qualidade comprovada!

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qualidade comprovada!
Compromisso com responsabilidade e desenvolvimento sustentável
O trabalho desenvolvido pela Fundacer vem contribuindo com o desenvolvimento
sustentável e criando uma nova cultura para os ceramistas sobre a importância
de investir em responsabilidade socioambiental em suas fábricas, além da
inovação tecnológica. Conheça alguns projetos que a Fundacer apoia, seja
na
execução
ou
na
prestação
de
serviços
especializados
de
Consultoria.
Promove a sustentabilidade nas micro e pequenas
indústrias de cerâmica vermelha, por meio de um
conjunto de ações para implantação da Gestão
Empresarial, promoção da Inovação Tecnológica,
Eficiência Energética e Licenciamento Ambiental. A
execução do projeto pela Anicer fortalece a economia
do setor e melhora a qualidade dos produtos
oferecidos no mercado, em parceria com o Sebrae.
Desenvolvido para medir o impacto ambiental
decorrente de toda a cadeia de produção de um
produto, sistema ou processo, com o objetivo principal
de minimizar os impactos ambientais. A indústria
cerâmica é o primeiro setor da construção civil
brasileira a desenvolver a Avaliação do Ciclo de Vida de
seus produtos. Ações de divulgação em curso, solicite.
Consultoria
com
objetivo
de
maximizar
o
rendimento no uso das formas de energias
(elétrica/térmica) e evitar perdas, identificando os
pontos de desperdício de energia no processo.
Saiba mais pelo telefone (21) 2524.4431
ou e-mail: [email protected]
www.fundacer.org.br
direTORIA ANICER
Presidente:
Cesar Vergílio Oliveira Gonçalves
1º Vice-presidente:
Ralph Luiz Perrupato
2º Vice-presidentes:
(todos os presidentes de entidades
mantenedoras)
1º Tesoureiro: Marcelo Augusto Lima
2º Tesoureiro: Jamilton Nunes
1º Secretário: Fernando Ibiapina
2º Secretário: Natel Henrique
Farias de Moraes
Diretor da Área Ambiental:
Henrique Morg de Andrade
Diretor da Área de Blocos e Tijolos
Cerâmicos: Juan Roberto Germano
Diretor da Área de Pisos Cerâmicos:
Luiz Cláudio Fornari
Diretor da Área de Telhas Cerâmicas:
José Joaquim Gomes da Costa
Diretor da Área de Tubos Cerâmicos:
Luciano C. Furtado
Diretor da Área Econômica e Fiscal:
Antônio Carlos C. Fortes
Caros colegas,
Parece que foi ontem que estávamos reunidos na cidade do Recife (PE), discutindo importantes questões para o nosso setor e comemorando o sucesso de vendas e de público de
mais um Encontro e da Expoanicer. O tempo passou voando e felizmente voltaremos a nos
encontrar, só que agora na belíssima capital paraense, Belém. De lá pra cá, muita coisa mudou.
Tecnologias, produtos e processos novos surgiram no mercado e precisam ser mostrados. A
evolução é constante, por isso a importância do nosso Encontro ser anual e itinerante, levando
a todas as regiões do país as mesmas oportunidades de conhecimento e de negócios.
Avançamos em pontos como NR 12, normas de desempenho, Super Simples e novo
Código de Mineração, questões que de tempos em tempos precisam ser revistas e debatidas. O mercado é dinâmico, o mundo está girando. Todos os dias, novas questões
nos surgem e é preciso superação. Mas para superar as adversidades, não só as de fora
como também as de dentro do nosso setor, precisamos estar unidos. Unidos para discutir as mudanças necessárias nas normas e na legislação vigente; unidos para traçarmos
novas estratégias de ação e para escrevermos a história da cerâmica
vermelha; e, principalmente, unidos para desfrutarmos, juntos, os
sabores da Amazônia, do pato no tucupi, do tacacá, da caldeira-
Diretor da Área Industrial:
Benedito Betiol
da de filhote e do açaí.
Diretor de Marketing:
Constantino F. Neto
Tudo isso o caro colega encontrará no 43º Encontro Nacional
Diretor de Normas e Qualidade:
Claudio Luis Kurth
30 de julho e se estende até o dia 2 de agosto, terminando com a
Diretor de Relações Institucionais:
Luis Carlos Barbosa Lima
Diretor Técnico:
Carlos André F. Lanna
CONSELHO CONSULTIVO
Membros Natos
1° e 2° vice-presidentes
1° presidente da Anicer: Sylvio Alves de
Barros Filho
da Indústria de Cerâmica Vermelha que começa agora, no dia
premiação do João-de-Barro 2014 e com um empolgante show da
cantora paraense Gaby Amarantos. Um espaço dedicado ao ceramista e a toda cadeia da cerâmica vermelha.
Então, aceite este nosso convite e venha se juntar aos ceramistas de todo o Brasil no 43º Encontro Nacional da
Indústria de Cerâmica Vermelha! Mais uma vez, será um
prazer tê-lo conosco!
Membros eletivos
Eustáquio Machado, Evandro Simonassi,
Gustavo Barduchi, Nelson Ely Filho,
Osvaldo Rosalino, Rivanildo Hardman
CONSELHO FISCAL
Efetivos
Cláudia Pinedo Z. Volpini, Edézio Gonzales
Menon, Manuel Ventin Ventin
Suplentes
Francisco Belfort , Jorge Romeu Ritter,
Otiniel Gerôncio Barbosa
Cesar Vergílio Oliveira Gonçalves
Presidente da Anicer
Sumário
42
46
CONGRESSO ABCERAM
47
enic
10
ENCONTRO NACIONAL
52
SEGURANÇA NO TRABALHO
55
56
18
4
Revista da Anicer | nº 88
47
58º Congresso Brasileiro de Cerâmica apresenta novas tecnologias e
processos para o setor
Enic 2014 debate assuntos de maior relevância para o momento político,
econômico e social brasileiro
Empresários têm encontro marcado em Belém
Setores se mobilizam em todo o país para solicitar a revisão da NR 12
M&T Peças e Serviços
Anicer debate sistemas de vedações verticais com blocos cerâmicos
dentro da Norma de Desempenho no M&T Peças e Serviços Congresso
56
energia limpa
58
DESENVOLVIMENTO
60
LINHA AMARELA
LiuGong espera resultado das eleições para definir investimentos de
fábrica no Brasil
63
COMPETITIVIDADE
Portal oferecerá informações estratégicas para os empresários do setor
da construção civil e de outras indústrias do estado do Rio de Janeiro
65
MEIO AMBIENTE
Sistema on-line de gerenciamento de resíduos sólidos será usado em
nove cidades
Projeto bem sucedido para geração de energia limpa a partir de dejetos
da suinocultura no Paraná completa um ano
Anunciadas medidas para cerâmicas e olarias gaúchas
03
ARTIGO DO PRESIDENTE
06
CARTAS
07
INTEGRADAS
09
PONTO DE VISTA
18
MOMENTO INSPIRAÇÃO
26
MAROMBANDO
32
ARTIGO TÉCNICO
42
TENDÊNCIA DE MERCADO
44
METRO QUADRADO
50
PERFIL - 43º Encontro Nacional
51
CERÂMICA VERDE
62
COLUNA DA QUALIDADE
66
SOCIAL
67
MERCADO E INOVAÇÃO
Mariana Grossi
Prédio que antes abrigava caldeiras vindas da Europa funciona hoje como
associação cultural em SP
Claudio Puty, Deputado Federal
Prêmio Jovem Ceramista 2014
Estudantes criam telha que purifica o ar
Arquiteto Guilherme Paoliello
Cerâmica Vermelha
Empresa aérea adquire créditos de carbono de indústrias cerâmicas para
compensar pegada de carbono no período da Copa do Mundo
#euvouprabelem
68
NOTÍCIAS DA ANICER
70
EVENTOS
Editorial
A edição 88 da Revista da Anicer traz pra você a cobertura completa do Congresso Brasileiro de Cerâmica, realizado pela ABCeram em Bento Gonçalves (RS); da Fecontech/Enic, realizada pela CBIC em Goiânia (GO); e do M&T Peças e Serviços Congresso,
realizado pela Sobratema em São Paulo (SP); além de eventos menores e reuniões em prol do setor. Empresários gaúchos
almoçando com o governador Tarso Genro? Estávamos lá! Sebrae-RJ lançando o seu Portal de Inteligência Setorial? Não poderíamos perder! Governador de São Paulo assinando a implantação do Sigor no estado? Por que não?
Esta edição também traz um informativo geral sobre o 43º Encontro Nacional e os artigos técnicos vencedores do prêmio Jovem Ceramista
2014. A premiação ocorrerá na cerimônia de abertura do evento, às 19h, no Hangar Centro de Convenções e Exposições da Amazônia.
Como convidada especial para a nossa coluna Ponto de Vista, a economista e presidente do CEBDS – Centro Empresarial
Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável, Marina Grossi, fala sobre a união do poder público, das empresas e demais
instituições e da sociedade organizada para a criação de uma cidade sustentável.
Conheça também o telhado cerâmico que funciona como um excelente filtro para purificar o ar que respiramos. Na seção Momento Inspiração, encante-se com as belezas da Casa das Caldeiras, hoje transformada em Centro Cultural.
Isso e muito mais nas próximas páginas. Então, boa leitura!
Diretor Executivo de Comunicação: Ricardo Kelsch - [email protected]
Editor: Carlos Cruz - [email protected]
Repórter: Manuela Souza - [email protected]
Estagiária: Thais Ribeiro - [email protected]
Projeto gráfico, diagramação e design: Soraya Garcia - [email protected]
Design: Jan Athayde - [email protected]
Foto da capa: Rafael Araújo
Veiculação: Junho/2014
Fotolito e impressão: Imos Gráfica
Tiragem: 10.000 exemplares
Associação Nacional da Indústria Cerâmica
Fone/fax: (21) 2524-0128, Rua Santa Luzia, 651-12º andar
Rio de Janeiro - RJ - CEP: 20030-041
5
Cartas
A Saminas Produtos para Cerâmica fornece carimbos para marcação de tijolos e telhas. Estou com uma
dúvida sobre a Portaria 558/2013 (blocos e tijolos). Se o cliente já tem um carimbo com NOME + TELEFONE
+ MEDIDA, posso fazer um outro carimbo com o CNPJ + DATA? Posso alterar a classificação? Exemplo: MEDIDA + TELEFONE (em um carimbo) e NOME + CNPJ+ DATA (em outro carimbo) – SIMONE MEDEIROS (MG)
Assessoria Técnica e da Qualidade responde: A por taria não especifica como deve ser feita a marcação ou a quantidade de carimbos que será utilizada. O impor tante é que a informação esteja na peça,
respeitando o tamanho do caractere, que é de 5 mm, podendo ser de baixo relevo ou reentrância. Destacamos que há a necessidade de incluir o CNPJ somente quando a empresa utilizar o nome fantasia.
Caso ela utilize a razão social, não há necessidade. Recomendamos a leitura de toda a por taria, já que
não são só esses itens que devem ser gravados. Exemplo: blocos estruturais devem trazer gravada a
sigla “EST” e tijolos maciços devem ter a letra “T”.
MENSAGENS POSTADAS N AS REDES SOCI AIS
“A instituição está presente em todo o País, através de parcerias com Sindicatos e Associações.
Focando sempre no crescimento continuado e sustentável da cerâmica estrutural, a Anicer atua
continuamente em diversas frentes de trabalho. Nota 10!”
Rod Car valheir a
“A Anicer é a casa do ceramista. Aqui todos temos voz!”
Adriano Oliveira
Para entrar
e
m contato c
onosco,
envie um e-
mail para :
revista@an
ic
ou ligue para
6
Revista da Anicer | nº 88
er.com.br
+55 (21) 25
24-0128
INTEGRADAS
Prefeitura de Ribeirão Preto abre licitação
Após o Tribunal de Contas do Estado suspender edital que previa contratar empresa para poda, extração e coleta de
galhos, a Prefeitura de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, decidiu abrir nova licitação para, agora, solucionar só o
problema da destinação do entulho.
Segundo edital publicado no “Diário Oficial”, a contratação de empresa especializada em serviços de processamento e
destinação de material vegetal está orçada em R$ 603 mil. No edital anterior, o estimado por 12 meses era R$ 5,4 milhões.
A prefeitura enfrenta problemas na coleta de entulho na cidade. Segundo o chefe da Fiscalização Geral, Osvaldo Braga,
notou-se um aumento de 30% no descarte ilegal de entulho da construção civil, de móveis velhos e de outros objetos
neste ano. Para a administração, um dos fatores é o alto custo do aluguel de caçambas.
Livelink dá acesso
a documentos da
CEE-179
Os
interessados
em
acessar
Senai/SC abre vagas para cursos a distância
Estão abertas as inscrições para os
cursos técnicos a distância oferecidos
pelo Senai/SC. A carga horária é dividida
os
entre 80% de aulas a distância - quando
documentos dos comitês técnicos
os alunos utilizam simuladores virtuais,
da ABNT, bem como os documentos
vídeos, animações e material didático
da Comissão de Estudo Especial de
impresso - e 20% presenciais, dias em
Cerâmica Vermelha (ABNT/CEE-179),
como atas e projetos, poderão baixar
o conteúdo através do Livelink, no
endereço:www.abnt.iso.org/livelink/
livelink. Se você ainda não possui acesso
a CEE-179, solicite enviando um e-mail
para [email protected].
que terão contato com equipamentos e
atividades práticas em uma unidade do Senai/SC. Os cursos oferecidos são:
automação industrial, edificações, eletroeletrônica, manutenção e suporte em
informática, meio ambiente, redes de computadores e segurança do trabalho.
Para fazer sua inscrição ou tirar dúvidas, acesse o site www.senaiadsc.com.br
ou ligue para 0800 481212.
Selo garante legalidade de imóvel no Ceará
Com cerca de 200 empreendimentos imobiliários lançados, em fase de
lançamento e em construção pelas empresas associadas na Região
Metropolitana de Fortaleza, o Sinduscon-CE lançou o selo “Juridicamente
Perfeito”, por meio do qual assegura que o imóvel está legalizado e com
toda a documentação em ordem. A aplicação do instrumento já foi
repassada para os cerca de 600 construtores associados à entidade por
meio de cursos, palestras e seminários, que vêm sendo realizados desde
março. A lista dos empreendimentos com RI pode ser consultada na
Internet no site www.sinduscon-ce.org.br/ri.
Revista da Anicer | nº 88
7
Sinduscon/RS premia empresas
O Sinduscon-RS entregou, no dia 26 de maio, o Sinduscon
Governo e empresários buscam
melhorias no Piauí
Premium 2013, durante
O governador do Piauí,
solenidade realizada na
Antônio José de Moraes
Associação
Leopoldina
Souza Filho, recebeu, no
Juvenil, na capital gaúcha.
dia 23 de maio, no Palácio
A
destacou
de Karnak, representantes
trabalhos
da indústria da cerâmica
que contribuíram para o
do Estado. A reunião, que
aprimoramento, a modernização e o desenvolvimento do setor
contou com a participação
no ano de 2013. Na categoria Empresa do Ano, a vencedora foi
de
a Cyrela Goldsztein, que ainda faturou prêmios em Inovação
secretários de governo,
Mercadológica, Inovação Tecnológica e Inovação em Processos
teve
premiação
empresas
e
empresários
o
e
objetivo
de
de
Internos. Lançamentos imobiliários, inovações de mercado,
apresentar propostas para o fortalecimento do setor. Zé
tecnologia, processos internos e os projetos e práticas
Filho, como é conhecido, garantiu apoio do governo e disse
sustentáveis também foram premiados e os empreendedores
que a indústria da cerâmica é de grande importância para
Pedro Gus e Paulo Lafayette Livonius receberam um
a economia piauiense. O presidente do Sindicer/PI, Waldyr
reconhecimento especial pelo pioneirismo em modelo de gestão
Junior, pediu que o Governo seja rígido na fiscalização de
e inovação à frente da Gus Livonius Engenharia e Agropecuária.
entrada de produtos de outros Estados e que as obras
públicas, como construção de casas e depósitos, sejam
feitas com produtos cerâmicos locais. A indústria cerâmica
Mulungu recebe seminário de
cerâmica vermelha na PB
do Piauí tem aproximadamente 80 empresas instaladas e
gera mais de cinco mil empregos. Juntas produzem 20
O Governo do
milhões de telhas e 25 milhões de tijolos por mês.
Estado da Paraíba
promo-
veu, no dia 26
de maio, o Seminário para o
8
CNI diz que setor da
construção está retraindo
Desenvolvimento da Produção de Cerâmica Vermelha do Brejo,
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) informou,
na Câmara Municipal de Mulungu. Representantes de 23 empre-
recentemente, que o indicador de nível de atividade
sas acompanharam palestras sobre temas como cooperativismo,
da construção ficou em 45,8 pontos em maio, abaixo
qualificação da mão de obra, gestão sustentável da produção e
da linha de 50 pontos, o que confirma a retração da
competitividade, e padronização e qualidade do produto. Um dos
atividade no setor. O nível de atividade, em relação
principais objetivos do seminário foi mostrar como a organização
ao mesmo período de 2013, ficou em 43,1 pontos
do setor pode ser importante para o desenvolvimento das em-
e o de número de empregados, em 45,7 pontos. Os
presas que fabricam tijolos, telhas, artesanato e outros produtos
indicadores variam de 0 a 100. Abaixo de 50 revelam
à base de argila, além de destacar a importância da produção de
que o segmento está em queda e que os empresários
cerâmica vermelha para a economia da região.
estão menos confiantes na situação econômica.
Revista da Anicer | nº 88
PONTO DE VISTA
Uma parceria pela cidade
Por Marina Grossi
mação social, com foco em sustentabilidade, destinado a comunidades de baixa renda, estejam elas localizadas em áreas de periferia
das cidades ou espaços mais urbanizados, como foi o caso.
Trabalhamos conjuntamente em sete frentes, todas elas procurando contemplar as dimensões básicas da sustentabilidade – a
econômica, a social, a ambiental e a cultural: melhoria habitacional sustentável; agricultura urbana orgânica; sustentabilidade nas
escolas e nos lares; turismo comunitário; desenvolvimento de empreendedores locais; gestão comunitária de resíduos; e infraestrutura urbana verde.
O resultado obtido já justificaria a iniciativa. Na área de capacitação
profissional, 93 moradores foram formados nos cursos de pedreiro,
eletricista, bombeiro hidráulico e serralheiro; 16 estão capacitados a
instalar e manter hortas em produção contínua em quintais e lajes;
e 51 empreendedores locais foram formalizados, podendo agora
emitir notas fiscais e obter crédito em instituições financeiras.
Na área de melhoria urbana e ambiental, foram construídos 700 metros
de calçada de concreto com granulado de borracha, que proporciona
maior resistência ao revestimento; e foram instalados sistemas de iluminação pública em LED, que garante uma economia de energia de 10%
Marina Grossi é economista e assumiu a presidência do Conselho Empresarial
Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) em 2010. Atuou como
negociadora do Brasil na Conferência das Partes (COP) da Convenção-Quadro
das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP do Clima) entre 1997 a 2001,
e como coordenadora do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas entre 2001 e
2003. Participou das negociações do Protocolo de Kyoto e representou o Grupo
dos 77 (G77) mais China na área de Mecanismo Financeiro na COP 6 ½ (segunda
fase da COP 6) que ocorreu em Bonn, Alemanha.
a 30%, e ecoponto para onde moradores levam lixo reciclável, estimu-
experiência tem nos confirmado que entre os maiores desafios
Contudo, o legado do projeto foi muito além da abertura de uma nova
para a implantação do desenvolvimento sustentável – inde-
perspectiva de vida aos moradores das duas comunidades. Ao reunir,
pendentemente da dimensão da iniciativa – está a nossa capacida-
num só projeto, 12 grandes empresas de diferentes segmentos e até
de de envolver, de forma articulada e transparente, o poder público,
concorrentes de mercado, as três esferas governamentais e instituições
as empresas e as demais instituições da sociedade organizada.
sociais de diferentes áreas de atuação, sinalizamos que é possível tra-
A
O Rio de Janeiro foi palco recentemente de uma ação integrada envolvendo esses principais atores, experiência que merece ser observada, estudada e replicada. Refiro-me ao Rio Cidade Sustentável
lando a cultura da coleta seletiva de lixo. O envolvimento da comunidade
foi reforçado com realização de oficinas e palestras na Escola Municipal
Santo Tomás de Aquino, que tem mais de 600 alunos.
balhar juntos, produzindo benefícios concretos para comunidades historicamente marginalizadas, para a vida das cidades, para a atividade
econômica, para o meio ambiente e, enfim, para toda a sociedade.
implantado nos morros Chapéu Mangueira e Babilônia, no Leme.
Todos os envolvidos protagonizaram um processo de aprendiza-
Iniciado há dois anos e concluído recentemente, o Rio Cidade Sus-
gem diferenciado, no qual o trabalho em grupo e as decisões multi-
tentável é um projeto pioneiro de infraestrutura urbana e transfor-
laterais devem sempre prevalecer
Revista da Anicer | nº 88
9
ENCONTRO NACIONAL
Praia de Alter do Chão - Santarém /PA
Inovação, conhecimento e negócios em
meio às belezas da Amazônia
Palco para a realização do 43º Encontro Nacional da Indústria de Cerâmica Vermelha, a cidade de Belém
recebe ceramistas do Brasil e do mundo
Por Manuela Souza | Fotos: Banco de imagens da Anicer e divulgação
C
onhecida como Portão de Entrada da Amazônia, a cidade de
Sesi para Cerâmica Vermelha, o 10º Encontro Nacional do Sebrae
Belém, que será sede do 43º Encontro Nacional, é um lugar
para Cerâmica Vermelha, a edição 2014 do Prêmio João-de-Barro,
mágico onde a natureza pulsa com toda a exuberância e despon-
Festa de Encerramento com show de Gaby Amarantos, atrações
ta como grande roteiro turístico e de negócios do Brasil e já está
culturais, entre outras atividades. Além disso, haverá uma progra-
de braços abertos para receber empresários, sindicatos, associa-
mação técnica da Rede Ibero-Americana de Desenvolvimento Sus-
ções, pesquisadores, fornecedores, instituições públicas e priva-
tentável, tendo o Brasil como anfitrião dos nove países participantes.
das, organizações internacionais e consumidores interessados no
setor de cerâmica vermelha.
Acompanhando o desenvolvimento da construção civil, o Encontro
tem registrado crescimento expressivo nos últimos anos e já é considerado o principal evento dedicado a esse segmento industrial na
Clínicas Tecnológicas
Com uma programação técnica que contempla questões como
sustentabilidade, produção e inovação, as Clínicas Tecnológicas
terão como referencial a experiência de palestrantes do Brasil,
Espanha, Portugal, Áustria e Alemanha.
América Latina e um dos três maiores do mundo. Com a estimativa
de público acima de 2.000 empresários, o Encontro reunirá as tradi-
Clínica 1 – Produção em destaque
cionais Clínicas Tecnológicas, Minicursos, os Fóruns Empresariais, a
Os consultores técnicos da Anicer Vagner Oliveira e Max Piva da-
17ª Expoanicer – maior Exposição Internacional de Máquinas, Equi-
rão início à bateria de Clínicas com o tema “Melhore o seu produto,
pamentos, Automotivos, Serviços e Insumos para a Indústria Cerâ-
otimizando matérias-primas e processos produtivos”, em que irão
mica voltada para o setor, Visitas Técnicas, o 12º Encontro Nacional
abordar as melhorias na produção através da inovação tecnológica,
dos Laboratórios de Cerâmica do Senai, o 2º Encontro Nacional do
além de analisar questões como custo-benefício, implantação de
10
Revista da Anicer | nº 88
controles operacionais e adequação de produtos conforme as normas técnicas vigentes.
Clínica 4 – Construção sustentável serve de mote para palestra
O engenheiro espanhol Roberto Díaz Rubio, do Centro Tecnológico
AITEMIN (Espanha), e
o engenheiro português Victor Francico,
do Centro Tecnológico da Cerâmica e do
Vidro – CTCV (Portugal), serão os responsáveis por uma das clínicas do 43° En-
Clínica 2 – Espanhol fala sobre eficiência energética
“Melhora da eficiência energética no processo de fabricação. Fornos mais econômicos no consumo de energia. Aditivos
contro Nacional em Belém (PA). No dia 31 de julho, às 11h, os
especialistas vão subir ao palco do Hangar Centro de Convenções da Amazônia para falar sobre “Desafios e oportunidades
dos produtos cerâmicos para a construção sustentável”, abordando pontos fortes e fracos do setor como a nova norma de
energeticamente ativos. Novos proces-
desempenho, limitações técnicas e oportunidades e estratégias
sos” é o tema da palestra do represen-
do produto cerâmico frente à concorrência.
tante do centro tecnológico espanhol
Clínica 5 - Meio ambiente é tema de Clínica
AITEMIN, Jorge Velasco, que irá abordar o uso de aditivos ativos
de energia durante a queima cerâmica e os aspectos ambientais,
Especialista em gerência ambiental, o engenheiro David Zee será
o palestrante da clínica “Transforman-
econômicos e tecnológicos dos processos.
do desafios ambientais em oportunidades”, no dia 01 de agosto, às 9h. Para
Clínica 3 – Empresários-ceramistas e seus cases de sucesso
o engenheiro, é muito importante que o
Os representantes das cerâmicas Pauluzzi, Vermelha, City e Ar-
profissional desenvolva a consciência
gibem, Juan Carlos Germano, Rivanildo Samuel Hardman Junior,
responsável em todas as etapas de de-
Constantino Frollini Neto e Luis Lima, respectivamente, sobem
senvolvimento de um produto. “É preci-
ao palco do auditório do Hangar para compartilhar com os seus
so sensibilizar sobre a importância da relação homem-natureza e
colegas ceramistas algumas experiências do dia a dia de suas
fábricas. Com o tema “Vendas: investimento técnico é um bom
negócio”, os palestrantes falarão sobre mudanças importantes
adotadas em suas produções ao longo das últimas décadas e que
vêm fazendo a diferença no mercado.
orientar o inventor sobre a escolha da matéria-prima ideal”. Zee
ressalta ainda que os projetos devem obrigatoriamente incorporar
os custos ambientais.
Clínica 6 – Receita do sucesso da Klimabloc
“Klimabloc-Redbloc: inovação e criatividade na cerâmica vermelha europeia” é o tema da palestra do
engenheiro austríaco Stefan Renz, que irá
focar na questão do desenvolvimento do
mercado de cerâmica vermelha na Europa
e no mundo, apresentando alguns cases
de sucesso aos ceramistas brasileiros.
Revista da Anicer | nº 88
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Minicursos
preendimentos, melhorias para o ambiente de trabalho e gerenciamento
Em espaço montado no pavilhão da Expoanicer, os Minicursos são a
dos resíduos produzidos, controlando custos e minimizando despesas.
grande novidade da edição Norte do Encontro Nacional. Nesta área,
Minicurso 3 - Minicurso busca ajudar empresas no desenvolvi-
os ceramistas poderão assistir gratuitamente às palestras: “NR-12:
mento de novos produtos
Como atender à norma de segurança em máquinas e equipamentos”, com o especialista em Segurança do Trabalho Marcus Vinícius
O. Maurício; “Licenciamento ambiental e gerenciamento de resíduos”, com o engenheiro e consultor do projeto Cerâmica Sustentável
é + Vida Moisés Fernandes; “Desenvolvimento de novos produtos
frente às necessidades do mercado”, com o gerente de Inovação e
Design do Centro Cerâmica do Brasil/CCB Marcos Serafim; “Blocos
Cerâmicos para Alvenaria Estrutural e Racionalizada”, com o assessor técnico da Anicer, Antônio Pimenta e “A aplicação e o potencial
das biomassas na produção de cerâmica”, com os consultores técnicos da Anicer Edvaldo Maia e Isac Medeiros.
Minicurso 1 - NR 12 é tema de minicurso no 43º Encontro Nacional
O especialista em Segurança do Trabalho Marcus Vinícius Oliveira Maurício, do Sesi/RJ, será um dos palestrantes do 43º Encontro Nacional, em
Belém (PA). Com o minicurso “Norma
Regulamentadora NR-12”, que acontece no dia 30 de julho, às 14h, o especialista pretende abordar a estrutura
da norma e seus anexos, além de normas relacionadas, dados oficiais das fiscalizações no Brasil, proposta de solução para cerâmicas
irregulares e a posição de algumas instituições quanto ao assunto,
como a Firjan.
O engenheiro agrônomo Moisés Fernandes, da M. Ambiental, será o
responsável por apresentar o minicurso “Licenciamento ambiental e
gerenciamento de resíduos”, no dia
30 de julho, às 15h30, durante o 43°
Encontro Nacional. Especialista no
assunto, Fernandes pretende abordar
temas como autorização legal para a
instalação e funcionamento dos em-
Revista da Anicer | nº 88
Centro Cerâmico do Brasil, Marcos
Serafim, será o palestrante do terceiro
minicurso do 43° Encontro Nacional,
que acontece no dia 31 de julho, às 14
horas. Com o título “Desenvolvimento
de novos produtos frente às necessidades do mercado”, a apresentação
terá por objetivo mostrar alternativas inovadoras para o setor da construção, além de apresentar um
panorama do que está sendo desenvolvido no cenário nacional e
mundial, tendo em vista os novos desafios das moradias contemporâneas frente às questões econômicas e sociais.
Minicurso 4 - Alvenaria estrutural e racionalizada em debate
Com o tema “Blocos Cerâmicos para
Alvenaria Estrutural e Racionalizada”
o assessor técnico da Anicer Antônio
Carlos Pimenta vai falar sobre os benefícios oferecidos pelo sistema somados
a necessidade de construir mais barato
e com segurança. No minicurso 4, no dia 31, às 17 horas.
Minicurso 5 – As vantagens das Biomassas
Os consultores técnicos da Anicer Edvaldo Maia e Isac Medeiros fe-
Minicurso 2 - Especialista tira dúvidas sobre licenciamento ambiental
12
O gerente de Inovação e Design do
charão a série de Minicursos do 43º Encontro Nacional com o tema “A
aplicação e o potencial das biomassas na produção de cerâmica”. Os
técnicos irão mostrar o mapa da biomassa no Brasil e o seu potencial,
características, especificações, entre outras informações importantes para quem pretende implantar em sua cerâmica esse processo.
Além disso, também apresentarão soluções para incorporação e
cas, Fóruns e Minicursos terão a oportunidade de entrar em contato
tratamentos de resíduos sólidos, biomassas e geração de crédito de
com especialistas renomados do setor que apoiarão suas palestras
carbono como mecanismo de apoio e orientações práticas.
em especificações técnicas de total interesse para os ceramistas.
Fóruns Empresariais
“A programação desta edição traz muitas novidades e um conteú-
A programação dos Fóruns está voltada a temas estratégicos para
mais estratégica, com objetivo de ajudar o ceramista a reduzir custos
o bom desempenho da indústria cerâmica e contará com palestran-
através da otimização do uso de matérias-primas, melhoria da efici-
tes brasileiros e da Europa.
ência energética e soluções ambientais e a aumentar a receita, por
Fórum 1 – Associações de máquinas do Brasil e da Europa apre-
meio de vendas mais técnicas, desenvolvimento de novos produtos
do mais voltado para o mercado consumidor. Esta edição tem visão
sentam a realidade do setor
e exemplos de inovação e criatividade. O debate sobre vendas técnicas e a palestra sobre os desafios e oportunidades para construção
O Fórum 1 terá como tema “Automação
sustentável são assuntos inéditos na programação das Clínicas. Já
no Brasil e na Europa: Como aumentar
os Minicursos são como treinamentos que irão tratar de assuntos
a produtividade e melhorar a qualidade
mais específicos, a exemplo da NR-12, gerenciamento de resíduos e
dos produtos” e será ministrado por um
aplicação de biomassas. Será aberto para todo o público do evento e
representante da Associação Nacional
terá um formato de sala de aula”.
dos Fabricantes de Máquinas e Equipamentos – Anfamec e pelo diretor executivo da VDMA no Brasil, Associação Alemanha Brasil de Fabricantes
de Máquinas e Instalações Industriais, Thomas Ulbrich. Os palestrantes
irão apresentar as inovações do setor e suas aplicabilidades para melhorar o desempenho das fábricas.
Fórum 2 - Jô Furlan encerra em grande estilo ciclo de palestras
17ª Expoanicer
Paralela ao encontro, a 17ª Expoanicer vai reunir as principais
marcas do setor no Brasil e no exterior com a representação de
países como França e Itália e expectativa de negócios na ordem
de 53 milhões de reais.
A região norte do país possui 783 fábricas de cerâmica. Somente no
Conscientizar e desenvolver no in-
Estado do Pará, são 200 fábricas que geram 14.800 empregos dire-
divíduo a autoconfiança e a força
tos e 40.000 indiretos. A expectativa dos organizadores do evento é
necessárias à superação dos obstá-
superar as metas alcançadas na última edição do Encontro nessa
culos, tudo isso de uma forma bem
mesma cidade, realizada no ano de 2009. Naquela época, foram ge-
humorada e descontraída, focando
rados R$ 32 milhões em negócios e a participação foi de mais de
nos resultados pessoais e em con-
1.500 visitantes. Na edição do ano passado, em Pernambuco, foram
ceitos como autoestima, supera-
gerados 48 milhões de reais em negócios, com uma visitação de
ção, comprometimento, estratégia, espírito de liderança e ação.
É com esse mote que o médico, escritor e professor Jô Furlan
promete surpreender o público do 43º Encontro Nacional. Considerado o primeiro treinador comportamental do Brasil, Jô Furlan
apresentará, no dia 1 de agosto, às 15h30, a palestra “Inteligência do Sucesso!”, conceito criado e desenvolvido por ele dentro
do Curso de Especialização em Medicina Comportamental na
Universidade Federal de São Paulo.
mais de 3 mil pessoas.
A cada ano, são incorporadas melhorias a esse grandioso projeto,
fruto das sugestões e comentários colhidos com os participantes e
expositores ao longo de todo o processo, além de seguir tendências
tecnológicas mundiais do segmento. Mais uma vez, as pesquisas
mostraram que aproximadamente 40% dos ceramistas que participam do evento estão indo pela primeira vez, comprovando que, além
de uma importante ação de negócios, o Encontro é uma ferramenta
Para a gerente de Meio Ambiente da Anicer e curadora da programa-
de inclusão para inserir pequenas empresas de todas as regiões no
ção técnica do evento, Fernanda Duarte, os participantes das Clíni-
palco principal das inovações tecnológicas e do conhecimento. “O
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Encontro Nacional e a Expoanicer são cases de sucesso. Por se tratar de um projeto itinerante e estratégico a toda a cadeia produtiva, está
ranqueado entre os três maiores eventos do mundo destinados ao setor cerâmico, além de ser o mais importante da América Latina. O nosso
objetivo é levar oportunidades de inovação tecnológica e conhecimento técnico aos ceramistas das mais diversas regiões do Brasil. Estamos
trabalhando para manter a excelência e o sucesso do Encontro para o seu público visitante, que é nacional e internacional e tenho certeza que
a edição de Belém vai trazer um grande êxito para todo o setor”, explica o presidente da Anicer, Cesar Gonçalves.
Visitas Técnicas
Os participantes do Encontro terão a oportunidade de conhecer os aspectos tecnológicos e produtivos de duas cerâmicas que são referência
no Estado do Pará: a Cerâmica Vermelha e a Cerâmica Barreira.
A Cerâmica Vermelha foi inaugurada em agosto de 1998 no município de Inhangapí (PA) e abastece o Estado com blocos de vedação, blocos
estruturais, meio bloco, tijolos maciços, elementos para lajes e canaletas. Já a Cerâmica Barreira foi fundada em 1° de setembro de 1992 na
cidade de São Miguel do Guamá (PA) e é referência na fabricação de telhas, ocupando uma posição de destaque na economia local por ser a
empresa que mais gera postos de trabalho (200 colaboradores), com os maiores investimentos em tecnologia.
As Visitas contam com a indicação dos Sindicatos do Pará parceiros do Encontro: Sindicer São Miguel do Guamá/PA e Sindicer Tapajós. Com
quatorze anos de existência, o Sindicato de Cerâmica Vermelha de São Miguel do Guamá representa hoje trinta e quatro das sessenta cerâmicas existentes em sua base territorial. Com o objetivo de proporcionar o desenvolvimento do setor, o Sindicato mantém constantes parcerias
com o Governo do Estado e com o Sebrae. Um dos principais problemas enfrentados pelo Sindicato era a produção de materiais cerâmicos em
desacordo com as normas. Com o Centro de Formação Profissional de São Miguel do Guamá e o laboratório de ensaios cerâmicos, inaugurados para estimular os ceramistas a ensaiar e normatizar seus produtos, 80% do problema já foi solucionado. O Centro também disponibiliza diversos cursos relacionados à cerâmica, que ajudam no desenvolvimento dos profissionais e das indústrias. Como ação sustentável, o Sindicato
é parceiro do Projeto Tijolo Verde, coordenado pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal do Estado do Pará – Ideflor, pela Secretaria Estadual
de Agricultura – Sagri, pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural – Emater e pelas prefeituras de São Miguel do Guamá e de Irituia.
“O Encontro Nacional, como o próprio nome já diz, ganhou uma dimensão muito grande no setor de cerâmica vermelha do país. São empresários de todos os estados, ceramistas, fabricantes de máquinas, prestadores de serviços e soluções, consultores, todos os pontos reunidos num
único lugar discutindo o amanhã. Estamos muito felizes em receber este grande evento no estado do Pará. Com certeza, representará um aquecimento considerável para a economia de nossas empresas”, disse o presidente do Sindicer de São Miguel do Guamá, Antônio Aécio Miranda.
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Revista da Anicer | nº 88
“O nosso objetivo é levar oportunidades de inovação tecnológica e conhecimento técnico
aos ceramistas das mais diversas regiões do Brasil. Estamos
trabalhando para manter a excelência e o sucesso do Encontro
para o seu público visitante,
que é nacional e internacional e
tenho certeza que a edição de
Belém vai trazer um grande êxito
para todo o setor”.
Já o Sindicato da Indústria de Cerâmica para a Construção – Sindicer Tapajós, inaugurado no dia 27 de
julho de 2010, representa hoje trinta e seis cerâmicas. A região, localizada a oeste do Estado, é responsável
pela produção mensal de 36 mil toneladas de blocos “ecologicamente corretos”, pois só utiliza resíduos
da indústria madeireira em seus fornos. “Hoje contamos com um estudo junto à Universidade Federal do
Oeste do Pará (UFOPA) quanto ao aproveitamento do taxi para a produção de cavaco para queima dos
produtos em parceria com as comunidades locais”, explica Francisco Elieldo de Souza, presidente do Sindicer Tapajós. Em quatro anos de atuação, o presidente observou que a maior adversidade das cerâmicas
da região é a localização dentro da área urbana. Buscando solucionar o problema, um Polo Cerâmico está
sendo criado em parceria com a Prefeitura de Santarém. Outro grande problema é a não conformidade das
empresas. “Por conta disso, voltamos o nosso foco para a qualificação no PSQ, além da implantação do
laboratório local junto à Fiepa e ao Senai e o combate ao uso de produtos concorrentes na nossa região”.
Os ônibus para as Visitas Técnicas partirão dos hotéis oficiais do evento. Os ingressos estão disponíveis com a agência Dio Viagens ao
preço de R$120,00, tendo inclusos acompanhamento de consultor cerâmico especializado, transporte em ônibus de luxo com guia turístico,
seguro viagem e excelente almoço na Churrascaria Esplanada, em Santa Maria do Pará. Informações: 0800 031 9107
Pegada de carbono
Com o objetivo de neutralizar as emissões decorrentes da realização do evento, o 43º Encontro Nacional vai colocar em prática o programa
Plante Árvore, do Instituto Brasileiro de Florestas, realizando medidas ambientais compensatórias. A associação realizou um estudo, levando
em conta a quantidade de pessoas envolvidas no evento, a quantidade de CO2 emitida nos transportes aéreos e terrestres utilizados pelo público para chegar ao local, consumo de energia elétrica, água, materiais, volume de lixo gerado, entre outros itens, para estimar o total de emissões e definir o restauro a ser efetuado, como medida compensatória para neutralizar a “pegada de carbono”. Essa ação acontece pelo terceiro
ano consecutivo e rendeu à Anicer o certificado de Empresa Amiga da Floresta. Mais de 1.000 árvores já foram plantadas na Floresta Anicer.
6 Dicas da Gaby Amarantos para viver Belém
1. Feira do Ver-o-peso: Porque é a maior feira livre da América Latina, é um lugar que descreve muito
Belém. Tem os setores de artesanato, a praça de alimentação que vende as comidas típicas, pode
comer um peixe frito com açaí, a parte das ervas, os banhos de cheiros, o mercado de carne onde
você consegue ver o rio, é um lugar de muita diversidade cultural por isso que eu amo essa feira.
2. Espaço cultural de Negro: É uma espécie de espaço cultural - bar que tem como ponto chave o
Carimbó, e todos os domingos os grupos folclórico de Belém se apresentam nesse espaço com
trajes típicos. Um dos poucos lugares em Belém que é remanescente da cultura do Carimbó.
3 . Rua Nova Segunda: Essa é a rua que nasci no Jurunas, que por acaso tem a escola de samba que se chama “Coração Jurunense” da minha família e tem um arraial junino que acontece
durante 10 dias. Então é um lugar que tem uma diversidade cultural incrível. Eu nasci no meio
do Carimbó, das festas juninas, dos pássaros, dos bois bumbas, dos grupos folclóricos, as
aparelhagens o brega. Tudo isso tem na minha rua.
4 . Restaurante Saudosa Maloca: Fica na ilha do Cumbú, eu amo esse lugar porque você faz uma
travessia de 10 minutos de barco e está no meio da floresta, com igarapés, flores de rio, vê os
botos pulando, tem as árvores, tem a samuameira que é uma das árvores mais antigas da floresta e você come um peixe incrível. O camarão é tirado na hora e o suco de cacau é retirado da
floresta. A chefe de lá que se chama “Prazeres” é uma pessoa maravilhosa, eu adoro ir lá.
5 . Praça Batista Campos: Nessa praça, brinquei muito quando era criança e hoje meu filho adora
brincar nela. É um lugar muito bonito e quem tem cheiro da minha infância.
6 . Basílica de Nazaré: Uma igreja onde fica a imagem de Nossa Senhora de Nazaré, é uma igreja
barroca muito linda, com obras lindas que tem uma beleza sem igual.
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Prêmio Jovem Ceramista 2014
O Prêmio Jovem Ceramista 2014 contou com trabalhos de todas as regiões do Brasil. Com o artigo “Obtenção de um Compósito Cerâmica-polímero para a Produção de Telhas Cerâmicas com a Eliminação da Etapa de Queima”. O estudante do Curso de Engenharia Cerâmica, do
Centro Universitário Barriga Verde - UNIBAVE, Fábio Rosso recebeu a primeira colocação entre os trabalhos universitários. Já o artigo “Seu
Tijolo está Manchado? Conheça a Influência do Cimento sobre a Formação da Eflorescência”, do estudante da Escola SENAI Mario Amato,
Eduardo dos Santos, levou o primeiro lugar entre os trabalhos dos cursos técnicos.
Os artigos foram analisados por uma banca examinadora, formada por representantes da Anicer, da Associação Brasileira de Cerâmica –
ABCeram e do Centro Universitário Ítalo Brasileiro. O Prêmio Jovem Ceramista é uma iniciativa da Anicer, com o apoio da ABCeram e tem
como objetivo promover a reflexão e a pesquisa, além de revelar e investir em jovens talentos que procuram alternativas para solucionar
questões da indústria de cerâmica vermelha brasileira.
Os primeiros lugares de cada categoria ganharão 01 tablet, participação gratuita no 43º Encontro Nacional da Indústria de Cerâmica Vermelha
(passagem, hospedagem e alimentação), apresentação em pôster durante o Encontro, troféu PJC, publicação do projeto na Revista da Anicer, kit
Anicer – brindes institucionais, kit técnico – livros de pesquisa relacionados à Indústria da Cerâmica Vermelha e R$ 1.000,00 (mil reais) em dinheiro.
Os prêmios serão entregues durante a cerimônia de abertura do 43º Encontro Nacional, no dia 30 de julho, no Hangar – Centro de Convenções & Feiras da Amazônia.
Veja abaixo a relação completa dos vencedores do Prêmio:
UNIVERSITÁRIO
1º Lugar
Artigo: Obtenção de um compósito cerâmica-polímero para a produção de telhas cerâmicas com a
eliminação da etapa de queima
Sorteados Clínicas:
Autor: Fábio Rosso | Instituição: Centro Universitário Barriga Verde – Unibave
A equipe da Anicer participou de vários eventos nas mais diversas
regiões do País, onde foram sorteados alguns passaportes para o
Encontro. Confira a lista dos sortudos:
2º Lugar
Artigo: Aproveitamento de resíduo da etapa de lapidação de vidro em cerâmica vermelha
Autora: Juliana Simões | Instituição: Universidade Estadual do Norte Fluminense – UENF
TÉCNICO
1º Lugar
Artigo: Seu tijolo está manchado? Conheça a influência do cimento sobre a formação da eflorescência
Autor: Eduardo dos Santos | Instituição: Senai Mario Amato
Gilberto Luiz, da Cerâmica Escorpiões, de Curitiba - PA
Tulliu Alves, da Cerâmica Igara, de Senhor do Bonfim - BA
Mario Cesar Galatto, da Cegaza Ind e Com de Tijolos e Telhas - SC
Para promover o Evento, a equipe de marketing da Anicer criou a campanha #EUVOUPRABELEM e lançou um desafio nas redes sociais. Ao receber a camisa, o associado deveria tirar uma foto, postar em seu perfil no Facebook com a hashtag #EUVOUPRABELEM
e enviar a foto para que a Anicer também postasse em sua Fan Page. Os participantes da promoção concorreram a um passaporte
para o Encontro que dá direito a Clínicas, Fóruns, Expoanicer, Minicursos e Festa de Encerramento com show da cantora Gaby Amarantos. Em sorteio realizado com base na Loteria Federal do dia 31/05, a grande vencedora foi Paula Taís, da Cerâmica Drummond.
Anicer e Sebrae lançam cartilha sustentável direcionada ao setor
A Anicer e o Sebrae irão lançar, durante o Encontro, a Cartilha Ambiental – Cerâmica Vermelha. Fruto de um conjunto de ações que compõem o projeto Cerâmica Sustentável é + Vida, a Cartilha Ambiental tem o objetivo de servir como material complementar de mobilização
e orientação às indústrias cerâmicas brasileiras na promoção da sustentabilidade.
A obra reúne informações teóricas e práticas, entre elas ações sustentáveis, conceitos, formas de participação, legislação vigente e resultados sobre dois temas que estão interligados: Licenciamento e Gestão Ambiental. O material foi criado não apenas pelo fato do problema
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ambiental ser um tema recorrente, mas pela importância que tem para que o setor se torne mais responsável diante dos impactos ambientais causados pela sua atividade.
O capítulo que trata de Licenciamento Ambiental traz um passo a passo do procedimento de retirada das licenças obrigatórias, apontando os motivos, preceitos legais e funcionamento do processo. Nele são levadas em
consideração tanto a atividade de extração de argila como de fabricação de produtos cerâmicos. Já no capítulo
seguinte, o processo produtivo é mapeado de forma que sejam identificados os principais impactos ambientais negativos gerados pela atividade. Também são citados exemplos de boas práticas e casos de sucesso.
“O segmento cerâmico é parte dessa realidade brasileira. O apoio do Sebrae a esses empreendimentos tem o
objetivo de melhorar o desempenho dos pequenos negócios desse segmento, focando nos aspectos da produtividade e da adequação às exigências legais e ambientais. São fatores determinantes para ampliação e manutenção da competitividade dos pequenos negócios cerâmicos.
Muitos avanços já podem ser verificados, mas o desafio para se manter competitivo em um mercado cada vez mais exigente em qualidade,
prazo e desempenho requer dos pequenos negócios agilidade e flexibilidade para mudar, inovar e atender aos requisitos da sustentabilidade”,
disse o diretor técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos.
O presidente da Anicer, Cesar Gonçalves, faz coro. “O Licenciamento Ambiental sempre foi muito complexo, mas devemos lembrar que é lei e deve ser cumprido. Devemos superar as dificuldades, que não são poucas, e licenciar nossas
atividades que, no caso da cerâmica vermelha, geralmente, são duas licenças a serem obtidas: da fábrica e da área de
extração. Precisamos nos relacionar melhor com os órgãos ambientais. O resultado será sempre positivo”.
O lançamento da cartilha será realizado no dia 30 de julho, após a abertura oficial do evento, no estande da Anicer.
Prêmio João-de-Barro 2014 | Festa de Encerramento
No dia 02 é a vez da Solenidade de Encerramento do Encontro e momento da entrega do Prêmio João-de-Barro 2014,
que
premiará os destaques do ano de 2014 nas categorias Personalidade, Cerâmica, Instituição, Fornecedor, Melhor Estande e da nova
categoria do Prêmio, Ação Sustentável.
Até o dia 20/07, os associados da Anicer poderão dar o seu voto no hotsite do Encontro. A votação para a categoria Melhor Estande será executada durante os três dias da Expoanicer, mediante sistema eletrônico que permitirá apenas um voto por pessoa, de maneira secreta e em
guichê fechado. A arte do troféu João-de-Barro 2014 é assinada pela renomada artista plástica gaúcha Anelise Bredow, que tem o seu trabalho
espalhado pelo Brasil. “Minha linguagem estética é expressa através da argila, transformada em esculturas, painéis, potes, desenhos e objetos
que revelam um universo imaginário de formas, cores e seres. Paralelamente desenvolvo a Olaria, um projeto que também utiliza o barro como
matéria-prima e objetiva a criação de Produtos Artesanais, em diferentes estilos e formas de aplicação”, explica a artista.
Após a entrega dos Prêmios, a Festa de Encerramento do 43º Encontro Nacional promete fazer o público dançar ao som dos sucessos da
cantora paraense Gaby Amarantos. Onde quer que chegue, Gaby consegue marcar presença pela brasilidade de seu figurino e do repertório.
E ela vai tirar proveito dessas virtudes no show da Festa de Encerramento do 43º Encontro Nacional. Além dos hits de seu próprio repertório,
como “Xirley” e “Ex my love”, a cantora vai dar um passeio vasto pela música brasileira, imprimindo seu estilo a hits de outros artistas e
gêneros, como o pop, o samba, o sertanejo e a axé music. A Solenidade de Encerramento acontece no dia 02 de agosto, às 20h30, no Salão
B do Hangar Convenções & Feiras da Amazônia, em Belém.
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MOMENTO INSPIRAÇÃO
Casa das Caldeiras
Iluminação noturna do prédio inaugurado na década de 1920
Prédio que antes abrigava caldeiras vindas da Europa funciona hoje como associação cultural em SP
Por Thais Ribeiro sob supervisão de Carlos Cruz | Fotos: Divulgação
E
difício fabril da década de 1920, a Casa das Caldeiras foi construí-
em 1986 pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueo-
da para abrigar caldeiras vindas da Europa que produziriam ener-
lógico, Artístico e Turístico - Condephaat e Instituto do Patrimônio
gia para todo o parque industrial que se erguia pelas mãos do Conde
Histórico e Artístico Nacional - Iphan, como edificação remanescente
Francesco Matarazzo, numa área de aproximadamente 100.000 m².
das IRFM, o espaço monumental, um exemplar típico da arquitetura
Foi no bairro da Água Branca, em São Paulo (SP), que as Indústrias
fabril, de alvenaria de tijolos maciços possui três grandes chaminés e
Reunidas Francisco Matarazzo - IRFM se instalaram como o primeiro
um pé direito altíssimo. A estrutura recebeu grandes janelas, elemen-
Parque Industrial com noção de verticalização da produção.
tos vazados, túneis-galerias que remetem a passagens subterrâneas
O ramal ferroviário interligado à área de produção constituiu um dos
e fornalhas que eram alimentadas por carvão.
fatores determinantes para a sua localização, pois privilegiava o re-
O edifício foi restaurado em 1998-1999 quando então se revitalizou
cebimento de matéria-prima e o escoamento da produção. Tombado
com um novo uso e voltou a participar dos acontecimentos e do de-
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senvolvimento da cidade como um lugar especial para as celebrações e os eventos sociais, institucionais e artístico-culturais. Em 2005, a
Associação Cultural Casa das Caldeiras - ACCC foi criada para implantar e desenvolver uma ocupação artística e cultural para o espaço Casa
das Caldeiras, através de um plano de ocupação múltipla que valorizasse também o talento do espaço para os eventos. Hoje, a ACCC, resgata
a função original do edifício para gerar energia para as artes e a sociedade.
Os edifícios Casa das Caldeiras e Casa do Eletricista são as únicas construções que remanesceram do complexo que produziu sabonetes,
álcool, óleo vegetal, vela, mecânica, fundição e sacarias.
Fotografia da Casa das Caldeiras na década de 1920
Prédio foi todo construído em tijolos cerâmicos maciços.
Espaço interno da construção mostra a base de uma das chaminés onde
atualmente funciona um bistrô.
Vista externa do prédio. O espaço, desde 1998, é usado para festas e
exposições de arte.
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19
UF
CIDADE
EMPRESAS QUALIFICADAS
CONTATO
PRODUTOS
AL
Arapiraca
Cerâmica Arapiraca LTDA
(82) 3521-2437 [email protected]
Vedação 09x19x19
AM
Iranduba
Montemar
(92) 3232-4278 [email protected]
Vedação 09x19x19
AM
Manacapuru
Cerâmica Praiano
(92) 33612269 [email protected]
Vedação 09x09x19
AM
Manacapuru
Cerâmica Manaus
(92) 3321-7963 [email protected]
Vedação 09x14x29 09x19x19 14x19x29
AM
Manacapuru
Cerâmica Gisenara
(92) 9143-8229 [email protected]
Vedação 9x19x19
BA
Curaca
Cerâmica São Benedito
(74) 9998-3585 www.ceramicasaobenedito.com.br
Vedação 09x09x19
CE
Acopiara
Cerâmica Rufino
(88) 3565-0240 / 3565-0873
[email protected]
Vedação 9x19x19
CE
Aquiraz
Ceagra Cerâmica Agrop. Assunção Grupo Tavares
(85) 3377-1212 www.grupotavares.ind.br
Vedação 9x19x19 Estrutural 14x19x29
CE
Aquiraz
Ceará Cerâmica - Grupo Tavares
(85) 3348-0492 www.grupotavares.ind.br
Vedação 9x19x19
CE
Aquiraz
Cerâmica Cerampedras
(85) 3276-2009 [email protected]
Vedação 9x19x19
CE
Aquiraz
Cerâmica Assunção - Grupo Tavares
(85) 3377-1262 www.grupotavares.ind.br
Vedação 9x19x19 Estrutural 14x19x29 14x14x19
CE
Beberibe
Cerâmica Brasília
(85) 3301-1200 [email protected]
Vedação 9x19x19
CE
Cascavel
Cerâmica Cajazeiras
(85) 3301-1220 [email protected]
Vedação 9x19x19 Estrutural 14x19x29 14x19x39
CE
Cascavel
Cerâmica Luma
(85) 3301-1220 [email protected]
Vedação 9x19x19 Estrutural 14x19x29
CE
Caucaia
Cerâmica Caucaia LTDA - ME
(85) 3368-6162 [email protected]
Vedação 09x19x19 Estrutural 14x19x29
CE
Crato
Cecrato Cerâmica Crato
(88) 3521-1096 / 3521-1778 [email protected]
Vedação 9x19x19
CE
Crato
Cemonte Cerâmica Monte Alegre
(88) 3521-1096 [email protected]
Vedação 9x19x19
CE
Jaguaruana
Jacerama Jaguaruana Cerâmica
(88) 3418-1300 [email protected]
Vedação 9x19x19 Estrutural 14x19x29 14x14x19
CE
Milagres
Cerâmica Artrical Argila do Triângulo
Caririense
(88) 3531-1231 [email protected]
Vedação 9x19x19
CE
Russas
Cerâmicas Kappa Indústria
(88) 3411-1413 www.kappaceramica.com.br
Vedação 9x19x19 9x14x24
CE
São Gonçalo do
Amarante
Cerâmica Santa Rita - Grupo Tavares
(85) 3421-5214 www.grupotavares.ind.br
Vedação 9x19x19
CE
São Gonçalo do
Amarante
Cerâmica Sagrada Família LTDA
(85) 9667-7171 [email protected]
Vedação 9x19x19
CE
Sobral
Cerâmica Torres
(88) 3614-3311 [email protected]
Vedação 9x19x19 9x14x19
CE
Sobral
Criatel Cerâmica Riate LTDA
(88) 3611-4132 [email protected]
Vedação 9x19x19
ES
João Neiva
Cerâmica Acioli
(27) 3278-1101 [email protected]
Vedação 9x19x39 9x19x19
ES
João Neiva
Cerâmica Argil
(27) 3258-2386 [email protected]
Vedação 9x19x39 9x19x19 9x19x29
ES
Nova Venécia
Cerâmica Adélio Lubiana
(27) 3752-2236 [email protected]
Vedação 9x19x19
GO
Ouvidor
Cerâmica Paraíso
(64) 3478-1139 [email protected]
Vedação 9x19x24 9x14x29 11,5x19x24
MA
Balsas
Cerâmica Balsas
(99) 3541-9668 [email protected]
Vedação 9x14x19
20
Revista da Anicer | nº 88
QUALIDADE COMPROVADA!
REALIZAÇÃO:
Consulte a lista atualizada das empresas qualificadas no PSQ nos sites
http://www4.cidades.gov.br/pbqp-h/projetos_simac_psqs.php e
www.anicer.com.br
UF
CIDADE
EMPRESAS QUALIFICADAS
CONTATO
PRODUTOS
MA
Pio XII
Cerâmica Cigana
(98) 3679-5003 [email protected]
Vedação 09x14x19 09x19x19
MG
Belo Horizonte
Cerâmicas Braúnas - Cerâmica Braúnas
(31) 3499-7801 www.braunas.com.br
Estrutural 11,5x19x19 11,5x19x39 14x14x19 14x19x19 14x19x29 14x19x34
14x19x39 14x19x44
MG
Ribeirão das Neves
Cerâmica Jacarandá
(31) 3638-1855 www.jacarandanet.com.br
Vedação 9x19x29, 14x19x29, 09x19x39 Estrutural 14x19x29 14x19x34
14x19x39 14x19x44
MG
Ribeirão das Neves
Cerâmicas Braúnas - Cerâmica Marbeth
(31) 3499-7801 www.braunas.com.br
Vedação 9x19x29 Estrutural 14x19x29
MG
Salinas
Cerâmica União
(38) 3841-1590 www.ceramicauniao.com.br
Vedação 9x19x24 11,5x19x24
MG
Sete Lagoas
Cerâmica Setelagoana
(31) 3773-0600 [email protected]
Vedação 9x19x29 14x19x29 19x19x29
MS
Terenos
Cerâmica Volpiso
(67) 3246-7360 [email protected]
Vedação 9x19x19 11,5x19x19 14x19x19 Estrutural 11,5x19x29 14x19x29
MS
Terenos
Volpini Indústria Cerâmica
(67) 3246-7166 [email protected]
Vedação 9x19x19 11,5x19x19 14x19x19 Estrutural 14x19x29 11,5x19x29
MT
Várzea Grande
Argiblocos Indústria Cerâmica
(65) 3686-4300 [email protected]
Vedação 9x19x19 Estrutural 14x19x29 11,5x19x29 11,5x19x19
MT
Várzea Grande
Cerâmica Santa Terezinha
(65) 3682-4040 [email protected]
Vedação 09x19x19
PA
Inhangapi
PA
Santa Isabel do Pará
Tijotelha Industrial
(91) 3744-1287 [email protected]
Vedação 9x14x19 9x19x19
PA
Uruará
Cerâmica Santa Terezinha
(93) 3532-1238 [email protected]
Vedação 9x19x19
PB
Caldas Brandão
Cerâmica Santa Cândida
(83) 3226-1566 [email protected]
Vedação 9x19x19 Estrutural 14x19x29
PB
Santa Rita
Cia Industrial de Cerâmica - Cincera
(83) 3015-1450 [email protected]
Vedação 9x19x19 9x19x39 Estrutural 14x19x29 14x19x44
PB
Rio Tinto
Cerâmica DRM
(83)3246-7102 [email protected]
Vedação 9x19x19 Estrutural 14x19x29
PE
Buenos Aires
Cerâmica Buenos Aires
(81) 3621-4399 [email protected]
Vedação 09x19x19
PE
Ferreiros
Cerâmica Araçá
(81) 3631-1398 [email protected]
Vedação 9x19x19
PE
Paudalho
Cerâmica Bom Jesus
(81) 3636-1554 / 3636-1200
[email protected] / www.cbjceramica.com.br
Vedação 9x19x19 Estrutural 11,5x19x29 14x19x29
PE
Paudalho
Cerâmica G.E. Teobaldo Mateus - ME
(81) 3636-1441 [email protected]
Vedação 09x19x19 11,5x19x19 14x19x19
PE
Paudalho
Cerâmica JBC
(81) 8735-7228 [email protected]
Vedação 09x19x19
PE
Paudalho
Cerâmica Nsa. Senhora de Fátima EPP
(81) 3636-1548 [email protected]
Vedação 09x19x19
PE
Paudalho
Cerâmica Porto Seguro
(81) 3636-4171 [email protected]
Vedação 9x19x19 9x19x39
PE
Paudalho
Cerâmica São José
(81) 3636-1258 [email protected]
Vedação 9x19x19 Estrutural 14x19x29 14x19x44
PE
Paudalho
Cabel
(81) 3636-1198 [email protected]
Vedação 9x19x19
PE
Ribeirão
Cerâmica Elsa
(81)3671-1378 [email protected]
Vedação 09x19x19
PE
São Caetano
Cerâmica Vale do Ipojuca LTDA
(81) 3736-1282 [email protected]
Vedação 09x19x19
PE
Tacaimbó
Indústria de Cerâmica Kitambar
(81) 3726-1668 [email protected]
Vedação 9x14x19 9x19x19
PE
Tacaimbó
Agroindustrial Barro Forte
(81) 3709-5000 [email protected]
Vedação 09x19x19
Cerâmica Vermelha Ind. e Comércio (91) 3809-1221 [email protected]
Vedação 9x14x19 9x19x19
QUALIDADE COMPROVADA!
Revista da Anicer | nº 88
21
UF
CIDADE
EMPRESAS QUALIFICADAS
CONTATO
PRODUTOS
PI
Barras
Cerâmica Longa
(86) 3231-0518 [email protected]
Vedação 09x14x19
PI
Campo Maior
Cerâmica Campo Maior
(86) 3252-3000 [email protected]
Vedação 09x14x19
PI
Campo Maior
Cerâmica São Raimundo
(86) 9986-7460 [email protected]
Vedação 09x14x19
PI
Jatobá do Piauí
Cerâmica Jenipapo
(86) 3252-1239 [email protected]
Vedação 09x14x19
PI
Miguel Alves
Cerâmica Santa Vitória Ltda
(86) 3244-1303 [email protected]
Vedação 9x14x19 9x19x19 9x19x24
PI
Nazária
Cerâmica Ideal
(86) 3225-2624 [email protected]
Vedação 09x14x19
PI
Teresina
Blocomar
(86) 3216-4200 [email protected]
Vedação 9x14x19 Estrutural 14x19x29 14x19x44
PI
Teresina
Cerâmica Mafrense
(86) 3216-4200 [email protected]
Vedação 9x14x19
PI
Teresina
Cerâmica Santa Maria
(86) 3226-3200 [email protected]
Vedação 9x14x19 9x19x19 9x19x29
PI
Teresina
Telhamar
(86) 3216-4200 [email protected]
Vedação 9x14x19
PI
Teresina
Telhas Mafrense
(86) 3216-4200 [email protected]
Vedação 9x14x19
PI
Teresina
Unimar
(86) 3216-4200 [email protected]
Vedação 9x14x19
PI
Teresina
Cerâmica Carajás LTDA
(86) 3211-1401 [email protected]
Vedação 09x14x19
PI
Teresina
Cerâmica Torrões LTDA
(86) 3227-4439 [email protected]
Vedação 09x14x19
PR
Itapulândia
Cerâmica Beira Lago LTDA
(45) 3559-1152 [email protected]
Vedação 9x14x24
PR
Arapoti
Cerâmica Irmãos Almeida
(43) 3557-1121 [email protected]
Estrutural 14x19x29
PR
Curitiba
Cerâmica São Pedro
(41) 3265-6921 [email protected]
Estrutural 14x19x29
PR
Entre Rios do Oeste
Cerâmica Stein
(45) 3257-1168 [email protected]
Vedação 9x14x19 9x14x24 11,5x14x24
PR
Prudentópolis
Cerâmica São Gerônimo
(42) 3446-1622 [email protected]
Estrutural 14x19x29
PR
Maripa
Cerâmica Drisner LTDA
(44) 3687-1326 [email protected]
Vedação 09x14x24 11,5x14x24
PR
Missal
Cerâmica Pasquali e CIA Ltda
(45)3244-1498 [email protected]
Vedação 9x14x24
PR
São Mateus do Sul
Cerâmica Pasquali
(42) 3532-3450 [email protected]
Vedação 09x14x24
RJ
Campos dos Goytacazes
A C Cerâmica Indústria e Comércio
(22) 2722-2205 [email protected]
Vedação 9x19x19 9x19x29
RJ
Barra do Piraí
Olaria São Sebastião
(24) 3346-6544 [email protected]
Vedação 9x19x19 9x19x29 11,5x19x29 14x19x29
Cerâmica Abud Vagner
(22) 2734-0363 [email protected]
Vedação 9x19x19 9x19x29
RJ Campos dos Goytacazes
22
Revista da Anicer | nº 88
QUALIDADE COMPROVADA!
Consulte a lista atualizada das empresas qualificadas no PSQ nos sites
http://www4.cidades.gov.br/pbqp-h/projetos_simac_psqs.php e
www.anicer.com.br
UF
CIDADE
EMPRESAS QUALIFICADAS
CONTATO
PRODUTOS
RJ
Campos dos Goytacazes
Cerâmica São Sebastião de Campos
(22) 2721-7105 [email protected]
Vedação 9x19x19 9x19x29
RJ
Campos dos Goytacazes
F.P.R. Indústria Cerâmica
(22) 2723-5590 [email protected]
Vedação 9x19x29 14x19x29 Estrutural 14x19x29
RJ
Campos dos Goytacazes Wagner Linhares Indústria Cerâmica
(22) 2721-8111 [email protected]
Vedação 9x19x19 9x19x29
RJ
Itaboraí
Cerâmica Colonial
(21) 2635-9333 [email protected]
Vedação 9x19x19 9x19x29 9x19x39 14x19x19 14x19x39 Estrutural 14x19x29
14x19x34 14x19x44
RJ
Itaboraí
Cerâmica Santa Izabel
(21) 2635-7089 [email protected]
Vedação 9x19x19 9x19x29
RJ
Paraíba do Sul
Cerâmica GGP
(24) 2263-1267 www.ceramicaggp.com.br
Vedação 9x19x19 9x19x29 11,5x19x19 11,5x19x29 14x19x19 14x19x29
RJ
Três Rios
Cerâmica Argibem
(24) 2258-2127 www.argibem.com.br
Vedação 11,5x19x19 11,5x19x29 14x19x29 Estrutural 11,5x19x39 14x19x29
19x19x39
RJ
Vassouras
Cerâmica Porto Velho
(24) 2258-3110
[email protected]
[email protected]
Vedação 9x19x19 9x19x29 9x19x39 11,5x19x29 11,5x19x39 14x19x29
14x19x39 Estrutural 11,5x19x39 14x19x29 14x19x39
RO
Ji Paraná
Cerâmica Belém Indústria e Comércio
(69) 3421-1419 [email protected]
Vedação 9x14x19
RS
Arvorezinha
Cerâmica Fachinetto LTDA
(51) 3772-1283 [email protected]
Vedação 9x14x19
RS
Bom Princípio
Cerâmica Construrohr
(51) 3635-8085 [email protected]
Vedação 14x19x29 Estrutural 14x19x29
RS
Candelária
Cerâmica Candelária
(51) 3743-1202 [email protected]
Vedação 9x14x19 11,5x14x24 Estrutural 14x19x29
RS
Campo Bom
Cerâmica Ritter LTDA
(51) 3597-1260 [email protected]
Vedação 09x14x19
RS
Campo Bom
Cerâmica Ritter União LTDA
(51) 3597-1260 [email protected]
Vedação 11,5x14x24
RS
Faxinal do Sotur
Cerâmica Veber
(55) 3263-1379 [email protected]
Vedação 9x14x19
RS
Nova Santa Rita
Cerâmica Flores
(51) 3479-5080 [email protected]
Vedação 9x14x19 9x14x24
RS
Portão
Cerâmica Kaspary LTDA
(51) 3562-2300 [email protected]
Vedação 11,5x19x24 11,5x14x24 14x19x24
RS
Sapucaia do Sul
Pauluzzi Produtos Cerâmicos
(51) 3451-5002 www.pauluzzi.com.br
Estrutural 14x19x29
SC
Pouso Redondo
Cerâmica Constrular
(47) 3545-1249 www.ceramicaconstrular.com.br
Vedação 9X9X24 9x14x24 9x14x29 11,5X19x19 11,5x19x24 14x19x29 Estrutural 14x19x29 14X19X44
SC
Rio do Sul
Cerâmica Princesa Indústria e Comércio
(47) 3525-1540 www.princesa.ind.br
Vedação 9x9x24 9x14x24 14x19x29 11,5x19x24 Estrutural 14x19x29
SC
Ituporanga
Bela Vista Tijolos Ltda
(47) 3533-9090 [email protected]
Bloco de Vedação 11,5x19x24
SC
Pouso Redondo
Cerâmica Lorenzetti Ltda
(47) 3545-0049
[email protected]
Bloco de Vedação 9x14x24
SC
Presidente Getúlio
Cerâmica Bosse
(47) 3352-1733 [email protected]
Bloco Estrutural 14x19x29
SE
Propriá
Cerâmica Amorim
(79)3322-2011 [email protected]
Bloco de Vedação 09x14x19
SE
Itabaianinha
Cerâmica São José
(79)3544-1211 [email protected]
Bloco de Vedação 09x19x24 11,5x19x24 14x19x24
SP
Cesário Lange
Cerâmica City
(15) 3246-8030
www.ceramicacity.com.br
Vedação 9x19x39 11,5x19x39 14x19x39 19x19x39
Estrutural 14x19x29 14x19x39
SP
Elias Fausto
Cerâmica Palma de Ouro LTDA
(19) 3821-1055 [email protected].
br
Estrutural 14x19x29 14x19x39
SP
Itu
Selecta Estrutural Blocos e Telhas
(11) 2118-2001
www.selectablocos.com.br
Vedação 9x19x39 11,5x19x39 14x19x39 19x19x39
Estrutural 11,5x19x39 14x19x29 14x19x39 19x19x39
SP
Jundaí
Cerâmica Gresca 2 LTDA
(11) 4582-0062 www.gresca.com.br
vedação 14x19x39 19x19x39
SP
Panorama
Cerâmica Modelo
(18) 3871-6021 [email protected]
Vedação 14x19x29 Estrutural 14x19x29
Cerâmica Barrobello Indústria e
Comércio
(19) 3567-1533 [email protected]
Vedação 14x19x39 Estrutural 14x19x29
Indústria Cerâmica Matieli
(15) 3222-8336 www.ceramicamatieli.com.br
Vedação 11,5x14x24 14x19x39 14x19x24 Estrutural 14x19x29 14x19x39
SP Santa Cruz da Conceição
SP
Sorocaba
QUALIDADE COMPROVADA!
Revista da Anicer | nº 88
23
UF
CIDADE
EMPRESAS QUALIFICADAS
CONTATO
PRODUTOS
BA
Alagoinhas
Cerâmica Santana de Alagoinhas
(75) 3423-3000 www.ceramicasantanaba.com.br
Telha Extrudada
BA
Alagoinhas
Telhas Simonassi
(75) 3182-5000
[email protected]
Romana /Telhas Plan Macho /Fêmea
BA
Caetité
Cerâmica Mundial
(77) 3454-2246 [email protected]
Telha Colonial
BA
Candiba
Cerâmica Alves Neves
(77) 3661-2070 [email protected]
Colonial
ES
Colatina
Cerâmica Cinco
(27) 3722-7400 [email protected]
Romana /Portuguesa
GO
São Simão
Cerâmica Dolar
(64) 3658-4001 [email protected]
Americana /Romana
GO
Mara Rosa
Rosa e Cavalcante - Cerâmica Santo
Antônio
(62) 3366-1382
[email protected]
Plan /Portuguesa /Romana
MA
Bacabeira
Cerita Cerâmica Industrial Ita LTDA
(98) 3346-1023 [email protected]
Telha Canal
MA
Pio XII
Cerâmica Cigana
(98) 3679-5003 [email protected]
Telha Canal / Colonial
MA
Timon
Cerâmica Livramento
(99) 3118-3000 [email protected]
Telha Canal
MA
Vitória do Mearim
Cerâmica Claro LTDA
(98) 9108-1326 [email protected]
Telha Canal
MG
Abadia dos Dourados
CBS Indústria Cerâmica
(34) 3847-1309 [email protected]
Americana /Plan CBS /Colonial
MG
Capinópolis
Cerâmica Drummond
(34) 3263-1340 [email protected]
Americana /Portuguesa
MG
Ituiutaba
Cerâmica Depaula
(34) 3268-8319 [email protected]
Romana
MG
Ituiutaba
Cerâmica Maracá
(34) 3268-8596 www.ceramicamaraca.com.br
Romana /Americana /Portuguesa
MG
Ituiutaba
Cerâmica Santorini
(34) 3268-5400 www.santorini.com.br
Portuguesa /Americana / Romana
MG
Ituiutaba
Cerâmica Monte Azul
(34) 3268-5177 [email protected]
Americana
MG
Ituiutaba
Cerâmica União Ituiutaba
(34) 3262-0592 ceramicauniaoituiutaba.com.br
Americana/Portuguesa
MG
Monte Carmelo
Azteca Indústria Cerâmica
(34) 3842-8900 www.incatelha.com.br
Plan /Colonial
MG
Monte Carmelo
Cerâmica Azteca
(34) 3842-8900 www.incatelha.com.br
Americana
MG
Monte Carmelo
Cerâmica
Carmelitana
(34) 3842-2424
[email protected]
Plan Universal /Americana /
Portuguesa /Romana
MG
Monte Carmelo
Cerâmica Cruzado
(34) 3842-1524
[email protected]
Plan Universal /Americana /
Portuguesa /Romana
MG
Monte Carmelo
Cerâmica Mineira
(34) 3842-2688
[email protected]
Plan Universal /Americana
MG
Salinas
Cerâmica União
(38) 3841-1590 /3841-1087
www.ceramicauniao.com.br
Plan /Colonial /Paulista /Planzinha /Portuguesa
/Americana
MG
Sete Lagoas
Cerâmica Setelagoana S A
(31) 3779-8100 www.setelagoana.com.br
Telha Americana Vermelha / Telha America
Branca / Romana
MS
Três Lagoas
Cerâmica MS
(67) 3521-1221 www.ceramicams.com.br
Romana /Portuguesa /Americana
MS
Rio Verde
Ceramitelha
(67) 3292-1769 [email protected]
Romana /Portuguesa
PE
Caruaru
Cerâmica kitambar
(81) 3722-7777 www.kitambar.com.br
Telha Extrudada
QUALIDADE COMPROVADA!
24
Revista da Anicer | nº 88
Consulte a lista atualizada das empresas qualificadas no PSQ nos sites
http://www4.cidades.gov.br/pbqp-h/projetos_simac_psqs.php e
REALIZAÇÃO:
www.anicer.com.br
UF
CIDADE
EMPRESAS QUALIFICADAS
CONTATO
PRODUTOS
PI
Campo Maior
Cerâmica Campo Maior
(86) 3252-3000 [email protected]
Telha Canal
PI
Miguel Alves
Cerâmica Santa Vitória
(86) 3218-6032 [email protected]
PI
Teresina
Telhamar LTDA
(86) 3216-4200 www.ceramicatelhasmafrense.com.br
PI
Teresina
Cerâmica Carajás LTDA
(86) 3211-1401 [email protected]
PR
Pato Bragado
Cerâmica e Madeireira São Luiz
(45) 3282-1223 [email protected]
RJ
Campos de Goytacazes
Cerâmica São José
(22) 2721-1403
[email protected]
Romana /Portuguesa
RJ
Itaboraí
Cerâmica Sul
América - Cerâmica R. J. Nunes
(21) 2635-2581
[email protected]
Romana /Portuguesa
RJ
Tanguá
Cerâmica Marajó
(21) 2747-1207
[email protected]
Romana /Portuguesa
RO
Cacoal
Cerâmica Cena
(69) 3441-6079
[email protected]
Romana
RO
Pimenta Bueno
Cerâmica Romana
(69) 3451-2631 / 3451-8560
[email protected]
Romana
RS
Bom Princípio
Cerâmica João Vogel
(51) 3634-2602
[email protected]
Portuguesa /Americana
SC
Agrolândia
Telhas Hobus
Esmaltados
(47) 3534-4037
[email protected]
Portuguesa
SC
Sombrio
Bella Telha
(48) 3533-9001
[email protected]
Portuguesa
SC
Taió
Cerâmica Taió Ltda
(47) 3562-0507
[email protected]
Telha Germânica
SC
Mafra
Cerâmica Vila Rica Ltda
SC
Sangão
Terracotagres Cerâmica LTDA
SC
Canelinha
Cerâmica Nova Esperança LTDA
(48) 3264-0371 [email protected]
Portuguesa
SC
Sombrio
Cerâmica Cipó LTDA
(48) 3533-9070 [email protected]
Portuguesa
SP
Buritama
Cerâmica Santa Cruz
(18) 3691-1110 [email protected]
Romana / Portuguesa
SP
Conchas
Cerâmica Lopes
SP
Conchas
Cerâmica Argiforte
SP
Itú
Estrutural Blocos e Telhas LTDA
SP
Leme
Top Telha - Maristela Telhas
SP
Panorama
Cerâmica Modelo Ltda-EPP
SP
Santa Cruz da
Conceição
Cerâmica Barrobello Ind. e Comércio
SP
Tambaú
Morandin Produtos Cerâmicos
(47) 3643-0040
[email protected]
(48) 3656-3600
[email protected]
(14) 3845-8000
www.ceramicalopes.com.br
(14) 3845-1212
[email protected]
(11) 4025-7200 [email protected]
(19) 3573-7777
www.toptelha.com.br
(18) 3871-1116
[email protected]
(19) 3567-1533
www.ceramicabarrobello.com.br
(19) 3673-3190
[email protected]
Telha Piauí / Telha Colonial
Americana / Romana / Portuguesa
Telha Canal / Colonial
Telha Francesa / Maselhesa
Portuguesa
Telha Americana/ Terracota
Americana / Portuguesa /Romana
Romana /Portuguesa
Americana/Romana
Mediterrânea /M14
Romana
Portuguesa /Romana
Romana /Portuguesa
QUALIDADE COMPROVADA!
Revista da Anicer | nº 88
25
MAROMBANDO
Cláudio Puty
Deputado Federal
Por Carlos Cruz | Foto: Divulgação PT - Pará
C
láudio Puty foi eleito deputado federal, em 2010, com 120.881 votos na primeira vez que disputou uma
eleição. Na Câmara dos Deputados, é membro da Comissão de Finanças e Tributação, da qual foi pre-
sidente em 2011. Também atuou como membro suplente da Comissão de Defesa do Consumidor (2011) e da
Comissão de Desenvolvimento, Indústria e Comércio (2012). Por sua destacada atuação em seu primeiro ano
na Câmara dos Deputados, foi escolhido membro da Comissão Mista do Orçamento (CMO), sendo dentro dela indicado como relator da Receita Orçamentária. Por iniciativa sua, foi criada a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar os casos de trabalho escravo no Brasil, da qual é presidente. Foi premiado pelo
Congresso em Foco como um dos 50 parlamentares mais atuantes do Congresso Nacional.
Formado em Economia pela Universidade Federal do Pará (UFPA) é professor da instituição
desde 1995. Além disso, cursou mestrado e doutorado em Economia, no Japão e EUA.
Relator do projeto de revisão do Simples Nacional (Projeto de Lei Complementar
221/12) Puty se mostrou sensível à demanda dos ceramistas.
Com a aprovação do Novo Simples Nacional, projeto de Lei
ples Nacional, o que representa cerca de 450 mil novas empresas.
Complementar de sua autoria, o que muda para as micro e pe-
Em terceiro lugar, e aí com uma consequência imediata para o setor,
quenas empresas no país?
o projeto aprovado impede o uso da substituição tributária (modelo
Conseguimos avançar em alguns pontos importantes que já vinham
sendo identificados há algum tempo. Mas três pontos de maior re-
de cobrança diferenciado do ICMS) em centenas de produtos que
impactarão positivamente cerca de 80% das micro e pequenas em-
levância cabem ser apontados. Aprovamos um pacote de desbu-
presas optantes do Simples. Especificamente para o setor de Cerâ-
rocratização com a proposta da criação de um Cadastro Nacional
mica Vermelha, a vantagem é que a cadeia produtiva não poderá ser
Único, que possibilitará a abertura e o fechamento de empresas em
submetida à substituição tributária.
tempo recorde no Brasil; o estabelecimento do princípio de dupla
E para os microempreendedores individuais?
visita não punitiva e orientadora para micro e pequenas empresas
e o tratamento diferenciado nas amplas esferas legislativas e executivas. Os novos setores incluídos no Simples poderão pagar oito
impostos diferentes – seis federais, além do ICMS e do ISS – numa
Novas categorias poderão ingressar no Simples Nacional, como
transporte fluvial de passageiro, advogado e jornalista. Ao todo, 140
atividades econômicas passam a fazer parte e a gozar dos benefícios.
única guia. A segunda importante conquista foi a universalização,
O Sr. retirou do texto do projeto a proposta de reajuste da tabe-
que possibilitará a inclusão de 140 atividades econômicas no Sim-
la de enquadramento no Supersimples. Por quê?
26
Revista da Anicer | nº 88
Não havia condições políticas de aprová-la neste momento. Só po-
que queriam entrar no Simples com a menor carga tributária pos-
deríamos submeter à votação um texto que fosse acordado com as
sível. Trata-se de uma série de interesses que fazem parte do jogo.
principais lideranças partidárias, com os prefeitos, governadores e
com o governo federal. Enfrentamos também uma forte resistência
da Receita Federal, que não nos deixava votar o projeto. Era mui-
O que mais ficou de fora do novo texto e que o Sr. acha que
deveria ter sido incluído?
to importante o reajuste da tabela e o fim do sublimite estadual.
Como eu disse, o sublimite estadual para todas as unidades da fe-
Considerávamos pontos essenciais, mas o governo federal se
deração (atualmente, só dois estados praticam); o reajuste do teto,
comprometeu a apresentar um novo Projeto de Lei contemplan-
que foi corroído pela inflação; e a inclusão de setores como mi-
do todos esses pontos, num prazo de até 90 dias após a sanção
crocervejarias e cachaçarias artesanais, além de outros. Também
da nova redação do Simples Nacional.
precisamos de uma regra de transição mais suave para empresas
Então o tema ainda voltará a ser discutido?
Sim. Estamos aguardando a submissão de um Projeto de Lei pelo
Executivo já nos próximos dias.
O que essa vitória representa?
que aumentam seu faturamento e saem do Simples. Precisamos
revê-las dentro das tabelas. Alguns processos são muito salgados e
traumáticos para as empresas, o que leva à sonegação.
Como o Sr. vê a microempresa no atual cenário econômico brasileiro?
MPEs têm recorrentemente sido as responsáveis pelo saldo po-
Eu considero que as alterações não representam uma ameaça à ar-
sitivo de emprego que nós temos visto atualmente, principal-
recadação do ICMS, que tem crescido bastante nos últimos anos
mente no setor de serviços, e representam 20% do PIB. A grande
devido à formalização do empresariado. Não acredito que o governo
indústria, ao contrário das MPEs e apesar de muito beneficiada
vá sentir tanto. Já para a sociedade, vai mudar muita coisa. Temos
pela atual legislação, está deficitária e tem demitido mais do que
um pacote de medidas que beneficiará grande parte do empresa-
emprega. Precisamos criar um tratamento que reestabeleça a
riado, através de incentivos à desburocratização e da diminuição da
justiça tributária neste país.
carga tributaria. O Simples Nacional é um sucesso enorme.
A proposta de alteração do Simples Nacional é antiga. Por que
só agora ela foi para a pauta do congresso?
O Sr. tem outros projetos voltados para a construção civil ou
para microempresas?
Tenho conversado com a Anicer sobre algumas sugestões e pro-
Na realidade, o Simples foi criado em 1996. A partir de 2006, dez
jetos, principalmente nas áreas de inovação tecnológica, eficiência
anos depois, aprovamos a Lei 123 que criou o Simples Nacional en-
energética e microcrédito. São questões que queremos avançar nos
volvendo todos os impostos. Em 2011, aprovamos uma atualização
próximos anos, aproveitando a vigência de grandes projetos do go-
do Simples, ocasião em que fui relator do projeto. E agora consegui-
verno federal, como o Minha Casa Minha Vida, que inquestionavel-
mos esta outra alteração. As melhorias têm sido progressivas e por
mente representa um grande avanço para o setor.
etapas. Nem todo mundo consegue tudo o que quer de uma só vez.
Este é um processo típico da democracia.
O Sr. falou de resistência por parte da Receita Federal para
aprovação do novo Simples Nacional. Que outras resistências
que o Sr. enfrentou?
O Pará é um dos estados que pratica o sublimite diferenciado
do Simples Nacional. Como esse estado se beneficiará com o
último reajuste?
O Pará se beneficia à medida que novas atividades profissionais
passam a fazer parte do Simples Nacional e da substituição tributá-
Posso dizer que enfrentamos resistências naturais e sadias, fruto
ria. Por aqui, o setor de cerâmica vermelha já tem o ICMS zerado, por
do conflito de interesses de cada setor. Os estados e a União são
conta do benefício do Minha Casa Minha Vida. Por isso é tão impor-
as duas frentes de maior resistência na defesa de suas receitas.
tante que consigamos executar esse reajuste em todos os estados,
Também enfrentamos pressões de diversas categorias industriais
para que todos desfrutem desse importante benefício.
Revista da Anicer | nº 88
27
2014
22 - 26 Setembro 2014 . Rimini . Itália
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Revista da Anicer | nº 88
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24° Salão Internacional de Tecnologia e Equipamentos para a Indústria de Construção e Cerâmica
PROGRAMAÇÃO DO 43º ENCONTRO NACIONAL TRAZ PALESTRANTES DO BRASIL E DO EXTERIOR
QUARTA-FEIRA - 30 DE JULHO
12h às 21h - Expoanicer
– Cerâmica Vermelha (PA), Constantino Frollini Neto –
Cerâmica City (SP) e Luis Lima – Cerâmica Argibem (RJ)
9h – Clínica 1 | “Melhore o seu produto, otimizando
matérias-primas e processos produtivos” – Vagner
Oliveira e Max Piva – Assessoria Técnica da Anicer
11h – Clínica 4 | “Desafios e oportunidades dos produtos
cerâmicos para a construção sustentável” – Roberto Díaz
– AITEMIN (Espanha) e Victor Francisco – CTCV (Portugal)
11h – Clínica 2 | “Melhora da eficiência energética
no processo de fabricação. Fornos mais
econômicos no consumo de energia. Aditivos
energeticamente ativos. Novos processos.” – Jorge
Velasco – AITEMIN (Espanha)
14h – Minicurso 3 | “Desenvolvimento de novos produtos
frente às necessidades do mercado” – Marcos Serafim
– Gerente de Inovação e Design – Centro Cerâmico do
Brasil/CCB
14h – Minicurso 1 | “NR-12: Como atender à norma de
segurança em máquinas e equipamentos.” – Marcus
Vinícius O. Maurício – Especialista em Segurança do
Trabalho – Sesi/RJ
15h30 – Minicurso 2 | “Licenciamento ambiental e
gerenciamento de resíduos” – Moisés Fernandes
– Engenheiro e consultor do projeto Cerâmica
Sustentável é + Vida
17h – Solenidade de abertura, entrega dos certificados
PSQs e Prêmio Jovem Ceramista 2014
30
15h30 – Fórum 1 | “Automação no Brasil e na Europa:
Como aumentar a produtividade e melhorar a
qualidade dos produtos” - Anfamec – Associação
Nacional dos Fabricantes de Máquinas e
Equipamentos (Brasil) e VDMA – Associação Alemanha
Brasil de Fabricantes de Máquinas e Instalações
Industriais – Thomas Ulbrich (Alemanha)
17h - Minicurso 4 | Blocos Cerâmicos para Alvenaria
Estrutural e Racionalizada - Antônio Pimenta - assessor
técnico da Anicer
* Roteiro para elas | Informações com a Dio Viagens: 0800
031 9107
QUINTA-FEIRA - 31 DE JULHO
12h às 21h – Expoanicer
SEXTA-FEIRA - 01 DE AGOSTO
12h às 21h – Expoanicer
9h – Clínica 3 | “Vendas: investimento técnico é um
bom negócio.” – Juan Carlos Germano – Cerâmica
Pauluzzi (RS), Rivanildo Samuel Hardman Junior
9h – Clínica 5 | “Transformando desafios ambientais em
oportunidades” - David Mai Wai Zee, Professor da UERJ,
Engenheiro Civil, Geógrafo e Consultor Técnico
Revista da Anicer | nº 88
11h – Clínica 6 | “Klimabloc-Redbloc: inovação e criatividade
na cerâmica vermelha europeia” - Stefan Renz – Engenheiro
(Áustria)
14h – Minicurso 5 | “A aplicação e o potencial das biomassas
na produção de cerâmica” – Edvaldo Maia e Isac Medeiros –
Assessoria Técnica da Anicer
15h30 – Fórum 2 | “Inteligência do sucesso” - Dr. Jô Furlan –
Médico, escritor e professor
De 30 de julho a
02 de agosto de 2014
Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia
www.anicer.com.br/encontro43
SÁBADO- 02 DE AGOSTO
07h30 – Visitas Técnicas | Cerâmica Vermelha e Cerâmica Barreira
17h30 – Horário previsto para retorno aos hotéis oficiais
20h30 – Solenidade de Encerramento | Prêmio João-de-Barro 2014
| Show de Gaby Amarantos
A cantora Gaby Amarantos
nascida e criada na
periferia de Belém, será
a grande atração da
festa de encerramento
com sua brasilidade e
figurino exuberante. No
repertório, hits como
“Xirley” e “Ex my love”,
além de um passeio
vasto pela música
brasileira imprimindo
seu estilo a hits de outros
artistas e gêneros como o
pop, o samba, o sertanejo
e o axé music.
Revista da Anicer | nº 88
31
ARTIGO TÉCNICO - 1º LUGAR UNIVERSITÁRIO
Obtenção de um compósito cerãmica-Polímero
para a produção de telhas cerâmicas com a
eliminação da etapa de queima
Autor: Fábio Rosso | Orientadora: Karina Donadel
Instituição de vínculo: Centro Universitário Barriga Verde - UNIBAVE. Curso de Engenharia Cerâmica.
E-mail: [email protected]
RESUMO: O uso de resíduos na produção de cerâmica vermelha tem se tornado uma alternativa bastante viável, pois reduz os impactos
ambientais, proporciona uma redução nos custos finais de produção e muitas vezes contribuem para a fabricação de produtos com
características diferenciadas. Diante desse cenário, torna-se importante a pesquisa de novas tecnologias para que os resíduos gerados
possam ser utilizados de maneira racional. Este trabalho tem como objetivo o reaproveitamento de quebras cerâmicas, para o estudo
de um compósito cerâmica-polímero, no desenvolvimento de telhas cerâmicas com a eliminação da etapa de queima. Para isso, foram
preparadas diferentes formulações com as quebras cerâmicas e três tipos de polímeros. O resíduo cerâmico foi caracterizado por meio
de análise granulométrica, DRX e FRX. As formulações foram misturadas termicamente, e depositadas em formas metálicas, onde foram
obtidos os corpos de prova. As propriedades físicas estudadas foram absorção de água e resistência mecânica à flexão.
PALAVRAS-CHAVE: telha cerâmica, compósito cerâmica-polímero, resíduos.
INTRODUÇÃO
Frente o modelo econômico de desenvolvimento sustentável não há espaço para o conceito de que os recursos naturais e os locais de
deposição de resíduos são abundantes. Cada vez mais fica evidente a importância da pesquisa para o desenvolvimento de novas tecnologias que possam utilizar de maneira racional os resíduos gerados pelas indústrias. As pesquisas voltadas à reciclagem e/ou reutilização
dos resíduos industriais representam uma alternativa capaz de contribuir para a utilização de matérias-primas alternativas, diminuindo os
custos finais de produção, além de estar contribuindo para a preservação do meio ambiente (1,2).
Uma construção sustentável baseia-se na redução dos resíduos por meio do desenvolvimento de tecnologias limpas, pelo uso de materiais
recicláveis ou reutilizáveis, pelo uso dos resíduos como materiais secundários e pela coleta e deposição inerte(3).
A indústria de cerâmica vermelha se destaca na reciclagem de resíduos sólidos industriais e urbanos, pois utiliza matérias-primas de natureza heterogênea com diversas composições e características físico-químicas, além de possuir elevado volume de produção, possibilitando
o consumo de grandes quantidades de resíduos sólidos. Além disso, é um dos poucos setores industriais capazes de obter vantagens no
seu processo produtivo com a utilização de resíduos, como economia de matérias-primas de elevada qualidade; redução no consumo de
energia, diversificação da oferta de matérias-primas e redução de custos(4).
Ainda que resíduos cerâmicos sejam classificados como inertes, não há estudos sobre sua solubilidade. Resíduos de componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimentos, etc.) são classificados pela Resolução do CONAMA nº 431/2011(5) como de Classe
A, e pela NBR 10.004/2004(6) como Classe II B – inertes e não perigosos.
Estimativas indicam que o setor de cerâmica vermelha produziu, em 2010, 84,8 bilhões de peças/ano, correspondendo a 70% (59,4 bilhões)
de blocos e tijolos e 30% (25,4 bilhões) de telhas(7). Para o estado de Santa Catarina, de acordo com os dados do Instituto Nacional de
Tecnologia (2012), a estimativa foi de 80% blocos e tijolos e 20% telhas(8). Devido à elevada produção de peças (tijolos, blocos, telhas, etc.)
e também a grande quantidade de indústrias de cerâmica vermelha na região de SC, a quantidade de resíduos gerados no processo de
produção também é elevada. A quantidade de resíduo gerado nas indústrias da região de Morro da Fumaça - SC é de aproximadamente 5%
da produção total(3).
Diante do exposto, torna-se indispensável o desenvolvimento de uma tecnologia ecológica e economicamente viável, para que o setor da
cerâmica vermelha deixe de ser considerado um grande gerador de resíduo, e insira em seu quadro econômico um produto inovador e de
grande apelo ecológico.
32
Revista da Anicer | nº 88
As telhas cerâmicas representam um grande percentual de indústrias em todo o país e são utilizadas como componentes para coberturas e
são empregadas praticamente em todas as regiões do país. O processo atual de produção de telhas cerâmicas envolve desde a preparação
da massa, conformação, secagem e queima. O processo de queima é umas das etapas mais caras para o processo de fabricação de telhas
cerâmicas, além do grande consumo de combustíveis e da geração de gases poluentes para atmosfera.
Com esse intuito e em função destas necessidades, este trabalho propõe o reaproveitamento de quebras cerâmicas (resíduo de cerâmica
vermelha) para o estudo de um compósito cerâmica-polímero para o desenvolvimento de telhas cerâmicas com a eliminação da etapa
de queima. A proposta foi formar um material sem alteração nas propriedades físicas dos materiais utilizados e sim uma alteração nas
propriedades mecânicas do compósito formado. Além de proporcionar uma redução no consumo de combustíveis e redução da poluição
atmosférica gerada pelos gases liberados na queima. Para que a telha adquira uma resistência mecânica ideal para seu uso foram testados
diferentes polímeros.
Baseando-se na estrutura dos compósitos, que possuem em sua estrutura duas ou mais classes de materiais, sendo o componente estrutural uma base descontínua que fornece resistência aos esforços, e o componente matricial que é uma base contínua que da a transferência
desses esforços(9). Para isso, foram elaboradas formulações com os resíduos cerâmicos e os polímeros em condições que fosse possível
analisar as diferentes possibilidades para a formação dos compósitos com as melhores propriedades.
A cerâmica, devido à sua alta resistência à compressão, foi utilizada neste estudo como componente estrutural. Este pode ser um material
inorgânico metálico ou cerâmico de forma regular ou irregular(9). Como componente matricial, é quase sempre utilizado um polímero orgânico(9), com finalidade de manter a orientação do componente estrutural, protegê-lo de danos superficiais e fazer a ligação física entre
as partes. Para este estudo foram escolhidos os polímeros com base nas informações da Tabela 1.
Tabela 1. Polímeros e suas propriedades(9)
POLÍMEROSPROPRIEDADES
Polipropileno
Alta resistência química, termoplástico, menor custo e possibilidade de reciclagem
Poliestireno
Rigidez semelhante ao vidro, termo plástico, possibilidade de reciclagem
Poli (tereftalato de etileno)
Alta resistência mecânica térmica e química, termo plástico, possibilidade de reciclagem
MATERIAIS E MÉTODOS
Este trabalho foi desenvolvido em parceria com o Laboratório Técnico de Cerâmica Vermelha (LABCER), localizado na sede do Sindicato das
Indústrias de Cerâmica Vermelha (SINDICER) que está situado no município de Morro da Fumaça - SC.
O resíduo cerâmico (quebras cerâmicas) utilizado foi obtido a partir de blocos estruturais quebrados. Este resíduo foi fornecido pela Cerâmica Zaccaron da região de Morro da Fumaça - SC. As quebras cerâmicas foram submetidas à moagem em um moinho de martelos. A
análise granulométrica das partículas foi realizada através de um conjunto de peneiras, contendo as malhas 40, 80, 150, 250 e 325 mesh.
Para a análise de possíveis sais solúveis e ou componentes do resíduo de cerâmica vermelha, que pudessem de qualquer forma interagir
de maneira negativa com o polímero foi realizada a análise por Espectrometria de Fluorescência de Raios X (FRX) (marca Philips e modelo
PW 2400). E para a verificação das fases cristalinas foi feita a análise por Difração de Raios-X (DifratômetroBruker - D8).
O resíduo de politereftalato de etileno (PET) foi fornecido pela empresa Ebrap localizada no município de Urussanga. O polipropileno (PP)
e o poliestireno (PS) foram adquiridos comercialmente, sendo o PS da fabricante Innova e o PP da fabricante Braskem, ambos no formato
granular. A Tabela 2 apresenta as propriedades mecânicas do PP e do PS obtidas através dos dados dos fabricantes.
Tabela 2. Propriedades mecânicas dos polímeros PP e PS
Polímeros
PropriedadesPS PP
Resistência à tração de ruptura
37 MPa 50 MPa
Módulo elástico por tração
1900 MPa
3250 Mpa
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33
Resistência ao impacto IZOD
30 J/m 23 J/m
Temperatura deflexão térmica 1,8 MPa
Densidade
1,05 g/cm³
84 °C
62 °C
0,91 g/cm³
As formulações foram preparadas utilizando o resíduo cerâmico e quatro percentuais de cada polímero estudado, conforme mostra a
Tabela 3. Em seguida, as formulações, foram submetidas a um tratamento térmico, para a termofusão dos polímeros, sob agitação para
a mistura do componente estrutural e matricial. A temperatura de trabalho também está apresentada na Tabela 3. Posteriormente, foram
preparados os corpos de prova através da deposição da massa plástica dentro de matrizes metálicas com formato 20 x 90 x 10 mm, sendo
que o resfriamento do composto fundido foi natural.
Tabela 3. Formulações realizadas.
Formulações (%)
MaterialA
B
Resíduo Cerâmico
C
D
E
F
G
60,060,060,060,060,060,060,0
PET40,020,020,013,3 PP 20,0 13,320,040,0
PS
13,3
20,0
20,0
40,0
Temperatura 280°C270°C280°C285°C240°C210°C245°C
Como parâmetros de comparação foram analisados três tipos de telhas comercias, de diferentes fabricantes, telha esmaltada (TE), telha
natural branca (TB) e a telha natural vermelha (TV). Estas foram cortadas, com disco de corte diamantado, nas mesmas medidas dos corpos de prova. Para a avaliação da qualidade das formulações e das telhas comerciais, foram realizados os ensaios de absorção de água e
resistência mecânica à flexão pelo método de três pontos.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A Tabela 4 mostra a análise química feita por FRX das quebras cerâmicas (resíduo de cerâmica vermelha). Pode-se observar a presença em
maiores concentrações dos óxidos de sílica (SiO2) aproximadamente 72,92% e Alumina (Al2O3) aproximadamente 16,82%, correspondendo
juntas aproximadamente 90% do total. A análise da composição química do resíduo de cerâmica (quebras) não apresentou a presença de
qualquer substância estranha que pudesse interferir no processo da formação do compósito.
Tabela 4. Análise química das quebras cerâmicas.
Resíduo de Cerâmica Vermelha
Elementos
Teor (%)
SiO272,92
Al2O316,82
CaO0,17
Fe2O35,02
K2O1,58
MgO0,49
Na2O0,28
34
Revista da Anicer | nº 88
P2O50,06
TiO21
BaO0,17
Perda ao fogo
1,45
A Figura 1 mostra os resultados da análise das fases cristalinas obtido por difração de raios X (DRX) das quebras cerâmicas. Pode-se
observar a predominância de quartzo e caulinita, com maiores picos. Porém, verificou-se a presença, em maior escala, de quartzo (SiO2).
Figura 1. Análise mineralógica das quebras cerâmicas.
Para que ocorra a formação de um compósito é necessária a interação
entre os materiais (cerâmica e polímero), proporcionado a transferência
de esforços mecânicos. A partir das análises de FRX e DRX, pode-se
perceber a presença em grande quantidade de SiO2, o que provavelmente pode facilitar na interação com os polímeros devido às propriedades ácidas deste óxido e desta forma, proporcionar uma melhoria na
resistência mecânica dos compósitos formados. De acordo com Mano
(1991), as propriedades dos polímeros podem ser facilmente alteradas,
quando tratados termicamente, caso o meio no qual estiver exposto
possuir alto teor de materiais alcalinos, ácidos, oxidantes e sais(9).
O estudo apresentado também teve como objetivo reduzir custos energéticos, sendo a moagem um influenciador neste custo. Para isso, atentou-se para a não
necessidade da alta redução do tamanho das partículas. A Figura 2 mostra a distribuição de
partículas, para as quebras cerâmicas, realizada através do conjunto de peneiras. Pode-se
observar que os tamanhos das partículas estão 53% acima da #325 mesh e desses, 41%
acima da #150 mesh. Sendo um componente estrutural, essa granulometria também proporciona um aumento da resistência mecânica à flexão.
Figura 2. Distribuição do tamanho de partículas das quebras cerâmicas.
A Figura 3 apresenta os dados de absorção de água para os compósitos obtidos. Pode-se
observar que os valores encontrados, para a absorção de água, dos compósitos testados ficaram abaixo de 3% sendo que algumas formulações apresentaram valores abaixo de 0,4% (Figura 3), sendo esses valores bem abaixo das telhas comerciais testadas, onde valores
estão na faixa de 12,91 à 15,54%. A baixa absorção de água favorece a impermeabilidade e a alta resistência ao gelo. Os valores obtidos
estão dentro dos padrões da ABNT NBR 15310(10). A absorção de água para telhas tem que ser menor que 20%, não tendo limite inferior.
A absorção de água baixa é importante em regiões que possuem climas de baixa temperatura, devido ao congelamento da água, sendo que
a característica de baixa absorção pode ser um diferencial para a exportação de telhas à países que necessitam dessas características.
Figura 3. Absorção de água das formulações.
Um dos ensaios mecânicos mais utilizados para a caracterização de compósitos
é o ensaio de flexão de três ponto. Na Figura 4 é possível avaliar a resistência mecânica à flexão a três pontos dos compósitos formulados. Pode-se observar que
as formulações (C, D, E e G) que possuem poliestireno (PS) ficaram com valores
abaixo das que possuem PET (A,B,C e D) e PP (B,D,E e F), sendo que as formulações
com PET, PP ou os dois juntos obtiveram valores que compreenderam a faixa de
227 a 266 MPa. Comparando os resultados de resistência mecânica à flexão das
formulações realizadas com as das telhas comerciais, que ficaram na faixa de 92
a 153 MPa, é visível que o material testado possui valores de resistência mecânica
à flexão superior, chegando à faixa de resistência três vezes superior.
Estes resultados, provavelmente, estão relacionados a interação entre a cerâmica e o polímero como discutido anteriormente nas análises
Revista da Anicer | nº 88
35
de FRX e DRX. As transferências de tensões entre o polímero e a cerâmica ocorrem na interface, que assume um papel decisivo nas propriedades mecânicas do compósito final, de forma que uma boa aderência entre
estes materiais resulta em boas propriedades mecânicas.
É importante salientar que além da avaliação das propriedades tecnológicas dos
compósitos, este estudo também levou em consideração o fator ambiental, pois
a preparação dos compósitos foi realizada sem a etapa de queima o que pode
proporcionar uma redução no consumo de combustíveis e também redução na
emissão de poluentes atmosféricos gerados no processo de queima, além do
reaproveitamento dos resíduos de cerâmica vermelha e de polímero.
Figura 4. Resistência mecânica à flexão das formulações.
CONCLUSÕES
Através deste estudo pode-se concluir que, a utilização de quebras cerâmicas (resíduo de cerâmica vermelha) como componente estrutural
e polímero como componente matricial forma um compósito de alta resistência mecânica à flexão, e baixa absorção de água, que quando
comparado com telhas comerciais chega a ser três vezes mais resistente. Com esses valores, verifica-se a possibilidade de produzir telhas
cerâmicas com espessuras menores, com área de cobertura maior e mais leve que as convencionais, obtendo-se redução no custo de frete,
e estrutura para cobertura.
Além das características técnicas, outro ponto de grande relevância é a questão ecológica, pois as formulações foram feitas com resíduo
de cerâmica vermelha e polímeros recicláveis. Além disso, foi eliminada a etapa de queima, reduzindo consideravelmente os custos com
energia térmica e minimizando a emissão de gases poluentes.
REFERÊNCIAS
1.
BARROS, H. C. Fabricação de tijolos prensados com agregados reciclados de Telhas cerâmicas, cimento portland e cinza de casca de arroz. 2012, 122p.
Dissertação (mestrado em Engenharia de Edificações e Ambiental) - Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá, Mato Grosso do Sul.
2.
LUCAS, D.& BENATTI, C.T.Utilização de Resíduos Industriais para a Produção de Artefatos Cimentícios e Argilosos Empregados na Construção Civil.
Revista em Agronegócios e Meio Ambiente, v. 1, 2008, p. 405-418.
3.
REDIVO, I. M. Utilização de resíduo de cerâmica vermelha em misturas com solo para construção de camadas de pavimentos com baixo volume de
tráfego. 2011, 160p. Tese (Mestrado em Engenharia Civil) - Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Santa Catarina.
4.
MENEZES, R. R.; NEVES, G. A.; FERREIRA, H.C. O estado da arte sobre o uso de resíduo como matérias – primas cerâmicas. Revista Brasileira de Enge-
nharia Agrícola e Ambiental, v.6, n.2, p.303-313, 2002.
5.
CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (CONAMA). Resolução n. 431, de 24 de maio de 2011.
6.
NBR 10.004/1987: resíduos sólidos, classificação. Rio de Janeiro, 1987.
7.
ANUÁRIO ESTATÍSTICO 2010. Setor de Transformação de Não Metálicos. Ministério de Minas e Energia – MME.
8.
INSTITUTO NACIONAL DE TECNOLOGIA. Panorama da indústria Cerâmica no Brasil, Rio de Janeiro, 2012.
9.
MANO, E. B., Polímeros como materiais de engenharia. São Paulo: Blucher, 1991.
10.
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 15310. Rio de Janeiro, ABNT 2004.
*
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ARTIGO TÉCNICO - 1º LUGAR TÉCNICO
Seu tijolo está manchado? conheça a
influência do cimento sobre a formação da
eflorescência
Autor: Eduardo dos Santos
Orientadora: Antônia Patrícia de Queiroz
Instituição de vínculo: Escola SENAI Mario Amato
E-mail: [email protected]
RESUMO: A proposta desse trabalho é demonstrar que o problema de eflorescência não é decorrente apenas de formulações e de produtos cerâmicos com teores elevados de sais solúveis, e que o problema pode vir de uma fonte externa utilizada como objeto de estudo
para este trabalho: o cimento usado no assentamento dos blocos na construção civil. Devido à eflorescência ser visivelmente nítida em
produtos cerâmicos por causa da sua coloração avermelhada em contraste com as manchas esbranquiçadas desta patologia, após o
surgimento deste defeito, o consumidor sem conhecimento técnico, identificará este como sendo um problema exclusivo da indústria
cerâmica, desconsiderando outros fatores, como a interação da mistura do cimento com o material cerâmico. Este possível equívoco
acarretará para a indústria cerâmica desde a devolução dos produtos por parte dos consumidores, até a insatisfação e a perda de credibilidade no mercado quanto à qualidade de seus produtos, por motivos estéticos e em casos mais severos por trincas e/ou quebra
dos tijolos, devido à baixa resistência mecânica que a eflorescência pode ocasionar. Neste trabalho será demonstrado através de um
teste simples realizado em laboratório, que é possível identificar quando a origem da eflorescência está correlacionada aos sais solúveis
provenientes do cimento.
PALAVRAS-CHAVE: Eflorescência, Cerâmica, Cimento.
INTRODUÇÃO
A eflorescência é caracterizada pelo surgimento de machas esbranquiçadas na superfície de produtos cerâmicos, formadas à partir de depósitos de sais solúveis que migram para as paredes destes produtos através da sua solubilização em água. Este problema pode diminuir
a resistência mecânica do produto, além de diversos prejuízos também relacionados à estética do mesmo.
A eflorescência se forma de acordo com as seguintes etapas:
•
Os sais se solubilizam em contato com a água que pode ser proveniente da mistura da massa cerâmica ou de fatores externos,
como a mistura do cimento utilizado para assentamento, ou até mesmo de umidade a qual o produto é exposto após sua aplicação;
•
A água presente na massa do produto cerâmico evapora, “carregando” estes sais para a superfície do corpo cerâmico onde se
cristalizam, ficando visíveis e formando a eflorescência.
Segundo Verduch & Solana (1999), as eflorescências mais comuns nos produtos cerâmicos são as provocadas por sais solúveis, como
carbonatos, sulfatos, cloretos e nitratos que contenham os cátions de metais alcalinos e alcalinos terrosos, como Na+, K+, Ca2+ e Mg2+.
O objetivo deste trabalho é demonstrar que a eflorescência não é um problema exclusivo da
indústria de cerâmica vermelha, pois podem se formar depósitos de sais solúveis através da
migração destes originados das massas preparadas para assentar os blocos na construção
civil. Através da própria mistura do cimento ou concreto, é possível visualizar a migração
dos sais solúveis para o tijolo devido à solução composta da própria mistura do cimento,
levando assim à formação da eflorescência mesmo que a composição do tijolo seja isenta
de sais solúveis, como visto na figura 1:
Figura 1: Parede com formação de eflorescência
Diante do exposto, torna-se indispensável o desenvolvimento de uma tecnologia ecológica
e economicamente viável, para que o setor da cerâmica vermelha deixe de ser considerado um grande gerador de resíduo, e insira em seu
quadro econômico um produto inovador e de grande apelo ecológico.
Revista da Anicer | nº 88
37
Para demonstrar a influência do surgimento de eflorescência provocada através de cimentos com alto teor de sais solúveis em paredes,
foi realizado um teste com o objetivo de simular o efeito intempérico da umidade em exposição à radiação (aquecimento) na superfície
exposta, de uma forma simples que pode facilmente ser executada em indústrias do setor.
Na tabela 1, são indicadas as fontes prováveis dos sais solúveis que dão origem a eflorescência incluindo a ação do cimento:
Tabela 1: Sais comuns em eflorescência
Composição Química
Solubilidade em Água
Carbonato de cálcio
Pouco solúvel
Carbonatação do hidróxido de cálcio do cimento; Cal não carbonatada.
Carbonato de magnésio Pouco solúvel
Carbonatação do hidróxido de cálcio do cimento; Cal não carbonatada.
Carbonato de potássio
Muito solúvel
Carbonatação de hidróxidos alcalinos de cimentos de elevado teor de álcalis.
Carbonato de sódio
Muito solúvel
Carbonatação de hidróxidos alcalinos de cimentos de elevado teor de álcalis.
Hidróxido de cálcio
Solúvel Cal liberada na hidratação do cimento.
Sulfato de potássio
Muito solúvel
Sulfato de sódio Muito solúvel
Fonte Provável
Tijolo água de amassamento e cimento.
Tijolo água de amassamento e cimento.
Fonte: (BAUER, 2001)
MATERIAIS E MÉTODOS
Para este estudo foram utilizados tijolinhos (6,5cm x 6,0cm x 3,5cm), que foram confeccionados com uma argila da região de Itu, e esta
argila foi escolhida como objeto de estudo por não ter apresentado problemas relacionados à formação de eflorescência.
Na primeira etapa deste estudo, os tijolinhos foram capeados com cimento Portland tipo CPII, que apresentava teor de sais solúveis suficiente para a formação da eflorescência.
A proposta do ensaio aplicado foi de construir paredes assentadas com cimento Portland (CPII), e simular as ações naturais às quais uma
parede é exposta. Para isso, a parede foi construída com oito tijolos assentados com 5 mm de espessura de cimento entre eles, aguardando-se o tempo de cura do cimento.
A parede foi parcialmente imersa em uma badeja com água deionizada (sem submergi-la totalmente, apenas 4 mm da base inferior dos
tijolos) para simular o processo de intemperismo causado pela umidade, e esta foi exposta a luz de uma lâmpada de infravermelho para
simular o aquecimento, onde a temperatura incidente sobre os tijolos foi de aproximadamente 38°C, com isso ocorreu à evaporação da
água migrada para a superfície dos tijolos, e a cristalização dos sais solúveis, durante um tempo de exposição de aproximadamente 96
horas dentro destas condições.
A figura 2 representa a simulação do teste realizado em laboratório.
Figura 2: Simulação de intemperismo em teste com tijolos.
Este teste foi simplificado, quanto à preparação dos tijolos para a sua execução, onde foram capeados individualmente 12
tijolinhos com espessura de 5 mm de cimento em todas as paredes externas do tijolo, como visto na figura 3:
Figura 3: Tijolo capeado individualmente
Para garantir a confirmação de que a eflorescência ocorreu devido à ação do cimento, o mesmo
teste foi realizado em tijolos sem cimento, para possibilitar a comparação entre os efeitos deste
teste em ambos os casos.
Além deste teste, para confirmar e identificar os tipos de sais solúveis responsáveis pelo surgimento da eflorescência, também foram realizados paralelamente os seguintes ensaios e análises:
•
38
Análises químicas por espectrometria de fluorescência de raios x no cimento e na massa dos tijolos;
Revista da Anicer | nº 88
•
Análise química de sais solúveis no cimento, realizada através das técnicas de gravimetria, titrimetria e fotometria de chama;
•
Análise química semiquantitativa realizada através da espectrometria de fluorescência de raios x no sal cristalizado na superfície
dos tijolos após a realização do teste em lâmpada de infravermelho;
•
Microscopia eletrônica de varredura (MEV) e espectroscopia dispersiva de energia (EDS) dos tijolos com o sal cristalizado na su-
perfície, após a realização do teste em lâmpada de infravermelho;
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Á partir dos resultados dos testes, análises e ensaios realizados durante a execução deste trabalho, foi possível evidenciar que o cimento
teve ação única sobre a formação da eflorescência nos tijolos.
As análises químicas do cimento e da massa da composição do tijolo são apresentadas na tabela 2:
Ensaio (%)
P.F.
SiO2
Al2O3 Fe2O3 TiO2
CaO
MgO
Na2O
K2O
Cl
P2O5
SO3
Cimento
6,3817,99
4,192,610,1457,41
5,56--- 0,810,090,103,74
Massa do Tijolo
1,9068,17
17,77,600,940,560,76--- 2,12--- 0,16---Tabela 2: Análises Químicas do Tijolo e do Cimento
Sobre a comparação entre a composição química do tijolo (basicamente formada de silicato de alumínio) em comparação com a composição química do cimento (basicamente um silicato tricálcico), destaca-se o teor de sulfato encontrado no cimento, o que corresponde à
quase 4% de sua composição, e indica a presença de sulfatos solúveis neste material, um dos sais formadores da eflorescência.
A análise química de sais solúveis do cimento é apresentada na tabela 3:
ENSAIOS
RESULTADOS (%)
SAIS TOTAIS
7,15
SULFATOS (SO4)-2
METODOLOGIAS UTILIZADAS
Gravimetria
0,45
Gravimetria
CLORETOS 0,01Titrimetria
SÓDIO (Na+)
0,01
Fotometria de Chama
POTÁSSIO (K+) 0,65
Fotometria de Chama
Tabela 3: Análise química de sais solúveis do cimento
A análise de sais solúveis do cimento mostra além de um alto teor de sais totais, uma concentração considerável de sulfatos e do íon potássio, o que indica que a eflorescência, neste caso, pode ser derivada basicamente de sulfato de potássio (além de outros sais solúveis)
presente no cimento, que como indicado na tabela 1, referente às principais fontes de sais solúveis que contribuem para a formação de
eflorescência pode surgir tanto do tijolo, da água de amassamento quanto do próprio cimento.
Segundo (Budavaris, O’neil, Smith, & Helcklman, 1989), um grama de sulfato de potássio dissolve-se em 8,3 ml de água à temperatura ambiente, o que indica que este é um sal de alta solubilidade em água, e potencialmente favorável a formação de eflorescência.
Após a realização do teste simulando intemperismo a partir da ação de umidade e temperatura, foi constatado o depósito de sais na superfície dos tijolos expostos à radiação da lâmpada, como verificado na figura 4:
Figura 4. Tijolos após teste com lâmpada de infravermelho.
(A)
Tijolos imersos em água com aquecimento.
(B)
Imagem aproximada de sais cristalizados na superfície do tijolo.
Revista da Anicer | nº 88
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Além do depósito de sais na superfície dos tijolos submetidos ao teste, também foi possível visualizar este mesmo aspecto esbranquiçado
na superfície do cimento utilizado para capeamento dos mesmos, como pode ser visto na figura 5.
Figura 5: Cimento com sais cristalizados na superfície
Os tijolos cerâmicos também foram submetidos ao mesmo procedimento de teste na lâmpada de infravermelho sem o capeamento com o cimento, e a figura 6 ilustra o resultado obtido, que demonstra que não
houve a formação de eflorescência, e que esta foi formada exclusivamente por conta do cimento utilizado
para capeamento no teste anterior, indicando que neste caso, houve a migração da água por toda a superfície dos tijolos, e não foram formandos os depósitos salinos, o que confirma que a massa utilizada para
confecção dos tijolos para o teste é isenta de sais solúveis.
Figura 6: Tijolos imersos em água e irradiados com lâmpada de infravermelho.
A analise química apresentada na tabela 4, realizada no sal cristalizado na superfície dos tijolos, indicou
teores elevados de sulfatos e de potássio, reforçando os resultados das tabelas 2 e 3, e confirmando que a
formação da eflorescência tem como causa principal o sulfato de potássio do cimento.
EnsaioSO3
K2O
MgO SiO2 CaO
Al2O3 Fe2O3
Resultado
43,36 % 35,97 % 7,87 % 6,06 % 2,72 % 2,20 % 0,78 %
Tabela 4: Análise química do sal cristalizado na superfície dos tijolos
Nas imagens de MEV representadas na figura 7 do sal depositado na superfície dos tijolos,
é demonstrada a concentração dos elementos dispersos no material analisado. O espectro
de EDS representado na figura 8 mostra picos dos elementos encontrados na composição
química desta amostra.
Figura 7: Imagens de MEV (Microscopia Eletrônica de Varredura) da superfície do tijolo com sais
cristalizados.
(A) Concentração de K na superfície do tijolo
(B) Concentração de S na superfície do tijolo
(C) Concentração de O na superfície do tijolo
(D)
Concentração de Mg na superfície do tijolo
(E)
Concentração de Si na superfície do tijolo
(F)
Concentração de Al na superfície do tijolo
Figura 8: EDS da superfície do tijolo com sais cristalizados na superfície
A partir das análises de MEV e EDS, confirma-se a alta concentração dos elementos K, O, e S dispersos na superfície do tijolo com sais cristalizados na superfície, onde o restante dos elementos são provenientes da formulação do tijolo utilizado como base, o que confirma mais
uma vez as informações mostradas nas tabelas 2, 3 e 4, de que a formação de eflorescência neste caso pode ser proveniente do sulfato
de potássio decorrente do cimento.
CONCLUSÃO
Com base nas informações apresentadas neste trabalho, pode-se concluir que, o cimento usado na construção civil, em alguns casos pode
ser o grande vilão se tratando de eflorescência, devido aos seguintes motivos:

Nos ensaios acima foi mostrado que os tijolos usados como amostra apresentavam ausência de sais solúveis.

A formulação básica do cimento apresenta em sua constituição sais solúveis tais como carbonatos e sulfatos.
40
Revista da Anicer | nº 88
Os tijolos que foram submetidos ao teste (simulando a ação de umidade e temperatura sobre o material) não apresentaram formação de eflorescência.
Os tijolos capeados com cimento que foram submetidos ao teste (simulando a ação
de umidade e temperatura sobre o material) apresentaram formação de eflorescência.
(37)3231-5800 e (37)9995-5803
• CORDOALHAS E ARAMES PARA CORTE
Nas analises realizadas (química, sais solúveis, MEV e EDS), foi constatado um alto
teor de sulfato de potássio.
O teste de simulação de intemperismo a partir da ação da umidade e temperatura,
utilizado neste trabalho pode ser facilmente aplicado em indústrias do segmento de
cerâmica vermelha, devido ao seu baixo custo, rapidez e fácil execução.
As análises complementares para a confirmação dos resultados e caracterização
dos materiais podem ser avaliadas juntamente com este teste, para uma confirmação mais precisa de seus resultados.
• CARIMBOS PARA MARCAÇÃO DE TIJOLOS,
TELHAS E DATADORES
AGRADECIMENTOS
À Escola SENAI Mario Amato por possibilitar o desenvolvimento deste trabalho, à
direção, coordenação técnica e funcionários dos laboratórios de prestação de serviços da rede SENAI-SP pelo apoio e pelo fornecimento de algumas análises e ensaios apresentados neste trabalho e, em especial aos alunos do curso técnico em
cerâmica Rodrigo Rubia Cronhal, Lucas Lica Miguellone e Diego de Jesus pela ajuda
durante a execução deste trabalho.
REFERÊNCIAS
• FELTRO (CAPA DOS ROLETES) PARA CORTADORES
• CARACOL PARA MAROMBA
BAUER, L. A., Materiais de Construção. Rio de Janeiro: LTC, 2001.
Budavaris, S., O’neil, M. J., Smith, A., & Heckelman, P. E., The Merck Index Eleventh Edition. Centennial
Edition, 1989.
Moreno, M. M. T., Et. Al., Formação de Eflorescência em Materiais de Construção, Revista de Geologia, Fortaleza, 2010, v. 23, n. 22, 163- 170p.
Rincon, J. M., & Romero, M., Prevencion y Eliminacion de Eflorescencias en la Restauracion de Ladrillos de Construccion. 2001.
• LONA DE SECAGEM E PERFIL MOLA
Silva, I. T. S., Identificação Dos Fatores Que Provocam Eflorescência Nas Construções Em Angicos/
Rn, Angicos, 2011.
Verduch, A. G., & Solana, V. S., Velos, florescencias y manchas en obras de ladrillo. Madri: Faenza
Editrice Ibérica, 1999.
A responsabilidade pelo conteúdo dos artigos é da inteira responsabilidade
de seus autores.
*
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Revista da Anicer | nº 88 41
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TENDÊNCIA DE MERCADO
Estudantes criam telha
que purifica o ar
Acessível, a solução pode reduzir a concentração de óxidos de nitrogênio em até 97%
Por Carlos Cruz | Foto: Manuela Souza
42
Revista da Anicer | nº 88
Q
ue os filtros de barro são os mais indicados para purificar a água, isso o mundo inteiro já sabe. Uma pesquisa norte-americana mostra que os filtros à vela, aquelas câmaras de filtragem de cerâmica, são muito eficazes na retenção de cloro,
pesticidas, ferro, alumínio, chumbo (95% de retenção) e ainda retém 99% de Criptosporidiose, um parasita causador de doenças.
Em outras palavras, o sistema básico de filtragem de água, mais utilizado pelos brasileiros antigamente, é um dos mais eficientes
do mundo. Agora, que filtros de barro são capazes de purificar o ar dos arredores, é uma novidade anunciada por estudantes da
Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos.
Em testes laboratoriais, peças de barro revestidas com dióxido de titânio, um composto comumente encontrado em produtos
industrializados, reduziram a concentração de óxidos de nitrogênio em até 97%.
Ativado pela incidência de luz, o componente químico derivado do titânio quebra a cadeia de óxidos de nitrogênio, importantes
poluentes atmosféricos, emitidos tipicamente por motores de combustão interna, fornos, caldeiras, estufas, incineradores e indústrias químicas.
Para testar a eficácia das telhas, uma câmara que reproduz o ambiente atmosférico foi construída a partir de elementos de madeira, PVC e Teflon e, então, conectada a uma fonte de poluentes. De acordo com o grupo de alunos norte-americanos, o custo
para revestir o telhado de uma residência de médio porte com a solução seria de apenas cinco dólares.
Se um milhão de telhados fossem cobertos com dióxido de titânio, 21 toneladas de óxidos de nitrogênio seriam eliminados da
atmosfera todos os dias, afirma a equipe.
Os pesquisadores apostam que os telhados purificadores serão a próxima tendência em um mercado cada vez mais consciente
e eco-sustentável.
Revista da Anicer | nº 88
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METRO QUADRADO
Guilherme Paoliello
Foto: Guilherme Paoliello – Divulgação
A
rquiteto e urbanista formado pela FAUUSP em 1979. Já realizou projetos em diversas áreas pertinentes à profissão: urbaniza-
ções, edificações, reformas e recuperações, interiores, mobiliário, paisagismo, cenários, instalações e exposições. Seu escritório tem trabalhos
premiados e destacados no IAB de 2000, 2002 e 2004; Prêmio Master
Imobiliário em 2000; nas II, IV, VI e VII, Bienais Internacionais de Arquitetura de São Paulo e na premiação Top XXI da revista Arc Design em 2007.
Recebeu em 2013 o prêmio “Best Interiors of Latin America and the Caribbean” na premiação da IIDA - Internatinal Interior Design Association e aqui fala
sobre a técnica para o desenvolvimento de abóbadas em tijolos cerâmicos.
“A arquitetura praticada nestas residências tem como premissa o uso de um
processo construtivo baseado em um princípio minimalista: paredes e abóbadas executadas com um único material - tijolos de cerâmica.
A abóbada de tijolos é uma técnica de construção de origem milenar. Existem
registros do emprego de abóbodas desde o período mesopotâmico. A técnica
de vencer os vãos com estruturas em arco de tijolos ou em pedra foi largamente difundida entre os romanos com as mais variadas utilizações: em arcos, aquedutos e abóbodas tanto esféricas, de aresta, de cruzeta, ogivais ou
como estas, chamadas de berço.
A abóbada de berço consiste em uma superfície cilíndrica que cobre um espaço, ou seja, um arco semicircular que se desenvolve ao longo de um eixo entre
duas paredes ou sequência de colunas paralelas, formando uma superfície cilíndrica. Compõe-se de múltiplas peças, no caso, tijolos maciços de cerâmica,
que transferem lateralmente o esforço do peso vertical da estrutura. Portanto,
a superfície, no sentido transversal, trabalha somente à compressão.
Para a montagem é necessária uma forma para a curvatura desejada (cambota de madeira), que não precisa ter a totalidade da extensão, já que pode ser
44
Revista da Anicer | nº 88
deslocada ao longo do eixo, repetindo o assentamento dos tijolos, formando uma superfície autoportante e acabada.
Uma viga, sobre paredes ou pilares, recebe e distribui as cargas da abóbada de tijolos. A estrutura, por causa da curvatura da cobertura,
tem na distribuição das cargas um componente oblíquo nos apoios, portanto quando a construção não tem uma condição que permita
a absorção destes esforços laterais é necessária a inclusão de tirantes entre as vigas que recebem a abóbada para que a resultante da
carga seja vertical nos pilares e paredes. O resultado é uma casca muito esbelta e resistente que pode vencer amplos vãos.
Muitos arquitetos utilizaram esta técnica, ainda no século XIX.No Brasil é muito comum nos edifícios do final deste século encontrar esta
solução nos pavimentos de edifícios.
Arquitetos europeus, principalmente espanhóis, exploraram a solução de abóbadas, que se caracterizou pelo nome de abóbada catalã
(ou arco catalão), com a uma curvatura bem abatida e raios mais abertos, fizeram variadas experiências com esta técnica construtiva e
resultados singelos e atraentes. Alguns arquitetos da modernidade retomaram esta técnica com espírito criativo e habilidade em vãos
maiores, chegando a resultados surpreendentes. Na América do Sul, vale destacar o arquiteto uruguaio, Eladio Dieste, que levou às últimas consequências esta técnica, com estruturas audaciosas, de grandes dimensões e resultados assombrosos”.
Revista da Anicer | nº 88
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CONGRESSO
Sucesso que se repete a cada ano
58º Congresso Brasileiro de Cerâmica apresenta novas tecnologias e processos para o setor
Por Carlos Cruz | Foto: Divulgação
Autoridades ouvem a execução do Hino Nacional brasileiro na abertura do evento
R
ealizado pela Associação Brasileira de Cerâmica (ABCeram)
vidrados de louça de mesa”, e “Normas técnicas de revestimentos
com apoio institucional da Anicer e do Sindicer/RS, o 58º Con-
cerâmicos”. Os congressistas também participaram de uma visita ao
gresso Brasileiro de Cerâmica trouxe novidades e discutiu os últi-
IMC – Instituto de Materiais Cerâmicos, na cidade gaúcha de Bom
mos avanços e acontecimentos do setor no Brasil e no mundo. Ao
Princípio, onde foi realizado um segundo ciclo de palestras.
todo, o congresso reuniu, entre os dias 18 e 21 de maio de 2014, no
Centro de Convenções do Dall’Onder Grande Hotel, em Bento Gonçalves/RS, 415 inscritos vindos de 21 estados brasileiros e também
de países como Argentina, Portugal, Espanha e Estados Unidos.
Representando a Anicer, o presidente do Sindicer/RS, Jorge Romeu
Ritter, em seu discurso durante a cerimônia de abertura do evento,
falou sobre a importância da aproximação do meio acadêmico com
a indústria, destacando que existem hoje no país aproximadamente
Segundo Ulisses Soares do Prado, presidente do congresso e diretor
sete mil empresas produtoras de cerâmica vermelha e cerca de 10%
da ABCeram, o evento, que é o mais antigo do setor cerâmico brasilei-
estão concentradas no Estado do Rio Grande do Sul. “O congresso
ro, promoveu a interação dos diversos setores envolvidos com o meio
teve 81 trabalhos voltados para a cerâmica vermelha, um número
cerâmico (instituições de ensino e pesquisa, indústrias fabricantes de
excelente que demonstra essa aproximação do setor com os cen-
produtos cerâmicos e fornecedores de matérias-primas, equipamentos
tros acadêmicos”, ressaltou Ritter. O presidente também elogiou o
e insumos). “Foram apresentados 539 trabalhos técnico-científicos na
forma oral e pôsteres, que abordaram, de forma abrangente ou específica, aspectos relacionados ao desenvolvimento nacional e internacional
dos materiais cerâmicos”, afirma.
A programação também contou com 13 palestras, com destaque especial para a inaugural, com o tema “Constrained Sintering: a Delicate
Balance of Scales” proferida pelo presidente da American Ceramic
Prêmio Jovem Ceramista, iniciativa da Anicer em parceria com a
ABCeram que estimula a produção e a pesquisa acadêmica em prol
do setor. E lembrou: “O vencedor da primeira edição do Prêmio Jovem Ceramista foi um gaúcho, o que muito nos orgulha”.
Ao final, a ABCeram e a American Ceramic Society assinaram um
acordo de cooperação com o objetivo de estreitar o vínculo entre as
duas entidades.
Society, David J. Green; três minicursos; uma oficina de decoração
Paralelamente ao congresso, uma exposição abriu espaço para que
e três painéis, que debateram os temas “Interação entre instituições
empresas e instituições de ensino e pesquisa pudessem divulgar
de pesquisa e a indústria cerâmica”, “Controle de metais pesados nos
seus produtos e serviços aos congressistas.
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Revista da Anicer | nº 88
CONSTRUÇÃO CIVIL
Presidente Dilma Rouseff discursa na abertura do evento
Compromisso firmado
Enic 2014 debate assuntos de maior relevância para o momento político, econômico e social brasileiro
Por Carlos Cruz | Fotos: Silvio Simões
R
ealizado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção
político, econômico e social vigente no País, na presença de pessoas
(CBIC) com a parceria do Sindicato da Indústria da Construção
preparadas para os diversos temas e que possam, na sequência,
no Estado de Goiás (Sinduscon-GO), o 86º Encontro Nacional da
absorver as ideias ali debatidas”, explicou o presidente da CBIC,
Indústria da Construção - ENIC – aconteceu paralelo à Feira Inter-
Paulo Safady Simão.
nacional da Construção - Fecontech, no Centro de Convenções de
Goiânia, com a temática “Cresce Brasil”.
O presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Augusto
Nardes, foi uma das grandes atrações da programação do evento.
Durante os dias 21 e 23 de maio, empreendedores, profissionais
Durante sua palestra na plenária da Comissão de Obras Públicas
da área, especialistas e políticos debateram indústria imobiliária,
(COP), Nardes afirmou que a governança é instrumento mais eficaz
obras públicas, privatizações e concessões, meio ambiente, rela-
para melhorar a gestão no Brasil. “Os dados do Tribunal revelam difi-
ções de trabalho e novas tecnologias. Destaque para o lançamento
do Guia Contrate Certo, com orientações de como uma construtora
culdade do governo em executar orçamentos nas principais áreas da
administração”, considera.
pode contratar outra empresa para executar determinados serviços
Como apoiadores da Fecontech e em representação ao setor
numa obra, sem que isso seja interpretado como terceirização da
de cerâmica vermelha, a Anicer e o Sindicer/GO dividiram um
atividade-fim da empreiteira e respeitando as regras da lei trabalhis-
estande onde foram apresentados os trabalhos realizados pelo
ta. “Foram debatidos assuntos da maior relevância para o momento
sindicato em prol dos ceramistas da região e pela Anicer, como
Revista da Anicer | nº 88
47
a campanha publicitária “A Casa da Minha Vida” e o projeto “Cerâmica Sustentável é + Vida”.
O diretor de Relações Institucionais da Anicer, Luis Lima, e o presidente do Sindicer/GO, Henrique Morg, participaram dos três dias do
evento, que contabilizou 1.492 participantes e mais de 50 palestras. Convidado pela Anicer, o especialista Carlos Augusto Xavier, professor da Uniitalo, também foi um dos palestrantes do evento. O professor apresentou, no dia 21, dados do estudo “Avaliação do Ciclo
de Vida dos Produtos Cerâmicos”, encomendado pela Anicer à Quantis, empresa canadense especializada na realização desse tipo de
relatório. Xavier é doutor em Materiais pelo IPEN/USP, mestre em Materiais pela POLI/USP e possui especialização em Materiais Estruturais pela Tottori University - Japão. Coordenou o Departamento de Cerâmica do Senai Mario Amato (SP) e atualmente é diretor da
Associação Brasileira de Cerâmica.
Evento ultrapassa aspecto técnico e traz à tona discussões de temas relevantes e estratégicos relacionados ao futuro da atividade no País
Segundo seus organizadores, o 86º ENIC contribuiu, por meio de propostas, com o plano de governo dos presidenciáveis, tratando,
inclusive, não apenas de assuntos do setor da construção, mas também sobre desburocratização e eficiência na gestão pública. Um
documento com as principais reivindicações do setor e os pontos mais debatidos no 86º ENIC foi encaminhado aos presidenciáveis que
disputam a eleição de outubro. “Como contribuição do setor para os seus respectivos programas de governo”, destacou o presidente da
Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Paulo Safady Simão.
“São pontos maduros que mostram para a sociedade que o setor está preocupado com o País, e não apenas com a construção. Queremos um País melhor, um Estado melhor e uma cidade melhor”, revelou o presidente do Sindicato da Indústria da Construção no Estado
de Goiás (Sinduscon-GO), Carlos Alberto de Paula Moura Júnior. Para o presidente da Ademi-GO, Ilézio Inácio Ferreira, o ENIC permitiu
o debate de problemas enfrentados por exemplo pela indústria imobiliária. “Um deles – um dos principais, aliás – é o forte impacto no
preço final do imóvel no Brasil causado por essa persistente e danosa burocracia nos variados escalões dos serviços públicos que são
prestados à população” ressaltou Ilézio.
A continuidade do Minha Casa Minha Vida (MCMV), reivindicação do setor da construção desde 2009, quando o programa foi criado,
inclusive, recebeu durante o 86º ENIC a adesão da presidente Dilma Rousseff e do presidenciável Eduardo Campos. “Isso nos estimula
muito a continuar trabalhando em sintonia com o governo federal na formulação de propostas e sugestões que possam contribuir para
o desenvolvimento sustentado do País”, afirmou Paulo Simão.
Dilma e Eduardo Campos defenderam, inclusive, a manutenção da política de subsídios aos moradores de renda mais baixa. “O Minha
Casa Minha Vida depende de vontade política para existir. Sem subsídios, ele não existe. A equação do valor do imóvel e salário das
famílias das classes mais baixas não bate. Por isso, o governo aporta recursos no programa para fechar essa equação. É o programa
federal no qual gastamos os maiores valores com subsídios”, afirmou a presidente. Segundo Dilma, até o final do ano, serão entregues
3,75 milhões de imóveis pelo programa – 1 milhão da primeira etapa e outros 2,75 milhões da segunda. Desse total, 1,6 milhão de residências já foram entregues à população.
Eduardo Campos, por sua vez, assumiu o compromisso de entregar, em quatro anos, quatro milhões de residências por meio do MCMV.
“Nós vamos fazer constar no nosso Plano Plurianual esta meta. Isso é possível porque o Brasil foi aprendendo. Agora é hora de ousar e
passar para os quatro milhões, garantir o subsídio. Esse é um programa que veio para ficar e deve ser um programa de Estado.”
O Minha Casa Minha Vida, lançado em 2009, subsidia até 95% do valor do imóvel na faixa de renda de quem recebe de 1 a 3 salários
mínimos (faixa 1). O déficit habitacional nessa faixa de renda é de 3,85 milhões de residências, de acordo com pesquisa do Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O presidenciável Aécio Neves não participou do 86º ENIC, mas enviou o assessor de campanha
Maurício Rands, que participou das discussões em torno do MCMV, mas não quis estabelecer compromissos. Apenas reconheceu a
importância do programa para o Brasil.
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Revista da Anicer | nº 88
Compromissos
Carlos Alberto ficou satisfeito com os compromissos resgatados pelos políticos. Para ele, a presidente Dilma mostrou respeito pelo setor e
sensibilidade com as reivindicações. “Ela teve uma postura bastante coerente com o Minha Casa Minha Vida. Temos certeza de que o programa continuará sendo sucesso.”
Sobre Eduardo Campos, o presidente do Sinduscon-GO também fez avaliação positiva. “Ele demonstrou conhecimento sobre os problemas do
País, principalmente nas questões habitacionais e de infraestrutura. Ele se mostrou sensível em discutir a Lei 8.666 (Lei das Licitações), pois
existem inúmeros problemas, principalmente de projetos, nas obras públicas. Isso é um grande avanço.”
Destaques
O evento contou ainda com a presença de personalidades importantes, como o governador de Goiás Marconi Perillo e o prefeito de
Goiânia Paulo Garcia.
Mario Valois, da Dinâmica Engenharia, recebe prêmio das mãos da presidente Dilma, acompanhada pelos
presidentes Paulo Safady Simão (CBIC), e Maria Helena Mauad (FASC)
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PERFIL - 43º ENCONTRO NACIONAL
Cerâmica Vermelha
Fabricante paraense de blocos se prepara para receber participantes do 43º Encontro Nacional
Por Carlos Cruz | Fotos: Divulgação
L
ocalizada no município de Inhangapi,
cados em construção racional através da
circunvizinhas, evitando o desmatamento
no nordeste do Pará, a Cerâmica Ver-
utilização de blocos cerâmicos estruturais.
de pequenas áreas para este fim. Grande
melha é uma das empresas que este ano
Segundo Rivanildo Hardman, o processo
parte dos resíduos sólidos de produção são
receberão a visita dos participantes do 43º
possibilita que os usuários obtenham uma
reaproveitados dentro do próprio processo
Encontro Nacional. Inaugurada em agosto
maior eficiência na contabilização dos
produtivo. E para facilitar a recuperação da
de 1998, sob o comando do ceramista Ri-
custos e dos materiais necessários para
área degradada com a prática da minera-
vanildo Samuel Hardman Júnior, a empre-
a obra, evitando desperdícios e a degrada-
ção, a Cerâmica Vermelha tem como regra
sa hoje abastece todo o estado com blocos
ção do meio ambiente. O ceramista lembra
não realizar cavas de extração com mais
estruturais e de vedação – 9x14x19 cm (6
os muitos benefícios da alvenaria estrutu-
de quatro metros de profundidade para não
furos) e 9x19x19 cm (8 furos) –, além de
ral com blocos cerâmicos: maior conforto
alcançar o lençol freático.
tijolos maciços, elementos para lajes, meio
térmico e acústico; alta resistência mecâ-
blocos e canaletas.
nica e precisão dimensional; redução no
Funcionando inicialmente com apenas um
forno e alguns poucos empregados, Rivanildo Hardman logo decidiu investir na mecanização de seu processo produtivo e em
segurança, o que tornou sua empresa uma
das maiores da região, com qualificações
e certificações no PSQ de Blocos Cerâmi-
consumo de ferro, concreto e de armaduras de madeira; evita cortes nas paredes e
retrabalho para as instalações hidráulicas
e elétricas; 40% mais leves que os blocos
de concreto e menos permeável (dificulta
infiltrações); e redução de até 30% no custo
final da obra.
Em setembro de 2013, após 18 meses de
um árduo trabalho para implementação
do Sistema de Gestão da Qualidade, a
Cerâmica Vermelha conquistou a Certificação Internacional ISO 9001/2008 (gerida pela ONU – Organizações das Nações
Unidas), tendo seus processos gerencias
nivelados com as exigências mundiais
de controle, qualidade e satisfação. A
cos, no Programa Brasileiro de Qualidade
Em se tratando de cuidados com o meio
certificação mais uma vez diferenciou a
e Produtividade no Habitat (PBQP-H) e na
ambiente, outras políticas vêm sendo ado-
empresa das demais do mercado para-
Associação Brasileira de Normas Técnicas
tadas pela empresa, como um sistema de
ense como a primeira e única cerâmica a
(ABNT). Hoje a empresa conta com dois
queima que aproveita refugos das serrarias
alcançar tal êxito organizacional.
fornos Hoffmann, com capacidade diária
de 70 milheiros por forno, 60% dos seus
processos produtivos automatizados e um
time de 136 colaboradores. A produção
é de 4 milhões de blocos de vedação por
mês. Com jazidas próprias, os produtos
utilizam 80% de argila plástica e 20% de laterítica na composição da massa.
Como diferencial de mercado, a Cerâmica
Vermelha também oferece aos seus clientes consultorias com profissionais qualifi-
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Revista da Anicer | nº 88
Vista aérea da Cerâmica Vermelha
CERÂMICA VERDE
Com o crédito nas alturas
Empresa aérea adquire créditos de carbono de indústrias cerâmicas para compensar pegada de
carbono no período da Copa do Mundo
Por Carlos Cruz | Fotos: Imagem Google
A
TAM, subsidiária do Grupo Latam Airlines, do Chile, e maior
companhia aérea do Brasil, anunciou em março deste ano a
compra de 100 mil toneladas de créditos voluntários de carbono
para compensar as emissões de gases do efeito estufa dos seus
mais de 4.500 voos que operarão durante a Copa do Mundo 2014.
Em nota emitida à imprensa, a companhia afirmou que a quantidade de créditos será mais do que suficiente para mitigar a pegada de
carbono das viagens aéreas realizadas entre as 12 cidades envolvidas no mundial durante esses trinta dias de evento.
A empresa não divulgou o valor pago pelos créditos, que foram
vendidos pela Sustainable Carbon de São Paulo, uma desenvolveEmpresa vai operar 4.500 voos durante a Copa do Mundo 2014
dora de projetos de baixo carbono. Stefano Merlin, CEO da Sustainable Carbon, declarou que os créditos foram emitidos sob o Veri-
fied Carbon Standards (VCS), um padrão de referência para os mercados voluntários de carbono. “Esses são créditos premium que têm
certificações adicionais, tais como Social Carbon ou Gold Standard, devido aos seus co-benefícios sociais”, observou ele.
A TAM informou que os créditos vêm de seis projetos de empresas de Cerâmica Vermelha espalhadas pelo Brasil que reduziram suas
emissões de CO2 através da substituição de combustíveis fósseis em seus fornos para geração de energia térmica por biomassa renovável. Parte dos recursos obtidos com essas vendas é investida em programas sociais para comunidades situadas perto dos locais dos
projetos, incentivando a prática de esportes através da construção de quadras poliesportivas e da compra de equipamentos.
Aos poucos, o comércio de créditos de carbono na indústria de Cerâmica Vermelha vem se tornando uma prática comum. As seis empresas envolvidas na operação foram: Cerâmica Bandeira e Capelli – município de Capela/AL (30.000); Cerâmica Milenium – município
de Paraíso de Tocantins/TO (25.000); as cerâmicas Bom Jesus – município de Paudalho/PE (24.480), Lara – município de Cachoeira
Paulista/SP (10.000) e Gomes de Mattos – município do Crato/CE (10.000), todas participantes do projeto Cerâmica Sustentável é +
Vida, desenvolvido pela Anicer em parceria com o Sebrae; e a Cerâmica Nova Dutra – município de Pinheiral/RJ (520). Ao todo, mais de
cinco mil pessoas já foram beneficiadas.
A companhia aérea informou que os valores das emissões foram estimados a partir de dados do inventário de gases do efeito estufa de
2013. Após os voos relacionados à Copa do Mundo, novos cálculos serão feitos, bem como a aquisição de novos créditos, se necessário.
A TAM afirmou ainda que está avaliando possibilidades de compensação para os próximos três anos.
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SEGURANÇA NO TRABALHO
Auditores-Fiscais fecham 30
cerâmicas no Sergipe
Setores se mobilizam em todo o país para solicitar a revisão da NR 12
Por Carlos Cruz | Foto: Banco de imagens da Anicer
C
eramistas sergipanos têm reclamado de interdições realizadas nos últimos meses
em empresas do Estado pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Desde março, quan-
do começaram as ações de fiscalização em Sergipe, trinta cerâmicas já foram interditadas. Algumas das exigências feitas pelos fiscais, em matéria de segurança em máquinas e
equipamentos, chegam a ser absurdas e se constituem num claro caso de abuso de poder.
É o que denuncia o ceramista e presidente do Sindicer/SE, José Abílio Guimarães Primo.
O presidente conta que teve duas de suas cerâmicas, localizadas no município de Itabaianinha, interditadas por um fiscal do MTE que apontou falhas na segurança de suas máquinas. O problema, segundo José Abílio, é que as máquinas são novas, compradas recentemente, e dispõem da mais moderna tecnologia do mercado, atendendo a todos os quesitos
de segurança. Mesmo assim, o fiscal mandou interditar a empresa. “Foi uma atitude arbitrária, um abuso de poder. As máquinas são
novas, atendem totalmente à norma, mas o fiscal implicou com a válvula de pressão, disse que deveria ser de bronze blindada, e exigiu o
uso de manômetros com glicerina”, relatou o presidente. Segundo José Abílio, os detalhes cobrados pelo fiscal não estão especificados
na norma e as alterações determinadas comprometem a garantia das máquinas, podendo causar danos aos equipamentos. Ele conta
que o fiscal também exigiu o projeto elétrico de alta e de baixa tensão das fábricas. Ao todo, os investimentos que deverão ser realizados
pelo presidente para que suas duas empresas possam voltar a operar ultrapassam a faixa dos cem mil reais por fábrica.
Outra empresa interditada, também no município de Itabaianinha, foi a Cerâmica Borges. Seu proprietário, Hindenaldjo Borges Santos,
repete as mesmas reclamações. “O auditor fiscal, vestido do seu poder de polícia, foi simplesmente intransigente e não aceitou qualquer
justificativa e nem sequer nos deu um prazo para adequação. Foi logo lavrando o auto de interdição”, conta o ceramista indignado. Segundo Santos, a justificativa do fiscal foi que o maquinário da empresa estava em desconformidade com a NR 12, motivo este injustificável, já que fiscalizações anteriores nunca apontaram qualquer desconformidade. “A empresa foi fiscalizada em outubro de 2011 e não
houve nenhum incidente em relação à NR 12”, afirma. Diante do temor de não conseguir atender a dezenas de exigências que iam desde
adequação do maquinário a reparos na rede elétrica, o ceramista contratou um engenheiro mecânico e um engenheiro elétrico para
prestar assessorias e elaborar relatórios técnicos que comprovassem a conformidade da empresa. Só com esse processo, a empresa
teve um gasto de quarenta e oito mil reais.
Após vinte dias interditada e um prejuízo de mais de seiscentos mil reais, com três milhões de peças que deixaram de ser produzidas, a
Cerâmica Borges pôde enfim voltar a operar. Mas Hindenaldjo lamenta que os prejuízos não tenham sido apenas no âmbito financeiro.
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“Tivemos que realizar reformas na estrutura da empresa para contenção de despesas. Com isso, fizemos um corte de 12% no quadro
de colaboradores, o que equivale a dezesseis funcionários dispensados”.
Segundo dados da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Sergipe – SRTE/SE, foram realizadas, neste primeiro semestre,
88 ações fiscais no setor ceramista com o objetivo de reduzir a incidência de acidentes de trabalho registrada nos últimos dois anos. Os
números de acidentes foram identificados pela SRTE/SE por meio dos dados do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, informados
em Comunicações de Acidente de Trabalho - CATs e pelos benefícios concedidos no Estado.
O auditor fiscal do trabalho Roberto Vasconcelos explicou que a intervenção da SRTE/SE no setor foi uma das ações planejadas
dentro do Projeto de Prevenção de Doenças e Acidentes do Trabalho. Em janeiro, o Núcleo de Segurança e Saúde no Trabalho da
Superintendência realizou uma reunião técnica com empregadores, sindicato dos empregadores e a associação dos ceramistas no
Estado. “O nosso objetivo foi determinar que as empresas implementassem as medidas de proteção adequadas para os riscos ocupacionais existentes, de forma a evitar novos acidentes de trabalho no setor”. Ainda, segundo ele, “discutimos os problemas trabalhistas mais frequentes, como trabalhadores sem registro, salários em atraso e a falta de depósito de Fundo de Garantia do Tempo
de Serviço – FGTS”. Além disso, os empregadores foram informados que os auditores fiscais realizariam operações para averiguar in
loco os motivos dos acidentes. “É importante que eles saibam que nós estamos atentos ao segmento e façam as devidas adequações
visando à proteção ao trabalhador”.
Buscando uma solução para o problema das 30 cerâmicas interditadas no Estado, o presidente do Sindicer já conseguiu audiências com o secretário de Desenvolvimento de Sergipe, Salmínio Nascimento, e com o presidente da
Federação das Indústrias, Eduardo Prado de Oliveira, para tentar reverter a situação. “Não somos contrários à
fiscalização. Se é para a segurança do trabalhador, devemos sim fazer todas as alterações, mediante notificação, e não interdição. O que não pode é continuar com essa arbitrariedade, exigindo alterações que não estão
estipuladas na norma”, explicou José Abílio, que pretende ainda conseguir uma reunião com a superintendente
do MTE, Celuta Krauss. Segundo ele, o problema é com um único fiscal e não com o grupo todo. “As demais
cerâmicas do Estado fiscalizadas por outros agentes, receberam notificações quando necessário e prazos para
José Abílio Guimarães Primo, presidente do Sindicer/SE.
adequação, mas nenhuma foi interditada. Acredito que o objetivo do Ministério não seja
fechar cerâmicas, mas orientá-las”, concluiu.
Setor reúne propostas para pedido de revisão da NR-12
No dia 28 de maio, a Anicer participou da 5ª Reunião do Grupo de Trabalho Empresarial da NR 12, realizada na sede da Federação
das Indústrias do Estado de São Paulo – Fiesp. O objetivo da reunião foi possibilitar que todos os segmentos industriais tivessem a
oportunidade de informar aos representantes patronais da Comissão Nacional Tripartite Temática da NR 12 do Ministério do Trabalho
e Emprego os seus pleitos para as Micro e Pequenas Empresas. Os trabalhos de revisão da norma de segurança para máquinas e equipamentos foram retomados nos dias 29 e 30 de abril deste ano pela CNTT. Na ocasião, foi deliberado que os trabalhos da Comissão
passariam a levar em consideração três documentos: a norma vigente, o texto rediscutido na CNTT (2011 a 2013) e a proposta da Bancada Patronal protocolada no MTE em fevereiro último. Em comunicado expedido aos seus associados e diretores, a Anicer solicitou
que todos enviassem contribuições para o pleito.
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A CNTT já vem analisando uma proposta do setor industrial brasileiro para alterações na NR 12. O documento foi elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que estima que as empresas precisarão gastar cerca de R$ 100 bilhões para se adequar à norma,
caso seja mantido o texto original.
No ofício encaminhado ao ministro Manoel Dias, a CNI alerta principalmente para as dificuldades ou até mesmo, em alguns casos, a
impossibilidade de se atender à norma. A entidade alega que as mudanças feitas na NR 12 em dezembro de 2010, que ampliaram de 40
para 340 os itens a serem cumpridos pelas indústrias, tornaram a norma complexa. Segundo a CNI, isso “criou um ambiente de negócios desfavorável à competitividade das empresas e insegurança jurídica”. Somados aos altos custos para a adaptação das máquinas e
equipamentos já instalados, a nova norma acabou por colocar “na ilegalidade milhares de empresas brasileiras que antes estavam legais
com seu maquinário”, de acordo com o documento.
A CNI afirma que o texto proposto pela indústria busca guardar um equilíbrio entre a finalidade que se quer alcançar e as obrigações
impostas pela norma – a segurança e a saúde do trabalhador e os impactos sociais e econômicos da norma. Para isso, baseia suas
propostas de mudanças na NR 12 em quatro premissas: o estabelecimento de uma linha de corte temporal para as adequações
de máquinas usadas; a definição de obrigações distintas para fabricantes e usuários; o tratamento diferenciado para as micro e
pequenas empresas; e a necessidade de laudo técnico circunstanciado comprovando grave e iminente risco ao trabalhador e ato da
Superintendência Regional do Trabalho e Emprego como condição para que ocorra a interdição de máquinas e equipamentos. Para
a CNI, a análise e o laudo técnico deveriam ser elaborados por auditor fiscal com especialização em engenharia de segurança do
trabalho ou medicina do trabalho.
Anicer e Anfamec analisam estratégia frente ao novo texto da NR 12
Representantes da Anicer e da Anfamec se reuniram no dia 10 de junho para analisar estratégias de ações conjuntas em prol do setor.
O encontro entre as duas entidades nacionais da cadeia produtiva da cerâmica vermelha foi realizado na sede da Anfamec, na cidade
de Itu (SP). Segundo Cesar Gonçalves, presidente da Anicer, o objetivo é que as duas associações possam juntas contribuir de maneira
efetiva para o trabalho de revisão da norma de segurança em máquinas e equipamentos, que desde abril deste ano voltou a ser tocado
pela Comissão Nacional Tripartite da NR 12, formada por governo, trabalhadores e empregadores. “O diálogo foi aberto. Esta é a primeira
de muitas reuniões que realizaremos, tantas quantas forem necessárias, até que o setor esteja totalmente adequado à norma (NR 12),
entre outras ações cooperadas pela melhoria do setor”, declarou Gonçalves. O presidente informou ainda que após o debate sobre pontos como procedimentos de confecção de equipamentos e de manuais, que deverão ficar a cargo da Anfamec, foi acordado que as duas
entidades participarão da reunião sobre a NR 12 que será promovida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) já no mês de julho.
Participaram da reunião Izabel Munch e Amauri Gelenski, da Marombas Gelenski; Matheus Rodrigues (presidente da Anfamec) e Damião
Rodrigues, da Máquinas Man; Peter Luiz dos Santos, da Pneucorte; Eduardo Putz, da Verdes; João Paulo Betiol, da Betiol Máquinas e
Equipamentos; Eder Silvério e Luiz Bisaccioni, da Mecânica Bonfanti; Francisco Malavasi, da Acertar; Marcos Ricci, da Ricci Fornos; e
Cesar Gonçalves, da Anicer.
A Anicer incluiu o tema na programação do 43º Encontro Nacional, na forma de minicurso, aberto a todos os participantes do evento. Na
ocasião, as duas associações e seus filiados fabricantes de máquinas e equipamentos também estarão com estande na 17ª Expoanicer
para orientar os ceramistas a respeito da Norma Regulamentadora.
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ABNT
O desempenho do sistema
Anicer debate sistemas de vedações verticais com blocos cerâmicos dentro da Norma de
Desempenho no M&T Peças e Serviços Congresso
Divulgação Sobratema
E
m julho de 2013, entrou em vigor a Norma de Desempenho de Edificações Habitacionais (ABNT
NBR 15.575:2013), que institui um nível de desempenho mínimo ao longo da vida útil para os
elementos principais nas edificações habitacionais. Com isso, os projetos protocolados nos órgãos públicos a partir desse período devem atender às exigências para os critérios de desempenho
contidos na norma, que estão subdivididos em Mínimo (M), Intermediário (I) e Superior (S).
Para debater esse assunto, a Anicer promoveu, no dia 4 de junho, o Seminário Norma de Desempenho – Sistemas de Vedações Verticais, durante o M&T Peças e Serviços Congresso, no Centro
de Exposições Imigrantes, em São Paulo. Dividida em duas partes, a palestra foi ministrada pelos
engenheiros Bruno Frasson, gerente técnico da entidade, e Luciana Alves de Oliveira, pesquisadora
O gerente técnico da Anicer, Bruno Frasson,
apresenta seminário sobre Norma de Desempenho.
do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT).
O seminário teve como objetivo apresentar aos profissionais e estudantes da área de construção civil, engenharia, arquitetura, construtores,
incorporadores, fabricantes de materiais e componentes de construção, dentre outros interessados, os requisitos estabelecidos pela NBR
15.575:2013. “Com a finalidade de manter o desempenho pretendido da edificação durante a vida útil, a norma estabelece exigências de conforto e segurança em imóveis habitacionais, atribuindo responsabilidades para incorporadores, construtores, projetistas e até usuários”, afirma
Frasson. “Por esse motivo, as palestras apresentaram o contexto histórico de todas as partes da norma, porém, com foco na quarta parte, especialmente em sistemas de vedações verticais com blocos cerâmicos, apresentando os seus desempenhos em determinadas composições
e situações”, acrescenta.
De acordo com o gerente técnico da Anicer, os sistemas de vedações verticais com blocos cerâmicos, sejam com funções estruturais ou de
vedação, são tradicionalmente conhecidos e consagrados pelo uso em grande escala. “Seu desempenho e seus benefícios são bastante superiores, quando comparados aos demais materiais, pois proporcionam maior conforto e durabilidade para o usuário, além de serem produtos
sustentáveis, como mostrou a Avaliação do Ciclo de Vida dos Produtos Cerâmicos, estudo encomendado pela Anicer à Quantis”, finaliza.
Além do seminário organizado pela Anicer, o Congresso contou com seminários da Sobratema. A M&T Peças e Serviços Congresso ocorreu
simultaneamente à M&T Peças e Serviços – 2ª Feira e Congresso de Tecnologia e Gestão de Equipamentos para Construção e Mineração
e representou, segundo seus organizadores, uma oportunidade única de difundir informações e trocar experiências entre os profissionais e
empresas do setor
Feira: Única feira direcionada exclusivamente para as áreas de gestão, soluções de pós-venda, insumos e componentes para equipamentos
para a construção e mineração, a M&T Peças e Serviços foi realizada de 3 a 6 de junho. O evento apresentou as principais novidades e lançamentos para esses segmentos e contou com o Salão de Tecnologia, Segurança e Sustentabilidade, iniciativa inédita, que trouxe conceitos
inovadores de empresas do setor.
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ENERGIA LIMPA
Suinocultura sustentável
Projeto bem sucedido para geração de energia limpa a partir de dejetos da suinocultura no Paraná
completa um ano
Por Carlos Cruz
E
m outubro do ano passado, às vésperas do 42º Encontro Na-
de baixar seus custos, o empresário, que também é proprietá-
cional, publicamos uma matéria sobre um ceramista do mu-
rio de uma granja de suínos, vizinha à cerâmica, teve a ideia de
nicípio de Entre Rios do Oeste, no Paraná, que havia recentemente
construir um biodigestor que, ao mesmo tempo, tratasse os de-
construído um biodigestor com o objetivo de gerar energia elétrica
jetos da suinocultura e gerasse energia elétrica suficiente para
suficiente para alimentar seus fornos
e economizar na conta de luz. Um ano
após o início do funcionamento do biodigestor, nossa equipe voltou a procurar o
ceramista para fazer a seguinte pergunta: e aí, deu certo?
“Passamos a ter 100% de
energia oriunda do biogás
em determinados horários
do dia. Em outros horários,
conseguimos usar até 40%”
Com toda certeza! Quem responde é
o próprio ceramista, Romário Schaefer, proprietário da Cerâmica Stein. Schaefer conta que a energia elétrica para o setor in-
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alimentar sua produção de blocos, substituindo o uso de lenha. “Como a minha
granja de suínos fica ao lado da cerâmica, decidi utilizar o esterco na fabricação
do biogás. O produto final é utilizado em
um motor que faz funcionar o gerador de
energia na empresa”. Schaefer se queixa
que a região sofre com frequentes quedas de luz e que em muitas vezes chegaram a ficar horas sem energia elétrica.
dustrial, no Brasil, é considerada uma das mais altas do mundo.
Com o objetivo inicial de reduzir o consumo de energia em até
“Metade dos custos é de geração e distribuição e metade é de
100% nos horários de pico e 20% nos horários comuns, o que
encargos e tributos”, reclama o ceramista. Frente à necessidade
significaria uma economia de mais de seis mil reais mensais só
Revista da Anicer | nº 88
na conta de luz, o ceramista hoje comemora: “Passamos a ter 100% de energia oriunda do biogás em determinados horários do dia.
Em outros horários, conseguimos usar até 40%”.
Além da vantagem principal, que foi a redução dos custos com luz, o ceramista aponta outros benefícios proporcionados pelo biodigestor. “Para se ter uma ideia, desde que implantamos o biogás, a granja não tem mais cheiro nem moscas”, comenta.
Satisfeito com o resultado, Schaefer afirma que o uso do biogás é vantajoso e que outros empresários deveriam investir em projetos
de substituição de lenha e energia elétrica. Mas alerta que o trabalho precisa do acompanhamento de um profissional experiente.
Rogério Wollmann, responsável pelos projetos ambientais da Cerâmica Stein, relembra os problemas que surgiram quando resolveram montar o biodigestor. “Num primeiro momento, o projeto não deu certo por causa de problemas como falta de tecnologia, de
mão de obra qualificada para trabalhar no projeto e de um sistema eficiente de filtragem”, explica. Wollmann relatou que o gás sulfídrico, proveniente do processo, corroía a parte metálica do biodigestor, o que impossibilitava o seu funcionamento. O empresário,
então, optou por deixar o processo de lado até o início de 2013, quando voltou a tocá-lo com o auxílio de uma empresa especializada
na montagem de biodigestores.
Schaefer contratou o especialista Pedro Matheus Kohler, dono da Biokohler, localizada no município de Marechal Cândido Rondon(PR). Com
experiência de 11 anos na área, Kohler desenvolveu para a empresa uma nova estrutura de mistura completa coberta com manta de PEAD
(Polietileno de Alta Densidade), capaz de suportar os efeitos do gás sulfídrico. Em formato circular para facilitar a mistura da massa,
através de um agitador, o novo biodigestor foi montado em três meses. O técnico explica que, após a dessulfurização biológica do
gás e de sua secagem através de um condensador, o biogás segue para o gerador, instalado ao lado da estrutura inicial. “A intenção
é utilizar a energia elétrica produzida a partir do gerador tanto para o forno Túnel quanto para a estufa. Para isso, instalamos um
trocador de calor no sistema de escapamento do gerador para aproveitar a energia térmica no próprio gerador, aquecendo a biomassa e aumentando a produção de biogás e sua constância”, detalha. Segundo ele, este detalhe ajudou a resolver problemas que
poderiam ser causados devido à baixa temperatura do inverno paranaense.
Estrutura do biodigestor montado ao lado da cerâmica
Criação de porcos para a fabricação de biogás
Revista da Anicer | nº 88
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DESENVOLVIMENTO
Tarso Genro, governador do RS, discursa de pé ao centro da mesa. Presidentes do Sindicer/RS e da Anicer participam do encontro.
Anunciadas medidas para
cerâmicas e olarias gaúchas
Fonte: Sindicer/RS | Foto Caco Argemi/Palácio Piratini
E
mpresários, lideranças e representantes do Sindicato das In-
perior do Governo do Rio Grande do Sul, Mari Perusso, disse que todas
dústrias de Olaria e de Cerâmica para Construção no Estado
as pautas apresentadas na carta aberta foram encaminhadas para
do Rio Grande do Sul (Sindicer/RS) participaram, no dia 3 de junho,
análise de viabilidade das secretarias correspondentes, após reuniões
de um almoço no Galpão Crioulo do Palácio Piratini, em Porto Ale-
realizadas com o sindicato em 15 de abril e 14 de maio deste ano.
gre, com o governador Tarso Genro. O encontro marcou o anún-
Também foi montado um Grupo de Trabalho permanente com as ins-
cio das propostas do governo para auxiliar no desenvolvimento
tituições, lideranças e entidades voltadas à cadeia produtiva cerâmi-
do setor de Cerâmica Vermelha: estudos para a isenção de ICMS,
ca. “É a primeira vez que o governo abre as portas para o setor. Só
agilidade nas licenças ambientais, maior fiscalizações na fronteira
podemos agradecer o que está sendo feito pela indústria cerâmica,
com Santa Catarina e quanto à metrologia e qualidade de produtos,
que é a mais antiga do Estado, e já foi muito esquecida”, ressaltou o
criação de linhas de crédito, formação de Arranjo Produtivo Local
presidente do Sindicer/RS, Jorge Ritter.
(APL) do setor e a implementação de uma câmara temática da indústria cerâmica. “Essa é a primeira reunião de trabalho e também
um acolhimento”, afirmou Genro. “Apresentamos um programa de
aproximação com o governo, para que possamos viabilizar um retorno paulatinamente e fortalecer o setor”.
Durante o almoço, a secretária extraordinária de Assessoramento Su-
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Revista da Anicer | nº 88
Linhas de crédito e Atlas Geomineral
Ainda foram apresentadas novas linhas de crédito por meio do Programa Gaúcho de Microcrédito e agentes financeiros do Badesul e
Banrisul. Outra sugestão do governo é a possibilidade de as unidades habitacionais do Minha Casa, Minha Vida utilizarem matéria-
-prima do setor. O secretário de Desenvolvimento e Promoção do Investimento, Mauro Knijinick, disse que também será desenvolvido
um Atlas Geomineral. “Estamos à disposição para ouvir, aprender e tomar decisões. Vamos fortalecer o segmento oleiro e cerâmico a
partir do Arranjo Produtivo Local (APL)”. A publicação será produzida em parceira com a Universidade de Caxias do Sul, através de um
projeto coordenado pelo professor Robson Cruz.
Para o presidente da Associação Nacional da Indústria Cerâmica (Anicer), Cesar Gonçalves, a iniciativa representa um grande avanço
do setor no Estado. “As medidas vêm ajudar no desenvolvimento e na modernização das cerâmicas e olarias. O Encontro Nacional da
Indústria Cerâmica Vermelha, que realizaremos em Porto Alegre no ano que vem (16 a 18 de setembro), será uma boa oportunidade de
o Estado mostrar a sua vanguarda no setor”, observou o dirigente.
O empresário Cláudio Vogel Filho também se mostrou satisfeito com a reunião. “Viemos há três anos lutando por ações que resolvam
questões fiscais, de mineração e de concorrência. Esperamos poder manter nossas fábricas e voltar a crescer com os nossos produtos”.
Já a prefeita de Cristal, Fábia Richter, diz que a resposta às reivindicações do setor foi dada de forma muito rápida. “É preciso ver se isso
tudo dará certo e se as promessas efetivamente irão se concretizar”, alertou.
LINHA AMARELA
LiuGong espera resultado das eleições para
definir investimentos de fábrica no Brasil
Publicado em 03.06.2014 por Maxpress | Foto: Video Up Produções
A
LiuGong estuda a viabilidade da instalação de uma fábrica no Brasil, já em 2016. A informação foi revelada por Bruno Barsanti,
vice-presidente da empresa para a América Latina, durante a M&T Peças e Serviços 2014 2ª Feira e Congresso de Tecnologia e Gestão de
Equipamentos para Construção e Mineração, promovida pela Sobratema Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração.
A ideia, segundo o executivo, é produzir máquinas para o nosso mercado com índice de conteúdo nacional de no mínimo 60%, de forma a
permitir a venda dos produtos pelo programa Finame, do BNDES. A linha de crédito especial assegura a aquisição de máquinas e equipamentos novos, de fabricação nacional, com taxa de juros e prazos de carências mais vantajosos.
A principal expectativa da LiuGong é com relação aos rumos políticos que o Brasil tomará a partir das eleições de outubro deste ano. Barsanti explica que os investimentos necessários para a instalação de uma linha de produção no País são de retorno de longo prazo, que só se
viabiliza em um ambiente de estabilidade política e de desenvolvimento econômico sustentável. Atualmente, a LiuGong possui 24 fábricas
em todo o mundo, das quais apenas três estão fora do território chinês. O Brasil responde por cerca de 50% das vendas na América Latina,
onde a marca está presente desde 2009, acumulando um total de 10 mil máquinas vendidas.
XCMG detalha na M&T Peças e Serviços os investimentos na fábrica que será inaugurada em Pouso Alegre
Além de destacar toda sua linha exposta na M&T Peças e Serviços, a XCMG detalhou os investimentos que foram feitos na fábrica que foi
inaugurada em Pouso Alegre, sul de Minas Gerais no dia 6 de março deste ano. A unidade tem 25 mil m² de área construída, numa área total
de 900 mil m², deve empregar cerca de 300 pessoas, que num segundo momento pode chegar a 550 funcionários, e exigiu investimento
da ordem de US$ 200 milhões. De acordo com a direção da empresa, esse montante pode ser acrescido de mais US$ 200 milhões num
segundo momento, dependendo da evolução do mercado.
A nova unidade produzirá toda a linha de terraplenagem, como escavadeiras de médio porte, além da linha de guindastes. Um modelo desse
guindaste, exposto no estande da empresa na M&T, inclusive já foi montado em Pouso Alegre. Todos os equipamentos que serão produ-
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Revista da Anicer | nº 88
zidos na nova unidade já sairão da linha de montagem com algum índice de nacionalização. Com a inauguração, a XCMG celebra 10 anos
de atuação no Brasil e conta com quatro distribuidores que cobrem todo o País com o apoio de outros representantes, todos exclusivos.
Salão da Tecnologia destaca inovação utilizada no cotidiano de uma obra
A M&T Peças e Serviços 2014 contou com o inédito Salão de Tecnologia de Equipamentos de Construção e Mineração para reunir, em um
único local, as tecnologias inovadoras que agregam benefícios e vantagens competitivas para os usuários de máquinas. Entre as participantes estavam as construtoras CR Almeida, Galvão Engenharia e Odebrecht Infraestrutura, a locadora Escad Rental e as empresas Argos
Guindastes, Beka Lube, Bomag Marini, DN4 Tecnologia, Leica Geosystems, Novak & Gouveia, OilCheck, Real Bombas e Totvs.
Um dos destaques foi o Simulador de Caminhão Oryx 500. Fruto de uma parceria entre a empresa sueca Oryx e a Odebrecht, o equipamento
é usado no treinamento de operadores de caminhão basculante utilizado em obras de construções e de infraestrutura. Capaz de reproduzir
todas as etapas do ciclo de carregamento e descarregamento, o simulador possui câmbio automático e manual, e será utilizado nas obras
do ProSub, no Rio de Janeiro.
O equipamento pode capacitar um operador em uma semana, com treinamento de oito horas por dia. Além de ensinar o operador, o equipamento também gera um relatório de avaliação, que registra todas as falhas cometidas, auxiliando no aprendizado. Dotado de três telas, que
permite uma visualização ampla de todos os ângulos, como se o aluno estivesse realmente num equipamento real, o simulador é dotado
de uma lista de procedimentos necessários antes de ligar o equipamento, como checagem do óleo, da pressão dos pneus, do sistema de
iluminação, entre outros.
Goodyear apresentou sua nova linha radial de pneus fora de estrada
A Goodyear apresentou na M&T Peças e Serviços 2014 a sua nova linha de pneus radiais. Segundo Fabio Garcia, gerente sênior de marketing para pneus comerciais da Goodyear, a linha traz mais qualidade e possui um desempenho diferenciado, além de atender todos os segmentos do mercado. De acordo com ele, entre 2012 e 2014, cerca de US$ 240 milhões foram investidos na fábrica brasileira da Goodyear,
em Americana, para a área de pesquisa, desenvolvimento e inovação (P,D&I), a fim de aperfeiçoar as soluções para este segmento.
A empresa também traz a tecnologia Hi-Stability, onde a estrutura do pneu possui um reforço extra com quatro carcaças de aço, o que
possibilita mais resistência e estabilidade em caminhões articulados. Além disso, disponibiliza o guia de inovação de pneus fora de estrada,
um material explicativo que possui todos os detalhes e tipos de aplicação de cada pneu com o intuito de simplificar o entendimento para
qualquer usuário.
Sistema de telemática CareTrack da Volvo tem comunicação GSM e via satélite
Em coletiva de imprensa realizada durante a M&T Peças e Serviços, a Volvo destacou o CareTrack, sistema de telemática híbrido, que opera
tanto por comunicação GSM como via satélite. “Temos a melhor solução em telemática para atender as diferentes necessidades dos usuários”, afirma Afrânio Chueire, presidente da Volvo Construction Equipment Latin America.
O CareTrack permite que o usuário faça a gestão da frota de equipamentos de forma totalmente remota. Como uma boa parte das máquinas trabalha em regiões afastadas e de difícil acesso, a tecnologia híbrida permite que o cliente opte pela comunicação via satélite caso a
conexão via GSM não esteja disponível. “Uma das vantagens do sistema híbrido da Volvo é que a comunicação é mais frequente e mais
segura”, afirma Chueire.
O hardware instalado no equipamento monitora eletronicamente todos os dados disponíveis e informa posicionamento, consumo de combustível, horas trabalhadas, tempo de máquina parada, alarmes de manutenção, entre outros. As informações são enviadas para um servidor
da Volvo e podem ser acessadas pelo usuário em qualquer dispositivo com acesso à internet. Com os relatórios, é possível saber exatamente
onde e como o equipamento está trabalhando, identificar eventuais falhas, pontos de melhorias e prever a manutenção com antecedência.
É possível, por exemplo, reduzir o consumo de combustível ao identificar e diminuir o tempo em que a máquina fica ligada sem trabalhar.
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COLUNA DA QUALIDADE
Laboratório tem certificação
renovada em MS
Siqueira Campos (PR), participou do projeto Cerâmica Sustentável é + Vida, módulo de
Inovação Tecnológica. O consultor técnico da
Mais uma cerâmica recebe
consultoria do projeto CS+V no RN
Anicer responsável pela consultoria Max Piva
Entre os dias 05 e 09 de maio, a Cerâmica Pre-
realizou trabalhos no sistema de queima do
mium, localizada no município de São José de
forno móvel da empresa, além de verificar as
Mipibu (RN), participou do módulo de Inovação
regulagens das boquilhas e da formulação de
Tecnológica, do projeto Cerâmica Sustentável
massa. Após o fim dos trabalhos, com interes-
é + Vida. O consultor técnico da Anicer respon-
se em qualificar seus produtos no Programa
sável pela consultoria Isac Medeiros identificou
Setorial da Qualidade de Blocos Cerâmicos
problemas como alto índice de perdas na con-
O LabSenai Cerâmica, instalado no Cetec Senai
(PSQ-BC), a empresa entrou em negociação
formação e na secagem. “O pouco tempo de
Rio Verde, passou com sucesso pela 3ª audito-
com a Anicer para executar consultoria no
descanso da massa e a falta de constância na
ria de manutenção do processo de acreditação
módulo Qualificação no PSQ.
alimentação da maromba estava gerando per-
do Inmetro, que avaliou positivamente o siste-
Anicer realiza palestra na Bahia
da de 15 a 20% na produção. Sugerimos que a
ma de gestão e a área técnica nos processos de
massa passasse a descansar por, no mínimo,
manutenção do escopo de blocos e telhas cerâ-
72 horas, e que o misturador fosse trocado por
micas. A coordenadora do LabSenai Cerâmica,
outro com capacidade compatível”, explicou o
Vânia Carla da S. Souza Brito, explica que a au-
consultor. Bastante satisfeita com o resultado
ditoria técnica avalia a qualificação dos profis-
dos trabalhos, a diretoria da cerâmica já investiu
sionais que atuam no laboratório para que eles
em um novo sistema de gerenciamento eletrô-
realizem os ensaios e possam emitir relatórios
nico para setor de conformação. A tecnologia
do Inmetro. O LabSenai Cerâmica conta com a
possibilita a contagem em tempo real das pe-
estrutura física de três laboratórios - química,
matéria-prima e produtos acabados - e uma
equipe técnica de profissionais nas áreas de
cerâmica e química, visando atender às demandas das indústrias. Referência em serviços de
consultoria, pesquisa mineralógica, ensaios de
matéria-prima e produtos, o laboratório atende
às indústrias dos Estados de Mato Grosso do
Sul, Rondônia, Acre, Pará, São Paulo, Goiás e
ças produzidas e um melhor acompanhamento
No dia 3 de junho, o consultor técnico da
operacional da maromba.
Anicer Antônio Carlos Pimenta realizou uma
De olho na qualificação no PA
palestra para apresentar aos ceramistas da
Bahia os “Desafios e oportunidades da indústria de cerâmica vermelha”. Entre os assuntos abordados por Pimenta estavam Norma
de Desempenho para habitações, produtos
Entre os dias 19 e 28 de maio, a Telha Cerâmica, empresa situada em Inhangapi (PA),
recebeu o consultor técnico da Anicer Max
Piva para execução do módulo de Qualifica-
cerâmicos X concreto, portaria Inmetro para
ção no PSQ, do projeto Cerâmica Sustentável
produtos cerâmicos, PSQ de blocos e telhas
é + Vida. Na ocasião, foram trabalhados prin-
cerâmicas e diminuição do consumo de lenha
cipalmente o controle de boquilhas e o acom-
do processo de queima. O consultor também
panhamento de processos, além da implanta-
aproveitou a ocasião para apresentar cases
ção de controles operacionais e da descrição
de sucesso de empresas que participaram
de procedimentos que auxiliem na melhoria
do projeto Cerâmica Sustentável é + Vida. O
da eficiência dos processos e na adequação
evento, que aconteceu na sede da Associação
de produtos às exigências da NBR. Os trei-
Comercial de Jacobina e contou com o apoio
namentos e reuniões realizadas com os co-
do Sebrae/BA, reuniu 19 ceramistas locais e
laboradores também tiveram o objetivo de
Entre os dias 02 e 06 de junho, a Cerâmica
de outros municípios como Malhada de Pe-
mostrar a possibilidade de novos horizontes
Ferreira Andrade, localizada no município de
dras e Senhor do Bonfim.
dentro do segmento da cerâmica vermelha.
também de países como Paraguai.
Cerâmica do Paraná recebe
consultoria do projeto CS+V
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Revista da Anicer | nº 88
COMPETITIVIDADE
Sebrae/RJ lança Programa de
Inteligência Setorial
Portal oferecerá informações estratégicas para os empresários do setor da construção civil e de
outras indústrias do estado do Rio de Janeiro
Fonte: IAA Comunicação | Foto: Ivan Accioly
O
Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Estado do
Rio de Janeiro (Sebrae/RJ) lançou no dia 10 de junho o Progra-
ma Sebrae Inteligência Setorial destinado a apoiar os empresários
em tomadas de decisões em seus negócios. As informações estratégicas são acessadas por meio do portal (www.sebraeinteligenciasetorial.com.br) e beneficiarão em uma primeira etapa os empresários
da indústria da construção civil do estado do Rio de Janeiro, além
dos setores de moda e joias, petróleo e gás e turismo.
O mapa de informações estratégicas do setor de construção civil foi
construído de forma colaborativa, a partir da demanda dos empresários e representantes de entidades que participaram de workshops,
Um canal de interatividade permitirá aos empresários a avalia-
durante a fase de planejamento do projeto. Durante os encontros,
ção dos conteúdos e solicitação de novos temas a serem mo-
que contaram com a presença de entidades parceiras como Federa-
nitorados. O portal foi estruturado de forma objetiva, para faci-
ção das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Associação
litar a consulta e utilização das informações e conteúdos, que
Nacional da Indústria Cerâmica (Anicer), Associação Brasileira de Ci-
também podem ser acessados por meio de plataformas móveis,
mento Portland (ABCP), Associação Brasileira de Designers de Inte-
como smartphones e tablets.
riores (ABD), Sindicato das Indústrias da Construção e do Mobiliário
do Sul Fluminense (Sinduscon-SF) e Senai Tijuca, foram elencados
os principais temas a serem monitorados de forma sistemática e
contínua. Essas informações organizadas, contextualizadas e analisadas por especialistas do setor darão origem ao conteúdo de apoio
à tomada de decisão pelos empresários.
O gerente técnico da Anicer, eng. Bruno Frasson, e a gerente de
Meio Ambiente, Fernanda Duarte, participaram da fase de planejamento do projeto para representar o setor de Cerâmica Vermelha.
“O Programa de Inteligência Setorial é um grande avanço para a
construção civil no estado do Rio de janeiro e acredito que será
também modelo para os demais estados Brasileiros”, aposta Fras-
Por meio do portal, os empresários terão acesso a produtos de inteli-
son. Segundo ele, os boletins, alertas, notícias, relatório e cases,
gência competitiva como boletins, alertas de oportunidades, notícias
fruto do programa, trarão informações relevantes e estratégicas,
relevantes, relatórios de tendências e cases de sucesso. O ambiente
tais como tendências e oportunidades, o que, para o gerente técni-
contará com dicas sobre como usar, na prática, as informações es-
co, são ferramentas importantes que servirão de guia ao empresa-
tratégicas para melhorar a gestão e a competitividade do empreen-
riado na tomada de decisões. Frasson também elogiou a iniciativa
dimento. O cadastro no portal, assim como o acesso às informações
do Sebrae de reunir os agentes e a classificou como muito produ-
e conteúdos, serão gratuitos.
tiva. “Durante o workshop, foram elaborados mapas estratégicos
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elencando as principais dificuldades e necessidades do setor, entre
A expectativa é de que mais de 3.500 empresas do Rio de Janei-
eles qualificação de mão de obra, carga tributária e atendimento à
ro se inscrevam no portal no primeiro ano. O espaço, no entanto,
norma de desempenho”, finalizou.
estará aberto tanto para pessoas jurídicas como físicas. Segundo
Carência de informações – Conhecer bem o mercado e identificar possíveis mudanças de cenário são fatores fundamentais para
os negócios. No entanto, a carência de informações estratégicas
é um problema comum entre os empresários de micro e pequenas
empresas. Segundo o gerente de Conhecimento e Competitividade do Sebrae/RJ, Cezar Kisrzenblatt, com esta ferramenta os empresários de micro e pequenas empresas terão acesso gratuito a
informações estratégicas voltadas para os seus negócios. “Dessa
forma, poderão aumentar a competitividade no mercado. É missão
Cezar Kiszenblatt, os próximos setores estratégicos com os quais
o Sebrae/RJ atua (alimentos, base tecnológica e economia criativa) também serão atendidos pelo programa de forma gradativa.
Os produtos de inteligência:
Mapa de Informações Estratégicas - mapeamento das necessidades
de cada setor a partir de temas sugeridos pelos empresários e entidades. Todos os tópicos e temas são organizados e conectados. Esse
produto é atualizado periodicamente e adaptado às novas demandas.
do Sebrae/RJ apoiar o empresário na busca de soluções para mi-
Boletim de Tendência - Apresenta análises preditivas sobre os temas
tigar riscos e aproveitar oportunidades”, afirma.
e tópicos encontrados no Mapa de Informações Estratégicas de cada
Grande concorrência desleal, baixa automação e mecanização
da produção local, rigidez na legislação ambiental, baixa qualifi-
setor monitorado pelo programa. São utilizados métodos de análise
estratégica para identificar tendências e oportunidades de mercado.
cação da mão de obra e desvalorização da profissão e alta taxa
Alertas – disparo instantâneo de notícias consideradas de grande
tributária, foram alguns dos problemas do setor citados pelos
impacto e que possam gerar novas oportunidades de mercado ou
empresários durante os encontros.
alertar possíveis ameaças. O conteúdo é enviado via SMS e e-mail
Há dez anos no ramo de serviços de engenharia em Volta Redonda, o empresário Mauro Klippel considera fundamental o acesso
apenas para usuários que, no momento do cadastro, optarem por
receber esse produto.
a informações direcionadas para tomada de decisões. “Com esse
Notícias de Impacto – seleção de notícias relevantes e de demandas
sistema vamos poder resolver o problema da falta de tempo do
específicas dos setores e seus segmentos, de acordo com os temas e
empresário na busca de informações direcionadas. Esperamos
tópicos propostos no Mapa de Informações Estratégicas. As notícias
que seja possível direcionarmos melhor a gestão empresarial e,
são monitoradas diariamente em mídias nacionais e internacionais.
consequentemente, ampliar os investimentos, crescer e fortalecer
o mercado local”, afirma.
Relatórios de inteligência – são de dois tipos: o mensal e o trimestral. No mensal são feitas análises aprofundadas sobre os temas
Para Mauro Campos, presidente do Sindicato das Indústrias da
apresentados no Mapa de Informações Estratégicas. O trimestral
Construção e do Mobiliário de Volta Redonda (Sinduscon) e em-
oferece retrospectiva das publicações durante esse período.
presário do segmento habitacional há 30 anos, o suporte veio em
boa hora. “A construção civil passou anos à margem de programas
de apoio à gestão empresarial. Hoje, para nós, empresários de Volta Redonda, é muito gratificante estarmos inseridos e participando
desse projeto. Temos grande espaço para o desenvolvimento do
Relatório Ad-hoc – Relatórios de análise de mercado desenvolvidos de forma customizada a partir de uma demanda específica
dos empresários ou entidades. Esse é o único produto que terá
custo aos assinantes (valor sob consulta).
setor na região e essa atenção dada pelo Sebrae é de extrema im-
Cases de sucesso – relato de casos reais de empresários de micro
portância. É preciso conhecer bem o mercado. Só assim o empre-
e pequenas empresas que utilizaram os benefícios das informações
sário poderá trilhar um caminho seguro para o seu negócio”.
estratégicas para aumentar a competitividade do seu negócio.
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Revista da Anicer | nº 88
MEIO AMBIENTE
SP inicia implantação do Sigor
Sistema on-line de gerenciamento de resíduos sólidos será usado em nove cidades
Por Carlos Cruz | Foto: Divulgação CETESB
2010 entre o Estado de São Paulo, por meio da Secretaria
do Meio Ambiente e da Companhia Ambiental do Estado
de São Paulo (Cetesb), e do Sindicato da Construção Civil
do Estado de São Paulo (SindusCon-SP).
Por meio do Sistema, a Cetesb e as Prefeituras validarão
os cadastros dos transportadores, cadastros das áreas
de destinação e os Planos de Gerenciamento de Resíduos elaborados pelos geradores. Desta forma, o sistema
propiciará agilidade e desburocratização de procedimentos administrativos.
O Sigor possui ainda uma funcionalidade para a emisGovernador Geraldo Alckmin, durante cerimônia de assinatura do decreto que
instituiu o Sigor em SP
O
governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, assinou
no dia 5 de junho deste ano o decreto Nº 60.520, que institui
o Sigor – Sistema Estadual de Gerenciamento On-line de Resíduos
Sólidos e estabeleceu prazo de 180 dias para que entre em vigor o
primeiro módulo do sistema, destinado à construção civil.
são de relatórios, entre eles o Sistema Declaratório
Anual, uma das exigências das Políticas Nacional e Estadual de Resíduos Sólidos.
Para a sociedade, o Sigor terá um papel fundamental na prestação
de serviços, disponibilizará um amplo banco de dados com informações como a relação de transportadores cadastrados nos municípios, a relação de áreas de destinação por tipo de resíduos que estão
O sistema consiste em uma plataforma eletrônica que permite a
licenciadas a receber; legislação e normas referentes aos resíduos de
elaboração de Planos de Gerenciamento de Resíduos (PGR) por
construção; manuais e publicações e a divulgação de eventos e trei-
parte dos geradores e a emissão dos documentos que acompa-
namentos. O “Fale conosco” do sistema permitirá o esclarecimento
nham os resíduos transportados chamados de Controle de Trans-
de dúvidas e a orientação aos usuários do sistema.
porte de Resíduos (CTR). As áreas que receberem esses resíduos
terão que dar baixa no CTR.
O desenvolvimento do programa foi iniciado em fevereiro de 2012,
com coordenação e operação sob responsabilidade do Departamen-
A ferramenta facilitará o gerenciamento das informações relativas
to de Políticas Públicas de Resíduos Sólidos e Eficiência dos Recur-
aos fluxos de resíduos sólidos no Estado, desde a geração até o des-
sos Naturais alocado na Vice-Presidência da Cetesb.
carte final, passando por todas as etapas intermediárias. Além dos
órgãos estaduais, o sistema envolve os municípios, os geradores, os
transportadores e as áreas de destino dos resíduos.
A previsão é de que a partir de 2015, o Sigor – Módulo Construção Civil seja disponibilizado para todo o Estado de São Paulo. Atualmente,
a cidade de Santos está realizando teste piloto e, até o fim deste ano,
A escolha do Sigor – Módulo Construção Civil como o primeiro a ser
o sistema deve ser distribuído para nove municípios que participa-
implantado dentro do sistema resulta de um convênio firmado em
ram das capacitações promovidas pelo SindusCon-SP.
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65
Social:
#euvouprabelem
1
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Foto 01 – Gaby Amarantos posa com a camisa do 43º
Encontro Nacional. A cantora será a grande atração da festa
de encerramento do evento.
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Foto 02 – Vargas Soliz Pessoa, presidente do Sindicer/RN.
Foto 03 – Maria Aparecida de Araújo Gonçalves, da Cerâmica
Drummond (MG).
Foto 04 – Rosânea Ferreira de Lima, da Cerâmica Drummond (MG).
Foto 05 – Vagner Oliveira, consultor técnico da Anicer e palestrante
do 43º Encontro Nacional, no Pará.
Foto 06 – Mario Cesar Galatto, da Cerâmica Cegaza (SC).
Foto 07 – O especialista em gerência ambiental David Zee,
palestrante do 43º Encontro Nacional.
Foto 08 – André Cantarelli, do Sindicer/RJ.
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7
Foto 09 – Max Piva, consultor técnico da Anicer.
Foto 10 – Antonio Divino, da Cerâmica Drummond (MG).
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Mercado
e inovação
CERÂMICA RÚSTICA DECORADA
A linha rústica decorada da Del Favero explora relevos, formas e texturas, dando um
toque especial aos ambientes, num misto de capricho e aconchego. Do palha ao negro, passando pelo mesclado, natural e fumê, as sete cores dos produtos não-esmaltados são obtidas pelo tipo de argila e processos de queima utilizados, sem qualquer
adição de corantes ou tingimentos artificiais. Cada peça é exclusiva, com variações de
aspecto, cor e textura que valorizam as paginações.
TELHA LÓGICA MARSELHA
Fabricadas com argilas europeias, as telhas possuem um design tradicional e uma espessura constante. A hegemonia de cada peça, com encaixe perfeito e concavidade
simetricamente definida, permite uma montagem simples e eficaz. A Telha Lógica Marselha ainda garante que o produto tem baixa absorção do calor, máxima impermeabilidade e alta resistência à flexão.
MESA COBOGÓ
Desenhada para a Plusdesign e já apresentada no último Salão de Milão e no Object
Rotterdam, na Holanda, a Mesa Cobogó, criação dos Irmãos Campana, é feita com os
tijolos vazados usados na ventilação das casas brasileiras e popularmente conhecidos
como cobogós. Unidos por uma resina e fixados sobre pés de metal, tornaram-se uma
incrível mesa que tem uma sombra personalizada.
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67
Notícias da Anicer
Anicer realiza palestra no Morro da
Fumaça
Gestão de GEE na cerâmica
vermelha
Representantes da ABNT se reuniram na sede da Anicer
no dia 11 de junho para apresentar detalhes do programa
ABNT / BID para Gestão de GEE. O objetivo foi firmar uma
O gestor técnico da Anicer, eng. Bruno Frasson, apresentou no dia 26 de maio
parceria com a Anicer para implementar o projeto no setor
uma palestra na sede do Sindicer/SC para ceramistas da região abordando os
de cerâmica vermelha. Participaram da reunião o diretor
seguintes temas: Norma de Desempenho (ABNT NBR 15.575), nova portaria do
adjunto de Certificação da ABNT e coordenador do projeto,
Inmetro (558/2013) e o projeto Cerâmica Sustentável é + Vida, desenvolvido pela
Antônio Carlos Barros de Oliveira; o gerente de Certificação de
Anicer em parceria com o Sebrae. A palestra contou com a participação de um
Sistemas, Guy Ladvocat; e a responsável pelas certificações,
representante da Cerâmica Guarezi, empresa que participou recentemente da
Isabel Sbragia. Da Anicer, participaram o presidente, Cesar
consultoria para Inovação Tecnológica do CS+V, para falar sobre os resultados
Gonçalves; o gerente técnico, Bruno Frasson; e a gerente de
obtidos com o trabalho realizado.
meio ambiente, Fernanda Duarte.
Fórum de Encadeamento Produtivo
No dia 21 de maio, o presidente da Anicer, Cesar Gonçalves, participou do
Desafios e oportunidades da
indústria cerâmica
Encadear- Fórum de Encadeamento Produtivo no Hotel Transamérica, em
A convite da coordenadora
São Paulo. Promovido pelo Sebrae, o evento teve o objetivo de disseminar
do
o conhecimento sobre Encadeamento Produtivo, que se caracteriza como
cerâmica
um dos mecanismos mais efetivos para incrementar a competitividade de
Jucilene Feltrin, o gestor
cadeias e de países.
técnico
curso
técnico
do
da
em
Senai/SC,
Anicer,
eng.
Bruno Frasson, realizou no
dia 27 de maio a palestra
“Desafios e Oportunidades
na Indústria de Cerâmica Vermelha”. Para uma plateia de 48
alunos, Frasson falou sobre Norma de Desempenho: Conceitos,
Exigências, Critérios e impactos para o setor ceramista como
um todo, além de abordar temas relacionados ao Encontro
Nacional e os projetos desenvolvidos pela Anicer. Ao final do
debate, Frasson sorteou três exemplares do Guia Orientativo
da Norma de Desempenho (CBIC) e duas camisetas do 43°
Encontro Nacional entre os participantes.
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Revista da Anicer | nº 88
Combate a não conformidade
No dia 11 de junho, Cesar Gonçalves participou de uma
Indústria da construção se reúne
na Firjan
reunião com o chefe da Divisão de Fiscalização e Verificação
O diretor de Relações Institucionais da Anicer, Luis Lima, esteve na
da Conformidade do Inmetro, Marcelo dos Santos Monteiro,
sede da Firjan, no Rio de Janeiro, no dia 15 de maio para a reunião do
para definir uma forma eficiente de comunicação entre as
Conselho Empresarial da Indústria da Construção da Firjan/Cirj, que
duas entidades para realização das ações de combate a não
reuniu os presidentes de vários Sinduscons do Estado do Rio. O objetivo
conformidade. Também participaram da reunião a coordenadora
foi estabelecer um planejamento para o período de 2015 a 2020 da
da Anicer, Sandra de Carvalho, e a assessora técnica do Programa
Comissão de Construção Civil da Federação.
Setorial da Qualidade, Liliane Guimarães.
Anicer e Anfamec analisam novo texto da NR 12
No dia 10 de junho, representantes da Anicer e da Anfamec se reuniram para analisar estratégias
de ações conjuntas em prol do setor. O encontro entre as duas entidades nacionais da cadeia
produtiva da cerâmica vermelha foi realizado na sede da Anfamec, na cidade de Itu (SP). Segundo
Cesar Gonçalves, presidente da Anicer, o objetivo é que as duas associações possam juntas
contribuir de maneira efetiva para o trabalho de revisão da norma de segurança em máquinas e
equipamentos, que desde abril deste ano voltou a ser tocado pela Comissão Nacional Tripartite
da NR 12, formada por governo, trabalhadores e empregadores. O presidente informou ainda que
após o debate sobre pontos como procedimentos de confecção de equipamentos e de manuais,
que deverão ficar a cargo da Anfamec, foi acordado que as duas entidades participarão das
reuniões sobre a NR 12 promovidas pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), fortalecendo a presença e os interesses do setor.
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Norte e nordeste: 0800 729 9993 E 0800 729 9994
E-mail: [email protected], [email protected] e [email protected]
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Eventos
Consultoria Assessoria Projeto em
Secagem e queima para cerâmica
GREENBUILDING BRASIL
17ª CONSTRUSUL
Local: Transamérica Expo Center
Local: FENAC – Novo Hamburgo/RS
São Paulo/SP
Data: 06/08 a 09/08
Data: 05/08 a 07/08
Consagrada por geração de negócios, con-
Desde 2010, a Greenbuilding Brasil é o evento
de construção sustentável da América Latina
e o lugar onde as mentes mais brilhantes da
indústria da construção mostram a importância vital da consciência ambiental, necessidade de políticas públicas de sustentabilidade e
capacitação profissional alinhadas ao desen-
Projetos recentemente
concluídos com sucesso
grega toda a cadeia produtiva e engloba os
setores de construção, acabamentos e infraestrutura. O evento tem como expositores as mais importantes indústrias do Brasil
e também é reconhecido pelo seu público
altamente qualificado, recebendo em média
76 mil visitantes entre lojistas, construtores,
engenheiros, órgãos de governo, fabricantes,
volvimento econômico, melhoria de qualidade
importadores, arquitetos, técnicos, incorpora-
de vida e redução do uso de recursos naturais.
dores, imprensa entre outros.
http://www.expogbcbrasil.org.br/
http://construsul.tjw.com.br/conteudo/
FEICON BATIMAT NORDESTE
Local: Centro de Convenções de Pernambuco – Recife/PE
Data: 22/10 a 24/10
O evento é reconhecido como o maior e mais qualificado salão da construção da América Latina. Por isso, quando um importante evento encontra um mercado de alta relevância, as oportunidades se multiplicam e o sucesso tem um caminho certo. E esses são alguns dos principais
motivos que confirmam que a Feicon Batimat Nordeste marcou o início de um novo capítulo de
sucesso para o setor da construção na região Nordeste do País!
Visite nosso site
http://www.feiconne.com.br/
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Revista da Anicer | nº 88
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(48) 3248-8039 / 3091-0039
9941-8918 / 9951-8934
www.gcota.com.br
Não deixe a qualidade
fora da sua empresa!
C
onsiderado um dos pilares estratégicos para a evolução
da qualidade no setor, os Programas Setoriais da Qualidade
de Blocos e Telhas Cerâmicos, integrantes do Programa
Brasileiro da Qualidade e Produtividade no Habitat (PBQP-H),
do Ministério das Cidades, avançam pelo País. Crescimento
impulsionado por um intenso trabalho de difusão da Anicer,
entidade mantenedora dos programas, que está mudando o
padrão de qualidade dos produtos oferecidos no mercado.
Você sabia?
Pelo Código de Defesa do Consumidor, fabricantes
e comerciantes devem fornecer produtos de
acordo com as Normas Técnicas da ABNT. Isso é lei!
Faça a adesão da sua empresa hoje mesmo!
Ligue para a Anicer: +55 21 2524 0128
Consulte a lista das empresas qualificadas nos sites:
www.anicer.com.br e www.cidades.gov.br/pbqp-h
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DE 200 CERÂMICAS
JÁ ADERIRAM!
O Projeto Cerâmica Sustentável é + Vida, parceria entre a
Anicer e o Sebrae, vem ampliando as expectativas dos micro
e pequenos produtores de cerâmica vermelha do Brasil.
Visite o Canal da Anicer no YouTube e conheça alguns
modelos de sucesso que o CS+V já ajudou.
www.youtube.com/user/CanalAnicer
Consultoria para Inovação Tecnológica
Consultoria para Eficiência Energética
Consultoria Ambiental
Consultoria para Incorporação e Tratamento de Resíduos Sólidos, Biomassas e Geração de Crédito de Carbono
Consultoria para Qualificação nos PSQ/PBQP-H
DESENVOLVA, INOVE, SEJA SUSTENTÁVEL.
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