Hepatite A

Transcrição

Hepatite A
O que eu preciso saber
sobre Hepatite A
Renata Pugliese
Distribuição geográfica do VHA
Prevalência do
anti-VHA
Alta
Intermediária
Baixa
Muito baixa
Epidemiologia
Entre
países
Prevalência
difere
Dentro
dos
países
desenvolvimento
econômico/cultural
dentro das cidades
Hepatites Virais: agentes etiológicos
Herpes vírus
EBV
CMV
Enterovírus
Adenovírus
Febre amarela
Vírus
hepatotrópicos
Outros vírus
Vírus da Hepatite A
Enterovírus - Picornavírus (~ Polio)
•
RNA vírus - 27 nm
Somente um sorotipo
Homem: único reservatório
•
Não evolui para cronicidade
•
•
Distribuição universal
Vírus da Hepatite A
Concentração em vários fluidos corpóreos
fezes
soro
saliva
urina
100
102
104
Carga viral/ml
106
108
CDC
Hepatite A: transmissão fecal-oral
•Alimentos ou água contaminados
•Contato pessoal íntimo
(domicílio, creches)
•Exposição sangüínea (rara)
(usuário de drogas, transfusões)
Hepatite A
Incidência da hepatite aguda VHA:
1/1000 grávidas
Risco de transmissão ao feto: baixo
Período curto de viremia
Baixa contaminação fecal na época do parto
Aquisição da infecção intra-útero, antes ou durante o nascimento
Prevalência de anticorpos anti-VHA
de acordo com faixa etária
Ac anti-HA (%)
100
80
60
40
20
0
< 4a
5-9a
10-14a
15-17a
18-29a
30-35a
40-40a
50-59a
>60
Faixa etária (anos)
SP (1997)
RS (1996)- NSE Baixo
Focaccia,1997 (SP)
RS (1996) - NSE alto
Ferreira et al,1996 (RS)
Hepatite A: quadro clínico
Assintomática
Sintomática
Anictérica
1 a 2 anos:
I
Ictérica
c
t 4 anos:
3a
Colestática
e
50% assintomáticos
r
Recorrente
>í 5 anos:
Prolongada20% assintomáticos
c
i
Fulminante Adolescentes e
a
10%
adultos jovens:
3% a
85% assintomáticos
20% assintomáticos
Manifestações
<6
extra-hepáticas
40%
a
50%
6 -14
Idade (anos)
70%
a
80%
>14
Hepatite A - evolução
Insuficiência
fulminante
Não hepática
cronifica
Hepatite A – exame físico
- ICTERÍCIA
- HEPATOMEGALIA : fígado palpável
a mais de 2 cm do RCD, sensível, doloroso, com
consistência normal, amolecida ou firme.
- ESPLENOMEGALIA : discreta, principalmente em
crianças.
- LINFADENOMEGALIA : principalmente em crianças.
Hepatite A - diagnóstico
Inespecífico
Específico
ALT - AST
Anti - VHA
Inflamação/necrose
IgM: Infecção atual recente
IgG: Infecção pregressa
FA - GGT
Colestase
Albumina - TAP
Função hepática
Imunidade permanente
RNA - VHA
HEPATITE A
Incubação
Sintomática
Convalescença
ALT
10
PI: 30 dias (15-50 dias)
Log10 VHA
VHA fezes
8
IgG anti- VHA
6
4
IgM anti- HVA
Viremia
2
0
2
4
6
8
10
12
14 sem.
HEPATITE A
ALT
10
Recaída
VHA fezes
Log10 VHA
8
IgG anti- VHA
6
IgM anti- HVA
4
Viremia
2
0
2
4
6
8
10
12
14 sem
HEPATITE A – FORMAS CLÍNICAS E EVOLUÇÃO
Assintomática
Anictérica
Ictérica
CURA
Colestática
Prolongada
Recorrente
Fulminante
MORTE
HEPATITE A
Tratamento
• Clínico
• Indicação de internação
• Sinais de má-evolução
Hepatite A: tratamento
Sintomáticos
Suporte
Repouso: relativo
Dieta: habitual para a idade
Internação hospitalar: vômitos incoercíveis, distúrbios
hidroeletrolíticos, coagulopatias e insuficiência hepática
fulminante.
IFH: transplante hepático
MONITORAÇÃO HEPATITES VIRAIS
• Transaminases, Gama GT , FA, bilirrubinas, TAP, no início do
acompanhamento
• Seguimento clínico e laboratorial de acordo com a gravidade do caso
-CRITÉRIOS DE ALTA:
• remissão dos sintomas
• normalização das bilirrubinas e do TAP
• normalização das transaminases.
MEDIDAS DE CONTROLE
1- É COMPULSÓRIA A NOTIFICAÇÃO DOS SURTOS ( 2 OU MAIS CASOS ) À
VE DO MUNICÍPIO, REGIONAL, OU CENTRAL, PARA DESENCADEAR
AÇÕES DE INVESTIGAÇÃO E CONTROLE DA TRANSMISSÃO
2- NOTIFICAÇÃO DO PRIMEIRO CASO EM CRECHES E PRÉ-ESCOLAS, OU
INSTITUIÇÕES FECHADAS, PARA QUE MEDIDAS HIGIÊNICOSANITÁRIAS SEJAM TOMADAS VISANDO EVITAR A DISSEMINAÇÃO.
3- CUIDADOS COM O PACIENTE :
A) ISOLAMENTO E AFASTAMENTO DURANTE AS PRIMEIRAS 2
SEMANAS DA DOENÇA.
B) DESINFECÇÃO CONCORRENTE - DISPOSIÇÃO ADEQUADA DE
FEZES, CUIDADOS DE DESINFECÇÃO E HIGIENE (LAVAGEM DAS
MÃOS) .
C) IMUNIZAÇÃO PASSIVA DOS CONTATOS ATÉ 2 SEMANAS DA
EXPOSIÇÃO, PRINCIPALMENTE EM CRECHES, PRÉ-ESCOLAS E
INSTITUIÇÕES FECHADAS.
HEPATITE A
PREVENÇÃO
• Higiene e saneamento básico
• Cuidado em viagens para regiões de
alta endemicidade
• Imunização passiva
• Imunização ativa: vacina
Hepatite A: Prevenção
Imunização passiva
Imunização Passiva contra hepatite A
Imunoglobulina humana IM
• Proteção - 85% a 90%
• Curta duração
• Derivado de sangue
Hepatite A: Prevenção
Imunização ativa : Vacina
HEPATITE A - Vacinas
Vacina / idade
dose
vol.
esquema
HAVRIX*
1 – 18 anos
> 18 anos
720 ELU
1440 ELU
0,5 ml
1,0 ml
0, 6-12 m
0, 6-12 m
VAQTA**
1 – 17 anos
> 17 anos
25 U
50 U
0,5 ml
1,0 ml
0, 6-18 m
0, 6 m
160 U
0,5 ml
0, 6-12m
AVAXIM***
> 1 ano
* GSK
** MSD
*** AP
HEPATITE A - Vacinas
Eficácia
HAVRIX
VAQTA
15 d após
1a dose
1m após
1a dose
1m após
2a dose
88-93%
95-99%
100%
95-100%
100%
HEPATITE A
Profilaxia pós-exposição
∆t exp.
Idade
< 2 semanas
> 1ano
Ig 0,02 ml/Kg e vacina
todas
Ig 0,02 ml/Kg
> 2 semanas
> 1 ano
Profilaxia
vacina
HEPATITE A
Gestantes
• Vacinação durante a gestação: não é contra-indicada
• Usar imunoglobulina (0,02ml/Kg) nos RN de mães com
sintomas entre 2 semanas antes e 1 semana após o parto
Vacinas contra Hepatite A
•
•
•
•
Efeitos adversos
Contraindicação
Dor local – 50%
Cefaléia – 15%
Malestar – 7%
Induração no local da
aplicação
Hipersensibilidade aos
componentes da vacina
alumínio
fenoxietanol (Havrix)
• Segurança na gravidez não determinada provavelmente baixo
risco
• Não há precauções especiais para pacientes
imunocomprometidos
HEPATITE A – FORMAS CLÍNICAS E EVOLUÇÃO
Assintomática
Anictérica
Ictérica
CURA
Colestática
Prolongada
Recorrente
Fulminante
(0,1 a 0,2%)
MORTE
Hepatite A
O que devo saber sobre hepatite A ?
O quadro clínico é compatível com hepatite A ?
O quadro laboratorial é compatível com hepatite A ?
O diagnóstico foi confirmado por sorologia ?
Hepatite A
Sinais de alerta (sinais e sintomas):
•
•
•
•
•
•
Vômitos incoercíveis
Aumento abrupto da icterícia
Alterações mentais/neurológicas
Diminuição drástica do tamanho do fígado
Edema ou ascite
Sangramento
Hepatite A
Sinais de alerta (quadro laboratorial):
• O diagnóstico foi confirmado por sorologia ?
• Extrema elevação de transaminases
• Coagulopatia
Indicação de Transplante Hepático
Secretaria da Saúde para insuficiência
hepática aguda
• 1. INR > 6,5
• 2. Icterícia anterior à EH por pelo menos 7 dias
INR > 3,5
BT > 17mg%
ou
EH grau III ou IV
< 30a FV < 20%
> 30a FV < 30%
ETIOLOGIA DA INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA AGUDA –
hepatite fulminante
N=41 (19F : 22M)
Idade 5m a 173m ; média 58m
ETIOLOGIA DA INSUFICIÊNCIA
HEPÁTICA AGUDA – hepatite fulminante
3%
2%
35%
60%
Hepatite A
Hosp. Juan P. Garrahan
Ciocca maio 2001
Declíneo da Hepatite A fulminante na Argentina
após vacinação para hepatite A
Cervio et al 2011
Vizzotti et al 2014
Vizzotti et al 2014
“Acute on chronic liver disease” em crianças
VHE = 64%
VHA = 17%
Jagadisan et al 2009
“Acute on chronic liver disease” em crianças
Jagadisan et al 2009
Ann Hepatol. 2008 Apr-Jun;7(2):177-9.
Autoimmune hepatitis induced by the prolonged hepatitis
A virus infection.
Tabak F1, Ozdemir F, Tabak O, Erer B, Tahan V, Ozaras R.
Nível de Gama-globulina em HAI e Hepatite A
Abdel-Ghaffar et al 2015
Diagnóstico Diferencial das
hepatites agudas
Vírus hepatotrópicos
e não hepatotrópicos






Drogas e toxinas
Metabólicas
Auto-imunes
Álcool
Isquemia
Esteatose hepática
não alcoólica
 Neoplasias primárias ou
metastáticas do fígado
A Hepatite A pode ser prevenida!
Obrigada

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