avaliação das características agronómicas da cerejeira `de saco`

Transcrição

avaliação das características agronómicas da cerejeira `de saco`
AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS AGRONÓMICAS
DA CEREJEIRA ‘DE SACO’
NA REGIÃO DA COVA DA BEIRA
Filipe Mendes Martins da Costa
Orientadora: Doutora Cristina Maria Moniz Oliveira
Co-orientadora: Engenheira Maria de Lurdes J. S. de C. M. de Carvalho
Objectivos
• Avaliação das características agronómicas
da cultivar ‘De Saco’ na Cova da Beira;
• Comparação com as cultivares estrangeiras
com a mesma época de maturação;
• Análise económica do pomar tradicional
de cerejeira;
• Análise de investimento à plantação de um
pomar moderno de cerejeira.
Introdução
• Segundo dados do INE (RGA 1999):
• Na Beira Interior 43,8% do rendimento das explorações agrícolas
é de origem externa;
• A Cova da Beira representa 17,6% (31 748 mil €) da margem bruta
das explorações agrícolas da Beira Interior (180 678 mil €);
• As explorações agrícolas do concelho do Fundão são na sua maioria
de pequena dimensão e têm uma expressão de 58,9% (18 693 mil €)
na margem bruta da Cova da Beira;
• A Fruticultura representa 2,5% da OTE na Beira Interior sendo
55,1% na região da Cova da Beira;
Introdução
• Segundo dados do INE:
• Para 2004, a Beira Interior representa 40% da área de cerejeira
nacional (2 497 ha) e 59% da produção (9 423 t);
• Desde 2000 até 2004, a superfície nacional de cerejeira aumentou
8,8% (511 ha) e a produção duplicou (de 7 632t para 16 149t);
• A produtividade mantém-se muito baixa com 2,6 t/ha, para dados
de 2005;
• Segundo o RGA de 1999, a região da Cova da Beira representa
61,2% da área de frutos frescos da Beira Interior, onde a cerejeira
tem uma expressão de 34% (2 289 ha);
Introdução
Caracterização do pomar tradicional de cerejeira
Fig.1 - Armação em socalcos
Fig.3 – Altura excessiva das árvores
Fig.2 – Compassos largos
Fig.4 – Poda típica das árvores
Material e Métodos
Caracterização dos pomares
Quadro 1 – Descrição sumária dos 4 pomares do ensaio e do projecto Agro nº. 452
Pomares
Exp.
Altit. (m)
Tipo de Solo
NO
646
Spn+Mnsa
Classe E
5,5x5
Qta Saramagueira
N
769
Spn+Mnsa
Classe C
7x5,5
Qta Pombal
O
532
Pgm + Vmg
SE
638
Vgn+Spn+Mnsn
Qta Courela
Qta S. Macário
Fig.5 - Quinta Courela
Fig.6 - Quinta Saramagueira
Capac. uso
Classe B e C
Classe E
Fig.7 - Quinta S. Macário
Comp. (m)
6x6
6x5,5
Fig.8 - Quinta do Pombal
Material e Métodos
Avaliação das características agronómicas da cv. regional
‘De Saco’
Acompanhamento da fenologia
Observação em 15 árvores de cada pomar
Análise das produções unitárias, perímetros de troncos e
produtividades
Avaliação em 15 árvores de cada pomar
Avaliação dos parâmetros físicos e químicos da cultivar regional ‘De
Saco’
Representatividade das classes de maturação
Amostras de 2 kg de cereja em cada 5 árvores de cada pomar
Análises ao peso, calibre, dureza, índice refractométrico e acidez
As classes de cor mais representativas por cada 5 árvores
analisando 50 cerejas
Tratamento estatístico dos dados
Análises de variância – ANOVA a um factor;
Comparação de médias – Teste de Tukey.
Material e Métodos
Comparação com as cultivares estrangeiras
com a mesma época de maturação
Avaliação dos parâmetros físicos e químicos das cultivares
estrangeiras
Representatividade das classes de maturação
Amostras de 1 a 2 kg para cada cultivar em diversos
pomares
Análises ao peso, calibre, dureza, índice refractométrico
e acidez
Classes de cor mais representativas analisando 25
cerejas
Material e Métodos
Análise económica do pomar tradicional de
cerejeira
Projecto de PME’S co-financiado pela União Europeia;
Organizado pela CAP com o apoio do IEFP;
Assistência técnica da Appizêzere e da FZ.Agrogestão;
Programa informático de gestão agrícola Agro.Gestão.
Material e Métodos
Análise de investimento à instalação de um
pomar moderno de cerejeira
Dados médios da região da Cova da Beira;
Programa informático de gestão agrícola Agro.Gestão.
Resultados e Discussão
Evolução da fenologia (floração)
17 Abr
7 Abr
Pombal O
532 m
10 Abr
3 Abr
Saram. N
769 m
Macário SE
638 m
24-Mar
10 Abr
3 Abr
C oure la NO
646 m
30 Mar
29-Mar
7 Abr
03-Abr
08-Abr
13-Abr
18-Abr
23-Abr
Fig. 9 – Evolução da floração nos 4 pomares
Fig.10 – Inic. flor. 30 Mar. Macário
Fig.11 – Fenol. 30 Mar. na Saram.
Fig.12 – Plena flor. 3 Abr. Macário
Resultados e Discussão
Evolução da fenologia (maturação)
Pombal O
8 Jun
22 Mai
532 m
29 Mai
Saram. N
19 Jun
769 m
13 Jun
29 Mai
Courela NO
646 m
Macário SE
638 m
13-Mai
22 Mai
23-Mai
9 Jun
02-Jun
12-Jun
22-Jun
Fig. 13 – Evolução da maturação nos 4 pomares
Fig. 14 – Mudança de cor a
22 Maio Macário SE
Fig. 15 – Fenologia a 22 de Maio
Courela NO
Fig. 16 – Frutos à colheita a
5 de Junho Macário SE
Resultados e Discussão
Análises produções unitárias, perímetro dos
troncos, produt. por árv. e por ha
Prod. Unitárias (kg/árvore)
kg/árv.
100,00
90,00
67,6 a
80,00
70,00
60,00
39,9 b
40,0 b
Cour NO
Saram N
39,3 b
50,00
40,00
30,00
20,00
10,00
M ac SE
Pombal O
Fig. 17 – Valores de produção unitária (kg/árv.) nos 4 pomares
Resultados e Discussão
Análises produções unitárias, perímetro dos
troncos, produt. por árv. e por ha
t/ha
25,00
Produtividade por hectare (t/ha)
20,5
Média nacional:
20,00
• 2,6 t/ha
14,5
10,4
15,00
10,9
Limiar de rentabilidade:
• 5,1 t/ha
10,00
• 6 401,9 €/ha
5,00
• 1,25€/kg (cv. ‘De Saco’)
0,00
Mac SE
Cour NO
Saram N
Pombal O
Fig. 18 – Valores de produtividade por hectare (t/ha) nos 4 pomares
Resultados e Discussão
Análises produções unitárias, perímetro de
troncos, produt. por árv. e por ha
cm
Perímetro de tronco (cm)
110,00
99,1 a
100,00
80,7 b
80,3 b
Cour NO
Saram N
90,00
81,2 b
80,00
70,00
60,00
50,00
40,00
Mac SE
Pombal O
Fig. 19 – Valores do perímetro de tronco (cm) nos 4 pomares
Resultados e Discussão
Análises produções unitárias, perímetro de
troncos, produt. por árv. e por ha
Correlação entre prod. unitária (kg/árv.) e o
perímetro de tronco (cm)
cm
120,00
100,00
80,00
60,00
2
R = 0,996
40,00
20,00
0,00
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
70,00
80,00
kg/árv.
Fig. 20 – Correlação entre perímetro do tronco (cm) e prod. unitária (kg/árv.)
Resultados e Discussão
Análises produções unitárias, perímetro de
troncos, produt. por árv. e por ha
Produtividade por árvore (kg/cm2)
2
kg/cm
0,14
• Para Yuri (2006),
o óptimo seria entre
0,14 a 0,31 kg/cm2.
0,13
0,12
0,09 a
0,11
0,10
0,07 a
0,08 a
Cour NO
Saram N
0,08 a
0,09
0,08
0,07
0,06
0,05
0,04
M ac SE
Pombal O
Fig. 21 – Valores da produtividade por árvore (kg/cm2) nos 4 pomares
Resultados e Discussão
Avaliação dos parâmetros físicos e químicos
da cv. ‘De Saco’
%
70,00
Representatividade das classes de maturação
64,9
56,9
60,00
49,1
50,00
49,0
41,7
38,3
28,9
40,00
24,7
30,00
13,1
10,8
20,00
10,00
6,2
4,8
6,3
2,9
0,00
Mac SE
Cour NO
Saram N
13 Jun
19 Jun
9 Jun
Cor 4
Cor 5
Cor 6
Pombal O
8 Jun
Cor 7
Fig. 22 – Valores percentuais das classes de maturação dos frutos dos 4 pomares
Resultados e Discussão
Avaliação dos parâmetros físicos e químicos
da cv. ‘De Saco’
Peso médio (g)
g 11,00
10,00
9,1 a
9,00
8,00
7,6 b
7,00
6,8 b
6,00
5,5 c
5,00
4,00
Mac SE
Cour NO
Saram N
638 m
646 m
769 m
Pombal O
532 m
Fig. 23 – Valores de peso médio (g) dos frutos dos 4 pomares
Resultados e Discussão
Avaliação dos parâmetros físicos e químicos
da cv. ‘De Saco’
Calibre médio (mm)
mm 28,00
26,3 a
26,00
24,6 ab
24,00
23,8 b
22,00
21,7 c
20,00
18,00
Mac SE
Cour NO
Saram N
Pombal O
638 m
646 m
769 m
532 m
Fig. 24 – Valores de calibre médio (mm) dos frutos dos 4 pomares
Resultados e Discussão
Avaliação dos parâmetros físicos e químicos
da cv. ‘De Saco’
durofel
Dureza média (durofel)
80,00
Segundo o CTIFL:
75,00
72,5 a
71,6 a
70,00
69,8 a
67,2 a
• Muito firme
> 70 durofel
• Firme
63 a 70 durofel
65,00
60,00
55,00
Mac SE
Cour NO
638 m
646 m
Saram N
769 m
Pombal O
532 m
Fig. 25 – Valores de dureza média (durofel) dos frutos dos 4 pomares
Resultados e Discussão
Avaliação dos parâmetros físicos e químicos
da cv. ‘De Saco’
ºBrix
Índice refractométrico (ºBrix)
26,00
Segundo o CTIFL:
24,00
22,9 a
22,00
20,5 ab
• Muito açucarada
> 17ºBrix
20,1 b
• Açucarada
14 a 17ºBrix
20,00
18,8 b
18,00
16,00
Mac SE
638 m
Cour NO
646 m
Saram N
769 m
Pombal O
532 m
Fig. 26 – Valores de índice refractométrico médio (ºBrix) dos frutos dos 4 pomares
Resultados e Discussão
Avaliação dos parâmetros físicos e químicos
da cv. ‘De Saco’
Acidez (g de ácido málico por litro)
g de ac. mal./l
10,00
Segundo o CTIFL:
9,00
• Muito doce
<10 g ac. mal./l
8,5 a
8,00
7,2 ab
7,0 ab
7,00
6,3 b
6,00
• Doce
10 a 12 g ac. mal./l
5,00
4,00
Mac SE
Cour NO
Saram N
638 m
646 m
769 m
Pombal O
532 m
Fig. 27 – Valores de acidez média (g de ácido málico por litro) dos frutos dos 4 pomares
Resultados e Discussão
Avaliação dos parâmetros físicos e químicos
da cv. ‘De Saco’
mm
Correlação linear entre o peso (g) e o calibre (mm)
30,00
25,00
20,00
15,00
2
R = 0,9915
10,00
5,00
0,00
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
g
Fig. 29 – Correlação entre os valores médios de peso (g) e o calibre (mm)
10,00
Resultados e Discussão
Avaliação dos parâmetros físicos e químicos
da cv. ‘De Saco’
ºBrix
Correlação linear entre o peso (g) e o índice
refractométrico (ºBrix)
25,00
20,00
15,00
2
R = 0,9355
10,00
5,00
0,00
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
g
Fig. 30 – Correlação entre os valores médios de peso (g) e de índice refractométrico (ºBrix)
Resultados e Discussão
Avaliação dos parâmetros físicos e químicos das
cultivares estrangeiras
Representatividade das classes de maturação (21 de
Junho de 2006)
% 80,00
Lote 3
65,7
70,00
60,00
60,5
Lote 5
50,3
46,4
49,2
50,00
40,2
38,3
37,8
40,00
30,00
20,00
Lote 4
60,9
24,0
39,7
23,4
21,7
12,3
9,8
Lote 7
Refugo
32,1
15,4
Lote 6
21,3
12,5
13,3
10,00
0,00
Lapins
Satin
Symphony
Skeena
Summit
Staccato
Fig. 31 – Valores percentuais das classes de maturação das cultivares estrangeiras
Sw eetheart
Resultados e Discussão
Avaliação dos parâmetros físicos e químicos das cultivares
estrangeiras
Valores médios de peso, calibre, dureza, índice refractométrico e acidez
Quadro 2 – Valores médios das análises físico - químicas das cultivares estrangeiras
Cultivares
Classe
Cor
Peso
(g)
Calibre
(mm)
Dureza
(durofel)
IR
(ºBrix)
Acidez
(g de ácid.
mal./l)
Lapins
Cor 5 e 6
12,1
30,1
54,4
18,8
5,1
Satin
Cor 6
9,3
28,1
65,6
16,1
7,7
Symphony
Cor 4 e 5
9,8
27,7
76,6
17,8
5,2
Skeena
Cor 5
11,5
30,0
83,4
17,9
7,1
Summit
Cor 5
12,1
30,9
59,3
18,0
4,5
Staccato
Cor 4
10,5
28,8
67,6
17,6
6,8
Sweetheart
Cor 3 e 4
10,0
27,8
77,9
16,8
6,9
De Saco
Cor 4, 5 e 6
7,2
24,1
70,2
20,6
7,2
Resultados e Discussão
Análise económica do pomar tradicional de
cerejeira
Proveitos (média de 2004 e 2005)
Pomar com 7,17 ha
Produção total – 32 310 kg (4 541 kg/ha)
Cultivar ‘De Saco’ – 14 155 kg (17 693,8€)
1,25€/kg representando 43,8% da produção de
cereja e 32,9% do total dos proveitos
Quadro 3 – Proveitos da actividade pomar tradicional cerejeira (2004 e 2005)
Proveitos
Total (€)
Por ha (€)
Por kg (€)
%
Produções para venda
51733,6
7215,3
1,59
95,9
Produto principal
43003,6
5997,7
1,32
79,8
Produto Secundário
8730,0
1217,4
0,27
16,2
Ajudas à exploração
2172,5
302,5
0,07
4,1
Total
53906,1
7518,3
1,65
100,0
Resultados e Discussão
Análise económica do pomar tradicional de cerejeira
Custos (média de 2004 e 2005)
Quadro 4 – Custos da actividade pomar tradicional cerejeira (2004 e 2005)
CUSTOS
TOTAL
(€)
por ha
(€)
por kg
(€)
%
Terra (própria)
1075,5
150,0
0,03
2,4
Benfeit./ Instal./ Plant.
3233,7
451,0
0,10
7,1
Máq./ Equip.
4432,9
618,3
0,14
9,7
Consumos intermédios
7550,2
1053,1
0,24
16,5
Serviços do exterior
6346,7
885,2
0,20
15,3
Mão de obra eventual
18809,7
2623,4
0,58
41,0
Mão de obra permanente
4453,1
621,1
0,14
9,7
Total
45901,6
6401,9
1,42
100,0
Custos variáveis
34539,7
4817,3
1,07
75,2
Custos fixos
11362,0
1584,7
0,35
24,8
Para 10 000kg/ha:
• Custo Totais Unitários
• 0,64€/kg
• Custos Variáveis Unitários
• 0,48€/kg
Resultados e Discussão
Análise económica do pomar tradicional de
cerejeira
Resultados (média de 2004 e 2005)
Quadro 5 – Resultados da actividade pomar tradicional cerejeira (2004 e 2005)
Resultados
Total (€)
por ha (€)
Por kg (€)
Cash –flow
14627,8
2040,2
0,45
Margem bruta
19366,5
2701,0
0,59
Margem de contribuição
8004,5
1116,4
0,24
Margem de contribuição incluindo o seguro de colheita
e excluindo as ajudas à exploração
813,40€/ha
Resultados e Discussão
Análise de investimento à plantação de um pomar moderno
de cerejeira
Instalação de 1ha:
• 890 árv./ha;
• 1,5€/kg cereja;
• 100 kg/dia/pessoa;
• 20 t/ha ao 8ºano;
• Taxa de actualização 10%.
Resultados:
• VAL ao ano 8 de 5 176,6€/ha;
• VAL ao ano 9 de 11 100,3€/ha;
• Custos totais de -0,54€/kg;
• Margem de 0,96€/kg.
Quadro 6 – Análise de investimento à instalação de um pomar moderno de cerejeira
(€/ha)
Produção
Ano 0
Ano 1
Ano 2
Ano 3
Ano 4
Ano 5
Ano 6
Ano 7
Ano 8
Ano 9
0
0
3000
7500
12000
15000
22500
27000
30000
30000
Custos totais
-13090
-4834
-5334
-6582,2
-8472,2
-9732,2
-12882,2
-14772,2
-16032
-16032
Cash-flow
-13090
-4834
-2334
917,9
3527,9
5267,9
9617,9
12227,9
13967,9
13967,9
Cash-flow actualiz.
-13090
-4394,6
-1928,9
689,6
2409,6
3270,9
5429,0
6274,8
6516,1
5923,7
Custos totais (€/kg)
-2,67
-1,25
-0,89
-0,77
-0,62
-0,56
-0,54
-0,54
Margem (€/kg)
-1,17
0,25
0,61
0,73
0,88
0,94
0,96
0,96
VAL (€ / ha)
11100,30
Conclusões
• Para a região da Cova da Beira no ciclo vegetativo de 2006 a cv.
‘De Saco’ registou uma floração escalonada de 18 dias entre
30 Março e 17 de Abril;
• Entre o início da maturação e o último dia de início de colheita
decorreram 28 dias compreendidos entre 22 Maio e 19 Junho;
• Os pomares a menor altitude e com exposição Oeste e Sudeste
evidenciaram uma entrada em maturação mais temporã no dia
22 Maio e valores médios mais elevados de índice refractométrico;
• O pomar localizado a uma cota mais elevada (769m) e uma
exposição Norte registou um maior escalonamento da maturação
de 21 dias e valores médios mais baixos de índice refractométrico
e de acidez;
Conclusões
• A cultivar ‘De Saco’ apresentou uma produtividade média de
14,1 t/ha superior ao limiar de rentabilidade de 5,1 t/ha e à media
nacional de 2,6 t/ha, tendo por base um custo de 6 401,9€/ha e um
preço médio de venda de 1,25€/kg;
• Segundo os critérios de qualidade do CTIFL a cv. ‘De Saco’
apresentou valores médios, elevados de dureza (70,2 durofel) e de
índice refractométrico (20,6ºBrix) e baixos de acidez (7,2g de ácido
málico por litro) sendo classificada de muito doce;
• Comparando com as cultivares estrangeiras a cv. ‘De Saco’ registou
o valor médio mais baixo de peso e de calibre, o valor mais elevado
de índice refractométrico e valores médios a elevados de dureza e
acidez;
Conclusões
• As cultivares ‘Lapins’ e ‘Summit’ obtiveram os valores médios mais
elevados de peso e calibre, enquanto que as cultivares ‘Skeena’ e
‘Satin’ registaram os valores médios mais elevados de dureza e
acidez;
• A actividade cerejeira no pomar tradicional representa um
rendimento bruto de 7 215,3€/ha (incluindo o seguro de colheita e
excluindo as ajudas à exploração) para uma produção média de
4,5 t/ha e um preço médio de venda de 1,32€/kg;
• A cultivar ‘De Saco’ representa 43,8% da produção de cereja e
32,9% do rendimento bruto, para um preço médio de venda de
1,25€/kg;
• Na estrutura global de custos da exploração os custos totais
representam 6 401,9€/ha com um peso de 1,42€/kg de fruta
vendida;
Conclusões
• Os custos variáveis correspondem a 4 817,3€/ha que equivalem a
75,2% dos custos totais significando por kg de cereja comercializada
um valor de 1,07€;
• A mão de obra eventual representa 41% dos custos totais, com um
peso de 0,58€/kg de cereja vendida e um encargo de 2 623,4€/ha;
• O saldo global entre proveitos e custos totais é de 813,4€/ha
excluindo as ajudas à exploração;
• Efectuando uma análise de investimento à instalação de um pomar
moderno de cerejeira, usando dados médios da região verificamos
um VAL ao ano 9 de 11 100,30€/ha.
Agradecimentos
• Família – todo o carinho, amizade, compreensão e apoio incondicional
• Profª. Cristina Oliveira – incentivos, orientação e ensinamentos indispensáveis
• Profª. Lurdes de Carvalho – orientação e disponibilidade
• Appizêzere – Direcção, corpo técnico e administrativo por todo o apoio
• Srª. Ana Martins, Sr. Aníbal Veríssimo, Sr. Joaquim M. Duarte e Sr. José Carlos
Leitão - pela disponibilidade dos pomares
• Engº. Pedro Jordão (LQARS) – pelo uso dos dados do Projecto Agro nº. 452
• Docentes e colegas do CE Fruticultura – ensinamentos e conselhos
• A todos os meus amigos(as) e à minha namorada
Dedicatória Especial
À memória da minha querida MÃE
e do meu AVÔ.
MUITO OBRIGADO
PELA VOSSA ATENÇÃO

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