Jornal A Rua
Transcrição
Jornal A Rua
ESPORTES Dana dá pista sobre retorno de Ronda: “Grande chance de lutar com Amanda” PÁGINA 6 JORNALA RUA Sexta-feira, 23 de Setembro de 2016 Presidente do UFC volta a afirmar que ex-campeã dos galos voltará até o final do ano e analisa futuro de Cris Cyborg no Ultimate: “Queremos que ela tenha lutas duras” Há alguns anos, o presidente do UFC, Dana White, era completamente contrário à ideia de promover lutas femininas pela organização. Mas desde que promoveu o primeiro duelo entre mulheres pelo Ultimate, em fevereiro de 2013, viu o nicho deslanchar e abrir cada vez mais espaço para o MMA feminino. O esporte cresceu tanto, que o Ultimate conta hoje com duas categorias femininas e planeja acrescentar, no futuro, uma divisão intermediária. Quem conta as novidades é o próprio Dana, em entrevista exclusiva ao “Esporte Espetacular” do último domingo. Além de analisar o desenvolvimento das lutadoras mulheres no Ultimate, o dirigente falou sobre as representantes brasileiras e ainda deu uma pista sobre o retorno de uma de suas principais estrelas, Ronda Rousey, que não pisa no octógono desde novembro do ano passado, quando perdeu a invencibilidade e o cinturão para Holly Holm, na luta principal do UFC 193. “Há uma grande chance da Ronda lutar com a Amanda Nunes e eu estou muito confiante de que a Ronda vai provavelmente lutar antes do final do ano”, disse. Durante o batepapo, o chefão também comentou sua expectativa para o UFC Brasília, que acontece no próximo sábado e que terá na luta principal o combate entre Cris Cyborg e Lina Lansberg. Confira abaixo, na íntegra: Desde que o MMA feminino foi introduzido no UFC, o esporte cresceu muito. Há planos de expansão das categorias de mulheres? Claro que as lutas femininas COPA DO BRASIL: Sim. Há uma grande chance da Ronda lutar com a Amanda Nunes e eu estou muito confiante de que a Ronda vai provavelmente lutar antes do final do ano. têm sido muito populares e todas as mulheres têm se dado muito bem, mas no tocante à expansão... eu acho que é inevitável, pois o esporte vai continuar crescendo, porém, não temos planos para isso num futuro próximo. Então não veremos uma nova categoria de peso feminino num futuro próximo? Não. De novo, a menos que alguma coisa exploda nos próximos anos... Nesse momento eu acho que a divisão peso-palha (52 kg) está ficando mais empolgante, com muito mais talentos surgindo, mas no tocante à divisões mais pesadas não, não vejo isso acontecendo. Tenho certeza de que você está me perguntando isso por conta de uma possível divisão peso-pena (65,7 kg) certo? Não, eu não vejo isso acontecendo tão cedo. Mas a divisão pesopalha continuará a crescer. Mas há rumores de uma possível categoria peso-mosca... Sim. Se as divisões até 52 kg e 61kg continuarem crescendo, aí sim nós poderíamos criar a divisão peso-mosca (56,7 kg). Como avalia a participação das lutadoras brasileiras no esporte? Elas são fantásticas… quero dizer, a Amanda Nunes é a nossa campeã na divisão até 61 kg. Bethe Correia teve recentemente uma boa luta contra a Jessica Eye, a Cyborg continua… Sabe, a Cyborg é dura, e nós queremos nos certificar de que ela tenha lutas duras. Todo mundo ficou empolgado quando ela veio para o UFC, porque ela teria competidoras mais duras Amanda Nunes e Ronda Rousey e nós estamos trabalhando nisso. E a Cláudia Gadelha é maravilhosa. Sua última luta contra a Joanna Jedrzejczk foi sensacional e ela é uma das melhores do mundo, não apenas na sua divisão de peso, mas eu acho que a Cláudia, no tocante às suas habilidades, técnica e o seu desejo de lutar, ela é uma das melhores do mundo. Eu adoro a Cláudia Gadelha. Você falou sobre testar verdadeiramente a Cyborg no UFC, mas até agora ela só enfrentou lutadoras desconhecidas. Vocês estão tendo dificuldades para encontrar adversárias de nome pra ela? Não é que nós estamos tendo problemas para encontrar grandes nomes para enfrentar a Cyborg, é apenas uma questão de tempo. Nós temos garo- Rodriguinho anotou o gol da vitória do Corinthians Corinthians elimina Fluminense e ameniza crise Com gol de Rodriguinho, equipe paulista vence o primeiro jogo depois da demissão de Cristovão Borges e avança às quartas; time carioca reclama da arbitragem O Corinthians começou a se reerguer da crise com angústia, sufoco e placar magro nesta quarta-feira pela Copa do Brasil. O time bateu o Fluminense no Itaquerão por 1 a 0, com gol de Rodriguinho, para encerrar a série de três jogos sem vitória e avançar às quartas de final da competição, feito que ameniza o cenário de pressão no clube. Após derrota no clássico contra o Palmeiras, demissão de técnico e protestos da torcida, o interino Fábio Carille começou a gestão com resultado positivo. O empate em 1 a 1 na partida de ida fez o jogo no Itaquerão ser uma armadilha ao Corinthians. O 1 a 0 possibilitou até os minutos finais o Fluminense precisar somente de um gol para levar aos pênaltis. E o time carioca assustou. Gum acertou uma cabeçada na trave, fora três gols anulados por impedimento – todos corretamente marcados pela arbitragem. Para se reerguer, a equipe paulista teve de sofrer. O jogo – A demissão do técnico Cristóvão Borges no sábado, após derrota para o Palmeiras, e o ambiente ruim pelos protestos da torcida esvaziaram a arena. Após longos períodos de lotação máxima e presença efusiva dos corintianos, o momento de crise e a noite de chuva e frio fizeram incomuns clarões dominarem o cenário no Itaquerão. A presença total teve somente 400 pessoas a mais do que menor público da história do estádio. O empate em 0 a 0 gerava uma contradição perigosa para o Corinthians. Se buscasse o gol com muita sede, para ficar mais tranquilo no confronto, se arris- tas que querem lutar contra ela, só precisamos de um pouco mais de tempo para casarmos a luta certa. Quais são os planos do UFC pra Cris? Você disse que não prevê uma categoria peso-pena tão cedo, então ela vai continuar lutando em peso-casado? Acho que a Cyborg já deixou claro que não consegue bater 61 kg, então nós temos algumas garotas muito boas no peso-galo que gostariam de enfrentá-la e que gostariam de subir de peso para aceitar esse desafio. Então, de novo, vamos ver como as coisas vão acontecer. A Cyborg, sem dúvida, é uma das melhores e um dos maiores nomes e, obviamente, um dos maiores nomes no Brasil. Acho que todo mundo está cava a levar sustos e a se expor no contra-ataque. Porém, segurar o resultado era igualmente perigoso pelo risco de atrair o adversário. A equipe preferiu inicialmente um meio-termo entre as duas situações. Com boas opções de saída de jogo, o Corinthians chegava bem ao ataque pelas laterais, tinha mais posse de bola e criava possibilidades sem ficar desorganizado, pois avançava lentamente. A melhora gradual da equipe em campo se deu após um início intenso do Fluminense. A equipe carioca teve dois gols anulados de Cícero por impedimento antes dos dez primeiros minutos. Aos poucos, o Corinthians se sentiu mais seguro, ao perceber que a crise, assim como o jogo, se superava com calma, toque de bola e paciência. A barreira era mais derrotar a si próprio. Era uma questão de autoconfiança e de compensar as deficiências, como no setor ofensivo. Os atacantes não marcam desde 4 de julho. Não por acaso, a única chance perigosa do primeiro tempo veio com o zagueiro Balbuena, aos 43 minutos. A solitária finalização perigosa foi a síntese da postura corintiana. Dominava a partida, sem definir as jogadas. A entrada do atacante Richarlison, no intervalo, deu ao Fluminense mais presença de área. O time carioca passou a jogar melhor, teve um gol pela terceira vez anulado por impedimento. Só aí o Corinthians reagiu, ao se aproveitar da busca do time carioca pelo ataque. Giovanni Augusto achou espaço inédito pela direita e cruzou para Rodriguinho, já na área, dominar e bater firme no canto de Julio Cesar para fazer 1 a 0, aos 23 minutos do segundo tempo. Cinco minutos depois, quase Marlone ampliou em lance muito parecido, mas defendido pelo goleiro. O Fluminense respondeu com uma cabeçada de Gum na trave e demarcou território: levar para os pênaltis era possível. O sufoco corintiano só diminuiu com a expulsão de Marquinho, aos 40 minutos. O fim da agonia só veio com o apito final. Porque até lá as bolas aéreas continuaram a assustar pelos cinco minutos de acréscimos. Pelo menos, o placar magro bastou enormemente não só pela classificação, como também para amenizar o ambiente de pressão no Parque São Jorge. aguardando para vê-la ser desafiada, aguardando a luta certa para ela e, como eu disse, nós estamos tentando fazer isso acontecer. Qual seria a luta certa pra Cris? Num mundo perfeito, o que todo mundo adoraria ver é Ronda x Cyborg. Claro que todo mundo, incluindo a Cyborg, está esperando o retorno da Ronda Rousey, então quando a Ronda voltar, tenho certeza de que ela vai querer lutar pelo título, depois provavelmente vai querer defendê-lo, e aí talvez enfrente a Cyborg, eu não sei…vamos ver como isso vai acontecer. Tem uma outra brasileira que tem chances de enfrentar a Ronda antes da Cyborg então? Há algum tempo era praticamente impossível imaginar que a Cris Cyborg iria ser protagonista de um UFC, ainda mais no Brasil. O que mudou para que isso se tornasse possível? Ela é uma grande estrela. Se você olhar para as divisões femininas e olhar para todas as mulheres, todas as estrelas das artes marciais mistas, a Cyborg definitivamente é uma das maiores. Ela destrói as adversárias muito rapidamente e de forma muito violenta. As pessoas estão esperando para vê-la ser desafiada e é por isso que estamos tentando desafiá-la. Acho que quando você fala sobre a protagonista de uma luta principal, e você tem alguém que é grande, dominante e assustadora como a Cyborg... ela definitivamente é uma protagonista, obviamente é brasileira e é uma grande estrela por lá, mas ela também é uma estrela no mundo todo. As pessoas querem vê-la lutar. Qual seria a luta dos sonhos no MMA feminino? A luta dos sonhos para a Cyborg obviamente seria a Ronda Rousey, mas há outros grandes nomes por lá, como a Miesha Tate, Holly Holm, e possivelmente, mesmo que eu saiba que os brasileiros não gostam de ver lutas de brasileiros uns contra os outros, mas possivelmente Amanda Nunes. Audax quer ajudar Portuguesa após rebaixamento e elabora proposta Audax pode firmar parceria com a Portuguesa após a queda do time para a Série D O mais novo capítulo da derrocada da Portuguesa deve fazer o Audax elaborar uma proposta de parceria com o time do Canindé. Conforme adiantou o site Terceiro Tempo, do jornalista Milton Neves, o clube de Osasco pretende ajudar a Portuguesa nos próximos meses. Não se sabe, porém, se a possível parceria irá se restringir apenas ao departamento de futebol, com o empréstimo de atletas e o uso das estruturas do Audax. O diretor Nei Teixeira confirmou que a ideia é ajudar a Portuguesa após o rebaixamento para a Série D do Campeonato Brasileiro. “Sempre foi um desejo nosso ajudar a Portuguesa pelo carinho que há pelo clube. Temos um excelente relacionamento com eles. Agora, ainda mais nessa situação, existe a intenção de colaborar de algum jeito”, explicou o dirigente. A ideia inicial é firmar um acordo nos moldes do acertado com o Oeste, time de Itápolis que disputa a Série B. Após o vice no Campeonato Paulista, o Audax fechou uma parceria com o Oeste. Com o acordo, houve uma fusão dos clubes e a transferência de atletas e da comissão técnica para o clube do interior. O técnico Fernando Diniz, então, selecionou os melhores atletas entre os dois elencos para formar o time, que disputa a Série B como Oeste. À época, a própria Portuguesa foi um dos alvos da diretoria do Audax, que acabou acertando com o Oeste. “Esse namoro sempre existiu. Talvez agora seja o momento ideal. Inicialmente seria só no futebol. O Mário (Teixeira, presidente do Audax) vai saber avaliar. Inicialmente seria só no futebol”, disse Nei. O presidente da Portuguesa, José Luiz Ferreira, afirmou, por sua vez, que o clube de Osasco ainda não fez uma proposta. O mandatário mostrou-se aberto em fechar a parceria depois da queda na Série C. “Se há alguma intenção, ainda não houve contato. Lá atrás, antes do Campeonato Brasileiro começar, algumas tratativas foram feitas, o Audax fez uma proposta, nós aceitamos, mas o Audax entendeu de não fechar o negócio e ir para o Oeste. Era com relação ao time de futebol. Depois disso não houve mais nenhum contato. É uma questão de ouvir a proposta. Tudo é possível, mas precisa primeiro sentar para ver”, ressaltou.