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Bienal recebe 200 mil pessoas em seus quatro primeiros
dias, entre quinta e domingo
Nesta segunda, feriado de 7 de setembro, a estimativa é que o público tenha
ficado entre 80 e 100 mil pessoas
Entre quinta, 3, e domingo, 6, a 17ª Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro, no
Riocentro, recebeu um público de aproximadamente 200 mil pessoas. Nesta segunda, feriado
de 7 de setembro, a organização estima que entre 80 e 100 mil pessoas tenham visitado o
evento. A Bienal vai até domingo, 13, e até lá 27 autores estrangeiros e 200 nacionais participam
de uma programação cultural variada voltada a todos os públicos. Na última edição, em 2013, o
público total dos 11 dias foi de 660 mil pessoas. Para a programação de amanhã, está confirmada
uma novidade: a banda Escalandrum, da Argentina – país homenageado deste ano –, que
mistura jazz e tango e é comanda por Daniel “Pipi” Piazzolla, neto de Astor Piazzolla, toca às 19h
no Café Literário.
Café Literário
Hoje pela manhã, o Café Literário recebeu Raphael Montes, que lança O vilarejo, e Rodrigo
Garcia Lopes, autor de O trovador. Sob o tema “Investigando o romance policial”, os escritores
expuseram suas opiniões sobre o processo criativo e a importância da adaptação da linguagem
ao gênero, que, por muito tempo, foi categorizado como subliteratura.
“Eu sempre incentivo os autores que vêm falar comigo a não só contarem uma boa história. É
importante contar uma história? Sim. Mas é importante ter algo além disso. É preciso ‘ter
carne’”, defendeu Montes. "O trovador foi meu laboratório de escrita. Tive que reaprender a
escrever", disse Garcia Lopes, que também é tradutor e poeta.
No ano em que se completam os 70 anos do término da II Guerra Mundial, o marco histórico foi
outro tema debatido no Café Literário neste quinto dia de Bienal. Os autores César Campiani
Maximiano (Barbudos, sujos e fatigados – Soldados brasileiros na Segunda Guerra Mundial),
Paulo Valente (Lealdade a si próprio – Avançam os brasileiros!) e William Waack (As duas faces
da glória) falaram sobre a visão dos Aliados e do Eixo sobre o Brasil e as repercussões social e
política da participação do Brasil no conflito.
Depois, a inserção de Mário de Andrade no ambiente político de sua época, sua participação no
ambiente cultural de São Paulo e a relação com o Rio de Janeiro foram os temas que conduziram
a homenagem ao escritor paulistano no Café Literário. O encontro reuniu os escritores Eduardo
Jardim, autor da biografia Eu sou trezentos, e Sergio Miceli, autor de Vanguardas em retrocesso.
Eduardo lembrou a importância do Rio de Janeiro na vida e na produção literária de Mário de
Andrade. A cidade – onde Mário conheceu o poeta Manuel Bandeira, que se tornaria seu melhor
amigo até o fim da vida, e onde viveu entre 1938 e 1941 – surge em obras como Macunaíma e
o poema Carnaval carioca.
"Esse poema mostra a sensualidade que o Rio sempre significou para Mario", destacou o
biógrafo. Sergio Miceli destacou também a modernidade de Mario de Andrade ao pensar a
cultura brasileira para além da produção erudita. "Ele defendia que a cultura tinha que abranger
as vertentes populares e eruditas juntas, tinha que se abrir para esse diálogo, e isso é moderno
até hoje".
Cubovoxes
A cineasta, roteirista e diretora de TV Rosane Svartman e o repórter da Mídia Ninja Filipe
Peçanha participaram do bate-papo “Crônica Digital: a narrativa pelo lado de dentro dos
acontecimentos”, realizado no Cubovoxes no começo da tarde. A plateia aprofundou seus
conhecimentos sobre o fenômeno da nova mídia digital com experiências dos próprios
palestrantes.
“A Mídia Ninja faz coberturas independentes, como, por exemplo, as manifestações de junho e
julho de 2013”, explicou Filipe Peçanha, ressaltando que, durante esses movimentos,
enfrentaram grandes dificuldades e resistências. “A grande imprensa acompanhou as
manifestações com certo distanciamento, ao contrário da Mídia Ninja, que acompanhou tudo
de perto”, acrescentou o repórter.
Rosane Svartman finalizou o encontro ressaltando a importância de estarmos sempre atentos
aos detalhes. “Malhação é uma dramaturgia para jovens, portanto é preciso ter cuidado com a
linguagem e os temas, entre outros aspectos”, explicou a escritora da série, que hoje possui mais
de 10 milhões de seguidores nas redes sociais.
Com a arquibancada do Cubovoxes lotada, a autora teen Ana Beatriz Brandão engatou um
animado bate-papo com os presentes sobre suas duas obras lançadas, Sombra de um anjo e
Caçadores de almas – Segredos e maldições. “Sou apaixonada pela literatura fantástica e a
minha inspiração para escrever vem da música. Ouço tudo: do clássico ao heavy metal”, afirmou.
Encontro com autores
Fãs de várias idades lotaram o Auditório Madureira na manhã deste domingo para conversar
com Mauricio de Sousa, uma das estrelas deste domingo na programação do Encontro com
Autores. Antes do bate-papo, o criador da Turma da Mônica e homenageado desta edição da
Bienal recebeu o título de Cidadão do Estado do Rio.
“Vou levar esta homenagem para o resto da minha vida”, disse o cartunista, que completa 80
anos em outubro. Com os 420 lugares tomados pelo público, Mauricio respondeu a perguntas
sobre sua vida, carreira e personagens, muitas que arrancaram risos da plateia. Como a feita por
um menino que quis saber por que os nomes da Mônica e Magali começavam com a letra M e
os do Cebolinha e Cascão com a letra C. “Sabe que eu nunca pensei nisso? Foi coincidência”,
confessou, mostrando-se surpreso. Houve também as que emocionaram, como a feita pela
mulher acompanhada da avó de 92 anos e leitora dos gibis de autor, que perguntou sobre
projetos para leitores com necessidades especiais.
Outra atração foi Joseph Delaney, que acaba de lançar O bestiário de John Gregory, o caçafeitiço. O britânico, conhecido por seus livros de fantasia, respondeu às perguntas dos leitores
sobre o mundo que criou em suas obras e ainda deu dicas aos jovens escritores. “São três. A
mais importante são as ideias. Nós as temos, mas nos esquecemos delas. Então, anote tudo.
Depois disso, você tem de ler muito. Quando você lê, aprende a escrever. Terceiro, você precisa
criar tempo para escrever”, defendeu o autor.
Fotos em https://www.flickr.com/photos/101023397@N04/.
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