lekach tob-n22

Transcrição

lekach tob-n22
BS “D
‫ע ֽ ֹזבּו׃‬
ֲ ַ‫ֹור ִ תי ַ ֽאל־ּת‬
ָ ‫ִּכ !י ֶל קַ ח טֹוב נ ַָת ִּתי לָ ֶכ ם ֽ ּת‬
Pois eu vos dou boa doutrina (conhecimento); não abandonem a minha Torah
(ensino)! Mishlei (provérbios) 4,2
Shabat Shalom! Par. Toldot – 29 de Cheshvan de 5768/10 de Novembro de 2007 N-22
E Itschak orou, insistentemente, ao Senhor por sua
mulher... (Bereshit 25,21)
...‫´ ְל ֹנכַ ח ִא ְׁש *ּתֹו‬, ‫לה‬
ֽ ַ ‫ַוּי ְֶע & ַּתר יִ ְצ ָח!ק‬
Este passuc vem nos mostrar como é poderosa a Tefilá (oração) dos justos, pois consta no Talmud tratado
Iebamot 64a que nossos patriarcas (incluindo as matriarcas) eram estéreis porque Hashem desejava escutar as suas
orações. Consta, mais adiante, no mesmo tratado talmúdico em nome de Ribi Itschak que a oração dos tsadikim pode
mudar o estado das midot (virtudes) de Hashem da ira (raiva) para a misericórdia (piedade). Vemos então que a oração
feitas pelos justos tem uma “vantagem” adicional, pois consegue “alterar” o ânimo divino. Isto se dá pelo fato da reza dos
tsadikim sair do fundo do coração, e por isso, ela tem uma força especial de mudar as midot de Hashem para o bem.
A numerologia judaica (Guemátria) nos ajuda a entender o porquê de uma forma mais fácil. Através da
comparação do valor numérico das raízes das duas midot, vemos que RACHEM (piedade/compaixão) equivale a 248 e
que ROGUEZ (ira/raiva) soma 216. A diferença entre os dois é de 32. 32 é o valor numérico de LEB (coração em
hebraico). Através de uma oração como a dos justos que vem do coração, Hashem acrescenta o LEB (32) à midá (virtude)
de ROGUEZ (raiva), transformando-a em RACHEM (248)!
Como dificilmente uma pessoa comum, mesmo rezando as mesmas orações e no mesmo método, consegue
imbuir na sua tefilá o seu coração (como faz o tsadik), não temos essa capacidade de “transformar” as midot. Por isso
pedimos a Hashem nas nossas súplicas (TACHANUN): BEROGUEZ RACHEM TIZKOR (na raiva, da piedade se
lembre)! Se formos julgados com raiva (216), Hashem acrescente o coração (32) que falta e transforme em piedade (248)!
O perigo da falta e a importância do “coração” em nossas rezas constam no Tanach. Assim está escrito em
Yeshayáhu (Isaías) 57,1: “HATSADIK ABAD VEEIN ISH SAM AL LEB - Perece o justo, e não há quem coloque o
coração”. Sem o justo, praticamente não há quem consiga rezar com essa profundidade. Mas a virtude da raiva ainda está
ativa. E esse é um dos motivos das desgraças e sofrimentos no mundo como é aludido em Provérbios (Mishlei 10,13):
“mas a vara é para as costas de quem falta coração”. Essas desgraças vêm da falta de coração, pois faltam os 32 para
atingirmos a piedade! Também está aludido em Nechemia (Neemias): “vessamta shemô Abraham, umatsata et lebabo
neeman lefanecha! – e lhe puseste o nome de Abraham e encontrou o seu coração fiel diante de Ti!”. Abraham, chamado
ISH HACHESSED (homem bom), também tem valor numérico de 248 (o mesmo de RACHEM). Abraham, o primeiro
patriarca, tinha a força de botar o coração em suas rezas e transformar o ROGUEZ em RACHEM, pois “umatsata et
lebabo neeman”.
Adaptado do Livro “BEN YEHOYADÁ – IEBAMOT 64”
Do Chacham BEN ISH CHAI (Adaptado por Jaime Boukai)
Resumo da Parashá – Toldot (Bereshit 25:19-28:9)
Itschak se casa com Ribka. Após vinte anos sem filhos, suas preces são atendidas e Ribka dá à luz. Ela tem uma
gravidez difícil, pois “seus filhos lutam dentro dela”; D'us diz a ela que “duas nações existem em seu ventre” e que o mais
jovem prevalecerá sobre o mais velho. Essav nasce primeiro; Yaakob nasce segurando o calcanhar de Essav. Essav cresce
e se transforma em “um caçador perspicaz”; Yaakob é “um homem bom”, um residente nas tendas do aprendizado.
Itschak “prefere” Essav; Ribka ama Yaakob. Um dia, ao retornar exausto e faminto de uma caçada, Essav vende sua
primogenitura a Yaakob por um cozido de lentilhas vermelhas. Yaakob dá pão (primeiro) e depois o cozido. Um dos
motivos é para que Essav não dissesse que vendeu por estar morrendo de fome. Logo, Yaakob deu-lhe pão e ele não
estava mais em perigo de vida. Em Gerar, na terra dos Filisteus, Itschak apresenta Ribka como sua irmã, por medo de ser
morto por alguém que invejasse sua beleza. Ele trabalha na terra, reabre os poços cavados por seu pai Abraham e cava
uma série de seus próprios poços: sobre os primeiros dois, acontece uma disputa com os Filisteus, mas as águas do
terceiro poço são usufruídas com tranqüilidade. Essav se casa com duas mulheres hititas e decepciona os pais. Itschak
envelhece, fica cego e expressa seu desejo de abençoar a Essav antes de morrer. Enquanto Essav sai para caçar o alimento
preferido de seu pai, Ribka veste Yaakob com as roupas de Essav, cobre seus braços e pescoço com peles de cabra para
simular a aparência de seu irmão mais peludo, prepara uma refeição semelhante e envia Yaakob a seu pai. Yaakob recebe
as bênçãos de seu pai pelo “orvalho dos céus e a gordura da terra” e o domínio sobre seu irmão. Quando Essav retorna e a
trama é revelada, tudo que Itschak pode fazer por seu amargurado filho é prever que ele viverá por sua espada. Yaakob sai
de casa para Charan para fugir da fúria de Essav e para encontrar uma esposa na família do irmão de sua mãe, Laban.
Exemplar gratuito! Este folheto contém palavras de Torah, Favor tratar com respeito! Não transportar em Shabat e Yom Tob!
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BS “D
Essav se casa com uma terceira mulher, Machlat, filha de Yishmael. (Adapt. A Parashá em uma casca de noz por Jaime
Boukai).
Curiosidade da Semana:
Yitzhhak e os “Poços” de Abraham
Lemos na Parashá de Toledot (Bereshit, XXVII – 16) sobre os poços que Abraham Abinu havia cavado e que,
após sua morte, os filisteus fecharam preenchendo-os com pó. Esta narrativa aparentemente sem importância, na verdade,
chama a atenção para um fato muito significativo. Nossos hhachamim explicam que Abraham dedicou muito de seu
tempo à escavação de poços d’água, e que isto fazia parte do plano principal de sua vida: aproximar as pessoas de D-us
por meio da teshubah. Tais poços, portanto, seguiam o mesmo objetivo que a cadeia de hospedarias que Abraham
construiu (nas quais os viajantes recebiam comida e abrigo gratuitamente), sendo apenas uma versão diferente, na qual os
viajantes recebiam água gratuita. Uma vez as pessoas reunidas em torno destes poços, ele podia expor para elas o
monoteísmo e ensiná-las sobre as sete mitzvot dos b´nei Noahh.
Embora os filisteus não concordassem com o propósito de Abraham Abinu, eles não ousavam destruir estes poços
enquanto ele ainda estava vivo, já que o consideravam um Príncipe e lhe guardavam muito respeito. No entanto, logo
após sua morte, eles encheram os poços de pó. De acordo com Rashi, o motivo que os filisteus alegaram para cometer tal
ato (que acabava sendo prejudicial a eles mesmos) era o temor de que os poços, na ausência de Abraham, pudessem atrair
exércitos invasores. Contudo, a Torah nos mostra que o seu verdadeiro propósito era destruir as obras de Abraham Abinu.
Felizmente, a Parashá nos conta que, logo após o vandalismo dos filisteus, Yitzhhak Abinu veio e reabriu os poços de seu
pai. O fato de a Torah nos dizer isto reforça a visão de que tais poços não eram apenas fontes de água, mas centros de
estudo (as Yeshivot de Abraham) e que Yitzhhak assumiu a responsabilidade de continuar a obra de seu pai, divulgando
para a humanidade os ensinamentos que dele recebera. (Baseado no “Daily Halacha”, de Rabbi Eli Mansour.)
Por Maurício Cagy (Chazak Ubaruch)
Os gêmeos diferentes
Durante a gravidez Ribka tinha dores de tamanha intensidade que pensava que iria morrer. Sentia como se duas forças
travassem uma batalha em seu útero. Ao passar por uma casa de estudos ou orações (judaico) sentia movimentos internos
naquela direção. Ao passar por um templo idólatra havia outro movimento na direção do templo. Por isso foi consultar
Shem filho de Noach (Noé), um profeta de D-us, que lhe disse (por profecia em nome de Hashem): “não temas, estás
carregando dois povos (gêmeos) em seu ventre. Eles lutam entre si. Um dia, o mais velho servirá ao mais novo, mas não
quer fazê-lo. Por isso brigam dentro de ti”. Essav nasceu peludo (parecia vestir um casaco) e sua pele tinha uma forte
coloração avermelhada. Por isso recebeu o nome de essav de seus pais, que significa pronto, feito. E Yaakob recebeu seu
nome de D-us por profecia dos pais. Yaakob foi um tsadik e Essav um rashá, mas havia uma só mitsvá que Essav
observava cuidadosamente: a de honrar os pais.
Por Mair Haim Nigri (Chazak Ubaruch)
Pérolas da Parashá
Quando rezamos, sentimos que dependemos de alguém. Não conseguiríamos NADA se educássemos nossos
filhos de maneira que não se sentissem dependentes dos pais, pois, D´us criou as pessoas naturalmente com essa
dependência. A força da reza e o estudo de Torá conseguem tanto alterar as Leis Naturais que regem o mundo, como
ajudar as pessoas a procurarem boas virtudes e a abandonarem os vícios. Este é o segredo maior da mudança de uma
pessoa e elevação do ser humano a altos níveis espirituais. (Baseado no livro “Nos Caminhos da Eternidade II” do Rav.
Isaac Dichi).
Por Hazan Mair Simantob Nigri (Chazak Ubaruch)
Para Refletir
Reze, Reze, Reze. O que quer que você necessite a oração é a melhor maneira de obtê-lo.
Reze com emoção, e D-us o perdoará.
Reze com um coração atento, e você verá as portas do céu se abrirem à sua frente.
Reze com alegria, e observe como os seus pedidos voam direto para a morada de D-us. (Rebe Nachman de
Bratslav; A Cadeira Vazia,1996)
Em memória e elevação das almas de ASLAN SAAD NIGRI BEN SARINA, CHABETAI SALOMÃO LEVI
BEN MAZAL, CHAUL MARCO HADID, DAVID JOSÉ COHEN, FORETA BAT MALKA, REBECA DANA
BARZELAY BAT RENÉ e CHAFIA ZEITUNE BAT JAMILE.
O LekachTob e colaboradores agradecem o apoio do TEMPLO SIDON na distribuição para outras
sinagogas e ao público! Tizku Lamitsvot!
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