Edição 68 - Conselho Regional de Fonoaudiologia
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Edição 68 - Conselho Regional de Fonoaudiologia
2 Revista da FONOAUDIOLOGIA • 2ª Região • nº 68 • Julho/Agosto de 2006 EDITORIAL CONSELHO REGIONAL DE FONOAUDIOLOGIA 2ª. REGIÃO 7º COLEGIADO PRESIDENTE Sílvia Tavares de Oliveira VICE-PRESIDENTE Sandra Maria Vieira Tristão de Almeida DIRETORA-SECRETÁRIA Anamy Cecília César Vizeu DIRETORA-TESOUREIRA Márcia Regina da Silva CONSELHEIROS: Ana Léia Safro Berenstein • Anamy Cecília César Vizeu • Andrea Wander Bonamigo • Claudia Aparecida Ragusa • Cristina Lemos Barbosa Furia • Diva Esteves • Dulcirene Souza Reggi • Fernando Caggiano Júnior • Lica Arakawa Sugueno • Luciana Pereira dos Santos • Márcia Regina da Silva • Maria Cecília Greco • Mônica Petit Madrid • Roberta Alvarenga Reis • Sandra Maria Rodrigues Pereira de Oliveira • Sandra Maria Vieira Tristão de Almeida • Silvia Regina Pierotti • Silvia Tavares de Oliveira • Thelma Regina da Silva Costa • Yara Aparecida Bohlsen Rua Dona Germaine Burchard, 331 CEP 05002-061 - SÃO PAULO – SP Telefax: (011) 3873-3788 • www.fonosp.org.br DELEGACIA REGIONAL DA BAIXADA SANTISTA Rua Mato Grosso, 380 – CJ. 01 - 11055-010 – Santos - SP Fone: (13) 3221-4647 – Fax: (13) 3224-4908 e-mail: [email protected] DELEGADA: Isabel Gonçalves DELEGACIA REGIONAL DE MARÍLIA Rua Bahia, 165 - 4O. ANDAR, SALA 43 - 17501-080 Marília - SP Telefax: (14) 3413-6417 E-mail: [email protected] DELEGADA: Fabiana Martins DELEGACIA REGIONAL DE RIBEIRÃO PRETO Rua Bernardino De Campos, 1001 - CJ. 1303 14015-130 - Ribeirão Preto - SP Fone: (16) 632-2555 / FAX: (16) 3941-4220 e-mail: [email protected] DELEGADA: Ana Camilla Bianchi Pizarro DEPARTAMENTOS GERAL [email protected] CADASTRO/PERFIL [email protected] DEPARTAMENTO PESSOAL [email protected] CONTABILIDADE [email protected] EVENTOS [email protected] FISCALIZAÇÃO [email protected] JURÍDICO [email protected] REGISTROS / TESOURARIA [email protected] SECRETARIA [email protected] SUPERVISÃO [email protected] COMISSÕES DIVULGAÇÃO [email protected] EDUCAÇÃO [email protected] ÉTICA [email protected] LEGISLAÇÃO E NORMAS legislaçã[email protected] LICITAÇÃO [email protected] OUVIDORIA [email protected] SAÚDE [email protected] CONVÊNIOS MÉDICOS convê[email protected] TOMADA DE CONTAS [email protected] Este ano é muito importante para todos nós, fonoaudiólogos, pois ele marca a realização de um novo processo eleitoral, pelo qual serão escolhidos, através do voto direto, os colegas que representarão a profissão nos próximos três anos, no âmbito dos Conselhos Regionais e Federal. A fonoaudiologia atravessa um momento político muito importante, que cobra a presença de profissionais atuantes, para a consolidação de nossas conquistas e a busca de novas realizações que beneficiem o fonoaudiólogo e a comunidade por ele atendida. Esta é a oportunidade para que os profissionais venham fazer parte dos Conselhos e, desta forma, participem ativa e diretamente da história da fonoaudiologia. Nesta edição da Revista, vocês vão encontrar o edital de convocação e o cronograma das eleições. Para participar – como eleitor ou candidato – é preciso lêlos com muita atenção. Venham compartilhar da honra que é fazer parte do Conselho! Nas próximas páginas, apresentamos uma matéria sobre a atuação do fonoaudiólogo na dislexia. Atualmente, este tema tem sido muito debatido pelos profissionais da educação e da saúde e a reportagem esclarece pontos relevantes, através de entrevistas elucidativas com profissionais e portadores de dislexia. Leia também a entrevista com o Dr. Gilson Carvalho sobre saúde e cidadania. Com certeza, suas idéias contribuem muito para ampliar a visão do fonoaudiólogo em relação às questões de saúde pública. Outro aspecto que chama a atenção nesta edição é a alegria de termos uma aluna do curso de fonoaudiologia premiada no “V Concurso para Universitários sobre Programas de Prevenção de Drogas”. Gostaria de parabenizá-la pelo trabalho e pelo destaque dado à fonoaudiologia com a sua premiação. A realização deste trabalho aponta para uma fonoaudiologia atuante nos problemas sociais, cuja importância foi reconhecida nacionalmente. Parabéns Geórgea! Que você e muitos outros alunos possam continuar trilhando este caminho que só enaltece a atuação do fonoaudiólogo perante a sociedade. Sílvia Tavares de Oliveira Presidente do CRFa 2ª Região CAPA Crianças em tratamento fonoaudiológico com o Dr. Jaime, no CEFAC. N° 68 – JULHO/AGOSTO 2006 ISSN – 1679-3048 - TIRAGEM: 12.200 Exemplares COMISSÃO DE DIVULGAÇÃO Luciana Pereira dos Santos - PRESIDENTE Ana Camilla Bianchi Pizarro Diva Esteves Cristina Lemos Barbosa Furia Sandra Maria Rodrigues P. de Oliveira JORNALISTA RESPONSÁVEL Cecília Queiroz (MTb 42-AM) – 11-8133-0010 – [email protected] PRODUÇÃO EDITORIAL E GRÁFICA: Puente - Agência de Comunicação Tel. (11) 3722-0840 - www.puente.com.br - [email protected] REDAÇÃO: Editor-chefe Cecília Queiroz Colaborador Giulianna Correia Secretaria Alexandre de Castro e Fátima Ferreira Arte: Nilson J. dos Santos Fotografia: Divulgação CIEE, Eduardo Nascimento, Insert, Margareth Abussamra, Samuel Iavelberg Rua Dona Germaine Burchard, 331 CEP: 05002-061 - São Paulo, SP Telefax: (011) 3873-3788 E-mail: [email protected] IMPRESSÃO: PROL EDITORA GRÁFICA PARA ANUNCIAR Telefax: 11 3873-3788 E-mail: [email protected] AS OPINIÕES EMITIDAS EM TEXTOS ASSINADOS SÃO DE INTEIRA RESPONSABILIDADE DE SEUS AUTORES. A REPRODUÇÃO DE TEXTOS DESTA EDIÇÃO É PERMITIDA,EXCLUSIVAMENTE PARA USO EDITORIAL, DESDE QUE CLARAMENTE IDENTIFICADA A FONTE. TEXTOS ASSINADOS E FOTOS COM CRÉDITO IDENTIFICADO SOMENTE PODEM SER REPRODUZIDOS COM AUTORIZAÇÃO POR ESCRITO DE SEUS AUTORES. ÍNDICE • Crianças disléxicas: tratamento com fono ajuda na escola • Mudanças urgentes para a área da saúde • A importância da informação em Saúde para a Fonoaudiologia no SUS • Pesquisa: Perfil do Fonoaudiólogo • Teses • Concurso • Livros • Estudante de Fono ganha concurso • Happy hour • Opinião • Notas • Eleição Revista da FONOAUDIOLOGIA • 2ª Região • nº 68 • Julho/Agosto de 2006 4 8 10 11 16 17 18 19 20 21 22 23 3 DISLEXIA Crianças disléxicas: tratamento com fono ajuda na escola Nota baixa e fraco desempenho escolar nem sempre acontecem porque a criança não gosta de estudar. Era uma vez uma criança que ia à escola todos os dias. Ela compreendia perfeitamente as histórias que a professora contava e sabia muito bem o que significavam as figuras que deveria colorir. Um belo dia a professora, que era uma princesa, virou uma bruxa. Não que ela tenha ficado malvada de repente. Mas porque ela simplesmente resolveu abandonar para sempre as figuras e as histórias, para dar vez à "coisinhas" incompreensíveis chamadas "letras" e a uma "coisona" sem sentido chamada "ditado". A partir deste dia, a criança achou que nunca mais conseguiria aprender. O aprendizado, que era um lindo sonho, pas- 4 sou a ser um terrível pesadelo. A história acima é uma ilustração da realidade vivida por inúmeras crianças que sofrem de dislexia. Segundo o Prof. Dr. Jaime Zorzi, Doutor em Educação e Especialista em Linguagem, a trajetória da criança disléxica que chega aos consultórios de fonoaudiologia é sempre a mesma. "O fonoaudiólogo recebe a criança que ia bem, que era saudável, até sofrer com os dramas trazidos pela alfabetização, que são a escrita e a leitura. O perfil é de uma criança insegura, frustrada por não acompanhar o ritmo dos colegas e, muitas vezes, deprimida". Definida como um transtorno de Revista da FONOAUDIOLOGIA • 2ª Região • nº 68 • Julho/Agosto de 2006 aprendizagem na área da leitura, escrita e soletração, a dislexia é apontada como o distúrbio de maior incidência nas salas de aula. Segundo a Organização Mundial da Saúde, 8% da população mundial é disléxica. Outras pesquisas, como a da Associação Brasileira de Dislexia indicam que o número de disléxicos pode chegar a 15% da população do mundo. Estes dados devem ser olhados com a ressalva de que apenas cerca de 1% da população mundial foi diagnosticada. Apesar de ser um distúrbio antigo, somente na ultima década houve um avanço significativo nos estudos da dislexia e qua- A dislexia É importante esclarecer que a dislexia nada tem a ver com baixa inteligência. Trata-se de uma condição hereditária com alterações genéticas que determinam mudanças de ordem neurológica. A dislexia de Ralph e do primo foi uma herança genética, também presente na irmã de Roselaine, que se descobriu disléxica acompanhando o quadro do filho. O sintoma básico apresentado por crianças disléxicas é a dificuldade de decodificar e formar palavras, na hora de ler e de escrever, enquanto normalmente não apresentam a mesma dificuldade na expressão oral. Segundo o Dr. Rubens Wajnsztejn, pais e professores devem estar atentos "quando a criança vai bem na parte oral, mas vai mal quando passa para o papel". Ele alerta que a dislexia pode ser manifestada de diversos modos e graus. "Nem sempre o disléxico é aquele que não sabe ler". Se diagnosticado o quadro de dislexia, o neurologista aconselha que a criança receba assistência de psicólogos, psicopedagogos e fonoaudiólogos: "a fonoaudiologia é importantíssima porque ela trabalha justamente com a interpretação dos fonemas. Ela vai trabalhar um déficit do sistema fonológico. Quando alguém consegue dominar todos os fonemas, está alfabetizado". Dr. Jaime Zorzi observa que o trabalho desenvolvido por profissionais em situação extra-escolar não exime a assistência e o amparo que o aluno disléxico deve receber diariamente na escola. "Existe uma crença de que o aluno vai ser tratado e vai voltar à escola em condições normais. É errado". De acordo com ele, o papel da escola e dos professores é fundamental, porque é no ambiente escolar que o aluno desenvolverá muito de seu aprendizado e vivenciará experiências fundamentais para sua formação afetiva, social e cognitiva. É importante registrar que a Constituição Federal garante que o disléxico receba auxílio da escola. De acordo com a lei, o aluno que apresenta quadro de dislexia deve receber ajuda nas leituras e tem o direito de não fazer nada por escrito. Tanto escolas como universidades são autorizadas, legalmente, a avaliar apenas oralmente os alunos disléxicos. A lei oferece, portanto, todo o respaldo para que crianças disléxicas possam ter uma educação tranqüila e feliz. dros de dificuldades escolares. "Até recentemente o número de estudos era muito pequeno e havia insegurança para se falar em diagnósticos" - explica Dr. Rubens Wajnsztejn, médico neurologista da infância e da adolescência. Roselaine Marquetti é mãe de um disléxico. Hoje, o filho Ralph tem 19 anos, mas desde cedo apresentou muita dificuldade no aprendizado escolar. "Ele sofreu um bocado porque, na época, nem se falava em dislexia". A mãe lembra que a professora da Pré-Escola a convocou para uma reunião e justificou o comportamento da criança como decorrência de imaturidade. Depois de um ano, quando Ralph estava na 1ª série, a direção da escola pediu uma avaliação psicológica do aluno, porque eles acreditavam que o mau desempenho nas atividades escolares era conseqüência de um problema emocional. "Eu revirei o menino do avesso", conta Roselaine. "Mandei para benzedeira, ia me benzer junto. Era o meu D. Roselaine, Ralph e suas medalhas Revista da FONOAUDIOLOGIA • 2ª Região • nº 68 • Julho/Agosto de 2006 5 DISLEXIA primeiro filho e eu nunca tinha passado por isso. Até que procurei uma psicóloga". O ano já estava acabando e Ralph apresentava um quadro de notas muito baixas. "Com a professora particular ele conseguia escrever, mas na escola não. Ele acabou repetindo a 1ª série". O marido de Roselaine não aceitava a idéia de que Ralph poderia sofrer de problemas emocionais e exigiu que ele deixasse de freqüentar as sessões de terapia. "Eu continuei levando o menino na psicóloga escondida do meu marido. Mas na 3ª série, Ralph continuava com notas baixas e procurei outras alternativas". Na época, ela e a irmã haviam percebido que tanto o filho de uma como o da outra apresentavam os mesmos sintomas. "Cada uma de nós tentou diferentes caminhos. Enquanto eu levava Ralph para as sessões de psicoterapia, a minha irmã levou meu sobrinho para a ABD - Associação Brasileira de Dislexia, onde o menino foi submetido a exames, que revelaram que ele sofria de dislexia moderada". Emocionada, Roselaine lembra do dia em que leu pela primeira vez um material sobre dislexia. "Era um jornalzinho que trazia o depoimento de um empresário que, aos 52 anos de idade, se descobria disléxico. Li em voz alta para o meu marido. Na hora identifiquei os sintomas da dislexia com os sintomas apresentados pelo meu filho. Acho que meu marido deu credibilidade à história por ela ter sido contada por um homem bem-sucedido. Ele concordou que levássemos Ralph até a ABD. Foi diagnosticado que ele sofria de dislexia severa, ou seja, grave". Segundo Roselaine, a partir deste momento, toda a vida de Ralph foi transformada, das relações familiares às relações com a escola. "Estava explicado porque ele tirava nota zero em ditado. Não se podia mais des- Dr. Rubens: a lei protege o aluno disléxico. contar erro de português em prova de história, de ciências". A mãe conta que aos 10 anos, Ralph iniciou um tratamento com uma psicóloga especialista no caso. "Ela desenhava bichinho, contava história. Todas as matérias decorativas, ela gravava em fita cassete. Eu dizia para ele 'vá dormir ouvindo a voz da Dra. Marici que você aprende'. Esse é que era o jeito de explicar as coisas para que ele entendesse". Além do acompanhamento psicológico, Roselaine ressalta a importância de uma atividade esportiva para o aumento da auto-estima de uma criança que, segundo ela, estava anulada. "Ele decidiu, por conta própria, fazer hipismo. Um primo que praticava o esporte apareceu numa revista, todo elegante, montado em um cavalo e ele me falou: 'mãe, eu quero fazer isso também!'". Para Roselaine, a devolutiva do exame foi fundamental para libertar o menino retraído e tímido que, em determinadas situações, chegava a dizer que queria morrer porque não conseguia aprender. "Hoje, ele está no ritmo dele. Depois de completar o Ensino Fundamental, mesmo pagando para as meninas escreverem para ele (risos), o Ralph vai terminar o Ensino Médio e já venceu uma nova barreira, que é o trabalho. Trabalha com computadores e é muito bom nisso". Ralph: agora um vencedor de verdade. 6 Revista da FONOAUDIOLOGIA • 2ª Região • nº 68 • Julho/Agosto de 2006 Prof. Dr. Jaime Zorzi esclarece a relação entre dislexia e fonoaudiologia Dr. Jaime Zorzi é diretor do Cefac - Saúde e Educação, Doutor em Educação pela UNICAMP, Mestre em Distúrbios da Comunicação pela PUC-SP, ex-Presidente da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia e ex- Diretor Secretário do CRFa. 2ª Região durante o 5º Colegiado. Em entrevista cedida à Revista da Fonoaudiologia, o especialista explica a importância do acompanhamento dos fonoaudiólogos no processo de aprendizagem de crianças disléxicas. Segundo ele, os profissionais são fundamentais não somente para a compreensão da palavra escrita, como também para auxiliar no resgate da auto-estima destas crianças. Acompanhe a seguir, a entrevista exclusiva com o médico. Revista da Fonoaudiologia (RF): O disléxico tem uma deficiência na decodificação dos símbolos escritos. Qual é a relação da fonoaudiologia com a dislexia? Dr. Jaime Zorzi (Dr. JZ): A dislexia é um distúrbio dos processos de linguagem. O especialista em linguagem é o fonoaudiólogo, portanto, é um profissional altamente indicado para assistir aos disléxicos, desde que bem preparado para tanto. RF: Os disléxicos podem apresentar dificuldade também na expressão oral ou a dificuldade é restrita ao plano da leitura e da escrita? Dr. JZ: O problema principal da dislexia é a dificuldade de decodificação na leitura e de expressão escrita. Porém, alguns casos podem vir acompanhados também de dificuldade na expressão oral. Mas o que define a dislexia é a deficiência apresentada diante da palavra escrita. da muito mais tempo, porque o esforço é muito grande e a velocidade de execução é lenta. Tudo isso pode gerar sentimento de angústia, de frustração e de exaustão. RF: Em razão desta provável exaustão, o processo de aprendizado dos disléxicos deve se dar exclusivamente com linguagens alternativas como o uso de imagens e sons, ou devem ser feitos esforços para que o disléxico compreenda melhor a palavra escrita? Dr. JZ: Não se deve deixar de lado a escrita porque existe uma dificuldade de lidar com ela. Abandonar o processo de aprendizagem da linguagem escrita é comprometer para sempre a vida da pessoa. O que recomendamos é que as crianças disléxicas tenham ajuda extra-escolar, com profissionais especializados, como os fonoaudiólogos, ao mesmo tempo em que haja uma adequação do ambiente escolar. A escola deve criar condições favoráveis de aprendizagem, aproveitando melhor as capacidades que se encontram preservadas, como a oralidade. Os professores devem ter ciência de que o disléxico possui uma dificuldade de caráter permanente e duradouro, o que não o impede de aprender a ler e escrever, embora com dificuldades. O professor deve ser compreensivo com aquilo que é esperado em termos de limitações, como os erros de leitura, a demora nas cópias e os erros ortográficos. E tem que trabalhar diariamente com os pontos fracos e fortes do aluno, sempre o valorizando. É imprescindível que a escola assuma esse compromisso porque é em seu ambiente que as coisas acontecem. Ela não pode esperar que os problemas sejam resolvidos nos consultórios, isoladamente. RF: A atividade escrita pode ser exaustiva para um disléxico? RF: Qual o processo de assistência do fonoaudiólogo com crianças que apresentam quadro de dislexia? Dr. JZ: A atividade escrita acaba sendo exaustiva porque exige muito do disléxico, exatamente em habilidades que não estão bem desenvolvidas. Para ele, o grau de dificuldade é muito superior se comparado com outras pessoas. Deman- Dr. JZ: O fonoaudiólogo recebe uma criança que se desenvolvia aparentemente bem, que era saudável, até sofrer com os dramas trazidos pela alfabetização, que são a escrita e a leitura. O perfil é de uma criança insegura, frustrada por não acompanhar o rit- mo dos colegas, por não dar conta das expectativas familiares e escolares, o que pode deixá-la deprimida e desmotivada. O fonoaudiólogo, ao trabalhar as dificuldades de linguagem, pode vir a auxiliar esta criança no que diz respeito ao estado emocional decorrente da dificuldade no processo de aprendizado da escrita. Nós fazemos um levantamento do perfil de cada criança. O ponto de partida é avaliar a extensão e o grau de dificuldades apresentadas pelo disléxico para trabalharmos, de maneira adequada, suas habilidades de linguagem, como a compreensão da estrutura sonora das palavras. O objetivo é fazê-las compreender o sistema alfabético. A criança tem que perceber que as palavras têm sons, que eles se apresentam em determinada ordem e que estes sons estão em outras palavras e que a eles correspondem símbolos denominados letras. Assim, ao olhar uma palavra, a criança pode identificar as letras que a compõem, transforma-las em grupos de sons e, finalmente, sintetizar os grupos de sons em palavras. Desta forma se dá a leitura. O processo inverso é a escrita. RF: Na sua opinião, as crianças disléxicas podem ter uma educação tranqüila e feliz, ou ela é necessariamente traumática? Dr. JZ: O risco de ser traumática é muito grande, pois não basta simplesmente identificar o problema. Deve-se aprender a cuidar dele. Aparentemente, a preocupação de tentar lidar melhor com a dislexia tem aumentado. Eu tenho uma visão muito otimista de que uma criança disléxica possa sim, ter uma educação tranqüila. É uma questão de atitude e de querer. Os profissionais que lidam com crianças disléxicas, sejam educadores, fonoaudiólogos ou psicólogos, devem estar preparados para conseguir estimular capacidades e, acima de tudo, envolver estas crianças com a aprendizagem. Se houver serenidade, afinco e crença de que vai funcionar, funciona. Revista da FONOAUDIOLOGIA • 2ª Região • nº 68 • Julho/Agosto de 2006 7 SAÚDE PÚBLICA Para Dr. Gilson Carvalho, médico pediatra e sanitarista de saúde pública, fazer saúde é promover cidadania. "Onde nos enquadramos enquanto profissionais de saúde e enquanto cidadãos?" Esta foi uma importante reflexão colocada pelo Dr. Gilson Carvalho aos ouvintes da palestra que ministrou em abril na Casa do Fonoaudiólogo, em São Paulo, a convite do CRFa. 2ª Região. O médico que milita a causa da saúde pública pelos quatro cantos do Brasil não deixa a pergunta no ar. Segundo ele, a melhoria do nosso sistema de saúde está vinculada a uma profunda transformação do País, que tem como chave de mudança os próprios seres humanos - trabalhadores e gestores, cidadãos e políticos. Betinho dizia que o "cidadão é o indivíduo que tem a consciência de seus direitos e deveres e participa ativamente de todas as questões da sociedade". Para o Dr. Gilson, fazer saúde é promover cidadania e só se deve fazer cidadania com responsabilidade fiscal, social e sanitária. "É importante que o cidadão compreenda estes diversos conceitos de responsabilidade para ter consciência dos direitos e dos deveres que lhe competem", explica o médico, enfatizando que a respon- 8 sabilidade fiscal pode ser usada para cumprir a legislação do financiamento, que determina que ele seja tripartite da União, Estados e Municípios, enquanto que a responsabilidade sanitária busca garantir o direito à saúde seguindo a regulamentação legal e técnica. A responsabilidade social, por outro lado, é "ver o cidadão como portador do direito à saúde". De acordo com Dr. Carvalho, toda a sociedade deve participar do universo da saúde, já que lhe é de direito. Segundo ele, o engajamento pode se concretizar de diferentes modos. A participação pela ação é "fazer bem tudo aquilo que temos que fazer para nossa sobrevivência e convivência dos que dependem de nós e daqueles que precisam de nossa cooperação". A participação pela proposição é "propor e mostrar saídas". E a participação pelo controle é "cooperar no controle da sociedade e do Estado nas ações realizadas, na eficácia e eficiência delas, exercendo o controle social e cobrando o controle institucional". As saídas – O médico acredita na possibilidade de vencer o "velho- Revista da FONOAUDIOLOGIA • 2ª Região • nº 68 • Julho/Agosto de 2006 novo desafio da garantia do direito à saúde no Brasil" com responsabilidade fiscal, social e sanitária. Ele aponta cinco saídas para a saúde do Brasil. "Lembro que não existe precedência entre uma e outra medida. O que existe é a urgência em se fazer tudo ao mesmo tempo". A primeira saída apontada por Dr. Carvalho é o inevitável aumento de recursos. "A realidade, pisando no chão, é que países ricos gastam com saúde o mesmo ou até quase o dobro de toda a renda por habitante que tem hoje o Brasil". Estima-se que o Brasil gaste cerca de US$ 600 por habitante ao ano, enquanto os Estados Unidos chegam a gastar mais de US$5.000, de acordo com dados da OMS – Organização Mundial da Saúde, de 2003. No entanto, o médico reitera que a saída para o financiamento da saúde não é o simples aumento de recursos. É necessário ter eficiência nos gastos. Para isso, Dr. Gilson Carvalho apresenta muitas sugestões: "um tríplice compromisso das pessoas (ter o saber técnico, a relação humana e o compromisso com a sociedade) e dos empregadores (garantir salários, condições de tra- balho e educação continuada) para melhorar o processo de recrutamento, seleção, treinamento e acompanhamento de Recursos Humanos; melhoria e transparência na administração financeira; adequar a construção e manutenção de prédios e móveis; comprar melhores equipamentos, materiais e medicamentos; administrar melhor o sistema de transporte de pacientes e de apoio; comprar, controlar e pagar melhor os serviços de saúde complementares; efetivar o controle público institucional e social". Outra saída inevitável apontada por Dr. Gilson Carvalho é combater todo e qualquer ato de corrupção, seja ele direto ou indireto. "A corrupção existe em diversas fases do processo, diminuindo a arrecadação geral, de onde sai o dinheiro da saúde", diz o médico, que acredita que a "corrupção, ilação, renúncia fiscal, apropriação indébita e finalmente o gasto fraudulento com pagamentos indevidos e furtados em preço, quantidade ou qualidade são os vilões do processo". A quarta premissa abordada pelo médico é mudar o modelo de se fazer saúde. Para ele, o modelo SUS Sistema Único de Saúde ainda não foi implantado em sua profundidade de concepção, já que muitos objetivos, funções, diretrizes e princípios declarados na Constituição Federal ainda estão no campo do "legal-virtual". Porém, acredita que "mudar o SUS é implantar e implementar o SUS finalmente. Repetir o modelo errado e errático de foco maior na recuperação da saúde é repetir erros históricos". "Temos que focar o novo modelo, a meu ver, em dois grandes objetivos: reintegralizar a assistência e rehumanizar. Mudar o modelo para o SUS e mudar a relação interpessoal". Dr. Carvalho cita Avedis Donabedian, um dos primeiros líderes a definir a qualidade do atendimento de saúde: "o cuidado de saúde tem dois componentes - o técnico e o humano e a verdadeira qua- lidade da ação de saúde mora no coração e na alma do profissional de saúde". A quinta e última saída para salvar a saúde pública do Brasil é salvar o próprio Brasil. "Só conseguimos garantir o direito à saúde - premissa do SUS - se ajudarmos a transformar o Brasil". Dentre as mudanças de caráter urgente, Dr. Gilson Carvalho defende o crescimento econômico e social, com mínimo de 5% de aumento anual do PIB; o aumento de renda salarial; melhor distribuição de renda; a garantia dos condicionantes e determinantes da saúde - emprego, salário, casa, comida, cultura, meioambiente, saneamento e educação. O médico só acredita em uma fórmula para se conseguir a dobradinha saúde-felicidade para todos os cidadãos brasileiros: "educação dos dirigentes públicos e privados, educação dos profissionais, educação dos prestadores de serviço, educação dos cidadãos usuários e educação da mídia". Revista da FONOAUDIOLOGIA • 2ª Região • nº 68 • Julho/Agosto de 2006 9 SUS Flávia Carrota A Fonoaudiologia vem ocupando um significativo espaço no desenvolvimento de Políticas Públicas no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS. Considerando a Integralidade como um dos mais importantes princípios do SUS, o papel do Fonoaudiólogo neste sistema deve transcender sua atuação além da clínica voltada apenas para a assistência relacionada à comunicação humana, incluindo-se no desenvolvimento das diversas Políticas Nacionais de Saúde propostas pelo Governo Federal através do Ministério da Saúde. A Integralidade implica não somente em olhar o Homem como um ser pleno, onde sua saúde depende de fatores determinantes e condicionantes como a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte e o lazer, mas também em sua assistência desde ações voltadas para a prevenção e promoção da saúde, bem como cuidados ambulatoriais e hospitalares respeitando a complexidade de cada diagnóstico. Para o profissional desenvolver estas ações é necessário que ele se aproprie dos conceitos básicos do SUS e utilize suas ferramentas de organização e planejamento do sistema. A informação é uma das princi- 10 pais ferramentas que possibilitam o diagnóstico situacional de como anda a saúde de uma determinada população, respeitando os limites territoriais de onde vive. Esta informação é gerada pelos próprios profissionais de saúde. Quando realizada de forma aleatória, sem cuidado com relação a conceitos e sistematização, gera dados pouco confiáveis que dificultam a leitura e comparação dos dados com outras regiões (municípios, estados, etc.). Todos os serviços públicos de saúde têm a obrigatoriedade de informar mensalmente quantos procedimentos realizam e por quais profissionais. Geralmente estes dados são produzidos por planilhas de atendimento onde os profissionais relacionam seus pacientes e procedimentos realizados (avaliação, consultas individuais, consultas grupais, coletas de exames, atividades educativas na comunidade, etc.). Muitas vezes, os profissionais de saúde não percebem a importância da coleta destes dados, considerando esta prática uma função administrativa e burocrática que não os auxiliam na execução das suas atividades no dia a dia. Esta falta de percepção não está relacionada à falta de compromisso ou responsabilidade dos profissionais de saúde, e sim Revista da FONOAUDIOLOGIA • 2ª Região • nº 68 • Julho/Agosto de 2006 à própria dinâmica dos serviços de saúde. Ao ingressarem no serviço público, os profissionais não são informados do objetivo desta coleta de dados e, tão pouco, recebem alguma devolutiva das informações geradas por eles. Assim, esta prática se torna realmente uma tarefa pouco agradável de ser cumprida. Destas planilhas retiramos não só números de produtividade, como quantas consultas foram realizadas, quantos pacientes foram atendidos e em quais faixas etárias, mas também dados que possibilitam o estabelecimento de parâmetros e análises da população atendida. O SUS preconiza que as equipes dos serviços de saúde se responsabilizem pelo atendimento integral da população que vive no território de abrangência daquele serviço. Esta é a lógica da apropriação destas informações para o planejamento de ações interdisciplinares que visem sanar os problemas relacionados às causas de adoecimento desta população. Tomemos, por exemplo, um dos programas propostos pelo Ministério da Saúde determinado Saúde do Adulto. Neste programa, existe um sistema de informação (Hiperdia), que coleta os dados da população de hipertensos e diabéticos que vivem na área de abrangência de cada serviço de saúde. Na verdade, trata-se Conselho Regional de Fonoaudiologia do Estado de São Paulo Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo Perfil de Formação Especializada e Inserção no Mercado de Trabalho do Fonoaudiólogo no Estado de São Paulo CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Desenvolvido através da parceria estabelecida entre o CRFa 2ª Região e o Centro de Estudos Augusto Leopoldo Ayrosa Galvão (CEALAG), do Departamento de Medicina Social da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, este levantamento tem por finalidade elaborar uma caracterização da inserção no mercado de trabalho em saúde do profissional de fonoaudiologia no estado de São Paulo e conta, para isso, com a sua importante colaboração no preenchimento do questionário apresentado a seguir. As informações contidas no questionário preenchido estarão protegidas. O acesso a elas será exclusividade do CRFa 2ª Região e as mesmas serão utilizadas somente para atualização dos dados cadastrais e para divulgação das análises do perfil do conjunto de profissionais de fonoaudiologia. Qualquer dúvida entre em contato com o coordenador da pesquisa, Cássio Silveira, no endereço eletrônico [email protected], ou envie seu questionamento para [email protected]. Você pode ainda deixar recado para Margarete (coordenadora de campo de pesquisa) no telefone (11) 3873-3788. Por favor preencha as informações abaixo e assine. Envie sua resposta por fax (11) 3873-3788 ou pelo correio utilizando o envelope que você recebeu com a revista. Se preferir, responda as perguntas no site www.fonosp.org.br. Local e data: / / Nome completo (por extenso) . Assinatura Nome do(a) Fonoaudiólogo(a): Formação Acadêmica 8. Instituição onde realizou o curso de graduação em Fonoaudiologia: CRFa: 9. Ano de conclusão do curso de graduação em Fonoaudiologia: Perfil Sócio Demográfico 1. Nacionalidade: nascimento: ( ) Brasileira ( ) Estrangeira. País de ( 2. Naturalidade: Cidade: Estado: 3. Residência: Nº Complemento Bairro Cidade Estado 4. Data de Nascimento: CEP / / ( ) Casado / União estável ) Viúvo 6. Sexo: ) Não ( ) Sim * Entende-se por trabalho de Iniciação Científica aqueles que têm orientação teórico-metodológica do corpo docente e que estejam inscritos em programas oficiais de instituições como Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), etc. 11. Recebeu bolsa de estudos para realização da iniciação científica? ( ) Não ( ) Sim 11.1 Realizou residência em fonoaudiologia? 5. Estado Civil: ( 10. Realizou trabalho de iniciação científica? ( ( ( ) Feminino 7. Número de Filhos: ( ) Solteiro ) Separado / Divorciado ( ) Masculino ) Não ( ) Sim 11.2 Se realizou residência, nome da instituição: 12. Número de cursos de especialização realizados ou em andamento: *Os cursos de especialização, também chamados de cursos de pós-graduação lato sensu, têm duração mínima de 360 horas, não computando o tempo de estudo individual ou em grupo, sem assistência docente e aquele destinado à elaboração de monografia ou trabalho de conclusão de curso. 22. Qual agência de financiamento para o Doutorado? ( ) Não recebeu ( ) CNPq ( ) Capes ( ) Fapesp ( ) Não realizou Pós-Graduação Stricto-Sensu ( ) Outra. Especifique: *No caso de ser indicada a categoria “Outra”, citar a fonte financiadora dos estudos. Por exemplo, funcionários do setor público ou privado que tenham sido dispensados com seus salários, fundações nacionais e internacionais, etc. 13. Áreas: Área 1: 23. Ano de conclusão do Doutorado: Reconhecido pelo CFFa? ( ) Não ( ) Sim 24. Área de concentração do Doutorado: ( ) Não ( ) Sim 25. Instituição onde realizou o Doutorado: ( ) Não ( ) Sim Área 2: Reconhecido pelo CFFa? Área 3: Cidade: Reconhecido pelo CFFa? Estado: Atuação Profissional 14. Número de programas de aprimoramento profissional realizados: *Programa de Aprimoramento Profissional - PAP destina-se à complementação da formação de recém-graduados da área de saúde, exceto médicos, mediante treinamento em serviço em instituições de saúde universitárias ou não - de elevado padrão científico e técnico. A duração dos programas varia de um a dois anos e a carga horária semanal é de 40 horas de atividades, 20% delas consistindo em trabalho teórico em aulas, seminários e revisões bibliográficas, e as demais em treinamento em serviço. 26. Atua na área de fonoaudiologia? ( ) Não ( ) Sim 27. Está atualmente desempregado como fonoaudiólogo(tendo procurado emprego nos últimos 12 meses)? ( ) Não ( ) Sim 28. Atua em outra área profissional? ( ) Não ( ) Sim 29. Motivo da não atuação na área de fonoaudiologia: 15. Áreas de aprimoramento: ( ( ( ( Área 1: Área 2: Área 3: Para aqueles que não têm atuação na área, não responder ao restante do questionário. 16. Realizou algum curso de Pós-Graduação stricto-sensu? ( ( ) Não ) Sim, ambos ( ) Sim, Mestrado ( ) Sim, Doutorado ( ) Mestrado em andamento 17. Recebeu bolsa de estudos para realizar a Pós-Graduação stricto-sensu? ( ( ) Não ) Sim, ambos ( ) Sim, Mestrado ( ) Não realizou ( ) Sim, Doutorado 18. Qual agência de financiamento para o Mestrado? ( ( ) Não recebeu ( ) CNPq ( ) Capes ) Fapesp ( ) Não realizou Pós-Graduação Stricto-Sensu ( ) Outra. Especifique: ) Não conseguiu emprego como fonoaudiólogo ) Outros ) Motivos pessoais (maternidade, doença, problemas familiares) ) Não se aplica 30. Número de atividades profissionais (vínculos) na atuação em Fonoaudiologia: * Indicar o número de atividades na área profissional. Por exemplo, se um profissional trabalha em seu consultório e no ambulatório de um hospital, o mesmo soma duas atividades (02). Descrição das situações de trabalho 31. Primeira Situação: Organização (se consultório, escrever “consultório) : *No caso de ser indicada a categoria “Outra”, citar a fonte financiadora dos estudos. Por exemplo, funcionários do setor público ou privado que tenham sido dispensados com seus salários, fundações nacionais e internacionais, etc. Município: Departamento: Natureza Jurídica: 19. Ano de conclusão do Mestrado: ( ( ( ( ( 20. Área de concentração do Mestrado: 21. Instituição onde realizou o Mestrado: Cidade: 2 Estado: ) Pública governamental federal ) Pública governamental estadual ) Pública governamental municipal ) Pública não governamental ) Privada *Considerar as categorias a partir das seguintes referências: pública governamental é toda organização vinculada ao serviço público nos níveis municipal, estadual ou federal, seja ela uma autarquia ou pertencente à administração direta; pública não governamental é toda organização de direito privado mas voltada às ações filantrópicas (sem fins lucrativos), tais como, associações, sociedades, fundações e as denominadas genericamente de organizações não governamentais; privada é toda organização regida pelo direito privado e tem fins lucrativos. ( ) Todas as idades ( ) Nenhuma faixa específica 32. Segunda Situação: Organização (se consultório, escrever “consultório) : Município: Departamento: Setor Econômico: ( ) Primário ( ) Secundário ( ) Terciário * Compreende-se por setor primário a agricultura, por secundário a indústria e por setor terciário os serviços e o comércio. Produção (o que a organização produz. Por exemplo, serviços em saúde, assessoria, serviços em educação, etc).: Ano início: Cargo: * Indicar o cargo dentro da hierarquia específica da organização. Por exemplo, cargo de chefia de setor (indicar o setor), cargo de fonoaudióloga consultante, professora assistente. Função: * Entende-se por função as atividades desenvolvidas na organização. Por exemplo, consultas, administração, atividade docente, etc. ) Assalariado ) Proprietário ) Trabalho Voluntário ( ) Liberal ( ) Autônomo ( ) Contrato Temporário ( ) Sem contrato * Considerar as categorias a partir das seguintes referências: assalariado é aquele que tem contrato de trabalho estipulando tempo de trabalho, produção e salário; liberal é aquele que exerce sua atividade principal independentemente de qualquer controle de organização pública ou privada; autônomo é aquele que mesmo exercendo suas atividades em consultório particular, estabelece convênios com empresas prestadoras de serviços em saúde (seguradoras, medicina de grupo e medicina empresarial), tendo portanto parte de seu trabalho controlado; proprietário é aquele que possui empresa na área de saúde, seja ele proprietário exclusivo, sócio ou acionista; no caso de contrato temporário, somente indicar se este estiver em vigor; trabalho voluntário é aquele desenvolvido sem remuneração ou benefício algum. Renda Mensal: ( ( ( ( ) Até 5 salários mínimos ) De 10 a 15 sal. mínimos ) De 20 a 25 sal. mínimos ) Zero ( ( ( ) De 5 a 10 sal. mínimos ) De 15 a 20 sal. mínimos ) Acima de 25 sal. mínimos * Considerar o salário mínimo em vigor no país: R$ 350,00 (Trezentos e Cinqüenta Reais) Número de horas semanais: Área de atuação em fonoaudiologia (preencher somente a principal): ( ( ( ) Linguagem ( ) Voz ( ) Audiologia ( ) Generalista ) Docência. Especifique a disciplina: Sexo da clientela: ( ( ( ( ( ) Pública governamental federal ) Pública governamental estadual ) Pública governamental municipal ) Pública não governamental ) Privada * Considerar as categorias a partir das seguintes referências: pública governamental é toda organização vinculada ao serviço público nos níveis municipal, estadual ou federal, seja ela uma autarquia ou pertencente à administração direta; pública não governamental é toda organização de direito privado mas voltada às ações filantrópicas (sem fins lucrativos), tais como, associações, sociedades, fundações e as denominadas genericamente de organizações não governamentais; privada é toda organização regida pelo direito privado e tem fins lucrativos. Setor Econômico: ( ) Primário ( ) Secundário ( ) Terciário * Compreende-se por setor primário a agricultura, por secundário a indústria e por setor terciário os serviços e o comércio. Tipo de Vínculo: ( ( ( Natureza Jurídica: ( ( ) Motricidade Oral ) Masculino ( ) Feminino ) Distribuição equilibrada Faixa etária mais assistida: ( ) 0 a 2 anos ( ) 2 a 11 anos ( ) 12 a 19 anos ( ) 20 a 59 anos ( ) 60 anos ou mais Produção (o que a organização produz. Por exemplo, serviços em saúde, assessoria, serviços em educação, etc).: Ano início: Cargo: * Indicar o cargo dentro da hierarquia específica da organização. Por exemplo, cargo de chefia de setor (indicar o setor), cargo de fonoaudióloga consultante, professora assistente. Função: * Entende-se por função as atividades desenvolvidas na organização. Por exemplo, consultas, administração, atividade docente, etc. Tipo de Vínculo: ( ( ( ) Assalariado ( ) Liberal ( ) Autônomo ) Proprietário ( ) Contrato Temporário ) Trabalho Voluntário ( ) Sem contrato * Considerar as categorias a partir das seguintes referências: assalariado é aquele que tem contrato de trabalho estipulando tempo de trabalho, produção e salário; liberal é aquele que exerce sua atividade principal independentemente de qualquer controle de organização pública ou privada; autônomo é aquele que mesmo exercendo suas atividades em consultório particular, estabelece convênios com empresas prestadoras de serviços em saúde (seguradoras, medicina de grupo e medicina empresarial), tendo portanto parte de seu trabalho controlado; proprietário é aquele que possui empresa na área de saúde, seja ele proprietário exclusivo, sócio ou acionista; no caso de contrato temporário, somente indicar se este estiver em vigor; trabalho voluntário é aquele desenvolvido sem remuneração ou benefício algum. Renda Mensal: ( ( ( ( ) Até 5 salários mínimos ) De 10 a 15 sal. mínimos ) De 20 a 25 sal. mínimos ) Zero ( ( ( ) De 5 a 10 sal. mínimos ) De 15 a 20 sal. mínimos ) Acima de 25 sal. mínimos 3 * Considerar o salário mínimo em vigor no país: R$ 350,00 (Trezentos e Cinqüenta Reais) Número de horas semanais: Área de atuação em fonoaudiologia (preencher somente a principal): ( ( ( ) Linguagem ( ) Voz ( ) Audiologia ( ) Generalista ) Docencia. Especifique a disciplina: Sexo da clientela: ) Motricidade Oral ( ) Masculino ( ) Feminino ( ) Distribuição equilibrada Renda Mensal: Faixa etária mais assistida: ( ( ) 0 a 2 anos ) 20 a 59 anos * Considerar as categorias a partir das seguintes referências: assalariado é aquele que tem contrato de trabalho estipulando tempo de trabalho, produção e salário; liberal é aquele que exerce sua atividade principal independentemente de qualquer controle de organização pública ou privada; autônomo é aquele que mesmo exercendo suas atividades em consultório particular, estabelece convênios com empresas prestadoras de serviços em saúde (seguradoras, medicina de grupo e medicina empresarial), tendo portanto parte de seu trabalho controlado; proprietário é aquele que possui empresa na área de saúde, seja ele proprietário exclusivo, sócio ou acionista; no caso de contrato temporário, somente indicar se este estiver em vigor; trabalho voluntário é aquele desenvolvido sem remuneração ou benefício algum. ( ( ( ( ( ) 2 a 11 anos ( ) 12 a 19 anos ( ) 60 anos ou mais 33. Terceira Situação: ) Até 5 salários mínimos ) De 10 a 15 sal. mínimos ) De 20 a 25 sal. mínimos ) Zero ( ) De 5 a 10 sal. mínimos ( ) De 15 a 20 sal. mínimos ( ) Acima de 25 sal. mínimos * Considerar o salário mínimo em vigor no país: R$ 350,00 (Trezentos e Cinqüenta Reais) Organização (se consultório, escrever “consultório) : Município: Departamento: Número de horas semanais: Natureza Jurídica: ( ) Linguagem ( ) Voz ( ( ) Audiologia ( ) Generalista ( ) Docencia. Especifique a disciplina: ( ( ( ( ( Área de atuação em fonoaudiologia (preencher somente a principal): ) Pública governamental federal ) Pública governamental estadual ) Pública governamental municipal ) Pública não governamental ) Privada Sexo da clientela: ( ) Primário ) Masculino ( ) Feminino ) Distribuição equilibrada Faixa etária mais assistida: * Considerar as categorias a partir das seguintes referências: pública governamental é toda organização vinculada ao serviço público nos níveis municipal, estadual ou federal, seja ela uma autarquia ou pertencente à administração direta; pública não governamental é toda organização de direito privado mas voltada às ações filantrópicas (sem fins lucrativos), tais como, associações, sociedades, fundações e as denominadas genericamente de organizações não governamentais; privada é toda organização regida pelo direito privado e tem fins lucrativos. Setor Econômico: ( ( ) Motricidade Oral ( ) Secundário ( ) Terciário * Compreende-se por setor primário a agricultura, por secundário a indústria e por setor terciário os serviços e o comércio. ( ( ) 0 a 2 anos ( ) 20 a 59 anos ( ) 2 a 11 anos ( ) 12 a 19 anos ) 60 anos ou mais 35. Local da primeira atividade profissional: ( ) Igual ao da residência ( ) Fora do local da residência ( ) Em ambos 36. Número de municípios em que desenvolve atividade profissional: 37. Renda familiar: Produção (o que a organização produz. Por exemplo, serviços em saúde, assessoria, serviços em educação, etc).: Ano início: Cargo: * Indicar o cargo dentro da hierarquia específica da organização. Por exemplo, cargo de chefia de setor (indicar o setor), cargo de fonoaudióloga consultante, professora assistente. Função: * Entende-se por função as atividades desenvolvidas na organização. Por exemplo, consultas, administração, atividade docente, etc. Tipo de Vínculo: ( ) Assalariado ( ) Liberal ( ) Autônomo ( ) Proprietário ( ) Contrato Temporário ( ) Trabalho Voluntário ( ) Sem contrato 4 ( ) Até 5 salários mínimos ( ) De 10 a 15 sal. mínimos ( ) De 20 a 25 sal. mínimos ( ) De 5 a 10 sal. mínimos ( ) De 15 a 20 sal. mínimos ( ) Acima de 25 sal. mínimos * Considerar o salário mínimo em vigor no país: R$ 350,00 (Trezentos e Cinqüenta Reais) 38. Comentários e Sugestões de um cadastro desta população para disponibilizar medicamentos e possibilitar o planejamento de ações que visam a prevenção e o desenvolvimento de atividades de promoção a saúde com o objetivo de melhoria na qualidade de vida e mudança de hábitos destas pessoas. Em muitos serviços, estes usuários hipertensos e diabéticos não são cadastrados, não se dimensionando o risco desta população ser acometida por agravos originados da complicação da hipertensão e diabete, como por exemplo, infarto ou acidente vascular encefálico (AVE). Daí a importância do Fonoaudiólogo estar integrado a este trabalho, pois muitos casos de Afasia poderiam ser evitados através da realização de atividades educativas buscando a mudança de hábitos e comportamento desta população. Quanto mais profissionais atuarem em conjunto (médico, enfermeiro, nutricionista, fonoaudiólogo, psicólogo) melhores os resultados do trabalho. Este foi apenas um exemplo, pois o Fonoaudiólogo tem muito a contribuir com a Saúde Pública. Poderíamos citar inúmeros programas onde sua participação se torna um diferencial na garantia da integralidade, como Saúde Mental, Saúde Bucal, Saúde da Mulher (gestantes, incentivo ao aleitamento materno), Saúde da Criança e outros. Muito se faz, mas a falta da informação destas ações impossibilita o conhecimento da magnitude do envolvimento da Fonoaudiologia nas Políticas Públicas de Saúde. Flávia Carotta ([email protected]) é fonoaudióloga formada pela Universidade São Camilo (1991), mestre em Distúrbios da Comunicação pela PUC-SP (1997) e especializada em Administração Hospitalar - Gerência de Serviços de Saúde pela USP (2001). É diretora técnica do Serviço da Unidade de Avaliação e Controle - UAC da Secretaria de Estado da Saúde - Direção Regional de Saúde V Osasco - Dir V. Também integra o Comitê Regional de Saúde Mental da Dir V e o Conselho Municipal de Saúde de Juquitiba, como representante da Dir V. No município do Embu, em São Paulo, já atuou no Centro de Atenção Psicossocial, de 1992 a 1999 e em Unidade Básica de Saúde, de 2001 a 2003. A partir de 2003 foi Assistente Técnica da Secretaria Municipal de Saúde e fez parte do Conselho Gestor de uma Unidade de Saúde, representando a Secretaria. Repensando a informação A Comissão de Saúde do CRFa. 2ª Região tem realizado, desde 2001, encontros, fóruns e reuniões com o intuito de conhecer melhor o fonoaudiólogo que atua no SUS, seus anseios e dificuldades. Já foram discutidos e elaborados documentos, sempre em parceria com profissionais e outras entidades representativas da categoria, na tentativa de orientar a atuação e, fundamentalmente, subsidiar o profissional para discutir temas de interesse com outras categorias profissionais e com os gestores dos serviços de saúde públicos ou privados. Neste sentido, foi elaborado o documento sobre a inserção da Fonoaudiologia no PSF - Programa de Saúde da Família, sobre a Tabela SUS - Sistema Único de Saúde, parâmetros da assistência, procedimentos, entre outros. Desde 2004, estão sendo realizados contatos com os fonoaudiólogos e prefeituras para identificar onde estão e como atuam os nossos profissionais. Infelizmente, esse não é um trabalho fácil... Muitos não retornam, outros enviam informações equivocadas, muitas situações mudam rapidamente! Diante destas dificuldades, ficamos pensando na problemática em relação à informação, enfrentada por um sistema de saúde com as dimensões do SUS. Foi por isso que convidamos a fonoaudióloga Flávia Carrota para apresentar algumas reflexões sobre o tema. Esperamos que essas informações tenham auxiliado o fonoaudiólogo a refletir sobre a sua prática, a sua realidade e colocamo-nos à disposição para ampliar a discussão! Contamos com a participação de todos com sugestões de outros temas para artigos ou eventos. Entrem em contato conosco! Revista da FONOAUDIOLOGIA • 2ª Região • nº 68 • Julho/Agosto de 2006 15 TESE Tese defendida pela fonoaudióloga Cristiane Faccio Gomes para obtenção de grau de Doutor em Pediatria na Faculdade de Medicina de Botucatu, UNESP, 2005. Orientadora: Profa. Dra. Ercília Maria Caroni Trezza - Pediatra Co-Orientador: Dr. Emílio Cezar Mamede Murade - Ortopedista Avaliação eletromiográfica dos músculos masseter, temporal e bucinador de lactentes em situação de aleitamento natural e artificial. Considerando as especificidades da eletromiografia com eletrodos de captação de superfície na avaliação da atividade muscular e a escassez de trabalhos que demonstrem as diferenças entre as atividades dos músculos responsáveis pela sucção no aleitamento materno, aleitamento por mamadeira e por copo em lactentes, este trabalho tem como objetivo: a) determinar uma padronização da participação dos músculos masseter, temporal e bucinador no grupo de aleitamento materno com lactentes a termo e sadios e b) mensurar e comparar a atividade muscular dos músculos masseter, temporal e bucinador quando em aleitamento materno, aleitamento por mamadeira e por copo, no que se refere à amplitude e média de contração. Para tanto, utiliza-se o estudo transversal, com participação de sessenta lactentes nascidos a termo e sem intercorrências, entre dois e três meses de idade, divididos em três grupos: 1) vinte lactentes em aleitamento materno exclusivo, 2) vinte lactentes em aleitamento misto com uso de mamadeira e 3) vinte lactentes em aleitamento exclusivo com uso de copo. Foi realizada eletromiografia com eletrodos de captação de superfície durante a alimentação do lactente. O teste estatístico utilizado foi Krushal-Wallis complemen- 16 tado com as comparações múltiplas entre pares de grupos e todas as discussões foram realizadas no nível de 5% de significância. Verifica-se, inicialmente, que na padronização do grupo de aleitamento materno obtém-se maior participação do músculo temporal, seguido do masseter, ficando o bucinador com menores valores tanto no que se refere à amplitude quanto à média de contração muscular, revelando que, de acordo com a literatura, no aleitamento materno, o lactente apresenta condições para o adequado crescimento das estruturas e desenvolvimento das funções do Sistema Estomatognático. Ao mensurar e comparar os resultados da atividade muscular dos músculos estudados em comparação ao tipo de aleitamento, obtém-se resultados estatisticamente maiores no grupo de aleitamento por copo em relação ao grupo de aleitamento por mamadeira, tanto na amplitude quanto na média de contração do músculo masseter. No que se refere ao músculo temporal, há resultados estatisticamente maiores na amplitude de contração no grupo de aleitamento materno quando comparado ao grupo de aleitamento por mamadeira e, no que se refere à média de contração, o grupo de aleitamento por copo apresenta resultados superiores aos do grupo de aleitamento por mamadeira. Quanto ao músculo bucinador, observam-se resultados estatistica- Revista da FONOAUDIOLOGIA • 2ª Região • nº 68 • Julho/Agosto de 2006 mente maiores no grupo de aleitamento por mamadeira com relação ao aleitamento materno, sendo que tal diferença ocorre apenas na amplitude de contração, já que não há diferenças estatisticamente significantes entre os grupos para a variável média de contração. Quanto ao número de feixes participantes durante a sucção dos lactentes nos diferentes grupos de aleitamento, observa-se, com relação ao músculo masseter, haver participação de maior número de feixes musculares no aleitamento por copo do que no aleitamento por mamadeira, sendo esta diferença estatisticamente significante. No que se refere ao músculo temporal, há diferenças estatisticamente maiores no número de feixes participantes no grupo de aleitamento materno do que no aleitamento por mamadeira e, quanto ao músculo bucinador, não se observaram diferenças estatisticamente significantes. Conclui-se, portanto, que as semelhanças entre a atividade muscular do grupo de aleitamento materno e aleitamento por copo permitem sugerir o uso do copo como método alternativo e temporário na alimentação de lactentes, ao contrário da mamadeira, devido à hiperfunção do músculo bucinador, que pode acarretar alterações no crescimento das estruturas e desenvolvimento das funções do Sistema Estomatognático. CONCURSO Concurso realizado pela Prefeitura Municipal de São Paulo tem prazo prorrogado ATA DA 3ª REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA DO CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE (CMS/SP) SÃO PAULO, 08 de junho de 2006 "As Conselheiras titulares representantes dos trabalhadores (das Entidades Sindicais Gerais e Conselhos de Fiscalização Profissional) do CMS/SP relataram que a Secretaria Municipal de Saúde tem concursos que irão vencer no mês de julho de 2006, para as categorias de Auxiliar de enfermagem, enfermeiro, psicólogo, farmacêutico, fisioterapeuta, médico veterinário e biólogo e são concursos sem prazo para prorrogação, então solicitaram que se nomeie o mais rápido possível para as vagas existentes. Há também concursos que devem ter prorrogadas suas homologações e deverão ser nomeados os excedentes para as vagas existentes. São pertencentes às categorias de: Técnicos de Saúde de Higiene Dental, Auxiliar de Consultório Dentário, Técnico de Saúde de Laboratório, Técnico de Saúde de Farmácia, Auxiliar Técnico de Saúde Histologia e Citologia, Auxiliar Técnico de Saúde operador de Eletrocardiógrafo, Cirurgião Dentista, Fonoaudiólogo, Nutricionista, Químico, Terapeuta Ocupacional, Médico SAMU, Médico Vigilância, Médicos (várias especialidades)." Revista da FONOAUDIOLOGIA • 2ª Região • nº 68 • Julho/Agosto de 2006 17 LIVROS Dra. Maria Isabel Vicari lança livro para ser lido por crianças com TDAH Um livro com histórias criadas por pacientes de fonoaudiologia A Editora Thot Cognição e Linguagem lança “Melhorando a atenção e controlando a agitação”, de Maria Isabel Vicari. Trata-se de uma novidade no mercado editorial brasileiro, porque foi escrito para ser lido pelas próprias crianças com TDAH - Transtorno de Déficit de Atenção / Hiperatividade. Divertido e cheio de ilustrações, o livro explica de uma maneira fácil e clara os sinais e sintomas desse transtorno. “Há duas personagens com as quais as crianças podem se identificar: o Carlos, que é o hiperativo e a Fabiana, que é desatenta. As histórias falam dos sentimentos deles e das pessoas com quem convivem, sugerem como fazer e manter os amigos, já que essas crianças possuem grande problema de socializar-se”, explica a autora. O livro traz algumas dicas com a intenção de facilitar a vida, a organização e o planejamento, assim como melhorar o autocontrole dessas crianças. Também propõe tarefas que as ajudem a compreender as dificuldades presentes, além de outras para lhes proporcionar meios de melhorar os seus prejuízos. “O livro traz, por exemplo, um calendário mensal e outro semanal, com ilustrações e sugestões de como usá-los para melhorar a organização de suas tarefas e tempo de descanso. Tudo isso é colocado de maneira muito simples. O objetivo central é fazer a criança parar para pensar, que é o seu principal desafio”. No final do livro, que possui 87 páginas, há uma série de exercícios e jogos apropriados para crianças e adolescentes com TDAH, de diferentes níveis de dificuldade. A autora lembra que apesar de ilustrado, todas as figuras são em preto e branco para o leitor não ter distração. “Melhorando a atenção e controlando a agitação” é um livro indicado para crianças a partir de 4 anos de idade e também para adolescentes. As crianças não alfabetizadas podem compreender as histórias com o auxílio da leitura dos pais. A editora Thot Cognição e Linguagem acaba de lançar "Era uma voz", das fonoaudiólogas Gisele Gasparini, Renata Azevedo e Mara Behlau. A grande novidade apresentada pelas autoras é o saboroso registro de contos criados por crianças atendidas no ambulatório de Fonoaudiologia da UNIFESP EPM, em São Paulo. Segundo as autoras, crianças com problemas de voz podem ter dificuldades para falar, serem compreendidas e ouvidas. "Às vezes fazem força para a voz sair, muitas vezes gritam e podem até ficar sem voz. Algumas crianças sentem uma "coceirinha" na garganta, como se fosse um bichinho, mas não tem bichinho nenhum!". As especialistas acreditam que um dos desafios do tratamento da disfonia infantil é tornar os conceitos abstratos e complexos relacionados com a produção vocal mais acessíveis ao entendimento da criança. É aí que as histórias entram em ação. Elas garantem que o uso de contexto lingüístico com pistas concretas e pictóricas tem se mostrado bastante efetivo no tratamento da disfonia infantil, pois o foco dessa abordagem está na ação e nas imagens provocadas pela palavra escrita. Neste livro, o leitor terá o prazer de conhecer histórias inéditas como "Mujão, o leão", "Neusa, a nervosinha" e muitas outras que contam problemas com os quais meninos e meninas tiveram de conviver, mas também os caminhos que encontraram para superá-los. “Melhorando a atenção e controlando a agitação” Autora: Dra. Maria Isabel Vicari Editora: Thot Cognição e Linguagem Preço: R$ 38,00 Era uma voz Autoras: Gisele Gasparini, Renata Azevedo e Mara Behlao Editora: Thot Cognição e Linguagem - (11) 4193-3500 www.thot.com.br Preço sugerido: R$ 33,00 18 Revista da FONOAUDIOLOGIA • 2ª Região • nº 68 • Julho/Agosto de 2006 PRÊMIO Estudante de Fono ganha concurso A aluna Geórgea dos Santos Francisco, do 4º ano de Fonoaudiologia da FATEA- Lorena/SP, foi premiada no "V Concurso para Universitários sobre Programas de Prevenção de Drogas", em Brasília. O concurso foi promovido pelo CIEE - Centro de Integração Empresa Escola, SENAD - Secretaria Nacional Antidrogas e GREA - Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas da USP - Universidade de São Paulo, em abril de 2006. O objetivo do concurso foi engajar a comunidade estudantil na Campanha Nacional Antidrogas nas Escolas Superiores. A aluna inscreveu seu Trabalho de Conclusão de Curso, orientado pela professora Mirian de Castro Rodrigues, sob o tema "Alterações de Linguagem em Usuários de Substâncias Psicoativas: Possibilidades de Atuação Fonoaudiológica". No trabalho, Geórgea - que acredita que o uso de drogas se tornou um problema de saúde pública - demonstra as possíveis alterações de linguagem encontradas em usuários de drogas como o álcool, a maconha e a cocaína. Ela comprovou a importância da atuação do fonoaudiólogo em equipes de tratamento e de prevenção ao uso de drogas, promovendo a melhoria da comunicação dessas pessoas. Revista da FONOAUDIOLOGIA • 2ª Região • nº 68 • Julho/Agosto de 2006 19 HAPPY HOUR Programa imperdível: happy hour no Conselho Se você perdeu o happy hour de abril ou o de junho, em Ribeirão Preto, anime-se. A Revista da Fonoaudiologia apresenta um resumo das palestras, para que você fique em dia. Um dos temas foi Reabilitação Vestibular, apresentada pela mestre, clínica em Audiologia, Otoneurologia e Reabilitação Vestibular, fonoaudióloga Erika Barioni Mantello. Ela é especialista em Audiologia pela UNIFRAN/CFFA, com curso de Aperfeiçoamento em Audiologia e Reabilitação Vestibular pelo HCFMRP-USP e doutoranda em Investigação Biomédica pela FMRP-USP na área de Geriatria. O outro foi sobre Traumas de Face, demonstrado pela Profª. Dra. Luciana Vitaliano Voi Trawitzki, docente do Curso de Fonoaudiologia, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto USP. Ela é Mestre em Odontologia, na área de Fisiologia Oral, pela Faculdade de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP e Doutora em Biociências aplicada à Clínica Médica, pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP. Confira a programação do Happy hour em São Paulo para o segundo semestre e não deixe de comparecer. Boa leitura! Reabilitação Vestibular e seus tratamentos Erika Barioni Mantello Diversas são as citações literárias sobre a prevalência da tontura: o sintoma mais comum do mundo, a terceira queixa mais freqüente da medicina, presente em 5 a 10% da população mundial. Ela acomete mais de 33% das pessoas em alguma época de suas vidas é a sétima queixa mais encontrada nas mulheres e quarta nos homens, afligindo 47% dos homens e 61% das mulheres com mais de 70 anos. É a reclamação mais comum após os 75 anos de idade, presente em 65% dos indivíduos com mais de 65 anos, relatada por 81 a 91% dos idosos atendidos em ambulatórios geriátricos. O labirinto, tanto na porção auditiva como na vestibular, é uma estrutura muito sensível a problemas clínicos sediados em outras partes do corpo, portanto, em vários casos as labirintopatias podem ter diferentes origens, o que também justifica a alta incidência de problemas vestibulares. O tratamento exclusivamente etiológico pode não ser suficiente para a evolução favorável do paciente vertiginoso, que terá melhores resultados com uma abordagem terapêutica abrangente, a RV - Reabilitação Vestibular supervisionada, junto com uma orientação nutricional, modificação de mudança dos hábitos agravantes e ainda, dependendo do caso, um aconselhamento psicológico para cuidar da depressão, ansiedade e pânico, secundários à tontura. “A RV é bastante antiga, tendo sido descrita pela primeira vez por Cawthorne em 1944, mas foi somente a partir dos trabalhos de Norré em 1980 e 1988 que começou a ser conhecida”. Trata-se de um programa de exercícios físicos associados a um conjunto de medidas e mudanças de hábitos que visam acelerar a compensação vestibular. Ela tem se mostrado uma importante e efetiva estratégia no tratamento de indivíduos com desordens de equilíbrio corporal, proporcionando uma acentuada melhora na qualidade de vida. A RV vem sendo empregada com sucesso no Brasil há mais de duas décadas. As várias técnicas de RV têm sua indicação precisa de acordo com a duração do quadro clínico (crônico ou agudo), com os déficits vestibulares apresentados (uni ou bilateral, periférico ou central), ou ainda de acordo com a etiologia (tontura crônica, crise aguda, doença de Ménière e na VPPB). 20 Vários autores criaram protocolos de tratamento da RV que são usados até hoje, outros sofreram modificações de autores da atualidade, como o treino de coordenação de equilíbrio de Norré e de Weerdt (1979) e os exercícios para incrementar a adaptação vestibular e estabilização do olhar de Herdman (1996), o protocolo da AOOI - Associazione Otologi Ospedalieri Italiani (1983), a estimulação optovestibular de Ganança (1989), o tratamento para tontura aguda de Cesarani e Alpini (1992), a estimulação do Reflexo Vestíbulo Ocular de Davis e O´Leary (1995), protocolo de Zee (1985), entre outros. Várias pesquisas demonstram a importância da aplicação de programas individualizados de terapia, nos quais o fonoaudiólogo indica os exercícios específicos a cada caso nas diferentes etapas do treinamento de equilíbrio; intervindo também no próprio domicílio do paciente (verificar textura, cor, tipo de piso, tapetes, ceras para limpeza, iluminação noturna, escadas, entre outros itens que podem prevenir ou facilitar a queda do paciente em sua própria casa), mediante orientação e mudança de hábitos, além do acompanhamento dos casos após a alta. A RV deve atender às necessidades individuais do paciente vertiginoso e deve ser dirigida para as deficiências funcionais, identificadas em uma avaliação otoneurológica abrangente. Portanto, diante da multiplicidade de técnicas e associações terapêuticas, evidencia-se a necessidade de definir o diagnóstico do paciente para que se possa intervir de modo mais coerente, rápido e eficaz. A RV hoje é considerada a melhor opção terapêutica das labirintopatias em que exista sua indicação, pois além de levar a ótimos resultados, é de fácil realização, pode ser feita em casa, dispensa uso de medicamentos na maioria dos casos e não necessita de equipamentos especiais. Assim destaca-se a importância do estudo e divulgação da RV como terapêutica para a tontura, junto aos profissionais da saúde que ainda o desconhecem, especialmente nas áreas da geriatria, otorrinolaringologia e fonoaudiologia, promovendo o conhecimento necessário para um diagnóstico e tratamento adequados. Revista da FONOAUDIOLOGIA • 2ª Região • nº 68 • Julho/Agosto de 2006 HAPPY HOUR Fonoaudiologia nos traumas da face Profª. Dra. Luciana Vitaliano Voi Trawitzki Atuo em casos de traumas de face no Centro Integrado de Estudos das Deformidades da Face (CIEDEF), do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (HCFMRPUSP), desde julho de 1997, com a fundação desse Centro, onde são atendidos, além dos traumas de face, outros casos de deformidades craniofaciais, pelo serviço de Fonoaudiologia. Vinte casos são atendidos em média, por semana, em serviço ambulatorial. Os indivíduos que sofrem de traumas de face são normalmente jovens, na faixa etária de 20 a 30 anos, do sexo masculino, vítimas de acidentes de trânsito. As alterações mais freqüentes são: assimetrias faciais, hipomobilidade mandibular, ineficiência mastigatória e modificações na fala e na deglutição. O processo de reabilitação miofuncional orofacial é de grande ajuda, associado ou não ao tratamento cirúrgico. Em casos de fraturas mandibulares, em crianças, torna-se essencial para minimizar conseqüências no crescimento e no desenvolvimento craniofacial. A reabilitação fonoaudiológica, em casos de traumas de face, visa à recuperação da motricidade e sensibilidade orofacial e o seu enfoque terapêutico vai depender das seqüelas miofuncionais orofaciais apresentadas. De uma forma geral, trabalha-se normalmente com relaxamento; circulação; alívio da dor; sensibilidade; mobilidade mandibular e muscular; alimentação; cicatrização; aspectos posturais e funcionais orofaciais. O tratamento deve envolver uma equipe multiprofissional, visto que o comprometimento desses pacientes pode ser bastante abrangente. É importante que o paciente compreenda a necessidade do seguimento fonoaudiológico e esteja motivado para a reabilitação. Ele será orientado a realizar o treinamento específico para o seu caso, diariamente, em intervalos e períodos pré-estabelecidos. Sempre que o paciente retorna às sessões são feitas reavaliações sistemáticas, verificando a evolução do quadro e se este está compatível com o esperado. Caso contrário, é fundamental a discussão com a equipe e pode ser realizado um novo plano de atuação fonoaudiológica, ou até mesmo uma nova intervenção com outros profissionais. OPINIÃO Fim dos sindicatos SANDRA MURAT PAIVA DOS SANTOS Presidente do Sindicato da Baixada Santista Está comprovado pela História até mesmo no reino animal: a união em grupos fortalece e leva, no geral, à vitória nas lutas. A organização social também evidencia melhores possibilidades de sobrevivência e, sobretudo, o amadurecimento dos indivíduos que compartilham esforços e experiências, quando conseguem concretizar uma associação. Nossa profissão cresceu muito e a categoria parecia estar “pronta” para mostrar sua força de coesão, quando associouse em Sindicatos: era a comprovação de sua consciência, do que lhe é próprio e necessário. Os Sindicatos estruturaram-se, tendo à frente colegas movidas pelo ideal da valorização do exercício profissional, certas de que incondicionalmente poderiam contar com o apoio e participação de seus pares. Dedicaram, até aqui, seu tempo e seus esforços frente às negociações trabalhistas, envolvendo piso salarial, valoração de procedimentos (tabela de honorários), bem como abertura de novas frentes e possibilidades no mercado de trabalho (todas estas funções inerentes e específicas desta instituição corporativa). O sonho de uma Federação quase foi concretizado! Hoje, os fonoaudiólogos estão prestes a sair deste cenário. Os Sindicatos de Fonoaudiologia do Brasil estão “agonizando”, “fechando”, “morrendo”, por total falta de adesão e associação de forças: não temos quem caminhe conosco e quem nos dê o fôlego para continuar ativos. Faltam recursos financeiros, falta participação. Para onde foi aquela consciência classista, corporativa? Vários foram os apelos, mas pouca foi a escuta. O Sindicato dos Fonoaudiólogos do Estado de São Paulo encerrou suas atividades no início deste ano e, agora, parece estar chegando a vez do Sindicato da Baixada Santista. E o destino dos demais parece não ser diferente. Ao invés de uma categoria forte em sua identidade profissional, ciente de seus direitos e interesses, vamos regredir para o “caminhar cada um por si”, na contramão das outras profissões que se unem cada vez mais para vencer as adversidades. Chegou a hora da decisão: ou recuperamos a sensatez e a solidariedade, ou vamos sucumbir à derrota de vermos uma profissão sem referencial de piso salarial, estabelecimento de jornada de trabalho digna, novos postos no cenário trabalhista. Seremos uma categoria super especializada, sem espaço para demonstrar do que somos capazes e nossas potencialidades. Se, por mais uma vez, você for chamado a remontar este “exército”, não fique surdo ao apelo: agregue-se a nós, traga sua ajuda em prol da Fonoaudiologia! (13) 3831-8352 / (13) 9721-1118 • [email protected] Revista da FONOAUDIOLOGIA • 2ª Região • nº 68 • Julho/Agosto de 2006 21 NOTAS Oportunidade: negocie seu ISS O CRFa 2ª Região informa que a Prefeitura de São Paulo instituiu, através da Lei nº 14.129, o PPI - Programa de Parcelamento Incentivado, que tem como finalidade promover a regularização de débitos tributários, gerados até 31 de dezembro de 2004. O prazo para adesão ao PPI é até o dia 30 de agosto. O fonoaudiólogo que aderir terá os seguintes benefícios: redução de 75% da multa e de 100% dos juros de mora, no caso de pagamento em parcela única ou redução de 50% da multa e de 100% dos juros de mora, no caso de pagamento parcelado. Vale salientar que, em 2003, o CRFa. obteve liminar no Mandado de Segurança impetrado em face da Secretaria de Finanças, referente ao aumento abusivo do ISS. A Prefeitura entrou com recurso e, até a presente data, não há decisão final proferida pelo Tribunal Regional Federal. No entanto, a Secretaria de Finanças, naquele mesmo ano, reavaliou a lei e a alterou, reduzindo assim o valor do imposto. O Fonoaudiólogo que ainda não regularizou a sua situação junto à Secretaria de Finanças do Município, referente ao ISS/2003, poderá aderir ao PPI. Mais informações: https://www3.prefeitura.sp.gov.br/ppi_portal/ ou diretamente na Prefeitura, situada no Vale do Anhangabaú, 206. Defesa do SUS ganha fórum suprapartidário No dia 25 de abril, por iniciativa do Deputado Carlos Neder, na Assembléia Legislativa de São Paulo, ocorreu o lançamento do Fórum Suprapartidário em defesa do SUS e da Seguridade Social, que tem por objetivo formular e apresentar sugestões sobre as políticas de saúde e seguridade social para o Estado de São Paulo. O Fórum possui caráter permanente e conta com a participação da sociedade civil. O CRFa. 2ª Região/SP aderiu ao Fórum e pretende participar ativamente das discussões. Atenção! • Extravio de Cédula Profissional Daniela de Paula Lessa Santos CRFa. 10741 • Extravio de Carimbo Profissional Luciana Braz Conti CRFa. 11596 Daniela Gonçalves Nogueira CRFa. 10309 • Extravio de Cédula Profissional e Carimbo Profissional Janayra de Souza Monges CRFa. 9595 Karina Gouveia CRFa. 12090 Tatiane Silva Reis Neves CRFa. 11334 22 Revista da FONOAUDIOLOGIA • 2ª Região • nº 68 • Julho/Agosto de 2006 ELEIÇÃO Eleição 2006 CONSELHO REGIONAL DE FONOAUDIOLOGIA 2ª REGIÃO TRIÊNIO 2007/2010 Está chegando a hora de votar no CRFa. 2ª Região. E para que o seu voto seja válido, é necessário estar em dia com o Conselho. Se você possui débitos, entre em contato com a Tesouraria. Informações sobre as resoluções e o regime eleitoral podem ser adquiridas no site www.fonosp.org.br. Não deixe de ler o Edital nesta página. Anote as datas do processo eleitoral em sua agenda e participe: Agosto - 2006 01/08/2006 - Data para publicação do Edital de Convocação. 31/08/2006 - Data limite para inscrição de chapas. Setembro - 2006 15/09/2006 - Data para publicação do Edital das chapas concorrentes. Outubro - 2006 26/10/2006 - Data de envio de material aos profissionais. Novembro - 2006 28/11/2006 - Data limite para recebimento dos votos por correspondência. 29/11/2006 - Apuração dos votos. Dezembro - 2006 01/12/2006 - Publicação no D.O.U. do resultado do pleito. Janeiro - 2007 13/01/2007 - Data limite para recebimento das justificativas por ausência de voto. Abril - 2007 01/04/2007 - Posse das chapas vencedoras. EDITAL DE CONVOCAÇÃO PARA ELEIÇÕES A Presidente da Comissão Eleitoral, no uso de suas atribuições e nos termos do artigo 24 do Regimento Eleitoral, convoca os Fonoaudiólogos do Estado de São Paulo: - A participarem da Eleição – Triênio 2.007/2.010, que se realizará no dia 29/11/ 2006; - O exercício do voto é obrigatório, nos moldes do artigo 8º da Lei 6965/81; - A data limite para a inscrição de chapas junto à Comissão Eleitoral será até as 17 horas do dia 31/08/2006; - Possíveis impugnações das chapas inscritas serão feitas no prazo de 03 dias úteis, contados da afixação do edital das chapas inscritas e aprovadas, nos termos do art. 33 do Regimento Eleitoral; - A composição das chapas será feita por 10 membros efetivos e 10 suplentes, sendo que, preferencialmente, pelo menos 1/5 do Colegiado deverá ser composto por representantes de outros municípios, fora da sede; - O prazo final para o recebimento dos votos postados por correspondência, sob a modalidade de Aviso de Recebimento (AR), será o dia 28 de novembro do ano corrente, sendo que o profissional é o responsável pelo atraso do envio do voto, no caso deste não ser postado pelo menos 10 (dez) dias antes da eleição. (Resolução CFFa. nº 325/06, que dispõe sobre o cronograma das eleições nos Conselhos Regionais de Fonoaudiologia e art. 40 do Regimento Eleitoral); - O Regimento Eleitoral encontra-se à disposição dos interessados na sede do CRFa. 2ª Região, situada na Rua Dona Germaine Burchard, 331 - Água Branca - São Paulo/SP. São Paulo, 28 de julho de 2006. Patrícia Simonetti Presidente da Comissão Eleitoral Publicado no DOU nº 146, de 01/08/2006, pág. 119, Seção III. Revista da FONOAUDIOLOGIA • 2ª Região • nº 68 • Julho/Agosto de 2006 23