lekach tob-n21-ChaieSarah5768

Transcrição

lekach tob-n21-ChaieSarah5768
BS “D
‫ע ֽ ֹזבּו׃‬
ֲ ַ‫ֹור ִ תי ַ ֽאל־ּת‬
ָ ‫ִּכ !י ֶל קַ ח טֹוב נ ַָת ִּתי לָ ֶכ ם ֽ ּת‬
Pois eu vos dou boa doutrina (conhecimento); não abandonem a minha Torah
(ensino)! Mishlei (provérbios) 4,2
Shabat Shalom! Par. Chaiê Sarah – 22 de Cheshvan de 5768 / 3 de Nov.de 2007 N-21
E tomou o servo dez dos camelos do seu senhor
todos os bens de seu senhor estavam em sua
levantou e foi para a Aram Naharáiim
Mesopotâmia), à cidade de Nachor.(Bereshit
e foi, e # ֶ‫ ֵּיל‬$ ‫דנָיו ( ַו‬
ֹ ‫א‬
ֲ ‫ּלים ִמּגְ מַ ֵּל!י‬.ִ ַ‫רה גְ מ‬1 ָ ָ‫הָ עֶ ֶבד עֲׂש‬3 ‫וַּיִ ַּקח‬
mão; e
5 ַ ֲ‫ֲרם נַ ֽה‬
6 ַ ‫ אֶ ל־א‬# ֶ‫ל‬7 ֵ‫יו ְּבי ָדֹו ַו ָּיקָ ם וַּי‬5 ָ‫דנ‬
ֹ ‫א‬
ֲ ‫ ּוב‬6‫וְ כָ ל־ט‬
(antiga ‫ריִ ם‬
24,10)
‫יר נ ָֽחֹור׃‬6‫ל־ע‬
ִ
ֶ‫א‬
Os Sábios se questionam o porquê da repetição da palavra Vayelech – E foi. É para nos ensinar que dois tipos de
jornadas percorreu Eliézer, servo de Abraham. O primeiro era um percurso natural, o percurso desde que ele saiu da casa
de seu patrão com o intuito de ir a sua missão, ao local designado. Contudo ocorreu um outro tipo de percurso, uma
segunda jornada, esta sobrenatural, com a realização de um milagre (o encurtamento do caminho) como nos revelam
nossos sábios no tratado talmúdico San´hedrin 95. A Torah separa as duas viagens. Na primeira, a natural, o milagre ainda
não havia acontecido, pois não é o costume dos milagres acontecerem em lugares públicos, onde andam muitas pessoas.
Só quando Eliézer saiu dos limites da cidade, já no deserto e fora da visão das outras pessoas, é que ocorreu o milagre
onde Hashem encurtou a sua jornada. Essa linguagem detalhada da Torah vem, portanto, nos mostrar sobre a jornada
milagrosa com o encurtamento da travessia, o que levou Eliézer rapidamente ao seu objetivo, a Aram Naharáiim.
Adaptado do Livro “Ód Yossef Chai Drashot”
Do Chacham BEN ISH CHAI (Adaptado por Jaime Boukai)
Resumo da Parashá – Chaiê Sarah (Bereshit 23:1-25:18)
Sarah falece aos 127 anos de idade e é enterrada na Caverna de Machpelá em Hebron, comprada por Abraham de
Efron o Hitita por 400 shekels de prata (400 é o valor numérico de Ain Rá – “mau” olho conforme o Midrash Rabá citado
pelo BEN ISH HAI em seu livro Aderet Eliyahu, o que indicava que tipo de pessoa era Efron). O servo de Abraham,
Eliézer, é enviado, carregado de presentes – Eliézer viajou com 10 camelos – a Charan para encontrar uma esposa para
Itschak. No poço da aldeia, Eliézer reza a D'us por um sinal de quem seria a “eleita”: quando as jovens vierem para o
poço, ele pedirá por água para beber; aquela que também oferecer água para seus camelos será a destinada a Itschak.
Ribka (Rebeca), a filha de Betuel, sobrinho de Abraham, aparece no poço e dá de beber a Eliézer e seus camelos, sendo
aprovada no “teste”. Eliézer dá a ela jóias valiosas, o que chama a atenção de Laban, irmão de Ribka. Eliézer é trazido
para a casa de Betuel, onde ele relata os eventos ocorridos e se identifica como servo de Abraham. A família de Ribka
resiste em deixá-la partir, mas ela aceita ir com Eliézer para a terra de Canaã. Eles encontram Itschak rezando no campo
(instituição da minchá – reza da tarde). Itschak se casa com Ribka, a ama e se consola pela perda de sua mãe. Abraham se
casa com Keturah (Hagar), e é pai de mais seis filhos, mas Itschak é designado como seu único herdeiro. Abraham morre
aos 175 anos de idade e é enterrado ao lado de Sarah pelos seus dois filhos mais velhos, Itschak e Ishmael (que havia feito
Teshubá). (Adap. A Parashá em uma casca de noz e Torah-mail por Jaime Boukai).
Curiosidade da Semana:
Os Temas Musicais da Liturgia Sefaradi
Na Liturgia Sefaradi, um tema musical (ou maqam) diferente costuma ser recitado em cada Shabat. Um maqam,
que literalmente significa ‘lugar’ em Árabe, refere-se a um tema melódico e tonalizações correspondentes. Tais melodias
expressam o estado emocional do leitor ao longo do serviço litúrgico sem alterar o texto em si, sendo que o maqam
utilizado em cada Shabat depende da história ou mensagem principal contida na Parashá semanal. Outro fator que define
o maqam empregado é o fato de haver ou não uma festa se aproximando na semana seguinte. Assim, ao longo do tempo,
pôde-se chegar a uma seqüência padrão de maqamot, mas que pode apresentar pequenas variações entre as diferentes
comunidades. Como uma regra geral, não se repete um mesmo maqam em duas semanas consecutivas, e esta seqüência
visa a um espalhamento dos dez maqamot ao longo das semanas de modo a se evitar a repetição melódica em um curto
período de tempo.
Enquanto a maior parte das orações do serviço matinal do Shabat é pronunciada em estilo recitativo, algumas
passagens como o Nishmat e o Kadish seguem o maqam da semana. Por sua vez, a leitura da própria Parashá segue um
maqam fixo, denominado Sigah. Além deste, existem os seguintes maqamot: Rast, Mahour, Ajam, Nahwand, Bayat,
Hoseni, Rahawi-Nawa, Sabah e Hijaz. Este último, em particular, que se refere ao nome de uma região na Arábia Saudita,
é usado para marcar ocasiões solenes, tais como quando ocorre uma morte na Parashá (Sarah e Abraham, na Parashá
desta semana – Hhaiei Sarah, Yaakob e Yosef em Vaiehhi, e Nadab e Abihu em Ahharei Mot) ou um episódio trágico
Exemplar gratuito! Este folheto contém palavras de Torah, Favor tratar com respeito! Não transportar em Shabat e Yom Tob!
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BS “D
(bezerro de ouro em Ki Tissá, o episódio dos espiões em Shelahh Lechá, e na parashá de Debarim por se encontrar ligada
a Tishá b’Ab). (Baseado no artigo de Mark Kligman, “The Bible, Prayer, and Maqam: Extra-Musical Associations of
Syrian Jews”, 2001.)
Por Maurício Cagy (Chazak Ubaruch)
Midrashim e a Torah Oral
A costumeira tradução do termo midrash como “lenda, fábula ou conto” é inadequada e errônea. Midrash é
derivado do radical hebraico DARASH que significa pesquisar, investigar. O midrash é uma exposição dos psukim
(versículos) da Torah que foram extraídos, por nossos sábios, após eles terem sondado as “profundezas” de cada passuc e
todas as palavras e letras ali contidas na busca por esclarecer seu significado, segundo a tradição recebida no monte Sinai
(Torah Oral). As palavras da Torah podem ser explanadas em diversos níveis de entendimento. Todos eles são
verdadeiros, pois Hashem criou a Torah de tal maneira que cada uma de suas palavras e letras está imbuída de
significados, dando margem a um grande número de explicações. E o que vem a ser a Torah Oral? O Todo-Poderoso
ditou a Moshé todo o texto da Torah e, ao mesmo tempo, lhe forneceu uma detalhada explicação oral do texto ditado.
Hashem, entretanto, advertiu-o a não registrar as explicações e sim passá-las oralmente às gerações. Contudo, Rabi
Yehudá HaNassi, também conhecido como Rabeinu HaKadosh (mestre santo/sagrado), reunira todas as leis,
esclarecimentos e explanações que foram ouvidas de Moshé Rabeinu, bem como as que foram [resoluções por] estudo do
Bet Din de cada geração em todos os setores da Torah, compilando assim os seis volumes da Mishná. Ensinou-a
publicamente aos Sábios, tornando-se ela revelada a todo Israel, e escreveram-na. Ensinaram-na por toda parte, para que
não fosse esquecida a Torah Oral de Israel. E por que fizera assim Rabeinu HaKadosh? Por que não deixou que
permanecesse como havia sido até então? Por perceber que a quantidade de estudantes diminuía cada vez mais, e as
angústias renovavam-se e aumentavam mais e mais, e o Império romano (que perseguia os judeus e dificultava o estudo)
se estendia pelo mundo todo, fortalecendo-se sempre. O povo de Israel estava espalhado e chegava aos confins da terra.
Por isso ele resolveu compilar um livro que estivesse ao alcance de todos, para que pudessem estudá-lo sem esquecê-lo.
Sentaram-se ele e seu Bet Din durante todos seus dias ensinando a Mishná ao público. Posteriormente, outros sábios,
verificando a dificuldade (dado o declínio espiritual e todas as dificuldades acima listadas) e as inúmeras dúvidas que uma
pessoa comum tinha ao estudar diretamente a Mishná resolveram lançar livros que esclareciam assuntos e princípios da
Mishná e da Torah escrita (Chumash). Rav compilara o Sifrê e o Sifrá; Rabi Ĥyiá, escrevera a Tosseftá. Similarmente,
Rabi Hosheya e Bar-Qufrá compilaram baraitôt (baráitas). E, Rabi Yoĥanan escrevera o Talmud de Jerusalém na Terra de
Israel, após a destruição do Templo trezentos anos, aproximadamente. Rav Ashê compilou o Talmud Babilônico na terra
de Sinear (Babilônia), após haver Rabi Yoĥanan compilado o Talmud de Jerusalém um século, aproximadamente. O
motivo de ambos os Talmudim é: a explanação das palavras da Mishná e o esclarecimento de sua profundidade, e de
coisas que se decretaram em cada Bet Din, desde os dias de Rabeinu HaKadosh, até a compilação do Talmud. Assim
também os Sábios da Michná compilaram outros escritos para aclarar as palavras da Torá. Rabi Hochá'ia, aluno de
Rabeinu HaKadosh, escrevera um esclarecimento sobre o livro de Bereshit (Gênesis). Rabi Ishmael explicou desde
"Veêle Shemôt" (Êxodo) até o final da Torá, que é o chamado "Mekhiltá"(base de muitas explicações do Rashi) . Outros
Sábios compilaram os vários midrashim. Todos estes foram escritos antes da compilação do Talmud Babilônio. Entre os
principais midrashim estão o Midrash Rabá, Midrash Tanchumá, Midrash Agadá e o Midrash Yalcut (entre vários outros
existentes). (Baseado no prefácio do Mishnê Torah do Rambam e em artigos do site www.chabad.org.br)
Por Mair Haim Nigri (Chazak Ubaruch) e Jaime Boukai
Pérolas da Parashá
Enquanto Sara viveu, suas velas de Shabat milagrosamente ardiam de uma sexta-feira até a seguinte. As quatro
matriarcas, Sara, Ribca, Rachel e Léa eram estéreis para demonstrar que seus filhos, os ancestrais das tribos formadoras
do povo judeu, não nasceram de forma natural, e sim, com a força do milagre da Divina Providência. (Baseado em CD da
palestra do Rav Shaul Maleh).
Por Hazan Mair Simantob Nigri (Chazak Ubaruch)
Para Refletir
Diz o BEN ISH CHAI: A parashá mostra a importância da oração e de como Hashem está sempre prestando
atenção quando falamos sinceramente com Ele. Está escrito: “Antes que ele acabasse de falar, eis que Rebeca, filha de
Betuel, [...] saía com seu cântaro sobre o ombro”. Três pessoas tiveram o mérito de serem respondidas ainda enquanto
rezavam e um deles foi Eliézer (Midrash Rabá 60,4). Não só foi um deles como foi o primeiro. Os outros foram Moshé
Rabeinu e o rei Salomão.
Em memória e elevação das almas de ISH HAZAKEN NISSIM MOSHÉ LEVY BASSAL BEN RAYNA
e sua esposa REBECA LEVY BASSAL BAT ESTHER, JOSEPH MORDECHAI BELASSIANO BEN
FARIDE, IBRAHIM CHABETAI LEVY BEN ZAKIE E FORTUNÉ BENISTE NIGRI BAT HABIBE.
O LekachTob e colaboradores agradecem o apoio do TEMPLO SIDON na distribuição para outras
sinagogas e ao público! Tizku Lamitsvot!
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