lekach tob-n16

Transcrição

lekach tob-n16
BS “D
‫ע ֽ ֹזבּו׃‬
ֲ ַ‫ֹור ִ תי ַ ֽאל־ּת‬
ָ ‫ִּכ !י ֶל קַ ח טֹוב נ ַָת ִּתי לָ ֶכ ם ֽ ּת‬
Pois eu vos dou boa doutrina (conhecimento); não abandonem a minha Torah
(ensino). Mishlei (provérbios) 4,2
Shabat Chol HaMoed! Sucot – 17 de Tishrei de 5768 / 29 de Setembro de 2007 N-16
Chag Sameach! Zman Simchatênu! Zecher Letsiat Mitsraim!
‫י‬# ִ‫אֹותם מֵ ֶא ֶרץ ִמ ְצ ָריִ ם אֲנ‬
#ָ
‫יא)י‬
ִ ‫ֹוצ‬
ִ ‫ֵאל ְּב ֽה‬, ‫ת־ּבנֵ י יִ ְׂש ָר‬
ְ
ֶ‫ א‬. ‫ ְב ִּתי‬/ַ‫ ִּכ י בַ ּסֻ ּכֹות הֹוׁש‬3 ‫רתֵ יכֶ ם‬
ֹ ֽ‫ד‬
ֹ ‫ יֵ ְֽ דע ּו‬6 ‫ְלמַ עַ ן‬
‫יכם׃‬
ֽ ֶ ֵ‫ק‬9ֱֽ ‫ה) ´ א‬
“Para que as vossas gerações saibam que eu fiz habitar em tendas de ramos os filhos de Israel, quando os tirei
da terra do Egito, Eu sou o Senhor vosso D-us.” (Vaikrá 23:43)
No Décimo quinto dia do sétimo mês (Tishrei) vem a festividade de Sucot, durante a qual somos ordenados a
habitar em cabanas (Sucot) e reunir as quatro espécies (Etrog, Lulab, Hadas e Araba). Ao sentarmos na Sucah
nós transmitimos às novas gerações o fato de que nossos antepassados, passaram pelo perigoso deserto ao
saírem do Egito, e que os mesmos foram “hospedados” em Sucot (Tratado de Sucah 2 a-b) como está escrito
acima no passuc: Ki BaSucot Hoshabti et Benê Israel (Porque em Sucot fiz habitar o povo de Israel). Quando os
judeus estavam no deserto após o êxodo do Egito, Hashem os resguardou do sol abrasador e do calor do deserto
com nuvens divinas protetoras. Para relembrar estes acontecimentos, moramos sete dias em uma Sucah (de 15 a
22 de Tishrei). Devemos comer, beber, dormir e estudar dentro da Sucah. Há uma diferença de opiniões no
Talmud (Sucah 11b) se eram cabanas Reais ou se estava referindo-se às Nuvens da Glória Divina que cercavam
e protegiam o povo ao seu redor (pelos quatro pontos cardeais) e acima e abaixo. Segundo Ribi Eliézer eram as
nuvens, enquanto Ribi Akiba afirmava serem cabanas realmente.
Sucot é um tempo para agradecer a Hashem! Ela está ligada com o fim da colheita da produção do campo, e,
nestes dias, devemos pensar em toda a bondade que teve e tem nosso Criador conosco. Desde o Sucot passado
temos desfrutado de suas bênçãos no campo material, pois, apesar de que possa não ter sido o que desejávamos,
tivemos parnassá suficiente (necessária) para nos alimentarmos e manter todas as nossas necessidades vitais.
Esse é um dos motivos pelo quais nos “diminuímos” e saímos de um lugar “teoricamente” mais seguro (nossa
casa – de cimento e tijolos) e habitamos em cabanas frágeis (sucot). Dessa maneira expressamos a idéia de que
toda a nossa segurança e nossas riquezas estão baseadas Nele (Hashem). Quando saímos de um lugar tão
“protegido” de ventos, do frio, do calor e das chuvas para entrar na Sucah, experimentamos uma sensação de
insegurança. Temos a sensação de estar indefesos e desprotegidos! Mas é nesse momento exato que devemos
recordar de Hashem, pois Ele é a verdadeira fonte de tranqüilidade em todos os aspectos de nossa vida (como
consta no final do passuc acima – ANI HASHEM ELOKECHEM). A Sucah nos lembra: Que Hashem protege
constantemente o povo judeu. Que assim como a Sucah é uma moradia temporária a vida, neste mundo,
também é temporária. E que este mundo é apenas um corredor que conduz ao palácio do mundo vindouro.
Diz-se, também, que outro motivo da Sucah é que até pouco tempo atrás estávamos cheios de pecados, e
ficávamos escondidos em nossas casas, com medo de sair, dados os castigos que receberíamos como
conseqüência dos mesmos. Agora que passou Kipur e nossos pecados foram perdoados, podemos sair sem
medo algum e comemorar Zeman Simchatênu (tempo de nossa alegria) como nos diz a Torah.
O Kidush na(s) noite(s) requer Layla Wadday (que já seja realmente noite, ou seja, após a saída das Estrelas).
Fora de Israel são comemorados dois dias. O Kidush é feito dentro da Sucah, e fazemos a berachá de Leesheb
Bassucá. Na primeira noite acrescentamos a berachá de Shêechiyánu. Há o costume de se colocar uma cadeira
especial na Sucah durante todo o Chag para os sete visitantes (Ushpizin em hebraico) que vem a cada noite.
Esses sete visitantes estão representados nas quatro espécies como segue: colocamos 3 Hadassim (murta) que
representam os 3 patriarcas sagrados ( Abraham, Itschak e Yaakob). Colocamos duas Arabot (ramos de
salgueiro) que representam Moshé Rabeinu e Aharon HaKohen. O Lulab (folha de palmeira) representa Yossef
HaTsadik e o Etrog é comparado ao Rei David. O midrash explica também que as quatro espécies representam
quatro tipos de judeus que se reúnem em Sucot para se alegrar perante o Criador: O Etrog – é uma pessoa que
sabe Torah (simbolizada pelo gosto) e pratica boas ações (mitsvot – representada pelo cheiro). O Lulab é uma
pessoa que sabe Torah, mas sem boas ações. O Hadas é um homem que tem boas ações, mas não sabe Torah.
Este folheto contém palavras de Torah, Favor tratar com respeito! Não transportar em Shabat e Yom Tob!
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BS “D
As Arabot simbolizam pessoas que nem sabem Torah e nem possuem boas ações. Quando esses quatro tipos de
pessoas são reunidos, com amor e união e todos os sentimentos de inveja e ódio são banidos, suas orações são
aceitas e todos os seus pecados são perdoados. Podemos comparar as espécies ao corpo humano. O Etrog é
comparado ao coração, lulab é a coluna vertebral, o Hadas são os olhos e os Arabot são os lábios. Quando
unimos as espécies estamos simbolizando que o serviço a Hashem deve ser executado com o corpo inteiro.
Em Sucot é definido/julgado o “fornecimento” de água para o mundo no próximo ano (Tratado Taanit 2a e
Rosh Hashana 16a). A esse julgamento é atribuída a causa do serviço de “libação” de águas na época do
Templo (Rosh Hashana 16a).
A Sucah deve ter pelo menos três paredes e o teto deve ser feito de ramos, folhas, pinhas e materiais
semelhantes que crescem da terra. Ele deve ser suficientemente denso para que de dentro da Sucah haja mais
sombra que sol, mas não tão denso a ponto de ser impermeável. Sacudimos as quatro espécies todos os dias,
exceto em Shabat. No primeiro Shabat que cair durante a festa de sucot, Ashkenazim tem o costume de ler o
livro de Kohelet (Eclesiastes antes da leitura da Torah). Sefaradim não tem esse costume.
Baseado nos escritos do Hakham Ya'aqob Menashé do Midrash Ben Ish Chai (www.midrash.org), do site
ShavuaTov (www.shabuatov.com), do WebShas (www.webshas.org) e do livro Fatos fundamentais do
judaísmo do Rabino Nissan Dovid Dubov.
(Adaptado por Jaime Boukai com colaboração de Mair Haim Nigri (Chazak Ubaruch))
Curiosidade da Semana:
As Bênçãos da Amidá e as Estações do Ano
Na segunda bênção da Amidá (“Atá Guibor”), intercalam-se algumas palavras que variam dependendo
da estação do ano: durante o verão (em Israel, i.e. hemisfério Norte) recita-se o trecho Morid Hatal (Que fazes
cair o orvalho), enquanto que, durante o inverno, recita-se Mashib Haruahh Umorid Hagueshem (Que fazes
soprar o vento e cair a chuva). O primeiro trecho é mencionado desde o Mussaf do primeiro dia de Pessahh até
a Amidá de Shahharit de Shemini Atzeret inclusive. O segundo trecho é recitado desde Mussaf de Shemini
Atzeret até a Amidá de Shahharit do primeiro dia de Pessahh inclusive.
Também a nona bênção da Amidá depende da estação do ano. No verão, diz-se a porção de
“Barechenu...” e, no inverno, a porção de “Barech Alenu...” (diferente no ritual Ashkenazi). Em Israel, a
primeira porção é dita desde o Arbit do primeiro dia de Hhol Hamoêd de Pessahh até a Amidá de Minhhá do
dia 6 de Hheshvan (diz-se Barech Alenu desde o Arbit do dia 7 de Hheshvan até Minhhá da véspera de Pessahh
inclusive). Por outro lado, fora de Israel, passa-se a recitar Barech Alenu após 60 dias contados a partir da
Tekufá do mês de Tishrei (início do Outono; cada Tekufá marca uma das quatro estações, ocorrendo nos
equinócios da Primavera e do Outono – dias do ano em que a duração do dia iguala-se à da noite – e nos
solstícios do Verão e do Inverno – dias em que ocorre a maior discrepância de duração entre dia e noite).
Entre várias explicações sobre o dia 7 de Hheshvan para Israel, a Mishná menciona que esta data leva
em conta o período máximo que os peregrinos levariam para voltar para casa (no caso, até a área do Rio
Eufrates), de forma que a chuva não atrapalhasse seu retorno. Por outro lado, a data determinada para a
diáspora baseia-se na opinião de Rabi Chananya¸ pois, segundo a Guemará, a época de chuva na Babilônia
começava no sexagésimo dia do Outono. O minhhag (costume) aceito hoje é mencionado no Schulhhan Aruch
(Código de Leis Judaico), que determina o dia 4 de dezembro como o início dos pedidos por chuva. O motivo
por que esta data não se encontra exatamente 60 dias após o dia do verdadeiro equinócio é ainda controverso,
mas uma opinião é que se manteve o costume do dia 4 ou 5 de dezembro (dependendo do ano), embora este
tenha sido estabelecido quando vigorava o calendário Juliano e não o atual calendário Gregoriano, que adiantou
10 dias no calendário anterior.
Por Maurício Cagy (Chazak Ubaruch)
Em memória e elevação das almas de HAIM SIMÃO NIGRI BEN NAZLE e de MASSOUDA
BEHOR NIGRI BAT SIMCHÁ.
O LekachTob e colaboradores agradecem o apoio do TEMPLO SIDON na distribuição para outras
sinagogas e ao público! Tizku Lamitsvot!
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