familismo

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familismo
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Léo Villaverde
FAMILISMO
A sociedade-família
A Terceira Via
Depois das ditaduras socialistas.
Depois da democracias permissivas
Editora Paz
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Editora Paz
Copyright © 2011. Léo Villaverde
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro. SP-Brasil)
Villaverde, Léo, 1954.
Título: Familismo. A Sociedade-família. A Terceira Via.
Depois das ditaduras socialistas. Depois das democracias permissivas.
Publicado em 2011 pela Editora Paz
(selo editorial da Rede Paz de Comunicação Ltda).
Texto divulgado via internet em 05 de outubro de 2010.
ISBN 00-000-0000-0
Registrado na FBN sob nº 518.691. Livro 984. Folha 119.
Rio de Janeiro, 28 de janeiro de 2011.
Áreas de Interesse: Todas as áreas do conhecimento.
05-0000
CDD 215
Índices para catálogo sistemático:
1. História, sociologia, filosofia, ciência e religião.
Capa/criação: Léo Villaverde/2010
O primeiro número à esquerda indica a edição, ou reedição, desta obra. A primeira dezena à
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SUMÁRIO
PREFÁCIO /
INTRODUÇÃO /
Capítulo 01
O QUE É FAMILISMO? / 11
1.1. O familismo não é um novo modelo de sociedade /
1.2. A sociedade familista como fruto espontâneo da vivência
do Deusismo, a ideologia de Deus
1.3. Os fundamentos científicos da família natural
Capítulo 02
O FAMILISMO E A TEORIA DA
SUSTENTABILIDADE SOCIAL / 22
2.1. Consciência Ecológica + Consciência Familista =
Equilíbrio da Ordem nos Mundos Natural e Social
2.2. Princípios fundamentais da ordem do mundo natural
2.3. Princípios fundamentais da ordem do mundo social
Capítulo 03
FAMILISMO, LEIS SOCIAIS E CONSTANTES SOCIAIS / 25
3.1. Existem leis naturais e constantes naturais?
3.2. A imutabilidade das leis naturais e as constantes naturais
3.3. As Constantes Sociais e a imutabilidade das leis naturais
3.4. A família natural como origem da sociedade natural
3.5. As leis sociais e a natureza humana inata
3.6. Consequências da violação das leis sociais
3.6.1. A advertência Unwin
3.6.2. A advertência Sorokim
3.6.3. A advertência Bezmenov
3.7. O familismo científico
3.8. Amor: o conteúdo da consciência moral
3.9. A tipologia das leis sociais
3.10. Lei da educação ambiental + Lei da educação de valores
3.11. A sociedade familista
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Capítulo 04
FAMILISMO E NATURALISMO HISTÓRICO / 45
4.1. A primeira razão: O desenvolvimento da história
das sociedades e o desenvolvimento do pensamento humano
4.2. A segunda razão: O fim da hipótese da tábula rasa e a confirmação
científica da teoria da natureza humana inata universal
4.3. A terceira razão: Os três desejos essenciais
da natureza humana inata universal
4.4. A quarta razão: A família como instituição biológica
e como desejo inato da natureza humana universal
4.5. A quinta razão: A Sociedade Familista é a sociedade natural
(a sociedade é uma família natural ampliada)
4.6. A sexta razão: O afastamento do modelo natural
e a tendência ao retorno ao modelo natural
Capítulo 05
A NECESSIDADE VITAL DA FAMÍLIA / 55
5.1. Família: o valor maior da vida humana
5.2. Socialismo ou Familismo:
Para onde caminha a humanidade?
5.3. Dia da Família: um feriado nacional
Capítulo 06
A HISTÓRIA DA SOCIEDADE HUMANA
É A HISTÓRIA DO CONFLITO BEM-MAL / 64
6.1. O mito do bom selvagem
Capítulo 07
AS TEORIAS DA HISTÓRIA,
O CRISTIANISMO E A CIVILIZAÇÃO CRISTÃ / 67
7.1. As teorias da história
7.2. A Idade Média e o Cristianismo
7.3. A política na Idade Média
7.4. Como foi possível?
7.5. A história da luta Deus x não-Deus e os mitos de ruptura
7.6. A República Familista do Brasil.
Por um Brasil Deusista-familista
7.7. A origem e a natureza do familismo
7.8. O familismo ao longo da história
7.9. O Cristianismo e as 3 matrizes teóricas
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materialistas do século XX
7.10. A origem da ditadura socialista e da democracia permissiva
7.11. O fim do socialismo, o fim da democracia
“representativa” e a lei natural da regência central
7.12. A democracia ateniense, a república espartana
e a Revolução Francesa
7.13. O papel do Catolicismo e dos positivistas ateus
na Proclamação da República no Brasil
7.14. A República Positivista do ditador
Floriano Peixoto e o massacre de Canudos
Capítulo 08
SUN TZU E O MARXISMO CULTURAL
A GUERRA SECRETA CONTRA O BRASIL / 96
8.1. Os cristãos brasileiros e a Escola de Frankfurt
8.2. Norberto Bobbio. O novo Marx dos esquerdistas
8.3. Antonio Gramsci e a estratégia da supressão da matriz cultural cristã
e sua substituição pela matriz cultural marxista
Capítulo 09
A DESCRISTIANIZAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO
BRASILEIRA DE 1988 E A DESCRISTIANIZAÇÃO DO BRASIL / 106
91. Uma nova verdade inconveniente
92. Os 4 espectros do equerdismo
9.3. O Estado brasileiro tem o dever constitucional
e jurídico de proteger a família natural no Brasil
9.4. Os agentes agressores contra a família natural
9.5. Os intelectuais ateístas: os novos “clérigos”
Capítulo 10
A DESTRUIÇÃO DA FAMÍLIA NATURAL
E SUAS CONSEQÜÊNCIAS SOCIAIS / 121
10.1. Os efeitos nocivos do divórcio
na saúde dos indivíduos e da sociedade
Capítulo 11
A FAMÍLIA NATURAL EM MARX, DARWIN E FREUD / 129
11.1. A aplicação social da hipótese marxista da família
11.2. A democracia e a maioria natural familista do Brasil
11.3. Por que a China comunista abandonou o socialismo
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e retornou ao capitalismo?
Capítulo 12
A FINALIDADE DA VIDA É A ALEGRIA
E A FAMÍLIA É A FONTE MAIOR DA ALEGRIA / 142
12.1. A família natural é o ninho biológico humano
e a escola primeira da educação de valores e da afetividade
Capítulo 13
A TEORIA DA ORIGEM NATURAL DA FAMÍLIA / 150
13.1. A teoria biofísica das unidades-duais complementares
13.2. A sociedade natural como ampliação da família natural
13.3. A família natural e o fenômeno biofísico da regência central
13.4. A família é uma instituição biossociocultural perpétua
13.5. A tendência negativa da natureza humana
à rejeição do modelo natural
13.6. A tendência positiva da natureza humana
A ajustar-se ao modelo natural
13.7. O modelo natural positivo-negativo e o fenômeno da repulsão
13.8. As leis da dualidade, reciprocidade e centralidade.
As 3 bases científicas da família natural
Capítulo 14
REVOLUÇÃO: DA SOCIEDADE OU DO HOMEM? / 162
14.1. A culpa de tudo está na economia capitalista?
14.2. O mundo mudou por fora, mas a natureza humana não mudou
14.3. O poderoso “exército” cristão brasileiro.
O Cristianismo está a serviço do esquerdismo?
14.4. O confuso, dividido e enfraquecido
“exército” cristão brasileiro
Capítulo 15
FAMILISMO OU SOCIALISMO? PARA ONDE CAMINHA O BRASIL? / 173
15.1. A democracia familista e a sociedade-família
15.2. Os 4 tipos de democracia
15.3. A democracia familista
Capítulo 16
A DEMOCRACIA, O DIREITO DA MAIORIA
E AS LEIS ANTIFAMÍLIA E ANTICRISTÃS / 180
16.1. Ordem e Progresso ou Deus e Família?
16.2. Qual a utilidade das “leis” antifamília e anticristãs?
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16.3. O Estado Democrático de Direito tem o dever jurídico
e constitucional de proteger a família natural
16.4. No Brasil família legal é família natural
16.5. A sociedade natural como ampliação da família natural
16.6. A família natural é a base do familismo
16.7. A família natural e as religiões
16.8. O familismo brota espontaneamente
da vivência do Deusismo, a ideologia da paz
16.9. Esquerdismo antifamilista:
É isso o que os brasileiros querem para o Brasil?
Capítulo 17
IEVOLOGIA: A CIÊNCIA DA FAMÍLIA / 198
17.1. O estudo científico da família
17.2. Ievologia e Psicologia
17.3. O ievologista e a ievoterapia
17.4. A ievologia e a família-padrão
17.5. Os estudos atuais sobre a família
17.6. A contribuição social do ievologista e do ievoterapeuta
Capítulo 18
TEXTO INTEGRAL DA
LEI DE PROTEÇÃO À FAMÍLIA NATURAL / 208
Capítulo 19
JUSTIFICATIVAS DA
LEI DE PROTEÇÃO À FAMÍLIA NATURAL
19.1. O que é uma família natural?
19.2. A necessidade da Lei de Proteção à Família Natural
(O Estatuto da Família Natural)
19.3. A desintegração da família natural
levará à desintegração da sociedade brasileira
Capítulo 20
COMENTÁRIOS DA
LEI DE PROTEÇÃO À FAMÍLIA NATURAL / 216
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“A pátria é a família amplificada. E a família, divinamente constituída, tem
por elementos orgânicos a honra, a disciplina, a fidelidade, a benquerença,
o sacrifício. É uma harmonia instintiva de vontades, uma desestudada
permuta de abnegações, um tecido vivente de almas entrelaçadas. Multiplicai a célula, e tendes o organismo. Multiplicai a família, e tereis a pátria.
Sempre o mesmo plasma, a mesma substância nervosa, a mesma circulação
sanguínea.”
Ruy Barbosa
“A família natural (homem-mulher-filhos) é a escola primeira da afetividade
e do amor (parental, conjugal, fraternal e filial), a escola primeira da
educação de valores, o ninho biológico humano e a célula-mãe da sociedade.
A família natural é a manifestação maior da lei natural e o pináculo da
ordem social. A família natural é a instituição-padrão, o modelo para todas
as instituições sociais. A família natural é a primeira linha de defesa contra
os vícios e o crime. O fim da família natural conduziria ao fim da ordem
social. Por isso, todo ataque contra a família natural é um ataque contra o
indivíduo, contra a sociedade e contra a nação brasileira.”
Léo Villaverde
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Capítulo 01
O QUE É FAMILISMO?
O familismo é o modelo de sociedade desejado por todos os seres humanos
ao longo da história. A sociedade familista é uma família natural ampliada,
onde existe amor (parental, conjugal, fraternal e filial), verdade, paz e
prosperidade. É o sonho social histórico da humanidade que sempre existiu
como estilo de vida da maioria absoluta das populações em todos os tempos
e lugares. A república democrática prometida pelos revolucionários
franceses, e a sociedade comunista prometida pelos revolucionários
marxistas jamais teriam triunfado se suas promessas não coincidissem com
os desejos essências da natureza humana inata: educação, família e
prosperidade; amor, verdade e bem. Os revolucionários iluministas
republicanos e os comunistas-socialistas não puderiam cumpir suas
promessas porque, assim como maças não brotam de cactos; não amor,
verdade e bem brotam do ateísmo. Não sou eu que o diz. Mas o que a
história provou. Como os comunistas e os pseudodemocratas ateístas não
puderam cumprir suas promessas, o comunismo-socialismo implodiu e as
repúblicas democráticas caíram no ateísmo e no permissivismo, e estão em
crise no mundo inteiro.
O marxista italiano Norberto Bobbio percebeu a crise das ditaduras
comunistas e pensou salvar o comunismo propondo sua fusão com a
democracia. Melhor dizendo: propôs o que chamou de socialismo
democrático. Em termos mais claros, propôs que os comunistas usassem a
democracia como um cavalo. Um trampolim para chegar ao poder. Bobbio
apresentou o socialismo democrático como a terceira via, o terceiro e último
modelo social alternativo, uma vez que o comunismo-socialismo e a
democracia haviam fracassado. Bobbio fundiu os restos de duas ideias
velhas e fracassadas e apresentou aquela velha ideia-frankenstein social
como algo novo e eterno. Ora, os restos de dois carros velhos nunca se
transformarão em um carro novo. Do mesmo modo, da árvore-ateísmo só
brota ateísmo. Sendo assim, um novo modelo social somente brotará de uma
nova cosmovisão. Por isso, somente o Deusismo, o pensamento científico de
Deus (a ciência Deusista), poderá dar origem a um novo modelo social: o
familismo.
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Na verdade, o familismo — uma sociedade-família repleta de amor,
verdade, justiça, paz e prosperidade — foi e continua sendo o sonho social
da humanidade. Desde a utopia do Paraíso Perdido, no Éden bíblico, a
humanidade sonha com a sociedade ideal: justa, culta, pacífica e próspera.
Na antiguidade primitiva o mito das sociedades comunitárias tribais
constituiu o ideal social. Na antiguidade helênica o mito da Idade do Ouro, o
mito de Atlântida, a Ditadura de Platão (que inspirou sociedade espartana),
a Democracia de Clístenes (que inspirou a sociedade ateniense) e a
República de Cícero (que inspirou a sociedade romana) constituíram o ideal
social dos antigos. Veio a Idade Média e o sonho continuou: a Sociedade
Cristã Primitiva, A Cidade de Deus, de Santo Agostinho, a Terra do Prestes
João, a Sociedade Feudal Cristã, de Tomás de Aquino, a Cidade do Sol, de
Campanella, a Utopia de Thomas Morus e a Nova Atlântida de Francis
Bacon.
Inspirados pelas ideias e pelos ideais da Antiga Grécia (lei da
imitação), a Europa renascentista do início da Idade Moderna viu emergir o
ideal social da Monarquia Tirânica, de Nicolau Maquiavel, seguida pelo
ideal da Sociedade Científico-mecanicista de Descartes, Newton e Rousseau.
Paralelamente, do lado cristão, emergiu a Sociedade Evangélica de Lutero,
Wycliff e Calvino, e a Sociedade Puritana dos irmãos Wesley e de George
Fox, na Inglaterra. Apesar do ataque do ateísmo pagão contra o Cristianismo
e contra a sociedade moral cristã, estes predominaram absolutos até o século
XVIII (e ainda predominam hoje, embora caotizados e enfraquecidos pelos
ataques do ateísmo no século XX).
A Revolução Francesa de 1789 ressuscitou e fortaleceu
ideologicamente os ideais sociais da Antiga Grécia: a República, de Platão,
praticada em Esparta, a democracia de Clístenes, praticada em Atenas, e a
República de Cícero, praticada em Roma. A República Democrática
Francesa transformou-se nas pseudodemocracias que originaram as
Sociedades Comunistas-socialistas totalitárias do século XX. Com a
emergência do comunismo prático na Rússia foi como se o ateísmo pagão e
amoral retirasse a máscara de pseudoreligiosos e pseudo-humanistas que
usara durante toda a história passada. As sociedades comunistas-socialistas
totalitárias foram as mais ateístas e desumanas da história, superando em
injustiça e crueldade as sociedades escravocratas.
Ao chegarmos no século XX, à Idade Contemporânea, a República
pseudodemocrática dos revolucionários franceses deram origem às
sociedades totalitárias comunistas-socialistas, enquanto a democracia cristã
norte-americana, fundamentada no Cristianismo, havia dado origem às
verdadeiras repúblicas democráticas cristãs, o chamado mundo livre. A
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verdadeira democracia garante a liberdade religiosa e os direitos humanos
porque está enraizada nos valores do Cristianismo, enquanto as
pseudodemocracias inspiradas no iluminismo ateísta degeneraram-se em
ditaduras cruéis porque fundamentavam-se no pensamento helênico-pagão
dos antigos gregos. Obviamente as democracias cristãs continuaram injustas,
embora incomparavelmente mais justas do que as ditaduras socialistas que
nunca respeitaram os direitos humanos e a liberdade. Prova disso é que os
revolucionários iluministas ateístas escreveram a Declaração Universal dos
Direitos do Homem inspirados no Cristianismo, mas jamais a puseram em
prática. Os revolucionários ateístas franceses, embora falassem em liberdade
e direitos humanos, transformaram a Revolução Francesa no Reino do terror
(a teoria do terror-virtude, de Robespierre), e já em 1804, misteriosamente, a
França retornou à monarquia imperial totalitária com Napoleão Bonaparte.1
Desse modo, na Idade Contemporânea a humanidade havia
ressuscitado e reimplantado os dois modelos sociais de origem grecoromana: a democracia e a república. Note-se que o modelo social inspirado
no Cristianismo, a sociedade cristã, vigorou na Europa do final do século IV
ao final do século XVIII, quando os revolucionários ateístas tomaram o
poder na Revolução Francesa de 1789. A partir da Revolução Francesa os
ateístas inventaram e espalharam pelo mundo a falsa ideia da Idade Média
como um período trevas, obscurantista e anticientífico, conforme retratada
pelo escritor comunista Humberto Eco em seu livro O Nome da Rosa
(transformado em filme homônimo). Na historiografia atual o mito da Idade
Média de trevas já foi desacreditado pelas pesquisas da historiadora francesa
Règine Pernoud (que pesquisou em documentos originais da época
medieval), que apresentou ao mundo a verdadeira história da Idade Média
em seus livros O Mito da Idade Média e Luz sobre a Idade Média
1
Napoleão Bonaparte (1769-1821) foi foi um dos líderes político-militares durante os
últimos anos da Revolução Francesa, e que ajudou a derrubar a monarquia.
Surpreendentemente, 15 anos depois, obviamente com apoio da liderança revolucionária
(ou pseudo-revolucuonária) catapultada ao poder depois da Revolução, Napoleão se
autocorou imperador da França com o nome de Napoleão I. Governou o império francês
como um tirano absoluto e cruel de 1804 a 1814 (Cf. Os Crimes de Napoleão. Claude
Ribbe. Record, 2005), período em que deflagrou as Guerras napoleônicas com o objetivo de
conquista o mundo. A rápida ascensão de Napoleão revelou que os iluministas-ateístas não
queriam libertar ou beneficiar o povo francês, mas apenas conquistar o poder políticoeconômico. O povo, como sempre, foi usado como massa de manobra e bucha de canhão. O
livro As Noites Revolucionárias, do escritor francês Restif de La Bretonne (Editora Estação
Liberdade, 1989) é considerado o mais fiel e confiável relato sobre o que aconteceu durante
a Revolução Fraancesa.
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(Publicações Europa-América, 1977 e 1981). Livros como A Ciência na
Idade Média, do escritor português Latino Coelho (1988), e Os Intelectuais
na Idade Média, de Jacques LeGoff, (editora Jose Olímpio, 2003), e
particularmente o livro Como a Igreja Católica. Construiu a Civilização
Ocidental, do historiador Dr. Thomas E. Woods (editora Quadrante, 2008),
entre muitos outros, contribuíram decisivamente para desacreditar o mito da
Idade Média de trevas e brutalidade. Por quê os ateístas inventaram e
difundiram esse mito por todo o mundo? Porque foi durante a Idade Média
que o Cristianismo predominou política e culturalmente, não deixando
espaço para as ações do ateísmo ocultista. Mas ainda existem muitos falsos
mitos inventados pelos ateístas à espera de serem desacreditados pelos
verdadeiros historiadores. A abertura e o acesso dos historiadores dos
arquivos do Vaticano dos arquivos da ex-União Soviética trarão muitas
verdades históricas ao mundo.
Karl Marx (1818-1883), baseando-se nas ideias e nos ideais dos
revolucionários ateístas franceses (a república ditatorial espartana gregoromana copiada de Platão e Esparta, e usando a ideia da democracia grecocristã como mero degrau) e nas ideias materialistas ateístas francesas,
inglesas e alemãs, construiu a cosmovisão marxista ateia, com base na qual
propôs um “novo” ideal social, a Sociedade Comunista (as promessas dos
familismo, mas sem Deus. Por conseguinte, sem amor, verdade e bem). O
resultado só poderia ser um desastre. Marx afirmou que o propósito
explícito do marxismo e do comunismo era a total extirpação da ideologia
cristã e da sociedade cristã da Terra. Marx chamou a sociedade cristã
pejorativamente de sociedade capitalista burguesa, desprezando por
completo todo o amor, a verdade e o bem que o Cristianismo tinha trazido
ao mundo. O Cristianismo transformou a Europa bárbara na a civilização
cristã ocidental. Que resultado maior uma ideologia pode produzir? O que o
marxismo produziu?
O século XX viveu três Guerras Mundiais (incluindo a Guerra Fria)
e desenvolveu e utilizou as armas nucleares, químicas e bacteriológicas
(fala-se até em armas eletromagnéticas. Jerry E. Smith. Editora Aleph,
2005). O século XX viu o mundo dividir-se em dois blocos antagônicos,
presenciou as revoluções comunistas sanguinárias, as guerrilhas, a guerra
ideológica, a guerra fria da espionagem que matou milhões de seres
humanos com bombas, tiros e fomem até a guerra terrorista, cujos alvos são
as pessoas inocentes. O marxismo-comunismo invadiu e subjugou 35 países
e metade da humanidade; tornou-se um império mundial de mentiras e
crimês em nome da justiça e da paz, e parecia próximo da conquista do
mundo. Subitamente, porém, o império marxista-comunista desabou,
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arrastando com ele a credibilidade e o prestígio do ateísmo, do marxismo e
do ideal social comunista. Desde 1988, os marxistas-comunistas começaram
a retirar de suas bandeiras o símbolo da foice e do martelo, mudaram o
nome de seus partidos e passaram a evitar as palavras marxismo e
comunismo, passando a utilizar unicamente o termo socialismo. Mas a
teoria das tesouras criada por Lênin, a estratégia das duas frentes
simultâneas de ação (uma legal e outra ilegal), continua em ação: os
comunistas continuam atuando em duas frentes e com duas faces: uma face
legal e pública (infiltrados nos partidos democráticos), e outra face ilegal e
clandestina (infiltrados nos movimentos sociais). Os raquíticos partidos
comunistas que ainda ostentam o nome e os símbolos comunistas (a cor
vermelha e a foice e o martelo) são apenas iscas para distrair os tolos
democratas cristãos, levando-os a pensar que o marxismo e o comunismo
estão enfraquecidos e quase mortos. Os cristãos estão sendo enganados e
manipulados cínica e impiedosamente pelos ateístas, e tem votado em massa
nos esquerdistas. São as ovelhas votando nos lobos; estão dando aos lobos o
poder de criar as leis que regerão as ovelhas. Obviamente oslobos devorarão
as ovelhas. Isto é o óbvio. Ovelhas não deveriam acreditar em promessas de
lobos. Ovelhas deveriam votar apenas em ovelhas. Não se entrega a chave
do galinheiro nas mãos da raposa. Isso é estupidez sem limite.
1.1. O familismo não é um novo modelo de sociedade
Paralelamente e simultaneamente ao avanço do ateísmo marxista-comunista
no mundo, os pensadores Deusistas também desenvolviam novas teorias
científicas, econômicas, políticas e sociais alinhadas com o Deusismo, a
Ciência Deusista. Atento ao desenvolvimento do pensamento e da sociedade
humana percebi que as novas teorias científicas e sociais do século XX
constituíam os pilares teóricos de uma nova ideologia e de um novo modelo
social: a ideologia Deusista e a Sociedade Familista, uma sociedade póscomunista, pós-democrática, pós-industrial e pós-capitalista. Observei ainda
que as crises das sociedades atuais representam o fim das ditaduras
socialistas e das democracias permissivas (ambas imersas no materialismo e
no ateísmo), e que a humanidade está no alvorecer da Sociedade Familista
(inspirada pela ciência Deusista); uma sociedade-família estruturado
segundo o modelo e a ética da família natural e inspirada e fundamentada na
Ciência Deusista, o pensamento científico de Deus.
Enquanto as fábricas e as relações de produção eram centrais nas
democracias permissivas e nas ditaduras comunistas-socialistas, o lar e as
relações familiares serão o centro, o modelo-padrão para todas as relações
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sociais no familismo. Enquanto a ênfase no dever público (deveres para com
o Estado) caracterizou as sociedades comunistas-socialistas totalitárias, e a
ênfase na liberdade individual (direitos e individualismo) caracterizou as
sociedades democráticas permissivas, no familismo os deveres e os direitos
andarão juntos, mas os deveres terão primazia sobre os direitos, pois a
liberdade é um fruto que brota da responsabilidade. Como é possível colher
(direitos) sem antes plantar (deveres)? Dessa forma a sociedade familista
será fundamentada no responsabilismo. (primazia dos deveres sobre os
direitos). N familismo o lar e as relações familiares serão modelos-padrão
para todas as instituições e relações sociais.
A sociedade familista não é um novo modelo de sociedade; não é
uma nova obra da chamada engenharia social, proposta pelos materialistas
ateus. Na verdade, a sociedade familista sempre existiu e coexistiu ao longo
de toda a história, pois o familismo é o estilo de vida natural e espontâneo
que brota da convivência de famílias naturais (homem-mulher-filhos), e as
famílias naturais sempre foram desejadas, existindo como maioria (99%) em
todos os tempos e em todos os lugares. Assim, enquanto existir e
predominar a família natural, o familismo existiu como maioria no passado,
existe como maioria no presente e existirá e predominará no futuro.
Hoje, depois do desmoronamento das ditaduras comunistassocialistas e depois da crise das democracias permissivas, o familismo pode
ser visto como a verdadeira terceira via, e está em pleno desenvolvimento na
Terra. O familismo reunirá os mais nobres sentimentos humanos, o mais
alto nível de ciência, tecnologia, naturalismo e arte, ao mais alto padrão de
fé, espiritualidade e moralidade da história humana. A Sociedade Familista
representará a concretização de todos os ideais sociais da história humana,
especialmente, o ideal social dos religiosos — O Reino de Deus na Terra —
e a confirmação da previsão mística de Einstein: “A sociedade do século
XXI será religiosa, ou não será nada.”
1.2. A sociedade familista como fruto espontâneo da vivência
do Deusismo, o pensamento de Deus
A quem você confiaria sua família? Marx ou Deus? Se conhecer o
verdadeiro Marx tenho certeza de que mesmo um marxista radical preferiria
confiar em Deus, pois sabe muito bem do que os marxistas foram e são
capazes.
A ideologia Deusista propõe a existência histórica e universal de
uma dicotomia no pensamento e no comportamento humano. Em sua teoria
do conflito intrapsíquico Freud admitiu uma dicotomia psíquica, propondo
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que a mente humana estava dividida entre duas tendências antagônicas: id
(instintos e compulsões fisiológicas) e superego (valores espirituais, morais
e éticos) em constante conflito intrapsíquico, e que esse era o estado natural
e eterno do homem. O Deusismo rejeita essa hipótese, e propõe que o estado
de conflito intrapsíquico não é o estado original do homem, mas é o
resultado de um desvio moral/comportamental ocorrido nos primórdios da
civilização, ao qual chamamos de ruptura original (ou Queda do homem, na
linguagem bíblica). E recorda que a quase totalidade das civilizações
desenvolveram mitos de ruptura semelhantes a fim de explicar a origem do
bem e do mal. Freud afirmou que o Id é uma espécie de porão (o
inconsciente) cheio de perversões e insanidades, e é inato, enquanto o
superego (os valores morais) é adquirido. Propôs que o superego é o
conjunto de crenas e valores morais inventados pelas religiões e incutidos
sob pressão na mente humana, gerando o conflito intrapsíquico e as
psiconeuroses. Assim, só haveria saúde mental na Terra quando Deus e as
religiões fossem banidos da mente humana.
Obviamente o Deusismo nega essa visão ateísta e mítica de Freud, e
observa que aquilo que Freud chamou de superego adquirido e patogênico é,
na verdade, a consciência moral inata do ser humano, e que o Id (visto por
Freud como um porão de perversões e insanidades) refere-se tão somente
aos insttintos e os impulsos fisiológicos naturais. As perversões
comportamentais existem, mas não são originais e nem inatas na natureza
humana. As perversões comportamentais originam-se da violação dos
valores inatos da consciência moral inata, que está sempre atuante e
apontando o caminho da retidão moral. E é quando o homem viola sua
consciência moral inata que surge o conflito intrapsíquico, a culpa, o
remorso.
A dicotomia psíquica e o conflito intrapsíquico não ocorre entre id e
superego, mas entre Deus/não-Deus bem/mal, verdade/mentira, certo/errado
e natural/antinatural. na mente e na natureza humana dividida e conflitada
devido à ocorrência de uma ruptura original na relação homem-Deus. Se a
ruptura original não tivesse ocorrido não existiria dicotomia e nem conflito
intrapsíquico na natureza humana e nem na história. Originalmente a mente
original do homem é essencialmente benéfica, mas foi pervertida no início
da história. Existem dezenas de evidências históricas, filosóficas e
científicas da ocorrência real da ruptura original. Vamos citar algumas, 1. O
registro simbólico da Bíblia utiliza os termos árvore = homem e fruto = sexo.
Se a árvore se multiplica por meio do fruto, e o homem por meio do sexo,
isto significa que fruto = sexo); 2. A Síndrome do Paraíso Perdido
(arquétipo psicopatológico histórico e universal); 3. A rejeição lógico-moral
17
do mal na história das civilizações; 4. A existência das religiões (do latim
religare) sugerem um desligamento primevo; 5. O objetivo essencial das
religiões (vitória do bem sobre o mal); 6. As teorias da psicanálise e da
logoterapia (conflito intrapsíquico e alienação Deus-homem); 7, O registro
da arte universal (guerra bem-mal e sexo antinatural anjo-mulher); 8. O
registro da história universal (sexo = tragédias pessoais e nacionais); 9. A
ciência, a Idade de Ouro e o mito da supercivilização do passado (Atlântida,
etc); 10. O registro da literatura universal (triângulo amoroso = tragédias);
11. A dicotomia ideológico-cultural (superparadigmas: Deusismo X
materialismo ao longo de toda a história); 12. A realidade histórica e social
da civilização dividida (cultura real e cultura ideal); 13. O maniqueísmo
místico (Deus/não-Deus, monoteísmo/politeísmo religião/magia,etc); 14. Os
seres híbridos da mitologia e da genética (transgênicos míticos, filosóficos e
científicos; violação da ordem natural original e rebelião contra Deus); 15.
A ufologia e o mito da supercivilização extraterrestre; 16. A geologia e o
mito da supercivilização intraterrestre; 17. O ataque constante contra o
Cristianismo e a tendência à autodestruição da civilização cristã; 18. O
arquétipo da mitologia histórica e universal (deuses, titãs, semideuses e
mortais comuns); 19. O arquétipo da literatura infantil histórica e universal
(bruxas e fadas, gnomos e duendes, super-heróis e supervilões); 20. O
arquétipo do folclore histórico e universal (mitos, lendas, fábulas e contos
de fadas: luta bem/mal); 21. A lei da separação (a história das lutas
ideológicas e a história das guerras entre pessoas e nações); 22. A
simbologia sexual universal (símbolos sexuais universais semelhantes); 23.
As teorias escatológicas das religiões (todas afirmam o início errado da
história humana, profetizam o fim da história bem/mal e o início de uma
nova história governada apenas pelo bem/Deus); 24. O arquétipo do casal
primário como modelo perfeito Adão e Eva (Romeu-Julieta, ArthurGuinevere-lancelot, Tristão e Isolda, Bernardo e Heloísa, Dante e Beatriz,
etc); 25. A ciência e a teoria do casal primário (a Eva mitocondrial, o Adão
cromossomo Y e o Neanderthal (a humanidade teria nascido de um
triângulo amoroso-genético); 26. As teorias ateístas e Deusistas da ciência
contemporânea; 27. O mito arquetípico da descendência homem-animal (os
homos foerus, Tarzan/Chimpanzé, Mogli/Lobos, Rômulo-Remo/Loba, etc).
O estilo desta obra não me permite aprofundar o estudo destas 27 evidências
históricas, filosóficas e científicas favoráveis a ocorrência real de uma
ruptura real na relação homem-Deus. Mas elas foram estudadas na íntegra
em minha palestra A Ruptura Original (uam vídeo-palestra que está sendo
transformada em livro).
18
A história humana é a história da luta da humanidade a fim de
eliminar o mal e construir uma sociedade justa, culta e pacífica. Embora o
familismo tenha sempre existido e os familistas tenham sido sempre a
maioria em todas as sociedades, os familistas nunca estiveram no poder, no
comando da sociedade. Os ateístas e antifamilistas, mesmo em número
inexpressivo, sempre foram catapultados para as posições de alto comando,
quase sempre por meios ilícitos/assassinatos e eventos misteriosos, como
aconteceu com Robespierre e o iluminismo, Hitler e o nazismo, com Lênin
e o comunismo, etc. O ideal social comum e histórico da humanidade — o
familismo —, embora tão antigo quanto o homem, jamais foi concretizado.
A história nunca conheceu uma sociedade verdadeiramente Deusiata e
familista.
A dicotomia do pensamento é outra prova histórica da dicotomia
existente na natureza humana: o pensamento humano está dividido em duas
correntes opostas e excludentes. E provando a natureza antinatural do mal
até mesmo o materialismo foi constrangido a fornecer uma explicação e
uma proposta de solução para a sua origem. No cristianismo: o pecado
original; no marxismo: a teoria da propriedade original; no freudismo: o
parricídio original; na psicologia transpessoal, o parto traumático original,
entre outras. A humanidade está dividida em dois grupos caracterizados por
ideias e ações opostas (materialismo-Deusismo; assírios e caldeus,
espartanos e atenienses, romanos e bárbaros (antiguidade), cristãos e pagãos
(Idade Média), religiosos e cientistas (Renascença), monarquistas e
iluministas (França), nazistas e democratas, comunistas e democratas
(século XX).
Ao longo de toda a história as duas correntes de pensamento tiveram
seus expoentes intelectuais. Os pensadores materialistas (Caim),
representados por Maquiavel, Descartes, Newton, Darwin, Comte e Marx
saíram na frente, e sistematizaram uma teoria sociológica ateísta “científica”
completa: a sociologia do conflito (mecanicista/materialista). Por sua vez, os
pensadores Deusistas (Abel), representados por Lutero, Fitche, Schelling,
Kant, Bergson, Spinosa, Weber e De Maestri, não dispondo ainda de uma
teoria sociológica científica (organísmica/Deusista), continuaram
defendendo a “sociologia” cristã agostiniana, fundamentada na Bíblia e na
filosofia cristã. Com base na ciência do século XIX, a sociologia
mecanicista/materialista negou Deus e os valores espirituais, morais e éticos,
predominando no mundo. O caos social e a decadência do mundo atual é a
prova do fracasso dos pensadores Deusistas em desenvolver e impor uma
teoria sociológica Deusista.
19
Hoje, retomando as verdades essenciais da sociologia cristã do
passado e atualizando-as com base na nova ciência do século XX —
organísmica, sistêmica, holística e bidimensional — cremos haver
sistematizado uma nova teoria sociológica Deusista: a sociologia natural,
cujo objetivo é a construção do familismo, a sociedade-família.
Depois da derrocada das ditaduras socialistas e da crise das
democracias permissivas já não importa se o materialismo ateu e sua
sociologia do conflito ainda persistem. Os pensadores Deusistas já possuem
uma nova teoria sociológica e um novo modelo social: a sociologia da paz e
a sociedade familista para contrapropor e substituir a sociologia do conflito
e a sociedade comunista. O sonho social de Deus e da humanidade está se
concrertizando.
As ditaduras comunistas-socialistas (de origem helênico-pagã) e as
democracias permissivas (igualmente de origem helênico-pagã) chegaram
os século XXI em frangalhos, repletas de graves e insolúveis problemas
(homicídios, drogas, imoralidade sexual, corrupção, fome, etc). A situação
do mundo atual é a prova do fracasso dos modelos sociais ateístas-amoral
derivados do pensamento helênico-pagão. Agora chegou a vez do familismo,
o modelo social Deusista-moral de inspiração judaico-cristã. O familismo é
o modelo de sociedade natural que sempre existiu ao longo da histório, pois
sempre brotou espontaneamente da natureza humana inata. O familismo é a
verdadeira terceira via, a terceira alternativa social para a humanidade em
crise dos dias atuais. A sociedade familista não está inteiramente no futuro,
como a ilusão comunista. A sociedade famlista sempre esteve presente e
viva no palco da história, pois onde existiu um grupo de seres humanos ali
se formaram famílias naturais, e ali estava o familismo. A sociedade ideal
sonhada por Deus e pelo homem ao longo da história já está na Terra. E por
ser inspirado no Deusismo (o pensamento científico de Deus), o familismo
será eterno como Deus, o homem e o planeta Terra.
1.3. Os fundamentos científicos da família natural
Os seres da natureza não são constituídos de elementos contrários e em
constante conflito interior. São, isso sim, constituídos de pares ditintos e
complementares (positivo-negativo) em contínua harmonia entre si. Essa lei
geral da dualidade complementar estende-se da física (próton-elétron) à
química (cátion-ânion), à biologia (estame-pistilo, macho-fêmea, homemmulher) e à sociedade (pais-filhos, professor-aluno, governo-povo, etc).,
sendo portanto um modo de operação da natureza; uma lei natural e objetiva
da ciência. Isto significa que, no âmbito da ciência natural, a família é uma
20
organização dual natural. A ideia de família está intimamente vinculada à
ideia de um ser masculino e outro feminino que se atraem entre si por
afinidade da espécie, impulso genético à perpetuação, ou por amor e desejo
de constituir família (como preferem os cientistas Deusistas). O par
positivo-negativo estabelece uma ação harmoniosa e de afetividade
recíproca, dando origem a uma descendência semelhante (mesculiniofeminino). Assim é o funcionamento orgânico da natureza. Isto é ciência
natural pura e verdadeira. Assim sendo, a menos que a ciência natural seja
invalidada, ou que a vida seja extinta da Terra, a família natural (homemmulher-filhos) existiu e foi predominante no passado, existe e é
predominante no presente e existirá e será predominante no futuro. Todas as
espécies constroem ninhos, tocas, covis, etc; um lugar seguro para onde se
recolhem ao anoitecer e onde procriam e protegem seus filhotes. O homem é
também um ser biológico natural, parte integrante da biosfera. O lar é o
ninho biológico humano natural e perpétuo. A família natural é a escola do
amor. Somente na família natural o homem vivencia os quatro tipos básicos
de amor: parental, fraternal, conjugal e filial. A família é a célula-mãe das
sociedades. Sem a família natural não existiria sociedade humana. Portanto,
o futuro da humanidade não será uma sociedade sem família e baseada no
sexo grupal, mas sim uma sociedade familista baseada no amor e no sexo
familiar. A família é a instituição natural por execelência; é o modelopadrão para as demais instituições sociais. Todas as instituições serão
estruturadas segundo o modelo e a ética familiar. A escola será uma escolafamília, a universidade será uma universidade-familia, a fábrica será uma
fábrica-família, o hospital será um hospital-família, o Estado será um
Estado-família. A família, e não a fábrica, será o centro da sociedade
humana do futuro. A família natural baseada em valores morais absolutos é
a raiz da paz social e a fonte maior da felicidade humana na Terra e no Céu
(pois a família é uma instituição eterna). O familismo unirá a mais alta
tecnologia suave, o mais elevado naturalismo, as melhores ideias e os
melhores sentimentos humanos. A sociedade familista do futuro será uma
família global sob um único Deus-Pai, pois a família natural (homemmulher-filhos) é mais do que uma organização social natural. É o modelo
absoluto para todas as instituições sociais. É a instituição divina suprema.
21
Capítulo 02
O F AMILISMO E A TEORIA DA
SUSTENTABILIDADE S OCIAL
2.1. Consciência ecológica + Consciência familista =
Equilíbrio da ordem nos mundos natural e social
O despertar da consciência ecológica da humanidade começou nos anos 60 e
veio se intensificando até o momento atual, no qual os povos, por meio das
ONGs, pressionaram os governos, forçando-os a criaram leis ambientais e
uma política ambiental a fim de deter a destruição do meio ambiente global.
Nesse sentido contribuíram muito as pesquisas e o trabalho do Al Gore, exvice-presidente dos Estados Unidos que ganhou um Prêmio Nobel pela
conferência e livro homônimo Uma Verdade Inconviniente. (Editora Manole,
2006). Desse modo, o nível de desenvolvimento e o avanço da consciência
ecológica atual nos dá esperança de que, embora ainda tenhamos alguns
frutos ruins a colher, a humanidade conseguirá deter a devastação ambiental
e ajudar o planeta a se auto-reequilibrar.
Quanto ao desenvolvimento e ao avanço da consciência ecológica o
Brasil desempenhou um importante papel ao sediar a Eco-92, a Conferência
das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento. A Eco-92,
ocorrida durante o governo Fernando Collor de Melo, superou a
Conferência de Estocolmo de 1972, e foi a primeira conferência
internacional da ONU sobre o meio ambiente que teve um impacto global e
despertou o mundo para as graves ameaças que pairavam sobre o planeta. A
Eco-92 foi além do mero ambientalismo, uma vez que ainda estava sob a
22
influência e a inspiração do chamado espírito constituinte, a onda de
otimismo semeada no país pela Assembléia Nacional Constituinte de 1988,
a assembléia que elaborou a mais moderna Constituição do mundo em
termos sociais.
Paralelamente à Eco-92 foi organizado e posto em funcionamento o
Fórum Social Global, que introduziu o sócio-ambientalismo, a ideia de que
as preocupações dos governos e dos povos da Terra não deveriam focar
apenas o meio ambiente natural, mas também, e principalmente, o meio
social. A proposta sócio-ambientalista diz que não bastam leis e uma
política ambiental. E preciso melhorar a educação e as condições sociais dos
povos. Mas essa ideia não nasceu no Fórum Social Global (manipulado
pelos esquerdistas), pois as preocupações educacionais e sociais sempre
foram objeto da ação social dos cristãos no Brasil. Todavia, aquela foi uma
defesa pioneira do socioambientalismo, uma ideia que influenciou o mundo
e particularmente o Brasil, que saiu na frente do mundo na defesa do
socioambientalismo.
Não obstante o importante papel exercido pelo Fórum Social Global,
os ecologistas e sociólogos que apresentaram e defenderam o
socioambientalismo, não apreenderam em toda amplitude e profundidade o
significado do socioambientalismo, mantendo a discussão no plano
superficial das necessidades externas, tais como a educação cultural e
técnica como base da justiça social, da distribuição de renda, da melhoria da
qualidade de vida, etc. As questões da preservação da família natural e da
educação de valores, exigências fundamentais para um verdadeiro
socioambientalismo, não foram sequer abordadas pelo Fórum Social Global.
Desse modo, o socioambientalismo não foi teorizado — e nem
compreendido — adequadamente. Preencher a lacuna teórica deixada pelas
discussões socioambientais da Eco-92 e do Fórum Social Global é o
objetivo deste texto introdutório ao estudo do familismo, a sociedadefamília.
Estabelecido e garantido o avanço da consciência ecológica nos anos
60, enfocaremos neste texto o problema da consciência familista, pois dois
mundos convivem e coexistem simultaneamente no planeta Terra: o mundo
natural e o mundo social, o mundo dos seres humanos. Ora, de que servirá
ao homem salvar o mundo natural, se o mundo social — o ambiente social
em que vivemos — se desintegrar? O objetivo deste texto é ampliar o
conceito do socioambientalismo, abordando, talvez pela primeira vez, o
conceito de sustentabilidade social em seu sentido teórico mais amplo e
profundo, bem como sua interconexão e interdependência com o conceito de
sustentabilidade natural.
23
2.2. Princípios fundamentais da ordem do mundo natural
No século XVIII, época da Revolução Insdustrial, a população mundial
somava cerca de 2 bilhões de pessoas. A tecnologia era basicamente movida
a água, vapor, ar e lenha. Assim, o poder destrutivo do homem era limitado
ao poder de seus músculos e da tecnologia da época. No século XXI o
avanço tecnológico aumentou o poder destrutivo do homem em 700% e o
consumo cresceu 200%. O aumento do poder poluidor da matriz energética
formada pelo petróleo, o carvão mineral e o gás natural puseram em risco a
sobrevivência da espécie humana sobre a Terra. E foi então que a
humanidade, inspirada por Deus (Rm 8.19-23), despertou para o problema
ecológico. Percebeu que a destruição do mundo natural a levaria à extinção.
E a ciência natural realizou estudos que fortaleceram a consciência
ecológica, estimulando as tecnologias suaves, a reciclagem e a matriz
energética limpa (hidroelétrica, eólica e biomassa). A ecologia descobriu
que para preservar o mundo natural era imprescindível estabelecer, na lei e
na prática, os dois principios fundamentais da sustentabilidade do mundo
natural: 1. a conservação do estado natural; e 2. a reciclagem. E os povos
exigiram e os governos criaram leis e políticas de proteção ambiental, de
conservação natural, de reciclagem e a lei da educação ambiental para
democratizar e perpetuar a consciência e a educação ecológicas. E quanto ao
mundo social? O que os povos e os governos estão fazendo?
2.3. Princípios fundamentais da ordem do mundo social
Sabe-se que o problema ecológico não está na natureza, mas no homem; na
ignorância, no egoísmo e na ganância desmedida dos homens. Portanto,
defender a natureza significa educar o homem em suas relações com o
mundo natural e o mundo social. Assim como a ordem e a defesa do mundo
natural está baseada em dois princípios (conservação do estado natural e
reciclagem), também a ordem e a defesa do mundo social está baseada em
dois princípios: 1. a conservação da família natural (homem-mulher-filhos);
e 2. a educação de valores (transmissão contínua dos valores universais da
família; algo como uma “reciclagem” de valores). Estes são os dois pilares
fundamentais da ordem social. A família natural é a escola primeira da
afetividade (amor parental, conjugal, fraternal e filial) e a escola primeira da
educação de valores; é o ninho humano biológico e perpétuo e a célula-mãe
das sociedades. Uma célula-mãe pervertida, ou moralmente enferma, dará
origem a outras células-filhas igualmente pervertidas e moralmente
24
enfermas. Assim, a família natural está na origem da ordem ou do caos
social. A família pode ser a escola da verdade ou da mentira, do amor ou do
ódio, do cidadão ou do sociopata, da paz ou do conflito social. A defesa da
família natural é a defesa dos alicerces da própria sociedade. É a defesa da
família natural que dá sentido à causa ecológica, pois o mundo natural é a
base objetiva da existência do mundo social (subjetivo), o mundo dos seres
humanos. Portanto, necessitamos de uma lei de educação ambiental e
também de uma lei de defesa da família natural e de uma lei da educação
de valores. É isso, ou o caos social e a desintegração da sociedade brasileira.
Capítulo 03
FAMILISMO, LEIS MORAIS
E C ONSTANTES SOCIAIS
3.1. Existem leis naturais e constantes naturais?
Quando falamos de princípios fundamentais da ordem natural e da ordem
social estamos falando de leis naturais e de leis sociais, igualmenter naturais,
uma vez que o homem é uma parte integrante da natureza, que a família é
uma instituição natural (atratividade natural positivo-negativo voltada para a
perpetuidade da espécie) e que a sociedade é uma família natural ampliada.
Desse modo é imprescindível determinarmos a realidade das leis naturais, os
modos de operação da natureza, responsáveis pelo seu funcionamento
ordenado, cíclico e perpétuo. O estudo dessa questão faz-se necessário
porque alguns cientistas ateístas, percebendo que as leis naturais podiam
explicar o funcionamento do universo, mas não podiam expicar o origem
delas mesmas (sem uma causa inteligente pré-existente, um Deus-Criador)
decidiram negar a existência das leis naturais e das constantes da natureza (a
sincronia perfeita de pesos e medidas que mantém o cosmos desvendada
pelo princípio antrópico), propondo em lugar da ideia de leis e constantes
naturais a ideia de hábitos inconstantes da natureza. Na verdade, a rejeição
de leis naturais e de constantes da natureza representa a negação total do
fundamento histórico da própria ciência materialista/ateísta, que sempre se
apoiou na existência das leis e das constantes da natureza. Sem esta base o
determinismo e a certeza da ciência desmoronariam por completo. Como
25
somos Deusistas, e vemos a ciência como a busca pelo conhecimento em
grau de perfeição, experimental, temos que afirmar a realidade das leis
naturais e das constantes da natureza, pois elas são provas reais da presença
de um ser inteligente pré-existente que projetou o universo.
Em nossos trabalhos Biocosmos. O Universo Vivo (Cultrix, 2000), O
Ser Terra. O Planeta Sensível (Reg/FBN, 1999), estudamos o princípio
cosmlógico antrópico, sistematizado pelo astrofísico inglês Brandon Carter
(Cf. The Antropic Cosmological Principle. John Barrow e Frank Tipler,
Oxford University Press, 1986) e acreditamos ter respondido com um
poderoso sim. Sim! Existem leis naturais (como modos de operação da
natureza) e existem constantes naturais matemáticas, físico-químicas e
biológicas responsáveis pelo funcionamento ordenado, cíclico e preciso do
universo.
3.2. A imutabilidade das leis naturais e as constantes naturais
Dissemos na parte I deste estudo sobre a teoria da sustentabilidade social
que dois princípios fundamentam a sustentabilidade natural: 1. lei da
conservação do estado natural; e 2. Lei da reciclagem. Se por um lado o
aquecimento global antropogênico (causado pelo homem) é irreal, como
afirmam e provam centenas de cientistas climatologistas de todo o mundo,
alegando que o homem não tem poder para alterar os rumos da natureza, por
outro lado o movimento ecológico teve a utilidade de pressionar os
governos do mundo e o governo brasileiro, levando-os a criare aprovarem a
lei da educação ambiental, que introduziu no sistema de educação e no
sistema de comunicação brasileiros o ensino oficial da lei da conservação do
estado natural e da lei da reciclagem, fatores que a médio e longo prazos
protegerão significativamente o Brasil e o planeta.
Segundo a ciência ortodoxa as leis naturais são modos imutáveis de
operação naturais do planeta. Se as leis naturais fossem mutáveis e
inconstantes não existiria ordem natural e o cosmos seria puro caos. Pensar
na inconstância e mutabilidade das leis naturais seria o mesmo que pensar
na inconstância das constantes da natureza, o conjunto de relações físicoquímicas e biológicas responsáveis pela caracterização do universo e do
planeta Terra como eles são hoje.
Dissemos anteriormente que as constantes da natureza foram
sistematizadas cientificamente pelo astrofísico inglês Brandon Carter, e
publicadas no The Antropic Cosmological Principle. Os estudos de Carter
assustaram a ciência ateísta porque deram origem ao chamado princípio
cosmológico antrópico, segundo o qual o universo parece ter sido projetado
26
para desenvolver e perpetuar a vida, e que a Terra está localizado em uma
região especial do espaço (anisotropia ≠ homeotropia), apresentando valores
matemáticos e condições físico-químico-biológicas únicas e especiais, as
quais favoreceram o surgimento da vida carbonada.
As constantes da natureza, base científica do princípio cosmológico
antrópico, indicam que se a inclinação da Terra, a composição química da
atmosfera, as relações matemáticas, físicas, químicas e biológicas (que são
constantes naturais); se qualquer um destes fatores fosse diferente o planeta
Terra tornar-se-ia completamente outro. Por exemplo: sabe-se que a
composição atmosférica contém 21% de oxigênio, 78% de nitrogênio e 1%
de gases nobres. Experiências de laboratório demonstraram que, como o
oxigênio é um gás altamente inflamável, qualquer alteração acima de 21%
de oxigênio na atmosfera levaria a biosfera do planeta à autocombustão!
Coisa semelhante se pode afirmar com relação aos períodos de gestação das
espécies, à quantidade de elementos químicos, etc, etc. Simulações de
computador onde uma única constante natural foi alterada produziram
mundos totalmente diferentes da Terra. O princípio cosmológico antrópico 2
e as constantes da natureza são ciência ortodoxa atual devidamente
fundamentada e universalmente aceita. Portanto, inquestionáveis
Com estes estudos preliminares pretendemos fundamentar o fato de
que, no âmbito da ciência ortodoxa atual (baseada em leis naturais), e no
âmbito do princípio cosmológico antrópico (baseado nas constantes da
natureza), admitir a inconstância e a mutabilidade das leis naturais (como
tem feito alguns cientistas ateístas) é um disparate anticientífico. Ainda que
a ciência ateísta não possa explicar a origem das leis naturais (algo que
forçosamente a levaria à admissão de um ser inteligente como criador das
leis naturais), nenhum cientista pode conceber o universo sem leis naturais
constantes e imutáveis, uma vez que as leis naturais são as constantes da
natureza, e segundo a própria ciência são elas que determinam os modos de
operação do universo e do planeta.
3.3. As Constantes Sociais e a imutabilidade das leis naturais
A mutabilidade e a inconstância das leis naturais alterariam por completo a
ordem natural do planeta como o conhecemos. E o que se pode dizer com
relações às leis sociais, às normas morais e éticas de convivência? Elas
2
O princípio cosmológico antrópico é interessante e pode ser melhor estudado em meu
trabalho Biocosmos. O Universo Vivo. A contestação do Big Bang. Cultrix, 2000.
27
podem ser alteradas arbitrariamente sem conseqüências sociais, ou são
também constantes e imutáveis? A moral é a conduta do indivíduo para com
ele mesmo. A ética é a conduta do indivíduo para com a sociedade Moral é
ética são um conjunto de valores imateriais, normas legais e normas de
etiqueta e de convivência. E são estas normas o que caracteriza a civilidade.
Sem elas a sociedade retorna-se à barbárie. A alteração dos princípios
morais e éticos de uma sociedade (como arbitrariamente fez a engenharia
social do spaíses comunistas) contribui para a evolução ou a destruição da
sociedade? Como a família é uma instituição natural e a sociedade é uma
família natural ampliada, esta é também um fenômeno natural. Logo, as leis
sociais são também naturais (como as leis da natureza) e são elas que
determinam os modos de operação sustentáveis da sociedade. Desse modo,
podemos falar com segurança na existência de leis sociais, as quais devem
ser constantes e imutáveis. E estas leis naturais estãointimamente
relacionadas com os valores universais inatos da naturza humana (da
consciência humana). Com base nestes pontos podemos propor o conceito
de constantes sociais. E do mesmo modo que as leis e as constantes naturais
não podem ser alteradas sem caotizar e destruir a ordem da natureza,
também as leis e as constantes sociais (os valores universais inatos; as
normas de etiqueta e convivência) não podem ser alteradas sem caotizar e
destruir a ordem social. Recorde-se que estamos desenvolvendo e propondo
ama teoria da sustentabilidade social. Nesse contexto, os conceitos de leis
sociais e constantes sociais são uma inovação significativa.
As perguntas iniciais cujas respostas fundamentarão os conceitos de
leis sociais e constantes sociais são: a) A sociedade é natural ou artificial
(produto da inventividade humana)? b) Existem leis sociais e constantes
sociais (um código universal de valores morais e éticos imprescindíveis à
formação e perpetuação da sociedade)? c) A alteração das leis sociais e das
constantes sociais (código universal de valores morais e éticos) desenvolve
a sociedade ou a destrói? Sendo a sociedade um fenômeno natural podemos
aplicar a ela as mesmas conclusões que aplicamos ao estudo do mundo
natural e das leis e constantes naturais. E então podemos responder: Sim. A
sociedade é um fenômeno natural. Logo, existem leis sociais e constantes
sociais. E assim como as leis naturais são constantes e imutáveis, também as
leis sociais são constantes e imutáveis.
3.4. A família natural como origem da sociedade natural
Neste trabalho demonstraremos a origem natural da família em
contraposição à hipótese marxista e da ciência ateísta da origem social da
28
família; que foi classificada como uma relação de exploração econômica
inventada artificialmente pelo homem (pelos mais fortes e gananciosos). Na
verdade, a afirmação da origem social da família é um contrasenso, pois
exige as seguintes perguntas: a) O que veio primeiro: o homem ou a
sociedade? Se a ciência materialista admitir que o homem surgiu primeiro
estará negando sua própria hipótese da formação social da natureza/mente
humana, pois quando o homem veio a existir ainda não existia sociedade
para formar-lhe a natureza/mente. Do outro lado, se admitir que a sociedade
surgiu primeiro, cairá no paradoxo de afirmar a existência da sociedade
humana antes da existência do homem. Podemos aplicar o mesmo raciocínio
ao estudo da origem da família e da sociedade com perguntas similares: a) A
família criou a sociedade ou a sociedade criou a família? Também neste
caso o contrasenso e o paradoxo continuam. Se a ciência materialista
admitir que a família surgiu primeiro estará negando sua própria hipótese
da formação social da família, pois quando a família veio a existir ainda não
existia sociedade para formar famílias. Do outro lado, se admitir que a
sociedade surgiu primeiro, cairá no paradoxo de afirmar a existência da
sociedade antes da existência do indivíduo e das famílias. No contexto
materialista não existe solução para o contrasenso e o paradoxo deste dilema.
No contexto Deusista a saída para o dilema é a admissão de que o indivíduo
veio primeiro e criou a família. Em seguida, porque o homem é um ser
moral e social, e impelidas pelos desejos essenciais e pelas necessidades
físicas de cooperação e sobrevivência, as famílias se ajuntaram espontânea e
naturalmente, dando origem à sociedade. No cotidiano da convivência social
o código universal de valores emergiu.
Esta conclusão nos informa que a sociedade, como realidade
psicofísica, pré-existiu à mentalidade social (embora esta já existisse
potencialmente na natureza humana inata). E estas constatações nos impõem
o fato de que a organização social começou simultaneamente com o
aparecimento do homem sobre a Terra, sejam eles Adão e Eva bíblicos ou o
Adão microssomo-Y e a Eva mitocondrial da ciência. Evidentemente tudo
isso nos impõe a cientificadade da teoria da origem natural da família e da
sociedade.
Quanto à emergência natural do como produto da criação do próprio
planeta Terra ninguém duvida (e se o planeta pré-existiu às espécies e ao
homem, e teve inteligência, criatividade, vontade e poder suficientes para
criar as espécies e o homem, porque ele próprio como um todo mais
complexo não seria também produto da criação de um ser inteligente e
criativo pré-existente?).
29
Dissemos que o homem e a mulher são seres biopsicoemocionais
naturais que se atraem por afinidade intraespecie e constituem um grupo
social chamado família natural (homem-mulher-filhos), assim como o fazem
a maioria das espécies de grande porte da natureza (quanto menor o grau de
complexidade das espécies mais elas tendem a afastar-se do conceito de
família, tornando-se pares positivo-negativo marchando em direção à dupla
próton-elétron). A partir da afirmação da origem natural da família
fortalecemos sua cientificidade, e chegamos à teoria da origem natural da
sociedade humana, haja vista que uma sociedade é um grupo de famílias
naturais vivendo e convivendo em um mesmo espaço geográfico e em um
mesmo ambiente cultural. Logo, a sociedade nada mais é do que uma
família natural ampliada. Daí chamá-la de sociedade-família, sociedade
familista, ou familismo.
Em nosso trabalho Etopedagogia. A Pedagogia Essencial (Reg/FBN
2011) introduzimos o conceito dos três desejos essenciais da natureza
humana: educação, família e prosperidade. E propusemos que a verdadeira
educação direciona o homem para a plena realização dos três desejos
essenciais de sua natureza, conduzindo-o à plena realização e plena
felicidade (estabelecida a alegria como a finalidade da existência humana).
O aprofundamento do estudo da teoria dos três desejos inatos da
natureza humana (educação, família e prosperidade) nos revelou que a
estrutura social é um produto espontâneo da exteriorização, ou do
desdobramento, daqueles. três desejos essenciais Assim, os três pilares
fundamentais que caracterizam a estrutura das sociedades: ideologia,
política e economia, brotaram natural e espontaneamente como extensões
dos três desejos inatos da natureza humana. 1. A ideologia se desenvolve a
partir do desejo de educação; 2. A política se desenvolve a partir do desejo
de família (relações humanas, políticas); e 3. A economia se desenvolve a
partir do desejo de prosperidade (subsistência material). Desse modo, onde
quer que se forme um grupo humano, ali se desenvolverá uma sociedade
com suas três bases fundamentais características: um sistema ideológico, um
sistema político e um sistema econômico, os quais nada mais são do que
produtos da exteriorização espontânea da natureza humana universal inata.
Obviamente, esta descoberta prova lógica e cientificamente a origem e a
dimensão natural da sociedade. E se a sociedade é um fenômeno natural
podemos falar de uma sociologia natural, Deusista. E se a sociedade é um
fenômeno natural a ordem social também é regida por leis socionaturais
sujeitas às mesmas limitações impostas pelo princípio cosmológico
antrópico; i.e. as leis sociais (morais e éticas) originam igualmente
constantes sociais que não podem ser alteradas, e muito menos suprimidas
30
(a supressão das leis sociais inviabilizaria previamente a sociedade, do
mesmo modo que a supressão das leis naturais inviabilizaria previamente o
universo.
3.5. As leis sociais e a natureza humana inata
Estabelecida a origem e a dimensão natural da sociedade, pode-se falar em
leis sociais como sendo igualmente leis naturais. E ao se falar de seres
naturais está-se falando dos seres que compõem o universo, que já foi
cientificamente estabelecido como ser bidimensional, psicofísico, sendo este
um ponto de consenso científico universal. Ninguém duvida da realidade da
dimensão psíquica do universo, do planeta (como parte do universo) e das
espécies como partes do planeta. A natureza bidimensional do universo, que
é uma totalidade; um todo constituído de partes complementares (teoria da
totalidade quântica) nos reporta diretamente à natureza psicofísica dos
animais (e da natureza físico-espiritual do homem, fato que o aloca em um
IV reino, o reino hominal. A espiritualidade humana já foi demonstrada
experimental e psicologicamente, embora os materialistas ainda a refutem.
Todavia, a simples admissão da natureza não-física da mente pela psicologia
experimental deveria ser o suficiente para silenciar o materialismo radical.
Se a mente não não ocupa lugar no espaço físico, onde está localizada a
mente (sentimentos, inteligência, criatividade e memória)? Nenhum
materialista radical está disposto a discutir longamente esta questão. Assim,
a negação da espiritualidade é mais um insulto destemperado do que uma
refutação lógica e científica consistente.
Estabelecida a origem e a dimensão natural da sociedade.
Estabelecida a natureza bidimensional do universo, do planeta e das
espécies. E admitida a natureza bidimensional e bicorpórea (físico-espiritual)
da espécie humana (cuja sociedade é infinitamente mais complexa do que os
agrupamentos biossocias das demais espécies), podemos falar na dimensão
espiritual e moral das leis sociais que regem a sociedade humana. Definindo
moral como a conduta do indivíduo para com ele mesmo, e ética como a
conduta do indivíduo para com os outros, chegamos à conclusão de que
moral é ética são uma e a mesma coisa, a qual tem origem na consciência
moral da espécie humana. A consciência moral é um fenômeno real inato,
universal e histórico da natureza humana. Em todos os homens, em todos os
tempos e lugares a consciência moral sempre se fez presente, com um
conteúdo e uma expressão idêntica, imutável. E foi dessa consciência moral
que brotou o sistema de valores universais comuns a todas as sociedades,
como todas as religiões ensinaram, como Kant demonstrou logicamente no
31
passado, e como demonstrou cientificamente o pesquisador Donald E.
Brown, em seu livro Human Universals (1991), onde listou mais de 400
traços culturais universais presentes historicamente em todas as culturas
humanas. Na mesma linha de pesquisa o psicólogo Steven Pinker, professor
da Universidade de Harvard, em seu livro Tábula Rasa (Companhia das
Letras, 2004) ratificou a pesquisa de Brown quanto à realidade histórica dos
traços culturais universais, entre os quais: 1. a crença em um Ser Supremo
(a divindade vertical); 2. a crença na espiritualidade (a vida eterna em um
outro mundo eterno); e 3. a criação e submissão a um código de valores
morais comuns, os quais se propunham a defender
Os estudos científicos de Brown, Pinker, Wright (O Animal Moral.
Campus, 2006), enterrou definitivamente a hipótese materialista/lockeana da
tábula rasa (a mente humana é uma página em branco onde as informações
vão sendo impressas) e abre espaço para a afirmação da teoria da natureza
humana inata. E é ai — na natureza humana inata — que iremos colher o
código universal de valores morais e éticos onipresentes em todas as
culturas da história. E identificamos este código universal de valores com as
leis sociais e as constantes sociais, as quais não podem ser alteradas ou
suprimidas sem caotizar e destruir a sociedade. Isto significa que os valores
morais e éticos da sociedade — código universal de valores — não podem
ser inventados e impostos artificialmente por um indivíduo ou um grupo
revolucionário qualquer. Nesse sentido, e cientificamente falando, não se
pode aplicar o conceito de evolução ou de revolução aos valores morais dos
indivíduos e éticos da sociedade. O código universal de valores da
sociedade é o mesmo em todos os tempos e lugares e brotam natural e
espontaneamente da natureza humana e atendem a desejos essenciais e a
necessidades físicas, ambos, vitais para os indivíduos.
A existência desse código universal de valores foi o que demonstrou
Brown e Pinker no estudo dos traços culturais universais presentes em todas
as culturas. Pinker demonstrou em seu livro Tábula Rasa (Cia das Letras,
2002) que a moral (o código universal de valores) é um fenômeno exclusivo
do ser humano e que todas as sociedades desenvolveram códigos morais
similares sempre voltados para a defesa da integridade do indivíduo, da
família natural e da sociedade em si. Desse modo, a moral é essencialmente
benéfica e vital. Esse fato científico prova por que o declínio da moralidade
individual gera o declínio da moralidade familiar e social. Isto também
explica o porquê de todas as sociedades terem desenvolvido normas
religiosas, familiares, de parentesco, de convivência e um sistema de leis
(regulamentos, proibições e punições: sistema jurídico, sistema judiciário e
sistema prisional; o Direito e a Justiça). E os elementos constitutivos desse
32
código universal de valores (leis sociais e constantes sociais), uma vez que
são naturais e destinam-se a formar e perpetuar a sociedade são similares,
constantes e imutáveis. Todas as sociedades criaram regras para coibir e
punir: 1. O ateísmo*; 2. A mentira; 3. O sexo não-familiar; 4. O roubo; e 5.
O assassinato. Se estudados sob este prisma ver-se-á que todos os ramos do
Direito (inclusive o Direito Ambiental: crimes contra a natureza, que é um
sistema vivo) quase se resumem a regulações, proibições e punições destes
cinco crimes. Daqui podemos inferir o que seriam as cinco valores morais
fundamentais (virtudes = princípios morais inatos = leis sociais = constantes
sociais) que sustém e perpetuam a sociedade: 1. O Deusismo; 2. A verdade;
3. A família; 4. A honestidade; e 5. A solidariedade. E percebemos que os
cinco crimes amorais principais (antivalores; vícios) resultam da negação e
violação dos cinco valores morais fundamentais. O crime é a negação dos
princípios morais inatosm das virtudes (leis sociais = constantes sociais)
que sustém e perpetuam a sociedade. O sociopata ateísta e amoral é o
inimigo explícito de Deus, do homem e da sociedade humana. E para
infligir sofrimento a Deus e ao homem o sociopata nega, viola e destrói os
valores morais que sustem e perpetuam a família natural, base vital da
sociedade humana.
3.6. Consequências da violação das leis sociais
Assim como os crimes ambientais representam a negação e a violações das
leis naturais, das constantes naturais que sustém e perpetuam o mundo
natural, os crimes sociais representam a negação e a violação das leis sociais,
das constantes sociais (valores morais) que sustém e perpetuam a sociedade.
A advertência Unwin. Em um trabalho de antropologia comparada
o Dr. Joseph Daniel Unwin analisou detalhadamente durante 7 anos, 80
sociedades e 16 civilizações num período de mais de quatro mil anos de
história, e demonstrou que uma sociedade, ou escolhe a promiscuidade
sexual e decai, ou a moralidade sexual e prospera (Dr. J. D. Unwin. Sex and
Culture. Oxford University Press/1934). O ponto mais preocupante da
pesquisa do Dr. Unwin é que, em todas as civilizações e sociedades
pesquisadas, ele jamais encontrou uma exceção! Todas as sociedades que
menosprezaram a família e caíram na promiscuidade, foram desintegradas!
Unwin escreveu: “Todas as sociedades que menosprezaram a família e os
*
Mesmo as sociedades politeístas antigas e a pseudoateístas (como o iluminismo, o
nazismo e o comunismo — que divinizaram seus líderes — criaram leis punitivas contra a
blasfêmia contra seus falsos deuses
33
valores familiares declinaram e desapareceram, enquanto aquelas que
valorizaram e protegeram a família natural sobreviveram e prosperaram.”
Unwin constatou ainda que, quando o grau de desintegração da família
natural atingia 60% o espírito comunitário começava a desaparecer, a
promiscuidade e a criminalidade aumentavam e a sociedade começava a se
desintegrar. Não estaríamos já assistindo à desintegração da sociedade
brasileira?
A advertência Sorokim. Nos primeiros anos da Revolução
Comunista russa o governo atacou deliberadamente o matrimônio e a
família. Podia-se obter divórcio por qualquer motivo e a qualquer momento.
O aborto era legal e facilitado e as relações pré-matrimoniais e fora do
matrimônio eram favorecidas e vistas como normais. Quais foram os
resultados dessa política?
“Em poucos anos, gangs de crianças sem lar e violentas tornaramse uma séria ameaça para o país. Milhões de vidas, especialmente meninas,
foram destruídas. O divórcio e o aborto chegaram ao máximo. O ódio, os
conflitos e as psiconeuroses gerados pela desintegração familiar
aumentaram rapidamente. A produtividade nas fábricas decaiu. Os
resultados foram tão alarmantes que o governo foi obrigado a inverter sua
política antifamiliar. A propaganda antifamiliar foi declarada contrária à
Revolução, e em seu lugar foi implantada a glorificação oficial da
castidade e da santidade do matrimônio. Em outras palavras: os russos
descobriram a triste realidade de que o sexo, se considerado como um
apenas um apetite a mais, não só arruinava o individuo, mas arruinava
rapidamente o próprio país... Todas as revoluções políticas que levaram ao
colapso social foram precedidas de uma revolução sexual na qual a família
natural e o matrimônio, fatores determinante da ordem social natural,
foram desvalorizados e negados.”
Pitirim Sorokim. Sociólogo russo e ex-marxista.
A advertência Bezmenov: “Na realidade, a ênfase principal dos
esquerdistas nunca foi na espionagem. Só 15% do tempo, dinheiro e pessoal
do esquerdismo eram gastos em espionagem. Os outros 85% eram gastos
em um processo lento chamado guerra psicológica, que visa mudar a
percepção da realidade dos indivíduos a tal ponto que apesar da
abundância de informação verdadeira eles não sejam capazes de chegar a
conclusões razoáveis no interesse de defender a si mesmos, suas famílias e
seu país. É o processo de desmoralização. Leva-se de 15 a 20 anos para
desmoralizar uma nação.” Yuri Bezmenov. Ex-agente da KGB na Índia.
34
O escritor português Mircea Eliade, autor de O Sagrado e o Profano.
A Essência das Religiões (Livros do Brasil, 1990), Mito e Realidade
((Editora Perspectiva, 2007), entre várias outas obras afins, foi um profundo
estudioso das manifestações do sagrado no cotidiano dos povos, escreveu:
“A verticalidade em si evoca Deus, pois não se pode conceber um mundo
sem verticalidade.” Por sua vez o escritor e poeta cubano José Martin
escreveu: “Uma nação sem religião moral morrerá, porque nada lhe
alimentará a virtude.” Ainda na mesma linha de pensamento Dostoyevski
escreveu: “Se não há Deus, tudo é permitido.” Estas opiniões de Eliade,
José Martin e Dostoyevski refletem as opiniões da imensa maioria dos
pensadores Deusistas, os quais concordam em um ponto: Todos os valores
morais brotaram das religiões, especialmente da esfera cultural judaicocristã. Sendo o Deus-Pai do Cristianismo um Deus moral (fato plenamente
revelado na Bíblia) pode-se atribuir a Ele a origem da consciência amoral, o
conjunto de valores universais e históricos desenvolvidos pela humanidade,
o qual respondia pela coe
3.7. O familismo científico
A ideia de um Deus-Pai Criador que teria criado o universo e instituído a
família natural parece, aos ateístas, completamente mítica e anticientífica.
Com essa visão os ateístas tem atacado todas as manifestações Deusistas
como retrógradas, reacionáras e anticientíficas. Logo, tudo aquilo que os
Deusistas defendem, incluindo a natural, seriam ideias igualmente míticas.
Por isso, dizem os ateístas, a família natural já está em declínio e
desaparecerá defintiivamente no futuro. O objetivo deste estudo é contestar
essa visão falsa dos ateístas, demonstrando que os Deusistas são os
verdadeiros criadores da ciência moderna e de seus métodos dedutivo
(racionalismo) e indutivo (experimentalismo). Vejamos.
Se Deus é o Criador do universo obviamente Ele é o cientista
numero um, pois criou o objeto de estudo de toda a ciência: o universo e as
leis naturais que o regem (haja vista que as leis naturais não podem ter
criado a si próprias, somente podem ser produtos de uma inteligência
prévia). O historiador Thomas Woods, da Universidade de Colúmbia, em
seu livro Como a Igreja Católica Construiu a Civilização Ocidental
(Quadrante, 2008) estudou ampla e profundamente a origem da ciência
dentro nos mosteiros em plena Idade Média. No inicio do século XVI os
protestantes, recém separados do Catolicismo e sob perseguição do mesmo,
utilizaram-se fartamente da imprensa (melhorada por Gutemberg) para se
defenderem e atacar o Catolicsmo. Os ocultistas ateus aproveitaram-se do
35
confronto Catolicismo-Protestantismo e uniram-se ao coro das críticas
protestantes e exacerbaram o ataque, porém, mantiveram-se ocultos, nas
sombras, deixando Lutero e seus seguidores na linha de frente dos ataques.
Obviamente, os textos escritos pelos inimigos da Igreja Católica
desprezaram fato de que foram os monges os criadores da ciência
experimental como a entendemos hoje (a “ciência” greco-aristotélica
repudiava a experiência prática), onitindo e distorcendo os fatos
deliberadamente. Era uma guerra de ideias e ações, e um inimigo não
enaltecia o outro. Os mitos da Idade Média de trevas e da Inquisição
criminosa foram forjados nessa época. É clario que o Catolicismo cometeu
erros e excessos durante a Idade Média, mas obviamente seus erros não
invalidam seus feitos eextraordinários pelo bem da humanidade no campo
da fé, da caridade, da verdade e da ciência. Os equívocos do Catolicismo
com Copérnico e Galilei foram lenha seca na fogueira dos ataques
anticatolicismo. O fato de Newton ter se tornado o primeiro professor
universitário a não precisar cursar teologia dá uma medida da fraqueza da
Igreja Católica na Inglaterra. Com o advento da Revolução Francesa as
omissões e as críticas foram acirradas. E veio a chamada Escola da Alta
Crítica, um grupo de pensadores ateístas criado excluvamente para denegrir
a imagem do Cristianismo e da Bíblia, desacreditando-os publicamente.
Vejamos as opiniões de alguns histpriadores sobre o papel dos monges
como criadores da ciência moderna. O historiador da ciência Thomas
Goldstein escreveu:
“Em um período de quinze a vinte anos, em meados do século XII, um
punhado de homens estava conscientemente empenhando-se para lançar a
evolução da ciência ocidental. E empreendeu todo passo significativo que
era necessário para alcançar aquele fim... Algum dia Terry de Chartres
(precursor da lei da gravitação) será visto como um dos grandes
fundadores da ciência moderna.” (Cf. Como a Igreja Católica. Construiu a
Civilização Ocidental. Thomas E. Woods, PhD. USA. Editora Quadrante,
2008).
Por sua vez, o historiador Reginald Gregoire escreveu:
“De fato, seja na extração do sal, chumbo, ferro, alume e gipsita, ou
na metalurgia, extração de mármore, condução de cutelarias e de vidrarias,
ou na forja de placas de metal, também conhecidas como retábulos, não
havia nenhuma atividade em que os monges não mostrassem criatividade e
um fértil espírito de pesquisa. Utilizando sua força de trabalho eles a
instruíram e a treinaram à perfeição. E todo o Conhecimento técnico
monástico se espalhou pela Europa.” (Citado por Woods).
36
O próprio Woods, como PhD e renomado professor de história da
Universidade de Colúmbia, escreveu:
“Os monges não só estabeleceram as escolas e foram mestres nelas,
mas também assentaram os fundamentos para as universidades”. Eles eram
os pensadores e os filósofos do dia e moldaram o pensamento político e
religioso. A eles, tanto coletivamente quanto ndividualmente, deveu-se a
continuidade do pensamento e da civilização do mundo antigo, com a Idade
Média tardia e com o período moderno...
“Foram os monges, e eles sozinhos, que levaram a bom termo a
tarefa de pacificar o exaltado invasor, de suavizar a grosseria de seus
modos e a rispidez de seu espírito; de familiarizá-lo com as restrições da
moralidade cristã, de acostumá-lo, com força persuasiva, à necessidade de
observar os princípios fundamentais da lei e da ordem, de instruí-lo no
ofício das artes e ferramentas da indústria e no progresso social. Em suma:
de assimilar, civilizar e cristianizar 20 estranhas tribos bárbaras, muitas
das quais se impressionaram com a moralidade e a convicção dos monges.”
Entre muitos outros monges-cientistas Woods cita Roger Bacon
(1214-1294), padre franciscano, professor e pesquisador da Universidade de
Oxford. como um dos expoentes da ciência medieval do século XIII:
“Sem experimentos nada pode ser conhecido adequadamente. Um
argumento prova teoricamente, mas não dá a segurança necessária para
eliminar toda dúvida. A mente não repousará na visão clara da verdade, a
menos que ela encontre a verdade por meio do experimento.”
Santo Agostinho (354-430) e Tomás de Aquino (1225-1274)
enfatizaram o racionalismo, enuqnato Roger Bacon (1214-1294) enfatizou a
experimentação e a observação. Cabe citar ainda a famosa Escola
Catedrática de Chartres, que enfatizou o estudo de uma ordem natural no
cosmos e a matemática da natureza. Não são a dedução, a observação, a
exoperimentação e a matemática os pontos que caracterizam a ciência
contemporânea?
Este breve estudo sobre a origem cristã da ciência moderna e
contemporânea tiveram como objetivo evidenciar o fato de que a religião e a
espiritualidade nunca foram imcompátiveis com a erudiçã e a ciência. O
livro de Woods é um documento histórico da mais elvada importâÂncia,
mas se todo o livro de Woods não fosse o suficiente para destacar o papel
fundamental dos monges-cientistas medievais na origem na ciência moderna,
bastaria citar os monges Nicolau Copérnico (1473-1543), o pai da moderna
astronomia, e Gregor Johann Mendel (1822-1884), o pai da genética, para
dissipar as dúvidas quanto à incompatibilidade entre fé e ciência.
37
3.8. Amor: o conteúdo da consciência moral
Quando falamos sobre sustentabilidade social estamos buscando os fatores
responsáveis pela coesão, harmonia e perpetuidade das sociedades. E
chegamos aos valores morais universais onipresentes em todas as culturas
sociedades da história Ofilósofo alemão Immanuel Kant (1724-1804)
chamou estes valores universais históricos de imperativos categóricos em
sua obra A Crítica da Razão Prática (Editora Escala, 2006). A hipótese
ateísta da tabula rasa (“o cérebro é uma folha de papel em branco; o homem
é produto do meio social”) já foi descartada, e a teoria da natureza humana
universal inata já foi confirmada (Cf. Tábula Rasa. Steven Pinker. Cia. das
Letras, 2002, Além do Cérebro. Stanislav Grof. McGraw-Hill, 1987, e O Eu
e o Cérebro. Karl Popper & John Eccles. UnB/Papirus, 1991. Eccles foi o
ganhador do Prêmio Nobel de Fisiologia/Medicina de 1963), entre outros
pensadores Deusistas que afirmaram a realidade e a natureza transfísica
(espiritual) da mente e da consciência.
Quando falamos em consciência humana estamos nos referindo a um
conjunto de valores morais inatos e onipresentes na consciência moral dos
seres humanos, os quais foram identificados e classificados como
onipresentes em todas as sociedades da história. Isto já era de se esperar,
uma vez que a sociedade é produto da exteriorização natural e espontânea da
própria natureza humana. A sociedade é a imagem do homem, como temos
enfatizado no estudo da sociologia Deusista.
Em nossa obra Ethopedagogia. A Pedagogia Essencial, (Reg/FBN2011) estudamos sobre os três desejos essenciais inscritos na natureza
humana inata universal: educação, família e prosperidade, desejos estes que
direiobnam as vidas de todos os seres humanos no passado e no presente.
Sabemos ainda que, na busca pela concretização destes três desejos
essenciais o homem se organiza em sociedades cuja estrutura se caracteriza
pela presença de três pilares fundamentais: ideologia, política e economia,
os quais se organizam a partir daqueles três desejos essênciais.
Quando paramos para pensar na consciência humana e nos valores
morais inatos, universais e históricos da humanidade descobrimos mais um
profundo vínculo entre os três desejos essenciais da natureza humana, a
consciência moral do homem e os valores morais universais. Descobri que o
conteúdo essencial da consciência moral dos seres humanos é o amor, o
mais poderoso e desejado sentimento, e que todos os valores morais são
distintas expressões do amor e existem unicamente para conduzir o homem
na direção da realização dos três desejos essenciais de sua natureza inata
(educação, família e prosperidade). Por exemplo: a verdade, a sinceridade e
38
a dignidade são valores morais/virtudes relacionados com o primeiro desejo
essencial: a educação.. A castidade, a fidelidade e a fraternidade são valores
morais/virtudes relacionados com o segundo desejo essencial: a família. Por
fim, o profissionalismo, o empenho e a honestidade são valores
morais/virtudes relacionados com o terceiro desejo essencial da natureza
humana inata: a prosperidade. Desse modo, percebe-se claramente a
realidade do vínculo entre os três desejos essenciais da natureza humana, o
amor, a consciência moral e os valores humanos universais. Fica claro
também que a consciência moral do homem foi criada para conduzir o
homem na direção da concretização e perpetuação dos três desejos
essenciais inscritos por Deus na própria natureza humana.
O amor emerge desse estudo como o sentimento único que permeia o
cosmos (“Deus é amor”). Se o amor é o sentimento único, como explicar o
ódio e seus afins? Uma analogia entre o calor e o amor facilita o
entendimento da onipresença e predominância absoluta do amor. Partindo
do calor máximo à medida que o calor diminui recebe nomes distintos em
cada ponto, até atingir a ausência total de calor: o frio máximo, o zero
absoluto (–273°C). Coisa semelhante se dá com o amor. À medida que o
amor diminui vai recebendo nomes distintos em cada ponto (ciúme, inveja,
mágoa, rancor, vingança...) até atingir o ódio, a “ausência” total de amor.
Nesse ponto a consciência moral (o amor)) foi desprezado (embora continue
latente e atuante), o ódio assume o controle e passa a gerar os antivalores
(vícios) contrários à concretização dos três desejos essenciais. Vê-se, assim,
que os valores morais brotam do amor, que é o conteúdo da consciência
moral, e existem alinhados com/e para favorecer a concretização das três
bênçãos de Deus para o homem; ou dos três desejos essenciais da natureza
inata do ser humano.
O amor se manifesta sob a forma dos valores morais, os quais tem a
finalidade de conduzir o homem no caminho da realização das três bênçãos,
ou dos três desejos essenciais. Por isso, é da prática do amor, dos valores
morais (éticos, no convívio social) que surgem os cidadãos de bem; e é da
ausência do amor, do abandono dos valores morais, que surgem os
sociopatas (criminosos antissociais), os quais geram a necessidade dos
sistemas policial, judicial e prisional para proteger os cidadãos de bem e
retirar os sociopatas do convívio social, mantendo-os em jaulas (como feras
selvagens). Se houvesse sabedoria divina nos governos ateístas, ditos laicos,
eles calculariam o custo social e financeiro dos sistemas policial, judicial e
prisional e descobririam que é mais fácil e muitíssimo mais barato fortalecer
os valores morais da consciência humana desde o ensino fundamental.
39
Bastaria introduzir a educação de valores na rede de escolas e universidades
públicas, já devidamente montada.
3.9. A tipologia das leis sociais
Estabelecido o amor como o conteúdo transfísico da consciência moral. E
estabelecidos os valores morais como manifestaões da consciência moral
inata dos seres humanos, podemos nos debruçar sobre o estudo de uma
possível tipologia das leis sociais. Quais são os fatores responsáveis pela
coesão, harmonia e perpetuidade das coeidades? Em outros termos: quais as
leis sociais fundamentais da sociedade?
A resposta não é simples nem rápida. Mas podemos estabelecer a
seguinte proposta de uma tipologia das leis sociais derivadas das leis do
Deusismo: 1. Lei da dualidade, ou lei natural dos elementos distintos e
complementares positivo-negativo, a qual pode ser definida como a lei da
família natural. Entendemos a expressão elementos distintos e
complementares como os pares positivo-negativo, macho-fêmea,
mascuilino-feminino, sujeito-objeto, etc, que compõem a estrutura de todos
os seres da natureza. Todo ser natural é uma unidade-dual formada por
elementos distintos e complentares que coexistem em uma relação contínua
de interconexão e intedependência mútua, e cujos elementos coexistem em
harmonia. Assim, os seres naturais não são constituídos por elementos
contrários em luta contínua até a destruição total de um deles, como supôs o
marxismo em sua pseudolei da unidade e luta dos contrários. 2. Lei da
reciprocidade, ou lei da harmonia e da cooperação recíprocas entre os
elementos distintos e complementares na sociedade. Somente a cooperação
harmoniosa (sinergia, simbiose) pode engendrar a harmonia, a cooperação,
o progresso e a perpetuidade social. A violação da lei da reciprocidade se
manifesta através do egoísmo; a lei da vantagem; 3. Lei do desenvolvimento
gradual (biopsicoemocional). A lei do desenvolvimento gradual se refere ao
fato de que nada se cria e se aperfeiçoa instantaneamente, mas entre a causa
e o efeito existe a necessidade imprescind´pivel de um período de tempo.
Nesse sentido, os cidadãos devem ser conscientizados de que ninguém
aperfeiçoa seu caráter instantaneamente, que não existe um diploma
universitário instantâneo e nem um enriquecimento instantânea (pelo menos,
não deveria existir, pois tal coisa estimula o egoísmo, a lei da vantagem). A
verdadeira educação consiste em conscientizar os indivíduos quanto ao fato
de que todas as conquistas individuais e sociais exigem um custo, um
período de tempo para serem conquistadas e tornadas propriedade privada.
O fundamento jurídico da propriedade privada deriva do fato de que, cada
40
coisa conquistada por um indivíduo, lhe custou um pedaço de tempo de sua
própria vida. Por isso, a coisa conquistada pertence ao indivíduo. O furto e o
roubo resultam da violação da lei do desenvolvimento gradual. 4. Lei da
responsabilidade humana. A lei da responsabilidade social é o que seu
nome diz: é uma lei geral e fundamental da sociedade. Sem ela nenhum
indivíduo, família ou sociedade siobvrevive. Sem a lei da responsabilidade
até o mais simples dos atos se degenera, tornando-se um problema. Por
exemplo: se alguém se descuidar de sua responsabilidade na hora de pôr a
quantidade certa de sal, estragará toda a feijoada. O mesmo podemos dizer
em relação a todas as atividades da vida. A lei da responsabilidade exige
que o cumprimento dos deveres preceda a exigência dos direitos; que a
responsabilidade precede a liberdade. Embora não esteja informada
teoricamente quanto À atuação contónua e onipresente da lei da
responsabilidade, as sociedades atuais já a empregam em todas as suas
atividades. Os sistemas policial, jurídico e prisional são formas de punir a
violação da lei da responsabilidade. O conceito de liberdade é limitado pelos
deveres. Não é a liberdade em si o que provoca os problemas, mas a
irresponsabilidade, a violação da lei da responsabilidade. A
responsabilidade se refere ao cumprimento dos nossos deveres na vida;
deveres para com Deus e para com os homens (amor sacrifical e respeito a
Deus, aos pais, aos cônjuges, aos filhos e ao próximo). A liberdade não é
uma meta, mas um prêmio decorrente do cumprimento das nossas
responsabilidades na vida. Os que violarem a lei da responsabilidade podem
acabar numa jaula como feras selvagens. Todos os problemas que corroem a
estrutura social do mundo atual são provocados pela violação da lei da
responsabilidade. Recentemente uma rede de TV brasileira pôs no ar uma
minissérie intitulada O Brado Retumbante, na qual abrodou a importância
da lei da responsabilidade social.
Estas4 leis sociais estão intimamente relacionadas com os
ensinamentos cristãos dos 10 Mandamentos e das Bem-aventuranças e com
as 4 leis do Deuisismo (dualidade, reciprocidade desenvolvimento gradual +
responsabilidade, esta especificamente humana), leis que atuam no mundo
natural e que deveriam ser estabelecidas também no mundo social. Os
governos impõem o cumprimento das leis sociais pela ameaça e pela força.
A religião cristã os infunde por meio da fé e da palavra. Para finalizar,
citemos um texto do Prof. Olavo de Carvalho, filósofo e escritor católico,
sobre a origem e a natureza das normas de convivência humana e sobre a
pretnsão da engenharia social dos marxistas-comunistas-socialistas:
“As normas de polidez qe os princípios morais que regem a
convivência social da humanidade são fruto de uma longa experiência
41
histórica e oriundas das tradições religiosas, as quais são uma herança
cultural que está condensada nas normais morais e de convivência atuais.
Se os comunistas pretendem destruir estas normas terão que inventar outras
normas, outra “moral” para substituí-las, Mas as suas novas normas de
convivência e a nova “moral” racional não nascem da consciência moral,
nem da longa experiência histórica e nem das tradições religiosas globais,
mas são inventadas a frio em um curto período de tempo e impostas por
grupos ativistas revolucionários.”
3.10. Lei da educação ambiental + Lei da educação de valores
Sendo a família um fenômeno biológico natural, o que é uma sociedade
senão um grupo de famílias convivendo em um mesmo ambiente cultural
em um mesmo espaço geográfico? “Células sociais”(famílias naturais)
naturais formam um “organismo social” de origem e natureza idêntica,
natural,. Logo, a sociedade não é uma invenção humana exodiretiva e de
natureza sociológica. A sociedade emerge natural e espontaneamente da
aproximação e da necessidade da convivência humana. Depois se modifica e
torna–se complexa. Sob este ângulo pode–se dizer que a sociedade é uma
família natural ampliada, uma instituição natural. Obviamente, o modelo de
sociedade que emerge espontaneamente a partir de um grupo de famílias
naturais é o familismo, a sociedade-família. Quando muitas famílias naturais
convivem juntas dão origem a uma sociedade que, por ser o mero somatório
de famílias naturais (partes integrantes da natureza) é também natural,
podendo-se dizer que a sociedade é um fenômeno natural. E como tal é
regida por leis igualmente naturais; por princípios naturais imprescindíveis à
sua formação e perpetuação. Dái o motivo pelo qual as leis sociais são
extensões das leis naturais. E do mesmo modo como a alteração das leis
naturais caotizariam a ordem do mundo natural, a alteração das leis sociais
(princípios espirituais, morais e éticos) igualmente caotizariam a ordem
social, desintegrando a sociedade. Na verdade, o caos social que vivemos
hoje é o resultado direto da violação sistemática das leis sociais aqui
estudadas.
Dissemos na parte I deste estudo que a sustentabilidade natural trata
da preservação do mundo natural, mas que este nada mais é senão a base
existencial do mundo humano, ou do mundo social. E se o mundo social se
desintegrar de que nos adiantou preservar o mundo natural? Assim, para
além do pseudo socioambientalismo esquerdista/discursista (o objetivo
duplo: proteção ambiental + justiça social), propusemos a teoria da
sustentabilidade social, a qual se fundamenta também em dois princípios: 1.
42
Lei de conservação da família natural (homem-mulher-filhos); e 2. Lei da
transmissão de valores-virtudes. Juntos, estes dois princípios são os pilares
da sustentabilidade e perpetuidade social, na medida em que fortalecem e
transmitem de geração a geração (como que reciclando) o conjunto de
valores-virtudes inatos, universais e históricos da humanidade. E estes dois
princípios serão os pilares da sustentabilidade social, pois enquanto a lei da
conservação da família natural (homem-mulher-filhos) conservará a raiz, a
célula-mãe da sociedade, a lei da transmissão de valores-virtudes dará
origem à Lei da educação de valores que se somará à lei da educação
ambiental já criada e incluída na grade curricular das escolas e
universidades do Brasil.
3.11. A sociedade familista
A sociedade familista é o antigo sonho de ver a humanidade vivendo em paz
como uma família global. Na verdade, a sociedade familista nada mais será
do que uma família natural ampliada para a escala global. Embora este seja
o ideal social inato da natureza humana, existindo desde a origem do próprio
homem, o familismo surpreende por sua onipresença, seu vigor e sua
atualidade no século XXI, A ciência ortodoxa tem reconhecido
explicitamente que a família natural é a manifestação maior da ordem no
mundo natural; uma afirmação que coincide com a visão dos pensadores
Deusistas que definiram a família natural como o pináculo na ordem da
Criação divina. A família é o ponto de intersecção onde pensadores
materialistas (evolucionistas) e Deusistas (perfeicionistas) se tocam, uma
vez que ninguém discorda de que o ser humano é a espécie-pináculo da
natureza e nem de que o casal homem-mulher é o macroátomo da natureza
(toda a natureza é dual, positivo-negativo, do átomo ao homem. Esta lei da
dualidade é uma das leis natusociais da nova ciência Deusista).
A quase totalidade dos pensadores sérios da atualidade está disposta
a ratificar o fato de que a família natural é a escola primeira da afetividade e
do amor (parental, conjugal, fraternal e filial), a escola primeira da educação
de valores (espirituais, morais e éticos), a primeira linha de defesa contra a
criminalidade, o ninho biológico humano e a célula–mãe da sociedade. A
desintegração da família natural representaria o fim da ordem social. Este é
o motivo pelo qual a família natural sempre foi o alvo principal dos ateístas
que lutam para destruir a mentalidade Deusista e incutir a mentalidade
revolucionária. Por isso, todo ataque contra a família natural é um ataque
contra o indivíduo, contra a sociedade e contra a nação. Joseph Stálin foi um
dos primeiros a perceber este fato, abandonando a teoria marxista da origem
43
e natureza social da família, instituindo o Dia da Família e expulsando
Freud e sua psicanálise pansexual da então União Soviética.
Deus é amor e verdade. E o amor e a verdade são objetos de interesse
profundo e permanente da humanidade. Família natural é amor natural. E o
amor nunca sairá da moda; nunca perderá a prioridade e nem a atualidade no
coração humano. Este é o motivo pelo qual a sociedade familista é atual e
contemporânea. Entretanto, o familismo não é uma nova proposta para a
construção de um novo mundo, pois o familismo sempre esteve presente e
vivo nas culturas e no palco da história, e sempre foi o ideal social
consciente e inconsciente da maioria absoluta da humanidade. Em sua
maioria absoluta os seres humanos sempre elegeram seus familiares (avós,
pais, cônjuges, filhos, tios, etc) como os entes mais valiosos e importantes
de suas existências, e pelos quais provaram ser capazes de fazer sacrifícios
extremos. O familismo sempre foi o modo de vida preferido e de mais alto
valor (porque a família é a raiz da felicidade individual e da paz social).
Todavia, o familismo sempre esteve em segundo plano, sufocado pela
agressividade e pelo intenso ativismo da minoria ateísta e antifamilista que
sempre existiu e atuou na história passando a impressão de que são e falam
pela maioria familista a fim de assumir o comando político-econômico
Como o desejo de paz, o desejo humano por um mundo-familia, por
uma humanidade que seja uma família sob Deus, é inato, universal e
histórico. O familismo é a utopia social original de Deus e do homem. Por
isso sempre foi o desejo essencial, universal e histórico da humanidade de
todas as épocas; e este desejo é ainda mais intenso nos dias atuais, quando o
ataque do ateísmo para desmoralizar e desconstruir a civilização cristã via
sistemas educacional e comunicacional já conseguiu a hegemonia sobre as
massas seculares. Todavia, o Brasil ainda possui uma reserva de fé, moral e
poder grandiosa: os cristãos católicos, os cristãos protestantes e as forças
armadas. Juntas, estas três forças representam o maior e mais poderoso
exército de toda a América Latina. Unidas estes três poderes suplantariam
todos os demais juntos, e conservariam a hegemonia cultural do
Cristianismo no Brasil e na América Latina.
O marxismo é o falso Deusismo, e o comunismo é o falso familismo,
pois descartaram Deus, o amor, a verdade e a família natural. No entanto,
como falsos clérigos, os marxistas-comunistas sempre declararam estar
alinhados com Deus, o amor, a verdade e a família natural. De outro modo,
com outra promessa, jamais conquistariam o coração e a mente dos seres
humanos.
A sociedade familista nunca esteve fora da história e está presente hoje
em pleno século XXI. O familismo reunirá em um todo harmonioso físico e
44
espiritual: 1. a fé-certeza (a humanidade não terá mais dúvidas quanto à
realidade de Deus e da espiritualidade humana); 2. a mais alta fraternidade
(o amor é a fonte da sinergia familiar e social); 3. a mais alta moralidade
(honra e virtuosidade); 4. o mais elevado naturalismo (preservação da ordem
natural, na natureza e na sociedade); e 5. a mais elevada tecnologia suave
(alinhada com as leis naturais, que são os modos de operação da natureza).
Se todo o mal (ateísmo, mentira, promiscuidade e criminalidade) fosse
retirado da Terra hoje a sociedade familista emergiria espontaneamente
sobre a Terra. O familismo é o fruto natural do amor, da verdade, da
moralidade e da fraternidade. O familismo brotará espontaneamente do
conhecimento e da prática do Deusismo. O mal sempre se apresentou como
onisciente, onjpotente e eterno. Ao final, porém, sempre foi derrotado. Por
quê? Porque Deus existe. O universo, particularmente o homem, é a prova
cabal de Sua existência. Por que Deus existe as forças do mal nunca
predominaram; e chegará o dia em que serão extintas da face da Terra.
Capítulo 04
FAMILISMO E NATURALISMO H ISTÓRICO
Durante 140 anos (1848, ano da publicação do Manifestto Comunista) e
1988, ano do início da implosão do império comunista) os comunistas
afirmaram e alardearam pelo mundo que o comunismo seria o modelo social
predominante em todo o mundo do futuro porque este era um determinismo
histórico; que a história estava marchando de volta à sociedade comunitária
primitiva da qual se afastara, e terminaria no comunismo “científico. Como
o marxismo é um conjunto de falsas hipóteses inventadas por Marx para
45
vingar-se de Deus (a quem odiava) e da sociedade cristã, a quem culpava
por sua vida financeira fracassada, o seu determinismo histórico também era
falso.* Na prática a teoria produziu um resultado contrário: o marxismo Foi
desacreditado e o império comunista implodiu.
De imediato os liberais cristãos alardearam que a democracia
representativa era o modelo social vitorioso, e predominaria no futuro.
Ocorre, porém, que embora a verdadeira democracia (que respeita a
liberdade e os direitos humanos) seja oriunda do Cristianismo, as sociedades
democráticas em todo o mundo também estão em crise, sendo corroídas pela
desintegração da família natural, fator causal da corrupção política, da
criminalidade, da imoralidade e da injustiça social. Obviamente, o
crerscimento destea problemas nas sociedades democráticcas são oriundos
da natureza dividida econflitada do homem alienado de Deus (donde herdou
a propensão para o mal), mas foram enormemente agravados por 70 anos de
guerra subversiva dos comunistas contra as democracias (1917, ano da
Revolução Russa, a 1987, ano da expulsão dos comunistas do Afegnaistão).
Mas embora a democracia representativa seja o melhor modelo social
desenvolvido até o presente ele é constituído por homens imperfeitos e
conflitados. Por isso, a democracia republicana não é perfeita. Sendo assim,
a democracia representativa atual deverá ser aperfeiçoada, transformando-se
na democracia familista, na qual a família natural e a educação de valores
serão fundamentais. Nestes termos afirmaos que a democracia familis, o
familismo, predominará no futuro porque este é o desejo natural e histórico
da humanidade, e é para a democracia familista que a história está
apontando. Sendo a família a instituição natural padrão, e sendo a sociedade
uma família natural ampliada, podemos sguramente dizer que a democracia
familista predominará no futuro por determinismo natural e histórico —
científico.
Neste capítulo apresentaremos 5 razões históricas e científicas que
apontam na direção da democracia familista. Estas 5 razões podem ser
equiparadas às 3 falsas leis do desenvolvimento econômico apresentadas por
*
O fracasso teórico do marxismo foi demonstrado pela Escola de Frankfurt (que rejeitou o
marxismo) e na implossão político-econômica do império comunista, que naufragou
economicamente e foi forçado a retornar ao odiado capitalismo (aos istema econômico
liberal). Todavia, como os comunistas são ateus criminosos com diplomas de universidade
e tudo o que querem é o poder e a riqueza, pouco lhes importou se o marxismo e o
comunismo falharama. Eles continuarão manipulando as massas ignorantes, jogando-as uns
contra os outros e todos contra os governos, e também fazendo a guerra cultural para
destruir o Cristianismo e atrair os intelectuais toscos.
46
Marx, * e segundo as quais o comunismo derrotaria o mundo cristão e
predominaria para todo o sempre. A desmoralização do marxismo e a
implosão do comunismo desacreditaram completamente as ideias
antifamilistas e ateístas de Marx, que agora não podem mais ser vistas como
contrapropostas viáveis para o Cristianismo e a sociedade cristã. Por sua vez,
o Deusismo (a ideologia da paz) e o familismo (a sociedade-família) podem
ser vistos como uma teoria e um modelo social cristãos, porém em um nível
mais amplo e profundo. De outro lado, o Deusismo e o familismo também
podem ser vistos como as contrapropostas teórica e social para o marxismo
e o comunismo. Estudemos as cinco (5) razões.
4.1. A primeira razão: O desenvolvimento da história
das sociedades e o desenvolvimento do pensamento humano
A primeira razão pela qual se pode pensar no familismo como a utopia final
da humanidade está no desenvolvimento da história das sociedades e no
desenvolvimento do pensamento humano. O sonho da sociedade ideal
(verdadeira, pacífica, próspera e justa) nunca será extirpado da natureza
humana, pois é um desejo inato da natureza humana universal. Veremos
mais adiante que todos os grupos humanos organizaram-se segundo o
modelo social padrão (ideologia, política e economia) uma vez que tais
fenômenos sociais são exteriorizações dos 3 desejos essenciais da natureza
humana inata e universal: educação, família e prosperidade. Na busca pela
realização destes 3 desejos essenciais de sua natureza, os homens
desenvolveram natural e espontaneamente os sistemas ideológico (sistema
de educação), sistema político (sistema de relações sociais) e econômico
(sistema de produção e distribuição), constituindo o modelo-padrão de todas
as sociedades humanas, das primitivas às contemporâneas.
*
As falsas “leis” econômicas de Marx: 1. “Lei” do desenvovimento quantitativo em
qualitativo (o aumento da desiguldade quebraria e transformaria o capitalismo em
comunismo); 2. “Lei” da concentração da riqueza; 3. “Lei” do aumento da pobreza.
Segundo Marx estas três “lies” apareceriam no capitalismo e o levariam à falência. Na
verdade, as três “leis” marxistas da economia apareceram nos países comunistas e os
levaram à falência. Marx ignorou deliberadamente a realidade da mobilidade social, da
classe média crescente e das leis trabalhistas que já existiam em seu tempo. Atualmente, as
leis trabalhistas estão bastante desenvolvidas, o sistema de ações está socializando o capiral
das grandes empresas e as políticas sócias dos governos e das empresas estão beneficiando
os povos. O governo e os empresários compreenderam que um povo miserável, de baixo
consumo, é sinônimo de uma economia miserável e falida. Todos já compreenderam isto.
Mas os comunistas são ateus e não estão interessados na verdade. Querem apenas poder e
riqueza.
47
Embora tivessem a mesma estrutura e a mesma finalidade (a alegria
pela realização dos 3 desejos essenciais), os modelos sociais de cada época
receberam nomes diferentes, mas tiveram todos o mesmo objetivo: a
hegemonia e domínio global. Assim, a história viu emergirem as guerras de
conquista e a formação dos impérios chinês, indiano, egípcio, assírio,
babilônico, judaico, grego, romano, cristão (que predominou do ano 395,
ano em que o Imperador Teodósio I oficializou o Cristianismo no Império
Romano), espanhol, português (ambos cristãos) que decidiram o mundo e
predominaram até 1798, ano em que a Revolução Francesa ressuscitou a
republica espartana, a ditadura anticristã) e a democracia ateniense
permissiva, dando origem aos impérios democratas (liderado pelos Estados
Unidos, um país cristão protestante) e ao império comunista, liderado pela
ex-União Soviética, uma ditadura oficialmente ateísta.
Ao longo da história, os pensadores de cada época escreveram sobre
a utopia humana, o sonho de uma sociedade verdadeira, pacífica, próspera e
justa, dando-lhe diferentes nomes, tais como: A Idade de Ouro, O Reino
Perdido de Atlântida, A República, A Democracia, a República (de Platão),
O Reino Judeu, o Reino dos Céus, O Reino de Deus, A Cidade de Deus, O
Sacro Império Romano, A República Democrática, A Cidade do Sol (de
Campanella), A Utopia (Thomas Morus), A Sociedade Socialista, A
Sociedade Comunista e A Sociedade Socialista Democrática (de Norberto
Bobbio), a mais recente tentativa de aplicar a dialética marxista (teseantítese-síntese) para fundir a ditadura republicana espartana com a
democracia permissiva ateniense, criando o que Bibbio chamou de
Socialismo Democrático. Como a tentativa de fundir a ditadura republicana
espartana com a democracia permissiva ateniense já fora tentada e realizada
na Revolução Francesa, resultando nas democracias permissivas e nas
ditaduras comunistas, e os dois modelos fracassaram em concretizar a
utopia, o sonho humano de uma sociedade verdadeira, pacífica, próspera e
justa por terem ambos a mesma matriz teórica helênico-pagã, é certa que a
nova tentativa de Bobbio também fracassará. Na verdade, já estamos vendo
o fracasso do socialismo democrático de Bobbio na Venezuela e na opção
chinesa pelo retorno ao capitalismo em vez do socialismo democrático de
Bobbio (que é, na verdade, a mesma ditadura política e estatização da
economia do socialismo comunista de Marx).
Veremos também que todos os grupos humanos se caracterizaram
pela índole guerreira e pacífica (natureza caímica e natureza abélica, termos
inspirados em Caim e Abel). Desde os grupos mais primevos e primitivos os
grupos humanos contemporâneos primitivos (fósseis sociais) e
contemporâneos científicos. As naturezas caímica e abélica estão presentes.
48
Os grupos humanos caímicos sempre agressivos e guerreiras sempre saíram
na frente no ataque aos grupos abélicos a fim de conquistar todas as terras
emersas e construir um império global unificado e perpétuo. Este sempre foi
o desejo e o sonho dos grandes criminosos e genocidas da história tais como
Cambises (rei dos assírios), Nabuconosor (rei dos babilônicos), Xerxes (rei
dos persas), Genghis Khan (rei dos mongóis), dos marajás indianos, dos
faraós egípcios, dos imperadores romanos, dos papas cristãos, dos
republicanos esquerdistas, dos ditadores comunistas e até dos presidentes
democráticos (o bloco de países alinhados com os Estados Unidos que o
fizeram um império global cultural-político-econômico).
Com a desmoralização das matrizes teórica materialista (ideologia) e
com a queda do império comunista (o modelo social), ambos de origem
helênico-pagã) a próxima ideologia e o próximo modelo social que deverá
predominar no mundo será a matriz teórica Deusista e a sociedade familista
(o Deusismo e o Familismo), ambos de origem judaico-cristã. Como o
desenvolvimento da história e do pensamento humano, na ciência
contemporânea, confirmaram a necessidade de um Criador para o universo e
o homem e a natureza bidimensional (física-espiritual) do universo e do
homem, isto significa que a matriz teórica Deusista abélica (de origem
judaico-cristã) é a verdadeira visão da vida e do universo. Portanto, o
Deusismo e o familismo poderão ser a ideologia verdadeira e o modelo de
sociedade verdadeira (porque fundamentados na ciência contemporânea)
com a qual a humanidade sempre sonhou. Nestes termos, quando o
Deusismo inspirar o verdadeiro sistema educacional o modo espontâneo e
natural de pensar e viver dos próprios cidadãos darão origem ao familismo
que se aperfeiçoará em todos os sentidos cada vez mais, até atingir o estado
de plena verdade, paz e prosperidade, quando a beleza, a verdade e o bem
serão as fontes de alegria humana e a inspiração para a cultura. No
familismo, a sociedade inspirada pela verdade e baseada na prática do amor
a mentira, a agressão à natureza, a promiscuidade e a criminalidade serão
finalmente extintos da face da Terra.
Assim sendo, a primeira razão pela qual pode-se pensar no
familismo como a utopia final da humanidade está no desenvolvimento da
história das sociedades e no desenvolvimento do pensamento humano. A
história marchou na direção da realização da plena alegria de Deus e do
homem através da plena realização dos 3 desejos essenciais da natureza
humana (educação, família e prosperidade).
4.2. A segunda razão: O fim da hipótese da tábula rasa e a confirmação
científica da teoria da natureza humana inata universal
49
A segunda razão pela qual pode-se pensar no familismo como a utopia final
da humanidade está no “O fim da hipótese da tábula rasa e a confirmação
científica da teoria da natureza humana universal inata” — Foi o filósofo
inglês John Locke (1633-1704) quem propôs pela primeira vez, na Idade
Moderna, a ideia de que a mente humana é uma página em branco onde as
informações vão sendo impressas ao longo do tempo. É a hipótese da tábula
rasa que, apesar de contestada desde sua origem (antes de Locke, Platão e
Descartes já defendiam a teoria das ideias inatas), sendo atualmente negada
pela psicologia evolucionista, ela ainda predomina nos meios acadêmicos.
O avanço da ciência suplantou a hipótese da tabula rasa e
demonstrou a realidade de uma natureza humana inata e universal. Três
pensadores contemporâneos, cujas teorias científicas desmontaram a
realidade da natureza humana inata são Noan Chomski, Donald Brown,
Stevem Pinker, Robert Wright, entre outros.
Chomski criou a gramática gerativa, a teoria da linguagem inata, na
qual demonstrou que todos os seres humanos já nascem com a capacidade
potencial inata para a linguagem (como um software), assim também como
diferentes espécies de aves manifestam cantos peculiares que os identificam.
Assim também é o homem. A língua se aperfeiçoa paralelamente ao
aperfeiçoamento da cultura, mas o que as palavras expressam são os desejos,
os sentimentos e as necessidades humanas inatas e universais. Note-se que,
em toda a história e em todos os lugares, as expressões faciais dos seres
humanas são idênticas na manifestação dos mesmos sentimentos, tais como
ira, alegria, tristeza, mágoa, desprezo, dor, etc. Universal e historicamente,
os seres humanos também manifestaram e manifestam desejos e
necessidades idênticas. E assim por diante.
Brown, por sua vez, em seu livro Human Universals (1991),
compilou uma lista de cerca de 400 traços culturais universais presentes em
todas as culturas primitivas e antigas do mundo, as quais se formaram
independentemente umas das outras, demonstrando definitivamente a
realidade de uma natureza humana inata e universal.
Pinker, professor de psicologia da Universidade Harvard, dos
Estados Unidos, comentando a obra de Brown em seu livro Tabula Rasa
(Companhia das Letras, 2004) reafirmou a realidade da natureza humana
inata e universal, listando em seu livro os 400 traços culturais humanos
universais (de Brown) presentes em todas as culturas estudadas pelos
etnógrafos e pelos antropólogos culturais (Pinker cita uma lista com 400
universais humanos — traços culturais endêmicos desenvolvidos por
culturas independentes e isoladas no tempo e no espaço umas das outras).
50
Desse modo, Pinker contestou a teoria da tábula rasa com base científica
segura.
O fim da hipótese da tabula rasa hoje já é um fato até mesmo entre
os pensadores materialistas (bem informados), como demonstrou o
psicólogo evolucionista Robert Wright em seu livro O Animal Moral
(Editora Campus, 2006-SP), afirmou que a negação da natureza humana
inata foi um equívoco da ciência, e que este equívoco já foi superado.
Wright demonstrou que a psicologia evolucionista confirmou a realidade da
natureza humana, constatando que todas as culturas no tempo e no espaço
desenvolveram traços culturais semelhantes, os quais comprovam
definitivamente a realidade de uma natureza humana inata e universal. Este
fato ganha maior importância uma vez que é a conclusão da psicologia
evolucionista, o ramo materialista da psicologia derivado da biologia
evolucionista de Darwin.
Estes estudos científicos demonstraram cientificamente a realidade
da natureza humana inata universal por tantos séculos negada. E,
simultaneamente, fortaleceram as diversas teorias que defendiam a natureza
humana inata, tais como a teoria das reminiscências (ou proto-ideias) de
Platão, a psicologia da Gestalt do psicólogo vienense Christian Freiherr Von
Ehrenfels 15 (1856-1932), os níveis do desenvolvimento da aprendizagem de
Piaget e até a teoria do cérebro holográfico, de Karl Pribram que contestou a
hipótese dos engramas de Penfield, segundo a qual as memórias tinham
localização física no cérebro.
Além das bases científicas citadas até aqui pode-se ainda citar
inúmeras bases filosóficas lógicas, tais como a teoria dos imperativos
morais de Kant e a filosofia de Spinosa e Berson, entre muitos outros
filósofos e cientistas cujas pesquisas e teorias confirmaram a realidade da
natureza humana inata universal. Em conclusão, a pergunta: existe uma
natureza humana inata, ou o homem nasce como um corpo carnoso vazio,
15
Christian Freiherr von Ehrenfels (1859-1932) destacou-se na história da psicologia
por ter sido um dos pioneiros da teoria da Gestalt. O autor utiliza o termo Gestalt para se
referir a um complexo conjunto de dados que necessitavam de mais do que a experiência
sensorial e imediata para serem percebidos e explicados. Dito de outro modo, Ehrenfels
defendia que para haver apreensão de um objeto era necessário que todos os seus
componentes fossem percebidos como um todo, e não por partes. Era a antítese do
behaviorismo, o comportamentalismo behaviorista de Skinner, Watson, entre outros. A
psicologia da Gestalt foi posteriormente desenvolvida por outros autores como Helmholtz,
Mering, Wertheimer e Kohler nos Estados Unidos e na Alemanha. Guillaume introduziu-a
na França.
51
uma folha de papel em branco? A resposta da ciência contemporânea é: Sim.
Existe uma natureza humana inata universal.
4.3. A terceira razão: Os três desejos essenciais
da natureza humana inata universal
A terceira razão pela qual pode-se pensar no familismo como a utopia final
da humanidade está nos três desejos essenciais da natureza humana inata
universal. Uma vez demonstrada cientificamente a realidade da natureza
humana inata pode-se destacar a segunda base científica que aponta para a
predominância do familismo no futuro os 3 desejos essenciais da natureza
humana. Uma das características universais da natureza humana constatadas
pela antropologia cultural, pela etnologia, pela sociologia e pela psicologia é
a presença de 3 desejos essenciais na natureza humana: educação, família e
prosperidade. Todos os seres humanos apresentam um desejo básico
essencial: o desejo de ser feliz. Tudo o que fazem está direcionado para a
realização desse desejo que, de tão universal e histórico pode ser
identificado com a própria finalidade da existência humana. Para ser feliz o
homem precisa exercer a sua criatividade. Para ser criativo precisa ser livre
e para ser livre precisa ser responsável. Na busca de elementos que o
auxiliem na realização dos três desejos essenciais de sua natureza: o desejo
de aperfeiçoar-se (desejo pela verdade através da educação), o desejo de
constituir uma família natural (desejo de descendência e perpetuidade) e o
desejo de prosperar materialmente (criar um suporte material de
subsistência). A ordem natural é: educação, família e prosperidade. A partir
da descoberta dos 3 desejos essenciais da natureza humana pode-se
constatar que o desejo de constituir uma família natural é um dos traços
essenciais da natureza humana inata e universal. E este fato nos aponta a
quarta razão pela qual pode-se pensar no familismo como a utopia final da
humanidade.
4.4. A quarta razão: A família como instituição biológica
e como desejo inato da natureza humana universal
A quarta razão pela qual pode-se pensar no familismo como a utopia final
da humanidade está na existência da família como instituição biológica e
perpétua e desejo inato da natureza humana universal. Uma observação
biofísica simples revela que a natureza é dual e que essa dualidade é
representada por elementos distintos e complementares, tais como positivonegativo, esquerdo-direito, alto-baixo, próton-elétron, homem-mulher,
professor-aluno, governo-povo, etc. Essa lei da dualidade refere-se a uma
52
teoria das unidades-duais distintas e complementares, (que anula a dialética
marxista dos elementos contrários e excludentes). A lei da dualidade ratifica
a origem e a natureza biológica da família natural, destacando que todos os
seres da natureza: minerais, vegetais, animais e humanos são unidades-duais
constituídas por elementos distintos e complementares (positivo-negativo).
Do átomo (próton-elétron) ao ser humano (homem-mulher). Assim,
enquanto o planeta Terra existir, o homem e a mulher continuarão sob o
efeito da afinidade da espécie que gera a atração biofísica mútua (positivonegativo), originando casais, famílias e sociedades, estabelecendo relações
de cooperação e confiança, de intercâmbio e interdependência entre si
Assim como a unidade básica da física é o átomo (a unidade-dual
próton-elétron) e a unidade básica da biologia é a célula (a unidade-dual
núcleo-citoplasma), podemos afirmar que a unidade básica da sociedade não
é o indivíduo, mas a família (a unidade-dual homem-mulher) Este fato
demonstra a naturalidade, a cientificidade e a perpetuidade da família
natural como origem e base da sociedade familista. E essa constatação nos
remete à quinta razão pela qual o familismo poderá predominar no futuro.
4.5. A quinta razão: A Sociedade Familista é a sociedade natural
(a sociedade é uma família natural ampliada)
A partir dos 3 desejos essenciais da natureza humana, entre os quais o
desejo de constituir uma família natural, e a partir da descoberta da
naturalidade, da cientificidade e da perpetuidade da família natural como
origem e base da sociedade chega-se à teoria da origem natural da sociedade
humana, enquanto grupo de famílias naturais vivendo e convivendo em um
ambiente cultural e em um espaço geográfico comum. O Estado, ou a
sociedade, nada mais é do que uma família natural ampliada: a Sociedadefamília ou o Estado natural como contraproposta à hipótese da origem social
do Estado proposta por Jean-Jacques Rousseau no século XVII em seu livro
O Contrato Social.
A teoria dos 3 desejos essenciais da natureza humana inata
(educação, família e prosperidade) nos revela sua exteriorização, ou seu
desdobramento, nas 3 bases fundamentais da sociedade: ideologia, política e
economia. A ideologia desenvolve-se a partir do desejo essencial da
educação, a política, a partir do desejo essencial da família (relações
humanas, políticas) e a economia desenvolve-se a partir do desejo de
prosperidade. Desse modo, onde quer que se forme um grupo humano, ali se
desenvolve uma sociedade e suas 3 bases fundamentais: um sistema
53
ideológico, um sistema político e um sistema econômico como
exteriorizações espontâneas e naturais da natureza humana universal inata.
Sendo a família um fenômeno biológico natural, o que é uma
sociedade senão um grupo de famílias convivendo em um mesmo ambiente
cultural em um mesmo espaço geográfico? “Células” naturais formam um
“organismo” natural de origem e natureza biológica, o qual não é uma
invenção social de natureza sociológica. A sociedade emerge natural e
espontaneamente da aproximação e da necessidade da convivência humana.
Depois se modifica e torna-se complexa. Sob este ângulo pode-se dizer que
a sociedade é uma família ampliada, uma instituição natural. Obviamente, o
modelo de sociedade que emerge natural e espontaneamente a partir de um
grupo de famílias naturais é o familismo, a Sociedade-família.
4.6. A sexta razão: O afastamento do modelo natural
e a tendência ao retorno ao modelo natural
Chegamos assim a uma sexta razão pela qual pode-se pensar no familismo
como a utopia social sonhada e buscada pelo homem ao longo de toda a
história. A realidade de um modelo natural. O afastamento humano do
modelo natural e o atual retorno da humanidade ao modelo natural.
A ideia do modelo natural refere-se ao fato de que, uma vez que os
seres humanos são entidades biopsicológicas, partes integrantes do mundo
natural, também estão sujeitos às mesmas leis naturais que regem os demais
corpos do universo e do planeta Terra. Por isso tendem sempre a seguir e
ajustar-se ao modelo natural (o caminho natural, o caminho do equilíbrio ou
do menor esforço, etc), e tendem a retornar ao modelo natural quando dele
são afastados. Essa lei da naturalidade (a tendência dos seres a buscar e a
permanecer em seu estado e ordem natural) existe e atua de modo similar à
chamada força da gravidade. Ninguém pode escapar de sua ação no planeta.
Os seres da natureza tendem, como se diz em física, a retornar ao estado
fundamental (ao estado natural). Aliás, a tendência a manter e a permanecer
em seu estado natural, ou a tendência a retornar ao estado natural (ou à
ordem e modelo natural) é a tendência natural de todo o planeta, como
demonstrou Winer em sua teoria cibernética da homeostase e o bioquímico
inglês James Lovelock em sua teoria Gaia, que demonstrou cientificamente
que o planeta se auto-regula, se auto-regenera e se auto-equilibra como um
todo, sempre no sentido de manter, permanecer retornar ao seu estado de
ordem natural. Foi também o que demonstrou o autor do livro Biocosmos. O
Universo Vivo (editora Cultrix, 2000); que todos somos partes vivas de um
54
planeta vivo que, por sua vez, é uma parte viva de um superorganismo vivo
maior: o universo.
A tendência ao retorno ao modelo natural, ou ao estado de ordem
natural, está onipresente em todos os setores da sociedade contemporânea.
Pode-se vê-la atuante forte e globalmente no movimento ecológico e na
nova ciência quântica (holística, sistêmica, organísmica e transfísica). A
ideia aqui proposta de uma sociedade familista como o modelo de uma
sociedade natural deve ser vista como a manifestação social da tendência ao
retorno à ordem e ao modelo natural do mundo contemporâneo. No bojo
dessa tendência global de retorno ao modelo natural está também a
esperança da paz social, ou a sociedade pacífica, como alternativa futura
para a sociedade guerreira ainda predominante no mundo. Sob este prisma,
falar-se em luta de classes como força motriz do progresso humana é uma
tolice sem medida. Destes estudos emergiu a ideia de uma sociologia natural
como contraproposta para a sociologia social de Comte e Marx que definia a
sociedade como uma instituição de origem e natureza social inventada pelo
ser humano. Desse modo, a partir dos 6 tópicos estudados acima, com
base histórica, lógica e científica, pode-se realmente pensar no familismo, a
sociedade familista, o Estado-família, como uma sociedade inspirada pelo
Deusismo (a ideologia da paz), estruturada de acordo com o modelo familiar
e movida pela ética das relações familiares fundamentais. O modelo de
sociedade que predominará no século XXI, podendo perpetuar-se no futuro,
sendo cada vez mais aperfeiçoada pelas futuras gerações.
Essa breve introdução antecipa alguns dos estudos abordados neste
livro, que nos prova que a utopia continua, mas ela passa longe do ateísmo e
do materialismo, da ditadura e da permissividade, velhas heranças helênicopagãs do passado, e que a concretização da utopia está mais próxima do que
jamais pensamos.
Capítulo 05
A NECESSIDADE VITAL DA F AMÍLIA
55
5.1. Família: o valor maior da vida humana
Qual o valor maior da vida de um ser humano na Terra: sua casa, seu carro,
seu emprego, seus amigos ou sua família (avós, pais, irmãos, irmãs,
cônjuges, filhos e filhas, netos e netas)? A resposta espontânea e natural que
todos os povos em todos os tempos deram para esta pergunta foi: a família.
Diariamente assistimos emocionados (não raro, com lágrimas nos
olhos), os relatos dramáticos e emocionantes de pais, mães e familiares em
profunda dor por terem perdido um parente, um pai, um filho ou um irmão.
Não há palavra que conforte ou preencha o coração de um pai ou de uma
mãe que acabou de perder um filho tragicamente. A dor é tão lancinante e
profunda que muitos mal conseguem manter-se de pé, enquanto outros
desmaiam: (a dor do espírito é somatizada, atinge e enfraquece o corpo). A
família que tem um parente seqüestrado se aflige, chora e sofre
profundamente. Muitos pais se desesperam e são capazes de fazer qualquer
coisa para ter seu parente de volta com saúde. E por essa razão, por causa do
amor profundo e verdadeiro dos pais e dos familiares uns pelos outros, que
os bandidos e seqüestradores ameaçam machucar e matar os filhos, os
irmãos, os pais. Sabem que sequestrar um amigo distante não provocará
aflições nem dores suficientemente profundas ao ponto de obterem o valor
exorbitante do resgate.
A força do amor familiar se agiganta quando pais e irmãos vêem
outro em perigo. Uma força sobre-humana emerge do espírito humano
nessas horas, e uma mulher pequena e frágil é capaz de atos de nobreza
heróica e de façanhas físicas que, em circunstâncias normais, ela jamais
teria. Um exemplo: O filho caiu no fosso de jacarés em um zoológico. A
mãe pulou para dentro do fosso e pôs o próprio braço na boca do jacaré a
fim de evitar a mordida em seu filho. Outro exemplo: depois de um acidente
o carro incendiou com o filho criança dentro. A mãe, uma mulher pequena e
frágil, simplesmente arrancou a porta do carro e retirou seu filho. São
milhares os exemplos dessas façanhas heróicas e sobre-humanas registradas
pela imprensa do mundo inteiro quase diariamente. Nos momentos em que
os pais vêem seus filhos em perigo e adquirem coragem e força sobrehumanas absolutamente inexplicáveis do ponto de vista científico. De onde
vem tamanha força sobre-humana? Do amor familiar. Esta é a força do amor
familiar. Um materialista antifamilista pode negar sua realidade, mas meras
palavras (flatus voices). não anulam fatos cotidianos históricos. Seria como
negar a realidade dos acidentes de trânsito.
56
O amor familiar que une os parentes é tão forte e tão valioso que
quando temos um velho e bom amigo ou amiga referimo-nos a eles como
“Este é mais do que um amigo; é um irmão”. E quando temos no trabalho
um chefe bondoso, dizemos “Este é mais do que um chefe; é um pai”. Por
que comparamos os melhores sentimentos que sentimos pelas melhores
pessoas não-parentes aos nossos familiares? Porque (regra geral universal e
histórica) é na família que desenvolvemos nossos melhores e mais
profundos sentimentos. É na família que estão as pessoas que mais amamos,
mais respeitamos e mais admiramos. Todos os parentes torcem com fervor
pela vitória uns dos outros. Todos os parentes acreditam no amor de uns
pelos outros e acreditam na ajuda certa de uns aos outros, especialmente dos
pais e avós. É na família que sempre encontramos refúgio e conforto nas
horas difíceis da vida, especialmente na palavra e no abraço dos pais, que
amam incondicionalmente seus filhos.
Como negar o amor? Como materializar o amor, classificando-o
como uma reação química? A reação química é o efeito físico de um
sentimento, uma emoção. O amor é um sentimento transfísico (causa) que
desencadeia uma reação físicoquímica.(efeito). Como alguém, que nasceu e
cresceu dentro de uma família e sente saudade de seus familiares pode negar
o valor da família e pregar a sua desintegração e total extinção? Somente
uma pessoa vitimada por algum tipo de distúrbio psicoemocional pode
tornar-se antifamilista.
5.2. Socialismo ou Familismo:
Para onde caminha a humanidade?
Em 1789 os esquerdistas ateus da Revolução Francesa ressuscitaram os dois
modelos sociais criados e aplicados na antiga Grécia mítico-pagã: a
ditadura republicana, aplicada em Esparta de acordo com o livro A
República, de Platão, e a democracia permissiva, aplicada em Atenas
conforme apresentada por Clístenes. Assim, os esquerdistas franceses
tentaram fundir os dois modelos gregos, tentando criar um novo modelo
social unificado (embora desconhecessem a dialética marxista da teseantítese-síntese, onde a síntese foi interpretada erroneamente como algo
novo) e deram origem nos tempos modernos aos dois modelos sociais que
dominaram o século XX: a ditadura socialista e a democracia permissiva.
Na prática, porém, a ditadura republicana-espartana predominou na França
de Robespierre a Napoleão, sendo amenizada posteriormente até tornar-se
uma república democrática permissiva, o modelo social ateniense (greco-
57
romano, pagão e materialista), o qual foi exportado para o mundo, inclusive
para os Estados Unidos.
O segundo fruto da Revolução Francesa foram as ditaduras socialistas.
Em l917 a Revolução Russa estabeleceu a ditadura socialista, o modelo
social espartano (greco-romano, pagão e materialista) e o exportou para o
mundo. Os dois modelos dominaram e dividiram o século XX, provocando
guerras e destruições materiais, espirituais e morais. A tirania socialista e a
permissividade democrática arrastaram os dois modelos para a crise e o caos.
Os dois modelos chegaram ao final do século XX falidos. Por quê?
Depois do fim do comunismo (1987 a 1990) e da profunda e
irreversível crise da democracia permissiva (modelos derivados das ideias
materialistas greco-pagãs) a humanidade está buscando a terceira via, um
novo modelo de sociedade mais verdadeiro e estável que nos permita
avançar para um futuro mais natural, mais pacífico e próspero. Porém, onde
buscar novas ideias para construir o novo modelo? Nas mesmas velhas
ideias gregas que já foram experimentadas por séculos e nos conduziram à
vergonha e ao fracasso da crise atual?
A Revolução Francesa de 1789 ressuscitou os dois antigos modelos
gregos (ditadura socialista e democracia permissiva) a partir da mera
atualização das ideias gregas. Na verdade, a república democrática francesa,
na prática, foi uma ditadura cruel que acabou retornando à monarquia com
Napoleão Bonaparte, o tirano cruel que queria conquistar o mundo e
enterrou a Europa nas Guerras Napoleônicas. De outro lado, como teve
origem a partir da ditadura espartana e da democracia permissiva, a
Revolução Francesa acabou parindo novamente os dois mesmos e velhos
modelos sociais da antiga Grécia, originando as falidas ditaduras socialistas
e democracias permissivas que predominaram durante todo o século XX.
Do mesmo modo, o chamado socialismo democrático sugerido pelo
marxista-socialista italiano Norberto Bobbio (1909-2004) representa uma
segunda tentativa (semelhante à francesa) de criar um terceiro e novo
modelo social (que Bobbio chamou de Terceira Via) a partir da fusão dos
dois antigos modelos gregos (ditadura republicana-espartana e democracia
permissiva ateniense) já ressuscitados pela Revolução Francesa com os
nomes de república democrática na França e ditadura socialista na Rússia.
Assim, os modelos gregos fracassaram duas vezes: na Idade Antiga e na
Idade Moderna. Se os modelos gregos já fracassaram duas vezes por que
funcionariam numa terceira tentativa, na Idade Pós-moderna? Não
funcionariam porque estão teoricamente equivocados. A ditadura porque
suprimiu os direitos e a liberdade e enfatizou apenas o dever; a democracia
porque excedeu nos direitos e na liberdade e desprezou a ênfase sobre a
58
responsabilidade, entre outros problemas teóricos. Em todo esse quadro o
conceito de república * (res publica = a ideia da coisa pública administrada
com honestidade no interesse comum) continuou sendo apenas uma bonita
promessa jamais praticada (assim como a promessa da igualdade). A ideia
moderna da República se caracteriza por alguns pontos essenciais: 1.
Temporariedade do poder (os governantes são temporários); 2. Eletividade
(os governantes são eleitos); 3. Responsabilidade (os governantes são
responsáveis pela coisa pública); 4. autônomia dos poderes (os poderes são
livres e independentes); 5. A república é um estado de direito (os direitos
dos cidadãos são garantidos pelo Estado); 6. Descentralização do poder; 7.
Pacto federativo (os estados são federados, possuem autonomia
administrativa); 8. Participação e reopresentação popuilar (os governantes
são representantes do povo; governo do povo, para o povo e pelo povo). Ora,
nas atuais repúblicas democráticas estas características essenciais
praticamente desapareceram. À medida em que o poder executivo controla
os recursos de forma ditatorial, passou a manipular o poder legislativo e
também o poder judiciário. Uam vez que o poder Judiciário já não pune, a
autonomia dos poderes desaparece debaixo da corrupção e da impunidade.
Assim, da república democrática restou apenas a ideia. Na prática do
cotidiano está implantada a ditadura daquele que controla o dinheiro. Estão
ai o mensalão, o dólar na cueca, o dólar na meia, o dossiê dos aloprados, o
cai-cai dos ministros, etc, como provas visíveis do fim do ideal republicano
*
O que é república? (res publica = coisa pública, o que pertence a todos, socialismo,
comunismo, etc. Todos estes termos referem-se a um mesmo conceito, a uma mesma ideia:
a promessa de realização do desejo por justiça social, um desejo humano inato e universal.
Este desejo original da humanidade sempre foi manipulado pelos ateístas (esquerdistas,
materialistas, humanistas, positivistas, republicanos, nazistas, socialistas, comunistas,
populistas, etc ). Todas as vezes que os ateístas chegaram ao poder foi com base na
promessa da realização da justiça social. E todas as vezes que os ateístas tomaram o poder
transformaram-se em tiranos milionários, corruptos e cruéis que, em vez de concretizar a
promessa da justiça social, traíram e massacraram (revoluções sanguinárias, ataques
terroristas e genocídios) os povos ingênuos que acreditaram neles. Só haverá justiça social
em um país quando o pensamento de Deus for respeitado como lei. Quando isto acontecer
aquele país tornar-se-á naturalmente uma sociedade familista. A presença do pensamento e
do amor de Deus será a garantia da concretização da promessa da justiça social, que é uma
ideia (um ato originário e derivado de Deus); uma ideia roubada e usada pelos ateístas, que
nunca a concretizaram; e sem Deus, nunca a concretizarão. Nunca houve progresso real
nem justiça social sob um governo ateu. O ateísmo sempre roubou e usou as ideias, as
pessoas e as riquezas de Deus. Nunca um ateu trouxe uma teoria verdadeira, uma invenção
útil ou realizou uma verdadeira obra humanitária na Terra. Cada vez mais a história está
comprovando este fato.
59
e do estabelecimento da ditadura dos que controlam o dinheiro. Nesse
quasdro o povo trabalha 33% do tempo de sua vida (cerca de 4 meses por
ano) apenas para pagar os cerca de 1.5 trilhões de reais para manter a
corrupta elite política. As colunas de uma sociedade são as virtudes de sesu
cidadãos. Parece que a ganância e a cobiça cegaram a inteligência e secou o
coração dos cidadãos que atuam na política.
A Transparência Internacional denunciou que a corrupção é global e
que em nenhum país do mundo existe uma verdadeira república. Veja-se a
república brasileira. Os bens públicos estão sendo administrados com
honestidade no interesse do bem comum, ou a corrupção sempre existiu,
mas somente agora está se tornando generalizada e pública devido à
tecnologia das comunicações e à liberdade de imprensa?
Os dois modelos não funcionaram na antiguidade greco-romana, não
funcionaram nos séculos XIX e XX e, evidentemente, não funcionarão no
século XXI, mesmo com o nome de socialismo democrático. Por quê?
Porque são as mesmas e velhas ideias gregas já estudadas e aplicadas à
exaustão. Eram belas ideias e pareciam boas ideias. Mas não eram teorias
verdadeiras. Por isso não funcionaram na prática.
E agora? Vamos tentar rearranjar as ideias da matriz teórico-cultural
materialista greco-pagã e tentar fazê-las funcionar pela terceira vez, numa
atitude irracional e a certeza do fracasso, ou vamos repensar tudo e
construir em primeira mão no Brasil (do Brasil para o mundo) um modelo
teórico-social realmente novo fundamentado e derivado da matriz cultural
histórica e original do Brasil: a matriz Deusista-cristã? Não foi sob a
inspiração das ideias Deusistas cristãs que a Europa pós-Imperio Romano
foi reconstruída? Não foi sob a inspiração das ideias cristãs que a
humanidade construiu a mais elevada de todas as civilizações da história: a
civilização cristã ocidental? Não é a matriz teórico-cultural Deusista-cristã
que enaltece e fortalece o amor aos inimigos (a paz) e a valorização da
família (os valores morais), nosso valor mais precioso? De onde mais
poderia brotar a sociedade familista (com elevada educação, paz,
prosperidade e naturalismo) com a qual todos nós sonhamos, senão da
matriz teórico-cultural Deusista-cristã? Bobbio sugeriu que o respeito aos
direitos humanos geraria a paz mundial. Estava equivocado. A paz mundial
somente florescerá na Terra depois que florescer no coração do homem.
Para isso acontecer, o homem precisa do amor e da verdade (do amor
verdadeiro). E onde a humanidade pode encontrar o amor verdadeiro, senão
no exemplo absoluto do amor sacrifical dos pais que o herdaram de Deus?
60
Isto significa que o ateísmo * não pode gerar o verdadeiro humanismo. Por
isso todas as revoluções ateístas se tornaram anti-humanas, provocaram
genocídios e fracassos econômicos e sociais. Onde houver mentira e
violência não existe verdade e nem amor. E sem amor e verdade não se
produz coisa alguma. Na verdade, os esquerdistas ateístas sempre roubaram
e usaram as ideias e os ideais Deusistas cristãos. De outro modo, como
enganariam e atrairiam as pessoas? Recorde-se de que os ideais da
Revolução Francesa Igualitè, Fraternitè e Liberte foram colhidos nos
filósofos Hegel e Kant, ambos Deusistas cristãos. Até certo ponto, a história
provou que, em todas as épocas e em todos os lugares os esquerdistas ateus
fizeram exatamente o contrário de tudo o que prometeram. O exemplo mais
recente foi o império socialista-comunista.
Diante de tais fatos históricos não existem parâmetros de comparação
entre os frutos das hipóteses marxistas: ditaduras, guerras, genocídios,
fracassos econômicos e caos social e os frutos da teoria Deusista-cristã a
civilização cristã ocidental, a religião cristã, a filosofia, a ciência, a
tecnologia, as artes, os esportes, o sistema jurídico, o sistema educacional, o
sistema social familista, etc. E, porque, apesar de o mundo cristão ser
inspirado pela teoria Deusista-cristã possui problemas semelhantes aos
problemas do falido mundo socialista ateu? Além de uma razão teológica
mais profunda (a ruptura original que alienou o homem de Deus), as forças
do mal infiltraram o mundo democrata cristão * e implantaram nele a
*
O ateísmo é a visão materialista da origem e da natureza do universo aliada à visão
amoral da vida. É a visão da ciência dos séculos XVII, XVIII e XIX, o mecanicismo da
física newtoniana, ultrapassada desde 1917 pela física relativística e enterrado
definitivamente pela física quântica a partir de 1935. Para o ateu tudo se resume a pedaços
de matéria em movimentos causados pela força gravitacional. A inspiração artística, a
criatividade, as novas ideias são produtos físicos do cérebro/ o amor e as emoções são
reações químicas; a mente humana é o comportamento; a memória e a natureza humana são
uma folha de papel em branco impressas pelas experiências do meio social, etc. Atualmente,
ateísmo é considerado a visão mais tosca e grosseira da realidade, pois nega a dimensão
transcendental da vida humana, a natureza transfísica do universo e reduz toda a realidade e
complexidade à materialidade de modo ilógico, superficial, simplista, tosco e grosseiro. O
ateísmo é o oposto do Deusismo.
*
Democracia permissiva versus Democracia cristã: O conceito de democracia traz em
seu bojo a ideia de liberdade e responsabilidade e direitos e deveres. A Bíblia registrou:
“Aonde está a liberdade, ali está o espírito do Senhor”. Assim, a democracia como modelo
social que respeita os direitos humanos (expecialmente o direito à vida e à liberdade
religiosa) aproxima-se do familismo e teve um papel histórico fundamental na preparação
histórica para o desenvolvimento do familismo. Todavia, as forças ateístas do mal se
antecipararam e passaram a usar a ideia da democracia e suas promessas de liberdade e
justiça falsamente. Desse modo, a Revolução Americana de 1776 deu origem à democracia
61
democracia permissiva de origem greco-pagã, e esta difundiu as ideias
ateístas-hedonistas, estimulou os sentimentos mais indignos da natureza
humana, corrompeu, desmoralizou, enfraqueceu a família e gerou os
mesmos problemas que causaram a ruína e a implosão do mundo socialista.
É por essa razão que o mundo democrático permissivo (pseudocristão) está
ruindo sob os mesmos problemas que implodiram o mundo socialista ateísta
(a falsa democracia).
Destacar o valor e a importância histórica da matriz cultural Deusistacristã, que admite Deus e a espiritualidade humana (e com base nestes
valores respeita a Deus e aos direitos do homem)_ e destacar a presença de
uma nova ideologia científica, o Deusismo, e de um novo modelo de
sociedade, o Familismo, a Sociedade-família ou a sociedade familista,
derivada e baseada na família natural como a sociedade natural
historicamente sonhada e buscada por toda a humanidade. Esta é a
contribuição que este livro se propõe a oferecer ao Brasil.
5.3. Dia Nacional da Família:Feriado nacional
A ONU decretou o dia 15 de maio como o Dia Internacional da Família.
Este fato significa que as nações signatárias da Organização das Nações
Unidas reconhecem a família como um valor global a ser enaltecido,
protegido e preservado. Em outros termos, comotemos enfatizado neste
livro, a família natural (homem-mulher-filhos) é uma instituição naturam
imprescindível à coesão e perpetuidade da sociedade humana. Por família,
obviamente, a ONU não se referiu às duplas homossexuais (homem-homem
e mulher-mulher), pois uma das caracaterísticas básicas da família é a
capacidade de procriação (garantia da continuidade e do crescimento da
população de um país), e as duplas homossexuais jamais poderão procriar.
Desse modo, o Dia Internacional da Família nada tem a ver com arranjos
homossexuais que tentam imitar a família natural onde um elemento da
dupla finge e se comporta como um enete feminino, e o outro , como ente
cristã (que implantou a Declaração Universal dos Direitos do Homem) e a Revolução
Francesa de 1789 deu origem à democracia psudo-humanista (tirana e anti-humana que
somente fala em direito e justiça, mas nunca os pôs em prática). É por isso que as ditaduras
socialistas comunistas sempre estampam no nome do país a palavra democracia. Por
exemplo: República Democrática de Cuba, República Democrática da Coréia do Norte, etc.
Para os esquerdistas ateus a palavra democrcia sempre foi apenas um instrumento de ação
para a tomada do poder, a implantação da ditadura, da prática do latrocínio e da
escravização do povo. Estes são os fatos históricos.
62
masculino. Nesse devaneio por subverter a ordem natural, os homossexuais
chegam a pressionar os governos para adquirirem o direito de adoção a fim
de se assemelharem a verdadeiras famílias naturais. Isto nunca acontecerá,
pois como ficou provado nas experiências de John Monney, o gênero
(masculimo e feminino) não é relacional ou cultural, mas absolutamente
natural e imutável.
Uma vez que a ONU proclamou o Dia Internacional da Família, e
uma vez que muitas nações, estados e municípios já proclamaram o Dia da
Família. Como o Brasil é signatário da Carta da ONU o governo brasileiro,
por meio do Congresso Nacional, deveria proclamar o Dia Nacional da
Família. Uma data sugerida é o dia 15 de maio, a mesma data estabelecida
pela ONU. Desse modo, faríamos coincidir as datas do Dia Internacional da
Família e do Dia Nacional da Família. Considerando o valor maior da
família na vida humana, coincidência de datas justificaria a decretação do
dia 15 de maio como um feriado nacional, no qual aconmteceria a grande
festa comemorativa da família brasileira, um marcado por homenagens
governamentais às famílias-modelo e por diversos tipos de eventos
familistas organizadas pelas ONGs e pelas próprias famílias brasileiras.
Com o decreto do Dia Nacional da Família o Brasil poderia ser o
primeiro país do mundo a reconhecer a importância vital da faília para os
indivíduos e para a sociedad, estabelecendo um exemplo absoluto a ser
seguido pelo mundo inteiro.
63
Capítulo 06
A H ISTÓRIA DA SOCIEDADE H UMANA
É A HISTÓRIA DO C ONFLITO B EM-MAL
A história humana — e não apenas a história das religiões — foi
caracterizada pela dicotomia bem-mal, pela luta de pessoas más (egoístas e
guerreiras) contra pessoas boas (altruístas e pacíficas), para muito além das
etnias, das classes, das idades e dos sexos. Onde houvesse um grupo
humano ali se desenvolviam dois subgrupos antagônicos, dois modos de
pensar (duas ideolgias: ateísmo/materialismo e Deusismo/espiritualismo) e
dois modos de comportamento (verdadeiro e falso, moral e amoral, pacifista
e guerreiro), com os dois lados usando meios opostos: verdade e mentira,
amor e ódio) com o grupo do mal agredindo e tentando sobrepujar o grupo
do bem pela força, e com o grupo do bem se defendendo, tentando
sobreviver. A presença dos dois grupos ainda hoje no palco da história
prova que, apesar da agressividade e esperteza, o mal nunca venceu o bem.
Todos os grandes impérios ateístas, guerreiros e anti-religiosos da história
desapareceram, enquanto as grandes religiões (que também são impérios
globais) sobreviveram e continuam crescendo. Por quê?
A história humana tem sido uma história de lutas; a história da luta
entre o bem e o mal, entre a civilização e a barbárie pelo controle da mente e
do coração humano, O lado que conquistasse o homem automaticamente
conquistaria o país ou o planeta. Esta é a história dos impérios e das
ideologias Deusista (religiões) e materialista (ateísmo/magias). Isto é
historicamente verdadeiro dos grupos primitivos da antiguidade às tribos
africanas e amerindias; dos grupos árabes e cristãos medievais aos blocos
soviético e americano modernos. Sob esta ótica, a história humana foi uma
luta contínua entre o bem (pessoas tipo Abel, defensivas) e o mal (pessoas
tipo Caim agressivas) na qual pobres roubavam, estupravam e matavam
pobres e ricos, ricos roubavam, estupravam e matavam ricos e pobres,
brancos roubavam, estupravam, escravizavam e matavam brancos e negros,
e negros roubavam, estupravam, escravizavam e matavam negros e brancos.
A guerra, a exploração e o racismo não nasceram da força, da etnia, da
64
classe ou da cor, mas do ódio, da maldade e do egoísmo que parasitam o
coração humano. Do outro lado, a paz, a bondade e a fraternidade brotavam
do amor, da bondade, do altruísmo. Tudo se passou como se a humanidade
fosse composta por soldadinhos de brinquedo manipulados, lançados uns
contra os outros (nas guerras) para o sádico deleite de um antideus mau e
vingativo. O maniqueísmo (explicação da magia masdaísta para a existência
do bem e do mal inventada por Mani) constatou o bem e o mal na natureza
humana, mas considerou-os naturais e eternos, como fazem o hinduísmo e o
materialismo. No Cristianismo o mal está na natureza humana, mas não é
original nem eterno. Portanto, pode e deve ser extirpado. É neste ponto que
reside uma das diferenças fundamentais do Cristianismo em relação às
demais religiões. Outras importantes ideias cristãs são as ideias do Deus-Pai,
da vida eterna e da família natural (homem-mulher-filhos) eterna.
6.1. O mito do bom selvagem
Na história da humanidade a ideia de que todos os homens nascem bons
nunca passou de uma ideia bonita e desejada. Na realidade histórica o bem e
o mal (a mentira e a verdade, o moral e o imoral, a guerra e a paz) sempre
existiram na natureza do homem e nas sociedades, embora a esperança da
humanidade tenha sido sempre a superação desta dicotomia com a vitória
final e perpétua do bem, da verdade e da paz. As provas deste fato estão no
conflito intrapsíquico existente no interior de cada homem, e registrado na
antropologia cultural, na história geral, na história das religiões, na história
das sociedades e na história da literatura universal.
A história da humanidade sempre foi uma história de guerra e paz
onde povos nômades predadores e cruéis invadiam, estupravam, saqueavam
e matavam os grupos nativos dedicados às atividades agropastoris e a um
estilo de vida ordeiro e pacífico. Cambises, o cruel rei assírio que entrava
nas cidades conquistadas sobre tapetes de pele humana arrancadas em praça
pública de pessoas vivas é um típico exemplo da crueldade e do terrorismo
dos povos guerreiros nômades. A cidade grega de Esparta caracteriza bem o
espírito guerreiro ateísta e cruel dos povos nômades e guerreiros da
antiguidade. A história das guerras e conquistas do Império Romano contra
os povos bárbaros é outro exemplo significativo da mentalidade antiga do
paganismo pré-cristão. A história da antiga Mesopotâmia foi a história da
luta entre os caldeus (povos nativos pacíficos) e os assírios, povo invasor
guerreiro e cruel pelo domínio da região. A história do povo judeu, que
descende do caldeu Abraão (filho de Terá, rico fabricante e comerciante de
ídolos da cidade de Ur dos caldeus) é um registro histórico fiel do modo de
65
vida dos povos nômades e guerreiros da era pagã. A história dos quatro
primeiros séculos da Era Cristã foi uma história de perseguição mortal
contra o Cristianismo e de guerras entre os romanos e os povos bárbaros.
As constantes invasões bárbaras godos, visigodos, francos e outros, aliados
à decadência moral característica dos povos pagãos da antiguidade (Índia,
Grécia, Roma, Pompéia, Herculano, Sodoma, Gomorra, entre outros)
enfraqueceram e provocaram a queda da antiga Grécia e do Império
Romano.
A história humana é o registro das ideias, dos atos e das obras do
homem, cuja natureza dividida e conflitada se manifesta na história sob a
influência indireta de Deus (a verdade e a bondade oriundas da natureza
humana original) e sob a influência direta do antideus (a mentira e a
maldade oriundas da natureza adquirida após a alienação homem-Deus).
Nesse contexto, a luta de classes é apenas uma das múltiplas manifestações
do conflito bem-mal que parasita o homem e tem se manifestado ao longo
da história. Ainda hoje todos podem perceber estas duas forças antagônicas
lutando em seu interior e manifestando-se em suas ideias, atos e obras. O
Cristianismo é a única religião que revelou a ruptura original e luta para
vencer o mal.* Como Deus existe os resultados de Seu trabalho podem ser
constatados por uma simples comparação do mundo antigo (onde o mal
predominava) e o mundo atual onde o bem predomina e 97% da
humanidade crê em Deus e vive uma vida de bem e familista. Não há dúvida
de que o bem está vencendo o mal. Basta citar a queda do Império
Comunista e o crescimento da fé no mundo atual. Quando um primeiro país
ndo implantar o familismo este fato terá o mesmo significado da Revolução
Francesa de 1789 e da Revolução Russa de 1917, e representará a ascensão
derradeira do bem ao poder.
*
A ruptura original na antropologia. “As pessoas em cada época e cultura têm insistido
que o mal tem uma causa específica; que a natureza humana não é totalmente natural
porque foi distorcida por algum erro ou falha original fundamental, a qual tem se
perpetuado de geração em geração até o tempo presente.” (Richard Heinberg.
Antropólogo. Do livro Memories e Visons of Paradise).
66
Capítulo 07
AS TEORIAS DA HISTÓRIA,
O C RISTIANISMO E A C IVILIZAÇÃO CRISTÃ
6.1. As teorias da história
Existem várias teorias da história que tentam responder à pergunta: O que é
a história? Vejamos algumas das respostas: 1. A teoria materialista da
história responde que a história é a mera soma das atividades humanas em
progresso. A história não tem começo nem fim e nem objetivo algum,
exceto o progresso material; Esta teoria foi apresentada plenamente por
Alvin Toffler em seu livro A Terceira Onda; 2. A teoria marxista da
história responde que a história é uma contínua luta de classes pelo fim da
exploração econômica, que .a história terminará quando o comunismo
estivesse implantado em toda a Terra. Esta teoria é chamada de
materialismo histórico e foi desenvolvida por Karl Marx em seu livro O
Capital; 3. A teoria cristã da história responde que a história é o trabalho
providencial de Jesus para salvar os cristãos escolhidos. A Terra será
destruída e a quase totalidade da humanidade ficará eternamente no inferno.
Essa teoria foi desenvolvida por Santo Agostinho em seu livro A Cidade de
Deus; 4. A teoria cultural da história foi desenvolvida pelo historiador
inglês Arnold Toymbee, em seu livro Um Estudo da História. Entre outros
fatos curiosos, Toymbee destacou que quando uma civilização estava em
decadência, sempre surgiu um pequeno grupo que, após a queda, reergueu
uma nova civilização sobre os escombros da anterior. Este fato está bem
demonstrado na história do Cristianismo e o Império Romano.
No ano 313 d.C. o imperador Constantino concedeu liberdade de
culto ao Cristianismo, que se expandira por todo o Império Romano. No ano
395 o imperador Teodósio se converteu e, a fim de unificar o império
dividido, oficializou o Cristianismo no Império Romano, As invasões
bárbaras enfraqueceram, desorganizaram e fragmentaram o grande Império
67
Romano. Grupos de vândalos e criminosos vagavam pelas cidades roubando,
estuprando e matando sem resistência. Foi então que a Igreja Católica, já
influente, poderosa e presente em todo o Império Romano, decidiu assumir
o controle e restabelecer a ordem. Assim, teve início a nomeação dos
cavaleiros cristãos, cidadãos cristãos que, com a autorização e o apoio do
Papa e do imperador podiam convocar e organizar exércitos para proteger as
pessoas e restabelecer a lei e a ordem. Assim teve início a chamada Idade
Média e o espírito do cavaleirismo medieval, tão magistralmente registrado
nas lendas do rei Arthur e na cidade de Camelot. O espírito do cavaleirismo
medieval estava relacionado com a defesa da fé, da honra, da dignidade, da
lealdade, da honestidade e dos valores morais e éticos do Cristianismo. O
espírito do cavaleirismo tornou-se um código de ética da Idade Média.
Muitos jovens cultivavam o sonho moral e patriótico de tornar-se um
cavaleiro, assim como muitos jovens hoje sonham em tornar-se um artista
famoso, embora as motivações do sonho de ser um artista profano hoje, não
raro, pouco têm de patriótico, altruísta e honroso. 5. Por fim surgiu a teoria
Deusista da história, a qual responde que a história é o trabalho
providencial de Deus-Pai para restaurar o homem, Seus filhos, e construir o
familismo, a sociedade familista na Terra (a humanidade é uma família sob
um Deus-Pai), a qual emergirá naturalmente dá prática do Deusismo, o
pensamento de Deus. Na verdade, a teoria Deusista da história é uma
atualização ampliada e mais profunda da teoria cristã da história, mas sob
uma forma mais realista e científica.
O fim do comunismo, a crise da democracia e do materialismo e o
reavivamento das religiões no final do século XX e início do século XXI
indicam claramente que as teorias da história materialistas e ateístas
revelaram-se falsas, e que a verdade pode estar com as teorias espiritualistas
e Deusistas (a teoria cristã e a teoria Deusista). A teoria cristã contém dois
problemas intransponíveis em seu final cujo irrealismo conduziu-a à derrota
diante da teoria marxista: a) O arrebatamento dos escolhidos e a
condenação dos não-escolhidos ao inferno eterno e b) a incineração do
planeta Terra. Estas duas ideias remontam a Santo Agostinho e passam a
ideia de um Deus frio, impiedoso e derrotado pelo antideus Lúcifer, pois
admite a vitória e a eternidade do mal, uma vez que a quase totalidade da
humanidade ficaria para sempre no inferno sob o domínio do antideus, que
segundo essa ideia seria elevado à posição de criador de outro mundo (o
inferno) para onde teria arrastado e escravizado a quase totalidade da
humanidade, mantendo-a sob seu domínio por toda a eternidade. Nesse
contexto, quem teria vencido a batalha entre o bem e o mal? Deus ou
Lúcifer? E, se como afirma a Bíblia, Lúcifer é um simples anjo, uma
68
criatura que se desviou do caminho do bem, como poderia derrotar seu
Criador, Deus? Estes problemas da teoria cristã da história foram superados
na teoria Deusista da história que afirma vitória plena de Deus sobre o
antideus. Deus libertará a humanidade e implantará o Seu reino divino, o
familismo, a Sociedade-família, sobre toda a Terra para toda a eternidade
(Veja os diagramas das teorias da história no Apêndice deste livro).
6.2. A Idade Média e o Cristianismo
A Idade Média foi um período da história sob o predomínio do Cristianismo
que, unido ao Império Romano triunfara sobre os bárbaros e sobre o
paganismo mítico-mágico-politeísta, amoral e violento dos povos antigos,*
reorganizando a ordem social, agora chamada medieval. Muitos
historiadores honestos reconhecem plenamente o caráter e o papel
civilizatório do Cristianismo sobre os povos bárbaros da Europa. Prova
disso está em Carlos Magno, o rei dos francos (um dos povos bárbaros que
invadiram o Império Romano) coroado no ano 800 d.C. como o primeiro rei
cristão. Carlos Magno realizou a primeira unificação da Europa e o
renascimento cultural carolíngio. Foi um dos líderes mais brilhantes da
Idade Média. Embora tenha expandido o Cristianismo com o uso da força,
Carlos Magno foi condescendente com os povos conquistados e
cristianizados. Foi graças à cristianização que a Europa bárbara se
transformou na civilização cristã européia, a mais elevada civilização de
toda a história.
A chamada Idade Média foi o período compreendido entre 395, ano
da oficialização do Cristianismo no Império Romano a 1478, ano da tomada
de Constantinopla pelos turcos. A historiografia mundial tem descrito a
Idade Média como um período de obscurantismo, injustiças e violência
extremas. Será verdadeira esta visão sobre a Idade Média? Não. É uma
grande mentira inventada pelos pensadores ateístas para denegrir o
Cristianismo e impedir seu retorno ao poder.
A historiadora medievalista francesa Régine Pernoud, em livros
como O Mito da Idade Média e Luz Sobre a Idade Média (Publicações
Europa-América. Portugal) desfez completamente a visão da Idade Média
como um período de obscurantismo, miséria e violência extremas,
*
Os maus selvagens. Sem esquecer que entre os povos pré-cristãos (pagãos) de todos os
tempos e de todos os continentes havia grupos pacíficos (tipo Abel) e guerreiros (tipo
Caim). No Brasil os grupos indígenas tupis e guaranis eram pacíficos; os grupos jês e
tapuias eram guerreiros. A mesma divisão (tipo Caim e tipo Abel) existiu e ainda existe em
todos os grupos humanos.
69
revelando-a como um período comum da histórica com erros e acertos,
realizações intelectuais, tecnológicas e científicas,* guerras e paz como as
demais. Épocas da história humana. Règine Pernoud destaca que foi durante
a Idade Média que Roger Bacon criou o experimentalismo científico e
Tomás de Aquino, o racionalismo; durante a Idade Média foi criada a escala
musical e as 7 notas pelo monge Guido D’arezo, o romance, a lírica, a arte
dos vitrais, e um dos mais originais e belos estilos arquitetônicos  o estilo
gótico.
A arquitetura medieval ainda hoje desafia a arquitetura
contemporânea com obras como a Catedral de Notre Dame, a Catedral de
São Pedro, a Catedral de Chartres e centenas de castelos belíssimos e
resistentes; durante a Renascença, o Cristianismo esteve apoiando os
maiores gênios da pintura, da escultura e da música, tais como Michelângelo,
Raphael, Leonardo Da Vinci entre centenas de outros artistas de todo o
mundo. Quando se pensa no grau de promiscuidade e de degradação
ambiental da Idade Média não há parâmetros de comparação com o
altíssimo grau de promiscuidade e degradação ambiental dos tempos atuais.
Quando se fala sobre as armas e as guerras medievais comparadas às
guerras e armas do século XX, este é que se caracteriza como um século de
trevas, de guerras contínuas, de revoluções sanguinárias, de genocídios
inúteis e de armas bárbaras como a metralhadora, o tanque, o avião
bombardeiro, as armas nucleares (bomba atômica e bomba de hidrogênio),
as armas químicas e biológicas, e até armas psicopolíticas: falsas ideias e
antivalores amorais. Sem qualquer dúvida o século XX foi o século mais
obscurantista, promíscuo e sangrento da história humana. Comparada ao
século XX, a Idade Média foi uma época de elevadíssimo padrão de fé,
moralidade, paz, ciência e tecnologia.
6.3. A política na Idade Média
As monarquias cristãs da Idade Média são insignificantes quando
comparadas com as tiranias e as democracias corruptas do século XX. Não
foram apenas os líderes que se corromperam, mas parcelas imensas da
população do mundo atual foram corrompidas. Para mudar, não basta trocar
um grupo de líderes materialistas por outro grupo de pessoas materialistas,
*
Sobre a ciência na Idade Média. Cf. Os Inteletuais na Idade Média. Jacques Le Goff
(Editora Brasiliense, 1989); A Ciência na Idade Média. Latino Coelho (Guimarães Editores.
Lisboa, 1988). Sobre a ciência e a criatividade da Idade Antigo. Cf. O Roubo da História.
Como a civilização cristã européia aperfeiçoou as ideias e invenções do mundo antigo. Jack
Goody (Editora Contexto, 2008)
70
pois os pensamentos e atos são os mesmos. Por isso os governos se sucedem,
mas os problemas continuam os mesmos, e aumentado. Para mudar
precisamos de uma população espiritualista e de líderes espiritualistas
sinceros que provaram sua sinceridade durante décadas de amor e autosacrifício pelos outros. Precisamos de verdadeiros cordeiros, e não de lobos
vestidos de cordeiro.
As monarquias e os reis injustos da antiguidade mudaram apenas de
nome, passando a se autodenominarem de democracias e presidentes. Não
vivem os presidentes em palácios com centenas de serviçais? Não é o
parlamento uma corte de privilegiados amigos do rei (onde muitos são
amorais)? A imensa maioria do povo não vive na miséria, trabalhando quase
metade da vida (cerca de 5 meses por ano) para pagar impostos exorbitantes
(um trilhão e cem bilhões de reais por ano) para manter o rei, seus palácios,
sua corte e seus funcionários? Os presidentes e seus parlamentos (o rei e sua
corte) não continuam usando, explorando e enganando o povo e chamando a
si mesmos de “pais” do povo?
O que fizeram os esquerdistas ateus e revolucionários franceses.
Provocaram um massacre de centenas de milhares de inocentes (somente
padres foram 30.000 mortos), popularizaram a guilhotina e implantaram um
reino de terror, que acabou decapitando até o líder máximo da revolução:
Robespierre. E para que tanto sofrimento? Para coroar Napoleão Bonaparte
como imperador da França apenas 4 anos depois (1806) e provocar ainda
mais guerras, destruição e sofrimento humano. Segundo pesquisas do
escritor Claude Ribbe (Os Crimes de Napoleão. Editora Record, 2008)
Napoleão era racista e determinou o genocídio dos negros do Haiti. As
guerras napoleônicas matavam cerca de 360.000 (trezentos e sessenta mil)
soldados por ano e algumas das ideias e táticas de guerra de Napoleão
inspiraram o próprio Hitler.
O que fizeram os ateus esquerdistas comunistas, os “amigos” do
povo, de 1917 a 1987? Destruíram as economias de 35 países e provocaram
o genocídio de 150 milhões de inocentes “inimigos” do povo (Cf. O custo
humano do comunismo. Le Figaro. Edição de 18 de novembro de 1978.
Veja-se também as recentes demonstrações de amizade dos “amigos” do
povo da China, passando com seus tanques por cima de milhares de
estudantes na Praça da Paz Celestial). Todos, comunistas e não-comunistas
sofreram muito. E toda essa tragédia humana foi inspirada pelo marxismo,
uma filosofia ateísta, materialista e anticristã que reduziu o valor do homem
de um ser divino e filho de Deus, na visão cristã, para um pedaço de matéria
na visão socialista-comunista dos marxistas; uma visão que tentou negar
71
completamente a realidade de Deus e a utilidade do amor, da bondade e do
desejo universal do homem pelo amor e pela paz.
O livro Como a Igreja Católica Construiu a Civilização Ocidental, do
historiador Thomas Woods (Quadramte, 2008) prova de forma documental
cabal que, entre erros e acertos, entre bem e mal, os acertos e o bem gerados
pelo Cristianismo foram incomparavelmente maiores do que os erros e o
mal. Quem pode acusar o Cristianismo em si (a teoria crista pura) de
blasfêmia contra Deus ou ceifar as vidas de 500 milhões de seres humanos
(o número aproximado de vítimas do ateísmo sanguinário ao longo da
história)? Em defesa da teoria cristã bastaria dizer que o Cristianismo
construiu a mais elevada de todas as civilizações da história: a Civilização
Cristã Ocidental. Em defesa da prática da teoria cristã bastaria lembrar os
sacrifícios dos milhões de missionários cristãos ao longo da história em todo
o mundo, fundando igrejas, escolas, cidades e casas de misericórdia em
todos os continentes da Terra.
Como se vê, é realmente absurdo e falso acusar todo o Cristianismo
de obscurantista e retrógrado, e apresentar a Idade Média como uma época
de obscurantismo e treva total, como se durante mil anos a criatividade e a
bondade humana tivessem sido paralisadas. Tão absurda e falsa quanto o
mito da Idade Média é o mito de que todo o progresso humano brotou da
Europa, ignorando-se o Egito, a Mesopotâmia no Oriente Médio, a China e
os povos ameríndios. Todas as ideias, todas as invenções confluíram para a
Europa e lá foram aperfeiçoadas e levadas para o mundo através das
caravanas e das Grandes Navegações. A difusão cultural européia (os
valores da civilização cristã ocidental) é a contraparte da história do
imperialismo econômico europeu. Assim como aconteceu após a queda do
Império Romano, quando o Cristianismo restabeleceu a ordem e a lei, no
início do século XVI novamente o Cristianismo foi impulsionado para a
cristianização do mundo. Pode-se afirmar que o continente africano e
americano estariam mais prósperos hoje sem a fé cristã e sem a ciência
européia? Não. Mas pode-se afirmar com certeza que o mundo estaria
melhor sem as ideologias ateístas nazistas e comunistas que destruíram
países inteiros e massacraram centenas de milhões de inocentes no século
XX. O fracasso do nazismo, do comunismo e da democracia permissiva no
século XXI é a prova inquestionável desta afirmação.
6.4. Como foi possível?
Como foi possível os historiadores acreditarem em tamanha bobagem? Mais
falso ainda é apresentar o Cristianismo como algo inútil e até nocivo.
72
Bastaria citar que foi o Cristianismo quem restabeleceu a lei e a ordem no
destroçado Império Romano, criando a tradição épica dos cavaleiros
medievais como símbolos de honra e bravura. Foi o pensamento cristão
quem criou a mais elevada de todas as civilizações da história: a civilização
cristã ocidental, aperfeiçoando o legado da criatividade produzida em todo o
mundo, e expandindo a cultura cristã européia para todo o mundo. Somente
alguém de extrema má fé inventaria tamanha atrocidade e somente um tolo
acreditaria nessa bobagem. É como disse Lênin: “Uma mentira repetida mil
vezes é aceita como uma verdade”. Uma bobagem dita com convicção
parecerá um pensamento profundo.
Um simples estudo da vida ascética dos monges franciscanos,
dominicanos, jesuítas, das irmãs clarissas, entre outras; de seu amor e
bondade, das magníficas obras caritativas, educacionais, culturais e
espirituais que semearam por toda a Terra revelará seu sincero amor
sacrifical em prol do estabelecimento da paz e do bem entre os homens. De
outro lado, não se pode esquecer as grandes e injustas perseguições que o
Cristianismo sofreu pelo mundo inteiro, desde seu nascimento na Judéia e
sua expansão no Império Romano, até seu revigoramento sob a forma do
Protestantismo. Milhões de cristãos doaram suas vidas no embate pela paz e
o bem, muitas vezes, em regiões hostis e inóspitas do mundo, longe da
civilização e sem qualquer apoio. A perseguição deflagrada contra o
Cristianismo não foi apenas física, mas intelectual. Veja-se os textos
gnósticos, as heresias medievais, as filosofias e hipóteses científicas ateístas
e anticristãs modernas. Veja-se os movimentos positivista-iluminista e
marxista-socialista e os movimentos das ciências naturais e sociais ateístas
atuais contra o ideologia e a moral cristã (isto é, contra a civilização cristã).
6.5. A história da luta Deus X não-Deus e os mitos de ruptura
A luta entre Deus e não-Deus, espiritualismo e materialismo onipresentes na
história são reflexos da luta entre o bem e o mal, a qual resulta da mera
exteriorização da natureza dividida e conflitada do ser humano, vítima de
duas tendências opostas bem-mal lutando em seu interior. Falando
abertamente, pois já chegou o tempo de abrir a caixa de Pandora, em última
instância a luta Deusismo x materialista é a luta entre Deusismo e satanismo.
Todos os estudiosos da história das religiões e das magias sabem que o
satanismo é um movimento místico histórico e global que sempre esteve
fortemente atuante no palçco da história, especialmente nos altos postos de
comando. Todavia, semore se ocultou atrás de nomes como ocultismo,
paganismo, esoterismo, etc. Lamentavelmente, porém, a origem desde o
73
conflito não será abordada aqui em toda a sua amplitude e profundidade.
Neste estudo nos limitareemos oa estudo científico da ruptura original como
origem da dicotomia bem/mal.
O estudo das religiões, das mitologias e da história sobre o tema
sugerem que o conflito intrapsíquico remonta aos tempos primevos e têm
sido rememorados nos mitos de ruptura presentes em todas as culturas do
mundo e em toda a história. O claro entendimento e a extirpação desse
conflito intrapsíquico que divide e guerreia dentro da natureza humana e nas
sociedades é a meta do Cristianismo. Não será este o motivo pelo qual o
Cristianismo foi e tem sido combatido em todo o mundo ao longo de toda a
sua história? Se o conflito intrapsíquico que divide e guerreia dentro da
natureza humana for estudado, compreendido e eliminado haverá paz na
mente e no coração humano e, consequentemente, na Terra. Não é este o
sonho, a essência das utopias sociais da humanidade ao longo de toda a
história?
6.6. A República Familista do Brasil.
Por um Brasil Deusista-familista
O Cristianismo e a sociedade cristã nunca foram inteiramente bons e muito
menos perfeitos. Por isso, precisa ser aperfeiçoada, mas ainda é a melhor
das ideologias e a melhor das sociedades que a humanidade desenvolveu. O
Deusismo, a ideologia da paz, e o familismo, a sociedade familista (a
Sociedade-família) representam uma nova etapa mais completa e
aperfeiçoada do pensamento e do modelo social cristão desenvolvido no
século XX. Embora seja uma visão mais acadêmica e concreta da ideologia
e do ideal social cristão, o Deusismo e o familismo ainda não foram
implantados em nenhum país do mundo como ideologia e modelo social
oficiais. Se o Brasil os implantasse oficialmente (como implantou o
positivismo e a república em 1889) certamente tornar-se-ia um modelo de
sociedade e o maior e mais admirado país do mundo.
A República Familista do Brasil seria realmente a terceira via, o novo
modelo de sociedade com o qual o mundo tem sonhado ao longo de toda a
história. Com certeza, em um futuro breve, o Brasil verá surgir um novo
Juscelino Kubitschek, e este líder brasileiro será maior que JK, pois terá
implantado em primeira mão o Deusismo, a ideologia da paz, e fundado no
Brasil a primeira república familista da história da humanidade. Este
brasileiro será visto no futuro como o maior personagem da história política
do Brasil. Será incomparavelmente maior do que Karl Marx; pois terá sido o
personagem que implantou a ideologia da paz e construiu uma cultura de
74
paz pela primeira vez na história. E este feito não será suplantado por
nenhum outro.
O mundo e o Brasil estão à procura da Terceira Via, um novo sistema
de pensamento e um novo modelo de sociedade para substituir a ditadura
comunista e a democracia permissiva (dita representativa), ambos
fracassados e em frangalhos. Onde o Brasil vai encontrar um novo sistema
de pensamento e um novo modelo de sociedade? Nas ideias ateístas e
amorais dos antigos gregos? Nas ideias ateístas, amorais e violentas de Karl
Mark? No socialismo democrático de Norberto Bobbio, uma fusão das
velhas ideias gregas e marxistas? Estas ideias nos arrastaram para o fundo
de poço onde estamos hoje. E quanto ao Cristianismo? Embora seja uma
teoria tipo Abel Deusista e pacífica (historicamente superior na teoria e na
prática social às hipóteses ateístas), em seu nível teórico nebuloso atual
(nebulosidade exemplificada no estudo da teoria cristã da história) o
Cristianismo acabou contribuindo indiretamente para nos afundar na crise
aonde estamos hoje. Portanto, precisamos descobrir um novo e vigoroso
veio de ideias Deusistas capazes de nos levar um passo adiante e acima do
ponto em que fomos trazidos pelo marxismo (ditaduras genocidas) e pelo
Cristianismo (democracias permissivas). E se as ideias que originaram a
ditadura republicana e a democracia permissiva tiveram origem no ocidente,
chegou a hora de nos voltarmos para as ideias nativas do Oriente
(Cristianismo e Deusismo), como muitos grandes pensadores (religiosos,
filósofos e cientistas) do mundo atual têm sugerido. Estas questões exigem
estudos mais profundos, os quais extrapolam o objetivo deste livro.
6.7. A origem e a natureza do familismo
O familismo é o modo de pensamento e vida familiar (Deusista,
espiritualista, moral e natural) que todos defendem publicamente, mas
apenas alguns poucos o praticam. O espírito familista é parte inata da
natureza humana universal e histórica, e sempre esteve vivo e ativo no palco
da história, mas sempre subjugado pelos antifamilistas no poder. O
familismo é o modelo de sociedade sonhado e buscado por Deus e pela
humanidade ao longo de toda a história. Pode-se dizer que o familismo é a
utopia, a sociedade ideal sonhada por Deus e pelo homem. E mesmo que
não se admita a realidade de Deus, não se pode negar a realidade histórica e
universal da família natural (homem-mulher-filhos) e do espírito familista
(estudaremos a família natural em detalhes mais adiante).
Os grupos humanos de todos os continentes estavam divididos em
dois tipos: os grupos tipo Caim (ateus, amorais e guerreiros) e os grupos
75
tipo Abel (Deusistas, morais e pacíficos). Assim, pode-se dizer que o
familismo sempre existiu na natureza humana, mas nunca predominou em
tempo algum da história, que teve início a partir de um evento primevo
antinatural que perverteu e dividiu a natureza humana, desviando-a do amor
e da paz do familismo (veja-se os mitos de ruptura). O familismo não
predominou nem mesmo durante a Idade Média, quando o catolicismo
exerceu sua maior influência cultural e política, pois os reis e suas cortes
corruptas decidiam tudo e, devido à suas condutas amorais e injustas, muitas
vezes perseguiam o Cristianismo. Mesmo na Idade Moderna o rei Henrique
VIII expulsou o Catolicismo da Inglaterra e criou a Igreja Anglicana. No
Brasil, o Marquês de Pombal expulsou os Jesuítas devido à defesa
intransigente que faziam dos índios e dos pobres, como ficou demonstrado
no episódio da República Guarani, quando os positivistas ateus deram o
golpe militar e implantaram a república os educadores cristãos começaram a
ser perseguidos e afastados do sistema educacional, sendo substituídos pelos
intelectuais ateus, que se tornaram os novos “clérigos” e mentores da
sociedade. O fracasso do ateísmo materialista está cabalmente demonstrado
na queda das ditaduras comunistas e na crise generalizada das democracias
permissivas, onde a ganância materialista estimula e alimenta a
criminalidade e a promiscuidade, corroendo toda a sociedade.
A manifestação rudimentar do familismo apareceu na sociedade
judaica primitiva. Porém, como a sociedade judaica baseava-se numa
relação de Senhor-servo com Deus e era simultaneamente regida por leis
justas e bárbaras, como o apedrejamento público, por exemplo (Deus, um
ser de amor absoluto, não criaria leis desumanas e cruéis). Logo, a
sociedade judaica primitiva não podia ser classificada como uma sociedade
familista no sentido pleno do termo. Assim, pode-se dizer que o familismo
nasceu a partir de Jesus de Nazaré, uma vez que Jesus estabeleceu um
modelo de sociedade baseada na família natural e numa relação Pai-filho
com Deus, além de estabelecer o amor ao Deus-Pai e o amor ao próximo
(amigos e inimigos, indistintamente) como lei social fundamental.
O familismo desenvolveu-se historicamente em 4 etapas: 1. A
sociedade familista-cristã primitiva (estágio de formação) que predominou
nos 4 primeiros séculos da Era Cristã; 2. A sociedade familista-cristã
medieval (estágio de crescimento), que predomninou na Idade Média; 3. A
sociedade familista-cristã moderna (estágio de aperfeiçoamento), que
estabeleceu a liberdade religiosa e a defesa dos direitos humanos; e 4. A
sociedade familista-Deusista pós-moderna (estágio de perfeição), na qual
estamos entrando hoje com o advento da pós-modernidade. Nessa quarta e
última etapa o familismo aprofunda-se e aperfeiçoa-se inspirado no
76
Deusismo (a ideologia de Deus, a ideologia da paz), que transcende todas as
muralhas religiosas, culturais, políticas, étnicas e sociais definindo e
tratando todos os seres humanos como filhos de um mesmo Deus-Pai. No
contexto do familismo pós-moderno Deus é o Pai da humanidade, a
humanidade é uma única e grande família e o planeta Terra é o lar da
humanidade. Portanto, a humanidade é uma família sob Deus.
A cultura que emergirá da prática do pensamento Deusista dará
origem naturalmente ao familismo, a sociedade familista livre de conflitos
ideológicos e de injustiças sociais. Na verdade, o familismo já está na Terra;
já está sendo vivido pela maioria da humanidade (especialmente as pessoas
religiosas sinceras) que já vivem um modo de vida parcialmente Deusista e
familista.
O familismo será um modelo de sociedade que não priorizará a
igualdade absoluta, uma vez esta não passa de um equívoco teórico
impossível de ser concretizado. Como destacou Rui Barbosa, a igualdade
absoluta seria uma violência contra a natureza humana e uma injustiça
social, pois se propõe a dar o mesmo a todos como se todos se equivalessem.
A sociedade familista pós-moderna buscará a unidade harmoniosa da
diversidade. Como se sabe, cada ser humano é um universo particular, e
igualdade e liberdade não são conceitos absolutos. O familismo não será
uma sociedade inspirada pelo autoritarismo cruel e nem pelo permissivismo
irresponsável, mas pelo responsabilismo, um estilo de vida com liberdade e
responsabilidade onde o cumprimento da responsabilidade (dos deveres)
precede o usufruto da liberdade (os direitos). Essa autogestão responsavel é
o mais profundo e histórico desejo da humanidade.
O familismo pós-moderno será uma sociedade-família, um Estadomoral, um Estado de Direito e de Justiça para com Deus, a humanidade e a
natureza; uma sociedade na qual o ensino da responsabilidade para com o
todo será enaltecido acima da liberdade e dos direitos do indivíduo, pois
quando todos se responsabilizam por todos, todos serão servidos e
protegidos. Não há felicidade sem liberdade e criatividade. Por isso, a
liberdade, a individualidade e os direitos humanos serão essenciais na
sociedade familista, mas a liberdade, a individualidade e os direitos de um
indivíduo não serão enaltecidos acima da sociedade como um todo. A parte
está contida no todo; o indivíduo está contido na sociedade. Proteger a
sociedade é proteger o indivíduo. Na sociedade familista os indivíduos não
poderão fazer o que quiserem, a qualquer hora e em qualquer lugar, como a
democracia permissiva admite. Se cada célula do corpo tornar-se
individualista o organismo morre por inteiro. A ditadura comunista e a
democracia permissiva foram destruídas devido à ênfase exagerada que
77
deram ao individualismo. Mas no discurso — apenas no discurso — o
comunismo elevava o Partido acima da liberdade, da individualidade e dos
direitos humanos. Curiosamente, usava-se discurso eusista-familista (a fim
de conquistar o coração e a mente das pessoas), mas praticava-se uma
ideologia anti-Deus, antifamiliar e anti-humana Essa ideologia falsa arrastou
a humanidade para a III Guerra Mundia (a Guerra Fria-Quente), assassinou
cerca de 200 milhões de inocentes, destruiu 35 economias, e com seu
discurso de estímulo ao conflito, à guerrilha e ao terrorismo de Estado tirou
a paz do mundo inteiro. Mas, como todos os impérios anti-Deus da história,
quando o chamado império do proletariado atingiu o ápice, implodiu e
desmoronou sobre si mesmo. Aprenderam com a vergonha e a humilhação
que o homem nunca vencerá Deus. Diante do caos e do desespero em que as
ditaduras e as democracias permissivas (greco-pagãs, ateístas e materialistas)
nos atolaram — e que se agigantam a cada dia —, parece que nossa única e
mais sábia alternativa será aliar-se a Deus enquanto ainda estamos vivos.
O cuidado de si é uma necessidade vital, mas o individualismo e o
egoísmo exacerbados foram dois grandes equívocos teóricos da democracia
permissiva, enquanto o publicismo estatal exacerbado (que anulou a
individualidade e os direitos humanos) foi um dos graves equívocos teóricos
do marxismo. O responsabilismo suplantará estes equívocos, garantindo a
liberdade, a individualidade e os direitos humanos mediante o simples
cumprimento da responsabilidade individual (que resultará no cumprimento
da responsabilidade social; no bem-estar do todo e da parte).
O status social na sociedade familista será definido pelo talento e a
aptidão pessoal (amor ao ofício) e pela meritocracia (conquisia por
merecimento). Um ser humano com aptidão especial para as artes não
conseguirá dar o seu melhor no futebol, na biologia, na administração, no
comércio ou na indústria. Os testes vocacionais identificarão os talentos e
definirão os ofícios de cada ser humano livremente. Já está estabelecido que
quando se trabalha naquilo que se ama, produz-se mais e melhor. O único
grupo social improdutivo e nocivo é o grupo dos criminosos (sociopatas).
Na sociedade familista o crime declinará até o seu total desaparecimento,
pois Deus e o homem tornar-se-ão um; e o homem tornar-se-á divino, O
crime, o desvio de conduta será tratado com a educação integral e o trabalho
compulsórios até a plena educação e a plena profissionalização. Os sistemas
policial, judicial e prisional tenderão ao desaparecimento, substituídos pela
educação integral e pela autogestão. Ao sistema judicial caberá a função
normativa (normas para a política, para a economia, para o trânsito, para a
educação, etc). Com a gradual diminuição do crime todo sistema de leis
criminais tenderá ao desuso até seu total desaparecimento.
78
6.8. O familismo ao longo da história
Pode-se dizer que as manifestações mais primitivas do modelo social
familista desenvolveram-se nas sociedade tribais primitivas tipo Abel,
aquelas sociedades tribais pacíficas, que valorizavam a família e que
possuíam algum código de valores morais. Nestes termos pode-se falar em
uma sociedade familista primitiva.
A segunda manifestação do familismo apareceu na sociedade judaica
antiga. Porém, como a sociedade judaica baseava-se numa relação de
Senhor-servo com Deus e era simultaneamente regida por leis justas e
bárbaras, como o apedrejamento público, por exemplo (Deus, um ser de
amor absoluto, não cria leis desumanas e cruéis). Como se pode ver ainda
hoje, a família e os valores morais da família são os princípios fundamentais
da sociedade judaica (inspirado pelo Antigo Testamento). Por essa razão,
podemos classificar a sociedade judaica como uma sociedade familista em
estágio de formação. A sociedade familista em estágio de crescimento
nasceu a partir de Jesus e do Novo Testamento, uma vez que Jesus
estabeleceu um modelo de sociedade baseada na família natural e numa
relação Pai-filho com Deus, além de estabelecer o amor ao Deus-Pai e o
amor ao próximo (amigos e inimigos, indistintamente) como lei social
fundamental.
O familismo desenvolveu-se historicamente em 5 etapas: 1. A sociedade
familista primitiva pré-bíblica; 2. a sociedade familista judaica (etapa de
formação, inspirada pelo Antigo Testamento); 3. a sociedade familista cristã
(etapa de crescimento, inspirada pelo Novo Testamento), que se
desenvolveu sob intensa perseguição nos 4 primeiros séculos da Era Cristã e
predominou em toda a Europa durante a Idade Média e parte da Idade
Moderna (começando a ser atacada e enfraquecida a partir de 1789, com a
Revolução Francesa anticristã e antifamilista); 4. A sociedade familista
cristã, ou sociedade livre, (democracia tipo Abel) caraterizou-se pela defesa
da liberdade religiosa e dos direitos humanos; e 5. A sociedade familistaDeusista pós-moderna (etapa de perfeição) na qual estamos entrando hoje
com o advento da pós-modernidade. Nessa quinta e última etapa o
familismo aprofunda-se e aperfeiçoa-se inspirado no Deusismo (a ideologia
de Deus, a ideologia da paz), que transcende todas as muralhas religiosas,
culturais, políticas, étnicas e sociais definindo e tratando todos os seres
humanos como filhos de um mesmo Deus-Pai. No contexto do familismo
pós-moderno Deus é o Pai da humanidade, a humanidade é uma única e
79
grande família e o planeta Terra é o lar da humanidade. Portanto, a
humanidade é uma família sob Deus.
A cultura é o fruto dos sentimentos, pensamentos e atos humanos. A
ideologia helênico-pagã mesclada com a ideologia judaico-cristã deu origem
à cultura atual, uma cultura dividida e conflitada resultante da presença de
duas ideologias antagônicas no coração e na mente da humanidade. A
sociedade que emergirá da prática do pensamento Deusista, o pensamento
de Deus, a ideologia da paz, dará origem naturalmente à cultura Deusista
unificada, a cultura da paz e à sociedade familista livre de conflitos
ideológicos e de injustiças sociais. A sociedade familista sempre esteve
presente no palco da história, e predominou no mundo durante a era cristã.
O familismo pós-moderno já está na Terra; já está sendo vivido pela maioria
da humanidade (especialmente as pessoas religiosas sinceras) que já vivem
um modo de vida parcialmente Deusista e familista.
O familismo será um modelo de sociedade que não priorizará a
igualdade absoluta, uma vez esta não passa de um equívoco teórico
impossível de ser concretizado. Como destacou Rui Barbosa, a igualdade
absoluta seria uma violência contra a natureza humana e uma injustiça
social, pois se propõe a dar o mesmo a todos como se todos se equivalessem.
A sociedade familista pós-moderna buscará a unidade harmoniosa da
diversidade. Como se sabe cada ser humano é um universo particular, e
igualdade e liberdade não são conceitos absolutos. O familismo não será
uma sociedade inspirada pelo autoritarismo cruel do socialismo-comunista
e nem pelo permissivismo irresponsável de algumas democracias, mas pelo
responsabilismo; liberdade com responsabilidade; pois o cumprimento da
responsabilidade (dos deveres) precede o usufruto da liberdade (os direitos).
O familismo pós-moderno será uma sociedade-família, um Estadomoral, um Estado de Direito e de Justiça para com Deus, a humanidade e a
natureza; uma sociedade na qual o ensino da responsabilidade para com o
todo será enaltecido acima da liberdade e dos direitos do indivíduo, pois
quando todos se responsabilizam por todos, todos serão servidos e
protegidos. Não há felicidade sem liberdade e sem criatividade. Por isso, a
liberdade, a individualidade e os direitos humanos serão essenciais na
sociedade familista, mas a liberdade, a individualidade e os direitos de um
indivíduo não serão enaltecidos acima de Deus e da humanidade como um
todo. A parte está contida no todo; o indivíduo está contido na sociedade.
Proteger a sociedade é proteger o indivíduo. Na sociedade familista os
indivíduos não poderão fazer o que quiserem, a qualquer hora e em qualquer
lugar, como a democracia permissiva admite e estimula. Se cada célula do
corpo tornar-se individualista o organismo morre por inteiro. A ditadura
80
comunista e a democracia permissiva foram destruídas devido à ênfase
exagerada que deram ao individualismo no discurso — apenas no discurso
—, pois os comunistas enalteceram o Partido acima da liberdade, da
individualidade e dos direitos humanos. Curiosamente, o comunismo usava
um discurso Deusista-familista (a fim de conquistar as pessoas), mas
praticava o ateísmo anti-Deus e antifamiliar. Por isso provocou a III Guerra
Mundial (a Guerra Fria-Quente), assassinou cerca de 200 milhões de
pessoas e destruiu 35 economias. Com seu discurso cheio de ódio e a prática
da guerrilha e do terrorismo, o socialismo tirou a paz do mundo inteiro.
Contudo, como aconteceu com todos os impérios anti-Deus da história,
quando o império comunista atingiu o ápice, implodiu e desmoronou sobre
si mesmo. Aprenderam com a vergonha e a humilhação que o homem
decaído nunca vencerá Deus; que o mal nunca vencerá o bem. Diante do
caos e do desespero em que as ditaduras socialistas e as democracias
permissivas (greco-pagãs, ateístas e materialistas) nos atolaram — e que se
agigantam a cada dia —, nossa única e mais sábia alternativa será o
Deusismo (a ideologia da paz) e o familismo, a Sociedade-família. A
ditadura e a democracia greco-pagãs estiveram lado a lado no palco da
história. Todavia, com o fim do socialismo e a crise irreversível da
democracia-permissiva não há mais para onde a humanidade caminhar
senão em direção ao Deusismo, o pensamento de Deus, a ideologia da paz, e
do familismo. o modelo social com o qual Deus e a humanidade sempre
sonharam, mas nunca conseguiram estabelecer com perfeição e plenamente
na Terra. Brevemente a humanidade chegará a essa conclusão.
O cuidado de si é uma necessidade vital, mas o individualismo e o
egoísmo exacerbados foram dois grandes equívocos teóricos da democracia
permissiva, enquanto o publicismo estatal exacerbado (que anulou a
individualidade e os direitos humanos) foi um dos graves equívocos teóricos
do marxismo. O responsabilismo suplantará estes equívocos, garantindo a
liberdade, a individualidade e os direitos humanos mediante o simples
cumprimento da responsabilidade individual (que resultará no cumprimento
da responsabilidade social; no bem-estar do todo e da parte).
O status social na sociedade familista será definido pelo talento e a
aptidão pessoal (amor ao ofício) e pela meritocracia (conquisia por
merecimento). Um ser humano com aptidão especial para as artes não
conseguirá dar o seu melhor no futebol, na biologia, na administração, no
comércio ou na indústria. Os testes vocacionais identificarão os talentos e
definirão os ofícios de cada ser humano livremente. Já está estabelecido que
quando se trabalha naquilo que se ama, produz-se mais e melhor. O único
grupo social improdutivo e nocivo é o grupo dos criminosos (sociopatas).
81
Na sociedade familista o crime declinará até o seu total desaparecimento,
pois Deus e o homem tornar-se-ão um; e o homem tornar-se-á divino, O
crime, o desvio de conduta será tratado com a educação integral e o trabalho
compulsórios até a plena educação e a plena profissionalização. Os sistemas
policial, judicial e prisional tenderão ao desaparecimento, substituídos pela
educação integral e pela autogestão. Ao sistema judicial caberá a função
normativa (normas para a política, para a economia, para o trânsito, para a
educação, etc). Com a gradual diminuição do crime todo sistema de leis
criminais tenderá ao desuso até seu total desaparecimento..
6.9. O Cristianismo e as 3 matrizes teóricas
materialistas do século XX
A história, do século XX foi de sofrimento, doenças e guerras entre a
ideologia cristã e as ideologias não-cristãs, como de resto o foram todas as
épocas. As guerras mundiais não foram lutas de classes ou de raças. Foram
lutas entre povos guerreiros (que agrediram) e povos pacíficos (que se
defenderam). Recorde-se que foram os nazistas quem deflagraram a II
Guerra Mundial e até o ataque japonês a Pearl Harbor os Estados Unidos
não haviam entrado na II Guerra. Recorde-se ainda que foi o comunismo
internacional quem decidiu conquistar e comunizar o mundo, destruir as
religiões e o Cristianismo e deflagrou a guerra de guerrilhas locais e a
Guerra Fria global contra a democrata. Se o mundo cristão não tivesse
descoberto o plano da comunização global e não tivesse se armado e se
unido na OTAN, certamente teria sido atacado e completamente destruído
pelos exércitos e pelas armas nucleares do Pacto de Varsóvia. Recorde-se
também que as guerras do Afeganistão (a tirania e o terrorismo talibã) e do
Iraque (a invasão e o saque do Kwait e o apoio oficial ao terrorismo pseudoislâmico internacional) foram iniciadas por aqueles países que decidiram
desafiar a ONU.
A III Guerra Mundial foi a Guerra Fria (a guerra ideológica, as
guerrilhas revolucionárias, o terrorismo revolucionário, etc) entre o bloco
comunista e o bloco democrata (cristianismo e ateísmo que guerrearam
durante todo o século XX. Surpreendentemente, porém, os dois blocos
chegaram ao século XXI, ideológica e politicamente confusos e
economicamente em frangalhos. Ambos entraram no século XXI
enfrentando os mesmos e velhos problemas do passado: a desigualdade
social, a promiscuidade e a violência; enormemente aumentados e
agravados pela ameaça da hecatombe ecológica. Nenhum dos dois lados
pôde resolver nenhum dos problemas que sempre prometeram resolver.
82
Durante milênios acusaram, perseguiram e mataram um ao outro, mas
ambos foram vencidos pelos problemas que sempre enfrentaram. Na
verdade, nenhum dos lados era a causa dos problemas que enfrentavam.
Assim, nenhum pode cantar vitória. Ao longo da história ambos
conseguiram vitórias e derrotas. Contudo, os dois lados — Deusistas e
materialistas, direita e esquerda, ditadura e democracia — parecem ter
fracassado. Cansados e derrotados, começaram a perceber que precisavam
parar de gastar tempo, vidas e recursos guerreando entre si; que a guerra é a
forma mais estúpida de resolver problemas. E o amor e a razão começaram
a predominar. E começaram a ajudar-se mutuamente.
6.10. A origem da ditadura socialista e da democracia permissiva
Por que os dois lados — Deusistas e materialistas, direita e esquerda,
ditadura e democracia — guerrearam tanto por tanto tempo numa longa
marcha para lugar nenhum e terminaram derrotados por seus mesmos e
velhos problemas? Porque ambos são frutos de uma mesma árvore. A
tradição cultural grega, que se caracteriza pelo predomínio da cosmovisão
materialista, mítico-politeísta e hedonista (amoral); uma visão
diametralmente oposta à visão da tradição cultural cristã: espiritualista,
realista-monoteísta e familista (moral).
Como se sabe a ditadura comunista teve seus primeiros passos
teóricos no livro A República, de Platão, onde o filósofo desenhou o modelo
do Estado-tirano absoluto, antifamiliar, violento e com poder de vida e de
morte sobre seus cidadãos. O modelo de sociedade sistematizado por Platão
parece ter sido copiado (como se fosse uma descrição) do modelo espartano,
o ateísta e violento Estado-tirano da cidade grega de Esparta. Seguramente
A República de Platão pode conter o primeiro registro sistemático do
Estado-tirano, a ditadura aristocrática ateísta, materialista e violenta que deu
origem aos Estados-tiranos socialistas-comunistas do século XXI. Não foi à
toa que a extinta União Soviética criou as Espartaquíadas, uma espécie de
contraproposta espartana para as Olimpíadas, criadas na cidade de Atenas e
ressuscitadas na Inglaterra moderna. Sob a capa da filosofia, das artes e dos
esportes gregos que o mundo absorveu sua permissividade amoral. Foi um
cavalo de Tróia e um presente de grego. Foi como chupar uma bala de
açúcar com um recheio de veneno. A permissividade amoral greco-pagã
corroeu e quase destruiu a civilização cristã. Não conseguiu porque Deus
não deixou.
Por sua vez, e quase simultaneamente, na cidade grega de Atenas o
filósofo Clístenes inventava a democracia direta, teoricamente uma forma
de governo onde o povo se reunia em praça pública para decidir sobre os
83
destinos da cidade. Na realidade, esse sistema de governo nunca existiu de
fato. Alguns cidadãos gregos podiam dar opiniões, mas quem decidia tudo
era o rei, pois as cidades-estados da antiga Grécia eram monarquias
absolutas e escravistas. Apesar dos fatos históricos os esquerdistas
materialistas espalharam pelo mundo que a democracia permissiva e a
ditadura comunista (do proletariado) construiriam o céu na Terra, e que
funcionaram tão bem na antiga Grécia que ainda hoje o modo ateniense de
pensar e viver greco-pagão construiria (e ainda construirá) o “melhor” de
todos os mundos. A implosão do mundo socialista-comunista e a crise
moral da democracia permissiva atual são as provas definitivas do equívoco
teórico e prático do greco-paganismo.*
Mas havia alguns problemas no modo ateniense de pensar e viver. O
pensamento ateniense era politeísta e amoral. Os deuses gregos, que para os
gregos eram seres reais (assim como na Índia de hoje), eram geralmente
cruéis, vingativos e amorais. Bastaria citar Zeus, o deus dos deuses, que
traía sua esposa Hera transformando-se em pó de ouro e copulando com as
ninfetas enquanto estas dormiam. O homossexualismo entre os atenienses
era comum, e era mais honroso para um cidadão ateniense andar ao lado de
um efebo, um jovem adolescente homossexual do que andar ao lado de uma
mulher. Fala-se muito hoje nas Sete Maravilhas da Grécia Antiga. Com a
mesma propriedade poder-se-ia falar hoje nas Sete Vergonhas da Grécia
Antiga, dentre as quais estão a imoralidade e a crueldade de seus deuses
míticos (os modelos sociais da Grécia antiga) e a promiscuidade que de tão
geral e degradada corrompeu até o Império Romano, que a conquistou.*
Assim o Estado-tirano espartano era um modelo de sociedade
tirânica, amoral e violenta, o Estado-permissivo ateniense era igualmente
um modelo de sociedade injusto e amoral. Ambos eram injustos e amorais,
mas em um sobrava tirania, e no outro, permissividade. Como tais
características violam a natureza humana (moralidade e liberdade) os dois
modelos não tinham mesmo qualquer futuro. E o que dizer de um modelo
híbrido (o chamado socialismo democrático de Bobbio), formado pela
junção de algumas das características dos dois modelos anteriores? O
*
Helenismo e hinduísmo. Cabe lembrar que o estoicismo, a suposta ideologia do Império
Romano não passou de um fruto da influência grega, assim como a mitologia romana. Cabe
lembrar ainda a profunda influência do hinduísmo mítico-mágico na antiga Grécia, e a
partir dela para o resto do mundo.
*
As7 vergonhas da Grécia antiga Os mais interessados nas 7 vergonhas da Grécia antiga
encontrarão fatos abundantes na história dos costumes da antiga Grécia, especialmente no
livro Helenismo do historiador Arnold Toymbee.
84
socialismo democráticode Bobbio não passa de uma revisão da dialética
marxista de volta à dialética de Heráclito e de Hegel (tese-antítese-síntese),
onde o conflito entre os contrários tese e a antítese dá origem à síntese, mas
em vez de ser destruída esta representaria um passo evolutivo positivo.
Uma vez que as características dos dois modelos anteriores (ditadura
espartana e democracia ateniense) são frutos de uma mesma árvore (a antiga
Grécia). Possuindo ambas a mesma índole, a fusão de algumas “peças” dos
dois em um terceiro modelo (que Norberto Bobbio chamava de terceira via)
não terá nada de novo. Uma máquina construída com peças de duas velhas
máquinas não será nova jamais. Assim, com o tempo, alguns dos velhos
problemas dos dois velhos modelos (ditadura socialista-comunista e
democracia permissiva) reaparecerão no chamado socialismo democrático,
pois uma jaqueira nunca produzirá pêssegos. Com um agravante: os
problemas dos dois velhos modelos somar-se-ão no terceiro modelo,
tornando-o pior do que os dois velhos modelos individualmente. Assim, a
terceira via de Bobbio, o socialismo democrático, será um Frankenstein: um
morto-vivo construído a partir das partes mortas de outros mortos, mas com
a aparência de um novo ser vivo.
6.11. O fim das ditaduras socialistas, o fim das democracias
permissivas “representativas” e a lei da regência central
Atualmente existem dezenas de ditaduras confessas, cerca de 20
monarquias confessas e mais de 150 monarquias disfarçadas sob os nomes
de democracia e presidencialismo. Assim, como já se disse, a monarquia
confessa ou disfarçada é ainda o sistema implantado em todo o mundo; As
ditaduras são formas agressivas de monarquia. Por que até as ditaduras
somente funcionam como monarquias? Porque existe no universo (mundo
natural e mundo social) uma lei (um modo de operação do universo)
chamada lei da regência central ou lei da centralidade. Tudo no universo —
do átomo ao sistema solar; da família ao estado — possui um centro e só
funciona sob a regência de um centro. É por isso que todos os sistemas de
governo da história sempre tiveram um centro. Veja-se o império brasileiro
e o poder moderador. Veja-se o atual governo brasileiro e as medidas
provisórias. Tudo no universo natural e social somente funciona sob a
regência de um centro. Porque é um somatório de famílias naturais a
sociedade também é um fenômeno natural; ou biosociocultural (a sociedade
natural será estudada mais adiante).
Onde está o amor sacrifical do governo para o povo no Rio de
Janeiro e em São Paulo, onde existem cerca de 1.800 favelas e milhões de
85
doentes famintos? Onde está o amor sacrifical do governo pelo povo nas
regiões norte e nordeste do Brasil onde outros milhões de brasileiros
sobrevivem das migalhas (bolsa-família, vale-refeição, vale-transporte, valecultura, etc; todas variadas formas disfarçadas de voto-de-cabresto) que o rei
e sua corte deixam cair de suas mesas fartas pagas com os impostos de todos
os súditos. Como se sabe até o mais miserável dos súditos paga impostos ao
rei e sua corte. Existe prova maior da hipócrita democrática representativa
do que a história do Alibabá e os 40 mensalões? No escândalo do mensalão
25 anos de conspirações, traições, violência e mentiras foram transformados
em pó em apenas um mês. E qual o cidadão do mundo democrático que
ainda acredita que o seu voto tem poder, assistindo na TV os milionários
cortesãos bajulando o rei e sua corte ao redor de mesas fartas, quando não
sabe se terá um pão seco pro seu filho comer na manhã seguinte? Qual o
cidadão escolarizado, e também sob as botas dos reis e suas cortes
esquerdistas e hipócritas, que ainda acredita na bondade dos seguidores de
Maquiavel e Mar se para estes a mentira, o roubo, o crime e o terror são
instrumentos necessários de conquista e manutenção do poder? Não existe
mais essa besta cínica e mentirosa chamada democracia representativa.
Alguns ainda a defendem porque se beneficiam dela. Os reis e suas cortes
(presidentes e parlamentos) decidem o que, como e quando fazer. Os súditos
miseráveis são obrigados por lei a pagar a conta e a votar em alguns
escolhidos dentre os cortesãos (no sentido místico-satânico). O voto é
obrigatório porque é o voto quem dá legalidade e legitimidade ao rei e à sua
corte. Os súditos são obrigados a votar sob ameaças de serem multados,
impedidos de tirar documentos, de ser funcionário da corte, etc. O que
aconteceria com os reis e suas cortes hipócritas esquerdistas se nenhum
brasileiro votasse neles? É quase certo que eles validariam os votos nulos e
brancos em favor de si mesmos (classificando-os como votos no partido),
mas o ato de desobediência civil de não votar simbolizaria a nova tomada da
bastilha; o fim da democracia hipócrita no Brasil.
Na verdade, a democracia pseudo-representativa e o comunismo
pseudo-humanista já morreram, mas as cortes-parlamento ainda insistem —
precisam salvar o rei e a si mesmas — em tentar convencer os súditos
desinformados de que votar é uma honra, votar é a garantia de um futuro
promissor, entre tantas outras mentiras nas quais ninguém mais acredita,
mas talvez por medo ou pelo feriado fingem ainda acreditar. A crise de 1929
não foi uma crise natural do sistema econômico liberal (este é perpetuo, pois
brota da natureza humana inata, cuja criatividade somente se manifesta
mediante a liberdade). A crise de 1929 foi uma crise criada e provocada por
milionários criminosos com o objetivo de controlar a economia norte86
americana. Do mesmo modo, a crise da economia norte-americana de 2007
também não foi uma crise natural do sistema econômico liberal, mas uma
crise provocada por milionários corruptos norte-americanos e que afetou o
mundo. As crises são criadas e provocadas pela elite econômica criminosa,
não no sistema de economia livre em si, pois sem o desejo inato de dar e
receber e sem liberdade a criatividade humana não se desenvolve e a
economia não prospera. Foi a ausência de liberdade e o desestímulo à
criatividade que implodiu o império comunista. A china comunista percebeu
este fato, e devolveu a liberdade econômica e o direito de prosperidade ao
povo chinês.
Em 1988, nos países esquerdistas comunistas, o povo invadiu as
sedes do Partido Comunista, arrastaram os falsos representantes do povo
para a rua e incendiaram os prédios. Foi o fim do esquerdismo comunista.
No Brasil, a população indignada de alguns municípios já se rebelou e
incendiou as sedes da Prefeitura, da Câmara dos Vereadores e do Fórum,
símbolos do poder da democracia (o falso governo do povo, pelo povo e
para o povo). Estes atos populares são os claros sinais indicativos de que a
democracia pseudo-representativa também chegou a fim.
Chegou a hora de jogar no lixo as falsas e amorais ideias grecopagãs da antiga Grécia (ditadura espartana sanguinária e democracia
ateniense permissiva) e implantar no Brasil o familismo Deusista que Jesus
e milhões de cristãos deram a vida para nos ensinar. Os cristãos são a
maioria absoluta no Brasil, unidos com Deus, com Jesus e entre si podem
fazer o que quiserem. O povo cristão unido nunca será vencido.
Até aqui viu-se que os dois modelos de sociedade adotados pelo
mundo nos séculos XIX e XX — democracia permissiva e ditadura
socialista-comunista, o Estado permissivo e o Estado-tirano — tiveram
origem na antiga Grécia e ainda carregam em si suas índoles e
características originais (materialismo, injustiça e amoralidade). O
autoritarismo e a democracia possuem raízes materialistas e hedonistas
comuns, dividiram-se e guerrearam entre si, mas devido às suas origens e
naturezas comuns chegaram ao século XXI ainda envoltos pelos mesmos e
velhos problemas, agora ampliados para o nível global. Este fato ajuda a
explicar as razões do poço comum em que ambos os modelos caíram.
6.12. A Democracia Ateniense, a República Espartana
e a Revolução Francesa
Assim como Karl Marx ressuscitou as ideias da República “comunista”
espartana de Platão, Jean-Jacques Rousseau ressuscitou as ideias da
87
democracia ateniense de Clístenes, embora nunca tenha existido de fato uma
democracia verdadeira na antiga Grécia, uma vez que a antiga Grécia era
constituída por cidades-estados mítico-politeístas, escravistas, amorais e
pagãs onde somente alguns “nobres” (ateus, pedófilos, homossexuais e
promíscuos) votavam e decidiam tudo. As mulheres eram tratadas como
párias indignas e os escravos eram tratados como seres sub-humanos, como
sempre foram tratados em todos os países sob o domínio de reis-presidentes
e cortes-parlamentos maquiavélicos amorais. Assim como os esquerdistas
comunistas ateus infiltraram o Cristianismo no século XX, forjando a falsa
“teologia” da libertação e a falsa “Igreja” Popular, em todas as épocas os
materialistas ateus infiltraram e usaram as posições conquistadas dentro do
Cristianismo para cometer todos os tipos de imoralidades e atrocidades.
Aqueles que desprezaram a ideologia cristã e agiram com maldade nunca
foram verdadeiros Deusistas-cristãos. Eram lobos com pele de cordeiro,
sepulcros caiados infiltrados nas fileiras cristãs. Os verdadeiros cristãos da
Idade Média estão exemplificados em Francisco de Assis, Jerônimo, Tomás
de Aquino entre milhões de outros cristãos anônimos de todos os tempos.
Nos tempos atuais o Cristianismo pode ser exemplificado pela Madre
Tereza de Calcutá e pelo Papa João Paulo II, entre milhões de outros
cristãos católicos e protestantes.
A Revolução Francesa foi mais um engodo em que os seguidores
dos dois modelos gregos caíram e arrastaram o povo junto com eles. A
república “democrática” francesa (uma ditadura) se propôs a substituir a
república platônica grega, apresentando-se como uma nova etapa da
democracia grega (supostamente mais ideologizada e mais humanista). Na
verdade, a república democrática francesa foi um modelo social forjado a
partir da fusão teórica e prática da república tirânica espartana de Platão e da
pseudodemocracia ateniense de Clístenes. A Revolução Francesa foi um
golpe de Estado planejado e executado por intelectuais ateus e milionários
franceses (os burgueses, ex-servos livres e ricos oriundos dos burgos =
feiras livres medievais) sedentos de poder político. A república francesa foi
uma ditadura cruel — o reino de terror da guilhotina — que para atingir sua
meta de descristianizar a França assassinou 30.000 (trinta mil) padres e
religiosos. Matou até mesmo seu líder máximo, Robespierre, e preparou o
caminho para o cruel tirano Napoleão. Do mesmo modo foi a Proclamação
da República no Brasil.
6.13. O papel do Catolicismo e dos positivistas ateus
na Proclamação da República no Brasil
88
A separação entre a Igreja Católica e o governo imperial brasileiro foi um
dos fatores decisivos para a queda da monarquia, pois desgastou a imagem
do Império perante o clero e perante os católicos brasileiros, que eram a
maioria da população. Os esquerdistas ateus sempre souberam da força do
Cristianismo no poder, como ficou provado na reconstrução da ordem no
Império Romano, com o imperador Carlos Magno e o renascimento
carolíngeo e com a construção da civilização cristã ocidental. O mal
conhece a força do bem. Por isso o combate. Esta foi a razão pela qual uma
das metas centrais dos esquerdistas franceses em l798 era a
descristianização da França, os esquerdistas socialistas-comunistas queriam
descristianizar todo o mundo e os esquerdistas socialistas brasileiros estão
tramando para descristianizar a Constituição Federal e o Brasil como um
todo. A história provou que o ateísmo jamais vencerá o Deusismo. Quando
os esquerdistas aprenderão esta lição da história?
Desde a ascensão do Cristianismo sobre o Império Romano e sua
ativa e determinante participação na reconstrução da ordem social européia
na Idade Média, a Igreja Católica sempre esteve ligada ao Estado, e exercia
significativa influência na política. A Igreja tinha o poder político de
nomear os cavaleiros medievais, elevá-los à posição de reis e depô-los
quando se desviavam do Cristianismo. A Constituição brasileira estabelecia
uma relação de harmonia e cooperação entre a Igreja e o Estado, existindo
inclusive o imposto religioso aprovado pelo governo Imperial. Todavia, a
Revolução Francesa havia rompido a relação Igreja-Estado e estabelecido
como meta a descristianização da França. E isto influenciou o Brasil. A
crescente infiltração e influência dos positivistas.* Aos poucos os
positivistas (sempre usando suborno, chantagem, conspirações e pressões
políticas) conseguiram Impor duas leis que punha o Estado contra a religião
cristã: o direito do padroado e o direito de beneplácito. Com o Padroado o
imperador podia nomear quem ele quisesse para os cargos clericais do país.
Já o beneplácito permitia ao governo imperial vetar as leis do Vaticano no
país, mesmo tratando-se de uma norma, assunto religioso, era necessária a
permissão do imperador para entrar em vigor. Obviamente, as duas leis
haviam dividido a Igreja e o Estado, a religião e a política. Perseguindo a
religião cristã o imperador estava perseguindo a Deus e a Jesus, e já não
podia contar com o apoio de ambos. A divisão Igreja-Estado enfraqueceu o
*
A “Igreja” Positivista é uma magia ritual anticristã e ateísta inventada pelo francês
Auguste Comte, que retirou Jesus e os santos cristãos dos altares, substituindo-os por por
ele mesmo e sua esposa Matilde de Claux (em lugar de Jesus e do Espírito Santo) e por
filósofos e cientistas ateus (em lugar dos santos cristãos) como objetos de culto e adoração.
89
governo imperial e escancarou as portas para a derrubada da monarquia e
para o golpe militar liderado pelos positivistas ateus Benjamim Constant,
Floriano Peixoto, entre outros. Assim, foi o próprio imperador D. Pedro II
quem, traído e equivocado, ajudou a afastar Jesus do Brasil, e a implantar a
ditadura positivista ateísta do cruel marechal Floriano Peixoto no Brasil. Em
1864 o Papa Pio IX proibiu a participação de maçons nas ordens católicas.
A maçonaria não era numerosa, mas estava infiltrada e era influente no
governo imperial brasileiro. Assim, o Visconde do Rio Branco não teve
respeito algum (provavelmente, era maçom positivista) e vetou a orientação
do Papa, foi então que os bispos de Olinda e do Pará começaram a
pressionar o governo imperial a retirar o veto. A peleja recebeu o nome
histórico de A Questão Religiosa (controlada pelos positivistas, a verdadeira
história da Questão Religiosa nunca foi contada na íntegra). A Questão
Religiosa se agravou quando, pressionado por seus falsos amigos e
assessores traidores (positivistas disfarçados de cristãos católicos), Dom
Pedro II mandou prender dois bispos católicos acusados de rebeldia. A
Questão Religiosa foi “resolvida” quando o poder político terreno
“derrotou” o poder religioso espiritual (estas vitórias nunca foram
definitivas); isto é, quando os positivistas ateus dominaram o imperador D.
Pedro II, obrigando-o a desafiar e a desrespeitar a Deus e a Jesus
(representados pelo Cristianismo brasileiro). Pressionaram o Papa com a
ameaça de expulsar definitivamente a Igreja Católica do Brasil (chegaram a
expulsar os jesuítas, os patronos da educação do Brasil). A pressão sobre
o imperador e a ameaça de expulsão do catolicismo do Brasil obrigaram o
Papa a retirar a norma papal que impedia a infiltração dos positivistas ateus
nas ordens religiosas católicas. Depois da derrota papal os positivistas que
haviam se infiltrado no governo imperial e já controlavam o fraco imperador
D. Pedro II, mandaram libertar os dois bispos “rebeldes” (rebeldes porque se
opuseram à infiltração maçônico-positivista do governo imperial e da Igreja
Católica).
A derrota do Papa na Questão Religiosa diminuiu o prestígio e
enfraqueceu a autoridade da Igreja Católica no Brasil. Simultaneamente
desprestigiou e enfraqueceu o governo imperial, que perdeu o apoio do clero
e dos cristãos católicos, a maioria da população brasileira. Assim, ao trair e
conspirar para romper a unidade Cristianismo-Império (separar IgrejaEstado, religião-política), os positivistas ateus lançaram as bases para a
derrubada da monarquia e da proclamação da república (imposição da
ditadura republicana-espartana mesclada com a democracia permissiva
ateniense, modelos sociais anticristãos de origem greco-pagã), que não
passou de um golpe de Estado liderado pelos positivistas ateus. Logo, 1889
90
foi o ano em que foram lançadas as raízes do caos ideológico e moral que
está desintegrando a sociedade cristã do Brasil atualmente. As ditaduras
socialistas já ruíram; as democracias permissivas estão à beira da ruína.
A Proclamação da República foi um golpe militar planejado e
executado por positivistas, intelectuais ateus ricos e poderosos que
comandaram um pequeno grupo de líderes militares ignorantes. A república
funcionou como uma ditadura cruel durante décadas (ainda hoje a república
- a ideia de homens justos e honestos adminstrando a coisa pública no
interesse comum - é uma hipocrisia).
Dois grupos disputavam o poder: os tarimbeiros, liderado por
Marechal Deodoro da Fonseca, e os “científicos” (positivistas materialistas
anticristãos e ateus) liderados por Benjamim Constant. Marechal Deodoro
da Fonseca foi pressionado a assinar o ato doente e deitado em sua cama. O
imperador D. Pedro II e a família real foram expulsos em apenas 48 horas.
Deodoro da Fonseca assumiu a presidência, mas foi perseguido e
pressionado pelo grupo derrotado, agora liderado por Floriano Peixoto
(positivista anticristão e ateu). Deodoro foi deposto 9 meses depois, e
substituído por Floriano Peixoto. Foi um segundo golpe de Estado, agora
dentro das fileiras dos próprios golpistas. Inspirado pelo espírito ateísta,
radical, violento e sanguinário do jacobinismo da Revolução Francesa,
Floriano Peixoto, sob o pretexto de defender e consolidar a república,
fechou o Congresso Nacional e estabeleceu uma sangrenta ditadura que não
respeitou ninguém. Mandou prender o herói José Bonifácio de Andrada e
Silva, o Patriarca da Independência, e o poeta Olavo Bilac, popularíssimo
por sua atuação no movimento abolicionista. Mandou prender e fuzilar
centenas de “inimigos da república” (ao estilo comunista dos fuzilamentos
em massa dos “inimigos do povo”). A mais chocante barbárie cometida por
Floriano Peixoto, inspirado pelo ateísmo do positivismo de Auguste Comte,
está friamente registrada nas páginas do livro Os Sertões, de Euclides da
Cunha, um relato jornalístico chocante da barbárie de Canudos onde,
liderados pelo místico Antonio Conselheiro (para quem a república era um
regime satânico e anticristão), milhares de nordestinos camponeses e
criadores de cabras pobres e ignorantes foram massacrados por ordem de
Floriano a tiros de fuzis e canhões, e centenas deles feitos prisioneiros foram
degolados a facão (um crime de guerra que horrorizou e destruiu todas as
esperanças de Euclides da Cunha na república* ).
*
A República (res publica = coisa pública) é definida como “organização política do
Estado com vistas a servir à coisa pública no interesse comum.” Quando se estuda e analisa
os frutos das revoluções esquerdistas pode-se dizer que o mundo atual (confuso, caótico,
91
Floriano Peixoto traiu, conspirou, deu um golpe de Estado em D.
Pedro II, outro golpe no Marechal Deodoro da Fonseca, fechou o Congresso,
ordenou prisões e fuzilamentos em massa, ordenou guerras, o massacre de
Canudos e a decapitação dos camponeses e criadores de cabras feitos
prisioneiros — um crime de guerra brutal (ele era o presidente da república
e uma decapitação em massa não poderia ser feita sem sua autorização) —,
atacou e massacrou os resistentes de Desterro e, em sua auto-homenagem,
impôs o seu nome à antiga capital do estado de Santa Catarina, que passou a
chamar-se Florianópolis.
6.14. A República Positivista do ditador
Floriano Peixoto e o Massacre de Canudos
O vilarejo de Canudos foi fundado no interior da Bahia por Antonio
Conselheiro, um católico fervoroso e monarquista que não reconhecia o
recém instalada governo republicano e nem o casamento civil, apenas o
casamento cristão. Cerca de 20 mil pessoas formavam a comunidade de
Canudos sob a orientação de Conselheiro. Viviam da criação de cabras,
gabo e da agricultura. Em canudos não existia propriedade privada. Tudo
pertencia e todos e tudo era dividido entre todos. Os positivistas ateus que
haviam dado o golpe militar em D. Pedro II, expulsando-o do Brasil e
proclamando a República, viram na resistência de Canudos uma ameaça à
autoridade ditaduraesquerdista-positivista e à própria república. Na verdade,
como sempre usaram a bandeira da justiça social e da igualdade, deveriam
ter estudado o modelo de Canudos, pois este parecia uma cópia real do
modelo de vida dos cristãos primitivos e antecipava o socialismo modernista
em mais de um século. Desafiados por Conselheiro e um bando de
sertanejos ignorantes e místicos, que não reconheciam a republica dos ateus
positivistas, estes enviaram tropas para subjugar Canudos. Foram derrotados
três vezes seguidas. Seus fuzis, rifles e canhões foram derrotados por pedras
e espingardas velhas. Desmoralizados e furiosos, os esquerdistas positivistas
ateus decidiram vingar-se de uma forma exemplar e exterminar Canudos
completamente. E enviaram uma tropa com milhares de soldados e 17
amoral e criminoso), construído sob a inspiração das ideias e dos atos (exemplos) dos
esquerdistas da Revolução Francesa (democracia permissiva ateniense) e dos esquerdistas
das revoluções comunistas (ditadura republicana-espartana)
é um fruto direto e
consequente do anticristianismo e do ateísmo. Se a ordem social do Brasil já está quase
destruída, apesar do Cristianismo, imagine-se o que acontecerá se a Constituição Federal e
o Brasil foram descristianizados pelos esquerdistas aloprados e suas leis amorais
92
toneladas de armas e munições. Ao final da batalha de Canudos 300
mulheres e crianças se renderam. Os famintos prisioneiros foram degolados
por ordem de Floriano Peixoto, o positivista ateu que dera um segundo
golpe e derrubara o tolo Deodoro da Fonseca. A última batalha em Canudos
aconteceu entre 4 homens (um velho, dois rapazes e uma criança) contra
5.000 soldados republicanos. A verdadeira história do injusto e cruel
massacre de Canudos escandalizou o jornalista Euclides da Cunha, e este o
registrou em seu livro Os Sertões, o mais fiel testemunho do “amor”
republicano-positivista pelos cristãos brasileiros.
Os atos radicais, violentos e sanguinários (prisões, fuzilamentos e
massacres) ordenados pelo ditador Floriano Peixoto foram inspirados por
suas ideias ateístas positivistas. Nesse aspecto seus atos não foram
diferentes dos atos radicais, violentos e sanguinários (prisões, fuzilamentos
e massacres) dos ateístas nazistas-socialistas e do marxistas-socialistascomunistas inspirados pelo marxismo. Estes atos radicais, violentos e
sanguinários; os massacres que se seguiram à tomada do poder pelos
esquerdistas materialistas em toda a sua história não foram acidentais, mas o
resultado prático das ideias materialistas e ateístas do esquerdismo, uma
cosmovisão que anula o valor da vida humana, e mentindo, declarando amor
pelos seres humanos, provocou os maiores genocídios da história. Na
Proclamação da República no Brasil não foi diferente. E se o Brasil caísse
hoje completamente sob o domínio dos esquerdistas aloprados as prisões
arbitrárias e os fuzilamentos em massa (os “atos de amor” do esquerdismo
ateísta) aconteceriam novamente. A mentira, a violência e os banhos de
sangue são orientações teóricas; partes intrínsecas das teorias ateístas
(iluminista, positivista, nazista, fascista, marxista, etc). As provas dessa
afirmação estão nas páginas da história mundial.
O modelo ateniense (a pseudodemocracia) se propôs a substituir o
modelo espartano (a ditadura tirânica). Era a substituição do sujo pelo mal
lavado. Como os dois modelos são frutos da mesma árvore (a antiga Grécia
mítico-politeísta, pagã e amoral = anti-Deus e anticristã) ambos apresentam
pequenas diferenças externas, mas índoles essencialmente comuns. A
esdrúxula fusão costurada pelos revolucionários esquerdistas franceses
(tirania-democracia) não poderia funcionar. Separadamente os dois modelos
não funcionaram no passado (a antiga Grécia foi invadida e dominada pelos
romanos, e os dois modelos gregos foram destruídos). E também não
funcionaram no presente. Por isso os dois modelos teóricos e sociais
chegaram ao século XXI no mesmo estado de corrosão e ano no fundo de
poço. E se a fusão dos dois modelos costurada pelos esquerdistas franceses
do século XVIII não funcionou, porque uma segunda tentativa de fusão dos
93
mesmos modelos (o socialismo democrático de Bobbio) funcionaria no
presente?
Já comparamos os dois modelos teórico-sociais de origem grecopagã (a ditadura espartana e a pseudodemocracia ateniense) a duas máquinas
velhas e defeituosas que nunca funcionaram; e discorremos sobre o que
aconteceria com uma terceira máquina construída com peças velhas
retiradas das duas velhas máquinas anteriores. E concluímos, lógica e
obviamente, que a terceira máquina também velha não funcionaria. Por isso
o comunismo implodiu e a democracia está em implosão, juntamente com
suas hipóteses materialistas falsas e suas crenças mítico-politeístas de
origem grega. Olhe-se para a realidade: Não está ocorrendo uma guerra
cultural entre a cultura greco-pagã (amoral) contra a cultura cristã (moral)?
Para onde o Congresso Nacional levará o Brasil? Para uma cultura
pornoviolenta ou para uma cultura Deusista cristã? Está é uma questão
muito séria pois os filhos e netos dos parlamentares atuais vão viver na
cultura que escolherem e sob as leis que aprovarem hoje.
Diante dos fatos históricos é fácil antever o que acontecerá com a
“nova” terceira máquina (o socialismo democrático de Bobbio) construída
com as mesmas peças da antiga Grécia (ditadura espartana e
pseudodemocracia ateniense), agora ainda mais desgastadas por sua segunda
utilização (ditadura comunista russa e democracia permissiva francesa).
Obviamente o chamado socialismo democrático, a terceira máquina de
Bóbbio (resultante da fusão ditadura-socialista-comunista + democracia
permissiva) também não funcionará, pois o resultado da fusão de duas
máquinas velhas produzirá uma máquina igualmente velha, e a fusão de
duas mentiras é uma mentira dupla; uma mentira ainda maior.
Por volta do ano 400 a.C. os persas invadiram a Grécia, que era
constituída por cidades-estado independentes. Devido à grandeza da ameaça
persa as cidades-estado gregas, incluindo Esparta, se uniram, combateram e
venceram o poderoso exército persa. Após esse ponto de unidade e vitória a
antiga Grécia conheceu sua Idade de Ouro, a época do esplendor das artes,
dos esportes e da filosofia cosmológica e moral grega. Sócrates, Platão e
Aristóteles, entre outros, surgiram naquele momento da história.
O mundo contemporâneo vive hoje um momento de crise e perigo
semelhante ao período da antiga Grécia sob a ameaça dos persas. Ameaçado
por inimigos comuns (a injustiça social, a violência, a degenerescência
moral, a destruição ecológica e o terrorismo) os dois blocos começaram a
unir suas forças em busca da saída. E assim como Jean-Jacques Rousseau e
os revolucionários ateus franceses desenvolveram uma fusão teórico-prática
entre a ditadura espartana e a democracia permissiva ateniense, gerando a
94
democracia permissiva francesa (que se dividiu novamente, originando o
comunismo ateu e a democracia pseudo-representativa), o italiano Norberto
Bobbio realizou uma fusão semelhante àquela feita por Rousseau, e
apresentou o socialismo democrático, como a falsa terceira via que o mundo
deveria implantar. Bobbio propôs a suplantação da divisão esquerda-direita,
ditadura-democracia e a fusão da ditadura do proletariado com a república
democrática permissiva, a suposta saída para o dilema ideológico-políticoeconômico atual. Contudo, uma vez que esta terceira via resultou da fusão
dos dois modelos anteriores fracassados.
Na verdade, a saída proposta por Bobbio é um labirinto com saída
para o mesmo precipício em que já caíram o comunismo autoritário e a
democracia permissiva. Esta é uma conclusão lógica: se o socialismo e a
república democrática francesa tiveram origem na mesma árvore teóricoemocional (a antiga Grécia), e ambos fracassaram como ideologias e
modelos sociais, como um terceiro modelo construído com partes dos dois
modelos anteriores fracassados poderia funcionar?
Bobbio não é original. A tentativa de gerar algo novo a partir da
ditadura espartana e da democracia permissiva ateniense já foi feita por
Jean-Jacques Rousseau, e gerou a ditadura comunista e a democracia
permissiva francesa, ambos fracassados. O socialismo democrático de
Bobbio terá o mesmo destino da ditadura comunista russa e da democracia
permissiva francesa. Esta conclusão aponta para a possibilidade de o
familismo Deusista vir a ser entendido e aceito como a verdadeira terceira
via; a verdadeira saída para a crise sócio-político-econômica do século XXI.
95
Capítulo 08
SUN TZU E O MARXISMO CULTURAL
A GUERRA SECRETA C ONTRA O B RASIL
O general Sun Tzu (500 a.C) foi convocado pelo imperador Hilu, do reino
de Wu, na China antiga, para treinar o pequeno exército de Wu, reino
prestes a ser invadido pelo exeécito do reino de Chu, dez vezes mais
numeroso. O imperador Hilu perguntou a Sun Tzu se ele poderia treinar e
disciplinar e transformar em saldados qualquer grupo humano. Sun Tzu
respondeu que sim. Para testar a eficiência de Sun Tzu o imperador reuniu
suas escposas e concuibinas no grande salão do Palácio e ordenou que Sun
Tzu demonstrasse a sua competência. Sun Tzu organizou a mulheres em
filas, escolheu duas como chefes de pelotão e ordenou que ao seu comando
elas deveriam se perfilar como soldados. E Sun Tzu gritou: “Sentido!” Em
vez de obedecê-lo as mulheres puseram-se a rir. Sun Tzu repetiu a ordem:
“Sentido!” E as mulheres puseram a rir novamente sem se mexerem. Sun
Tzu, com um único golpe de sua espada decepou as cabeças das duas
mulheres que nomeara como chefes de pelotão. Escolheu duas novas chefes
de pelotão e gritou a ordem novamente. “Sentido!” Dessa vez todas as
mulheres se perfilaram aterrorizadas. Sun Tzu havia obtido a obediência
pelo terror. E o imperador ficou convencido da competência de Sun Tzu e o
96
nomeou como general do pequeno exército de Wu. Sun Tzu escreveu depois:
“Se uma ordem não é obedecida é porque não foi clara. A culpa é do general.
Mas se a ordem foi clara e não foi abedecida, a culpa é dos chefes de
pelotão, que foram negligentes.” Sun Tzu, como provam sua história e seu
livro A Arte da Guerra, era um terrorista e um criminoso impiedoso. Ele
registrou em seu livro as ideias e as táticas de guerrilh, espionagem,
sabotagem e terrorismo que utilizou para vencer o exército de Chu. O livro
A Arte da Guerra, de Sun Tzu, tem 13 capítulos escritos em pequenas
tabuinhas de bambu de 21 centímtros cada. As ideias de Sun Tzu foram
usadas por Napoleão, por Hitler, por Lênin, St´palin, Mao Tsé Tung, pelos
Estados Unidos e pela Iglaeterra na II Guerra Mundial, por Fidel Castro e
pelos vietcongs na Guerra do Vietnan. Aplicando ao pé da letra as ideias de
Sun Tzu, Ho Chi Minh, o líder dos vietcongs, comandando um exérdito
insignificante derrotou os Estados Unidos, o mais poderoso exército da
Terra. Usando a propagando negativa Ho Chi Minh colocou o próprio povo
americano contra o governo (o que Sun Tzu chamou de apoio moral do
povo) e ganhou a geurra contra os Estados Unidos sem nunca ter ganho uma
batalha. Este é um exemplo de como os marxistas-comunistas usam as
ideias de Sun Tzu como o manual principal de seu aprendizado. Dos 13
pontos do livro de Sun Tzu, três se destacam como essenciais: São eles: 1.
Conheça o seu inimigo e a você mesmo; 2. Subjugue seu inimigo sem lutar
(guerra subversiva); 3. Evite enfrentar a força de seu inimigo. Estude e
ataque suas fraquezas. COnheça mais algumas das ideias de Sun Tzu: 1. O
general sábio usará as maiores mentes na espionagem; 2. O essencial na
guerra é a vitória rápida (guerrilhas); 3. A maior arte da guerra é vencer sem
lutar (guerra subversiva); 4. O general não deve hesitar usar o terror; 5. O
general que concentrar seu exército em um único objetivo vencerá a guerra;
6. Um exército confuso conduzirá o adversário à vitória; 7. Para vencer 100
batalhas é preciso conhecer a si mesmo e ao inimigo 100%; 8. Aparente
fraqueza e humildade. Assim, seu inimigo parecerá arrogante e perderá
apoio. Esta última tática de Sun Tzu parece ter sido aplicada no Julgamento
do Mensalão pelo ministro Ricardo Lewandoski contra o ministro Joaquim
Barbosa. O Lewandovski contestava quase tudo o que o Joaquim Barbosa
afirmava, e com base na lei. A contestação desresopeitosa de Lewandovski
irritava o ministro Joaquim Barboza, e este perdia a paciência e se
exasperava, perdendo credibilidade diante dos demais ministros. Somada a
outras táticas o Lewandovski conseguiu absorver boa parte dos criminosos
do mensalão. Mesmo assim foi derrotado pelo ministro Joaquim Barbosa,
que condenar 25 mesaleiros, incluindo a cúpula do Partido dos
97
Trabalhadores: José Dirceu, José Genoíno e Delúbio Soares. Mesmo
orientado por Sun Tzu Lewandovski perdeu a geurra.
Sun Tzu foi um pioneiro do terrorismo, das guerrilhas, da subversão
ideológica e de valores, a guerra cultural, da espionagem, do uso da mentira,
da fraude, da traição, etc. Para ele o fim justificava os meios. O objetivo da
guerra é vencer, não importa como. Suas ideias ateístas inspiraram o livro O
Príncipe, de Nicolau Maquiavel (1469-1527) e os Cadernos do Cárcere do
comunista Antonio Gramsci (1891-1927) e a guerra psicopolítica de Lênin,
Stálin e de todos os marxistas do mundo, especialmente depois da Escoça de
Frankfurt. O marxismo cultural, a guerra psicopolítica, foi a “arma
desconhecida” citada pelo comuniista Nikita Kruschev, gritando e batendo
com um sapata na meda da ONU: “Este é um grande país. Mas nós o
destruiremos com uma arma que vocês desconhecem. Os seus filhos serão
comunistas!”
O marxismo cultural sempre inspirou e orientou todos os marxistascomunistas, como tantos dissidentes denunciaram. O livro Pisopolítica
(disponível na estantevirtual) é o manual de guerra cutlrural elaborado pelos
líderes da ex-União Soviética e aplicado no mundo inteiro.
Segundo Sun Tzu existem 5 defeitos no caráter de um general: honra,
piedade, respeito à liberdade, tolerância e elogios. O general, portanto, deve
ser mau caráter e impiedoso. A Arte da Guerra é exatamente o que afirma
ser: um manual para a guerra onde o outro é sempre um inimigo que deve
ser ludibriado e derrotado. É um livro amoral que ensina como vencer a
qualquer custo, mesmo pisoteando todas as ideias, todas as leis, todos os
valores e todos direitos humanos. Mesmo assim A Arte da Guerra tem sido
ensinado em todas as universidades do mundo como um manual para a
vitória a qualquer preço, independentemente de moral ou piedade. Milhões
de políticos, empresários e professores o tem utilizado em todo o mundo.
Como escreveu James Clavel:
“Como em O Príncipe, de Maquiavel, e o Livro dos Cinco Círculos, de
Miyamoto Musashi, A Arte da Guerra de Sun Tzu pode, da mesma forma,
mostrar o caminho da vitória em todas os tipos de conflitos comerciais,
batalhas em salas de diretoria e na luta diária pela sobrevivência, que
todos nós enfrentamos — e até na guerra dos sexos! São todas formas de
guerra; todas lutam sob as mesmas regras — suas próprias regras”.
Sun Tzu pode ser considerado o pai da guerra subversiva, que Lênin e
Stálin chamaram de guerra psicopolítica, e que os marxistas da Escola de
Frankfurt — Orcheimer, Adorno, Fromm, Marcuse, Benjamim, entre outros
— e os marxistas italianos Antonio Gramsci e Norberto Bobbio chamaram
de marxismo cultural, guerra cultural ou revolução cultural (cujo objetivo é
98
a hegemonia cultural, substituir o Cristianismo pelo marxismo).
Prenunciando a guerra psicopolítica, o marxismo cultural, Sun Tzu escreveu:
“O mais contraprodutivo, o mais bárbaro e o mais ineficiente e idiota
modo de guerra é a luta no campo de batalha. A mais alta Arte da Guerra é
não chegar a lutar. mas subverter os valores do país inimigo até o momento
em que a percepção da realidade do inimigo se deteriore a tal ponto que ele
não mais perceba o invasor como seu inimigo, e que o sistema de ideias, a
civilização e as ambições do invasor pareçam ao inimigo uma alternativa,
senão desejável, ao menos factível. Este é o propósito final da subversão.”
Isto é o marxismo cultural, a arma com a qual o Brasil está sendo
atacado covarde e secretamente pelos esquerdistas.
Depois de 70 anos (1917-1987) de ditaduras cruéus e genocídios
(150 milhões de assassinados), os marxistas-comunistas ateus decidiram
mudar de nome, de imagem e de estratégia. Em vez de armas (revolução
armada) decidiram usar apenas ideias (revolução cultural). A implosão do
império comunista a partir de 1987 (com a derrota no Afeganistão) foi
provocada, em parte, por eles mesmos. A nova estratégia é o marxismo
cultural, a guerra cultural, estratégia inciiada pelos comunistas da Escola de
Frankfurt e pelos comunistras italianos Gramsci (destruir o Cristianismo e
substitui-lo pelo marxismo na cultura do povo) e Bobbio (usar a democracia
como um cavalo; enganar o povo e tomar o poder pelo voto). É isto o que os
esquerdistas e Petralhas estão fazendo no Brasil há 40 anos. Eles estão
ameaçando a Rede Globo e outras emissoras de caçar suas licenças para
transmissão, como o Chaves fez com a Rede Caracas, na Venezuaela. No
Brasil atual a situação chegou no limite e já está começando a reação cívica
do povo, da justiça, das igrejas e dos meios de comunicação com o apoio do
Exército. E as milícias (criminosos comuns transformados em policiais
pagos pelo governo) já começaram a fazer a guerrilha urbana, espalhando o
terrorismo, caçando e matando policiais e pessoas inocentes pela ruass.
Outra prova de que o marxismo cultural e sua guerra psicopolítica já estão
bem adiantadas no Brasil está no Estatuto da Diversidade Sexual (EDS),
um antigo plano do PT e dos esquerdistas ateus. O EDS é um projeto de
Emenda Constitucuonal com 111 artigos que pretende destruir, varrer de vez
da Constituição brasileira o conceito de família natural (pai-mãe-filhos),
privilegiando e concedendo direitos especiais às duplas praticantes do coito
homossexuais (os GLBTs). O EDS já foi entregue ao presidente do Senado,
José Sarney pelas mãos de uma representante da OAB e por uma senadora
do Partido dos Trabalhadores.
8.1. Os cristãos brasileiros e a Escola de Frankfurt
99
A Escola de Frankfurt foi criada em 1924 financiada por Félix Weil (de
família rica), e reuniu um grupo de pensadores marxistas ateus que
cultivavam a teoria crítica da sociedade cristã. Seus principais integrantes
foram Max Horkheimer, Theodor Adorno, Leo Löwenthal, Erich Fromm,
Jürgen Habermas, Herbert Marcuse e Walter Benjamin, entre outros.
Como sede, o grupo fundou o Instituto para Pesquisas Sociais, liderado
por Horkheimer. Sua doutrina central baseava-se na união das ideias
ateístas de Marx (destruir a ordem política e econômica da sociedade cristã)
e de Freud (destruir a ordem moral e a espiritualidade da sociedade cristã),
entre outros ateus como Schopenhauer e Nietzsche. O grupo era formado
por judeus, assustados com a revolução Russa de 1917, com o nazismo e o
fascismo. Fugiram para Genebras, Paris e para os , Estados Unidos, onde
se fixaram na Universidade de Colúmbia, em New York, onde tiveram o
apoio dos próprios cristãos para conspirar em paz contra o mundo cristão.
E repensaram a teoria e a práxis marxista após a II Guerra Mundial (que
negou as “profecias” de Marx quanto a um proletariado unido e amoroso)
e rejeitaram a revolução armada, propondo a estratégia exclusivamente
centrada na guerra cultural, o uso ipis literis das ideias de Sun Tzu e de
Maquiavel. A Escola de Frankfurt cunhou e disseminou expressões
como indústria cultural e cultura de massa.
A primeira obra produzida pelo grupo foi denominada Estudos
sobre Autoridade e Família, na qual eles questionam a real vocação da
classe operária para a revolução sócial, e abandonaram os trabalhadores.
No livro Dialética do Esclarecimento eles entenderam que o termo
marxismo era prejudicial, E o abandonaram. Herbert Marcuse e Erich
Fromm fundiram o marxismo e o freudismo. Quando o grupo retornou
para a Alemanha Marcuse ficou nos Estados onde infiltrou o freudomarxismo nos movimentos pacifistas e nas insurreições estudantis de 1968
e 1969, espalhando o marxismo cultural no mundo cristão. Na Alemanha
Adorno, com sua obra Dialética Negativa, prosseguiu sua missão de
transformação dialética da racionalidade do Ocidente (= eliminação do
Cristianismo e implantação simultânea do freudo-marxismo). Na
sequência surgiram Antonio Gramsci e Norberto Bobbio, e o marxismo
cultural se expandiu, declarando guerra total e secreta contra o
Cristianismo e contra o mundo cristão. Enquanto isso, os cristãos
ignorantes e egoístas (lutando para assegurar seu pedaço de Céu), foram
infiltrados por marxistas, freudianos, maçons e todo tipo de lobo em pele
de cordeiro, transformando-se em um exército dividido, enfraquecido e
sem um objetivo único e claro. Como afirmou o satanista Sun Tzu: “Um
100
exército confuso conduzirá o adversário à vitória.” Os cristãos
brasileiro — que são 178 milhões numa população de 190 milhões — ,
deveriam, simultaneamente, enquanto aram a terra e semeiam o trigo
arrancar também o joio. De outro modo somente nos livraremos do joio
depois que ele tiver crescido e forte. Neste ponto arrancar o joio será uma
tarefa muito mais árdua e sofrida. Não esqueçamos: os comunistas já
assasinaram 150 milhões de cristãos em todo o mundo. O que acontecerá
com os cristãos no Brasil se eles triunfarem? “Para que o mal triunfe, basta
que o bem não faça nada.”
8.2. Norberto Bobbio. O novo Marx dos esquerdistas
Imagine a situação: A II Guerra terminou, mas os nazistas socialistas,
espalham-se e escondem-se pelo mundo, e em vez de enfrentarem o
Tribunal de Nuremberg são deixados em paz. Eles, então, decidem retornar
e permanecer na Alemanha, parar de usar o nome e a ideologia nazistasocialista (em público, em seus corações continuam nazistas, ateus e
conspirando para subjugar o mundo). Em seguida, decidem adotar o
socialismo democrático de Nornerto Bobbio (nazismo-socialismo +
democracia permissiva) e passam a se autodenominarem socialistas
democráticos. Pronto. Eis a nova face dos marxistas-socialistas-comunistas
no Brasil e no mundo após a desmoralização do marxismo e da implosão do
império comunista. No Brasil os marxistas-socialistas-comunistas uniram no
Partido dos Trabalhadores (o nome do partido da Coréia do Norte), mas
mantiveram um pequeno grupo agreghado no PCdoB (partido Comunista do
Brasil) a fim de desviar a atenção das massas desinformadas, levando-as a
pensar que “Comunistas são apenas os filiados ao PcdoB.” Riscaram a
palavra comunismo de seu vocabulário (uma palavra associada a ditadura,
genocídio, exploração, fracasso econômico e pobreza extrema), passaram a
se autodenominam socialistas democráticos, e em vez de críticar e lutar
contra a democracia, decidiram usá-la; montar e galopar no cavalodemocracia rumo ao poder; em vez de armas, usam o voto. Este é o novo
plano e a nova estratégiapara a tomada e perpetuação do poder e da riqueza
através do voto e do populismo (manipulação das massas desinformadas
através do voto-de-cabresto disfarçado de bolsa-família e outras bolsas).
Sob a liderança do coronel Hugo Chaves muitos caudilhos latinoamericanos já chegaram ao poder. Seu objetivo na América do Sul é a
construção da URSAL, União das Repúblicas Socialistas da América Latina,
como que para substituir a URSS (União das Repúblicas Socialistas
Soviéticas). Acredita-se que este plano teria sido concebido no Brasil no
101
Fórum São Paulo, reunião anual dos comunistas da América do Sul que
indicaram Hugo Chaves como o líder comunista substituto do enfermo
Fidel Castro na América do Sul. Acredita-se ainda que o mentor principal
deste plano teria sido o senhor Marco Aurélio Garcia auxiliado por José
Dirceu, José Genoíno, Delúbio Soares, Sílvio Pereira (os mensaleiros) e
Dilma Roussef, candidata idolatrada pelo Lula, entre outros. Com o uso das
ideias de Bobbio a barbárie socialista-comunista adquiriu uma nova face
humana. Todos os crimes do comunismo contra a humanidade foram
jogados pela mídia irresponsável pra debaixo do tapete da história. Hoje, os
marxistas-socialistas-comunistas evitam pronunciar a palavra comunismo e
continuam conspirando para tomar o poder e a riqueza através da
conspiração e da mentira.
No dia 15 de outubro de 2009 o deputado José Genoíno (um dos 40
mensaleiros processados pelo STF) parece ter sido encarregado pela direção
do partido de tornar pública a nova face ideológica do Partido dos
Trabalhadores na Câmara dos Deputados. Genoíno pronunciou um discurso
onde entronizou Norberto Bobbio no lugar de Marx, rechaçou a ditadura
comunista (do proletariado) e defendeu publicamente na TV Câmara o
socialismo democrático proposto por Bobbio, o criador da nova síntese
teórico-prática dos esquerdistas (marxistas-socialistas-comunistas) do Brasil
e do mundo. Sem esquecer o modelo chinês: ditadura tirânica política +
economia pseudoliberal (a economia chinesa continua sob as metralhadoras
e baionetas dos ditadores. Veja-se o Massacre da Praça da Paz Celestial.
Atente para a hipocrisia usada no nome da praça: Paz Celestial.= Paz do
Céu).
Desse modo, Norberto Bobbio tornou-se o novo Marx da esquerda
mundial e brasileira que, embora afirme ter ultrapassado o maniqueísmo
esquerda-direita e posto a ação social acima dos partidos (proposta de
Bobbio) continua esquerdista, partidarista, radical e violenta, e conspirando
para subjugar o Brasil e se perpetuarem no poder ao estilo chinês e
venezuelano.
As ações dos esquerdistas no poder desde 1994 (o Plano Real foi
obra do governo Itamar Franco), que inaugurou a Era dos Escândalos: os
40 mensaleiros, dólares na cueca, dossiê São Paulo, o uso político da
mentira, o enriquecimento de ex-terroristas, o apadrinhamento de
esquerdistas nos cargos públicos, apoio a Zelaya na “invasão” de Honduras,
as leis amorais, antifamília e anticristãs, o assalto à Constituição (com uma
única emenda pretendem alterar ou suprimir 189 artigos da Constituição
Federal), entre muitos outros absurdos, provam que os esquerdistas não
mudaram suas ideias, nem seus ideais, nem seus métodos e nem seus
102
objetivos. Continuam mentindo e conspirando para destruir a liberdade e o
Estado de Direito no Brasil (veja-se as ações políticas e violentas do MST).
Mas mudaram de estratégia, e já não dizem isto publicamente, como faziam
antes. Por isso, estão agindo como lobos em pele de cordeiros. Falam
mansamente, sorriem mais em público, distribuem algumas migalhas (bolsa
família, bolsa-cultura, vale-transporte, vale-gás, etc) de seus banquetes
financiados com o dinheiro sofrido dos impostos pagos pela população.
Simultaneamente, enaltecem, promovem e enriquecem dezenas de milhares
de traidores, ex-terroristas, ex-assaltantes de bancos, ex-guerrilheiros
violentos, ex-sequestradores, entre outros. Simultaneamente, tentam dar um
golpe na Constituição Federal criando propostas de emendas e projetos de
leis amorais, anticristãos e anti-família, pretendendo apagar da Constituição
as palavras família, homem, mulher, filhos, pae, mãe, avô, avó, substituindoos em todos os documentos pela palavra filiação. Pretendem ainda legalizar
a dupla homossexual como família, legalizar o casamento gay, a
prostituição, as drogas, o aborto, o divórcio imediato, o racismo (cotas
raciais), entre outras aberrações jurídicas anticristãs. Em um total e
desrespeitoso ataque, os esquerdistas estão pretendendo descristianizar a
Constituição Federal e o Brasil. Todas estas ações absurdas constituem
partes do projeto do socialismo democrático, o Estado laico e pseudohumanista de Norberto Bobbio adotado pelos esquerdistas depois da
desmoralização do marxismo e da queda do império socialista.
Mas, será que é este modelo de sociedade materialista e anticristã o
que o povo brasileiro realmente deseja? Por que será que a minoria
esquerdista e petista acha que as suas ideias ateístas e materialistas
(desmoralizadas pela queda do marxismo e do socialismo-comunismo) são
melhores do que as ideias cristãs e Deusistas e devem ser impostas à maioria
da população brasileira, que é cristã? A prepotência esquerdista (teomania)
aliada às suas ações na história do Brasil revelam quem eles realmente são e
o que fariam se dominassem completamente o Brasil.
8.3. Antonio Gramsci e a estratégia da supressão da matriz
cultural cristã e sua substituição pela matriz cultural marxista
A revista Veja (Veja. Set/2010. Pp. 66-67) publicou que o Ministro da
Comunicação (ou da Supressão da Verdade) do Lula, o jornalista militante
comunista Franklim Martins, elogiou a Cristina Kirchner por seu ataque à
imprensa livre na Argentina. Essa postura está relacionada à aplicação do
plano comunista/petista de suprimir a verdade, alcançar a hegemonia
cultural e implantar o comunismo no Brasil.
103
Foi o comunista italiano Antonio Gramsci (1891-1937) quem criou a
estratégia da supressão da verdade e a conquista da hegemonia cultural
comunista em três etapas/frentes. Gramsci disse que era possível implantar
o comunismo sem revolução ao estilo bolchevista, desde que as vozes
dissidentes fossem suprimidas até que os militantes comunistas obtivessem
a hegemonia cultural da nação (que as mentiras comunistas predominassem
sobre a verdade democrata-cristã). Eis as três frentes de ação recomendadas
por Gramsci: 1. iticar a imprensa livre em toda oportunidade, mesmo não
havendo motivo, a fim de disseminar a descrença em tudo o que a imprensa
livre publicar; 2. Apoiar leis que tornem cada vez mais inviável o exercício
da imprensa livre. Leis que submetam os jornalistas a organizações de
controle dominadas por comunistas partidários e governamentais. E também
leis econômicas que minem gradativamente as fontes de financiamento da
imprensa livre pela iniciativa privada na forma de anúncios; 3. Na busca da
hegemonia cultural os comunistas devem criar jornais, revistas, rádios e
redes de TV controlados pelo partido comunista a fim de concocorrem com
a imprensa livre na busca da atenção de leitores e telespectadores.. Desse
modo o militante comunista poderá fazer seu proselitismo, fingindo que
está defendendo os interesse gerais da população, ou lutando para elevar o
nível do jornalismo praticado no país. Tudo enganação. O único objetivo é
atingir a hegemonia cultural quando então o partido comunista determinará
o que é verdade e o que é mentira.
Em setembro de 2010 o Lula (amigo do Fidel e do Chaves,
comunistas de carteirinha) participou da fundação da TV dos Trabalhadores,
uma concessão dada ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que investiu
15 milhões de reais no projeto (dinheiro oriundo, supostamente do imposto
sindical obrigatório cobrado dos trabalhadores). Parte da programação da
TV dos Trabalhadores seria produzida pelo governo. Durante a inauguração
do canal o jornalista comunista Franklim Martins disse: “Isto é uma
revoluição. Mas é irreversível. E está apenas começando.” A revista
denunciou que Martins apoiou financeiramente cerca de 3000 emissoras de
rádio do interior para que divulgassem apenas notícias do interesse do
partido petista/comunista.. Não há rádio ou TV no interiro do país que fale
mal do governo. Os locutores e aprssentadores estão orientados para dizer:
“Tudo o que o governo faz é bom.” A fim de amordaçar e suprimir a
verdade o governo petista/comunista também envia recados para as rádios e
para as emissoras de TV, lembrando-as de que é o governo quem renova as
concessões e quem distribui as milionárias publicidades das empresas
estatais.
104
Os comunistas já tentaram invadir o Brasil várias vezes. Foram
derrotados todas as vezes que tentaram. Em toda a história nenhum poder
satânico jamais triunfou. A queda do império comunista em 1990 já devia
ter ensinado aos comunistas ateus do Brasil que na há força na Terra que
possa derrotar a Deus. Os ateus comunistas brasileiros deveriam se lembrar
da derrota da Intentona Comunista de 1935, da derrota da Intentona
Comunista sob o Estado Novo, da derrota da Intentona Comunista de 1964,
da derrota da Intentona Tancredista e da derrota da Intentona Comunista na
Constituinte de 1988. Foram cinco derrotas fragorosas! Por que será que o
império comunista implodiu? E por que será que os comunistas brasileiros
foram derrotados tantas vezes no Brasil, mesmo contando com o apoio do
comunismo internacional? Não será Deus quem está protegendo o Brasil? E
se for Deus, quem é mais onisciente e poderoso: Deus, o Criador do
universo, ou os comunistas tupiniquins brasileiros? Este é o tempo de Deus.
Portanto, os comunistas/petistas devem se preparar para sua última e
defintiva derrota, pois Deus e o Céu não toleram mais os crimes praticados
pelos comunistas!
A Libertação das Favelas e o Julgamento do Menslão foram apenas o início.
Capítulo 09
A DESCRISTIANIZAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO
BRASILEIRA DE 1988 E A D ESCRISTIANIZAÇÃO DO BRASIL
Este livro apresenta ao leitor mais uma verdade inconveniente. Trata-se de
um grito de alerta nacional sobre o plano oculto dos esquerdista de
descristianizar o Brasil através de etapas 1. O fordismo populista,(a
manipulação da democracia); 2. A descristianização da Constituição
Federal (através de propostas de emendas constitucionais e de projetos de
leis esquerdistas, antifamília e anticristãos); 3. A desintegração da família
natural; e 4. A descristianização do Brasil. Talvez os próprios esquerdistas
(por serem materialistas ateus) desconheçam o verdadeiro objetivo oculto
por trás de suas ideias e ações: a completa desintegração da família natural
(e consequentemente, da sociedade) e a completa descristianização da
105
Constituição Federal e do Brasil com base na glomourização, incentivo e
premiação do comportamento antinatural e da exacerbação dos sentimentos
mais indignos da natureza humana (a mentira, a ganância egoísta e a
sexualidade irresponsável).
Descristianização do Brasil está sendo apoiada pelos meios de
comunicação de massa e com a conivência e o incentivo dos governos
esquerdistas (15 partidos esquerdistas aliados). Os 4 espectros do mal estão
avançando e fatalmente desintegrando moralmente e socialmente o Brasil,
se o Congresso Nacional não despertar e deter o avanço dessa barbárie
esquerdista. Não esqueçamos: para que o mal triunfe basta que o bem não
faça nada.
Um dos principais objetivos dos materialistas ateus que fizeram a
Revolução Francesa de 1789 era a descristianização das França. Por quê?
Porque famílias cristãs não fazem revolução sanguinária. E para destruir a fé
cristã é preciso enfraquecer o caráter, a honra; é preciso desmoralizar os
indivíduos, o que se consegue destruindo a família natural (homem-mulherfilhos), pois é a origem e a célula-base das sociedades/ é o ninho biológico
humano, a escola primeira da afetividade (parental, fraternal, conjugal e
filial), a escola primeira da educação do caráter e da aprendizagem das
relações sociais harmoniosas; é a motivação da busca pela realização dos
três desejos essenciais da vida (educação, família e prosperidade), a fonte
maior da alegria e a causa natural da perpetuidade da espécie humana.
Sendo assim, a destruição da família natural (enfraquecimento da fé, do
amor e da verdade) é o primeiro passo para se fazer a revolução sanguinária.
Os falsos humanistas liderados por Robespierre na Revolução
Francesa conseguiram reunir um grupo de indivíduos sem escrúpulos,
enganaram e manipularam a população e derrubaram a monarquia na França.
E 5 anos depois estava implantado um reino de terror que ceifou as vidas de
30.000 (trinta mil) padres, freiras e pastores, centenas de milhares de
cidadãos comuns e até o próprio Robespierre foi guilhotinado. Sem a
descristianização não teria havido Revolução Francesa nem o terror
republicano que derrubou a monarquia e revelou a barbárie da Revolução
Francesa, que apenas 8 anos depois reimplantou a monarquia tirana,
entronizando Napoleão Bonaparte como imperador supremo da França e
originado o terror e o genocídio das guerras napoleônicas.* Estes foram
*
O livro As Noites Revolucionárias, de Restif de La Bretone (estantevirtual) é o mais fiel
relato da Revolução Francesa escrito até hoje, pois Bretone se disfarçou de mendigo e saiu
às ruas para anotar o que via. O livro Os Crimes de Napoleão, de Claude Ribbe (Record,
2008) é o retrato mais fiel sobre os crimes de Napoleão que inspiraram Hitler.
106
sempre os resultados das revoluções materialistas esquerdistas ao longo da
história em toda parte do mundo. Por que no Brasil seria diferente? A
liderança atual das Forças Armadas Brasileiras e o parlamentares atuais
serão os responsáveis pelo genocídio que os esquerdistas brasileiros estão
abertamente preparando para realizar no Brasil (Veja-se a violência e a
ilegalidade do MST com apoio dos governos esquerdistas. Veja-se o
passado político-revolucionário da candidata esquerdista Dilma Roussef.
Veja a “ética” petista revelada no escândalo dos mensaleiros, entre outros).
Hoje, vemos diariamente nos jornais e nos noticiários da TV o avanço do
processo de descristianização do Brasil através da crescente desintegração
da família natural, no aumento da promiscuidade e no aumento da
criminalidade em todos os níveis e setores sociais. São os efeitos sociais da
ação conjunta e constante dos quatro espectros do mal agindo em nosso país.
Aonde este levará o Brasil, se os homens de bem do povo e do Congresso
Nacional não despertarem a tempo para entender o que realmente está
acontecendo e encontrar uma forma eficaz de deter a ação dos quatro
espectros do mal esquerdista anticristão
9.1. Uma nova verdade inconveniente
Este livro está estudando os quatro espectros do mal que nos ameaçam, seu
atual nível de ação e seus efeitos destrutivos hoje e no futuro do Brasil. É a
revelação de uma verdade inconveniente para o esquerdismo populista, para
a indústria pornô e para a indústria do crime. É uma verdade inconviniente
porque denuncia o plano esquerdista de descristianização do Brasil e a
degradação moral e ética que cresce e desintegra a sociedade brasileira,
contando com a omissão e até com o apoio dos cidadãos desinformados, do
Congresso Nacional e dos governos esquerdistas, eleitos, em quase sua
totalidade, por cristãos (católicos e protestantes, a maioria da população
brasilira) desinformados e manipulados.
Nenhum brasileiro com um mínimo de honra, de preocupação social
e de amor pelo Brasil pode continuar ignorando esta nova verdade
inconveniente; este novo atentado contra o Brasil. Os filhos das trevas agem
dia e noite para fazer sua obra de destruição, enquanto os filhos da luz
observam “dominados” como se nada estivesse acontecendo à sua volta
(isto, quando não vendem suas consciências e almas). Por isso, suplicamos a
Deus e ao Céu para que, quando os filhos da luz acordarem ainda haja
tempo para defender o Cristianismo e o Brasil.
Quando o Titanic colidiu com o iceberg os passageiros que estavam
na parte de trás do navio disseram: “Tudo bem. A colisão foi na proa. Não
107
seremos incomodados” Estavam enganados, pois todos estavam no mesmo
navio. O que os esquerdistas estão fazendo com o Brasil atingirá a todos,
inclusive eles, suas esposas e seus filhos, pois o Brasil somos nós.
9.2. Os 4 espectros do equerdismo
Qual a relação entre a extinta KGB, o atual grau de desintegração da família
natural no Brasil e a desmoralização da juventude (intensificada a partir dos
nos 60 com o festival de Woodstock, sexo, drogas e rock’n roll, o lema é
proibido proibir, a liberação sexual, a emancipação da mulher, etc. A
princípio a maioria dos cidadãos comuns perguntaria: Por que a KGB teria
tido interesse na desintegração da família natural no Brasil? A resposta é:
porque a KGB foi fundada para proteger o comunismo soviético e ajudar a
implantar a revolução esquerdista no mundo, expandindo-a para o mundo a
partir dos Estados Unidos e da Europa. O problema é que as populações dos
Estados Unidos e da Europa eram cristãs. E cristãos têm fé em Deus. Por
isso, sua maioria os cristãos não fazem da mentira, do roubo, do seqüestro,
do tráfico de armas e drogas e do assassinato seus instrumentos de trabalho,
como faziam e ainda fazem os esquerdistas nostálgicos que ainda lutam para
“socializar” e controlar o mundo; agora, inspirados pelas ideias de Bobbio e
pelo estímulo da China. Pessoas de fé e tementes a Deus não fazem
revolução sanguinária, não assaltam bancos, não seqüestram, não traficam e
nem praticam genocídio. Elas possuem fé e honra. Por isso, antes de
deflagrar uma revolução sanguinária em um país cristão o comunismo
precisava destruir a fé e a moralidade de seu povo. E a KGB planejava e
executava as medidas ativas (aktivya meroprivatya) para desintegrar a
religião, desmoralizar a juventude e desintegrar as famílias naturais nos
países que pretendia invadir e subjugar.
Eis a relação entre a KGB e a desintegração da família natural
brasileira hoje: O Brasil ainda é o alvo mais desejado pelos esquerdistassocialistas, hoje autodenominados socialistas democráticos, que ainda
sonham com um Brasil socialista-comunista como um país-modelo para o
mundo; mas um Brasil ateísta e amoral. É um sonho louco (pois exige a
derrota do próprio Deus), mas é o sonho louco de todos os esquerdistas
ateus do Brasil.
A idelologia marxista foi desmoralizado e o império comunista
implodiu, mas os esquerdistas brasileiros desinformados (e os chamados
idiotas úteis; os que trocam a alma por 30 moedas) continuam agindo para
implantar o comunismo no Brasil, agora. dizendo-se inspirados no
socialismo democrático do italiano Bobbio. Na verdade estão estimulados
108
pela ditadura comunista capitalista da China, cuja existência é a mais
gritante prova da falsidade das teorias políticas e econômicas de Marx. Se o
leitor acha que a KGB não aplicou o processo de desmoralização e de
desintegração da família natural no Brasil, continue lendo este livro, pois ele
vai assustá-lo.
Lênin, fundador do Partido Comunista russo, escreveu: “Não se faz
omeletes sem quebrar ovos. Não se faz revolução sem banho de sangue”.
Fazer uma revolução nos moldes socialistas implica em mentir, provocar
divisões, fomentar o ódio entre brancos e negros, índios e civilizados,
pobres e ricos, povos e governos, etc; implica em roubar, seqüestrar,
aterrorizar e assassinar. Ações criminosas ateístas e amorais que uma pessoa
cristã não faria espontaneamente, mesmo sendo um cristão não-praticante.
Por isso, antes de fazer a revolução violenta Marx e Lênin orientaram que os
marxistas-socialistas-comunistas* deveriam destruir o Cristianismo (“A
religião é o ópio do povo”.) e seus valores espirituais, morais e familiares. O
Partido Comunista foi fundado no Brasil em 1919. Por quê e para quê, senão
para implantar a ditadura socialista? E como fariam isto sem a
desmoralização da juventude, a destruição da família natural e sem a
descristianização do Brasil? Um breve estudo das ações socialistass ateus no
Brasil prova sobejamente que as mesmas táticas da KGB foram e ainda
estão sendo aplicadas entre nós.
O marxismo-socialismo-comunismo não conseguiu destruir o
Cristianismo e nem o sistema liberal de produção (que batizaram de
capitalismo a fim de torná-lo odioso), mas provocou um prejuízo econômico
*
Marxismo = Socialismo = Comunismo. Depois da queda do império comunista os
esquerdistas substituíram a palavra comunismo pela palavra socialismo. Marx escreveu que
o socialismo era a etapa imediatamente anterior ao comunismo. A etapa socialista era o
período de transição em que os esquerdistas marxistas no poder estariam fazendo a
“limpeza” social, isto é, prendendo e fuzilando os empresários e os religiosos (latrocínio e
genocídio). Lênin gritava: “Só venceremos quando o último capitalista for enforcado nas
tripas do último padre.” Depois da etapa socialista viria então o comunismo, quando todas
as riquezas confiscadas (propriedades privadas) seriam repartidas em partes iguais entre
todos os bandidos que lideraram a revolução. Os pseudo-intelectuais esquerdistas que
traíram seus países são vistos como idiotas úteis, e também são todos presos ou fuzilados.
O verdadeiro povo, usado como massa de manobra e bucha-de-canhão apenas trocou de
senhor. Agora é escravo de único senhor e patrão; o Estado comunista constituído por
tiranos ladrões e assassinos cruéis. Canalhas que, assim como Hitler usou o darwinismo,
encontraram uma falsa justificativa teórica para o latrocínio e o genocídio: a filosofia
marxista. É o crime organizado no poder. O Supremo Tribunal Federal quando classificou
o partido dos mensaleiros aloprados como “uma organização criminosa.”
109
e um genocídio sem precedentes na história do século XX. Todavia, apesar
de seu estrondoso fracasso histórico e global, os socialistas brasileiros não
se envergonharam e nem desistiram de seus planos para tomar e se
perpetuar no poder por meios ilícitos e criminosos. Por que não desistiram?
Porque a teoria marxista foi forjada para a tomada e a perpetuação no poder,
e para isso ainda funciona. Assim, eles continuam usando a desinformação
do povo (a base) e a ganância traidora dos empresários e políticos corruptos
(a cúpula) para tomar o poder no Brasil, agora, não mais pela luta armada,
mas através da mentira populista e do voto “democrático” (voto bolsafamília, o antigo voto-de-cabresto). Foi assim que Hugo Chaves estabeleceu
o exemplo na Venezuela, o qual está sendo seguido integralmente pelos
demais esquerdistas da América do Sul, inclusive do Brasil.
Entre l988 e 1989 o mundo assistiu à estrondosa e vergonhosa queda
do império comunista, o último dos impérios tiranos da história. O império
comunista foi erguido com base nas ideias de Karl Marx e Friedrich Engels
que reeditaram em 1848 as antigas ideias de A República, de Platão, e o
regime violento e amoral de Esparta, cujas ideias e modelo social inspiraram
a ideologia marxista e o ideal da sociedade comunista. No início do século
XX Lênin não acreditava no aparecimento espontâneo do proletário
revolucionário disposto a matar sem piedade. E resolveu treinar um grupo
de mercenários assassinos dispostos a tudo) em, aproveitando-se de um
levante popular copntra os cazares russsos, Lênin e os bolcheviquestomaram
o poder na Rússia em 1917. Coube ao cruel tirano Joseph Stálin a
consolidação da ex-União Soviética, um império formado pela invasão e
anexação violenta de 34 países nos cinco continentes. Quando o império
implodiu em l989 já havia invadido e dominado 35 países e provocado um
genocído 4 vezes maior do que o genocídio nazista, e a ideologia marxista e
seu ideal socialista já havia impregnado as mentes e os corações de 3
bilhões de pessoas.
Como o marxismo-socialismo chegou tão longe e obteve tão
expressiva vitória sobre a sociedade cristã ocidental, a mais elevada de todas
as civilizações da história da humanidade? Os esquerdistas usaram o poder
da mentira, das armas e do terror, mas seu maior avanço deu-se
principalmente através do poder da fé e dos sentimentos (os ideais de
igualdade, justiça e paz) roubados do Cristianismo. De outro modo, como
atrairiam os cristãos?
Os esquerdistas entenderam que o pilar de sustentação da sociedade
cristã era a fé cristã e os valores morais da família natural (homem-mulherfilhos). Assim, para derrotar o mundo democrata cristão precisavam
enfraquecê-lo de dentro para fora, desmoralizando e desintegrando sua
110
ideologia (o Cristianismo), seu ideal social (a sociedade cristã) e sua base
de sustentação social: a família natural. Agiram assim porque precisavam
de jovens rebeldes materialistas e sem escrúpulos para armá-los e empurrálos para a revolução violenta, transformando jovens cristãos em
guerrilheiros mentirosos, traidores, ladrões, sequestradores e genocidas.
Como as famílias cristãs sinceras respeitam a Deus não usam a mentira, a
violência, o latrocínio* e nem o assassinato como instrumentos de ação.
Assim enquanto as pessoas fossem cristãs o comunismo não triunfaria na
sociedade cristã ocidental. Era imprescindível, portanto, destruir o
Cristianismo ou subvertê-lo (marxistizaram a teologia cristã, criando a
teologia da libertação e a “Igreja” Popular, ambas desintegradas pelo Papa
João Paulo II e desmoralizadas pelo fracasso global do comunismo).
Por que o marxismo-socialismo-comunismo decidiu desintegrar a
família natural? O espaço específico onde a fé e os valores morais e éticos
cristãos são ensinados é a igreja, mas é no seio das famílias naturais que
aqueles valores são cultivados e transmitidos em primeira mão para as
*
Os crimes do Comunismo foram 4 vezes maior do que os dos Nazismo — Pela
pressão dos marxistas-comunistas infiltrados na mídia, no governo e no Congresso
Nacional, muitos cidadãos, congressistas e até jornalistas das redes de rádio e TV têm medo
de pronunciar as palavras marxismo e comunismo, como se os marxistas-comunistas
fossem super-herois, mocinhos do bem. Ora, o Partido Nacional Socialista, o Nazismo de
Hitler, deflagrou a II Guerra Mundial, invadiu e destruiu dezenas de países europeus e
mutilou e matou 50 milhões de pessoas. Hoje, devido ao poder e à influência política,
econômica e de comunicação dos judeus, escrever e denunciar os crimes do nazismo virou
moda, dá status e prêmios. Brevemente, quando os crimes dos marxistas-comunistas se
tornarem públicos no mundo (150 milhões de assassinatos, 35 países saqueados e
destruídos e 70 anos de conspirações, espionagem e guerra fria contra o mundo) os
marxistas-comunistas serão julgados no Tribunal Internacional de Moscou (similar ao
Tribunal de Nurenberg, que julgou os crimes dos nazistas contra a humanidade). Quando
isto acontecer, e acontecerá em breve, os marxistas-comunistas serão desmascarados e
vistos como os hitleristas-nazistas: genocidas que praticaram crimes hediondos contra a
humanidade. O Custo Humano do Comunismo — Artigo da revista Le Fígaro (edição de 18
de novembro de 1978) estimou em 150 milhões de mortos o número do genocídio
provocado pelo comunismo. Isto, até 1978. O império comunista caiu entre 1988 e 1990, 12
anos depois. Obviamente, o número de vítimas aumentou e continua aumentando na China,
na Coréia do Norte e em Cuba. Uma história completa da marcha cruel e inútil do
comunismo foi registrada na obra O Livro Negro do Comunismo (Bertrand Russel. Brasil,
2006), escrito por Stephane Courtois, Nicolas Werth e outros. A marcha criminosa e
fracassada do comunismo no Brasil foi registrada no livro A Verdade Sufocada (Editora
Ser, 2006), escrito pelo General do Exercito Carlos Alberto Brilhante Ustra, com base nos
arquivos históricos da imprensa e do exército brasileiro. e em entrevistas.
111
crianças e os jovens das futuras gerações. Por isso, os socialistas entenderam
que antes de fazer a revolução violenta era necessário desmoralizar e
desintegrar a religião cristã e as famílias naturais cristãs. Somente então
poderiam aliciar a juventude e montar um “exército” de ex-cristãos
transformados em rebeldes guerrilheiros ateus, amorais e inescrupulosos
para os quais o fim justifica os meios.
Inspirados nos princípios amorais e cruéis de Maquiavel (O Príncipe,
1513), nos esquerdistas franceses que implantaram a república-reino do
terror na Revolução Francesa e nas barbáries de Napoleão, os socialistas
concluíram que para destruir a sociedade cristã e construir a sociedade
socialista-comunista ateísta tudo era lícito. A mentira, o roubo, o seqüestro,
o tráfico, o terrorismo e o assassinato tornaram-se instrumentos e armas dos
socialistas para a tomada do poder e a posterior prática do latrocínio
(fuzilamento dos não-socialistas e empresários e confisco de seus bens). Foi
assim ao longo de toda a história de 70 anos do comunismo no poder em 35
países dos cinco continentes. É assim ainda hoje na China, na Coréia do
Norte e em Cuba. E é assim na Venezuela, na Bolívia, no Equador e em
cerca de 10 países latinoamericanos hoje, onde o populismo esquerdista, ou
o socialismo democrático (os novos nomes dos socialistas-comunistas)
tomou o poder usando a miséria, a democracia e o parlamento (criando e
aprovando leis e emendas constitucionais pró-socialismo).
Nenhuma autoridade do Congresso Nacional brasileiro deveria se
surpreender com o uso cínico da mentira por parte de alguns esquerdistas (é
a tática do não existe Mensalão, do Eu não sabia e do Não houve encontro).
Para os socialistas a mentira sempre foi um instrumento de trabalho. Lênin
ensinou: “Uma mentira repetida mil vezes será aceita como uma verdade.”
Obviamente uma mentira sempre será uma mentira, mas repetida mil vezes
poderá ser aceita pelas massas desinformadas como se fosse uma verdade.
Por isso, sempre que são desmascarados os esquerdistas negam tudo
cinicamente mil vezes. Eles sabem que as massas populares desinformadas,
a maioria da população, acreditará na repetição do Eu não sabia desde que o
bolsa-família (o voto-de-cabresto) seja mantido.
O sociólogo russo Pitirin Sorokim (1889-1968), logo após descobrir
a verdadeira face do socialismo-comunismo, a barbárie com face humana,
como o definiu Jean François Revel, escreveu em l935: “Todas
as
revoluções políticas que levaram ao colapso social foram precedidas de
uma revolução sexual na qual a família e o matrimônio foram desprezados
e desvalorizados.”
A necessidade de desintegrar os valores espirituais e morais da
família natural como preparação para a revolução violenta também foi
112
denunciada em l970 por Yuri Alexandrovitch Bezmenov, ex-agente de
propaganda da KGB na Índia. Eis como Bezmenov denunciou a guerra
psicopolítica, ideológica e moral, do comunismo contra as democracias
cristãs:
“15% de tempo, do dinheiro e do pessoal da KGB são gastos em
espionagem. Os outros 85% são gastos em um processo mais lento
chamado de subversão ideológica, que consiste basicamente em mudar a
percepção da realidade dos jovens a tal ponto que apesar da abundância de
informação verdadeira eles não sejam capazes de chegar a conclusões
razoáveis no interesse de defender a si mesmos, suas famílias, sua
comunidade nem o seu país. É o processo de desmoralização. Leva-se de 15
a 20 anos para desmoralizar uma nação... Os jovens são contaminados e
programados para pensar e reagir somente a estímulos específicos, que
seguem o padrão planejado pela KGB. Ninguém conseguirá mudar suas
ideias... O processo de desmoralização é completo e irreversível”.*
Sem dúvida a fé cristã e os valores morais da família natural
brasileira estão sob o ataque contínuo de um inimigo traiçoeiro e covarde
que nunca revelou sua verdadeira face. Os esquerdistas socialistas aliciavam
e investiam pesado em intelectuais, atletas e artistas (transformados em
agentes de propaganda, idiotas úteis, na linguagem da KGB) e compravam o
voto de apoio de políticos oportunistas, gananciosos, ignorantes e traidores
(veja-se o mensalão) para que estes aprovem leis antifamiliares e
antipatrióticas. Até parlamentares católicos e protestantes têm traído a Deus
e a Jesus, e vendido a alma aos traidores esquerdistas por algumas moedas
de ferro. Esqueceram-se de que não adianta ganhar o mundo e perder a alma.
Tudo é planejado friamente como preparação para a revolução
violenta. Mesmo depois do fracasso mundial do comunismo a China, a
Coréia do Norte e Cuba continuam usando a ideologia marxista e a
violência para se perpetuarem no poder e na riqueza, que é o que realmente
lhes interessa. E na Venezuela de Hugo Chaves, na Bolívia de Evo Morales
(entre outros países sulamericanos governados por esquerdistas) e no Brasil
dos políticos aloprados e dos políticos do Partido dos Sem-terra (dos
camponeses para somar-se ao Partido dos Operários, unindo a foice e o
martelo) que não querem terra, mas poder e riqueza, ainda se usa o sonho
fracassado da sociedade comunista (agora chamada de socialista). Resta
*
Soviet Subversion of the Free World Press (Subversão Soviética da Imprensa do
Mundo Livre), entrevista concedida ao jornalista americano G. Edward Griffin em l970
(entrevista gravada e disponível no YouTube). Voltaremos a Bezmenov mais adiante.
113
saber se os verdadeiros cristãos e patriotas brasileiros permitirão que o
Brasil seja arrastado para essa aventura aloprada e sem futuro.
A ideologia e a estratégia dos esquerdistas de 2009 ainda é a mesma
do Marx de 1848 e do Lênin de 1917: pressão de cúpula + pressão de base
(políticos corruptos e leis esquerdistas + sindicalistas e camponeses — semterra e “sem-terrinha’ em ação para fazer a revolução”). A ideologia
marxista é falsa. Por isso, não funciona na prática. A sociedade socialista, o
“céu” prometido pelos esquerdistas era o inferno. E o sofrimento das
pessoas provocou a implosão do império socialista em todo o mundo.
Os socialistas sabem que a ideologia marxista é falsa, não serve para
gerar progresso social, político nem econômico, e que a igualdade socialista
nunca existiu em nenhum dos 35 países que os socialistras
invadiram. .Como disse Rui Barbosa: “A igualdade absoluta é a maior das
injustiças porque dá o mesmo a todos como se todos se equivalessem.” Se a
ideia da igualdade absoluta fosse aplicada o ladrão criminoso, o preguiçoso
mentiroso e o trabalhador esforçado e honesto receberiam a mesma quantia.
Mas os esquerdistas aloprados também sabem que, como instrumentos para
a tomada do poder, o marxismo e o ideal comunista da igualdade (agora
chamado de socialista) ainda funcionam, pois as pessoas ainda podem ser
desinformadas e enganadas. Por isso continuam usando as ideias marxistas e
o ideal comunista, e prometendo o “socialismo”, a sociedade do futuro onde
tudo pertencerá a todos e será dividido em partes iguais entre às massas
populares. Usando a palavra socialismo, tiranos como Hugo Chaves
conseguiram se perpetuar no poder usando a mentira e a própria democracia.
Através da enganação das massas populares desinformadas Chaves
conseguiu infiltrar e controlar o Poder Legislativo e o Poder Judiciário (não
estão fazendo o mesmo no Brasil?). Assim, recriou na Venezuela a velha e
corrupta nomenclatura da ex-União Soviética e do bloco comunista em
geral, a aristocracia desonesta, tirana e criminosa que amordaça os meios de
comunicação e se autoprotege para conservar seus privilégios como patrão
único do povo empobrecido e escravizado. Os esquerdistas aloprados não
estariam tentando fazer o mesmo no Brasil? O esquerdista Zelaya tentou
aplicar o mesmo golpe em Honduras. O Supremo Tribunal Federal não
autorizou, e convocou o exército para defender a Constituição e a
democracia hondurenha. O erro dos hondurenhos foi o modo como
expulsaram o rico fazendeiro Zelaya.
Atualmente, os socialistas estão seguindo o exemplo da China (que
assumiu a liderança perdida pela ex-União Soviética) e a Venezuela de
Hugo Chaves (que assumiu a posição de Fidel e de Cuba). Trocaram as
metralhadoras, os assaltos a bancos, os sequestros, o tráfico de armas e
114
drogas, etc, por mentiras e votos. E todo esse processo começa na
destruição dos valores cristãos e familiares, pois as pessoas de bem buscam
a prosperidade através da criatividade, do estudo e do trabalho, e não através
da política mentirosa e do roubo do dinheiro público.
O Brasil está sendo descristianizado. A Constituição Federal está
sendo mutilada e descristianizada. Diante da grave situação do Brasil atual
a família natural brasileira pede socorro a Deus, Seu Criador, e ao
Congresso Nacional, seu legal e legítimo defensor democrático. As famílias
naturais (homem-mulher-filhos), células fundamentais da sociedade
brasileira, estão sendo atacadas e desintegradas. Vítimas da ignorância, da
confusão ideológica e da desintegração dos valores morais alguns brasileiros
estão atacando e desintegrando a família natural, e juntamente com ela, a
própria sociedade brasileira, esquecendo que estão destruindo a si mesmos e
as suas próprias famílias, pois o ataque contra a família natural é um ataque
contra o Estado brasileiro.
9.3. O Estado brasileiro tem o dever constitucional
e jurídico de proteger a família natural no Brasil
Ainda é possível salvar a família natural e impedir a desintegração social do
Brasil? Como o ataque contra a família natural é simultaneamente um
ataque contra a sociedade brasileira, o povo (a maioria absoluta constituída
por famílias naturais) pode exigir a proteção legal do Estado quanto ao
cumprimento do preceito constitucional (Artigo 226: “A família, base da
sociedade, terá a proteção do Estado”). Constitucionalmente o governo
brasileiro tem o dever de proteger a família natural, uma vez que a
desintegração da mesma conduzirá simultaneamente à desintegração da
sociedade brasileira, que é dever do Estado defender e proteger.
Sendo assim, o Congresso Nacional não pode ceder às pressões da
minoria homossexual e dos esquerdistas e aprovar as leis antifamília e
anticristãs (lei da homofobia, legalização da prostituição, legalização das
drogas, legalização do aborto-infanticídio, legalização do casamento
homossexual, legalização dos bingos, lei do divórcio imediato, das cotas
raciais,* entre outras leis anti-Deus e anti-humanas que violam as crenças e
*
Estatuto da Igualdade Racial. Frustrando os esquerdistas alorados o Congresso
Nacional rejeitou a lei das cotas raciais que, negando a miscigenação, nossa cor morena e a
conclusão genética (não existem raças étnicas) tentou dividir o Brasil em brancos e negros e
estimular o ódio e o conflito entre nós. Em vez da lei racista dos esquerdistas aloprados o
Congresso Nacional aprovou a lei das cotas sociais, facilitando o acesso dos brasileiros
mais carentes à universidade independentemente do tom de sua pele. Somos o único povo
115
os valores espirituais e morais históricos do povo cristão brasileiro, a
maioria natural familiar. Se no estágio atual de desintegração familiar a
criminalidade e a promiscuidade já estão levando o Brasil à beira do caos e
do desespero, o que acontecerá se as leis antifamília e anticristãs forem
todas aprovadas?
9.4. Os agentes agressores contra a família natural
Quais os agentes agressores que estão continuamente atuando para a
desintegração da família natural no Brasil, e simultaneamente, contra a
integridade do Estado brasileiro? Esta é uma pergunta que nunca foi
formulada e nem respondida com a clareza e a coragem exigidas. Por quê?
Porque, de alguma forma, todos nós estamos envolvidos e somos direta ou
indiretamente culpados pelo estado caótico da família natural atual. Senão,
vejamos.
Agente agressor 1. A omissão do Estado e da população. Quando
ignoramos a crise de valores, a crise da educação, a crise política,
econômica e social... Enfim, todas as vezes que ignoramos e nos omitimos
diante dos problemas da sociedade brasileira da qual somos partes
integrantes, estamos contribuindo indiretamente para o agravamento de sua
situação. A maioria dos membros do governo e e a maioria adulta da
população sabe quais os agentes causadores da crise da família, que é uma
crise de valores espirituais, morais e éticos. E sabem também que a causas
da crise de valores está na ausência da educação do caráter, a qual é
provocada pela falta de educadores do caráter. Este tipo de educadores. não
podem ser falsos religiosos nem falsos moralistas. Os educadores do caráter
têm que ser verdadeiros; têm que viver com sinceridade em seu cotidiano
tudo o que ensinam aos seus alunos. Em outros termos, a educação do
caráter é a educação nascida da força do exemplo vivo. Poucos desejam se
tornar educadores do caráter, pois poucos têm a forma moral e o amor
sacrifical necessários para tanto. Além disso, o Estado e a população não
unificado (miscigenado) do mundo. Somos todos brasileiros. Somos Uma Família sob Deus
(Sugestão de leitura: Não Somos Racistas. Ali Kamel. Nova Fronteira, 2006. RJ).
Infelizmente, a lei da homofobia já foi aprovada em uma sessão noturna pela Câmara dos
deputados, e a lei do divórcio imediato já foi aprovada pelo Congresso Nacional. Mas uma
maioria parlamentar pode revogar a lei do divórcio imediato, propondo em seu lugar uma
lei da responsabilidade familiar, uma lei que estimule a reconciliação familiar. Em 1988 o
Centrão Democrático cassou o regimento interno da Constituinte, cortou 224 artigos da
Constituição esquerdista já pronta e elaborou uma nova Constituição. Se a maioria cristã do
Congresso Nacional decidir defender o Cristianismo e a família natural brasileira Estará
legislando em defesa da Constituição Federal e do Brasil, e ninguém o impedirá.
116
valorizam adequadamente quando não os critica e menospreza o educador
do caráter, classificando-os de reacionários, retrógrados, antiprogressistas,
moralistas e ultraconservadores, etc. Ao que parece, apenas as igrejas
cristãos estão preparando novos educadores do caráter no Brasil, quase sem
apoio algum, quando não sob discriminação e perseguição por parte de
alguns esquerdistas aloprados que, por ignorância ou má fé, parecem ter
esquecido que foram os verdadeiros educadores do caráter (os educadores
cristãos) que construíram a mais elevada de todas as civilizações das história:
a civilização cristã ocidental, que inventou a democracia cristã que venceu a
ditadura do império socialista ateu erguido pelos esquerdistas.
Agente agressor 2. Os anti-ídolos da televisão. Como preparar
novos educadores do caráter dentro da família se os lares foram invadidos
pela anti-educação da televisão, onde a quase maioria de seus expoentes é
constituída por maus exemplos; indivíduos materialistas e hedonistas para
os quais religiosidade e Deus são apenas palavras atrás das quais eles se
escondem como lobos em pele de cordeiro, e para os quais moralidade é
viver egoisticamente fazendo tudo o que querem à hora que desejarem. Tais
pessoas perderam a fé e o respeito a Deus. Por isso, sequer cogitam acerca
das conseqüências de suas palavras e ações. Sua lei é o lema do é proibido
proibir. Em sua maioria, jovens, famosos e ricos, estes agentes levam uma
vida hedonista e ociosa envolvida com festas, álcool, drogas e sexo. E como
esse estilo de vida desvaloriza o trabalho, o estudo, os valores morais e o
auto-sacrifício a maioria da juventude almeja seguir seus exemplos. Em
relação aos anti-ídolos da televisão (jovens, bonitos, famosos e ricos) seus
pais, seus professores e os educadores religiosos são vistos como
“perdedores.” O lado negro da vida antifamiliar, ateísta, hedonista,
promíscua, viciada e, não raro, depressiva e curta dos anti-ídolos da
televisão não é sequer comentado. Desse modo, a anti-educação, os maus
exemplos ensinados pelos expoentes da televisão revela-se como o principal
agente agressor contrário ao estilo de vida e ao ideal familiar. A influência
antifamiliar dos anti-ídolos da televisão é o maior problema uma vez que a
influência deles suplantaram e substituíram quase por completo a influência
dos pais, dos professores e dos líderes religiosos cristãos, as 3 fontes da
educação do caráter antes deles.
Agente agressor 3. Os intelectuais seculares. O terceiro grupo de
agentes agressores antifamilia natural são os intelectuais seculares, os
materialistas e ateus. Eles sempre coexixstiram lado a lado com os
intelectuais espiritualistas e Deusistas em todos os tempos, desde a China, a
Índia e o Egito antigos. A dicotomia Deus-não-Deus e seus derivados é uma
parte onipresente entre todos os povos e culturas ao longo da história. Essa
117
dicotomia também se manifestou em cada época da história e de acordo com
o nível da mentalidade humana: mitologia (explicações mítico-místicas
ilógicas), filosofia (explicações racionais lógicas) e ciência (explicações
racionais lógicas e experimentais).
9.5. Os intelectuais ateístas: os novos “clérigos”
O jornalista e historiador americano Paul Johnson, em sua brilhante obra Os
Intelectuais (Imago, 1980), nos deu uma das melhores definições dos
intelectuais seculares:
“Ao longo dos últimos 200 anos, a influência dos intelectuais vem
crescendo regularmente. Na verdade, o surgimento do intelectual secular
foi um fator decisivo para formar o mundo moderno. Visto de uma
perspectiva histórica ampla, trata-se, em muitos aspectos, de um fenômeno
novo. Não há dúvida de que desde suas primeiras encarnações como
escribas, profetas ou padres os intelectuais exigiram para si a tarefa de
orientar a sociedade. Com o declínio do poder do clero no século XVIII (a
partir da Revolução Francesa) um novo tipo de mentor surgiu para
preencher o vazio e conquistar os ouvidos da sociedade. O intelectual
secular, mesmo sendo deísta, cético ou até, estava tão disposto quanto
qualquer pontífice ou presbítero a dizer como os homens deviam agir diante
dos problemas dessa sociedade. Desde o princípio, expressou uma devoção
especial para com os interesses da humanidade e uma predestinação
evangélica para fazê-los avançar graças a seu ensino. Deu a essa tarefa
auto-imposta um sentido muito mais radical do que lhe tinha dado seus
predecessores do clero. Não se sentiam limitados por nenhum corpus de
uma religião revelada. A sabedoria coletiva do passado, o legado da
tradição, os códigos prescritos por uma experiência ancestral existiam para
ser seletivamente seguidos ou para ser completamente rejeitados,
dependendo apenas do bom senso de cada um. Pela primeira vez na história
humana— e com uma arrogância e audácia crescentes —, os homens se
diziam capazes de diagnosticar os males da sociedade e curá-los com sua
inteligência auto-suficiente; diziam ser capazes de traçar um plano pelo
qual não apenas a estrutura social, mas os hábitos básicos do ser humano
podiam ser transformados para melhor. Ao contrário de seus antecessores
sacerdotais, eles não eram servos nem intérpretes dos deuses; eram seus
substitutos. O herói deles era Prometeu, que roubou o fogo celestial e o
trouxe para a Terra.”
A essa descrição dos intelectuais seculares ateus feita por Johnson
nada há a acrescentar. Ele disse tudo. Em seu livro biográfico Johnson
118
estuda a vida dos expoentes intelectuais da modernidade, entre os quais
Rousseau, Marx, Tolstoi, Brecht, Russel, Sartre, entre outros, expondo o
baixíssimo nível moral com que encaravam a vida real. Suas ideias e suas
vidas pareciam coisas distintas. Johnson revela o falso humanismo de seus
conselhos, o descaso com que analisaram os fatos e qual o grau de respeito
que cultivavam para com a verdade. Como praticavam em suas vidas
íntimas os princípios que defenderam, qual a atitude com relação a seus
filhos, cônjuges e amigos. Como se portaram com relação ao poder, a fama
e o dinheiro. Johnson revela que eles não passaram de um engodo. Foram
indivíduos mesquinhos, irresponsáveis e, muitas vezes, insanos e violentos.
E, recorde-se, todos eles estavam alinhados com o materialismo ateu e o
esquerdismo. Dentre todos os intelectuais ateístas que contribuíram para a
construção de uma nova ideologia (o marxismo) e um novo modelo de
sociedade (o comunismo) como contrapropostas para o Cristianismo e a
sociedade cristã, quatro intelectuais ateus merecem destaque especial: Isaac
Newton (teorias mecanicistas da origem e natureza do universo), Karl Marx
(teorias econômicas, políticas e sociais), Charles Darwin (teorias biológicas)
e Sigmund Freud (teorias psicológicas, sentimentais e espirituais). Todo o
pensamento modernista foi erguido sobre estes quatro pilares teóricos, os
quais inspiraram o esquerdismo e as revoluções Francesa, Nazista e
comunista. Todavia, como já se disse anteriormente, a nova ciência quântica
do século XX (holística, sistêmica, transfísica e organísmica) suplantou a
velha ciência do século XIX que fundamentou o marxismo e o comunismo.
Sem um suporte teórico e sem um resultado prático consistentes o marxismo
se desmoralizou e o império comunista implodiu. E como a utopia continua;
como a humanidade continua sonhando com uma ideologia verdadeira e um
modelo de sociedade verdadeiro e funcional, podemos propor o Deusismo (a
ideologia da paz, o pensamento de Deus) e o familismo (a Sociedade-família,
a sociedade familista) como a nova ideologia científica e o novo modelo
social científico atualizados como a ideologia e a sociedade que
predominarão no futuro próximo. E por que predominarão? Porque a
verdade natural e espiritual, a explicação verdadeira e última sobre o
universo e o homem serão atingidos. E depois deste ponto Deus e a
humanidade descansarão e viverão finalmente em paz. O que dá dinâmica e
sabor à vida é a prática do amor, da verdade, as ciências, as artes, os
esportes, os ofícios, a família, o lazer, etc. O progresso humano não mais
será desviado e nem detido pela figura do mal, que somente causou
sofrimento e destruição ao longo de toda a história.
Sob injusto e incessante ataque a família natural brasileira pede
socorro a Deus, Seu Criador, e ao Congresso Nacional, seu legal e legítimo
119
defensor democrático. E como o Brasil é uma nação amada e pertencente a
Deus, Este a ouvirá mais uma vez, pois força ou poder político algum pode
superar e vencer o poder do amor e da verdade de Deus. E o bem triunfará
no Brasil.
Capítulo 10
A DESTRUIÇÃO DA F AMÍLIA NATURAL
E SUAS CONSEQUÊNCIAS SOCIAIS
120
A família natural começou a ser sistematicamente atacada a partir de 1917
quando Lênin tomou o poder na Rússia e começou a difundir as teorias
marxistas-leninistas. O ataque recrudesceu com Stálin, o sucessor de Lênin,
que decidiu exportar as teorias marxistas e a revolução comunista para o
mundo. Nos anos 60 o comunismo internacional através de agentes da KGB
disfarçados de diplomatas concentrou seus ataques contra a cultura cristã
nos Estados Unidos, que era o centro de defesa da democracia cristã e o
centro de influência cultural do mundo. E a KGB criou o movimento da
Contracultura (contra a cultura cristã) e o pôs em prática através da guerra
psicopolítica (guerra ideológica + guerra moral) voltada para a
desestabilização e desintegração dos Estados Unidos através da
desmoralização, da confusão teórica (desinformação) e da alienação social,
política e econômica da juventude, o que levaria à desintegração da família
natural e da sociedade cristã norte-americana e mundial.
Stálin já conhecia os efeitos maléficos da política antifamília, pois
já havia posto em prática a hipótese marxista da origem social da família,
definida como fruto de uma relação econômica escravista. A prática dessa
hipótese quase destruiu a então União Soviética. Por isso, Stálin e a KGB
sabiam que atacando e desmoralizando a juventude dos Estados Unidos
desintegraria a família natural cristã e automaticamente atingiria todo o
mundo democrata cristão. Um país cuja juventude foi desmoralizada
(destituída de valores morais) e alienada da verdade e da realidade social*
não sobreviveria, pois a desintegração da família desintegraria o país. Esse
plano sinistro, a guerra psicopolítica, é inacreditável do ponto de vista da
moral e da ética cristãs. Mas foi confirmado e denunciado mundialmente
por Yuri Bezmenov, ex-agente de propaganda da KGB no corpo
*
O comunismo, o hinduísmo e os Beatles. Percebendo que as crenças mítico-politeístas
do hinduísmo (incluindo a ufologia) alienavam as pessoas da verdade e da realidade social,
política e econômica, a KGB passou a usar as crenças hinduístas como arma psicopolítica.
Foram auxiliados pelos Beatles que, ignorantes e alienados, adotaram o hinduísmo através
da meditação transcendental do guru Maharishi Maesh Yogue, popularizando-as nos
Estados Unidos e no mundo. Recentemente a novela Caminho das Índias, de Glória Perez,
contribuiu enormemente para a popularização do hinduísmo no Brasil, enaltecendo e
fortalecendo o esoterismo e a cultura afro-indiano (mítico-politeísta) e denegrindo o
Cristianismo e a cultura cristã (realista-monoteísta). Embora inconsciente, os cristãos
atacam a si próprios, esquecendo que o Cristianismo criou a mais elevada civilização da
história da humanidade, e que o império comunista atacou a civilização cristã moral e
teoricamente durante todo o século XX, mas implodiu, enquanto a civilização cristã
sobreviveu, provando que no coração humano o bem sempre vencerá, e nas páginas da
história do mundo o bem sempre venceu o mal. Veja os impérios antigos e os impérios
napoleônico, nazista e comunista.
121
diplomático da Índia. Bezmenov desertou na Índia nos anos 60 disfarçado
de Hyppie e foi exilado no Canadá e depois nos Estados Unidos (voltaremos
a Bezmenov mais adiante).
Os fatos históricos dos anos 60 e seus efeitos sociais ao redor do
mundo confirmam as denúncias de Bezmenov, pois a partir dos anos 60 os
valores morais e as teorias da juventude e da sociedade cristã ocidental
passaram a ser sistematicamente atacados e destruídos, chegando ao ponto
atual em que a pureza sexual e a fidelidade são vistas como doenças, o
adultério (a traição) virou piada e alguns estão propondo o reconhecimento
do homossexualismo como família e a legalização profissional da
prostituição.
Nos anos 60 a KGB manipulou o uso da pílula anticoncepcional para
difundir e estimular o sexo livre, o feminismo e a guerra entre os sexos;
manipulou o rock através do Festival de Woodstock para difundir e
estimular o uso das drogas, do alcoolismo e do tabagismo; manipulou o
hinduísmo como substrato místico, e até o LSD (ácido lisérgico) como a
droga da espiritualidade a fim de se contrapor ao Cristianismo; manipulou
as teorias amorais da psicanálise de Freud para destruir a fé e a moral cristã
e estimular a rebelião e a liberação sexual, criando a chamada revolução
sexual feminina, que destruiu e está destruindo milhões de famílias naturais
em todo o mundo; manipulou as ideias de Marx para desestabilizar a
política e a economia norte-americana, entre outros crimes estarrecedores
contra a humanidade.
A importância e a necessidade imprescindível e vital da família
natural e dos valores familiares (companheirismo, fidelidade, fraternidade,
solidariedade, afetividade, entre outros) para os indivíduos e para a
sociedade foram demonstradas plenamente pelo pesquisador norteamericano Dr. Joseph Daniel Unwin em sua pesquisa de antropologia
comparada que durou 7 anos, e na qual foram estudadas em detalhes 80
sociedades e 16 civilizações dentro de um período de mais de quatro mil
anos de história. Ao final de sua pesquisa o Dr. Unwin constatou que
“Todas as sociedades que menosprezaram a família e os valores familiares
declinaram e desapareceram, enquanto aquelas que valorizaram e
protegeram a família sobreviveram e prosperaram.” Exemplos antigos
notáveis deste fato são a Grécia e o Império Romano. Exemplos atuais do
mesmo fato são o Império Comunista (desintegrado) e o Império Americano,
em declínio devido À democracia permissiva e pseudo-representativa. Os
costumes sexuais amorais da antiga Grécia enfraqueceram e desintegraram
moralmente o Império Romano. Os registros históricos do Império Romano
e os registros arqueológicos de Pompéia e Herculano (soterradas pelo
122
Vesúvio) são provas históricas do alto grau de degenerescência moral
daquelas cidades. Outro exemplo histórico que confirma a pesquisa do Dr.
Unwin é o povo judeu, que tem 4.000 anos de história. Apesar de ter sido
invadido, dividido, saqueado e dispersado pelo mundo por quase dois mil
anos, sobreviveu e preservou sua identidade cultural intacta. Por quê? Uma
das causas da sobrevivência étnica e cultural do povo judeu foi o forte
vínculo familiar da tradição judaica.*
As consequências trágicas da desintegração da família também
foram confirmadas pelo sociólogo russo Dr. Pitirim Alexandrovitch Sorokin
(1889-1968), da Universidade Harvard. Depois de analisar diversas culturas
dos cinco continentes ao longo da história Sorokin escreveu que “Todas as
revoluções políticas que levaram ao colapso social foram precedidas de
uma revolução sexual na qual a família e o matrimônio foram desprezados
e desvalorizados.”
Sorokin também destacou que nos primeiros anos da Revolução
Russa, com base na política anti-religiosa oficial, o governo atacou
deliberadamente o matrimônio e a família. Qualquer cidadão podia obter o
divórcio por qualquer motivo e a qualquer momento (a lei do divórcio
imediato também já foi aprovada no Brasil). O aborto era legal e facilitado
(a lei do aborto/infanticídio está em discussão no Brasil) e o sexo precoce
casual e extraconjugal estão sendo estimulados e popularizados no Brasil
pela televisão. Sorokin registrou em seu livro The American Sex Revolution
(1956) os resultados daquela política oficial de Stálin:
“Em poucos anos, gangues de crianças sem lar e violentas tornaramse uma séria ameaça para o país. Milhões de vidas, especialmente meninas,
foram destruídas. O divórcio e o aborto chegaram ao máximo. O ódio, os
conflitos e as psiconeuroses gerados pela desintegração familiar
aumentaram rapidamente. A produtividade nas fábricas decaiu. Os
resultados foram tão alarmantes que o governo foi obrigado a inverter sua
política antifamiliar. A propaganda do ‘Copo de Água’ foi declarada
contrária à Revolução, e em seu lugar foi implantada a glorificação oficial
da castidade e da santidade do matrimônio. Em outras palavras: os russos
descobriram a triste realidade de que o sexo livre, se considerado apenas
como um apetite a mais, não só arruinava o individuo, mas arruinava
rapidamente o próprio país.”
*
Educação e valores morais — Estes fatos históricos nos levam a pensar nos valores que
fundamentam as relações familiares (transmitidos e aprendidos na família) como os valores
que poderiam infundir novo fôlego no sistema educacional atual, cujo maior problema é a
ausência da educação de valores (educação do caráter).
123
E foi o desastre social provocado por essa política na ex-União
Soviética que inspirou a guerra moral. Os tiranos socialistas aprenderam que
o sexo livre conduz à desintegração da família natural e do próprio país. E
passou a difundir o sexo livre nas democracias cristãs e a atacar a família
natural, classificando-a como uma instituição falida, retrógrada, burguesa,
opressora e inútil. E aos poucos as democracias cristãs começaram a se
desintegrar em direção do caos moral e ideológico atual, onde a
criminalidade e a promiscuidade estão desintegrando o Brasil.
Depois do desastre social Stálin retirou os menores das ruas (alguns
estudiosos afirmam que todos foram julgados irrecuperáveis e fuzilados) e
instituiu o Dia da Família, rejeitando completamente as hipóteses de Marx e
Engels sobre a origem socioeconômica da família, definida pelos marxistas
como uma instituição nascida da exploração que precisava ser extinta. Pelo
mesmo motivo, o governo da ex-União Soviética rejeitou a psicanálise
freudiana, que definia a família como um grupo social formado e explicado
com base nas hipóteses do Complexo de Édipo (atração sexual pela mãe e
rejeição do pai) e no Complexo de Castração ou Inveja do `Pênis (atração
sexual pelo pai e rejeição da mãe). Segundo Freud eram estes dois
complexos que causavam a atração homem-mulher, e não o amor, o desejo
natural pela família e o impulso biológico natural pela perpetuidade das
espécies.
O atual estado de desintegração da família brasileira também pode ser
atribuído a um processo sistemático e contínuo de desconstrução planejada
da família, conforme denunciou o jornalista e ex-diplomata Yuri Bezmenov,
ex-agente de propaganda da KGB que desertou da embaixada russa na Índia,
em l970. Já exilado nos Estados Unidos, em uma longa entrevista concedida
ao jornalista norte-americano G. Edward Griffin (entrevista integral
disponível no You Tube), Bezmenov declarou:
“A subversão ideológica é um processo público e aberto. Você pode
vê-la com seus próprios olhos. Não tem mistério, não tem nada a ver com
espionagem. Na realidade, a ênfase principal da KGB não é na área de
inteligência. Em minha opinião, e na opinião de muitos dissidentes do meu
calibre, apenas 15% do tempo, do dinheiro e do pessoal da KGB são gastos
em espionagem. Os outros 85% são gastos em um processo mais lento
chamado de subversão ideológica ou medidas ativas (aktiye meroprivatiya,
na linguagem da KGB), ou guerra psicológica, que significa basicamente
mudar a percepção da realidade do indivíduo a tal ponto que apesar da
abundância de informação verdadeira ele não será capaz de chegar a
conclusões razoáveis no interesse de defender a si mesmo, suas famílias,
sua comunidade e seu país. É o processo de desmoralização. Leva-se de 15
124
a 20 anos para desmoralizar uma nação. Este é o numero mínimo de anos
necessários para deseducar (confundir as ideias) e desmoralizar (destruir
os valores morais) de uma geração de estudantes de um país “inimigo”
exposto à guerra psicopolítica da KGB. Em outras palavras, durante o
processo da desmoralização a ideologia marxista-leninista vai sendo
injetada nas cabeças de pelo menos três gerações de estudantes do país sem
ser contestada ou contrabalanceada pela verdade e nem pelos valores
básicos do patriotismo nacional. Resultado: a maioria dos estudantes que
se formaram nos anos 60, e que foram submetidos ao processo de
desmoralização estão agora ocupando as posições de comando no governo,
no funcionalismo, nos negócios, na mídia de massa e no sistema
educacional. Vocês (Bezmenov dirige-se ao povo norte-americano) estão
encharcados deles. Eles estão contaminados, programados para pensar e
reagir somente a certos estímulos específicos, que seguem o padrão
planejado pela KGB. Ninguém consegue mudar suas ideias. Mesmo que os
exponham à informação autêntica, mesmo que se prove que branco é
branco e preto é preto ninguém consegue mudar a percepção básica e
lógica do comportamento deles. O processo de desmoralização é completo e
irreversível. Para livrar a sociedade dessas pessoas serão necessários
outros 15 ou 20 anos, o tempo necessário para reeducar uma nova geração
de pessoas de valores, mente patriótica e bom senso que agirá em favor dos
interesses de si mesmos, de sua sociedade e de sua nação.”
Sabe-se que durante o século XX o mundo esteve dividido em dois
blocos comandados pela ex-União Soviética e pelos Estados Unidos, os
quais travaram a chamada Guerra Fria, que de fria não teve nada, pois foi
uma guerra de ideias e armas que matou cerca de 250 milhões de seres
humanos e tirou a paz do mundo, incendiando-o com milhares de grandes e
pequenas guerras e guerrilhas, guerrilheiros e terroristas alimentados pela
mais poderosa indústria bélica da história. A Guerra Fria foi a maior e mais
longa guerra do século XX, senão a maior guerra da história humana. Foi a
guerra que exibiu as mais poderosas armas de destruição em massa da
história (supermetralhadoras, superaviões de guerra, supertanques e bombas
nucleares, químicas e bacteriológicas). Até a ida do homem à lua foi um
fruto dessa guerra mundial que durou 70 anos (1917-1987).
Muro da Vergonha caiu, o império socialista soviético caiu, mas a
Guerra Fria ainda continua; agora, centralizada na China comunista (o reino
da pirataria) e na Venezuela (o reino da loucura) nas Américas. É fácil
perceber que os socialistas aloprados que tomaram o poder no Brasil estão
na posição de líderes esquerdistas da América do Sul. Parece ter havido um
acordo entre Hugo Chaves e os socialistas aloprados no qual Hugo Chaves
125
ficou encarregado de dizer e fazer as loucuras, chamando a atenção do
mundo para si, enquanto a esquerdização socialista-comunista avança
rapidamente no Brasil com base na uso da mentira e na política leninista dos
dois passos para a frente e um para trás (recuo aparente, mas avanço gradual
e contínuo). É assim qye funciona: Os esquerdistas dão dois passos para a
frente e exigem mudar ou suprimir 189 artigos da Constituição Federal de
uma só vez. Conseguem mudar 50. Deram dois passos para a frente e
recuaram um. Ficaram mais um passo à frente. Enquanto isso muitos
parlamentares cristãos (católicos e protestantes), os chamados idiotas úteis,
dormem em berço esplêndido com os “torrões de açúcar” (os mensalões)
que os socialistas põem em suas bocas. Como loucos traidores eles estão
vendendo a vida, a alma, suas famílias e o Brasil aos inimigos de Deus, do
Cristianismo e da família natural brasileira. Mesmo dentro das igrejas,
milhões de seus filhos já estão corrompidos e destruídos. Um indivíduo
idiotizado pela guerra psicopolítica (desmoralização, subversão ideológica e
corrupção ativa) não consegue enxergar estes fatos e nem a ameaça que eles
representam. Um político traidor vende a alma ao diabo e os socialistas
podem infiltrar e subverter a função até do Supremo Tribunal Federal.
Sabe-se também que durante a Guerra Fria o Brasil foi alvo de disputa
e esteve sob o ataque das mesmas “armas” e processos da luta ideológica e
armada que caracterizaram a Guerra Fria. Entre os quais estava o processo
de desmoralização denunciado por Bezmenov. Assim, ao constatar a queda
dos valores morais no Brasil atual somos obrigados a admitir que a
juventude brasileira também foi submetida ao referido processo de
desmoralização (que confundiu suas ideias e enfraqueceu seus valores). E
foi essa geração de jovens ideologicamente confusos e moralmente
degradados que posteriormente construiu parte das famílias desestruturadas
e parte dos parlamentos do Brasil atual. Como a família é a fonte primeira
da educação de valores os efeitos nocivos do estado de confusão ideológica
e de fraqueza moral plantados na juventude brasileira durante décadas
(começando na chamada Semana de Arte Moderna de 1922, a qual foi
organizada e patrocinada por socialistas brasileiros com o patrocínio da
KGB russa).
Repetindo: os efeitos nocivos da guerra ideológica e da guerra
moral contra o Brasil poderiam estar sendo observados hoje na crise de
valores que assola a família, a escola e a sociedade brasileira. Uma crise
que é caracterizada pelo aumento da desintegração da família natural, que
gera o aumento da promiscuidade sexual e da criminalidade em todas as
faixas etárias e em todos os setores da sociedade, inclusive na esfera
governamental, onde são mais visíveis devido à vigilância da imprensa.
126
10.1. Os efeitos nocivos do divórcio
na saúde dos indivíduos e da sociedade
“O divórcio tem efeitos nocivos e duradouros na saúde dos envolvidos que
mesmo um novo casamento não consegue reparar”, afirma uma pesquisa de
psicólogos americanos da Universidade de Chicago, publicada na revista
científica Journal of Health and Social Behavior (Jornal da Saúde &
Comportamento Social). A pesquisa, feita com dados de 8.652 pessoas com
idades entre 51 e 61 anos apontou que a incidência de doenças crônicas,
como o câncer, era 20% maior entre pessoas divorciadas do que entre
pessoas que nunca casaram. O índice cai para 12% entre aqueles que se
casaram novamente, Os pesquisadores afirmam que as pessoas começam a
vida adulta com certa “quantia de saúde” que se mantém ou diminui de
acordo com a experiência matrimonial de cada um. As pessoas que casam
novamente depois de um divórcio ou da viuvez tendem a ser mais felizes do
que antes, mas isso não diminui a suscetibilidade delas às doenças crônicas
pós-divórcio ou pós-viuvez.
A socióloga Linda Waite, da Universidade de Chicago, que conduziu a
pesquisa, afirmou que o divórcio ou a viuvez afetam a saúde porque tais
experiências (medo, solidão, conflitos por bens, pela guarda dos filhos, etc)
aumentam o nível de estresse psicoemocional e acabam afetando a saúde.
Waite concluiu que o casamento traz benefícios imediatos para a saúde
porque estimula comportamentos saudáveis nos homens e tranquilidade
psicoemocional (segurança financeira) para as mulheres. Porém, os
casamentos pós-divórcios não produzem os mesmos efeitos. E Waite
acrescenta:
‘Algumas situações de saúde, como a depressão, respondem rápida e
fortemente às mudanças na qualidade de vida. Por outro lado, o diabetes e
as doenças cardíacas desenvolvem-se lentamente como efeitos do impacto
das experiências traumáticas da vida. Este é o motivo pelo qual a saúde é
afetada pelo divórcio ou pela viuvez, mesmo quando as pessoas se casam
novamente’. Comentando o estudo a pesquisadora Anastásia de Waal, do
Instituto Civitas, acrescentou: “Esta pesquisa confirmou que o divórcio
pode ter um tremendo impacto não só financeiro, mas também na saúde
psicoemocional e física das pessoas”.
Por sua vez, a pesquisadora Christine Northan, do Instituto Relate
comentou: ‘Eu não estou surpresa com os resultados desta pesquisa. Ela
nos dá outro bom motivo para nos esforçarmos mais para fazer os
casamentos funcionarem, exceto nos casos em que as relações tornaram-se
127
destrutivas.’ Esta pesquisa demonstra cientificamente os malefícios do
divórcio na saúde psicoemocional e física das pessoas, e revela o erro do
Congresso Nacional e do Presidente Lula, manipulados pelos aloprados, ao
aprovar e sancionar a lei do divórcio imediato sem dar qualquer chance e
tempo aos casais, aos filhos e às famílias para a reconciliação. A aprovação
da lei do divórcio imediato atenta contra a família natural, base fundamental
da sociedade brasileira, violando o artigo 226 da Constituição Federal. (‘A
família, base da sociedade, terá a proteção do Estado’).
Portanto, com base nesta pesquisa (e em centenas de outras de mesmo
teor), a lei do divórcio imediato deve ser declarada inconstitucional,
revogada e substituída por uma lei de reconciliação familiar, uma lei que
estimule e promova a reconciliação familiar, uma vez que a reconciliação é
um instrumento reconhecido pela justiça como meio (tentativa) de resolver
problemas, inclusive de ordem familiar. Assim, a lei do divórcio imediato,
do ponto de vista de Deus, da família natural e da Constituição Federal é
uma lei injusta e nociva à saúde dos cidadãos e aos interesses da nação
brasileira.
Capítulo 11
128
A FAMÍLIA N ATURAL EM
MARX, DARWIN E F REUD
Não se pode falar de família sem falar de Marx, Darwin e Freud, os três
pensadores ateístas e anticristãos que mais atacaram a família natural,
movidos aparentemente por um ódio irracional incompreensível, uma vez
que eles próprios construíram famílias naturais (homem-mulher-filhos), fato
que indica na prática o reconhecimento da necessidade e da importância da
família natural para a sobrevivência do indivíduo, da sociedade e da espécie.
Karl Marx (1818-1883), com suas teorias ateístas e anticristãs sobre o
capitalismo selvagem, o materialismo dialético e o materialismo histórico,
apresentadas inicialmente em seus livros O Capital e Os Manuscritos
Econômicos e Filosóficos definiu o homem como um pedaço de matéria
movido por impulsos político-econômicos. A filosofia marxista denigre o
valor do homem reduzindo-o a um pedaço de matéria. E esta visão falsa do
homem inspirou os tiranos autoritários e cruéis do passado e os
pseudodemocratas de hoje.
Charles Darwin (1809-1882) com suas teorias biológicas ateístas e
anticristãs difundidas em seus livros A Origem das Espécies e A
Descendência do Homem classificou o homem como um primata um pouco
mais evoluído. Com base nessa ideia tentou rebaixar o homem da posição de
filho de Deus e centro natural de consciência, centro de complexidade,
centro referencial de valor, centro de observação cósmica e centro regente
da natureza para a posição de um simples macaco evoluído; um simples
animal em nada distinto das demais espécies, como se todos os insetos, aves,
peixes e animais terrestres tivessem construído culturas e civilizações
idênticas às construídas pelos seres humanos. Qual a espécie de macacos
que criou algo levemente parecido com as religiões, as filosofias, as artes, os
esportes, as ciências, a educação, a medicina, os ofícios, as indústrias, o
comércio, o Direito, a política e o Estado, ou se preocupa com moralidade,
civismo, solidariedade, ecologia e a paz em nível global? Exceto a
semelhança biológica e fisiológica, não existem quaisquer parâmetros para
sequer comparar o macaco ao ser humano. A equiparação é totalmente
irracional. Hoje, mesmo uma criança pode perceber que o nível de
129
inteligência, criatividade e controle do ser humano sobre a natureza é
infinitamente superior ao nível de qualquer animal.*
Por fim, veio Sigmund Freud ((1856-1939) com suas teorias ateístas e
anticristãs difundidas em seus livros A Interpretação dos Sonhos, Três
Ensaios sobre a Sexualidade Infantil, O Futuro de Uma Ilusão, Moisés e o
Monoteísmo, entre outros, definiu o homem como um mero animal
controlado por duas compulsões oriundas do suposto inconsciente:
compulsão sexual e compulsão agressiva, e estas compulsões o isentavam
de toda culpa e de toda responsabilidade pessoal, uma vez que o homem era
apenas um animal cujas ações eram involuntárias e controladas pelos
instintos animais do inconsciente. Não havendo culpa nem responsabilidade,
a culpa e o sentimento do dever eram invenções imaginárias da religião.
Para Freud, portanto, todos os homens são animais inocentes. Logo, os
sistemas policial, judiciário e prisional são injustos e desnecessários.
Como se vê, o ateísmo e as ideias anticristãs destes 3 pensadores do
mal, juntas, solaparam os fundamentos da matriz cultural cristã, a referência
teórica e emocional (ideologia = visão de mundo, e o ideal = modelo social)
das sociedades cristãs ocidentais, inclusive do Brasil. Todavia, as ideias de
Darwin, Marx e Freud são ideias construídas no século XIX, supostamente
fundamentadas na ciência moderna (séculos XVI ao XIX) derivada da física
mecânica, e já foram suplantadas pela ciência pós-moderna (dos séculos XX
ao XXI) derivada da física quântica. No entanto, devido ao analfabetismo
científico estima-se que apenas 3% da população mundial possui algum
conhecimento sobre essa importante mudança de paradigma científico.
A queda do império socialista desacreditou o marxismo e o ideal da
sociedade socialista, as contrapropostas de Marx para o Cristianismo e a
sociedade cristã. O avanço da psicologia e da neurologia desacreditou o
*
A grande contradição humana — O que levou alguns pensadores a questionar a
superioridade do homem na natureza foi o fato de a capacidade humana estar sendo
aplicada, simultaneamente na construção da cultura e da civilização e na guerra e na
destruição da sociedade e do planeta. Essa contradição parece relacionada aos mitos de
ruptura (a ruptura original) com a luta entre o bem e o mal, o conflito intrapsíquico
antinatural que parasita o homem e se exterioriza na sociedade e na história. Estudos
históricos, mitológicos e psicológicos sobre os mitos de ruptura (que buscam explicar a
origem da dicotomia bem-mal, (incluindo a Queda do homem judaico-cristão, a Caixa de
Pandora e o Fogo de Prometeu gregos, o mito do homem primordial hindu, o mito dos 2
deuses criadores persa — de Mani e o maniqueísmo — e o mito do antigo Egito, entre
outros) têm abordado a questão de forma acadêmica em busca de uma explicação científica
e de uma solução real para a contradição humana. (Sugestão de leitura: J. F. Bierlein. Mitos
Paralelos. Ediouro, 2004. Rio de Janeiro).
130
freudismo. O darwinismo é o único sistema teórico ateísta e anticristão que
ainda não foi completamente desacreditado. Isto, devido à inconsistência
lógica e científica do criacionismo cristão. Mas o avanço da ciência quântica
pós-moderna, que caminha na direção de uma ciência transcendental,
bidimensional, sistêmica e holística com certeza suplantará o darwinismo
materialista e reducionista.
Marx atacou a política e a economia cristãs. Darwin atacou a geologia
e a biologia cristãs. E Freud atacou a família e a psicologia cristãs (os
valores morais e espirituais). Os três igualmente atacaram o Cristianismo, a
ideologia cristã, e propuseram a destruição da civilização cristã. Assim,
juntos, estes três pensadores anticristãos e ateístas construíram um sistema
de pensamento e um modo de vida (o homem vive como pensa) oposto ao
pensamento e ao modo de vida cristãos. O alvo desse ataque era Deus e a
única instituição que Ele criou: a família natural (homem-mulher-filhos).
Para Marx a família era produto da exploração econômica. Para Darwin a
família era produto da evolução casual e da sobrevivência do mais forte e
para Freud a família era produto da compulsão sexual animal (pulsão de
vida) voltada para a perpetuação da espécie. A atração homem-mulher
decorria do complexo de Édipo e do complexo de castração, ou inveja do
pênis*.
11.1. Os resultados da aplicação social da teoria marxista da família
Em seu livro A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado
(Editora Civilização Brasileira, 1982), sob a pesada influência da falsa lei da
sobrevivência do mais forte, de Charles Darwin (1809-1882), que lançou
seu livro ateísta e anticristão A Origem das Espécies em l859,* Friedrich
Engels (1820-1895), o parceiro acadêmico e patrocinador de Karl Marx
(1818-1883), afirmou que a família natural teve origem social (uma
*
Devido à influência sociocultural, política e econômica global que atingiu (com o apoio de
Darwin e Freud, naturalmente), estudaremos a teoria marxista sobre a origem da família
com mais detalhes.
*
O ateísmo de Darwin — Quanto ao conteúdo ateísta da teoria da evolução de Darwin, ele
próprio o confirmou: “Lentamente a incredulidade me invadiu, para se tornar, enfim,
total.” Adrian Desmond & James Moore, no livro Darwin. A vida de um evolucionista
atormentado (Geração Editorial, 2000. p. 18) confirmaram o ateísmo de Darvin: “Darwin
adotou um materialismo assustador... Havia concluído em seus cadernos secretos que a
mente humana, a moralidade e até mesmo a crença em Deus, eram simples produtos do
cérebro: ‘O amor por Deus é o efeito da organização, ó materialista!’, dizia Darwin para
si mesmo.”
131
invenção humana), tendo sido criada a partir de uma relação de exploração
econômica injusta na qual os homens mais fortes (sobrevivência do mais
forte) tomaram para si à força muitas e belas mulheres, escravizando-as para
que lhes servissem e lhe dessem sexo e filhos gratuitamente. Portanto, a
relação homem-mulher era uma relação de exploração socioeconômica.
Assim, a família não era uma instituição natural, mas uma instituição de
origem e natureza socioeconômica injusta e opressora inventada nas
sociedades primitivas da antiguidade pelos homens mais fortes, poderosos e
opressores, e a religião a incorporou posteriormente. Assim, as mulheres
deviam ser libertadas pelos marxistas da situação humilhante e de opressão
em que viviam, e a sociedade burguesa de classes deveria retornar ao estado
original primitivo na qual não havia propriedade privada das terras, das
coisas e nem das mulheres e dos filhos. O sexo era livre e grupal e os filhos
pertenciam a todos ou ao Estado (é a mesma teoria da república de Platão
implantada em Esparta). Obviamente A República de Platão e a teoria do
bom selvagem de Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) exerceram uma forte
influência nas hipóteses de Marx. A este suposto modelo de sociedade Marx
e Engels chamaram de sociedade comunitária primitiva. E “profetizaram”
seu retorno em nível científico, chamando-a de sociedade comunista, ou
comunismo científico, uma suposta sociedade do futuro onde não mais
existiriam a propriedade privada e nem relações de exploração ou guerras, e
nem a família natural (homem-mulher-filhos) que seria abolida pelo Estado.
Mas antes de construir o comunismo era imprescindível a destruição total
das religiões e da civilização cristã. A paz mundial nasceria da revolução
violenta, da guerra mundial. Uma total contradição com suas promessas de
paz, pois as guerras só geram destruição, mortes, traumas e ressentimentos.
A proposta de paz dos socialistas era, e ainda é, a guerra incessante e total
contra Deus, contra o Cristianismo e contra a civilização cristã. A
declaração de guerra contra a Colômbia feita pelo coronel-ditador Hugo
Chaves, amigo pessoal dos esquerdistas aloprados, não é um evento
acidental. Mas o próximo passo da orientação teórica socialista. As greves e
as exageradas exigências do Partido dos Trabalhadores (operários) e dos
Sem-terra (camponeses, MST) também não estão agindo às cegas. Estão
seguindo passo a passo a teoria marxista para a tomada do poder e a
implantação da ditadura socialista no Brasil, agora, ao estilo chinês ditadura
monárquica perpétua e liberdade para trabalhar e enriquecer a falida China
comunista. Assim, os comunistas chineses retiraram a máscara de “amigos
do povo” e reimplantaram o antigo sistema liberal de produção, mas
mantiveram a ditadura do partido comunista nos mesmos moldes do antigo
governo imperial.
132
Portanto, as leis antifamília e anticristãs em tramitação no
Congresso Nacional Brasileiro são parte da preparação da revolução que os
esquerdistas estão encaminhando abertamente no Brasil com base na
mentira, na manipulação e no suborno dos parlamentares oportunistas e das
massas populares (mensalão e bolsa-família, vale-gás vale-transporte, valecultura, renda-cidadã, etc). Não foi isto que Hugo Chaves fez na Venezuela,
Evo Morales fez na Bolívia e Manoel Zelaya queria fazer em Honduras?
Obviamente, o objetivo dos esquerdistas brasileiros, com base na mentira e
no voto-de-cabresto (voto bolsa-família, voto-renda cidadã, etc) é levar o
país a uma revolução comunista (agora, disfarçada e chamada de socialista)
*
que lhes permita perpetuarem-se no poder e no luxo ao estilo de Fidel
Castro, Kil Il Jong, Evo Morales, Hugo Chaves, entre outros caudilhos
latinoamericanos.
Antes da revolução, porém, os esquerdistas precisam destruir os
valores morais e o sentimento familiar e patriótico da maioria dos cidadãos
cristãos, tornando-os egoístas e amorais. Neste estágio espera-se que a
maioria corrompida dos cidadãos cristãos menospreze a fé e a dignidade e
“venda” sua honra e sua pátria em troca de 30 moedas (mensalão, bolsafamília, etc).* Não é isso o que está acontecendo no Brasil atual sob o
comando dos esquerdistas aloprados e do partido dos sem-terra?
Pitirim Sorokin também denunciou que nos primeiros anos da
Revolução Russa de outubro de 1917, o governo socialista atacou
deliberadamente o matrimônio e a família. Podia-se obter o divórcio por
qualquer motivo e a qualquer momento.* O aborto (o infanticídio) era legal
*
Comunismo e socialismo — Na teoria marxista original o socialismo é definido como a
etapa anterior ao comunismo; a etapa em que, após a tomada do poder político, as riquezas
estariam sendo confiscadas e os capitalistas e religiosos presos e fuzilados. Depois da etapa
socialista, as riquezas estariam nas mãos do “povo” (leia-se: tiranos) e seriam divididas
igualmente, originando o comunismo. Isto nunca aconteceu em nenhum país tomado pelos
comunistas. Em vez de comunismo igualitário surgiram ditaduras sanguinárias, uma nova
elite aristocrática (a Nomenklatura) e uma pobreza jamais vista naqueles países. Veja-se a
situação de Cuba e da Coréia do Norte ainda hoje. E veja-se o exemplo da China depois que
restaurou o sistema liberal de produção.
*
Bolsa-família = voto-de-cabresto. Na verdade, o governo não deveria dar esmolas às
famílias brasileiras, mas empregos e salários dignos. Como disse Luiz Gonzaga: “Uma
esmola para um homem são, ou lhe mata de vergonha ou lhe parte o coração.” A cesta
básica do bolsa-família dos esquerdistas é um voto-de-cabresto e uma humilhação para os
cidadãos brasileiros.
*
O divórcio imediato e o Novo Código Cívil de 2002 também facilitou e estimulou o
divórcio, o qual agora pode ser obtido em um cartório sem a necessidade de qualquer tempo
de espera. Isto, obviamente, estimulou e facilitou em muito a dissolução das famílias. Ao
facilitar o divórcio, o Novo Código Civil garantiu os direitos individuais e egoístas do
133
e facilitado e as relações sexuais pré-matrimoniais e fora do matrimônio
eram favorecidas e vistas como normais e modernas. Sorokin escreveu sobre
os resultados desastrosos daquela política socialista oficial de Lênin e Stálin:
“Em poucos anos, gangues de crianças sem lar e violentas tornaramse uma séria ameaça para o país. Milhões de vidas, especialmente meninas,
foram destruídas. O divórcio e o aborto chegaram ao máximo. O ódio, os
conflitos e as psiconeuroses gerados pela desintegração familiar
aumentaram rapidamente. A produtividade nas fábricas decaiu. Os
resultados foram tão alarmantes que o governo foi obrigado a inverter sua
política antifamiliar. A propaganda do “Copo de Água” foi declarada
contrária à Revolução, e em seu lugar foi implantada a glorificação oficial
da castidade e da santidade do matrimônio. Em outras palavras: os russos
descobriram a triste realidade de que o sexo, se considerado como um
apenas um apetite a mais, não só arruinava o individuo, mas arruinava
rápido o próprio país”.
Depois do quase desastre social Stálin mandou retirar as gangues de
menores das ruas, criou um conjunto de políticas oficiais de proteção e
estímulo à família natural (homem-mulher-filhos) e instituiu o Dia da
Família, rejeitando completamente a falsa hipótese da origem social da
família que Engels defendeu (com base em Marx) em seu livro A Origem da
Família, da Propriedade Privada e do Estado.
A partir da experiência trágica da Política do Copo D’água, (voltada
para a destruição da família natural) o governo socialista russo se tornou um
defensor obsessivo da família natural ( usou isto como publicidade a seu
favor). Por isso, quando Freud apresentou sua teoria da psicanálise
(visceralmente antifamília) na ex-União Soviética o governo de Stálin
condenou suas teorias e o expulsou do país.* Freud ficou perplexo, pois a
homem e da mulher (pai e mãe) de implodir a família à hora que desejarem, mas violou os
direitos dos filhos crianças (meninos e meninas) garantidos pelo Estatuto da Criança e do
Adolescente de crescerem em um lar sadio com seus pais originais, condenando-as a um
desenvolvimento psicoemocional traumático e psicopatológico. A psicologia e a pedagogia
já reconheceram mundialmente a importância e a necessidade da presença do pai e da mãe
na formação da personalidade das crianças. De outro lado, ao facilitar e estimular o
divórcio o Novo Código Civil garantiu os direitos individuais dos cidadãos adultos de
agirem antipatrioticamente, pois cada nova família divorciada é mais uma célula da
sociedade brasileira quebrada e deformada. Com o tempo, a sociedade brasileira se
desintegrará proporcionalmente ao aumento do número de divórcios. Por isso é preciso
fazer valer o artigo 226 da Constituição Federal que garante proteção à família.
*
Freud nos Estados Unidos — Nos Estados Unidos, um país cristão, a recepção a Freud
foi festiva. Na ocasião Freud zombou da ingenuidade e da ignorância dos cristãos, dizendo:
“Essa gente não sabe, mas eu lhes trouxe a peste.” Sem dúvida, a teoria freudiana sobre a
134
psicanálise é patologicamente ateísta e anticristã, o que combinava
perfeitamente com a teoria marxista ateísta e antifamiliar oficial do governo
satalinista da época. O que Freud não sabia era que o governo soviético já
havia posto em prática as falsas teorias de Engels sobre a origem
sócioeconômica da família e sobre a necessidade da completa extinção da
família natural. E aquelas falsas teorias quase destruíram o país. Stálin, o
tirano ateísta, genocida e antifamília foi acusado publicamente por
Krutschev de exterminar 35 milhões de cidadãos russos inocentes; um
genocídio seis vezes maior do que o determinado por Hitler. Depois do
fracasso da política do Copo D’água, ironicamente, o ateísta Stálin se tornou
origem da religião e da família são venenos anticristãos e antifamíliares. A atração natural
homem-mulher (positivo-negativo) foi explicada por Freud como sendo decorrente do
complexo de Édipo (desejo sexual pela mãe e ciúme do pai = teoria do parricídio original)
e do complexo de castração (a inveja feminina do pênis). Quando criança Freud viu sua
mãe nua (mater nuda) e passou a sentir desejo sexual por sua mãe e ciúme de seu pai,
passando a urinar no sofá de leitura e no lado da cama em que seu pai dormia. Por isso,
concluiu que todo menino deseja sexualmente sua mãe e tem ciúme de seu pai (complexo
de Édipo), e toda menina deseja sexualmente seu pai e tem ciúme de sua mãe (complexo de
castração ou complexo de Electra). Quando criança, Freud viu seu pai ser humilhado por
um cristão, que o expulsou da calçada e jogou seu chapéu no chão. Passou a odiar o
judaísmo pela fraqueza de seu pai e a odiar o cristianismo pela violência contra seu pai.
Perdeu o respeito por seu pai, por Deus e pelas religiões. Na teoria pansexual de Freud todo
prazer é de natureza sexual, até mesmo o ato de mamar, tocar, defecar e urinar (teoria da
sexualidade infantil). A vida seria regida pela compulsão sexual (libido) desde a primeira
infância. Freud classificou os princípios morais como ataduras morais inventadas pelos
religiosos que as incutiam na mente das crianças, gerando as doenças mentais, a repressão
sexual (o conflito intrapsíquico entre Id-Superego). Por isso, pregou a liberação sexual total
como forma de terapia psíquica. (daí o não se reprima). Para Freud, Deus era uma invenção
mental gerada pela saudade do pai. O pensamento judaico-cristão era uma invenção, pois
Moisés era um egípcio e teria sido assassinado no Egito. Para Freud ninguém é culpado
nem responsável por seus atos, pois todas as ações humanas são comandadas pelo
inconsciente (o Id, a compulsão para o sexo e para a agressão). Para Freud não existia
pecado, culpa ou responsabilidade pessoal. A prostituição e o homossexualismo eram frutos
da imaturidade (fixação nos estágios genital e anal). O próprio Freud teve uma relação
homossexual com seu amigo Wilhelm Fliess. Boa parte de suas teorias, já abandonadas
pela psicologia, lhe foram sugeridas por sua esposa, Martha Bernays, que por um buraco na
parede ouvia as “confissões” das pacientes mulheres de Freud enquanto este cochilava
durante as sessões de análise. Por isso Freud virou o divã, deixando suas pacientes de
costas para ele. Os primeiros discípulos de Freud, entre eles Jung e Adler se escandalizaram
com a falsidade de suas ideias anticristãs e se afastaram dele. Hoje, como Marx, Freud já
foi desmascarado. E como 95% dos jovens brasileiros e 5.14 bilhões da população do
mundo acredita em Deus, brevemente Darwin também será desmascarado.
135
o maior defensor da família natural na ex-União Soviética (e usou o próprio
fracasso para se autopromover, é claro).
De outro lado, ao descobrir a necessidade vital da família natural
para a manutenção da coesão e da ordem social os socialistas transformaram
o ataque à família natural em tática e arma de guerra contra as sociedades
cristãs, criando a guerra psicopolítica: guerra ideológica + guerra moral.
A guerra ideológica e a guerra moral foram denunciadas pelo
jornalista russo Yuri Bezmenov, ex-agente de propaganda da KGB na Índia,
exilado nos Estados Unidos, em sua entrevista Soviet Subversion of the Free
World Press (Subversão Soviética da Imprensa do Mundo Livre), entrevista
concedida ao jornalista americano G. Edward Griffin em l970 (entrevista já
citada. Gravada e disponível no You Tube).
Em sua longa entrevista Bezmenov denunciou que o atual estado de
caos ideológico, fraqueza dos valores espirituais, morais e da desintegração
da família natural nas sociedades cristãs ocidentais (especialmente nos
Estados Unidos) resultou de uma ampla, longa e profunda ação da KGB,
que atuou através de um processo sistemático e contínuo de desconstrução
ideológica e moral programada implementada por agentes da KGB
especializados em guerra psicopolítica e guerra moral, inclusive o próprio
Bezmenov. A guerra psicopolítica era o trabalho de Bezmenov.
Eis uma síntese da denúncia de Bezmenov sobre a ação da KGB na
subversão dos valores morais e ideológicos da juventude, visando a
desintegração total da família natural e do país sob ataque:
“A guerra psicopolítica — A subversão ideológica é um processo
público e aberto. Você pode vê-la com seus próprios olhos. Não tem
mistério, não tem nada a ver com espionagem. Na realidade, a ênfase
principal da KGB não é na área de inteligência. Em minha opinião, e na
opinião de muitos dissidentes do meu calibre, apenas 15% de tempo, do
dinheiro e do pessoal da KGB são gastos em espionagem. Os outros 85%
são gastos em um processo mais lento chamado de subversão ideológica ou
medidas ativas (aktivye meroprivatiya, na linguagem da KGB), ou guerra
psicológica, que consiste basicamente em mudar a percepção da realidade
dos indivíduos a tal ponto que apesar da abundância de informação
verdadeira eles não sejam capaz de chegar a conclusões razoáveis no
interesse de defender a si mesmos, suas famílias, sua comunidade e nem seu
país. É o processo de desmoralização. Leva-se de 15 a 20 anos para
desmoralizar uma nação. Este é o número mínimo de anos necessários para
deseducar (desmoralizar; destruir os valores) uma geração de estudantes
de um país ‘inimigo’ exposto à ideologia da KGB. Em outras palavras,
durante o processo da desmoralização a ideologia marxista-leninista vai
136
sendo injetada nas cabeças de pelo menos três gerações de estudantes do
país sem ser contestada ou contrabalanceada pelos valores básicos do
patriotismo nacional. Resultado: a maioria dos estudantes que se formaram
nos anos 60, e que foram submetidos ao processo de desmoralização estão
agora ocupando as posições de comando no governo, no funcionalismo, nos
negócios, na mídia de massa e no sistema educacional dos Estados Unidos.
Vocês (Bezmenov dirige-se ao povo norte-americano) estão encharcados
deles. Eles estão contaminados, programados para pensar e reagir somente
a certos estímulos específicos, que seguem o padrão planejado pela KGB.
Ninguém consegue mudar suas ideias. Mesmo que os exponham à
informação autêntica, mesmo que se prove que branco é branco e preto é
preto ninguém consegue mudar a percepção básica e lógica do
comportamento deles. O processo de desmoralização é completo e
irreversível. Para livrar a sociedade dessas pessoas desmoralizadas
(confusas ideologicamente e destituídas de valores morais)
serão
necessários outros 15 ou 20 anos, o tempo necessário para reeducar uma
nova geração de pessoas com valores, mente patriótica e bom senso
ideológico que agirá em favor dos interesses de si mesmo, de sua sociedade
e de sua nação.” (Yuri Bezmenov. Ex- agented a KGB bna Índia. Soviet
Subversion of the Free World Press. Disponível no YouTube).
A juventude brasileira escapou ilesa da guerra ideológica e da guerra
moral, ou também foi submetida aos processos de subversão ideológica e
desmoralização programados da KGB, através dos partidos comunistas
fundados no Brasil a partir de 1919, patrocinados pela Ex-União Soviética,
ou com dinheiro sujo adquirido em assaltos a bancos, seqüestros e tráfico de
armas e drogas realizado pelos próprios socialistas brasileiros (e pelos
idiotas úteis). *
Ora, o Brasil e suas riquezas sempre foram os alvos mais desejados
pelo comunismo internacional na América do Sul. Por isso, os comunistas
vieram tão cedo para o Brasil e tentaram tomar o poder tantas vezes (1935,
1964, 1895, através da democracia, e 1988, pela Constituinte). Por fim,
galopando o cavalo-democracia os comunistas-socialistas chegaram ao
poder com Lula em 2002). Sem dúvida, os jovens brasileiros também foram
*
A defesa da democracia e a Justiça Eleitoral — Uma verdadeira Lei de Defesa da
Democracia deveria impedir que pessoas com um passado criminoso e antipatriótico
pudessem se candidatar a cargos públicos. Graças a Deus a justiça eleitoral já criou e
aprovou a lei de exclusão dos candidatos criminosos da vida pública. Brevemente alguém
criará uma nova lei para excluir da vida pública os antigos traidores da pátria, aqueles
aloprados que praticaram assaltos a bancos, seqüestros, atos terroristas e conspiraram
clandestinamente durante décadas para pôr o Brasil sob as botas dos tiranos ateus.
137
submetidos ao processo de desmoralização. Basta analisar o comportamento
e o padrão cultural e moral da maioria dos atuais líderes brasileiros nascidos
a partir dos anos 60, no auge da Guerra Fria.
Diante da gravíssima crise de valores do Brasil atual qual será o
futuro do Brasil se o Congresso Nacional aprovar as leis antifamília e
anticristãs, (lei da homofobia, do casamento homossexual, da legalização da
prostituição, da legalização das drogas, da legalização do aborto/infanticídio,
legalização dos cassinos e bingos, etc), e se o governo esquerdista aloprado,
em vez de fortalecer e proteger a família natural brasileira continuar
distribuindo 500 milhões de camisinhas para crianças a partir dos 10 anos de
idade, através da rede nacional de escolas públicas? *
Sabe-se que durante o século XX o mundo esteve dividido em dois
blocos: o bloco comunista ateu comandado pela ex-União Soviética
(apoiada pelo Pacto de Varsóvia) e o bloco democrata cristão (apoiado pela
OTAN) e comandado pelos Estados Unidos, os quais travaram a chamada
Guerra Fria, a guerra secreta da espionagem, da sabotagem e das guerrilhas
que durou aproximadamente 45 anos (1945-1990). Sabe-se também que
durante a Guerra Fria o Brasil foi alvo de disputa e esteve sob o ataque das
mesmas “armas” e processos da guerra psicopolítica (guerra ideológica e
guerra moral) que caracterizou toda a Guerra Fria. E entre tais processos,
evidentemente, estava o processo de desmoralização denunciado por
Bezmenov. Nos anos 50 Nikita Kruschev tirou o sapato e bateu na mesa da
ONU, gritando: “Este é um grande País. Mas nós o enterraremos com uma
arma que vocês desconhecem.” Nos anos 80 Leonid Brejniev declarou:
*
República Comunista do Brasil — Que dizer das 160.000 mil crianças (um exército)
que estão sendo “treinadas” sob o lema sem-terrinhas em ação para fazer a revolução? (Cf.
revista Veja/2007) pela massa-de-manobra chamada sem-terra, que já conta com mais de
4.000 “professores/doutrinadores” nas 1.800 escolas de palha instaladas nos acampamentos
dos sem-terra patrocinadas pelas secretarias de educação dos municípios comandados pelos
esquerdistas no poder? E o que dizer das falsas ONGs criadas pelos marxistas-socialistascomunistas (para substituir as células comunistas do passado) através das quais o MST tem
recebido milhões de reais dos governos esquerdistas para treinar e equipar militarmente o
partido dos sem-terra? Os líderes do MST também tem desviado milhões de reais do
dinheiro público para fins nebulosos (Cf. revista Veja, agosto de 2009). Qual será o futuro
do Brasil diante desse ataque esquerdista? O que farão o Congresso Nacional e as Forças
Armadas em defesa da liberdade no Brasil? Acovardar-se-ão e entregarão o Brasil aos
esquerdistas aventureiros e oportunistas desonestos, que utilizam a mentira e a democracia
para enganar o povo e ficarem famosos e milionários com o dinheiro público? Os
escândalos do Mensalão, do Dossiê São Paulo, dos Dólares na Cueca, das Falsas ONGs, do
Roudo no MST, do Roubo na Petrobras, entre tantos outros escândalos, não provaram isto?
O que as forças do bem estão esperando? As prisões e o paredão de fuzilamento?
138
“Estejam tranquilos camaradas, pois, como resultado das ações que
estamos plantando, brevemente estaremos em condições de impor nossa
vontade em qualquer lugar do mundo.” A que “ações” Krutchev e Brejniev
se referiam senão à ideologia marxista e às táticas da guerra psicopolítica
(guerra ideológica e guerra moral)? Como a família é a fonte primeira da
educação do caráter, a educação de valores, ela é o termômetro ideal para
medir o grau de desmoralização social. O estado de confusão ideológica e
de fraqueza moral da família natural brasileira poderia estar sendo
observado hoje na crise de valores que assola a sociedade brasileira, a qual é
caracterizada pelo aumento da desintegração familiar, da promiscuidade, da
criminalidade e do aumento da corrupção em todos os setores sociais,
inclusive nos governos.
Analisando o nível intelectual e moral da juventude brasileira dos
anos 70 e 80 fica óbvio que a juventude brasileira também foi
incessantemente submetida ao processo de subversão ideológica e
desmoralização (que confundiu suas ideias e enfraqueceu seus valores
morais). E é óbvio que uma parcela daquela juventude confusa e
desmoralizada (mais intensamente a partir dos anos 60) constituiu parte das
famílias-problema e dos líderes-problema do Brasil atual (hoje, professores
de escolas e universidades e políticos).
Sabe-se que boa parte da liderança política do Brasil atual (da direita
e da esquerda) é remanescente dos anos da Guerra Fria. Embora a Guerra
Fria já tenha terminado na América do Norte e na Europa, e nos cerca de 30
países libertados com a desintegração da ex-União Soviética e a queda do
império comunista, no Brasil os socialistas do partido dos aloprados e do
partido dos sem-terra (falsos operários e falsos camponeses; indivíduos que
paracem ter parado no tempo e continuam em plena Guerra Fria; agora,
falando em socialismo democrático, jogando brasileiros contra brasileiros e
incutindo o marxismo-socialismo-comunismo até nas mentes das crianças
através dos livros didáticos oficiais do PNLD (denunciados pelo ex-Senador
Álvaro Dias e por muitos parlamentares e professores escandalizados com
esse retrocesso histórico).
Por quanto tempo os esquerdistas aloprados manipularão o povo, os
meios de comunicação e o Congresso Nacional sem que estes tomem
alguma atitude de autodefesa? Será que as redes Globo, Record, SBT,
Bandeirantes, RedeTV (sem falar nas rádios, nos jornais e nas revistas) não
percebem que os esquerdistas aloprados (amigos do comandante Fidel, do
coronel Chaves, do índio Morales, do Lugo, o bispo reprodutor e do
guerrilheiro Mojica, entre outros) pretendem cassar as concessões de todas
as redes livres de televisão e rádio no Brasil, como já fizeram de 1917 a
139
1987 nos 35 países invadidos pelos esquerdistas socialistas, e como o
coronel-ditador Hugo Chaves acabou de fazer na Venezuela? Não sabem
que os esquerdistas aloprados não gostam de jornalistas e que já cassaram o
diploma de jornalismo, desprestigiando os profissionais da comunicação e
abrindo espaço para infiltrar e substituí-los pelos aloprados? O que os meios
de comunicação do Brasil estão esperando? A mordaça, a prisão e o paredão
de fuzilamento?
11.2. A democracia e a maioria natural familista do Brasil
A ideia básica deste livro é que a família é uma instituição natural
imprescindível à saúde psicofísica dos indivíduos e da sociedade brasileira;
sem esquecer que a família natural e vital à perpetuação da espécie humana.
Além disso, a família natural é a maioria absoluta da sociedade brasileira.
Como o Brasil é uma democracia os direitos das minorias devem ser
respeitados, mas a vontade da maioria natural familista deve prevalecer
sobre a vontade da minoria homossexual, por exemplo. A democracia já
possui mecanismos para que a maioria natural familista manifeste a sua
vontade constitucionalmente: são o referendo, o plebiscito e a ação popular.
Se os cristãos católicos e protestantes se mobilizarem, a vontade da maioria
natural familista prevalecerá no Brasil.
Após a tomada do poder na Rússia, em 1917, os socialistas
começaram a pôr em prática as teorias marxistas sobre a origem
socioeconômica da família (que teria sido forjada por uma relação de
exploração econômica). Stálin foi o tirano que aplicou totalmente a teoria
marxista da família na extinta União Soviética a partir de 1935. O resultado
de sua política antifamília foi divulgado pelo dissidente e sociólogo russo Dr.
Pitirim Sorokin, de Harvard. Depois de analisar diversas culturas dos cinco
continentes ao longo da história, Sorokin concluiu que “Todas as revoluções
políticas que levaram ao colapso social foram precedidas de uma revolução
sexual na qual a família e o matrimônio foram desprezados e
desvalorizados.”
11.3. Por que a China comunista abandonou o socialismo
e retornou ao capitalismo?
Os marxistas-socialistas deveriam perguntar a si mesmos: Por que a China
comunista (desde 1959) retornou ao capitalismo? A resposta é simples. O
socialismo (fim da propriedade privada e divisão igualitária das riquezas) é
uma ideia falsa. Por isso nunca funcionou na prática, e destruiu as
140
economias dos 35 países do império comunista, inclusive da China. Rui
Barbosa revelou a falsidade intrínseca da ideia da pseudo-igualdade
socialista ao revelá-la uma injustiça, pois propõe-se a dar o mesmo a todos
como se todos se equivalessem, nivelando e premiando o ladrão preguiçoso
e o trabalhador esforçado e honesto, ignorando as individualidades e as
vocações. Por isso a China retornou ao capitalismo (ao sistema liberal de
produção), mas não à democracia verdadeira, ao Estado de Direito, pois este
que garante os direitos humanos e a liberdade e premia a criatividade e o
esforço individual. Mas, será que os socialistas aloprados do Brasil não
sabem que a China retornou ao capitalismo e que o socialismo é uma ideia
falsa? Sabem sim, mas a falsa ideia da promessa do socialismo é ótima para
a tomada e a perpetuação deles no poder e na riqueza, como aconteceu em
todos os 35 países do falido império comunista. Por isso os esquerdistas
aloprados continuam usando a falsa ideia-promessa do socialismo, enganado
o Congresso Nacional e todo o povo brasileiro em benefício deles próprios.
Os esquerdistas aloprados que conspiraram para implantar o comunismo no
Brasil durante meio século foram todos elevados à posição de heróis e
indenizados com pensões e indenizações milionários. E todos os
esquerdistas aloprados (ex-guerrilheiros, ex-agitadores, ex-operários, exsindicalistas e ex-camponeses) que estão no poder desde 1994, estão todos
ricos. Por isso, enquanto o Congresso Nacional e o povo continuarem
acreditando na falsa ideia promessa do socialismo eles continuarão
mentindo e prometendo o socialismo (agora, dito democrático).
Na verdade, Marx nunca falou em classe média, mesmo sabendo de
sua extensão no século XIX. Atualmente, nos países cristãos desenvolvidos
da Europa, e também no Brasil e no Japão, entre outros países em
desenvolvimento, a classe média predomina sobre as ricas e pobres. A
maioria da população brasileira pertence à classe média (a, b, c), a qual
continua crescendo. Este fato prova que a socialização das riquezas está
acontecendo nos países livres do mundo cristão, onde o capitalismo (o
sistema liberal de produção) dominou. Em nenhum dos 35 países do eximpério socialista houve socialização das riquezas, mas da miséria, da
opressão e do assassinato de Estado. Por isso o império comunista implodiu
e a China comunista retornou ao capitalismo. Além disso, é importante citar
o sistema de ações das sociedades anônimas (SA), sistema através do qual
as grandes empresas capitalistas passaram a pertencer a milhões de
proprietários, os acionistas, socializando o capital das empresas. Hoje, até
mesmo trabalhadores brasileiros de baixa e média renda possuem ações da
Petrobràs, do Banco do Brasil, da Aracruz, da Vale do Rio Doce, dentre
centenas de outras grandes empresas. Portanto, a socialização das riquezas
141
está acontecendo nos países cristãos livres que criaram e adotaram o sistema
liberal de produção, o sistema capitalista!
O mundo cristão e o sistema capitalista são imperfeitos e injustos
porque a maldade e o egoísmo ainda parasitam o coração de todos os seres
humanos, mas ainda são o modelo de sociedade e o sistema de produção
melhores que a humanidade concebeu. Certamente a ideologia Deusista e o
familismo inspirarão um modelo de sociedade e um sistema econômico
mais justos. E seja qual for este sistema, o mesmo deverá se basear no
respeito à liberdade humana.
Capítulo 12
A FINALIDADE DA V IDA É A ALEGRIA
E A FAMÍLIA É A F ONTE MAIOR DA ALEGRIA
Qual a finalidade da vida? Acumular conhecimento, riqueza e poder? Ora,
quantos depressivos e suicidas eram ricos, doutorados e poderosos? Bastaria
citar dois exemplos: Jacqueline Onassis e Michael Jackson. Eles eram
felizes? E que dizer da elevada taxa de suicídio na Noruega e no Japão, em
relação à felicidade espontânea da maioria dos brasileiros carentes? Só
existem miseráveis porque existem milionários. O que falta para um, sobra
para o outro. Somente um louco defenderia a miséria. Mas somente um
louco defenderia a igualdade absoluta, pois cada ser humano é um universo
único com talentos e gostos diferentes. Muitos não querem ser doutores,
nem milionários nem políticos poderosos. Muitos almejam simplesmente ser
artistas, cientistas, biólogos, mas existe um desejo comum a todo ser
humano: o desejo de ser feliz. E para a realização desse desejo a família
natural é essencial, como demonstraremos mais adiante.
Embora seja uma questão aparentemente simplória, a imensa maioria
da humanidade ainda parece desconhecer a finalidade da vida. A observação
atenta da motivação das ações humanas pode nos ajudar a encontrar uma
resposta, se não definitiva, pelo menos o mais próxima possível da verdade
do nosso cotidiano. Nessa busca histórica o conhecimento religioso e o
conhecimento científico sempre nos ajudaram.
A ciência moderna (mecanicista, derivada da física e da biologia
clássicas), em sua maioria constituída por cientistas católico-cristãos,
sempre reconheceu a dualidade do universo e do homem (cristianismo e
142
cartesianismo), valorizando as dimensões física e transfísica do homem e do
saber humano. Por sua vez, a ciência pós-moderna (quântica, derivada da
física relativístico-quântica e da biologia genética) já percebeu que o saber
humano é um todo físico e transfísico, uno e indivisível como as águas de
um mesmo rio; fala-se em interdisciplinaridade, em paradigma holístico,
entre outros, e reconhece-se que a sabedoria advinda de ambos os campos
do saber (físico e transfísico; leis naturais e leis morais) são de
imprescindível valor e necessidade para a vida humana, embora sejam
conhecimentos obtidos por métodos distintos de mundos distintos (mundo
físico e mundo psicoemocional, o espaço transfísico por onde trafegam os
pensamentos e os sentimentos humanos).
Historicamente ambos os saberes sempre foram buscados, cultivados
e valorizados pela humanidade desde seus primórdios. Sempre houve
pensadores que reconheceram a importância e a necessidade dessa dualidade;
que o conhecimento científico fornece respostas sobre o mundo natural e
satisfaz as necessidades materiais (tecnologia, comodidade, saúde, etc),
enquanto o conhecimento transfísico fornece respostas sobre o mundo
psicoemocional (espiritual e moral), satisfazendo os desejos essenciais
(educação, família e prosperidade) e espirituais: beleza, verdade, bem
(vivenciados na Terra), e eterna juventude, vida eterna, plena verdade, plena
saúde e plena experiência (vivenciados no mundo espiritual). Em todos os
tempos e lugares os desejos espirituais são fontes de paz interior, conforto
existencial, resignação na dor e na perda irreparável, esperança na justiça,
esperança no futuro e esperança na eternidade. Ainda relacionados com os
desejos espirituais há um conjunto de desejos inatos da natureza humana —
vida eterna, eterna juventude, plena saúde, plena experiência, pleno saber —
que o conhecimento físico (a ciência materialista) prometeu e promete
realizar, mas não o fez até o presente e nem jamais o fará no futuro, uma vez
que tais desejos não podem ser realizados em termos materiais devido aos
limites naturais do corpo físico. Tais desejos somente poderão ser
realizados em termos espirituais, e o fato de eles existirem histórica e
universalmente constitui mais uma forte evidência favorável à dimensão
dual do ser humano.
O sentido e a finalidade dos desejos essenciais e espirituais do homem
apontam para o fato de que toda ação humana é motivada pela fuga da dor e
pela busca do prazer físico e da alegria espiritual. Mesmo os santos e os
heróis alegram-se ao praticar o amor sacrifical pelos outros. Este fenômeno
natural já foi amplamente comprovado pela ciência nos estudos da
sensibilidade mineral (demonstrada pelo pesquisador Masaru Emoto em
seus livros Mensagens Ocultas da Água e A Vida Secreta da Água. Cultrix.
143
São Paulo, 2006), nos estudos da sensibilidade vegetal (demonstrada pelo
pesquisador norte-americano Clive Bakster), nos estudos da sensibilidade
animal (demonstrada pela psicologia animal) e nos estudos da sensibilidade
humana (demonstrada pela psicologia humana). Tudo o que o homem faz
parece fazê-lo movido pelo desejo essencial de alegria, do estado de paz e
realização interiores advindos da satisfação de suas necessidades físicas e de
seus desejos transfísicos (psicoemocionais e espirituais).
Assim, a auto-realização e a plena felicidade humana requerem um
elemento complementar de natureza transfísica (psicoemocional, moral e
espiritual) intimamente relacionado com o impulso horizontal homemmulher (família natural) e com o impulso vertical homem-divindade
(espiritualidade), sendo estes impulsos traços inatos da natureza humana tão
universais (no espaço) e históricos (no tempo) que muitos antropólogos,
psicólogos evolucionistas e sociólogos, entre os quais Emily Dhurkhein
(1858-1917) os classificaram como naturais.
Estas observações sugerem que a vida humana possui uma razão de
ser mais profunda e mais nobre do que a mera sobrevivência e perpetuação
da espécie, e esta é a busca da alegria. Todavia, a alegria não brota da mera
atividade física ou da mera acumulação de coisas materiais. Aliás, o grau de
auto-realização e felicidade da sociedade cientificista-humanista atual,
mesmo em seu mais alto nível tecnocientífico histórico demonstrou-se
insatisfatório. A sociedade tecnocientífica atual nunca foi tão deprimida, tão
infeliz nem tão desesperada. Isto prova que a felicidade humana provém de
algo mais profundo do que a mera satisfação das necessidades e do prazer
físico. A história contemporânea está repleta de exemplos de pessoas
depressivas e suicidas que possuíam vasta informação, fama e fortuna. Se a
finalidade da vida humana é a concretização do estado de plena alegria em
qual instituição ou ambiente o homem pode se realizar e ser feliz mais
plenamente? Muitos estudiosos e profissionais da psicologia e da pedagogia
concordariam em responder: a família. Por que a família natural ocupa a
posição de fonte primeira de auto-realização e plena felicidade humana?
Vimos que todos os seres humanos apresentam um desejo básico
essencial: o desejo de ser feliz. Tudo o que o homem faz está direcionado
para a realização do desejo essencial de ser feliz. Para ser feliz o homem
precisa exercer a sua criatividade. Para ser criativo precisa ser livre e para
ser livre precisa ser responsável. Sem responsabilidade (sem o cumprimento
de seus deveres) ele não tem direito à liberdade (seus direitos). E sem
liberdade não pode exercitar sua criatividade e não pode ser feliz. Assim,
seu desejo e seu objetivo de vida essencial é a felicidade, mas a felicidade
não é uma coisa já pronta e existente em algum lugar. A felicidade é o
144
resultado do cumprimento da responsabilidade; o cumprimento de nossos
deveres na vida. Quando o homem cumpre seus deveres na vida
experimenta uma sensação de dever cumprido, de utilidade e de
autovalorização; experimenta um profundo sentimento de paz interior. Esta
profunda paz interior é o sentimento da verdadeira alegria.
Estas constatações conduzem à percepção de que o pensamento da
sociedade atual (e, em parte, também o sistema educacional) parece
caminhar na direção contrária à realização do desejo humano essencial (o
desejo de felicidade plena), uma vez que enfatiza e prioriza os direitos e a
liberdade, em vez de enfatizar e priorizar os deveres e a responsabilidade.
Responsabilidade com relação a quê? Com relação à realização dos 3
desejos essenciais da natureza humana universal.
A observação sociológica e psicológica demonstrou que uma das
características universais da natureza humana inata é a presença universal de
3 desejos essenciais: educação, família e prosperidade. Em outros termos:
todo ser humano possui em sua natureza o desejo de aperfeiçoar-se pela
educação, o desejo de constituir uma família natural (e gerar uma
descendência) e o desejo de prosperar economicamente. Assim, vê-se que a
família natural nasce de um impulso horizontal homem-mulher (positivonegativo) e é um dos 3 desejos essenciais da natureza humana inata e
universal. Portanto, inextirpável e perpétua. A essa altura, falar em fim da
família natural já soa como uma bobagem.
Além destes 3 desejos essenciais há ainda na natureza humana o
desejo universal de receber afeto. E é no seio da família natural que o
homem aprende a dar e a receber afeto. Na família natural o homem
experimenta o afeto parental (recebido de seus pais), o afeto fraternal
(recebido de seus irmãos), o afeto conjugal (recebido de seu cônjuge) e o
afeto filial (recebido de seus filhos). Assim, podemos dizer que a família
natural é a escola primeira da afetividade e uma necessidade
psicoemocional vital para os seres humanos. Em que outra instituição o ser
humano pode obter a satisfação destes 4 desejos essenciais de afeto de sua
natureza? Poderia vivenciar estes 4 tipos básicos de experiências afetivas
vitais numa escola, numa fábrica, em um grupo de teatro, uma equipe
esportiva ou um partido político? Não. Em nenhuma destas instituições
sociais o ser humano pode satisfazer seus 4 desejos essenciais de afeto
(parental, fraternal, conjugal e filial) porque é somente na família natural
que os 4 desejos afetivos são gerados e experimentados.
Poderia o ser humano vivenciar estes 4 tipos básicos de experiências
afetivas em um par antinatural formado por dois homens, por duas mulheres
ou por um ser humano e um animal (zoofilia)? Não. Em nenhum destes
145
tipos de relações antinaturais o ser humano pode satisfazer os 4 tipos
essenciais de experiências afetivas. Por quê? Porque são pares antinaturais
(positivo-positivo, negativo-negativo) que se repelem mutuamente na
natureza). É somente na família natural que os 4 desejos afetivos são
gerados e experimentados. Nenhum par antinatural (homem-homem,
mulher-mulher) pode gerar o verdadeiro afeto conjugal natural (homemmulher) e nem o afeto filial, pois assim como as espécies híbridas são
estéreis (porque são naturais, mas não originais), os pares antinaturais
igualmente não podem gerar filhos (linhagem e descendência pessoal), e
nem contribuir para a perpetuação da espécie humana. Por isso os pares e
relações antinaturais são violações das leis naturais e das leis morais violam
os princípios da natureza e o código universal de valores naturais instituído
por todas as sociedades da história no tempo e no espaço, fato que
demonstrou a realidade da natureza humana inata e universal. Os pensadores
ateus e materialistas sempre negaram a existência de uma natureza inata,
pois isto comprovaria que, ao contrário do que afirmam os psicólogos
comportamentalistas, o comportamento humano é inato e universal e não
pode ser moldado nem modificado permanentemente (como demonstrou
Plavlov). Em outros termos, o impulso vertical homem-Deus e horizontal
homem-mulher são traços inatos da natureza humana e jamais serão
eliminados. Logo, a fé e a família são naturais e existirão enquanto a
humanidade existir. *
Foi dito que a biologia constatou que todas as espécies do planeta
constroem “famílias” naturais e sobrevivem com base em relações de
cooperação e confiança,* mesmo anêmonas do mar, formigas e morcegos
*
A realidade da natureza humana inata e universal foi demonstrada pelos estudos do
Direito e da moral natural da teologia natural e da teleologia, pela lógica dos imperativos
categóricos de Kant, pela gramática gerativa de Noam Chomski e pelos traços culturais
universais endêmicos (nativos) estudados cientificamente por Donald Brown e Steven
Pinker (Tabula Rasa. Companhia das Letras, 2002). Em seu livro Human Universals
(1991) Brown compilou uma lista de cerca de 400 traços culturais universais endêmicos
presentes em todas as culturas primitivas e antigas do mundo, as quais se formaram
independentemente umas das outras, demonstrando definitivamente a realidade de uma
natureza humana inata e universal.
*
A natureza é familista — O National Geographic Channel produziu e exibiu o
documentário Triunfos da Vida no qual estudou o modo de vida de várias espécies,
destacando a tendência universal das espécies a construírem grupos familiares, os quais
sobrevivem com base em relações de cooperação e confiança. Em toda a natureza os grupos
familiares animais, das formigas ao homem (que biologicamente é parte integrante da
biodiversidade) seguem o modelo da família natural: macho-fêmea-filhotes.
146
agem segundo esse padrão natural. Na verdade, todo ser vivo
individualmente já é um exemplo concreto de sobrevivência cooperativa,
uma vez que é constituído por bilhões de seres vivos unicelulares (células
vivas) atuando em cooperação simbiótica para manter a integridade e a vida
do todo. Como parte integrante da biodiversidade o ser humano não é
diferente nem individualmente nem socialmente. Por isso, naturalmente
estabelece famílias naturais, as quais se agrupam constituindo sociedades. O
que é uma sociedade senão um agrupamento de seres vivos atuando em
cooperação para a sobrevivência do todo com base em relações de
cooperação e confiança? Todas as sociedades estudadas na história
ergueram-se com base na família natural e a enalteceram como valor maior.
Este fato foi registrado por diversos estudiosos da antropologia cultural, da
sociologia e da psicologia, e pode ser constatado hoje por um breve estudo
das sociedades indígenas brasileiras. Desse modo, vê-se que a ciência
historicamente sempre reconheceu a importância fundamental da família
natural como célula-mãe das sociedades animais (biossociais) e das
sociedades humanas (biossocioculturais).
Todos os seres vivos constituem famílias; e estas são naturalmente
formadas sempre por pares positivo-negativo. Assim, a família natural
humana é o par homem-mulher. E as leis humanas imperfeitas não deviam
ousar violar as leis divinas e perfeitas da natureza, pois qualquer tentativa de
aperfeiçoar o que já é perfeito na natureza é uma violação estúpida que
resultará sempre em perversão e maior em imperfeição. Essa pretensão
materialista é um reflexo da teomania identificada e estudada pela trilogia
analítica de Norberto Keppe.
A essa altura falar em novos tipos de família (e ainda pretendê-los
naturais) já soa como uma bobagem ainda maior do que falar em fim da
família natural. As duas proposições — fim da família natural e novos tipos
de família — são proposições hipotéticas equivocadas nascidas de uma
profunda ignorância acerca dos princípios elementares da natureza e da
ausência quase total dos princípios morais naturais herdados de uma
educação familiar de valores.
Assim, ao analisar os projetos de lei antifamília e anticristãs
(casamento homossexual, lei da homofobia, legalização da prostituição, dos
cassinos e bingos, descriminalização das drogas, lei do aborto/infanticídio,
etc) o Congresso Nacional do Brasil deve ter um olhar compreensivo e
piedoso (para com o triste modo de vida de risco dos homossexuais e das
prostitutas), mas deve ter também um olhar científico, moral e cristão para
respeitar e proteger sobretudo a família natural, que a história, a ciência e a
147
Constituição Federal reconhecem como a base natural e fundamental da
sociedade.
12.3. A família natural é o ninho biológico humano
e a escola primeira da educação de valores e da afetividade
Anteriormente demonstramos que a família é a fonte maior da felicidade
humana e introduzimos alguns estudos sobre a família e a afetividade.
Agora abordaremos com mais detalhes a família como o ninho biológico
humano e a escola primeira da educação de valores e da afetividade.
Como se sabe, todas as espécies constroem algum tipo de ninho. O
homem, como espécie natural, também apresenta a mesma tendência natural
a construir um ninho onde cria sua prole e para onde retorna ao anoitecer.
Demonstramos ainda que a família natural é a escola primeira da
aprendizagem de valores uma vez que é na família natural que a criança
aprende em primeira mão, através das palavras e da força do exemplo dos
pais (movidos pelo amor parental), os valores morais básicos para as
relações sociais. Atualmente a influência direta e afetiva dos pais e dos
professores foi substituída pela influência indireta e fria dos anti-ídolos da
musica, do cinema e da televisão. A fama, a riqueza e o modo de vida
permissivo da maioria dos anti-ídolos substituíram o desejo natural da
educação plena, da família ideal e da profissão vocacionada nas vidas da
maioria das crianças, adolescentes e jovens).
A família natural é também a escola primeira da afetividade é o grupo
natural primário da interação social dos indivíduos, sendo o grupo
responsável pelas mais fortes, profundas e duradouras influências na vida
dos indivíduos. É na infância, no seio da família natural (homem-mulherfilhos) que se formam os mais poderosos vínculos das relações humanas, os
laços afetivos familiares e os vínculos sanguíneos de parentesco. Estas
ideias são pontos pacíficos e conclusivos entre os estudiosos das ciências
humanas.
A sociologia, a antropologia cultural e a psicologia constataram que ao
longo da história todas as sociedades criaram e valorizaram a família natural
(homem-mulher-filhos). Pelo valor que possui e pelo que representa para o
ser humano a família tem sido definida como uma instituição natural
imprescindível e vital à saúde psicoemocional individual e social. E este
fato não é uma conclusão mística do passado, mas uma conclusão científica
contemporânea, como afirmou em 2005 o Dr. John Gottman, psicólogo do
Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos:
148
“Cientistas do mundo inteiro estudaram as relações entre casamento
e saúde. A maioria concluiu que pessoas casadas, sobretudo as que têm um
relacionamento harmonioso, são mais felizes, saudáveis, sofrem menos e
vivem mais; isto, devido à redução do estresse e dos males da solidão, como
a depressão. Os casados são mais felizes, são 50% menos propensas ao
suicídio, têm menor pressão arterial e mais resistência imunológica.” (John
Gottman. Veja, nº 257. Abril de 2005. Pg. 140).
Vê-se assim que a ciência, especialmente os pedagogos e os
psicólogos cognitivistas confirmaram o que os místicos cristãos sempre
afirmaram: que a família é uma instituição natural e uma necessidade
imprescindível à plena realização e à plena felicidade, à saúde física e
mental dos indivíduos, da sociedade e para a perpetuação da espécie
humana, Diante de uma conclusão com tal estatura histórica, sociológica,
psicológica e biológica, o que dizer da minoria homossexual que teima em
afirmar que a família natural está morrendo e desaparecerá completamente
no futuro? *
*
No ano 2000 a revista Veja (Ano 32, nº 50, de 15 de dezembro de l999. Pg. 168 a 174)
publicou o artigo Jesus 2000. Os Desafios do Cristianismo às portas do ano 2000 uma
pesquisa internacional que demonstrou que 5.14 bilhões da humanidade acreditava em
Deus. Mais recentemente, a revista Época (nº 578, de 15 de junho de 2009, páginas 64 a 71)
publicou matéria de capa do jornalista Nelito Fernandes com o título Deus é Pop, na qual
divulgou a pesquisa realizada em 21 países pelo Instituto alemão Bertelsmann Stifung, e
que revelou que “(...) 90% dos jovens do mundo acreditam em Deus. 95% dos brasileiros
entre 18 e 29 anos se dizem religiosos, e 65% afirma ser profundamente religiosos.”
Nietsche e os marxistas-socialistas-comunistas ateus se equivocaram. Deus e a fé n’Ele
estão mais vivos do nunca.
149
Capítulo 13
A TEORIA DA ORIGEM NATURAL DA FAMÍLIA
A presença contínua da família natural (homem-mulher-filhos) na natureza e
na sociedade forçou a história do conhecimento humano (mítico, filosófico e
científico) a reconhecer a veracidade da teoria da origem natural da família.
Nos estudos da família como o ninho biológico humano e como escola
primeira da educação de valores e da afetividade, bem como a sua
necessidade imprescindível à plena realização e plena felicidade humana, a
teoria da origem natural da família já ficou praticamente demonstrada, mas
as abordagens anteriores não esgotaram o tema. Estudaremos agora a
família natural como unidade-dual positivo-negativo e unidade dual entre
elementos distintos e complementares.
13.1. A teoria biofísica das unidades-duais complementares
Uma simples observação biofísica revela que a natureza é dual e essa
dualidade é representada por elementos distintos e complementares, tais
como positivo-negativo, esquerdo-direito, alto-baixo, próton-elétron,
homem-mulher, professor-aluno, governo-povo, etc. Essa lei da dualidade,
que propõe as unidades-duais complementares, derruba a dialética marxista
150
que afirmava a dualidade universal como sendo constituída por elementos
contrários e excludentes.
A origem e a natureza biológica da família natural podem também ser
inferidas a partir da lei da dualidade; do fato de que todos os seres naturais:
minerais, vegetais, animais e humanos são unidades-duais constituídas por
elementos distintos e complementares (positivo-negativo).* Do átomo
(próton-elétron) ao ser humano (homem-mulher). Assim, enquanto o planeta
Terra existir, o homem e a mulher continuarão sob o efeito da atração
biofísica mútua (positivo-negativo), originando descendentes e
estabelecendo relações de cooperação e confiança, de intercâmbio e
interdependência entre si (grupo familiar natural). Desse modo, enquanto
existir vida humana sobre o nosso planeta a família natural (positivonegativo) será uma realidade biológica, sociológica e histórica.
No contexto da lei da dualidade não se pode falar cientificamente em
novos tipos de família formados por pares homossexuais positivo-positivo
ou negativo-negativo. A observação constatou que, por força da natureza,
mesmo estes pares têm buscado (talvez inconscientemente) ajustar-se ao
modelo natural positivo-negativo, formando pares onde um dos elementos
comporta-se como o negativo (nos pares positivo-positivo) ou como o
positivo (nos pares negativo-negativo). Desse modo, tais pares não podem
ser classificados como novos tipos de família, e muito menos naturais, mas
sim como distorções do modelo natural padrão positivo-negativo.
A ideia do modelo natural refere-se ao fato de que, uma vez que os
seres humanos são entidades biopsicológicas, partes integrantes do mundo
natural, também estão sujeitos às mesmas leis naturais. Por isso tendem a
*
Luta de contrários ou dualidade complementar? — O exemplo clássico da dialética
marxista foi o ovo. A casca do ovo oprime o embrião e este, ao transformar-se em pinto,
destrói a casca e se liberta. O exemplo do ovo é um sofisma simplista, e foi criado por Marx
para ser aplicado às relações de produção do sistema liberal de produção (o capitalismo): o
operário (embrião) é oprimido pelo patrão (a casca), que impede seu crescimento. Os
operários se unem e quebram (matam) o patrão/capitalista, libertando-se e tornando-se os
novos ricos. Foi o latrocínio em massa praticado em 35 países, mas com outro nome:
revolução comunista. No exemplo do ovo, a casca foi identificada como o opressor. Isto é
falso, pois a casca e o embrião não são contrários, mas complementares. A função da casca
é proteger o embrião possibilitando seu desenvolvimento e sua sobrevivência. Após 21 dias,
a casca do ovo enfraquece naturalmente a fim de permitir o nascimento do pinto. Do
mesmo modo, homem e mulher não são contrários, são distintos e complementares; uma
unidade-dual complementar. O único exemplo que se poderia classificar como contrários é
Deus e satanás, o bem e o mal, pois até mesmo a água e o fogo (enquanto frio e calor) são
elementos distintos e complementares.
151
procurar sempre o modelo natural. É como a chamada força da gravidade.
Ninguém pode escapar de sua ação no planeta. Os seres da natureza tendem,
como se diz em física, a retornar ao estado fundamental (ao estado natural).
Aliás, esta é a tendência natural de todo o planeta, como demonstrou a teoria
Gaia, do bioquímico inglês James Lovelock, que se auto-regula, se autoregenera e se auto-equilibra como um todo. Foi também o que demonstrou o
pesquisador Léo Villaverde em seu livro Biocosmos. O Universo Vivo
(editora Cultrix, 2000); que todos somos partes vivas de um planeta vivo
que, por sua vez, é uma parte viva de um superorganismo vivo maior: o
universo.
13.2. A sociedade natural como ampliação da família natural
Muitos estudiosos têm concordado — por força da realidade histórica,
antropológica e sociológica — que “a família é a célula-mãe das
sociedades”. Este parece ser um ponto conclusivo da sociologia
contemporânea. Todavia, muito pouco se tem falado, nas universidades,
sobre a origem natural da família. Por quê? Provavelmente, porque a teoria
Deusista da origem natural da família é um contraponto à teoria marxista
da origem social da família, implantada na mentalidade humana pelos
marxistas e materialistas, que definiram a família como uma invenção social
de origem e natureza socioeconômica. Do que se estudou até aqui, porém,
pode-se dizer que foi demonstrada (em bases filosóficas e científicas) a
origem natural da família como par biológico, ninho biológico humano e
escola primeira da afetividade e da educação do caráter, a educação de
valores também ficou demonstrada a necessidade da família natural como
célula fundamental e vital das sociedades.
Quando milhares de células familiares naturais (a maioria natural
familista) se aproximam e convivem em um mesmo espaço geográfico dão
origem a uma sociedade familiar natural. Do mesmo modo, quando células
antinaturais e antifamiliares (a minoria homossexual) se aproximam e
convivem em um mesmo espaço geográfico dão origem a um grupo social
homossexual onde todos os valores da família seriam invertidos ou negados.
Não se pode esquecer que o desejo maior de todas as minorias é tornar-se
maioria. Os brasileiros afrodescendentes eram minoria no Brasil. Hoje, são
a maioria. Os latinos eram minoria nos Estados Unidos. Hoje são maioria.
Que dizer da minoria homossexual apoiada pelos meios de comunicação de
massa e pelos governos esquerdistas?
Sendo a família um fenômeno biológico natural o que é a sociedade
senão um grupo de famílias convivendo em um mesmo espaço geográfico?
152
“Células” naturais formam um “organismo” natural de origem e natureza
biológica, e não uma invenção social de natureza sociológica. A sociedade
emerge natural e espontaneamente da aproximação e da necessidade da
convivência humana. Depois se modifica e torna-se complexa. Sob este
ângulo pode-se dizer que a sociedade é uma família ampliada, uma
instituição natural. Logo, a ideia da origem social da sociedade cai por terra.
Dois indivíduos, um positivo e outro negativo, tendem à atração
mútua impulsionados pela força da natureza (perpetuação da espécie) e pela
busca individual da afetividade. E formam uma unidade-dual natural: um
casal, que se multiplica, tornando-se uma família, a qual se amplia,
formando um clã, que se amplia formando uma tribo, que se amplia
formando uma sociedade, que se amplia formando uma nação, e as nações
juntas constituem o mundo. E tudo começa com uma família, com um casal
primário natural. Isto não deve causar surpresa, uma vez que todas as
espécies (por mais numerosas que sejam) tiveram origem em um primeiro
par positivo-negativo semelhante, cujos elementos, por afinidade da espécie,
atraíram-se mutuamente, originando a espécie como um todo. Este fato nos
conduz à ideia da sociedade natural, haja vista que a sociedade resulta da
ampliação espontânea de uma unidade biológica dual natural — a família.
Assim como todos os sistemas vivos são “sociedades” de sistemas vivos
unicelulares, também a sociedade é um sistema vivo constituído por células
vivas (famílias naturais).
Do ponto de vista biológico a sociedade humana pode ser comparada
às sociedades biossociais das formigas, das abelhas, dos cupins e das demais
espécies da natureza. Além da espiritualidade, o que distingue a sociedade
humana (bioculturais) das sociedades animais (biossociais) é a
autoconsciência e o grau de inteligência e criatividade do homem
(responsável pela cultura e civilização). Em essência, porém, todas as
sociedades são organizações biológicas naturais espontâneas. A família
natural (a maioria natural familista) emerge dessas conclusões mais
reconhecida e mais fortalecida, enquanto a minoria antinatural homossexual
revela-se um corpo estranho à natureza (porque antinatural) que representa
uma ameaça à saúde do organismo biossocial, e que será naturalmente
expelido. Este fato é reforçado pela tendência da natureza à auto-regulação
e ao retorno ao seu estado de ordem natural.
13.3. A família natural e o fenômeno biofísico da regência central
Este é mais um argumento demonstrativo da teoria da origem natural da
família. O observação científica nos leva a postular a realidade de um
153
princípio natural que estabelece que em toda unidade dual um elemento
ocupa sempre a posição de sujeito, e o outro, a de objeto (sem conotação de
valores; sujeito e objeto como fator de mera distinção). Assim, vemos no
átomo, o próton (positivo) em posição de unidade regente, e os elétrons
(negativo) em posição de unidades regidas; são elementos distintos e
complementares (um átomo não é apenas um próton, mas prótons e elétrons
juntos; é uma unidade-dual). Vemos o mesmo nas células (núcleo e
citoplasma), nas flores (estame e pistilo), nos animais (macho e fêmea), na
espécie humana (homem e mulher), no sistema solar, o sol (positivo) em
uma posição de astro regente, e os demais planetas (negativo) em posição de
astros regidos. Se isto é naturalmente assim, isto é ciência natural pura,
incontestável, portanto,onde houver uma unidade-dual na natureza, um dos
pares ocupa a posição de sujeito regente, e o outro a posição de objeto
regido. Evidentemente, isto é assim também com a família como unidadedual natural homem-mulher.
Histórica e biologicamente o homem sempre ocupou a posição de
sujeito regente (sem conotação de valores). Trata-se unicamente da relação
natural presente nas unidades-duais em toda a natureza. Até da aparência
física do homem e da mulher pode-se inferir esse ordenamento natural. Na
natureza, em geral, o macho é sempre maior e mais forte fisicamente do que
a fêmea, e nos ataques ao bando, são eles quem lideram a defesa,
protegendo suas fêmeas e suas crias. Embora soterrada sob uma espessa
camada de hipóteses materialistas e ateístas que tentam negar a distinção
natural sujeito-objeto (macho-fêmea, homem-mulher), ainda se pode
observar na natureza e na sociedade humana (na família natural) o mesmo
ordenamento natural.
Apesar do movimento feminista (estimulado pela hipótese marxista da
igualdade absoluta homem-mulher), que durante décadas tentou anular as
distinções características naturais entre homens e mulheres (masculinizando
as mulheres e afeminando os homens através da onda unissex, da liberação
sexual das mulheres, pelo trabalho feminino, pelo serviço militar feminino,
etc); apesar de tudo isso hoje muitas mulheres em todo o mundo já
perceberam que sua força não está em sua inteligência nem nas dimensões e
no vigor de seus corpos físicos, mas na delicadeza e na beleza de suas
formas; isto é, na força da beleza. Citemos um exemplo ilustrativo: a
história de Sansão e Dalila. A história nos conta que Sansão era um homem
grande e forte que derrotou um exército inteiro usando uma simples
queixada de burro. Um exército filisteu inteiro não conseguiu derrotá-la,
mas a sutil delicadeza e beleza de uma mulher — Dalila — o escravizou e o
matou. Poderíamos citar dezenas de outros exemplos históricos e
154
contemporâneos onde a força da delicadeza e da beleza venceram a força
física, para não falar da beleza de Helena, pivô da Guerra de Tróia, e da
queda de impérios, tiranos e políticos famosos que sucumbiram sob a
poderosa força da delicadeza e da beleza feminina.
Do que se viu pode-se concluir que uma família natural é uma
unidade-dual constituída por dois elementos distintos e complementares
(homem e mulher, positivo-negativo), a qual somente sobrevive com base
em uma ação harmoniosa de interconexão, intercâmbio e interdependência
recíproca. E esta relação harmoniosa — base existencial das unidades-duais
— somente pode existir na presença de dois elementos: o afeto (o “grude”
que os atrai e os mantém unidos) e a verdade, a compreensão de que cada
elemento é uma parte distinta e complementar do outro, que os dois
elementos não são idênticos, não podem ocupar o mesmo espaço nem a
mesma posição na ordem natural. E que por serem distintos e
complementares um necessariamente ocupa a posição de sujeito, e o outro, a
de objeto. Na família animal, o macho; na família humana o homem ocupa a
posição de sujeito, e a mulher, a de objeto; os pais ocupam a posição de
sujeito, e os filhos, a de objeto; os irmãos mais velhos ocupam a posição de
sujeito, e os mais novos, a de objeto. O mesmo acontece na sociedade (uma
vez que esta é uma família natural ampliada ela é também uma instituição
natural). Na escola, o professor ocupa a posição de sujeito, e os alunos, a de
objeto; no Estado, o governo ocupa a posição de sujeito, e o povo, a de
objeto.
No modelo natural o sujeito existe para servir ao objeto — e esta é
sua característica básica. O sujeito, o líder, não existe para si mesmo, mas
para os outros. Veja-se o caso da abelha rainha. Ela é maior e mais forte,
mas existe para a colméia. Serve a todas e sacrifica-se pelo bem do todo.
Nunca sai da colméia nem sequer para um único vôo. Nenhum ser humano
egoísta optaria por ser um rei nestas condições.
13.4. A família é uma instituição biossociocultural perpétua
A origem e a natureza biossociológica da família pode ainda ser inferida do
fato de que todos os seres da natureza — minerais, vegetais, animais e
humanos — são unidades-duais constituídas de elementos naturais distintos
e complementares (positivo-negativo, caráter-forma), do átomo (prótonelétron) ao ser humano (homem-mulher). Estes princípios de dualidade e de
reciprocidade (atração recíproca harmoniosa entre os elementos distintos e
complementares, formando unidades-duais) indicam que enquanto existirem
homens e mulheres no planeta Terra estes continuarão sob o efeito de uma
155
atração mútua psicofísica (afetividade e sexo), originando descendentes,
perpetuando a espécie e estabelecendo relações de intercâmbio e
interdependência entre si (grupo familiar). Assim, enquanto existir vida
humana sobre a Terra a família natural (como unidade-dual positivonegativo) será uma realidade biológica perpétua. Desse modo, em um
sentido biológico, a família é o ninho humano (todos os seres naturais
constroem ninhos, tocas, etc, para o repouso, procriação e proteção), e em
um sentido psicoemocional, é a escola da afetividade,* pois é na família que
os seres humanos transmitem e apreendem suas primeiras experiências
afetivas (afetividade parental, conjugal, fraternal e filial), e esse ambiente de
proteção e afeto é de imprescindível necessidade para a saúde física e
psicoemocional do homem. Neste contexto, pensar numa mutação biológica,
numa transformação progressiva ou no fim da família natural é impensável;
e todo atentado contra a existência da família é anticientífico (antinatural e
até antiecológico) e psicopatológico. Destrua-se a família e a própria
natureza será mutilada, além de destruir-se também a saúde psicoemocional
e física dos indivíduos e da sociedade, pois os sentimentos gerados em um
bar não substitui os sentimentos gerados no ambiente afetivo e acolhedor de
um lar. Estimule-se os sentimentos mais indignos da natureza humana (o
egoísmo, a promiscuidade, a agressividade, etc), através dos meios de
comunicação, e a família, a sociedade e a nação se desintegrarão. Não
estamos já vendo sinais avançados dessa desintegração social?
13.5. A tendência negativa da natureza humana
à rejeição do modelo natural
Se a unidade-dual positivo-negativo, o modelo natural, é o ordenamento
natural da biodiversidade e o modelo que gera a mais elevada realização e
alegria, por que os seres humanos tendem a violá-lo, formando pares
antinaturais positivo-positivo e negativo-negativo, os quais pervertem o uso
natural do corpo (gerando desequilíbrios orgânicos: doenças) e atentam
contra a sobrevivência da própria espécie?
*
Sobre a importância das relações familiares Cf. Gabriel CHALITA. Educação. A
solução está no afeto. Edit. Gente, 2004. SP. Tânia ZAGURY. Limites sem Trauma.
Construindo Cidadãos. Record, 2003; Içami TIBA. Disciplina: limite na medida certa. Edit.
Integrare, 2006. SP; Dorothy Law NOLTE & Rachel HARRIS. As crianças aprendem o
que vivenciam. Editora Sextante, 2003; Michael J. DIAMOND. Tal pai, tal filho. Edit.
Academia, 2008, SP.
156
Pensemos na estrutura funcional da família. Quem se sacrifica por
quem? Obviamente, são os pais que se sacrificam completamente pelos
filhos. Olhe para os governos e para o desenvolvimento da nação brasileira.
Governo após governo cada um acrescentou algo à sociedade brasileira.
Olhe para o desenvolvimento tecnológico da sociedade humana. Geração
após geração, cada uma acrescentou algo ao nível atual de saber e de
tecnologia da humanidade. Onde está, pois, a raiz de tantos problemas ao
lado de tantos bons feitos sociais? Está no egoísmo humano (devido à
amplitude e à profundidade do tema egoísmo, não o abordaremos aqui). O
homem egoísta sempre apresentou uma tendência a desprezar e a inverter o
modelo natural. O sujeito, em vez de servir ao objeto e ao todo, serve-se do
objeto e do todo em benefício próprio. O aluno, em vez de posicionar-se
dentro de sua posição natural, tende a inverter suas posições e papéis; pior: é
estimulado por hipóteses “pedagógicas” que o estimulam nessa postura com
mirabolantes “justificativas” teóricas. Essa inversão de posições e papéis é
um dos labirintos teóricos por onde a pedagogia se perdeu. E com ela a
própria sociedade está se perdendo; se desintegrando.
O conflito entre a teoria da família social temporária e a teoria da
família natural perpétua foi aperfeiçoado e globalizado pelos socialistas que,
depois da tomada da Rússia em l917, criaram, patrocinaram e expandiram o
Movimento Feminista para o mundo. Embora as teorias social e natural da
origem e da natureza da família não possam ser estudadas aqui com a devida
profundidade, cabe dizer que a teoria da origem social e da transitoriedade
da família está na base do argumento pró-homossexualismo dos dias atuais.
Embora a queda do comunismo tenha desmoralizado a cosmovisão marxista,
à falta de outra cosmovisão para preencher o vácuo teórico-emocional,
muitos ainda se mantém agarrados ao marxismo, e ainda pensam: Se a
família natural é uma instituição social transitória baseada numa relação de
exploração econômica, então a ideia de família natural biológica e perpétua
é falsa. Sendo assim, não existe um modelo padrão natural de família, mas
todas as formas de relações sexuais entre seres humanos são tipos diferentes
de família nascidos da própria evolução social, que marcha para a extinção
da família natural e para o sexo grupal. Homem-homem, mulher-mulher,
homem-mulheres, mulheres-homem, adultos-crianças, homens-animais,
vivos-mortos. Todos estes tipos de relações sexuais são desvios de conduta
sexual (perversões) praticados por minorias, mas os esquerdistas imorais
classificam estes desvios de conduta sexual, não como perversões sexuais,
mas como novos tipos de “famílias” frutos da evolução social. Por isso,
devem ser reconhecidos e protegidos por lei. Sob esse prisma, se o
Congresso Nacional aprovar uma lei que reconheça, enalteça e proteja a
157
homofilia (o homossexualismo) como um novo tipo de família natural,
automaticamente estará legalizando e reconhecendo a pedofilia, a zoofilia e
a necrofilia como novos tipos de família, pois estas formas de perversões
sexuais não são diferentes do desvio de conduta sexual (amorais,
antinaturais e infra-humanos), e portanto teriam o mesmo direito.
Reconhecer e legalizar uma única forma de perversão sexual significa o
reconhecimento (como natural e digna) e a legalização de todas as outras,
inclusive a pedofilia. Logo, a justiça terá que descriminalizar a pedofilia e o
senador Magno Malta terá que encerrar a CPI da Pedofilia, pois ela deixará
de ser uma perversão sexual criminosa.
13.6. A tendência positiva da natureza humana
a ajustar-se ao modelo natural
Demonstrado a realidade do modelo natural da família (positivo-negativo)
não se pode (cientificamente) chamar de famílias ou novos tipos de família
os pares formados por dois elementos positivo-positivo ou negativonegativo, que passam a ser considerados como distorções do modelo natural
científico. O estudo do modelo natural de família (positivo-negativo)
constatou que mesmo os pares distorcidos (positivo-positivo e negativonegativo) têm buscado, talvez inconscientemente, ajustar-se ao modelo
natural positivo-negativo, formando uniões onde um dos elementos se
comporta como o negativo (nos pares positivo-positivo) ou como o positivo
(nos pares negativo-negativo). Este fato só confirma o modelo natural, uma
vez que um modelo natural, como o átomo, por exemplo, não progride (não
sofre transformações no tempo e no espaço), mas, ao contrário, é
naturalmente preservado pela biosfera; como parte integrante do
ecossistema terrestre. Como os seres humanos são entidades biológicas,
partes integrantes do mundo natural, também estão sujeitos às mesmas leis
naturais. Por isso, tendem a procurar sempre o modelo natural. Por isso
constroem ninhos (lares). É como o efeito da chamada força da gravidade.
Ninguém pode escapar de sua ação no planeta. Os seres da natureza tendem
(das partículas ao homem), como se diz em física, a retornar ao estado
fundamental (ao estado natural, conforme a teoria atômico-quântica de Niels
Böhr). Aliás, a conservação da ordem natural é a tendência espontânea de
todo o planeta, como demonstrou a teoria Gaia, do bioquímico inglês James
Lovelock, que se auto-regula, se auto-regenera e se auto-equilibra como um
todo.
13.7. O modelo natural positivo-negativo e o fenômeno da repulsão
158
Mesmo na teoria da evolução casual das espécies o fenômeno dos pares
positivo-negativo é admitido como fenômeno natural fundamental à
existência, sobrevivência e perpetuação das espécies. E quando se fala em
uma mudança evolutiva desse porte, obrigatoriamente fala-se de um
fenômeno inobservável no tempo pela humanidade, pois uma variação
perceptível no modelo natural dos pares positivo-negativo exigiria o
somatório de incontáveis minúsculas variações imperceptíveis ao longo de
milhões de anos, sem contar que tal variação alteraria o estado e a
funcionalidade de todo o planeta. A tendência da natureza (e do homem)
para o modelo natural positivo-negativo tem sido igualmente observada e
fortalecida no chamado fenômeno da repulsão, o fenômeno natural que leva
os elementos idênticos positivo-positivo e negativo-negativo a se repelirem
mutuamente. Este fenômeno, em vez de representar uma anomalia da
natureza (como dizem alguns) é na verdade um fenômeno natural prómodelo natural, uma vez que, ao evitar a formação de pares positivopositivo e negativo-negativo favorece a formação e a perpetuação dos pares
naturais positivo-negativo, que é o modelo-padrão predominante observado
na natureza e na família em todas as culturas, tempos e lugares.
13.8. As leis da dualidade, reciprocidade e centralidade.
As 3 bases científicas da família natural
O estudo da família natural nos conduziu a três princípios naturais (leis
naturais, ou modos de operação da natureza): o princípio da dualidade, o
princípio da centralidade e o princípio da reciprocidade. Estes princípios
fundamentam a seguinte proposição: todos os seres da natureza são
constituídos por elementos distintos e complementares (unidades-duais), em
toda unidade dual um elemento ocupa sempre a posição de sujeito regente e
outro, a de objeto regido, e ambos coexistem em contínua e harmoniosa
ação de intercâmbio e interdependência entre si. Quando aqui se fala de
sujeito e objeto fala-se, sem quaisquer conotações axiológicas,
simplesmente de dois elementos distintos e complementares que constituem
as partes constituintes das unidades-duais da natureza.
Todos os seres da natureza coexistem e subsistem como unidadesduais em contínua ação harmoniosa e de reciprocidade entre si. Vemos o
princípio da centralidade no átomo, o próton (positivo) em posição de
unidade regente, e os elétrons (negativo) em posição de unidades regidas; e
vemos o princípio da reciprocidade na relação contínua e harmoniosa entre
prótons e elétrons, os elementos distintos e complementares que os
159
constituem (um átomo não é apenas um próton, mas prótons e elétrons
juntos; é uma unidade-dual em contínua harmonia interna). Vemos o mesmo
nas células (núcleo e citoplasma), nos vegetais (estame e pistilo), nos
animais (macho e fêmea), na espécie humana (homem e mulher) e até no
sistema solar (sol/planetas). Pode-ser ainda ver o homem e o planeta
também como uma unidade dual.* Se isto é naturalmente assim, isto é
ciência natural pura. Incontestável, portanto. Logo, onde houver uma
unidade-dual na natureza um dos pares ocupa a posição de sujeito regente, e
o outro, a posição de objeto regido, e ambos existem como uma unidadedual sempre em contínua ação harmoniosa de intercâmbio e
interdependência entre seus elementos constituintes. Evidentemente, estes
três princípios (modos de operação da natureza) se aplicam também à
família natural e à sociedade (como ampliação da família natural).
Histórica e biologicamente o homem sempre ocupou a posição de
sujeito regente do lar (sem conotação axiológica, de valores). Até da
aparência física do homem e da mulher pode-se inferir esse ordenamento
natural. Na natureza, em geral, o macho é sempre maior e mais forte
fisicamente do que a fêmea, e nos ataques ao bando, são eles que lideram a
defesa, protegendo suas fêmeas e suas crias. Exemplos notáveis desse
comportamento altruísta animal estão nos salmões, nos macacos babuínos e
na própria espécie humana, representada pelos pais e pelos heróis. Embora
soterrado sob uma grossa camada de hipóteses (que o poeta Walter
Benjamim chamou de sobredenominação) que tentam negar o altruísmo,
este fenômeno natural ainda pode ser observado na família atual, no autosacrifício dos pais pelos filhos. Deve-se ainda observar que na natureza o
sujeito regente ocupa uma posição de comando, mas essa posição representa
apenas o dever altruísta de servir e suprir o objeto regido. Como faz a
abelha-rainha nas colméias. O sujeito regente está na posição e deve ter a
competência e o impulso natural para servir ao objeto regido. Não é assim
numa orquestra, na relação maestro-músicos? Não é assim no sistema solar?
*
O problema ecológico é o homem. Na verdade, a humanidade e o planeta Terra são
também um entre si. No entanto, o homem é o único ser que está em desarmonia com a
natureza, exaurindo-a, destruindo-a. A visão equivocada da ciência materialista
reducionista, que separou o homem e o planeta, certamente contribui para o caos ecológico
atual. Foi somente a partir dos anos 80, quando a ciência quântica pós-moderna (o homem e
o mundo são uma unidade) começou a ser popularizada, que a humanidade começou a se
conscientizar de que ela própria é uma parte integrante e viva de um planeta vivo, e que a
destruição do planeta representava a sua autodestruição. Foi então que a consciência
ecológica começou a avançar sobre a Terra com a ecologia ambientalista e a ecologia
profunda.
160
Como o sol poderia ocupar a posição de sujeito regente do sistema se não
tivesse a competência para comandá-lo; no sentido de reger, servir e manter
todos os corpos do sistema em harmonia funcional, preservando a
integridade do próprio sistema como um todo? É assim também no Estado,
na escola, na família, na colméia, nos cupinzeiros, nos formigueiros, nos
cardumes, nos bandos de aves, nos bandos de cavalos selvagens, etc.
Se estes três princípios (da dualidade, da reciprocidade e da
centralidade: unidades-duais, ação recíproca harmoniosa e regência central)
são a base existencial das unidades-duais modos de operação naturais e
espontâneos da natureza. Logo, se esta é a ordem funcional da natureza a
violação destes princípios naturais na família poderia estar na raiz do
desequilíbrio familiar; e, por conseguinte, dos problemas da escola e da
sociedade atuais (porque estendem-se automaticamente para a escola e a
sociedade). E sendo a família a escola primária da aprendizagem e a fonte
primária do equilíbrio psicoemocional dos indivíduos, uma família
desequilibrada formará indivíduos igualmente desequilibrados, crianças e
jovens traumatizados e transformados em pessoas com transtornos de
aprendizagem, sociopatas e psicopatas. E sendo a família o ninho biológico
do homem, a célula-mãe e a unidade primária da sociedade, famílias
desequilibradas (antinaturais) igualmente dariam origem a uma sociedade
desequilibrada e antinatural. Neste ponto começamos a visualizar a família
desequilibrada como a provável fonte primária dos traumas psicoemocionais
que, psicossomatizados, tornam-se fatores causais dos transtornos psíquicos
da aprendizagem.
161
Capítulo 14
REVOLUÇÃO: DA SOCIEDADE OU DO HOMEM?
“A família, base da sociedade, terá a proteção do Estado” diz o artigo
226 da Constituição da República Federativa do Brasil.
“O casamento se realiza no momento em que o homem e a mulher
manifestam, perante o juiz, a sua vontade de estabelecer vínculo conjugal, e
o juiz os declara casados” diz o artigo 1.514 do Novo Código Civil
Brasileiro, atualizado e aprovado em 2002.
A família é a união de um homem com uma mulher, é a base e a
célula-mãe da sociedade. E sempre foi assim em todas as culturas ao longo
da história. A família natural (homem-mulher-filhos) de tão universal e
histórica foi classificada como um fenômeno natural perpétuo, enquanto
existirem homens e mulheres no planeta Terra. E se a família natural é a
base e a célula-mãe da sociedade, se a célula-mãe tiver um defeito as
células-filhas (os indivíduos que formarão as novas famílias) serão
duplicadas com o mesmo defeito.
162
O estado de “saúde” da sociedade brasileira atual — o organismo
social — nos informa sobre o estado de “saúde” da família brasileira, sua
célula-mãe fundamental. Se a sociedade brasileira está moralmente enferma
(fraqueza de valores e confusão ideológica; aumento da promiscuidade e da
criminalidade) isto significa que o Brasil está psicoemocionalmente
enfermo. Sendo assim, onde o Estado brasileiro precisa atuar em busca de
soluções para os problemas sociais (as sociopatias)? Na economia, na
política, na escola ou na família? A lógica nos responde: na família, uma
vez que esta é a base, a célula-mãe da sociedade.
O que dá vida, vigor, beleza e produtividade a uma árvore são as suas
raízes. Do mesmo modo, o que dá vida, vigor, paz e produtividade a uma
sociedade são as suas famílias-raizes. O que o Congresso Nacional pretende
fazer para fortalecer e reintroduzir a educação de valores na família e na
escola a fim de restaurar a saúde psicoemocional (confusão ideológica e
fraqueza moral) da família e da escola brasileira? Aprovar as leis
antifamília e anticristãs vai reduzir a promiscuidade e a criminalidade? A
aprovação das leis antifamília e anticristãs vai ajudar ou piorar a situação do
Brasil?
O que é mais importante: impedir a desintegração da sociedade
brasileira em sua totalidade ou privilegiar os maus hábitos das minorias tal
como o uso de drogas, homossexualismo, aborto, prostituição, etc? As
ditaduras e as democracias do século XX e XXI buscaram solucionar os
problemas sociais visando conquistar o apoio popular e perpetuar-se
(revezando-se) no poder. Todavia, os governos se sucederam prometendo
solucionar sempre os mesmos problemas, que continuam crescendo em todo
o mundo: queda de valores, confusão ideológica, aumento da promiscuidade,
aumento da criminalidade e do uso das drogas, a corrupção política, etc. O
aumento rápido e global destes problemas em todo o mundo está apontando
para um futuro de caos e desespero. Por quê? Onde foi que o Estado
moderno se equivocou? Errou quando se focalizou na economia e prometeu
resolver todos os problemas econômicos (materiais), deixando os problemas
de ordem moral e ética (espirituais) esquecidos ou em segundo plano. Este
foi o grande equívoco e a grande tragédia global, pois atingiu todos os
países, e não apenas os países do extinto bloco socialista.
Os governos falaram e investiram muito no fortalecimento da
economia, mas falaram e investiram pouco no fortalecimento da família, a
base e a célula-mãe da sociedade. Assim, a ciência e a tecnologia se
desenvolveram e criaram um mundo tecnologicamente avançado, mas
injusto e convivendo com os mesmos problemas do passado, agravados pela
devastação ecológica. Veja-se quantos trilhões de dólares anuais o mundo
163
gasta com a manutenção dos sistemas policial, jurídico e prisional? E por
quê tais sistemas existem? Porque existem criminosos. E porque existem
criminosos? Porque os criminosos adultos não foram educados
integralmente (educação de valores, cultural e técnica) quando eram
crianças. Mas a promiscuidade e a criminalidade possuem uma raíz mais
profundas: a desmoralização da juventude e a desintegração da família.
Salvar o Brasil é fortalecer os valores familiares. Acelerar a desintegração
do Brasil é aprovar leis antifamília e anticristãs.
14.1. A culpa de tudo está na economia capitalista?
Muitos culparam o sistema econômico liberal, chamando-o de capitalismo
selvagem, capitalismo do desastre, etc. Ora, um sistema econômico é um
conjunto de ideias voltadas para a produção de riquezas. Se na prática as
teorias econômicas estimulam o homem e produzem riquezas isto significa
que as ideias do sistema econômico liberal são verdadeiras, pois funcionam
na prática. Logo, o sistema é bom,* embora não seja perfeito, uma vez que a
perfeição do sistema depende da perfeição do homem. E só haverá justiça
plena e perfeita na sociedade quando houver justiça plena e perfeita no
coração do homem. E o homem não aprenderá a fazer justiça sem uma
educação de valores; uma educação do caráter dentro de uma família natural.
A finalidade de um sistema econômico é estimular o homem a
produzir riquezas. Distribuir as riquezas produzidas não é tarefa das
teorias econômicas, mas do coração humano. É uma questão de altruísmo,
bondade e solidariedade. Em outros termos: dos valores morais e éticos que
o homem recebeu. As injustiças sociais que assolam a humanidade têm
origem e solução no coração do homem. Por isso, a educação de valores, a
educação do caráter, é essencial, imprescindível e vital.
*
Capitalismo e Comunismo — O sistema liberal de produção (chamado por Marx de
capitalista) cumpre a sua finalidade: estimula os seres humanos e produzirem riquezas. Por
que o capitalismo funciona? Porque se fundamenta na natureza humana original, que tem o
desejo de dar (produzir e ser útil) e o desejo de receber (progredir e sobreviver). O sistema
socialista não funcionou porque se contrapôs à natureza humana original, negando a
liberdade e a competitividade (que eleva a qualidade e a produtividade). Negando ao
homem o desejo de ser livre, de criar e de prosperar (o desejo de receber), e exigindo à
força a idolatria do Estado-patrão único, os países comunistas se transformaram em
gigantescos campos de concentração, onde as fábricas e as fazendas improdutivas tinham
um único patrão mentiroso, injusto e cruel, e onde todos os trabalhadores foram
transformados e tratados como escravos. Um sistema tão anti-Deus e anti-humano não
poderia sobreviver.
164
O fim do comunismo provou que os problemas sócio-econômicopolíticos globais não podem ser resolvidos com revoluções violentas e
planos políticos e socioeconômicas construídos com base exclusiva na
economia e na razão. Para eliminar as injustiças sociais é preciso considerar
o poder do sentimento e dos desejos essenciais da natureza humana inata.
Para reduzir a desigualdade social é preciso reduzir o egoísmo do coração
humano. É preciso reeducar o homem com base em valores morais e éticos,
e não criar conflitos e revolucionar a sociedade, pois a causa das injustiças
socioeconômicas não é externa; não está no sistema ideológico, econômico
ou político, estes já são os efeitos. A causa das injustiças socioeconômicas é
interna e está no coração do homem: é o egoísmo. Desse modo, as injustiças
socioeconômicas globais não podem ser atribuídas ao sistema econômico
liberal de produção (o capitalismo), mas a culpa é do egoísmo e da maldade
do coração humano.
Este fato destaca o valor da educação do caráter e do altruísmo como
frutos de uma educação de valores que começa na família natural, continua
na escola e se completa com o estímulo e o apoio legal do governo. Investir
bilhões de reais no atual sistema educacional (ideologicamente confuso,
dividido e conflitado) só aumentará o tamanho da escola-problema. A
revolução da educação exige uma mudança de foco: da educação
tecnocultural (profissionalização; ensino de um ofício produtivo e
treinamento para o trabalho) para a educação de axicultural. A educação de
valores (educação para a vida e a convivência).
Acontece o mesmo com o problema ecológico. Onde está a raiz do
problema ecológico na natureza ou no homem? Obviamente, no homem; na
ambição de seu coração egoísta e em sua ignorância quanto à funcionalidade
da natureza. Assim, não adiantará apenas criar leis para punir o homem e
proteger o meio ambiente. Não adianta apenas criar novas leis.
Paralelamente à criação de leis justas é preciso investir prioritariamente na
educação do coração humano, na educação de valores que foi
menosprezada e quase esquecida.
O governo dos esquerdistas aloprados jamais criará uma política para
o fortalecimento da educação de valores, pois historicamente
os
esquerdistas sempre atuaram no sentido contrário, criando e defendendo leis
antifamília e anticristãs (divórcio, divórcio imediato, casamento
homossexual, lei da homofobia, legalização da prostituição,
descriminalização das drogas, legalização dos cassinos, legalização dos
bingos, legalização do aborto/infanticídio, etc). Portanto, do esquerdismo
ateísta não se pode esperar nada de divino (justo, pacífico e verdadeiro),
mas os esquerdistas sempre usaram s palavras e os valores Deusistas (amor,
165
paz, justiça, igualdade, etc) como cavalos para atingir seus objetivos
egoístas. Uma vez no poder, todos os grupos esquerdistas retiraram as
máscaras de cordeiro e se revelaram o que de fato eram: anti-Deus e antihumanos, desonestos e cruéis, como a história provou. A história não está se
repetindo com os esquerdistas aloprados no Brasil?
Historicamente o esquerdismo parece associado às forças do mal. O
reino de terror da Revolução Francesa, o reino de terror de Napoleão, o
reino de terror do socialismo-nazismo e o reino de terror do comunismo são
apenas algumas das provas históricas mais gritantes da maldade intrínseca
do esquerdismo nos século XIX e XX. O aparecimento do Hugo Chaves e o
reino de terror que ele está implantando na Venezuela é a prova real do
renascimento das ditaduras esquerdistas no século XXI, disfarçadas de
socialistas democráticas. Portanto, nada mudou, pois os esquerdistas não
acreditam em Deus e nem na força da fé, do amor e da verdade para resolver
problemas, mas apenas na força das armas, na mentira e no poder
econômico-político.
Assim, se o Congresso Nacional quiser deter o processo de
desintegração da família e do Estado brasileiro (em obediência ao Título V
da Constituição Federal: Da Defesa do Estado e das Instituições
Democráticas) deverá implantar com urgência uma política de
fortalecimento da educação de valores (morais e cívicos) em todos os níveis
e setores da escola e da sociedade. Para isso, não bastam pedagogos e
psicólogos. Os especialistas em educação do caráter são os educadores
religiosos. A maioria absoluta da população brasileira é católica e
evangélica, e numa democracia verdadeira as minorias têm seus direitos
assegurados, mas não pode impor e forçar a maioria da população a
concordar e a aceitar suas ideias e seu modo de vida (o homossexualismo,
por exemplo). Numa democracia a vontade da maioria absoluta deve
prevalecer. Por isso os especialistas em educação do caráter (os líderes e
educadores religiosos) devem ter uma participação maior no sistema
educacional*. Não basta liberar o Ensino Religioso como disciplina
*
O “clero” ateísta — Segundo o historiador Paul Johnson, em seu livro Os Intelectuais
(Editora Imago, 2000), os educadores e intelectuais religiosos foram quase inteiramente
expulsos do sistema educacional a partir da Revolução Francesa, sendo substituídos pelos
intelectuais seculares, elevados à posição de novos “clérigos” materialistas e ateus. O
mesmo aconteceu em todos os países do ex-império comunista. E ainda está acontecendo
no sistema educacional brasileiro, embora a população já esteja despertando para a
importância e a necessidade da família natural como fonte primeira da educação de valores
e para a necessidade da educação de valores na escola (o ensino religioso e os temas
transversais da educação).
166
facultativa. Afinal, os líderes e educadores cristãos são os maiores
especialistas em educação de valores, em educação do caráter.
14.2. O mundo mudou por fora,
mas a natureza humana não mudou
A maioria absoluta da humanidade continua egoísta, e uma minoria de 1%
ainda é má e promíscua (e usa a tecnologia para aperfeiçoar a maldade:
veja-se o terrorismo e a promiscuidade). A violência das guerras, a violência
urbana, a fome, as drogas e a promiscuidade (prostituição,
homossexualismo, pedofilia, sexo precoce, gravidez adolescente, adultério,
divórcios, etc) continuam presentes, e crescendo.
Para onde o Brasil está caminhando: para uma cultura de paz e uma
sociedade-família ou para uma cultura pornoviolenta e um Estadopornoviolento? O Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal
decidirão o futuro do Brasil, uma vez que o Poder Executivo atual está
comprometido com o esquerdismo materialista, o marxismo e o populismo
demagógico (o voto-de-cabresto da bolsa-família) e apóia cinicamente
Fidel Castro, Hugo Chaves, Evo Morales, Rafael Zelaya, entre outros
esquerdistas pseudodemocratas. O papel dos meios de comunicação de
massa será o de informar a verdade e esclarecer a população quanto à
verdadeira natureza do esquerdismo. E deveria fazer isto em sua autodefesa,
veja-se o que aconteceu com a Rede Caracas de Televisão, com o escândalo
do mensalão, onde o não sabia sobrepujou a verdade dos fatos na mente
popular. Veja-se também o que aconteceu com o diploma de jornalismo no
Brasil, um ato de vingança contra os jornalistas tantas vezes anunciado.
A experiência histórica demonstrou que as injustiças socioeconômicas
não podem ser resolvidas de modo verdadeiro e duradouro por meio da
revolução da sociedade na economia e na política, mas somente através da
educação de valores, a revolução do homem; uma revolução pacífica e
silenciosa que elevará o coração do homem do egoísmo para o altruísmo
(transformando o egoísmo em solidariedade). Contudo, a revolução do
coração humano não se faz com mentiras, roubos e metralhadoras. Não se
muda o coração do homem perseguindo as religiões e assassinando milhões
de outros homens apenas porque defendem crenças e ideias diferentes. A
queda do império socialista já provou isto. Então,
como
provocar
mudanças socioeconômicas profundas, efetivas e duradouras que reduzam e
eliminem as injustiças sócias? Elevando a presença e a qualidade da
167
educação integral (externa: cultural, artística, esportiva e técnica; e interna:
espiritual, moral e ética) com prioridade na educação interna, na educação
de valores na família, na escola, na universidade e nos meios de
comunicação. E onde está o berço, a fonte primeira da educação interna, de
valores? Na escola, na fábrica, no partido político, na universidade ou na
família? É óbvio que a educação interna, a educação de valores, a
educação do caráter começa na família, que é a escola primeira da
educação de valores e das relações afetivas. É por essa razão que o Estado,
os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e o Ministério Público) têm o
dever moral e constitucional de proteger a família natural. Se a família
natural (homem-mulher-filhos), base e célula-mãe fundamental da
sociedade, estiver moralmente enferma é óbvio que a sociedade (as célulasfilhas multiplicadas) também serão doentes (em desintegração:
promiscuidade e criminalidade crescentes). Sendo assim, se o Estado
brasileiro deseja realmente reduzir e eliminar as injustiças socioeconômicas
do Brasil precisa mudar de foco: não pode deixar de buscar o fortalecimento
da economia, mas deve priorizar o fortalecimento da família natural
através do apoio à educação de valores. Esta é a lição da história. Desse
ponto de vista as leis antifamília que tramitam no Congresso Nacional
representam um sério atentado contra a integridade e a perpetuidade do
Brasil.
14.3. O poderoso “exército” cristão brasileiro
está a serviço do esquerdismo?
O Cristianismo foi duramente atacado desde o seu nascimento. Seu
fundador, Jesus, e seus primeiros seguidores foram assassinados no Império
Romano, onde 10 imperadores, de Nero a Constantino, deflagraram uma
perseguição mortal os seguidores de Jesus. Ainda durante os seus primeiros
anos os gnósticos (grupo místico de inspiração hinduísta-reencarnacionista,
politeísta e anticristão) produziram textos pseudocrístãos a fim de gerar
descrença e confusão ideológica dentro do Cristianismo (são os textos
gnóstico-esotéricos de Nag Hammadi e Qunram difundidos na Era Cristã
primitiva e redescobertos e difundidos no século XX pelo Movimento Nova
Era com base no esoterismo). Ainda na antiguidade os maniqueístas, os
filósofos materialistas greco-romanos criaram as heresias a fim de distorcer
e perverter o pensamento cristão e os praticantes dos cultos míticopoliteístas greco-romanos perseguiram cruelmente o Cristianismo. Os três
primeiros séculos da Era Cristã foram de lágrimas, suor e sangue. Durante a
Idade Média o Cristianismo foi dura e continuamente atacado pelos árabes,
que se utilizavam das ideias dos filósofos materialistas gregos, preservadas
168
entre eles. A guerra de vida ou morte entre o mundo judaico-cristão e o
mundo árabe dura até hoje, tendo se convertido na guerra global dos
terroristas apocalípticos cuja meta é a destruição da civilização cristã
ocidental. A partir do século XVI pensadores como Maquiavel, Rousseau,
Descartes, Newton, Robespierre, Marat, Diderot, D’Alambert, Montesquieu,
Voltaire, entre outros, chamados de iluministas, os quais deveriam ser
chamados mais apropriadamente de trevistas, pelos efeitos imediatos e
duradouros do materialismo anticristão que difundiram na França e no
mundo recrudesceram a guerra para destruir o Cristianismo através da
Revolução Francesa, exportando-a para todo o mundo. Os trevistas (ditos
iluministas) da Revolução Francesa declararam que uma das metas da
Revolução Francesa era a descristianização da França. Já em 1804,
demonstrando a falsidade dos ideais iluministas (roubados do Cristianismo),
os intelectuais materialistas franceses (o povo era simples massa de
manobra) entronizaram Napoleão como imperador da França, jogando no
lixo de uma só vez tudo o que disseram e prometeram ao povo antes da
revolução Francesa. Era tudo mentira. Napoleão deflagrou as Guerras
Napoleônicas para conquistar o mundo e submetê-lo à França e declarou o
Cristianismo como seu pior inimigo. As Guerras Napoleônicas mataram 30
mil soldados por mês numa época em que a população do mundo era de
apenas 3 bilhões de pessoas. Os trevistas (ditos iluministas) declararam que
uma das metas da Revolução Francesa era a descristianização da França.
Escreveram a declaração Universal dos Direitos do Homem, mas nunca a
puseram em prática. Em vez de direitos humanos implantaram o reino de
terror e o flagelo da guilhotina. Foi a ONU, liderada pelos estados Unidos,
que em l948 pôs em prática a política global dos Direitos Humanos. Mas os
esquerdistas-socialistas sempre omitiram e ocultaram do povo a verdade
histórica.
No século XIX muitos cientistas, particularmente Darwin, Marx e
Freud, deram continuidade à guerra ideológica agressiva contra o
Cristianismo fortalecendo no século XX o movimento socialista global que
deflagrou a guerra mortal (ideológica, armada e terrorista) contra o mundo
cristão (centrado na Itália e nos Estados Unidos) e contra o mundo livre em
geral. Ainda no século XX Guilherme II, o kaiser da Alemanha, deflagrou a
I Guerra Mundial contra o mundo cristão, causando destruição e 20 milhões
de mortos e mutilados. A fim de conquistar credibilidade Hitler declarou:
“O Cristianismo será a base moral do meu governo.” Provocou a II Guerra
Mundial que quase destruiu a Europa, dizimou milhões de judeus e ciganos.
A II Guerra Mundial, além dos imensos prejuízos econômicos, mutilou e
matou cerca de 50 milhões de seres humanos. Hitler era, e para esconder seu
169
passado mandou matar milhares de homossexuais. Hitler também era um
místico ocultista anticristão. O escritor em seu livro O Reich Místico revelou
o lado místico-ocultista de Hitler e do socialismo nazista. Apenas para
exemplificar, lembremos que Hitler pregava a construção de um reino
global unificado que duraria mil anos (roubou a ideia cristã do Reino de
Deus milenar profetizado no Apocalipse) e o símbolo maior do nazismo era
a cruz suástica vermelha, um dos principais símbolos do hinduísmo (que é
anticristão e mítico-politeísta). Mas foi o socialismo-comunista quem
deflagrou a maior de todas as perseguições mortais contra o Cristianismo (e
contra as religiões em geral). Os cientistas ateus atacaram o Cristianismo e
as demais religiões, aumentando a confusão ideológica e destruindo a paz
no mundo. Exportou o ateísmo marxista e a revolução violenta, invadiu
militarmente dezenas de nações, destruiu suas economias e ceifou as vidas
de milhões. A queda do muro de Berlim e a implosão da ex-União Soviética
desmoralizaram por completo o socialismo, mas os esquerdistas continuam
traindo, mentindo e enganando o povo. A ciência quântica pòs-moderna do
século XX destruiu a ciência mecanicista-ateísta da Idade Moderna, mas os
cientistas ateus, cegos defensores da ideologia marxista, a ideologia do
conflito, continuam apoiando os tiranos socialistas, traindo, mentindo e
enganando o povo.
Por quê o Cristianismo sofreu e ainda sofre tão cruel perseguição? Já
foi dito que o bem e a paz que os Cristianismo trouxe ao mundo foi
imensamente maior do que seus erros e suas lutas em legítima defesa,
justificadas pelas perseguições mortais que sofreu. Bastaria dizer que o
Cristianismo criou a civilização cristã ocicental, a mais elevada civilização
da história da humanidade. E não fosse a perseguição mortal e as
infiltrações ideológicas que sofreu (ditadura espartana e democracia
permissiva grega), a civilização cristã seria hoje a mais próspera e pacífica
de toda a história humana. Um simples estudo das ações do Cristianismo no
mundo hoje será suficiente para demonstrar a natureza benéfica do
Cristianismo na história.
Estamos no século XXI. A ciência ateísta e o socialismo ateu foram
desmoralizados e desacreditados, mas o Deusismo (a busca por Deus e Suas
ideias) está avançando cada vez mais, para surpresa do ateísmo. Por que o
ateísmo violento da ciência e dos esquerdistas não conseguiu destruir o
Cristianismo? Porque o Cristianismo é uma obra de Deus na Terra, e para
vencer o Cristianismo seria preciso destruir Deus e Jesus. E isto nunca será
possível. Por isso, a sociedade do futuro, a Terceira Via, será o familismo,
uma sociedade familista inspirada pelo Deusismo, o pensamento de Deus, a
ideologia da paz, que é o pensamento científico verdadeiro, pois a nova
170
ciência quântica é pró-Deus, o Criador do universo e cientista supremo. O
Deusismo e o familismo substituirão naturalmente o marxismo e o
comunismo-socialismo, que já foram desacreditados em todo o mundo.
14.4. O confuso, dividido e enfraquecido
“exército” cristão brasileiro
E que dizer do poderoso exército cristão brasileiro, formado pela maioria da
população brasileira católica e protestante com um mínimo de 100 milhões
de cristãos praticantes? O que fará o Cristianismo brasileiro para salvar o
Brasil do futuro tenebroso para onde o esquerdismo materialista e as
minorias defensoras das leis antifamília e anticristãs o estão arrastando? Se
os cristãos brasileiros se unissem em um único partido político este seria a
maior força política do Brasil. Esse partido político teria o poder político
central e o controle sobre uma receita federal de 1.100.000.000,00 (um
trilhão e cem bilhões) de reais anuais! Um partido político do Cristianismo
unificado seria a força política que definiria os rumos e o futuro do Brasil.
As injustiças sociais, a promiscuidade, os vícios e a criminalidade seriam
rapidamente reduzidos, como ocorre entre os próprios grupos cristãos
praticantes no Brasil. Sob o governo do Partido da Família o Brasil seria o
pais mais respeitado, admirado e amado do mundo; seria Um Brasil sob
Cristo, Uma Família sob Deus. E os governantes do mundo viriam visitar e
aprender com o modelo brasileiro como reduzir e resolver os problemas
morais e socioeconômicos de seus países. Tudo isso seria possível se os
cristãos brasileiros se unissem em nome de Cristo como uma força
ideológica e política unificada.
Mas, o que têm feito a maioria dos eleitores cristãos católicos e
protestantes brasileiros? Entregaram o poder central do Brasil e uma receita
anual de 1.100.000.000,00 (um trilhão e cem bilhões) de reais (pagos em
impostos por eles mesmos) nas mãos dos esquerdistas ateístas que depois do
fracasso mundial e da queda do império socialista tornaram-se lobos em
pele de cordeiro, fingindo-se de pacificadores (enquanto patrocinam, com o
dinheiro dos cristãos, as invasões violentas e os saques do MST, o
movimento dos sem-terra, a invasão da embaixada brasileira em Honduras e
apóiam uma candidata à presidência do Brasil marxista-socialista). Para
melhor esconder seus pelos de lobo os esquerdistas trocaram a palavra
comunismo pela palavra socialismo e ressuscitaram o voto-de-cabresto do
coronelismo distribuindo migalhas para enganar e comprar os votos do
empobrecido povo cristão brasileiro (bolsa-família, vale-cultura, valetransporte, vale-gás, etc). Uma migalha é uma esmola, e uma esmola será
171
sempre uma afronta à dignidade humana. Amor verdadeiro e justiça
verdadeira seria a criação de mais empregos e salários dignos. Em seus
corações, porém, um lobo sempre será um lobo, não importa a pele que
vestir. E não importa o tamanho do lobo, Deus e seus cordeiros o derrotarão
no presente como tantas vezes os derrotaram no passado.
Se existe um só Deus, um só Jesus Cristo, uma só Bíblia e um só
código cristão de valores espirituais, morais e éticos comuns a toda a
cristandade, por que os cristãos estão desunidos e espalhados em tantos
partidos mundanos e até partidos esquerdistas? Por que tantos milhões de
cristãos apoiaram e votaram nos esquerdistas aloprados e escandalosos que
criaram e querem aprovar à força (ou através do suborno) as leis antifamília
e anticristãs, contrárias a Deus, ao Cristianismo e à família natural? Usando
o egoísmo e a ambição de parte das lideranças cristãs os esquerdistas
conseguiram confundi-los, dividi-los e enfraquecê-los. Mais que isso:
conseguiram fazer os cristãos apoiarem e votarem neles. Fazendo isso, os
cristãos foram transformados em traidores de Deus, de Jesus Cristo e da
verdade.
Os esquerdistas ateus se julgam mais espertos do que o próprio Deus,
mas não se pode comparar a esperteza satânica (superficial, barulhenta e
caótica) com a sabedoria divina (silenciosa, profunda e ordeira). Por isso,
historicamente os esquerdistas sempre saíram na frente, mas acabaram
derrotados por Deus, que apesar de todos os seus crimes, os vê como
vítimas do mal, filhos equivocados e ovelhas desviadas de Seu rebanho.
Somente quando olharmos os nossos agressores esquerdistas como vítimas
da ignorância e do mal conseguiremos perdoá-las de coração. Em seu íntimo
todo materialista e ateu, diante do mistério profundo da grandeza, da beleza
e da ordem do universo sabe que Deus existe e que um dia terá que admitir
Sua existência e humilhar-se perante Deus. Todavia, como uma parcela da
liderança do povo cristão parece ter “vendido” a alma, deixando-se cegar e
dominar pelos esquerdistas ateus, dividindo e enfraquecendo o “exército”
de Deus, pode-se dizer que tiveram participação indireta na criação das leis
antifamília e anticristãs que atentam contra Deus, contra o Cristianismo e
contra a família natural.
172
Capítulo 15
FAMILISMO OU SOCIALISMO?
PARA ONDE C AMINHA O B RASIL?
Na verdade a quase totalidade do que se atribui à inventividade européia foi
inventado no antigo Oriente, especialmente na China. Inclusive a filosofia, a
173
enciclopédia e a democracia, entre outras invenções teóricas e técnicas.*
Mas, partamos da Grécia antiga onde se atribui a Clístenes a invenção da
democracia direta, na qual os cidadãos livres (escravos, mulheres e
estrangeiros não votavam) se reuniam em praça pública para discutir seus
problemas e buscar soluções, uma situação impraticável em grandes
populações. Na França, Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) em seu livro do
Contrato Social inventou a democracia representativa, na qual a maioria
dos cidadãos elegiam representantes constituindo um parlamento (um
pequeno grupo) para representá-la; para defender e concretizar a vontade
da maioria, e não a vontade pessoal do presidente ou a vontade do
parlamento. Ainda na França, Montesquieu (1689-1755) em seu livro do
Espírito das Leis aperfeiçoou o princípio da divisão dos 3 poderes e chamou
a atenção para as distorções e os desvios que a democracia representativa
poderia sofrer quando submetida aos desmandos da natureza humana
egoísta, resvalando para a ditadura tirânica ou a demagogia populista,
regimes corruptos e mentirosos que afligiram a humanidade no século XX e
XXI, uma vez que os métodos de conquista e manutenção do poder dos
governos esquerdistas do século XXI se baseiam ainda nos princípios
amorais, aéticos e desumanos de Maquiavel (1469-1527) de Marx, Lênin,
Stálin, Mao, Pot, entre outros. Maquiavel propôs em seu livro O Príncipe
(1513) um conjunto de métodos amorais e inescrupulosos como a mentira, a
violência e até o terror como meios adequadas para a conservação do poder.
O maquiavelismo pode ser resumido na frase “O fim justifica os meios”,
assim como o Cristianismo poder ser resumido na frase “Amai a Deus sobre
tudo, e ao próximo como a ti mesmo.” Os ensinamentos de Maquiavel foram
postos em prática por Napoleão, pelos nazistas, pelos esquerdistas
socialistas, pelos anarquistas e pelos falsos progressistas e caudilhos
populistas, provocando guerras e genocídios ao longo de todo o século XX.
Não obstante o esquerdismo amoral ter se tornado um império
mundial, a humanidade desmascarou e rejeitou as ditaduras esquerdistas
demagógicas ao implodir o império socialista, representado pelo império
soviético ainda no século XX. Mas a demagogia populista continua viva em
pleno século XXI, e fazendo milhões de novas vítimas na América Latina,
inclusive no Brasil. Esquerdistas mentirosos, oportunistas e traidores
disfarçaram-se de amigos-do-povo e estão usando a democracia, a
*
Cf. Jack Goody. O Roubo da História. Como os europeus se apropriaram das ideias e
das invenções do Oriente. Editora Contexto, 2008. SP. Apropriação de Valores:
humanismo, democracia e individualismo. Parte III, página 273.
174
desinformação e a boa fé das massas populares ingênuas para tomar e se
perpetuarem no poder, originando a nova e escandalosa ditadura populista,
cujo exemplo maior está na Venezuela de hoje, sob o caudilho Hugo Chaves,
entre outros pseudodemocratas latinoamericanos.
Diante desse esquerdismo mentiroso e oportunista que está espoliando
os empobrecidos povos latinoamericanos com impostos exorbitantes e
devolvendo-lhes esmolas tipo bolsa-família (que ressuscita o voto-decabresto do antigo coronelismo). Diante de tais fatos, até os próprios
esquerdistas estão se escandalizando com a autocracia e a cratopatia dos
esquerdistas aloprados, e estão abandonando as fileiras do esquerdismo
onde militaram por décadas, exemplos recentes (agosto de 2009) são a
senadora Marina da Silva e o senador Flávio Arns.
15.1. A democracia familista e a sociedade-família
Para além das ditaduras socialistas, das ditaduras populistas
pseudodemocratas e das democracias pseudo-representativas (de falsos
representantes do povo (que o ex-presidente José Sarney declarou morta) a
humanidade já desenvolveu uma terceira alternativa, e com certeza esta não
emergirá dos princípios ateístas e amorais greco-romanas, e nem de
Rousseau, Maquiavel, Montesquieu e Marx. A terceira via, a sociedade
familista, emergiu dos princípios e valores espirituais e morais Deusistas
universais, e condizentes com a matriz cultural histórica do Brasil: o
Cristianismo.
Como as instituições sociais e as tecnologias evoluem,
aperfeiçoando-se continuamente, a humanidade já pode ter desenvolvido um
novo sistema de governo que, assim como os modelos de democracia direta,
representativa e participativa respeite os direitos humanos à vida, à
liberdade e à livre escolha de seus líderes inspirada na ética das relações
familiares e no merecimento (não uma tecnocracia, mas uma meritocracia).
Um regime de governo inspirado nas relações-padrão da família natural
(relações afetivas e sem hipocrisia) poderia ser chamado de sociedadefamília ou democracia familista. Já foi dito que democracia é sinônimo de
liberdade. Foi dito ainda que a finalidade da vida humana é a realização da
alegria, que exige o exercício da criatividade a qual exige liberdade. Foi dita
também que a Bíblia registrou: “ Onde está o Espírito do Senhor, ali está a
175
liberdade.” Liberdade é um direito humano que nunca foi respeitado pelos
esquerdistas ateus nas suas ditaduras. *
Bilhões acreditaram que a sociedade ideal era a democracia
representativa. Outros milhões acreditaram que seria a sociedade comunista.
Hoje, milhões acreditam nas ditaduras populistas. Seguramente a sociedade
ideal não brotará de nenhuma das forças ideológicas e políticas do
esquerdismo jurássico. Todas as suas ideias sociais, políticas e econômicas
já foram postas em prática e, em vez de construir um Céu na Terra,
construíram um inferno ainda pior.
Sendo assim, de qual instituição emergirá uma democracia familista,
o modelo de sociedade mais fraterno, honrado, pacífico e próspero que
todos os seres humanos sempre desejaram em todos os tempos e lugares?
Um tal sociedade-família só poderá emergir a partir da família natural, pois
a sociedade e o Estado nada mais são do que um grupo de famílias naturais
vivendo e convivendo, compartilhando crenças e valores em um mesmo
espaço geográfico.
Se o Brasil for libertado dos esquerdistas populistas enganadores, e
das minorias criminosas e antifamilia agitadoras, uma democracia familista
começará a brotar espontaneamente no Brasil, pois o familismo, o modo de
vida familista, nasce da manifestação natural e espontânea da fé cristã e do
modo de vida da família natural cristã. Na verdade, se atentarmos bem,
veremos que o gérmen da democracia familista já existe latente no Brasil,
pois devido ao seu caráter ordeiro e trabalhador e ao seu coração alegre e
cordial, o povo brasileiro tornar-se-á o povo mais admirado e amado do
mundo. As belezas ecológicas, as riquezas naturais, os biocombustíveis (um
presente para o mundo), a miscigenação étnica, a cor dourada da pela
morena, a unidade lingüística e cultural, a harmonia interreligiosa, a alegria
contagiante do futebol e do samba e a solidariedade do coração brasileiro já
*
As ditaduras de direita. Cabe lembrar que a ditadura nazista era anticristã, socialista e
esquerdista, embora parecesse anticomunista. Já as chamadas ditaduras de direita
emergiram como reações de legítima defesa dos países cristãos ao ataque dos esquerdistas
contra o mundo democrata cristão. Assim, as ditaduras de direita suprimiram as liberdades
dos esquerdistas, uma vez que eles eram criminosos que pretendiam invadir e tomar o poder
para destruir a liberdade da nação através da sabotagem, da violência, do seqüestro, do
assalto a bancos, das guerrilhas, etc (como fizeram em todos os 35 países que invadiram
Como seria o Brasil hoje se os brasileiros patriotas (civis e militares) não tivessem reagido
e vencido os esquerdistas e traidores em 1932, 1935, l964 e 1988, na Constituinte? E qual
o futuro do Brasil se os esquerdistas aloprados se perpetuarem no poder (mentindo e
manipulando a democracia) ao estilo de Hugo Chaves, de Evo Miorales, do louco Marmud
Hamadnejad, entre outros?
176
não fizeram do Brasil a nação mais admirada e amada do mundo? Não
dizem todos os estrangeiros que adotaram o Brasil, que este é o melhor povo
e o país do mundo para se viver? Então, o que governo e o Congresso
Nacional precisam fazer? Libertar o Brasil dos criminosos, dos promíscuos
e dos esquerdistas ateísta? Como fazer isto: Através da educação baseada no
amor e na verdade. Começando pela Lei de Proteção à Família Natural e
pela Lei da Educação de Valores na escola.
A democracia familista somente nascerá florescerá com base no
crescimento de famílias naturais de alta performance (alto padrão espiritual,
moral, ético e cultural), as quais sempre existiram e sempre foram a base
estável e firme de todas as sociedades da história. Sem o grupo de famílias
de alta performance (a reserva moral natural) a sociedade brasileira já teria
se desintegrado. Até o momento este grupo de famílias resistiu e sobreviveu
a tudo, mas será que resistirá e sobreviverá às leis antifamília e anticristãs
que tramitam no Congresso Nacional?
15.2. Os 4 tipos de democracia
A democracia, porque respeita a liberdade e os direitos humanos foi o
melhor regime de governo já inspirado por Deus na Terra. Mas não é
perfeito nem divino. Por isso pode e precisa ser aperfeiçoado, pois em seu
nível de desenvolvimento atual ainda inventa e impõe leis anti-Deus e antihumanas. Por isso, é procedente falar em 4 modelos ou 4 níveis de
desenvolvimento da democracia: direta, representativa, participativa e
familista. Como a democracia é a mera promessa da garantia dos direitos
humanos (e não da permissividade), a sociedade familista pode também ser
classificada como uma democracia, mas uma verdadeira democracia onde os
deveres necessariamente precedem os direitos, onde a responsabilidade
precede a liberdade.
A democracia direta tem a ver com a eleição direta dos
representantes do povo. o que autamenticamente transforma-a em
democracia representativa. Hoje os povos já sabem que os seus
“representantes” representam apenas a si mesmos. O egoíso e a corrupção
atinge quase a totalidade dos políticos nas democracias representativas.
Neste modelo o povo continua trabalhando apenas para manter-se vivo, mas
seus “representantes” sempre terminam seus mandatos milionários. Em um
momento de sinceridade o ex-presidente José Sarney declarou a um repórter
da Globonews: “A democracia representativa está morta.” O terceir tipo de
democracia, a chamada democrcacia participativa, como as duas anteriores,
é também fala chamada democracia participativa é o modelo
177
pseudodemocrático que os comunistras adiotraram como estratégia de
conquista do poder via eleição direta. A ideia sugere enganosamente que na
democracia participativa, sempre esquerdista, a voz do povo tem poder de
comando e decisão. É a mesma promessa mentirosa que os marxistassocialistas-comunistas sempre prometeram aos povos, sob o nome de
ditadura do proletariado. Uma vez no poder, e na prática, os comunistas
restabeleceram um novo modelo de monarquia: a monarquia comunista
absoluta, onde a nova corte recebeu o nome de Nomklatura e o povo foi
transformado em empregado-escravo do Estádo, uma pequena elite
convertida em patrão-único, proprietário único de toda a riqueza da nação, e
ainda com direito de suspender e manipular os direitos humanos e fuzilar
milhões de seu próprio povo. É o que está registrado em O Livro Negro do
Comunismo. Crimes, terror, repressão (Bertrand Russel. Brasil, 2006), a
história dos crimes e genocídios provocados pelos marxistas-socialistascomunistas em todo o império comunista. A democracia participativa
coincide com a ideia mentirosa do socialismo democrático do marxistacomunista Norberto Bobbio. A obra O Livro Negro do Comunismo. Crimes,
terror, repressão é um documento histórico baseado em foto e documentos
oficiais provando que o comunismo foi a maior mentira e a mais cruel e
desumana ditadura da história, e que deixou um rastro de sangue com mais
de 150 milhões de vítimas inocentes (Cf. O custo humano do comunismo.
Le Figaro. Edição de 18 de novembro de 1978).
15.3. A democracia familista
O que é a democracia familista? É um modelo de sociedade baseado na
estrutura e na ética da família natural. Já dissemos que a sociedade é uma
instituição natuaral porque é tão somente o somat´rio de muitas outras
famílias naturais. Se as famíliias individualmente são naturais, não perdem
sua naturalidade quando reunidas em grupos de convivência. Obviamente a
estrutura familiar à qual nos referimos aqui é a estrutura da família natural,
formada por pai, mãe e filhos, e onde os pais vivem para amar e servir aos
filhos, que lhes retornam amor sob a forma de piedade filial. Se os pais
existem para amar e servir aos filhos (como prova a obsrvação histórica e
universal) , isto significa que os pais não são tiranos repressores e
exploradores de seus filhos, que os obriga ao trabalho esctravo de fazer
faxina em seus quartos e em sua residências, como sugeriu Freud e como
afiirmam ainda hoje seus parceiros anti-Deus e anti-família. Coo Freud aera
ateu, as teorias psicanalíticas também são ateístas. Logo, ninguém pode ser
um psicanalista freudiano e também um Deusista.
178
De outro lado, a estrutura social natural tampouco corresponde à
hipótese marxista da base-superestrutura, onde a base eram os meios de
produção (e os proletários, como peças integrantes das fábricas), enquanto a
superestrutura eram as ideias e ideais das elites exploradoras da mais valia.
Em vez de corresponder À estrutura das sociedades cristãs, essa estrutura se
aplicou perfeitamente às sociedades comunistas, onde a elite do Partido
Comunista tornou-se a elite repressora exploradora e criminosa dos povos. E
foi precisamente essa estrutura injusta que fez implodir as sociedades
comunistas em todo o mundo.
A experiência histórica nos serve de alerta e nos aponta o caminho do
meio, o ponto do equilíbrio. Não se pode criar e educar filhos, governar uma
família, sem estabelecer regras e limites. Do mesmo modo não se pode
governar uma nação sem regras e limites. Uma sociedade sem regras e sem
limites corresponde ao anarquismo primitivo e o retorno certo ao
barbarismo. Por isso, mesmos as democracias cristãs estabeleceram regras e
limites (sistemas policial, jurídico e prisional) a fim de haver
governabilidade com liberdade e progresso. Sem liberdade não há o
exercício da criatividade e da livre iniciativa, nem tampouco progresso. A
supressão da liberdade foi o fator primeiro da implosão das economias
comunistas.
A estrutura e o funcionamento de uma democracia familista
assemelha-se em tudo à estrutura e funcionamento de uma família natural,
ou dos agrupamentos biossociais das abelhas e das formigas, por exemplos.
A colmeia e o formigueiro são organismos unificados, embora abelhas e
formigas pareçam mover-se livremente, na verdade, elas se movem dentro
de regras e limitres pré-estabelecidos geneticamente. Grandes bandos de
aves e cardumes de peixes tem surpreendido os pesquisadores pelo modo
ainda inexplicável como o bando todo se move simultaneamente em
perfeita sincronia, como se fossem um. Podemos dizer o mesmo com
relação aos seres humanos, cujos corpos são uma gigantesca colônia de
células, seres unicelulares, que coexistem e se deslocam em conjunto.
Podemos afirmar o mesmo com relação à sociedade, que é composta por
milhões de pessoas, mas funciona como um superorganismo biomecânico
ondes as partes são interconectadas e interdependentes umas das outras, e
cada parte sobrevive com base/ contribui para a manutenção do todo. Não
poucos os cientistas sociais que compararam a sociedade com um
organismo vivo. O familismo é a teoria da sociedade viva, a bio-sociedade
ecológicamente equilibrada. O funcionamento do familismo assemelha-se
ao funcionamento de um nicho ecológico da natureza. Na verdade, a
sociedade humana é um nicho ecológico, uma vez que é constituída por
179
homens, animais, vegetais. células, moléculas e átomos em íntima conexão
e interdependência. E como todos os sistemas vivos a bio-sociedade é
também uma estrutura dissipativa aberta-e-fechada em contínuo intercâmbio
com o meio ambiente natural e social que a envolve. As migrações humanas
(e até sua motivação) assemelham-se às migrações sazonais de aves, peixes
e animais. Os animais migram em busca de novos climas e novos alimentos;
os seres humanos migram em busca de novas fontes de felicidade; de novas
e melhores formas de concretizar os três desejos essenciais de sua natureza.
A sociedade familista é uma sociedade democrática porque seus
cidadãos são responsáveis por sua manutenção e perpetuação. E é a
responsabilidade (o cumprimento dos deveres) o que garante a liberdade
(usufruto dos direitos). Sem responsabilidade não pode haver liberdade.
Liberdade sem responsabilidade não é liberdade, mas irresponsabilidade e
permissividade. Um presidente que não pratica o amor sacrifical por seu
povo, que mente e rouba seu povo não é presidente, e um falso pai; é um
traidor mentiroso e ladrão. Um presidente que não estabelece regras e
limites ético-morais para educar e guiar o seu povo rumo à plena felicidade
é semelhante a um pai que traiu os seus filhos, e justifca sua
irresponsabilidade com o falso argumento de respeito pela liberdade do
mesmo. Liberdade sem limites não é liberdade, mas permissividade. E o
caminho da permissvidade é o caminho da autodestruição.
Foi assim nas monarquias pré-republicanas. Foi assim nas tiranias
comunistas.
Tem
sido
assim
nas
democracias
permissivas
pseudorepresentativas sob o comando dos esquerdistas. Não há amor
parental no ateísmo esquerdista em relação aos povos. Por isso, não há
responsabilidade, nem lioberdade e nem prosperidade verdadeiras. Na
maioria das “democracias representativas” atuais os governantes não vivem
para amar e para servir aos seus povos, mas para enganá-los, roubá-los e
enriquecer a si mesmos. As ditaduras comunistas já ruíram. As falsas
“democracias representativas” permissivas também ruirão. E quando isto
acontecer terá chegado a hora da verdadeira terceira via: a democracia
familista, a sociedade-família.
Capítulo 16
180
A DEMOCRACIA, O DIREITO DA MAIORIA
E AS LEIS ANTIFAMÍLIA E ANTICRISTÃS
Nos 4 modelos de democracia será sempre dever do Estado proteger e
defender a integridade e a prosperidade da pátria (governo + povo +
território). Logo, por definição e por princípio, e com base nos princípios da
Constituição da República Federativa do Brasil, democracia é o governo do
povo, pelo povo e para o povo, e não o governo das minorias, pelas minorias
e para as minorias. Desse modo, se a democracia é um regime de governo
no qual a vontade da maioria absoluta predomina, por que a minoria
antinatural homossexual está tentando, arbitrariamente no grito e na força,
impor seus hábitos sexuais antinaturais sobre a maioria natural familista,
apresentando o homossexualismo (o vício de fazer sexo com pessoas do
mesmo sexo) como um novo modismo saudável, prestigioso, vantajoso e
como um modelo de conduta que deve ser estimulado e seguido livremente
por crianças e pré-adolescentes? Não esqueçamos que é na faixa etária de
imaturidade psicoemocional que ocorrem os aliciamentos e a persuasão próhomossexualismo.
Por que os pais e as mães brasileiras que desejam ver seus filhos
casados com alguém do sexo oposto (a fim de gerar descendência e
linhagem) têm sido perseguidos e taxados de retrógrados e preconceituosos?
Desde quando optar pelo sexo familiar (homem-mulher) e defender a
família natural (homem-mulher-filhos) tornou-se um crime no Brasil? E por
que cidadãos que decidiram subverter a ordem natural e fazer sexo com
outrem do mesmo sexo têm sido estimulados, elogiados, protegidos e até
patrocinados financeiramente pelos governos esquerdistas? Por que as
passeatas gays, entre outros movimentos, têm sido patrocinadas com
recursos públicos; com os impostos pagos pela maioria absoluta da
população brasileira, que é constituída por famílias naturais? Quando foi
realizado um plebiscito perguntando às famílias naturais brasileiras se os
governos esquerdistas podiam usar o dinheiro dos impostos pagos por
famílias naturais para patrocinar a popularização e o crescimento do
homossexualismo no Brasil? Afinal, quem elegeu os governantes: a maioria
natural da população brasileira (as famílias naturais) ou a minoria
antinatural homossexual?
181
Todos são iguais perante a lei. Todos têm os mesmos deveres e os
mesmos direitos e garantias, mas até que ponto é legal e legítimo um
governo democrático enaltecer, privilegiar e patrocinar a popularização e o
crescimento de uma minoria antinatural (0,25% constituída por cidadãos
homossexuais)? Em que aspectos tais cidadãos são superiores aos cidadãos
da maioria natural familista brasileira?
Do ponto de vista psicológico o intercurso sexual entre pessoas do
mesmo sexo pode ser interpretado como um desvio de conduta sexual
(efeito de um distúrbio psicoemocional), por tratar-se de uma prática
antinatural que subverte o uso natural de um órgão do aparelho excretor,
viola os princípios da biologia e usa-o como um órgão genital, do aparelho
reprodutor. Portanto, a prática homossexual (homem-homem, mulhermulher) é tão antinatural quanto a pedofilia (sexo entre adultos e crianças), a
zoofilia (sexo entre seres humanos e animais), a necrofilia (sexo entre vivos
e mortos), o sadomasoquismo (sexo mesclado com a violência), entre outras
perversões sexuais psicopatológicas praticadas no passado pelo barbarismo
primitivo, e ainda hoje por uma inexpressiva minoria anticristã. Estas
práticas sexuais bárbaras ainda sobrevivem no século XXI devido ao ataque
histórico e global dos inimigos da civilização cristã ao longo de toda a era
cristã, tendo sido intensificado com a chegada dos anticristãos ao poder na
Revolução Francesa de 1789, na revolução nazista de 1933 e na revolução
russa de 1917, que se estendeu até 1988, e ainda persiste hoje na China, na
Coréia do Norte, em Cuba e nas mentes e corações de milhões de seres
humanos, especialmente da América Latina, que tem se apresentado como o
socialismo tropical (que construirá na América Latina o verdadeiro
comunismo); o comunismo original, pueril, tropical, pacífico e próspero.
16.1. Ordem e Progresso ou Deus e Família?
Desde 1919, ano da fundação do partido comunista em nossa terra, o Brasil
tem sido vítima do ataque dos esquerdistas, embora não estivesse consciente
de que estava sob o ataque de um inimigo desconhecido numa guerra de
conspiração e sabotagem nunca declarada. Na verdade, os esquerdistas
deram o primeiro golpe militar no Brasil ainda em 1898, na Proclamação da
República. É por isso que o lema da nossa bandeira Ordem e Progresso *
*
Ordem e Progresso ou Deus e Família? Sem Deus e sem família não é possível ordem
nem progresso. O lema mais apropriado para constar da bandeira de uma nação cristã, que é
o símbolo nacional por execelência, deveria estar relacionado aos valores centrais do
Cristianismo: Deus e Família. Assim, em vez de Ordem e Progresso, a bandeira do Brasil
deveria ostentar a frase Deus e Família, pois sem Deus e sem família jamais haverá ordem
182
não é uma frase cristã nem Deusista, mas do filósofo francês Auguste
Comte (1798-1857), um materialista ateu que inventou uma contraproposta
teórico ateísta para o Cristianismo, a filosofia positivista, e uma pseudoreligião anticristã (a Igreja Positivista; com templos, rituais, cerimônias
místicas, um novo calendário onde as datas e os santos cristãos foram
substituídos por intelectuais e cientistas ateus, e até um novo messias, o
próprio Comte. Por que será que, embora sejamos uma nação cristã (de
absoluta maioria cristã) o lema da nossa bandeira não é uma frase de Jesus?
O ataque e a declaração de guerra ideológica (planejado e inconsciente)
contra o Cristianismo e seu modelo de família (a família natural) não foi
desfechado apenas contra o Brasil, mas contra o mundo cristão, como
observou o Papa Bento XVI:
“Na nossa sociedade atual é penalizado quem desonra a fé judaica....
É penalizado quem ofende o islamismo. Mas, quando se trata de defender
Jesus e aquilo que é sagrado para os cristãos, eis que a liberdade de
opinião aparece como o bem supremo cuja limitação seria uma ameaça ou
até mesmo a destruição da tolerância e da liberdade em geral... Há aqui no
ocidente (e no Brasil) um ódio de si próprio que é estranho e tem algo de
patológico. O ocidente se abre para a compreensão de valores externos,
mas perdeu o amor a si próprio; de sua história, enxerga apenas o que é
condenável e destrutivo, e esquece aquilo que é grande e puro.” (Deus e os
homens na visão de Bento XVI. Veja, 27 de abril de 2005. Pág. 76).
O que acontecerá com os senadores e deputados federais do
Congresso Nacional se forem amedrontados, acuados, garroteados e
obrigados, sob pressão dos esquerdistas e da minoria antinatural
homossexual a aprovarem leis que privilegiem o homossexualismo, dandolhes status social superior ao dos demais cidadãos familistas brasileiros? Por
que senadores e deputados federais cristãos criariam e aprovariam leis
antifamília que atentam contra Deus, contra o Cristianismo (o fundamento
espiritual e moral da cultura brasileira) e contra a família natural (a ordem
natural), se tais leis antifamília atentam contra a coesão, a integridade e o
futuro do Brasil?
Um governo democrático deve governar para todo o povo. Porém,
numa verdadeira democracia a vontade da maioria absoluta (99% familista)
e progresso social. Não se pode chamar de progresso social uma sociedade onde 5% da
população são bilionários e milionários, 15% são da classe média (com renda superior a
sete mil dólares) e 85%% vive na pobreza e na miséria. E todos, inclusive os pobres e
miseráveis, acham essa situação normal! Esse quadro de extrema desigualdade social foi
predominante nos 35 países que compunham o falido império comunista ateu.
183
da população deve predominar sobre a vontade da minoria restante (1%, a
minoria antinatural homossexual). Mais ainda se a vontade da minoria de
1% ameaça levar a sociedade inteira para a degradação moral e a
desintegração social. Numa democracia todos são iguais perante a lei, mas
no Brasil a minoria antinatural homossexual tem o apoio de partidários
infiltrados nos meios de comunicação de massa, o que lhe permitem
manipular uma concessão pública (sinal de TV ou de rádio) para fazer
publicidade e propaganda de si mesma, apresentando-se como uma minoria
perseguida e violentada quando, na verdade, é ela que persegue e ataca com
escândalos, palavras, gestos obscenos e uma conduta anticristã a maioria
absoluta cristã (99% da população) constituída por famílias naturais. Neste
contexto, onde todos são iguais perante a lei? Por que a minoria
homossexual julga-se no direito de difundir uma falsa imagem de si mesma,
enquanto critica e propõe leis, através dos meios de comunicação de massa,
para impedir a legítima defesa da maioria cristã familista?
16.2. Qual a utilidade das “leis” antifamília e anticristãs?
Qual o valor e a utilidade de algumas leis antifamília e anticristãs, tais como
a lei do divórcio direto (aprovada no Novo Código Civil de 2002), a
descriminalização do adultério, * a legalização da união homossexual
*
O adultério e o divórcio A traição sexual e a quebra da família provoca danos morais
nos cônjuges, nos filhos, nos famíliares de ambos os cônjuges e na sociedade. O adultério e
o divórcio transformam pais e filhos em vítimas e ocasionam agressões, pelejas jurídicas
estressantes e até crimes passionais. A médio e longo prazo o adultério e o divórcio afetam
a saúde de todos os membros da família e contribuem para a desintegração da sociedade.
Apesar disso o adultério e o divórcio não têm consequências legais nem sociais para
homens e mulheres, que decidem agir de modo egoísta e irresponsável como se não
tivessem assumido compromisso algum com o cônjuge, os filhos, os familiares e nem com
a integridade da nação Agem como se nunca tivessem construído uma família e nem
tivessem contraído vínculos morais e legais. O direito egoísta de um cônjuge é posto acima
dos direitos do outro cônjuge e dos direitos dos filhos, dos familiares e da nação. O que era
um dever moral e legal tornou-se em egoísmo amoral legal. Os direitos dos filhos foram
violados e os deveres dos pais foram transformados no “direito”de atentarem contra a saúde
psicoemocional de seu cônjuge (comumente trocado por uma pessoa mais jovem por razões
egoístas e sexuais), contra a saúde psicoemocional dos filhos e contra a saúde e a
integridade social da nação. Ao extinguir a ilegalidade do adultério, o Congresso Nacional
desrespeitou a Deus, violando Sua lei moral (Não adulterarás) e simultaneamente legalizou
e legitimou a traição. Este fato quase faz de Judas um herói e exige que Jesus lhe peça
perdão. Do mesmo modo quase exige que o Tiradentes peça perdão ao traidor Silvério do
Reis. Do mesmo modo, ao aprovar o divórcio imediato (ato de traição moral semelhante à
traição nacional, uma vez que a implosão da família implodirá a nação a longo prazo), o
Congresso Nacional violou as leis naturais e morais de Deus e acatou e implantou as leis
184
(direito de herança, etc), a lei da homofobia (aprovada na Câmara dos
Deputados numa sessão noturna, mas ainda não aprovada no Senado
Federal), entre outras leis já aprovadas? Em que aspectos estas leis
contribuíram para o aumento da coesão e da estabilidade social no Brasil?
Certamente estas leis antifamília e anticristãs foram aprovadas
apressadamente (sob pressão dos esquerdistas aloprados) sem o devido
conhecimento de seu verdadeiro significado e nem de suas negativas
conseqüências sociais para o futuro.
Hoje, tramitam no Congresso Nacional outras leis antifamília e
anticristãs propostas por esquerdistas e ateístas, as quais são violentamente
contrárias às crenças e aos valores morais e espirituais de 99% dos
brasileiros (a maioria absoluta constituída por famílias naturais). Na
contramão da história, enquanto o Brasil marcha para tornar-se um país
realmente cristão (o que seguramente geraria mais honestidade e paz social),
o Congresso Nacional está criando e aprovando leis absolutamente
anticristãs,* tais como: 1. legalização do aborto (que estimulará o
infanticídio *); 2. legalização da prostituição (que estimulará e legalizará a
antifamiliares do Demiurgo, uma espécie de demônio que parece agir nas sombras da
política palaciana). Com a descriminalização do adultério e a legalização do divórcio
imediato o Congresso Nacional anulou as Leis de Deus e inverteu a ordem do Direito: os
direitos egoístas dos indivíduos foram postos acima dos direitos públicos da família e da
nação. Quem pagará por estes erros?
*
Deus está na moda — Recentemente, a revista Época (Nº 578.15 de junho de 2009. Pg.
64 a 71) publicou matéria de capa de Nelito Fernandes com o título Deus é Pop. A matéria
divulga a pesquisa realizada pelo Instituto alemão Bertelsmann Stifung em 21 países, e que
revelou que “95% dos brasileiros entre 18 e 29 anos se dizem religiosos, e 65% afirma ser
profundamente religiosos. (...) 90% dos jovens acreditam em Deus.” Em seu recente livro
God is Back (Deus está de Volta), os jornalistas da revista britânica The Economist, John
Mikelethweit e Adrian Wooldridge, escreveram: “Aquilo que muitos acreditavam que iria
destruir a religião — a tecnologia, a ciência, a democracia a razão e a economia — está
tornando-a cada vez mais forte.” O Pentecostalismo (que inclui o Movimento Carismático
católico) no Brasil é o mais forte e crescente do mundo, e o evangelismo já representa 25%
(50 milhões) da população brasileira.
*
Infanticídio legal? — Quando a Justiça estimula a reconciliação entre as partes, o Novo
Código Civil de 2002 facilitou e aprovou a lei do divórcio direto, estimulando os casais a
não tentarem a reconciliação. Isto, sem dúvida, foi um equívoco. A aprovação da lei do
aborto será a legalização do infanticídio. Se uma mulher decidir matar seu filho ainda
dentro de seu ventre, que o faça sozinha e assuma perante Deus e a humanidade a
responsabilidade pela violência de seu ato. Todo homicídio é ilegal, independentemente da
idade da vítima. O abandono e a violência contra o menor é crime. Por que o assassinato de
um menor completamente indefeso ainda dentro do ventre de sua mãe também não seria um
crime? O Congresso Nacional brasileiro não deveria assumir a cumplicidade pelo imenso e
monstruoso infanticídio que a legalização do aborto provocaria no Brasil. Milhões de bebês
185
promiscuidade); 3. Legalização das drogas (estímulo à imbecilização da
juventude); 4. legalização do jogo (bingos e cassinos = estímulo ao vício e à
criminalidade); 5. legalização do casamento homossexual (agressão moral
contra a família natural, contra a estabilidade social e contra a taxa de
manutenção demográfica); e 6. lei da homofobia (privilégio e proteção
especial para os homossexuais).
Analisando a criação e a aprovação dessas leis antifamília, antihumanas e anticristãs tem-se a impressão de que a chegada dos esquerdistas
aloprados ao poder foi como se, através deles, bilhões de espíritos antiDeusistas, anticrstãos e antifamília tivessem tomado de assalto o poder no
Brasil, acelerando o processo de desmoralização da juventude e de
descristianização do Brasil revelado pelo ex-agente da KGB Yuri
Bezmenov, como a principal tática esquerdista-socialista (representava 85%
dos investimentos da antiga KGB) para levar um país à instabilidade e à
total desintegração (efeitos sociais do aumento da promiscuidade e da
criminalidade).
Diante dessas leis anticristãs, antifamília e anti-humanas escandalosas
os Papas João Paulo II e Bento XVI ergueram suas vozes — em uníssono
com todos os verdadeiros cristãos do Brasil e do mundo! —, chamando a
atenção do mundo para os limites da democracia: os limites das leis criadas
pela democracia em relação às leis de Deus e às leis da moral e da ordem
naturais:
“Por princípio, a ética social cristã apóia a solução democrática
porque ela é mais condizente com a natureza racional e social do homem
(defende os direitos humanos). Mas longe da ética social cristã — é bom
especificá-lo! —, ‘canonizar’ este sistema (...) Algumas leis criadas pelos
parlamentos são anti-humanas. Os parlamentos que aprovam e promulgam
semelhantes leis devem estar cientes de que extrapolaram suas
competências, pondo-se em aberto conflito com a lei de Deus e com a lei
natural”. (João Paulo II. Memória e Identidade. Editora Objetiva/2005.
Pp.145-152).
“Se considerarmos a união homossexual mais ou menos equivalente
ao matrimônio, teremos uma sociedade que já não reconhece a
especificidade nem o caráter fundamental da família, que tem como objetivo
perpetuar a humanidade. (...) O ato sexual perdeu sua intencionalidade e
sua finalidade, que sempre foi bem visível e determinante [a felicidade do
seriam assassinados antes de nascer. Um infanticídio pior do que o do Faraó egípcio e o do
rei Herodes.
186
casal e a perpetuação da família e da espécie humana]”. (Bento XVI. Nasce
uma nova Igreja. Revista Época, 25/04/2005. Pásg. 83).
Por que o Congresso Nacional, que representa o povo brasileiro (99%
constituído por famílias naturais cristãs) não faz um plebiscito perguntando
aos pais e às mães de família brasileiras se elas concordam com estas leis
antifamília e anticristãs e que conduta sexual eles desejam para seus filhos e
filhas? Os congressistas também deveriam fazer esta pergunta a si mesmos.
Por que o Congresso Nacional não faz um plebiscito perguntando às
famílias brasileiras que cultura elas desejam para o futuro do Brasil: uma
cultura pornô ou uma cultura cristã, uma cultura de violência ou uma
cultura de paz?
Por que o Congresso Nacional não respeitaria as
raízes culturais cristãs e os valores morais históricos da população brasileira,
se foi essa maioria familista que o elegeu? A pressão psicológica
(chantagem psicoemocional) dos esquerdistas e da minoria homossexual
presente na mídia está pressionando e acuando as famílias naturais e todo o
Congresso Nacional para que elogiem, enalteçam, estimulem e protejam as
leis anticristãs e antifamília.
16.3. O Estado Democrático de Direito tem o dever jurídico
e constitucional de proteger a família natural
Como ficou demonstrado no capítulo 1 deste livro, a família natural
(homem-mulher-filhos) é um fenômeno natural biológico perpétuo, ou uma
instituição inventada socialmente e em desintegração espontânea, como
afirmaram Engels, Marx, Lenin e os marxistas e ateus em geral. Afinal, a
família natural é uma instituição social falida ou é uma instituição natural e
perpétua imprescindível à felicidade humana e fundamental à perpetuação
das sociedades?
Se a família é uma instituição natural biológica perpétua o Estado
democrático tem o dever moral, ético e legal de proteger a família natural
(homem-mulher-filhos) sob pena de estar atentando contra a existência do
próprio Estado. Um governo que atentasse contra a família natural estaria
traindo o país e cometendo o crime de lesa-pátria. Deveria ser afastado do
poder por um impeachment imediatamente!
Se a família natural (homem-mulher-filhos) é uma instituição natural
biológica perpétua, em vez de enaltecer a minoria homossexual, o Estado
democrático deveria enaltecer a família natural, pois teria o dever legal de
protegê-la, senão como fenômeno humano supra-animal (seres morais e
espirituais), então como uma espécie biológica integrante da biodiversidade
natural; parte integrante imprescindível ao funcionamento do ecossistema
187
global do planeta, e que já conta com a proteção das leis de defesa à
biodiversidade em função da urgente necessidade de sustentabilidade. Seja
como fenômeno supra-animal ou como espécie biológica o casal homemmulher precisa e deve ser protegido pelo Estado. Sob este enfoque negar
proteção à família natural, no mínimo, pode ser considerado e punido como
um crime ambiental 1 contra a espécie humana, enquanto sistemas vivos e
partes integrantes da biosfera planetária e da biodiversidade brasileira.
Se a família natural (homem-mulher-filhos) representa 99% da
população brasileira (a maioria mais que absoluta) e o governo eleito pela
maioria absoluta da população (constituída por famílias naturais) se revelar
hostil às famílias naturais, criando, aprovando e patrocinando leis
antifamíliares com recursos públicos, e enaltecendo e defendendo a minoria
homossexual, cujo enaltecimento e defesa oficial já é um ataque contra a
família natural, este governo está destruindo os pilares de sustentação do
Estado (as famílias naturais) e promovendo a longo prazo a desintegração
do próprio Estado. Que legalidade e que legitimidade tem esse governo?
Um impeachment é uma necessidade urgente e vital para o país e para o
povo como um todo.
Se um governo se une a uma minoria antinatural (praticante de uma
perversão de natureza sexual similar à zoofilia e à pedofilia, entre outras)
para defendê-la e impor (por lei) seus hábitos sexuais antinaturais sobre a
maioria absoluta da população (que optou pelo uso natural do sexo), que
governo é este? Que democracia é esta? Isto não é mais um governo legal
nem legítimo. Isto não é mais uma democracia verdadeira, mas uma
ditadura das minorias antifamília natural camuflada de democracia.
Se um pequeno grupo de indivíduos (o governo) é eleito
democraticamente pela maioria absoluta da população de um país,
obviamente foi eleito para defender e fazer valer a vontade da maioria do
1
Família natural e lei ambiental — A família natural (homem-mulher-filhos) é um grupo
biossociocultural natural; parte integrante e imprescindível da natureza. Senão por outra
razão de cunho racional, moral ou espiritual, enquanto parte da biodiversidade tem direito à
proteção. no mínimo, da lei de proteção à biodiversidade, e o governo tem o dever de
protegê-la. “Todos tem direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações
(Constituição Federal do Meio Ambiente. Cap. VI, Art. 225). Sem famílias naturais
não haverá sociedade humana. E que valor e sentido teria o planeta Terra sem a
presença humana? Assim, até com base na lei de defesa do meio ambiente, a
família natural pode ser defendida e protegida.
188
povo — a proteção integral da família natural (homem-mulher-filhos). Se
foi eleito pelas famílias naturais para proteger a família natural, quem deu
legalidade e legitimidade a tal governo para criar e impor leis antifamiliares
contrárias à natureza humana e contra à vontade da maioria do povo que o
elegeu? Se isto é um direito do pequeno grupo de indivíduos que compõem
este governo, onde estão os direitos da maioria absoluta do povo?
“Quando os direitos da maioria da população são, desrespeitados e
violentados pelo poder Executivo, os poderes Legislativo e Judiciário tem o
dever moral e legal de erguerem suas vozes em defesa do povo e do Estado
de Direito característico da democracia. E quando os poderes Executivo,
Legislativo e Judiciário se omitem em proteger os direitos do povo o
próprio povo tem o direito de erguer sua voz contra aquele governo traidor
e eleger um novo governo patriótico e cumpridor de seus deveres para com
o povo”.
16.4. No Brasil família legal é família natural
A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 226, garantiu: “A família,
base da sociedade, tem especial proteção do Estado.”
O Novo Código Civil de 2002, em seu artigo 1.514, igualmente
garantiu: “O casamento se realiza no momento em que o homem e a mulher
manifestam, perante o juiz, a sua vontade de estabelecer vínculo conjugal, e
o juiz os declara casados.”
Como se vê o Novo Código Civil de 2002 define casamento como a
livre união de um homem e de uma mulher, ratificando o que a Constituição
Federal de 1988 já havia estabelecido. Portanto, família legal no Brasil é
família natural (homem-mulher-filhos).
Quando alguns indivíduos integrantes de um governo se propõem a
criar e a aprovar leis que atentam contra a família natural (homem-mulherfilhos), base fundamental da sociedade e opção de modo de vida de 99% da
população brasileira (a maioria mais que absoluta), não estão violando o
Novo Código Civil de 2002 e a Constituição Federal de 1988, que define
casamento como a união legal de um homem e uma mulher e o põe sob a
proteção do Estado? Se alguns indivíduos integrantes de um governo estão
violando simultaneamente o Novo Código Civil Brasileiro e a Constituição
da República Federativa do Brasil tais indivíduos, como cidadãos comuns,
devem ser detidos, expulsos do governo, julgados, sentenciados e presos.
Que família a lei brasileira protege? A família natural (homemmulher-filhos), ou o arranjo antinatural de dois homens ou duas mulheres
que, confusos, decidiram subverter a ordem natural, fazer sexo uns com os
189
outros e chamar a esse rito de acasalamento antinatural e anti-humano de
família? É um rito de acasalamento anti-humano porque atenta contra a
perpetuação da espécie e da sociedade humana. De que lado o governo
eleito pela maioria das famílias naturais brasileiras deve estar? Do lado da
absoluta maioria natural (99%) ou do lado da inexpressiva minoria
antinatural (1%)? Obviamente a minoria antinatural tem o direito de existir,
mas não tem o direito de tentar impor (por lei) seus hábitos sexuais
antinaturais à maioria absoluta da sociedade brasileira. Afinal, onde estão os
direitos da absoluta maioria natural?
Neste livro, que representa um Manifesto Famílista, pretendeu-se
demonstrar cientificamente que a família natural (homem-mulher-filhos) é
um fenômeno natural psicobiológico imprescindível à plena realização e
plena alegria do indivíduo da família, da sociedade e vital para
aperfeiçoação da espécie humana, e é também uma necessidade
psicoemocional imprescindível à realização e à felicidade humana. Se isto
ficar provado, ninguém poderá criar nem aprovar leis antifamília natural, ou
leis de apoio a grupos antifamília natural (como a minoria homossexual) sob
pena de estar violando acintosamente a Constituição Federal e o Código
Civil Brasileiro, traindo a população brasileira (99% constituída por famílias
naturais) e atentando contra a integridade e a subsistência da República
Federativa do Brasil. O ataque contra a família natural é um ataque contra o
Brasil. É um crime contra o povo e contra a pátria. Que sentença o Supremo
Tribunal Federal daria para um traidor desta magnitude?
16.5. A sociedade natural como ampliação da família natural
A desintegração da família natural conduzirá à desintegração social porque a
ideia de sociedade é um conceito social. A sociedade é tão somente um
grupo de famílias naturais vivendo e convivendo em um mesmo espaço
social. Por isso, o fim da família natural será simultaneamente o fim da
sociedade.
Demonstrada a lógica e a fundamentação científica da família como
instituição natural como o ninho humano, no sentido biológico, e como
escola da afetividade no sentido psicoemocional: pais-filhos (amor parental),
esposo-esposa (amor conjugal), irmãos-irmãos (amor fraternal) e filhos-pais
(amor filial) pode-se pensar: uma vez que o homem é um ser natural e
também um ser social,* sendo a família uma instituição natural
*
A psicologia evolucionista (de inspiração darwiniana) também afirma o homem como um
ser moral. Cf. Robert Wright. O Animal Moral. Editora Campus, 2006. São Paulo.
190
(biopsicoemocional), a sociedade, que é um agrupamento de famílias, é
também uma instituição natural, já que não passa de um agrupamento
coerente de unidades naturais (famílias) interconectadas e interdependentes.
O filósofo inglês Herbert Spencer (1820-1903) foi um dos pioneiros da
sociologia e também um dos primeiros a fazer uma analogia entre a
sociedade e um organismo vivo:
“Um organismo social é semelhante a um organismo biológico nos
seguintes traços individuais: ele cresce; enquanto está crescendo torna-se
mais complexo; enquanto está se tornando mais complexo, suas partes
adquirem independência mútua ascendente. Sua vida é imensa em extensão,
comparada às vidas de suas unidades componentes. Em ambos os casos há
uma integração crescente acompanhada de crescente heterogeneidade.” *
Spencer apenas traçou uma analogia entre o organismo social e o
organismo biológico. Não afirmou nem demonstrou que a sociedade era de
fato um organismo vivo, uma extensão ampliada da família natural
(enquanto unidades psicobiológicas e bioculturais), e uma parte integrante
do próprio planeta enquanto sistema vivo, assim como são os agrupamentos
biossociais das abelhas, das formigas e dos cupins, ente outros. No sentido
biológico, uma vez que o homem é um ser natural e social, a sociedade pode
ser identificada como um agrupamento biossocial; logo, biológico e vivo.
Pensar na sociedade como uma instituição natural é o mesmo que
constatar que o átomo é um ser natural. Portanto, um ajuntamento de átomos
interconectados coerentemente, a molécula, continua sendo igualmente um
ser natural, porém, ampliado pela soma de átomos. Embora, como
demonstrou Ehrenfels (o todo é sempre mais do que a soma das partes), as
relações intramoleculares e a função das moléculas sejam mais complexas
do que as atômicas. Por isso, uma molécula é um novo ser, possui uma
função e uma nova identidade. Do mesmo modo, a sociedade é um novo ser;
um ser natural maior e mais complexo (as famílias naturais — homemmulher — são as unidades básicas do mundo social, assim como os átomos
— próton-elétron — são as unidades básicas do mundo material).
Neste texto temos buscado evidenciar que a família é uma instituição
biológica, psicológica e social (biopsicossocial) porque é constituída por
elementos naturais (homens, mulheres e crianças) dotados de traços
biológicos, psicológicos e sociológicos em sua constituição. Assim, diversas
famílias convivendo em um espaço geográfico determinado e de uma forma
*
Herbert Spencer. Autobiografia. Pg. 56. Citado por Will Durant em A Filosofia de
Herbert Spencer. Ediouro, 2001. Rio de Janeiro).
191
coerente de interconexão e interdependência (culturalmente) constituem
uma sociedade, a qual continua sendo uma instituição natural haja vista que
é constituída por elementos naturais (homens, mulheres e crianças) os quais
manipulam e transformam outros elementos naturais (extraídos da natureza)
a fim de se perpetuarem no espaço e no tempo. Sob este prisma, o que é a
sociedade humana senão uma extensão ampliada da unidade social
fundamental chamada família, a célula-mãe das sociedades? Dois
indivíduos, um positivo e outro negativo, um homem e uma mulher atraemse mutuamente e estabelecem uma relação de interdependência e
complementaridade, formando uma unidade-dual natural: um casal. O casal
se multiplica formando uma família (o que transforma um casal em uma
família é a chegada dos filhos). A família primária se multiplica, se amplia
formando um clã, que se amplia formando uma tribo, que se amplia
formando uma sociedade, que se amplia formando uma sociedade nacional
(a nação), As nações juntas constituem a sociedade global (o mundo). E
tudo começa com uma família, um casal primário natural. *
Este fato histórico e sociológico nos aponta fortemente para a ideia da
sociedade natural haja vista que a sociedade resulta da ampliação
espontânea de uma unidade-dual natural — a família. Este fato não deveria
causar estranheza nos estudiosos uma vez que todas as espécies (por mais
numerosas que sejam) tiveram origem em um casal primário; um primeiro
par positivo-negativo semelhante, cujos elementos atraíram-se mutuamente
por afinidade da espécie, originando a espécie e toda a biodiversidade. *
16.6. A família natural é a base do Familismo
*
A genética e a teoria do casal primário — “Uma equipe de cientistas de 5 países
realizou uma pesquisa de DNA que comprovou o parentesco genético de palestinos, sírios,
libaneses e judeus. O estudo comparou o DNA de 1.300 homens árabes e judeus de 30
países, confirmando que estes povos possuem um ancestral comum que teria habitado o
Oriente Médio (Mesopotâmia) há pelo menos 4.000 anos.” Essa pesquisa confirmou a
crença do povo judeu e do povo árabe como descendentes de um único homem: Abraão, e
fortaleceu a possibilidade do casal primário. (Fonte: Abraão existiu? Superinteressante. Nº
190. Jul/2003. Pp. 40-48). Além disso, toda espécie teve início a partir de um casal primário.
A espécie humana não podia ser diferente. A sociologia chamou o casal primário de
população fundante. A Bíblia chamou-o de Adão ( = homem da terra) e Eva ( = mãe dos
viventes).
*
A teoria do casal primário: Sem esquecer que a ideia de um casal primário está presente
em todos os mitos de criação de todas as culturas, universal e historicamente. Cf. J.F.
Bierlein em Mitos Paralelos. Ediouro, 2004. RJ.
192
Vimos anteriormente que a família natural é o ninho humano e a escola
primária da educação de valores e da afetividade. Logo, se todas as famílias
tivessem tido um desenvolvimento natural não haveria violência doméstica,
nem traumas psicoemocionais e nem transtornos psíquicos da
aprendizagem. Assim, o que provoca o desequilíbrio da família natural?
Se, mais do que demonstrar que a família natural é uma instituição
biológica natural e perpétua imprescindível à realização e felicidade humana,
este Manifesto Familista demonstra lógica e cientificamente que a própria
sociedade é também uma instituição natural (por ser constituída por um
grupo de famílias naturais), o Estado brasileiro não somente tem o dever
absoluto de proteger a família natural, como deve ser interpelado
juridicamente se seus atos atentarem contra a família natural, uma vez que
estariam atuando contra a perpetuação da maioria absoluta da população,
atentando contra a sobrevivência da sociedade brasileira e contra o próprio
país que devia defender e proteger. O ataque à família natural é ilegal e
inconstitucional, e qualquer cidadão brasileiro pode detê-lo.
16.7. A família natural e as religiões
Das principais magias, movimentos mítico-mágicos (hinduísmo, budismo,
confucionismo e seus derivados) às principais religiões (movimentos
místico-religiosos que admitem a ruptura original e a necessidade do
religamento (donde se originou o termo religare = religião), todos enfatizem
o valor fundamental da família natural para a manutenção da ordem social e
para a felicidade dos indivíduos. Não obstante, nenhuma delas enfatizou a
eternidade da família. Para todos os grupos místicos a família é uma
necessidade física temporária e existirá apenas durante a vida física dos
seres humanos e que a imersão no Nirvana ou a entrada no Céu dar-se-á
individualmente. Até mesmo para o Cristianismo a família é um fenômeno
físico transitório e que a salvação é uma dádiva individual. Nenhuma das
principais religiões falou sobre salvação familiar ou sobre a eternidade da
família, embora saiba que os seres humanos são seres espirituais eternos e
que a família é o ambiente primário e fundamental para o seu
desenvolvimento afetivo e psicológico. Já demonstramos que a família é a
escola da afetividade, o ninho biológico e o refúgio psicológico dos seres
humanos. Além de ser reconhecidamente a célula-mãe do corpo social.
Desse modo, vemos que existe uma contradição e um paradoxo nos
argumentos da própria defesa da família feita pelos místicos, so quais
apregoam simultaneamente a importância vital da família natural e a sua
inexistêbcia, porque desnecessária, no mundo espiritual, o ambiente para
193
onde todos os seres humanos migrarão e viverão eternamente. Se a família
natural não se prolonga para a eternidade, qual o significado da fidelidade
conjugal na Terra? Para quê assumir o árduo sacrifício de gerar e criar filhos
se em algumas décadas eles se distanciarão eternamente dos pais? Eis a
incrível contradição paradoxal do argumento religioso pró-família. Essa
contradição paradoxal enfraquece e quase mata o argumento religioso prófamília em sua nascente.
Ora, a quase totalidade dos sociólogos, dos pedagogos e dos
psicólogos e os agentes sociais em geral já reconheceram publicamente a
importância vital da família natural para A formação do caráter e da
personalidade dos seres humanos. A contradição do argumento pró-família
dos místicos assemelha-se à contradição econômico-ecológica: exige-se a
preservação dos recursos naturais enquanto simultaneamente estimula-se o
consumo ilimitado de bens e serviços numa escala ascendente e numa
população global crescente. Assim, os defensores da família natural
precisam repensar seus argumentos pró-família com urgência urgentíssima,
pois os seres humanos são seres espirituais familistas e eternos, e
começaram a viver a eternidade no momento em que foram concebidos.
Toda a estrutura psicoemocional dos seres humanos foi construída e está
fundamentada no ambiente familiar. A família natural atende a desejos
espirituais e a necessidades físicas vitais para os seres humanos; os quais,
por serem partes da própria estrutura psicoemocional da humanidade,
continuam existindo após a morte física (ma vez que os pensamentos e as
emoções são elementos de natureza espiritual. Logo, eternos. A ideia de que
a família se desintegrará e desaparecerá para sempre no mundo eterno faz
com que os seres humanos refutem a vida eterna, pois os pais e os filhos e
familiares amam-se mutuamente e trazem em sua natureza inata o desejo e o
impulso para formar e perpetuar a família natural. Nenhum pai ou mãe quer
separar-se para sempre de seus filhos. E vice-versa. Intuitivamente todos
pensam: se o mundo eterno é um lugar onde os filhos e os pais se
desencontrarão e se perderão uns dos outros para sempre, não é um lugar
bom para se viver. Na verdade, a ideia de que é possível extrair a
experiência familiar da estrutura psicoemocional dos seres humanos é
semelhante à ideia de afastar os peixes das águas e esperar que sobrevivam
naturalmente. Isto nunca será possível. Nestes termos somente um
“transplante” psicoemocinal poderia extrair da natureza humana o amor
familiar e a experiência familiar. Isto é impossível. A família é o “chão” dos
seres humanos, assim como as águas é o “chão” dos seres marinhos.
Portanto, enquanto existir o planeta Terra existirão seres humanos, e estes
trair-se-ão naturalmente para formar famílias naturais. E a experiência
194
familiar construirá a estrutura psicoemocional dos seres humanos, tornandose parte intrínseca dos mesmos. E como os seres humanos são seres
espirituais eternos sua estrutura psicoemocional; seus pensamentos,
experiências e desejos de companhia e de amor paternal, conjugal, fraternal
e filial) também são eternos.
O homem não foi criado para viver só e fora do ambiente familiar.
Assim como os peixes são partes das águas e não sobrevivem fora das águas,
também os homens são partes do planeta Terra e não sobrevivem muito
tempo no espaço, longe das condições físico-químicas do ambiente terrestre.
O mesmo se pode dizer com relação ao papel da família natural na
conservação da saúde psicoemocional do homem: ele não conserva sua
saúde psícoemocional na completa solidão e nem sobrevive fora do
ambiente afetivo da família natural. Os quatro tipos de amor gerados no
ambiente familiar (paternal, conjugal, fraternal e filial) são .vitais. è chegado
o tempo de os místicos eliminaram a contradição paradoxal de seus
argumentos pró-família e começarem a falar de família eterna e de salvação
familiar.
16.8. O familismo brota espontaneamente
da vivência do Deusismo, a ideologia da paz
A guerra nuclear não aconteceu. A Guerra Fria acabou sem vencedores. Os
dois blocos entraram no século XXI em frangalhos, enfraquecidos e lutando
ainda para resolver os mesmos e velhos problemas que os perseguiram
durante toda a história, agravados pela ameaça da hecatombe ecológica. O
comunismo marxismo esquerdista (o Estado tirano e patrão) foi
desmoralizado. O hedonismo permissivo direitista, Estado permissivo e
irresponsável, chamados de democracias cristãs na teoria, mas anticristão e
maquiavélicas na prática. Veja-se a lei anticristã também está. E agora? Para
onde ir?
O marxismo, o nazismo (centrista) e o fascismo foram as três matrizes
teóricas materialistas e anticristãs do século XX, as quais estiveram
guerreando contra o Cristianismo por trás das Guerras Mundiais: O
marxismo era esquerdista e ateu, declarando-se humanista; na verdade, era
anti-Deus e anti-humano, pois pelos frutos se conhecem as árvores. O
nazismo declarava-se centrista, em uma posição de meio caminho entre a
esquerda e a direita. Aparentemente estava em uma posição de centro; a
posição dos oportunistas que ficam em cima do muro observando a luta. Ao
final, pulam para o lado vencedor. É a turma da esperteza, dos sem caráter e
dos covardes. Vendem a alma, a mãe e a pátria sem culpa ou remorso algum.
195
São ateístas, materialistas e amorais. Por fim, o fascismo declarava-se
direitista e cristão. Mas, na verdade, foi também desumano e cruel.
Declarava-se antimarxista, mas sua práxis também era anticristã.
Desse modo, vê-se que os três maiores movimentos ideológicos e
revolucionários que predominaram no século XX eram ateístas e desumanos.
Por isso, eram materialistas e hedonistas e provocaram os maiores
genocídios da história humana, tendo inclusive se infiltrado no Cristianismo
e subvertido o pensamento e as ações de milhares de cristãos em todo o
mundo. Apesar de sua esperteza, seu ímpeto e sua força militar o nazismo,
o fascismo e o comunismo foram desmoralizados e destruídos. Perseguiram
e massacraram mais de 100 milhões de cristãos e religiosos. Todavia,
quando atingiram sua força máxima, despencaram e caíram fragorosamente.
Enquanto as religiões, especialmente o Cristianismo, entraram no século
XXI ainda mais vigorosas. Eis o grande mistério incompreensível para os
ateístas. Por que as religiões sobreviveram e se fortalecem ainda mais sob a
perseguição? Deus está mesmo morto, como proclamou Nietsche, ou era
Nietsche quem estava cego e morto? A religião é o ópio do povo (Marx) e
uma ilusão (Freud) ou é o exército de Deus na Terra? Se assim for, está
explicado porque o império nazista e o império comunista ruíram tão
rapidamente quando atingiram o auge. O mesmo aconteceu com os
socialistas no Brasil. A derrota na Constituinte de 1988 (para o Centrão
Democrático, liderado pelo então presidente José Sarney) foi a sua última e
mais expressiva derrota.
Em l998, o império socialista e a ideologia marxista ateísta foram
mundialmente desmoralizados. E o mundo começou a buscar uma nova
ideologia e um novo ideal social. Este livreto propõe que a nova ideologia
que guiará a humanidade na construção do familismo, a sociedade-família,
será o Deusismo, o pensamento de Deus. Esta foi a conclusão a que a
história nos conduziu, e este é o futuro que a história nos aponta. A história
ainda não terminou. O fim da história (da luta entre o bem e o mal) chegará
quando o Deusismo triunfar no coração (amor) e na mente (verdade) da
humanidade. Quando isto acontecer, o familismo florescerá e se expandirá
naturalmente por toda a Terra. Nesse ponto, a história e a cultura de guerra
declinarão e a história e a cultura de paz ascenderão e se perpetuarão, pois a
paz terá sido finalmente alcançada. A sociedade familista (o familismo), o
sonho de Deus e do homem, estará concretizado na Terra. E Deus
descansará no Sétimo Milênio, como pretendia descansar no Sétimo Dia.
“O modelo originário da família deve ser procurado em Deus, no
mistério trinário de Sua existência... A vida da coletividade leva o sinal
dessa atualidade original... Dela derivam a masculinidade e a familidade de
196
cada indivíduo, e a partir dela cada comunidade assume sua própria
riqueza característica no complemento de homens e mulheres.. Deus
inscreve na humanidade do homem e da mulher a capacidade e a
responsabilidade do amor e da comunhão.” João Paulo II. Carta às
Famílias. Capítulo I.
A Civilização do Amor, 2 de fevereiro de 1994.
16.9. Esquerdismo antifamilista:
É isso o que os brasileiros querem para o Brasil?
No livro A Origem da família, da propriedade privada e do Estado (Editora
Civilização Brasileira, 1982) Friedrich Engels, o parceiro e suporte
financeiro de Marx, deixou muita clara a visão materialista quanto à origem
da família quando classificou-a como uma relação nascida da exploração
econômica e que, com o fim da exploração econômica, desapareceria
impreterivelmente. Na prática, a política antifamilista do esquerdismo
acabou conduzindo à desestabilização social da ex-União Soviética, pois a
família é a célula-mãe das sociedades. O feitiço virou contra o feiticeiro. O
Ocidente democrático já deveria ter aprendido a lição.
Por que os esquerdistas parecem tão interessados no bem-estar das
pessoas humildes? Será que eles têm amor verdadeiro pelas pessoas? Se isto
é verdade, onde estão as provas reais do amor esquerdista? Mentiras,
ameaças, chantagem, seqüestros, manipulações, roubos, assassinatos,
pregação do ódio e da violência, prisões arbitrárias, torturas, trabalho
escravo, fuzilamentos e genocídios contra o povo: camponeses, operários,
empresários, religiosos, estudantes, mulheres, famílias e adversários
políticos indistintamente. Isto é amor verdadeiro pelos seres humanos? As
bandeiras históricas do esquerdismo: igualdade, liberdade, fraternidade,
trabalho, justiça e paz foram roubadas das religiões e da filantropia
humanista histórica e mundial. Se os esquerdistas oferecessem outras
promessas ninguém os seguiria. Em 70 anos de prática histórica (19171988) todos estes valores foram invertidos na prática. Os países invadidos
pelos esquerdistas socialistas ateus transformaram-se em gigantescas prisões
e suas populações foram reduzidas à miserável condição de escravos
famintos e maltrapilhos. Em todos os países invadidos pelos esquerdistas a
velha elite aristocrática, egoísta e corrupta foi substituída por uma elite pior,
a Nomemklatura (Michael Voslensky. Editora Record, 1890) do Partido
Comunista, uma elite formada por indivíduos ateus, violentos, desumanos,
desonestos e amorais (verdadeiras bestas com faces humanas; a “barbárie
com face humana”, como disse André Gide). O império comunista foi o
197
socialismo esquerdista-ateu no poder; foi o crime organizado no poder e
armado com tanques, bazucas, metralhadoras, aviões de guerra e armas
nucleares que, com base na mentira e nas armas subjugaram, humilharam,
escravizaram e massacraram as populações que, ingenuamente, confiaram
neles e acreditaram em seu amor e em suas falsas promessas. Deus é o amor
e a verdade. Por isso, não existe amor verdadeiro sem a presença de Deus.
As provas históricas destes fatos estarrecedores estão nas páginas da história
das revoluções esquerdistas Francesa, Republicana (realizada pelos ateus
positivistas no Brasil de 1889), Nazista, Comunista, Populista na América
Latina, cujo exemplo maior do passado está em Cuba e no ditador Fidel
Castro, e cujos exemplos maiores no presente estão na China Comunista
(veja o Massacre da Paz Celestial) e na Venezuela do coronel-ditador Hugo
Chaves, que infiltrou, subornou e assumiu o controle dos 3 poderes e das
forças armadas, ameaçou, prendeu e amordaçou a imprensa e está
estatizando a economia com a promessa do socialismo que, na verdade, é o
regime do patrão único, o Estado-máfia, formado por bestas com face
humana, uma nova “aristocracia” mil vezes pior do que as antigas. E a nova
“aristocracia” (a Nomenklatura), mentindo, roubando e matando qualquer
cidadão que a ela se opôs, adquiriu via política o poder, a fama e a fortuna
que sempre foram os objetivos únicos dos materialistas e ateístas ao longo
da história. Mentem e usam as palavras democracia, república, socialismo,
comunismo, igualdade, justiça, paz, etc, palavras que contém a promessa de
roubar tudo dos ricos e dividir em partes iguais com os pobres. Esta
promessa nunca foi concretizada em nenhum dos 35 países invadidos pelos
esquerdistas-socialistas nos 70 anos em que estiveram no poder. Somente a
elite do Partido Comunista enriqueceu e possuía direitos.
Por que a China Comunista rejeitou o socialismo e retornou ao
capitalismo? Porque os velhos ditadores chineses aprenderam que uma falsa
teoria não funciona quando posta em prática, e as teorias marxistasleninistas são todas falsas (até as denúncias marxistas de exploração
econômica foram superexageradas). A história provou que as falsas teorias
marxistas não funcionavam porque não foram forjadas para desenvolver paz
e progresso nas sociedades, mas eram altamente eficazes para gerar ódio,
divisões, casos sociais e revoluções para a tomada do poder. Neste contexto,
os verdadeiros heróis são aqueles cidadãos patriotas que, com o risco de
suas vidas, se ergueram e combateram a ideologia marxista e o socialismo.
Como estaria o Brasil hoje se os socialistas ateus tivessem tomado o poder
em l964?
Quem são os verdadeiros heróis brasileiros? Os socialistas que
mentem, manipulam a opinião pública, assaltavam bancos, seqüestravam
198
embaixadores e empresários, explodiam bombas nos aeroportos, que traíam
e conspiravam contra o Brasil e até uns contra os outros? Os esquerdistas ou
os patriotas brasileiros (civis e militares) que lutaram e venceram o ataque
dos esquerdistas, impedindo a invasão, o saque e a destruição do Brasil?
Quem plantou as sementes do futuro que se colhem hoje no Brasil? Os
esquerdistas socialistas ou os cidadãos brasileiros patriotas (civis e
militares)? Foram os trabalhadores patriotas e cristãos brasileiros, e não as
bocas mentirosas, as mãos sujas de sangue dos esquerdistas socialistas.
Estes sempre defenderam os tiranos pseudosocialistas que escravizavam e
massacravam o mundo, e nunca respeitaram Deus e nem os direitos
humanos. Os brasileiros precisam despertar urgentemente e, dar um novo
grito de independência, libertando-se dos esquerdistas anticristãos e
antifamília que desde 1919 conspiram para destruir a fé e a liberdade no
Brasil. Que Deus e o Céu nos amparem.
Capítulo 17
IEVOLOGIA: A C IÊNCIA DA F AMÍLIA
A família natural (homem-mulher-filhos) é a instituição natural mais
impoetante do planetta Terra, haja vista que a espécie humana está no topo
da corrente biosférica e da corrente genômica, exercendo a função de
concsciência planetária e possuindo o poder de comando sobre o planeta e
as demais espécies. Na esfera cultural judaico-cristã (Judaísmo, Islamismo e
Cristianismo) a família natural é a única instituição divina. Para os seres
humanos a família é a instituição humana por execelência. Sempre foi
desejada por todos os seres humanos em todos os tempos e lugares. Ao
longo deste livro busquei demonstrar a importância vital da família como
família escola primeira da afetividade e do amor(parental, conjugal,
fraternal e filial), escola primeira da educação de valores, ninho biológico
humano e célula-mãe de todas as sociedades. O indivíduo é a unidade básica
da família, e a família é a unidade básica da sociedade. A família é o valor
fundamental da vida humana. O amor familiar é o fator determinante usado
por sequestradores, pois sabem que o amor familiar é sua maior garantia de
sucesso. A história e a psicologia já demonstraram sobejamente que,
estando os filhotes sob ameaça todos os pais, humanos e animais, são
199
capazes de atos de amor sacrifical que ultrapassam os atos do heroísmo; não
raro, para salvar seus filhos do perigo, os pais entregam a própria vida.
Foi o general Sun Tzu, guerreiro-terrorista da antiga China, e seu
livro A Arte da Guerra quem ensinou pela primeira a guerra subversiva,
guerra psicopolítica ou marxismo cultural. Sun Tzu escreveu:
“O mais contraproducente, o mais bárbaro e o mais ineficiente e
idiota modo de guerra é a luta no campo de batalha. A mais alta Arte da
Guerra é não chegar a lutar. mas subverter os valores do país inimigo até o
momento em que a percepção da realidade do inimigo se deteriore a tal
ponto que ele não mais perceba o invasor como seu inimigo, e que o sistema
de ideias, a civilização e as ambições do invasor pareçam ao inimigo uma
alternativa, senão desejável, ao menos factível. Este é o propósito final da
subversão.”
A importância vital da família fez com que os marxistas-comunistassocialistas ateus escolhessem a família natural como seu alvo primeiro, pois
aprenderam com o general Sun Tzu, e com a aplicação da política
antifamília nos próprios países comunistas, que a desintegração da família
natural desintegra a sociedade. E apesar do valor histórico e universal
inquestionável da família natural para os indivíduos e para as sociedades
ainda não existia uma ciência da família; uma ciência cujo objeto central de
estudo fosse a família natral. Esta é a proposta da ievologia.
A ievologia (do gr. yévos = família + logos = estudo) é a ciência da
família. O objeto de estudo da ievologia é a família natural (homem-mulherfilhos); isto é: o grupo universal e histórico formado por um homem, uma
mulher e seus descendentes diretos (filhos, netos, bisnetos, etc). O
significado individual e a importância social da família como a escola
primeira da afetividade e do amor (parental, conjugal, fraternal e filial),
escola primeira da educação de valores, ninho humano biológico e célulamãe de todas as sociedades justifica a necessidade de uma ciência
exclusivamente voltada para o estudo da família. A defesa da família natural
é a defesa da própria sociedade. A família natural é a manifestação maior da
lei natural e o pináculo da ordem social. A família natural é a primeira linha
de defesa contra o crime. Por isso o enfraqueciomento da família natural
está enfraquecendo a estrutura social do Brasil. O fim da família natural
representaria o fim da própria ordem social. Todo ataque contra a família
natural é um ataque contra o indivíduo, contra a sociedade e contra a nação.
17.1. O estudo científico da família
200
A ideia de criar uma ciência da família, um amplo e profundo estudo
científico acerca da origem, natureza e propósito da família, bem como seu
passado, seu presente e o seu futuro decorreu do fato histórico de que tanto a
religião, a esfera cultuiral judaico-cristã, quanto a magia mítico-mística, o
pagfanismo da antiguidade e a esfera cultural afro-indiana (centrada no
hiduismo) enelteceram a família como pesdra basilar da felicidade e da boa
conduta e da sustentabilidade social. Mesmos os ateístas (ocultistas,
iluministas, comunistras, nazistas e mafiosos) reconheceram o valor vital da
família natural para o bem-estar biopsicoemocional dos indivíduos e da
sociedade. Todos já leram sobre o quanto líderes os nazistas preservavam as
suas famílias. O mesmo aconteceu com os líderes comunistas em todo o
mundo, embora a teoria marxista depreciasse o valor vital da família natural
e a tenha transformando-a no alvo principal de sua guerra psicopolítica
contra a sociedade cristã livre (Cf. A Origem da Família, da Propriedade
Privada e do Estado. Friedrich Engels, Editora Civilização Brasileira, 1982).
O sociólogo russo e ex-marxista Pitirim Sorokim denunciou o caos social
provocado na antiga União Soviética quando Stálin implantou a teoria
antifamília de Engels. Sorokim declasrou que bandos de crianças, préadolescentes e adoelscentes perambulavam pelas ruas destruindo, roubando
e matando em toda a antiga União Soviética. Assustado Stalin suspendeu o
ensino e a defesa da teoria antifamília do marxismo, mandou prender e
fuzilar todos os bandidos mirins e proclamou o Dia da Família, ocasião em
que enaltecia e premiava as famílias mais bem estruturadas e numerosas.
Stálin havia aprendido na prática que a melhor e mais rapida maneira de
destruir as sociedades demcorata-cristãs era atacando a família natural. E o
fato deu início à guerra moral. Yuri Bezmenov, ex-agente da KGB na Índia,
denunciou o plano comunista, informando que 85% dos recursos humanos e
financeiros do comunismo internacional era gasto com ataques contra a
família natural, inclusive apoiando o movimento dos homossexuais. Quando
Sigmun Freud (1856-1939) fvisitou a antiga União Soviética, acreditava
seria recebido comlo herói e que a sua teoria psicanalítica antifamília e
pansexual seria implantada em todo o império comunista global. Stalin já
havia banido a teoria psicanalítica de toda da União Soviética e deu 24 horas
para Freud deixar o país. Decepcionado, Freud levou o seu lixo teórico para
Estádios Unidos, a maior nação protestante da Terra. Os tolos cristãos norteamericanos o receberam no aeroporto como um herói e quase com honras de
chefe-de Estado. E ainda no aeroporto Freud declarou: “Essa gente, não
sabem, mas eu lhes trouxe a peste!” Foi quase a mesma frase que Krutchev
gritou na ONU, batebndo com o sapato na mesa: “Este é um grande país.
Mas nós vamos destruí-los com uma arma que vocês desconhecem! E quer
201
vocês queiram ou nãoo, seus filhos serão comunistas!” Kurtchev falava das
ideias ateístas do marxismo (especialmente as ideias antifamília) que já
estava sendo inoculado nos Estados Unidos por meio da guerra psicopolítica.
Descoberta semelhante quanto ao valor vital da família natural foi
feita pelo pesquisador nortre-americano Joseph Unwin. Ele descobriu que a
ordem estrutural, a harmonia e o vigor de uma sociedade (e dos indivíduos)
— o espírito comunitário — depende da presença ou ausência e do vigor ou
fraqueza da família natural. Em todas as épocas da história a família natural
esteve presente como célula-mãe e unidade social primária. Nunca existiu
sociedade que não tenha sido originada a partir de uma família natural que
se ampliou, tornando-se um clã, uma tribo e, por fim, uma sociedade. De tão
histórica e universal somos constrangidos a admitir que a família é uma
instituição natural; a instituição natural que se amplia originando a
sociedade. Como a ciência pode ignorar a importância vital da família
natural para o bem-estar dos indivíduos e das sociedades? Sendo assim, já e
tempo de tornar a família objeto de estudo da ciência, e de elevar o estudo
da família para o status de ciência.
17.2. Ievologia e psicologia
A ievologia pode ser vista como um capítulo da psicologia; o capítulo
dedicado à saúde psicoemocional da família. Todavia, como a família é o
ambiente social onde o indivíduo nasce e amadurece, o tratamento
psicoemocional da família suplanta em ordem e necessidade o tratamento do
indivíduo, podendo
inclusive dispensar o tratamento psicemocional
individual. A saúde do peixe depende da saúde (do estado natural) do
ambiente aquático em que ele vive. Da mesma forma, a saúde
psicoemocional do indivíduo depende da saúde psicoemocional da família,
o ambionte social onde o indivíuo nasece e amadurece. Uma família
desviada do padrão modelo natral não pode gerar indivíduos de bom caráter
(ideias e conduta normal/natural) e socialmente saudáveis. A família é a
célula-mãe primária da sociedade. Se a célula-mãe estiver defeituosa
multiplicará céluas-filhas defeituosas, cópias idênticas de si mesma. Assim,
quando se trata a saúde psicoemocional da família, está-se tratandio
automaticamente da saúde do indivíduo, da saúde da família e da saúde da
sociedade como um todo. .Nesse sentido, a ievoterapia e o ievoterapeuta
ganham importância maior do que as psicoterapias centradas no indivíduo
(atualmente predominates).
A religiçao sempre reconheceu a importância e o papel vital da
família para a saúde e a felicidade dos indivíduos e da sociedade. Mas a
religião não está no poder, não está ocupando as posições de efetivo
202
comando social. A religião abdicou dessa posição quando aceitou a
separação Estado-Igreja, submeteu-se ao comando dos intelectuais ateístas e
afastou-se da política, abandonando o ideal de transformar concretamente o
mundo-inferno no mundo-céu (o Reino de Deus), optando por focar na
salvação individual e no arrebatamento e incineração do planeta. Por outro
lado, a importância e o valor da ievologia e do ievoterapeuta crescerão à
medida que a ciência estudar e compreender o papel vital da família em
relação ao propósito da vida humana.
17.3. O ievologista e a ievoterapia
O biólogo estuda a origem da vida e as condições que a suistém a fim de
preservá-la. Do mesmo modo, o ievólogo, ou ievologista, estuda a origem
da família e as condições que a sustém a fim de perservá-la. O ievologista é
o profissional especializado em família como insttuição natural básica e
vital da sociedade. Assim como a céulla é a unidade básica e vital do corpo
dos indfividuos, a família é a célula básica e vital do corpo social. Tratar a
família no sentido de conservar seu estado de saúde natural equivale a
cuidar da saúde da sociedade. Famílias naturais saudáveis equivale a uma
sociedade natural saudável. Nesse sentido o ievologista será um dos
profissionais mais necessários e valorizados no familismo. Na sociedade
familista do futuro o ievologista será parte do governo, atuando
nacionalmente através do Ministério da Família* e das Scretarias Municipais
e Estaduais da Família.
O psicólogo Carl Gustav Jung (1875-1961) foi um dos primeiros
discipulos de Freud. Quando Jung enetendeu o perigo das ideias
pansexxuais de Freud afastou-se dele e da psicanálise, e criou a psicologia
analítica. Há uma diferença-raiz nos métodos de Freud e de Jung. Freud era
ateu e propunha que cura das psicopatias (que ele chamou de neuroses, pois
definia o homem como um ser puramente fisico) consistia em fazer os
indivíduos rememorar as traumas do passado e fazê-los revivar as
*
José Maria Eymael e o Ministério da Família. Durante mais de duas décadas eu tenho
estudado e ensinado sobre a família. Em centenas de ocasiões eu propus às autoridades da
plateia a criação do Ministério da Família e das Secretarias da Família. O ex-depuitado
federal José Maria Eymael, que conheci em palestras na época em que ele estava na
Câmara do Deputados. O ex-deputado candidatou-se à Presidência da República e uma de
suas propostas foi exatamente a criação do Ministério da Família. Seguramente algum
presidente do Brasil futuro criará o Ministério da Família, o que dará origem às Secretarias
da Família.
203
experiências traumáticas. Uma vez descoberta a origem dos trraumas no
tempo, os indivíduos tornavam-se conscientes de sua realidade e se
autocuravam automaticamente. Hoje, tomo mundo sabe (os psicanalistas
fingem não saber) que a psicanálise freudiana não funciona. Ana, a filha de
Freud, nunca se interessou por homens. E nem o próprio criador da
psicanálise conseguiu curá-la. A ciência já sabe que o freudismo não é
científico. Por isso, deveríamos chamar a psicanálise de explicacionismo.
“Freud explica.” Baseando-se em mitos, especialmente os gregos, e em sua
leitura contrária da Bíblia, Freud inventou explicações para quase todos os
fenômenos transfísico (psicoemocionais, morais e espirituais), numa
tentativa enlouquecida de materializar tudo, inclusive a mente e o espírito.
Freud não é o pai da psicologia. A Bíblia antecipou o método
psicoterapêutico e as doenças psicossomáticas 3.600 anos atrás: “Todos os
meus temores se realizam, e aquilo que mais temo vem afligir-me” (Jô 3.25).
A Bíblia também enfatizou o cultivo da esperança e do pensamento
piositivo como maneira de manter o coração e a mente saudáveis. Os
antigos gregos também estudaram a mente (psichê) e falaram sobre as
doenças mentais (obviamente também existiam doentes mentais na antiga
Grécia). Na época de Freud havia muitos estudiosos da mente e das doenças
mentais, tendo o próprio Freud estudado com alguns deles. Assim como
Darwin Freud percebeu a ideia da psicologia latente pairando no ar de seu
tempo, e sistematizou aqueles estudos em uma teoria: a psicanáliose. E
sendo ateu, do mesmo modo que Darwin recebeu apoio integral e irrestrito
das sociedades secretas, os ocultistas de plantão. E assim como Darwin o
nome e a obra de Freud foram exageradamente enaltecidos e
internacionalizdos. Atualmente a psicologia ortodoxa vê Freud como um
homem estudioso e sagaz, mas a sua psicanálise não usufrui mais do status
de ciência que a internacionalizou, sendo vista como um conjunto de ideias
materialistas curiosas, mas sem muita conexão com a realidade dos
fenômenos psíquicos. Parece-me que as ideias inventadas por Freud tinham
como objetivo “Vingar-se d’Aquele que governa lá em cima”,
parafraseando Marx
Freud odiava o Judaísmo e o Cristianismo, bem como os valores
morais e espirituais da sociedade cristã. E dirigiu suas ácidas críticas contra
a rainha Vitória (1837-1901), da Inglaterra, a mais puiritana de todas as
rainhas cristãs da Inglaterra. Como se sabe a era vitoriana foi uma era de
ouro para a Inglaterra, na qual imperava um alto padrão moral cristão, muita
ordem e muita prosperidade econômica; foi a era da revolução industrial
inglesa. Após a morte de seu único esposo, o príncipe Alberto de SaxeCoburgo-Gota em 1861 optou por viver sozinha os 40 anos restantes de sua
204
vida. Talvez inconscientemente, Freud foi levado a forjar um sistema de
pensamento voltado para a negação dos aspectos morais e espirituais do
pensamento e da sociedade cristã. Marx sistematizou um sistema de
pensamento voltado para a negação dos aspectos ideológicos (educacionais),
piolíticos e econômicos do pensamento e da sociedade cristã. O freudomarxismo se propôs a destruir e a substituir o pensamento cristão, a
sociedade e a civilização cristã ocidental. Não deu certo. O Deus que eles
perseguiam os derrotu.
Contrapondo-se ao método freudiano com base em sua psicologi
analítica, Jung afirmou que levar um doente mental a rememorar e a revivar
as experiências traumáticas de sua vida passada era o mesmo que fazê-lo
reviver sentimentos dolorosos e reacender mágoas e ressetimentos já quase
eliminados pela homeostase psíquica (a mente possui um sistema de
autodefesa que elimina com o tempo as lembranças dolorosas). Era fazer a
vítima reviver o trauma ou o terror de sua experiência trágica. O métiodo
freudiano parecia um punhal sendo fincado numa ferida quase cicatrizada,
reabrindo-a, tornando-a outra vez dolorosa. Rememorar e reviver traumas e
dores do passado era fazer a vítima sofrer novamente as mesmas dores das
mesmas feridas psíquicas. Jung se opôs a tudo isso. E como contraproposta
propôs que a melhor maneira de ajudar a curar um paciente acometido de
algum mal psíquico era levando-o a deixar para trás )esquecer e perdoar) as
lembranças traumáticas dolorosas, e levar o paciente a conhecer, a espelharse e a desejar elevar-se ao padrão da normalçidade psicossocial. Isto é: fazer
com que o próprio paciente cure-se a si mesmo e estabeleça o padrão
psicocomportamental da normalidade (ideias e atos dominantes) como a
meta a ser atingida em seu tratamento. Estimulado pelo psicólogo o paciente
poderia estuimular-se a si mesmo e superar o desequilíbrio
psicocomportamental.
17.4. A ievologia e o modelo famíliar padrão (a família-padrão)
O breve estudo sobre os métodos de Freud e de Jung nos revela a realidade
de duas maneiras de pensar e de agir no tocante ao tratamento clínico do
indivíduo como paciente mental (o indivíduo que se desequilibrou e se
afastou do padrão comprtamental (por isso, mental) da sociedade em que
vive. Assim, tendo o padrão comportamental e mental como meta a ser
atingida a cura (o retorno ao padrão psicocomportamental) poderá ser
atingida. Enquanto Freud e a psicanálise buscava rebaixar o indivíduo para
o nível de desequilíbrio pssicocomportamental da maioria da sociedade,
Jung e a psicologia analítica buscava restaurar o equilíbrio
205
psicocomportamental do indivíduo, mostrando-lhe o padrão a ser atingido e
estuimulando-o a mover-se naquela direção. Na verdade, é como se Freud
quisesse arrastar os indivíduos para o inferno (afundá-lo nas lembranças
dolorosas, reabrindo suas cicatrizes psíquicas), enquanto Jung os queria
elevar ao céu. Libertando-os das lembranças e dores do passado. Jung e seu
métdo psicoterapêutico fornecem os fundamentos científicos para a
ievoterapia, e
são os modelos, os exemplos a serem seguidos pelos ievoterapeutas.
Para que a ievoterapia funcione é preciso definir a família-padrão, o
modelo natural que o ievoterapeuta deve estabelecer como meta a ser
atingida pela família-problema em tratamento. Então, o que é uma família
modelo? A príncípio constatamos em nossos estudos sobre a origem da
família que todos os seres vivos são unidades-duais constituídas por
elementos distintos e complementares positivo-negativo, do átomo (prótonelétron) ao ser humano (homem e mulher). Este par positivo-negativo é o
modelo padrão em todas as espécies, e também o é na espécie humana.
Observamos ainda que, com base na experiência da humanidade parece-nos
que a família-padrão é aquela que gera mais felicidade para todos os seus
membros. De outrolado, a ciência Deusista e a observação nos informam
que a finalidade da vida humana parece ser a busca pela plena felicidade, e
que esta é atingida quando os indivíduos concretizam, na ordem adequada,
os três desejos essenciais de sua natureza inata: educação, família e
prosperidade. A história das sociedades demonstra que a família natural
(homem-mulher-filhos) foi sempre a maioria e foi sempre o modelo padrão
predominante em todos os tempos e e em todas as sociedades, como ainda o
é hoje. Em todos os tempos e em todos e lugares os seres humanos
buscaram a concretização dos três desejos essenciais de sua natureza inata, o
segundo dos quais é o estabelecimento da família natural, fonte maior de sua
felicidade, uma vez que a família é o ninho biológico da espécie humana,
fonte maior de alegria (dar e receber amor) e valor maior da vida na Terra.
Deste fato histórico e universal deduzimos que a família--padrão é a
família natural (homem-mulher-filhos). E apresentamos como prova o fato
de que este modelo, além de ser o modelo natural geral entre as espécies,
sempre foi o modelo preferencial — por isso, predominante — em todas as
sociedades da história. Nesse contexto os chamados novos tipos de
“família” (homem-homem, mulher-mulher, mãe-filhos, pai-filhos, ou
condutas poligâmicas) não formam pares positivo-negativo e nem casais
macho-fêmea ou homem-mulher, não passando de duplas em estado de
violação ao princípio da atratividade natural positivo-negativo. Na natureza
os pares e os casais positivo-negativo se atraem, enquanto as duplas
206
positivo-positivo e negativo-negativo se repelem. Somente este único fato já
deveria ser suficiente para demonstrar que o medelo natural, a famíliapadrão é a família natural (homem-mulher-filhos). E esta família-padrão
sempre foi o modelo predominante porque é somente no seio de uma família
natural que os seres humanos podem receber e dar amor (parental, conjugal,
fraternal e filial). É somente no seio de uma família natural que se
estabelece o modelo psicocomportamental padrão, o o padrão de
normalidade/naturalidade (o normal é o natural), o qual é fundamentado e
perpetuado pela pratica da bondade, pela prática do dar-receber amor (a
ciência já estudou e provou que a prática do dar-receber amor, a prática do
bem, contribui para a melhoria da saúde biopsicoemocional das pessoas. O
que explica a razão pela qual dar amor, viver pelo bem dos outros (atos
característicos dos santos e dos heróis), mesmo sendo não-egopistas e
negando a lei da vantagem, tem atraído o ser humano ao longo de toda a
historia. Sempre existirão santos e heróis.
17.5. Os estudos atuais sobre a família
Os pais e os educadores cristãos tem atuado continuamente no sentido de
estabelcer, proteger e difundir a família cristã como o modelo familiar
padrão. Todavia, os gravíssimos problemas do mundo contemporâneo
(inclusive dentro de famílias e de escolas cristãs) são a lamentável prova de
que o pensamento cristão não é o suficiente para estabelecer o rumo perfeito
da família; nem, consequentemente, da sociedade e da nação. E sem o
direcionamento perfeito da família não haverá paz social. Em outros termos:
o pensamento cristão deverá ser ampliado e aprofundado cientificamente
por algum novo evento que o torne capaz de vencer defintivamente o
ateísmo antifamília. Infelizmente, a maioria dos cristãos não esperam uma
interferência divina na história no sentido de apefeiçoar a sociedade humana
atual. Muitos creem que o universo está em processo de autodestruição sob
a entropia, posta em ação devido ao pecado. Muitos esperam o retorno de
Jesus nas nuvens da atmosfera terrestre (elevado à posição do Deus-Pai e
Criador do universo), o arrebatamento físico e a incineração do planeta
Terra. Obviamente esta visão não estimula o homem a lutar pelo
restabelecimento da ordem original (da família padrão) na Terra. Para que
dispender esforços para levar a família desviada de volta ao modelo familair
padrão se o planeta e a humanidade serão destruídos impreterivelmente?
Por fim cabe citar o fato de que muitos estudiosos contemporâneos
(especialmente os religiosos e os cientistas Deusistas) já perceberam a
importância e a necessidade vital da família. E muitos psicólogos tem se
207
autodenominado terapeutas familiares. Todavia, sem um estudo científico
da família, sem uma ciência da família que estabeleça o modelo familiar
padrão, a família-padrão (de normalidade/naturalidade), como a meta para
onde o terapeuta deve encaminhar a família desviada, e que identifique os
fatores desviantes, não se resolverão os problemas familiares. E nem, por
coseguinte, os problemas da sociedade e da nação.
17.6. A contribuição social do ievologista e do ievoterapeuta
O ievólogo ou ievologista é o estudioso da ievologia. O ievoterapeuta é o
estudioso da ievologia e tambem o profissional que trabalha a cura, o
ajustamento da família (e por conseguinte, da sociedade). Uma vez
estabelecido cientificamente e conhecido o modelo padrão, a família-padrão
(normal/natural) define-se então o papel do ievologista/ievoterapeuta. Cabe
ao ievologista (que pode acumular a função de ievoterapeuta) identificar os
fatores desviantes e os próprios desvios do modelo familiar padrão, e agir no
sentido de eliminar os fatores desviantes (ideias, atitudes, grupos, objetos e
ambientes antifamilia: em outros termos: toda a cultura pornô e a cultura
dos vícios), reconduzindo as famílias desviadas de volta ao modelo padrão.
As famílias descviados do modelo familiar padrão estão em sofrimento, em
perda constante de alegria, uma vez que se encontra fora do modelo natural
padrão, que é o modelo gerador de maior alegria). Nestes termos o papel do
ievologista/ievoterapeuta contribui significativamente para a normalização
(naturalização) dos indivíduos, das famílias, da sociedade e da nação como
um todo.
208
Capítulo 18
TEXTO INTEGRAL DA
LEI DE P ROTEÇÃO À F AMÍLIA NATURAL*
LEI DE PROTEÇÃO À FAMÍLIA NATURAL
Projeto de Lei Nº 1301/2013. Protocolo Nº 1301
Dispõe sobre a Lei de Proteção à Família Natural
como forma de proteção do Estado brasileiro.
O Congresso Nacional decreta:
*
A Lei de Proteção à Família Natural no Congresso Nacional. Esta proposta de Projeto
de Lei foi enviada, Cia email,para a maioria dos deputados federais e senadores do
Congresso Nacional no dia 05 de outubro de 2008, dia do aniversário de 21 anos da
ConstituiçãoFederal de 1988.
209
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Artigo 1º - Esta lei regula o artigo 226 da Constituição Federal, que dispõe
sobre os deveres do Estado brasileiro em relação à família natural (homemmulher-filhos), bem como sobre os direitos e deveres dos parentes diretos da
família natural (pais, mães e filhos) entre si.
§ 1º - O direito à família natural (homem-mulher-filhos) é direito
fundamental de todos com maioridade civil, Para constituir família natural
civil os menores deverão apresentar emancipação.civil ou autorização dos
pais ou dos tutores.
§ 2º - É protegida como família natural a sociedade formada por um homem,
uma mulher e seus filhos, instituída com a finalidade de convivência
familiar natural e pacífica.
§ 3° - Os componentes da entidade familiar natural (homem-mulher-filhos)
devem ser plenamente respeitados em sua dignidade pela sociedade e pelo
Estado.
§ 4º - Constituem princípios fundamentais para a interpretação e aplicação
desta lei o respeito aos princípios biológicos da natureza, os princípios da
psicologia humana, a matriz cultural (valores e crenças) da maioria absoluta
da sociedade brasileira (em respeito ao princípio fundamental da democracia:
a prevalência da vontade da maioria absoluta) e a dignidade da pessoa
humana independente de idade, sexo e classe social.
CAPÍTULO II
DA FAMÍLIA NATURAL
Artigo 2º - A família natural é o grupo social formado por um homem e
uma mulher em vínculo conjugal unidos pelo casamento religioso, civil ou
vivendo uma união estável na companhia de seus filhos legítimos ou
adotados,. vivendo e convivendo no espaço comum de um lar.
§ 1º - Os grupos formados por um pai e seus filhos (legítimos ou adotados)
ou por uma mão e seus filhos (legítimos ou adotados) são também
reconhecidos como famílias naturais incompletas (devido à ausência de um
dos cônjuges).
§ 2º - O Estado não reconhecerá como família natural nenhum outro grupo
social (duplas: homem-homem, mulher-mulher, ou grupos de homensmulher e mulheres-homem).
210
Artigo 3º - A família natural (homem-mulher-filhos) é a base da harmonia,
da estabilidade e da perpetuidade da sociedade brasileira.
Parágrafo único - O Estado estimulará e protegerá a família natural contra
todas as formas de ameaças a ela, visando a defesa do próprio Estado, cuja
base é a família natural (conforme o artigo 226 da Constituição Federal).
Artigo 4º - É natural, livre e lícita a prática da sexualidade entre um homem
e uma mulher na maioridade legal, na família natural e na intimidade do lar.
§ 1º - O Estado não estimulará e nem reconhecerá como lícita e natural
nenhuma outra forma de prática sexual (homem-homem, mulher-mulher,
homem-mulheres, mulheres-homem, adulto-criança, homem-animal, vivomorto, sexo com violência, sexo ofensivo à dignidade humana, etc) haja
vista que tais relacionamentos violam os princípios da natureza (princípio da
dualidade complementar positivo-negativo) e os princípios morais da matriz
cultural cristã adotada pela maioria absoluta da população brasileira.
§ 2º - No Estado democrático de Direito o modo de vida da maioria absoluta
da população terá a proteção do Estado contra quaisquer ameaças e
agressões, sem prejuízos para as minorias, desde que as ideias e as ações das
minorias não representem ameaças nem ataques ofensivos e destrutivos
contra a maioria absoluta da população.
Artigo 5º - É vedada quaisquer manifestações públicas (falada, fotográfica,
escrita, radiofônica, filmada e televisiva) que agridam, menosprezem,
vulgarizem e banalizem a família natural e a sexualidade conjugal, ou que
atentem contra a moral e os bons costumes, fundamentos da estabilidade e
da perpetuidade da família natural e da sociedade brasileira.
Artigo 6º - É vedada a produção, a comercialização, a exposição e a
divulgação pública (falada, escrita, fotográfica, radiofônica, filmada e
televisiva) de quaisquer objetos, imagens e sons que estimulem e promovam
a sexualidade precoce (sexo entre menores), a sexualidade ocasional (sexo
entre desconhecidos) e a infidelidade conjugal (a traição do cônjuge). Tais
práticas caracterizam atentados contra a família natural e, por conseguinte
contra a estabilidade e a perpetuidade da sociedade brasileira.
Parágrafo único - O Estado protegerá a família natural com o objetivo
público de proteger a sociedade democrática de Direito no Brasil, que não
sobreviverá sem o fundamento moral e ético da matriz cultural cristã
adotada pela família natural brasileira.
TÍTULO III
211
DA SAÚDE PSICOFÍSICA DA FAMÍLIA NATURAL
Artigo 7º - A abstinência pré-matrimonial e a fidelidade conjugal são
valores morais fundamentais da família natural brasileira e garantias de sexo
familiar, natural e 100% seguro.
§ 1º - A abstinência pré-matrimonial e a fidelidade conjugal são formas
reconhecidas como 100% seguras para a prevenção e para a extinção da
Aids na sociedade brasileira.
§ 2º - Visando a preservação da saúde da família natural e da sociedade
brasileira, o Estado, através dos Ministérios da Saúde e da Educação,
protegerá e estimulará a abstinência pré-matrimonial e a fidelidade conjugal
como opções de vida favoráveis à estabilidade e à perpetuidade da família
natural.
Artigo 8º - É obrigatório para os candidatos ao casamento civil o teste para
a detecção do virus HIV como forma de proteção à saúde e à vida do futuro
cônjuge e de seus futuros filhos.
Artigo 9º - É ilegal a prostituição em todas as faixas etárias e em todas as
suas formas e gêneros (feminina, masculina, visual, sonora e física).
§ 1º - A prostituição atenta contra a saúde individual e pública (Aids, DSTs,
etc), viola os direitos humanos, a honra e a dignidade da pessoa humana e
atenta contra a estabilidade e a perpetuidade da família natural e da
sociedade brasileira.
§ 2º - Vedada a manifestação pública da lascívia e do exibicionismo sexual
(vestuário e gestos obscenos e atos pré-sexuais).
§ 3º - A fim de proteger a sociedade da prostituição, o Estado proverá meios
de sobrevivência mínimos às populações carentes a fim de possibilitar-lhes
a digna sobrevivência como cidadãos brasileiros.
Artigo 10º - Como política de proteção da família natural e da saúde pública
é vedada a abertura de estabelecimentos comerciais de lazer noturno
(vinculados à sexualidade e ao alcoolismo) em áreas urbanas e residenciais e
em locais visíveis ao público (que caracterizem publicidade da prostituição
e do alcoolismo).
§ 1º - O Estado determinará através da lei; e os governos municipais se
encarregarão de estimular com incentivos fiscais temporários os
estabelecimentos comerciais de lazer noturno (vinculados à sexualidade e ao
alcoolismo) que desejarem mudar de atividade comercial.
212
§ 2º - As Assembléias Legislativas e as Câmaras dos Vereadores
estabelecerão locais não visíveis ao público e prazos para que os
estabelecimentos em situação irregular (estabelecidos em áreas urbanas,
residenciais e visíveis ao público) se ajustem à lei.
§ 3º - As Secretarias de Segurança Estaduais e Municipais fiscalizarão
intensamente, através dos organismos policiais, os estabelecimentos
comerciais de lazer noturno (vinculados à sexualidade e ao alcoolismo).
Vedada a presença de menores nestes estabelecimentos a qualquer hora do
dia e da noite.
Artigo 11º - Como política de proteção à família natural os governos federal,
estaduais e municipais, respectivamente, através do Ministério da Educação
e da Saúde, e através das Secretarias Estaduais e Municipais da Educação e
da Saúde desestimularão o comportamento de risco, vetando as iniciativas
populares que promovam e estimulem, direta ou indiretamente, a
disseminação da Aids (síndrome da imunodeficiência adquirida) e das DSTs
(doenças sexualmente transmissíveis).
Parágrafo único - O Estado realizará um referendo ou um plebiscito a fim
de que os pais de família se manifestem quanto à política pública de
prevenção à Aids, optando entre os dois modelos existentes atualmente: os
modelos não-diretivos (sem orientação moral, baseados na informação e
distribuição de camisinhas e seringas descartáveis) e os modelos diretivos
(com orientação moral) baseados na informação, na distribuição de
camisinhas e seringas descartáveis somadas à educação de valores (aulas de
fortalecimento dos valores familiares na rede escolar pública e privada.
Artigo 12º - Como política de proteção à família natural os governos federal,
estaduais e municipais, respectivamente, através do Ministério da Educação
e da Saúde, e através das Secretarias Estaduais e Municipais da Educação e
da Saúde desestimularão a prática do aborto (exceto em casos excepcionais
de anencefalia e risco de vida para a mãe, resguardado o direito de livre
opção dos pais) a fim de evitar o infanticídio oficial de massa.
§ 1º - Tendo os pais (ou os avós) condição econômica suficiente assumirão a
responsabilidade pela criança nascida da gravidez não-planejada de seus
filhos (e netos) menores e carentes.
§ 2º - Não tendo os pais (e nem os avós) condição econômica suficiente, o
Estado, através do Ministério da Justiça, dará proteção especial à criança
nascida de gravidez não-planejada e de pais menores e carentes. Até a
maioridade e a melhoria das condições econômicas dos pais.
213
Artigo 13º - O Estado concederá ao cônjuge que convive com parceiro
adúltero (comprovada a prática do adultério) o direito de exigir na justiça o
teste de detecção do vírus HIV do parceiro adúltero, como forma de garantir
seu direito (e os direitos de seus filhos) à saúde e à vida.
Artigo 14º - Em acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente o
Estado protegerá a saúde e a vida da criança filha de pais soropositivos
(infectados com o vírus HIV), retirando-a do convívio de risco com pais
negligentes e de conduta sexual que contrarie os padrões morais da família
natural brasileira.
Artigo 15º - O Estado protegerá a família natural da alienação parental
(críticas de ex-cônjuge e de adultos contra os pais, visando afastar a criança
de seus pais, gerando a síndrome da alienação parental, um distúrbio
psicoemocional gerado pela ausência de um dos cônjuges. A alienação
parental direta (praticado por ex-cônjuge) ou indireta (praticado por
terceiros) atentam contra a saúde psicoemocional da criança e contra a
estabilidade e a integridade da família natural e da sociedade brasileira.
CAPÍTULO III
DA SAÚDE PSICOEMOCIONAL DA CRIANÇA
Artigo 16º - O Estado, com base no Estatuto da Criança e do Adolescente,
protegerá a criança e o adolescente dos estímulos à sexualidade precoce e à
sexualidade antinatural propostas, estimuladas e glamourizadas por
portadores de distúrbio de conduta sexual através dos meios de
comunicação de massa;
Artigo 17º - O Estado não autorizará a adoção de criança por péssoas
portadoras de desvio de conduta sexual. Duplas e grupos sociais não
caracterizados como famílias naturais (duplas homem-homem e mulhermulher; ou grupos homem-mulheres e mulher-homens). Por não
caracterizarem famílias naturais tais duplas e grupos acham-se
psicoemocionalmente impossibilitados de atender às necessidades
psicoemocionais vitais da criança (que necessita da presença de um pai
(homem) e de uma mãe (mulher) e irmãos e irmãs legítimos em seu
convívio.
§ 1º - Porque a família natural (homem-mulher-filhos) é o ninho biológico
humano, a escola primeira da afetividade, da educação do caráter e da
aprendizagem das relações sociais éticas e harmoniosas as relações
214
interfamiliares da família natural são a fonte prim,eira dos elementos
psicoemocionais imprescindíveis ao pleno e saudável desenvolvimento
psicoemocional da criança.
§ 2º - Corrigido o desvio de conduta sexual (o distúrbio de comportamento
psicoemocional refletido na conduta sexual) que descaracterizava as duplas
homem-homem e mulher-mulher, e os grupos homem-mulheres e mulherhomens, como famílias naturais, o cidadão casado perante um juiz há no
mínimo 4 anos com uma mulher, readquire seu direito ao convívio com
crianças e à adoção de crianças.
§ 3º - O Estado, através do juizado de menores, acompanhará com sigilo
absoluto o desenvolvimento psicoemocional da criança adotada por exintegrantes de uma dupla (homem-homem e mulher-mulher) ou de um
grupo (homem-mulheres e mulher-homens) pelo tempo que julgar
necessário.
Artigo 18º - Com base no Direto de Família, no Estatuto da Criança e do
Adolescente e no artigo 226 da Constituição Federal, que garante proteção à
família natural, o Estado estimulará medidas concretas de proteção à criança,
ao adolescente e à família natural, desestimulando quaisquer tipos de ações
antifamilistas (populares e governamentais) que induzam à desmoralização
e a pornificação da criança, do adolescente e da família natural, visando a
estabilidade e a perpetuidade da família natural e da sociedade brasileira.
Artigo 19º - Os pais não abandonarão seus filhos nem negligenciarão sua
educação integral (interna e externa), zelando pela saúde física e pela
formação de um bom caráter em seus filhos.
Parágrafo único - É livre a decisão de ter ou não ter filhos.
CAPÍTULO VI
DA AÇÃO PROTETORA LEGAL DO ESTADO
Artigo 20º - O Estado não substituirá o papel dos pais na família natural,
mas apoiará as decisões justas dos pais em relação aos seus filhos,
fortalecendo o Poder Familiar com o propósito de fortalecer a família
natural e deter o processo de desintegração da sociedade brasileira.
Artigo 21º - O Estado reduzirá a jornada de trabalho das mulheres=mães, de
40 horas semanais (8 horas/dia) para 20 horas semanais (4 horas/dia) a fim
de estimular o fortalecimento dos vínculos familiares entre mães e filhos e
215
entre os cônjuges, visando fortalecer e proteger a família natural e a
sociedade brasileira. Preservados todos os direitos trabalhistas das mulheres.
Parágrafo único - O Estado respeitará a liberdade das mulheres-mães, mas
as estimulará, por meio de campanhas publicitárias (entre outros meios), a
dedicarem mais tempo à convivência, à educação de valores e à formação
do bom caráter de seus filhos.
Artigo 22º - Os governos federal, estadual e municipal criarão,
respectivamente, o Ministério da Família as Secretarias Estaduais da
Família e as Secretarias Municipais da Família através das quais
implementarão políticas públicas e eventos públicos que estimulem,
protejam e fortaleçam os laços familiares das famílias naturais (homemmulher-filhos).
Artigo 23º - Os governos federal, estaduais e municipais criarão o Dia da
Família, data festiva nacional em que destacarão e premiarão a Família
Solidária, aquela família natural que espontaneamente se destacou pela
prática da Vizinhança Solidária (a prática da assistência aos vizinhos
carentes espiritual e materialmente).
Parágrafo único - Os governos federal, estaduais e municipais, através do
Ministério da Família e das Secretarias Estaduais e Municipais da Família,
criarão o título de Família Solidária e um prêmio material (uma casa, uma
viagem ou um carro) através dos quais homenagearão, premiarão e
estimularão a prática nacional da Vizinhança Solidária, a assistência
voluntária entre as famílias naturais.
Artigo 24º - Em obediência ao artigo 226 da Constituição Federal (que
garante proteção à família) e ao Estatuto da Criança e do Adolescente o
Estado criará nacionalmente a Delegacia da Família com o objetivo de
proteger a família natural (pais, mães e filhos menores) do constrangimento
e da exposição pública indevida (situações de alcoolismo, dependência
química, desafetos interfamiliares, etc), visando preservar a honra e a
imagem pública da família (pais, mães e filhos) a fim de protegê-la das
consequências da exposição pública escandalosa, dando-lhe nova
oportunidade para recompor-se e sobreviver como família natural.
Artigo 25º - Todas as organizações das áreas de educação e de comunicação,
pública ou privada (que detém concessão pública) têm o dever moral e
social de proteger a família natural. Para isso, não produzirão, divulgarão ou
comercializarão produtos (serviços, textos, sons, imagens, encenações e
216
objetos) que atentem contra a dignidade, a estabilidade e a sobrevivência da
família natural.
Parágrafo único - Porque a sobrevivência da família natural é a base da
sobrevivência da sociedade brasileira, o Estado promoverá, estimulará e
premiara as iniciativas em defesa da família natural como atos patrióticos. E
punirá o ataque contra a família natural como atos antipatrióticos.
Artigo 26º - O Poder Judiciário, com base no princípio constitucional da
separação e da independência entre os poderes, alertará e interpelará os
poderes Legislativo e Executivo sempre que estes infringirem esta Lei de
Proteção à Família Natural.
Artigo 27º - Revogam-se as disposições em contrário.
Brasília, DF, 05 de outubro de 2009
Capítulo 19
217
JUSTIFICATIVAS DA
LEI DE P ROTEÇÃO À FAMÍLIA NATURAL*
19.1. O que é uma família natural?
A família natural (homem-mulher-filhos) é a origem, a célula-mãe e a base
das sociedades/ é o ninho biológico humano, a escola primeira da
afetividade (parental, fraternal, conjugal e filial), a escola primeira da
educação do caráter e da aprendizagem das relações sociais harmoniosas; é
a motivação da busca pela realização dos três desejos essenciais da vida
(educação, família e prosperidade), a fonte maior da alegria e a causa
natural da perpetuidade da espécie humana. Destrua-se a família natural e o
espírito comunitário desaparecerá e a sociedade afundará na promiscuidade,
na criminalidade e no caos, de volta à barbárie primitiva amoral e agressiva
até a sua total desintegração.
19.2. A Necessidade da Lei de Proteção à Família Natural
(O Estatuto da Família Natural)
Os artigos 221 e 226 da Constituição Federal de 1988 estabeleceu: “A
família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.” Os parágrafos
3º e 4º do artigo 226 reconhece a família como sendo “a união estável entre
o homem e a mulher como entidade familiar...” e ainda reconhece como
familia “a comunidade formada por qualquer dos pais e seus
*
Este Projeto de Lei foi enviado via internet (pelo autor e por sua esposa Ruth Lins) para a
maioria dos deputados federais e para todos os senadores do Congresso Nacional no dia 05
de outubro de 2009. O texto do Projeto de Lei bem como sua justificativa e seus
comentários foram protocolados na FUNARTE, São Paulo, sede do escritório paulista da
Fundação Biblioteca Nacional, no dia 04 de outubro de 2010. O registro de autoria foi
efetivado no dia 03 de novembro de 2010, sob o número 511.393, Livro 959, Folha 215.
Uma das propostas deste Projeto de Lei, o artigo 22 que propõe a criação do Ministério da
Família (e das respectivas Secretarias Estaduais e Municipais da Família) foi adotado e
divulgado nacionalmente pelo ex-deputadoi federal José Maria Eymael, candidato do
Partido da Social Democracia Cristã, PSDC, à presidência da república nas eleições de
2010.
218
descendentes.” Acontece que este artigo constitucional, no entanto, nunca
foi regulamentado. Já existem as leis de proteção à mulher, à criança, ao
adolescente, ao idoso, ao índio, ao negro, ao meio ambiente, ao consumidor
e até leis de proteção à democracia (instituições ditas sociais). Contudo,
mesmo sendo uma instituição natural (biopsicoemocional), e tendo sido
reconhecida constitucionalmente como a base fundamental da sociedade
brasileira, ainda não existe uma Lei de Proteção à Família Natural ou um
Estatuto da Família Natural; uma lei criada especificamente para dar
proteção à família natural, uma vez que a família é a instituição base da
sociedade sem a qual a sociedade, o Estado brasileiro não sobreviverá.. Se a
Constituição garantiu a proteção das instituições sociais (defesa do Estado e
das instituições democráticas) e da instituição familiar (que é uma
instituição natural e social), por que ainda não regulamentou a proteção da
família natural. E por que, em vez de regulamentar a proteção à família
natural, o Congresso Nacional está criando projetos de lei e propostas de
emenda constitucional para descaracterizar e desintegrar a família natural,
facilitando o divórcio (estimulando-o), defendendo o aborto (infanticídio), a
legalização da prostituição como profissão (pretendendo conferir dignidade
e honra à promiscuidade e à vergonha), a descriminalização das drogas, o
reconhecimento legal das duplas homossexuais como novos tipos de família,
legalização do casamento homossexual, a legalização dos bingos (estímulo
ao vício degradante e doentio: a ludopatia), entre outras aberrações
esquerdistas anticristãs e antifamília.que ficaram de fora da Constituição
feita em 1988.
Mais de 3.500 emendas à Constituição de 1988 já foram propostas,
1.500 estão tramitando no Congresso Nacional e 98 emendas já foram
aprovadas e incorporadas ao texto constitucional. Recentemente, uma única
e insana emenda proposta pelo deputado Regis de Oliveira (PSC-SP)
pretende remover ou alterar nada menos do que 189 artigos da Constituição
original de 1988, removendo toda e qualquer referência à família, à criança
e ao adolescente, ao idoso, conservando apenas a garantia constitucional à
vida. A PEC do deputado deputado Regis de Oliveira (PSC-SP) somou-se
ao projeto de lei (PL 2.285/07) do deputado esquerdista Sérgio Barradas
Carneiro (PT-BA), intitulado “Estatuto das Famílias” (elaborada em
parceira com o IBDF = Instituto Brasileiro do Direito de Família) também
pretende atacar e descaracterizar a família (como instituição natural e vital
para os indivíduos e para as sociedades) com o objetivo de conferir às
duplas homossexuais o reconhecimento como família e o direito ao
casamento civil..
219
Com tais projetos de lei e propostas de emendas constitucionais os
esquerdistas anticristãos e antifamília estão pretendendo dar um golpe de
Estado. Parace ser uma segunda tentativa de assalto ao parlamento
(tentativa fracassada em l988) através da aprovação de leis (em sessões
noturnas ou secretas, como fizeram com a lei da homofobia, e pressionado
os parlamentares: “apoiar os homossexuais é politicamente correto”, em
vez de estimulá-los a serem justos perante Deus, a sociedade e a família
natural brasileira).
Este conjunto de leis anticristãs e antifamília conduzirão à
descristianização do Brasil, transformando nosso país em uma China ou
uma Venezuela; ditaduras marxista-comunistas (renomeadas para
“democracias participativas” = governo do proletariado de Marx) nas quais
foram dados aos cidadãos apenas o direito inseguro à vida (sob ameaça
constante de prisão e morte) e o dever imposto de trabalhar para enriquecer
e fortalecer a velha e cruel ditadura dos marxistas-comunistas chineses, há
60 anos no poder. Uma ditadura em tudo semelhante à antiga China
Imperial, e que deixou atrás de si um rastro de sangue de 90 milhões de
vítimas da falsa Revolução Cultural de Mao Tsé Tung (ao estilo antissemita
dos nazistas); um rastro de sangue que continua crescendo no presente
(veja-se o Massacre da Paz Celestial, a repressão no Tibete invadido e
anexado e as recente repressões das províncias).
Por que os esquerdistas brasileiros retiraram a palavra comunista
das siglas de seus partidos e nunca pronunciam em público a palavra
comunismo? Porque eles sabem que o marxismo é uma teoria falsa (uma
mentira) e que os crimes do comunismo contra a humanidade foram quatro
vezes mais e piores do que os crimes do nazismo. A fim de esconder o
passado criminoso do comunismo no mundo, os esquerdistas brasileiros
podem evitar a palavra comunismo, mas não podem apagar a história, O
império comunista já caiu. Os crimes dos esquerdistas marxistas-comunistas
já foram revelados na obra O Livro Negro do Comunismo. Crimes, terror,
repressão (Bertrand Russel. Brasil, 2006). Os crimes dos esquerdistas
marxistas-comunistas no Brasil já foram revelados na obra A Verdade
Sufocada (Editora Ser, 2006). Portanto, brevemente a verdadeira face da
barbárie marxista-comunista se espalhará pelo mundo através de livros,
artigos, documentários e filmes. Brevemente chagará o tempo em que os
marxistas-comunistas brasileiros pararão de sonhar o sonho místicoocultista da implantação da ditadura comunista eterna (como Hitler sonhava
com o III Reich milenar) e como sonho estúpido de subjugar Deus e a a
humanidade sob as botas da ditadura marxista-socialista ateísta. Os
marxistas-socialistas brasileiros deveriam lembrar-se das consecutivas
220
derrotas que sofreram em 1935, 1964, 1985 e na Constituinte de ‘988. Já
deveriam ter aprendido que com Deus e o Céu ao seu lado o povo de Deus é
a maioria mais forte. E o povo cristão unido nunca foi nem nunca será
vencido.
19.3. A desintegração da família natural
levará à desintegração da sociedade brasileira
No Brasil, além das leis de proteção aos bens materiais (direito de
propriedade) e dàs instituições (defesa da democracia: liberdade de
pensamento, expressão, reunião, culto, etc) existem as leis de proteção à
pessoa humana: lei de proteção à vida, à criança, ao adolescente, à mulher e
ao idoso; e ainda o chamado Direito de Família, tratado no livro IV do Novo
Código Civil Brasileiro de 2002. Em 2007 o Instituto Brasileiro de Direito
da Família (IBDF) protocolou no Congresso Nacional o chamado Estatuto
das Famílias, onde propõe complementar e atualizar o livro IV do Direito de
Família, do Novo Código Civil. Entre as “atualizações” propostas no
Estatuto das Famílias do IBDF está o reconhecimento das duplas
homossexuais como um novo tipo de família e a legalização do casamento
civil entre os homossexuais.
Esse conjunto de leis de proteção às instituições e à pessoa humana, no
entanto, ignorou a proteção da instituição fundamental, cujo equilíbrio e
estabilidade, reconhecidamente, poderia prevenir o surgimento da maioria
dos problemas e das injustiças que as leis de proteção aos bens, às
instituições e às pessoas propõem-se a garantir a família natural.
Muitos têm declarado que a família natural é uma instituição
ultrapassada, falida e morta; outros declaram que a família natural deveria
ter um prazo de validade, enquanto defendem abertamente a necessidade de
sua total extinção através dos meios de comunicação de massa.
A família natural (homem-mulher-filhos) está em crise, mas em
todo o mundo ainda é a opção e o estilo de vida adotado pela maioria
absoluta da população. Em todas as culturas da história a família natural foi
constituída sempre com a mesma estrutura: homem-mulher-filhos. Por quê?
Por que a família natural não evoluiu, e ainda hoje conserva a mesma
estrutura e ainda é a opção de vida de 99% da população mundial? Se a
família natural (homem-mulher-filhos) fosse uma instituição social teria
sofrido mudanças estruturais ao longo da história, e até poderia ser extinta.
Todavia, a família natural é uma instituição natural biossocial de vital
importância para a realização dos ideais dos indivíduos e das sociedades,
uma necessidade psicoemocional da pessoa humana e uma instituição vital
221
para a perpetuação da sociedade e da espécie. Sendo assim, o Estado precisa
urgentemente de uma Lei de Proteção à Família Natural.
É verdade. A família natural está sob ataque e em crise, mas o
Estado não está agindo para proteger e fortalecer a família natural porque
não parece ter compreendido a importância vital da família natural para a
estabilidade e a perpetuação do próprio Estado. De outro lado, alguns
setores da sociedade, tais como as indústrias do tabaco, do alcoolismo, dos
jogos de azar, das drogas, das armas, pornô, etc, estão atuando intensamente
no sentido de agravar ainda mais a crise, pois tais indústrias prosperam em
proporção com a desintegração da família natural.
As pesquisas estatísticas têm apontado para uma queda contínua e
crescente do modelo familiar padrão do Brasil. A queda da família natural já
ultrapassa 60% devido a diversos fatores: diminuição de casamentos,
aumento de separações e divórcios, aumento de famílias mutiladas (paisfilhos e mães-filhos), pais solteiros, mães solteira, aumento do sexo precoce,
aumento do número de pré-adolescentes, adolescentes e jovens sexualmente
ativos, aumento da gravidez indesejada na adolescência, aumento de
famílias desestruturadas, aumento de menores abandonados e carentes,
aumento das doenças sexualmente transmissíveis e aumento da Aids,
principalmente entre adolescentes e jovens, aumento do homossexualismo,
crescimento da indústria pornô (1.6 milhões de sites pornôs e milhões de
revistas, livros e filmes pornôs), entre outras graves ameaças à integridade
moral e social. Obviamente essa situação já é uma calamidade moral e
social. Todavia, o problema está aumentando e certamente caminha para a
total desmoralização e desintegração da família natural e, por conseguinte,
da própria sociedade brasileira. Não se trata de modernização da sociedade
(modernização tem a ver com conhecimento e tecnologia), mas de
desmoralização e desintegração da sociedade. E esta grave ameaça á
sociedade brasileira exige do Congresso Nacional uma urgente reação de
impacto social moralizador.
Esta necessidade urgente de um impacto social moralizador.deu
origem à Lei de Proteção à Família Natural. Simplesmente protegendo a
família natural (sem descriminar nenhuma outra minoria de orientação
sexual diferente) o Congresso Nacional poderá deter o processo de
desmoralização e de desintegração social, e literalmente, salvar o Brasil do
caos absoluto. Não temos mais tempo. A hora é já! Ou fortalecemos a
família natural, ou desapareceremos como nação organizada e soberana.
A Advertência Unwin — Uma primeira advertência sobre o
perigo da desintegração da família e dos valores familiares nos foi fornecida
pelo pesquisador norte-americano Dr. Joseph Daniel Unwin em sua
222
pesquisa de antropologia comparada que durou 7 anos, e na qual estudou em
detalhes 80 sociedades e 16 civilizações dentro de um período de mais de
4.000 anos de história. Ao final de sua pesquisa o Dr. Unwin constatou:
“Todas as sociedades que menosprezaram a família e os valores familiares
declinaram e desapareceram, enquanto aquelas que valorizaram e
protegeram a família sobreviveram e prosperaram, sem nenhuma exceção.
Exemplos históricos deste fato são a antiga Grécia e o Império Romano.
Outro exemplo histórico é o povo judeu, que tem 4.000 anos de história de
perseguição, mas sobreviveu e preservou sua identidade cultural intacta
devido à sua forte tradição familiar. Os interessados encontrarão centenas de
outros exemplos demonstrativos.
A Advertência Sorokin — Uma segunda advertência sobre as
trágicas conseqüências da desintegração da família nos foi fornecida pelo
sociólogo russo Dr. Pitirim A. Sorokin (1889-1968), da Universidade
Harvard. Depois de analisar diversas culturas dos cinco continentes ao longo
de toda a história, Sorokin escreveu que “Todas as revoluções políticas que
levaram ao colapso social foram precedidas de uma revolução sexual na
qual a família e o matrimônio foram desprezados e desvalorizados.”
Sorokin também destacou que nos primeiros anos da Revolução
Russa, com base na política antirreligiosa oficial, o governo comunista
atacou deliberadamente o matrimônio e a família, com a lei do divórcio, do
aborto, do sexo ocasional, etc. Sorokin registrou o resultado trágico daquela
política de estado em seu livro The American Sex Revolution The American
Sex Revolution (1956):
“Em poucos anos, gangs de crianças sem lar e violentas tornaramse uma séria ameaça para o país. Milhões de vidas, especialmente meninas,
foram destruídas. O divórcio e o aborto chegaram ao máximo. O ódio, os
conflitos e as psiconeuroses gerados pela desintegração familiar
aumentaram rapidamente. A produtividade nas fábricas decaiu. Os
resultados foram tão alarmantes que o governo foi obrigado a inverter sua
política antifamiliar. A propaganda do “Copo de Água” foi declarada
contrária à Revolução, e em seu lugar foi implantada a glorificação oficial
da castidade e da santidade do matrimônio. Em outras palavras: os russos
descobriram a triste realidade de que o sexo, se considerado como um
apenas um apetite a mais, não só arruinava o individuo, mas arruinava
rapidamente o próprio país.”
Depois do desastre social o governo russo retirou os menores das
ruas e instituiu o Dia da Família, rejeitando completamente as hipóteses de
Marx e Engels sobre a origem socioeconômica da família e sobre a
223
necessidade de sua extinção. Pelo mesmo motivo, o governo da ex-União
Soviética rejeitou a psicanálise freudiana durante mais de meio século.
A Advertência Bezmenov — Uma terceira advertência sobre as
trágicas conseqüências da desintegração da família nos foi fornecida pelo
jornalista russo Yuri Bezmenov, ex-agente da KGB na índia, Em l970
Bezmenov denunciou e atribuiu a atual estado de desintegração da família a
um processo sistemático e contínuo de desmoralização planejada executada
pela KGB: a guerra psicolítica (subversão ideológica + desintegração
moral). Eis um trecho da entrevista de Bezmenov Soviet Subversion of the
Free World Press. (disponível no You Tube):
“15% de tempo, do dinheiro e do pessoal da KGB são gastos em
espionagem. Os outros 85% são gastos em um processo mais lento
chamado de subversão ideológica, que consiste basicamente em mudar a
percepção da realidade dos jovens a tal ponto que apesar da abundância de
informação verdadeira eles não sejam capazes de chegar a conclusões
razoáveis em defesa de si mesmos, de suas famílias e de seu país. É o
processo de desmoralização. Leva-se de 15 a 20 anos para desmoralizar
uma nação... Os jovens são contaminados e programados para pensar e
reagir somente a certos estímulos específicos, que seguem o padrão
planejado pela KGB. Ninguém consegue mudar suas ideias... O processo de
desmoralização é completo e irreversível.”.
Sabemos que durante o século XX o mundo esteve dividido em dois
blocos comandados pela ex-União Soviética e pelos Estados Unidos, os
quais travaram a chamada Guerra Fria. Sabe-se também que durante a
Guerra Fria o Brasil foi alvo de disputa e esteve sob o ataque das mesmas
“armas” e processos da luta ideológica que caracterizaram a Guerra Fria. E
entre tais processos, evidentemente, estava o processo de desmoralização
denunciado por Bezmenov. Assim, ao constatar a queda dos valores morais
no Brasil atual somos forçados a admitir que a juventude brasileira também
foi submetida ao corrosivo processo de desmoralização (que confundiu suas
ideias e enfraqueceu seus valores).
Os efeitos destrutivos da guerra ideológica e da guerra moral
contra o Brasil poderiam estar sendo observado hoje na crise de valores
que assola e corrói a sociedade brasileira. Uma crise que é caracterizada
pelo aumento da desintegração da família natural, que gera o aumento da
promiscuidade sexual e da criminalidade em todas as faixas etárias e em
todos os setores da sociedade.
224
Capítulo 20
COMENTÁRIOS DA
LEI DE P ROTEÇÃO À F AMÍLIA NATURAL
Artigo 1º - Esta lei regula o artigo 226 da Constituição Federal, que dispõe
sobre os deveres do Estado brasileiro em relação à família natural (homemmulher-filhos), bem como sobre os direitos e deveres dos parentes diretos da
família natural (pais, mães e filhos) entre si.
§ 1º - O direito à família natural (homem-mulher-filhos) é direito
fundamental de todos com maioridade civil, Para constituir família natural
civil os menores deverão apresentar emancipação. e autorização dos pais ou
dos tutores.
§ 2º - É protegida como família natural a sociedade formada por um homem,
uma mulher e seus filhos, instituída com a finalidade de convivência
familiar natural e a paz social.
§ 3° - Os componentes da entidade familiar natural (homem-mulher-filhos)
devem ser plenamente respeitados em sua dignidade pela família, pela
sociedade e pelo Estado.
§ 4º - Constituem princípios fundamentais para a interpretação e aplicação
desta lei o respeito aos princípios biológicos da natureza e da psicologia
humana, a matriz cultural (valores e crenças) da maioria absoluta da
sociedade brasileira (em respeito ao princípio fundamental da democracia: a
prevalência da vontade da maioria absoluta) e a dignidade da pessoa
humana independente de idade, sexo e classe social.
Artigo 2º - A família natural é o grupo social formado por um homem e
uma mulher em vínculo conjugal unidos pelo casamento religioso, civil ou
225
vivendo uma união estável na companhia de seus filhos legítimos ou
adotados,. vivendo e convivendo em um espaço comum.
§ 1º - Os grupos formados por um pai e seus filhos ou por uma mão e seus
filhos são também reconhecidos como famílias naturais incompletas, pois a
ausência de um dos cônjuges (pai ou mãe) descaracteriza o grupo como uma
família natural em sentido pleno (hoimem-mulher-filhos)
§ 2º - O Estado não reconhecerá nenhum outro grupo social (duplas
homossexuais: homem-homem, mulher-mulher, ou grupos de homensmulher e mulheres-homem) vivendo e convivendo em um espaço comum
como grupo familiar.
Comentando o Artigo 2º — O texto do Artigo 2º tem por objetivo
esclarecer reafirmar o que a maioria absoluta dos cidadãos brasileiros (que é
cristã) pensa sobre família: um grupo social formado por um homem, uma
mulher e seus filhos. O artigo 01 visa também obter o reconhecimento e o
apoio do Estado para essa definição de família natural, que é a definição
adotada pela maioria absoluta da população brasileira.
Artigo 3º - A família natural (homem-mulher-filhos) é a base da harmonia,
da estabilidade e da perpetuidade da sociedade.
Parágrafo único - O Estado estimulará e protegerá a família natural contra
todas as formas de ameaça s ela, visando a defesa do próprio Estado, cuja
base (conforme o artigo 226 da Constituição Federal) é a família natural.
Comentando o Artigo Artigo 3º—- O texto do Artigo 3º tem por objetivo
reafirmar e destacar o artigo 226 da Constituição Federal que afirma a
família natural como a base da sociedade brasileira e garante a proteção do
Estado para a família.
Artigo 4º - É livre e lícita a prática da sexualidade entre um homem e uma
mulher na maioridade legal, na família natural e na intimidade do lar.
§ 1º - O Estado não estimulará e nem reconhecerá como lícita e natural
nenhuma outra forma de prática sexual (homem-homem, mulher-mulher,
homem-mulheres, mulheres-homem, adulto-criança, homem-animal, vivomorto, sexo com violência, sexo ofensivo à dignidade humana, etc) porque
tais relacionamentos violam os princípios da natureza (princípio da
dualidade complementar positivo-negativo) e os princípios morais da
maioria absoluta da população brasileira.
§ 2º - No Estado Democrático de Direito a decisão da maioria absoluta
prevalecerá, sem prejuízos para as minorias, desde que as ideias e as ações
226
das minorias não representem ataques agressivos (verbais ou físicos) contra
a maioria cristã da população.
Comentando o Artigo 4º — O texto do Artigo 4º tem como objetivo
deixar claro o respeito à liberdade democrática, inclusive a liberdade sexual,
mas que o Estado somente pode reconhecer como legal e legítima a
sexualidade natural (homem-mulher) na maioridade e na intimidade do lar.
O Estado pode ser laico, mas esta condição lhe tira o direito de se insurgir
contra os princípios da natureza e contra os princípios da moralidade cristã
da maioria da população brasileira.
Artigo 5º - É vedada quaisquer manifestações públicas (falada, gestual,
escrita, radiofônica e televisiva) atentatória contra a estabilidade e a
sobrevivência dà família natural.
Comentando o Artigo 5º — O texto do Artigo 5º tem por objetivo
desestimular a publicidade e as manifestações públicas que atentem contra a
sobrevivência da família natural, uma vez que a desintegração da família
natural conduzirá à desintegração da própria sociedade brasileira. E o
Estado não pode garantir a nenhum cidadão o direito de atentar contra a
integridade do próprio Estado. Praticaria o crime de lesa-pátria e alta traição
contra os preceitos constitucionais que tem o dever de defender.
Artigo 6º - É vedada a produção, a comercialização, a exposição e a
divulgação pública (falada, escrita, radiofônica e televisiva) de quaisquer
objetos, imagens e sons que estimulem e promovam a sexualidade precoce
(entre menores), a sexualidade ocasional (entre desconhecidos) e a
infidelidade conjugal.
Parágrafo único - O Estado agirá no sentido de proteger a família natural e,
por conseguinte, proteger a sociedade democrática que não sobreviverá sem
o fundamento moral e ético gerado na família natural.
Comentando o Artigo 6º — O texto do Artigo 6º tem como objetivo
desestimular a produção, a comercialização, a exposição e a divulgação
pública de quaisquer objetos que de algum modo represente uma agressão à
família natural. Por exemplo: cartazes ou vinhetas publicitárias de filmes,
revistas e sites pornôs, objetos que promovem e estimulam o sexo ocasional,
extraconjugal, precoce e antinatural, atacando diretamente o modelo familiar
padrão da sociedade brasileira: a família natural (homem-mulher-filhos).
227
Assim como a lei anti-racismo impede todas as formas de agressão e de
descriminação racial (verbais, gestuais, físicas, escritas, sonoras e filmadas)
contra os cidadãos brasileiros afrodescendentes, as famílias naturais têm o
mesmo direito, e através da Lei de Proteção à Família Natural terão um
instrumento legal para sua proteção. O Estado não pode garantir a nenhum
cidadão o direito de agredir e/ou descriminar outro cidadão por ele ter
optado por constituir uma família natural, uma vez que esta é a opção moral
mais ajustada às leis da natureza, aos princípios morais da maioria absoluta
da sociedade brasileira e a mais adequada à perpetuação da sociedade e da
espécie. O mesmo não se pode dizer da opção homossexual, que é uma
opção amoral do ponto de vista cristão, e antinatural e atentatória contra a
perpetuação da sociedade e da espécie (do ponto de vista científico).
Artigo 7º - É vedada a exposição e a divulgação pública (falada, escrita,
radiofônica e televisiva) de quaisquer objetos, imagens e sons que
estimulem e promovam a sexualidade ocasional, a sexualidade precoce e a
infidelidade conjugal.
Comentando o Artigo 7º — O texto do Artigo 7º tem como objetivo
desestimular a apologia do sexo ocasional e antifamiliar, origem da
gravidez precoce e indesejada e do avanço das DSTs e da Aids entre os
adolescentes e jovens); desestimular o sexo precoce (sexualização precoce
de crianças) e a a infidelidade (causa de agressões e crimes passionais),
problemas que têm sido eufemizados, disfarçados e estimulados
irresponsavelmente por alguns artistas, autores de novelas, apresentadores
de televisão e jornalistas dos meios de comunicação de massa, e até por
alguns pseudo-educadores) como fatos naturais e humorísticos da vida, ou
atos da livre manifestação artística e de pensamento, da evolução social e da
modernidade.
Na verdade, o sexo ocasional e o sexo precoce (pré-adolescente e
adolescente; garotas e garotos de programa, prostituição infanto-juvenil,
pedofilia) e a infidelidade (desrespeito e traição do esposo, dos filhos e dos
parentes) estão na base da desmoralização e da desintegração social, uma
vez que estimulam a promiscuidade, o tabagismo, o alcoolismo, às drogas
pesadas e a criminalidade, graves problemas sociais que estão empurrando a
sociedade brasileira para o caos e a desintegração. É deve constitucional do
Estado proteger a integridade e a perpetuidade da sociedade brasileira.
Artigo 8º - A abstinência pré-matrimonial e a fidelidade conjugal são
valores morais fundamentais da família natural e garantias seguras de sexo
228
natural e saudável. A abstinência pré-matrimonial e a fidelidade conjugal
são também formas reconhecidas por diversos governos do mundo como
100% seguras para a prevenção ao avanço da Aids (acquired immuno
deficiency syndrome) e para a extinção da Aids na sociedade humana.
Parágrafo único - Visando a preservação da saúde do cidadão e da
sociedade, o Estado, através dos Ministérios da Saúde e da Educação,
estimulará a abstinência pré-matrimonial e a fidelidade conjugal.
Comentando o Artigo 8º — O texto do Artigo 8º tem como objetivo
legalizar o apoio do Estado à prática da abstinência pré-matrimonial e da
fidelidade conjugal, valores morais fundamentais da família brasileira, e
atos mundialmente reconhecidos como os únicos métodos 100% eficazes
para deter o avanço da/e extirpar a Aids do mundo. Os Estados Unidos e
dezenas de outros países já estimulam e patrocinam programas de prevenção
e combate à Aids (prevenção interna) baseados no estímulo à abstinência
pré-matrimonial e à fidelidade conjugal. Devido ascensão dos governos
esquerdistas (materialistas, ateístas, laicos e amorais) o Brasil está mais de
uma década atrasado com relação à chamada Prevenção Interna contra a
Aids (baseada no fortalecimento dos valores morais da família natural: à
abstinência pré-matrimonial e à fidelidade conjugal).
Artigo 9º - É obrigatório para os candidatos ao casamento civil o teste para
a detecção do virus HIV como forma de proteção à saúde e à vida do futuro
cônjuge e de seus futuros filhos.
Comentando o Artigo 9º — O texto do Artigo 9º tem como objetivo
proteger o cônjuge da infecção pelo vírus HIV (a Aids). Milhares de pessoas
saudáveis são infectadas diariamente em todo o mundo por outras pessoas
infectadas que não fizeram o teste por ignorância ou medo (devido ao modo
de vida promíscua que levam). No Brasil, 40% as mulheres infectadas com
o vírus HIV foram infectadas dentro de seus lares por seus próprios maridos.
O contrário também é verdadeiro, pois pesquisas revelaram que a taxa de
infidelidade conjugal entre as mulheres já atingiu mais de 50% (embora as
mulheres sejam mais discretas e falem menos sobre o assunto). Assim, o
Estado, como política complementar e preventiva de Saúde Publica, tem o
dever de exigir por lei a realização do teste de detecção do vírus HIV de
todos os candidatos ao casamento civil.
Artigo 10º - É ilegal a prostituição em todas as faixas etárias e em todas as
suas formas e gêneros (feminina, masculina, visual, sonora e física). A
prostituição atenta contra os direitos humanos, a honra e a dignidade da
229
pessoa humana, e contra a estabilidade e a sobrevivência da família natural e
da sociedade. Vedada a manifestação pública da lascívia e do exibicionismo
sexual (vestuário e gestos obscenos e atos pré-sexuais).
Parágrafo único - O Estado proverá meios de sobrevivência mínimos às
populações carentes a fim de possibilitar-lhes a digna sobrevivência como
cidadãos da sociedade brasileira.
Comentando o Artigo 10º — O texto do Artigo 10º tem como objetivo
desestimular a prostituição no Brasil, considerando que em toda a história e
em todos os países em que a prostituição prosperou conduziu à
desmoralização e à desintegração social. A profissão é um ofício produtivo
que dignifica o ser humano, propiciando-lhe meios dignos de sobrevivência
e sentido de utilidade e valor social ao permitir-lhe contribuir para a
prosperidade econômica da sociedade da qual faz parte. Prostituição não é
profissão, pois não dignifica a pessoa humana. A prostituição estimula os
sentimentos e os desejos mais indignos da natureza humana, degrada o
indivíduo e a sociedade, desmoraliza e envergonha a pessoa humana, seus
familiares e seus descendentes, porque contraria os valores morais e os bons
costumes essenciais da cultura cristã da maioria absoluta da população
brasileira. A prostituição desvio o curso natural da vida humana filhoscônjuges-pais, substituindo-o pelo curso antinatural filhos-prostituídos-pais
solteiros, impedindo a plena realização do mais importante desejo essencial
da natureza humana: o desejo de construir uma família (o ninho biológico
humano). A prostituição também viola os direitos humanos fundamentais ao
reduzir o ser humano condição de uma mercadoria qualquer. Sem esquecer
que, para a maioria absoluta da população brasileira os seres humanos são
filhos de Deus e trazem em si a natureza e a dignidade divina. Assim, o
aluguel do corpo humano para fins sexuais viola a dignidade do homem e a
dignidade de Deus como Pai da humanidade, do mesmo modo que fere a
dignidade dos seres humanos na posição de pais. A pesquisa indicou que a
maioria absoluta dos homens e mulheres praticantes da prostituição (como
desvio de conduta/ um vício imoral confundido com profissão) gostariam de
abandonar a prostituição e construir uma família natural padrão (homemmulher-filhos).
Ainda com o objetivo de proteger a família natural e coibir o atentado
violento ao pudor e o sexo ocasional e precoce, o Estado proibirá o
exibicionismo sexual e a lascívia em público (atos pré-sexuais praticados
em lugares públicos, tais como beijos e toques lascivos). Estes atos (naturais
entre os cônjuges na intimidade de seus lares) quando praticados em público
caracterizam o exibicionismo sexual imoral (estimula o sexo precoce e
230
ocasional e viola os direitos da pessoa humana, que é exibida em público
como objeto de posse e uso sexual).
O exibicionismo sexual já foi proibido em todos os países islâmicos, em
quase todos os países do extremo-oriente e na Índia. Como o processo de
desmoralização e de pornificação da sociedade brasileira já está em estágio
avançadíssimo, a proibição do exibicionismo sexual e da lascívia em
público constitui mais um ato legal do Estado em defesa da família natural e
da estabilidade e perpetuação da sociedade brasileira.
Artigo 11º - É vedada a manifestação pública (falada, escrita, radiofônica e
televisiva) de quaisquer objetos, imagens e sons que agridam, menosprezem,
vulgarizem e banalizem a família natural e a sexualidade conjugal.
Comentando o Artigo 11º —O texto do Artigo 11º tem como objetivo
desestimular legalmente todas as formas de agressão contra a família natural,
uma vez que, comprovadamente, a desintegração da família natural
conduzirá a desintegração da própria sociedade brasileira. Assim, o Estado
não pode conceder a nenhum cidadão o direito de atacar a família natural,
uma vez que tal ataque, simultaneamente, representa um ataque à
estabilidade e à perpetuidade do próprio Estado. Os direitos de uma minoria
de cidadãos (direito à liberdade de pensamento e ação) não estão acima dos
direitos da maioria absoluta da população nação, e nem exime aquela
minoria do cumprimento da lei e do dever patriótico de defender e preservar
a integridade física e moral da sociedade brasileira.
Artigo 12º - É vedada a manifestação pública (falada, gesticulada, escrita,
radiofônica e televisiva) da conduta anti-família natural, tais como:
pornofonias, gestos obscenos, vestuário obsceno, imagens pornográficas,
sons pornofônicos e afins.
Parágrafo único - A matriz cultural histórica do povo brasileiro é a matriz
cultural judaico-cristã. Isto significa que a maioria absoluta da população
brasileira optou pela cultura cristã (valores, ideias, comportamentos e
objetos culturais). Nestes termos, toda e qualquer manifestação cultural
contrária à opção cultural da maioria absoluta cristã têm o direito de existir e
seus praticantes desfrutarão da proteção do Estado, enquanto cidadãos
brasileiros, (desde que dentro da lei). Porém, uma vez que a maioria
absoluta da população brasileira optou pela cultura cristã, as manifestações
culturais anticristãs das minorias deverão ser praticadas de forma restrita à
intimidade de seus ambientes.de culto e convivência. Vetado o proselitismo
231
público contrário aos valores morais da maioria absoluta da sociedade
brasileira.
Comentando o Artigo 12º — O texto do Artigo 12º tem como objetivo
desestimular e impedir toda e qualquer manifestação antifamilista
(antifamília natural), do mesmo modo que a lei impediu toda e qualquer
manifestação racista no Estatuto da Igualdade Racial. Nesse contexto, o
antifamilismo pode se equiparado ao racismo, pois ambos são manifestações
ofensivas, agressivas e anti-humanas que violam a lei e os direitos humanos.
Todo ser humano apresenta o desejo natural de constituir uma família
(ninho biológico humano). E o Estado lhe garantirá esse direito.
A equiparação do racismo com o antifamiliso é procedente porque o
racismo e o antifamilismo são atos anti-humanos que agridem o natural (a
família é uma instituição biológica natural; todos os seres humanos têm
igual valor independentemente da cor de sua pele). Assim, racismo =
antifamilismo; os dois atos são agressões anti-humanas e violações do
estado natural e do valor natural do homem.
Do outro lado, a equiparação do racismo com o homossexualismo não
procede porque o próprio homossexualismo já é uma agressão e uma
violação do natural, uma vez que não é um ente natural ou o estado natural
que está sendo violado e agredido. O próprio homossexualismo é o violador
e o agressor do natural. Portanto, ao contrário do familismo e do humanismo,
o homossexualismo em nada contribui para a integridade ou para o
fortalecimento moral e social da sociedade brasileira. O homossexualismo,
por uma questão de fé e ética cristã, deve ser simplesmente tolerado; nunca
perseguido ou estimulado.
Artigo 13º - É vedada a abertura de quaisquer tipos de estabelecimentos
comerciais de lazer noturno (vinculados à sexualidade e ao alcoolismo) em
áreas urbanas e residenciais e em locais visíveis ao público (que
caracterizem publicidade da prostituição e do alcoolismo).
§ 1º - O Estado determinará através da lei; e os governos municipais se
encarregarão de estimular com incentivos fiscais temporários os
estabelecimentos comerciais de lazer noturno (vinculados à sexualidade e ao
alcoolismo) que desejarem mudar de atividade comercial.
§ 2º - As Assembléias Legislativas e as Câmaras dos Vereadores
estabelecerão locais não visíveis ao público e prazos para que os
estabelecimentos em situação irregular (estabelecidos em áreas urbanas,
residenciais e visíveis ao público) se ajustem à lei.
232
§ 3º - As Secretarias de Segurança Estaduais e Municipais fiscalizarão
intensamente, através dos organismos policiais, os estabelecimentos
comerciais de lazer noturno (vinculados à sexualidade e ao alcoolismo).
Vedada a presença de menores nestes estabelecimentos a qualquer hora do
dia e da noite.
Comentando o Artigo 13º —O texto do Artigo 13º tem como objetivo, por
um lado, desestimular a abertura de novos estabelecimentos comerciais
baseados no sexo ocasional e no alcoolismo, e por outro lado criar
mecanismos legais que desestimulem os estabelecimentos já existentes,
retirando-os das áreas urbanas e residenciais familiares (a fim de
desestimular o sexo ocasional, causa principal do avanço da Aids, das DSTs,
do sexo precoce, da gravidez indesejada na adolescência, etc, problemas
morais e de saúde pública que consomem tempo, pessoal qualificado e
bilhões de reais dos recursos público). Por fim, o conteúdo do texto do
artigo 12 visa ainda desestimular a abertura de novos estabelecimentos
comerciais baseados no sexo ocasiona e no alcoolismo, incentivando a
mudança do tipo de atividade (ramo comercial) através de incentivos fiscais
(redução da carga tributário por períodos fixos de tempo).
A pesquisa e a lei (no estado de São Paulo) já provaram que a mera
redução do horário de funcionamento deste tipo de estabelecimento reduz
em cerca de 30% os acidentes no trânsito, a violência noturna e a taxa de
homicídios. A solução definitiva destes graves problemas passa pela
redução gradual do número deste tipo de estabelecimentos comerciais.
Artigo 14º - Como política de proteção à família natural os governos federal,
estaduais e municipais, respectivamente, através do Ministério da Educação
e da Saúde, e através das Secretarias Estaduais e Municipais da Educação e
da Saúde desestimularão o comportamento de risco, vetando as iniciativas
populares que promovam e estimulem, direta ou indiretamente, a
disseminação da Aids (síndrome da imunodeficiência adquirida) e as DSTs
(doenças sexualmente transmissíveis).
Parágrafo único - O Estado realizará um referendo ou um plebiscito a fim
de que os pais-de-família se manifestem quanto à distribuição gratuita de
preservativos de látex, a camisinha, instrumento contraceptivo de eficácia
incerta quanto à proteção contra o vírus HIV, que é 450 vezes menor do
que o espermatozóíde. O Estado democraticamente, dará aos cidadãos paisde-família e de maioridade civil o direito de escolher o método de
prevenção ao vírus HIV: a) informação e distribuição de camisinhas e de
seringas descartáveis, ou b) informação e distribuição de camisinhas e de
233
seringas descartáveis mais educação de valores (aulas de fortalecimento dos
valores familiares);
Comentando o Artigo 14º — O texto do Artigo 14º tem como objetivo
garantir a proteção dà família natural desestimulando o comportamento de
risco entre a população a fim de deter a disseminação da Aids e das DSTs
entre a população, especialmente os jovens. Deter o avanço da Aids é
proteger a sociedade, uma vez que seu avanço sobre a juventude pode
inviabilizar o país a médio e longo prazos.
Apesar dos esforços dos recursos bilionários investidos na prevenção
externa (informação, pesquisa e distribuição gratuita de camisinhas e
seringas) a Aids está avançando em todo o mundo, o que indica claramente
a necessidade de uma ação complementar que reforce à prevenção externa.
Esta ação complementar é a prevenção interna, a educação de valores
(fortalecimento dos valores familiares), uma política de Saúde Pública já
adotada nos Estados Unidos e em dezenas de países nos cinco continentes
com melhorias significativas nos resultados. O Congresso Nacional deverá
ser devidamente informado sobre a prevenção externa, o método
complementar de combate à Aids já aplicado em dezenas de países do
mundo há mais de uma década.
Artigo 15º - Como política de proteção à família natural os governos
federal, estaduais e municipais, respectivamente, através do Ministério da
Educação e da Saúde, e através das Secretarias Estaduais e Municipais da
Educação e da Saúde desestimularão a prática do aborto (exceto em casos
excepcionais de anencefalia e risco de vida para a mãe) a fim de evitar o
infanticídio de massa.
§ 1º - Tendo os pais (ou os avós) condição econômica suficiente assumirão a
responsabilidade pela criança nascida da gravidez não-planejada de seus
filhos (e netos) menores e carentes.
§ 2º - Não tendo os pais (e nem os avós) condição econômica suficiente, o
Estado, através do Ministério da Justiça, dará proteção especial à criança
nascida de gravidez não-planejada e de pais menores e carentes. Até a
maioridade e a melhoria da condição econômica dos pais.
Comentando o Artigo 15º — O texto do Artigo 15º tem como objetivo
desestimular a prática do aborto massivo, que resultaria em um infanticídio
brutal (milhões de grávidas “acidentais” correriam para os hospitais
públicos, aumentando o número de mortes entre mulheres jovens (o aborto é
um comportamento de risco, mesmo em um hospital) e ocasionando uma
234
despesa extraordinária para os governos. Todos estes problemas podem ser
evitados unicamente desestimulando o sexo ocasional, a gravidez indesejada
e o aborto, e estimulando e promovendo o sexo familiar e a gravidez
planejada dentro da família natural.
Artigo 16º - O Estado concederá ao cônjuge que convive com parceiro
adúltero (comprovada a prática do adultério) o direito de exigir na justiça o
teste de detecção do vírus HIV do parceiro adúltero, como forma de garantir
seu direito (e os direitos de seus filhos) à saúde e à vida.
Comentando o Artigo 16º — O texto do Artigo 16º tem como objetivo
desestimular o adultério masculino e feminino (que está aumentando no
Brasil), reduzindo o risco de um parceiro infiel infectar o outro dentro de
seu próprio lar. A Aids cresceu entre as mulheres cerca de 2000% no mundo
desde 1982. No Brasil 40% das mulheres casadas foram infectadas por seus
maridos adúlteros dentro de seus próprios lares. O artigo 18 visa pôr um fim
nesta injustiça; neste crime culposo (doloso estando o parceiro infectado
informado de seu estado de saúde). Milhares de mulheres no Brasil foram
vitimadas por esse ato irresponsável e criminoso que ainda permanece na
impunidade por falta de uma lei que desencoraje a sua prática.
Artigo 17º - Em acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente o
Estado protegerá a saúde e a vida da criança filha de pais soropositivos
(infectados com o vírus HIV), retirando-a do convívio de risco com pais
negligentes e de conduta sexual que contrarie os padrões morais da família
natural brasileira.
Comentando o Artigo 17º — O texto do Artigo 17º tem como objetivo
proteger a criança (ainda no ventre) da mãe ou do pai imprudente e
negligente que, sabendo-se soropositivos (infectados com o vírus HIV),
relacionam-se sexualmente sem o devido cuidado, infectando a criança
indefeas no ventre da mãe. Os pais que assim procedem praticam crime
doloso contra a criança uma vez que, assumindo deliberadamente o risco de
infectar a criança ainda no ventre da mãe, agem com imprudência e
negligência.
Artigo 18º - O Estado protegerá a família natural da alienação parental
(críticas de adultos contra os pais, visando afastar a criança de seus pais) e
do aliciamento parental (agrados excessivos de adultos, visando aliciar
psicoemocionalmente a criança para si, afastando-a de seus pais). A
alienação parental e o aliciamento parental (diretos, praticado por um dos
235
cônjuges; ou indiretos, praticado por terceiros) atentam contra a estabilidade
e a integridade da família natural, e, por conseguinte, contra a estabilidade e
a integridade da sociedade brasileira.
Comentando o Artigo 18º — O texto do Artigo 18º tem como objetivo
proteger a família natural e a criança. Como se sabe, a psicologia do
desenvolvimento já provou a importância e a necessidade fundamental da
família natural (pai, mãe e irmãos) para o desenvolvimento psicoemocional
saudável e pleno da pessoa humana e também os efeitos negativos da
ausência da família natural na formação da personalidade e no
desenvolvimento da pessoa humana. Também está comprovado que as
crianças crescidas em lares incompletos (mãe-filhos e pai-filhos) ou em
orfanatos e casas de reeducação para menores (tipo FEBEM) geram vazios
de memória e distúrbios psicoemocionais na personalidade. Por isso, o
melhor ambiente para o desenvolvimento pleno e saudável de uma criança é
o ambiente da família natural (pai-mãe-irmãos). Nesse contexto a alienação
parental e o aliciamento parental atentam contra a família natural, contra a
criança e contra a estabilidade e a perpetuidade da sociedade brasileira.
Artigo 19º - O Estado não autorizará a adoção de criança por duplas
homossexuais (homem-homem e mulher-mulher), uma vez que estas duplas
não se caracterizam como famílias naturais, estando impossibilitadas de
atender às necessidades psicoemocionais vitais da criança (que necessita da
presença de um pai (homem) e de uma mãe (mulher) e irmãos e irmãs em
seu convívio como elementos imprescindíveis ao seu saudável e pleno
desenvolvimento psicoemocional.
Parágrafo único - Corrigido o desvio de conduta (o vício da
homossexualidade; o distúrbio de comportamento psicoemocional) o
cidadão ex-homossexual, casado perante um juiz há no mínimo 4 anos com
uma mulher, readquire seu direito ao convívio com crianças e à adoção de
crianças. O Estado, através do juizado de menores, acompanhará com sigilo
absoluto o desenvolvimento psicoemocional da criança adotada por exhomossexual pelo tempo que julgar necessário.
Comentando o Artigo 19º — O texto do Artigo 19º tem como objetivo
proteger a família natural e a criança, e não descriminar os GLBTs (gays,
lésbicas, bissexuais, travestis, transsexuais e transgêneros). No entantio, os
homossexuais precisam compreender e sentir as consequências do vício que
pratica. Assim com os viciados em pedofilia, zoofilia, prostituição,
sadomasoquismo, tabaco, álcool, drogas alucinógenas, cleptomaníacos,
236
entre outros, já entenderam e já sentem o peso da responsabilidade e o peso
da lei sobre os vícios antinaturais e antissociais que praticam. Se a ausência
da convivência familiar (com pais e irmãos) A pedofilia e a prostituição
nasceram de uma experiência que virou hábito e tornou-se vício. É como o
habito de fumar, beber e usar drogas. Começa como uma experiência
curiosa se torna em hábito cotidiano, e a força do hábito transforma-se em
vício e dependência (que não ratro, conduz à promiscuidade e à
criminalidade). Todo cidadão viciado e dependente do objeto de seu vício
(álcool, drogas, bingos, roletas, sexo, etc) não raro caem na promiscuidade e
nà criminalidade em busca dos meios financeiros para custear seu vício.
Assim, uma experiência curiosa inicial pode desviar a formação da
personalidade e destruir a vida de um adolescente, e mais ainda a vida de
uma criança.
Se o hábito de usar tabaco, álcool, drogas e jogar (bingos, roletas,
cartas, etc, geram graves distúrbios psicofísicos (alcoolismo, dependência
química e ludopatia) do qual apenas 30% das vítimas conseguem se curar,
que dizer do hábito de fazer sexo, que é o mais poderoso desejo psicofísico
do ser humano? O poder do apelo sexual já é usado como o mais poderoso
instrumento de persuasão da publicidade e da indústria pornô, qie
exacerbam o papel e a importância da sexualidade na vida humana para
muito além de sua real medida, gerando milhões de viciados em sexo
(ocasional e antinatural). O Álcoolismo é um vício destrutivo tratado pela
medicina e pela psicologia (nos consultórios e nos Alcoólicos Anônimos). O
sexo compulsivo (ocasional e homossexual) é também um vício destrutivo
tratado pela medicina e pela psicologia (nos consultórios e nos Sexólicos
Anônimos). E em todos os vícios, algumas das vítimas conseguem forças
para se libertar e se curar. Muitos homossexuais também se livraram do
vício do sexo antinatural. As igrejas evangélicas estão repletas deles, basta
fazer uma pesquisa.
O sexo pode influenciar e provocar um desvio de conduta muito mais
prejudicial ao desenvolvimento psicoemocional de uma criança do que o
tabaco, por exemplos, porque o vício do tabaco não afeta a dimensão moral
do indivíduo. O mesmo não se pode dizer do vício sexual. Este, com certeza,
é muito mais antinatural e prejudicial ao desenvolvimento psicoemocional
da criança.
Sabe-se que os efeitos do convívio diário e duradouro de uma criança
com um ambiente familiar violento, sexualmente antinatural ou viciado
(convívio com violência doméstica, alcoolismo, drogas alucinógenas,
prostituição, homossexualismo, etc) provoca traumas, distúrbios
psicoemocionais na criança que podem acompanhá-las por toda a vida.
237
Sabe-se que até o convívio com um fumante pode influenciar e gerar o
hábito, que pode tornar-se vício, alterar o rumo da vida e prejudicar a saúde
física e mental da criança e do adolescente.
Nesse contexto, o que dizer dos efeitos psicoemocionais causados na
mente e na personalidade de uma criança submetida ao convívio diário e
duradouro com uma dupla homossexual? Qual o efeito que a visão de dois
homens ou de duas mulheres se beijando e se acariciando com lascívia
provoca na mente e na personalidade em formação de uma criança? A
psicologia já provou que a personalidade da criança é constituída por
extratos da personalidade das pessoas de seu convívio (pais, irmãos,
professores, amigos, ídolos da música, do cinema, da televisão, etc). A
influência do adulto sobre a criança também já está fartamente provada
(60% da publicidade no Brasil. é dirigida às crianças, que são mais
influenciáveis e podem influenciar mais os seus pais).
De outro lado, os pais e os adultos pressionam as crianças a se
comportarem como eles próprios, muitas vezes distorcendo (traumatizando)
a personalidade da criança, obrigando-a a pensar e a viver como eles,
transformando-as em adultos pequenos. O modo de vida de uma pessoa,
para ela, é sempre o melhor a ser seguido por todos ao seu redor. Esse
autobonceito exagerado gera a síndrome da tirania. E os mais velhos e
fortes sempre forçarão os mais jovens e fracos a adotar seu modo de pensar
e de viver. A psicologia dos homossexuais não é diferente.
Se o processo de formação da personalidade da criança dá-se por
imitação e assimilação, e a influência do adulto sobre a criança (pressão
psicoemocional e até física) são fatos científicos comprovados, porque seria
diferente com relação ao convívio de uma criança com adultos
homossexuais?Uma criança nascida e criada em um ambiente violento e
promíscuo tende (por pressão circunstancial, necessidade e adaptação social)
a tornar-se também violenta e promíscua. Sociologicamente as crianças
tendem a assemelhar-se aos membros de seu grupo a fim de integrar-se a ele
e escapar do isolamento e da exclusão. Isto acontece em todos os grupos
humanos. Com o grupo homossexual não é diferente.
Assim, uma criança submetida ao convívio diário e duradouro com uma
dupla homossexual antinatural (homem-homem, mulher-mulher) tende a
absorver e a adquirir as características daquela dupla; tende, estimualada
pelo exemplo diário que vivencia (sempre enaltecido pelos homossexuais) a
desejar experimentar por curiosidade o prazer obtido por aquele tipo de
relação sexual da dupla com quem convive, mesmo que isto contrarie sua
tendência natural e seu gosto pessoa. A prática cria o hábito que pode
transformar-se em vício. O sexo gera um prazer físico como o tabaco, o
238
álcool e as drogas alucinógenas. E a influência sobre a criança será tanto
maior e mais profunda quanto maior for a dependência, a submissão e o
tempo de convívio da criança em relação aos adultos. É óbvio que o
convívio de uma criança no ambiente de uma família natural (pai-mãeirmãos) é incomparavelmente mais salutar e natural do que o convívio com
uma dupla homossexaul. Ninguém precisa ser doutor em coisa alguma para
concordar com esse fato. Ninguém precisa ser doutor para perceber que a
homossexualidade é um tipo de relação antinatural e antifamiliar que tende a
degradar os indivíduos espiritual, moral e socialmente, com poucas
execeções.
Em suma, do ponto de vista psicológico e sociológico a criança que
convive longa e diariamente com homossexuais tende a tornar-se também
homossexual (por imitação psicológica, pressão sociológica e dependência
socioeconômica).
Assim, a fim de proteger a criança da violação de seu direito à formação
e desenvolvimento natural de sua personalidade, e para protegê-la do
constrangimento antinatural, o Estado não autorizará a adoção e nem o
convívio diário de menores com adultos homossexuais, sejam eles gays,
lésbicas, bissexuais, travestis, transsexuais e transgêneros (os chamados
GLBTs).
Artigo 20º - Com base no Direto de Família, no Estatuto da Criança e do
Adolescente e no artigo 226 da Constituição Federal, que garante proteção à
família natural, o Estado estimulará medidas concretas de proteção à criança,
ao adolescente e à família natural. Para tanto desestimulará quaisquer tipos
de ações antifamilistas (projetos de lei, campanhas publicitárias, textos,
fotografias, canções e cenas de cinema e de TV) que induzam à
desmoralização e a pornificação da criança, do adolescente e da família
natural, visando a estabilidade e a perpetuidade da sociedade brasileira.
Comentando o Artigo 20º — O texto do Artigo 20º tem como objetivo
destacar e reforçar o Direto de Família, o Estatuto da Criança e do
Adolescente e o artigo 226 da Constituição Federal que, sob a pressão do
grupo AGLBT (Associação dos Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis,
Transexuais e Transgêneros) têm sido violados e atropelados
sistematicamente, inclusive, com apoio declarado de autoridades do
Congresso Nacional que, em vez de defenderem as minorias antinaturais
homossexuais, deveriam defender os direitos da maioria familista da
população brasileira, em respeito ao princípio fundamental da democracia (a
primazia da vontade da maioria absoluta) e em defesa da família. As
239
autoridades que se alinharam com a minoria antinatural homossexual, por
ignorância ou má fé, estão atentando contra estabilidade e a perpetuidade do
Estado brasileiro, ato que configura traição de efeito retardado (cujos efeitos
se farão sentir a médio e longo prazo). As posições confusas das autoridades
antifamilistas deveriam ser denunciadas em uma ação civil pública perante o
Ministério Público pela maioria natural familista da população brasileira
(cujos direitos estão sendo violados), e também deveriam ser denunciadas
perante o Supremo Tribunal Federal pelas autoridades não-alinhadas com as
minorias antinaturais homossexuais que, assim como a maioria das famílias
naturais brasileiras, estão sendo igualmente agredidas em seu direitos.
Artigo 21º - O Estado reduzirá a jornada de trabalho das mulheres=mães,
de 40 horas semanais (8 horas/dia) para 20 horas semanais (4 horas/dia) a
fim de estimular o fortalecimento dos vínculos familiares entre mães e filhos
e entre os cônjuges, visando fortalecer e proteger a família natural e a
sociedade brasileira. Preservados todos os direitos trabalhistas das mulheres.
Parágrafo único - O Estado respeitará a liberdade das mulheres-mães, mas
as estimulará, por meio de campanhas publicitárias (entre outros meios), a
dedicarem mais tempo à convivência, à educação de valores e à formação
do bom caráter de seus filhos.
Comentando o Artigo 21º — O texto do Artigo 21º tem como objetivo
fortalecer os vínculos familiares enfraquecidos, por um lado, pelo
movimento feminista (inspirado pelas idéi as marxistas e freudianas) que
tentou separar o sexo do amor, da família e do compromisso. De outro lado,
os laços familiares foram também enfraquecidos pelo trabalho feminino,
que distanciou e separou os pais e as mães de seus filhos crianças,
substituindo-os por agentes sociais, creches e maternais. A influência dos
pais, dos professores e dos anciãos da sociedade brasileira foi substituída
pela influência dos ídolos e anti-idolos das revistas, do rádio, do cinema e da
televisão, que assumiram dentro dos lares o papel dos pais e das mães,
tornando-se falsos pais, falsas babás e falsos educadores (eletrônicos).
A saída dos pais e das mães para o trabalho naturalmente enfraqueceu a
família natural e a educação de valores (tão prezadas pelos pais
responsáveis). O resultado do abandono das crianças e dos pré-adolescentes
(entregues nas mãos dos falsos pais, das falsas irmãs e dos falsos educadores
(eletrônicos) prejudicou enormemente o desenvolvimento natural da
personalidade e do caráter das crianças. Muitas, desorientadas, caíram na
promiscuidade e na criminalidade.
240
Assim, a fim de obedecer ao Estatuto da Criança e do Adolescente e a
fim de fortalecer a família e a educação de valores (essenciais à
sobrevivência da sociedade), o Estado reduzirá a jornada de trabalho das
mulheres-mães permitindo-lhes conviverem mais tempo com seus filhos e
cuidarem melhor da educação do caráter dos mesmos.
Artigo 22º - O Estado, com base no Estatuto da Criança e do Adolescente,
protegerá a criança e o adolescente dos estímulos à sexualidade precoce e da
sexualidade antinatural defendidas, estimuladas e glamourizadas por
indivíduos portadores de distúrbio de conduta sexual (promiscuidade,
homossexualidade, pedofilia, zoofilia, necrofilia, sadomasoquismo,
exibicionismo sexual, etc) através dos meios de comunicação de massa; O
Estado coibirá as atividades tipificadas como violações dos direitos da
criança e do adolescente.
Comentando o artigo 22º — O texto do Artigo 22º tem como objetivo
proteger a família natural através da proteção da criança e do adolescente. A
ciência também já demonstrou os prejuízos do sexo precoce para os
indivíduos, O Estado e a população brasileira já estão cientes dos
devastadores efeitos sociais do sexo precoce (gravidez indesejada na
adolescência, abandono dos estudos, abortos clandestinos, menores
abandonados, mães solteiras, DSTs, Aids, etc). Assim como a maioria dos
distúrbios de comportamento, o sexo precoce pode ser estimulado ou
desestimulado pelos meios de comunicação de massa dependendo de quem
os está manipulando. Quando estimulado pode o sexo precoce tornar-se um
hábito e um vício, um desvio de conduta (uma patologia psicoemocional,
um distúrbio de comportamento sexual).
Artigo 23º - Os governos federal, estadual e municipal criarão,
respectivamente, o Ministério da Família as Secretarias Estaduais da
Família e as Secretarias Municipais da Família através das quais
implementarão políticas públicas e eventos públicos que estimulem,
protejam e fortaleçam os laços familiares das famílias naturais (homemmulher-filhos).
Comentando o Artigo 23º — O texto do Artigo 23º tem como objetivo, por
um lado, estimular o nascimento de novas famílias naturais (cujo número
está diminuindo no Brasil) e, por outro, proteger e fortalecer as famílias
naturais já existentes ou em crise (reduzindo o número de separações e
divórcios que está aumentando no Brasil). Por fim, o conteúdo do texto do
241
artigo 25 visa criar um instrumento legal que leve os governos federal,
estadual e municipal a criar instrumentos (ministério, secretarias estaduais e
municipais) através dos quais possam intervir e combater legalmente o
processo de pornificação e desintegração da família natural como forma de
preservar a coesão, a establidade e a integridade da sociedade brasileira.
Artigo 24º - Os governos federal, estaduais e municipais criarão o Dia da
Família, data festiva nacional em que destacarão e premiarão a Família
Solidária, aquela família natural que espontaneamente se destacou pela
prática da Vizinhança Solidária (a prática da assistência aos vizinhos
carentes espiritual e materialmente).
Parágrafo único - Os governos federal, estaduais e municipais, através do
Ministério da Família e das Secretarias Estaduais e Municipais da Família,
criarão o título de Família Solidária e um prêmio material (uma casa, uma
viagem ou um carro) através dos quais homenagearão, premiarão e
estimularão a prática nacional da Vizinhança Solidária, a assistência
voluntária entre as famílias naturais.
Comentando o Artigo 24º — O texto do Artigo 24º tem como objetivo
garantir o apoio dos governos federal, estaduais e municipais ao nascimento
de novas famílias naturais e fornecer um estímulo direto às famílias naturais
a fim de fortalecer os laços de vizinhança e a solidariedade entre famílias
vizinhas, visando o bem público e a paz social, fatores essenciais à
preservação da estabilidade e da integridade da sociedade brasileira).
Artigo 25º - Em obediência ao artigo 226 da Constituição Federal (que
garante proteção à família) e ao Estatuto da Criança e do Adolescente o
Estado criará nacionalmente a Delegacia da Família com o objetivo de
proteger a família natural (pais, mães e filhos menores) do constrangimento
e da exposição pública indevida (situações de alcoolismo, dependência
química, desafetos interfamiliares, etc), visando preservar a honra e a
imagem pública da família (pais, mães e filhos) a fim de protegê-la das
consequências da exposição pública escandalosa, dando-lhe nova
oportunidade para recompor-se e sobreviver como família natural.
Comentando o Artigo 25º — O texto do Artigo 25º tem como objetivo
garantir proteger e fortalecer a família natural tratando seus problemas
internos de acordo com a lei, porém, de modo discreto a fim de proteger sua
imagem pública. Assim como os menores de idade têm sua imagem
protegida por lei, também a família natural presica ter sua imagem
242
defendida por lei do sensacionalismo escandaloso de certos setores da
televisão que trazem problemas familiares a público, fazendo deles seu
conteúdo para conquistar audiência. Nestes programas a imagem da família
natural é desacreditada nacionalmente, desestimulando milhões de jovens a
desistirem de construir uma família natural (homem-mulher-filhos),
arrastando-os para o sexo ocasional antifaniliar, que os expõe aos riscos das
DSTs e da Aids, entre outros problemas.
Do mesmo modo como o Estatuto da Criança e do Adolescente protege
a imagem dos menores (visando proteger seu futuro), este artigo 27 da Lei
de Proteção à Família Natural propõe-se a proteger a imagem da família
natural da exposição pública ao ridículo e do sensacionalismo escandaloso
de certos setores do meios de comunicação de massa.
Todas as famílias podem enfrentar problemas semelhantes mas o
sensacionalismo escandaloso de alguns setores da mídia dá ibope e vende
jornais, mas em nada contribui para ajudar as famílias a encontrar soluções
para seus problemas. Em muitos casos, o sensacionalismo de alguns
programas de rádio e TV expõem os problemas familiares ao público,
ridicularizando-os, estimulando o conflito entre os parentes de uma mesma
família, provocando “rinhas” humanas onde os parentes de uma mesma
família (ou de famílias diferentes) são expostos publicamente a situações
ridículas e degradantes as quais, em vez de unir e fortalecer, quebram ainda
mais os laços familiares; não raro, desintegrando a família (Exemplos: uso
de espionagem parta testar a fidelidade dos cônjuges, câmeras escondidas
que violam a privacidade, jogos e “brincadeiras” agressivas que expõem os
membros de uma família ao ridículo e a situações vexatórias, etc). Expor a
pessoa humana (membro de uma família natural) ao ridículo e instigar o
conflito entre parentes em público Icom finalidade comercial) fere os
direitos humanos fundamentais e atenta contra a honra e a dignidade da
pessoa humana e contra a estabilidade e a perpetuidade da família natural,
uma vez que a instituição familiar, não raro, é alvo de insinuações e
agressões antifamilistas.
Artigo 26º - Todas as organizações das áreas de educação e de comunicação,
pública ou privada (mediante concessão pública) têm o dever moral e social
de proteger a família natural. Para isso, não produzirão, divulgarão ou
comercializarão produtos (serviços, textos, sons, imagens, encenações e
objetos) que atentem contra a dignidade, a estabilidade e a sobrevivência da
família natural.
Parágrafo único - Porque a sobrevivência da família natural é a base da
sobrevivência da sociedade brasileira, o Estado promoverá, estimulará e
243
premiara as iniciativas em defesa da família natural como atos patrióticos. E
punirá o ataque contra a família natural como atos antipatrióticos
Comentando o Artigo 26º — O texto do Artigo 26º tem como objetivo a
proteção da família natural, visando a proteção do Estado brasileiro. Assim,
o Estado não poderá apoiar e nem estimular nenhuma atividade ou ato que
atente contra a estabilidade e a perpetuidade do próprio Estado. As
concessões de rádio e televisão são propriedades públicas e devem estar a
serviço da proteção do Estado. Logo, não têm o direito de produzir por
nenhum meio e nem de exibir em horário algum produtos (textos, sons,
imagens, encenações e objetos) que atentem contra a estabilidade e a
perpetuidade da família natural, uma vez que o ataque contra a família
natural representa um ataque contra o próprio Estado, o detentor público do
direito de concessão dos sinais de rádio e de televisão.
Artigo 27º - Os pais não abandonarão seus filhos nem negligenciarão sua
educação integral (interna e externa), zelando pela saúde física e pela
formação de um bom caráter em seus filhos.
Parágrafo único - É livre a decisão de ter ou não ter filhos.
Comentando o Artigo 27º — O texto do Artigo 27º tem como objetivo
preservar a integridade da família natural e prevenir a delinquência infantojuvenil e os problemas sociais dela decorrentes.
Artigo 28º - O Estado apoiará as decisões justas dos pais em relação aos
seus filhos, fortalecendo o Poder Familiar com o propósito de fortalecer a
família natural e deter o processo de desintegração da sociedade brasileira.
Comentando o Artigo 28º — O texto do Artigo 28º tem como objetivo
fortalecera família natural devolvendo aos pais o Poder Familiar de orientar
os seus filhos até a maioridade civil. Na verdade, o Estado já está
interferindo diretamente na relação entre adultos e crianças e pais e filhos,
estabelecendo os direitos da criança, do adolescente, da mulher, do idoso,
etc. Agindo assim, o Estado está enfraquecendo a autoridade dos pais e
assumindo o seu papel na família natural. O Estado não poderá substituir a
família porque não poderá criar os laços familiares afetivos (parentais,
fraternas, conjugais e filiais) que somente a convivência familiar pode gerar.
Desse modo, em vez de pretender substituir os pais na família natural (o
poder judiciário substituindo o poder familiar) o Estado apoiará As decisões
justas dos pais, como por exemplo: o poder de exigir a presença de seus
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filhos no lar a fim de protegê-los dos perigos das ruas e das noites; o poder
de decidir ter os seus filhos na escola; o poder de fazer-se ouvir e ser
obedecido com relação às questões da verdade (os filhos não possuem
informação e nem maturidade, mas, apoiados pelas liberdades democráticas,
zombam e ignoram por completo as palavras de seus pais), entre outros
direitos justos e legais adquiridos pelos pais em decorrência do
cumprimento de suas responsabilidades para com os seus filhos.
Artigo 29º - O Estado criará condições adequadas para a sobrevivência
material e a educação integral das famílias naturais.
Comentando o Artigo 29º — O texto do Artigo 29º tem como objetivo dar
às famílias naturais condições de existência e sobrevivência, tais como
saúde, educação, trabalho, liberdade com responsabilidade, regularização,
entre outras funções que o Estado já tem buscado atender em todos os países
democráticos do mundo.
Artigo 30º - O Poder Judiciário, com base no princípio constitucional da
separação e da independência entre os poderes, alertará e interpelará os
poderes Legislativo e Executivo sempre que estes infringirem esta Lei de
Proteção à Família Natural.
Comentando o Artigo 30º — O texto do Artigo 30º tem como objetivo
reforçar o princípio constitucional da separação e da independência entre os
poderes, e exigir do Poder Judiciário o cumprimento de sua função
constitucional de fazer justiça e defender a integridade do Estado, mesmo
que isto signifique erguer a voz da justiça, contrariando as posturas de
algumas autoridades dos poderes Legislativo e Executivo que,
equivocadamente possam estar apoiando leis ou políticas públicas que
atentam contra a sobrevivência da família natural e, por conseguinte, contra
a sobrevivência do próprio Estádio brasileiro.
Uma vez aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo
Presidente da República, é dever do Poder Judiciário fazer vigorar esta Lei
de Proteção à Família Natural em todo o território nacional, exigindo,
inclusive dos Poderes Legislativo e Executivo, o cumprimento da lei.
Artigo 31º - Revogam-se todas as disposições em contrário.
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