foto de um elefante,
como símbolo da Cote d’Ivoire, nome do país em francês e que quer dizer Costa do Marfim. O marfim
vem dos dentes de elefante e era usado no comércio.
Pergunte: De que forma as pessoas na nossa história mostraram amor através das suas
acções? Deixe as crianças responder. Quais são as formas pelas quais nós podemos pôr o nosso
amor em acção? Deixe as crianças responder. Diga: Uma das formas como podemos mostrar o
nosso amor pelos outros é orar por eles. Pergunte: Como devemos orar pelos nossos irmãos
nazarenos na Costa do Marfim? Deixe as crianças escrever os seus pedidos no jornal de oração.
Como devemos orar pelos que estão à nossa volta? Deixe as crianças escrever os seus pedidos no
jornal de oração. Façam uma roda e orem juntos como grupo. Faça orações de uma frase e encoraje a
todos para participar. Antes de irem embora, repitam I João 3:18.
LIÇÃO 9: BENIM
ALVO DA LIÇÃO
Ajudar as crianças a compreender uma das formas de começar igrejas em novos países, para que as
pessoas em todas as nações possam ouvir sobre Jesus.
INFORMAÇÃO DE APOIO AOS PROFESSORES
FACTOS:
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O Benim é um país com a forma de um dedo.
A Igreja do Nazareno teve início no Benim em 1998.
Existe uma estação de televisão no Benim.
O Benim é o país de origem do vudu, uma religião que adora espíritos malignos.
Existem apenas uns 1.400 km de estradas alcatroadas no Benim.
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•
Menos de 3 pessoas em cada 10 se chamam cristãs no Benim.
APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
Frequentemente, ao plantar igrejas na África Ocidental, inicialmente são usadas tendas. As
crianças gostam muito de fazer tendas. Tenha alguns lençóis ou cobertores disponíveis, e deixe as
crianças ser criativas. Procure tambores simples que as crianças possam usar para fazer ritmos das
canções que cantarem. Os nazarenos no Benim marcham frequentemente em círculo na frente da
igreja enquanto cantam, acenando com lenços brancos. Uma vez que há tantas línguas diferentes,
normalmente o líder canta uma linha do cântico, e depois o povo repete. O “Cântico de Vitória” irá
adaptar-se lindamente a este método se gostar de incorporar música africana ocidental no seu tempo
de louvor.
Os missionários e os nazarenos africanos trabalharam juntos para “plantar” a Igreja do
Nazareno no Benim. Diga: No nosso versículo de hoje, Jesus fala aos Seus discípulos. Ele diz-lhes
que irá voltar um dia à terra. Antes Dele voltar, “o evangelho tem de ser pregado primeiro a
todas as nações.” A Igreja do Nazareno está a trabalhar arduamente para levar esta mensagem
de Jesus a “todas as nações”.
Mostre o mapa de África. Peça às crianças para localizarem o Benim. Pergunte: Alguma vez
andaram numa lambreta ou numa motorizada? (Deixe as crianças compartilhar as suas respostas.)
Diga: Hoje, vamos aprender sobre como a Igreja do Nazareno começou numa dessas nações da
África Ocidental – o Benim.
Pergunte: Sabiam que há milhares de vilas e aldeias “por todo o mundo” onde não existem
igrejas cristãs? Existem até mesmo alguns países onde nem ao menos uma igreja pode ser
encontrada que pregue sobre Jesus. Em alguns países, o governo não irá permitir a pregação do
evangelho. Se as autoridades governamentais encontrarem alguém testemunhando sobre Jesus,
essa pessoa pode ir para a prisão ou pode até mesmo ser morta.
Vamos repetir juntos outra vez o nosso versículo bíblico. Ouviram as palavras de Jesus
sobre “todas as nações”? Acham que Ele quis dizer que o evangelho deve ser pregado até
mesmo em países onde isso é contra a lei?
HISTÓRIA MISSIONÁRIA: “Como ‘Plantar’ Uma Igreja”
de Linda Seaman
Diga: Pessoas que vão para novos países para dar início a uma igreja são normalmente
chamados de “plantadores de igrejas”. Hoje, vamos aprender a forma como a Igreja do
Nazareno foi “plantada” no Benim, um país da África Ocidental.
Moise pôs os dedos longos dentro da terra húmida e sentiu o seu calor. O solo molhado estava
pronto para receber as novas sementes que ele ía plantar naquele dia.
Riu baixinho consigo mesmo, ao pensar como era semelhante o início da Igreja do Nazareno no
Benim ao trabalho na sua horta. Não admira que tenham chamado a isso “plantação de igrejas”! Ao
enterrar suavemente as sementes, a mente vagueou de volta ao dia em que ele deu o seu coração a
Jesus.
Uns anos antes, Moise mudou-se da sua casa no Benim para o país vizinho da Costa do Marfim
a fim de procurar emprego. Instalou-se na pequena aldeia rural de Amanikro, cerca de 40 km da
grande cidade de Abidjan. Um Domingo, foi convidado para uma pequena Igreja do Nazareno. Jesus
tinha lhe perdoado os pecados! A sua nova família nazarena deu-lhe as boas-vindas, tal como o solo
quente deu as boas-vindas às pequenas sementes que ele estava a plantar. O pastor ensinou-lhe a
Palavra de Deus. Moise começou por crescer até ser um cristão forte e saudável.
Não tardou muito até ele encontrar os irmãos Laly que também eram do Benim. Eles
começaram a falar o quanto as famílias deles precisavam ouvir de Jesus. Ouviram também que o
presidente, que era cristão, tinha pedido às igrejas para virem e ajudarem. Os irmãos começaram a
orar para que a Igreja do Nazareno pudesse ir para o Benim.
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Dois missionários e um líder de igreja da Costa do Marfim receberam uma audiência de uma
hora com o Presidente Kerekou! O Presidente deu permissão à Igreja do Nazareno para entrar no
Benim! Foi o início de muitos meses de oração, plantação e preparação.
A primeira “igreja” no Benim reuniu-se em casa dos Laly, na cidade de Cotonou. Em breve, a
família e os amigos numa aldeia fora da cidade pediram para a igreja ir para lá. Por esta altura, Deus
tinha chamado Moise e o seu amigo Felix para serem pastores. Viajaram mais de uma hora nas suas
pequenas motobécanes para levar a mensagem de Jesus à aldeia. Depois, chegou a notícia de que
outra aldeia queria ouvir sobre Jesus. O grupo de nazarenos na segunda aldeia cresceu tão depressa
que o primeiro edifício da igreja foi construído lá. O dinheiro para construir esta igreja veio das
ofertas de Alabastro.
Moise era agora responsável por 12 igrejas nesta parte do Benim. Ele sabia por experiência que
era só uma questão de tempo antes que essas igrejas crescessem até serem fortes e dessem novas
“plantações” de igrejas nas vilas e aldeias na parte Leste e Oeste.
Moise ansiava pelo dia em que a igreja também seria plantada nos países do Norte. Ele sabia
que alguns governos não iriam permitir que a mensagem de Jesus fosse pregada. Mas Moise não
estava preocupado. Ele tinha visto a resposta de Deus para o Benim. Sabia que Deus iria tornar
possível um dia que as pessoas em todas as nações ouvissem as boas novas do amor de Jesus!
DISCUSSÃO DA HISTÓRIA
Distribua a Folha e Actividade Nº 9 e lápis ou marcadores. Peça aos alunos para colorirem a
bandeira do Benim da seguinte forma: O rectângulo à esquerda é verde, representando a esperança e o
reavivamento. O rectângulo em cima à direita é amarelo, representando a conservação dos recursos
do país. O rectângulo em baixo é vermelho, representando a coragem dos ancestrais. Opção: Recorte
pedaços de feltro verde, amarelo e vermelho, e peça aos alunos para os colar na folha de actividades.
Diga: As pessoas que vivem num país têm orgulho na bandeira do seu país. As pessoas do
Benim têm orgulho em dizer que fazem parte daquele país. Também queremos que as pessoas
do Benim saibam sobre o amor e o perdão de Deus. Queremos que aqueles que aceitaram o
amor e o perdão de Deus tenham orgulho de serem chamados cristãos.
Diga: A maioria das pessoas no Benim não tem dinheiro para comprar um carro, por isso
andam em pequenas motorizadas chamadas “motobécanes”. Os condutores transportam outras
pessoas bem como os seus pertences.
Por vezes, há uma pessoa sentada no volante, no colo do condutor, e/ou atrás do condutor.
Cada pessoa irá transportar ou levar alguma coisa nos braços ou às costas. Se tu estiveres num
carro e parares nos semáforos da cidade, és imediatamente rodeado por centenas de
motobécanes. Assim que as luzes mudam para verde, as motobécanes correm para os próximos
sinais de trânsito! Os condutores nunca perdem o equilíbrio, ou alguma coisa, ou alguém que
transportem com eles. Vamos ver se vocês são tão bons a pedalar como eles são!
Divida a classe em equipas, cada uma com um triciclo e muitos artigos leves para pôr sobre
eles. Peça aos membros da equipa para escolherem o condutor e carreguem o triciclo com tantos
artigos quanto os possíveis, usando cordéis ou cordas. Quando todos estiverem prontos, apite e diga
aos “condutores” para pedalarem para a “meta” sem se despistar ou perderem nada do que
transportam.
Diga: As igrejas ao redor do mundo podem ser tão diferentes como os carros e as
motobécanes. A única coisa que se mantém a mesma é o nosso amor a Deus e a nossa gratidão
pela Sua vontade em perdoar os nossos pecados.
TEMPO DE ORAÇÃO
Se as crianças fizeram uma tenda quando chegaram, reúna-se dento da tenda para um tempo de
reflexão e oração. Diga: A Igreja do Nazareno tem agora igrejas em mais de 150 áreas mundiais.
Será que isto significa que podemos parar agora? Porquê? (Deixe as crianças responder.) Diga:
Vamos repetir juntos Marcos 13:10. Sabemos que Jesus nos chama para irmos a todas as nações.
Como te sentirias se fosses uma daquelas pessoas chamadas para “plantar” uma igreja em algum
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lugar? Sentir-te-ías entusiasmada ou assustada? O nosso versículo relembra-nos que devemos
trabalhar juntos até que as pessoas de todas as nações tenham ouvido que Jesus as ama.
Peça às crianças para usarem os seus jornais de oração. Adicione o símbolo do Benim, a
motorizada. Deixe que as crianças sugiram pedidos de oração pelo Benim. Diga: Deus ainda precisa
de “plantadores de igrejas” no nosso próprio país e por todo o mundo. É importante que nós
estejamos dispostos a fazer o que Deus nos pede para fazer. Deixe que orem voluntariamente pelo
Benim, pelos plantadores de igrejas, e pelos rapazes e meninas, homens e mulheres, que irão levar as
boas novas de Jesus a outros.
LIÇÃO 10: ÁFRICA DO SUL
OBJECTIVO DA LIÇÃO
Ajudar as crianças a compreender que é bom construir relacionamentos com pessoas de outros países.
INFORMAÇÃO DE APOIO AOS PROFESSORES
FACTOS:
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•
•
•
A África do Sul é chamada a “nação do arco-íris” por causa das muitas culturas no país.
A África do Sul é chamada a Cidade de Ouro por causa das minas de ouro que lá se encontram.
Em 1867, uma criança encontrou um “seixo bonito” – o início de uma enorme operação de
extracção de diamantes até à data presente.
O melhor lugar para ver uma vasta variedade de vida selvagem africana é no Parque Nacional
Kruger.
O Cabo Agulhas, a ponta mais a Sul de África, é o lugar onde os oceanos Atlântico e Índico se
encontram.
Os primeiros missionários na África do Sul iam em barcos enormes que ancoravam primeiro na
Cidade do Cabo.
APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
Procure um grande mapa de África e pendure-o no quadro dos anúncios. Tenha pioneses com
etiquetas para marcar os lugares importantes na África do Sul. As etiquetas devem ser feitas antes da
aula. As etiquetas devem incluir: Oceano Atlântico, Oceano Índico, Cidade do Cabo, Cabo Agulhas,
Durban, Joanesburgo, Parque Kruger e Swazilândia. À medida que as crianças entrarem, podem
colocar as etiquetas nos lugares apropriados do mapa.
Ensine este versículo às crianças: “Assim os céus, e a terra, e todo o seu exército foram
acabados.” (Génesis 2:1, Almeida)
Diga: O nosso versículo bíblico pata hoje diz que Deus criou os céus e a terra e todo o seu
exército. “Todo o seu exército” significa que Deus fez uma grande variedade de coisas na
criação. Ele fez uma grande variedade de flores. Ele fez uma grande variedade de animais. Deus
também fez uma grande variedade de pessoas. Esta lição irá ajudar-nos a lembrar que Deus nos
criou a todos, e que podemos aprender muitas coisas das pessoas que são diferentes de nós.
Aponte no mapa a África do Sul. Diga: Temos muito que aprender sobre a África do Sul. Os
missionários na África do Sul têm de aprender a trabalhar com pessoas de muitas culturas
diferentes.
HISTÓRIA MISSIONÁRIA: “Encontrar Uma Ponte Entre as Culturas”
Diga: Hoje, a nossa história é sobre três crianças na África do Sul. Conseguem adivinhar qual
das crianças é dos Estados Unidos? (Fale sobre o vocabulário antes de compartilhar esta história: Pap
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porridge – uma pápa espessa de milho muito parecida com o creme de trigo; Bakkie – palavra para
uma pequena carrinha na África do Sul; Petrol Station – bomba de gasolina; Jersey – palavra para
camisola de lã).
“Hora de levantar!” chamou a mãe. “Este é o dia de ir para o acampamento.” Vincent e Maisy
saíram da cama rapidamente e vestiram-se. A mãe tinha tigelas de pap porridge fumegante à espera
deles.
Vicent e Maisy engoliram à pressa a sua pápa, depois foram a correr lavar os dentes e buscar as
malas para a viagem.
Foi então que ouviram o barulho da bakkie Izuzu, indicando a chegada de Andy e seu pai.
Vincent e Maisy vestiram as suas jerseys e dirigiram-se para a porta.
“Não se esqueçam do almoço,” relembrou a mãe.
Depois de apanharem os sacos dos almoços, Vincent e Maisy saltaram para dentro da bakkie.
“Como é o lugar do acampamento?” perguntou a Andy. “Será perto de um lago? Haverá
cabinas ou barcos?”
Maisy riu-se por entre os dentes. “O acampamento vai ser numa área rural do país, e não vai
haver electricidade.”
Vincent disse: “E também não vai haver cabinas. Vamos estar numa escola. As raparigas vão
ter de dormir lá dentro, mas os rapazes dormem ao ar livre. É o máximo!”
A bakkie balançava pela auto-estrada de alcatrão. Seguiam para Acornhoek.
“Como é a comida?” perguntou o Andy.
“Bem cedo de manhã, eles vão nos dar grandes pedaços de pão e uma chávena de chá. Ao meio
dia, vai haver pap com galinha ou espinafres. À noite, vamos ter pão ou pap”, disse Maisy. “Algumas
das senhoras da igreja vão cozinhar num fogão a lenha.”
“Por falar em comida”, disse o pai de Andy. “Vamos comer.” Dirigiu-se a uma petrol station
chamada Cidade Super. Enquanto o pai de Andy atestava a bakkie com gasolina, as crianças
compraram coca-colas. Era quase meio dia quando voltaram à auto-estrada.
Depois de algum tempo, a bakkie saiu da auto-estrada principal para uma estrada poeirenta de
terra batida. Nuvens de pó vermelho voavam ao redor da bakkie à medida que saltava pela estrada.
Vincent voltou-se para o pai de Andy e perguntou: “É verdade que o senhor está a trazer o
equipamento de desporto para o acampamento?”
“Sim. Tenho tudo lá atrás da bakkie. Há bolas de futebol, voleibol e a rede para o volei. Até
trouxe algumas bolas de basebol e tacos de basebol. Pensei que ía ser divertido ensinar o jogo de
basebol no acampamento.”
Foi a vez de Vincent e Maisy ficarem confusos. Tinham ouvido falar do basebol. Uma vez, até
viram uma parte do jogo na televisão, mas não sabiam nenhuma das regras do jogo.
De repente, a bakkie passou num grande buraco, atirando com todos dentro da carrinha. O pai
de Andy desviou a carrinha e evitou a parte mais profunda do buraco. A estação das chuvas tinha
arrastado grandes pedaços de estrada, tornando-a difícil de viajar.
“Ó pai”, disse o Andy. “Estou ansioso por voltar a ver o Pastor Kanenungo.” Andy voltou-se
para Vicent e Maisy. “Conhecêmo-lo desde que tivemos a viver no Zimbabwe. O Pai foi durante um
tempo o Superintendente Distrital. São uma boa família! O meu pai diz que o Pastor Kanenungo é o
orador especial do acampamento. Pelo menos eu sei isto sobre o acampamento!”
Todos se riram do comentário de Andy.
“Ele vai ser um orador excelente”, adicionou o pai de Andy. “Para além dos cultos de adoração
e dos tempos de desporto, vamos ter alguns concursos bíblicos. Vai ser o melhor acampamento que já
alguma vez tivemos!”
A bakkie virou numa curva e ali estava a escola. As crianças já estavam reunidas na encosta da
colina para um tempo devocional. Havia crianças de muitas partes da África do Sul. Vieram de
muitos tipos de lares e famílias, mas estavam sentadas todas juntas na colina por causa do seu amor
por Jesus. Jesus era a ponte entre as suas culturas.
Reveja o versículo bíblico e diga: É sempre importante lembrar que Deus nos fez a todos, a
“todo o seu exército”. Podemos aprender uns dos outros.
DISCUSSÃO DA HISTÓRIA
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Distribua a Folha de Actividades Nº 10, Ida Para o Acampamento. Peça às crianças para
descobrirem o caminho no labirinto e depois colorirem as figuras. Diga: Gostariam de viver num país
que tem todos estes animais a viver nos seus habitats naturais? De qual destes animais vocês não
gostariam de estar perto? (Deixe as crianças responder.)
TEMPO DE ORAÇÃO
Peça a um voluntário para citar ou ler o versículo bíblico desta lição. “Assim os céus, e a terra,
e todo o seu exército foram acabados.” (Génesis 2:1, Almeida)
Peça às crianças para lhe dizerem qual é o tema principal desta lição. É uma aventura ter
amigos de outras culturas; Jesus é a ponte entre todas as culturas.
Peça às crianças para usarem os seus jornais de oração. Junte a figura de um diamante, símbolo
da África do Sul. Deixe que as crianças sugiram pedidos de oração. Peça às crianças para orarem
pelas crianças da África do Sul, especialmente por aquelas que assistem aos acampamentos. Dê
graças a Deus pelos missionários da África do Sul, e peça-Lhe para ajudar todas as crianças que
entrem em contacto com estes missionários e com os nazarenos africanos.
LIÇÃO 11: MOÇAMBIQUE
OBJECTIVO DA LIÇÃO
Ajudar as crianças a aprender mais sobre Moçambique e sobre como podemos responder com
compaixão às necessidades do seu povo.
INFORMAÇÃO DE APOIO AOS PROFESSORES
FACTOS:
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A maioria do povo de Moçambique trabalha na agricultura para terem alimentos para comer.
A maior parte de Moçambique está virada para o Oceano Índico. A maioria do território
encontra-se numa longa faixa junto à costa.
A maioria dos moçambicanos segue as religiões tradicionais do seu país. Apenas 30 porcento da
população é cristã.
Moçambique depende da assistência humanitária de outros países para alimentar o povo e cuidar
das suas necessidades.
A língua oficial de Moçambique é o português, mas poucas pessoas sabem como o falar.
Grandes famílias vivem juntas na mesma casa, mesmo se o espaço e os recursos são limitados.
APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
Faça com que a sala de aula pareça vazia com muito poucos objectos. Considere ter algumas
ferramentas simples de agricultura postas a um canto. Isto pode incluir pás, enxadas, ancinhos, etc.
Disponha as cadeiras da sala num semi-círculo virado para o canto.
Durante os anos 70 e 80, milhões de moçambicanos fugiram como refugiados para os países
vizinhos. A guerra civil e a destruição durante a primeira parte dos anos 90, deixaram as aldeias e as
famílias em ruínas. Recentes inundações e secas têm deixado muitas pessoas dependentes da descarga
de alimentos e abastecimentos vindos da América do Norte, Ásia e Europa. A história da inundação do
ano 2000 conta a perda, o medo e as necessidades comuns a muitas pessoas em Moçambique.
Os cristãos responderam às necessidades das pessoas em Moçambique, enviando a comida e os
abastecimentos necessários. Ao fazer isto, os cristãos cumprem o mandamento do Senhor para
alimentar os famintos, vestir os nus e cuidar dos que sofrem.
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Mostre um mapa de África. Peça a um voluntário que procure Moçambique. Leia os Factos.
HISTÓRIA MISSIONÁRIA: “A Inundação do Ano 2000 em Moçambique”
de Douglas Perkins
Diga: Hoje vamos ouvir sobre um dos tempos tristes e difíceis que as pessoas de
Moçambique enfrentaram alguns anos atrás.
O dia começou com o sol a raiar. Mas depois notei que os pássaros pareciam inquietos fora do
normal. E os nossos cães, Fritz, Bem e Rollie, estavam a andar de um lado para o outro debaixo da
grande mangueira. Podia-se ver que eles pressentiam que algo ía acontecer.
“O que é, Fritz?” perguntei.
De repente, ouvi uma voz a gritar de um altifalante sobre um carro.
“Enchente! Enchente! Enchente!” gritava o anunciante. “Vão para terras altas
IMEDIATAMENTE! Vem aí uma enorme parede de água pelo Rio Limpopo. Todos devem ir para
terras altas. Depressa!”
Nesse momento, vi os helicópteros a chegar. Começaram a circular por cima das nossas cabeças.
Vários minutos mais tarde, uma onda de 90 cm desceu pelo Rio Limpopo. Causou apenas uma ligeira
subida do nível das águas e foi bastante calma.
Vi o Sr. Bruin, um grande pescador sul-africano, a saltar para dentro do seu barco. O grande
barco era levado por dois motores Yamaha de 75 cavalos. O Sr. Brown começou a andar com toda a
velocidade, rio acima, rio abaixo, salvando famílias e seus animais.
Uma das cabanas ficou rodeada por 90 cm de água. O Sr. Brown levou a proa do seu barco até
uma porta, deixando a porta parcialmente aberta. Olhou para dentro.
Quando os olhos se ajustaram ao escuro, viu uma mãe, um pai, nove filhos e uma avó todos
juntos. Tinham reunido as cabras, ovelhas, o grupo de patos e uma quantidade de ferramentas de
jardinagem. A família uniu-se uns aos outros nas traves do telhado. Três das crianças eram muito
novas. A mãe tinha uma delas nos braços. O medo estampava-se em todas as caras.
“Por favor, entrem no barco!” gritou o Sr. Brown.”Estou aqui para vos ajudar!” O Sr. Brown
acenou com as mãos, suplicando para a família.
A família ficou quieta.
“Compreendem o que digo?” perguntou o Sr. Brown.
“Vá-se embora”, respondeu uma profunda voz de homem. “Deixe-nos em paz.”
“Por favor, saiam!” gritou o Sr. Brown. “Quero levar-vos para um lugar onde estarão em
segurança. Vem aí uma grande parede de água. É grande, mesmo grande! Entrem no barco. Por favor,
deixem-me ajudar-vos”, suplicou o Sr. Brown.
“Não. Não vamos sair”, respondeu a voz. “Se deixarmos os nossos animais e pertences, vão ser
roubados. Não vamos sair. Agora vá-se embora, por favor.”
O Sr. Brown retirou-se da entrada da casa daquela família e dirigiu-se para a segurança com as
lágrimas a correrem pela cara.
Umas horas mais tarde, o pacífico Limpopo tornou-se numa agitação violenta com uma parede
de água de oito m de altura. Levou tudo na sua passagem pelo mar adentro – para o Oceano Índico.
A família que o Sr. Brown tentou ajudar, juntamente com os seus animais e cabana, foi levada
pelo rio para o mar. Desapareceram para sempre. Muitas pessoas morreram apesar dos helicópteros
andarem a resgatar famílias inteiras das árvores. E muitos dos que sobreviveram perderam tudo o que
tinham.
Os Ministérios Nazarenos de Compaixão (MNC) trabalharam com as nossas famílias
missionárias para distribuir cobertores, roupas, milho e sementes de feijão, ferramentas de jardinagem,
e dinheiro para ajudar a reconstruir e reparar as casas e igrejas. Mais de 5.000 famílias, totalizando
mais de 40.000 pessoas, receberam auxílio.
As pessoas também receberam ajuda espiritual. Os resultados foram imediatamente notados pelo
aumento de assistência na igreja.
Centenas de pessoas, talvez milhares, tornaram-se cristãs e foram salvas do demonismo (a
adoração a espíritos malignos) e da adoração aos ancestrais. Aprenderam a viver pela fé e a confiar em
Deus. O impacto espiritual foi grande. A maior parte do crédito vai para os MNC e para os que se
envolveram no esforço de auxílio na inundação.
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DISCUSSÃO DA HISTÓRIA
Pergunte às crianças se elas nunca viveram uma inundação. Deixe-as compartilhar experiências
ou percepções que obtiveram das cheias e das notícias que viram sobre inundações. Expresse gratidão
a Deus pelas pessoas que mostram compaixão e generosidade durante os tempos de crise.
Divida as crianças em dois grupos. Um dos grupos será a igreja que deseja enviar comida para
Moçambique. O outro grupo deve ir para o lado oposto da sala. Eles serão os aldeões que receberão o
carregamento. Sete cadeiras colocadas entre os grupos, podem representar os passos no processo de
transporte. Pergunte aos dois grupos que passos irão dar para completar esta importante missão. Peça
às crianças para enumerarem os passos na sequência correcta.
1.
Orar para que Deus mande o dinheiro, os abastecimentos e as ligações a fim de levar a comida
para Moçambique.
2.
Localizar e comprar a comida a um fornecedor.
3.
Arranjar uma companhia de transporte para recolher e transportar a comida para um porto do
país que envia.
4.
Contratar um navio para transportar os abastecimentos para um porto em Moçambique.
5.
Contratar um agente para fazer passar a comida pela alfândega e para fora do porto em
Moçambique.
6.
Contratar uma companhia marítima para carregar, transportar e entregar os abastecimentos na
aldeia receptora e seu povo.
7.
Relatar os resultados do processo à congregação doadora e enviar orações de bênção e
agradecimento a Deus.
Depois de mostrar o processo, peça às crianças que o revejam através de uma série de gestos
“em movimento”. Peça-lhes que passem “grãos” feitos de papel de um passo para o outro, à medida
que os vão dizendo. Conclua dizendo: Deus quer que ajudemos os que estão em necessidade. O
nosso versículo bíblico diz: “Te ordeno ... livremente abrirás a tua mão para o teu irmão, para o
teu necessitado, e para o teu pobre, na tua terra.” (Deuteronómio 15:11, Almeida)
Dê a cada criança uma cópia da Folha de Actividade Nº 11. Peça às crianças para imaginarem
que estão a enviar abastecimentos de auxílio aos sobreviventes de um terrível desastre. Encoraje as
crianças a fazerem um círculo nos artigos que as pessoas mais precisam. Encoraje as crianças a
compartilhar porque acreditam que os artigos escolhidos foram as melhores escolhas para o
carregamento.
Diga: Sem a ajuda generosa de outros, algumas pessoas neste mundo podem não ter
segurança e saúde. Graças a Deus pela generosidade de todos os que deram para as pessoas em
Moçambique.
TEMPO DE ORAÇÃO
Reúna as crianças ao redor do mapa de África. Aponte a localização de Moçambique. Diga:
Hoje aprendemos algumas coisas sobre Moçambique. Aprendemos sobre algumas coisas tristes
que as pessoas em Moçambique experimentaram. Mas também sabemos que não importa onde
estamos ou o que possa acontecer, Deus irá ajudar-nos quando clamamos a Ele.
Peça às crianças que usem os seus jornais de oração. Deixe que as crianças sugiram pedidos de
oração por Moçambique. Deixe que os voluntários orem pelos pedidos. Encoraje as crianças a
continuar a orar em casa pelas pessoas em Moçambique.
Termine orando: Senhor, Tu nos ordenaste que abríssemos as nossas mãos para os nossos
irmãos e para os pobres e necessitados. Ajuda-nos a compreender as melhores formas como
podemos mostrar o Teu amor e cuidado pelos outros. Amém.
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LIÇÃO 12: MADAGASCAR
ALVO DA LIÇÃO
Ajudar as crianças a amar e a compreender a Deus como um Pai amoroso que tem um cuidado
particular com os órfãos.
INFORMAÇÃO DE APOIO PARA OS PROFESSORES
FACTOS:
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Nos séculos passados, Madagascar era o principal porto onde os piratas paravam, se
encontravam e por vezes enterravam os tesouros.
As pessoas em Madagascar não se consideram africanas. Elas têm outros ancestrais vindos de
outras ilhas do Oceano Índico.
Algumas partes de Madagascar têm neve nos meses de inverno. Outras partes têm desertos e
selvas.
As famílias de Madagascar gostam de ter muitos filhos. Catorze é o número de filhos que muitos
tentam ter!
As pessoas de Madagascar gostam de fazer visitas surpresa umas às outras. Frequentemente
visitam a casa de um amigo sem avisar.
Madagascar é a quarta maior ilha do mundo.
APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
Traga um recipiente de plástico e deite nele alguns quilos de areia. Inclua outros artigos que
possam ser encontrados numa praia. Use papel de embrulho e bolas de algodão para criar neve. Se o
tempo permitir, faça cactos de papel para colorir e colar numa parede. Estes artigos podem representar
a vasta variedade de climas encontrados em Madagascar.
As tradições de Madagascar pedem que cada marido e esposa tenham catorze filhos. Contudo,
isto é economicamente irrealista. Muitas crianças são deixadas nas ruas a pedir ou a roubar para a sua
sobrevivência. Os serviços sociais de Madagascar não cuidam destas crianças. Os missionários
nazarenos reconhecem o seu dever de cuidar das necessidades destas crianças. Ao cuidarem destas
crianças, eles demonstram o amor de Deus e apresentam as crianças a Deus, seu Pai Celestial.
Leia os Factos. Peça a um voluntário para procurar Madagascar no mapa.
Reúna as crianças num círculo. Diga: Hoje gostaria que pensassem sobre vocês próprios
como crianças num outro país do mundo. Vamos começar pensando em todas as coisas que
vocês fazem num dia normal. Peça às crianças para contarem sobre um dos dias da semana passada
que elas mais gostaram em particular. Encoraje-as a pensar como esse dia começou. Peça-lhes para
pensar sobre todas as coisas que elas têm e usam antes mesmo de deixarem a casa de manhã. À
medida que as crianças compartilham, mostre os objectos. Estes incluem todos os artigos usados na
higiéne e preparação para o dia e artigos que oferecem conforto, protecção e alimento para o dia. Dê
graças a Deus por cuidar da necessidade de cada criança quando ele ou ela termina de falar.
Saliente o facto de que Deus geralmente usa os pais para cuidar de muitas das necessidades que
as crianças têm todos os dias. Pergunte: Quem toma conta das crianças que não têm os pais
disponíveis? (As respostas podem incluir os avós, familiares, serviços sociais, tutores legais, etc.)
Diga: Hoje vamos ouvir uma história de como Deus está a usar a Igreja do Nazareno para cuidar
de algumas crianças cujos pais não estão disponíveis.
Antes ou durante a classe, esconda saco(s) de arroz num lugar difícil de encontrar. Reúna as
crianças. Diga: Na cidade capital de Madagascar, muitas crianças vivem na rua. Não têm pais ou
mães para cuidarem delas. São órfãs. Ninguém as ajuda a encontrar comida. Estas crianças têm
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fome e roubam para sobreviver. Hoje tenho comida escondida que as pessoas em Madagascar
comem quase todos os dias. Vejam se conseguem encontrar esta comida.
Explique os limites dentro dos quais as crianças podem fazer a sua caça. Encoraje-as a regressar
à mesma área quando a comida for encontrada. Depois, deixe-as ir à procura.
Depois das crianças regressaram com o saco de arroz, peça-lhes para se sentarem num círculo.
Diga: Nenhuma refeição é considerada completa em Madagascar se não incluir arroz. Mas
muitas das crianças que vivem nas ruas de Antananarivo têm sorte se conseguirem encontrar
comida para cada dia! Deus quer que nós tomemos conta dos órfãos. De facto, o versículo bíblico
de hoje diz: “A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: Visitar os órfãos e as
viúvas nas suas tribulações e guardar-se da corrupção do mundo.” (Tiago 1:27) Quando
cuidamos das suas necessidades, estamos verdadeiramente a ser cristãos!
Deixe que a criança que encontrou o saco de arroz vá e o esconda noutro local. Deixe o grupo ir
procurar o saco outra vez. Pode repetir esta actividade as vezes que o tempo e o interesse permitirem.
HISTÓRIA MISSIONÁRIA: “Missões no Bolso”
Diga: Hoje, vamos ouvir uma história sobre o que aconteceu aos nossos primeiros missionários
em Madagascar, durante uma visita à cidade de Antananarivo. Tana é a abreviatura do nome desta
cidade.
As sombrinhas brancas rodeavam-nos ao caminharmos pelo passeio quebrado da baixa de Tana.
Estava feliz por voltar à cidade capital de Madagascar.
“John, este é o segundo maior mercado ao ar livre em todo o mundo”, disse Richard, o meu
amigo de Madagascar. “Queres voltar lá noutro dia e ir ver?”
“Quero, claro!”
Na manhã seguinte, fomos ver e fazer compras neste mercado.
“Eles chamam a este lugar Zoma”, disse Richard. “Zoma é a palavra em malagasy para sextafeira. Uma vez que o mercado está aberto apenas às sextas-feiras, eles chamam-lhe Zoma. Durante a
noite e as primeiras horas da manhã de sexta-feira, centenas de pessoas abrem as suas sombrinhas para
o dia agitado que se segue.”
Havia milhares de enormes sombrinhas brancas. Estavam presas em postes de bambu para que
os fregueses pudessem andar ao redor.
Os feirantes ficavam debaixo das sombrinhas e gritavam enquanto passávamos: “Bon prix,
Monsieur! (Bom preço, senhor!)
Podia-se encontrar de tudo neste mercado. Belas toalhas de mesa bordadas à mão e roupas eram
penduradas em traves de madeira debaixo das sombrinhas. Colares feitos em madeira estavam sobre
mesas de cartão. Cassetes de música dos artistas da moda saía estridente dos altifalantes suspensos das
sombrinhas. Quadros gravados com animais, com pedras polidas semi-preciosas de jogar estavam
espalhadas por toda a parte. Louça brilhante pintada estava em pilhas e cobria o pavimento.
Um grande pássaro trabalhado chamou a minha atenção. “Richard, de que é feito aquele
pássaro?”
É feito em chifre de zebu.”
“Uma zebra?” perguntei confuso. “Não sabia que as zebras tinham chifres.”
Não, não é uma zebra”, riu-se o Richard. “Uma zebu.”
“O que é uma zebu?”
“É o nome que damos às vacas aqui em Madagascar.”
Depois de regatear com os vendedores sobre o preço, finalmente chegámos a um acordo e trouxe
comigo o pássaro esquisito. Quando colocava de novo o dinheiro na minha bolsa de cinto, o vendedor
inclinou-se e disse: “Tenha muito cuidado com o seu dinheiro, senhor. Estão cá hoje muitas crianças
da rua.”
Passámos por debaixo das sombrinhas até chegarmos à secção dos cestos. Queria alguma coisa
que levasse todos os artigos que comprei. Havia centenas de cestos em madeira de todas as cores,
formas e tamanhos. Encontrei um cesto fundo com asas fortes e perguntei pelo preço.
Quando finalmente chegámos a acordo sobre o preço, a mulher apontou para a bolsa do dinheiro
no meu cinto. “Tenha muito cuidado”, ralhou ela. “Você pode perder todo o seu dinheiro hoje com os
carteiristas e não poderá comprar-me mais cestos.”
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Surpreendido, olhei para baixo e vi as notas de dinheiro de Madagascar a sair da bolsa. Agarrei
no dinheiro rapidamente, paguei-lhe o cesto e coloquei o pássaro zebu no cesto. Depois, fechei
cuidadosamente a bolsa.
“Por que tinhas dinheiro a sair da bolsa?” perguntou o Richard.
“Eu não o deixei de fora. Tenho a certeza que fechei a bolsa quando comprei o pássaro zebu.”
“Pode ser que os carteiristas tenham tentado apanhar o teu dinheiro”, murmurou o Richard.
“Vamos ver os jogos feitos à mão”, sugeri. Richard parou à minha frente e apontou para muitos
tabuleiros de jogo malagasy. Um jogo em particular me interessou. Tinha muitas sementes grande da
árvore baobab. Estavam em compartimentos no tabuleiro de madeira. Richard disse que era um jogo
antigo que toda a gente gostava muito de jogar. “”Eu ensino-lhe a jogar, se quiser.”
Regateei pelo jogo e depois comprei-o. Quando ía tirar o dinheiro, exclamei: “Richard! Abriste a
minha bolsa?”
“Não, não abri a sua bolsa.”
“Então por que está de novo aberta e o dinheiro está meio de fora?”
O vendedor de jogos olhou para mim do seu lugar de cartão e resmungou: “São os carteiristas!”
Richard acenou que sim com a cabeça. “Sim, eles têm estado outra vez a trabalhar.”
“Mas eu não os vi”, disse estupefacto.
“As crianças da rua são carteiristas profissionais”, exclamou o Richard. “Normalmente não se dá
conta deles até o nosso dinheiro ter desaparecido.”
Enquanto voltávamos para trás através do mar de sombrinhas brancas, pensei na minha visita
anterior a Madagascar. Deus tinha definitivamente me chamado a ministrar às crianças da rua. Volteime para Richard com lágrimas nos olhos. “Aqui mesmo está o meu campo missionário. Sei o que
Deus quer que eu faça.”
DISCUSSÃO DA HISTÓRIA
Peça aos seus alunos para dizerem algumas coisas que um centro para crianças pode precisar ter
para cuidar das crianças necessitadas.
Dê a cada criança uma cópia da Folha de Actividade Nº 12. Encoraje as crianças a procurarem
as crianças da rua situadas no mercado ao ar livre. À medida que terminam, pergunte como será estar
numa multidão onde todos são desconhecidos. Mencione que Deus vê e cuida de nós, quer estejemos
sozinhos ou numa multidão. Diga: Não interessa onde estejemos, Deus vê e cuida de nós. Podemos
orar por muitas pessoas e crianças em Madagascar, que precisam da protecção de Deus e do
amor que Jesus quer compartilhar com elas.
TEMPO DE ORAÇÃO E ENVOLVIMENTO
Escreva em cada pedaço de papel o nome de cada um dos países africanos estudados. Coloque
os papéis num recipiente aberto. Peça às crianças para usarem os seus jornais de oração. Tome tempo
para rever dois pedidos de cada país. Deixe os voluntários dizer uma coisa que tenham aprendido
sobre cada país em África. Peça às crianças para escreverem pedidos de oração por Madagascar.
Deixe os voluntários seleccionar o nome de um país do recipiente e orar por esse país.
Termine agradecendo a Deus pelos missionários que levam as boas novas sobre o plano de
salvação de Deus a outras culturas. Agradeça a Deus pelos cristãos em todo o mundo.
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